05.01.2013 Views

Gestão da qualidade dos recursos hídricos superficiais - ASEC

Gestão da qualidade dos recursos hídricos superficiais - ASEC

Gestão da qualidade dos recursos hídricos superficiais - ASEC

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

A VISÃO DA CETESB<br />

CONAMA N°<br />

DA RESOLUÇÃO<br />

357 de 17/03/2005


CETESB – Companhia de Tecnologia de Saneamento<br />

Ambiental<br />

Diretoria de Engenharia, Tecnologia e Quali<strong>da</strong>de<br />

Ambiental<br />

Departamento de Tecnologia de Águas Superficiais e<br />

Efluentes Líqui<strong>dos</strong><br />

Divisão de Efluentes Líqui<strong>dos</strong><br />

Setor de Efluentes Líqui<strong>dos</strong><br />

Eng. Regis Nieto


Resolução Resolu ão CONAMA CONAMA 357/2005<br />

357/2005<br />

Legislação básica sobre quali<strong>da</strong>de <strong>dos</strong> <strong>recursos</strong> <strong>hídricos</strong><br />

<strong>superficiais</strong> no Brasil até 2005<br />

* Resolução CONAMA 20/1986: Define o enquadramento <strong>dos</strong> corpos de<br />

água segundo classes de usos preponderantes, padrões de quali<strong>da</strong>de e<br />

outras disposições relativas ao lançamento de poluentes em corpos de<br />

água;<br />

* Porquê revisar a CONAMA 20/86?<br />

- Harmonização com as disposições <strong>da</strong> política de Recursos Hídricos (plano<br />

de bacia, outorga, cobrança e novas diretrizes enquadramento), Meio<br />

ambiente (licenciamento ambiental) e Saúde (Portaria 518/04-vigilância<br />

<strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> água para consumo humano)<br />

- Incorporação <strong>dos</strong> novos conhecimentos trazi<strong>dos</strong> pela intensa evolução<br />

tecnológica sobre parâmetros importantes para avaliação <strong>dos</strong> <strong>recursos</strong><br />

<strong>hídricos</strong>


Resolução Resolu ão CONAMA CONAMA 357/2005<br />

357/2005<br />

Processo de elaboração<br />

* Julho de 2002: CONAMA, criou Grupo de Trabalho para iniciar, o<br />

processo de revisão<br />

* Reuniões do GT-CONAMA: Ocorreram em Brasília e envolveram,<br />

diversos representantes <strong>dos</strong> órgãos ambientais estaduais, institutos de<br />

pesquisa, representantes do setor industrial, ongs e órgãos públicos<br />

municipais, estaduais e federais<br />

* Participação <strong>da</strong> ABEMA: Contribuição decisiva <strong>da</strong> Enti<strong>da</strong>de Brasileira de<br />

Enti<strong>da</strong>des de Meio Ambiente (ABEMA) ao articular a experiência <strong>dos</strong><br />

órgãos ambientais brasileiros nas discussões<br />

* Participação <strong>da</strong> CETESB: Bastante ativa desde as primeiras reuniões<br />

do GT-CONAMA por meio de seus representantes em Brasília, embasa<strong>dos</strong><br />

por um grupo de trabalho interno


Resolução Resolu ão CONAMA CONAMA 357/2005<br />

357/2005<br />

Organização <strong>dos</strong> temas<br />

CONAMA 20 CONAMA 357<br />

41 artigos 50 artigos<br />

Sem sub-divisões formais:<br />

Águas Doces<br />

Águas Salinas<br />

Águas Salobras<br />

Efluentes<br />

Balneabili<strong>da</strong>de<br />

Disposições Gerais<br />

Capítulo I – Definições<br />

Capítulo II – Da classificação<br />

<strong>dos</strong> corpos de água<br />

Capítulo III – Das condições e<br />

padrões de quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s águas<br />

Capítulo IV - Das condições e<br />

padrões de lançamento de<br />

efluentes<br />

Capítulo V – Diretrizes<br />

Ambientais para o<br />

enquadramento<br />

Capítulo VI- Disposições finais e<br />

transitórias<br />

Fonte: MMA/CONAMA


Resolução Resolu ão CONAMA CONAMA 357/2005<br />

357/2005<br />

Princípios <strong>dos</strong> Padrões de Quali<strong>da</strong>de<br />

* Proteção à vi<strong>da</strong> aquática: ausência de toxici<strong>da</strong>de crônica para as<br />

classes 1 e 2 e de agu<strong>da</strong> para classe 3<br />

* Proteção à vi<strong>da</strong> humana<br />

-toxici<strong>da</strong>de (efeito tóxido não obervado): nitrito, pentaclorofenol<br />

- carcinogenici<strong>da</strong>de/mutagenici<strong>da</strong>de (experimentos <strong>dos</strong>e-<br />

resposta/estu<strong>dos</strong> epidemiológicos): Benzo(a)pireno, Benzidina<br />

- caráter organoléptico (gosto/odor/sabor): Cobre, Ferro, Manganês,<br />

Fenóis<br />

- variáveis relaciona<strong>dos</strong> a eutrofização: nitrogênio, fósforo,<br />

densi<strong>da</strong>de de cianobactérias<br />

* Princípio geral: proteção à vi<strong>da</strong> humana ou preservação <strong>da</strong> vi<strong>da</strong><br />

aquática o valor mais restritivo de acordo com as classes de uso


Parâmetros<br />

COMPARAÇÃO ENTRE A RESOLUÇÃO CONAMA N° 357/05 (EM VIGOR) COM A<br />

RESOLUÇÃO CONAMA N° 20/86 (REVOGADA)<br />

Classe<br />

1<br />

Águas Doces Águas Salinas Águas Salobras<br />

Classe<br />

2<br />

Classe<br />

3<br />

Classe<br />

4<br />

Classe<br />

1<br />

Classe<br />

2*<br />

Classe<br />

3<br />

Classe<br />

1<br />

Classe<br />

2*<br />

Classe<br />

3<br />

Padrão<br />

de<br />

Emissã<br />

o<br />

Padrões / condições<br />

inaltera<strong>dos</strong><br />

52 52 48 7 31 - 8 30 - 7 28<br />

(44,0%)<br />

263<br />

Padrões / condições<br />

mais restritivos<br />

11 11 13 - 12 - - 8 - - -<br />

(9,2%)<br />

55<br />

Padrões / condições<br />

menos restritivos<br />

3 3 4 - 3 - - 2 - - 1<br />

(2,7%)<br />

16<br />

Padrões / condições<br />

novos<br />

39 38 17 - 19 29 1 30 29 1 2<br />

(34,3%)<br />

205<br />

Padrões / condições<br />

excluí<strong>dos</strong><br />

11 11 10 - 9 - 1 10 - - 7<br />

(9,8%)<br />

59<br />

Total 116 115 92 7 74 29 10 80 29 8 38 (100%)<br />

598<br />

** 18 18 - - 21 - - 22 - - - 79<br />

* As Classes 2 tanto de águas salinas como de salobras constituem-se em Classes Novas.<br />

** Valores extremamente restritivos que devem ser obedeci<strong>dos</strong> onde há ativi<strong>da</strong>des de pesca e cultivo de organismos destina<strong>dos</strong> ao<br />

consumo intensivo humano.<br />

OBS.:Na Resolução revoga<strong>da</strong> havia Classe Especial apenas para águas doces; foram cria<strong>da</strong>s Classes Especiais também para as águas<br />

salinas e salobras.<br />

Total<br />

(%)


Resolução Resolu ão CONAMA CONAMA 357/2005<br />

357/2005<br />

Padrões de quali<strong>da</strong>de<br />

Exemplos:<br />

- novos: PAHs (hidrocarbonetos policiclicos aromáticos - exemplo:<br />

benzo(a)pireno), Benzidina, Corofila a , Densi<strong>da</strong>de de<br />

cianobactérias<br />

- excluí<strong>dos</strong>: Estanho (subsituído por Tributilestanho),Compostos<br />

organo-fosfora<strong>dos</strong> (inseri<strong>dos</strong> em Paration)<br />

- mais restritivos: Arsênio (passou de 0,05 para 0,01 mg/L)<br />

- menos restritivo: Índice de Fenóis (0,001 mg/L) para Fenóis<br />

totais (0,003 mg/L)


Resolução Resolu ão CONAMA CONAMA 357/2005<br />

357/2005<br />

Condições e padrões para o lançamento de efluentes<br />

* Novas condições:<br />

- toxici<strong>da</strong>de<br />

Exemplos:<br />

- ve<strong>da</strong>do o lançamento de Poluentes Orgânicos Persistentes (POPs)<br />

Ex: Aldrin, Dieldrin, Dioxinas, Furanos, PCBs....<br />

* Parâmetros excluí<strong>dos</strong> = (Compostos. organo-fosfora<strong>dos</strong> e Organo-<br />

clora<strong>dos</strong>, Sulfito, crômio trivalente e hexavalente)<br />

* Parâmetro mais restritivo: Crômio Hexa (0,5)+Triv (2,0) ⇒ Crômio<br />

total = 0,5 mg/L<br />

* Parâmetros menos restritivos:<br />

- Selênio passou de mg/L 0,05 Se para 0,30 Se mg/L<br />

- Amônia=NH 3 de 5mg/L para 20 mg/L de Nitrogênio amoniacal total=NH 3<br />

+ NH 4 +


COMPARAÇÃO DAS CLASSES DE ÁGUAS DOCES, SALINAS E SALOBRAS DAS<br />

LEGISLAÇÕES ESTADUAL E FEDERAL<br />

Legislação do Estado de São<br />

Paulo (1)<br />

Legislação Federal<br />

Águas Doces Águas Doces Águas Salinas Águas Salobras<br />

Em Vigor CONAMA<br />

n° 20/86 (2)<br />

CONAMA<br />

n° 357/05<br />

(revoga<strong>da</strong>)<br />

(3)<br />

CONAMA<br />

n° 20/86<br />

(em vigor)<br />

(2)<br />

CONAMA<br />

n° 357/05<br />

(revoga<strong>da</strong>)<br />

(3)<br />

CONAMA<br />

n° 20/86<br />

(em vigor)<br />

(2)<br />

CONAMA<br />

n° 357/05<br />

(revoga<strong>da</strong>)<br />

(3)<br />

(em vigor)<br />

1 Especial Especial - Especial - Especial<br />

- 1 1 (4)<br />

5 1 (4)<br />

7 1 (4)<br />

2 2 2 (4)<br />

- 2 (5)<br />

- 2 (5)<br />

3 3 3 (5)<br />

6 3 8 3<br />

4 4 4 - - - -<br />

(1) Regulamento <strong>da</strong> Lei 997 de 31.05.76, aprovado pelo Decreto 8468 de 08.09.76.<br />

(2) Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) n° 20 de 18.06.86.<br />

(3) Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) n° 357 de 17.03.05, publica<strong>da</strong> no Diário Oficial <strong>da</strong><br />

União (seção 1) em 18.03.05 às folhas 58 a 63, através <strong>da</strong> qual foi revoga<strong>da</strong> a Resolução CONAMA n° 20/86.<br />

(4) Não deve ser verificado efeito tóxico crônico a organismos (garante a proteção <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong>de aquática:<br />

sobrevivência e reprodução)<br />

(5) Não deve ser verificado efeito tóxico agudo a organismos (garante a sobrevivência <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong>de aquática)


Resolução Resolu ão CONAMA CONAMA 357/2005<br />

357/2005<br />

Aplicação <strong>da</strong> Resolução<br />

* O CONAMA terá o prazo máximo de 1 ano para complementar as<br />

condições e padrões de lançamento = criação de GT<br />

* Criação de outro GT para fixar padrões de emissão de óleos e graxas em<br />

plataformas marítimas<br />

* Os empreendimentos que tiverem, na <strong>da</strong>ta <strong>da</strong> publicação <strong>da</strong> Resolução,<br />

Licença de Instalação ou de Operação expedi<strong>da</strong> e não impugna<strong>da</strong>,<br />

poderão, a critério do órgão ambiental competente, receber prazo<br />

de até três anos para se adequarem às condições e padrões<br />

novos ou mais rigorosos previstos na Resolução. Esse prazo poderá<br />

ser prorrogado, em caráter excepcional, por mais 2 anos,<br />

mediante assinatura de Termo de Ajustamento de Conduta (art.<br />

43)


Resolução Resolu ão CONAMA CONAMA 357/2005<br />

357/2005<br />

Avanços/Novi<strong>da</strong>des<br />

* Estabelecimento de um capítulo mais completo com 38 definições<br />

* Inserção do parâmetro toxici<strong>da</strong>de: utilização <strong>dos</strong> ensaios<br />

ecotoxicológicos para avaliação <strong>da</strong> água (ausência de toxici<strong>da</strong>de crônica<br />

para as melhores classes e ausência de toxici<strong>da</strong>de agu<strong>da</strong> para as classes<br />

intermediárias)<br />

* Criação de novas classes para águas salinas e salobras, (classe especial e<br />

mais uma nova classe intermediária)<br />

* Inserção de 205 condições e padrões novos de emissão e<br />

quali<strong>da</strong>de <strong>dos</strong> corpos de água e ampla revisão <strong>dos</strong> atuais, baseado em<br />

estu<strong>dos</strong> e pesquisas e na Convenção de Estocolmo para POP’s<br />

* Definição mais clara e objetiva para os usos estabeleci<strong>dos</strong>, para ca<strong>da</strong> uma<br />

dessas classes


Resolução Resolu ão CONAMA CONAMA 357/2005<br />

357/2005<br />

Avanços/Novi<strong>da</strong>des (cont)<br />

*Diretrizes Ambientais para Enquadramento <strong>dos</strong> corpos de água<br />

Enquadramento é planejamento = objetivos de quali<strong>da</strong>de para a<br />

bacia<br />

- Será por metas progressivas (intermediárias e final), obrigatórias<br />

- Participação <strong>dos</strong> Comitês de Bacia (onde houver) no processo de<br />

enquadramento = escolha de parâmetros representativos <strong>dos</strong> impactos<br />

- Entretanto, na ausência de metas ou para os demais parâmetros não<br />

incluí<strong>dos</strong> nas metas, vale o padrão de quali<strong>da</strong>de<br />

- Ações prioritárias de gestão (outorga e cobrança) e controle<br />

(Licenciamento ambiental, TACs) ⇒ estabeleci<strong>da</strong>s com base nas metas<br />

progressivas do enquadramento


Resolução Resolu ão CONAMA CONAMA 357/2005<br />

357/2005<br />

Avanços/Novi<strong>da</strong>des (cont)<br />

Enquadramento<br />

As metas deverão ser atingi<strong>da</strong>s em regime de vazão de referência<br />

- Vazão de referência:<br />

Ex: Q 7,10 Q 95 %<br />

- Definição: órgãos gestores podendo haver a participação <strong>dos</strong> Comitês de<br />

Bacia


*<br />

Resolução Resolu ão CONAMA CONAMA 357/2005<br />

357/2005<br />

Avanços/Novi<strong>da</strong>des (cont)<br />

Condições de lançamento de efluentes<br />

- Estabelecimento <strong>da</strong> carga poluidora máxima pelo órgão ambiental para o<br />

lançamento de substâncias poluentes, de modo a não comprometer as<br />

metas = capaci<strong>da</strong>de de suporte do corpo receptor (possibili<strong>da</strong>de <strong>da</strong><br />

exigência de estudo)<br />

- Os efluentes não poderão conferir ao corpo receptor características em<br />

desacordo com suas metas<br />

- Quando a vazão estiver abaixo <strong>da</strong> vazão de referência o órgão ambiental<br />

poderá estabelecer restrições aos lançamentos para evitar efeitos agu<strong>dos</strong><br />

- Zona de mistura defini<strong>da</strong> pelo órgão ambiental ⇔ permiti<strong>dos</strong> valores<br />

acima <strong>dos</strong> padrões/metas desde que não comprometam outros usos

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!