SEXUALIDADE: MENOPAUSA E ANDROPAUSA - Heloisa Fleury ...
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A Psicoterapia de Grupo Tematizada favorece a manutenção do foco em aspectos<br />
psicossociais e culturais relevantes à função sexual, favorecendo também a ampliação do conhecimento<br />
sobre a sexualidade.<br />
O tema pode ter a função de um iniciador, como idéias, imaginação, imagens corporais,<br />
sentimentos, e outras associações, ativando a sensibilidade e a busca para novas associações<br />
(ALMEIDA, 1993). Para PERAZZO (1999), o tema tem uma função de ligação com os iniciadores<br />
ideacionais pessoais, estimulando novas aproximações aos conteúdos internos. Neste modelo, o tema<br />
trabalha das duas formas, em algumas sessões como uma técnica estimulando a abordagem de<br />
conteúdos internos, em outras como parte do processo de aquecimento. Os principais focos temáticos<br />
são: identificação de parâmetros individuais e grupais para avaliação da saúde sexual; processo de<br />
comunicação; autonomia e intimidade.<br />
A Psicoterapia de Grupo de Tempo Limitado deve ter objetivos claros, mantendo<br />
flexibilidade suficiente para adaptação às particularidades de cada grupo (RUTAN; STONE, 2001). No<br />
modelo apresentado, o objetivo é o desenvolvimento da função sexual, cabendo à unidade funcional<br />
favorecer que o grupo estabeleça, em cada sessão, uma correlação entre a função sexual e o conteúdo<br />
trabalhado pelo grupo.<br />
A atividade inicial é o aquecimento, que visa a grupalização através da aproximação das<br />
pacientes para constituírem o contexto grupal, com a intimidade necessária para o propósito<br />
psicoterapêutico, além de aproximar o grupo para o levantamento e ampliação de conteúdos do tema<br />
grupal a ser abordado. MORENO (1993) define o aquecimento como uma etapa da sessão que propicia<br />
“novas formas de organização de conteúdos cognitivos, emocionais, físicos e comportamentais”.<br />
Favorece a criação do locus e da matriz do grupo, permitindo a focalização no conceito pessoal de cada<br />
participante sobre a sua sexualidade e promovendo a sintonização do grupo no tema.<br />
O processo grupal é instalado segundo o princípio moreniano da evolução sociogenética<br />
(FLEURY, 1999): através da auto-percepção, da percepção do outro e do contexto e da percepção da<br />
situação proposta para o grupo. Desta forma, os membros do grupo criam o locus e a matriz para a<br />
etapa seguinte da sessão, através da focalização no conceito pessoal sobre o tema identificado e<br />
sintonização do grupo no tema, ativando o status nascendi da experiência.<br />
Segue-se a atividade dramática, visando a ampliação do contexto grupal, abrindo espaço para<br />
a integração de conteúdos cognitivos, emocionais e psicossociais. Com a atividade dramática, regata-se<br />
o background cognitivo e socio-cultural dos membros do grupo.<br />
Algumas sessões visam a construção de conhecimento, através do levantamento de<br />
conclusões e ampliação do conhecimento proposto (ROMAÑA, 2002). No processo de aprendizagem,