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Jornal Folha Sertaneja Nº 231 - Edição On-line

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A10

Edição 231 • Março 2024

31 de Março de 2024

8 de março – Dia Internacional da Mulher

– A origem dessa comemoração –

O dia 8 de março nasceu

por um fato triste: a morte

de mais de 100 mulheres

de uma fábrica têxtil

em Nova Iorque que, ao

reivindicarem a redução

de sua carga de trabalho

de 16 horas para 10 horas

de trabalho diário, ficaram

presas na fábrica que estava

em chamas e ali morreram

carbonizadas. Era 8 de

março de 1857.

A data, ao longo dos anos,

transformou-se numa oportunidade

para homenagear a

mulher, pela beleza, a ternura,

a meiguice, a força, a inteligência,

o afeto, o carinho, a capacidade

de fazer tudo e ainda

o sorriso que quebra qualquer

situação desagradável. A mulher

tem, sim, esse poder que

as vezes nem ela acha que tem.

Quer saber qual a força

de uma mulher? Mexa com

suas crias. Ela vira uma leoa

em sua defesa.

Nas profissões, antes tidas

com exclusivas dos homens,

elas dominam e dão

aulas pros marmanjos...

Por todos esses predicados,

a mulher tem sido, ao

longo da vida, dos séculos,

dos milênios, a musa inspiradora

dos poetas e prosadores.

Deus que tudo sabe e tudo

vê, escolheu a mulher, simples,

humilde, anônima, do

meio do povo simples, para

ser a mãe do Salvador do

mundo...

Criou-se um dia, no

mundo, para que seja

exaltada, homenageada,

apenas para que todos

possamos lhe dizer, nesse

Dia Internacional da Mulher,

que dela, da mulher,

são todos os dias, onde

ela, reina, ama, se enternece,

chora, ri e afaga

com o seu ser tão especial,

aqueles que rodeiam

o seu trono...

Homenagens do Jornal Folha Sertaneja

Em suas edições do mês

de março de cada ano o

Jornal Folha Sertaneja destaca

espaço bem especial

para homenagear a todas

as mulheres.

Este ano novamente levamos

o nosso abraço a todas

aquelas que Deus criou para

ser a companheira, adjutora

do homem ao longo da história

da humanidade.

E nesses milênios muitas

mulheres se destacaram

por sua meiguice, por seu

carisma, por sua garra, por

às mulheres pauloafonsinas

sua coragem por atitudes

que as trouxeram do anonimato

para o destaque no

seu tempo.

Também nos dias atuais,

embora milhões de mulheres

permaneçam anônimas

e, nem por isso, são

menos importantes, outras

têm sido referências pela

sua atuação nas mais variadas

atividades. Em Paulo

Afonso, em todas as atividades

as mulheres têm

feito grande diferença. São

jornalistas e assessora de

comunicação de grandes

empresas e instituições,

diretoras, coordenadoras,

professoras de grandes escolas,

colégios, universidades.

Estão nos hospitais e

na segurança pública, são

advogadas, juízas, promotoras

públicas, diretoras de

instituições públicas e particulares,

empresárias renomadas,

militares de todas as

forças, estudantes. São vereadoras,

secretárias municipais

e são mães, esposas,

mulheres do lar.

A todas elas, o nosso carinho,

o afeto e o aplauso.

E nesta edição, em um caderno

bem especial, resolvemos

destacar mulheres em

alguns segmentos da sociedade

– da educação nos seus

primórdios, do parlamento

e da ALPA - e, ao destaca-

-las queremos estender essa

homenagem do Jornal Folha

Sertaneja nos seus 20 anos

de vida, a todas a mulheres

de Paulo Afonso, repetindo

o que sempre dissemos:

Embora às mulheres se dedique

um dia especial – 8 de

março – Dia Internacional

da Mulher – da mulher são

todos os dias!

Parabéns!

Por Antônio Galdino

Mulheres Pioneiras na Educação em Paulo Afonso

“E há que se cuidar do broto. Pra que a vida nos dê flor e fruto”

Nesse mês de Março/

Mulher, em que tem-se feito

homenagens merecidas a

todas as mulheres, desejamos

abraçar nesse momento

àquelas mulheres dedicadas

à educação, diretoras de

escolas iniciais, de ensino

fundamental e médio, assim

como todas as demais envolvidas

no delicado processo

de ensino e aprendizagem,

professoras, coordenadoras

e outras profissionais que

atuam nesta área.

E gostaria também de fazer

uma viagem aos primeiros

tempos de Forquilha e

da Vila Poty para destacar,

também nessa homenagem,

aquelas profissionais

da educação dos primeiros

anos de Forquilha e Vila

Poty, que viveram em tempo

de grande dificuldade nessa

região, no meio da caatinga,

quase isoladas do mundo.

E trazer à memória algumas

daquelas que foram

pioneiras nessa nobilíssima

missão de educar, “cuidar do

broto”, nos difíceis primeiros

anos de Forquilha, Vila

Poty, Chesf e Paulo Afonso.

Homenageando-as queremos

estender esse nosso afeto a

todas as professoras, coordenadoras,

secretárias, a todas

as mulheres que deram a sua

contribuição importante no

início do processo de educação

das crianças que chegavam

e iam nascendo nessas

terras sertanejas.

No caso da Chesf, criada

como empresa federal, precisava

cumprir o que determinava

a Constituição Federal

de 1946 que dizia que as empresas

tinham que oferecer

o ensino gratuito aos filhos

dos seus empregados. E a

Chesf destinou recursos para

construir a Escola Adozindo

Magalhães de Oliveira. Ao

seu lado, construiu também a

Escola do Senai, para treinar

mão de obra de que ela precisava.

E fez também um alojamento

para as professoras.

Logo, a Chesf viu que a

quantidade de meninos e meninas

que precisavam de escola

era enorme e construiu

mais duas escolas: a Alves de

Souza e a Murilo Braga (hoje

Colégio Carlina). E, ainda

nesse começo da história, já

se pensava em como atender

a estas crianças quando elas

terminassem o ensino primário

(1ª a 4ª série) e, sem orçamento

para isso, lutou-se

muito para se construir o Ginásio

Paulo Afonso. À frente

dessa luta, o chesfiano, chefe

do serviço de Transporte da

Chesf, Enoch Pimentel Tourinho

(de quem falaremos em

outro texto, nesse espaço de

Personagens em Destaque).

Maria Amélia

Nas Escolas Reunidas da

Chesf despontaram as presenças

das educadoras. E foram

muitas. D. Maria Amélia

(chamada de D. Amelinha),

sua irmã, Matilde e dezenas

de outras tinham por base

a Escola Adozindo. Na Escola

Alves de Souza, dentre

muitas, D. Amanda Jatobá.

Na Escola Murilo Braga, a

professora Lindinalva Cabral

dos Santos, que foi a

minha primeira professora e

a primeira professora, a gente

também nunca esquece...

Lindinalva, Amanda e Maria

Amélia foram minhas professoras

no curso primário.

Professora Etelinda

Outro nome marcante para

grande número de estudantes

daqueles tempos foi a Professora

Etelinda Viana Martins,

ao mesmo tempo rigorosa e

meiga, cobradora de resultados

e uma manteiga derretida

quando um dos seus alunos

do Curso de Admissão ao Ginásio

não se saía muito bem...

Estive muitas vezes com

ela em seus últimos anos de

vida que chegaram aos 96,

de ternura e encantamento.

Fora da área privilegiada

da Chesf, milhares de crianças

não tinham escola. Isso

mexeu com os sentimentos

de Gilberto Gomes de Oliveira

(da Igreja de Cristo

Pentecostal no Brasil) e João

Cartonilho (da Primeira Igreja

Batista de Paulo Afonso).

Juntos, com o forte apoio a

Igreja Batista, eles resolveram

criar a Escola Evangélica

Antônio Balbino (nome

do governador da Bahia, na

época). Esta EEAB foi fundada

em 13 de abril de 1955.

Vilma Eugênia

E aí, novo destaque de

mulheres educadoras. D.

Vilma Eugênia de Oliveira,

esposa de Gilberto Oliveira,

recusou um emprego na

Chesf, sonho de todos, para

se dedicar integralmente a

esta escola filantrópica, que

sobrevivia de apoio de alguns

comerciantes e da doação

de R$2.500 cruzeiros

pela Chesf, autorizada pelo

presidente Antônio José Alves

de Souza.

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