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REVISTA SF COM #01

Revista SF Com | #1 Todos os direitos Reservados para Sheila Fonseca Comunicação. www.sheilafonseca.wordpress.com

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As histórias, personagens e legado da mais importante

semana de arte do país.

Redação - Seja pela irreverência de Oswald

de Andrade, pela explosão de cores e

ousadia das telas de Tarsila do Amaral, ou a

elegância discreta dos versos de Mário de

Andrade, a Semana de 1922 revolucionou o

modo de fazer e pensar a arte no Brasil.

Iniciado no dia 13 de fevereiro deste ano, o

centenário da Semana de Arte Moderna

lança o olhar sobre o explosivo motor de

disrupção social que foi o modernismo e seu

papel preponderante na mudança de

costumes e na maneira de pensar cultura.

Entre os dias 13 e 17 de fevereiro de 1922,

tendo como palco o suntuoso Teatro

Municipal de São Paulo, espaço privilegiado

e reduto da aristocracia paulistana e

brasileira da época, um grupo de intelectuais

e artistas oriundos da elite cafeicultora

paulista se reuniu para chocar e confrontar

os limites estabelecidos pela cultura até

então. Com slogans provocativos e posturas

irreverentes, o objetivo era apresentar uma

arte que que rompesse com os padrões

vigentes.

Para se compreender a Semana de 22 é

preciso analisar o contexto socioeconômico

do país na época.

Com a decadência do período do Ciclo do

Café, já nos últimos estertores, conquanto

este tenha resistido até cerca de 1930, o

Brasil do pós-primeira guerra mundial

passava por transformações muito

profundas. A principal delas era o início do

forte movimento de industrialização no país,

que tinha em São Paulo o seu maior polo,

enquanto o Rio de Janeiro, ainda capital,

tinha o condão de lançar cultura e

comportamento, sendo o principal celeiro

artístico e cultural do país.

Fortemente inspirados nos movimentos de

vanguarda europeus que fervilhavam no

velho continente, como o Dadaísmo, o

Cubismo, o Expressionismo, o Surrealismo e

o Futurismo, os artistas se reuniram para

buscar uma releitura dessas correntes, mas

que fosse com elementos da cultura e

estética brasileira, até então desprezados,

criando um conceito artístico novo.

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