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Agenda Cultural de Novembro de 2022

Agenda Cultural do Município de Proença-a-Nova referente ao mês de novembro de 2022

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<strong>Agenda</strong> <strong>Cultural</strong> <strong>de</strong> Proença-a-Nova novembro <strong>2022</strong><br />

antes da construção do Auditório Municipal: “as ca<strong>de</strong>iras<br />

eram <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira e pouco confortáveis, mas a<br />

novida<strong>de</strong> sobrepunha-se ao conforto e a sala estava<br />

sempre cheia. A face do cinema em Proença-a-Nova<br />

mudou como da noite para o dia com a construção<br />

do Auditório Municipal”.<br />

Depois da edificação do Auditório Municipal ter sido<br />

concluída em julho <strong>de</strong> 1994, as sessões <strong>de</strong> cinema<br />

foram iniciadas <strong>de</strong> forma recorrente no Município a<br />

partir do dia 30 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1994, permanecendo<br />

até hoje como o ponto <strong>de</strong> referência do cinema<br />

no concelho, com sessões todas as sextas-feiras,<br />

pelas 21h30. Nos primeiros anos, Jorge Verganista<br />

e Joaquim Cardoso, colaboradores do Município,<br />

eram os projecionistas que ficavam encarregues <strong>de</strong><br />

tratar <strong>de</strong> todo o processo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a chegada do filme<br />

em bobinas, até à sua entrega na segunda-feira.<br />

Segundo dados fornecidos pelos próprios e a título<br />

<strong>de</strong> curiosida<strong>de</strong>,<br />

“Dança com os Lobos”<br />

foi o primeiro<br />

filme a ser exibido<br />

no Auditório Municipal,<br />

tendo sido<br />

distribuído por três<br />

sessões distintas.<br />

Com base nos registos<br />

po<strong>de</strong> ainda<br />

<strong>de</strong>stacar-se o filme<br />

“Titanic”, que bateu<br />

o recor<strong>de</strong> <strong>de</strong> 15<br />

sessões consecutivas<br />

no concelho, acumulando “filas intermináveis à<br />

porta, que chegavam a atingir praticamente um quilómetro<br />

<strong>de</strong> extensão para adquirir bilhetes”, recorda<br />

Rui Sebastião, atualmente colaborador da Biblioteca<br />

Municipal.<br />

Com o passar dos anos assistir a um filme a partir<br />

<strong>de</strong> casa, antes visto como impossível, rapidamente<br />

se transformou em realida<strong>de</strong> para a generalida<strong>de</strong><br />

da população. As salas <strong>de</strong> cinema per<strong>de</strong>ram o carácter<br />

<strong>de</strong> exclusivida<strong>de</strong> às quais estavam rotuladas,<br />

acabando por inevitavelmente fazer <strong>de</strong>crescer o número<br />

<strong>de</strong> espectadores por sessão. Segundo dados do<br />

PORDATA em relação aos números <strong>de</strong> 2020 e 2021,<br />

regista-se uma quebra em todas as variáveis estudadas<br />

nesta área, por culpa do impacto da pan<strong>de</strong>mia<br />

da Covid-19. Olhando para a história do cinema<br />

em Portugal, 1975 e 1976 foram os anos em que<br />

se registaram maior número <strong>de</strong> espectadores, com<br />

41 593 e 42 812, respetivamente. O fim do regime<br />

Salazarista ditou um sentimento <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> cultural<br />

e curiosida<strong>de</strong> nos portugueses, que se <strong>de</strong>slocaram<br />

massivamente às salas <strong>de</strong> cinema na procura <strong>de</strong><br />

novas experiências, que só conseguiriam encontrar<br />

nas salas <strong>de</strong> cinema. Os anos próximos, que antece<strong>de</strong>ram<br />

e seguiram estas datas, acabaram por seguir<br />

a mesma tendência. Com a evolução <strong>de</strong> todos os<br />

mecanismos tecnológicos, as pessoas, <strong>de</strong> uma forma<br />

geral, acabaram por afastar-se das salas <strong>de</strong> cinema<br />

um pouco por todo o país, evitando as enormes filas<br />

para comprar bilhetes <strong>de</strong> que muitos ainda têm<br />

memória, fazendo baixar as médias <strong>de</strong> espetadores<br />

por cada sessão.<br />

Segundo dados do mesmo portal, o ano com mais<br />

sessões <strong>de</strong> cinema no país foi 2011, com um total<br />

<strong>de</strong> 670 677 sessões contabilizadas, para um total<br />

<strong>de</strong> 15 702 espectadores. Ora, será previsível que,<br />

aumentando o número <strong>de</strong> sessões a nível global<br />

para se conseguir abranger maior número <strong>de</strong> horários,<br />

haverá menor número <strong>de</strong> pessoas por sessão.<br />

Em Proença-a-Nova esta tendência acabou por não<br />

se verificar. Tendo em conta que os dados <strong>de</strong> <strong>2022</strong><br />

não estão disponíveis, 2019 apresenta-se como o<br />

último ano sem que se possa consi<strong>de</strong>rar o impacto<br />

da pan<strong>de</strong>mia. Nesse ano, enquanto a nível nacional<br />

foi registada uma média <strong>de</strong> 23,5 espectadores por<br />

sessão, em Proença-a-Nova houve uma média bem<br />

superior ao valor total nacional, com um registo <strong>de</strong><br />

72 espectadores por cada sessão.<br />

Com pelo menos uma sessão por semana, todas as<br />

sextas-feiras, a Biblioteca Municipal continua, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

há 28 anos, a oferecer a toda a comunida<strong>de</strong> proencense<br />

a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> assistir aos filmes que vão<br />

marcando a atualida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta vertente cultural.<br />

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