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0 01<br />
1<br />
2<br />
3<br />
Estratégia e Análise3<br />
Visão, Missão e Valores 5<br />
Política de Sustentabilidade 6<br />
Mensagem do Presidente do Conselho de Administração 7<br />
Mensagem do Administrador – O ano de 2006 8<br />
02 Perfil Organizacional 9<br />
História da <strong>Celbi</strong> 11<br />
O Produto 13<br />
O Processo – da madeira à pasta desdobrável<br />
03 Go<strong>ver</strong>nação, Compromissos e Envolvimento<br />
com as Partes Interessadas 15<br />
Go<strong>ver</strong>nação 17<br />
Compromissos 22<br />
Envolvimento com as partes interessadas 26<br />
04 Desempenho Económico 29<br />
Indicadores relevantes 31<br />
Contexto económico nacional e internacional 32<br />
Impacto na economia nacional 32<br />
Enquadramento e influência na economia regional 32<br />
Proveitos 33<br />
Estrutura de custos 34<br />
Resultados 34<br />
Investimentos 35<br />
Impostos 36<br />
Expectativas para 2007 36
05 Desempenho Ambiental 37<br />
A <strong>Celbi</strong> e o EMAS 39<br />
O sistema de gestão ambiental da <strong>Celbi</strong> 40<br />
A <strong>Celbi</strong> e o ambiente em 2006 42<br />
Impactes ambientais significativos 44<br />
Desempenho ambiental – Resultados em 2006 e evoluções 47<br />
Balanço de uma tonelada de pasta em 2006 52<br />
Objectivos e programas ambientais 53<br />
06 Desempenho Social 55<br />
Gestão de recursos humanos 57<br />
Direitos humanos 64<br />
Comunidade 65<br />
07 Glossário Geral 67<br />
08 Tabela GRI 71<br />
Anexo<br />
Declaração de Verificação da Lloyd’s 79<br />
05 067<br />
0
ESTRATÉGIA E ANÁLISE | 01<br />
égia<br />
Estratégia e Análise | 01
A Visão, a Missão e os<br />
Valores da <strong>Celbi</strong> são<br />
princípios culturais que<br />
orientam todas as<br />
actividades da empresa.<br />
Visão da <strong>Celbi</strong><br />
Ser o melhor produtor europeu de pastas de fibra<br />
curta<br />
• Satisfazer o mais possível os nossos clientes,<br />
conquistando a sua fidelidade.<br />
• Ter uma imagem de Excelência no mercado e na<br />
comunidade envolvente.<br />
• Manter os nossos produtos e processos como<br />
referências nos sectores de papel e pasta.<br />
• Atrair e motivar os profissionais mais competentes.<br />
• Criar nos nossos trabalhadores um espírito de<br />
identificação e orgulho com a empresa.<br />
• Criar valor para os nossos accionistas.<br />
Missão da <strong>Celbi</strong><br />
Fornecer pastas de eucalipto, que produzimos de<br />
forma económica e ambientalmente sustentável,<br />
satisfazendo os requisitos e expectativas dos nossos<br />
clientes.<br />
Valores da <strong>Celbi</strong><br />
• Orientação para os resultados e para a Qualidade<br />
Total.<br />
• Focalização nas necessidades e expectativas dos<br />
clientes.<br />
• Empenho na defesa do meio ambiente.<br />
• Sentido de responsabilidade social.<br />
• Espírito de abertura face aos desafios e à mudança.<br />
• Versatilidade e polivalência profissional.<br />
• Ambição para melhorar, inovar e estar na vanguarda.<br />
• Descentralização e responsabilização.<br />
• Informalidade no relacionamento pessoal.<br />
Em complemento a estes princípios, a <strong>Celbi</strong> assume,<br />
perante as partes interessadas, os compromissos<br />
expressos na sua Política de Sustentabilidade.<br />
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE |2006<br />
5
ESTRATÉGIA E ANÁLISE | 01<br />
6<br />
Política de Sustentabilidade<br />
A <strong>Celbi</strong> considera ser sua responsabilidade gerir e<br />
desenvol<strong>ver</strong> a sua actividade de uma forma<br />
sustentável. Neste sentido, a <strong>Celbi</strong> compromete-se a<br />
orientar a sua actuação pelos seguintes princípios de<br />
carácter económico, ambiental e social:<br />
1. Criar valor, viabilizando economicamente a<br />
Organização, de forma a possibilitar a satisfação das<br />
expectativas dos accionistas e demais partes<br />
interessadas.<br />
2. Planear e orientar os seus esforços no sentido de<br />
satisfazer os requisitos e as expectativas dos seus<br />
clientes.<br />
3. Desenvol<strong>ver</strong>, produzir e comercializar produtos com<br />
qualidade, minimizando o respectivo impacte<br />
ambiental, estabelecendo mecanismos de prevenção e<br />
segurança e adoptando prioritariamente medidas<br />
internas consistentes com as melhores técnicas<br />
disponíveis economicamente viáveis.<br />
4. Adquirir madeira que seja explorada de uma forma<br />
legal, privilegiando o uso de madeira certificada de<br />
acordo com os requisitos de gestão florestal aplicáveis<br />
do FSC e/ou do PEFC.<br />
5. Cumprir com os requisitos das Normas ISO 9001,<br />
ISO 14001, EMAS e OHSAS 18001.<br />
6. Melhorar continuamente o desempenho e a eficácia<br />
dos Sistemas de Gestão da Qualidade, Ambiente e<br />
Saúde e Segurança, estabelecendo objectivos e metas<br />
periodicamente revistos.<br />
7. Cumprir a legislação aplicável, fixando objectivos que<br />
permitam, sempre que possível, melhorar o seu<br />
desempenho face aos requisitos legais.<br />
soc<br />
8. Adoptar critérios de minimização de riscos e<br />
impactes ambientais e sociais, na escolha de<br />
processos, tecnologias, matérias-primas e meios de<br />
transporte.<br />
9. Promo<strong>ver</strong> a redução do consumo de energia, de<br />
água e de outros recursos naturais, dando prioridade à<br />
utilização de fontes renováveis de energia.<br />
10. Adoptar processos que reduzam as quantidades de<br />
resíduos, promovendo a sua valorização interna ou<br />
externa.<br />
11. Prevenir a ocorrência de acidentes e manter um<br />
estado de prontidão operacional para fazer face a<br />
emergências.<br />
12. Estimular a participação dos trabalhadores na<br />
melhoria contínua do desempenho da organização e na<br />
consecução dos objectivos estabelecidos, promovendo<br />
a sua sensibilização e formação técnica.<br />
13. Manter processos de apoio ao desenvolvimento<br />
dos seus colaboradores, potenciando as suas<br />
competências individuais, estimulando o trabalho em<br />
equipa e premiando a orientação para resultados e o<br />
cumprimento de missões e objectivos.<br />
14. Exigir dos fornecedores o cumprimento de<br />
procedimentos, regras e princípios consentâneos com<br />
os padrões adoptados internamente, estimulando<br />
mecanismos de colaboração.<br />
15. Adoptar uma atitude de activa colaboração com<br />
todas as partes interessadas.<br />
Figueira da Foz, 23 de Março de 2007<br />
Francisco Silva Gomes – Administrador
ieda<br />
Mensagem do Presidente do Conselho de<br />
Administração<br />
Paulo Fernandes – Presidente C.A.<br />
A <strong>Celbi</strong> está comprometida com a contínua geração<br />
de resultados económicos, em harmonia com o<br />
ambiente e a sociedade.<br />
É com grande satisfação que apresento o primeiro<br />
Relatório de Sustentabilidade da <strong>Celbi</strong>, que afirma o<br />
compromisso da empresa rumo ao desenvolvimento<br />
sustentável. Acreditamos que a base deste<br />
desenvolvimento assenta na gestão responsável das<br />
questões económicas, ambientais e sociais e que a<br />
perenidade do negócio resulta do equilíbrio entre os resultados<br />
financeiros e os desempenhos ambiental e social.<br />
É nossa convicção que, no futuro, não existirão alternativas<br />
às práticas empresariais responsáveis e que estas<br />
serão fundamentais para as relações duradouras.<br />
Reconhecemos, também, que a credibilidade é essencial<br />
para manter a boa reputação de uma empresa e<br />
para atrair, motivar e reter parceiros de elevada qualidade.<br />
A nossa responsabilidade não se restringe apenas às<br />
actividades industriais, alargando-se a toda a cadeia<br />
produtiva, desde a floresta até ao produto final. O<br />
nosso ponto de partida é bastante favorável, uma vez<br />
que utilizamos uma matéria-prima renovável, a madeira.<br />
Trabalhamos no sentido de assegurar que toda a<br />
madeira provém de fontes exploradas de forma legal<br />
e sustentável e que nas nossas próprias actividades<br />
reduzimos o consumo de recursos naturais e<br />
procuramos uma gestão equilibrada da energia.<br />
A procura e a distribuição de dividendos pelos<br />
accionistas, mantendo a harmonia com o ambiente<br />
e a sociedade, são objectivos que perseguimos todos<br />
os dias. Além disso, empenhamo-nos em estabelecer<br />
relações genuínas de cooperação com as partes<br />
interessadas, que incluem accionistas, clientes,<br />
colaboradores, fornecedores, comunidade, entidades<br />
oficiais e instituições académicas.<br />
7
8<br />
no06<br />
A reorganização <strong>ver</strong>ificada durante o ano de 2006,<br />
Mensagem do Administrador – O ano de 2006<br />
O ano de 2006 foi marcado pela aquisição da <strong>Celbi</strong> à<br />
Stora Enso pelo Grupo Altri, o que teve como<br />
consequência alterações profundas na empresa.<br />
O resultado operacional foi de 33,1 milhões de Euros,<br />
mais 22% do que em 2005. Contribuíram<br />
decididamente para o resultado alcançado, o recorde<br />
de produção atingido (304 210 toneladas), o preço médio<br />
da pasta (483 €/t) e o elevado volume de vendas<br />
conseguido (312 850 toneladas).<br />
Como projectos mais relevantes em 2006, gostaria<br />
de salientar:<br />
• A obtenção do licenciamento ambiental PCIP<br />
(Prevenção e Controlo Integrados de Poluição),<br />
entrando em vigor novos limites de emissão de<br />
poluentes e novas medidas obrigatórias de gestão<br />
ambiental.<br />
• A entrada em funcionamento da unidade de<br />
tratamento biológico de efluentes, no sentido de dar<br />
cumprimento aos valores fixados no <strong>documento</strong> das<br />
melhores técnicas disponíveis aplicáveis ao Sector da<br />
Pasta e Papel, publicado pela União Europeia, no<br />
âmbito da aplicação da legislação PCIP.<br />
• O início da utilização da Estação de Compostagem de<br />
Resíduos, destinada à valorização de resíduos<br />
orgânicos produzidos na fábrica, em particular na área<br />
de armazenagem e preparação de madeiras e na<br />
estação de tratamento de efluentes.<br />
• A instalação de mais uma torre de arrefecimento e<br />
circuitos de recuperação de água, para possibilitar a<br />
redução do seu consumo no processo.<br />
Silva Gomes – Administrador<br />
levou a que fossem ocupadas mais de 20 000 horas<br />
com formação, sendo 50% do tempo aplicado no<br />
reforço de qualificações técnicas específicas do nosso<br />
processo e o restante na melhoria das competências<br />
nas áreas comportamental e de gestão e em acções de<br />
sensibilização para a segurança e saúde ocupacional.<br />
Para 2007, temos, como grandes desafios, satisfazer o<br />
volume de produção com o nível de custos e qualidade<br />
previstos no orçamento anual e iniciar o projecto de<br />
modernização da unidade fabril, aumentando a sua<br />
capacidade das actuais 300 000 toneladas para cerca<br />
de 540 000 toneladas anuais.<br />
Trata-se de um investimento de cerca de 320 milhões<br />
de Euros, que colocará a <strong>Celbi</strong> entre as empresas mais<br />
competitivas do sector a nível mundial, seguindo os<br />
princípios de desenvolvimento sustentável.<br />
Prevê-se que a fábrica, ampliada e modernizada, entre<br />
em operação no primeiro semestre de 2009.<br />
No decorrer deste período, apoiaremos o desenvolvimento<br />
das competências dos nossos colaboradores, no<br />
sentido de estarem aptos para a operação e para a<br />
manutenção das novas instalações. Vamos também<br />
apostar na qualidade e afirmação comercial do nosso<br />
produto, investindo na eficiência do processo produtivo,<br />
de forma a sustentar o nosso desenvolvimento.<br />
Os resultados e as tendências dos indicadores evidenciados<br />
neste Relatório e que decorrem da filosofia assumida<br />
de prevenção e de melhoria, são motivo de orgulho,<br />
mas também um desafio para o futuro, em que se<br />
pretende um desempenho ainda melhor.
Go<strong>ver</strong>nação, Compromissos e Envolvimento<br />
com as Partes Interessadas<br />
3.1 Go<strong>ver</strong>nação<br />
A Altri, SGPS, S.A.<br />
A Altri, SGPS, S.A. foi constituída em 1 de Março de<br />
2005, no âmbito do projecto de reestruturação da Cofina,<br />
SGPS, S.A., motivado pela concentração das suas<br />
participações financeiras numa lógica de negócio. Assim,<br />
enquanto a Cofina passou a integrar unicamente os<br />
negócios com os meios de comunicação, a Altri passou<br />
a integrar os activos industriais, compreendendo:<br />
• Celulose do Caima, SGPS, S.A. (produção de pasta<br />
de papel, produção e exploração florestal e produção<br />
de energia a partir de recursos renováveis).<br />
• F. Ramada, Aços e Indústrias S.A. (Produção de aços<br />
especiais e sistemas de armazenagem).<br />
Desde a sua constituição, a Altri passou já por di<strong>ver</strong>sas<br />
transformações que marcaram o seu percurso. Durante<br />
o terceiro trimestre de 2005, adquiriu através da<br />
Celulose do Caima (Invescaima), uma participação<br />
representativa de 95% do capital da Celtejo – Empresa<br />
de Celulose do Tejo, S.A. (anteriormente denominada<br />
Portucel Tejo), que veio posteriormente a aumentar<br />
para os 99,45% actualmente detidos. Esta operação<br />
aumentou o seu portofólio de participações no sector<br />
da pasta e papel, uma vez que a Celtejo produz e<br />
comercializa pastas kraft cruas, bem como papel kraft<br />
saco através da sua subsidiária CPK.<br />
Em Janeiro de 2006, através de um contrato que ascendeu<br />
a cerca de 7,5 milhões de euros, a Altri passou a<br />
deter 50% do capital da EDP Bioeléctrica, concretizando<br />
mais um investimento com elevadas potencialidades.<br />
A EDP Bioeléctrica tem como objectivo apoiar as<br />
necessidades energéticas do grupo e expandir a sua<br />
actividade para um sector considerado interessante do<br />
ponto de vista estratégico.<br />
Ainda no primeiro trimestre de 2006, o grupo procedeu<br />
à alienação da totalidade do investimento que detinha<br />
anteriormente na Vista Alegre Atlantis. No final do<br />
primeiro semestre de 2006, a Altri anunciou ter celebrado<br />
um contrato promessa conducente à aquisição<br />
de 100% dos direitos de voto da Celulose Beira<br />
Industrial (<strong>Celbi</strong>), S.A., negócio que foi concluído<br />
em Agosto de 2006, ascendendo o investimento a<br />
aproximadamente 428 milhões de euros. Este<br />
montante foi financiado através de dívida de médio<br />
e longo prazo junto da Caixa – Banco de Investimento<br />
e do Banco Português de Investimento, não sendo<br />
intenção da Altri proceder a qualquer aumento de<br />
capital para financiar esta transacção.<br />
<strong>Celbi</strong><br />
CPK<br />
Caima<br />
Propriedades florestais<br />
Celtejo<br />
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE | 2006<br />
17
GOVERNAÇÃO, COMPROMISSOS E ENVOLVIMENTO COM AS PARTES INTERESSADAS | 03<br />
Direcção<br />
Industrial<br />
Departamento<br />
Produção de Pasta<br />
18<br />
am<br />
Altri<br />
A <strong>Celbi</strong><br />
O modelo de go<strong>ver</strong>nação da <strong>Celbi</strong> está descrito nos<br />
Pasta de Papel e Papel<br />
seus Estatutos.<br />
A Administração da sociedade é confiada a um Conselho<br />
Capacidade produtiva<br />
560 000 toneladas/ano<br />
de Administração composto por 7 Administradores,<br />
eleitos pela Assembleia-geral, pelo período de um ano.<br />
<strong>Celbi</strong><br />
305 000 toneladas/ano de pasta branqueada de eucalipto<br />
O Presidente é escolhido pelo Conselho.<br />
(processo kraft)<br />
Conselho de Administração<br />
Caima<br />
Paulo Fernandes (Presidente)<br />
115 000 toneladas/ano de pasta branqueada de eucalipto<br />
Borges de Oliveira<br />
(processo ao sulfito)<br />
Comissão Executiva Dolores Ferreira<br />
Celtejo<br />
Ferreira de Matos<br />
140 000 toneladas/ano de pasta de eucalipto não branqueada<br />
Silva Gomes<br />
(processo kraft)<br />
Domingos de Matos<br />
CPK<br />
60 000 toneladas/ano de papel kraft saco<br />
Pedro Mendonça<br />
Floresta<br />
Departamento<br />
Manutenção<br />
Industrial<br />
Gestão de 76 mil hectares de floresta<br />
Aproximadamente 50% do consumo anual de eucalipto do<br />
grupo<br />
Certificação FSC<br />
Conselho Administração<br />
Departamento<br />
Técnicas Engenharia<br />
Departamento<br />
Licores e Energia<br />
Departamento<br />
Sistemas Gestão<br />
Direcção<br />
Financeira<br />
Departamento<br />
Contabilidade &<br />
Controlo Gestão<br />
A estrutura organizacional da <strong>Celbi</strong> é composta por<br />
quatro grandes áreas: Direcção Industrial, Direcção<br />
Comercial, Direcção Financeira e Direcção de Recursos<br />
Humanos, que reportam directamente ao Conselho de<br />
Administração. Possui ainda duas áreas de "staff", o<br />
Departamento de Sistemas de Gestão e o<br />
Departamento de Técnicas de Engenharia.<br />
Departamento<br />
Tecnologias<br />
Informação<br />
Direcção Recursos<br />
Humanos<br />
Direcção<br />
Comercial<br />
Departamento Estudos, Planeamento e<br />
Desenvolvimento Organizacional
issã<br />
Missão da Direcção Industrial<br />
Transformar rolaria de madeira em fardões de pasta,<br />
maximizando a auto-suficiência da fábrica em energia<br />
eléctrica, a recuperação e reciclagem interna dos produtos<br />
químicos e minimizando as emissões ambientais<br />
consequentes.<br />
Fazer a manutenção de todo o equipamento instalado<br />
na Fábrica de modo a garantir-se o nível de operacionalidade<br />
das instalações e a estabilidade do processo,<br />
compatíveis com as exigências do fabrico (em termos de<br />
volume e qualidade), tendo sempre em vista a optimização<br />
dos recursos disponíveis e a racionalização dos custos.<br />
Missão da Direcção Comercial<br />
Manter um permanente contacto com o mercado,<br />
interpretando-o no sentido de identificar as oportunidades<br />
de negócio que melhor sirvam os interesses<br />
comerciais e económicos da <strong>Celbi</strong>, materializando-se na<br />
gestão de uma carteira de clientes orientada para a<br />
maximização de valor e sustentada num produto e num<br />
serviço adequados aos seus mais exigentes requisitos<br />
e solicitações.<br />
Missão da Direcção Financeira<br />
Garantir o desenvolvimento das actividades e processos<br />
de suporte às áreas operacionais da empresa que,<br />
sendo trans<strong>ver</strong>sais a toda a organização, se devem<br />
afirmar pela criação de valor e pela contribuição para<br />
a sustentabilidade do negócio.<br />
Missão da Direcção de Recursos Humanos<br />
Assegurar o planeamento, a coordenação e o apoio das<br />
actividades relacionadas com as pessoas na empresa.<br />
Nomeadamente, é responsável pela elaboração de<br />
estratégias e proposição de acções que materializem<br />
na empresa a Gestão de Recursos Humanos.<br />
Compete-lhe promo<strong>ver</strong> a divulgação de mensagens<br />
e de informação institucional suporte da cultura e dos<br />
valores da empresa. É também responsável por garantir<br />
um correcto enquadramento das acções nesta área<br />
com o normativo interno e com as disposições da<br />
legislação laboral.<br />
O Departamento de Sistemas de Gestão é responsável<br />
por assegurar, nos planos técnico e normativo, a<br />
conformidade de todas as actividades da empresa com<br />
os compromissos assumidos no âmbito do Sistema<br />
de Gestão nas suas três <strong>ver</strong>tentes, qualidade,<br />
ambiente e segurança no trabalho.<br />
O Departamento de Técnicas de Engenharia é a área<br />
orgânica à qual incumbe apoiar o desenvolvimento do<br />
processo produtivo através do estudos das soluções<br />
técnicas mais adequadas, a análise e a gestão dos<br />
projectos de investimento industrial, o apoio técnico<br />
e económico à função manutenção e a gestão de<br />
licenciamento de projectos e instalações.<br />
Sistemas de Gestão<br />
A <strong>Celbi</strong> trabalha sistematicamente na procura da<br />
melhoria contínua. O desempenho da empresa é<br />
medido de uma forma regular, nas reuniões diárias<br />
e semanais dos quadros técnicos, nas auditorias<br />
internas e externas realizadas em conformidade com<br />
as Normas ISO 9001, ISO 14001, EMAS e OHSAS<br />
18001 e nas sessões de auto-avaliação efectuadas<br />
anualmente no âmbito da Gestão pela Qualidade Total.<br />
Historial dos Sistemas de Gestão<br />
1995 - Sistema de Gestão da Qualidade, ISO 9002 (transição<br />
para a ISO 9001:2000 em 2004)<br />
1996 - Acreditação do Laboratório, EN 45001 (transição para<br />
a NP EN/IEC ISO 17025 em 2002)<br />
1999 - Sistema de Gestão Ambiental, ISO 14001<br />
2001 - Registo no EMAS<br />
2005 - Sistema de Gestão da Segurança e Saúde no<br />
trabalho, OHSAS 18001<br />
2005 - Cadeia de responsabilidade de produtos florestais,<br />
PEFC<br />
2005 - Cadeia de Responsabilidade, FSC<br />
19
20<br />
ges<br />
Requisitos dos Clientes<br />
Modelo de Processos<br />
Gestão do Sistema de Qualidade<br />
Melhoria Contínua<br />
Gestão de Clientes<br />
e Mercados<br />
Abastecimento<br />
de Madeira<br />
Gestão<br />
de Recursos Humanos<br />
Aprovisionamento<br />
de Químicos,<br />
Materiais<br />
e Serviços<br />
De forma a garantir o bom desempenho dos sistemas,<br />
foi estabelecida uma estrutura funcional, denominada<br />
Grupo de Revisão dos Sistemas de Gestão, presidida<br />
por um Administrador e da qual fazem parte os<br />
responsáveis dos processos e elementos da Direcção.<br />
O grupo de Revisão dos Sistemas de Gestão reúne<br />
periodicamente e tem como responsabilidades:<br />
a) proceder à revisão do Sistema de Gestão nas suas<br />
<strong>ver</strong>tentes da Qualidade, do Ambiente, da Saúde e<br />
Segurança no Trabalho;<br />
b) definir princípios e metodologias aplicáveis;<br />
c) discutir e apreciar os procedimentos normativos<br />
adoptados;<br />
d) promo<strong>ver</strong> a identificação e o desenvolvimento de<br />
acções e oportunidades de melhoria contínua;<br />
e) estabelecer e acompanhar o desenvolvimento dos<br />
programas de melhoria;<br />
f) apreciar e acompanhar os desempenhos nas várias<br />
<strong>ver</strong>tentes do Sistema de Gestão;<br />
g) avaliar necessidades de alterações ao Sistema de<br />
Gestão.<br />
Processos de Gestão<br />
Processos Críticos<br />
Produção de Pasta<br />
Concepção e Desenvolvimento<br />
Processos de Suporte<br />
Gestão de Saúde<br />
e Segurança<br />
no Trabalho<br />
Manutenção<br />
Controlo<br />
Analítico<br />
Gestão<br />
Financeira<br />
Planeamento Estratégico<br />
Logística<br />
e Distribuição<br />
Gestão<br />
Ambiental<br />
Gestão de IT<br />
Satisfação dos Clientes<br />
A Auto-avaliação como instrumento de Gestão pela<br />
Qualidade Total<br />
Desde 2001 que a <strong>Celbi</strong> aderiu ao programa da Stora<br />
Enso designado por "Business Excellence". Este<br />
modelo de Gestão para a Excelência é uma forma de<br />
sistematizar o processo de melhoria contínua existente<br />
na organização, nas diferentes actividades, produtos,<br />
serviços e competências, com o propósito de percorrer<br />
o caminho no sentido de alcançar a Visão estabelecida.
São avaliadas 7 categorias<br />
O quê?<br />
Missão<br />
Visão<br />
Valores<br />
FCS<br />
Estratégia<br />
Objectivos Estratégicos<br />
Planos de Acção<br />
Requisitos<br />
Necessidades<br />
Expectativas<br />
Porquê?<br />
Indicadores Chave<br />
Clientes<br />
Stakeholders<br />
Cat. 1<br />
Planeamento<br />
e Condução<br />
de Negócio<br />
Quem?<br />
Cat. 5<br />
Focalização<br />
Recursos<br />
Humanos<br />
Cat. 3<br />
Focalização<br />
no Cliente e<br />
no Mercado<br />
Cat. 2<br />
Sustentabilidade<br />
Um dos instrumentos utilizados no modelo é a Auto-<br />
-avaliação que, baseada numa Memória Descritiva da<br />
Organização, permite efectuar o diagnóstico da<br />
situação actual, <strong>ver</strong>ificar os progressos nas várias<br />
dimensões, detectar os pontos fortes e identificar as<br />
áreas de melhoria, possibilitando a criação de uma<br />
percepção comum entre os trabalhadores e o<br />
alinhamento das práticas de gestão.<br />
Como forma de atingir estes objectivos, foram definidos<br />
alguns critérios de participação nas sessões de auto-<br />
-avaliação, como o da rotatividade (objectivo de 25% de<br />
novos participantes em cada sessão), o da di<strong>ver</strong>sidade<br />
em termos de áreas funcionais (participação de<br />
colaboradores de todas as áreas funcionais) e o da<br />
abrangência em termos hierárquicos (para além da<br />
Gestão por factos<br />
Medições<br />
Medições<br />
Cat. 4<br />
Focalização<br />
no Fornecedor<br />
e Tecnologias<br />
da Informação<br />
ISO 9001, ISO 14001,<br />
OHSAS 18001, etc.<br />
Como?<br />
Processo<br />
Processo<br />
Processo<br />
Cat. 7<br />
Resultados<br />
do Negócio<br />
Medições<br />
Cat. 6<br />
Gestão<br />
Processos<br />
participação de quadros dirigentes e superiores,<br />
participaram também quadros médios, chefias directas<br />
e trabalhadores, incluindo representantes sindicais).<br />
Com efeito, ao longo das 5 sessões já realizadas,<br />
participaram 86 colaboradores, dos quais 60%<br />
participaram uma única vez e 21% duas vezes.<br />
Os resultados obtidos denotam uma melhoria global,<br />
concluindo-se que, para a maioria das categorias, é evidenciada<br />
uma ligação clara entre estratégia, ciclos de<br />
melhorias e avaliação sistemática, baseada em factos.<br />
Medições<br />
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE | 2006
on<br />
GOVERNAÇÃO, COMPROMISSOS E ENVOLVIMENTO COM AS PARTES INTERESSADAS | 03<br />
22<br />
Evolução da pontuação por categorias<br />
Resultados do Negócio<br />
Gestão dos Processos<br />
Focalização nos Recursos Humanos<br />
Entretanto, com a alteração accionista registada em<br />
2006 e o abandono do modelo da Stora Enso, é<br />
intenção da <strong>Celbi</strong> prosseguir no caminho da excelência,<br />
agora à luz do Modelo de Excelência da EFQM<br />
(European Foundation for Quality Management).<br />
3.2 Compromissos<br />
Com a finalidade de proteger o meio ambiente,<br />
o Princípio da Precaução está presente em todas<br />
as actividades da <strong>Celbi</strong>.<br />
Assim, a utilização de substâncias químicas no processo<br />
de fabrico de pasta só é feita após aprovação por<br />
uma comissão interna multidisciplinar, congregando<br />
as valências ambientais, de saúde e da segurança.<br />
Ao longo dos anos, a CELBI procedeu à substituição de<br />
algumas substâncias usadas no processo de fabrico de<br />
Liderança<br />
60<br />
55<br />
50<br />
45<br />
40<br />
35<br />
30<br />
25<br />
n<br />
Planeamento Estratégico<br />
Focalização no Cliente e no Mercado<br />
Medição, Análise e Gestão Conhecimento<br />
2001<br />
2002<br />
2003<br />
2004<br />
2006<br />
Princípio da Precaução<br />
Para que o ambiente seja protegido, serão aplicadas pelos Estados, de acordo com as suas capacidades, medidas<br />
preventivas. Onde existam ameaças de riscos sérios ou irre<strong>ver</strong>síveis não será utilizada a falta de certeza científica<br />
total como razão para o adiamento de medidas eficazes em termos de custo para evitar a degradação ambiental.<br />
Princípio 15 da Declaração do Rio sobre Ambiente e Desenvolvimento de Junho de 1992<br />
pasta por substâncias menos perigosas ou susceptíveis<br />
de terem impactes ambientais menos negativos.<br />
Foram os casos da eliminação do cloro elementar no<br />
branqueamento de pasta e da substituição do dióxido<br />
de enxofre na preparação de químicos.<br />
Os tanques de armazenagem de combustíveis e<br />
substâncias químicas que podem afectar significativamente<br />
as características dos efluentes estão<br />
implantados em locais com bacias de retenção de<br />
derrames apropriados, sendo cumpridos procedimentos
duta<br />
de inspecção de equipamento e análise de efluentes. A<br />
estação de tratamento de efluentes inclui uma bacia<br />
de derrames para utilização em emergências.<br />
A fábrica encontra-se equipada com meios internos de<br />
combate a incêndios e outras emergências, estando<br />
definido um plano de emergência interno específico,<br />
que constitui parte integrante dos sistemas de gestão<br />
ambiental e de saúde e segurança. O plano de<br />
emergência interno é comunicado aos Serviços<br />
Municipais de Protecção Civil.<br />
A deposição de resíduos sólidos processuais, para os<br />
quais não há soluções internas ou externas de valorização,<br />
é feita num aterro controlado, devidamente impermeabilizado,<br />
incluído no estabelecimento industrial. As<br />
áreas de armazenagem de resíduos e a área de<br />
compostagem foram dotadas de meios de impermeabilização<br />
e de contenção de derrames.<br />
Código de conduta sobre a Aquisição Legal de<br />
Madeira<br />
A <strong>Celbi</strong> no seu papel de associado da CELPA<br />
(Associação da Indústria Papeleira), adoptou o Código<br />
de Conduta sobre a Aquisição Legal de Madeira da<br />
CEPI (Confederação Europeia da Indústria Papeleira).<br />
A CEPI, da qual a CELPA faz parte, tem contribuído<br />
activamente para o combate à exploração ilegal de<br />
madeira e às actividades criminais com ela<br />
relacionadas.<br />
Na sequência da sua posição tornada pública em<br />
Agosto de 2002, onde condenou firmemente o corte<br />
ilegal de madeiras pelo seu impacte negativo na<br />
sustentabilidade das florestas, na imagem da fileira<br />
florestal e na competitividade das indústrias florestais,<br />
a indústria europeia da pasta e papel defendeu a<br />
necessidade de ser clarificada a definição de corte<br />
ilegal de madeiras e adoptou um Código de Conduta<br />
sobre a Aquisição Legal de Madeira.<br />
Este código é um compromisso público da indústria<br />
europeia que responde às preocupações sentidas,<br />
sobretudo no norte da Europa, e cujo valor acrescentado<br />
pode ser resumido em 3 palavras-chave: transparência,<br />
credibilidade e coerência.<br />
A CELPA, ao adoptar formalmente o Código de Conduta<br />
sobre a Aquisição Legal de Madeira, está a reforçar o<br />
compromisso assumido pela CEPI e a tornar público,<br />
ao nível nacional, o contributo da indústria papeleira<br />
europeia para combater este problema.<br />
23
Principais afiliações<br />
• Membro fundador do Conselho Empresarial para o<br />
Desenvolvimento Sustentável (BCSD Portugal), que por<br />
sua vez é membro da rede regional do World Business<br />
Council for Sustainable Development (WBCSD).<br />
• Membro da Associação Empresarial para a Inovação<br />
(COTEC Portugal).<br />
• Membro da Associação de Indústria Papeleira (CELPA).<br />
Outras afiliações<br />
• AACAEPSL - Associação os Amigos do Centro de Artes e<br />
Espectáculos Pedro Santana Lopes<br />
• ACHAR - Associação dos Agricultores de Charneca<br />
• AFLOPS - Associação de Produtores Florestais<br />
• APCE - Associação Portuguesa de Comunicação de Empresa<br />
• API - Associação Portuguesa de Informática<br />
• APMI - Associação Portuguesa de Manutenção Industrial<br />
• APQ - Associação Portuguesa para a Qualidade<br />
• Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz<br />
• Associação de Bombeiros Voluntários da Barquinha<br />
• Associação de Produtores Florestais<br />
• Associação dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz<br />
• Associação dos Agricultores dos Concelhos de Abrantes,<br />
Constância, Sardoal e Mação<br />
Iniciativas e projectos no âmbito do Desenvolvimento Sustentável<br />
• Associação Florestal do Vale do Sousa<br />
• Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa - Associação<br />
Comercial de Lisboa<br />
• Câmara de Comércio Internacional<br />
• CAULE - Associação Florestal da Beira Serra<br />
• CEC - Conselho Empresarial do Centro<br />
• Centro da Biomassa para a Energia<br />
• CERCIFOZ - Instituição de Utilidade Pública<br />
• CLS - Câmara de Comércio Luso-Sueca<br />
• CPC - Conselho Português de Carregadores<br />
• CTOC - Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas<br />
• Ginásio Clube Figueirense<br />
• IDARC - Instituto para o Desenvolvimento Agrário da Região<br />
Centro<br />
• ISQ - Instituto de Soldadura e Qualidade<br />
• IUFRO - Institut Union Forest Research<br />
• RELACRE - Associação de Laboratórios Acreditados de Portugal<br />
• Sociedade Portuguesa de Ciências Florestais<br />
• TECNICELPA - Associação Portuguesa dos Técnicos das<br />
Indústrias de Celulose e Papel<br />
Participação no Young Managers Team Portugal<br />
Durante o ano de 2005 decorreu a 1.ª edição do projecto Young Managers Team Portugal (YMT PT), uma iniciativa<br />
do BCSD Portugal que reuniu um conjunto de 17 empresas nacionais, num total de 22 participantes. Foram<br />
constituídas duas equipas que desenvol<strong>ver</strong>am ao longo de um ano uma agenda de trabalho dedicada aos temas<br />
da Inovação e da Mobilidade Urbana Sustentável.<br />
• A <strong>Celbi</strong> faz parte do Conselho que apoia uma escola<br />
local (Instituto D. João V) na sua candidatura ao<br />
"Programa Eco-Escolas", galardão atribuído pela<br />
Associação Bandeira Azul.<br />
• Participa anualmente no estudo de caracterização da<br />
qualidade das águas balneares das praias e do oceano<br />
nas zonas vizinhas da descarga do exutor submarino<br />
dos efluentes líquidos, realizado por entidades independentes<br />
e de reconhecida competência na matéria.<br />
• Proporciona condições para serem lançados no seu<br />
efluente líquido final (descarregado no oceano através<br />
do exutor submarino) os lixiviados tratados do aterro<br />
de resíduos sólidos urbanos, situado na vizinhança da<br />
fábrica, bem como as águas residuais urbanas da<br />
Leirosa, após tratamento em ETAR própria.<br />
• Participou em 2005 e em 2006 no levantamento nacional<br />
sobre as emissões de CO2, coordenado pela<br />
Euronatura/WBCSD.<br />
• Proporciona regularmente estágios solicitados por<br />
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE | 2006<br />
25
GOVERNAÇÃO, COMPROMISSOS E ENVOLVIMENTO COM AS PARTES INTERESSADAS | 03<br />
instituições de ensino ou resultantes de iniciativas<br />
próprias da Empresa.<br />
• Colabora com o Serviço Municipal de Protecção Civil<br />
na preparação e operacionalização do Plano de Emergência<br />
Externo.<br />
• Estabeleceu um protocolo com os Bombeiros Voluntários<br />
da Figueira da Foz, que permite a utilização do<br />
campo de treinos da <strong>Celbi</strong> na preparação de equipas<br />
de emergência e formação de pessoal da <strong>Celbi</strong><br />
pertencente ao Corpo Interno de Bombeiros.<br />
• Presta apoio ao combate a incêndio na área florestal<br />
3.3 Envolvimento com as partes interessadas<br />
Entidades<br />
Oficiais<br />
Instituições<br />
Académicas<br />
Colaboradores<br />
Partes Interessadas<br />
<strong>Celbi</strong><br />
próxima da <strong>Celbi</strong>, cedendo água para abastecimento<br />
de autotanques usados pelas corporações de bombeiros.<br />
• Procedeu, em conjunto com a SOPORCEL e através<br />
de um protocolo técnico-educativo celebrado com o<br />
Instituto do Mar da Uni<strong>ver</strong>sidade de Coimbra, a<br />
trabalhos de recuperação do meio dunar da Leirosa.<br />
• Elabora anualmente, em conjunto com a SOPORCEL<br />
e com o apoio do INETI, estudos de avaliação da<br />
qualidade das águas balneares (mar e praias) na orla<br />
marítima correspondente, entre a Figueira da Foz e<br />
Vieira de Leiria.<br />
Accionistas<br />
Comunidade Fornecedores<br />
Clientes
Grupos de interesse Canais de comunicação Outras iniciativas<br />
Accionistas<br />
Clientes<br />
Colaboradores<br />
Fornecedores<br />
Comunidade<br />
Entidades oficiais<br />
Instituições académicas<br />
Reuniões periódicas do Conselho de Administração<br />
Relatório de Contas (anual)<br />
Relatório de Sustentabilidade (anual)<br />
Visitas da Direcção Comercial e/ou da Direcção Industrial<br />
Visitas solicitadas pelos clientes<br />
Inquéritos dos clientes<br />
Avaliação da satisfação<br />
Relatório de Sustentabilidade (Declaração Ambiental)<br />
Reuniões diárias e semanais<br />
Intranet<br />
Fibra Nova (revista interna de publicação trimestral)<br />
Reunião de Chefias e quadros para divulgação dos objectivos da empresa<br />
(no início do ano)<br />
Sistema de Gestão de Desempenho<br />
Acções de formação<br />
Inquéritos à satisfação e motivação<br />
Acordo Empresa<br />
Reuniões com Comissões Sindicais<br />
Comissão de Saúde, Higiene e Segurança no Trabalho<br />
Relatório de Sustentabilidade (Declaração Ambiental)<br />
Programas de Participação (INOVAR, TEAM e Programas Específicos de Melhoria)<br />
Documentação e informação do Sistema de Gestão<br />
Qualificação e avaliação de fornecedores de serviços e de matérias-primas<br />
Acções de formação a prestadores de serviço, contemplando matérias<br />
ambientais e de segurança<br />
Dinamização, ao nível da CELPA, do projecto "Passaporte de Segurança",<br />
destinado a trabalhadores de empresas externas que prestam serviço nas<br />
fábricas de pasta e papel<br />
Sessões de informação sobre ambiente e segurança, destinadas a responsáveis<br />
de empresas de prestação e serviços<br />
Doações financeiras, e em espécie, a várias instituições do Concelho<br />
Colaboração no apoio a instituições de Solidariedade Social<br />
Cedência de Material Informático<br />
Realização do "Open Day"<br />
Apoio a di<strong>ver</strong>sas iniciativas das Escolas<br />
Programa de Ocupação de Tempos Livres<br />
Relatório de Sustentabilidade (Declaração Ambiental)<br />
Envio regular de estatísticas e relatórios de di<strong>ver</strong>sa natureza (fiscal, laboral,<br />
ambiental, saúde e segurança no trabalho, formação profissional, etc.)<br />
Relatório de Sustentabilidade (Declaração Ambiental)<br />
Protocolo de colaboração com Uni<strong>ver</strong>sidades, nomeadamente a Uni<strong>ver</strong>sidade de<br />
Coimbra<br />
Concessão de estágios curriculares e pós-curriculares em colaboração com<br />
Centros de Formação, Escolas e Uni<strong>ver</strong>sidades<br />
Estágios Profissionais em colaboração com IEFP<br />
Visitas à fábrica<br />
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE | 2006<br />
Realização anual da Festa de Natal para os filhos<br />
dos colaboradores<br />
Colónia de Férias para os filhos dos<br />
colaboradores com idades até aos 12 anos<br />
Homenagem a trabalhadores que perfazem 15,<br />
25 e 35 anos de actividade<br />
27
28<br />
ogra<br />
Festa de Natal<br />
A <strong>Celbi</strong> organiza regularmente uma Festa de Natal para os filhos dos seus trabalhadores, para a qual convida as<br />
crianças do Lar de Santo António e do Lar Costa Ramos, ambos da Figueira da Foz, e os utentes da Cercifoz.<br />
É seguramente um dia com muita animação e diferente de todos os outros, para os participantes com a sempre<br />
muito esperada distribuição das prendas de Natal.<br />
Programa de Ocupação de Tempos Livres<br />
Já há mais de duas décadas que a <strong>Celbi</strong> leva a efeito o<br />
Programa de Ocupação de Tempos Livres. Dirigido aos<br />
filhos dos trabalhadores e aos melhores alunos das<br />
escolas da nossa zona geográfica (desde 2002), este<br />
programa visa promo<strong>ver</strong> a ocupação dos tempos livres<br />
N.º de Jovens no Programa<br />
60<br />
50<br />
40<br />
30<br />
20<br />
10<br />
0<br />
37<br />
1998<br />
31<br />
48<br />
43<br />
40<br />
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006<br />
Colónia de Férias<br />
A Colónia de Férias, que a empresa organiza<br />
anualmente, destina-se aos filhos dos trabalhadores<br />
com idades compreendidas entre os 7 e os 12 anos.<br />
Tem normalmente uma duração de duas semanas e<br />
ocorre no Campo Aventura, localizado em Óbidos.<br />
Esta iniciativa, além de proporcionar umas férias diferentes<br />
às crianças, contribui para o reforço da satisfação dos<br />
trabalhadores e para o seu envolvimento na empresa.<br />
Homenagem aos Trabalhadores<br />
Esta prática, institucionalizada há já alguns anos pelo<br />
Conselho de Administração, pretende ser um gesto<br />
simbólico de reconhecimento e gratidão aos<br />
trabalhadores que, ao longo dos anos, têm contribuído<br />
para o desenvolvimento da empresa.<br />
50<br />
57<br />
de Verão dos jovens e proporcionar um contacto<br />
experimental com algumas actividades profissionais.<br />
O grande objectivo deste programa é que os jovens<br />
levem da empresa, uma experiência gratificante e<br />
enriquecedora do ponto de vista pessoal.<br />
37<br />
36<br />
Semana da Comunicação<br />
Este evento, que acontece regularmente desde o ano<br />
2000, tem como objectivo contribuir para a motivação e<br />
envolvimento de todos os trabalhadores e dinamizar o<br />
processo de Envolvimento com a Comunidade. O<br />
momento alto deste evento é o "Open Day" onde, como<br />
a própria palavra indica, a empresa "abre" as portas a uma<br />
população alvo definida. Em 2004 esti<strong>ver</strong>am presentes<br />
neste evento cerca de 460 pessoas.<br />
Donativos<br />
A empresa participa activamente no apoio à comunidade<br />
envolvente. Através de doações financeiras, e em<br />
espécie, e cedência de material informático a várias<br />
instituições do concelho, a empresa assume assim parte<br />
da sua responsabilidade do desenvolvimento de<br />
projectos que visam o bem-estar da comunidade local.
ese<br />
Desempenho Económico | 04
Desempenho Económico<br />
4.1 Indicadores relevantes<br />
Milhares de euros<br />
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE | 2006<br />
2003 2004 2005 2006<br />
Vendas Líquidas 126 847 119 499 123 658 145 926<br />
Vendas Líquidas Mercado Externo (Exportação) 117 400 110 256 116 988 133 526<br />
Resultados Operacionais 18 309 23 466 27 190 33 089<br />
Resultados Líquidos 11 463 19 191 19 870 31 642<br />
Capital Próprio 275 207 192 398 189 089 184 504<br />
Valor Acrescentado 55 648 57 506 62 070 71 218<br />
Cash Flow Operacional 36 366 39 813 28 043 39 354<br />
EBITDA 33 050 36 449 40 664 44 483<br />
EBITDA/Vendas 26,1% 30,5% 32,9% 30,5%<br />
Investimentos 5 933 4 594 9 932 15 320<br />
Produtividade 138 153 170 241<br />
Resultados Líquidos por acção 0,74 1,24 1,28 2,04<br />
Cash flow por acção 2,3 2,6 1,8 2,5<br />
EBITDA por acção 2,1 2,4 2,6 2,9<br />
Cobertura do Imobilizado 1,9 1,5 1,5 1,6<br />
Autonomia Financeira 0,9 0,9 0,9 0,9<br />
ROCE 6,7% 12,2% 14,4% 17,9%<br />
31
DESEMPENHO AMBIENTAL | 06<br />
32<br />
4.2 Contexto Económico Nacional<br />
e Internacional<br />
O ano de 2006 caracterizou-se como um ano de recuperação<br />
da economia mundial, que apesar dos máximos<br />
<strong>ver</strong>ificados no preço do barril do petróleo, fruto da<br />
instabilidade no Médio Oriente, encontrou no crescimento<br />
da economia Norte-Americana e especialmente<br />
no crescimento superior a dois dígitos percentuais da<br />
Índia e da China, a razão para o desenvolvimento de<br />
um clima de estabilidade e crescimento no consumo<br />
e no investimento.<br />
No sector da pasta, o aumento global de 3,5% da procura,<br />
relativo a 2005, reflecte o aumento determinado<br />
pelo crescimento de mercados como a China, mas<br />
também os <strong>ver</strong>ificados nos mercados tradicionais como<br />
a Europa Ocidental.<br />
É no entanto de referir que, especificamente no<br />
segmento da pasta branqueada de eucalipto (BEKP), o<br />
aumento da procura é substancialmente superior, pois,<br />
paralelamente ao crescimento global, <strong>ver</strong>ifica-se uma<br />
gradual substituição de outras espécies de fibra curta<br />
por eucalipto. A ilustrar o referido, regista-se que, em<br />
termos absolutos, o aumento global da procura foi de<br />
1,5 milhões de toneladas, sendo que 1 milhão foi na<br />
subcategoria eucalipto.<br />
Do lado da oferta, os aumentos de capacidade ocorridos<br />
na América Latina foram praticamente compensados<br />
pelo encerramento de muitas unidade nos Estados<br />
Unidos e Canadá, o que permitiu uma estabilidade nos<br />
mercados e uma consequente manutenção de preços,<br />
determinando assim uma interessante remuneração do<br />
capital aos produtores competitivos.<br />
Os aumentos de preços ao longo do ano, de cerca de<br />
18% na fibra longa e de 12% na fibra curta, são o corolário<br />
do atrás mencionado, sendo de referir no entanto<br />
que a paridade euro dólar, com a desvalorização da<br />
divisa norte-americana em relação à europeia, constituiu<br />
um factor ad<strong>ver</strong>so aos produtores europeus.<br />
4.3 Impacto na Economia Nacional<br />
O Sector da Pasta e Papel constitui um dos principais<br />
sectores exportadores da economia nacional, contribuindo<br />
substancialmente para o equilíbrio da Balança<br />
de Pagamentos. A taxa de cobertura das importações<br />
é de cerca de 40%, tornando o sector como um dos<br />
mais importantes exportadores líquidos.<br />
A produção de pasta de papel tem registado um acréscimo<br />
contínuo desde 1997, situando-se actualmente<br />
num volume superior em 15% ao ano referido.<br />
O destino da pasta produzida em Portugal é fundamentalmente<br />
para os mercados da Europa Ocidental, com<br />
particular relevo para a Alemanha, a Espanha, a França<br />
o Reino Unido e os países da Escandinávia.<br />
A incorporação, na produção de pasta de factores de<br />
origem nacional, nomeadamente a mão-de-obra e a<br />
matéria-prima (a madeira de eucalipto representa cerca<br />
de 70% dos custos variáveis de produção), é o factor<br />
determinante para a relevância do sector como exportador<br />
líquido e contribuinte para o PIB.<br />
4.4 Enquadramento e Influência<br />
na Economia Regional<br />
A <strong>Celbi</strong> é a segunda maior empresa industrial do<br />
Distrito de Coimbra e uma das mais importantes da<br />
região Centro do País.<br />
Nos últimos anos tem sido considerada por revistas da<br />
especialidade como a melhor empresa do sector, tendo<br />
como referência o seu desempenho económico-financeiro,<br />
nomeadamente através do volume de vendas,<br />
dos resultados, do valor acrescentado e da estabilidade<br />
financeira.<br />
A empresa empregou directamente no ano de 2006<br />
cerca de 300 trabalhadores. Para a realização de funções<br />
que não são consideradas fundamentais para o<br />
processo de fabrico, a empresa recorre cada vez mais à<br />
externalização, permitindo o desenvolvimento e criação<br />
de empresas locais para funções como a limpeza,<br />
segurança, transportes, cantinas, metalomecânicas,
construção civil, etc., as quais criam emprego e contribuem<br />
para a riqueza e desenvolvimento da região.<br />
O abastecimento de 815 400 metros cúbicos de madeira<br />
de origem nacional, representa também um factor<br />
de desenvolvimento que a empresa gera na economia,<br />
ao requerer todo um conjunto de operações florestais,<br />
como a plantação, o corte, a rechega e o transporte.<br />
As vendas de 312 850 toneladas de pasta determinaram<br />
consequentes necessidades de manuseamento e<br />
transporte, contribuindo para o recorde de carga <strong>ver</strong>ificado<br />
no porto da Figueira da Foz, que, pela primeira<br />
vez, em 2006 ultrapassou um milhão de toneladas.<br />
Como geradora de resultados, a <strong>Celbi</strong> é tributada e entrega<br />
ao Estado os impostos devidos, decorrendo de tal<br />
facto que ao abrigo da Lei da Finanças Locais, a empresa<br />
contribui com a respectiva derrama para o orçamento do<br />
município.<br />
4.5 Proveitos<br />
O mercado apresentou um comportamento positivo,<br />
absorvendo um volume de vendas superior ao ano<br />
transacto em 19 337 toneladas, tendo o preço aumentado<br />
cerca de 7%, comparado com o mesmo período.<br />
Como consequência, as Vendas Líquidas apresentam<br />
um acréscimo na ordem dos 18%, atingindo o valor de<br />
145,9 milhões de euros.<br />
Vendas Líquidas<br />
Milhares de Euros<br />
150 000<br />
100 000<br />
50 000<br />
0<br />
2003<br />
2004 2005 2006<br />
As Vendas para o mercado externo representaram 91,5%<br />
das vendas líquidas, mantendo a tendência para grande<br />
preponderância da exportação.<br />
Vendas Líquidas<br />
Mercado Externo (Exportação)<br />
Milhares de Euros<br />
150 000<br />
100 000<br />
50 000<br />
0<br />
2003<br />
2004 2005 2006<br />
As vendas de energia, registadas em Outros Proveitos,<br />
situaram-se nos 16,3 milhões de euros, tendo-se dispendido<br />
na compra 9,1 milhões de euros, valor que se encontra<br />
incluído em Fornecimentos e Serviços de Terceiros.<br />
O resultado líquido desta actividade ascendeu assim a<br />
7,2 milhões de euros, superior ao de 2005 em 12%.<br />
Há ainda a realçar que, na óptica dos proveitos, os<br />
resultados se encontram influenciados por Ganhos<br />
Extraordinários, no valor de 6,5 milhões de euros, os<br />
quais provêm de mais-valias na alienação de activos<br />
(3,1 milhões de euros), juros compensatórios de um<br />
processo fiscal (1,3 milhões de euros) e o restante da<br />
utilização de provisões.<br />
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE | 2006<br />
33
DESEMPENHO ECONÓMICO | 04<br />
4.6 Estrutura de Custos<br />
A estabilidade e os níveis de produção alcançados na<br />
unidade fabril permitiram que os custos variáveis de<br />
produção, por tonelada de pasta, fossem inferiores em<br />
2% aos do ano transacto. É essa a razão pela qual o<br />
valor do Custo das Mercadorias Vendidas e Consumidas<br />
é idêntico ao de 2005, apesar da produção em<br />
volume ter registado um acréscimo de 3%.<br />
O recurso a trabalhos de consultoria e a necessidade<br />
de dispor de um conjunto de serviços especializados,<br />
requeridos pelo processo de mudança accionista da<br />
empresa, implicou um acréscimo nos custos com<br />
Fornecimentos e Serviços de Terceiros. O valor desta<br />
rubrica situou-se nos 48 milhões de euros, 12% acima<br />
do registado no exercício anterior.<br />
4.7 Resultados<br />
Em consequência da evolução referida dos custos e<br />
proveitos, o EBITDA atingiu o valor de 44,5 milhões de<br />
euros o qual corresponde a um crescimento de 9,4%<br />
relativamente a 2005.<br />
EBITDA<br />
Milhares de Euros<br />
De igual modo, analisando a evolução dos Custos com<br />
Pessoal, <strong>ver</strong>ifica-se que o incremento de cerca de 7<br />
milhões de euros nesta rubrica se deve, fundamen-<br />
15 000<br />
talmente, ao custo das indemnizações compensatórias<br />
na redução de efectivos. É de realçar que o custo com<br />
Remunerações apresenta já um valor mais baixo do<br />
0<br />
2003 2004 2005 2006<br />
que em 2005, não sendo no entanto significativo, dado Resultados Operacionais<br />
que a maioria das rescisões se <strong>ver</strong>ificou no último<br />
Milhares de Euros<br />
trut<br />
trimestre do ano.<br />
Para além das obrigações legais, a empresa mantém<br />
40 000<br />
um seguro de doença e um seguro de vida para todos<br />
os seus colaboradores, cujos encargos em 2006 ascen-<br />
30 000<br />
deram a 362,6 milhares de euros. Simultaneamente, é<br />
garantido um Fundo de Pensões de benefício definido e<br />
cuja contribuição da empresa em 2006, no sentido de 20 000<br />
assegurar as responsabilidades assumidas, se situou<br />
em cerca de 464,3 milhares de euros.<br />
10 000<br />
0<br />
2003 2004 2005 2006<br />
45 000<br />
30 000<br />
i
nves<br />
4.8 Investimentos<br />
O Resultado antes de Impostos apresenta o valor de<br />
39,0 milhões de euros, valor superior ao do ano<br />
anterior (27,0 milhões de euros) em 44,4%, o qual<br />
resulta dos acréscimos operacionais atrás referidos,<br />
mas também do valor dos Ganhos Extraordinários já<br />
caracterizados.<br />
Resultados Líquidos<br />
Milhares de Euros<br />
40 000<br />
30 000<br />
20 000<br />
10 000<br />
0<br />
2003<br />
2004 2005 2006<br />
Outros indicadores de desempenho económico-financeiros,<br />
como o Valor Acrescentado, cujo montante<br />
ascende aos 71,2 milhões de euros, têm também em<br />
relação ao ano transacto um crescimento de realçar, 14,7%.<br />
Valor Acrescentado Bruto<br />
Milhares de Euros<br />
75 000<br />
50 000<br />
25 000<br />
0<br />
2003<br />
2004 2005 2006<br />
O Sector da Pasta é reconhecidamente um sector de<br />
capital intensivo e, como tal, para manter uma unidade<br />
em laboração com níveis de eficiência e de acordo<br />
com o "state of the art", são necessárias ao longo dos<br />
anos injecções de capital, das quais nem sempre<br />
resulta acréscimo de produção.<br />
Após 1999 a <strong>Celbi</strong> não realizou qualquer grande<br />
investimento de ampliação da capacidade produtiva.<br />
No entanto, o volume do investimento anual em média<br />
de 2000 a 2005 foi de 8,7 milhões de euros.<br />
Investimentos<br />
Milhares de Euros<br />
20 000<br />
15 000<br />
10 000<br />
5 000<br />
0<br />
2003<br />
2004 2005 2006<br />
Em 2006, os investimentos ascenderam a 15,3<br />
milhões de euros, fundamentalmente em virtude da<br />
construção do Tratamento Secundário de Efluentes.<br />
No segundo semestre de 2006 e já no âmbito da nova<br />
estrutura accionista da empresa, foram encetados os<br />
estudos conducentes a um projecto de ampliação da<br />
capacidade de produção da unidade industrial da <strong>Celbi</strong>,<br />
para o qual se ponderaram as seguintes situações:<br />
a) Com a dimensão actual, a empresa não pode competir<br />
com os produtores localizados no Hemisfério<br />
Sul que têm uma estrutura de custos de produção<br />
muito agressiva. Só com maior capacidade de<br />
35
36<br />
pa4.9<br />
Impostos<br />
produção é possível à empresa diluir os custos fixos<br />
e melhorar a eficiência, mantendo a posição de “low<br />
cost producer” europeu que tem actualmente.<br />
b) Por outro lado, o crescimento do mercado mundial<br />
de pasta, bem como o desaparecimento de concorrentes<br />
através de dificuldades no abastecimento de<br />
matéria-prima (casos da Europa do Norte), ou de<br />
integração <strong>ver</strong>tical (caso da Portucel), representam<br />
oportunidades de mercado que será possível<br />
preencher.<br />
c) Na óptica do abastecimento de madeira, Portugal<br />
tem um potencial de produção florestal que permite<br />
acomodar sem dificuldades as expansões que estão<br />
projectadas, havendo no entanto que garantir uma<br />
estratégia correcta de produção florestal, a qual,<br />
orientada pelo desenvolvimento sustentável, se<br />
deve pautar por mais e melhores áreas de produção,<br />
com recurso às melhores técnicas disponíveis. O<br />
aumento dos custos das matérias-primas, a<br />
acontecer, conduzirá à degradação do sector e levará<br />
inevitavelmente à perda de competitividade da<br />
indústria com o consequente impacto na economia<br />
nacional.<br />
d) Existe no âmbito do Quadro Comunitário, espaço<br />
para o Estado Português poder apoiar o projecto,<br />
considerando que a sua execução e posterior exploração<br />
terá um impacto na economia, que é considerado<br />
de interesse nacional.<br />
Já em Janeiro de 2007 foi assinado com a Agência<br />
Portuguesa para o Investimento (API) um contrato no<br />
qual o estado português se compromete apoiar a realização<br />
de um investimento cujo total ascenderá a cerca<br />
de 320 milhões de euros, o qual permitirá à <strong>Celbi</strong><br />
aumentar a sua capacidade de produção anual para<br />
cerca de 540 mil toneladas de pasta branqueada de<br />
eucalipto.<br />
Fruto dos resultados positivos, a <strong>Celbi</strong> tem contribuído<br />
e cumprido com todas as suas obrigações fiscais,<br />
registando de 2003 a 2006 um valor médio anual de<br />
IRC no montante de 5 milhões de euros.<br />
A Derrama, foi, em consequência do IRC pago, uma<br />
contribuição de cerca de 500 mil euros por ano para os<br />
cofres do município da Figueira da Foz.<br />
4.10 Expectativas para 2007<br />
A perspectiva de manutenção dos níveis da procura<br />
permite acreditar que os preços da pasta se manterão<br />
em 2007; porém, a evolução desfavorável do dólar<br />
pode deteriorar em parte as receitas.<br />
As quantidades a vender de<strong>ver</strong>ão ser semelhantes às<br />
de 2006, considerando que a produção atingirá um<br />
valor pouco superior ao do ano transacto ou seja cerca<br />
de 315 000 toneladas.<br />
Os custos variáveis de produção poderão sofrer alguma<br />
alteração, fruto da turbulência no mercado de madeiras,<br />
mantendo-se o valor no que diz respeito a químicos,<br />
combustíveis e embalagem.<br />
Os custos fixos, fruto da reorganização operada após a<br />
mudança accionista, decrescerão em virtude das sinergias<br />
alcançadas e das optimizações conseguidas.<br />
Como consequência pode-se ante<strong>ver</strong> uma tendência de<br />
aumento nos resultados operacionais.<br />
O início do projecto de Expansão conduzirá a empresa<br />
à entrada num novo ciclo para o qual serão requeridos<br />
todos os recursos internos disponíveis, bem como será<br />
uma alavanca no desenvolvimento local e nacional,<br />
quer na fase de construção quer na de exploração.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE | 2006<br />
nho<br />
Desempenho Ambiental | 05<br />
37
Desempenho Ambiental<br />
5.1 A <strong>Celbi</strong> e o EMAS<br />
O EMAS (Sistema Comunitário de Ecogestão e Auditoria)<br />
é um rótulo de qualidade europeu, de adesão voluntária,<br />
instituído pelo Regulamento (CE) n.º 761/2001, do<br />
Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Março de<br />
2001 (EMAS II).<br />
O EMAS pretende encorajar as organizações aderentes<br />
a melhorar o seu desempenho ambiental de uma<br />
forma sistemática e consistente, para além do que é<br />
exigido pela legislação existente e a prestação de informações<br />
relevantes ao público e a outras partes interessadas<br />
através da publicação da Declaração Ambiental,<br />
validada por <strong>ver</strong>ificadores acreditados.<br />
O EMAS tem como base o modelo de sistema de gestão<br />
ambiental da norma internacional ISO 14001,<br />
preparada pela Organização Internacional de Normalização<br />
(ISO) que é uma federação mundial de organismos<br />
nacionais de normalização.<br />
Um sistema de gestão ambiental deve permitir prevenir,<br />
limitar e reduzir continuamente o impacte ambiental,<br />
assim como assegurar o cumprimento da legislação<br />
ambiental aplicável e de outros requisitos que a organização<br />
subscreva. Isto é conseguido através do<br />
estabelecimento de objectivos e metas e da avaliação<br />
periódica dos impactes ambientais associados às<br />
actividades.<br />
Para além de estabelecer requisitos para as actividades<br />
da organização, o sistema de gestão ambiental permite,<br />
de uma forma construtiva, influenciar fornecedores<br />
de produtos e de serviços a terem em conta os impactes<br />
ambientais da sua própria actividade.<br />
O registo da actividade industrial da <strong>Celbi</strong> no EMAS foi<br />
obtido em 2000, com a publicação da Declaração<br />
Ambiental relativa ao seu desempenho em 1999. Em<br />
2003 foi também aceite pelo Instituto do Ambiente o<br />
registo da actividade florestal da <strong>Celbi</strong>, ficando a organização<br />
com dois registos de âmbitos diferentes.<br />
Em 2006 foi decidido pela empresa fundir os dois<br />
registos num único que contemplasse as actividades<br />
florestal e industrial. Foi assim preparada uma Declaração<br />
Ambiental conjunta (relativa ao desempenho da<br />
organização em 2005) e apresentada ao Instituto do<br />
Ambiente, após a sua validação por uma equipa de<br />
<strong>ver</strong>ificadores da Lloyd´s Register Quality Assurance<br />
(LRQA, acreditação IPAC F0002). O registo foi aceite,<br />
passando a <strong>Celbi</strong> a ter apenas um registo no EMAS.<br />
Em Agosto de 2006 a <strong>Celbi</strong> foi vendida pela StoraEnso<br />
ao Grupo Altri passando a actividade florestal a ser<br />
gerida por uma outra empresa do Grupo (Silvicaima).<br />
Esta medida teve como consequência imediata a necessidade<br />
da <strong>Celbi</strong> solicitar novamente a renovação do<br />
seu registo no EMAS, de modo a confinar o âmbito do<br />
mesmo apenas à actividade industrial.<br />
A presente Declaração Ambiental, preparada em conformidade<br />
com o EMAS II, engloba informações relativas<br />
à fábrica da <strong>Celbi</strong> em 2006 e foi validada em 23<br />
de Março de 2007, por uma equipa de <strong>ver</strong>ificadores da<br />
Lloyd´s Register Quality Assurance (LRQA, acreditação<br />
IPAC F0002).<br />
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE | 2006<br />
A Próxima Declaração Ambiental será uma declaração intercalar, a publicar em 2008 inserida<br />
no Relatório de Sustentabilidade.<br />
39
DESEMPENHO AMBIENTAL | 05<br />
40<br />
5.2 O Sistema de Gestão Ambiental<br />
da <strong>Celbi</strong><br />
A <strong>Celbi</strong> tem, desde o início da sua actividade,<br />
consciência do valor ambiental dos recursos naturais<br />
que explora e os impactes ambientais que provoca.<br />
Para assegurar a melhoria contínua do seu<br />
Laboratório acreditado<br />
ISO 17025<br />
Sistema de Gestão<br />
Ambiental ISO 14001<br />
Cadeia de Responsabilidade<br />
PEFC<br />
O Sistema de Gestão Ambiental assume um papel<br />
importante para todos os níveis da organização,<br />
articulando-se com todas as actividades da empresa.<br />
Foram definidas e documentadas responsabilidades<br />
para todas as áreas organizacionais e respectivos<br />
colaboradores.<br />
O Sistema de Gestão Ambiental está estruturado segundo<br />
a norma NP EN ISO 14001 e o Regulamento CE<br />
n.º 761/2001 (EMAS II), encontrando-se organizado em<br />
termos documentais de acordo com a seguinte hierarquia:<br />
• Política de Sustentabilidade,<br />
• Manual de Gestão Ambiental,<br />
• Objectivos e Programas Específicos de Melhoria,<br />
• Procedimentos,<br />
• Planos de Emergência,<br />
• Registos.<br />
desempenho, implementou-se um sistema de gestão<br />
ambiental em conformidade com a NP EN ISO 14001,<br />
sendo obtida a sua certificação em 1999.<br />
Melhoria contínua<br />
5<br />
Sistema de Gestão<br />
da Qualidade ISO 9001<br />
Sistema de Gestão de<br />
Saúde e Segurança<br />
OHSAS 18001<br />
Cadeia de Responsabilidade<br />
FSC<br />
1 - Política ambiental<br />
2 - Planeamento<br />
3 - Implementação e funcionamento<br />
4 - Verificação e acção correctiva<br />
5 - Revisão pela Direcção<br />
4<br />
1<br />
3<br />
2<br />
g
estã<br />
Comunicação e relações externas<br />
A Declaração Ambiental é remetida a autarquias, órgãos<br />
de comunicação social, entidades oficiais, instituições<br />
de ensino, fornecedores de serviços e produtos e associações<br />
empresariais. A publicação “Fibra Nova”, preparada<br />
e divulgada pela empresa, inclui regularmente<br />
informações de ambiente e segurança. O relatório de<br />
Contas da <strong>Celbi</strong> comporta elementos relativos às acções<br />
e investimentos de melhoria ambiental.<br />
Os resultados ambientais da <strong>Celbi</strong> são periodicamente<br />
comunicados às autoridades competentes através de<br />
relatórios definidos na legislação aplicável. Estão estabelecidos<br />
procedimentos de gestão de comunicações<br />
ambientais com o exterior.<br />
A <strong>Celbi</strong> mantém um protocolo com o Instituto do Mar<br />
da Uni<strong>ver</strong>sidade de Coimbra, que visa o desenvolvimento<br />
de trabalhos de investigação aplicada no domínio<br />
da protecção ambiental.<br />
Dos 35 estágios concedidos, 5 incidiram sobre trabalhos<br />
de índole ambiental e de segurança.<br />
Em 2006, foram recebidos 80 visitantes na fábrica, aos<br />
quais foram prestadas informações e distribuída documentação<br />
de carácter ambiental.<br />
Nas sessões de formação e sensibilização de trabalhadores<br />
de empresas externas, é dado conhecimento da<br />
política ambiental da <strong>Celbi</strong> e são comunicados os requisitos<br />
ambientais e de segurança a cumprir.<br />
Participação dos trabalhadores<br />
A elaboração dos <strong>documento</strong>s de registo de aspectos<br />
ambientais é feita com a participação dos trabalhadores<br />
das áreas ou actividades a que dizem respeito. É também<br />
assegurada a participação dos trabalhadores em grupos de<br />
trabalho orientados para a melhoria contínua (programas<br />
INOVAR, TEAM e Programas Específicos de Melhoria), nas<br />
sessões de auto-avaliação do TQM, na Comissão de<br />
Segurança e nas reuniões periódicas envolvendo vários<br />
níveis da organização.<br />
41
42<br />
mbi<br />
5.3 A <strong>Celbi</strong> e o Ambiente em 2006<br />
Produção anual 304 207 t<br />
Produção de pasta<br />
t pasta / ano<br />
310 000<br />
210 000<br />
2002<br />
2003 2004 2005<br />
2006<br />
• Esforço de formação em matérias de protecção<br />
ambiental e saúde e segurança no trabalho:<br />
Total de horas<br />
A empregados da <strong>Celbi</strong> 1 607<br />
A fornecedores de serviços 1 664<br />
Total 3 271<br />
• Foi obtido o licenciamento ambiental PCIP<br />
(Prevenção e Controlos Integrados de Poluição),<br />
entrando em vigor novos limites de emissão de<br />
poluentes e novas medidas obrigatórias de gestão<br />
ambiental.<br />
• Realizou-se uma <strong>ver</strong>ificação externa, por um <strong>ver</strong>ificador<br />
acreditado pelo Instituto do Ambiente, à monitorização<br />
das emissões de CO2 no âmbito do comércio<br />
europeu de licenças de emissão, não tendo sido<br />
identificadas não conformidades.<br />
• Entrou em funcionamento a unidade de tratamento<br />
biológico de efluentes, no sentido de dar cumprimento<br />
aos valores fixados no <strong>documento</strong> das melhores<br />
técnicas disponíveis aplicáveis ao Sector da Pasta e<br />
Papel, publicado pela União Europeia, no âmbito da<br />
aplicação da legislação PCIP.<br />
• Entrou em funcionamento a Estação de Compostagem<br />
de Resíduos destinada à valorização de resíduos<br />
orgânicos produzidos na fábrica, em particular na<br />
área de armazenagem e preparação de madeiras e na<br />
estação de tratamento de efluentes.
en<br />
Investimentos de motivação ambiental (valores contabilizados em 2006)<br />
Investimentos mil € Notas<br />
Tratamento secundário de efluentes (conclusão) 7 704<br />
Torre de arrefecimento para recuperação de água na área de<br />
recuperação e energia<br />
Substituição da coluna do tratamento de condensados<br />
(“stripper 2”)<br />
73<br />
281<br />
Medição de gases das chaminés 18<br />
Densímetro de lamas de cal 10<br />
Alimentação de água de furo de captação de água 15<br />
TOTAL 8 101<br />
No âmbito do Programa de Melhoria Ambiental TRATASEC<br />
(<strong>ver</strong> pág. 54).<br />
No âmbito do Programa de Melhoria Ambiental CEAG 28<br />
(<strong>ver</strong> pág. 54).<br />
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE | 2006<br />
A coluna de tratamento de condensados original estava em más condições. Este<br />
equipamento é utilizado para tratamento de condensados secundários contaminados.<br />
A monitorização em contínuo do caudal de gases de exaustão do forno da cal e da<br />
caldeira de recuperação passou a ser obrigatória, conforme definido na Licença<br />
Ambiental.<br />
Equipamento que permite optimizar as lamas de carbonato de cálcio usadas na<br />
produção de cal viva.<br />
Sistema de bombagem e monitorização do consumo de água de um dos furos de<br />
captação de água.<br />
43
DESEMPENHO AMBIENTAL | 05<br />
5.4 Impactes Ambientais significativos<br />
A actividade da <strong>Celbi</strong> provoca diferentes tipos de impactes ambientais. A tabela seguinte sumariza os mais significativos, identifica-os como<br />
directos ou indirectos e indica quais as actividades que permitem o seu controlo e/ou redução do risco.<br />
Aspectos ambientais directos que podem dar origem a impactes<br />
ambientais significativos<br />
Impactes contínuos<br />
Emissões líquidas<br />
Emissões de cor, CQO, CBO5 , SST, AOX.<br />
Podem provocar danos à vida animal e vegetal no Oceano.<br />
Emissões gasosas<br />
Emissões de SO2 , NOx, H2S, partículas, CO e CO2 .<br />
Contribuem para o efeito de estufa, para a alteração de pH de solos e águas e<br />
podem afectar a qualidade do ar.<br />
Deposição de resíduos em aterro<br />
Cinzas, resíduos da produção de licor <strong>ver</strong>de, e outros resíduos que não podem<br />
ser valorizados.<br />
Resíduos que têm de ser descartados e que não podem ser sujeitos a qualquer<br />
tipo de valorização, ocupando solo.<br />
Consumo de matérias-primas<br />
Madeira, água, combustíveis fósseis.<br />
Consumo de recursos naturais.<br />
Ruído<br />
Instalações industriais e movimentação de viaturas.<br />
Pode provocar incómodos em aglomerados populacionais vizinhos.<br />
Medidas de controlo para minimizar o risco<br />
Os níveis de emissão estão fixados na Licença Ambiental<br />
O controlo destes parâmetros está estabelecido em programas internos de<br />
controlo analítico.<br />
Programa TRATASEC (pág. 54).<br />
Os níveis de emissão de SO2 , NOx, H2S e partículas estão fixados na Licença<br />
Ambiental. São medidos em contínuo por medidores em linha e através de<br />
análises laboratoriais.<br />
As emissões de CO2 são monitorizadas e <strong>ver</strong>ificadas no âmbito da legislação<br />
vigente sobre o CELE.<br />
Têm sido feitos esforços no sentido de diminuir a quantidade de resíduos<br />
depositados em aterro.<br />
Programa CISEC5 (pág. 53) e Programa ECONOVA (pág. 53).<br />
Têm sido feitos esforços para diminuir o consumo destas matérias-primas.<br />
Programa CEAG 28 (pág. 54) (<strong>ver</strong> ponto 5.5 deste capítulo).<br />
Realizada monitorização periódica.<br />
Programa CORTAR (pág. 54).
Impactes em caso de ocorrência de incidentes<br />
Fugas e derrames de óleos e combustíveis líquidos.<br />
Risco de poluição do mar e praias vizinhas com hidrocarbonetos.<br />
Fugas e/ou transbordos de licor negro, licor <strong>ver</strong>de, licor branco, condensados<br />
contaminados.<br />
Risco de contaminação do efluente final.<br />
Fugas ou derrames de metanol e/ou de GNC.<br />
Riscos de explosão e de libertação de gases, espalhando odores desagradáveis<br />
nas áreas vizinhas.<br />
Derrames de produtos químicos dos respectivos tanques de armazenagem:<br />
peróxido de hidrogénio, oxigénio, ácido sulfúrico, dióxido de cloro, clorato de<br />
sódio e soda cáustica.<br />
Riscos de explosão, incêndio, contaminação do efluente final.<br />
Incêndio das pilhas de madeira armazenada no parque, na pilha de<br />
biocombustível, no ACR ou nos fardos de pasta no armazém.<br />
Perigo de propagação a outras áreas da fábrica e às matas florestais<br />
circundantes.<br />
Aspectos ambientais indirectos que podem dar origem a impactes<br />
ambientais significativos<br />
Impactes em caso de ocorrência de incidentes<br />
Comportamento ambiental e práticas de empreiteiros nas empreitadas e<br />
subcontratação de serviços (ex.: paragens gerais).<br />
Emissões líquidas e/ou contaminação do solo com produtos químicos ou<br />
hidrocarbonetos. Produção excessiva e descontrolada de resíduos. Ruído,<br />
emissões gasosas e risco de incêndios.<br />
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE | 2006<br />
Existem várias bacias de retenção e caixas de separação de hidrocarbonetos.<br />
As intervenções nestes equipamentos e a gestão de hidrocarbonetos são objecto<br />
de vários procedimentos do Sistema de Gestão Ambiental.<br />
A nova instalação do tratamento secundário inclui uma bacia de emergência, com<br />
a capacidade de 49 000 m3 , devidamente impermeabilizada, para operar em caso<br />
de acidentes ou descargas anormais. (Programa TRATASEC, pág. 54).<br />
Existem vários mecanismos internos de prevenção de ocorrência destes<br />
incidentes, nomeadamente indicadores de nível com alarme nos tanques,<br />
sensores de temperatura nos tubos de descarga dos tanques, sistemas de<br />
recolha de transbordos.<br />
A nova instalação do tratamento secundário inclui uma bacia de derrames, com a<br />
capacidade de 49 000 m3 , devidamente impermeabilizada, para operar em caso<br />
de acidentes ou descargas anormais. (Programa TRATASEC, pág. 54).<br />
Existem bacias de recolha própria com transferência para tanque de recolha de<br />
transbordos. Pode dar origem a paragem da instalação. Existe uma unidade de<br />
queima de gases odorosos, equipada com um queimador atmosférico de reserva<br />
(“flare”).<br />
Quase todos os tanques estão dentro de bacias de retenção com medidores de<br />
condutividade instalados. Todos os tanques têm instalados medidores de nível<br />
em linha.<br />
Existe um Plano Interno de Emergência no qual estão definidos procedimentos<br />
de como actuar no caso desta ocorrência.<br />
A nova instalação do tratamento secundário inclui uma bacia de derrames, com a<br />
capacidade de 49 000 m3 , devidamente impermeabilizada, para operar em caso<br />
de acidentes ou descargas anormais. (Programa TRATASEC, pág. 54).<br />
Existe um Plano Interno de Emergência no qual estão definidos procedimentos<br />
de como actuar no caso desta ocorrência.<br />
Medidas de controlo para minimizar o risco<br />
Existem vários procedimentos no âmbito do Sistema de Gestão Ambiental e do<br />
Sistema de Gestão de Saúde e Segurança para prevenir e/ou controlar estas<br />
situações.<br />
É dada formação adequada aos trabalhadores externos antes das paragens<br />
gerais.<br />
45
46<br />
onsu<br />
Modelo de avaliação dos impactes ambientais<br />
Os Registos de Aspectos Ambientais descrevem o<br />
modo como a <strong>Celbi</strong> afecta o ambiente. Estes Registos<br />
descrevem os impactes ambientais associados às<br />
diferentes instalações, classificando-os, tendo em<br />
conta três condições de operação:<br />
Condições operacionais<br />
Tipo de situação Definição / Condições<br />
Operação normal<br />
Paragem / arranque<br />
Incidente<br />
Os impactes ambientais são avaliados em três níveis,<br />
conforme indicado na tabela seguinte.<br />
Avaliação do impacte ambiental<br />
Escala do impacte Definição<br />
Mínimo/marginal<br />
1<br />
Médio/moderado<br />
2<br />
Grave/Significativo<br />
3<br />
A avaliação é feita periodicamente por uma equipa de<br />
trabalho e segue os procedimentos estabelecidos no<br />
âmbito do Sistema de Gestão Ambiental.<br />
Operação decorrendo com estabilidade, sob controlo, dentro das condições típicas e habituais e<br />
conforme planeado.<br />
Condições de alguma instabilidade, tais como as precedentes ou seguintes a uma interrupção da<br />
operação, planeada e sob controlo, de curta ou longa duração.<br />
Ocorrência inesperada e anormal, tal como avaria, falha, derrame, explosão etc., susceptível de<br />
necessitar de acção correctiva, ou provocar paragem, por impossibilidade de controlo imediato.<br />
Impacte de escala reduzida, com efeitos e emissões dentro dos limites da legislação, das<br />
recomendações internacionais e das capacidades dos meios receptores.<br />
Impacte de escala moderada, relativamente tolerável pelo meio ambiente, local ou globalmente,<br />
tal como o ocasionado por incidentes ou perturbações causadores de aumentos temporários de<br />
parâmetros ambientais.<br />
Impacte susceptível de provocar consequências graves para o meio ambiente, local ou<br />
globalmente, ou impacte provocado e traduzido por emissão acima de limite legal estabelecido.
2002 2003 2004 2005 2006<br />
Consumo de água,<br />
m3ptp 40 38 34 34 35<br />
Consumo de água<br />
m<br />
50<br />
3 m<br />
5.5 Desempenho Ambiental – Resultados Água<br />
em 2006 e evoluções<br />
Consumos<br />
Madeira<br />
A <strong>Celbi</strong> utiliza na produção de pasta, apenas madeira<br />
de eucalipto, mais concretamente da espécie<br />
Eucalyptus globulus.<br />
Até Agosto de 2006 (aquisição da <strong>Celbi</strong> pelo Grupo<br />
ptp<br />
Altri), a Direcção Florestal da <strong>Celbi</strong> era responsável pela<br />
produção de madeira em matas próprias, assim como<br />
pela procura e compra de madeira a fornecedores<br />
externos, sendo até à altura o fornecedor exclusivo da<br />
fábrica. A partir de Agosto de 2006, a <strong>Celbi</strong> passou a<br />
ter como fornecedor maioritário uma empresa do mesmo<br />
Grupo, a Silvicaima, adquirindo a restante madeira<br />
a fornecedores externos.<br />
A <strong>Celbi</strong> tem o seu processo de Cadeia de<br />
Responsabilidade certificado em conformidade com os<br />
requisitos das Normas FSC e PEFC.<br />
Consumo de madeira<br />
m 3 sol.eq ptp<br />
2,9<br />
2,8<br />
2,7<br />
2,6<br />
2,5<br />
2002 2003 2004 2005<br />
2006<br />
O consumo específico de madeira em 2006 foi de<br />
2,69 m3sol.eq ptp.<br />
0<br />
2002<br />
Produtos Químicos<br />
2003 2004 2005<br />
Consumos específicos, kg ptp<br />
2006<br />
2003 2004 2005 2006<br />
Oxigénio 21 20 22 21<br />
Soda cáustica (100%) 19 23 22 25<br />
Peróxido de hidrogénio 7 7 9 10<br />
Dióxido de cloro (em ClO 2 ) 11 11 12 10 (*)<br />
(*) Entre 2002 e Outubro de 2006 o ClO2 foi abastecido por<br />
uma empresa da especialidade, sendo produzido nas<br />
instalações existentes na <strong>Celbi</strong> a partir de clorato de sódio,<br />
ácido sulfúrico e peróxido de hidrogénio. Em Outubro de 2006<br />
foi rescindido o contrato com esta empresa e a <strong>Celbi</strong> voltou a<br />
ser responsável pela produção do ClO2 .<br />
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE | 2006<br />
47
DESEMPENHO AMBIENTAL | 05<br />
Consumo de oxigénio<br />
kg / ptp<br />
25<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
2002 2003 2004 2005<br />
Consumo de soda cáustica<br />
(100%), kg / ptp<br />
25<br />
2006<br />
Consumo de peróxido de hidrogénio<br />
(100%), kg / ptp<br />
Energia<br />
9<br />
6<br />
3<br />
0<br />
2002<br />
2003 2004 2005<br />
Consumos de combustíveis fósseis<br />
2003 2004 2005 2006<br />
20<br />
Fuel óleo, kg ptp 44 38 42 44<br />
15<br />
Gás natural, m<br />
10<br />
5<br />
0<br />
2002 2003 2004 2005 2006<br />
3 N ptp 20 10 12 16<br />
nerg<br />
Propano, kg ptp 0,1 0,1 0,1 0,2<br />
Gasóleo, kg ptp 1,2 1,0 1,0 0,8<br />
2006
Energia térmica consumida internamente<br />
Combustíveis<br />
Não fósseis<br />
Fósseis<br />
2003 2004 2005 2006<br />
GJ ptp GJ ptp GJ ptp GJ ptp %<br />
Licor negro 13,1 13,2 13,3 13,0 73<br />
Casca e resíduos de madeira 2,7 2,7 2,5 2,2 12<br />
Metanol e GNC’s 0,1 0,2 0,2 0,2 1<br />
Subtotal 15,9 16,1 16,0 15,4 86<br />
Fuel óleo 1,8 1,6 1,7 1,8 10<br />
Gás natural 0,8 0,4 0,5 0,6 3<br />
Propano e gasóleo
DESEMPENHO AMBIENTAL | 05<br />
50<br />
AOX no efluente final<br />
kg CI 2 ptp<br />
0,15<br />
0,10<br />
0,05<br />
0,00<br />
2002<br />
SST no efluente final<br />
kg ptp<br />
4<br />
3<br />
2<br />
1<br />
0<br />
CQO no efluente final<br />
kg O 2 ptp<br />
25<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
2003 2004 2005<br />
2002 2003 2004 2005<br />
2002 2003 2004 2005<br />
em<br />
Emissões gasosas<br />
Com a entrada em vigor da Licença Ambiental da <strong>Celbi</strong>,<br />
em Abril de 2006, os limites de emissão de poluentes<br />
VMA<br />
gasosos deixaram de ser definidos por instalação, passando<br />
a ser estabelecidos de forma agrupada para as<br />
instalações inseridas no processo de produção de<br />
pasta de papel e de forma individualizada apenas para a<br />
caldeira de biomassa.<br />
2006<br />
2006<br />
2006<br />
VMA<br />
VMA<br />
As emissões do processo de fabrico de pasta de papel<br />
são o somatório das emissões da caldeira de recuperação,<br />
do forno da cal, do tanque de dissolução, da<br />
caldeira de metanol e gases não condensáveis (GNC)<br />
e do lavador de gases do branqueamento e da<br />
lavagem, sendo os valores limite de emissão expressos<br />
em kg ptp.<br />
Para a caldeira de biomassa, os valores limite de<br />
emissão são estabelecidos em m3N seco, a 6% O2. Emissões gasosas do processo de produção de<br />
pasta de papel<br />
2006 Limite legal<br />
Partículas (kg partículas ptp) 0,56 0,70<br />
SO 2 (kg S ptp) 0,14 0,30<br />
H 2 S (kg S ptp) 0,04 0,20<br />
NOx (kg NO 2 ptp) 1,15 1,50<br />
Emissões gasosas da Caldeira de Biomassa (a 6% O 2)<br />
2006 Limite legal<br />
Partículas (mg/m 3 N) 65,4 100<br />
NOx (mg NO 2 /m 3 N) 2 1,8 400<br />
SO 2 (mg SO 2 /m 3 N) 38,3 500<br />
CO (mg CO/ m 3 N) 483,0 1000
issõ<br />
Emissões de CO2 O sector de produção de pasta de papel, no qual se ECONOVA, pág. 53) e à aplicação de cinzas secas da<br />
inclui a unidade fabril da <strong>Celbi</strong>, está abrangido pela le- caldeira de casca como fertilizante florestal (<strong>ver</strong><br />
gislação da União Europeia (EU), que visa controlar as Programa de Melhoria Ambiental CISEC5, pág. 53).<br />
emissões de gases com efeito de estufa, estabelecen- Em 2006, alguns dos resíduos do Parque de Madeiras<br />
do um regime de licenças e de comércio de emissões. foram ainda utilizados em ensaios de compostagem e<br />
Em Portugal, a aplicação da legislação da EU é feita os montantes produzidos após a entrada em funciona-<br />
através do Plano Nacional de Licenças de Emissão mento da Estação de Compostagem de Resíduos<br />
(PNALE), com aplicação no período 2005-2007.<br />
foram enviados para esta instalação, para serem<br />
processados em conjunto com os novos resíduos<br />
Em 2005, a <strong>Celbi</strong> obteve o respectivo título de emissão orgânicos resultantes do tratamento secundário de<br />
de gases com efeito de estufa. As emissões de CO2 correspondentes a 2006 foram de 53 916 toneladas,<br />
efluentes.<br />
tendo sido <strong>ver</strong>ificadas e validadas pela Lloyd´s Register Ruído<br />
Quality Assurance.<br />
Os resultados das avaliações realizadas na área fabril<br />
e meio envolvente não revelaram alterações signifi-<br />
Resíduos<br />
cativas relativamente à situação <strong>ver</strong>ificada em anos<br />
anteriores. O impacte das emissões sonoras da fábrica<br />
Resíduos sólidos depositados em aterro<br />
sobre o meio envolvente foi considerado irrelevante,<br />
kg a.s ptp<br />
60<br />
tendo em conta as medições efectuadas em operação<br />
normal e em período de paragem.<br />
30<br />
0<br />
2002<br />
2003 2004 2005<br />
2006<br />
Relativamente aos resíduos processuais produzidos, a<br />
fracção de resíduos depositados em aterro é de 58%.<br />
A fracção de resíduos depositados no Aterro Controlado<br />
da <strong>Celbi</strong>, reduziu-se substancialmente de 2004 para<br />
2005 (de 33 kg a.s. ptp para 24 kg a.s. ptp), devido ao<br />
ensaio de compostagem de resíduos da preparação de<br />
madeiras (<strong>ver</strong> Programa de Melhoria Ambiental<br />
Emergências<br />
Foram realizados vários simulacros de actuação em<br />
emergência no centro de investigação florestal da<br />
Quinta do Furadouro.<br />
Foram melhorados os sistemas de comunicação<br />
interna de alarme, considerados relevantes em caso<br />
de emergência.<br />
Reclamações Ambientais<br />
Registaram-se 4 reclamações ambientais, 3 devidas<br />
a odores desagradáveis e 1 devido a ruído. Todas as<br />
reclamações se <strong>ver</strong>ificaram em alturas de paragem<br />
inesperada da fábrica, tendo sido devidamente tratadas<br />
e explicadas aos respectivos reclamantes.<br />
Inspecções Ambientais<br />
Durante o ano de 2006, a unidade fabril da CELBI não<br />
foi sujeita a inspecções ambientais.<br />
No âmbito do processo de licenciamento ambiental da<br />
fábrica e do processo de licenciamento do aterro<br />
controlado de resíduos industriais, a CELBI foi sujeita a<br />
vistorias por parte das entidades competentes.<br />
51
DESEMPENHO AMBIENTAL | 05<br />
5.6 Balanço de 1 tonelada de pasta em 2006<br />
Matérias-primas e energia<br />
2004 2005 2006<br />
Madeira, m 3 sol. eq. 2,70 2,68 2,69<br />
Água, m 3 34 34 35<br />
Produtos químicos, kg 95 101 117<br />
Fuel óleo, kg 38 42 44<br />
Gás Natural, m 3N 10 12 16<br />
Energia eléctrica, kWh 21 46(*) 24<br />
(*) O consumo de energia eléctrica do exterior teve um acréscimo<br />
considerável relativamente aos anos anteriores, devido à reparação<br />
do turbogerador durante o mês de Julho.<br />
Emissões líquidas Resíduos<br />
2004 2005 2006<br />
Caudal, m 3 32 33 34<br />
SST, kg 2,3 2,5 2,1<br />
CBO 5, kg O 2 5,2 5,6 3,9<br />
CQO, kg O 2 18,4 18,9 15,8<br />
AOX, kg Cl 2 0,09 0,1 0,07<br />
Fósforo, kg P 0,2 0,2 0,16<br />
Azoto, kg N 0,2 0,1 0,19<br />
52<br />
Para deposição no ACR<br />
Emissões gasosas (processo de produção de pasta + caldeira de biomassa)<br />
2004 2005 2006<br />
SO 2, kg SO 2 0,2 0,2 0,3<br />
NOx, kg NO 2 1,3 1,4 1,5<br />
TRS, kg H 2S 0,04 0,05 0,04<br />
Partículas, kg 0,7 0,8 0,7<br />
1 ton de pasta s.a.<br />
2004 2005 2006<br />
En. eléctrica, kWh 16 27 21<br />
2004 2005 2006<br />
Preparação de madeiras 6 0 0<br />
Cinzas secas 9 7 8<br />
Cinzas húmidas 5 5 5<br />
Licor <strong>ver</strong>de 10 9 10<br />
Di<strong>ver</strong>sos 3 3 0<br />
Total depositado em ACR 33 24 23<br />
Ensaios de compostagem 3 9 10<br />
Para valorização externa 8 9 9
5.7 Objectivos e programas ambientais<br />
Desenvolvimento e situação actual<br />
Objectivo<br />
Recuperação do sistema dunar da área vizinha do emissário submarino.<br />
Prazo: final de 2007<br />
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE | 2006<br />
Programa REDUNA<br />
O flanco terrestre da duna apresenta-se consolidado, como consequência do projecto de recuperação executado em 2000, mas o flanco oceânico<br />
mantém o seu perfil afectado pela erosão marítima, como acontece com todo o sistema dunar da costa a Sul da Leirosa.<br />
Com base nos estudos realizados nos anos anteriores, o flanco oceânico da duna, na zona de implantação do emissário submarino, foi dotado de<br />
uma barreira de protecção dos efeitos erosivos do mar, responsáveis pela degradação progressiva do sistema dunar.<br />
A barreira protectora é constituída pela sobreposição de camadas de areia confinada em mantas geotêxteis, permitindo atenuar fisicamente o<br />
impacte das ondas do mar.<br />
O flanco terrestre da duna foi requalificado através da plantação de espécies compatíveis com o local, tendo este projecto sido acompanhado<br />
técnica e cientificamente pelo Instituto do Mar da Uni<strong>ver</strong>sidade de Coimbra.<br />
Em 2006, durante a época balnear, procedeu-se à cobertura das camadas de geotêxtil que sofreram os efeitos invasores do mar. Foram iniciados<br />
novos estudos, que visam melhorar a capacidade de protecção da duna mediante a utilização de sistemas mais robustos que os actualmente<br />
existentes.<br />
Foi redefinido o prazo final anterior (final de 2006) para o encerramento deste programa.<br />
Objectivo<br />
Reduzir a quantidade específica de cinzas secas da Caldeira de Casca depositadas em ACR, de 11-12 kg a.s ptp para um valor médio anual de 5 kg<br />
a.s ptp, através de valorizações externas, designadamente como condicionador de solos florestais e/ou agrícolas.<br />
Prazo: final de 2007<br />
Programa CISEC5<br />
Durante o 1.º semestre de 2006, utilizando o protótipo espalhador desenvolvido nos anos anteriores, foram aplicadas cinzas secas em algumas<br />
propriedades florestais da CELBI licenciadas para o efeito. O montante aplicado ascendeu a 11% do total de cinzas secas produzidas.<br />
Ainda não foram obtidas respostas das autoridades competentes para o alargamento das áreas de aplicação de cinzas.<br />
Não se obti<strong>ver</strong>am quaisquer resultados práticos dos contactos mantidos com empresas potencialmente utilizadoras de cinzas nos seus processos<br />
industriais.<br />
Foi redefinido o prazo final anterior (final de 2006) para o encerramento deste programa.<br />
Objectivo<br />
Valorizar resíduos sólidos orgânicos, em duas <strong>ver</strong>tentes: de produção de energia e compostagem para produção de compostos orgânicos.<br />
Prazo: final de 2007<br />
Programa ECONOVA<br />
Com a supervisão da empresa sueca ECONOVA, foi iniciada a 2.ª fase do ensaio de compostagem de resíduos, comportando apenas resíduos<br />
orgânicos provenientes da área do Parque e Preparação de Madeiras. Desta forma, pretendeu-se aumentar o teor em matéria orgânica no<br />
composto final, comparativamente com os resultados obtidos durante a 1.ª fase do ensaio. Todos os resíduos orgânicos contendo casca e outras<br />
matérias lenhosas, resultantes do processamento de madeira para o fabrico de pasta, foram aplicadas no ensaio, deixando de ser enviados para<br />
deposição no Aterro Controlado.<br />
No âmbito do processo de licenciamento ambiental da unidade fabril, foi concluída a construção da unidade de compostagem de resíduos<br />
orgânicos não perigosos da <strong>Celbi</strong>, em área devidamente impermeabilizada, visando o processamento de lamas resultantes do tratamento<br />
secundário de efluentes e de resíduos da preparação de madeiras, resultando um composto orgânico passível de valorização. A Estação de<br />
Compostagem de Resíduos entrou em funcionamento em Julho de 2006.<br />
53
DESEMPENHO AMBIENTAL | 05<br />
Objectivo<br />
Instalação de cortinas arbóreas em algumas áreas envolventes da fábrica, de forma a criar uma protecção contra o ruído de fundo provocado pelas<br />
instalações.<br />
Prazo: final de 2007<br />
Programa CORTAR<br />
A fim de se fazer a correcção dos solos arenosos da envolvente da fábrica, muito pobres em matéria orgânica e de elevada permeabilidade, optou-<br />
-se pela incorporação de composto orgânico obtido a partir da compostagem de resíduos recuperados da célula de inertes do Aterro Controlado<br />
de Resíduos (ACR). Procedeu-se à mobilização dos solos e à preparação dos mesmos para a plantação de espécies compatíveis com as condições<br />
locais. A plantação efectuou-se durante o mês de Outubro de 2005, estando actualmente em fase de consolidação e monitorização.<br />
Foi redefinido o prazo final anterior (final de 2006) para o encerramento deste programa de modo a poder acompanhar a evolução das plantações.<br />
Objectivo<br />
Reduzir o consumo específico de água para um valor médio anual máximo de 28 m3 ptp.<br />
Prazo: 4.º trimestre de 2008<br />
Programa CEAG 28<br />
Foi instalada uma nova torre de arrefecimento na área de recuperação e energia, no sentido de aumentar a capacidade de reutilização das águas<br />
quentes excedentárias. Foi também substituída a coluna de tratamento de condensados n.º 2, permitindo melhorar a qualidade dos condensados<br />
secundários tratados e, consequentemente, viabilizar a sua recuperação para o processo.<br />
Objectivo<br />
Reduzir as emissões específicas de CBO5 e de SST para valores médios mensais máximos de 1,5 kg O2 ptp e 1,5 kg ptp, respectivamente,<br />
consistentes com o novo quadro legal decorrente do PCIP.<br />
Prazo: final de 2006<br />
Programa TRATASEC<br />
ENCERRADO<br />
Entrou em funcionamento a nova unidade de tratamento biológico (tratamento secundário) de efluentes que permite cumprir os requisitos legais<br />
estabelecidos na licença ambiental da CELBI. A nova instalação inclui uma bacia de derrames, com a capacidade de 49 000 m3, e<br />
devidamente<br />
impermeabilizada, para operar em caso de acidentes ou descargas anormais.<br />
54
sem<br />
Desempenho Social | 06
Desempenho Social<br />
6.1 Gestão de Recursos Humanos<br />
A <strong>Celbi</strong> desenvolve a sua actividade num mercado <strong>ver</strong>dadeiramente<br />
global, onde actuam os principais intervenientes<br />
do sector a nível mundial, materializando-se<br />
numa concorrência forte e agressiva e em que a<br />
competitividade é o principal factor de sucesso. Neste<br />
contexto de desafios globais, a forma como as empresas<br />
lidam com os seus recursos humanos é primordial<br />
para a sua sobrevivência.<br />
Para responder a estes desafios, a <strong>Celbi</strong> norteou a sua<br />
actuação por uma estratégia de recursos humanos<br />
assente nas seguintes linhas de orientação:<br />
• Preparar uma organização adequada e eficiente capaz<br />
de enfrentar os desafios futuros, dotando-a com os<br />
instrumentos de gestão necessários, designadamente<br />
de um sistema de Gestão Previsional de Recursos<br />
Humanos (Empregos e Competências).<br />
• Criar na organização uma cultura de desempenho<br />
capaz de mobilizar os seus colaboradores para<br />
comportamentos excelentes e orientá-los para a<br />
prossecução de objectivos desafiantes, contribuindo,<br />
assim, para uma crescente responsabilização pela<br />
qualidade do seu trabalho.<br />
• Desenvol<strong>ver</strong> as competências dos seus colaboradores<br />
dotando-os de uma maior polivalência funcional<br />
(formação estruturante), preparando-os assim para os<br />
planos de sucessão e os desafios futuros.<br />
• Atrair e reter os melhores profissionais para assegurar a<br />
excelência da sua prestação e consolidar a imagem de<br />
qualidade da empresa.<br />
Emprego e sua caracterização<br />
Para responder ao desafio da competitividade, desde os<br />
anos 90 que a <strong>Celbi</strong> tem vindo a proceder a uma<br />
profunda reorganização, traduzindo-se por uma redução<br />
do seu quadro de efectivos.<br />
Emprego 2002 2003 2004 2005 2006<br />
Quadro Permanente H 384 332 332 306 201<br />
Quadro Permanente M 39 36 35 34 19<br />
Contratos a termo H 7 14 6 6 2<br />
Contratos a termo M 1 0 0 1 1<br />
Total H 391 346 338 312 203<br />
Total M 40 36 35 35 20<br />
TOTAL 431 382 373 347 223<br />
N.º Médio de pessoas 440 403 377 365 296<br />
Nível Etário médio 46,7 45,9 46,3 46,4 44,0<br />
Antiguidade média 20,6 19,9 20,5 20,6 19,3<br />
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE | 2006<br />
57
Evolução da estrutura etária<br />
58<br />
200<br />
150<br />
100<br />
50<br />
0<br />
s O redimensionamento da organização ao longo dos<br />
anos veio permitir um rejuvenescimento do efectivo e<br />
uma melhoria da qualificação escolar média.<br />
Comparando com 2002, <strong>ver</strong>ificamos uma diminuição de<br />
2,7 anos na idade média do trabalhador e de 2,3 na<br />
antiguidade média, enquanto a percentagem de<br />
trabalhadores com o ensino secundário passou de 15%<br />
para 26% e com um grau uni<strong>ver</strong>sitário passou de 14%<br />
para 19%.<br />
Evolução do emprego directo<br />
hu<br />
até 18 anos 18 a 34 35 a 44 45 a 54 55 a 64 65 e mais<br />
500<br />
400<br />
300<br />
200<br />
100<br />
0<br />
H M<br />
2002 2003 2004 2005 2006 até 1.º ciclo 4 a 9 anos<br />
2002 2003 2004 2005 2006<br />
Evolução da estrutura de habilitações literárias<br />
100<br />
80<br />
60<br />
40<br />
20<br />
0<br />
2002 2003 2004 2005 2006<br />
10 a 12 anos ensino superior
Relações laborais<br />
Sendo a <strong>Celbi</strong> uma empresa que teve na sua origem um<br />
investimento de capitais maioritariamente suecos, é natural<br />
que tal origem influenciasse o seu modelo de gestão.<br />
Um dos aspectos deste estilo de gestão é o diálogo institucional<br />
com as organizações representativas dos<br />
trabalhadores baseado na transparência e respeito<br />
mútuo.<br />
Este diálogo manifesta-se em reuniões periódicas de<br />
informação com a Direcção da empresa sobre os seus<br />
aspectos mais relevantes e nas negociações no âmbito<br />
do Acordo de Empresa aplicável a todos os<br />
colaboradores.<br />
Por outro lado, a empresa disponibiliza infra-estruturas<br />
e tempo dentro do horário para a sua actividade, quer<br />
no âmbito das negociações previstas no Acordo de<br />
Empresa, quer para reuniões e plenários.<br />
O grau de sindicalização dos trabalhadores na <strong>Celbi</strong> é<br />
elevado, tendo atingindo em 2006 os 72%.<br />
Condições de trabalho e bem-estar dos<br />
trabalhadores; Segurança e Saúde Ocupacional<br />
De forma a criar as melhores condições de trabalho e<br />
bem-estar dos seus trabalhadores, a <strong>Celbi</strong> reforçou nos<br />
últimos anos os seus esforços na Segurança e Saúde<br />
Ocupacional:<br />
• Definiu como orientação o aperfeiçoamento do seu<br />
Sistema de Gestão de Saúde e Segurança no<br />
Trabalho e a respectiva certificação de acordo com<br />
a norma OHSAS 18001.<br />
• Estabeleceu objectivos quanto à frequência e gravidade<br />
de acidentes de trabalho e a taxas de absentismo<br />
por doença e acidentes.<br />
• Implementou di<strong>ver</strong>sos programas de melhoria na<br />
área da Saúde e Segurança.<br />
Em termos operacionais, a Gestão da Saúde e<br />
Segurança no Trabalho na <strong>Celbi</strong> envolve a interacção<br />
entre o Departamento de Sistemas de Gestão<br />
(Serviços de Segurança e de Protecção contra<br />
Incêndios), o Serviço de Medicina no Trabalho e as<br />
estruturas organizacionais da empresa.<br />
Como pilares fundamentais de suporte ao<br />
funcionamento do Sistema de Gestão, destacam-se:<br />
• O Posto Médico, com um Médico do Trabalho do<br />
quadro da empresa e um serviço de enfermagem a<br />
funcionar adequadamente e equipado com moderno<br />
equipamento de diagnóstico e tratamento.<br />
• Instalações próprias de segurança, com disponibilidade<br />
de materiais e equipamentos para protecção<br />
individual e colectiva e para o acompanhamento da<br />
execução de trabalhos.<br />
• Disponibilidade de meios técnicos e humanos de<br />
actuação em emergências, designadamente em caso<br />
de acidentes individuais, incêndios e outras incidências<br />
de carácter industrial.<br />
• Formação em áreas específicas de segurança de<br />
acordo com as funções desempenhadas, extensível<br />
aos trabalhadores de empresas exteriores que<br />
desenvolvem a sua actividade no interior das<br />
instalações da empresa.<br />
• Divulgação de perigos e riscos nas instalações e<br />
locais de trabalho, cuja identificação contou com a<br />
participação dos trabalhadores.<br />
• Edição de manuais, normas e procedimentos de segurança,<br />
bem como documentação di<strong>ver</strong>sa sobre o tema,<br />
profusamente divulgada, interna e externamente.<br />
• Publicação de regulamentos internos que estabelecem<br />
os procedimentos sobre o consumo de bebidas<br />
alcoólicas, tabaco e substâncias estupefacientes nos<br />
locais de trabalho.<br />
• Realização de programas de inspecções/vistorias de<br />
higiene e segurança, bem como de auditorias inerentes<br />
ao funcionamento dos Sistemas de Gestão.<br />
A empresa obteve em 2005 a certificação do seu<br />
Sistema de Gestão de Saúde e Segurança no Trabalho<br />
(Certificação OHSAS 18001/NP 4397).<br />
Quanto ao desempenho da empresa neste período,<br />
pode concluir-se o seguinte:<br />
• O número de exames médicos efectuados tem vindo<br />
a subir significativamente a partir de 2005.<br />
• Reforçou-se os meios afectos à Segurança e Saúde<br />
Ocupacional, em especial nos anos que precederam<br />
a certificação, sendo de destacar o investimento em<br />
formação nesta área.<br />
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE | 2006<br />
59
DESEMPENHO SOCIAL | 06<br />
60<br />
• O número total de acidentes registados baixou significativamente<br />
nos últimos cinco anos, com um valor<br />
médio anual de 27 contra 37 nos cinco anos<br />
anteriores (25 acidentes registados em 2006).<br />
• O número de acidentes com dias perdidos baixou<br />
também de forma significativa: 11 em 2006, contra<br />
2002 2003 2004 2005 2006<br />
N.º Total de Acidentes 35 20 22 33 25<br />
N.º de Acidentes com dias perdidos 21 11 15 18 1<br />
Dias de trabalho perdidos por acidentes (*) 312 185 321 167 133<br />
(*) Contados a partir do dia seguinte ao acidente<br />
Sinistralidade<br />
N.º de Acidentes com baixa por milhão<br />
de horas trabalhadas (potenciais)<br />
35<br />
30<br />
25<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
2002 2003 2004 2005 2006<br />
Índice de Frequência c/ baixa<br />
Índice de Gravidade<br />
• O Índice de Frequência com dias perdidos registou<br />
em 2006 um valor de 17,6 acidentes por um milhão<br />
de horas trabalhadas (contra 23,3 em média nos<br />
últimos 5 anos).<br />
0,6<br />
0,5<br />
0,4<br />
0,3<br />
0,2<br />
0,1<br />
0,0<br />
sa<br />
um valor médio de 15 nos últimos 5 anos e 24 nos<br />
cinco anos anteriores.<br />
• Não se registou nenhum caso mortal neste período.<br />
O quadro e o gráfico seguintes reflectem os<br />
resultados:<br />
2002 2003 2004 2005 2006<br />
Absentismo 34 834 25 402 29 146 32 638 20 8 1<br />
Taxa de absentismo 4,6% 3,6% 4,4% 5,3% 4,0%<br />
Taxa de absentismo (doença + acidentes) 3,5% 2,6% 3,4% 4,3% 3,0%<br />
N.º de dias perdidos por mil horas trabalhadas<br />
• O Índice de Gravidade foi em 2006 de 0,26 dias<br />
perdidos por mil horas trabalhadas (contra 0,35 em<br />
média nos últimos 5 anos).<br />
Por sua vez, a taxa de absentismo por doença e acidentes<br />
baixou para 3% em 2006 (média de 3,4% nos<br />
últimos cinco anos).
úgur A participação formal dos trabalhadores nas actividades<br />
de Gestão da Saúde e Segurança é garantida pelos<br />
seus representantes na Comissão de Segurança,<br />
Higiene e Saúde no Trabalho, que assume o papel de<br />
órgão consultivo da Administração. A participação<br />
voluntária dos trabalhadores através dos mecanismos<br />
de participação implementados na <strong>Celbi</strong> (Programas<br />
INOVAR, TEAM e Programas Específicos de Melhoria),<br />
bem como o apoio na selecção de equipamentos de<br />
protecção individual, são também aspectos que<br />
merecem relevância.<br />
Objectivos e programas de saúde e segurança<br />
em 2007<br />
Nome Objectivo<br />
PASSEGUR<br />
SEGEC<br />
AMETAC<br />
DIRMAQ<br />
Institucionalizar o “passaporte de segurança“ para o pessoal de empresas prestadoras de<br />
serviços a trabalhar na fábrica da <strong>Celbi</strong>.<br />
Adaptação dos equipamentos de elevação de cargas da CELBI às disposições da legislação<br />
aplicável (empilhadores, gruas, pontes rolantes, tractores...), incluindo formação específica<br />
a todos os trabalhadores que os utilizam.<br />
Verificação da situação existente em termos de ergonomia nos postos de trabalho de utilização de<br />
equipamentos dotados de visor e realização de acções de melhoria.<br />
Adaptação dos equipamentos de trabalho de carácter operacional às disposições da legislação<br />
aplicável.<br />
SIELAT Instalação de iluminação e sinalização de emergência em edifícios e áreas de trabalho.<br />
ACOST-CFAE<br />
Correcção de não-conformidades já identificadas, visando a redução de acidentes na área da<br />
caustificação e forno da cal.<br />
POMA Requalificação das instalações de uma das oficinas mecânicas.<br />
Como forma de aferir o grau de satisfação, motivação e<br />
envolvimento dos colaboradores na empresa, a <strong>Celbi</strong><br />
aderiu desde o início ao Observatório Nacional de<br />
Recursos Humanos (Observatório elaborado sob a<br />
égide da APQ – Associação Portuguesa para a<br />
Qualidade), decidindo realizar inquéritos a todos os<br />
colaboradores com intervalos de 2 a 3 anos.<br />
Com base nos seus resultados, estes Inquéritos são<br />
um valioso instrumento para a <strong>Celbi</strong>:<br />
• Fundamentar um plano de comunicação interna na<br />
empresa, promovendo um diálogo a diferentes níveis<br />
hierárquicos e Áreas Funcionais.<br />
• Identificar acções a desenvol<strong>ver</strong> na área da Gestão<br />
de Recursos Humanos.<br />
61
DESEMPENHO SOCIAL | 06<br />
62<br />
• Acompanhar a implementação das acções desenvolvidas<br />
permitindo corrigir, reforçar e/ou reorientar essas acções.<br />
Formação<br />
Desde os anos 70 que a <strong>Celbi</strong> aposta na formação<br />
técnica dos seus colaboradores como instrumento<br />
fundamental para garantir a sua sustentabilidade.<br />
A partir dos anos 90, uma especial atenção tem sido<br />
dada à <strong>ver</strong>tente comportamental e de gestão. Foram<br />
definidos vários programas estruturados de acordo com<br />
os diferentes destinatários:<br />
• De 2001 a 2003 realizou-se um programa de desenvolvimento<br />
da Liderança (PAGE - Programa Avançado<br />
de Gestão para Executivos), onde esti<strong>ver</strong>am<br />
envolvidos todos os Gestores e Quadros Superiores<br />
da empresa num total de 55 colaboradores e mais de<br />
14 600 horas de formação.<br />
• De 2004 a 2006, desenrolou-se o programa de formação<br />
GEPE (Gestão Eficaz de Pessoas e Equipas)<br />
destinado a todas as Chefias de enquadramento<br />
directo e Quadros técnicos, com o objectivo de<br />
desenvol<strong>ver</strong> as suas competências de gestão e<br />
liderança, envolvendo 37 colaboradores num total de<br />
mais de 7 200 horas de formação.<br />
• Em Setembro de 2005, preparou-se um “outdoor” de<br />
dois dias sobre o tema da Liderança, em que participaram<br />
os Quadros Superiores da empresa, com o<br />
objectivo de refrescar os conceitos chave da liderança<br />
em processos de mudança.<br />
• Em 2006, iniciou-se o programa DEP (Desenvolvimento<br />
da Eficácia Profissional) destinado aos<br />
restantes colaboradores, que terá lugar a partir de 2007.<br />
• Em 2006, realizaram-se 89 acções correspondentes a<br />
14 600 horas de formação, referentes a programas de<br />
carácter técnico para a actividade industrial (operadores,<br />
coordenadores de fábrica e pessoal da manutenção).<br />
Como resultado, a empresa tem investido um número<br />
significativo de horas em formação, representando uma<br />
taxa de esforço de 3,9% em 2006 e uma média de 9,1<br />
dias por trabalhador (o valor mais elevado registou-se<br />
em 2002 com uma taxa de esforço de 4,9% e 11,1 dias<br />
por trabalhador).<br />
2002 2003 2004 2005 2006<br />
N.º de acções de formação 200 222 326 124 125<br />
N.º total de participantes 1 813 1 408 2 560 1 686 1 437<br />
N.º de horas de formação 36 805 25 743 23 306 19 079 20 260<br />
dias formação por trabalhador<br />
12<br />
10<br />
8<br />
6<br />
4<br />
2<br />
0<br />
11,2<br />
8,5<br />
Dias formação / trabalhador<br />
8,2<br />
7,0<br />
9,1<br />
2002 2003 2004 2005 2006<br />
Taxa de esforço<br />
6%<br />
5%<br />
4%<br />
3%<br />
2%<br />
1%<br />
0%<br />
% horas formação sobre o potencial<br />
de horas trabalho
Relativamente às áreas de formação, constata-se que a<br />
formação no Processo continua a ser a área com maior<br />
percentagem ocupada em formação com 51% do total<br />
de horas investidas, logo seguida da Informática com<br />
13%, da Gestão com 7%, do Comportamento<br />
Áreas de Formação 2006 - Pessoal <strong>Celbi</strong><br />
Processo 51%<br />
Segurança Saúde Ocup. 6%<br />
Comportamental 6%<br />
Outros 18%<br />
organizacional e da Segurança e Saúde<br />
Ocupacional com 6% cada uma. Estas têm sido ao<br />
longo destes últimos anos as 5 áreas a que a empresa<br />
tem dedicado mais atenção.<br />
Ambiente 1,6%<br />
Fabril 0,1%<br />
Geral 0,8%<br />
Mecânica 1,6%<br />
Qualidade 0,4%<br />
Línguas 1,6%<br />
Laboratorial 1,8%<br />
Florestal 0,3%<br />
Eléctrica 4,0%<br />
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE | 2006<br />
Electrónica 2,1%<br />
Instrumentação 2,2%<br />
Gestão 7%<br />
Informática 13%<br />
maç
DESEMPENHO SOCIAL | 06<br />
Di<strong>ver</strong>sidade e igualdade de oportunidades<br />
Reflectindo a tipificação do trabalhador da <strong>Celbi</strong>, onde<br />
apenas 9% dos trabalhadores são do sexo feminino, a<br />
distribuição por níveis de qualificação traduz uma situação<br />
semelhante. Ainda assim, a percentagem de<br />
mulheres por níveis de qualificação é mais elevada nos<br />
co<br />
Quadros Superiores (11%) e nos Quadros Médios (23%).<br />
ire<br />
Por sua vez, a política salarial da <strong>Celbi</strong> tem sido<br />
influenciada pelas origens escandinavas, que,<br />
conjugada com as sucessivas reorganizações ao longo<br />
dos últimos anos, se tem traduzido num leque salarial<br />
estreito. O leque salarial interpretativo (*) tem-se<br />
situado à volta dos 2,5.<br />
(*) NOTA: relação entre o salário base líquido mais elevado e o<br />
salário base líquido mais baixo, depois de se retirarem 5% de<br />
trabalhadores com os salários mais altos e mais baixos.<br />
6.2 Direitos Humanos<br />
A <strong>Celbi</strong> cumpre rigorosamente a lei no que se refere<br />
ao respeito pelos direitos de personalidade dos seus<br />
colaboradores e à igualdade de oportunidades e não<br />
discriminação em razão do sexo, origens étnicas,<br />
religiosas, convicções políticas, ideológicas ou sindicais,<br />
não havendo quaisquer processos judiciais sobre estas<br />
matérias nem conhecimento de quaisquer factos que<br />
indiciem problemas nesta matéria.
muni<br />
6.3 Comunidade<br />
A <strong>Celbi</strong> reconhece a sua responsabilidade de envolvimento<br />
com a Comunidade e nesse âmbito, desenvolve<br />
e apoia um conjunto de iniciativas e actividades, das<br />
mais di<strong>ver</strong>sas instituições, que são essenciais para o<br />
seu compromisso em criar relacionamentos relevantes<br />
com a comunidade local.<br />
Através de donativos e apoio logístico, a empresa<br />
procura identificar projectos com mérito e com impacto<br />
significativo na qualidade de vida das populações.<br />
No ano de 2006 destacam-se as seguintes iniciativas:<br />
• Aquisição de Meios e Equipamentos para Combate a<br />
Incêndios Florestais da Junta de Freguesia de<br />
Belazaima do Chão.<br />
• Apoio às XXIX Jornadas de Teatro Amador do Lions<br />
Clube da Figueira da Foz.<br />
• Aquisição de estantes para a orquestra ligeira da<br />
Sociedade Musical Recreativa, Instrutiva e<br />
Beneficente Santanense.<br />
• Apoio ao XIX Festival Folclórico, organizado pelo<br />
Grupo Folclórico e Etnográfico da Praia da Leirosa.<br />
• Aquisição de Equipamento Desportivo para a<br />
Associação Cultural Recreativa e de Melhoramentos<br />
de Silveirinha Grande e Claras.<br />
• Apoio ao 28.º Grande Prémio em Atletismo Vila Verde,<br />
organizado pelo Grupo Recreativo Vila<strong>ver</strong>dense.<br />
• Comparticipação nos cartões escolares e de<br />
identificação da Escola Secundária Dr. Bernardino<br />
Machado.<br />
• Patrocínio do Quadro de Honra – Atribuição de<br />
Prémios para melhores alunos do ano lectivo<br />
2005/2006 – do Agrupamento de Escolas do Paião,<br />
nos termos do seu regulamento Interno.<br />
• Patrocínio da 15.ª edição do “Prémio Literário Cristina<br />
Torres” organizado pela Escola Secundária<br />
Dr.ª Cristina Torres.<br />
• Jornadas Culturais 2006, da Escola Secundária<br />
Dr. Joaquim de Carvalho.<br />
• Comparticipação da Bolsa de Estudo, atribuída<br />
anualmente pelo ROTARY Club da Figueira da Foz.<br />
• Renovação e apetrechamento da Sala do<br />
Jardim-de-infância da Serra da Boa Viagem.<br />
• Boletim Informativo da Junta de Freguesia da<br />
Marinha das Ondas.<br />
• III Semana da Saúde, organizada pela Junta de<br />
Freguesia de S. Julião da Figueira da Foz.<br />
• Comparticipação na aquisição de um aparelho<br />
medidor de tensão pela Casa do Povo de Marinha<br />
das Ondas.<br />
65
DESEMPENHO SOCIAL | 06<br />
A empresa apoia igualmente todas as iniciativas,<br />
organizadas pelo Clube <strong>Celbi</strong>, que visem proporcionar<br />
aos seus trabalhadores a satisfação do seu bem-estar.<br />
Com 38 anos de história, o Clube <strong>Celbi</strong> é uma<br />
Em 8 de Novembro de 1969 teve lugar a<br />
primeira reunião de um grupo de trabalhadores<br />
Associação de referência<br />
no concelho da Figueira<br />
da Foz e a sua missão<br />
da <strong>Celbi</strong> com a finalidade de estudar e decidir consiste em proporcionar<br />
sobre a viabilidade da criação de uma Casa de aos seus associados, e<br />
Pessoal. Mais tarde, em 10 de Janeiro de família, actividades e<br />
1970, foi aprovada em Assembleia Geral de<br />
iniciativas que sejam do<br />
Trabalhadores a constituição da associação de<br />
carácter social, cultural, desportiva e recreativa<br />
seu agrado, contribuindo<br />
assim para a promoção<br />
da envolvente social da<br />
que viria a designar-se por Clube <strong>Celbi</strong>.<br />
empresa.<br />
66<br />
Para além das iniciativas referidas, a empresa apoiou<br />
igualmente um conjunto de actividades de carácter<br />
social, desportivo, cultural e recreativo de diferentes<br />
entidades locais e nacionais das quais, a título<br />
exemplificativo, se realçam:<br />
Associação Cultura Recreativa e Desportiva da Freguesia<br />
do Carriço, Associação Cultural Recreativa e<br />
Desportiva de Matos, Associação Cultural, Recreativa<br />
e Desportiva Marinhense, Associação Cultural,<br />
Recreativa, Desportiva e Melhoramentos de Alhais,<br />
Associação das Colectividades do Concelho da Figueira<br />
da Foz, Associação Filarmónica União Vila<strong>ver</strong>dense,<br />
Associação Portuguesa de Deficientes, Casa do Povo<br />
de Lavos, Centro Paroquial de Solidariedade Social de<br />
Mata Mourisca, Centro Recreativo Cultural<br />
Carvalhense, Centro Social Paroquial Áque Viva -<br />
Paróquia de Alhadas, Cercifoz, Comissão Capela São<br />
Bento do Copeiro, Comissão da Capela do Calvete,<br />
Comissão de Festas da Capela de Calvino, Comissão<br />
de Festas da Praia da Leirosa, Comissão de Festas de<br />
N. Sra. da Boa Viagem, Comissão de Festas do<br />
Alqueidão 2006, Comissão de Festas em Honra da N.<br />
Sra. da Conceição da Costa de Lavos, Comissão de<br />
Festas em Honra de Santo Ovídeo, Comissão de<br />
Festas Nossa Senhora das Ondas, Comissão de Festas<br />
Nossa Senhora do Rosário, Comissão Fabriqueira<br />
Capela de Vieirinhos, Conselho de Moradores de<br />
Sampaio, Grupo Coral David de Sousa, Grupo<br />
Desportivo Paionense, Junta de Freguesia de Vila<br />
Verde, Liga Nacional Contra a Fome, Liga Portuguesa<br />
contra o Cancro - Núcleo Figueira da Foz, Rancho<br />
Folclórico da Casa do Povo de Maiorca, Sociedade<br />
Musical Recreativa de Alqueidão, Sport Clube de Lavos<br />
e Sporting Clube Figueirense.<br />
Donativos (euros)<br />
2004 2005 2006<br />
73 883 42 465 48 270<br />
Cedência de Material Informático<br />
A <strong>Celbi</strong> desenvolve ainda outras acções de proximidade<br />
com as comunidades vizinhas. Assim, e em virtude da<br />
renovação do seu parque informático, a empresa<br />
entregou gratuitamente equipamento e material<br />
informático a instituições sem fins lucrativos, que dele<br />
necessitam, para que o acesso às novas tecnologias da<br />
informação dos mais di<strong>ver</strong>sos estratos sociais seja uma<br />
realidade.<br />
Atendendo a di<strong>ver</strong>sas solicitações, as Instituições e<br />
Associações contempladas foram:<br />
• Clube Recreativo Instrução Alhadense.<br />
• Jardim de Infância do Marco - Coles de Samuel.<br />
• 2.º Jardim Escola João de Deus.<br />
• Grupo Caras Direitas.<br />
• Jardim de Infância da Serra da Boa Viagem.<br />
• Cruz Vermelha Portuguesa - Núcleo de Carvalhais.<br />
• Jardim de Infância de Alqueidão.<br />
• Clube <strong>Celbi</strong>.<br />
• Famílias carenciadas do concelho.
loss<br />
Glossário Geral | 07
Glossário Geral<br />
ACR Aterro Controlado de Resíduos.<br />
AOX Sigla correspondente à designação inglesa de<br />
“adsorbable organic halogens”. Parâmetro que serve para<br />
avaliar o conteúdo em organoclorados de um efluente líquido.<br />
Aspectos ambientais directos Ligados a actividades sobre as<br />
quais a <strong>Celbi</strong> detém o controlo de gestão, podendo por isso sobre<br />
elas exercer directamente acções de controlo, correcção e melhoria.<br />
Aspectos ambientais indirectos Ligados ou resultantes de<br />
actividades, produtos e serviços sobre os quais a <strong>Celbi</strong> não<br />
possui inteiro controlo de gestão, podendo apenas sobre elas<br />
exercer influência indirecta.<br />
a.s. Absolutamente seco.<br />
Autonomia financeira Financiamento do Activo da empresa<br />
através de Capitais Próprios.<br />
BCSD Portugal Conselho Empresarial para o Desenvolvimento<br />
Sustentável (www.bcsdportugal.org).<br />
BEKP Sigla correspondente à designação inglesa “Bleached<br />
Eucalyptus Kraft Pulp”cuja tradução em português é pasta<br />
branqueada de eucalipto pelo processo kraft.<br />
Benelux Benelux foi uma das primeiras organizações<br />
económicas da Europa, que gerou o embrião do que seria mais<br />
tarde a União Europeia. Começou como a área de livre comércio<br />
entre Bélgica, Países Baixos e Luxemburgo, e mais tarde, Itália,<br />
Alemanha e França também aderiram, criando a CEE,<br />
Comunidade Económica Europeia. O nome Benelux é formado<br />
pelas iniciais dos nomes dos três países: BElgië, NEderland e<br />
LUXembourg.<br />
Capital próprio Somatório do Capital Social com as Reservas<br />
Legais e Livres e os Resultados Transitados.<br />
Cash flow operacional Fundos gerados através da actividade<br />
normal da empresa.<br />
CBO5 Carência bioquímica de oxigénio. Parâmetro que mede o<br />
potencial impacte ambiental de um efluente líquido sobre o<br />
meio receptor, causado pela oxidação bioquímica dos<br />
compostos orgânicos.<br />
CELE Comércio Europeu de Licenças de Emissão.<br />
CELPA Associação da Indústria Papeleira (www.celpa.pt).<br />
CEPI Confederação Europeia da Indústria Papeleira<br />
(www.cepi.org).<br />
CO Monóxido de Carbono.<br />
CO 2 Dióxido de Carbono.<br />
Cobertura do imobilizado Capitais permanentes/imobilizado<br />
líquido+existências médio e longo prazo. Demonstra a forma<br />
como se encontram financiados os activos mobilizados da<br />
empresa.<br />
COTEC Associação Empresarial para a Inovação<br />
(www.cotec.pt).<br />
CQO Carência química de oxigénio. Parâmetro que mede o<br />
potencial impacte ambiental de um efluente líquido sobre o<br />
meio receptor, causado pela oxidação química dos compostos<br />
orgânicos.<br />
DEP Desenvolvimento da Eficácia Profissional.<br />
Derrama A derrama é um imposto que incide sobre o lucro<br />
tributável dos sujeitos passivos do Imposto sobre o<br />
Rendimento Colectivo gerado na área do município.<br />
EBITDA Sigla correspondente à designação inglesa “earnings<br />
before interest, taxes, depreciation and amortization”, cuja<br />
tradução em português é resultados antes de juros, impostos,<br />
depreciação e amortização, ou seja é o Resultado Operacional<br />
adicionado das amortizações.<br />
EFQM Sigla correspondente à designação inglesa “European<br />
Foundation for Quality Management” cuja tradução em<br />
português é Fundação Europeia para a Gestão da Qualidade<br />
(www.efqm.org).<br />
EMAS Sigla correspondente à designação inglesa<br />
“Environmental Management and Audit Scheme”, cuja tradução<br />
em português é Sistema Comunitário de Ecogestão e<br />
Auditoria.<br />
ETAR Estação de tratamento de águas residuais.<br />
Euronatura Centro para o Direito Ambiental e<br />
Desenvolvimento Sustentado. É uma organização sem fins<br />
lucrativos equiparada a organização não-go<strong>ver</strong>namental de<br />
ambiente, especializada em investigação em ciência, política e<br />
direito de ambiente, particularmente no respeitante a matérias<br />
de cariz internacional (www.euronatura.pt).<br />
FCS´s Factores críticos de sucesso.<br />
FSC Sigla correspondente à designação inglesa “Forest<br />
Stewardship Council”.<br />
GEPE Gestão Eficaz de Pessoas e Equipas.<br />
GNC Gases não condensáveis.<br />
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE | 2006<br />
69
GLOSSÁRIO GERAL | 07<br />
70<br />
GRI Global Reporting Initiative (www.globalreporting.org).<br />
H Homem.<br />
Horas trabalháveis Total de horas potenciais de trabalho no<br />
ano, excluindo ausências e trabalho suplementar.<br />
H 2 S Sulfureto de hidrogénio.<br />
IEFP Instituto do Emprego e Formação Profissional<br />
(portal.iefp.pt).<br />
Índice de Frequência Número de acidentes com baixa por<br />
milhão de horas trabalháveis.<br />
Índice de Gravidade Número de dias perdidos causados por<br />
acidente por mil horas trabalhadas.<br />
INETI Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação<br />
(www.ineti.pt).<br />
IRC Imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas.<br />
ISO 9001 Norma internacional que especifica requisitos para<br />
um sistema de gestão da qualidade.<br />
ISO 14001 Norma internacional que especifica requisitos para<br />
um sistema de gestão ambiental.<br />
Leque salarial interpretativo Relação entre o salário base<br />
líquido mais elevado e o salário base líquido mais baixo, depois<br />
de se retirarem 5% de trabalhadores com os salários mais<br />
altos e mais baixos.<br />
M Mulher.<br />
m3 sol. eq Metro cúbico sólido equivalente. Unidade de<br />
medição do volume de madeira sob casca.<br />
N.º Número.<br />
NP 4397 Norma portuguesa que especifica requisitos para um<br />
sistema de gestão da segurança e saúde no trabalho.<br />
NOx Designação geral dos óxidos de azoto formados durante<br />
a queima de um combustível. Pode dar origem a chuvas ácidas<br />
e ser responsável pela acidificação dos solos e reservas de<br />
água doce.<br />
OHSAS 18001 Norma que especifica requisitos para um<br />
sistema de gestão da segurança e saúde do trabalho.<br />
PAGE Programa Avançado de Gestão para Executivos da<br />
Uni<strong>ver</strong>sidade Católica Portuguesa.<br />
Parte interessada (“Stakeholder” em inglês) Indivíduo ou<br />
grupo interessado ou afectado pelo desempenho de uma<br />
organização.<br />
PCIP Prevenção e Controlo Integrados da Poluição.<br />
PEFC Sigla correspondente à designação inglesa “Programme<br />
for the Endorsement of Forest Certification Schemes”.<br />
PIB Produto Interno Bruto.<br />
PNALE Plano Nacional de Licenças de Emissão.<br />
Processo Kraft Também designado “processo ao sulfato”. As<br />
aparas de madeira são cozidas num recipiente pressurizado<br />
(digestor), na presença de hidróxido de sódio e de sulfureto de<br />
sódio.<br />
Processo ao sulfito As aparas de madeira são cozidas num<br />
recipiente pressurizado (digestor), na presença de uma solução<br />
cujo componente principal é o bissulfito de sódio.<br />
ptp Por tonelada de pasta.<br />
Resultados líquidos Resultados da empresa após impostos.<br />
Resultados operacionais Resultados provenientes da<br />
actividade principal da empresa (Receitas da actividade menos<br />
Custos da actividade).<br />
ROCE Resultados operacionais/capital próprio+endividamento.<br />
Determina a remuneração do capital investido.<br />
t<br />
TQM Sigla correspondente à designação inglesa “Total Quality<br />
SO2 Dióxido de enxofre. Gás formado na combustão de<br />
combustíveis contendo enxofre. Por oxidação e reacção com a<br />
humidade da atmosfera, pode dar origem a chuvas ácidas.<br />
SST Sólidos suspensos totais. Parâmetro que mede a<br />
quantidade de materiais sólidos em suspensão num efluente<br />
líquido.<br />
t Tonelada.<br />
Taxa de absentismo Percentagem de horas de absentismo<br />
relativamente ao total de horas trabalháveis no ano (potencial<br />
de horas de trabalho).<br />
Taxa de esforço de formação Percentagem de horas de<br />
formação relativamente ao total de horas trabalháveis no ano<br />
(potencial de horas de trabalho).<br />
Management”, cuja tradução em português é Gestão pela<br />
Qualidade Total.<br />
TRS Sigla correspondente à designação inglesa “total reduced<br />
sulphur”. Parâmetro que mede a quantidade de gases de<br />
enxofre, na forma reduzida (isto é, susceptíveis de serem<br />
oxidados/queimados), nas emissões gasosas de uma instalação<br />
ou de uma chaminé.<br />
VAB Valor acrescentado bruto.<br />
Vendas líquidas Vendas deduzidas de descontos e<br />
abatimentos.<br />
VMA Valor máximo admissível.<br />
WBCSD Sigla correspondente à designação inglesa “World<br />
Business Council for Sustainable Development” cuja tradução<br />
em português é Conselho Empresarial Mundial para o<br />
Desenvolvimento Sustentável.
abel<br />
Tabela GRI | 08
Tabela GRI<br />
Estratégia e análise Página Status<br />
1.1 Mensagem da Administração 6, 7, 8 �<br />
1.2 Descrição dos principais impactes, riscos e oportunidades<br />
35, 36, 42, 49, 50, 51, 62, 63, 64,<br />
66, 68, 69, 70<br />
Perfil da Organização Página Status<br />
2.1 Nome da organização 2 �<br />
2.2 Principais marcas, produtos e/ou serviços 11 �<br />
2.3 Estrutura operacional da organização 10, 17, 19, 20 �<br />
2.4 Localização da sede da organização 9 �<br />
2.5 Países em que a organização opera 9 �<br />
2.6 Tipo e natureza jurídica da organização 10 �<br />
2.7 Mercados 11, 12 �<br />
2.8 Dimensão da organização 7, 34, 37, 66 �<br />
2.9 Alterações significativas 2,10,17 �<br />
2.10 Prémios recebidos 10 �<br />
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE | 2006<br />
�<br />
73
TABELA GRI | 08<br />
Parâmetros do Relatório Página Status<br />
3.1 Período a que se refere o relatório 2 �<br />
3.2 Data do último relatório 2 �<br />
3.3 Periodicidade do relatório 3 �<br />
3.4 Contactos 3 �<br />
3.5 Definição do conteúdo do relatório 2, 3 �<br />
3.6 Âmbito do relatório 2 �<br />
3.7 Limitações ao âmbito n.a<br />
3.8 Reporte sobre as outras entidades n.a<br />
3.9 Critérios e bases de cálculo 76, 77, 78 �<br />
3.10 Reformulações n.a<br />
3.11 Alterações significativas em relação a relatórios anteriores n.a<br />
3.12 Tabela de correspondência GRI 79 �<br />
3.13 Verificação externa 2, 3 �<br />
Go<strong>ver</strong>nação, compromissos e envolvimento Página Status<br />
4.1 Estrutura de go<strong>ver</strong>nação 19, 20 �<br />
4.2 Indicar se o presidente do Conselho de Administração tem funções executivas 19 �<br />
4.3 Membros do Conselho de Administração independentes e não-executivos 19 �<br />
4.4 Mecanismos que permitam aos accionistas e aos colaboradores transmitirem<br />
recomendações ou orientações ao Conselho de Administração<br />
74<br />
22, 29, 30, 31, 67, 70 �<br />
4.5 Relação entre a remuneração dos membros do Conselho de Administração n.d
4.6 Conflitos de interesse �<br />
4.7 Qualificações e competências dos membros do Conselho de Administração n.d<br />
4.8 Missão, valores, códigos de conduta e princípios 4,,5 �<br />
4.9 Processos do Conselho de Administração para supervisionar a gestão do desempenho<br />
económico, ambiental e social e gestão de riscos<br />
4.11 Princípio da precaução 24 �<br />
4.12 Cartas, princípios ou outras iniciativas, desenvolvidas externamente de carácter económico,<br />
ambiental e social que a organização subscreve ou defende<br />
4.13 Participação significativa em associações e/ou organizações de defesa<br />
nacionais/internacionais<br />
25 �<br />
27, 28, 29 �<br />
4.14 Relação dos grupos que constituem as partes interessadas 29, 30 �<br />
4.15 Processo de identificação e selecção das partes interessadas 6 �<br />
4.16 Abordagens utilizadas para envol<strong>ver</strong> as partes interessadas 29, 30, 31, 32 �<br />
4.17 Principais questões e preocupações identificadas através do envolvimento com<br />
as partes interessadas<br />
21, 22, 23 �<br />
4.10 Processos para avaliação do desempenho do Conselho de Administração n.d<br />
23, 60, 62, 63, 70 �<br />
Desempenho Económico Página Status<br />
Abordagem da Gestão, objectivos, desempenho, políticas e contextualização 35, 36, 42 �<br />
EC1 Valor económico directo gerado e distribuído, incluindo receitas, custos operacionais,<br />
remuneração a empregados, donativos e outros investimentos na comunidade, lucros<br />
acumulados, pagamentos a investidores e pagamentos de impostos<br />
EC2 Implicações financeiras e outros riscos e oportunidades para actividades da organização<br />
devido às alterações climáticas<br />
EC 3 Responsabilidades referentes ao plano de benefícios definidos pela organização<br />
34, 42, 74<br />
R&C<br />
EC 4 Apoios financeiros significativos recebidos do go<strong>ver</strong>no 42 �<br />
EC 6 Políticas, práticas e custos com fornecedores locais 36 �<br />
38,<br />
R&C<br />
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE | 2006<br />
�<br />
n.d<br />
�<br />
75
TABELA GRI | 08<br />
EC7 Procedimentos para contratação local e proporção de cargos de gestão de topo ocupados<br />
por indivíduos da comunidade local<br />
EC8 Desenvolvimento e impacte dos investimentos em infra-estruturas e serviços que visam<br />
essencialmente o benefício público<br />
Desempenho Ambiental Página Status<br />
Abordagem da Gestão, objectivos, desempenho, políticas e contextualização 5, 44, 45, 46, 47, 48, 49 �<br />
EN 1 Consumo de matérias primas 53, 54, 55, 56, 61 �<br />
EN 2 Percentagem de materiais usados provenientes de reciclagem n.a<br />
EN 3 Consumo directo de energia por fonte primária 56 �<br />
EN 4 Consumo indirecto de energia por fonte primária n.a<br />
EN 8 Consumo total de água 53 �<br />
EN 11 Localização das áreas com habitats ricos em biodi<strong>ver</strong>sidade n.a<br />
EN 12 Impactes sobre a biodi<strong>ver</strong>sidade n.a<br />
EN 16 Total de emissões de gases com efeito de estufa 58 �<br />
EN 17 Emissões indirectas de gases com efeito de estufa n.d<br />
EN 19 Emissões de substâncias destruidoras da camada de ozono n.d<br />
EN 20 NOx, SOx e outras emissões atmosféricas significativas 15, 58, 61 �<br />
EN 21 Descarga total de águas residuais 15, 28, 57, 61 �<br />
EN 22 Quantidade total de resíduos por tipo 16, 59, 61 �<br />
EN 23 Derrames significativos 50 �<br />
EN26 Impactes ambientais significativos dos principais produtos e serviços e medidas<br />
para os reduzir ou mitigar<br />
76<br />
n.d<br />
n.d<br />
49, 50, 51 �
EN 27 Percentagem recuperável dos produtos vendidos n.d<br />
EN28 Montantes envolvidos no pagamento de coimas significativas e o número total<br />
de sanções não monetárias por incumprimento das leis e regulamentos ambientais<br />
Desempenho social Página Status<br />
Abordagem da Gestão, objectivos, desempenho, políticas e contextualização 5, 66 �<br />
LA 1 Total de trabalhadores por tipo de emprego, por contrato de trabalho e região 66, 67 �<br />
LA2 Número total de trabalhadores e respectiva taxa de rotatividade por faixa etária, género<br />
e região<br />
66, 67 �<br />
LA 4 Percentagem de trabalhadores abrangidos por acordos de negociação 67 �<br />
LA5 Prazos mínimos para aviso prévio em relação a mudanças operacionais, incluindo<br />
se é especificado em acordos colectivos<br />
2 �<br />
LA 6 Percentagem de colaboradores representados em comissões formais de segurança e saúde n.d<br />
LA7 Taxas de lesões, doenças ocupacionais, dias perdidos, absentismo e óbitos relacionados com<br />
69 �<br />
o trabalho<br />
LA8 Programas de educação, formação, aconselhamento, prevenção e controlo de risco,<br />
em curso, para garantir assistência aos trabalhadores e suas famílias ou membros da<br />
comunidade afectados por doenças graves<br />
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE | 2006<br />
n a<br />
68, 69 �<br />
LA 10 Média de horas de formação por ano, por trabalhador, por categoria profissional 71, 72 �<br />
LA 11 Programas para gestão de competências e aprendizagem contínua 71 �<br />
LA13 Composição dos órgãos de go<strong>ver</strong>nação e discriminação dos trabalhadores por categoria<br />
de acordo com o género, faixa etária, minorias e outras<br />
19, 66, 67 �<br />
LA 14 Proporção de salário base entre homens e mulheres por categoria profissional �<br />
HR1 Percentagem e número total de acordos de investimento significativos que incluam<br />
cláusulas referentes a direitos humanos ou que foram submetidos a avaliações referentes<br />
a direitos humanos<br />
HR2 Percentagem de empresas contratadas e fornecedores críticos que foram submetidos<br />
a avaliações referentes a direitos humanos e as medidas tomadas<br />
HR 4 Número total de casos de discriminação e as medidas tomadas 72 �<br />
HR5 Casos em que exista um risco significativo de impedimento ao livre exercício da liberdade<br />
de associação e realização de acordos de negociação colectiva<br />
n.a<br />
n.a<br />
67 �<br />
77
TABELA GRI | 08<br />
HR 6 Trabalho infantil n.a<br />
HR 7 Trabalho forçado e compulsivo n.a<br />
SO1 Natureza, âmbito e eficácia de programas e práticas para avaliar e gerir os impactes das<br />
operações nas comunidades, incluindo início e fim das operações<br />
SO 2 Avaliações de risco relacionadas com corrupção n.d<br />
SO 3 Formação relativa a anticorrupção na empresa n.a<br />
SO 4 Medidas em resposta a casos de corrupção n.a<br />
SO 5 Lobbies e contribuições políticas n.a<br />
SO8 Número total de multas e sanções não monetárias relacionadas com o não cumprimento<br />
de leis e regulamentos<br />
Responsabilidade pelo produto Página Status<br />
PR1 Fases do ciclo de vida do produto em que os impactes na segurança e saúde<br />
são avaliados visando melhoria<br />
78<br />
16 �<br />
PR 3 Tipo de informação sobre produtos e serviços exigida por procedimentos de rotulagem n.a<br />
PR 6 Comunicações de marketing n.a<br />
PR9 Multas por não conformidades com leis e regulamentos relativos ao fornecimento<br />
e uso do produto<br />
2 n.a<br />
� Responde em pleno � Responde parcialmente � Considerado não relevante n.a não aplicável n.d não disponível R&C Relatório e Contas<br />
n.d<br />
2 n.a
nex<br />
Anexos
1<br />
2<br />
3<br />
4