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Exemplar gratuito para profissionais
Edição nº 122| Ano 12 | Fevereiro 2024 | Mensal
~
furgoes eletricos ´
®
Especial Máquinas: Segmento de Demolição
Pós-Venda
Motrio escolhe
Portugal para a
sua convenção
mundial
Pesados
Sampa produz
equipamento
original para
camiões
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Editorial
Alma e conteúdo
Algumas marcas automóveis estão a colher os frutos das
“desconstruções” que andaram a fazer de há uns anos a esta
parte. Desacreditadas pelos clientes particulares, que já não
diferenciam uma marca da outra (o chassis é igual, o motor
é emprestado, o grupo ótico é do vizinho, etc.), as viaturas,
pois, são Frankensteins circulantes.
Assim, a única forma de escoar a produção é o mercado
frotista, que compra por grosso, esmaga as margens,
dispensa o intermediário (concessionário), e tem como único
fito comprar muito com pouco dinheiro. Só que não é sempre
assim e a Revista Automotive há 12 anos alerta que o mercado
frotista não é todo moldado nessa configuração.
A desvalorização do automóvel é consequência da
propaganda desproporcionada do carro como um serviço
(car-as-a-service) ou nos conceitos de car-sharing; cujo foco
é transformar o carro apenas e tão-somente num valor
financeiro que transporta a pessoa do ponto A ao ponto B.
Para menorizar o automóvel também contribuíram as
gestoras de frota, que viram nos particulares maior
rentabilidade do que nas empresas. As marcas automóveis
financiaram a ideia sem se preocuparem que o cliente frotista
estava a ser abandonado à sua própria sorte. O que gerou
rapidamente dentro das empresas a necessidade de ter, gerir
e organizar a sua própria frota, um forte golpe nas gestoras,
com ricochete nas marcas. E os milhares de milhões dos
particulares não apareceram. O desespero bateu à porta e
mais uma vez “deram um tiro no pé”, com as “revolucionárias”
ideias de vender renting de carros na Worten e na Fnac, como
se de um livro ou de um eletrodoméstico se tratasse.
A somar, temos ainda o caso do Dieselgate, dos motores
PureTech, entre outros cujo foco foi a ganância. O
desinvestimento na engenharia, a desvalorização na
qualidade e a indiferenciação das marcas desvalorizou o
produto e assim, as campanhas de baixos preços inundam
o mercado, e desmerecem os clientes que compraram
antes. Desvalorizar os carros já é destruir o valor de marca,
desvalorizar os clientes é demolir o mercado.
O último reduto a que se pode rebaixar uma marca é minimizar
o seu capital humano. Já não é prestigiante trabalhar numa
marca automóvel, esvaziados do seu conteúdo e do valor dos
seus produtos, os funcionários “ganham algum ímpeto” indo
de convenção interna em convenção interna; fechados numa
bolha artificial; onde é só mesmo dentro da marca é que se
convencem que estão muito bem.
a serem levados em consideração, numa empresa inteligente
que planeia. Injetam-se umas palestras motivacionais em
modo circense e depois, nada disto funciona porque o mundo
cá fora é outro. Os parques começam a abarrotar de carros e
há que os vender.
Mas mandar abaixo as paredes da casa parece não ser
suficiente. É preciso ir mais longe na desconstrução. Assim,
a grande novidade do leilão invertido deste ano, é termos
preços negativos dos carros. Uma marca já anuncia o valor do
seu carro por -42.622€.
Por falar em sinais, há que reconhecer uma coisa: o prometido
pelos seus slogans está a ser mais do que cumprido. Os
slogans de “visão zero” (Zero Vision) ou “caminhar para zero”
(Way to Zero) está a ser seguido à letra de forma tão afincada,
que atingiram o zero e já passaram para o negativo.
Se o tema é desconstrução, a Revista Automotive quer estar
do lado da solução e não do problema. Por isso, nesta edição
temos um especial sobre demolição, com as mais recentes
novidades deste mercado, no âmbito das máquinas. Estas, que
poderiam ser vistas apenas como utensílios funcionais, afinal
têm muito de emocional, de reputação e principalmente de
engenharia. Aqui há alma e conteúdo.
Além das máquinas de demolição, no âmbito das soluções
temos nesta edição um trabalho mais aprofundado sobre
a mobilidade elétrica nos furgões. A Automotive vem
valorizando este setor da eletromobilidade desde o seu início,
onde demos a primeira capa para um furgão elétrico em 2015.
Seguiram-se depois várias reportagens e também prémios
para furgões eletrificados: Furgão do Ano 2018 para o
Mercedes-Benz Sprinter (com versão elétrica na gama);
Furgão do Ano 2019 para o Ford Transit PHEV; Furgão do
Ano 2023 para o Iveco eDaily, e Furgão do Ano 2024 para o
Mercedes-Benz eCitan.
Nesta edição, em forma de contributo para os gestores de
frota, fazemos o ponto de situação do mercado de furgões
elétricos, desde experiência de clientes frotistas, a oferta de
serviços das marcas até aos modelos disponíveis neste ano.
Eduardo Gaspar, Diretor da Automotive.
Os relatórios de contas provam ganhos financeiros (que não
se refletem em incentivos para os funcionários), mas não a
confiança, durabilidade, estabilidade e muitos outros valores
Revista Automotive Fevereiro 2024 3
Índice
12_Cepsa e Texaco
14_DPD Portugal
21_Guia VCL Elétricos
40_Kobelco Demolição
44_Ascendum Máquinas
54_Cepcar Open Day
4 Fevereiro 2024 Revista Automotive
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PÓS-VENDA
Revista Automotive
Motrio – convenção mundial e
expansão da rede oficinal
Texto: Eduardo Gaspar
Fotos: Automotive/Divulgação
A Motrio realizou em Portugal a sua convenção mundial, reunindo
parceiros e membros da sua rede oriundos de países
dos cinco continentes onde, durante três dias, foram analisados
os resultados e apresentadas as estratégias de marca
para o futuro.
Em entrevista à Revista Automotive, Guy Olivier Ducamp,
Motrio business unit director e Olivier Pontreau, Motrio retail
director (na foto, acima) falaram da importância deste
megaencontro do setor de pós-venda oficinal. “Está é a nossa
segunda convenção mundial, sendo que a primeira foi realizada
em Marraquexe e, este ano, escolhemos Cascais para
acolher cerca de 250 profissionais, com ligações comerciais
ao negócio e conceito Motrio.
A escolha do local para a realização deste grande evento
também teve como análise subjacente a importância comercial
do mercado português para a nossa rede, um país que
tem um grande potencial de desenvolvimento desta área de
negócio, quer pelas competências técnicas da equipa local,
quer pelas ambições de crescimento da nossa
rede, com base nos resultados muito animadores
alcançados nos últimos anos.
A nossa convenção mundial, é o grande momento
para a partilha de experiências, dos membros
da rede Motrio que têm as suas oficinas em diversos
pontos do mundo. Com uma rede à escala
planetária, também temos as legitimas ambições
de alcançar a maior cobertura de pós-venda do
parque automóvel circulante nos cinco continentes
e, esta convenção mundial, também irá impulsionar
esta nossa ambição.
6 Fevereiro 2024 Revista Automotive
Revista Automotive
PÓS-VENDA
Há 4 anos, foi criada uma unidade de
negócio da Motrio, com uma estratégia
assente em disponibilizar produtos
e serviços oficinais da nossa marca,
mais ajustados às especificidades de
cada país, pois cada mercado tem as
suas próprias características de trabalho,
e isto é preciso ser respeitado. O
parque automóvel também difere de
país para país, e estando a Motrio integrada
numa empresa global (Grupo
Renault, ndr.) tivemos de criar as condições
comerciais mais condizentes com
as características de cada mercado,
apoiando localmente os nossos parceiros
de rede.
Antes Motrio by Renault, agora Motrio
A atual unidade de negócio da Motrio foi criada justamente
para implementar uma mudança radical do que era uma rede
Motrio muito baseada na reparação e manutenção de veículos
e marcas do grupo Renault, para uma rede Motrio que verdadeiramente
abarque todas as marcas automóveis e os seus
diversos modelos, a uma escala global.
Se olharmos para o aumento da cobertura do parque automóvel
que conseguimos realizar logo no primeiro ano da unidade,
vemos que 98% do aumento do portfólio de peças foi
alcançado com base nas marcas que não integram o grupo
Renault. A mudança começou logo por aí. Naturalmente que
não escondemos que somos parte do grupo Renault, e até temos
orgulho nisso, porque nos permite ter standards de qualidade
de um construtor automóvel de referência mundial, e
líder de vendas em alguns países.
A qualidade é para a Motrio um requisito fundamental, visto
que 70% das peças e componentes Motrio são fabricados por
fornecedores de equipamento original, e os 30% restantes
são de fornecedores de primeiro nível (Tier 1), do mercado
independente de peças. Isto só é possível pelo conhecimento
que o grupo Renault nos aporta, apesar de reforçarmos a
mensagem de que hoje, o nosso conceito está vocacionado
para a reparação e manutenção multimarca.
Produtos e qualidade
Na entrevista que o meu colega Ricardo Linhares, responsável
pela área de pós-venda do Grupo Renault em Portugal concedeu
à Revista Automotive em dezembro de 2023, ele mencionou
algumas das marcas que fabricam os nossos produtos
Motrio. Como exemplo, os pneus que comercializamos, têm
tido um sucesso sem precedentes.
Revista Automotive Fevereiro 2024 7
PÓS-VENDA
Revista Automotive
Também aqui a qualidade dos produtos está presente, pois
fizemos questão de realizar testes com a TUV para que certificassem
os pneus Motrio. Apesar de ser fornecedor de referência
mundial (a Goodyear, NDR), fomos mais longe e procuramos
certificar a marca de pneus Motrio. Vamos além daquilo
que é expectável, para termos resultados além do expectável.
Estamos muito satisfeitos com os nossos fornecedores, e o
nosso objetivo é criar notoriedade para a marca Motrio, para
que os nossos clientes se identifiquem cada vez mais com a
qualidade dos produtos comercializados sob a nossa marca e
nas oficinas que integram a nossa rede, em todos os países,
Se olharmos de forma transversal para o parque automóvel
circulante, a Motrio é a marca que pode equipar as viaturas
ligeiras de, praticamente, todas as marcas automóveis. A nossa
oferta, de peças e serviços, é cada vez mais diversificada
e abrangente com uma cobertura de 80% de todo o parque
circulante nos veículos ligeiros.
Abertura às frotas
Sabemos que há mercados onde as frotas têm uma preponderância
muito grande e Portugal é um desses países, a
exemplo da Itália e Espanha. A nossa abordagem às frotas é
vista sob duas perspetivas. A primeira é a da relação com as
gestoras de frota e, a segunda, é diretamente com os gestores
operacionais das frotas.
Quando iniciámos esta unidade de negócio, não tínhamos
todos os suportes para abordarmos as frotas. Por muitas razões,
mas a principal era a necessidade de aumentarmos a
cobertura do parque circulante abrangido pelos produtos e
serviços Motrio.
Agora já estamos capacitados para abordar as frotas, e temos
o exemplo de Espanha. No país vizinho, arrancámos em 2023
com uma cooperação-piloto com a Leaseplan e as nossas oficinas
Motrio, localizadas um pouco por todo o país. Foi um
passo importante para nos aproximarmos das gestoras de
frotas onde pudemos comprovar as competências técnicas
da nossa rede e, desta forma, conquistámos a confiança dos
gestores de frotas na utilização dos nossos produtos e serviços
oficinais multimarcas.
As frotas de média e pequena dimensão são também clientes
muito importantes para a rede de oficinas Motrio. Tipicamente
essas frotas têm carros com idades muito dispares, e de
marcas completamente diferentes. Como referi, agora somos
capazes de dar uma solução de manutenção e reparação a essas
frotas, pela abrangência do nosso portfólio de produtos,
qualidade nas peças, pneus e outros componentes e, também
pela competência técnica das oficinas que integram a nossa
rede em todo o mundo
Assim, com este grande trabalho interno concluído, chegou a
vez de mostramos ao mercado a força da marca, dos produtos
e da rede oficinal Motrio. Para isso estamos a preparar uma
comunicação robusta e vocacionada para a qualidade, focada
nos valores de excelência da Motrio. Estamos a trabalhar em
proximidade com cada país, para percebermos a melhor forma
de comunicar e certamente que será uma comunicação
B2B, ou seja, vocacionada para o cliente profissional que é o
mercado onde temos muita margem para crescer”, finalizaram
Guy Olivier Ducamp e Olivier Pontreau.
Recorde-se que a Motrio Portugal foi distinguida em 2018
com o Prémio Fleet & Service Automotive, na categoria
Rede Oficinal.
8 Fevereiro 2024 Revista Automotive
PÓS-VENDA
Revista Automotive
Foto do Mês
Em 1924, os fabricantes de automóveis Benz & Cie. e Daimler-
Motoren-Gesellschaft (DMG) formam uma comunidade de
interesses. A Mercedes-Benz Automobil GmbH é estabelecida
e assume a responsabilidade pelas atividades de vendas
conjuntas das marcas Mercedes e Benz.
A origem da marca “Mercedes-Benz” está assim no Acordo de
Interesse Mútuo assinado em 1 de maio de 1924 entre a Benz
& Cie. (fundada em 1883 por Carl Benz) e Daimler Motoren
Gesellschaft (fundada em 1890 por Gottlieb Daimler e Wilhelm
Maybach). O anúncio desse acordo (foto ao lado) foi feito
através de uma publicidade na revista alemã “Motor”.
Nesse mesmo ano de 1924, o Salão de Veículos Comerciais
de Amsterdão marcou a estreia do primeiro camião movido a
diesel produzido em série do mundo – um veículo Benz de 5
toneladas. Meses depois foi adquirido pela Robert Bosch GmbH,
com sede em Stuttgart, colocando assim em serviço o primeiro
camião a diesel (produzido em série) entregue a um cliente.
Poderíamos estar a comemorar o centenário da marca
Mercedes-Benz neste ano de 2024, no entanto, oficialmente a
fusão dos dois fabricantes ocorre apenas em junho de 1926,
quando a Daimler-Benz AG é estabelecida.
Foto gentilmente cedida à Revista Automotive pela Mercedes-
Benz Konzernarchiv | Corporate Archives. Fonte: „Mercedes-
Benz Classic”.
FICHA TÉCNICA
Canal do Youtube
Proprietário/editor:
Clementina Silva
Prosa Serena Unipessoal, Lda. Nif: 509890326
Diretor da Revista:
Eduardo Gaspar
egaspar@automotivept.com
Redação:
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Pq. Indust. Alto da Bela Vista, Sulim Park, Pav. 50. 2735-
340 Cacém; Telf: +351 21 441 42 05.
Estatuto Editorial:
disponível em www.automotiverevista.pt
Diretor Comercial/Publicidade:
Ricardo Miranda
rmiranda@automotivept.com
Nº registo na ERC: 126335
Depóstio Legal: 357202/13
ISSN: 2183-2641
Website:
www.automotiverevista.pt
Tiragem:
10.000 exemplares
Preço: 3,85€
Periodicidade:
Mensal
Gráfica:
Mx3 Artes Gráficas; Parque Industrial Alto da Bela Vista,
Sulim Park, Pav. 50. 2735-192 Cacém
Morada do Editor:
Rua António Jorge Dias, n11 1dto. 2770-196 Paço de
Arcos
Pré-Press:
Daniel Sobral
Crédito das Fotos:
Fotos Media Center das marcas divulgadas; Fotos
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Envio de notícias para:
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Assuntos comerciais:
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MEMBRO nº 579
DA ASSOCIAÇÃO
PORTUGUESA DO
CONTROLO DE
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© Revista Automotive; © Revista Aberta; ©
Camião do Ano, ©Furgão do Ano, ©Veículo
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são marcas registadas da editora Prosa Serena Lda.
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publicação, no seu todo ou em parte, sem a autorização
prévia e por escrito do proprietário e editor
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Ressalva: As entrevistas, comentários, opiniões e
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edição não representam necessariamente as
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quais exercem funções, nem representam necessáriamente
as opiniões e pontos de vista da Revista
Automotive.
10 Fevereiro 2024 Revista Automotive
Revista Automotive
PÓS-VENDA
Filourém dinamiza formação Delphi
Texto: Eduardo Gaspar Fotos: Automotive
Após a recente incorporação da marca Delphi no seu portfólio
de produtos, a Filourém realizou uma ação de formação
reunindo alguns funcionários e clientes (lojas de peças), com
o objetivo de dar a conhecer a abrangência da marca em termos
de presença no mercado de pós-venda, sua ampla gama
de produtos, inovações e, sobretudo, a sua reconhecida qualidade
internacional, no âmbito do Grupo Phinia.
Vítor Maia, responsável comercial Delphi Technologies-Phinia
para o mercado português, conduziu a formação onde
procurou, ainda que forma resumida, dar uma visão da marca
e as competências técnicas dos seus produtos e equipamentos,
tais como injetores, sistemas de travagem, sondas
lambdas entre outros. Enfatizou a importância deste tipo de
iniciativa, para continuamente atualizar os profissionais do
setor de pós-venda das evoluções do parque automóvel e das
inovações da marca.
Na imagem da Automotive, os participantes da formação nas
instalações da empresa, na companhia de Carlos Jorge Gonçalves
(diretor), Alzira Reis e Carlos Gonçalves, sócios-gerentes
da Filourém, que dinamizaram a ação com o formador
Vitor Maia, da Delphi.
Revista Automotive Fevereiro 2024 11
PÓS-VENDA
Revista Automotive
Cepsa e Texaco em parceria com a
Stellantis & You
Texto: Redação
Fotos: Automotive
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
Na qualidade de distribuidora exclusiva dos lubrificantes Texaco
na Península Ibérica, a Cepsa apresentou hoje, nas suas
instalações nacionais em Lisboa, o acordo de parceria entre
a Texaco – uma das maiores empresas energéticas mundiais
– e a Stellantis & You, uma rede de distribuição de peças e
componentes para os concessionários e área de pós vendo
do Grupo Stellantis, no nosso país.
Com esta parceria, a gama de lubrificantes Havoline da Texaco,
passa a estar disponível na rede de distribuição (plataformas
Distrigo, entre outras), da Stellantis & You.
Não foram revelados os volumes expectáveis de venda no
âmbito deste acordo, mas a avaliar pela ambição de crescer
nas vendas ao setor oficinal em Portugal, é previsível que o
valor em toneladas seja considerável. O acordo agora estabelecido
tem um prazo inicial de 3 anos, sendo válido apenas
para o mercado português.
Na imagem da Automotive (a partir da esq.), Nuno Fernandes
(gestor de produto da Stellantis & You), Luís Machado (diretor
da unidade de peças da Stellantis & You), João Madeira
(diretor comercial de lubrificantes da Cepsa) e Rui Herdeiro
(gestor de lubrificantes auto da Cepsa).
K
12 Fevereiro 2024 Revista Automotive
Galp Frota Corporate
O primeiro cartão
híbrido do mercado
Duas energias num único cartão
A pensar no futuro, lançámos o primeiro cartão híbrido do mercado. Com o novo
Galp Frota Corporate terá acesso à maior rede de postos de combustível da Península
Ibérica, assim como aos pontos de carregamento elétrico da rede Mobi.E
em Portugal. A isto somam-se as vantagens já conhecidas das empresas, tais como
descontos imediatos, a possibilidade de adquirir produtos e serviços Galp e pagar
portagens em toda a Península Ibérica. Abastecer e carregar as frotas de veículos
a combustível, híbridos e 100% elétricos vai ser ainda mais fácil e cómodo, com o cartão
Galp Frota Corporate.
galp.com
FROTAS
Revista Automotive
DPD Portugal amplia a sua frota de
furgões 100% elétricos
Texto: Redação Fotos: Automotive
Depois de iniciar em 2019 o processo de transformação da
sua frota em Lisboa (à época, com 55 viaturas elétricas), a
DPD Portugal continua a investir na ampliação da sua frota
de furgões 100% elétricos, devendo incorporar mais 80 unidades
até o final deste ano, que irão somar-se às 207 viaturas
elétricas atualmente em utilização nas 14 plataformas logísticas
da empresa em Portugal.
Em entrevista à Revista Automotive, Rui Nobre (foto), diretor
geral adjunto da DPD Portugal, destacou que “há cerca de 5
anos decidimos implementar um plano ambicioso para a redução
das emissões da nossa frota, plano este que foi auditado
e aprovado pela SBTi (The Science Based Targets initiative),
a entidade internacional mais habilitada e capacitada para
certificar as empresas que estão a caminhar para a neutralidade
carbónica.
reduzir nas estradas, nas cidades e também nos nossos armazéns,
as emissões.
A primeira compra de viaturas 100% elétricas para utilização
last mile (última etapa da cadeia logística) envolveu cerca de
80 viaturas, que eram modelos Mercedes-Benz Vans Sprinter
com autonomia de 150km, numa triangulação de esforços
entre a DPD, a Mercedes-Benz Vans Portugal e a Repsol, esta
última na qualidade de fornecedora dos postos de carregamento
elétrico que atualmente já somam 300 pontos de carregamento.
Neste plano, a DPD compromete-se a ser uma empresa Net
Zero, ou seja, deverá alcançar a neutralidade carbónica até
2040, antecipando em 10 anos as diretivas internacionais do
célebre Acordo Climático de Paris, o que significa dizer que
até lá iremos reduzir em 90% as nossas emissões e que as
restantes 10% serão compensadas. Desde que iniciámos o
processo de eletrificação dos nossos furgões, temos vindo a
14 Fevereiro 2024 Revista Automotive
Revista Automotive
FROTAS
Investir na descarbonização
Na última fase de aquisições, incorporámos furgões Ford e-
-Transit que, na altura, apresentavam autonomias de até
250km, estando ajustadas às extensões das nossas rotas. Com
esta próxima fase de aquisição de viaturas (mais 80 unidades),
a frota da DPD Portugal irá dispor de 287 furgões 100%
elétricos, através da realização de um concurso a ser brevemente
anunciado ao mercado.
Pela dimensão das nossas operações de entregas em diversos
pontos do país, não podemos dispor de furgões 100% elétricos
com autonomias que não estejam ajustadas às nossas
rotas. O custo de uma viatura com uma paragem não programada
num posto de carregamento,
atualmente é bastante elevado nas
nossas operações last mile, para além
de comprometer o bom funcionamento
das nossas plataformas.
TCO favorável
Posso adiantar que em termos de Grupo Geopost, onde a
DPD Portugal está incluída, dispomos de um dos melhores
TCO’s (custo total de utilização) da nossa frota 100% elétrica,
por comparação com a nossa frota com motor térmico. O nosso
TCO está muito ajustado, o que nos dá bons indicadores
para continuarmos a nossa caminhada rumo à neutralidade
carbónica, das nossas atividades logísticas.
Contudo, neste plano de transição de energética, existe um
óbice que não controlamos e que afeta em muito uma tomada
de decisão, bem como a definição das nossas rotas e que
assenta nas infraestruturas de carregamento dos veículos elé-
É importante salientar: o que nos limita
em termos de incorporação de mais
furgões 100% elétricos na nossa frota
prende-se exclusivamente com a questão
tecnológica das marcas, ou seja,
está relacionado com as limitações das
autonomias atualmente existentes no
mercado. Se as marcas disponibilizarem
furgões 100% elétricos com mais
autonomia, mais rapidamente a DPD
avançaria na transformação energética
da sua frota.
Revista Automotive Fevereiro 2024 15
FROTAS
Revista Automotive
tricos. Esta infraestrutura ainda não permite uma cobertura
de todo o território nacional. Isto faz com que algumas empresas
tenham de criar e investir na sua própria rede de carregamento,
como é o caso da DPD, que como já referi, investiu
em 300 pontos instalados nas nossas plataformas.
O equilíbrio do TCO dos furgões 100% elétricos, por comparação
ao TCO dos nossos furgões com motores térmicos,
só é possível porque utilizamos a energia interna. Assim, os
nossos 207 furgões elétricos serão integralmente carregados
nas nossas plataformas, por forma a evitar o carregamento na
rede pública que, como sabemos, tem um custo muito elevado
para o utilizador; embora todos os nossos condutores
disponham de cartões que permitem efetuar o carregamento
fora da nossa rede interna, mas somente em casos muito
pontuais.
Dificuldades de infraestrutura
Com a futura incorporação de mais 80 unidades, a nossa frota
de furgões 100% elétricos representará cerca de 30% da frota
da DPD em Portugal. Contudo, estamos a notar um certo
compasso de espera dos operadores do mercado, seja das
marcas automóveis ou dos operadores de redes de carregamento
e, também alguma falta de informação das marcas de
automóveis que, com raras exceções, vão nos dando conta
de alguma evolução dos seus modelos ou da melhoria das
autonomias.
Também é preciso lembrar as dificuldades técnicas para instalação
de uma rede de carregamento dentro das instalações
de uma empresa, que passa pela mudança da potencia contratada,
da mudança dos quadros e, ainda, do ramal de eletricidade.
Quase a totalidade das empresas em Portugal não
16 Fevereiro 2024 Revista Automotive
Revista Automotive
FROTAS
utilizados pelos nossos furgões e também pelas viaturas da
nossa frota administrativa. A curto prazo, deveremos concluir
a instalação dos primeiros 70 postos de carregamento.
Bem-estar dos motoristas
A nossa frota administrativa também se encontra em transformação.
Atualmente estamos a substituir as viaturas a
combustão por viaturas eletrificadas e, de futuro, apenas
por viaturas 100% elétricas. Quando tudo estiver a funcionar
em pleno, os nossos furgões elétricos deverão carregar no
período da noite e, as viaturas da nossa frota administrativa
carregarão durante o dia, no período normal de trabalho dos
nossos funcionários.
Ressalto que a DPD já contribui para que 13 importantes cidades
em Portugal estejam descarbonizadas, ou seja, as viaturas
da nossa frota que circulam nestas cidades são 100%
elétricas e, por assim dizer, com zero emissões de gases de
escape. Nesta equação de neutralidade carbónica, devemos
incluir a utilização de HVO. A nossa estação de Torres Novas
tem a totalidade da frota abastecida por HVO.
Também já estamos a abastecer os nossos camiões com combustíveis
provenientes de fontes renováveis. O HVO nos camiões
tem uma redução de até 90% de emissões, o que vai de
encontro com o nosso compromisso da neutralidade carbónica
da nossa frota.
são construídas de raiz com uma estrutura elétrica capaz de
suportar de uma rede própria de carregamento, e de satisfazer
internamente o carregamento de uma frota de furgões
100% elétricos.
Neste aspeto a DPD Portugal também está a dar um passo em
frente. Na nossa nova sede, a ser inaugurada neste primeiro
semestre em Loures, investimos numa estrutura de rede elétrica
moderna e capaz de suportar a instalação de carregadores
elétricos dentro da nossa plataforma. Dispomos de uma
pré-instalação para um total de 112 carregadores, que serão
Tão importante quanto o ambiente, são os nossos motoristas
e os nossos clientes. Os furgões elétricos vieram trazer um
maior bem-estar aos nossos motoristas, que, com base num
rigoroso plano de formação, reduziram em muito a sinistralidade
das nossas viaturas.
Quanto aos clientes, que são a nossa razão de ser, têm vindo
cada vez mais a aderir aos nossos serviços pelo fato das entregas
serem feitas com veículos elétricos. Posso inclusive citar o
caso da Nespresso, onde as viaturas que utilizamos no transporte
dos seus produtos, são exclusivamente furgões 100%
elétricos”, finalizou Rui Nobre.
Revista Automotive Fevereiro 2024 17
FROTAS
Revista Automotive
CTT – entregas eficientes com furgão
Toyota Proace Electric
Texto: Redação Fotos: Divulgação
Os CTT – Correios de Portugal vão aumentar a sua frota com
a aquisição de um total de 418 furgões Toyota totalmente
elétricos. A infraestrutura de carregamento elétrico dos CTT
será também reforçada, com a instalação progressiva de carregadores
para fazer face às necessidades da frota elétrica em
operação.
de preparação de viaturas e montagem de acessórios. Todas
as unidades do Furgão Médio Toyota Proace Electric e Furgão
compacto Proace City Electric foram preparadas com acessórios
específicos para a tipologia de serviço dos CTT.
Com mais de 700 veículos alternativos, os CTT divulgaram as
suas metas: operar com 50% de veículos elétricos até 2025 e
100% até 2030, garantindo que a atividade rodoviária subcontratada
utiliza 45% de veículos com motorização alternativa
até 2030.
A entrega das primeiras unidades 100% elétricas dos modelos
Proace Electric e Proace City Electric, preparados na fábrica
da Toyota Caetano Portugal em Ovar, confirma o compromisso
dos CTT e da Toyota rumo à descarbonização. A fábrica
de Ovar, concentra um centro logístico de distribuição de
unidades Toyota por todo o país e conta com uma unidade
18 Fevereiro 2024 Revista Automotive
Revista Automotive
FROTAS
Grupo Autozitânia incorpora furgões
elétricos na sua frota
Texto: Redação Fotos: Divulgação
O setor do pós-venda automóvel está a transformar a sua
forma de distribuição. O Grupo Autozitânia, uma referência
ibérica na área da distribuição e comercialização de peças e
componentes automóvel é disto um bom exemplo.
Para além da renovação da imagem das suas unidades localizadas
em diversos pontos de Portugal, a empresa também
está a investir na modernização da sua área logística, com a
aquisição de 8 veículos comercias ligeiros dos quais, 3 são
modelos 100% elétricos. As viaturas desta frota foram decoradas
com a imagem da AD Parts, representada em exclusivo
pelo Grupo Autozitânia no nosso país.
Falando à Automotive, Flávio Menino, responsável de Marketing
e Comunicação daquele grupo salienta que “são viaturas
novas que foram integradas para aumentar a nossa eficiência
na parte logística para utilização dos responsáveis das nossas
lojas, localizadas na região de Lisboa que, pontualmente,
poderão utilizar estas viaturas também para distribuição de
peças na capital.
Estamos a dar os primeiros passos na eletrificação da nossa
frota sendo que, algumas viaturas da área administrativa, tais
como responsáveis de zona, já são 100% elétricas. Queremos
dar um contributo ao meio ambiente e, entre outras ações, a
incorporação de viaturas elétricas na nossa frota própria, é
uma delas.
Também estamos a investir na parte da infraestrutura de carregamento,
sendo que brevemente iremos instalar um posto
de carregamento na nossa sede, em Loures, para servir as
viaturas elétricas da nossa frota. O lado positivo desta transição
são os benefícios ambientais, e o lado menos bom são
os prazos de entrega destas viaturas 100% elétricas, muito
dilatados, quase 2 meses.
Outro ponto fraco, continua a ser a questão das autonomias
destes modelos, que limitam a amplitude de cobertura das
nossas rotas. Como temos lojas em diversos pontos do país, a
utilização destas viaturas 100% elétricas ficam sempre limitadas
em termos de rotas e circunscritas a determinadas zonas
de utilização, como é o caso da região de Lisboa”, destacou.
Revista Automotive Fevereiro 2024 19
FROTAS
Revista Automotive
Stellantis Mangualde com produção
de VCL elétricos
Texto: Eduardo Gaspar Fotos: Divulgação
Distinguida com o Prémio “Made in Portugal” pela Revista Automotive,
a fábrica Stellantis em Mangualde é um exemplo
nacional de resiliência e constante adaptação ao mundo dos
veículos comerciais ligeiros (VCL). Recentemente, a fábrica
anunciou que também irá produzir VCL 100% elétricos das
marcas do Grupo, já a partir deste ano.
A unidade de Mangualde, cujo volume de produção alcançado
em 2023 foi o maior de sempre, acima dos 84 mil veículos
produzidos, tornou-se um dos pilares para a concretização
da estratégia de eletrificação da gama de veículos comerciais
ligeiros a bateria, anteriormente definida pela Stellantis.
Neste ano de 2024, a unidade de Mangualde iniciará a produção
em grande escala das suas versões totalmente elétricas,
sobretudo, os modelos Citroën ë-Berlingo Van /ë-Berlingo,
FIAT Professional e-Doblò/FIAT e-Doblò, Opel Combo Cargo
Electric e Combo Electric e ainda os Peugeot E-Partner/E-
-Rifter. Segundo a empresa, as quantidades produzidas irão
depender da resposta do mercado.
Conversámos com Sofia Canez, responsável de comunicação
da Stellantis Mangualde, que nos conta como esta unidade
fabril se organizou para produzir VCL elétricos:
“A produção de VCL elétricos só será possível graças à transformação
e modernização em curso na fábrica, com novas
instalações (tanto na área de montagem como na de ferragem),
a criação de uma nova linha de montagem de baterias
e a otimização da área industrial, num investimento
de 30 milhões de euros. Para além disso, os colaboradores
estão a receber formação especializada, para desenvolver
novas competências técnicas e aplicá-las na fabricação do
novo produto”.
Esta etapa revela a importância da fábrica de Mangualde no
grupo Stellantis para ser escolhida para produzir VCL elétricos.
A responsável afirma que “esta evolução está em linha
com o plano “Dare Forward 2030” da Stellantis e as suas metas
ambiciosas para 2030, de 100% das vendas na Europa serem
de veículos elétricos. Mangualde é uma fábrica reconhecida
como uma das melhores a nível mundial na Stellantis, pela
sua performance e qualidade”.
A fábrica conseguiu antecipar para 2024 o início da produção
dos VCL elétricos, sendo que o anúncio inicial era iniciar a
produção apenas em 2025. Sofia Canez refere-nos que “a unidade
de produção de Mangualde também é reconhecida pela
sua inovação e capacidade de adaptação. Este foi um caminho
natural para entrar na era da eletrificação antes de 2025”.
20 Fevereiro 2024 Revista Automotive
Revista Automotive
Guia de Furgões 100% elétricos
FROTAS
Texto: Eduardo Gaspar Fotos: Automotive
Nesta edição trazemos um guia extenso, dos furgões 100%
elétricos que estão em comercialização neste momento no
mercado. Divulgamos também os que irão estar em comercialização
até ao final deste ano, mesmo que tenham ainda
dados provisórios de autonomias.
Contactamos todas as marcas automóveis em Portugal, que
tenham divulgado publicamente terem furgões/veículos comerciais
ligeiros 100% elétricos. No entanto, o quadro que
elaboramos (página seguinte) é demonstrativo do real interesse
das marcas nos furgões elétricos.
Encontramos marcas com grande vigor neste segmento, e
que têm vindo a evoluir a sua gama num ritmo convincente
e condizente com as necessidades do mercado dos furgões.
O furgão elétrico começa a ser uma alternativa viável para
as empresas, numa perspetiva de frota mista entre furgões
elétricos e a combustão.
As autonomias dos furgões 100% elétricos são ainda um óbice.
Saber a autonomia de determinado modelo em função do
seu trabalho diário é ainda uma das ciências ocultas deste
setor. A pouco e pouco (e de forma tímida) as marcas vão tendo
veículos de teste, que poderão tornar este ocultismo em
ciências mais exatas.
A capacidade de carga é outra limitação. Ainda não é exato
que se possa conduzir um furgão elétrico com 4,25 toneladas
de peso bruto, por motoristas com carta de condução
B. Há um cinzento legislativo na Europa, apesar de já termos
marcas automóveis com essa solução, como demonstramos
nosso quadro. Deveria ser um tema mais debatido, pois estes
750kg adicionais permitiriam que mais empresas pudessem
optar por um furgão 100% elétrico.
Esperamos que este quadro (página seguinte), possa servir
de guia para que as empresas avaliem com mais dados, a
possibilidade de darem o passo para a eletrificação dos furgões.
Todos os dados do quadro foram fornecidos pelas respetivas
marcas automóveis, no mês de fevereiro.
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Revista Automotive Fevereiro 2024 21
FROTAS
Revista Automotive
Furgões grandes
Modelo
Bateria
kWh
Autonomia ciclo
WLTP (Km)
Potência
(CV)
Volumetria
(m3)
Capacidade
Carga (kg)
Tração
Preço indicativo
sem IVA (€)
Início das
vendas
Peugeot
E-Boxer Furgão 3.5 HEAVY L3H2 110 até 430 (*) 270 até 13 até 710 Dianteira 53 390,00 € dez/23
E-Boxer Furgão 3.5 HEAVY L3H3 110 até 430 (*) 270 até 15 até 685 Dianteira 54 290,04 € dez/23
Citroen
ë-Jumper 110 até 430 (*) 270 gama até 17 até 1460 Dianteira desde 53.391 € dez/23
Opel
Movano ElectricVAN 3.5T Heavy , L3H2 110 até 420 (*) 270 até 13 até 710 N.D. 53 317,07 € jan/24
Movano Electric VAN 3.5T Heavy , L3H3 110 até 420 (*) 270 até 15 até 685 N.D. 54 217,07 € jan/24
Movano Electric VAN 3.5T Heavy , L4H2 110 até 420 (*) 270 até 15 até 665 N.D. 54 217,07 € jan/24
Movano Electric VAN 3.5T Heavy , L4H3 110 até 420 (*) 270 até 17 até 635 N.D. 55 117,07 € jan/24
FIAT PROFESSIONAL
E-DUCATO 110kWh 200 até 430 270 13 até 17 até 1500 dianteira 53 383,00 € Prod. Fev/2024
FORD
E-Transit 68 Até 330 Até 269 Até 15,1 1.685 kg traseira 74 719,56 € em vendas
E-Transit Cabina Dupla 68 Até 292 Até 269 Até 7,2 1.427,8 kg traseira 77 464,20 € em vendas
MAN
eTGE 35,8 160 135 CV 10,7 de 950 a 3.500 Dianteira N.D. Q3 2018
MERCEDES-BENZ VANS
eSprinter Furgão 56 220 136 ou 204 de 9 até 14 até 1.575 traseira 57 100,00 € em vendas
eSprinter Furgão 81 310 (*) 136 ou 204 de 9 até 14 N.D. traseira N.D. 2ºT / 2024
eSprinter Furgão 113 443 136 ou 204 de 9 até 14 até 1.099 traseira 80 260,00 € em vendas
Furgões Pequenos
Modelo
Bateria
kWh
Autonomia ciclo
WLTP (Km)
Potência
(CV)
Volumetria
(m3)
Capacidade
Carga (kg)
Tração
Preço indicativo
sem IVA (€)
Início das
vendas
Peugeot
E-Partner Standard 50 até 330 136 de 3,3 a 3,8 até 630 Dianteira 28 979,16 € dez/23
E-Partner Longa 50 até 330 136 de 3,9 a 4,4 até 630 Dianteira 29 929,16 € dez/23
Citroen
ë-Berlingo 50 até 330 de 3,3 até 3,8 Até 575 Dianteira desde 29.290 € jan/24
Opel
Combo Electric Cargo (L1) 50 até 330 136 de 3,3 a 3,8 até 630 Dianteira 28 978,24 € jan/24
Combo Electric Cargo XL (L2) 50 até 330 136 de 3,9 a 4,4 até 630 Dianteira 29 928,24 € jan/24
FIAT PROFESSIONAL
E-DOBLÒ 50kWh 100 330 136 até 4.4 até 600 dianteira 28 972,00 € Prod. abril/24
TOYOTA
Proace City L1 50 271 136 3,3 640 dianteira 33 577,24 € 2021
Proace City L2 50 273 136 3,9 580 dianteira 34 552,85 € 2021
MERCEDES-BENZ VANS
eCitan Furgão 45 283 122 2,52 a 3,24 até 722 dianteira 35 030,00 € em vendas
NISSAN
Nissan Townstar 45 300 120 de 3,3 até 4,3 até 777 Dianteira 34 650,00 € set/22
BYD
BYD ETP3 44.9 233 100 Até 3.5 Até 780 Dianteira 28 160,57 € nov/23
(*) valores preliminares e /ou em homologação | N.D. dados não revelados
22 Fevereiro 2024 Revista Automotive
Revista Automotive
FROTAS
Furgões Médios
Modelo
Bateria
kWh
Autonomia ciclo
WLTP (Km)
Potência
(CV)
Volumetria
(m3)
Capacidade
Carga (kg)
Tração
Preço indicativo
sem IVA (€)
Início das
vendas
Peugeot
E-Expert 50 até 230 136 até 6,6 até 1250 Dianteira desde 36 549 € dez/23
E-Expert 75 até 360 136 até 6,6 até 1000 Dianteira desde 41 549 € dez/23
Citroen
ë-Jumpy 50 até 230 136 até 6,6 até 1.250 Dianteira desde 36 542 € dez/23
ë-Jumpy 75 até 360 136 até 6,6 até 1.000 Dianteira desde 41 542 € dez/23
Opel
Vivaro Electric Cargo (L2) 50 kW 50 até 223 136 até 5,8 até 1000 Dianteira 36 549,59 € jan/24
Vivaro Electric Cargo (L2) 75 kW 75 até 352 136 até 5,8 até 1000 Dianteira 41 549,59 € jan/24
Vivaro Electric Cargo XL (L3) 50 kW 50 até 221 136 até 6,6 até 1000 Dianteira 38 049,59 € jan/24
Vivaro Electric Cargo XL (L3) 75 kW 75 até 348 136 até 6,6 até 1000 Dianteira 43 049,59 € jan/24
FIAT PROFESSIONAL
E-SCUDO 50kWh 100 até 224 136 até 6.6 até 1250 dianteira 36 542,00 € Prod. abril/24
E-SCUDO 75kWh 100 até 350 136 até 6.6 até 1000 dianteira 41 542,00 € Prod. abril/24
FORD
E-Transit Custom Van 171 até 380 232 6.8 1.100 traseira final 2024
TOYOTA
Proace L1 50 221 136 5,8 840 dianteira 39 593,50 € 2021
Proace L2 50 216 136 6,6 1030 dianteira 40 569,11 € 2021
Proace L1 75 318 136 5,8 835 dianteira 44 065,04 € 2021
MERCEDES-BENZ VANS
eVito Furgão 60 309 116 de 6 até 6,6 até 913 dianteira 53 910,00 € em vendas
Chassis-Cabine
Modelo Bateria kWh
Autonomia ciclo
WLTP (Km)
Potência
(CV)
Capacidade Carga
(kg)
Tração
Preço indicativo
sem IVA (€)
Inicio das
vendas
Peugeot
E-Boxer Chassi Cabine Simples 3.5T Heavy , L3 110 até 430 (*) 270 até 1020 Dianteira 50 390,04 € dez/23
E-Boxer Chassi Cabine Simples 3.5T Heavy , L4 110 até 430 (*) 270 até 1005 Dianteira 50 690,04 € dez/23
E-Boxer Chassi Cabine Dupla 4.2T L3 110 até 430 (*) 270 até 1555 Dianteira 53 098,10 € mar/24
E-Boxer Chassi Cabine Dupla 4.2T L4 110 até 430 (*) 270 até 1535 Dianteira 53 398,10 € mar/24
Citroen
ë-Jumper Ch. Cab. Simples 110 N.D. 270 até 1770 Dianteira desde 50.391 € dez/23
ë-Jumper Ch. Cab. Dupla 110 N.D. 270 até 1555 Dianteira desde 52.191 € dez/23
Opel
Movano Electric Chassis Cab. Simples 3.5T Heavy , L3 110 até 420 (*) 270 até 1020 Dianteira 50 317,07 € jan/24
Movano Electric Chassis Cab. Simples 3.5T Heavy , L4 110 até 420 (*) 270 até 1005 Dianteira 50 617,07 € jan/24
Movano Electric Chassis Cab.Simples 4.2T Heavy , L4 110 até 420 (*) 270 até 1755 Dianteira 51 517,07 € jan/24
FIAT PROFESSIONAL
E-DUCATO 110kWh 200 até 430 270 até 1500 dianteira 50 383,00 € Prod. Fev/24
FORD
E- Transit Chassis Simples 68 até 230 km até 269CV 1725 Kg traseira em vendas
MERCEDES-BENZ VANS
eSprinter Chassis Cabine Simples 56, 81 ou 113 N.D. N.D. N.D. traseira N.D. 2º T/ 2024
(*) valores preliminares e /ou em homologação | N.D. dados não revelados
Revista Automotive Fevereiro 2024 23
FROTAS
Revista Automotive
Texto: Redação
Fotos: Divulgação
Mercedes-Benz Vans com novos
eSprinter em destaque
Depois de ter conquistado o Prémio Furgão do Ano em Portugal
2024 com o seu modelo eCitan, a MB Vans anuncia o
novo eSprinter, uma referência em termos de veículos comerciais
ligeiros elétricos de maior dimensão, já disponível para
encomenda, juntamente com a versão a propulsão convencional,
agora com inúmeras novidades.
A marca faz questão de destacar a versatilidade e flexibilidade
do modelo eSprinter, comercializado sob duas variantes,
ou seja, furgão e chassis cabine simples. Dispõe de 2 comprimentos
de carroçaria, 3 tamanhos da bateria com uma
autonomia combinada WLTP de até 443 km, e uma elevada
capacidade de carga útil, que tornam o novo eSprinter um
furgão ainda mais evoluído e ajustado para uma vasta gama
de utilizações profissionais.
Assistência oficial
A Mercedes-Benz Vans dispõe de concessionários com força
de vendas exclusiva nas zonas com maior densidade de
empresas, complementada com formação especializada
para a venda de viaturas Mercedes-Benz Vans a clientes profissionais,
que inclui, além do conhecimento de produto de
viaturas com motor de combustão interna e viaturas elétricas,
formação em contratos de serviço, conectividade e financiamento.
A rede de concessionários e oficinas autorizadas da Mercedes-Benz
Vans em Portugal é constituída atualmente por 32
pontos de venda e 46 oficinas. Todas as localizações estão capacitadas
para prestar serviço de venda e de assistência aos
veículos elétricos da marca.
No domínio dos furgões 100% elétricos, a marca comercializa
a Wall box da Mercedes-Benz, que permite o carregamento
por corrente alternada até 22 kW. Tem também estabelecidos
protocolos de parceria com vários fornecedores de energia e
de soluções de carregamento.
Vantagens fiscais
Além dos benefícios fiscais em vigor em Portugal para os veículos
elétricos, a MB Vans tem uma política comercial com
condições especiais de aquisição para clientes frotistas, assim
como soluções de serviços integrados que incluem:
- Serviços de conectividade de série, através da plataforma
Mercedes me, ou possibilidade de aquisição de dados para
integração em sistema próprio;
- Contrato de serviço de série, válido durante 4 anos ou nos 4
primeiros serviços de manutenção programada, e adicionalmente
contrato de serviço completo com várias opções de
quilometragem e período;
- Financiamento através da financeira da marca, com diversos
produtos financeiros;
- Consultoria para instalação de solução de carregamento.
24 Fevereiro 2024 Revista Automotive
Revista Automotive
FROTAS
Toyota – ainda mais profissional
com a gama Proace
A Toyota Professional disponibiliza uma escolha mais abrangente
no que toca aos veículos comerciais ligeiros, com uma
gama eletrificada revigorada e expandida, complementada
por um compromisso de exceder as expectativas do cliente,
permitindo o crescimento contínuo da marca, no setor
empresarial.
Para o cliente profissional, a família Proace conta com o furgão
médio Proace e furgão compacto Proace City, que foram
renovados e atualizados, com autonomias que podem ir dos
273 km aos 318 km, dispondo de 3 soluções de carregamento
e 2 pacotes opcionais através do Toyota Safety Sense.
A insígnia “Toyota Professional” arrancou no nosso país em
2020, e desde então implementou uma maior atenção ao
cliente empresarial, bem como uma nova estratégia em termos
de veículos comerciais em toda a sua rede de concessionários,
no sentido de fornecer uma experiência especializada
ao cliente empresarial.
Serviços
Na rede Toyota, estão disponíveis diversos serviços tais como
“revisão na hora”, “recolha e entrega”, bem como outras facilidades.
Para além do completo apoio dos serviços de pós-
-venda da rede Toyota, a marca conta com uma página do site
dedicada para os clientes empresariais: https://www.toyota.
pt/carros/toyota-professional
Benefícios
A marca comercializa postos de carregamento elétricos (Wallbox),
em parceria com uma empresa do Grupo Salvador Caetano,
disponibilizando um serviço “chave na mão” em que
inclui a Wallbox e a respetiva instalação. Em termos de vantagens
fiscais, destaque para 100% de desconto em termos
de ISV; 100% de dedutibilidade do IVA; 100% depreciações
aceites no IRC; e até 0% de taxa de tributação autónoma, em
função dos escalões de preço.
Todas as concessões da marca em Portugal estão preparadas
para assistir as viaturas elétricas da Toyota, num total de 54
oficinas espalhadas pelo país, sobretudo ilhas.
Opel e Fiat Professional – maior
sintonia nos furgões elétricos
Aproveitando a sinergia do Grupo Stellantis, as marcas Opel
e Fiat Professional estão a integrar as soluções de mobilidade
nos seus modelos de veículos comerciais, sobretudo nas
versões 100% elétricas, no âmbito da divisão Stellantis Pro,
criada em outubro de 2023 para incorporar seis marcas de
veículos comerciais europeias e norte-americanas, entre as
quais Fiat Professional e a Opel.
A estratégia do Grupo é ambiciosa e passa pela renovação
completa da gama de 12 modelos de furgões sob a sua égide,
priorizando a mensagem de zero emissões. A segunda
Destaque para o programa de garantia “Toyota Relax”, muito
valorizado também pelas empresas e um fator diferenciador
dos comerciais Toyota. Todos os modelos contam com
garantia até 10 anos; 3 anos de garantia legal sem limite de
quilómetros e do quarto até ao décimo ano, o cliente pode
beneficiar da garantia Toyota Relax, sendo que esta garantia
comercial cessa quando atinge 10 anos de idade ou atinge os
200 mil km.
Revista Automotive Fevereiro 2024 25
FROTAS
Revista Automotive
geração de viaturas BEV proporciona uma maior autonomia
em todos os modelos (até 420 km). As novas características
tecnológicas em toda a gama incluem: habitáculos renovados,
novo sistema de infotainment de 10 polegadas, 18 sistemas
avançados e automatizados de assistência ao Condutor
(ADAS), nível 2 de condução autónoma e 100% de conectividade
de série.
Segundo Xavier Peugeot, Senior Vice President da Stellantis
Commercial Vehicles Business Unit, “esta segunda geração de
furgões com emissões zero, com maior autonomia BEV e uma
proposta adicional com células de combustível; com conectividade
total e inovações como a ‘tomada de força elétrica’,
reforçará, ainda mais, a nossa presença entre os furgões BEV.
A Stellantis está à frente na propulsão de zero emissões em
veículos comerciais na Europa, proporcionando modelos BEV
e, também, com células de combustível”, destacou.
Diversidade
Para os clientes empresarias, a Opel também dispõe de furgões
e VCL 100% elétricos. A começar pelo Combo-e Cargo
um veículo comercial totalmente elétrico para uma E-Mobilidade
mais abrangente. Mesmo com o seu perfil compacto, o
Opel Combo-e Cargo conta com um volume de carga de 4,4
m³, e dispõe de alguns recursos na gestão de carga como, por
exemplo, o sistema de espaço de carga flexível Flex Cargo.
Está disponível em 2 comprimentos de carroçaria: o Combo-
-e de 4,40 metros de comprimento, com uma distância entre
eixos de 2785 mm, pode transportar objetos com um comprimento
máximo de 3090 mm, tendo uma capacidade de carga
máxima de 800 kg, um volume de carga entre 3,3 e 3,8 m3 e
uma capacidade de reboque de 750 kg, A variante mais longa
XL, de 4,75 m, com uma distância entre eixos de 2975 mm e
um volume de carga máximo de 4,4 m3, pode acomodar objetos
com um máximo de 3440 mm de comprimento.
Já o Vívaro-e, oferece à escolha baterias de iões de lítio com
diferentes capacidades: 75 kWh, que proporciona autonomia
até 330 km, ou 50 kWh, para autonomia até 230 km, para
aqueles que fazem uso menos intensivo do veículo. Os valores
de autonomia foram obtidos de acordo com a norma
WLTP. O Vívaro-e permite aos profissionais mobilidade porta-a-porta
sem emissões, com maior eficiência na chamada
‘last mile’.
Por sua vez, o novo Opel Movano-e completa a gama de veículos
comerciais ligeiros elétricos da marca. Especialmente
indicado para os profissionais e gestores de frotas, o Movano-
-e elétrico, apresenta um sistema de propulsão elétrica que
garante 90 kW (122 cv) de potência e 260 Nm de binário, com
a velocidade máxima controlada eletronicamente de 110
km/h. Dependendo da versão, é possível optar entre ‘packs’
de baterias de iões de lítio de 37 kWh ou de 70 kWh, para
autonomias até 117 ou 224 quilómetros, respetivamente, no
ciclo combinado WLTP (dependendo do perfil de condução e
das condições existentes).
Embora a marca não tenha um programa para atendimento
ao cliente profissional, a sua rede de assistência aos VCL conta
com 37 pontos em Portugal. Os VCL elétricos da marca também
são comercializados com Wall box. Em termos de benefícios
fiscais para o cliente profissional (frotas), assemelham-
-se aos das demais marcas de VCL do grupo Stellantis, entre
os quais, ISV e IUC a zero, dedução do IVA na aquisição de
viaturas elétricas (para preços até 62 500€) e despesas respeitantes
à eletricidade na utilização das mesmas. A aquisição
de viaturas 100% elétricas, bem como as respetivas despesas,
não estão sujeitas a qualquer tributação autónoma.
26 Fevereiro 2024 Revista Automotive
Revista Automotive
FROTAS
Fiat Professional
Com mais experiência no atendimento ao cliente empresarial
e frotas, a marca Fiat Professional conta com muitas soluções
de viaturas comerciais 100% elétricas, beneficiando-se, em
alguns casos, das mesmas plataformas e tecnologias dos demais
modelos comerciais do Grupo Stellantis.
O E-Ducato, por exemplo, é um furgão que dispõe de 4 opções
de carregamento com um carregador-inteligente que se
adapta às configurações de carregamento AC (Corrente Alternada)
e DC (Corrente Direta). Apresenta uma característica
única das baterias de arquitetura paralela – permite que o
veículo continue viagem mesmo que falhe um módulo
Desde 2016, a Fiat Professional, com uma equipa dedicada
analisou o mercado dos veículos comerciais ligeiros, estudando
centenas de veículos de forma a entender as necessidades
do mercado e finalmente lançou o seu veículo de 0 emissões,
baseado no seu melhor parceiro de negócios: o e-Ducato.
Já o E-Scudo anuncia até 330 km de autonomia, velocidade
máxima de 130 km/h, baixos tempos de carregamento e zero
emissões de CO2. O novo E-Scudo assegura a mesma capacidade
de carga que a versão a Diesel, ou seja, até 1,2 toneladas
de carga útil. O cliente pode escolher entre baterias
diferentes, de 50 ou 75 kWh, de acordo com as tipologias do
seu negócio.
Por sua vez, o modelo E-Doblò utiliza um motor elétrico que
permite uma condução eficiente, suave e rautonomia até 280
km, com zero emissões de CO2 e 100 kW DC para carga rápida.
Com os mesmos tipos de carroçaria e espaço de carga que
os motores térmicos, o E-Doblò foi concebido para o melhor
desempenho que o veículo pode proporcionar para o seu dia-
-a-dia de trabalho.
Serviços
Mesmo não dispondo de um programa ou serviço específico
para o cliente profissional, a marca disponibiliza uma linha
direta do serviço de apoio ao cliente da Fiat Professional.
Em Portugal, conta com 54 pontos de assistência para VCL
elétricos. Juntamente com os VCL elétricos, existe a possibilidade
de se obter uma Easy Wallbox para carregamento do
mesmo. Neste momento, a Easy Wallbox é uma oferta, caso
o cliente assim pretenda (apenas equipamento, instalação
paga à parte).
No capítulo das vantagens fiscais, destaque para a isenção de
pagamento de ISV e IUC, assim como outras vantagens em
algumas cidades como a isenção de pagamento de estacionamento
para viaturas elétricas. Relativamente a benefícios
específicos, para além da oferta de Wallbox, conforme acima
mencionado, a marca proporciona condições comerciais especiais
para clientes profissionais.
Revista Automotive Fevereiro 2024 27
FROTAS
Revista Automotive
Ford Pro – novos negócios para o
cliente empresarial
Com base na unidade de negócios de veículos comerciais e
serviços denominada Ford Pro, a marca está a dinamizar a sua
presença no segmento empresarial com a renovação dos seus
modelos e o lançamento de furgões 100% elétricos, como
são os exemplos os modelos E-Torneo Courier e, também, a
E-Transit Courier, lançadas em 2023.
Estes furgões espelham não apenas uma nova imagem, mas,
e principalmente, uma nova mentalidade da marca agora
mais focada para o cliente empresarial e frotas em geral,
disponibilizando para este canal de negócio, furgões 100%
eletrificados, seguros e modernos, sem descurar da qualidade
de construção e com diversos sistemas de assistência
à condução.
Na entrevista concedida em Madrid (Espanha) à Revista Automotive,
Marta Henríquez, diretora da Ford Pro para Portugal
e Espanha, explicou o conceito da divisão Ford Pro dentro
da marca, e “como as empresas podem usufruir da gama de
veículos comerciais elétricos, bem como dos serviços disponibilizados
pela rede de concessionários, para uma melhor
mobilidade das frotas em geral.
Quatro pilares
Com o objetivo de oferecer a máxima produtividade às empresas,
foi criado um ecossistema de conetividade em torno
da extraordinária gama de veículos comerciais da Ford para
fornecer soluções para as necessidades de qualquer empresa,
independentemente da sua dimensão. Estas soluções estão
agrupadas em quatro pilares distintos
1) Ford Pro Veículos: A gama de veículos comerciais mais vendida
na Europa. Oferecemos modelos para todas as necessidades:
desde uma gama completa de CVs 100% eléctricos,
passando por modelos híbridos, a gasolina, diesel e outros.
28 Fevereiro 2024 Revista Automotive
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2) Ford Pro Carregamento: A rede Blue Oval está disponível
em Portugal através do Ford Pass e Ford Pass Pro.
3) Ford Pro Software: A partir do Ford Pro temos o software
emitido pelos nossos veículos conectados, e disponibilizamo-lo
às empresas que dele necessitem.
4) Ford Pro Serviço: A partir do nosso centro FORDLiive, e com
o objetivo principal de manter as frotas sempre em movimento,
os nossos Centros Transit oferecem um serviço pós-venda
muito mais ágil.
Maior conectividade
A Ford Pro oferece todas as soluções de mobilidade possíveis
para satisfazer as necessidades potenciais de empresas, de
todas as dimensões. Desde uma gama de VC que têm liderado
as vendas na Europa nos últimos 9 anos, com modelos
conectados para satisfazer todos os requisitos (incluindo uma
gama abrangente de VC 100% eléctricos: E-Transit, Custom,
Courier (que vão ser apresentadas ao final deste ano), a todos
os tipos de soluções para maximizar a produtividade da frota:
- Com o nosso Data Service, dispomos de todos os dados
gerados pelos veículos conectados e disponibilizamo-los às
empresas para que possam gerir a sua frota de forma mais
produtiva.
- Com o Ford Pro Service, maximizamos o tempo de atividade
da frota. Graças ao suporte que a nossa plataforma FordLiive
fornece aos nossos Centros Transit, conseguimos reparações
mais rápidas na oficina.
Atualmente, a marca dispõe em Portuga de 11 concessionários
Ford Pro, Centros Transit, de um total de 17, que representam
90% das vendas de veículos comerciais. Para responder
às necessidades de carregamento dos veículos elétricos,
Ford Pro Carregamento oferece a rede Blue Oval, que através
do Ford Pass e Ford Pass Pro, dispõe de mais de 400 mil pontos
de carregamento em toda a Europa.
Vantagens
Consideramos que um veículo comercial elétrico oferece
muitas vantagens às empresas:
- Vantagens para a reputação: os clientes procuram agora
apenas serviços/empresas sustentáveis
- Vantagens operacionais: sem restrições de tráfego, mais tempo
nas zonas de carga e descarga, com menos pressão fiscal
- Vantagens económicas: menos impostos, manutenção até
40% mais em conta, e a eletricidade que, atualmente, é muito
mais barata do que o gasóleo” refere.
Revista Automotive Fevereiro 2024 29
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Revista Automotive
Citroen renova gama de furgões e
investe nos elétricos
Ao renovar, em simultâneo, os seus modelos Berlingo Van,
Jumpy e Jumper, a Citroën pretende reforçar ainda mais a sua
presença no segmento dos veículos comerciais. A nova gama,
mais ampla e diversificada, conta com versões 100% elétricas
vocacionadas para os clientes empresariais. De referir que os
modelos Ami Cargo, Berlingo Van, Jumpy e Jumper, já representam
30% das vendas totais da marca.
O modelo e-Berlingo Van dispõe de um motor 100% elétrico
com 100 kW (136 cv) e um binário máximo de 270 Nm, associado
a uma nova bateria de 50 kWh. Em termos de eficiência,
a autonomia é de até 330 km (ciclo WLTP), mais 20% do que
no modelo anterior.
Já o ë-Jumpy, equipado com o motor de 100 kW (136 cv), continua
disponível com dois tipos de bateria. Com a bateria de
50 kWh permite uma autonomia de 230 km, perfeitamente
adaptada, por exemplo, às entregas diárias nos centros das
cidades. Já a bateria de 75 kWh oferece agora uma autonomia
máxima de 360 km, mais 30 km do que no modelo anterior,
assegurando uma versatilidade otimizada.
Por sua vez, o novo ë-Jumper – 100% ëlectric, é um furgão
compacto sendo o 3º veículo comercial eletrificado da Citroen
O ë-Jumper – 100% ëlectric conta com 2 níveis de autonomia
(até 340 km no ciclo de homologação WLTP), com melhor
mobilidade para zonas de acesso limitado. Conta com 2
capacidades de baterias: 37 kWh e 70 kWh, 4 comprimentos
e 3 níveis de altura, até 17 m3 de volume de carga, 4 PMA
(Pesos Máximos Autorizados), permitindo transportar até 4
toneladas.
Cliente profissional
A Citroen preconiza a existência de “Business Centers”, que
integram a venda de viaturas novas para profissionais, bem
como serviços de pós-venda dedicados e soluções de mobilidade,
totalmente orientados para as necessidades especificas
deste tipo de cliente. Esta estratégia, contribuiu para que a
gama de VCL da Citroën fosse reconhecida pelo 3º ano consecutiva
como “Escolha dos Profissionais”.
30 Fevereiro 2024 Revista Automotive
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Atualmente a rede Citroën em Portugal é composta por 27
concessionários e 72 reparadores autorizados, estando todos
habilitados a dar assistência técnica à gama de veículos elétricos
quer se trate da gama de passageiros, quer se trate da
gama de veículos comerciais.
A marca dispõe de um leque alargado de ofertas de soluções
de carregamento que estão disponíveis, na página da internet.
Contudo, os vendedores da marca têm como prática a
proposta de uma solução de carregamento sempre que vendem
um veículo elétrico, suportado num especialista Free-
2move eSolutions que, através de um contacto direto com
o cliente, irá propor a solução técnica adaptada à realidade
de cada um.
Vantagens fiscais
A gama de veículos comerciais beneficia de um conjunto de
vantagens, desde o momento da comercialização, com condições
de vendas preferenciais para empresas, passando pela já
referida assistência técnica em toda a rede Citroën, que cobre
a totalidade do território nacional.
Adicionalmente através da App My Citroën os clientes podem
com o seu smartphone ficar conectados ao seu veículo comercial
elétrico, acedendo a informações como o estado de
carregamento, autonomia e tempo de carregamento restante
do seu veículo, programar a recarga da bateria ou o início do
pré-condicionamento térmico.
No tocante à fiscalidade, a gama de veículos comerciais elétricos
não é tributada em sede de ISV, não existindo tributação
autónoma para a gama elétrica e térmica.
Peugeot – com 3 protagonistas na
propulsão eletrificada
Os veículos comerciais e furgões 100% elétricos E-Partner,
E-Expoert e E-Boxer, são 3 dos protagonistas da estratégica
da Stellantis que ambiciona aumentar a presença (e as vendas)
das suas marcas, no competitivo mercado do cliente empresarial.
Para tanto, o grupo tem vindo a investir na renovação da sua
gama VCL e na eletrificação destes 3 modelos, tornando-os
mais atrativos do ponto de vista energético, e mais eficientes,
no tocante ao custo total de utilização, tendo em conta
que existem cada vez mais Zonas de Baixas Emissões nas
grandes cidades europeias. Assim, circular com furgões 100%
elétricos nestas cidades, passa a ser um fator de mobilidade
sustentável.
Com distâncias médias percorridas por dia inferiores a 200
km, custos de utilização reduzidos e conforto de condução,
para os profissionais, a transição da marca Peugeot para veículos
comerciais 100% elétricos, é cada vez mais evidente.
Para torná-la ainda mais atrativa, a marca propõe uma gama
completa de contratos de manutenção e de serviço até 8
anos e 200 mil km.
Serviços e benefícios
Nos centros Peugeot Professional a marca garante soluções
específicas, através de uma equipa dedicada, bem como uma
larga gama de produtos, com uma vasta oferta de serviços
associados, para além de soluções de financiamento e de
gestão de frotas, numa rede de concessionários e oficinas
por todo o país. São 74 reparadores autorizados Peugeot em
Portugal, capacitados para dar assistência técnica à gama de
veículos elétricos.
A marca dispõe de um leque alargado de ofertas de soluções
de carregamento, suportadas na Free2move eSolutions: Easy-
Wallbox - Sem instalação (Plug&Play): até 2.3 kW Com instalação:
até 7.4 kW. Tipo 2 cabo de Shuko a Wallbox (Integrado
na Wallbox) e App Dedicada (para a gestão e controlo das
sessões de carregamento) ProWallbox - Com instalação: até
22 kW. APP Dedicada (para a gestão e controlo das sessões
de carregamento).
Assim como os outros modelos de veículos comerciais das
demais marcas da Stellantis, estes 3 modelos elétricos da
Peugeot beneficiam de um conjunto de vantagens desde o
momento da comercialização com condições de vendas preferenciais
para empresas, passando pela já referida assistência
técnica em toda a rede Peugeot. Em matéria de fiscalidade,
a gama de veículos comerciais elétricos não é tributada
em sede de ISV e não tem IUC.
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Nissan Portugal: uma mudança
bem-vinda às frotas
Recentemente incorporada ao Grupo Salvador Caetano, a
marca Nissan tem procurado manter uma presença de qualidade
nas vendas ao mercado empresarial. Em Portugal, a
marca disponibiliza o modelo Townstar 100% elétrica, produto
desenvolvido para o mercado europeu e que anuncia uma
autonomia de até 300km.
A Townstar VE baseia-se no anterior modelo e-NV200, e incorpora
a experiência em Veículos Comerciais Ligeiros elétricos
(e-VCL) da Nissan. Construída sobre a plataforma partilhada
CMF-C, este novo comercial ligeiro é construído no centro de
excelência para pequenos furgões da Aliança, em Maubeuge,
França. Foi projetada para proporcionar maior capacidade,
fiabilidade e sustentabilidade, com foco no exigente mercado
das frotas em geral.
Dependendo das especificações, dispõe de uma carga útil entre
600 a 800kg e capacidade de reboque de até 1.500kg. A
área de carga da Townstar VE tem entre 3,3 e 4,9 metros cúbicos,
que lhe permite transportar duas euro paletes. Apresenta
uma garantia de 5 anos ou 160 mil km, mantendo o compromisso
da Nissan com a qualidade. Em termos de bateria, a
Townstar elétrica conta com uma garantia de 8 anos sobre o
estado de funcionamento da bateria até 70%.
Nissan Business Centers
A marca informa que “temos um programa implementado
na rede de concessionários com equipas especializadas para
vendas ao canal empresarial ao qual chamamos Nissan Business
Centers.
Atualmente contamos com 10 concessões com este programa
implementado, que representa 50% da nossa rede de
concessionários, em especial nos grandes centros urbanos de
norte a sul do país.
Também implementámos um programa em toda a rede de
concessionários, ao qual chamamos Promessa Cliente que,
entre várias vantagens, disponibilizamos uma viatura de
substituição gratuitamente ao cliente, enquanto a sua viatura
está a fazer a manutenção programada (desde que agendado
previamente e mediante disponibilidade das mesmas); a
oferta do check-up completo da viatura, bem como a oferta
de uma assistência em viagem NISSAN durante os 12 meses
após a manutenção da viatura, entre outras vantagens.
Rede abrangente
Quanto a pontos de assistência de viaturas
elétricas, temos atualmente 20
concessões que se distribuem em 37
pontos de venda e pós-venda espalhados
por todo o continente e ilhas, todos
eles capacitados para receber e dar
assistência técnica a viaturas elétricas
e eletrificadas.
Caso se verifique que há necessidade
de reparação da bateria da viatura, temos
atualmente 8 centros capacitados
em Portugal, localizados na Grande Lis-
32 Fevereiro 2024 Revista Automotive
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boa, Grande Porto, Aveiro, Coimbra, Ilha da Madeira, Ilha de
São Miguel e Ilha Terceira, estando previstas novas localizações
ainda este ano.
Parceria com a GALP
Dentro da nossa oferta de produtos e serviços para o cliente
final, temos também uma lista de soluções de carregamento
apoiados pela EFIMOB, que é uma empresa especializada em
soluções para viaturas elétricas e que pode apoiar também o
cliente nas instalações dos mesmos, através de uma equipa
certificada. A aquisição destas soluções de carregamento poderá
ser feita juntamente com a compra da viatura ou posteriormente
em pós-venda, junto do concessionário.
A Nissan tem também uma parceria com a GALP em que os
clientes Nissan passam a beneficiar de 10% de desconto na
energia 100% verde do seu cartão GalpElectric, 18% no caso
de terem um contrato de energia com a Galp. Válido em todos
os pontos de carregamento elétrico de Portugal.
Vantagens
Fiscalmente as viaturas elétricas têm muitos benefícios para
as empresas como a possibilidade da dedução total do IVA, a
isenção da tributação autónoma e também isenção de pagamento
de IUC.
No que diz respeito a gastos de utilização, também aqui apresenta
grandes vantagens:
Ao nível de autonomia, por exemplo para um ciclo de utilização
urbana, a homologação WLTP registada é de 386 até 438
kms (para o nosso furgão Townstar na versão L1 com bateria
de 45kWh). Isto representa um custo aos 100Kms na ordem
dos 3€ a 5€ em eletricidade, tendo em conta um valor médio
do kWh em Portugal para consumo doméstico de 0,25€, o
que pode ainda melhorar para carregamentos em regime bi
horário ou outros tarifários mais vantajosos.
Custo de utilização
Comparando este custo com uma viatura
similar a gasóleo que andará entre os 10
a 12€ a cada 100kms o cliente tem uma
grande vantagem.
situações, beneficia de taxas reduzidas ou mesmo de isenção
de pagamento das mesmas. (o cliente deverá consultar a informação
referente ao município em questão e dos procedimentos
necessários)
Para terminar falta referir que atualmente na gama NISSAN
em Portugal dispomos do furgão elétrico Townstar com uma
bateria de 45kWh de 120cv nas versões L1 e L2, que pode
transportar até 4,9m3 e até 777kgs de carga útil , dependendo
da versão, e que estão disponíveis para 2 ou 3 passageiros,
consoante a necessidade do cliente. A versão L2 já está
capacitada para o transporte de até 2 euro paletes” informou
a marca.
BYD – sem historial, mas com
muitas ambições
Representada em Portugal pelo grupo Salvador Caetano,
desde maio de 2023, a BYD está a construir a sua história no
mercado automóvel nacional. No que se refere ao segmento
de veículos comerciais, comercializa no nosso país o modelo
ETP3 100% elétrico, que anuncia uma autonomia de 275 km
(ciclo WLTP urbano).
Integra a tecnologia BYD Blade Battery de 44.9 kWh, que pode
ser recarregada em 60 minutos. O ETP3 é um furgão 100%
elétrico com um bom espaço de carga de 3,5 m3. Conta com
pavimento metálico antiaderente e resistente ao desgaste, e
incorpora duas portas laterais deslizantes, ideais para movimentação
de cargas nos espaços urbanos.
Talvez, pela sua juventude no mercado nacional, a BYD não
dispõe de um programa para atendimento ao cliente profissional.
Contudo, já são 12 os pontos de venda no território
continental e ilhas. A marca não comercializa postos de
carregamento elétrico, mas o Grupo Salvador Caetano apresenta
soluções para essa necessidade através da empresa
GoCharge.
Também na manutenção a redução de
custos é substancial não havendo lugar a
troca de óleo, filtros de óleo e combustível
entre outros consumíveis e mesmo o
desgaste do sistema de travagem é diferente
pois a utilização da viatura recorre
mais ao motor regenerando também a
autonomia da bateria.
Podemos referir ainda que os custos de
estacionamento de viaturas elétricas podem
ter grandes vantagens que dependem
do município, mas que, em algumas
Revista Automotive Fevereiro 2024 33
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Revista Automotive
Furgões elétricos e as soluções à
medida da refrigeração
Texto: Eduardo Gaspar
Fotos: Divulgação
A Frigicoll, representante da marca e serviços da Thermo King
em Portugal, está a dinamizar a unidade de refrigeração totalmente
elétrica para veículos comerciais e furgões, denominada
e200.
Projetado para veículos elétricos (e também a combustão), o
e200 dispõe de um avançado sistema que visa garantir que as
operações de transporte permaneçam em conformidade, face
a uma crescente variedade de regulamentações regionais e
nacionais relativas à redução de ruído e emissões de CO2
Em entrevista à Revista Automotive, Bruno Andrade, delegado
comercial da unidade de transporte da Frigicoll Portugal
destacou que “com referência aos furgões 100% elétricos,
deve sempre existir por parte da marca automóvel a devida
autorização para que um equipamento de frio possa ser instalado
na viatura e ser alimentado com a energia gerada pela
bateria do próprio furgão.
Isto começa logo por ser um fator que afeta a autonomia do
veículo elétrico e, no caso dos furgões, a autonomia fica mais
reduzida. Por essa razão, alguns construtores não permitem,
ou ainda não dizem se vão permitir a instalação deste sistema,
pois a falta de informação das próprias marcas está a ser
um dos obstáculos para a modernização das frotas e na utilização
de furgões 100% elétricos, na cadeia de frio.
Superar dificuldades
Apesar da falta de informações técnicas das marcas, a equipa
da Frigicoll tem vindo a ultrapassar estas dificuldades, graças
a nossa longa experiência nesta área de negócio, o que
permitiu melhorarmos a relação entre uma maior capacidade
de refrigeração dos equipamentos de frio, com um menor impacto
na autonomia dos furgões elétricos.
Para resolver a problemática da autonomia, desenvolvemos
a solução de instalar um pack de baterias independentes,
onde trabalhamos com a marca MasterVolt para os furgões
até as 3,5 toneladas. O equipamento de frio passa assim a
ser alimentado, diretamente por esse pack de baterias independentes.
Soluções à medida
Este é um trabalho técnico feito à medida. Enquanto Frigicoll,
os nossos standards de qualidade primam pela segurança,
por isso o peso por eixo é um fator determinante para a instalação
destes equipamentos. Como as baterias independentes
são pesadas, temos de garantir a estabilidade e segurança
do veículo. Num caso, por exemplo, instalámos o pack das
baterias no lugar do assento do “pendura” e, em outro caso,
implementámos uma estrutura própria por detrás do banco
do motorista.
34 Fevereiro 2024 Revista Automotive
Revista Automotive
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As baterias dependem da jornada de
trabalho, da exigência do serviço 3
kWh, 6kWh ou mais, consoante a necessidade
do cliente. A eletrificação não
é de série, é um projeto. A transformação
ainda é tão complexa que, mesmo
na área da transformação, há empresas
que têm alguma reserva em trabalhar
com os furgões elétricos.
Não basta ir ao catálogo de um produto
e escolher este ou aquele equipamento
de frio. A instalação de um equipamento
de frio exige um estudo técnico e o
desenvolvimento de um projeto específico.
Felizmente, a variedade de soluções
que dispomos para instalação
dos nossos equipamentos nos furgões
elétricas, permite sermos bastante
transversais.
Capacidade de carga
Mas ainda existem outros desafios. Ao
aumentar as capacidades frigorificas
que os equipamentos permitem, ou
seja, quando passamos de uma máquina
de frio e200 para a versão e500, já
não é possível utilizar a mesma voltagem
dos furgões anteriores, pois esta
versão exige que os furgões elétricos trabalhem a 400 volts.
Os novos equipamentos exigem uma voltagem que poucos
veículos elétricos dispõem atualmente, o que significa dizer
que estamos à frente das ofertas do mercado de furgões elétricos,
e que o nosso equipamento não se tornará obsoleto
num curto espaço de tempo.
Um cliente que realize muitas aberturas de porta do seu furgão,
necessitará de um equipamento com maior recuperação
Revista Automotive Fevereiro 2024 35
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de frio. Se se tratar de produtos congelados, essa exigência
será ainda maior, para que não haja oscilação da temperatura.
Assim, o novo equipamento e500 consegue dar uma resposta
eficaz a estas especificidades de transporte de frio.
Cadeia de frio
Contudo, para que a cadeia de frio e o transporte seja eficiente,
há que conjugar as especificidades de quatro partes envolvidas:
o cliente, o furgão, o motor de frio e o carroçador/
transformador.
O nosso trabalho, ou seja, o envolvimento técnico comercial
da Frigicoll e da marca que representamos Thermo King,
passa primeiramente por analisar as necessidades dos clientes
e tipologia de negócio/carga a transportar. Isto implica
partilha de informações que, no caso dos furgões elétricos, a
quantidade de informação a ser partilhada entre todos é muito
maior do que num furgão a combustão. O gestor de frota
que queira iniciar na mobilidade elétrica, terá de dedicar mais
tempo ao processo de troca de informações.
Uma outra solução que disponibilizamos para a gama de
acionados (furgões) é a gama V, onde o cliente pode escolher
um equipamento que tenha o chamado “frio de parque”. Assim,
quando o furgão está imobilizado, o cliente pode ligar
o equipamento à corrente da empresa (ficha monofásica ou
trifásica) e, com isso, acionar o equipamento de frio que funciona
por meio de motor elétrico.
Outra funcionalidade da gama V, é que o nosso equipamento
pode ser alimentado pela eletricidade da bateria do furgão
quando este está em movimento, por meio de um inversor
de corrente. Ou então, instalamos baterias independentes e
serem estas a alimentarem o equipamento de frio.
Solução ColdTainer
Outra das soluções que dispomos para utilização nos furgões
elétricos, é o sistgema ColdTainer. Com a solução ColdTainer,
qualquer furgão pode transportar mercadoria em temperatura
controlada. Isto serve para furgões elétricos ou a combustão,
com a grande vantagem de o cliente não necessitar de
transformar o furgão para a o transporte de frio.
No caso dos furgões elétricos, destacamos como grande vantagem
do ColdTainer a sua capacidade de ser autónomo, ou
seja, não necessita de se alimentar à bateria do furgão elétrico,
poupando no consumo energético e assim contribuir para
a manutenção da sua autonomia.
Para os clientes que operam em sistema de renting nos seus
furgões, esta solução permite menores encargos quer na
transformação do veículo, quer aquando entrega do furgão
à locadora no final do contrato, evitando uma maior depreciação
do furgão bem como os custos de recondicionamento
da viatura.
O equipamento ColdTainer também proporciona uma grande
flexibilidade ao cliente, que pode utilizar os seus furgões em
outras funções, para além do transporte de mercadorias em
temperatura controlada. Trata-se de um equipamento bastante
versátil, até porque podem transportar desde temperaturas
negativas (por exemplo, congelados) até em temperaturas
positivas, tais como os alimentos quentes para catering.
Por fim, destaco que a Frigicoll dispõe em Portugal de uma
ampla rede de instaladores autorizados, com total capacidade
técnica para realizar a instalação de qualquer equipamento,
sistema ou soluções de frio que comercializamos, inclusive
as soluções especificamente orientadas para os furgões 100%
elétricos”, ressaltou.
36 Fevereiro 2024 Revista Automotive
Revista Automotive
PESADOS & MAQUINAS
Sampa - equipamento original para
marcas de camiões
Texto: Eduardo Gaspar
Fotos: Automotive
As peças de reposição para o setor de veículos pesados de
mercadorias continuam a ser o core das atividades da marca
Sampa. No entanto, Sampa também é fabricante de equipamento
original para algumas marcas de camiões. O seu campus
de produção localizado na sede em Samsun (Turquia)
conta com a Certificação Q1 da Ford Motor Company’s, um
indicador mundial de qualidade e satisfação do cliente de
excelência
A Certificação Q1 é concedida a fornecedores da Ford que demonstram
excelência para além dos requisitos da certificação
ISO/TS em cinco áreas críticas: sistemas capazes, melhoria
contínua, desempenho constante, processo de produção e
satisfação do cliente.
Produzindo cerca de 20 mil produtos sob 24 grupos diferentes,
a Sampa também compra e comercializa cerca de 25 mil
produtos, o que aumenta a sua disponibilidade para mais de
60 mil produtos. No ano em que completa 30 anos de atividades,
a empresa orgulha-se de exportar para quase 160
países e empregar mais de 4500 colaboradores de mais de 30
países, de dentro e fora da Europa.
Na sede ibérica da Sampa, localizada
nos arredores de Madrid (Espanha),
Luis Vique Quintana, customer service
manager para Portugal e Espanha,
explicou à Revista Automotive no que
assenta o atual sucesso da marca.
“A Sampa investe grande somas em
I&D e, por este motivo, possui 9 sistemas
de qualidade que visam garantir
a melhor metodologia na produção de
peças e equipamentos. Como resultado,
temos um índice muito baixo (1%)
de reclamações de peças em garantia.
A Turquia é um mercado com longa
tradição na produção de automóveis
Revista Automotive Fevereiro 2024 37
PESADOS & MAQUINAS
Revista Automotive
Muitos dos produtos que a Sampa produz e comercializa são
considerados componentes estruturantes nos veículos pesados.
Isto significa que estão sujeitos
a um stress físico muito grande e contribuem
para uma melhor dinâmica do
camião, como é o caso das suspensões,
braços de direção, quinta roda entre
outros. É exatamente nesses componentes
que o peso dos camiões e dos
semirreboques assentam e, por isso, a
qualidade da produção e a segurança
estão em primeiro lugar no pensamento
da Sampa.
de diferentes marcas, principalmente nos pesados, sendo
que várias marcas alemãs produzem os seus autocarros em
solo turco. Há um expertise muito grande no setor produtivo
do qual a Sampa faz parte, visto que há muitos anos produz
grande parte daquilo que comercializa.
Em termos de Sampa Ibérica, a nossa quota de vendas de
peças de produção própria situou-se nos 55% em 2023. Nos
restantes 45% integram os produtos que comercializamos
sob a marca Sampa, e que cumprem com os nossos critérios
e standards.
Produtos de marca
Para o ano de 2024 pretendemos alcançar os 70% de vendas
de produtos de produção própria. Estamos a dinamizar a fabricação
de mais produtos da marca Sampa, com o objetivo
de ampliar as gamas no segmento de direção e suspensão.
Como prova desta dinâmica, incorporamos uma nova gama
de produção própria de amortecedores pneumáticos, para
camiões e semirreboques e estamos convictos de que será
uma gama com boa aceitação no mercado de reposição ibérico,
tendo em conta que controlamos a 100% todo o processo
produtivo. Por falar em produção, a empresa está a intensificar
a construção do Sampa Valley, ampliando de forma muito
significativa a sua capacidade de produção, incluindo uma
fundição própria dos seus componentes.
Um dos componentes de maior destaque da Sampa é a chamada
quinta roda, um equipamento com grande sucesso
quer pela qualidade intrínseca do produto, quer pela certificação
europeia que dispõe. Trata-se de um produto de elevada
importância e de segurança para a fixação dos semirreboques
os camiões que, antes de entrar em comercialização,
passou por rigorosos testes de qualidade e os resultados estão
à vista.
Além do peso do camião, há que ter em
conta o estado do piso e as condições
das estradas. Muitos dos camiões que
usam os nossos produtos operam também
em situações de off-road, em obras
públicas por exemplo. Esses ambientes
e pisos irregulares exigem muito dos
componentes estruturais dos camiões.
É aqui que a Sampa marca a diferença
pela qualidade, durabilidade e eficiência dos seus produtos.
Setor de máquinas
Já que mencionei o mercado de off-road, no ano passado iniciámos
à comercialização internacional de produtos para máquinas
de obra pública. Tipicamente essas máquinas têm uma
cor amarela e, para associar a nossa marca a estas máquinas,
a Sampa passou a utilizar o slogan “o azul é o novo amarelo”,
uma referência ao azul característico da nossa marca como
sinal identificativo da Sampa nesse segmento de mercado.
Ainda não temos previsão de quando iremos igualmente dinamizar
esse segmento na península ibérica, mas estamos
confiantes de que quando o processo se iniciar, será mais um
passo para a consolidação da nossa marca.
A nossa estratégia comercial assenta numa relação direta de
trabalho com os nossos distribuidores, atualmente cerca de
120 na península ibérica. Não fazemos vendas ao cliente final,
nem a grandes frotistas. Este é um trabalho que confiámos
ao nosso distribuidor, pois são estes parceiros comerciais que
melhor conhecem as empresas de transporte das suas zonas,
e são eles que lidam dia-a-dia com as necessidades dos clientes,
quer seja frotistas ou oficinas de pesados.
Além de termos bons produtos, também temos de ser capazes
de fornecer um bom serviço de pós-venda. Costumamos
dizer que o cliente vem pelo bom produto, mas só se fideliza
através de bom serviço de pós-venda. Na Sampa Ibérica dispomos
de uma equipa de profissionais que atendem telefonicamente
os clientes, contando com uma larga experiência no
setor das peças e componentes para o mercado de viaturas
pesados. Essa competência da nossa equipa, contribui para
uma melhor compreensão da necessidade dos clientes e é
fundamental para que nenhum camião fique parado, por falta
de peças ou de componentes de reposição”, destacou Luis
Vique Quintana.
38 Fevereiro 2024 Revista Automotive
www.dpd.pt
PESADOS & MAQUINAS
Revista Automotive
Kobelco – precisão e reputação no
setor da demolição
Texto: Eduardo Gaspar
Fotos: Automotive/Divulgação
Entrevistámos Olivier Rasmont, General Manager Product Engineering
and Marketing Group (foto à esq.), e Rubén Gómez,
Retail Sales and Marketing Manager for Spain & Portugal,(foto
à dir.) ambos da Kobelco Construction Machinery Europe,
que nos explicam a reputação da marca no segmento da
demolição.
“Para a Kobelco, a demolição é uma área muito importante de
negócio, tanto que somos a marca nº1 no Japão nessa área.
Para contextualizar, a demolição no Japão é uma área de
grande complexidade técnica, porque todos os edifícios seguem
os mais altos standards de proteção contra terramotos,
tornando-os bastante robustos e mais “difíceis” para demolir.
O Japão é um mercado muito competitivo na área da demolição.
Com a quantidade de terramotos, há uma frequente
necessidade de demolição, tornando o setor muito atrativo.
É justamente o mercado onde atuamos diretamente com
outros fabricantes japoneses de máquinas e, o facto de conseguimos
alcançar a liderança absoluta naquele país, diz
muito da qualidade das máquinas e da excelente performance
Kobelco.
Quanto à Europa, temos uma presença cada vez mais consolidada.
Fruto da expansão europeia iremos mudar da sede de
Almere (Holanda) para novas instalações Lelystad, também
na Holanda. Apesar dessa expansão, a Kobelco tem uma estrutura
muito ágil no continente europeu, onde a informação
flui de forma rápida. Isso agiliza o contacto com o cliente e
permite um melhor desenvolvimento das nossas máquinas,
fruto do feedback que temos dos clientes.
Especialistas em escavadoras
A Kobelco produz exclusivamente máquinas escavadoras. E
dentro do segmento das escavadoras, produzimos apenas escavadoras
de rastos. Somos, portanto, das marcas aquela que
mais conhece dessa tipologia de máquina.
40 Fevereiro 2024 Revista Automotive
Revista Automotive
PESADOS & MAQUINAS
Também produzimos gruas, mas num volume ajustado para
um nicho de mercado, comparado com as escavadoras. O
cliente quando procura a Kobelco, sabe exatamente o que
quer. Sabe que não desviamos as atenções a produzir pás-
-carregadoras, retroescavadoras ou até escavadoras de rodas.
Temos uma especialização e um foco na qualidade, que nos
torna únicos no mercado das escavadoras de rastos.
O trabalho na demolição é um trabalho bastante especializado,
inclusive no que diz respeito ao operador da máquina.
Se uma máquina está a trabalhar em altura, por exemplo, na
extensão total dos 42 metros, o nível de precisão tem de ser
muito grande. Isto porque, qualquer erro de cálculo, seja da
No segmento das máquinas de demolição, a nossa abrangência
de gama vai desde a SK350DLC de 21 metros até à
SK550DLC, de 42 metros. Essas escavadoras foram desenhadas
do ponto de vista estrutural, hidráulico e eletrónico para
aguentar com as vibrações do trabalho de demolição.
Todas apresentam o sistema NEXT da Kobelco, uma solução
segura e rápida para a montagem/desmontagem do braço
de demolição. Esta solução permite um fácil transporte entre
projetos, com poupanças de custos significativas.
Abrangência de gama na demolição
As máquinas especificas de demolição que acima mencionamos
são as de longo alcance, mas a nossa gama de demolição
começa, por exemplo, numa SK008 na versão de 1 tonelada,
que foi desenvolvida com grande robustez para ser capaz de
também suportar um trabalho de demolição.
Outra gama de máquinas Kobelco que tem alcançado sucesso
no mercado da demolição, é a máquina SK380SRLC short radius
(raio curto) de 8 toneladas. Temos uma gama alargada de
máquinas de raio curto que, nas tarefas de demolição, conta
com uma ótima aplicabilidade. A demolição exige muitas vezes
realizar um trabalho em espaços apertados e, com funcionamento
em raio curto, a SK380SRLC short radius consegue
uma boa operabilidade, evitando manobras desnecessárias e,
assim, reduz os consumos.
Robustez e precisão
As nossas máquinas são todas produzidas de raiz no Japão
para o segmento da demolição. Isso faz uma grande diferença.
Sabemos que, em outras marcas isso não acontece de todo,
pois e há modificações ou adaptações realizadas localmente,
em outros países, para as máquinas operarem na demolição.
Revista Automotive Fevereiro 2024 41
PESADOS & MAQUINAS
Revista Automotive
nossa marca, sendo um tema levado muito a
sério por todos que trabalham na demolição e
operam as máquinas da Kobelco.
Novidades
Este ano de 2024 trará muitas novidades em
termos de máquinas para o segmento da demolição.
A começar pela gama de raio curto,
sendo que já em março apresentaremos ao
mercado europeu a nova geração das SK380SR-
LC-7 de 38 toneladas. Esta é a maior máquina
que temos na gama de raio curto.
máquina ou do operador, poderá provocar um acidente com
graves consequências.
Para evitar isso, as nossas máquinas têm uma grande precisão
e, ao mesmo tempo, proporcionam uma rápida e fácil
adaptação aos operadores desta tipologia de máquinas. As
máquinas da Kobelco contam com sensores que auxiliam as
manobras, permitindo alcançar elevado grau de segurança
nas operações de demolição. É um trabalho que exige rigor,
de controlo e precisão.
Os dados de performance das nossas máquinas são vistos pelos
nossos clientes como algo conservadores. Segundo eles,
as máquinas Kobelco são capazes de fazer mais do que anunciam,
mas preferimos continuar com essa filosofia conservadora.
Segurança é um valor-chave muito importante para a
No salão Intermat (Paris, França) a decorrer
em abril próximo, iremos apresentar uma
SK350DLC de 21 metros e uma SK400DLC de
25 metros, onde a produção de ambas acontece este ano com
um novo motor Isuzu. Haverão ganhos em termos de performance
e também no que toca à economia de combustível.
Para além destas duas máquinas, teremos ao longo do ano
mais novidades que nos irão impulsionar ainda mais a presença
da Kobelco neste segmento, com base em máquinas
ainda mais tecnológicas e continuamente adaptadas à complexidade
dos serviços dos nossos clientes.
Acompanhamento de proximidade
Na Kobelco a proximidade faz-se no terreno, pelo que desenvolvemos
visitas constantes aos clientes. Neste início de 2024
já estivemos reunidos com vários clientes em Portugal e esta
auscultação tem nos permitido recolher e partilhar informações
importantes. Podemos adaptar as máquinas ao serviço
específico do cliente, por exemplo em
termos das prioridades da parte hidráulica.
Isto é o tipo de trabalho que é
feito pelo concessionário em conjunto
com o cliente.
Adicionalmente aos clientes, estamos
também próximos dos nossos distribuidores.
O que ouvimos dos nossos distribuidores
é que as máquinas Kobelco do
segmento da demolição são tão robustas,
ao ponto de as vendas de peças de
substituição estarem constantemente
a diminuir, um dado que encaramos
como positivo pois espelha a qualidade
e a fiabilidade da nossa marca.
Claro que, pontualmente, há necessidade
de assistência técnica e, em
Portugal, dispomos de todo o suporte
técnico local que é feito em conjunto
com o nosso concessionário Peixoto
& Peixoto, que cobre todo o país. Em
Espanha, atualmente dispomos de 6
concessionários.
42 Fevereiro 2024 Revista Automotive
Revista Automotive
PESADOS & MAQUINAS
Para além das visitas regulares aos clientes, a proximidade
passa também pela utilização da telemática. Todas as máquinas
Kobelco podem ser monitorizadas de forma remota,
sendo assim possível verificar em tempo real diversos parâmetros,
tais como a localização, os consumos, entre muitos
outros. Isto permite-nos aconselhar melhor o cliente, com
base em dados específicos do seu trabalho.
Perspetivas para 2024
O pós-pandemia trouxe tempos de grande euforia na nossa
área, mas também anos de grande instabilidade de preços.
Creio que 2024 deverá trazer alguma uma estabilização nos
preços, bem como uma harmonização na procura.
Iremos estar presentes enquanto expositores no Salão Intermat,
em Paris, para apresentarmos a nova SK520XDLC que
será uma das grandes atrações do nosso stand, juntamente
com a máquina 350 com novo motor. Vamos ter também outras
novidades muito interessantes no segmento da demolição,
mas ainda não podemos revelar.
Muito recentemente, demos a conhecer alguns novos modelos
nos salões SAMOTER e SMOPYC, com produtos mais direcionados
para o segmento de movimentação de terras e agroflorestal
florestal, que com todo o gosto daremos a conhecer
aos leitores da Automotive nas próximas edições.
Continuaremos também a dinamizar as ações de formação
sempre que efetuarmos a venda de um equipamento da Kobelco.
Por exemplo, neste mês de fevereiro, entregámos uma
400 10E de demolição, e o nosso procedimento inclui uma
formação juntamente com a entrega máquina, além de todo
o suporte necessário à operação da mesma. A 400 é o nosso
produto estrela, que tem uma grande aceitação pela sua
transversalidade.
A Kobelco é uma marca com grande reputação internacional
e, ao longo da sua história, conquistou a confiança de muitos
clientes na área da demolição. Temos basicamente dois tipos
de clientes na demolição. O primeiro, são as grandes empresas
multinacionais, que trabalham em toda a Europa e inclusive
em Portugal. O segundo, são as empresas de dimensão
média e de abrangência nacional.
Contudo, e independentemente das suas dimensões, todas
estas empresas querem trabalhar com máquinas de demolição
com elevada qualidade e versatilidade técnica e a Kobelco
é a marca de referência mundial nestes dois critérios”,
destacaram.
Revista Automotive Fevereiro 2024 43
PESADOS & MAQUINAS
Revista Automotive
Ascendum – demolição numa visão
de economia circular
Texto: Eduardo Gaspar
Fotos: Automotive/Divulgação
Estivemos na sede da Ascendum em São João da Talha, a entrevistar
Pedro Gaspar, diretor comercial da Ascendum, e
Diogo Martins, gestor comercial da Ascendum, que nos explicam
a oferta transversal que a empresa tem no setor da
demolição.
“Para a Ascendum a demolição é vista numa perspetiva de
economia circular, com três grandes fases. O primeiro que é
a destruição da estrutura, o segundo é a reciclagem e o terceiro
o transporte. Enquanto Ascendum temos soluções para
cada uma destas fases, fechando assim um ciclo sustentável.
Fornecemos o ciclo completo da demolição, com soluções
premium.
A importância da reciclagem
As construções têm uma vida finita e mais cedo ou mais tarde
têm de ser reabilitadas. Muita dessa reabilitação passa pela
demolição seletiva, parcial ou até total. Em Portugal a indústria
da demolição já representa 5.000 toneladas/ano de RCD’s
- resíduos de construção e demolição.
Esses RCD’s provêm de infraestruturas
urbanas ou industriais.
No âmbito da reciclagem dispomos da
Metso, um dos maiores fabricantes de
soluções para britagem e crivagem. Na
Metso temos soluções móveis, semi-
-móveis e fixas. Se o RCD for tratado localmente
(para integração na construção),
nós dispomos de soluções móveis
sob rastos, que podem ser britadores,
impactores ou crivos. Permitem ao empreiteiro/construtor
tratar o RCD local-
44 Fevereiro 2024 Revista Automotive
Revista Automotive
PESADOS & MAQUINAS
mente na obra e aplicá-lo na nova construção. No caso do
RCD ser excedentário, pode selecionar o material no local, e
depois transportá-lo para outras obras.
Na gama Lokotrack da Metso, temos de soluções híbridas
e 100% elétricas. Dispomos de britadores de maxilas, britadores
impactores e britadores cónicos. Assim como de uma
gama completa de crivos primários e secundários.
As soluções semi-móveis e fixas da Metso são mais indicadas
para empresas que se dediquem à recolha, seleção, tratamento
e comercialização de RCD’s. Isto é aplicável para britadores
e crivos. As semi-móveis são estruturas onde a mobilização e
montagem é feita entre duas a três semanas. É indicado para
obras que durem vários meses, transportadas com camião.
Quanto às instalações fixas, estas são desenhadas à medida,
consoante o layout do espaço que o cliente vai operar, e da
tipologia de produtos que o cliente vai produzir.
A especialização na demolição
Para a demolição, dispomos da marca Volvo. As escavadoras
da Volvo para demolição dividem-se em dois grupos: straight
boom, com os modelos EC300E e EC380E; e as high-reach
com os modelos EC380EHR, a EC480EHE e a EC750EHR onde o
braço é ajustável dependendo do tipo de operação.
Segurança, produção e conforto são os três valores principais
da Volvo nas suas máquinas. As máquinas Volvo que
comercializamos na demolição foram feitas especificamente
para esse segmento, não são adaptações de máquinas de
movimentação de terras. O equipamento vem de fábrica, por
exemplo com o chassis todo reforçado para que aguente os
esforços e as tensões do trabalho de demolição.
Uma máquina criada de raiz para a demolição tem também
a segurança reforçada, algo que para a Volvo é fundamental.
Por exemplo, além da cabine ter proteções, é inclinável para
melhor visibilidade do operador. No caso de trabalhos perigosos,
há a possibilidade de operar alguns modelos através do
controlo remoto, tal como nas máquinas mineiras da Volvo.
Para facilitar o transporte, o contrapeso pode ser retirado,
o chassis inferior é retrátil e o braço também é retirado. Por
exemplo, uma “750” feita para trabalhar em pedreira, o seu
chassis é retrátil manualmente e para abri-lo leva-se algum
tempo. No caso da “750” para demolição, o chassis é retrátil
hidraulicamente, ou seja, assim que chega no local de demo-
Revista Automotive Fevereiro 2024 45
PESADOS & MAQUINAS
Revista Automotive
lição o operador faz a abertura rapidamente do chassis através
de um botão.
Modularidade e engenharia
As escavadoras Volvo para demolição são modulares, por
exemplo, na EC750EHR temos três braços disponíveis: 4mts,
26mts e 36mts. A mudança destes braços pode feita no local
e é uma operação célere e segura. A modularidade é uma das
vantagens, sendo que tecnicamente temos muitas evoluções
que nos distinguem no mercado. Por exemplo, sensores de
peso na lança e uma boa camara de filmar para que o operador
possa produzir em segurança
Outro exemplo de engenhosidade é a opção do dust supression
sistem, um sistema que pulverizam água aquando da
operação da máquina, para diminuir as poeiras geradas pela
demolição. Isto evita de ter um trabalhador adicional a pulverizar
manualmente água, ainda por cima muito exposto
aos riscos do trabalho de demolição. Este sistema da Volvo
permite um fluxo de até 30 litros por minuto, que pode ser
ligado de forma automática, assim que o implemento esteja a
funcionar (garra, martelo, etc.) ou caso detete um determinado
nível de poeiras no ar.
Os bons operadores de máquinas estão a escassear, e por isso
há que atrair uma nova geração para estes trabalhos que são,
46 Fevereiro 2024 Revista Automotive
Revista Automotive
PESADOS & MAQUINAS
ao contrário do que se pensa, de grande
precisão e tecnicidade. As máquinas
Volvo já incorporam um nível de tecnologia,
que auxilia os operadores menos
experientes, assegurando a segurança
e a produtividade.
Tecnologia para melhor controlo
O custo de uma máquina não pode ser
visto pelo preço de aquisição. Tudo
depende do que ela consiga produzir.
Há que ter em conta o custo total de
operação, ou em inglês TCO- total cost
of ownership.
O preço de aquisição pode determinar cerca de 15% do custo
total de uma máquina ao longo da sua vida útil. O resto
dos custos necessitam de um acompanhamento mais atentos,
versos a produtividade que geram. Há a preocupação
cada vez mais em monitorizar e avaliar a produtividade na
demolição.
Algo que é standard nas máquinas Volvo é a telemática. Com
a telemática, conseguimos aumentar o tempo de operação
das máquinas, porque fazemos um trabalho mais próximo
no que diz respeito à manutenção da mesma, bem como ao
aconselhamento de melhorias na sua performance/utilização.
Nesse âmbito, na Ascendum criamos o UPTIME Center,
que pela sua abrangência e dimensão, vale a pena abordarmos
em edições seguintes da Automotive em mais detalhe.
Complemento de gama
Para as demolições urbanas, temos soluções compactas. A
gama de escavadoras compactas da Volvo vai das 1,5 toneladas
às 9 toneladas. A gama elétrica de escavadoras que recentemente
lançámos, também pode ser utilizada para serviços
de demolição, principalmente os internos em espaços
fechados.
Naturalmente que a demolição é um
trabalho ruidoso e a quase ausência de
ruido que as máquinas elétricas têm
não faz muita diferença na demolição
em espaços fechados. Mas as máquinas
elétricas têm como mais-valia a ausência
de emissões de gases de escape, e a
possibilidade de utilizar a energia elétrica
da obra.
Suporte técnico
Temos uma equipa técnica bastante formada. Sempre que
é feita a entrega de uma máquina, esta é acompanhada pelos
nossos técnicos e é feita uma formação ao operador. Por
outro lado, e sempre que se justifique, estamos capacitados
para dar formação no local da operação, podendo aconselhar
por exemplo, por onde começar o trabalho, sempre numa
ótica de segurança e produtividade. Além disso temos a formação
eco-operator, que disponibilizamos aos clientes, e que
permite uma utilização mais eficiente das máquinas com vista
a diminuir consumos.
A nossa rede de suporte pós-venda está capacitada para dar
respostas nos elevados standards que os nossos clientes estão
habituados. Enquanto Ascendum, orgulhamo-nos de ser
uma empresa que representa quatro grandes marcas premium:
Volvo Construction, Ponsse, Sennebogen e a Metso.
Não queremos ter 20 marcas e assim dispersarmos o foco.
Nisso preferimos ser conservadores.
Do que temos, percebemos bastante e prestamos um serviço
premium, equivalente às máquinas e equipamentos que
comercializamos” finalizam Pedro Gaspar e Diogo Martins, na
foto acima, juntamente com Rute Martins, diretora de comunicação
e marketing da Ascendum.
Quanto ao transporte, a terceira fase
da demolição, dispomos das pá-carregadoras
(a começar nas 3 toneladas
e até às 50 toneladas) e dos dumpers
articulados, que permitem a carga e
transporte dos RCD’s.
Revista Automotive Fevereiro 2024 47
PESADOS & MAQUINAS
Revista Automotive
Komatsu disponibiliza a mudança na
demolição com a Cimertex
Texto: Eduardo Gaspar Fotos: Automotive/Divulgação
A Cimertex é a empresa responsável pela Komatsu em Portugal,
e entrevistamos Francisco Oliveira, Adjunto da Administração
(foto abaixo), Paulo Lima, Diretor Comercial e Sergio
Carvalho da Direção de Logística e Compras/Consultoria Produto,
que nos descrevem o expertise da Komatsu no âmbito
da demolição.
“Toda a gama de escavadoras da Komatsu, desde a PC210 até
à PC490 têm uma versão específica de demolição. Estas máquinas
vêm de fábrica preparadas para a demolição, não são
adaptações locais.
As escavadoras de demolição da Komatsu vêm equipadas
com: duas linhas hidráulicas à frente, para os implementos
como é o caso da pinça (entre outros); proteção frontal e superior
na cabine (OPG-operator protection guard); no chassis
superior e inferior têm várias proteções.
Nas escavadoras convencionais há aberturas para facilitar a
manutenção e/ou inspeção de certos componentes, mas no
caso das escavadoras de demolição estão protegidas com
chapas aparafusadas e as mangueiras estão protegidas. Na
demolição, os pedaços do aço de construção danificam mangueiras
e entram na máquina um pouco por todo o lado, e se
ela não estiver protegida, danifica vários componentes.
A configuração de demolição vai para além destas proteções.
Uma máquina com alcance de 20 metros necessita de
uma sensibilidade no sistema hidráulico, que uma máquina
que tem um alcance de 7 metros não necessita. Quanto mais
48 Fevereiro 2024 Revista Automotive
Revista Automotive
PESADOS & MAQUINAS
distante é a operação, mais preciso tem de ser o trabalho
da máquina.
Assim, as máquinas com a configuração de demolição têm
umas válvulas que restringem o caudal, o que permite ao
operador controlar o braço de demolição com elevada precisão,
porque os comandos (joystick) são mais sensíveis. Para
o operador é mais confortável trabalhar com uma máquina
que lhe dá a confiança de fazer um serviço preciso e, principalmente,
seguro. Além disso, tanto o software de controlo
da máquina como a eletrónica estão muito mais preparados
para o trabalho em demolição.
A cabine é pivotante, com inclinação. Sempre que se trabalha
acima dos 20 metros é mais confortável e permite mais visibilidade
ao operador a cabine estar inclinada. Até em termos
ergonómicos, protege muito mais a saúde do operador, principalmente
a cervical. Assim ele continua a olhar pelo para-
-brisas e não pelo tejadilho da cabine.
A gama da Komastu específica para demolição é dividida
entre as escavadoras high-reach e as mono/straight boom.
Nas high-reach (longo alcance) temos
as escavadoras PC390HRD-11, que e a
PC490HRD-11. No âmbito das mono/
straight boom, dispomos de cinco modelos,
que vão desde a PC210LC-11,
até à PC490LC-11, indo das 23 às 48
toneladas.
Isto permite reduzir o número de máquinas
em obra, diminuindo consequentemente
os custos associados, quer ao transporte quer
à operação em si. Nos casos onde o cliente irá depois operar
mais horas em escavação, é possível retirar o contrapeso
da máquina e ela operar com uma máquina mais manobrável
e menos pesada, tendo uma economia adicional de
combustível
Sistema inovador K100
Nas escavadoras PC490HRD-11, o nosso
engate rápido K100 permite libertar
o operador de apertar tubos, entre outras
tarefas morosas. Agora é possível
mudar entre o braço de escavação e
o braço de demolição, de forma totalmente
autónoma, onde todos os tubos
e linhas hidráulicas estão incorporadas
no engate rápido. O “100” significa que
o engate é feito em até 100 segundos.
Temos disponível o kit completo de
high demolition, com extensões aos
braços, quer seja de demolição, quer
de escavação.
Com este Kit o cliente tem uma versatilidade
muito grande da sua máquina
Komatsu. Por exemplo, o cliente que
está a demolir depois irá ter de carregar
o material de demolição para
ser retirado do local. Com uma única
máquina consegue ter a valência de
demolição e de escavação, através de
uma troca rápida de braços.
Revista Automotive Fevereiro 2024 49
PESADOS & MAQUINAS
Revista Automotive
Na segurança, por exemplo, as máquinas Komatsu estão equipadas
com o chamado Komvision que são 4 camaras de filmar
conectadas que dão ao operador uma visão de tudo o que se
passa à volta da máquina. As Komatsu têm outros sistemas
de segurança, que podemos abordar em outra oportunidade,
dada a quantidade de sistemas existentes. Uma coisa é certa:
a segurança permite uma maior confiança do operador em
trabalhar, e essa confiança resulta numa maior produtividade.
Suporte ao cliente
Temos todo o suporte ao cliente no sentido de aconselhar o
melhor equipamento para demolição, quer seja em termos
de máquinas Komatsu, quer seja em implementos e acessórios
da marca RAMMER. Conseguimos assim uma solução
integrada.
Na entrega das máquinas Komatsu aos clientes, providenciamos
formação aos operadores. Estas formações são altamente
especializadas, podendo ter a duração de meio-dia, até
dois dias, dependendo de vários fatores.
Telemática
A telemática já existe desde 2006 na Komatsu, sendo denominado
Komtrax que é um sistema transversal a todas as
máquinas Komatsu. Quanto mais funções tiver a máquina,
mais informações conseguimos obter da mesma. Com estes
parâmetros podemos elaborar, por exemplo, relatórios dos
operadores ou da eficiência da máquina, entre muitos outros.
A informação é transmitida para um servidor da Komatsu no
japão. Entre a meia-noite e as 6h da manhã todas as máquinas
Komatsu comunicam os dados do dia anterior com o servidor.
A Cimertex depois tem acesso aos dados das máquinas que
comercializamos, e por sua vez o cliente tem acesso aos dados
da sua frota.
50 Fevereiro 2024 Revista Automotive
Revista Automotive
PESADOS & MAQUINAS
O Komtrax tem permitido um desenvolvimento dos produtos
mais céleres, tendo em conta que sabemos em maior detalhe
quais os pontos a melhorar das máquinas, de forma a acompanhar
a evolução dos serviços dos clientes.
Em termos comerciais e de pós-venda, em Portugal continental
e Ilhas temos dois agentes que se dedicam a toda a gama
Komatsu. Um desses agentes faz o distrito de Braga e Viana
do Castelo. O outro é responsável pelos Açores.
Depois todo o resto do território nacional, incluindo a Madeira,
somos nós Cimertex diretamente a trabalhar. Pontualmente
e em determinadas regiões do país trabalhamos com
alguns concessionários que trabalham o cliente de proximidade,
em máquinas mais leves, por exemplo na gama das miniescavadoras.
públicas é obrigatório o uso deste tipo de tecnologias por
parte do empreiteiro.
Perspetivas
Neste ano, notamos algum receio por via dos acontecimentos
internacionais e a nível interno por via da execução dos projetos
apoiados ainda estarem atrasados. Mas no contato próximo
com os clientes, notamos que eles têm a capacidade toda
tomada até ao final do ano. Isto no segmento da construção.
Há um certo receio por ser início do ano, mas o facto é que os
clientes estão com uma forte carteira de encomendas e isso
é bastante positivo. Acreditamos que seja um ano tal como o
ano passado, em crescimento ” finalizaram.
Novidades e previsões de
lançamento
As novidades da Komatsu estão
previstas serem lançadas na Intermat.
Acreditamos que irá ser
sobretudo o consolidar de tecnologias
que para nós não são
novas, mas para o mercado ainda
são recentes. São sobretudo
máquinas com um grau de automatismo
maior, e este será o
foco da Komatsu neste ano, no
serviço Smart Construction.
No serviço Smart Construction
da Komatsu, no caso de uma
obra, as máquinas comunicam
entre si e depois enviam para
um servidor todo o trabalho
que foi executado.
Desde o levantamento topográfico
até ao desenvolvimento de
toda a frente de obra, essa informação
vai ser mostrada nessa
consola, passando para um
outro nível a gestão da obra. No
Japão, por exemplo, no caderno
de encargos de todas as obras
Revista Automotive Fevereiro 2024 51
Desempenho de
Condução Superior e
Durabilidade Acrescida
Vida útil alargada e desempenho ideal devido a maior nível
do material e constante lubrificação.
• Instalação mais fácil e mais rápida
• Ciclo de vida mais longo e sem falhas
• Materiais resistentes à abrasão e oxidação
9 Sistemas de Qualidade
A Sampa tem orgulho em integrar 9 sistemas de qualidade
garantindo a metodologia de melhor produção, sempre
fornecendo os melhores produtos ao mercado.
O conhecimento específico da Sampa é internacionalmente
acreditado, incluindo a Certificação Ford Q1 que demonstra
um conhecimento técnico de manufatura mais profundo
para além do reconhecimento do padrão ISO/TS, incluindo os
requisitos de qualidade Ford 5
• sistemas técnicos capazes
• melhoria contínua
• desempenho contínuo
• processos de manufatura superior
• satisfação do cliente.
• A Sampa tem implementado os requisitos do Sistema de
Gerenciamento de Qualidade Automotivo IATF 16949, com base
em ISO 9001
Sistema de Gerenciamento de Qualidade, durante muitos anos.
• A Sampa também implementa processos incluindo APQP,
PPAP, FMEA, SPC e MSA, e G8D, que ajudam na resolução de
problemas e eliminação de causas principais
• Sistema de Gerenciamento de Qualidade Automotivo IATF 16949
• Sistema de Gerenciamento de Qualidade ISO 9001
• Sistema de Gerenciamento de Segurança da Informação ISO
27001
• Sistema de Gerenciamento de Satisfação do Cliente ISO 10002
• Sistema de Gerenciamento de Saúde e Segurança Ocupacional
ISO 45001
• Sistema de Gerenciamento Ambiental ISO 14001
• Sistemas de Gerenciamento de Segurança para a Cadeia de
Suprimento ISO 28001
PINO MESTRE
E KITS DE REPARAÇÃO
SAMPA IBÉRICA S.L.
Calle Margarita Nelken, 16 DC2
Polígono Industrial El Triángulo
San Fernando de Henares 28830 Madrid | Espanha
Contato: +34 669 727 600
www.sampa.com/pt
sampa.com /
SampaAutomotive
PESADOS & MAQUINAS
Revista Automotive
Cepcar – um dia para desfrutar o
mundo das máquinas
Texto: Eduardo Gaspar
Fotos: Automotive/Divulgação
Na sua primeira edição, o Open Day realizado pela Cepcar
revestiu-se de pleno sucesso. Dinamizado nas amplas instalações
da própria empresa, localizada em Redondas, Turquel,
o evento decorreu no passado dia 3 de fevereiro, com muitas
atividades e partilha de informações, proporcionando aos
mais de 700 participantes a oportunidade de conhecer, tocar
e de manusear máquinas e marcas de equipamentos representadas
pela Cepcar em Portugal.
Luciana Marques (diretora financeira) e Ricardo Damião
(gerente da Cepcar) foram os anfitriões do evento e receberam
com a habitual simpatia os convidados, entre os quais a
Revista Automotive. O Open Day da Cepcar também serviu de
palco para que diversos parceiros de negócio da empresa divulgassem
os seus produtos e serviços associados às máquinas
de construção que a empresa representa e comercializa
no nosso país.
Neste âmbito, estiveram presentes as entidades financeiras
Bankinter, BNP Paribas, Montepio e Millenium., bem como
a empresa de transpores especiais FHM; a Pneus do Alcaide
com os pneus para máquinas industriais, e a SOSI uma dis-
54 Fevereiro 2024 Revista Automotive
Revista Automotive
PESADOS & MAQUINAS
Um passo à frente
Em termos de novidade, apresentámos
os empilhadores UN e um novo projeto
denominado Cepcar Agro com base
nos tratores da Hattat, uma marca de
tratores turca que, no passado, produziu
tratores para a própria Massey Ferguson.
Desde que foi criada, a Cepcar
orgulha-se de estar um passo à frente
no mercado das máquinas, ao implementar
novos equipamentos e novas
máquinas, com o objetivo de disponibilizar
as melhores soluções para os
nossos clientes.
tribuidora de combustíveis e lubrificantes. Com respeito aos
equipamentos de construção, marcaram presença as marcas
alemãs WackerNeuson e Amann, bem como a Hidromek que
é a estrela da companhia e, ainda os empilhadores UN e os
tratores Hattat.
Em entrevista à Automotive, Luciana Marques e Ricardo Damião
salientaram que “o evento superou as nossas expectativas,
quer em número de participantes, quer em termos de
adesão dos nossos parceiros comerciais. Neste primeiro Open
Day, também destacámos os implementos que comercializamos
sob a marca CEPCAR, tais como: engates rápidos, baldes,
garfos, entre outros, já disponíveis no mercado nacional.
Esta nossa iniciativa foi, sem dúvida,
uma demonstração de positivismo da
nossa empresa e um momento para reunirmos, num espaço
único, os nossos clientes e parceiros de negócio, proporcionando
um contacto mais próximo destes profissionais com as
máquinas e equipamentos que representamos. Acreditamos
que este evento ocorreu na altura certa, tendo em conta que
os clientes têm alguma disponibilidade para este tipo de interação.
O resultado disso está à vista, pois tivemos um evento
bastante preenchido com mais de 700 participantes.
Marcámos, pela positiva, o arranque do ano, e muito nos orgulhou
o facto de termos a presença dos responsáveis internacionais
das diferentes marcas que representamos, vindo
desde Espanha, Itália, Alemanha, Turquia e, também, da China
e dos Estados Unidos da América. A nível nacional, tivemos
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PESADOS & MAQUINAS
Revista Automotive
a presença dos nossos distribuidores, que nos têm acompanhado
neste crescimento da CEPCAR.
No Open Day criámos uma área de demonstrações, onde foi
possível ter um primeiro contacto com alguns dos nossos
equipamentos, onde muitos testaram a sua destreza nas máquinas,
através de um conjunto de jogos que implementámos
para este efeito. É a primeira vez que estamos a realizar este
tipo de evento, e queremos que se torne uma tradição no arranque
de cada ano, através da Cepcar. Com esta ação, também
demos a conhecer os nossos serviços de pós-venda e de
venda de máquinas usadas.
Mudar o paradigma
Temos notado que os salões da especialidade estão a perder
a sua importância, sendo que os investimentos que os expositores
realizam na aquisição do espaço, mobiliário, decoração,
recursos humanos, deslocações e estadias, têm sido cada vez
maiores e com resultados muitas vezes difíceis de se mensurar.
Há aqui uma discrepância entre o investimento/retorno,
que nos faz repensar a presença nas futuras feiras e salões
nacionais da especialidade.
Contudo, e invés de criticarmos, preferimos fazer parte da
solução. Por isso idealizámos e dinamizámos o Open Day da
Cepcar. É uma iniciativa que requer muito trabalho, mas compensa
pelo contacto direto que temos com os clientes, e com
o nível de atenção que lhes conseguimos proporcionar, para
além de ser possível a experimentação de alguns dos nossos
equipamentos e partilha de informações, diretamente com os
responsáveis internacionais das marcas que representamos.
Estamos satisfeitos com o resultado alcançado e esperamos
poder renovar esta iniciativa, com mais novidades, em 2025”,
finalizaram.
56 Fevereiro 2024 Revista Automotive
Revista Automotive
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Husqvarna com robótica evoluída na
demolição
Texto: Eduardo Gaspar
Fotos: Automotive/Divulgação
A Husqvarna Construction, além de uma grande variedade de
equipamentos e ferramentas, tem uma gama de robots para
os trabalhos de demolição. Fomos à sede da empresa em
Portugal, e entrevistamos Nuno Jorge Oliveira, responsável
técnico e comercial da Husqvarna Construction em Portugal.
O responsável conta-nos que “a Husqvarna começou com o
projeto de robótica há cerca de 15 anos e foi um projeto de
raiz. Não foi uma máquina copiada. Naquela altura era muita
tecnologia inovadora e ao longo do tempo foi-se evoluindo.
Agora já estamos na 5ª geração das máquinas.
Houve grandes melhorias ao longo dos anos, principalmente
ao nível da eletrónica, tendo menos problemas com a vibração,
com as poeiras e a humidade. Minimizamos o erro das
peças eletrónicas, porque com as vibrações a parte eletrónica
era a que mais fragilidades demonstrava. Felizmente já
estamos muito evoluídos nesse campo, até porque agora é
rápido descobrirmos uma eventual falha porque as máquinas
têm muitos sensores e avisam logo quando algo está
menos bem.
A nossa gama de robots é composta por cinco modelos DXR:
95, 145, 275, 305 e 315. O mais recente é o DXR 95 que foi
lançado o ano passado. Todas as máquinas são 100% elétricas,
operadas através de alimentação direta na corrente (através
de cabo). Basta ligar a máquina ao quadro da obra, o que
tem vindo a poupar bastantes custos em termos de combustível
aos nossos clientes.
Diferente de uma miniescavadora que foi desenhada para escavar,
os nossos robots foram desenhados e projetados para
partir. As máquinas na demolição têm de ser robustas, mas ao
mesmo tempo flexíveis. É um equilíbrio. Se forem demasiado
duras, elas partem.
Os robots da Husqvarna têm movimentação no braço em 5
pontos diferentes, conferindo uma grande flexibilidade no
Gama alargada de robots
Revista Automotive Fevereiro 2024 57
PESADOS & MAQUINAS
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trabalho que ela pode realizar. Pode inclusive servir como
escavadora, por exemplo, para recolher o material demolido.
O facto de ser uma máquina 100% elétrica tem vantagens
face a uma máquina a combustão no aspeto da força, potência,
baixo peso e zero emissões de gases de escape. Para se
ter uma ideia, o nosso modelo DXR 145 só pesa 975 kg, mais o
martelo pneumático que são 150 kg. Para a mesma potência
dessa máquina, é preciso ter uma miniescavadora de entre 4
e 5 toneladas. A diferença é grande em termos de peso e de
volume. Uma máquina de 5 toneladas não passa numa porta
e dificilmente pode estar em cima de uma laje.
Mobilidade acrescida
Utilizando o exemplo do robot DXR 145, como pesa cerca de
1.100kg conseguimos pô-lo num furgão ou num reboque de
1500 kg sem necessitar de transporte especial. Não é necessário
ter um camião, um motorista para o camião e os custos
daí inerentes.
Os nossos robots conseguem uma largura de 78cm, passando
por uma porta de 80cm. Pelo braço ter 5 pontos de apoio,
ele ajuda o nosso robot a subir escadas, por exemplo. Outra
vantagem é a potência, que face a uma miniescavadora, os
nossos robots são mais rápidos a realizar o trabalho, por via
de uma maior potência.
Outra mais-valia é que o operador trabalha com um maior
campo de visão, podendo inclusive afastar-se quando sente
que a sua segurança está em risco. O alcance do nosso controlo
remoto é até 50 metros de distância. Tivemos, por exemplo,
um operador que estava no segundo andar e a máquina
estava no rés do chão, e com isto ele tinha uma melhor visão
do trabalho que tinha de realizar. O facto de o operador
poder estar em qualquer lugar, aumenta a produtividade da
demolição. Já existe uma nova geração de gestores, que olha
para a demolição com uma visão mais analítica e compara todos
os parâmetros de custos e produtividade.
Operacionalidade
A operação dos robots da Husqvarna é simples para o operador,
os comandos funcionam tal e qual os joysticks de uma
escavadora. Para abranger o maior número de operadores, os
nossos comandos funcionam ao estilo europeu, americano
ou japonês. Se um operador está habituado a um determinado
modo de funcionamento, é só escolher no menu que
depois vai conseguir operar bem o nosso robot. Quando um
operador não se entende com uma máquina, essa máquina
vai se estragar facilmente.
Os nossos robots também podem servir como uma central
hidráulica, para alimentar outros equipamentos. É possível
configurar o robot para ser uma central hidráulica e controlar
o caudal para ter o débito ajustado a uma ferramenta externa.
Temos por exemplo, algumas ferramentas da Husqvarna
cujos parâmetros já estão pré-definidos nos nossos robots.
Também é possível trabalhar com ferramentas de outras marcas,
bastando para tal configurar os parâmetros.
Nós damos formação aos clientes que adquirem um robot e
essa formação é feita antes do trabalho. Deixamos de dar formação
em obra, porque aí o operador quer é “despachar” o
trabalho e perde informação importante sobre a utilização do
robot. A formação é essencial para se tirar o máximo dos robots
da Husqvarna e também para se aprender a manutenção
correta. Nestas máquinas o cuidado na manutenção é fundamental
para que se mantenham operacionais.
Temos suporte técnico pós-venda a todo o país, quer através
da nossa equipa técnico-comercial, quer através do nosso
centro de assistência técnica em Braga. Ao longo destes 15
anos surgiram várias marcas com robots, mas depois desistiram
porque este é um mercado complexo. Enquanto Husqvarna
estamos cada vez mais evoluídos enquanto empresa
e sempre a aprimorar os nossos robots, para que os clientes
tenham mais qualidade no seu trabalho” conclui Nuno Jorge
Oliveira.
58 Fevereiro 2024 Revista Automotive
Especialistas
em demolição
SK350DLC / SK400DLC / SK550DLC
SK350DLC
SK400DLC
SK550DLC
PESO
OPERACIONAL:
45 000 - 137 000 KG
POTÊNCIA DO
MOTOR:
210 - 300 KW
ALTURA MÁXIMA
DE TRABALHO:
21 - 40 M
LARGURA DAS
LAGARTAS QUANDO
RETRAÍDAS: 2 980 MM
GARANTIA
DE 3 ANOS
OU 3.000 HORAS
Cabina de especifica de demolição
com função basculante
KOBELCO CONSTRUCTION MACHINERY EUROPE B.V.
www.kobelco-europe.com