SEXUALIDADE: MENOPAUSA E ANDROPAUSA - Heloisa Fleury ...
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As pesquisas têm indicado que os esteróides sexuais (estrógeno, progesterona e andrógeno)<br />
provocam alterações leves, porém importantes no funcionamento sexual feminino. No entanto, os<br />
fatores psicossociais, como o efeito de um novo relacionamento ou de experiências anteriores, tendem<br />
a afetar muito mais fortemente, exigindo uma avaliação cuidadosa de cada caso (DENNERSTEIN,<br />
2003).<br />
A transição menopáusica, como uma etapa do envelhecimento da mulher, é acompanhada de<br />
importantes mudanças físicas. No entanto, é consenso entre os estudiosos da área a influência da<br />
subjetividade da mulher na sua vivência pessoal desta etapa da vida.<br />
Frente a uma sintomatologia exuberante, é necessária a participação médica na avaliação de<br />
indicação de terapia de reposição hormonal tradicional ou alternativa, com fitoterápicos. Porém, na<br />
avaliação de disfunção sexual, aspectos psicológicos e sócio-culturais necessariamente devem ser<br />
considerados.<br />
A andropausa<br />
Geralmente após os 50 anos (DEMERS, 2003), embora às vezes aos 40 (LAMBERTS, 2003),<br />
inicia-se o processo de envelhecimento do homem, caracterizado pelo comprometimento lento e<br />
progressivo do funcionamento das gônadas. Esta condição provoca a diminuição na produção do<br />
andrógeno, responsável pela virilização, pelo funcionamento sexual e pela estimulação e manutenção<br />
da massa muscular e óssea (YIALAMAS; HAYES, 2003). Associando esta condição à feminina, tem<br />
sido denominada climatério masculino, andropausa ou identificada pela sigla ADAM, significando<br />
declínio no andrógeno no homem envelhecendo, em inglês androgen decline in the ageing man<br />
(MORALES, 2003).<br />
Da mesma forma que na menopausa, esta condição bioquímica e fisiológica pode ser tanto<br />
assintomática como sintomática (TAN; CULBERSON, 2003), com queixas semelhantes às femininas,<br />
sendo as mais freqüentes a diminuição da libido, a disfunção erétil, o cansaço e a depressão (TAN; PU,<br />
2004).<br />
O diagnóstico da andropausa depende da avaliação do impacto do nível baixo de testosterona<br />
na qualidade de vida. NOVÁK et al. (2002) identificaram sete parâmetros diagnósticos para<br />
identificação da andropausa: energia, emocional, social, socio-emocional, funcionamento mental, físico<br />
e sexual. Concluíram que níveis diminuídos de energia e o comprometimento da função sexual<br />
provocam o impacto mais marcante na qualidade de vida de homens na andropausa.<br />
Apesar das evidências de que a capacidade eretiva é mantida ao longo da vida, ABDO et al.<br />
(2002) identificaram, em estudo com população brasileira de 1.296 homens com mais de 18 anos, a