Revista EXATO - Edição 17 - Setembro 2020

maticamente para novas versões,
sem necessidade de novos pagamentos
ou pagamentos extras. Alguns
exemplos de empresas e softwares
que utilizam esse modelo
são: Adobe (Photoshop, Lightroom,
InDesign, Acrobat...), Microsoft (pacote
Office...), antivirus, Corel (Corel-
Draw, PhotoPaint...), AutoDesk (AutoCAD...)
entre outros.
O Windows é uma exceção,
que continua sendo vendido no
modelo antigo (em mídia física ou
por download), mas que permite
atualização sem custos adicionais
dentro da versão. A última mudança
de versão, quando foi lançado o
Windows 10, a Microsoft ofereceu
a usuários das versões 7 e 8, atualização
gratuita por um período
de tempo, passando a cobrar pela
nova versão depois de terminado
esse prazo. Mas, até hoje ainda é
possível, em alguns casos, mudar
do Windows 7 ou 8 para a versão 10,
sem custo.
Mas, voltanto ao sofware livre,
infelizmente, nestes mais de 35
anos atuando na área de tecnologia,
o que mais escuto em relação
aos programas deste modelo, por
parte de usuários, é que “se é de
graça não pode ser bom”. Bem, isto
é completamente errado! Existem
inúmeros programas de código
aberto e gratuitos que são superiores
a seus concorrentes comerciais.
É verdade, podem acreditar. E
aqueles que não são melhores, em
sua maioria são tão bons quanto
os comerciais. Por quê? Simples! O
custo de desenvolvimento de novas
versões é muito baixo, já que milhares
de programadores espalhados
pelo mundo trabalham para melhorar
o programa, incluindo novas
funções e capacidades, cabendo à
empresa “dona” do programa, apenas
validar estas implementações e
melhorias e disponibizar ao público
a nova versão. Nos demais modelos,
as empresas tem que contratar e
pagar programadores, analistas de
sistemas, analistas de testes, testadores...
enfim, uma infinidade de
profissionais para desenvolver uma
nova versão. E isso pode custar milhões
de dólares.
E como isso pode ajudar
você e sua empresa? No bolso e na
velocidade com que essas atualizações
permitem que você trabalhe
com mais qualidade. Vamos usar
como exemplo, apenas o pacote de
programas de escritório, o famoso
MS Office, composto por Word, Excel,
PowerPoint, OneNote e Outlook.
Na versão caseira, que você pode
instalar em até 6 computadores,
você vai pagar US$99.99 por ano,
fora taxas. Se for para sua empresa,
o valor é de US$12.50 por mês, por
computador, mais taxas. Digamos
que você tem 6 computadores na
sua empresa. Então você pagará,
por ano, US$900.
O pacote gratuito que concorre
com o Office, chama-se LibreOffice
e é composto por processador
de textos (Writer), planilha
(Calc), editor de apresentações (Impress),
editor gráfico (Draw), banco
de dados (Base ), editor de fórmulas
matemáticas (Math) e módulo de
criação de gráficos (Chart). Como
você pode ver, o pacote gratuito
tem mais funções do que o comercial,
além de ser 100% compatível
com o concorrente comercial e
você acabou de economizar $900
para a sua empresa em um ano.
“Mas, eu posso usar a versão
do Office Home nos 6 computadores
da minha empresa e gastar
apenas $100!” Pois é, aí está outro
grande erro dos usuários. As empresas
de softwares comerciais
tem regras claras e rígidas quanto
ao licenciamento de versões caseiras
(Home), profissionais (Business)
e estudantis (Student). As versões
Home não podem ser usadas em
computadores que são utilizados
em atividades comerciais/profissionais
de empresas, embora as
versões Business possam ser utilizadas
em computadores pessoais.
E as versões Student somente podem
ser usadas em computadores
de instituições de ensino e para
comprá-las, o usuário deve comprovar
sua ligação a uma escola ou
universidade.
“Ah, mas ninguém vai saber
que eu usei a versão caseira nos
computadores da empresa.” Bem,
você pode arriscar, mas lembre-se
que aqui na América, leis são cumpridas
e, normalmente, com rigidez.
Caso você seja identificado por uso
indevido de uma versão Home na
sua empresa, você será processado,
deverá pagar uma multa que
pode chegar a 20 vezes a diferença
de valor entre as versões e ainda
pode ir para a cadeia.
Então, proteja-se e economize.
É claro que há situações em
que não existe nenhuma opção de
software grátis ou de código aberto
e neste caso, você terá que utilizar
um programa comercial. Por
isso, economize naqueles que você
pode, para pagar aqueles que não
tem opção.
E se tiver dúvidas sobre
a existência de alternativas grátis
para um programa, consulte o site
www.alternativeto.net onde você
pode colocar o nome do programa
comercial e encontrar diversas alternativas,
comercials e gratuitas.
Um grande abraço e até à
próxima edição.
www.revistaexato.com
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