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Catequese
Instrumento de evangelização
A
Catequese representa o conjunto
de esforços empreendidos pela
Igreja para anunciar o Evangelho, e
fazer com que a Pessoa de Jesus Cristo
seja conhecida por todo o mundo. Destina-se
a crianças, jovens e adultos, e consiste
no ensino orgânico e sistemático
da doutrina cristã. Este ensino deve ser
ministrado conforme o entendimento e
o nível intelectual das pessoas. Deve ser
aplicado ao longo de toda a vida do cristão,
e aprofundado gradativamente na
medida em que o teófilo progride no seu
conhecimento e na sua fé, avançando
sempre para águas mais profundas.
A Tradição da Igreja nos mostra que
nos primeiros séculos do Cristianismo,
os Padres da Igreja dedicaram grande
parte do seu ministério à catequese. É o
que podemos observar nos escritos de S.
Cirilo de Jerusalém, S. João Crisóstomo,
Santo Ambrósio, Santo Agostinho e de
muitos outros Bispos, porque eles compreendiam
a importância de explicitar
e difundir os fundamentos de nossa fé,
como forma de assegurar nossa unidade
dogmática, combater as heresias, e fazer
chegar ao conhecimento de todos a verdade
do Evangelho.
Em determinados momentos históricos
de missão da Igreja, o Espírito Santo
suscita inspirações que renovam suas
forças, acalma o mar revolto, e, como farol,
indica o caminho a seguir. Foi o que
aconteceu na segunda metade do séc.
Péricles Araújo
Coordenador do Grupo de Estudo Dei
Verbum - Paróquia Nossa Senhora de
Nazaré - Fortaleza-CE
Catequista – Paróquia Nossa Senhora de
Fátima – Fortaleza-CE
XX, quando a Igreja enfrentava os desafios,
ameaças e oposições de um novo
tempo. O Espirito Santo despertou novamente
na sua Igreja o desejo de revitalizar
a fé apostólica, e, como resposta para
este chamado, o Papa João XXIII, em
uma iniciativa destemida, abre, em 1962
o Concílio Ecumênico Vaticano II, com o
objetivo de promover um “aggiornamento”
(Atualizar) da missão evangelizadora
da Igreja, a fim de alcançar o mundo moderno
com uma abordagem atualizada da
única, perene e imutável Palavra de Deus.
Como resultado do dinamismo do
Concílio Vaticano II, e obedecendo a uma
hermenêutica de continuidade, diversas
iniciativas eclesiais se seguiram ao
Concílio na busca de aprimorar o debate
sobre o processo de catequese na Igreja,
até que o Sínodo dos Bispos de 1985 pediu:
“Seja redigido um catecismo ou compêndio
de toda a doutrina católica, seja
sobre a fé, seja sobre a moral”.
O Santo Padre João Paulo II, consciente
da necessidade de inserir no contexto
da catequese os novos problemas e
desafios da sociedade, e de adotar uma
linguagem que se comunicasse melhor
com as novas gerações, sem perder a
identidade apostólica, acolheu o pedido
dos Bispos sinodais, e, em 1992, aprovou
o Catecismo da Igreja Católica que foi redigido
à luz do Concílio Vaticano II.
Este Catecismo é uma dádiva para a
Igreja. Representa um marco da catequese,
por abordar questões novas e antigas
com uma linguagem contemporânea,
preservando a fé de sempre. Por isso,
precisa ser amplamente difundido na
catequese como um dos principais e indispensáveis
documentos do Magistério,
porque é uma bússola segura que orienta
a barca de Pedro em direção à terra firme
da ortodoxia, e oferece, aos Bispos, Doutores
da fé, aos Presbíteros e Catequistas,
um poderoso e eficaz instrumento de
evangelização.
FONTE: CATECISMO DA IGREJA
CATÓLICA. 9ª EDIÇÃO. 2014. SÃO
PAULO: LOYOLA.