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Jornal Folha Sertaneja Nº 231 - Edição On-line

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A14

Edição 231 • Março 2024

31 de Março de 2024

Em 7 de abril de 1959, há 65 anos, foi instalada

a Câmara Municipal de Paulo Afonso

O atual território do município

de Paulo Afonso pertencia, até 28

de julho de 1958, ao município de

Santo Antônio da Glória, hoje Glória,

no Estado da Bahia que, desde

os primórdios do Século XVIII foi

habitado por bandeirantes portugueses

que, chefiados por Garcia

D´Ávila, subiram o rio São Francisco,

seduzidos pela abundância

das águas e imensidão dos campos.

A região onde está a cidade de

Paulo Afonso, o centro histórico

da Ilha de Paulo Afonso, era conhecida

como Forquilha.

Até 1725 não existia o nome

Paulo Afonso nesta região. A cachoeira

existente na região era conhecida

também como Forquilha,

Sumidouro ou Cachoeira Grande.

No dia 3 de outubro de 1725 o

sertanista Paulo Viveiros Afonso

recebeu por alvará uma sesmaria

medindo três léguas de comprimento

por uma légua de largura,

situadas na margem esquerda do

rio São Francisco. Não se conformando

com a área que recebeu, o

donatário ocupou, além das ilhas

fronteiras (entre as quais a da Barroca

e da Tapera), as terras baianas

existentes na margem direita onde

construiu um arraial que, posteriormente,

se transformou na Tapera

de Paulo Afonso.

Em 1948, o governo federal criou

a Chesf que se instalou na margem

direita do rio São Francisco, neste

Povoado Forquilha, que tinha poucas

casas como disse um dos engenheiros

pioneiros da Chesf, Bret

Cerqueira Lima, ao autor.

“Quando aqui chegamos, isso

aqui era um deserto. Era só a

caatinga. Tivemos que morar em

Delmiro Gouveia porque as casas

daqui eram uma ou outra, espalhadas

na caatinga. Essa região

era conhecida como Forquilha”.

Dez anos depois, quando o Distrito

de Paulo Afonso foi emancipado,

a população do lugar já era

estimada em 25 mil habitantes.

Em 2022, a população de

Paulo Afonso, segundo o IBGE,

era de 112.840 habitantes. A

Câmara Municipal, que tinha 8

vereadores, entre os quais duas

mulheres, quando de sua instalação

em, 7 de abril de 1959, hoje

tem 15 vereadores, dos quais,

duas mulheres e, nas eleições

de 6 de outubro de 2024 elegerá

mais 2 vereadores, iniciando

a sua Legislatura de 2025/2028,

com 17 vereadores.

07/04/1959 – Instalação da 1ª Legislatura

da Câmara Municipal de Paulo Afonso

A primeira eleição municipal de

Paulo Afonso aconteceu no dia 3 de

outubro de 1958 quando foram eleitos

o primeiro prefeito, o comerciante

Otaviano Leandro de Morais e os

oito primeiros vereadores da primeira

legislatura do município.

Como acontecia naquele tempo,

embora a eleição acontecesse no

início do mês de outubro, a posse

dos eleitos só acontecia seis meses

depois, sendo a instalação da Câmara

Municipal de Paulo Afonso

realizada no dia 7 de abril de 1959.

Os vereadores foram empossados

pelo Juiz Eleitoral de 84ª Zona

Eleitoral Dr. Hélio José Neves da

Rocha e em seguida a presidente da

Câmara Municipal de Paulo Afonso,

Vereadora Dinalva Simões Tourinho

deu posse ao prefeito eleito,

Otaviano Leandro de Morais.

Na foto, já sem a vereadora Dinalva

Simões, que havia renunciado,

estão, a partir da esquerda:

Vereador Noé Pereira dos Santos,

Vereadora Lizette Alves dos Santos,

Vereadores Diogo Andrade

Brito, Noé Pires de Carvalho (era

o 1º suplente), Luiz Mendes Magalhães

(era o vice-presidente e

assumiu a presidência com a renúncia

de Dinalva), Manoel Pereira

Neto, José Freire da Silva e José

Rudival de Menezes.

A Câmara Municipal de Paulo

Afonso, em sua primeira legislatura

– 07/04/1969 a 07/04/1963 – foi

assim formada, com 8 vereadores:

Dinalva Simões Tourinho –

Presidente

Luiz Mendes Magalhães – Vicepresidente

Diogo Andrade Brito – 1º Secretário

Manoel Pereira Neto – 2º Secretário

José Freire da Silva

José Rudival de Menezes

Lizete Alves dos Santos

Noé Pereira dos Santos.

Algumas curiosidades sobre

essa primeira legislatura da Câmara

Municipal de Paulo Afonso:

1 – De forma inédita na região,

a primeira eleição municipal de

Paulo Afonso elegeu duas mulheres

no quadro total de oito vereadores:

Dinalva Tourinho e Lizete

Alves.

2 – Outro registro inédito na região

foi a eleição de uma mulher,

a Vereadora Dinalva Simões Tourinho,

como primeira presidente da

Câmara Municipal de Paulo Afonso.

Formação Administrativa

de Paulo Afonso

O Povoado Forquilha foi reconhecido

pelo governo Estadual,

como Distrito de Paulo Afonso,

pertencente ao município de Glória,

pela Lei Estadual Nº 628, de

30 de dezembro de 1953, tendo sua

instalação acontecido quase um ano

depois, em 24 de setembro de 1954.

Em outubro de 1954, o Distrito

de Paulo Afonso elegeu quatro dos

nove vereadores da Câmara Municipal

de Glória: Abel Barbosa,

Amâncio Pereira, Otaviano Leandro

de Morais e Hélio Morais de

Medeiros (Hélio Garagista).

A luta pela emancipação política

de Paulo Afonso, que começara

ainda no ano de 1950, com a chegada

de Abel Barbosa à região, se

intensificou ea emancipação foi

aprovada na Sessão Ordinária da

Câmara Municipal de Glória no

dia 10 de outubro de 1956, indo

para a Assembleia Legislativa

do Estado e sendo aprovada ali

foi sancionada em 28 de julho de

1958 como Lei Estadual 1.012

que dá ao Distrito de Paulo Afonso

autonomia política tornando-o

Município. O Município é sede

de comarca de 1ª entrância, criada

em 3 de março de 1986, pela Lei

N٥ 2.314.

(Fonte:IBGE).

3 – A Vereadora Dinalva Simões

Tourinho, que era filha do Sr. Enoch

Pimentel Tourinho, influente chesfiano

chefe do Serviço de Transporte

da Chesf e mentor da criação do

Ginásio Paulo Afonso de que viria a

ser o seu diretor no período de 1962

a 1965, era estudante em Salvador e

isso fez com que ela se licenciasse

do cargo de presidente da Câmara

no mês de julho para prosseguir os

seus estudos, tendo renunciado desse

cargo e da condição de vereadora

em outubro de 1959, sendo substituída

pelo Vice-presidente Luiz

Mendes Magalhães e abrindo vaga

para o primeiro suplente de vereador

Noé Pires de Carvalho.

Um dos seus projetos aprovado

pela Câmara foi a criação da Biblioteca

Pública Municipal.

Um mês depois de instalada,

a Câmara Municipal de Paulo

Afonso aprovou o Projeto de

Lei Nº05/1959, de 13 de maio de

1959, de autoria do Vereador Manoel

Pereira Neto, criando o Magistério

Primário do município de

Paulo Afonso com o quadro de 21

professores, sendo 4 para a sede do

município e 17 para a zona rural de

Paulo Afonso.

Na gestão do primeiro prefeito

de Paulo Afonso, Otaviano Leandro

de Morais foram construídas

as duas primeiras escolas públicas

do município: a Escola Municipal

Ministro Oliveira Brito que, anos

depois passou a ser gerida pelo

Estado da Bahia e, em 2022, desativada,

passou a ser a sede do

Núcleo Territorial de Educação –

NTE-24. e a Escola do Povoado

Juá, que anos à frente passou a se

chamar Escola Municipal General

Argus Lima.

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