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DIVERSA

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Crónica - Da Televisão à Realidade

UMA VISÃO UTÓPICA QUE FICOU POR SER

ESCRITA EM HOLLYWOOD

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DA

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TELEVISÃO

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À

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REALIDADE

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RAFAEL PAIS

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A crónica sobre a famosa agenda homossexual ilumina

a maneira como a representação é extremamente

fundamental no combate às desigualdades sociais. Se

as diversidades de realidades forem ilustradas nos

grandes painéis que atravessam continentes e diminuírem

a discriminação social, como seria o mundo

atualmente se as barreiras invisíveis que impedem

as minorias sociais de alcançarem a igualdade tivessem

sido quebradas, pela indústria cinematográfica,

nos anos de 1940? Aqui está uma boa questão. E até

acho que Ryan Murphy a conseguiu ilustrar no seu

mais recente projeto televisivo. A nova série original

da Netflix, Hollywood, reescreve a “Era de Ouro” do

cinema americano e representa o mundo de oportunidades

que daí poderia ter surgido. “E se?” é a grande

questão que se coloca ao longo desta emotiva série

e, infelizmente, apesar de não existir uma conclusão

definitiva, a única coisa que podemos fazer é refletir.

Refletir sobre o passado e as ações que ficaram por

fazer. Refletir sobre os preconceitos da cultura cinematográfica

e o medo pela diferença. Refletir sobre

tanto, mas nada traz de volta estas décadas perdidas.

Hollywood conta com um grupo de personagens principais

pertencentes a minorias sociais, que, por ação

do destino, se cruzam e aspiram alcançar o grande

estrelato no cinema americano. Jack Castello, um homem

caucasiano com o sonho de ser ator, Archie, um

argumentista negro e homossexual extramente talentoso,

que se apaixona por Rock Hudson, também

aspirante a ator, Raymond, um homem meio-asiático,

com o sonho de ser realizador e a sua namorada,

Camille Washington, uma mulher negra, também

aspirante a atriz. Estas são, de facto, personagens

que tinham de tudo para serem rejeitadas na cultura

americana de 1940. Eram homossexuais, negros,

asiáticos, mulheres, indivíduos sem experiência na

representação devido à inexistência de oportunidades.

No entanto, numa série fictícia e extremamente

exagerada, os planetas parecem alinhar-se para lhes

oferecerem as oportunidades das suas vidas. Com o

desenrolar da temporada, estas personagens acabam

por conseguir, com muito esforço e sacrifício, reservar

o seu lugar num dos maiores estúdios de Hollywood,

Ace Pictures, e estrelar no filme “Meg”, que retrata a

história de uma mulher negra que vê os seus sonhos

despedaçados após não conseguir atingir o sucesso

nesta indústria. No mundo ideal da Netflix e, que de

nenhum modo representa a realidade crua da história

cinematográfica americana, o filme “Meg”, realizado

juntamente com a nova diretora do Ace Pictures, Avis

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