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MPSP indefere representação por pedofilia

Dra Natalie Riskalla Anchite indefere ação privada de Nelson da costa medeiros junior, pois, primeiramente a corrupção de menor está prescrita, e secundariamente a jurisprudencia tem Wagner Schwartz como dolo maior a integridade de menor, sendo indeferida por insignificância. Wagner Schwartz tocou em criança menor de 8 anos estando nú. A Secretaria Municipal de Cultura de Guarulhos financiou espetáculo que realizou pouca corrupção de menor, visto que o menor tinha 16 anos. Arquivado, sendo possivel verificar direitos em outros âmbitos como o trabalhista.

Dra Natalie Riskalla Anchite indefere ação privada de Nelson da costa medeiros junior, pois, primeiramente a corrupção de menor está prescrita, e secundariamente a jurisprudencia tem Wagner Schwartz como dolo maior a integridade de menor, sendo indeferida por insignificância. Wagner Schwartz tocou em criança menor de 8 anos estando nú. A Secretaria Municipal de Cultura de Guarulhos financiou espetáculo que realizou pouca corrupção de menor, visto que o menor tinha 16 anos. Arquivado, sendo possivel verificar direitos em outros âmbitos como o trabalhista.

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Representação nº 43.0155.0002466/2020-3 SIS-MP

SEI 29.0001.0034032.2020-19

Trata-se de representação ofertada por Nelson da Costa Medeiros Junior,

narrando, em síntese, que no ano de 2007 o Fundo Municipal de Cultura financiou

o espetáculo “Prophetae”, tendo como proponente Lucia Helena dos Santos

Romero. Ocorre que não teria sido adequadamente verificada a prestação de

constas. Ainda, aduz que à época dos fatos era adolescente e que a proponente teria

cometido “abuso de menor”.

Narra que no ano de 2006, Ademir Antunes de Souza teria pedido ao

representante e os atores ficassem nus e que todos corressem e virassem

cambalhotas. O representante teria presenciado cenas de nudez e manipulado fogo

e querosene por pedido de Lucia Helena, que também teria pedido que o

representado fumasse um cigarro no palco. Informa que não houve pedido de

alvará perante a Vara da Infância e Juventude e que o representante narra recebeu,

tendo sido ludibriado a trabalhar de graça como contrarregra. Informa que não

possui testemunhas dos fatos. Apresenta documentos consistentes em notícias de

jornal acerca do espetáculo, protocolo de registro na Ouvidoria do Município de

Guarulhos, além de boletins de ocorrência registrados perante a Polícia Civil.

É o essencial.

A representação deve ser indeferida.

Com efeito, os fatos teriam ocorrido nos anos de 2006 e 2007, quando o

representante possuía 17 anos, já tendo há muito alcançado a maioridade.

Endereço: Rua Sete de Setembro, nº 138, 7º Andar, Centro, Guarulhos/SP, CEP

07011-020 Telefone: (11) 4568-7672


Nesse contexto, o Ministério Público, em especial com atribuição para

questões relacionadas à Infância e Juventude, não possui legitimidade para

qualquer medida em favor do representante.

Ademais, eventual infração administrativa prevista no art. 258 do ECA, à

qual se aplica as regras do direito administrativo, já há muito prescreveu, uma vez

que decorrido prazo superior a 5 anos.

Em relação aos fatos em tese criminosos, o representante realizou a

lavratura de Boletim de Ocorrência, de forma que cabe à Autoridade Policial a

análise e adoção de eventuais medidas cabíveis.

Quanto a possíveis irregularidades no financiamento do espetáculo pelo

Fundo Municipal de Cultura, não se trata de questão afeta ao direito da criança e

adolescente.

Deixo, no entanto, de remeter cópias à Promotoria de Justiça com atribuição

para questões relacionadas ao patrimônio público, uma vez que a representação

apenas menciona genericamente irregularidades na prestação de contas, sem

especificá-las ou juntar documentação pertinente.

Consigne-se que o representante poderá ofertar representação à Promotoria

de Justiça acima referida, se assim o desejar.

Assim, verifica-se dos autos que não há indícios mínimos a ensejar a

instauração de inquérito civil, tampouco de procedimento dele preparatório nesta

Promotoria de Justiça com atribuição específica e limitada aos direitos das crianças

e adolescentes.

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Pelo exposto, indefiro a presente representação, com fundamento no artigo

5° da Resolução CNMP 23/2007 e art. 15 do Ato Normativo 484-CPJ de 2006.

Cientifique-se o representante, nos termos do §1º do artigo 5° da Resolução

CNMP 23/2007 e §2º do art. 15 do Ato Normativo 484-CPJ de 2006.

Guarulhos, 1 de junho de 2020.

Natalie Riskalla Anchite

Promotora de Justiça

Endereço: Rua Sete de Setembro, nº 138, 7º Andar, Centro, Guarulhos/SP, CEP

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