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por uma lâmpada de filamento colocada na extremida inferior
do espéculo, o que limitava o espaço disponível e não criava as
condições ideais para a distribuição da luz.
Actualmente, utilizam-se otoscópios que têm incorporados uma
fonte de luz de halogénio, que é transmitida por fibras ópticas
dispostas em redor de toda a circunferência do espéculo. Esta
disposição, para além de iluminar de uma forma homogénea
a superfície do tímpano, não levanta obstáculos no interior do
espéculo.
A observação do tímpano com o otoscópio possibilita utilizar os
eixos de visão do conduto, percorrendo-se deste modo a totalidade
da superfície da membrana. A lente de aumento, que faz
parte hoje em dia de qualquer destes aparelhos, permite simultaneamente
um detalhe e um rigor indispensáveis para a sua
caracterização. Contudo, as procidências das paredes do canal
auditivo podem manter parte dos quadrantes anteriores e do annulus
inacessíveis à observação.
O otoscópio ocupa sempre uma das mãos do observador, motivo
pelo qual já os otologistas do final do século XIX afirmavam ser
preferível a observação com o espéculo auricular e a luz frontal.
Teleotoscópio
O teleotoscópio veio introduzir uma nova dimensão na observação,
assim como no registo fotográfico e em vídeo, da membrana
do tímpano.
As versões mais recentes destas ópticas utilizam um sistema inventado
pelo Professor Hopkins da Universidade de Reading –
Inglaterra.
Os teleotoscópios tradicionais que eram uma evolução do citoscópio
de Nitze (1879), utilizavam pequenas lentes colocadas
a intervalos regulares no interior do endoscópio. O sistema de
Hopkins emprega uma série de lentes em forma de varetas,
separadas por intervalos que contêm ar e que funcionam
como lentes.