ED #189 dez

MARCO
EM 2020, A ESTRATÉGIA DE INTERNACIONALIZAÇÃO
DA SIBS ALCANÇA UM NOVO MARCO COM A
AQUISIÇÃO DA ROMCARD/SUPERCARD, EMPRESA
COM MAIS DE 25 ANOS DE EXPERIÊNCIA NO SECTOR
um papel muito importante, que até
se acentuou durante a pandemia: o de
levar serviços digitais às pessoas menos
digitalizadas. Basta ver que temos mais
de 60 serviços digitais ou serviços não
presenciais na rede Multibanco e mais
de 50% das operações que são feitas num
ATM Multibanco não são levantamentos,
não são em cash – são pagamentos
ao Estado, pagamentos de serviços, pagamentos
de transporte, carregamentos
de telemóvel, entre outros. Desempenha
um papel muito importante e que resulta
na necessidade de haver esta cobertura
e presença tão próxima das populações.
Adicionalmente, também há espaço para
crescer em alguns segmentos, como é
o caso concreto do segmento turístico.
Antes da pandemia lançámos o ATM
Express, exactamente com uma lógica
de estarmos mais presentes e termos
uma localização mais próxima do segmento
turístico.
Na sua opinião, há mais espaço para o
crescimento internacional?
O melhor exemplo disso é estarmos
agora a levar a rede Multibanco para a
Roménia, um país com 19 milhões de
habitantes e que tem cerca de metade
das nossas caixas automáticas. E só
não tem este nível de capilaridade
como também não tem estes serviços,
que actualmente disponibilizamos.
Portanto, também do ponto de vista
internacional, há espaço para crescer
a rede Multibanco.
Com a crescente digitalização, será possível
vivermos uma vida essencialmente
cashless em Portugal?
Em Portugal sem dúvida. A nossa ambição
é também tornar isso possível na
Roménia, na Polónia e em outros países
onde estamos presentes. As compras,
as transferências entre pessoas, as
compras em e-commerce, tudo isso está
actualmente disponível no telemóvel,
no cartão, no homebanking.
Em quanto tempo?
O facto de ser possível não significa que
aconteça. O dinheiro é algo bastante
resiliente até porque como se vê muitas
vezes as pessoas preferem ter várias
alternativas. Basta ver que temos um
processo bastante eficiente e inovador do
ponto de vista do tratamento de cheques,
que é um instrumento em desuso. Mas
ainda assim existem cerca de 13 milhões
de cheques a circular em Portugal todos
os anos. Os hábitos demoram muito tempo
a alterar-se. Estamos a assistir a essa
redução e à aceleração dos pagamentos
digitais. O nosso papel como SIBS é
garantir que temos a experiência o mais
conveniente possível permitindo a utilização
das várias formas de pagamento,
deixando essa escolha para o utilizador
e para a empresa.
EXECUTIVE DIGEST.PT 33