Jornal Folha Sertaneja Nº 231 - Edição On-line
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O JORNAL DA REGIÃO DO SÃO FRANCISCO
Criado em 18/02/2004 • Fundador: Antônio Galdino
Edição 231 de Março de 2024 • 31 de Março de 2024
Até aqui nos ajudou o Senhor.
(I Sm 7:12)
Paulo Afonso terá novo hospital
para substituir o HNAS
“Este é um momento histórico, porque
estamos cuidando do bem mais
preciso que é a saúde pública. Esse
acordo era algo inimaginável e hoje
estamos aqui com diversos representantes
com um único objetivo. Parabenizo
ao Juiz Paulo Pirôpo pela sua
proatividade”. Essas foram as palavras
proferidas pela Desembargadora Federal
e Coordenadora do Sistema de
Conciliação do Tribunal Regional Federal
da 1ª Região, Maria do Carmo,
durante Audiência de Conciliação
sobre a gestão do Hospital Nair Alves
de Souza (HNAS), realizada na manhã
da sexta-feira 22 de março de 2024.
Após as colocações pelos entes envolvidos,
ficou estabelecido no acordo
que haverá a construção de um novo
hospital pelo Governo do Estado, substituindo
o HNAS, onde a gestão passará
a ser da Ebserh na nova unidade.
Página 3
Chesf - 76 anos de luz
Neste 15 de março de 2024 a Chesf
– Companhia Hidro Elétrica do São
Francisco – completa 76 anos de
vida intensa de uma história que, em
meados do século passado mudou a
história do Nordeste.
15 de março de 1948 foi a data em que
o presidente General Eurico Gaspar Dutra
instalou a primeira diretoria desta
empresa hidrelétrica, no Rio de Janeiro.
Mas, a Chesf nasceu anos antes.
Primeiro, no sonho do Engenheiro
Agrônomo Apolônio Jorge de Farias
Sales, Ministro da Agricultura do
Governo do Presidente Getúlio Dorneles
Vargas. E esse sonho de Apolônio
Sales, nordestino de Altinho,
no agreste de Pernambuco, tomou
forma nos Decretos-Leis Nº 8.031
e 8.032 levados por ele para serem
assinados pelo presidente Getúlio
Vargas no dia 3 de outubro de 1945,
dia de Santa Terezinha, de quem era
Apolônio devoto, criando a Companhia
Hidro Elétrica do São Francisco
– Chesf. Os Decretos-Leis foram assinados
pelo presidente Getúlio naquela
data, 3/10/1945 e faziam nascer
ali esta grande empresa.
Páginas 4 e 5
Requalificação do Campo de Futebol
da Prainha é entregue à comunidade
Muito aguardada pela comunidade,
a requalificação do Campo
de Futebol da Prainha foi
entregue no sábado, 2 de março.
O momento simboliza mais
avanço, valorização e a garantia
do conforto e qualidade para os
praticantes do esporte.
O espaço vai atender, especialmente,
os projetos sociais
contemplando 90 crianças dos
bairros Prainha e Clériston Andrade.
A entrega contou com a
presença do prefeito em exercício,
Marcondes Francisco, secretários,
vereadores, esportistas, servidores e
moradores do bairro.
“Estamos atendendo aos pedidos de
todos aqueles que amam e gostam
do esporte. O esporte é um meio
muito importante para as crianças
e jovens, por isso continuaremos investindo
nesta área”, diz Marcondes.
Marcondes falou ainda do apoio do
Deputado Federal Mário Junior, que
destinou R$ 1 milhão para a reforma
dos babas da cidade.
Página 7
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A2
Edição 231 • Março 2024
31 de Março de 2024
EDITORIAL
Caminhando, na direção do futuro!
De repente, um breve
olhar para trás e lá se foram
20 anos de estradas.
E como em toda longa caminhada
– e para a comunicação,
nos tempos atuais em
que a cada hora se tem uma
novidade, avanços da ciência
– sempre se vai encontrar
os terrenos mais variados.
Os primeiros passos,
inseguros naturalmente
como são todos os começos,
fomos estimulados
por amigos e apoiadores,
e com esse apoio inicial se
ganhou fôlego para seguir
pela estrada a fora.
Vez por outra, uma pedra
no caminho, nos levava
a lembrar de Carlos Drummond
de Andrade.
“No meio do caminho,
tinha uma pedra. Tinha
uma pedra no meio do caminho”.
E foram tantas as pedras
que buscamos o apoio de
outros especialistas e começamos
a fazer construções
com elas... edições
especiais, livros, revistas...
Ali, adiante, uma grande
vala que precisa ser
atravessada, vencida para
se continuar a caminhada
na direção do futuro.Com
muito esforço, esse obstáculo
foi vencido o que nos
permitiu ser abençoado
com as flores das craibeiras
ao longo da estrada caindo
sobre nossas cabeças como
bênçãos de ouro...
Logo adiante, um lago
imenso - ou seria um grande
rio? – exige maior esforço,
embarcação resistente
para atravessá-lo e chegar
a outra margem, início da
nova etapa do permanente
caminhar...
O Semeador de Palavras e Árvores, Ivus Leal
Em minhas viagens a Paulo
Afonso, uma parada obrigatória
é na casa do Prof.
Galdino. Lá, além de trocarmos
idèias, costumo levar
um pouco do delicioso mel
do Raso da Catarina para
sua esposa, já que ele, por
ser diabético, consome com
moderação. Esses encontros
são verdadeiros mergulhos
na cultura e nas histórias
da região, verdadeiras aulas
ministradas peko mestre
Galdino, com sua vasta catalogação
histórica de Paulo
Afonso e arredores.
Num desses encontros
memoráveis, enquanto estávamos
imersos em nossa
conversa, fomos surpreendidos
pela chegada inesperada
e radiante, como sempre, do
escritor Ivus Leal, trazendo
em mãos seu mais novo livro
para revisão e publicação.
Lembro-me de ter conhecido
Ivus há cerca de 25
anos, quando eu ainda era
um adolescente trabalhando
na Fonte Viva. Sua comunicação
cativante e seu sorriso
fácil marcaram-me desde
então. Ao longo dos anos,
mantivemos alguns contatos
esporádicos sobre suas
viagens, mas foi através de
suas histórias e aventuras de
motorhome pelo Brasil que
verdadeiramente, também,
me encantei por sua personalidade.
Hoje, caminhando para os
84 anos (que fará em 3 de julho),
Ivus continua radiante e
feliz, mantendo a mesma essência
cativante de sempre.
Afinal, como bem disse um
Foi assim nos primeiros
anos, nos cinco anos seguintes
e chegamos a dez anos
de estradas. Aos quinze,
dezesseis anos de registros
da história recente desta região,
precisamos enfrentar
uma longa tempestade, de
muitos raios, trovões, trazendo
insegurança e desespero
para todos.
A violenta tempestade
fechou lojas do comércio e
amigos, conhecidos e anônimos
foram levados pela
enxurrada. Vimos outras
pessoas muito apreensivas,
preocupadas. Companheiros
de caminhada buscando
outros rumos e nos sentimos
sozinhos, no meio de
choros, prantos e mortes.
A tempestade mexeu
com muitas estruturas.
Obrigou empresas e pessoas
a mudarem o seu jeito de
ser e de trabalhar e muitos
precisaram recomeçar com
um novo olhar, bem diferente
para colocar os pés na
estrada nova que se abria,
bem diferente dos caminhos
percorridos há pouco
tempo atrás.
O Jornal Folha Sertaneja
também precisou mudar o
seu jeito de ser. Deixou de
ser impresso porque os patrocinadores
desses custos
também optaram em refazer
sua própria caminhada.
Para nós apareceram
apenas duas alternativas:
parar tudo o que foi começado
lá atrás, ou continuar
de outra forma. Decidimos
continuar e passamos
a apresentar o registro da
história recente de Paulo
Afonso e região, tocar a
caminhada com nossos sonhos
como aqueles sonhados
em fevereiro de 2004,
mas agora de forma virtual,
buscando novos leitores e
dizendo aos leitores que nos
acompanham desde aquele
distante 2004, que estamos
aqui, continuamos vivos,
continuamos caminhando
na direção do futuro.
Há cerca de dois anos, o
Jornal Folha Sertaneja tem
sido apresentado aos seus
leitores no formato online.
Disponível no site www.
folhasertaneja.com.br(que,
felizmente tem mais de 100
mil acessos/mês, quase 4
mil todo dia...) e enviado
para os E-mails ou WhatsApp
de quem quer recebe-lo
em PDF. E com ele
mantemos o mesmo cuidado
da edição impressa, tanto
na sua qualidade visual,
de que cuida Admilson Gomes
há muitos anos, como
na qualidade editorial do
seu editor e articulistas.
Nele, todos os meses,
mantemos viva a história
recente e sempre estamos
também resgatando a memória
de pessoas, instituições,
cenários e paisagens
dessa região.
Neste mês de março de
2024, estamos apresentando
a primeira edição do ano
21 da nossa caminhada. E
nela, destacamos fatos históricos
muito relevantes
para Paulo Afonso e seus
moradores e, naturalmente
para muitos dos leitores,
onde quer que eles estejam,
como os 76 anos da Chesf,
a responsável pela redenção
do Nordeste a partir de
meados dos anos de 1950.
Também resgatamos a história
do começo do sistema
de ensino em Forquilha,
filósofo, a essência da alma
não muda com os anos, apenas
se aperfeiçoa.
O encontro rendeu horas
de bom papo, e ainda tive a
sorte de ganhar um exemplar
de um de seus livros e também
não deixei de dar sugestões
acerca de novos escritos,
que instigaram-no, alimentando
ainda mais nossa troca
de ideias e experiências.
Dentre os assuntos abordados
falamos também de
um hábito fantástico que
Ivus e sua falecida esposa
tinham: coletar sementes
de árvores nativas em Paulo
Afonso e, durante suas viagens,
distribuí-las em terrenos
propícios pelo Brasil.
Sempre que os via passar
com seu motorhome, pensava:
"lá vai o casal plantador
Vila Poty, em duas matérias
históricas: os 73 anos
do Ginásio/Colégio Paulo
Afonso – GPA/COLEPA e
as pioneiras mulheres educadoras
deste lugar.
Homenageamos todas
as mulheres pelo seu mês
especial – março/mulher –
e de forma especial, como
dissemos, as mulheres
pioneiras educadoras, as
mulheres vereadoras e as
mulheres acadêmicas da
ALPA.
E, em nossas homenagens
aplaudimos aqueles
que celebram a vida e também
aqueles que deixaram
marcas fortes de sua passagem
por esse lugar e agora,
concluída a sua missão
entre nós, nos deixam para
continuar a sua caminhada
nos jardins celestiais...
Também trazemos as notícias
mais recentes, dentre
elas, o renovar da esperança
de ver resolvido o problema
da saúde em Paulo Afonso
com o a anunciada construção
de novo hospital no
lugar do HNAS e que será
mantido pelo governo federal
através da Univasf e da
Ebserh. Quem sabe, estará
chegando a solução para um
problema que vem se arrastando
há cerca de 20 anos...
Com esta edição seguimos
o caminho na direção
do futuro em mais um ano
de vida.
Temos por certo que
“Até aqui nos ajudou o Senhor”
e, com essa mesma
confiança damos esse primeiro
passo e logo, a cada
mês, mais outro e outro, até
quando, no querer de Deus,
chegarmos à última curva
da estrada da vida...
Luciano Júnior
de árvores". Imagino quantas
árvores devem ter sido
plantadas graças a essa simples,
porém magnífica, ação
deles ao longo dos anos.
E para concluir, se dizem
que um homem realiza-se
ao ser pai, escrever
um livro e plantar uma
árvore, Ivus deve se sentir
verdadeiramente realizado.
É pai de lindas filhas,
escreveu vários livros, e
plantou centenas, se não,
milhares de árvores pelo
Brasil. Com seus livros,
suas sementes e suas palavras,
ele acumula um legado
que ecoará por gerações,
um exemplo vivo de
como grandes e também
pequenas ações podem
ter um grande impacto no
mundo ao nosso redor.
Quando lhe chamarem
de velho
Exulte. Exulte, você é um
vencedor. Numa disputa de
150 a 200 milhões de concorrentes,
você foi o vencedor.
Vieram os entraves e as
procelas. Você venceu! Colocaram
obstáculos em seu
caminho. Você venceu. Superou
todos eles. Altaneiro
na vida, lá vai você.
E quer saber de uma coisa?
Muitos simplórios estão
com inveja de você. Ele, o
simplório, sabe que, provavelmente,
não chegará onde
você chegou. Ele - ou ela!
- não tem a cepa que você
tem. Você é um forte - que
ele não é.
Sim, a caminhada foi
dura. Foram necessárias
horas de formação, persistência,
foco e tenacidade.
Você venceu, cara! No seu
caminho, aí sim, doces e importantes
amizades que, incontáveis
vezes, lhe deram a
mão. Foram muitos amigos.
E, para estes, desejamos as
bençãos de Deus. Os outros,
os outros ficam pra lá. Pedrinhas
no caminho, fatalmente
caíram para os lados desprezíveis
da estrada.
EXPEDIENTE
O JORNAL DA REGIÃO DO SÃO FRANCISCO
Rua da Concórdia, 555-B - Gal. Dutra - Chesf
Tel: (75) 9 9234.1740 - CEP: 48607-240
Paulo Afonso - Bahia
E-mail: professor.gal@gmail.com
Diretor
Antônio Galdino
Diagramação
Admilson Gomes
Colaboradores desta edição
Francisco Nery Jr, Luciano Júnior, Niedja Torquato, Denilson Souza,
Ivus Leal e Jovelina Ramalho
Fotos
Ascom/PMPA e KNS
Francisco Nery Júnior
Pelo desvario simplório
deles, muitos jovens, cujo
desenvolvimento foi sonhado
pelos pioneiros heróis
responsáveis dos primórdios,
perderam a chance de
decolar.
E vai você na tranquilidade
arduamente adquirida ao
passar do tempo. Você acorda
na hora que [bem] quer.
Não tem mais chefe; nem
bom, nem o mau. Fim do
mês, enquanto o seu algoz
rala todo o tempo embaixo
do sol e da chuva, espremido
nas lotações do caminho,
aos tropeços e às quedas,
você vai ao banco e lá o fruto
da semeadura tão bem feita
por você. Você nem mais
pega uma fila.
Se ele quiser, se se apegar
com o Maior - não queremos
grafar se arrepender -, um
dia será como você. Poderá
chegar lá. Depende dele, o
chegar ou o espatifar-se pelo
caminho.
Talvez por tudo que foi
dito, talvez pelo impulso incompreensivo
dos seres humanos,
o tal da matéria lhe
chamou de velho.
Causo que me deixa
maravilhado
Fico maravilhado e ao
mesmo tempo preocupado
diante do avanço tecnológico
de artefatos para atuar
em paralelo com o ser humano
nas suas atividades
cotidianas.
Podemos afirmar que em
todas as atividades da humanidade
as tecnologias se
desenvolvem rapidamente
quase não dando chance ao
ser humano de acompanhar
a evolução, gerando nas
pessoas doenças até então
desconhecidas e outras já
identificadas, mas não controladas,
apenas amenizadas
de forma medicamentosa e
experimental.
Consta que as doenças do
sistema nervoso via cérebro
estão engatinhando. Eventos
Ivus Leal
como depressão, derrames
e aneurismas e inúmeras
outras patologias cerebrais
são estudadas mas ainda não
contornadas nas suas origens
e consequências. Meu
Tio Silvio, que era médico,
dizia que do pescoço pra
baixo se pode na maioria
dos casos se concertar, mas
pra cima é sempre um mistério
pra medicina e só há
paliativos.
Pense num “computador”
misterioso quase impenetrável
que tem desafiado os
cientistas por todo mundo.
Ivus Leal
Morada das Acácias,
Paulo Afonso-BA
(Do livro
RETALHOS e Rabiscos
Inédito - sendo impresso)
Os textos assinados não representam necessariamente a opinião do jornal,
sendo da responsabilidade dos seus autores.
Edição 231 • Março 2024
31 de Março de 2024
A 3
Audiência de Conciliação prevê construção
de novo hospital que substituirá o HNAS além
de aumento de aporte pela União ao município
“Este é um momento histórico,
porque estamos cuidando do bem
mais preciso que é a saúde pública.
Esse acordo era algo inimaginável
e hoje estamos aqui com diversos
representantes com um único objetivo.
Parabenizo ao Juiz Paulo Pirôpo
pela sua proatividade”. Essas
foram as palavras proferidas pela
Desembargadora Federal e Coordenadora
do Sistema de Conciliação
do Tribunal Regional Federal
da 1ª Região, Maria do Carmo,
durante Audiência de Conciliação
sobre a gestão do Hospital Nair
Alves de Souza (HNAS), realizada
na manhã da sexta-feira 22 de
março de 2024.
Após as colocações pelos entes
envolvidos, ficou estabelecido no
acordo que haverá a construção de
um novo hospital pelo Governo do
Estado, substituindo o HNAS, onde
a gestão passará a ser da Ebserh na
nova unidade. A União se comprometeu
em analisar o aumento do
repasse financeiro para o custeio
atual do Nair, que será gerido pela
Prefeitura até que o novo esteja
concluído. Ainda ficou estabelecido
que o Governo do Estado buscará
junto a Eletrobrás Chesf complementação
do valor para execução
do projeto para este novo hospital.
Conduzida pelo Juiz Titular da
Justiça Federal em Paulo Afonso,
João Paulo Pirôpo, a audiência de
conciliação contou com a presença
de representantes da Prefeitura,
Ebserh, Univasf, Eletrobrás Chesf,
União e Estado em ato realizado
de formato híbrido, com participação
presencial e on-line. Da gestão
municipal estiveram participando
o prefeito em exercício, Marcondes
Francisco; o Procurador Municipal
Igor Montalvão e o secretário
de Saúde, Alexei Vinícius.
O procurador Igor Montalvão
frisa que este é um momento histórico
para o município e explica
como será o custeio até a construção
do novo hospital. “É uma luta
longa que se arrasta desde 2019 no
Poder Judiciário e ao longo do tempo
o município tentou por diversas
vezes esse acordo e após a última
provocação foi viabilizada essa
composição, então quem ganha é a
sociedade. Após esse acordo enxergamos
um futuro para a saúde de
Paulo Afonso e a partir da construção
de um Hospital novo por parte
do Governo do Estado com o apoio
da Ebserh, da Eletrobrás Chesf,
União, Univasf e Prefeitura de Paulo
Afonso. Até que o novo hospital
seja construído, a gestão fica com o
município de Paulo Afonso, como
já vinha acontecendo, mas com
compromisso por parte da União de
aumentar o repasse financeiro para
ajudar neste custeio”, ressaltou.
O prefeito em exercício Marcondes
Francisco, também expressou
a sua alegria após a audiência.
“Estamos muito felizes, é um momento
histórico para nosso município;
é o resultado da nossa luta
que fomos para Brasília, estivemos
com o Ministro da Educação,
com o presidente da Ebserh, e agora
temos esse resultado. É uma luz
para que possamos respirar, uma
vez que disponibilizamos cerca
de R$ 4 milhões mensais para o
custeio do Nair, um hospital porta
aberta que atende a municípios dos
Estados vizinhos. Acho que é uma
grande vitória para todos”, fala.
O Juiz João Paulo Pirôpo, que
foi bastante elogiado pelos participantes
por ter viabilizado a Audiência
de Conciliação, falou sobre o
momento histórico vivenciado por
Paulo Afonso. “A Audiência de
hoje e o acordo foi um momento
histórico para Paulo Afonso. Nós
conseguimos congregar município
de Paulo Afonso, Estado da Bahia,
União, Ebserh, Univasf, Ministério
Público Federal, todos com o
propósito em comum, de melhorar
a saúde pública, de dar a Paulo
Afonso um novo hospital universitário
e conseguimos transformar
ideia e colocar no papel compromissos
importantes que vai possibilitar
a concretização deste sonho
da população pauloafonsina”.
Durante a reunião, o secretário
Alexei falou sobre o que foi discutido
durante a última reunião da
Comissão Intergestores Bipartite
(CIB), onde o município poderá ter
o aumento do aporte pela União.
“Já foi aprovado na CIB o aumento
da nossa média e alta complexidade
e essa é uma forma de repasse
financeiro que pode chegar ao aumento
de 100%, ou seja, vai dobrar
o repasse que a União faz ao município
para que possa ajudar a custear
o Nair até que o novo hospital
seja concluído”, falou.
A Audiência de Conciliação
é fruto do peticionamento do
Município no Processo Judicial
que moveu contra a EBSERH
e UNIVASF, de nº. 1005975-
59.2021.4.01.3306, após audiência
no Ministério da Educação. A
solicitação da designação de uma
audiência de conciliação, como
forma de concretizar um acordo,
foi atendida pelo Juiz João Paulo
Pirôpo, realizada na sexta-feira 22
de março de 2024.
Paulo Rangel toma posse como Conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios
Paulo Afonso perde o único Deputado Estadual na ALBA
A posse do pauloafonsino Paulo
Rangel no Tribunal de Contas dos
Municípios da Bahia fez com que o
município de Paulo Afonso perdesse
o único Deputado Estadual na Assembleia
Legislativa do Estado da
Bahia.
Antes de Rangel, apenas Luiz de
Deus, em quatro mandatos, foi eleito
Deputado Estadual por Paulo Afonso.
Vários outros deste município
colocaram seus nomes na disputa
mas nenhum logrou êxito.
Paulo Rangel, assim como Mário
Negromonte Júnior sempre se orgulharam
de dizer que nasceram no
Hospital Nair Alves de Souza que
foi criado e mantido pela Chesf por
mais de 70 anos e hoje é administrado
pela Prefeitura de Paulo Afonso,
enquanto se arrasta há quase 20 anos
o processo de transferência dessa unidade
hospitalar para a EBSERH e a
UNIVASF.
Por conta de sua eleição para este
cargo Paulo Rangel, além de perder
o cargo de Deputado Estadual também
precisou desfiliar-se do PT, assim
como fez o Deputado Federal,
também ligado a Paulo Afonso, Mário
Negromonte.
Paulo Rangel assumiu, como Suplente,
o mandato de Deputado Federal
na legislatura 1999-2003, em 2 de
janeiro de 2003. Suplente de deputado
federal pelo Partido dos Trabalhadores-PT,
1999-2003, assumiu o mandato
de 01 a 30/01/2003. Suplente
de deputado estadual pelo PT, 2003-
2007, efetivou-se em jan. 2005. Eleito
deputado estadual, PT, 2007-2011, reeleito
para os períodos 2011 - 2015 e
2015-2019. Reeleito deputado estadual
pelo PT, Coligação Força do Trabalho
pela Bahia, para o período 2019-2023.
Reeleito deputado estadual pelo PT,
Federação Brasil da Esperança - FE
BRASIL (PT/PC do B/PV), 2023-
2027. Eleito Conselheiro do Tribunal
de Contas dos Municípios - TCM em
05/03/2024, renunciou ao mandato
parlamentar em 07/03/2024. (Fonte:
www.al.ba.gov.br/)
Como informa o site do TCM/
BA, o conselheiro Paulo Rangel tomou
posse no Tribunal de Contas
dos Municípios da Bahia, na manhã
desta sexta-feira (08/03), numa solenidade
simples, realizada no gabinete
da presidência, mas que reuniu deputados,
autoridades, conselheiros das
cortes de contas e familiares. Uma
sessão especial do TCM será realizada
em breve, para marcar o ingresso do
novo conselheiro.
Paulo Rangel afirmou que chega
ao TCM para somar, e que pretende
trabalhar “ouvindo os gestores municipais
– prefeitos e presidentes de
câmaras de vereadores – apontando
eventuais falhas legais, irregularidades
e sugerindo correções, mas evidentemente
não serei tolerante com desvios
de recursos públicos. Quero fortalecer
as ações pedagógicas do tribunal e
orientar para prevenir erros”, disse.
O presidente do TCM, conselheiro
Francisco de Souza Andrade
Netto, em sua saudação ao novo
conselheiro, destacou sua ampla
experiência como administrador,
sindicalista e, sobretudo, como parlamentar
– “o que o enriqueceu com
a vivência pública e o fez conhecer
as carências e a importância das administrações
municipais na vida dos
cidadãos”.
E em especial – observou – nos
pequenos municípios do sertão
baiano, porque “é um sertanejo,
como eu próprio e como o nosso
vice-presidente, o conselheiro Mário
Negromonte”. Acrescentou que,
deputado por mais de duas décadas,
Paulo Rangel “sabe dos desafios da
administração pública, sobretudo
dos municípios que, mesmo com recursos
limitados, têm que atender à
crescente demanda por serviços dos
cidadãos em áreas fundamentais,
como a educação e a saúde”.
Disse ainda estar convicto de
que o novo conselheiro, “com sua
experiência, irá contribuir para o
fortalecimento do TCM, tornando-o
uma instituição ainda mais
relevante para a sociedade”. O presidente
Francisco Netto confessou
que, “embora sabedor de sua
destacada atuação na Assembleia
Legislativa, não conhecia o novo
conselheiro Paulo Rangel pessoalmente,
mas já na primeira conversa
teve a melhor das impressões, por
ser inteligente, afável e ponderado
– qualidades que, aos nossos olhos,
são fundamentais para o exercício
sereno da magistratura de contas”.
O presidente deu as boas-vindas
ao novo conselheiro ao TCM, “onde
continuará a servir à coletividade e
a cumprir a missão, como servidor
público, de honrar as tradições de
trabalho e dignidade deste nosso
Tribunal de Contas dos Municípios
da Bahia.
O conselheiro Paulo Rangel, de 63
anos – indicado e aprovado pela maioria
dos deputados da Assembleia Legislativa
e nomeado pelo governador
da Bahia Jerônimo Rodrigues – compareceu
à cerimônia de posse acompanhado
por sua mulher, Jane Dikla
Lopes. Seus três filhos, Paulo Antônio
(secretário de turismo de Paulo Afonso),
Ana Paula e Pedro não puderam
comparecer, em razão de compromissos
profissionais.
A solenidade, além de amigos,
foi prestigiada pelo deputado Mário
Negromonte Júnior – presidente da
Comissão de Finanças e Tributação
da Câmara dos Deputados – e pelos
deputados estaduais Júnior Muniz e
Vítor Bonfim. Também presente o
secretário estadual de Relações Institucionais,
Luiz Caetano, o vereador
Arnando Lessa, o presidente do Tribunal
de Contas do Estado da Bahia
(TCE), conselheiro Marcus Presídio,
os conselheiros do TCM Plínio
Carneiro Filho, Nelson Pellegrino,
Ronaldo Sant’Anna, os procuradores
de contas Camila Vasquez e Danilo
Diamantino, além de auditores
e servidores do TCM.
(Fonte: www.tcm.ba.gov.br)
A4
Edição 231 • Março 2024
31 de Março de 2024
A Chesf nasceu há 76 anos.
A luz de Paulo Afonso mudou a história do Nordeste
Mãe Velha, da primeira linha de transmissão de Paulo Afonso para Salvador
Neste 15 de março de
2024 a Chesf – Companhia
Hidro Elétrica do São Francisco
– completa 76 anos de
vida intensa de uma história
que, em meados do século
passado mudou a história do
Nordeste.
15 de março de 1948 foi
a data em que o presidente
General Eurico Gaspar Dutra
instalou a primeira diretoria
desta empresa hidrelétrica,
no Rio de Janeiro.
Mas, a Chesf nasceu anos
antes. Primeiro, no sonho
do Engenheiro Agrônomo
Apolônio Jorge de Farias
Sales, Ministro da Agricultura
do Governo do Presidente
Getúlio Dorneles
Vargas. E esse sonho de
Apolônio Sales, nordestino
de Altinho, no agreste de
Pernambuco, tomou forma
nos Decretos-Leis Nº 8.031
e 8.032 levados por ele para
serem assinados pelo presidente
Getúlio Vargas no
dia 3 de outubro de 1945,
dia de Santa Terezinha, de
quem era Apolônio devoto,
criando a Companhia Hidro
Elétrica do São Francisco
– Chesf. Os Decretos-Leis
foram assinados pelo presidente
Getúlio naquela data,
3/10/1945 e faziam nascer
ali esta grande empresa.
Apolonio Jorge de Farias Sales
Mas no Brasil, desde os
tempos de Deodoro da Fonseca,
vez por outra dá-se
uma sacudida no governo.
Foi o que aconteceu no dia
29 de outubro de 1945 com
o governo do presidente
Vargas. Ele foi deposto pelos
militares e o presidente
do Supremo Tribunal Federal,
o ministro José Linhares,
assumiu o governo
por uns meses e manteve as
eleições marcadas para 2 de
dezembro de 1945 quando
foi eleito, de forma indireta,
o novo presidente da República,
o Ministro da Guerra
de Getúlio, o General Eurico
Gaspar Dutra.
A atenções do novo presidente
e do seu ministério
se voltaram inicialmente
para outros problemas do
Brasil e os Decretos-Leis
de criação da Chesf ficaram
amarelando, adormecidos
em algum arquivo do Palácio
Presidencial por mais de
dois anos.
Presidente Dutra e grande comitiva em
visita à Cachoeira de Paulo Afonso (matéria
de O CRUZEIRO de 12/07/1947)
Em julho de 1947, o Presidente
Dutra e grande comitiva,
ministros, militares,
governadores, visitaram a Cachoeira
de Paulo Afonso e a
visita mereceu grande cobertura
jornalística, em várias páginas
da revista O CRUZEI-
RO datada de 12/07/1947.
Nessa reportagem, escrita
por Theófilo de Andrade
e com fotografias de Ângelo
Regato, o título – ENERGIA
PARA O NORDESTE - não
deixava nenhuma dúvida
sobre o propósito da visita
do Presidente Dutra e desta
grande comitiva à região.
No canto de uma página
dupla da revista com uma
foto da Cachoeira de Paulo
Afonso ocupando todo o espaço
das duas páginas, um
pequeno box traz esta nota:
608.000 CAVALOS! – Salto
principal da cachoeira
de Paulo Afonso que, aproveitada
industrialmente,
poderá fornecer 608.000
cavalos ao Nordeste, desde
a Bahia à Paraíba.
Em outra página a revista
traz a seguinte legenda abaixo
da foto da placa da visita
do Imperador D. Pedro II,
em 20 de outubro de 1859:
Revista O CRUZEIRO, 12 de julho de 1947
DOIS CHEFES DE ES-
TADO em Paulo Afonso.
Há quase 90 anos, visitou a
Cachoeira de Paulo Afonso
o Imperador D. Pedro II.
Foi o primeiro governante
do Brasil que ali pôs os
pés. – o segundo, quase cem
anos depois, foi o presidente
Eurico Dutra, conclamando
os brasileiros a dar uma solução
ao grande problema.
Oito meses depois dessa
visita, em 15 de março de
1948, o Presidente Dutra nomeia
e empossa a primeira
diretoria da Chesf formada
pelos engenheiros Antônio
José Alves de Souza – Presidente;
Adozindo Magalhães
de Oliveira – Diretor Administrativo;
Octávio Marcondes
Ferraz – Diretor Técnico
e Carlos Berenhauser Júnior
– Diretor Comercial.
O primeiro presidente da
Chesf já trabalhava na Divisão
de Águas do Ministério da
Agricultura há anos e em outras
oportunidades já tinha estado
na região fazendo estudos
sobre o rio São Francisco.
A partir da criação da
Chesf começou a grande
epopeia para se construir a
primeira usina hidrelétrica
de grande porte no Nordeste,
aproveitando-se a ideia
do cearense Delmiro Gouveia
que, há 35 anos passados
havia inaugurado a Usina Angiquinho,
na margem alagoana
do rio São Francisco, de
propriedade Cia. Agro Fabril
Mercantil S.A de Delmiro
Gouveia – AL e definitivamente
comprada pela Chesf
em 31 de outubro de 1957.
Os técnicos da Chesf optaram
em construir a Usina de
Paulo Afonso na margem baiana
do rio onde existiam terras
do povoado Forquilha, de poucas
casas esparsas, sendo a
Usina Hidrelétrica inaugurada
em 15 de janeiro de 1955.
Construir a 1ª Usina de
Paulo Afonso foi, de fato, uma
grande epopeia. Tudo no entorno
dos canteiros de obras
para se construir a Usina hidrelétrica,
a barragem Delmiro
Gouveia e todo o acampamento
da Chesf, chamado de
Cidade da Chesf, com mais
de 2 mil casas residenciais,
escolas, clubes sociais, hospital,
igreja, escritórios, era um
imenso deserto forrado pela
vegetação miúda da caatinga.
Da esquerda: Engenheiro Adozindo Magalhães de Oliveira - Diretor Administrativo;
Carlos Berenhauser Júnior - Diretor Comercial; Antônio José Alves de Souza - Presidente
e Octávio Marcondes Ferraz - Diretor Técnico.
O autor com o Engº Bret Cerqueira Lima
Tão inóspita era a região
que os primeiros técnicos
e engenheiros precisavam
ficar hospedados em Delmiro
Gouveia e trabalhar
em Paulo Afonso, cerca de
40 quilômetros distante.
Um destes foi o Engenheiro
Bret Cerqueira Lima que
me disse em um vídeo que
fiz com ele: - Isso aqui era
só mato, mato, caatinga braba.
Eu e outros engenheiros
ficávamos hospedados em
Delmiro Gouveia. Esta região
do hoje Bairro General
Dutra, na Chesf, onde fica o
CPA, a Casa da Diretoria da
Chesf, era chamada de Peito
de Moça...
Outro pioneiro de Paulo
Afonso, Engenheiro Luiz
Fernando Motta Nascimento,
que chegou a Forquilha
ainda quando da construção
da Usina Piloto em 1946,
acompanhando seu pai, o
Mestre Alfredo, eletricista
contratado para trabalhar
nesta Usina, foi estudante do
Ginásio Paulo Afonso, concluinte
de 1958 e depois de
formar-se em Engenharia foi
duas vezes diretor da Chesf
– da Diretoria de Suprimento
e da Diretoria de Construção.
Autor do livro Paulo
Afonso – Luz e Força Movendo
o Nordeste e de vários
documentários e publicações
da Memória da Eletricidade
tem muitas histórias sobre
esse sofrido começo, inclusive
sobre a construção da cerca
de arame farpada, trocada
depois por um muro de mais
de um quilômetro separando
a área da Chesf do Povoado
Forquilha:
- “Para a definição da área
limite da Chesf e a segurança
dos seus escritórios e moradias
do Acampamento da
Chesf, a Diretoria da Chesf,
atendendo a sugestão do Consultor
Jurídico Afrânio de
Carvalho, cercou as áreas do
Acampamento e das Obras”.
Luiz Fernando Motta Nascimento e seu
livro sobre Paulo Afonso
Todas as ações da Chesf
para construir esta primeira
usina e, depois várias outras,
se revestiram de trabalho excepcional
de nordestinos rudes,
a maioria sem nenhum
conhecimento técnico, tanto
que a Chesf precisou estabelecer
um convênio com
o SENAI e criar, paralelamente
à suas escolas para
as crianças, uma escola profissionalizante
para formar
parte da mão de obra que
precisava, além de cuidar de
alfabetizar muitos deles em
horários noturnos...
Guaritas da Chesf em 1950
Operários da Chesf, “cassacos” cavando
túnel para a instalação da 1ª Usina de
Paulo Afonso
E foram esses homens
rudes, nordestinos que vieram
das terras castigadas
pela seca, que construíram a
maior empresa do Nordeste.
Para isso, não mediam
nenhum esforço, viravam as
noites e madrugadas, enfurnavam-se,
sem camisas, nos
túneis que iam sendo abertos
com dinamite, e por isso ganharam
o apelido de cassacos.
Operários da Chesf, “cassacos” cavando
túnel para a instalação da 1ª Usina de
Paulo Afonso
As fotos da época, quando
não havia nenhuma legislação
ou normas sobre uso de
equipamentos de proteção,
mostram homens sem camisa,
suando forte, no calor dos
túneis e no clima nordestino,
preparando tudo para que, a
80 metros de profundidade
nos paredões de granito, fossem
criadas as condições para
que se instalassem os grandes
geradores de energia hidroelétrica
para que o Nordeste brasileiro
saísse da condição de
grande miséria em que vivia.
Os estudos sobre a região
a equiparavam com os piores
índices de desenvolvimento
humano dos países
mais pobres da África.
Daí ter dito certa vez e repetido
sempre que se faz necessário
que o Nordeste brasileiro
tem dois grandes capítulos em
sua história: o Nordeste A/C
(antes da Chesf) e o Nordeste
D/C (depois da Chesf).
Presidente Café Filho inaugura a 1ª
Usina de Paulo Afonso em 15 de janeiro
de 1955.
A primeira Usina da
Chesf foi inaugurada em 15
de janeiro de 1955, pelo presidente
da República, João
Café Filho, nordestino do
Rio Grande do Norte.
Edição 231 • Março 2024
31 de Março de 2024
A 5
Livro de Antônio Feijó e Jornal do Commercio/PE, de 14 de dezembro de 2014
E foi grande a euforia de
todos ao receberem energia
vinda da Chesf em suas
casas. Um engenheiro da
Chesf, Antônio Feijó, conta
em outro livro de memórias
da Chesf, que, quando a luz
de Paulo Afonso chegou ao
Recife a sua primeira providência
foi comprar um
liquidificador para sua mãe
que o recebeu como grande,
excepcional presente. E
o jornal do Commércio, de
Pernambuco, em entrevista
com este engenheiro, produziu
uma reportagem, há 10
anos atrás, com o título: A
usina que fez uma revolução.
E que revolução!
A importância da Chesf
para a região pode ser medida,
se comparar com o
desenvolvimento do próprio
município de Paulo Afonso,
hoje prestes a completar 66
anos (em 28 de julho).
Quando em 1948 a Chesf
chegou a este lugar, conhecido
como Forquilha, eram
poucas casas, de taipa, rústicas,
espalhadas pela caatinga.
Dez anos depois, quando
nasceu o município de
Paulo Afonso e o inexpressivo
povoado de Forquilha
transformou-se na cidade de
Paulo Afonso, e a população
do município, na sua emancipação,
em 28 de julho de
1958, era de cerca de 25 mil
habitantes.
Hoje, quando a Chesf
completa 76 anos e Paulo
Afonso se aproxima dos 66
anos, a população já é de
cerca de 115 mil habitantes.
Não se pode nunca esquecer
que tudo começou com
os nossos humildes cassacos
sertanejos. Eles construíram
a gigante Chesf de hoje!
E esse trabalho fantástico
sempre foi reconhecido por
muitas diretorias da Chesf,
especialmente as primeiras.
Nos acervos de fotos e vídeos
históricos da Chesf é
fácil encontrar o Presidente
Dr. Souza, o Diretor Técnico
Marcondes Ferraz junto com
os cassacos, os operários humildes
em festas, brincadeiras,
atividades sociais promovidas
pela própria diretoria.
A ele é creditada a edição
do primeiro livro sobre
a história de Paulo Afonso,
na verdade um relatório das
ações da Chesf na região nos
primeiros anos, impresso no
formato de livro no Rio de Janeiro
em 1954, com preciosas
informações desses primeiros
tempos do Acampamento da
Chesf, suas escolas, as ações
sociais da empresa, hospital.
Tão amado era o presidente
Antônio José Alves de
Souza que presidiu a Chesf
de 15 de março de 1948 a 18
de dezembro de 1961 e vivia
muito em Paulo Afonso,
onde morreu de infarto fulminante.
Quando de sua morte, a
Câmara Municipal de Paulo
Afonso solicitou à sua família
que o seu corpo fosse sepultado
em Paulo Afonso. A
família preferiu levá-lo para
o jazigo dos familiares no
Rio de Janeiro mas permitiu
que o seu coração fosse sepultado
nesta cidade, o que
aconteceu ao pé do seu busto
no Belvedere, marco do
primeiro decênio da Chesf.
Usinas 1, 2 e 3 de Paulo Afonso, início do cânion do rio São Francisco e a Ilha de
Paulo Afonso
Usinas do Complexo Hidrelétrico em Paulo Afonso
Ali está uma placa com
essa frase: O coração que
o matou é a sua permanência
na paisagem a que deu
vida.
Cheguei a Paulo Afonso
em 20 de novembro de
1954 e trabalhei na Chesf
por mais de 36 anos, onde
também trabalharam meu
pai e meu irmão e muitos
familiares. Como durante
muitos anos atuei na área de
comunicação da empresa na
Regional de Paulo Afonso,
dentre outras funções atividades,
estava envolvido e
até à frente de cerimoniais
em eventos na Regional e
por isso, conheci e estive ao
lado de muitos presidentes
e diretores desta empresa e
visitantes ilustres e os via
sempre muito próximos dos
empregados da empresa em
reuniões, encontros sociais,
festas comemorativas de
eventos da empresa.
Um dos presidentes da
Chesf me disse em uma de
suas visitas a Paulo Afonso:
“os chesfianos de Paulo
Afonso têm razão de se
sentirem orgulhosos de terem
sido os pioneiros da
Chesf. De fato, foram eles
que construíram os “ninhos”
dos geradores nas cavernas
abertas por eles, no meio
dos paredões rochosos.”
Deixei a Chesf, aposentado,
no final do ano de 2003,
há 20 anos e, naturalmente
muita coisa mudou.
Os que me honram com
essa leitura certamente entendem
o que lhes digo.
Sempre fomos muito agradecidos
por tudo o que a
Chesf fez por esta região, de
onde ela também tirou muito
dos seus pacatos moradores,
inundou terras férteis
das áreas rurais e as muitas
águas dos seus imensos reservatórios
encobriram cidades
e destruíram a história
suas casas seculares e a
memórias dos ancestrais de
milhares de moradores.
Hoje, encontro antigos
funcionários da Chesf, muitos
deles que trabalharam
na área de Operação da empresa,
em suas grandes usinas,
entristecidos, porque
não podem mais ter acesso
a estas áreas até para uma
visita acompanhando familiares
em visita, o que só é
possível acompanhado de
guias autorizados e pagando
para isso, de terça-feira
ao domingo.
Para que a Chesf seja hoje
esta grande empresa brasileira,
a maior do Nordeste,
muitos homens humildes
morreram em suas obras.
Para que a Chesf continue
fazendo o Nordeste
crescer muito, foi necessário
que muitas cidades fossem
inundadas, que as histórias
centenárias de milhares de
pessoas ficassem debaixo de
bilhões de metros cúbicos
de água.
Tenho a mesma idade
que a Chesf que, também
na terceira idade, precisa
continuar a ser a redenção
desta região, apoiando projetos
para que as cidades
que nasceram a partir dela
continuem frutificando.
Madura, septuagenária
mas sempre jovem, pela renovação
do seu quadro de
pessoal e pela modernização
de suas máquinas e equipamentos
e também pela busca
e apresentação de novas
fontes de energia, precisa
entender sempre que para
que ela ocupe esse lugar de
destaque nacional e tenha
receitas bilionárias, há a
permanente necessidade de
reconhecer, com humildade,
que tudo isso foi começado
por homens rudes, os
cassacos, cujos familiares,
filhos e descendentes optaram
em continuar morando
em Paulo Afonso e cidades
vizinhas.
Usina Hidrelétrica de Xingó
A Chesf completou 76
anos em 15 de março de
2024 com projetos de modernização,
expansão na geração,
transmissão de energia
e inovação para suas 12
hidrelétricas, 14 usinas eólicas,
136 subestações e mais
de 21 mil quilômetros de
linhas no seu portfólio. Entre
eles sua Usina Solar Fotovoltaica
Flutuante no Reservatório
de Sobradinho. A
Chesf programa investimentos
de grandes valores para
a modernização das usinas
hidrelétricas de Sobradinho,
Luiz Gonzaga, Paulo Afonso
IV e Xingó, instaladas na
calha do rio São Francisco.
E há quem ainda sonhe
com a construção de uma
Usina Hidrelétrica Paulo
Afonso 5, que aliás foi prevista
quando da construção
da Usina Paulo Afonso 4
e os túneis abertos e a extensão
de seu reservatório
já seriam para uso futuro
desta nova Usina Hidrelétrica.
Como também, quando
se construía esta e mais
adiante a Usina Hidrelétrica
de Xingó, chegou a se falar
na Chesf em estudos para
construir outra Usina Hidrelétrica
nas proximidades de
Pão de Açucar, no baixo São
Francisco.
Mas, já naqueles anos,
ainda nas décadas de 1980,
e 1990 já se sentia a dificuldade
da capacidade do rio
São Francisco suportar mais
essa grande carga, dispor de
mais esse grande volume de
águas.
A história vai manter
registrado para a posteridade
que a chegada da
Chesf para esta região da
quase deserta Forquilha
foi de grande importância
e, a partir de sua presença,
dos “ninhos de geradores”
em suas terras, nasceu e
cresceu Paulo Afonso e
muitas outras cidades na
região.
Hoje, os que ocupam
ou já ocuparam cargos tão
importantes e estratégicos
na Chesf e em muitas outras
empresas do Brasil, ali
chegaram porque lá atrás,
na difícil década de 1950 e
seguintes, muitos cassacos
como meu pai e os pais,
tios, avós de milhares de
outras pessoas deram seu
suor, seu sangue e muitos
desses pioneiros cassacos,
deram a própria vida para
que a Chesf existisse e chegue
aos 76 anos de caminhada,
levando o desenvolvimento
ao Nordeste e ao
Brasil.
Essa Epopeia Sertaneja
levou seus frutos muito mais
longe, para todo o Nordeste,
que também saiu da sua
condição e região miserável
e sem futuro para o Nordeste
de grande progresso
e desenvolvimento que se
vê nesse primeiro quarto do
Século 21.
E, por sua história de
parceria por tantos anos, a
Chesf, tão amada, precisa
continuar promovendo e
apoiando ações que permitam
que os municípios da
região continuem, como a
própria Chesf, no correr das
águas, na direção do futuro,
sempre exitosos.
Que esta empresa, cujo ninho
dos seus geradores pioneiros
foi criado no ventre
desta terra de Paulo Afonso,
há 80 e mais metros de profundidade
nos paredões de
granito abertos pelos nossos
cassacos e onde estão cinco
das suas usinas hidrelétricas,
quatro delas subterrâneas,
as Usinas Paulo Afonso
1, 2, 3 e 4 e a Usina Apolônio
Sales, continue sendo
esta Chesf de que todos nos
orgulhamos de fazer parte e
de que, embora aposentados
depois de trabalhar 30 ou
mais anos, sempre seremos
chesfianos
Parabéns por tantos anos
de promoção do desenvolvimento
do Nordeste e do
Brasil!
Antônio José Alves de Souza e o livro
“Paulo Afonso” Monumento do 1º Decênio da Chesf, busto do Pres. Alves de Souza e placa.
A6
Edição 231 • Março 2024
31 de Março de 2024
Com participação de moradores e esportistas entregue o Complexo
Esportivo do BNH Bareta foi entregue neste sábado ( 16 )
Em uma grande festa e com a
presença de moradores e esportistas,
o Complexo Esportivo do
BNH – Bareta, foi entregue neste
sábado (16) pelo prefeito em
exercício Marcondes Francisco.
“Agradeço as todos que vieram
prestigiar esse momento.
Paulo Afonso hoje é referência
quando disponibiliza para o cidadão
a primeira quadra de tênis
pública. O complexo esportivo
conta com muitas opções para
os nossos munícipes praticarem
seu esporte e isso garante mais
qualidade de vida”, diz o gestor.
“É muito importante ter esse
olhar voltado para os esportes, que
garante a qualidade de vida e lazer.
Foi uma noite repleta de alegria
que forçou o nosso compromisso
com o esporte de Paulo Afonso”,
explicou o secretário de Cultura e
Esportes, Dernival Oliveira.
O espaço foi totalmente requalificado
e recebeu o nome de Valderley
Chagas da Silva, conhecido
como Bareta, que era morador
do bairro. A entrega ainda foi
marcada pelo show de Fredson
Novaes, benção do Padre Ednaldo
e atividades esportivas.
“O esporte faz parte da educação
e eu acho louvável essa
atividade da Prefeitura de ter
construído essas quadras. É de
fundamental importância essa
quadra de tênis e o principal objetivo
quando se constrói uma
quadra pública é permitir que as
pessoas que não tem condições
possam praticar a modalidade”,
ressaltou o atleta, Givaldo Reis.
A melhoria do local era um
sonho antigo dos moradores e,
além da quadra de tênis foi contemplado
com quadra de basquete,
academia da saúde, vestiário,
arquibancada e a repaginação
de toda a área, como os espaços
de convivência e pista de skate,
pista de caminhada, entre outras
melhorias.
“Com essa melhoria o local
será mais frequentado pelos moradores
e esportistas. Estou muito
feliz com a ação. Quero agradecer
ao prefeito Marcondes e a
todos que contribuíram para que
chegasse essa melhoria”, diz a
irmã do homenageado, Dalma.
Ainda estiveram presentes
para prestigiar a entrega os secretários,
vereadores Leco e
Jailson e autoridades.
Triatletas de Paulo Afonso brilham
na etapa Ôxe Triatlo Maceió
Sábado, 17, os triatletas da
Equipe KNS de Paulo Afonso deixaram
sua impressão na etapa Ôxe
Triatlo Maceió, mais uma prova
muito desafiadora que marcou sua
trajetória. Como sempre, com total
determinação e garra, esses pauloafonsinos
conquistaram o pódio e
mostraram ao país a potência do
esporte em nossa região.
Vale destacar que a KNS, assessoria
esportiva local, vem se
destacando não apenas em Paulo
Afonso, mas também em toda a
região e no cenário nacional. Sob
a liderança de Kleber Nascimento,
a equipe tem alcançado resultados
expressivos, mesmo enfrentando
desafios e obstáculos.
“Até quando teremos que mostrar
resultados!!! Mais uma vez,
nós da KNS demonstramos o valor
e a representatividade. Mesmo
com o mínimo de apoio, tínhamos
a certeza de que traríamos grandes
resultados, e assim fizemos.
Agradeço a todos que torcem
pelo esporte local, bem como aos
apoiadores e familiares", externou
Kleber Nascimento, líder da KNS.
Foram 6 atletas e todos obtiveram
ótimos resultados:
Júlio Gabriel - 2º lugar no Geral
e o 1º lugar na categoria Sprint;
Kleber Nascimento - 3º lugar no
Geral, além do 1º lugar na categoria
Sprint;
Breno Figueiredo - 6º lugar no
Geral na modalidade Sprint e o 1º
lugar na categoria;
João Luís - 9º lugar no Geral e o
1º lugar em sua categoria;
Jamerson Neto - 5º lugar no Geral
na categoria Mini Sprint;
Alan Bastos conquistou o 7º lugar
na categoria Mini Sprint.
Parabenizamos todos os atletas
da KNS Assessoria, que têm feito
a diferença em nossa região com
seu desempenho exemplar.
A equipe KNS expressa sua gratidão
aos apoiadores, bem como à
imprensa, pela divulgação e reconhecimento
das conquistas.
@rafaelperalva_ultraman,
@clube.cpa
@aformula.pauloafonso
@erickfeitosapersonal
@danielebrandaonutri
@solman_tri
@oxetriatlo
@caranguejoman
@triathlonbahia
@dra.assianerochaferreira
@clinicasorriso.odonto
@raizagenciadigital
@camellobike
@gelextraforte
@espacozen_oficiall
Seja você também um colaborador
Tel 75 9 88678059
Instagram @kns_kleber
Por: Niedja Torquato
e Denilson Souza
Fotos: KNS
Estádio Álvaro de Carvalho,
antigo Ruberleno recebe
instalação de grama
A Secretaria de Infraestrutura
iniciou a instalação de grama no
Estádio Álvaro de Carvalho, antigo
Ruberleno. A ação marca mais um
avanço na melhoria do deste importante
espaço esportivo. A grama
além de proporcionar um aspecto
estético mais agradável, é fundamental
para oferecer uma superfície
adequada para a prática de esportes.
O local, que vai promover esporte,
lazer e integração social,
recebeu melhorias nas novas arquibancadas,
novo alambrado, recuperação
dos vestuários, banheiros
e cabines de rádio. “Estamos
sempre incentivando a pratica esportiva
com apoio, realizações de
eventos e melhorias nas quadras
de várias localidades. Essa obra
do Ruberleno com certeza vai fazer
uma grande diferença para os
atletas e será um local de grandes
campeonatos”, diz o prefeito em
exercício, Marcondes Francisco.
(Ascom/PMPA)
Edição 231 • Março 2024
31 de Março de 2024
A 7
Requalificação do Campo de Futebol da Prainha é entregue à comunidade
Muito aguardada pela comunidade,
a requalificação do
Campo de Futebol da Prainha
foi entregue no sábado, 2 de
março. O momento simboliza
mais avanço, valorização e a garantia
do conforto e qualidade
para os praticantes do esporte.
O espaço vai atender, especialmente,
os projetos sociais contemplando
90 crianças dos bairros
Prainha e Clériston Andrade.
A entrega contou com a presença
do prefeito em exercício, Marcondes
Francisco, secretários, vereadores,
esportistas, servidores e
moradores do bairro.
“Estamos atendendo aos
pedidos de todos aqueles que
amam e gostam do esporte. O
esporte é um meio muito importante
para as crianças e jovens,
por isso continuaremos
investindo nesta área”, diz
Marcondes. Marcondes falou
ainda do apoio do Deputado
Federal Mário Junior, que
destinou R$ 1 milhão para a
reforma dos babas da cidade.
O gestor ressaltou também
os outros investimentos que
estão sendo realizados para o
esporte, como a requalificação
geral do Estádio Álvaro de
Carvalho, a entrega dos campos
do Jardim Aeroporto e do
Rodoviário, dentre outros.
O secretário de Cultura e
Esportes, Dernival Oliveira,
falou da importância da obra
para o bairro e para a garotada.
“Esse campo tem uma história.
A Prainha de Paulo Afonso
tem uma praça esportiva e esses
garotos que estão aqui estão
de parabéns, porque irão voltar
a fazer suas atividades com o
acompanhamento de um professor
para que no futuro eles
possam ser cidadãos de bem e
quem sabe um jogador profissional”,
diz
O local ganhou um novo
alambrado, pintura e outras
melhorias. “Para mim é uma
felicidade muito grande. Ter
um campo nesse bairro significa
pensar no futuro dessas
crianças, garantindo o lazer
e a prática esportiva. Estou
muito feliz”, ressaltou o coordenador
do projeto Social
Esportivo da Prainha, Bié
Andrade.
“Só de incentivar as crianças
a praticar o esporte é muito
importante. Quero agradecer
mais uma vez pelo campo
e pelo material esportivo”, diz
o treinador Moacir. Os vereadores
Jailson e Leco estiveram
presentes e enfatizaram o trabalho
de Marcondes para o
esporte.
A8
Edição 231 • Março 2024
31 de Março de 2024
O Ginásio Paulo Afonso – GPA/COLEPA
foi inaugurado em 5 de março de 1951. Há 73 anos.
sio e do Colégio Paulo Afonso e
mais, organizaram atividades, palestras,
cursos, ações sociais para
a comunidade de Paulo Afonso e,
desta forma, manter vivos o GPA/
COLEPA e todas as suas unidades
escolares a ele agregadas e como
um gesto permanente de gratidão
a Paulo Afonso que acolheu a seus
pais e familiares...
E não se pode ficar lembrando
dos bons tempos do Ginásio e do
Colégio Paulo Afonso sem lembrar
do papa-filas de que muitos
ex-alunos têm muitas histórias...
empregados – a sensibilidade e a
visão de futuro de um chesfiano
chamado Enoch Pimentel Tourinho,
respeitado encarregado do
Serviço de Transportes da Chesf,
experimentado como marinheiro
na Marinha do Brasil, alertou as
autoridades da Chesf e até o Presidente
do Brasil, General Eurico
Gaspar Dutra em uma de suas visitas
às obras da Chesf em Paulo
Afonso para a necessidade de se
construir um ginásio para absorver
estes milhares de alunos das chamadas
Escolas Reunidas da Chesf.
No dia 15 de março de 1948 foi
empossada a primeira diretoria da
Chesf. Também em março do ano
de 1951, há 73 anos, era inaugurado
o Ginásio Paulo Afonso – GPA
- que em 1979 passa ser o Colégio
Paulo Afonso – COLEPA e tem
uma longa e bela história nesta
região.
A primeira frase do livro O Ateneu,
de Raul Pompeia, é a fala do
pai do personagem narrador dessa
história, o Sérgio, de 11 anos, ao
deixa-lo neste colégio interno para
o seu primeiro dia de aulas.
“Vais encontrar o mundo, disse
meu pai, à porta do Ateneu. Coragem
para a luta.”
até o ano 2000 que, há anos eles
passaram a se encontrar periodicamente,
em datas festivas de Paulo
Afonso como o aniversário do município
em 28 de julho ou na Semana
da Pátria, justamente datas
em que o Ginásio/Colégio Paulo
Afonso participava, garbosa e orgulhosamente
dos grandes desfiles
cívicos da cidade e criaram, naqueles
distantes anos, a agradável
oportunidade de, sempre depois
desses desfiles, se reencontrarem
nas inesquecíveis “Manhãs de
Sol”, no Clube Operário de Paulo
Afonso, uma festa dançante que
entrava pelas tardes...
Das salas de aula do GPA/CO-
LEPA, quantas lembranças de professores
amados e do que se aprontava
por ali. Do empenho de todos
nos Jogos Olímpicos que eram
feitos entre as séries do curso ginasial
– 1ª e 3ª séries contra a 2ª e 4ª
séries. Bem depois é que vieram os
Jogos Estudantis e as disputas acirradas
do COLEPA com os adversários
mais vigorosos, o CIEPA e o
SETE (Colégio Sete de Setembro).
Professores Pimentel e Olegário e alunos do GPA. Galdino é o primeiro, em pe, à direita.
Dessa instituição de ensino, fui
aluno das Escolas Murilo Braga,
Alves de Souza e Adozindo Magalhães,
do Ginásio Paulo Afonso e
do Escola 15 de Março (Curso de
Contabilidade), depois absorvida
pelo COLEPA. E tive a alegria e
felicidade de ser professor da Escola
Rural Ministro Simões Lopes
e do Colégio Paulo Afonso.
A literatura brasileira, vez por
outra, apresenta, faz referência a
Escolas no Brasil e pelo mundo a
fora que acolheram estudantes que,
depois, se tornaram nomes notáveis.
Vez por outra se fala no Colégio
D. Pedro II, do Rio de Janeiro ou
no Colégio 2 de Julho, em Salvador.
Raul Pompéia escreveu um
livro para falar do Colégio Ateneu.
Ou seja, em cada lugar há uma ou
mais escolas, ginásios, escolas,
instituições de ensino que deixaram
marcas fortes em seus alunos
que viveram entre suas paredes
momentos fortes de sua vida, experiências
marcantes na sua adolescência
de tantas descobertas.
Mesmo sem ser um internato, o
Ginásio Paulo Afonso, o GPA, que,
quase 30 anos depois, para regularizar
seus cursos de Ensino Médio,
na época chamados de Segundo
Grau, passou a se chamar Colégio
Paulo Afonso, o COLEPA, certamente,
como acredito também
aconteceu com outros alunos em
outros colégios, trouxe grande impacto
para os seus estudantes.
E tanto marcou a caminhada
destes estudantes dos anos de 1950
As marcas boas dos anos de vivência
nas Escolas Reunidas da
Chesf – Adozindo, Alves de Souza
e Murilo Braga -, no Ginásio e
Colégio Paulo Afonso e em suas
muitas outras unidades de ensino
– Escola Parque, Boa Ideia, Escola
Rural, Moxotó Bahia, Moxotó
Alagoas, todas ligadas ao CO-
LEPA em Paulo Afonso, levaram
esses que ali estudaram por um
tempo a se reunirem e criarem a
Associação do Ex-alunos do CO-
LEPA com o objetivo de resgatar
a história e a memória dessa instituição,
reunirem-se periodicamente
e promoveram eventos que
os remetam aos tempos do Giná-
Voltando no tempo, toda essa
longa história, de mais de 50 anos,
só aconteceram porque, quando
ainda se construíam as escolas primárias,
por exigência da legislação
brasileira - porque pela Constituição
de 1946, todas as grandes
empresas tinham que providenciar
escolas para os filhos dos seus
Como o governo brasileiro não
deu o apoio que se esperava, vieram
as campanhas internas, a doação
de um dia de salário dos empregados
e dos diretores da Chesf,
a colaboração de fornecedores da
Chesf com as telhas e todo o madeirame
necessários, a realização
de shows e peças de teatro no CPA,
organizados por Bret Cerqueira
Lima e por Horácio Campelo.
Merece especial destaque, como
citou o Sr. Enoch Pimentel, o apoio
dos empresários Antônio Carlos de
Menezes, que era o presidente da
Cia Agro Fabril Mercantil, a Fábrica
da Pedra, de Delmiro Gouveia e
Ademar da Costa Carvalho que era
fornecedor de madeira utilizada
pela Chesf em suas grandes obras.
O Professor Enoch Pimentel
Tourinho deixou anotado, de próprio
punho, os principais passo da
luta para construir o Ginásio Paulo
Afonso, até a sua inauguração em
5 de março de 1951.
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A 9
Nos últimos dez anos o Colégio Paulo Afonso – COLEPA teve como diretoras: Maria Inêz Brito, de
1991 a 1992; Vilma Bagdeve, de 1993 a 1994; Olga Damasceno, de 1995 a 1997 e Nancy Coelho, de 1998
ao ano 2000.
Com todo esse empenho as
obras foram tocadas em 5 de
março de 1951 era inaugurado
o Ginásio Paulo Afonso. Eram,
no começo, poucos alunos, 6
ou 7 e isso elevava os custos
de manutenção do Ginásio às
alturas.
Os primeiros alunos foram então
levados a estudar em Salvador,
no Ginásio Ipiranga, do renomado
Professor Isaías Alves.
Nos anos seguintes o Ginásio
Paulo Afonso voltou a funcionar
normalmente. O Ginásio Paulo
Afonso e o Colégio Paulo Afonso
tiveram 14 diretores sendo 7 homens
e 7 mulheres.
Nos seus primeiros dez anos, o
GPA teve três diretoras: Antonieta
Moraes de Freitas, nos anos de
1951 e 1952. Idalina Castro Wood,
nos anos de 1952 a 1954 e Neyde
Cerqueira Lima, de 1955 a 1961.
Foram também diretores do Ginásio e do Colégio Paulo Afonso: Enoch Pimentel Tourinho (1962/1965),
Cap. Fausto Figueiredo Leal da Silveira (1966/1971), Antônio Rodrigues (1972), Carlos Formigli (1973 e de
1978 a 1991), Severino Alves Oliveira Lima (Vice-diretor/diretor - 1978/1984), Ivus Leal (1991).
Dentre as muitas efemérides do mês de março, muito bom lembrar do Ginásio Paulo Afonso, inaugurado
em 5 de março de 1971 e se consolidou com Colégio Paulo Afonso desde o ano de 1968, por autorizações
temporárias do MEC e de forma definitiva pelo CEE/BA, a partir de outubro de 1979.
Hoje, as suas salas e laboratórios modernos, recebem centenas de alunos, igualmente sonhadores com
um novo amanhecer, estudantes que são dos cursos do Instituto Federal de Educação – IFBA – e também abre
horizontes imensos para os estudantes do Curso de Engenharia Elétrica que ali é desenvolvido.
No IFBA, o GPA/COLEPA continua a sua missão – educar para o futuro.
Mais informações sobre as Escolas da Chesf e de Paulo Afonso, no
livro Os Caminhos da Educação - De Forquilha a Paulo Afonso, de
Antônio Galdino da Silva, que essa matéria tomou por fonte principal.
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8 de março – Dia Internacional da Mulher
– A origem dessa comemoração –
O dia 8 de março nasceu
por um fato triste: a morte
de mais de 100 mulheres
de uma fábrica têxtil
em Nova Iorque que, ao
reivindicarem a redução
de sua carga de trabalho
de 16 horas para 10 horas
de trabalho diário, ficaram
presas na fábrica que estava
em chamas e ali morreram
carbonizadas. Era 8 de
março de 1857.
A data, ao longo dos anos,
transformou-se numa oportunidade
para homenagear a
mulher, pela beleza, a ternura,
a meiguice, a força, a inteligência,
o afeto, o carinho, a capacidade
de fazer tudo e ainda
o sorriso que quebra qualquer
situação desagradável. A mulher
tem, sim, esse poder que
as vezes nem ela acha que tem.
Quer saber qual a força
de uma mulher? Mexa com
suas crias. Ela vira uma leoa
em sua defesa.
Nas profissões, antes tidas
com exclusivas dos homens,
elas dominam e dão
aulas pros marmanjos...
Por todos esses predicados,
a mulher tem sido, ao
longo da vida, dos séculos,
dos milênios, a musa inspiradora
dos poetas e prosadores.
Deus que tudo sabe e tudo
vê, escolheu a mulher, simples,
humilde, anônima, do
meio do povo simples, para
ser a mãe do Salvador do
mundo...
Criou-se um dia, no
mundo, para que seja
exaltada, homenageada,
apenas para que todos
possamos lhe dizer, nesse
Dia Internacional da Mulher,
que dela, da mulher,
são todos os dias, onde
ela, reina, ama, se enternece,
chora, ri e afaga
com o seu ser tão especial,
aqueles que rodeiam
o seu trono...
Homenagens do Jornal Folha Sertaneja
Em suas edições do mês
de março de cada ano o
Jornal Folha Sertaneja destaca
espaço bem especial
para homenagear a todas
as mulheres.
Este ano novamente levamos
o nosso abraço a todas
aquelas que Deus criou para
ser a companheira, adjutora
do homem ao longo da história
da humanidade.
E nesses milênios muitas
mulheres se destacaram
por sua meiguice, por seu
carisma, por sua garra, por
às mulheres pauloafonsinas
sua coragem por atitudes
que as trouxeram do anonimato
para o destaque no
seu tempo.
Também nos dias atuais,
embora milhões de mulheres
permaneçam anônimas
e, nem por isso, são
menos importantes, outras
têm sido referências pela
sua atuação nas mais variadas
atividades. Em Paulo
Afonso, em todas as atividades
as mulheres têm
feito grande diferença. São
jornalistas e assessora de
comunicação de grandes
empresas e instituições,
diretoras, coordenadoras,
professoras de grandes escolas,
colégios, universidades.
Estão nos hospitais e
na segurança pública, são
advogadas, juízas, promotoras
públicas, diretoras de
instituições públicas e particulares,
empresárias renomadas,
militares de todas as
forças, estudantes. São vereadoras,
secretárias municipais
e são mães, esposas,
mulheres do lar.
A todas elas, o nosso carinho,
o afeto e o aplauso.
E nesta edição, em um caderno
bem especial, resolvemos
destacar mulheres em
alguns segmentos da sociedade
– da educação nos seus
primórdios, do parlamento
e da ALPA - e, ao destaca-
-las queremos estender essa
homenagem do Jornal Folha
Sertaneja nos seus 20 anos
de vida, a todas a mulheres
de Paulo Afonso, repetindo
o que sempre dissemos:
Embora às mulheres se dedique
um dia especial – 8 de
março – Dia Internacional
da Mulher – da mulher são
todos os dias!
Parabéns!
Por Antônio Galdino
Mulheres Pioneiras na Educação em Paulo Afonso
“E há que se cuidar do broto. Pra que a vida nos dê flor e fruto”
Nesse mês de Março/
Mulher, em que tem-se feito
homenagens merecidas a
todas as mulheres, desejamos
abraçar nesse momento
àquelas mulheres dedicadas
à educação, diretoras de
escolas iniciais, de ensino
fundamental e médio, assim
como todas as demais envolvidas
no delicado processo
de ensino e aprendizagem,
professoras, coordenadoras
e outras profissionais que
atuam nesta área.
E gostaria também de fazer
uma viagem aos primeiros
tempos de Forquilha e
da Vila Poty para destacar,
também nessa homenagem,
aquelas profissionais
da educação dos primeiros
anos de Forquilha e Vila
Poty, que viveram em tempo
de grande dificuldade nessa
região, no meio da caatinga,
quase isoladas do mundo.
E trazer à memória algumas
daquelas que foram
pioneiras nessa nobilíssima
missão de educar, “cuidar do
broto”, nos difíceis primeiros
anos de Forquilha, Vila
Poty, Chesf e Paulo Afonso.
Homenageando-as queremos
estender esse nosso afeto a
todas as professoras, coordenadoras,
secretárias, a todas
as mulheres que deram a sua
contribuição importante no
início do processo de educação
das crianças que chegavam
e iam nascendo nessas
terras sertanejas.
No caso da Chesf, criada
como empresa federal, precisava
cumprir o que determinava
a Constituição Federal
de 1946 que dizia que as empresas
tinham que oferecer
o ensino gratuito aos filhos
dos seus empregados. E a
Chesf destinou recursos para
construir a Escola Adozindo
Magalhães de Oliveira. Ao
seu lado, construiu também a
Escola do Senai, para treinar
mão de obra de que ela precisava.
E fez também um alojamento
para as professoras.
Logo, a Chesf viu que a
quantidade de meninos e meninas
que precisavam de escola
era enorme e construiu
mais duas escolas: a Alves de
Souza e a Murilo Braga (hoje
Colégio Carlina). E, ainda
nesse começo da história, já
se pensava em como atender
a estas crianças quando elas
terminassem o ensino primário
(1ª a 4ª série) e, sem orçamento
para isso, lutou-se
muito para se construir o Ginásio
Paulo Afonso. À frente
dessa luta, o chesfiano, chefe
do serviço de Transporte da
Chesf, Enoch Pimentel Tourinho
(de quem falaremos em
outro texto, nesse espaço de
Personagens em Destaque).
Maria Amélia
Nas Escolas Reunidas da
Chesf despontaram as presenças
das educadoras. E foram
muitas. D. Maria Amélia
(chamada de D. Amelinha),
sua irmã, Matilde e dezenas
de outras tinham por base
a Escola Adozindo. Na Escola
Alves de Souza, dentre
muitas, D. Amanda Jatobá.
Na Escola Murilo Braga, a
professora Lindinalva Cabral
dos Santos, que foi a
minha primeira professora e
a primeira professora, a gente
também nunca esquece...
Lindinalva, Amanda e Maria
Amélia foram minhas professoras
no curso primário.
Professora Etelinda
Outro nome marcante para
grande número de estudantes
daqueles tempos foi a Professora
Etelinda Viana Martins,
ao mesmo tempo rigorosa e
meiga, cobradora de resultados
e uma manteiga derretida
quando um dos seus alunos
do Curso de Admissão ao Ginásio
não se saía muito bem...
Estive muitas vezes com
ela em seus últimos anos de
vida que chegaram aos 96,
de ternura e encantamento.
Fora da área privilegiada
da Chesf, milhares de crianças
não tinham escola. Isso
mexeu com os sentimentos
de Gilberto Gomes de Oliveira
(da Igreja de Cristo
Pentecostal no Brasil) e João
Cartonilho (da Primeira Igreja
Batista de Paulo Afonso).
Juntos, com o forte apoio a
Igreja Batista, eles resolveram
criar a Escola Evangélica
Antônio Balbino (nome
do governador da Bahia, na
época). Esta EEAB foi fundada
em 13 de abril de 1955.
Vilma Eugênia
E aí, novo destaque de
mulheres educadoras. D.
Vilma Eugênia de Oliveira,
esposa de Gilberto Oliveira,
recusou um emprego na
Chesf, sonho de todos, para
se dedicar integralmente a
esta escola filantrópica, que
sobrevivia de apoio de alguns
comerciantes e da doação
de R$2.500 cruzeiros
pela Chesf, autorizada pelo
presidente Antônio José Alves
de Souza.
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Para dirigir a escola, no
seu primeiro ano, veio a
Professora Lindinalva Cabral.
A partir de 1956, passou
a ter como diretor o Pastor
Onésimo Nascimento, da
1ª Igreja Batista. Como professora
leiga, a Sra. Adeilda
Carvalho.
Lindinalva Cabral
Depois, a escola cresceu
e chegou a ter 500 alunos e,
naturalmente outras dedicadas
professores para das três
salas de aulas em lugares diferentes:
no salão anexo da
1ª Igreja Batista, no salão do
Distrito de Paulo Afonso e
em uma casa de tábuas cedida
pela Chesf, das muitas
que a empresa hidrelétrica
construiu na Vila Poty.
Lembrar que das raízes
dessa escola, nasceu o Centro
Evangélico de Recuperação
Social e, mais à frente o
Ginásio e Colégio Sete de
Setembro.
Lembrar também que a
primeira escola pública de
Paulo Afonso a oferecer o
Curso de Magistério foi o
IMEAPS, criado pelo prefeito
Adauto Pereira de Souza e
que teve como diretora sua
esposa Darcy Maria Gonçalves
Pereira de Souza...
Darcy Maria
Lembrar ainda que o
CIEPA, que se originou do
IMEAPS teve diretoras poderosas
nos seus primeiros
tempos como Noêmia Cortes,
Vera Gouveia e a Professora
Creuza, dentre outras
nos anos à frente...
Professora Noemia
Ainda nos primeiros tempos,
lembrar de D. Laura
Hemetério que além de cuidar
dos pastoris de Natal,
dava aulas de artes, primeiro
no GPA e depois no Ginásio/
Colégio Sete de Setembro...
Dona Laura
Além de muitas escolas
infantis, lembrar também
que depois vieram outros
grandes colégios, públicos e
privados, dirigidos também
com sabedoria por mulheres
como Jocelina Campos
nos primeiros muito difíceis
anos do Colégio Carlina, Viviane,
no Colégio Modelo
Luiz Eduardo, hoje Colégio
Paulo Freire, De Geane,
que da Escolinha Infantil fez
nascer o Colégio Monteiro
Lobato, Marileide Queiroz
que também começou numa
pequena escolinha infantil
e nasceu o Colégio Montessori,
e de Patrícia Alves
que gerencia o Colégio Boa
Ideia que era, na Chesf, uma
escola do Fundamental 1. E
muitas outras diretoras, coordenadoras
e professoras de
muitas escolas da rede municipal
e da rede particular de
ensino em Paulo Afonso.
Jocelina Campos
Voltando à Chesf e aos
cuidados desta empresa com
a Educação, a construção do
Ginásio Paulo Afonso foi o
grande desafio daquela época,
mas ele foi construído e, para
isso, foram muitas doações
de empresários, realização de
festas populares, valor de um
dia de trabalho dos empregados
e dos diretores da Chesf...
E, nessa homenagem às
mulheres educadoras dos
primeiros tempos, e de todos
os tempos, e especialmente
falando do sistema
de ensino implantado pela
Chesf e que durou mais de
50 anos, de 1949 até o ano
2000, do seu difícil começo
e do seu fim triste e doído, foi
muito marcante a presença
de mulheres poderosas.
Na Escola Alves de Souza,
em 28 de junho de 1949,
assim dava aulas a professora
Ezilda Carvalho, esposa
de Aprígio, como narra Luiz
Fernando Motta Nascimento
e registrei no meu livro Caminhos
da Educação.
E, nesse meio século de
vida, de atuação de centenas
de profissionais da educação
que fizeram do Ginásio/
Colégio Paulo Afonso, uma
referência de qualidade de
ensino no Nordeste, coube
às mulheres serem as diretoras
nos primeiros 10 anos do
GPA e nos 10 últimos anos
do COLEPA.
O Ginásio e depois Colégio
Paulo Afonso teve 14 diretores
sendo, curiosamente,
7 homens e 7 mulheres.
Nos primeiros dez anos de
vida (de 1951 a 1961) do Ginásio
Paulo Afonso, o GPA,
criado no meio da caatinga
em 1951 nessa terra distante
de tudo, quase fora do mundo,
três fortes mulheres foram
suas diretoras: Antonieta
Moraes (1951/1952), Idalina
Castro Wood (1952/1954)
e Neyde Cerqueira Lima
(1955/1961).
Nos últimos dez anos
do Colégio Paulo Afonso
(de 1991 ao ano 2000), o
COLEPA, ao encerrar o seu
ciclo no ano 2000, foi dirigido
por mulheres também
guerreiras: Maria Inez
Brito (1991/1992), Vilma
Bagdeve (1993/1994), Olga
Damasceno (1995/1997) e
Nancy Coelho (1998/2000).
Hoje, na cidade/ilha de
Paulo Afonso, nos seus bairros
populosos e na zona rural
do município estão nesse
primeiro quarto do Século
21, dezenas de respeitadas
escolas públicas e privadas,
que oferecem a milhares de
estudantes o ensino em elevado
nível de qualidade e
em muitas delas estão mulheres
na sua direção, coordenação
e como professoras
e outros profissionais da
educação compartilhando,
com natural orgulho em outdoors
e nas redes sociais, as
fotos dos seus alunos que se
destacaram nos vestibulares
por esse Brasil fora.
Diferente dos seus primeiros
tempos, quando o
ensino em Paulo Afonso
era limitado ao chamado
Segundo Grau, hoje Nível
Médio o que impedia que
os estudantes chegassem
a uma Universidade ou
exigia grande esforço dos
pais para que alguns estudassem
em outros centros,
Paulo Afonso é, atualmente
um grande polo do ensino
superior, com quatro grandes
universidades presenciais:
Centro Universitário
do Rio São Francisco
(UNIRIOS), particular,
Universidade do Estado da
Bahia, UNEB, pioneira em
Paulo Afonso, há 40 anos,
mantida pelo Estado da
Bahia, Instituto Federal de
Educação – IFBA (federal)
e Universidade do Vale do
São Francisco – UNIVASF
(federal).
O nosso aplauso a cada
profissional da educação
pelo seu trabalho incansável
e nosso abraço, nesse
mês especial a todas as
mulheres que atuam, ao
lado dos seus colegas, nesse
universo mágico onde
se tem a oportunidade de
se mostrar aos estudantes
que há vida, futuro, sonhos
muito além do que os seus
olhos podem enxergar!
Lembrando as mulheres
educadoras de ontem,
as pioneiras, parabenizamos
e aplaudimos as
mulheres educadoras dos
nossos dias.
Sobre as muitas professoras
desses primeiros
tempos da Chesf e da Vila
Poty, todas igualmente importantes,
cito aqui aquelas
que a memória me traz pela
convivência mais pessoal,
como estudante...Há, certamente,
centenas, milhares
de outras na memória
de quem lê esse resgate
histórico...
Fale, muito bem, delas e
das atuais também...
Professora Elízia, na Escola Alves de Souza em 28 de junho de 1949
Breve história das Mulheres no Parlamento de Paulo Afonso
- 10 mulheres nota 10 –
E luta / Se aprimora / Fica igual / Se supera / Mostra competência / Vence!
Em 7 de abril de 1959 a
Câmara Municipal de Paulo
Afonso foi instalada quando
foi realizada a primeira
sessão, histórica, de posse
dos primeiros oito (8) vereadores
e do primeiro prefeito
de Paulo Afonso, o comerciante
Otaviano Leandro de
Morais, estabelecido comercialmente
com o seu Armazém
Sertânia no número 316
da Rua da Frente que passou
a ser depois a Avenida Getúlio
Vargas.
Em 7 de abril de 1959,
num universo de extremo
machismo da época, foram
empossados na Câmara Municipal
de Paulo Afonso 6
vereadores e 2 vereadoras.
Ou seja, quase ninguém
acreditava que 25% dos vereadores
da primeira Legislatura
de Paulo Afonso eram
mulheres, mas ali estavam a
Professora Lizette Alves dos
Santos e a estudante Dinalva
Simões Tourinho. E o destaque,
a surpresa ainda maior
foi a Vereadora Dinalva Tourinho
ser eleita como a primeira
presidente da Câmara
Municipal de Paulo Afonso.
Infelizmente, esse impacto
causado na primeira legislatura
foi rareando ao longo dos anos.
Crescia o número de eleitores e
de vereadores em cada Legislatura
e diminuía o número de
mulheres vereadoras.
Em 7 de abril de 2024 a
Câmara Municipal de Paulo
Afonso completará 65 anos.
Ao longo dessa história
de quase 65 anos a Câmara
Municipal de Paulo Afonso
teve 210 vereadores eleitos
e mais 20 que eram suplentes
e assumiram os cargos
que ficaram vagos, por
morte, licença ou cassação
de mandatos.
Desse total de 230 vereadores
que atuaram no parlamento
municipal de Paulo
Afonso, até o ano de 2024,
apenas10 mulheres foram
eleitas vereadores, sendo a
última eleita a vereadora Evinha
Oliveira no ano de 2020.
Antes, houve períodos
muito longos sem a presença
feminina na Câmara Municipal
de Paulo Afonso.
Na primeira Legislatura
da Câmara, de 1959 a 1963,
duas vereadoras foram eleitas:
a Professora Lizette Alves
dos Santos e a estudante
(em Salvador), Dinalva Simões
Tourinho que, porque
precisa terminar os seus estudos,
pediu licença por uns
meses, mas em outubro de
1959, sete meses depois de
sua posse, renunciou ao cargo
e ao mandato.
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Edição 231 • Março 2024
31 de Março de 2024
Lizette era filha de Severino
Alves dos Santos,
conhecido como Severino
Dentista e Dinalva, filha de
Enoch Pimentel Tourinho,
influente funcionário da
Chesf.
Se elas foram eleitas pela
influência dos pais ou não,
o fato que ali estavam, vereadoras,
defendendo os interesses
da comunidade tão
carente. Dinalva deixou um
projeto da criação da Biblioteca
Pública Municipal e Lizette
foi importante colaboradora
do Prefeito Otaviano
no que se refere à organização
da educação municipal
e construção das primeiras
escolas do município.
Somente 24 anos depois,
na 7ª Legislatura, de 1º de
janeiro de 1983 a 31 de dezembro
de 1988, a Câmara
de Paulo Afonso voltou a ter
mulheres no seu parlamento,
quando foram eleitas, em
outubro de 1982 e empossadas
em 01/01/1983, as vereadoras
Maria José Barros
Lins e Francisca Barros de
Sousa Siebert, num quadro
de 13 vereadores.
Como Dinalva, a médica
Francisca Barros também
exerceu a presidência do
Legislativo Municipal de
Paulo Afonso, no período
de 01 de março de 1984 a
31 de dezembro de 1985,
sendo em outubro de 1985
eleita Vice-Prefeita na chapa
do também vereador José
Ivaldo de Brito Ferreira, assumindo
este cargo no Executivo
Municipal em 1º de
janeiro de 1986.
Em 1989, na 8ª legislatura
municipal que foi até 31
de dezembro de 1992, ainda
com 13 vereadores, ocupa
uma cadeira na Câmara outra
médica, Nélia Correia da
Silva Souza que teve uma
atuação destacada na Câmara
Municipal Constituinte,
instalada em 10 de novembro
de 1989, cujos trabalhos
resultaram na criação da Lei
Orgânica do Município de
Paulo Afonso, promulgada
em 21 de junho de 1990. O
presidente da Câmara Constituinte
foi o vereador Luiz
Carlos de Carvalho.
Na 9ª legislatura, de 1º de
janeiro de 1993 a 31 de dezembro
de 1996, com a Câmara
tendo 15 vereadores, a
suplente de vereadora Ivanete
Avelino Bento assume a
cadeira deixada pelo vereador
Orlando Carvalho Lima,
cassado pelo Poder Legislativo
em 4 de julho de 1994.
Ivanete Bento é reeleita
nas duas legislaturas seguintes,
a 10ª legislatura, de 1º
de janeiro de 1998 a 31 de
dezembro de 2001, com 15
vereadores e a 11ª legislatura,
de 1º de janeiro de 2001
a 31 de dezembro de 2004,
esta com 17 vereadores.
Nessa 11ª legislatura,
também se reelege Francisca
Barros de Souza Siebert,
para outro mandato na Câmara
de Paulo Afonso e elege-se
Risalva Maria de Toledo,
pioneira da emancipação
política de Paulo Afonso que
havia sido Vice-Prefeita na
gestão do prefeito Luiz Barbosa
de Deus (1989/1992).
Assim, a 11ª legislatura da
Câmara de Paulo Afonso,
dos 17 edis, três eram mulheres:
Ivanete Bento (em seu
terceiro mandato), Francisca
Barros (no segundo mandato)
e Risalva Toledo.
Para a 12ª legislatura, de
01 de janeiro de 2005 a dezembro
de 2008, com 11 vereadores,
foi eleita Vanessa
Rodrigues Barbosa de Deus.
Somente na 14ª legislatura,
de 1º de janeiro de 2013
a 31 de dezembro de 2016,
no dia 5 de dezembro de
2014, a suplente de vereadora
Leda Maria Rocha Araújo
Chaves (irmã Lêda) assume
a vaga deixada pelo vereador
Juvenal Teixeira Lima,
falecido no dia 28 de novembro
de 2014. Irmã Leda
foi eleita para a 15ª Legislatura
(2016/2020).
Para a 16ª Legislatura
(2021/2024), a vereadora
Irmã Leda foi reeleita e foi
eleita Evanilda Gonçalves
de Oliveira (Evinha Oliveira),
a 10ª vereadora a atuar
no plenário da Câmara Municipal
de Paulo Afonso.
Mulheres no Parlamento de
Paulo Afonso, de 1959 a 2024
1959/1963 –
Dinalva Simões Tourinho
Lisette Alves dos Santos.
1983/1988 –
Francisca Barros de Sousa
Siebert
Maria José Barros Lins
1989/1992 –
Nélia Correia da Silva Souza
1992/1996 –
Ivanete Avelino Bento - (assumiu
em 5/07/1994)
1997/2000
Ivanete Avelino Bento
2001/2004 –
Francisca Barros de Sousa
Siebert
Ivanete Avelino Bento
Risalva Maria de Toledo
2005/2008 –
Vanessa Rodrigues Barbosa
de Deus
2013/2016 -
Leda Maria Rocha Araújo
Chaves (irmã Lêda)-
-(assumiu em 05/12/2014)
2016/2020 -
Leda Maria Rocha Araújo
Chaves (irmã Lêda)
2021/2024 -
Evanilda Gonçalves de Oliveira
(Evinha Oliveira)
Leda Maria Rocha Araújo
Chaves (irmã Lêda).
Em homenagem a estas
personagens da história
política de Paulo Afonso,
a poetisa Jovelina Ramalho,
da Academia de Letras
de Paulo Afonso, a pedido
do Jornal Folha Sertaneja
escreveu o poema ao lado,
publicado na Edição Nº 200
deste Jornal.
Mulheres
no Parlamento
Jovelina Ramalho
Há uma doce fragrância
Que faz bem e encanta
Um toque diferente
Uma inteligência perspicaz e fina
Um riso suave e doce
Uma guerreira que se faz bonita.
Uma mão suave
De um lutar tão forte
Um sexo “frágil”
Onde a fortaleza mora
Uma ninfa, uma deusa
Uma doce e jovem senhora.
Uma, das várias Marias
Que no Brasil habitam.
Loiras, morenas, mamelucas
Todas belas, sem repetição
É o feminino que brilha
No lar, na escola ou repartição
No sorriso brejeiro
Sob o batom encarnado
Há uma busca incessante
No olhar aguçado
Há o sonho da igualdade
No direito que é legítimo
que outrora foi negado.
É a mulher que assume o pleito
Onde só homem era votado
Num Brasil de preconceitos
Ingrato e masculinizado
O feminino ganha um rosto
Nas prefeituras, câmaras, presidência e senado.
Eis a mulher do parlamento
Que não esqueceu a canção de ninar
Nem a suprema missão de gerar vidas
Que cozinha, acolhe, pare e faz amor
Que decide, planeja e acredita
Que também é responsável
por um Brasil melhor
E luta
Se aprimora
Fica igual
Se supera
Mostra competência,
Vence!
Homenagem às mulheres da ALPA, todas MARIAS
A Academia de Letras de-
Paulo Afonso – ALPA - foi
criada em 20 de novembro
de 2005 e já ali trazia entre
os seus 15 membros fundadores
mulheres que se destacavam
como educadoras,
poetisas, escritores.
Ali estavam Maria Lúcia
Cordeiro (in memoriam), Jovelina
MariaRamalho, Maria
Socorrode Mendonça, Maria
doSocorro Araújo (Marajana),
Maria daGlória Lira. Ou seja,
dos 15 membros fundadores da
ALPA, um terço do seu quadro
era a força feminina. Já foram
10, entre os quarenta membros
(um quarto). Hoje são
oito e logo mais uma tomará
posse para se juntar aos escritores
e escritoras,poetas epoetisas,
cordelistas,violeiros,
historiadores,pesquisadores
desta Academia de Letras, a
ALPA.
Estas são as mulheres da
ALPA em Março de 2024:
Jovelina MariaRamalho,
Maria Socorrode Mendonça,
Maria doSocorro Araújo
(Marajana), Maria daGlória
Lira. Maria Lúcia Teixeira
Santos, Maria Cleonicede
Souza Vergne, Maria GoretteMoreira
e Maria Telma-
Barbosa Aciole de Lima.
Duas delas são estrelinhas
no infinito do universo:
Maria Lúcia Cordeiro, que
nos deixou em 2006 e Maria
Dolores Moreira, que nos
deixou em 2024.
Desse total de gente quepensa,
escreve, busca informaçõese
sobretudo quedeixa
que seus sentimentosexplodam
em versos falandode
coisas, de ambientes,lugares
e de pessoas, entreos atuais
38 membros da ALPA, oito
são mulheres, todasMA-
RIAS, as MULHERESDA
ALPA.
Que estas MULHERES
DA ALPA continuem alegrando
a todos com a sua
produção literária e acadêmica
e com a sua presençaentre
nós por muitos anos.
Maria Cleonice de Souza Vergne
Nasceu em Salvador/ BA,
em 12/08/1954. Mora em
Paulo Afonso desde 2002.
Em 25 de novembro de
2019, a Câmara Municipal
lhe concede o título de Cidadã
de Paulo Afonso.
Possui doutorado em Arqueologia
pela Universidade
de São Paulo - USP (2004),
mestrado em História pela
Universidade Federal de Pernambuco
- UFPE (1990) e
graduação em História pela
Universidade Federal de Sergipe
- UFS (1983).
É professora aposentada
Maria Lúcia Teixeira Santos
da Universidade do Estado
da Bahia (UNEB), esteve durante
anos atuando no Curso
de Bacharelado em Arqueologia,
em Paulo Afonso-BA.
É Coordenadora de Pesquisa
do Centro de Arqueologia
e Antropologia de Paulo
Afonso/CAAPA.
Dentre os muitos trabalhos
que deixa para a Ciência
estão os do Sítio Justino, em
Canindé do São Francisco,
Sergipe, antes do enchimento
da Barragem de Xingó
que resultaram na criação
do Museu Arqueológico de
Xingó – MAX e os Sítios
Arqueológicos dos povoados
Rio do Sal, Mão Direita,
Malhada Grande e outros no
município de Paulo Afonso
registrados no livro Pedras
Pintadas, feito em parceria
com Juracy Marques.
É membro Efetivo da
Academia de Letras de Paulo
Afonso, Cadeira Nº 24, cujo
patrono é Ariano Suassuna.
Nasceu em 31 de agosto
de 1952, em Olho D’água
do Souza, Município de
Glória/BA, onde iniciou
a escolarização na Escola
Municipal. Mu¬dou-se com
a família para Paulo Afonso
em 1963. Em 12/03/1992 a
Câmara Municipal aprovou
o título de Amiga da Cidade
de Paulo Afonso.
Estudou na Escola Casa da
Criança (hoje 01). Fez o curso
ginasial e cientifico no Ginásio
Paulo Afonso/ COLEPA.
Graduada em Psicologia
pelos Institutos Paraibanos
de Educação – IPÊ (hoje
UNIPÊ) – João Pessoa, Paraíba,
tem especialização
em Educação de Adultos –
UFPB, apresentando ao final
do curso com Francisca
de Assis de Sá, a monografia
“O Bairro Centenário e sua
organização comunitária”,
em 1986. Cursou Mestrado
em Ecologia Humana e Gestão
Socioambiental – UNEB
Campus VIII, defendendo
a dissertação Impactos Socioambientais
provocados
pelas barragens Delmiro
Gouveia e Apolônio Sales
à população ribeirinha
dos municípios de Glória e
Paulo Afonso, em 2012.
Tem artigos publicados
na Revista da Academia de
Letras de Paulo Afonso Nº 4
(2022) - Paulo Afonso antes
da CHESF: povoações
na região da cacheira. e Nº
5(2023) - Parque Belvedere
em Paulo Afonso-BA:
uma paisagem cultural na
caatinga-uma restauração
ecológica.
Durante quinze anos
atuou como atriz no Grupo
de Teatro Curicaca.
Membro Efetivo da Academia
de Letras de Paulo
Afonso, Cadeira 16 que tem
como patrono o poeta baiano
Gregório de Matos Guerra.
Maria Thelma Barbosa
Aciole de Lima
Nascida no Sertão da
Bahia, em Paulo Afonso, em
02/01/1952 e criada dentro de
uma Vila de área de segurança
nacional. As ruas dentro da
Vila eram denominadas pelas
letras do abecedário.
Eu morava na antiga Rua
D número 21. Essa Vila era
cercada por um muro de pedras,
com 2 metros de altura.
Eu achava que o mundo se resumia
ali dentro. Um dia, essa
menina ganhou o mundo e viu
que o mundo era bem maior
do que ela pensava. Costumo
dizer que sou escritora, pra dominar
meus anjos e demônios.
Livros - Um rio que mora
em mim e A moça do brinco
de rubi.
Presença nas Bienais do
Livro de Paulo Afonso de
2014 e 2016 e no FLIP - Rio
de Janeiro.
É membro Correspondente
da Academia de Letras
de Paulo Afonso, Cadeira Nº
32, que tem como patrona a
escritora cearense Rachel de
Queiroz.
Maria da Glória Lira
Nasceu em Esperança, na
Paraíba em 28/03/1953.
Tem formação em Biologia
e em História. Durante
muitos anos atuou na área
cultural de Paulo Afonso. Foi
a responsável pela organização
da Biblioteca Pública
Municipal Monteiro Lobato
no prédio da primeira Prefeitura,
no Espaço Cultural
Maria do Socorro Araújo
Nascimento
Nasceu em 26/01/1966 na
cidade de Paulo Afonso/BA.
Formada em Letras pela
Faculdade Sete de Setembro
– FASETE (UNIRIOS),
na cidade de Paulo Afonso –
Bahia; Pedagogia e Arqueologia,
pela Universidade do
Estado da Bahia – UNEB;
graduação em Serviços
Imobiliários - UNIAS-
SELVI. Pós-graduada em
Meto¬dologia do Ensino,
Pesquisa e Extensão em
Educação – UNEB; Turismo
e Desenvolvimento Sustentável
– UNEB; Educação à
Jovelina Maria
Ramalho da Silva
Nasceu no Rio de Janeiro
em 25/09/1952.
Tem raízes familiares em
Palmeira dos Ìndios/AL e
em 2018 recebeu da Câmara
Municipal de Paulo Afonso
o título de Cidadã de Paulo
Afonso.
Escritora, poetisa, Graduada
em Pedagogia e Bacharela
em Direito e foi professora
por muitos anos das
Escolas da Chesf e COLEPA
e do Colégio Polivalente de
Paulo Afonso.
Já foi coralista do Coral
da Chesf e atualmente faz
parte do Coral da Catedral
N.S. de Fátima, da Diocese
de Paulo Afonso.
Raso da Catarina, atualmente
cedido para ser o Memorial
Abel Barbosa e a sede da
Academia de Letras de Paulo
Afonso.
Foi diretora do Departamento
Municipal de Cultura,
desenvolveu intensa atividade
de cadastramento de artesãos
e a realização de feiras
semanais de artesanato.
Coordenou a realização
dos desfiles de 28 de Julho
com enredos temáticos que
atraíam grande público à
Avenida. Também cuidou da
preservação da cultura junina
com a realização dos concursos
de quadrilhas que se
transformaram em grandes
espetáculos.
É membro Fundadora da
Academia de Letras de Paulo
Afonso - Cadeira Nº 15.
Distância: Gestão e Tutoria,
pela Universidade Leonardo
da Vinci – UNIASSEL-
VI; Metodologia da Língua
Portuguesa - UNIASSELVI;
MBA em Gestão Comércio
Inteligência de Mercado –
UNIASSELVI e Psicopedagogia
- UNIASSELVI.
Autora dos livros: Solidão
(poesia), Janelas da Alma
(poesia) e coautora do livro:
A Vida e a Vida de Pe. Lourenço
(biografia). Coautora
do livro Diocese de Paulo
Afonso: Luzeiro de Fé e Esperança
no Sertão Baiano.
Atualmente, é Coordenadora
pedagógica na Escola
Vinicius de Moraes no Jardim
Bahia e trabalha na área
de vendas (terceira paixão)
como corretora de imóveis
do Eco Park Paulo Afonso.
Suas obras estão publicadas
na AMAZON em livros e,
também, e-book.
É membro fundadora da
Academia de Letras de Paulo
Afonso, Cadeira nº 5.
Tem três livros publicados,
o primeiro, Verso e Reverso,
em 1992, durante o Modernismo
em Paulo Afonso e
dois cordéis. Participou do
livro do Concurso de Causos
promovido pela Chesf na comemoração
dos 50 anos da
empresa, em 1998 e das publicações
da ALPA: Rio São
Francisco em Prosa e Versos,
Revista da Academia de Letras
de Paulo Afonso Nºs 1
a 5 e Antologias de Poetas
de Paulo Afonso Nºs 1 e 2,
publicados entre os anos de
2019 e 2023.
Acredita que na vida vale
o prazer de poetizar e cada
dia é um presente de DEUS,
portanto, vivê-lo intensamente
é sabedoria divina.
É membro Fundadora da
ALPA, Cadeira Nº 12, onde
criou o Projeto “O Escritor
vai à Escola” através do
qual os escritores da ALPA
vão às Escolas falar de escrita
e de leitura para os jovens
estudantes.
Edição 231 • Março 2024
31 de Março de 2024
A 13
Maria Gorette Moreira
Nasceu em Triunfo, PE, residente
da cidade de Paulo Afonso,
BA. Amiga da Cidade de
Paulo Afonso - Resolução Nº.
225/92. Cidadã de Paulo Afonso
- Resolução Nº. 257/93.
Funcionária da Câmara
Municipal de Paulo Afonso,
Coordenadora Pedagógica
do Polo Educacional UNISA
- Paulo Afonso, BA. Pioneira
em Educação a Distância em
Paulo Afonso.
Presidente da ASCOPA,
Ex-Presidente da ALPA,
Maria Socorro
de Mendonça Gomes
Nasceu em Icó/CE, no dia
03/08/1947.
Vive em Paulo Afonso
desde 1951. Em 2018, recebeu
o título de Ci¬dadã de
Paulo Afonso.
Graduada em Pedagogia,
especializou-se em Educação
Infantil e Orientação Educacional.
Professora de Magistério,
atuou em Paulo Afonso, Glória
e Santa Brígida, na Bahia.
Foi Coordenadora Municipal
de Educação de Paulo
Mulheres da Alpa In Memoriam
Em sua história de vida,
começada em 20 de novembro
de 2005, a Academia de
Letras de Paulo Afonso perdeu
cinco membros, imortais
em outro plano. Destes,
duas mulheres, duas Marias:
Lúcia Cordeiro (2006)
e Dolores Moreira (2024).
Maria Lúcia Cordeiro
Lúcia Cordeiro foi professora
e coordenadora do
Colégio Sete de Setembro
durante toda a vida. Foi
membro fundadora da Academia
de Letras de Paulo
Afonso e uma semana depois
da posse dos seus membros,
que aconteceu em 21
de outubro de 2006, faleceu.
Maria Dolores Moreira
Dolores Moreira dedicou-se
toda a vida ao teatro
Membro dos Conselhos Municipais
da Criança e do Adolescente,
Educação, Assistente
Social e do Conselho do
Meio Ambiente, Comitê de
Itaparica, Conselho de Turismo.
Ex-Secretária de Educação
de Santa Brígida.
Escritora, poetisa, foi colunista
do Jornal Forquilha.
Participou da coletânea de
Poesias na Semana do Modernismo,
quando publicou
Fragmentos de um Ponto de
Partida (poesia-2ª Ed.2018)
Participou da Antologia dos
Dez Mandamentos em Prosa
e Verso (2019) e da 1a, 2a e 3a
Edição da Revista da ALPA.
Membro Efetivo da Academia
de Letras de Paulo Afonso,
onde ocupa a Cadeira Nº 19,
cujo Patrono é Rui Barbosa. É
Secretária Geral da ALPA para
o biênio 2023/2025. Membro
da Academia Santabrigidense
de Letras e Artes.
Afonso, em 1992 e Secretária
de Educação e Ação Social de
Glória, em 1993. Implantou e
coordenou o Programa Sentinela
em Feira de Santana/
BA, com destaque nacional.
Faz parte do Dicionário de
Autores Baianos/2012. Compõe,
poesias, cordéis e crônicas.
Como poetisa, a obra
Monólogo de Um Pivete de
2001, obteve classificação
nos títulos: As melhores Poesias
do Século, do Rio de Janeiro,
Anuário de Escritores,
do Rio de Janeiro e Valores
Literários do Brasil, do Distrito
Federal.
Publicou: Pelo Social
(poesia/1993), Tipos de Conhecimento
(cordel/1994),
Receituário de Alimentação
Alternativa(1999), Traços
de Mim (poesia/2018) e Cozinhar
100 Segredos (2020).
É membro Fundadora da
ALPA, Cadeira Nº 10.
em Paulo Afonso, tendo-se
formado como dramaturga
na Universidade Federal da
Bahia, em Salvador onde
também chegou a ser premiada
pelo seu trabalho.
Realizou peças memoráveis
no Centro de Cultura
Lindinalva Cabral, tais
como O Nordeste é Lindo
e Alpercatas de Couro Cru,
ressaltando a importância e
a luta do homem sertanejo.
Produziu muitas peças para
a Chesf. Trabalhou, até os
seus últimos dias na Educação
em Paulo Afonso. Seu
legado artístico e educacional
deixou uma marca indelével.
Ela faleceu na tarde
de quinta-feira, 8 de fevereiro
de 2024, os 62 anos de
idade.
A14
Edição 231 • Março 2024
31 de Março de 2024
Em 7 de abril de 1959, há 65 anos, foi instalada
a Câmara Municipal de Paulo Afonso
O atual território do município
de Paulo Afonso pertencia, até 28
de julho de 1958, ao município de
Santo Antônio da Glória, hoje Glória,
no Estado da Bahia que, desde
os primórdios do Século XVIII foi
habitado por bandeirantes portugueses
que, chefiados por Garcia
D´Ávila, subiram o rio São Francisco,
seduzidos pela abundância
das águas e imensidão dos campos.
A região onde está a cidade de
Paulo Afonso, o centro histórico
da Ilha de Paulo Afonso, era conhecida
como Forquilha.
Até 1725 não existia o nome
Paulo Afonso nesta região. A cachoeira
existente na região era conhecida
também como Forquilha,
Sumidouro ou Cachoeira Grande.
No dia 3 de outubro de 1725 o
sertanista Paulo Viveiros Afonso
recebeu por alvará uma sesmaria
medindo três léguas de comprimento
por uma légua de largura,
situadas na margem esquerda do
rio São Francisco. Não se conformando
com a área que recebeu, o
donatário ocupou, além das ilhas
fronteiras (entre as quais a da Barroca
e da Tapera), as terras baianas
existentes na margem direita onde
construiu um arraial que, posteriormente,
se transformou na Tapera
de Paulo Afonso.
Em 1948, o governo federal criou
a Chesf que se instalou na margem
direita do rio São Francisco, neste
Povoado Forquilha, que tinha poucas
casas como disse um dos engenheiros
pioneiros da Chesf, Bret
Cerqueira Lima, ao autor.
“Quando aqui chegamos, isso
aqui era um deserto. Era só a
caatinga. Tivemos que morar em
Delmiro Gouveia porque as casas
daqui eram uma ou outra, espalhadas
na caatinga. Essa região
era conhecida como Forquilha”.
Dez anos depois, quando o Distrito
de Paulo Afonso foi emancipado,
a população do lugar já era
estimada em 25 mil habitantes.
Em 2022, a população de
Paulo Afonso, segundo o IBGE,
era de 112.840 habitantes. A
Câmara Municipal, que tinha 8
vereadores, entre os quais duas
mulheres, quando de sua instalação
em, 7 de abril de 1959, hoje
tem 15 vereadores, dos quais,
duas mulheres e, nas eleições
de 6 de outubro de 2024 elegerá
mais 2 vereadores, iniciando
a sua Legislatura de 2025/2028,
com 17 vereadores.
07/04/1959 – Instalação da 1ª Legislatura
da Câmara Municipal de Paulo Afonso
A primeira eleição municipal de
Paulo Afonso aconteceu no dia 3 de
outubro de 1958 quando foram eleitos
o primeiro prefeito, o comerciante
Otaviano Leandro de Morais e os
oito primeiros vereadores da primeira
legislatura do município.
Como acontecia naquele tempo,
embora a eleição acontecesse no
início do mês de outubro, a posse
dos eleitos só acontecia seis meses
depois, sendo a instalação da Câmara
Municipal de Paulo Afonso
realizada no dia 7 de abril de 1959.
Os vereadores foram empossados
pelo Juiz Eleitoral de 84ª Zona
Eleitoral Dr. Hélio José Neves da
Rocha e em seguida a presidente da
Câmara Municipal de Paulo Afonso,
Vereadora Dinalva Simões Tourinho
deu posse ao prefeito eleito,
Otaviano Leandro de Morais.
Na foto, já sem a vereadora Dinalva
Simões, que havia renunciado,
estão, a partir da esquerda:
Vereador Noé Pereira dos Santos,
Vereadora Lizette Alves dos Santos,
Vereadores Diogo Andrade
Brito, Noé Pires de Carvalho (era
o 1º suplente), Luiz Mendes Magalhães
(era o vice-presidente e
assumiu a presidência com a renúncia
de Dinalva), Manoel Pereira
Neto, José Freire da Silva e José
Rudival de Menezes.
A Câmara Municipal de Paulo
Afonso, em sua primeira legislatura
– 07/04/1969 a 07/04/1963 – foi
assim formada, com 8 vereadores:
Dinalva Simões Tourinho –
Presidente
Luiz Mendes Magalhães – Vicepresidente
Diogo Andrade Brito – 1º Secretário
Manoel Pereira Neto – 2º Secretário
José Freire da Silva
José Rudival de Menezes
Lizete Alves dos Santos
Noé Pereira dos Santos.
Algumas curiosidades sobre
essa primeira legislatura da Câmara
Municipal de Paulo Afonso:
1 – De forma inédita na região,
a primeira eleição municipal de
Paulo Afonso elegeu duas mulheres
no quadro total de oito vereadores:
Dinalva Tourinho e Lizete
Alves.
2 – Outro registro inédito na região
foi a eleição de uma mulher,
a Vereadora Dinalva Simões Tourinho,
como primeira presidente da
Câmara Municipal de Paulo Afonso.
Formação Administrativa
de Paulo Afonso
O Povoado Forquilha foi reconhecido
pelo governo Estadual,
como Distrito de Paulo Afonso,
pertencente ao município de Glória,
pela Lei Estadual Nº 628, de
30 de dezembro de 1953, tendo sua
instalação acontecido quase um ano
depois, em 24 de setembro de 1954.
Em outubro de 1954, o Distrito
de Paulo Afonso elegeu quatro dos
nove vereadores da Câmara Municipal
de Glória: Abel Barbosa,
Amâncio Pereira, Otaviano Leandro
de Morais e Hélio Morais de
Medeiros (Hélio Garagista).
A luta pela emancipação política
de Paulo Afonso, que começara
ainda no ano de 1950, com a chegada
de Abel Barbosa à região, se
intensificou ea emancipação foi
aprovada na Sessão Ordinária da
Câmara Municipal de Glória no
dia 10 de outubro de 1956, indo
para a Assembleia Legislativa
do Estado e sendo aprovada ali
foi sancionada em 28 de julho de
1958 como Lei Estadual 1.012
que dá ao Distrito de Paulo Afonso
autonomia política tornando-o
Município. O Município é sede
de comarca de 1ª entrância, criada
em 3 de março de 1986, pela Lei
N٥ 2.314.
(Fonte:IBGE).
3 – A Vereadora Dinalva Simões
Tourinho, que era filha do Sr. Enoch
Pimentel Tourinho, influente chesfiano
chefe do Serviço de Transporte
da Chesf e mentor da criação do
Ginásio Paulo Afonso de que viria a
ser o seu diretor no período de 1962
a 1965, era estudante em Salvador e
isso fez com que ela se licenciasse
do cargo de presidente da Câmara
no mês de julho para prosseguir os
seus estudos, tendo renunciado desse
cargo e da condição de vereadora
em outubro de 1959, sendo substituída
pelo Vice-presidente Luiz
Mendes Magalhães e abrindo vaga
para o primeiro suplente de vereador
Noé Pires de Carvalho.
Um dos seus projetos aprovado
pela Câmara foi a criação da Biblioteca
Pública Municipal.
Um mês depois de instalada,
a Câmara Municipal de Paulo
Afonso aprovou o Projeto de
Lei Nº05/1959, de 13 de maio de
1959, de autoria do Vereador Manoel
Pereira Neto, criando o Magistério
Primário do município de
Paulo Afonso com o quadro de 21
professores, sendo 4 para a sede do
município e 17 para a zona rural de
Paulo Afonso.
Na gestão do primeiro prefeito
de Paulo Afonso, Otaviano Leandro
de Morais foram construídas
as duas primeiras escolas públicas
do município: a Escola Municipal
Ministro Oliveira Brito que, anos
depois passou a ser gerida pelo
Estado da Bahia e, em 2022, desativada,
passou a ser a sede do
Núcleo Territorial de Educação –
NTE-24. e a Escola do Povoado
Juá, que anos à frente passou a se
chamar Escola Municipal General
Argus Lima.
Edição 231 • Março 2024
31 de Março de 2024
A 15
Câmara de Paulo Afonso - 65 anos - 230 vereadores
As 10 mulheres do parlamento municipal
Ao longo de sua história
de 64 anos foram eleitos
208 vereadores deste Poder
Legislativo e 22 suplentes
assumiram este cargo,
totalizando 230 vereadores
no plenário desta Casa
Legislativa. Desse total,
somente 10 mulheres
vereadoras foram eleitas.
Dinalva Tourinho, Lizette
Alves, Ma. José Barros,
Francisca Siebert, Nélia
Correia, Ivonete Bento,
Risalva Toledo, Vanessa de
Deus e as atuais vereadoras
Leda Chaves e Evinha
Oliveira. (Veja matéria
específica nesta edição)
Dia 7 de abril de 2024 a Câmara Municipal de Paulo Afonso
completa 65 anos de sua instalação no município
Vereadores - Legislatura 2021-2024
Texto: Antônio Galdino da Silva
Fontes: livros – De Pouso de Boiadas a Redenção do Nordeste (Antônio Galdino e Sávio Mascarenhas - 1995); De
Forquilha a Paulo Afonso – Histórias e Memórias de Pioneiros (Antônio Galdino - 2014); Abel Barbosa, o inventor
de Paulo Afonso. (Antônio Galdino - 2019).
Uma homenagem do site www.folhasertaneja.com.br e do Jornal Folha Sertaneja
A Câmara Municipal de Paulo Afonso vive hoje
a sua 16ª legislatura, iniciada em 01 de janeiro de
2021 e se conclui em 31 dezembro de 2024.
O Legislativo Municipal de Paulo Afonso
é formado por 13 vereadores e 2 vereadoras. A
atual legislatura da Câmara Municipal de Paulo
Afonso, no aniversário dos 64 anos de sua instalação
está assim formada:
José Abel Souza - Presidente
Albério Faustino Farias - Vice-presidente
Paulo Gomes de Queiroz Júnior - 1º Secretário
Lêda Maria Rocha - 2ª Secretária
Albério Carlos Caetano da Silva
Alexandro Fabiano da Silva
Evanilda Gonçalves de Oliveira
Gilmário Soares Silva
Jailson Silva Oliveira
Jean Roubert Felix Netto
José Gomes de Araújo
Marconi Daniel Melo Alencar
Pedro Macário Neto
Uélington da Silva
Valmir Araújo da Rocha
A16
Edição 231 • Março 2024
31 de Março de 2024
Dom Guido Zendron,
celebrando a Vida, aos 70 anos
Dia 7 de março as redes sociais registraram muitos afagos aos Bispo diocesano de Paulo Afonso, o italiano
D. Guido Zendron, Cidadão de Paulo Afonso em homenagem prestada pela Câmara Municipal. Nesse dia
D. Guido festejava os seus 70 anos de vida e não faltaram abraços e Moções de Aplausos de políticos e de
candidatos mas também de centenas de fiéis da Igreja Católica e de outros segmentos religiosos.
Recepção e Posse de D. Guido Zendron
na Diocese de Paulo Afonso
O novo bispo de Paulo Afonso
Dom Guido Zendron chegou à
cidade no último sábado à tarde,
24 de maio e a noite autoridades,
amigos, católicos e convidados o
recepcionaram no Ginásio de Esportes
do CPA que estava completamente
lotado.
Fizeram uso da palavra para
saudar o bispo, o Prefeito Municipal,
Raimundo Caires, o Administrador
Diocesano Reverendíssimo,
Pe. Lívio Piccolin, o Presidente da
Câmara Municipal, Ângelo Carvalho,
o Reverendíssimo Pe.José
Alberto Barbosa, Presbítero da Paróquia
Sagrada Família, Gilberto
Pedrosa, Administrador Regional
da CHESF em Paulo Afonso, Pedro
Fernandes, Diretor Regional
de Educação e por último o Presidente
da OAB Subseção de Paulo
Afonso, José Fernandes.
A solenidade teve início com
a apresentação de um vídeo contando
a história dos quatro bispos
que Paulo Afonso já teve. Logo em
seguida houve uma apresentação
dos meninos da FUNDAME, apresentação
Grupo da São Francisco,
encenação de uma apresentação teatral
pela APDT “O Sertão é Lindo”
e por último a apresentação do
Coral da São Lourenço.
Bastante descontraído o Reverendíssimo
Dom Guido Zendron
Bispo da Diocese de Paulo Afonso
fez um pronunciamento rápido,
disse que dará prioridade pela
educação religiosa e que devido
a receptividade que teve em Paulo
Afonso, sertão baiano, ele está
pensando em trocar o nome dele
de Zendron por Zendrão para combinar
com sertão.
No domingo, 25 de maio de
2008, às 17horas, aconteceu a
tão esperada posse do novo Bispo
de Paulo Afonso Dom Guido
Zendron, a missa de posse foi celebrada
em um altar montado especialmente
para esse evento em
frente à Catedral Nossa Senhora
de Fátima. A praça estava tomada
por uma multidão de fieis do município
de Paulo Afonso e de outras
cidades circunvizinhas que fazem
parte da Diocese.
Logo após o termino da missa o
Bispo recebeu as chaves da Catedral
de Nª de Fátima.Familiares de
Dom Zendron estiveram presente
ao evento. (De www.pa4.com.br)
No dia 7 de março de 2024, foi
celebrada na Catedral Nossa Senhora
de Fátima, sede da Diocese,
em Paulo Afonso, Missa em Ação
de Graças pelo aniversário dos 70
anos de D. Guido Zendron.
Breve História
D. Guido Zendron italiano de
Lisignago, diocese de Trento, nasceu
em 7 de março de 1954.
No Seminário de Trento terminou
os estudos primários,
secundários e fez Filosofia e
Teologia, sendo ordenado padre
em 26 de junho de 1978,
tornando-se sacerdote diocesano
FideiDonum.
Ainda em Trento foi vicepároco
em Pergine e pároco em
VigoloVattaro.
Durante 15 anos exerceu o
sacerdócio na Itália, onde ingressou
no Movimento Comunhão e
Libertação.
Transferido para o Brasil em
1994, o padre Guido foi vigário paroquial
em Salvador, na paróquia
Santo André (Nordeste de Amaralina)
e da paróquia de Cristo Redentor
(Chapada do Rio Vermelho).
Exerceu as funções de coordenador
da Pastoral Catequética,
membro da Comissão Estadual
para o Ensino Religioso, responsável
pela Pastoral da Educação,
diretor espiritual das Irmãs Calasanianas,
Vigário da Forania de
Santana (Rio Vermelho), e responsável
pelos estudantes do Movimento
do Movimento Comunhão
e Libertação no Brasil.
Ordenação Episcopal
D. Guido Zendron o é o 5º bispo
da Diocese de Paulo Afonso, tendo a
sua ordenação episcopal acontecido
no dia 17 de maio de 2008, na quadra
de esportes do Instituto Social da
Bahia,l onde o novo bispo foi diretor
espiritual nos últimos anos.
O evento envolveu autoridades
eclesiásticas de dois países: Itália e
Brasil. Da Itália vieram familiares
e amigos e o Prefeito de sua cidade
natal e o Arcebispo da Diocese
de Trento. Do Brasil, além do Arcebispo
de Salvador, D. Geraldo
Majella Agnelo ali estiveram cerca
de 200 pauloafonsinos, entre eles
o Prefeito Raimundo Caires e sua
esposa Sônia Rocha, que era Secretária
de Desenvolvimento Social,
o Secretário de Turismo, Ademilson
Silva (Totó), o Procurador
Geral do Município Celso Pereira
de Souza e o Presidente da Sub-
-Seção da OAB em Paulo Afonso,
José Fernandes Neto.(Fonte:Jornal
Folha Sertaneja - Caderno especial
de 16 páginas da Edição Nº 51, de
25 de maio de 2008).
Marcondes recebe ambulância do governador
Jerônimo fruto da emenda de Mário Júnior
Em viagem a Salvador na segunda-feira
(18), o prefeito em exercício
Marcondes Francisco esteve
com o governador Jerônimo Rodrigues
para receber uma ambulância
para o município, fruto da emenda
do Deputado Mário Júnior.
A solenidade aconteceu no pátio da
Secretaria da Saúde (Sesab), no Centro
Administrativo da Bahia (CAB), e
contou com a presença da secretária
da Saúde, Roberta Santana.
"Agradeço ao governador Jerônimo
e ao Deputado Mário Júnior
por mais este equipamento para
Paulo Afonso e assim ajudar no
fortalecimento da saúde municipal.
Poder contar com esse apoio é de
extrema importância para a gestão",
ressaltou Marcondes.
O secretário de Cultura e Esporte,
Dernival Oliveira, também
acompanhou o ato.
Edição 231 • Março 2024
31 de Março de 2024
A 17
Morre em São Luiz/MA o Sargento Amaral,
pioneiro do Exército e da Loja Maçônica União
do São Francisco de Paulo Afonso
Os pauloafonsinos receberam
no dia 24 de março, de amigos ou
pelas redes sociais, a notícia do
falecimento do Sargento Amaral
que, durante muitos anos serviu
ao Exército brasileiro em Paulo
Afonso e, na reserva há dezenas
de anos, estava morando em São
Luiz, no Maranhão.
Durante todo o seu tempo em
Paulo Afonso consolidou grandes
amizades por onde passou. Casado
do Núbia, funcionária da Chesf
responsável pela merenda escolar,
também muito querida, o Sargento
Amaral como ficou sendo chamado
todo o tempo, mesmo na
reservar militar, sempre foi muito
querido entre os evangélicos, pelos
militares da 1ª Cia de Infantaria e
na Loja Maçônica União do São
Francisco onde também foi um
dos seus primeiros integrantes.
Lembro que, quando ainda estudante
do Ginásio Paulo Afonso,
nos tempos áureos das comemorações
cívicas, organizou-se levar
a Tocha do Fogo Simbólico da Pátria,
de Paulo Afonso até a cidade
de Jeremoabo, cerca de 80 quilômetros
e foi o Sargento Amaral o
responsável por toda a logística
dessa viagem, uma verdadeira
aventura para os estudantes. O
seu cuidado e planejamento da
ação permitiu que esse ato cívico
ocorresse sem nenhum problema
e no final da tarde da data programada
estávamos chegando com a
Tocha do Fogo Simbólico da Pátria
em frente à Igreja de São João
Batista, naquela cidade.
Seus filhos, Amaralzinho,
William e Douglas, de quem
tive a oportunidade de ser
professor,foram estudantes do
Ginásio/Colégio Paulo Afonso e,
decidiram seguira carreira militar
e todos eles, em altas patentes do
Exército brasileiro tiveram e têm
funções em altos comandos militares
no Brasil.
Quando a Loja Maçônica
União do São Francisco completou
o seu cinquentenário,
em agosto de 2018,
o Sargento Amaral, sua
esposa Núbia e seu filho,
coronel Willians
vieram a Paulo Afonso
e participaram de toda
a extensa programação
dos 50 anos dessa Loja
Maçônica, organizada
pelo Venerável Mestre
da época, Antonio
Bartolomeu Silva e ali o Sargento
Amaral foi homenageado por
aquela instituição.
Nesta sua última viagem a Paulo
Afonso, para esta solenidade, o
Sargento Amaral e família visitaram
os amigos e estiveram com
Zé Barbeiro e em minha casa,
num encontro muito marcante
para as nossas vidas.
Entre as notas de pesar pelo
falecimento deste querido Sargento
Amaral, há uma de Sandro
Romero (ex-Venerável da LUSF)
que diz “Tio Sargento Amaral, faleceu”.
Outra, de Géliton Pereira,
(do Rio de Janeiro) diz: “O nosso
Irmão Amaral, após anos de luta,
partiu hoje para o Oriente Eterno
e vai se juntar aos, então, Irmãos
queridos Donato e Salvador. Que
o GADU ilumine suas caminhadas
nessa nova dimensão”.
Deixamos o nosso abraço e palavras
de conforto para Núbia, os
filhos e demais familiares com a
certeza de que os muitos anos de
vida do Sargento Amaral e de sua
família em Paulo Afonso, deixaram
o legado de uma história de vida
exemplar, de todos, para a geração
do seu tempo e as futuras gerações,
como deve ter sido também nos lugares
onde passaram a viver, ele e
Núbia e seus filhos e familiares.
Em todos nós, fica a alegria,
a felicidade de ter convivido por
um tempo e guardado sempre a
boa convivência, exemplar para
todos nós.
Que o Espírito Santo consolador
esteja com cada amigo e familiar,
fazendo ver a cada um que a
sua missão foi cumprida fielmente,
que ele “Combateu o bom combate,
acabou a carreira, guardou a
fé”. (2º Timóteo – 4:7)
Faleceu aos 89 anos,
Salvador Xavier, pequeno empresário
pioneiro de Paulo Afonso
Na sexta-feira, 22 de março, a
cidade de Paulo Afonso recebeu
o impacto da notícia do falecimento
do falecimento do Sr. Salvador
Xavier, pequeno empresário
muito querido na cidade,
estabelecido em Paulo Afonso
desde quando chegou à região,
ainda no ano de 1953. Ele e a
esposa, Adeilda Xavier também
muito querida em Paulo Afonso
são proprietários da Loja Brisa,
na Avenida Apolônio Sales.
Muitos pauloafonsinos, desde a
sexta-feira à noite até às 16 horas
do sábado, 23 de março, quando
aconteceu o seu sepultamento, forma
levar o seu abraço de conforto
a Sra. Adeilda, aos filhos Sérgio
Xavier, Celso e Silvinho e demais
familiares. O seu velório foi no
SAF (Av. Apolônio Sales).
No dia 28 de março, grande número
de pessoas estiveram na Catedral
Nossa Senhora de Fátima na
Missa de 7º dia.
Salvador Xavier é pernambucano
de Floresta, tendo nascido
em 08/08/1934. Estaria completando
90 anos este ano. Em 13 de
agosto de 1994, ele recebeu o título
de Cidadão de Paulo Afonso,
de autoria dos vereadores Salésio
Siebert e Edson Oliveira, assinado
por todos os vereadores pelos
excepcionais serviços prestados a
este município em várias áreas de
atuação. Já naquela época, há 30
anos atrás, eram elencadas, dentre
outras, as seguintes atividades do
homenageado:
- Fundador da Liga Social Católica,
de que foi tesoureiro de
maio de 1959 a maio de 1962 e
presidente de maio de 1971 a
maio de 1975; - Fundador do
Olímpico Esporte Clube e Tesoureiro
por dois anos; - Tesoureiro
do Clube Recreativo Independência
– CREIA -,
por vários anos; Tesoureiro
e vice-presidente
do Lions Clube, fundador
da Associação comercial
de Paulo Afonso
e tesoureiro por cinco
mandatos. Tesoureiro do
Lar da Criança Vicentina,
Tesoureiro do SAM-
PA (Serviço de Apoio ao
Menor de Paulo Afonso),
todas atividades não
remuneradas e exercidas
por vários anos cada
uma delas.
Ele nunca buscou
luz para se exaltar, mas
por onde passou deixou
marcas fortes, boas, exemplares,
de sua passagem durante os
71 anos em que aqui viveu. Um
excepcional exemplo de ser humano
que sempre compreendeu
e viveu os ensinamentos cristãos
e sempre teve plena consciência
que, aqui onde estamos, somos
apenas passageiros e na viagem
de volta não levamos nenhuma
bagagem... É a nossa história de
vida que poderá ser o espelho
para as novas gerações...
Ele chegou a Paulo Afonso
no ano de 1953 para trabalhar
no Armazém Pernambuco de
um tio seu, a quem mais adiante
Salvador comprou esse estabelecimento
comercial que estava
localizado na Rua da Frente (Av.
Getúlio Vargas) ao lado da casa
do Sr. Lúcio de Carvalho, pai de
Adeilda Xavier com quem Salvador
casou, sua companheira toda
a vida até a sua morte, casados
que foram por 63 anos.
Dessa união nasceram os filhos
Sérgio Xavier, Celso e Silvinho
Xavier.
O casal sempre teve participação
exemplar no Lions Clube de
Paulo Afonso, de que são fundadores
e na Loja Maçônica União
do São Francisco, de onde também
são pioneiros. Também a Associação
Comercial de Paulo Afonso,
desde a sua fundação tem contado
com esse casal colaborador, assíduos
frequentadores e colaboradores
das atividades da Igreja Católica,
sendo um dos fundadores da
Liga Social Católica e apoiador
da construção da Escola Casa da
Criança 1.
Paulo Afonso está de luto pela
partida desse pioneiro que nos deixa
na tarde desse triste dia 22 de
março depois de passar os últimos
meses em tratamento em hospitais
do Recife e de Paulo Afonso.
Apresentamos a Sra. Adeilda, a
seus filhos igualmente muito queridos
e demais familiares o nosso
profundo pesar por essa perda lamentável
do nosso querido Salvador
Xavier e sabemos que pelo seu
exemplo de vida cristã o Espírito
Santo estará consolando a todos os
seus familiares e amigos.
Como diz o Salmo 34:18, que
nos fortalece, “O Senhor está
perto dos que têm o coração
quebrantado e salva os que têm
o espírito abatido”.
Com muito pesar abraçamos a
todos. Galdino, Lourdinha, Fabiana
e demais familiares
A18
Edição 231 • Março 2024
31 de Março de 2024
5º Encontro de Carros Antigos foi realizado nos dias
1º e 2 de março e homenageou João Medeiros
Os amantes dos carros antigos
se reencontraram nos
dias 1º (sexta-feira) e 2 (sábado)
de março no Parque
Belvedere onde puderam
participar também de intensa
programação musical
no 5º Encontro Automotivo
Antigos da Ilha.
O evento, organizado
com o apoio da Prefeitura
de Paulo Afonso, em homenagem
a João Medeiros,
muito justa a pois ele foi o
idealizador do encontro e foi
o organizador desse evento
em Paulo Afonso em vários
anos. João Medeiros faleceu
em 2023.
O evento foi aberto ao público,
mas os organizadores
pediram que quem desejasse
podia doar um quilo de alimento
não-perecível.
A programação musical
contoucom as apresentações
musicais de Tony Presley,
Banda Ética, Banda G2,
Luanderson e apresentação
cultural dos Cangaceiros.
O local conta com toda a
estrutura com barracas para
alimentação, banheiros e segurança.
Os veículos antigos foramcolocados
entre os vários
canteiros do Parque Belvedere
criando um interessante
contraste visual com o cenário
do Parque Belvedere.
Em anos anteriores o
evento já foi realizado no
Clube Paulo Afonso e no
Centro de Cultura Professora
Lindinalva Cabral, na
Avenida Apolonio Sales, e
sempre atraiu grande número
de pessoas tanto de Paulo
Afonso como de muitos
municípios vizinhos e até de
outros Estados brasileiros,
tal é a atratividade que têm
os carros, motos e até bicicletas
antigas.
Desses encontros de admiradores
de carros, motos,
bicicletas antigas, também
já esteve se apresentando o
cantor Tony Presley que voltou
a se apresentar este ano.
O evento deste ano, nos
dias 1º e 2 de março, foi
realizado na agradável área
verde do Parque Belvedere,
ao lado do Reservatório
Delmiro Gouveia e com visão
privilegiada para as Usinas
Hidrelétricas da Chesf.
Esse parque, onde se
encontra o Munumento
do 1º Decêncio da Chesf,
inaugurado em 15 de março
de 1958, foi recentemente
requalificado pela
Prefeitura com o acréscimo
de espaços de alimentação,
artesanato e está ao
lado do Lago do Capuxu,
também com o seu passeio
restaurado há pouco
tempo e onde estão bar,
sorveteria e restaurante.
Encontro sobre cajú e mel objetiva unir municípios
e fortalecer a produção das culturas na região
Um encontro voltado
para discutir as potencialidades
e desenvolvimento
econômico para a produção
de caju e mel na região
aconteceu em Paulo Afonso
no dia 6 de março, reunindo
empresas, secretários de vários
municípios e produtores
também e nesse encontro no
Auditório Edison Teixeira
foi anunciado o lançamento
do Seminário Regional de
Cajucultura e Apicultura,
que acontece nos dias 2 e 3
de abril na cidade de Paulo
Afonso-BA
Estiveram presentes o
prefeito em exercício, Marcondes
Francisco, o secretário
de Agricultura e Aquicultura
de Paulo Afonso,
Geraldo Carvalho, além das
cidades de Glória, Santa
Brígida, Jeremoabo, Chorrochó,
Macururé, Abaré,
Canudos, Rodelas e Euclides
da Cunha, e representantes
de cooperativas e associações
de apicultores e
cajucultores.
“Foram realizadas discussão
de propostas para
integrar os municípios
para desenvolver a apicultura
e cajucultura. A gente
fica feliz com a participação
de todos e acredito
que daqui sairão propostas
muito boas que irão fazer
a gente avançar na apicultura
na nossa região. Paulo
Afonso é uma das grandes
produtoras de mel”, diz
Marcondes.
Durante a reunião, que
teve como objetivo discutir
propostas e integração dos
municípios para o desenvolvimento
das duas culturas na
região, foram apresentadas
as experiências e iniciativas
para organização e fortalecimento
da cadeia produtiva
do mel e como gerar ocupação
e renda, além da apresentação
sobre a situação da
apicultura/cajucultura nos
municípios e região.
O secretário Geraldo
destacou a ação como um
marco. “Nós estamos reunidos
com várias empresas
e secretários de agricultura
da região fomentando
essa tão importante atividade
para a nossa região.
Hoje nós estamos dando o
pontapé inicial para que a
gente tenha no nosso município
uma apicultura e cajucultura
forte. É um ramo
que movimenta bastante
valor, é uma atividade rápida
e que tem uma venda
segura”, diz.
O representante da Cajutec,
Alberto Espinheira,
destacou a ação como uma
oportunidade de negócio
e desenvolvimento socioeconômico
para a região.
“Nós estamos trazendo
um trabalho em parceria
com a parte de apicultura
que é muito importante. O
projeto além de trazer desenvolvimento
com a associação
da apicultura tem
a possibilidade de aumentar
em 25% a produção de
caju e cada hectare dez
caixas de abelha, então
isso multiplicado por mil
vai ter muito desenvolvimento,
vai gerar trabalho
e renda. Nosso objetivo
maior é esse, essa produção
e industrialização aqui
que nós já temos mercado
externo para comercializar.
Acredito que será um
sucesso total”, explicou.
“Esse segmento tem
importância econômica
e social da nossa região
para tanto a gente precisa
integrar. A idéia é a gente
criar uma câmara técnica
com um grupo gestor que
venha discutir políticas
para o desenvolvimento
dessas duas atividades
econômicas na nossa região”,
ressaltou o Analista
Técnico do Sebrae,
Fábio Alves.
(Ascom/PMPA)
Nos dias 2 e 3 de abril será realizado o Seminário Regional
da Cajucultura e Apicultura, que tem como objetivo destacar
o potencial agrícola e apícola da região, promovendo o desenvolvimento
sustentável e o crescimento econômico local.
O evento, que acontece no Parque de Exposições Djalma
Wanderley e Edson Teixeira, tem a expectativa de reunir
cooperativas e associações de apicultores e cajucultores da
região e instituições parceiras.
"Este será um grande evento de grande importância para
o crescimento dessas duas culturas no nosso município e
região. Estamos unindo forças para que haja uma potencialização
na produção", diz o secretário de Agricultura e Aquicultura
Geraldo Carvalho.
O Seminário é realizado pela Prefeitura de Paulo Afonso,
por meio da Secretaria de Agricultura e Aquicultura, com o
apoio do Sindicato dos Produtores Rurais de Paulo Afonso
(SENAR), Coodevasf, BNB, SEBRAE, IcmBio, CAJU-
TEC, VIS-Sustentabilidade e MPE.
Confira a programação:
Dia 02/04(Terça-feira) -
Parque de Exposições Djalma Wanderley
Manhã:
7h - Recepção dos inscritos e convidados
8h às 10h - Abertura do evento
10h às 11h30 - Palestra “Superprodução de mel na caatinga”,
com o Professor Armindo Vieira Junior - Escola de
Apicultura / Cia da Abelha
11h30 às 12h30 - Painéis (20 min cada) - Codevasf e IcmBio
12h30 às 14h - Intervalo para almoço
Tarde:
14h às 15h - Palestra “A produção de caju no nordeste brasileiro”
com Dr. Alberto Espinheira - CajuTec
15h às 16h20 - Painéis (20 min cada) - BNB, SENAR e MPE
16h20 às 16h30 - Intervalo para lanche
16h30 às 17h - Fechamento das atividades
Dia 03/04 (Quarta-feira) - Auditório Edson Teixeira (Chesf)
Manhã:
8h às 10h - Oficina de Apicultura com Armindo Vieira
10h às 10h30 - Intervalo para lanche
10h30 às 12h30 – Oficina de Cajucultura com Dr. Alberto