Historiar 2021 ed. janeiro, fevereiro e março
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ANO XXIII EDIÇÃO JANEIRO | FEVEREIRO | MARÇO<br />
AQUI TEM<br />
CONTADORES DE HISTÓRIAS ON-LINE<br />
O PROJETO CONTINUA<br />
A TODO VAPOR<br />
LIVE FÓRUM DE HUMANIZAÇÃO<br />
HUMANIZAR:<br />
NOVOS TEMPOS, NOVOS DESAFIOS<br />
PROJETO VIVA PERSONAS<br />
O QUE A GENTE FAZ,CONTA!<br />
VARAL LITERÁRIO<br />
QUE TAL CONHECER UM POUCO MAIS SOBRE<br />
LITERATURA INDÍGENA?<br />
SÃO PAULO|SP<br />
PORTO ALEGRE|RS UBATUBA|SP<br />
BAIXADA SANTISTA|SP RECIFE|PE SALVADOR|BA<br />
BRASÍLIA | DF RIO DE JANEIRO|RJ COLUNAS
Foto: Jefferson Coppola<br />
Estado de primavera<br />
“Façam completo silêncio, paralisem os negócios,<br />
garanto que uma flor nasceu.”<br />
Carlos Drummond de Andrade<br />
Valdir Cimino<br />
Fundador da Associação<br />
Viva e Deixe Viver<br />
Olá, leitor.<br />
Como temos precisado de boas notícias, não é mesmo?<br />
Permita-me compartilhar algumas com você:<br />
A pandemia não nos imp<strong>ed</strong>iu de chegar onde precisávamos e<br />
de fazer o que produzimos com maestria: compartilhar alegria<br />
e afeto. Na verdade, todo mundo sabe que as histórias mais emocionantes estão cheias<br />
de reviravoltas e, como seres criativos que somos, estaremos sempre preparados para<br />
elas. Os contadores de história têm esse super poder, ainda maior do que de outras<br />
pessoas, e isso não só porque acr<strong>ed</strong>itamos nos finais felizes, mas, também, porque<br />
somos treinados a tornar o caminho esperançoso e belo.<br />
A esperança e, também, a renovação dos últimos meses aconteceu por conta dos<br />
impulsos tecnológicos e a multiplicação de nossas atividades em formatos digitais e<br />
online. Mais do que uma simples adaptação, essa transição revelou que nossa voz, que<br />
já chegava longe, pode alcançar o infinito. Palestras, histórias, reuniões e a palavra do<br />
momento, engajamento, nos fizeram superar com constante audácia os obstáculos do<br />
isolamento. Somos todos, com luz e força, como a flor no poema do Drummond citado<br />
acima, cuja estrofe completa é:<br />
“...Uma flor nasceu na rua!<br />
Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do tráfego.<br />
Uma flor ainda desbotada<br />
ilude a polícia, rompe o asfalto.<br />
Façam completo silêncio, paralisem os negócios,<br />
garanto que uma flor nasceu...”<br />
Como a flor, independente das tempestades, continuamos exalando bons fluidos<br />
e espalhando o pólen que leva nossa alegria. Como contadores, prosseguiremos<br />
semeando boas palavras, boas notícias e boas ações, com a sincera esperança de que<br />
todos possam ter um estado de primavera dentro de si.<br />
No <strong>Historiar</strong> deste trimestre mostramos um pouco de nosso trabalho em prol dessa<br />
semeadura. Boa leitura!<br />
VALDIR CIMINO
QUEM FAZ O HISTORIAR<br />
DIRETORIA<br />
Fundador<br />
Valdir Cimino<br />
Diretora Executiva<br />
Luciana Bernardo<br />
Diretor Executivo<br />
Rogério Sautner<br />
AFILIADAS DA<br />
ASSOCIAÇÃO VIVA<br />
Baixada Santista|SP<br />
Alexandre Camilo<br />
Brasília|DF<br />
L<strong>ed</strong>a Dal Magro de Meneses<br />
Litoral Norte|SP<br />
Violeta Dib Cimino<br />
Marília|SP<br />
Luiza Guerreiro<br />
Porto Alegre|RS<br />
Idione Rosa<br />
Recife|PE<br />
Ana Inês<br />
Rio de Janeiro|RJ<br />
Regina Porto<br />
Salvador|BA<br />
Claudia Guimarães<br />
Jornalista responsável<br />
Lucia Faria<br />
MTB 16.218<br />
Colunistas<br />
Margareth Nardi e Monik Lelis<br />
EXPEDIENTE<br />
Edição e revisão de textos<br />
Suzana Mara de Carvalho Vernalha<br />
Assistentes<br />
Isabela Gimenez e Luan Deters<br />
PATROCINADORES<br />
Design e Diagramação<br />
Colors Publicidade<br />
www.uol.com.br<br />
www.pfizer.com.br cremer.net.br volvocars.com.br<br />
safran-group.com<br />
santamassa.com.br
QUARENTENA COM A VIVA<br />
05<br />
ÍNDICE<br />
SÃO PAULO|SP<br />
BAIXADA SANTISTA|SP<br />
07<br />
11<br />
BRASÍLIA|DF<br />
12<br />
PORTO ALEGRE|RS<br />
15<br />
RECIFE|PE<br />
16<br />
RIO DE JANEIRO|RJ<br />
SALVADOR|BA<br />
19<br />
UBATUBA|SP<br />
24<br />
21<br />
COLUNAS<br />
25
VIVA PERSONAS<br />
O Projeto Viva Personas continua a receber a colaboração de personalidades que escolhem e contam<br />
em vídeo uma história, contribuindo para promover o hábito de leitura entre crianças e adultos.<br />
Neste primeiro trimestre, o Projeto Viva Personas recebeu contribuições da Viva Bahia. Os convidados<br />
foram: a p<strong>ed</strong>agoga e psicanalista Roberta Gomes M<strong>ed</strong>eiros que optou pelo livro Sofia, a ursinha<br />
vitoriosa, de Cristina Klein; e o cantor, músico, compositor e instrumentista Celo Costa que fez uma<br />
adaptação do livro Kafka e a Boneca viajante, de Jordi Sierra I Fabra e deu o nome de Carteiro de<br />
brinqu<strong>ed</strong>os.<br />
A Associação Viva e Deixe Viver agradece a Roberta M<strong>ed</strong>eiros e Celo Costa pela gentileza em gravar as<br />
histórias. Acesse: https://www.viva<strong>ed</strong>eixeviver.org.br/viva-personas e conheça todos os 64 artistas<br />
que já participaram.<br />
05
VIVA ON<br />
O Projeto Viva On continua a todo vapor. Voluntários da s<strong>ed</strong>e e das afiliadas têm levado virtualmente<br />
histórias aos pacientes mirins dos hospitais parceiros e à população de todo o Brasil. A plataforma digital<br />
utilizada é o Google Meet. Viva On acontece de 2ª feira a sábado em dois horários: das 10 às 12 horas e<br />
das 15 às 17 horas. Divulguem!<br />
Os contadores se sentem motivados quando crianças acessam a sala, mas também apreciam quando<br />
adultos entram para compartilhar informações, aprender ou ensinar.<br />
A alegria é tanta que inspirou a contadora Iraci Gonçalves Ciritelle, que atua no Hospital Cândido<br />
Fontoura da cidade de São Paulo, a criar um poema em homenagem à menina Maria que no texto<br />
representa todas as crianças participantes:<br />
“Quando eu imaginaria,<br />
através de uma telinha,<br />
ver o mundo em profusão<br />
Ela se chama Maria<br />
e é linda na mesma<br />
proporção<br />
Da estética à inteligência,<br />
do carisma à <strong>ed</strong>ucação.<br />
Inesperadamente, aos nossos olhos surgiu<br />
E ao interagir conosco novo horizonte se abriu.<br />
Maria, filha de professora, mora longe de nós, em<br />
Piranhas, Goiás<br />
E tão próxima estava de nosso maior ideal,<br />
Ter na sala que é tela<br />
Aquela morena bela<br />
De sorriso encantador.<br />
Maria entrou e tudo modificou.<br />
Ela nos trouxe a energia que incentiva o contador!<br />
Que flor linda que é Maria e como foi bom<br />
perceber<br />
Que com apenas 9 anos ela sabe enternecer.<br />
Contou uma linda história, com ritmo e entusiasmo.<br />
Dando ênfase à narrativa, incentiva a naturalidade!<br />
Como sou grata, Maria, por clicar no computador<br />
Buscando na ferramenta a sala do contador!<br />
Você transformou nossa tarde e mais do que isto,<br />
inspirou o nosso trabalho<br />
Nos deu fôlego e esperança.<br />
Vimos em você a criança que nosso país precisa<br />
ter.<br />
Repleta de atividades, tem sonho e felicidade e<br />
sabe tão bem viver.<br />
Ah... bendita Maria, como foi bom te conhecer!”<br />
A seguir, algumas histórias narradas neste trimestre por contadores de todas as afiliadas do Brasil:<br />
Pimenta no cocoruto, de Ana Maria Machado; As Meninas, de Cecilia Meirelles; A verdadeira história<br />
dos três porquinhos, de Jon Schieszka; Era uma vez uma fruta amarela, de Leia Cassol. Sete cordéis<br />
para sete cantigas, de Cristiano Gouveia; A grande caça aos ursos, de Claire Fre<strong>ed</strong>man e Alison<br />
Edgson; Eu não tenho m<strong>ed</strong>o, de Dan Crisp e Lee Wildish; A sab<strong>ed</strong>oria do Califa, de Ilan Brenman; Bom<br />
dia, todas as cores, de Ruth Rocha; Contos para garotos que sonham em mudar o mundo, de G.L.<br />
Marvel; e mais dezenas de outras histórias para encantar os adultos e as crianças que deram o prazer<br />
da presença nas salas online.<br />
06
FÓRUM DE HUMANIZAÇÃO “HUMANIZAR: NOVOS TEMPOS, NOVOS DESAFIOS”<br />
As lives organizadas e transmitidas pela Associação Viva, canal do Youtube, referentes ao Fórum de<br />
Humanização começaram em novembro de 2020 e continuaram neste primeiro trimestre, uma por mês.<br />
A realização das três lives teve a parceria de: Transforme-se Digital, LF Assessoria, Escola de Enfermagem<br />
da USP e Associação Paulista de M<strong>ed</strong>icina. E o apoio de Ana Paula, Rafaela Duarte e Luana Anjos da s<strong>ed</strong>e<br />
da Associação Viva. Foram elas:<br />
26 de <strong>janeiro</strong> – Sensibilização de estudantes de m<strong>ed</strong>icina<br />
Valdir Cimino recebeu o Dr. Jorge<br />
Carlos Machado Curi, cirurgião geral,<br />
intensivista, nutrólogo e diretor de<br />
Responsabilidade Social da Associação<br />
Paulista de M<strong>ed</strong>icina para juntos<br />
debaterem opções de caminhos para<br />
sensibilizar os estudantes de m<strong>ed</strong>icina<br />
quanto à humanização.<br />
Durante a live, apontaram os avanços<br />
da ciência e da m<strong>ed</strong>icina e como<br />
a relevância da humanização dos<br />
profissionais da saúde cresceu nesse<br />
momento de pandemia. Dr. Curi e<br />
Valdir ainda reforçaram as formas<br />
de prevenção contra a Covid-19 e os<br />
autocuidados.<br />
Palavras do Dr. Curi: “Acr<strong>ed</strong>ito que de<br />
70% a 80% dos problemas se resolvem<br />
com uma boa conversa com o paciente<br />
e um exame físico. A questão da<br />
humanização é fundamental em todas<br />
as etapas do tratamento dos pacientes.<br />
A tecnologia promoveu a aumento das<br />
chances de sobrevida.”<br />
Durante a transmissão, houve 214<br />
visualizações, porém o vídeo continua<br />
disponibilizado no Youtube para quem<br />
tem interesse no tema.<br />
07
23 de <strong>fevereiro</strong> – Humanização: da introdução teórica<br />
à prática<br />
Esta <strong>ed</strong>ição contou com a presença da Profª Drª Regina<br />
Szyliy, diretora da Escola de Enfermagem da USP e <strong>ed</strong>itora<br />
científica da Revista da Escola de Enfermagem da USP; e de<br />
Amanda Haddad, graduanda pela Escola de Enfermagem<br />
da USP e voluntária contadora de histórias da Viva e Deixe<br />
Viver. Rogério Sautner, diretor executivo da Viva, atuou<br />
como m<strong>ed</strong>iador. As convidadas discorreram sobre teoria e<br />
prática na humanização e apontaram as novas abordagens<br />
em relação ao voluntariado e na formação de profissionais<br />
da saúde perante o cenário mundial atual.<br />
Estiveram conectadas 251 pessoas e o vídeo continua<br />
disponibilizado no Youtube para quem tem interesse<br />
nesse tema.<br />
25 de <strong>março</strong> - Políticas Públicas<br />
A 3ª live do ano e a 5ª do Fórum de Humanização abordou<br />
as políticas públicas que favorecem quem cuida e quem<br />
é cuidado, e os indicadores que transformam vidas. O<br />
convidado de Valdir Cimino foi Wellington Nogueira,<br />
fundador da ONG Doutores da Alegria. Nogueira e Cimino<br />
compartilharam suas trajetórias no voluntariado e no<br />
trabalho pela humanização da saúde, acolhendo e levando<br />
afeto às pessoas.<br />
Nogueira definiu a Humanização como “a tecnologia<br />
humana: olhar, presença, encontro e conexão com outro<br />
ser humano, indispensável para nossa saúde geral em<br />
tempos turbulentos!”<br />
Na ocasião, foram impactadas 163 pessoas e o vídeo<br />
continua disponibilizado no Youtube.<br />
08
RODA DE CONVERSA: VIVA BRASIL<br />
Em <strong>março</strong>, ocorreram reuniões online para apresentação das mudanças operacionais e humanas em<br />
tempos de pandemia na Viva, e implantação do Viva Eduque - espaço de conhecimento, <strong>ed</strong>ucação,<br />
ciência, cultura, voluntariado e saúde. Outros assuntos abordados: produção de conteúdos e pesquisas<br />
e revisão da NR32 – Normas Reguladoras do Trabalho Voluntário na Saúde.<br />
Utilizou-se a plataforma Zoom para reunir 40 participantes entre representantes de Hospitais e equipe<br />
da Viva, Diretores e Coordenadoras. As lives ocorreram nos dias 16, 17 e 18 de <strong>março</strong>.<br />
Pela Viva estiveram presentes: Valdir Cimino, Luciana Bernardo - Diretora Executiva, Rogério Sautner -<br />
Diretor Executivo, Fatine Chamon - Voluntária Viva, Andréa Coltelli - Desenvolvimento Humano, Claudia<br />
Guimarães – Coordenadora Viva Bahia, Loide Bonina - voluntária da Viva Bahia, L<strong>ed</strong>a Del Magro -<br />
Coordenadora da Viva Brasília e Idione Rosa - Coordenadora da Viva Porto Alegre.<br />
A roda de conversa foi bem recebida por todos os participantes que ressaltaram a importância do<br />
voluntário e a falta que estes fazem aos pacientes neste momento tão difícil de pandemia.<br />
09
VALORES HUMANOS NA EDUCAÇÃO<br />
A plataforma Zoom deu espaço, em 19 de <strong>março</strong>, ao encontro online entre Valdir Cimino e a escritora<br />
e terapeuta holística Mary Prietro, que abordou o tema: “Elevando Valores Humanos na Educação:<br />
organização, progresso e amor”.<br />
Uma pauta sensível e relevante que incentivou melhores posturas, pois tratou da <strong>ed</strong>ucação moral,<br />
da importância dos valores na formação dos indivíduos e da compreensão de virtudes como mola<br />
propulsora coletiva a ser acionada nestes trágicos tempos de pandemia.<br />
Este evento recebeu 18 espectadores, contou com a parceria da LF Assessoria e o apoio de Ana Paula e<br />
Luana Anjos da s<strong>ed</strong>e da Associação Viva.<br />
Valdir Cimino, Mary Prieto e os participantes<br />
10
ENCONTROS COM VOLUNTÁRIOS<br />
Em <strong>março</strong>, o coordenador da Associação Viva na Baixada Santista Alexandre Camilo promoveu dois<br />
encontros virtuais com as voluntárias que atuam na região, utilizando a plataforma Google Meet. Os<br />
objetivos dos dois encontros foram, especialmente, a troca de boas experiências e o aperfeiçoamento<br />
das contadoras:<br />
Dia 4 – Histórias de superação<br />
As participantes Helen Quintela, Kamila Nascimento, Meire Martins, Soraya de Souza, Thamires Rodrigues<br />
e Valéria Castro tiveram a oportunidade de vivenciar uma dinâmica idealizada por Alexandre Camilo que<br />
propôs a apresentação de uma história verídica de superação. O objetivo foi dividir boas histórias para<br />
acender um “ponto de luz” em meio a tantos desafios vivenciados no dia a dia. A dinâmica conduziu<br />
todas a uma reflexão sobre o cenário atual da pandemia e produziu um clima de esperança.<br />
Dia 25 – Estrutura em balão<br />
Para este encontro, Alexandre propôs criar uma história a partir do método desenvolvido por ele e<br />
denominado Estrutura em Balão, que estrutura a narrativa com frases especificas considerando quatro<br />
etapas: início, desenvolvimento, clímax e fim. Após o compartilhamento de duas imagens, as voluntárias<br />
Kamila Nascimento, Márcia Ribeiro, Meire Martins, Thamires Rodrigues e Valéria Castro praticaram o<br />
método, apresentando a história. O encontro permitiu que as voluntárias aprendessem novas técnicas<br />
para tornar a contação de história mais envolvente e dinâmica, e ainda puderam esclarecer dúvidas e<br />
sugerir, a fim de colaborar com o crescimento como contadores de história.<br />
11
ENCONTROS DA COMISSÃO DIRETIVA<br />
Os coordenadores da Viva Brasília não deixam de se reunir, embora virtualmente. Utilizam para isso a<br />
plataforma Google Meet. Nos dois primeiros meses de <strong>2021</strong> os encontros ocorreram em duas etapas:<br />
7 de <strong>janeiro</strong><br />
A comissão diretiva se reuniu para traçar o planejamento das atividades ao longo do ano. Os assuntos<br />
tratados foram: treinamento de novos voluntários, divulgação do curso em mídias digitais, comunicação<br />
com os novatos de 2020 a fim de promover contato frequente e incentivar a participação nas salas<br />
online.<br />
Dividiu-se entre os presentes uma lista de entidades para captação de recursos. Participaram da reunião:<br />
Gilberto Alves, L<strong>ed</strong>a Dal, Leila Salgado, Marlúcia Santos, Priscilla C. Branco e Renata Oliveira.<br />
9 de <strong>fevereiro</strong><br />
Nessa data, compartilhou-se as informações sobre as diretrizes fornecidas pela Viva São Paulo na reunião<br />
de 29 de <strong>janeiro</strong>, como: preparação de vídeo para divulgar o Viva Eduque e o curso EAD, e organização<br />
de uma roda de conversa com os cursistas inscritos no treinamento de <strong>2021</strong>.<br />
12
Viva On<br />
A equipe de Brasília tem tido uma participação assídua no projeto Viva On. Há coordenadores de salas<br />
em três dias semanais:<br />
• Ivete Valente e Margarete Neres comandam a sala de segunda feira à tarde.<br />
• Maria Marques Baptista coordenam a sala da quinta-feira, pela manhã, em parceria com contadores de<br />
histórias s<strong>ed</strong>iados em São Paulo.<br />
• Gilberto Alves e Leila Salgado comandam a sala da quinta-feira, à tarde, juntamente com outros<br />
voluntários s<strong>ed</strong>iados em Porto Alegre.<br />
O amor pela contação de histórias é tão grande que, além da coordenação das salas online relacionadas<br />
acima, os voluntários de Brasília participam de outras salas durante a semana. Uma ótima oportunidade<br />
para trocar experiências, histórias, brincadeiras, bate-papos e muitas risadas.<br />
13
RODAS DE CONVERSA<br />
Os inscritos no curso EAD de formação de novos contadores de histórias foram convidados a participar<br />
de dois encontros virtuais em <strong>março</strong> através do Google Meet, quando receberam informações e<br />
orientações.<br />
1º de <strong>março</strong><br />
Os cursistas Ângela Maria, Cleide Almeida Gomes do Nascimento e Simone Soares estiveram com os<br />
coordenadores Gilberto Alves, L<strong>ed</strong>a Dal, Leila Salgado, Marlúcia Santos, Priscilla C. Branco e Renata<br />
Oliveira e foram informados sobre a Associação Viva e as etapas do curso, além de serem orientados<br />
sobre a plataforma virtual. Boa oportunidade para tirar dúvidas e trocar ideias.<br />
Os coordenadores aproveitaram o encontro para criarem um grupo no WhatsApp como canal de<br />
comunicação constante entre todos.<br />
6 de <strong>março</strong><br />
A sala virtual recebeu 22 pessoas entre novatos e veteranos: Gilberto Alves, L<strong>ed</strong>a Dal, Leila Salgado,<br />
Marlúcia Santos, Priscilla C. Branco e Renata Oliveira; e mais Ana Clara, Andrea Klugge, Claudete Cristino,<br />
Cristina Freitas, Edson Cavalcante, Fátima Tavares, Florismar Gasparotto, Gercini Lino, Ivete Valente,<br />
Margarete Neres, Maria da Penha Reis, Maria Marques, Nelcy, Silvana Siqueira, Simone Lino e Suzana<br />
Preado.<br />
Na ocasião, falou-se sobre as diretrizes da Associação Viva para <strong>2021</strong> e o Fórum de Humanização no<br />
mês de abril. Os cursistas foram chamados a participar das salas do Viva On como forma de treinamento<br />
e troca de informações.<br />
Os coordenadores aproveitaram o ensejo para relacionar os contadores de histórias para as Domingueiras<br />
do ano e solicitar os vídeos para a semana do contador de histórias.<br />
Houve ainda contação de histórias: Cristina Freitas contou Abrapracabra, de Fernando Vilela; e Renata<br />
Oliveira escolheu A Menina e o Pássaro Encantado, de Rubem Alves e ilustração de Bianca.<br />
14
HORA DO CONTADOR<br />
As atividades dos voluntários de Porto<br />
Alegre começaram em 1º de <strong>março</strong>,<br />
quando os contadores se reuniram para<br />
conversar e compartilhar expectativas e<br />
vivências. Participaram 58 contadores<br />
saudosos e cheios de esperança para o<br />
retorno das contações.<br />
MÁSCARAS DE PROTEÇÃO<br />
Também em <strong>março</strong>, a assistente social do Hospital<br />
Santo Antonio de Porto Alegre recebeu das mãos<br />
da voluntária Melissa Sarava várias máscaras com<br />
a marca da Associação Viva e Deixe Viver.<br />
DOMINGUEIRA<br />
A primeira Domingueira do ano, que reuniu as afiliadas, contou com<br />
a participação de Porto Alegre por meio da contadora Ana Paula<br />
Bortolotti que escolheu para contar a história Era uma vez um gato<br />
xadrez, de Bia Villela.<br />
15
REUNIÃO DE PLANEJAMENTO<br />
A primeira reunião de planejamento em Recife ocorreu em 2<br />
de <strong>fevereiro</strong> e utilizou a plataforma Google Meet. Participaram<br />
a coordenadora Ana Inês, que atua no Hospital Maria Lucinda,<br />
e as cabeças de chave e representantes das instituições<br />
parceiras: Avany Arruda (IMIP), Bel Gomes e Vilany Bezerra<br />
(AACD), Vanessa Brissantt (HUOC), Socorro Fernandes e Cleise<br />
Pereira (Hospital Helena Moura).<br />
Além da troca de ideias sobre o planejamento das atividades<br />
do ano, as participantes foram informadas sobre a nova versão<br />
do curso EAD, incentivadas a participar do projeto Viva On e<br />
ficaram a par dos desafios que este novo exercício está impondo a todos da Associação. O algo a mais<br />
da reunião foi a oportunidade de renovar o compromisso e estreitar o relacionamento da equipe.<br />
1ª DOMINGUEIRA DO ANO<br />
Em 28 de <strong>março</strong> aconteceu a primeira Domingueira do ano através do<br />
canal Youtube da Associação Viva. Como nas anteriores, os objetivos<br />
foram: estimular a cultura e o hábito da leitura, envolvendo o público<br />
em um universo que mistura fantasia e realidade, e proporcionar a<br />
aproximação da população à cultura de contação de histórias.<br />
A voluntária Maristela Gomes representou a Viva Recife. Ela atua no<br />
hospital do IMIP e escolheu para contar a história Cadê Miguel? de<br />
Carol Bradley, com Ilustrações de Leonardo R. Malavazzi. A narrativa<br />
Voluntária Maristela Gomes versa sobre uma questão que tem inquietado pais e <strong>ed</strong>ucadores nos<br />
dias atuais: como aproveitar os benefícios das novas tecnologias sem se desconectar da realidade. O<br />
livro não tem a pretensão de dar respostas prontas e a escritora e jornalista pernambucana Carol Bradley<br />
optou por debater essa problemática sobre o ponto de vista das crianças.<br />
ANIVERSÁRIOS<br />
Datas significativas para a Viva Recife foram comemoradas neste 1º trimestre: 4 de <strong>fevereiro</strong> completou<br />
oito anos de parceria com o Hospital P<strong>ed</strong>iátrico Helena Moura. Em 9 de <strong>março</strong> celebrou-se os oito<br />
anos de parceria com o Hospital Universitário Oswaldo Cruz-HUOC. E no dia 19 de <strong>março</strong>, o Hospital<br />
Maria Lucinda e a Viva completaram 10 anos de união. Uma outra data digna de destaque foi o 484º<br />
aniversário da cidade de Recife, ocorrido em 12 de <strong>março</strong>.<br />
Para marcar essas datas, houve postagens nas r<strong>ed</strong>es sociais, incluindo a divulgação do vídeo de Juliana<br />
Vasconcelos, Assistente Social do Hospital Maria Lucinda, cujo conteúdo enfatiza o importante trabalho<br />
que os voluntários, contadores de histórias desenvolvem naquela instituição. A equipe ficou bastante<br />
feliz pelo reconhecimento e muito saudosa por causa do distanciamento social, necessário nesse<br />
momento COVID-19.<br />
16
Para celebrar os 484 anos do Recife, a postagem contou com o frevo paródia do Hino do Galo da<br />
Madrugada, composto especialmente para a Associação Viva por Nena Queiroga, rainha do carnaval do<br />
Recife. Essa marchinha encontra-se no site e no canal da Viva no Youtube.<br />
A Associação Viva está presente há 17 anos no Recife, incentivando a leitura, a cultura e o brincar para<br />
inúmeras crianças e adolescentes..<br />
CARNAVAL SEM FOLIA<br />
Neste ano, o carnaval foi sem aglomeração, solitário, com máscara de proteção, distanciamento social<br />
e higienização das mãos e a equipe da Viva Recife não pôde fazer o tradicional frevinho nos hospitais.<br />
Porém, para marcar a data muito festejada em Recife e Olinda, a voluntária Vanessa Brisantt, que atua no<br />
HUOC-Hospital Universitário Oswaldo Cruz desde 2013, se inspirou no livro Frevolina, de Jeane Siqueira<br />
e André Neves (ilustrador) e gravou um vídeo com essa história.<br />
Marília Vilar, que além de voluntária no Hospital Maria Lucinda desde 2015, é uma linda passista, gravou<br />
outro vídeo com sua apresentação ao som do sugestivo frevo Lágrimas de Folião, de Levino Ferreira, e<br />
saudou frevando divinamente o carnaval.<br />
Estes dois vídeos, de Vanessa e Marília foram postados e muito curtidos no Facebook e no Instagram,<br />
no sábado de carnaval, dia 13 de <strong>fevereiro</strong>.<br />
Viva o frevo! Viva o carnaval cultural!<br />
Voluntária Vanessa Brisantt<br />
Performance da voluntária Marília Vilar<br />
17
CONCLUSÃO DO CURSO DOS CONTADORES DE HISTÓRIAS 2020<br />
Os 16 candidatos que concluíram os dez módulos teóricos do curso EAD para treinamento de novos<br />
voluntários aguardam ansiosos a realização dos encontros e das vivências práticas para se tornarem<br />
voluntários da Viva Recife.<br />
A coordenadora Ana Inês esteve presente durante todo o período de realização do treinamento,<br />
oferecendo suporte e orientações, com o apoio de Andrea Coltelli que atua no Desenvolvimento Humano<br />
na s<strong>ed</strong>e da Viva, em São Paulo.<br />
A Viva parabeniza os formandos e deseja sucesso:<br />
Amanda de Paula Pegado<br />
Amanda Lima Peixoto Bem de<br />
Alencar<br />
Clarissa Gomes de Lima Campos<br />
Elizabete Cristina da Silva Pereira<br />
Emanoella Santos<br />
Erivan José da Cruz Fernandes<br />
Gislene Freitas de Lima Gomes<br />
Gustavo de Almeida Castro<br />
Hamilton Darci Marcondes<br />
Mariana Dantas Gueiros<br />
Mirelly da Silva Barros<br />
Nicácia Araújo Gu<strong>ed</strong>es<br />
Priscilla Parísio Barbosa<br />
Raíssa Gomes Souto de Oliveira<br />
Rozana Ferreira Nascimento<br />
Sandra Maria de Abreu Luna<br />
Thássia de Andrade Gomes<br />
NOVOS VOLUNTÁRIOS<br />
18
VALDIR CIMINO PARTICIPA DE LIVE<br />
O grupo de narradores de histórias “É Nós Convida” chamou o fundador da Associação Viva Valdir<br />
Cimino para seu encontro mensal e virtual ocorrido em 25 de <strong>janeiro</strong>, por meio do canal do Youtube de<br />
Cecilia Göpfert. Os integrantes desse grupo contam histórias, declamam poesias e cantam.<br />
Além do escritor, contador de histórias e professor Valdir Cimino, estiveram presentes nessa live:<br />
• Valéria Coutinho Pereira, contadora de histórias e criadora do grupo Histórias de Quinta. Valéria já<br />
atuou no Hospital Copa D’Or, por meio do Instituto Rio de Histórias;<br />
• Simone Santos, contadora de histórias, escritora, professora e coach. Simone foi contadora de histórias<br />
no Hospital Getulinho, em Niterói;<br />
• Francisco Gregório, ator, contador de histórias, palestrante e oficineiro no Instituto Rio de História/<br />
Viva RJ;<br />
• Cecília Gopfert, escritora, especialista em contos de fadas, palestrante e oficineira no Instituto Rio<br />
de História/Viva RJ. Cecília já foi supervisora e contadora de histórias no Hospital Miguel Couto e no<br />
Hospital da Lagoa, também pelo Instituto Rio de História/Viva RJ;<br />
• José Matos, arquiteto, supervisor e contador de histórias do Hospital Salgado Filho;<br />
• Regina Porto, escritora, bordadeira e fundadora do Instituto Rio de Histórias que representa a Associação<br />
Viva no RJ.<br />
No dia da transmissão, participaram 235 pessoas, número que cresceu significativamente nas semanas<br />
subsequentes já que a live ficou disponível no canal do Youtube de Cecilia Göpfert.<br />
Ao final, sorteou-se quatro livros doados por Valdir Cimino. Os ganhadores foram: Soraya Farenge,<br />
voluntária do Hospital Salgado Filho; Luiza Wey, que atua no Hospital da Lagoa; Sonia Ferrara, voluntária<br />
no Hospital Miguel Couto; e Paulo Cid, professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro.<br />
TRANSMISSÃO AO VIVO É NÓS<br />
19
RODA DE CONVERSA<br />
Os supervisores do Instituto Rio de História/<br />
Viva RJ foram convidados a participar da<br />
roda de conversa coordenada por Regina<br />
Porto e Valdir Cimino, ocorrida em no dia<br />
19 de <strong>janeiro</strong>, através da plataforma Zoom.<br />
Estiveram presentes 18 supervisores e o<br />
conteúdo da conversa foi sobre atividades<br />
online, baseado em pesquisa feita no Rio de<br />
Janeiro com 199 participantes do Instituto<br />
Rio de Histórias.<br />
Essa apresentação pôde ser assistida nos<br />
dias posteriores e alcançou mais de 40<br />
pessoas.<br />
SARAU DE HISTÓRIAS<br />
Em 6 de <strong>fevereiro</strong> ocorreu o primeiro encontro<br />
de contadores de histórias do Rio de Janeiro de<br />
<strong>2021</strong>. Participaram 83 voluntários, representantes<br />
de todos os 21 hospitais parceiros do Instituto Rio<br />
de Histórias/VivaRJ, bem como Regina Porto, Ana<br />
Duek e supervisores. A apresentação foi gravada<br />
e disponibilizada para todos os 173 voluntários<br />
do Rio de Janeiro.<br />
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SOFIA, A URSINHA VITORIOSA<br />
No dia 6 de <strong>janeiro</strong> disponibilizou-se para o Projeto Viva Personas a gravação<br />
da história Sofia, a ursinha vitoriosa, de Cristina Klein, contada pela p<strong>ed</strong>agoga<br />
e psicanalista Roberta Gomes M<strong>ed</strong>eiros, além de idealizadora do projeto<br />
Vivenciando a Leitura e o Lúdico. O contato com Roberta foi feito por Claudia<br />
Guimarães.<br />
CARTEIRO DE BRINQUEDOS<br />
Na semana seguinte, dia 14, mais uma estreia no Projeto Viva Personas: a<br />
história cantada e adaptada por Celo Costa, “Carteiro de brinqu<strong>ed</strong>os”, cantor,<br />
músico, compositor e instrumentista que vive na Bahia e que Claudia Guimarães<br />
conheceu no final de 2020.<br />
REUNIÕES VIRTUAIS DE TRABALHO<br />
Em <strong>janeiro</strong> ocorreram duas reuniões com os coordenadores do projeto Viva na Bahia, nos dias 15 e 29.<br />
Já em 3 de <strong>fevereiro</strong>, Claudia, Loide e Edvaldo definiram o planejamento estratégico com os voluntários<br />
de Salvador.<br />
No dia 11 de <strong>fevereiro</strong> ocorreu o primeiro encontro com os voluntários para debater os seguintes<br />
assuntos: Plano de Trabalho <strong>2021</strong>, pesquisa Perfil do Voluntário, Projetos Viva ON e Uma História Viva,<br />
além de definirem as inscrições para o Curso de Formação, em EAD.<br />
PROJETO UMA HISTÓRIA VIVA, LANÇAMENTO<br />
A equipe da Viva Bahia inovou com a concretização do projeto Uma História Viva, no qual são convidadas<br />
pessoas de Salvador para contar a própria história em vídeo e mostrar o talento e o trabalho que<br />
realizam. Cada mês terá um tema. Como contrapartida, todos os depoimentos serão divulgados nas<br />
r<strong>ed</strong>es sociais da Viva Bahia.<br />
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O primeiro tema escolhido pelo projeto foi carnaval e ocorreu em<br />
26 de <strong>fevereiro</strong>. O convidado foi o artista plástico Alberto Pita que<br />
há 40 anos desenvolve trabalho de pesquisas e criações artísticas,<br />
apreciados nos blocos afro, afoxés e de índios em Salvador, além de<br />
exposições em Frankfurt, Angola, EUA, França e Londres. A assessora<br />
de Alberto, Lilibeth, interm<strong>ed</strong>iou o contato e o artista gentilmente<br />
contou a história dos tecidos desenvolvidos por ele que embelezam<br />
as vestimentas dos blocos de carnaval.<br />
Agradecimento ao apoio de Rafaela e Ana Paula, que trabalharam na<br />
criação do card de divulgação. O vídeo está disponível nas páginas do<br />
Facebook e Instagram da Viva Bahia. Confira!<br />
DESAFIO LANÇADO, DESAFIO CUMPRIDO<br />
A equipe de coordenadores da Viva Bahia lançou, no início de <strong>março</strong>, um desafio aos contadores de<br />
histórias da equipe para que gravassem um vídeo de até um minuto para ser divulgado nas r<strong>ed</strong>es<br />
sociais. A aceitação foi boa e oito vídeos puderam ser postados.<br />
GRUPO NO WHATSAPP<br />
Além do grupo constituído no WhatsApp com todos os contadores da Viva Bahia, no dia 3 de <strong>março</strong><br />
criou-se um novo, formado por voluntários veteranos com o objetivo de definir os títulos de livros<br />
para as Domingueiras. Na primeira reunião, decidiu-se priorizar escritores baianos considerando os<br />
temas sugeridos pela s<strong>ed</strong>e. A história para a primeira Domingueira do ano será de um livro que ainda<br />
será lançado e que fala deste momento de pandemia, dos sentimentos e de superação. A narrativa é<br />
contada por Yalle, um menino de 9 anos. Uma voluntária do grupo fará a apresentação dessa história<br />
na Domingueira do dia 28.<br />
ENCONTRO DE CABEÇAS DE CHAVE<br />
No dia 11 de <strong>março</strong> ocorreu a primeira reunião com os Cabeças de Chave dos hospitais parceiros. Os<br />
temas abordados: trabalho conjunto, parcerias, participação no Projeto Viva On, m<strong>ed</strong>iação de leitura e<br />
escolhas dos livros para as Domingueiras do ano.<br />
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PROJETO UMA HISTÓRIA VIVA, 2ª EDIÇÃO<br />
Um mês após o lançamento do projeto Uma História Viva, foi<br />
postado o segundo vídeo do projeto, dessa feita com Gerson<br />
Guimarães, um compositor já gravado por grandes nomes da<br />
música brasileira, professor de História com experiência de mais<br />
de trinta anos e autor do premiado musical O Circo de Só Ler,<br />
considerado o melhor espetáculo infantojuvenil de 2014, pela<br />
premiação Braskem de Teatro. Como professor, criou o projeto<br />
História Cantada, uma aula-show que utiliza recursos do teatro<br />
e da música como ferramentas do aprendizado. Gerson criou o<br />
musical infantil A Banda da Limpeza, com canções voltadas para<br />
temas sobre <strong>ed</strong>ucação ambiental, relação com a produção de lixo<br />
e outras questões ecológicas.<br />
Com tanta experiência e talento, o resultado final do vídeo ficou<br />
incrível e está disponibilizado nas páginas do Facebook e do Instagram da Viva Bahia. Confira!<br />
DOMINGUEIRA<br />
No dia 28 de <strong>março</strong>, ocorreu a 1ª Domingueira Virtual de Histórias<br />
de <strong>2021</strong> com a participação da voluntária Carla Chastinet da<br />
equipe da Bahia que contou a história O diário de uma quarentena:<br />
narrativa de uma criança na pandemia. A criança em questão,<br />
que é também a autora do livro, chama-se Yalle Tárique, um<br />
menino de 9 anos que se inspirou nos momentos de estresse em<br />
que ele e sua família passaram quando seu tio foi contaminado<br />
pelo coronavírus e chegou a ficar internado em uma Unidade de<br />
Terapia Intensiva.<br />
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UBATUBA|SP<br />
RENOVAÇÃO DE PARCERIA<br />
Violeta Dib Cimino e Valdir Cimino estiveram em <strong>março</strong> na Secretaria de Educação e Saúde de Ubatuba<br />
a fim de renovar as ações que a Associação Viva promove na r<strong>ed</strong>e pública da cidade. A dupla participou<br />
de uma reunião com 40 coordenadores da r<strong>ed</strong>e de <strong>ed</strong>ucação, relataram as ações e divulgaram o curso<br />
de formação de contadores de histórias. O sucesso da iniciativa resultou em mais um ano de curso para<br />
as duas áreas<br />
AQUI TEM CONTADORES DE HISTÓRIAS ON-LINE<br />
Olá, sou a Vivian, a voluntária virtual da Viva.<br />
Estamos juntos com você durante a quarentena!<br />
Veja como:<br />
PLANTÃO DE HISTÓRIAS<br />
AO VIVO<br />
VIVA PERSONAS<br />
QUARENTENA<br />
COM A VIVA<br />
SEGUNDA A SÁBADO<br />
10h às 12h e 15h às 17h<br />
Aponte a câmera do seu celular<br />
para o QR code ou acesse<br />
www.viva<strong>ed</strong>eixeviver.org.br<br />
#HISTÓRIASDEBOMDIA<br />
#HISTÓRIASDEBOANOITE<br />
Livros digitais, Vídeos de histórias e o Jogo Eu Conto! na versão ON-LINE<br />
www.bisbilhotecaviva.org.br<br />
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www.viva<strong>ed</strong>eixeviver.org.br<br />
© Colors 2020<br />
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VARAL LITERÁRIO POR MARGA<br />
Que tal conhecer um pouco mais sobre literatura indígena?<br />
Na nossa literatura, as histórias sobre índios eram contadas pelos brancos, ou seja, com a visão do<br />
outro, daquele que chegou aqui e dominou a terra. As primeiras obras que falavam sobre índios são<br />
do século XIX, com José de Alencar e sua visão romantizada da época. A partir daí, vem ao nosso<br />
conhecimento várias histórias sobre os índios, suas lendas, seus costumes, porém sempre vistos pela<br />
ótica do homem branco. Só na segunda metade do século XX é que começaram a aparecer escritores<br />
indígenas. Atualmente, vários deles se destacam como: Daniel Munduruku, Kaká Werá Jecupé, Eliana<br />
Potiguara, Ailton Krenak, entre outros. Desse grupo, selecionamos Daniel Munduruku, pelo seu trabalho<br />
dentro da literatura infantil quer como escritor, quer como contador de histórias. Espero que apreciem<br />
a leitura.<br />
DANIEL MUNDURUKU<br />
Daniel Munduruku nasceu em Belém (PA) em 1964 e pertence a etnia indígena Munduruku. Passou sua<br />
infância entre a cidade e a aldeia onde nasceu seu pai. Estudou e se tornou professor. É graduado em<br />
Filosofia, História e Psicologia e tem mestrado em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo.<br />
Também é diretor-presidente do Instituto UK’a- Casa dos Saberes Ancestrais.<br />
Como escritor, se destaca na área de literatura infantil, com relatos indígenas engraçados ou que falam<br />
de amor e até histórias assustadoras. Atualmente, Daniel Munduruku é membro da Academia de Letras<br />
Tolerância de Lorena e recebeu a comenda do mérito cultural por duas vezes, além de vários prêmios no<br />
Brasil e no exterior. Entre eles, Daniel ganhou o prêmio Jabuti da Academia Brasileira de Letra, o prêmio<br />
Érico Vanucci Mendes (CNPq) e o prêmio Tolerância (UNESCO).<br />
Preparei um mix das entrevistas de Daniel para que vocês possam conhecer melhor seu trabalho e suas<br />
ideias.<br />
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Quem é Daniel Munduruku?<br />
DM: Pertenço a um povo ancestral chamado Munduruku que carrega consigo a honra e a dignidade<br />
de ser brasileiro. Tenho orgulho de ser um brasileiro, pois nosso país carrega em seu DNA uma<br />
interculturalidade de fazer inveja a todos os demais países deste nosso planeta.<br />
É comum, no entanto, as pessoas olharem para mim e, devido à minha aparência, me verem um “índio”.<br />
Elas seguem a imagem que foi introjetada na mente delas. Pois lhes digo: eu sou Munduruku. Não sou<br />
“índio”. Não sou um apelido, uma negação. Sou uma afirmação, sou parte de um povo que tem uma<br />
história linda para contar.<br />
Naturalmente, quando eu era criança, não tinha acesso à tecnologia, apenas aos divertimentos que a<br />
nossa própria comunidade possuía. Cresci correndo no meio do mato, subindo em árvore, nadando<br />
nos rios, andando de canoa, ouvindo histórias que iam desde a criação do mundo a partir da ética do<br />
nosso povo, até as histórias de assustar que os avós, os velhos, os amigos e os irmãos contavam. Entre<br />
os indígenas o grande livro é a própria natureza, a soci<strong>ed</strong>ade e a maneira como essas soci<strong>ed</strong>ades se<br />
organizaram para viver a vida.<br />
Como você se tornou um escritor?<br />
DM: Nunca pensei muito nesse processo de escrever histórias. Às vezes, chegam à minha cabeça e me<br />
dá vontade de escrever sobre um tema. Há tempo eu só escrevia narrativas com a temática indígena.<br />
Hoje, eu dei um salto porque tem coisas que eu preciso dizer para as pessoas e não preciso usar só o<br />
argumento indígena. No livro O Menino e o Pardal falo do crescimento que acontece com qualquer<br />
criança de qualquer lugar do planeta.<br />
Como você aborda os temas da cultura indígena em seus livros?<br />
DM: Nos meus livros procuro mostrar os costumes indígenas para as crianças entenderem que os<br />
indígenas são povos mágicos e que essa mágica existe. O ocidente é tão racional que não permite que<br />
as crianças desenvolvam sua mágica interna. Vem aquela coisa chapadinha da explicação do currupira<br />
e do saci.<br />
Nos meus livros quero que a criança vivencie essa mágica, quando eu digo a elas que a gente sabe fazer<br />
chover, conversa com os espíritos da floresta, que a gente chama de avô o rio, considera os pássaros<br />
como nossos primos e que, quando os pássaros voam, trazem notícias de outros lugares. Na minha<br />
conversa com eles vou procurando colocá-los no contexto da cultura indígena.<br />
Como você se tornou um contador de Histórias?<br />
DM: Foi dando aulas que me descobri contador de histórias. Eu saia contando histórias nas escolas,<br />
nas praças e nas casas de amigos. Tempos depois, isso fez com que eu começasse a escrever minhas<br />
próprias histórias, sempre com o olhar voltado para as crianças e os jovens. Daí em diante, escrevi mais<br />
de quarenta livros e quero escrever muito mais ainda.<br />
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O que é literatura indígena?<br />
DM: Literatura indígena é na realidade só uma palavra. Quando pensamos em escrever ou criar algo<br />
que pudesse ajudar às crianças brasileiras a conhecer melhor os povos indígenas, nem sabíamos que<br />
essa ação se chamava literatura. Isto foi aos pouquinhos sendo aprendido até que num determinado<br />
momento virou literatura e é indígena porque é escrita por autores indígenas, por pessoas que tem<br />
experiência da soci<strong>ed</strong>ade e comunidades indígenas, e essa experiência vem sendo passada e repassada<br />
através desta plataforma que é a escrita.<br />
Para nós literatura indígena não é apenas a arte da escrita. Nós entendemos a literatura como parte da<br />
cultura indígena. Como a cultura indígena não faz separação entre manifestações culturais, a literatura<br />
passou a ser parte integrante dos saberes indígenas como a dança, o canto e o grafismo. No meu ponto<br />
de vista, procuro fazer um livro que ajude a diminuir os preconceitos e a exclusão social. Eu tenho a<br />
função de dar aos meus leitores (especialmente, às crianças) uma visão diferenciada dos povos indígenas.<br />
Dentro da temática indígena tem alguns temas mais comuns?<br />
DM: Temos alguns temas mais comuns, sim, como a mitologia. Há muitos autores indígenas que se<br />
inspiram nos nossos mitos tradicionais. Eu e outros autores recontamos mitos de outros povos indígenas.<br />
Por exemplo, eu pego uma história do povo Yanomami que eu li e reconto. Eu não crio em cima de uma<br />
história. Eu não faço ficção. Eu conto a história sob o meu ponto de vista.<br />
O escritor indígena enxerga o branco com alguma superficialidade, assim como o branco enxerga<br />
o indígena?<br />
DM: Com certeza. Na minha vivência com os indígenas e, de maneira geral, com os escritores indígenas,<br />
acho que eles ainda carregam consigo uma visão também estereotipada do homem branco. E isso, às<br />
vezes, transparece nas obras. É claro que isso está relacionado ao contato mal feito, mal realizado entre<br />
as duas soci<strong>ed</strong>ades.<br />
Quem foi o primeiro escritor indígena que publicou um livro? Você tem ideia de quantos autores<br />
indígenas? Quantas obras?<br />
DM: Livros escritos por indígenas começaram a surgir a partir do final da década de 60. Eram publicações<br />
feitas mais como material didático para as comunidades indígenas. Hoje temos uma boa produção com<br />
vários autores indígenas. Essa produção foi estimulada e reforçada pelos projetos do governo, com a<br />
compra de livros, que surgiu a partir de 2008 com a lei que obriga as escolas a trabalharem as temáticas<br />
indígena, africana e afro-brasileira nas salas de aula. Isso fez com que houvesse uma demanda maior<br />
pela temática indígena. As <strong>ed</strong>itoras viram um nicho mercadológico e isso estimulou o aparecimento de<br />
novos autores indígenas.<br />
Em relação a crítica, as obras de autores indígenas são bem-vistas ou tem certa condescendência?<br />
DM: Tem gente que diz que literatura indígena não existe. Sou questionado por alguns colegas quando<br />
eu digo que a literatura que eu faço é indígena e não apenas literatura.<br />
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Estes dizem que o que eu escrevo tem qualidade de literatura e não de indígena. Sou’ indígena e,<br />
portanto, um escritor indígena e o fato de reforçar isso é importante nesse momento. Pode ser que<br />
daqui a um tempo a gente acabe conquistando um outro espaço para a nossa literatura e outros autores<br />
indígenas possam vencer esse embate.<br />
Uma mensagem final<br />
DM: Para finalizar gostaria de recorrer à memória do meu avô Apolinário. Ele era um velho muito sábio<br />
que cumpriu sua tarefa ancestral de nos oferecer sentidos. Quando se sentava para contar histórias,<br />
sempre nos lembrava que “se o momento atual não fosse bom não se chamava presente”. Quando<br />
pressentia que eu estava triste, frustrado e decepcionado com meus caminhos na cidade, me levava até<br />
o rio que corria pela aldeia e dizia: “Temos que ser como o rio, meu neto. O rio tem uma voz dentro dele<br />
que o lembra que ele não pode nunca desistir quando encontra um obstáculo à sua frente. Se o fizer<br />
jamais irá cumprir seu destino de encontrar-se com o mar. Rio que desiste apodrece e nele não será mais<br />
possível encontrar vida, alegria. Rio podre é aquele que desistiu de seguir adiante. Nós temos que ser<br />
como o rio, meu neto. Não podemos desistir jamais”. Cada ser humano tem que buscar sua liberdade.<br />
Algumas obras de Daniel Munduruku:<br />
Histórias de índios: Ilustrações de Laurabeatriz. 1996, Cia das Letrinhas.<br />
Esse livro traz um conto da cultura Munduruku O menino que não sabia sonhar, que fala de Kaxi,<br />
um garoto como outro qualquer, exceto pelo fato de ter sido escolhido pelo pajé como seu sucessor.<br />
Para ser iniciado nos segr<strong>ed</strong>os da pajelança, o pajé lhe ensina que é preciso sonhar, pois nos sonhos<br />
residem os grandes mistérios da vida. A <strong>ed</strong>ição inclui desenhos de crianças indígenas e fotos de aldeias<br />
Munduruku.<br />
As serpentes que roubam a noite e outros mitos. 2001, Peirópolis.<br />
A obra é uma coletânea de seis histórias contadas pelos velhos Munduruku para suas crianças. Essas<br />
histórias remetem a temas ou situações voltadas para as origens da cultura e da história dos Munduruku,<br />
contadas como memória do povo aos jovens para despertar o amor pela sua própria história e cultura.<br />
Além dos contos, a <strong>ed</strong>ição é complementada por dois textos informativos: sobre a história do povo<br />
Munduruku no Brasil, seus hábitos, tradições e costumes; e outro em que o autor busca desmistificar a<br />
imagem do índio como um ser quase beatificado, puro e bom.<br />
Contos indígenas brasileiros. 2004, Global.<br />
Os oitos contos selecionados pelo autor, a partir de um critério linguístico, têm a intenção de retratar,<br />
através de seus mitos a caminhada de alguns de nossos povos indígenas do norte ao sul do país. A<br />
leitura dá às crianças uma rica visão de nossa herança cultural.<br />
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Karu Tarú, o pequeno pagé, com Marilda Castanha. 2013, Edelbra.<br />
Desde pequeno, Karú Tarú já sabia que teria um destino especial. Estava sendo preparado para ser um<br />
pajé, o grande líder de sua tribo. Mas essa importante missão o intrigava. Por que havia sido escolhido?<br />
Por que ele era considerado especial, se todos nasciam com o mesmo dom?<br />
O segr<strong>ed</strong>o da chuva. 2003, Ática.<br />
Para salvar seu povo da seca, o garoto Lua sai em busca do Espírito da Chuva.<br />
Catando piolhos, contando histórias, com Maté. 2006, Escarlate.<br />
Esse livro traz oito histórias de mitos, lendas dos espíritos da floresta, lições de vida e narrativas de<br />
memórias de brincadeiras;<br />
Outras obras:<br />
O homem que roubava horas. 2007, Brinque Book<br />
O Banquete dos Deuses. 2000. Global<br />
Crônicas de São Paulo. 2004, Callis<br />
Foi vovó que disse. 2015, Edelbra<br />
Pesquisas que fiz para escrever este artigo:<br />
Revista Eletrônica Coletiva nº 1, 13 de junho de 2018<br />
Educação e diferenças<br />
Tempo, tempo, tempo - Daniel Munduruku<br />
Vídeos:<br />
Daniel Munduruku/ Entrevista/ Super Libris (Mix TV SESC)<br />
https://youtu.be/HQSWmDuWEKE<br />
Daniel Munduruku/ Callis Editora/Literatura Infantil<br />
https://youtu.be/EdGxYVXXFE<br />
Entrevista para Revista nova Escola<br />
https://youtu.be/4kLFgqMXe6s<br />
DICA: para quem quiser mais informações, Daniel Munduruku tem canais no Facebook e no Instagram.<br />
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PALAVRA DO CONTADOR POR MONIK LELIS<br />
A partir deste trimestre, selecionarei alguns depoimentos de contadores que participam do projeto Viva<br />
On, divulgando histórias para crianças e adultos de todo o Brasil.<br />
Contador de histórias André Cazotti<br />
Compartilhando histórias e experiências<br />
Meu nome é André Cazotti e sou contador da Viva na cidade de São<br />
Paulo e coordenador do Viva On no período da tarde, às sextasfeiras.<br />
É gostoso dividir as experiências com outros contadores de<br />
histórias fantásticas, os quais não teríamos contato se estivéssemos<br />
no ambiente hospitalar. Pessoas de outras cidades, com outros<br />
sotaques, outros estilos para contar histórias e com dicas de livros.<br />
Há troca de experiências, de confidências... Tudo muito bom! Por<br />
isso, a cada sexta-feira, quando eu encerro a sala, tenho certeza que<br />
fica implantado no coração de todos que participaram um gostinho<br />
de “quero mais” e de que a próxima contação será igual ou ainda<br />
melhor.<br />
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