Carta Magna da Competitividade - AIP
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Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
<strong>Carta</strong> <strong>Magna</strong> <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de<br />
ÍNDICE<br />
• Visão Estratégica .......................................................................................................... pág. 3<br />
• Grandes Objectivos e Princípios Orientadores ............................................................ pág. 4<br />
- Novas Estratégias Empresariais ............................................................................. pág. 5<br />
- Políticas Públicas ……............................................................................................... pág. 6<br />
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
• Introdução ……………………………………………………………………………………………………………… pág. 8<br />
• Análise Sumária........................................................................................................... pág. 9<br />
• Carteira de Indicadores<br />
- Input .................................................................................................................... pág. 25<br />
- Output ................................................................................................................ pág. 70<br />
- Indicadores de Enquadramento Macroeconómico………….................................. pág. 79<br />
• Benchmarking dos Indicadores 2003‐2011 ……………………………….…………………………… pág. 84<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria 1
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
<strong>Carta</strong> <strong>Magna</strong><br />
<strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria 2
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
VISÃO ESTRATÉGICA<br />
Fazer de Portugal, nos próximos dez anos, um dos dez países mais desenvolvidos e<br />
atractivos <strong>da</strong> União Europeia.<br />
Em 2008, passados cinco anos sobre a apresentação <strong>da</strong> <strong>Carta</strong> <strong>Magna</strong> <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de, foi necessário<br />
proceder‐se a uma reflexão de fundo, que designámos por opções estratégicas e projectos<br />
estruturantes para um crescimento sustentado. Tornou‐se evidente que a visão estratégica conti<strong>da</strong> na<br />
<strong>Carta</strong> <strong>Magna</strong> só é possível ser atingi<strong>da</strong> se o desígnio europeu for integrado num desígnio maior, o do<br />
euro‐atlantismo. Os oceanos, o espaço e o centralismo atlântico, geográfico e logístico de Portugal,<br />
oferecem novas potenciali<strong>da</strong>des à inteligência e à capaci<strong>da</strong>de empreendedora dos portugueses.<br />
A facha<strong>da</strong> atlântica <strong>da</strong> Europa, associando Portugal e a Galiza são mais‐valias de grande relevância nesta<br />
estratégia. O novo modelo de desenvolvimento impõe um forte investimento no reforço e<br />
enriquecimento <strong>da</strong> carteira de activi<strong>da</strong>des, produtos e serviços transaccionáveis com os quais Portugal<br />
se expõe perante a globalização.<br />
Em suma,<br />
Exige‐se um forte empenho <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de portuguesa na economia do conhecimento, baseado num<br />
crescimento sustentado, na quali<strong>da</strong>de e na inovação e orientado para aumentos significativos <strong>da</strong><br />
produção de bens e serviços transaccionáveis.<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria 3
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
Grandes Objectivos e Princípios Orientadores<br />
• Novas Estratégias Empresariais<br />
• Políticas Públicas<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria 4
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
NOVAS ESTRATÉGIAS EMPRESARIAIS<br />
1. Melhorar a relação de troca <strong>da</strong> economia portuguesa com o exterior, através <strong>da</strong> valorização dos<br />
recursos humanos, <strong>da</strong> pe<strong>da</strong>gogia <strong>da</strong> responsabili<strong>da</strong>de, <strong>da</strong> ambição de excelência nas empresas e do<br />
relacionamento com parceiros e mercados exigentes.<br />
2. O acesso à excelência e à competitivi<strong>da</strong>de empresariais, compreende não fazer hoje aquilo que as<br />
empresas europeias fizeram há vinte ou trinta anos, mas fazer aquilo que as empresas europeias<br />
ain<strong>da</strong> não fizeram.<br />
3. Transformar atrasos e constrangimentos históricos em oportuni<strong>da</strong>des para a competitivi<strong>da</strong>de,<br />
antecipando as inovações e as mu<strong>da</strong>nças mais rapi<strong>da</strong>mente do que os concorrentes, através <strong>da</strong><br />
análise <strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong>des <strong>da</strong>s pessoas e dos movimentos <strong>da</strong>s socie<strong>da</strong>des.<br />
4. A internacionalização, como condição para a competitivi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s empresas, compreende o<br />
crescimento exponencial dos fluxos comerciais entre Portugal e o exterior e depende <strong>da</strong><br />
capaci<strong>da</strong>de de orquestrar as maiores oportuni<strong>da</strong>des e os melhores recursos, estejam onde<br />
estiverem.<br />
5. É determinante subir na cadeia de valor, através <strong>da</strong> integração de competências, próprias ou<br />
alheias, em produtos finais, desejáveis nos mercados externos, com a melhor relação entre o<br />
investimento e o valor acrescentado por recurso a empresas, portuguesas e estrangeiras,<br />
integradoras <strong>da</strong>s capaci<strong>da</strong>des nacionais.<br />
6. A competitivi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s empresas dependerá, ca<strong>da</strong> vez mais, <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de dos seus produtos,<br />
crescentemente mais individualizados, com forte componente de serviço, entregues em pequenas<br />
quanti<strong>da</strong>des, ou até individualmente, com grande rapidez, nos mercados mais exigentes.<br />
7. O sucesso comercial e o reconhecimento internacional <strong>da</strong>s empresas, dos produtos e <strong>da</strong>s marcas, é<br />
o resultado natural <strong>da</strong> forte diferenciação e <strong>da</strong> eleva<strong>da</strong> percepção do valor dos produtos e do<br />
serviço correspondente; o controle de canais de distribuição pode ser uma vantagem importante<br />
neste processo de afirmação de marcas e produtos nacionais.<br />
8. Passar <strong>da</strong> fase de processo/produção para a fase <strong>da</strong> engenharia do produto/concepção.<br />
9. Focalizar a atracção de IDE em empresas de média dimensão, ain<strong>da</strong> não presentes na Europa, e em<br />
particular, na Península Ibérica, detentoras de novos produtos, tecnologias, serviços ou mercados<br />
que, preferencialmente, aproveitem a capaci<strong>da</strong>de nacional instala<strong>da</strong>.<br />
10. Ultrapassar a fase de “arquipélago” que caracteriza a actuação <strong>da</strong>s empresas no seu<br />
relacionamento e desenvolver ver<strong>da</strong>deiras redes de partilha de informação e de capaci<strong>da</strong>des entre<br />
empresas e entre estas e outros parceiros (universi<strong>da</strong>des, centros de investigação e tecnologia,<br />
etc.).<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria 5
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
POLÍTICAS PÚBLICAS<br />
1. A<strong>da</strong>ptar os sistemas de educação e de formação às exigências <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de do conhecimento;<br />
desenvolver um sistema de formação profissional contínua (life learning) tendente ao reforço <strong>da</strong><br />
produtivi<strong>da</strong>de do trabalho, <strong>da</strong> competitivi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s empresas e <strong>da</strong> melhoria real <strong>da</strong>s remunerações<br />
dos trabalhadores incluindo a partilha dos benefícios alcançados.<br />
2. Consoli<strong>da</strong>r as despesas públicas; reduzir a carga fiscal e para fiscal sobre as empresas, favorecendo<br />
a sua capitalização; canalizar o investimento público para projectos com valor acrescentado<br />
indiscutível.<br />
3. Apoiar financeiramente projectos que se enquadrem nas novas estratégias empresariais e na<br />
produção de bens culturais; minimizar as falhas de mercado no financiamento de "start‐up’s", de<br />
activos intangíveis e de reestruturação de empresas.<br />
Majorar os apoios concedidos sempre que os projectos também contribuam para uma distribuição<br />
de activi<strong>da</strong>de empresarial regionalmente mais equilibra<strong>da</strong>.<br />
4. Melhorar o enquadramento legislativo, eliminando a regulamentação desnecessária; simplificar os<br />
processos administrativos e generalizar regras de auditoria de boas práticas dos serviços <strong>da</strong><br />
Administração Central, Regional e Local.<br />
5. Melhorar o funcionamento do sistema <strong>da</strong> Justiça com o objectivo de assegurar na prática e em<br />
tempo útil o cumprimento dos contratos e a segurança <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> económica.<br />
6. Melhorar a flexibili<strong>da</strong>de do mercado de trabalho, relativamente aos padrões dos nossos principais<br />
concorrentes no âmbito comercial e de IDE; promover o espírito empresarial e a promoção <strong>da</strong><br />
excelência no meio laboral.<br />
7. Implementar uma política de tratamento dos resíduos industriais e, de um modo geral, adoptar<br />
uma posição realista (não maximalista) na definição dos objectivos <strong>da</strong>s políticas ambientais,<br />
considerando, conjuntamente, os efeitos ambientais, económicos e sociais.<br />
8. Criar condições para o acréscimo do investimento privado no processo de inovação e para o<br />
desenvolvimento de projectos originais com parceiros internacionais exigentes; reforçar a<br />
cooperação e a coordenação entre empresas e instituições públicas de investigação tecnológica.<br />
9. Assegurar uma concorrência efectiva a nível Nacional e, em particular, nos mercados <strong>da</strong> energia e<br />
<strong>da</strong>s telecomunicações; promover a disponibili<strong>da</strong>de generaliza<strong>da</strong> do acesso à Internet em ban<strong>da</strong><br />
larga a preços competitivos; dotar o país de infra‐estruturas de transportes que contribuam para<br />
uma maior centrali<strong>da</strong>de.<br />
10. Garantir a sustentabili<strong>da</strong>de do sistema de Segurança Social, reduzindo os encargos suportados<br />
pelos empregadores; melhorar a eficiência do sistema e erradicar situações de fraude e abuso.<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria 6
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
7
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
INTRODUÇÃO<br />
O Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de de 2011 actualiza pela oitava vez a “Carteira de Indicadores”, que<br />
integrou a <strong>Carta</strong> <strong>Magna</strong> <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de, apresenta<strong>da</strong> publicamente pela Associação Industrial<br />
Portuguesa em Julho de 2003.<br />
O objectivo é monitorizar a evolução dos indicadores e a sua comparação com os relativos a 15<br />
economias europeias, pelo que se tem mantido a mesma metodologia basea<strong>da</strong> numa análise tipo<br />
“input ‐ output”.<br />
Os indicadores de “input” respeitam a factores de competitivi<strong>da</strong>de, que de uma forma mais ou menos<br />
directa podem gerar, num <strong>da</strong>do horizonte temporal, contributos significativos para a evolução <strong>da</strong><br />
competitivi<strong>da</strong>de, ou seja, factores que de algum modo possam constituir‐se com “policy drivers” no<br />
domínio <strong>da</strong> evolução <strong>da</strong> competitivi<strong>da</strong>de. Os indicadores de output referem‐se a “resultados” no<br />
domínio <strong>da</strong> criação de riqueza e emprego.<br />
As economias objecto de comparação são as mesmas desde o início deste exercício: Alemanha,<br />
Dinamarca, Espanha, Grécia, Finlândia, França, Irlan<strong>da</strong>, Itália, Países Baixos, Portugal e Reino Unido e<br />
novos Estados‐membro <strong>da</strong> UE: Eslováquia, Eslovénia, Hungria, Polónia e República Checa. No seu<br />
conjunto tem‐se 16 <strong>da</strong>s 27 economias <strong>da</strong> UE e 10 <strong>da</strong>s 17 que constituem actualmente a Área Euro.<br />
Quando possível são referenciados <strong>da</strong>dos para os EUA e Coreia.<br />
A composição <strong>da</strong> “Carteira de Indicadores” tem‐se mantido relativamente estável. No entanto, ao<br />
longo destes 8 anos incluíram‐se alguns novos indicadores, seja por substituição de algum indicador<br />
que não seja possível actualizar, ou pelo interesse que o próprio indicador reveste. Para estes novos<br />
indicadores foi também considera<strong>da</strong> a série dos valores do indicador nos anos abrangidos pela<br />
“carteira”.<br />
A análise que se segue baseia‐se, essencialmente, na informação que serviu de base à elaboração dos<br />
indicadores. Refere‐se de forma sintética a evolução verifica<strong>da</strong> em Portugal, enquadra<strong>da</strong> com a<br />
regista<strong>da</strong> nas outras economias considera<strong>da</strong>s para efeitos de comparação.<br />
O Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de de 2011 inclui pela primeira vez um “benchmarking” dos indicadores.<br />
Compara‐se o valor de ca<strong>da</strong> indicador com a média <strong>da</strong> UE e o seu posicionamento relativo no conjunto<br />
<strong>da</strong>s 16 economias, nos anos/períodos considerados na “Carteira de Indicadores” desde o seu início em<br />
2003.<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria 8
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
ANÁLISE SUMÁRIA<br />
INDICADORES DE INPUT<br />
CUSTOS LABORAIS<br />
• Os custos unitários nominais do trabalho, relacionando a variação <strong>da</strong>s remunerações por<br />
trabalhador e a produtivi<strong>da</strong>de aparente do trabalho, são um indicador importante na<br />
competitivi<strong>da</strong>de / preço dos bens e serviços. Este indicador numa economia integra<strong>da</strong> na União<br />
Monetária, como é o caso <strong>da</strong> portuguesa, ganha uma importância acresci<strong>da</strong>.<br />
• Em 2010, segundo o Banco de<br />
Portugal, a variação dos<br />
custos unitários nominais do<br />
trabalho foi de ‐1.3% (+3.1%<br />
em 2009). A variação média<br />
na Área Euro foi de ‐0.6%<br />
(+3.8% em 2009), sendo o<br />
diferencial entre a variação<br />
regista<strong>da</strong> em Portugal e na<br />
Área Euro de ‐0.7%.<br />
5<br />
4<br />
3<br />
2<br />
1<br />
0<br />
‐1<br />
‐2<br />
3,3<br />
1,1 0,8<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria 9<br />
0,7<br />
1,6<br />
1,5<br />
2005 2006 2007 2008 2009 2010<br />
Fonte: Banco de Portugal<br />
CustosUnitários Nominais do Trabalho ‐ Total <strong>da</strong> Economia<br />
Variação Anual (%)<br />
3,8<br />
3,6<br />
3,8<br />
3,1<br />
Diferencial Portugal Área Euro<br />
• O diferencial entre Portugal e Área Euro é igual em 2009 e 2010. Em 2009, Portugal teve uma<br />
variação <strong>da</strong> produtivi<strong>da</strong>de praticamente nula (+0.1%), mas esta variação na Área Euro foi de<br />
‐2.4% (diferencial de +2.5 p.p.) que compensou o facto de a variação <strong>da</strong>s remunerações por<br />
trabalhador em Portugal terem sido superiores à <strong>da</strong> Área Euro em +1.8 p.p.. Em 2010, a variação<br />
<strong>da</strong>s remunerações foi praticamente igual (+0.1 p.p. em Portugal) e a variação <strong>da</strong> produtivi<strong>da</strong>de<br />
foi superior em Portugal em +0.8 p.p..<br />
• No período 2007‐2010, com base em <strong>da</strong>dos <strong>da</strong> Comissão Europeia, Portugal teve uma variação<br />
média anual dos seus custos unitários nominais inferior à <strong>da</strong> Área Euro em cerca de 0.5 p.p.. Esta<br />
variação em Portugal foi idêntica à <strong>da</strong> Alemanha e entre os países <strong>da</strong> Área Euro considerados,<br />
apenas superior à regista<strong>da</strong> na Irlan<strong>da</strong>.<br />
FISCALIDADE<br />
• A fiscali<strong>da</strong>de tem uma influência importante na competitivi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s economias, nomea<strong>da</strong>mente<br />
numa época de globalização dos mercados e de crescente mobili<strong>da</strong>de dos factores de produção.<br />
‐1,3<br />
‐0,6
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
Para além dos efeitos no desenvolvimento <strong>da</strong> activi<strong>da</strong>de económica em geral, a fiscali<strong>da</strong>de e a<br />
sua eficiência económica tornaram‐se factores importantes na alocação, captação ou<br />
afastamento de recursos.<br />
• Em Portugal, a carga fiscal (incluindo as contribuições para a segurança social) em 2009, foi de<br />
cerca de 31% em relação ao PIB. Este valor é inferior ao registado em 2008 (‐1.8 p.p.). De notar<br />
que no essencial esta diminuição não resultou <strong>da</strong> redução de taxas mas no facto de num ano de<br />
crise económica as receitas fiscais terem diminuído de forma mais intensa que o PIB. A carga<br />
fiscal em Portugal é inferior à média (aritmética) <strong>da</strong>s cargas fiscais <strong>da</strong> UE (35.8%, em 2009) e <strong>da</strong><br />
Área Euro (36.5%) e tem um valor próximo dos registados na Polónia (31.8%), Espanha (30.4%) e<br />
Grécia (30.3%). A Irlan<strong>da</strong> (28.2%) e a Eslováquia (28.8%) registavam em 2009 os valores mais<br />
baixos, entre os países considerados na análise.<br />
• Em 2009, a carga fiscal voltou a reduzir‐se na maioria <strong>da</strong>s economias <strong>da</strong> União Europeia, estando<br />
esta evolução liga<strong>da</strong> a efeitos <strong>da</strong> crise económica e financeira. Estas variações <strong>da</strong> carga fiscal<br />
foram mais significativas na Espanha (‐2.8 p.p.), Reino Unido (‐2.6 p.p.), Polónia (‐2.5 p.p.),<br />
Portugal (‐1.8 p.p.), Irlan<strong>da</strong> (‐1.5 p.p.), Grécia (‐1.4 p.p.) e França (‐1.3 p.p.).<br />
A UE tem comparativamente aos EUA, Japão, e outros países não europeus <strong>da</strong> OCDE uma carga<br />
fiscal eleva<strong>da</strong>. Em 2009, a carga fiscal média (pondera<strong>da</strong>) foi de 38.4% na UE, 28.1% no Japão e<br />
de 24.0% nos EUA.<br />
As diferenças entre as cargas fiscais dos países <strong>da</strong> UE são significativas, variando entre um valor<br />
máximo de 48.1% na Dinamarca e um valor mínimo de 26.6% na Letónia.<br />
• Em Portugal, as receitas dos impostos sobre o rendimento <strong>da</strong>s empresas, em 2009, situaram‐se<br />
em cerca de 2.9% em relação ao PIB (‐0.8 p.p., que em 2008), valor semelhante ao <strong>da</strong> média <strong>da</strong><br />
Área Euro (3.0%) e <strong>da</strong> UE (2.8%). No conjunto dos 16 países, o valor de Portugal é o 3º mais<br />
elevado a seguir à República Checa (3.6%) e Itália (3.4%). De um modo geral na UE o rácio entre<br />
as receitas de impostos sobre o rendimento <strong>da</strong>s empresas e o PIB diminuiu em 2009. As variações<br />
mais significativas registaram‐se na Letónia (‐1.6 p.p.), Finlândia (‐1.5 p.p.), França (‐1.5 p.p.) e<br />
Países Baixos (‐1.3 p.p.).<br />
• Em Portugal, os impostos sobre o rendimento <strong>da</strong>s empresas representaram em 2009, cerca de<br />
9.3% do total <strong>da</strong>s receitas fiscais (‐1.9 p.p. que em 2008). Este valor é o terceiro mais alto no<br />
conjunto dos 16 países, a seguir à República Checa (10.5%) e Eslováquia (9.4%). Nestes países, em<br />
2009, o peso dos impostos sobre o rendimento <strong>da</strong>s empresas diminuiu em todos, excepto na<br />
Grécia que praticamente se manteve. As variações mais significativas registaram‐se na Finlândia<br />
(‐3.4 p.p.), França (‐3.4 p.p.), Países Baixos (‐3.2 p.p.) e Eslováquia (‐2.2 p.p.).<br />
• A dispari<strong>da</strong>de entre Estados‐membro <strong>da</strong> UE é significativa. O peso dos impostos sobre o<br />
rendimento <strong>da</strong>s empresas em relação ao PIB, em 2009, registou valores extremos em Malta<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria 10
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
(6.7%) e Chipre (6.5%) e na Estónia (1.8%) e França (1.3%) e em percentagem <strong>da</strong>s receitas fiscais<br />
variaram entre 19.7% em Malta e 18.4% em Chipre e 3.0% na França, e valores na casa dos 5% na<br />
Alemanha, Dinamarca, Eslovénia, Estónia.<br />
• Portugal em 2011 mantém uma taxa nominal de imposto sobre o rendimento <strong>da</strong>s empresas de<br />
25%. A matéria colectável até 12.500 Euros é tributa<strong>da</strong> a uma taxa de 12.5%. Acresce uma<br />
derrama municipal de até um máximo de 1.5% do lucro tributável e uma derrama estadual,<br />
introduzi<strong>da</strong> em 2010, que corresponde a uma taxa adicional de 2.5% sobre a parte do lucro<br />
tributável superior a dois milhões de euros. A taxa nominal pode assim atingir em determina<strong>da</strong>s<br />
situações cerca de 29%.<br />
• Na UE mantém‐se a tendência<br />
para a desci<strong>da</strong> <strong>da</strong>s taxas<br />
nominais de imposto sobre o<br />
rendimento <strong>da</strong>s empresas, mas a<br />
um ritmo mais baixo nos dois<br />
últimos anos. Em 2011, a média<br />
aritmética <strong>da</strong>s taxas baixou ‐0.2<br />
p.p. na UE e ‐0.3 p.p. na Área<br />
Euro. Em 2011, quatro países <strong>da</strong><br />
UE alteraram as suas taxas nominais – Grécia (‐4 p.p.), Reino Unido (‐1.0 p.p.), Países Baixos (‐0.5<br />
p.p.) e Luxemburgo (+0.2 p.p.). Existe uma significativa dispari<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s taxas nominais de<br />
imposto sobre rendimento <strong>da</strong>s empresas com uma diferença de 25 p.p. entre a taxa nominal<br />
mais alta (35% em Malta) e a mais reduzi<strong>da</strong> (10% na Bulgária e Chipre).<br />
• Salienta‐se que a comparação entre as taxas nominais de imposto sobre o rendimento <strong>da</strong>s<br />
EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO<br />
• A qualificação dos recursos humanos em termos de educação formal é considera<strong>da</strong> como um<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
34,4<br />
31,9<br />
33,0<br />
30,7<br />
31,8<br />
29,3<br />
30,4<br />
28,3<br />
29,6<br />
27<br />
28,1 27,7<br />
25,5 25,3<br />
26,8<br />
24,5<br />
25,7 25,6 25,6 25,3<br />
23,6 23,5 23,3 23,1<br />
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011<br />
Fonte: Banco de Portugal<br />
Taxa nominal de imposto sobre o rendimento <strong>da</strong>s empresas<br />
AE 17 UE 27<br />
empresas, aplica<strong>da</strong>s em ca<strong>da</strong> Estado‐membro, deve ser objecto de cautela, na medi<strong>da</strong> em que<br />
existem vários aspectos, não contemplados nesta análise, que variam de país para país,<br />
nomea<strong>da</strong>mente ao nível dos conceitos de matéria colectável, <strong>da</strong> existência de taxas mais baixas<br />
para determina<strong>da</strong>s situações específicas, de taxas adicionais e do tratamento diferente dos lucros<br />
distribuídos e não distribuídos.<br />
indicador do stock do capital humano <strong>da</strong>s economias, ou seja, <strong>da</strong>s “skills” existentes na<br />
população. Nas economias desenvolvi<strong>da</strong>s o ensino secundário é considerado como requisito<br />
mínimo de entra<strong>da</strong> no mercado do emprego. Este nível de qualificação é considerado<br />
11
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
fun<strong>da</strong>mental para o acesso a processos de aprendizagem ao longo <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> e de acções de<br />
formação profissional. O ensino secundário tem vindo a tornar‐se a regra como grau de<br />
escolari<strong>da</strong>de mínima, sobretudo entre as faixas etárias mais jovens.<br />
• Portugal tem estruturalmente uma situação muito vulnerável em matéria de qualificações dos<br />
seus recursos humanos. Em 2009, apenas 30% <strong>da</strong> população com i<strong>da</strong>des compreendi<strong>da</strong>s entre os<br />
25 e os 64 anos tinham pelo menos o ensino secundário. A Espanha (52%) e Itália (54%) são os<br />
países com valores mais próximos. Nos grupos etários mais jovens, a situação é menos negativa.<br />
Cerca de 48% <strong>da</strong> população do grupo etário 25‐34 anos completou pelo menos o ensino<br />
secundário (64% em Espanha; 70% em Itália).<br />
• Em Portugal, em 2010, apenas<br />
58.7% dos jovens com i<strong>da</strong>des<br />
entre os 20 e 24 anos tinham<br />
pelo menos o ensino<br />
secundário. Este valor, embora<br />
represente uma evolução<br />
positiva nos últimos anos (39.3%<br />
em 1998; 49.0% em 2005), é o<br />
mais baixo entre o conjunto dos<br />
países em análise. De salientar<br />
que 10 destes países registam valores<br />
superiores a 80%.<br />
De referir que em Portugal, tal como acontece na maioria dos países europeus, o peso dos jovens<br />
• O elevado abandono escolar<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
43,2<br />
38,8<br />
44,4 44,4<br />
Portugal ‐ Abandono escolar precoce<br />
(% <strong>da</strong> população no escalão etário 18‐24 anos)<br />
39,1<br />
36,9<br />
35,4<br />
31,2<br />
28,7<br />
2005 2006 2007 2008 2009 2010<br />
Fonte: Eurostat<br />
de ensino ou de formação sem completarem<br />
a escolari<strong>da</strong>de mínima obrigatória.<br />
Neste domínio tem‐se verificado uma evolução positiva nos últimos anos (a taxa<br />
de abandono<br />
escolar era de 45% em 2002), mas o valor actual é ain<strong>da</strong> muito elevado. No conjunto dos 16<br />
47,9<br />
49,6 49,0 49,6<br />
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010<br />
Fonte: Eurostat<br />
Portugal ‐ Jovens que concluíram pelo menos o ensino secundário<br />
(% <strong>da</strong> população no escalão 20‐24 anos)<br />
no escalão etário 20‐24 anos, com pelo menos o ensino secundário, é superior nas mulheres<br />
(+7.9 p.p.) do que nos homens. No entanto, nos últimos três anos o peso relativo <strong>da</strong>s mulheres<br />
com pelo menos o ensino secundário não regista variações significativas.<br />
precoce continua a condicionar<br />
significativamente a necessária<br />
melhoria dos níveis de<br />
qualificação <strong>da</strong> população<br />
portuguesa. Em 2010, cerca de<br />
30% dos jovens com i<strong>da</strong>des<br />
compreendi<strong>da</strong>s entre os 18 e os<br />
24 anos abandonaram o sistema<br />
53,4<br />
54,3<br />
55,5<br />
58,7<br />
12
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
países considerados só a Espanha tem um valor semelhante (28.4%) e no conjunto <strong>da</strong> UE apenas<br />
Malta (36.9%) regista valores superiores a Portugal. O valor médio <strong>da</strong> taxa de abandono escolar<br />
na UE era em 2010 de 14.1%.<br />
• O abandono escolar precoce poderá não ser apenas uma consequência do desempenho<br />
individual do estu<strong>da</strong>nte, mas ser visto também como um indicador de eficiência do sistema de<br />
ensino, na medi<strong>da</strong> em que os estu<strong>da</strong>ntes considerem o ensino pouco adequado às suas<br />
expectativas ou menos atractivo do que alternativas no mercado de trabalho.<br />
• A taxa de participação no sistema de ensino dos jovens portugueses com i<strong>da</strong>des<br />
entre os 16 e 18<br />
anos de i<strong>da</strong>de tem vindo a melhorar. Em 2009, a taxa de participação dos jovens com 16 anos era<br />
de 98%, mais 3 p.p. que a média <strong>da</strong> UE. Aos 17 anos esta participação desce para 88%, valor<br />
idêntico à média <strong>da</strong> UE. Nos jovens com 18 anos a taxa de participação baixa para 74%, menos 3<br />
p.p. do que a média <strong>da</strong> UE.<br />
• A aprendizagem ao longo <strong>da</strong><br />
vi<strong>da</strong>, seja na vertente de melhoria <strong>da</strong>s competências profissionais,<br />
seja na melhoria efectiva dos níveis de escolari<strong>da</strong>de <strong>da</strong> população activa, tem em Portugal uma<br />
importância acresci<strong>da</strong> face à situação existente em matéria de qualificação dos recursos<br />
humanos. Em 2010, cerca de 5.8% <strong>da</strong> população activa entre os 25 e os 64 anos participou em<br />
acções de formação. É um valor que se insere na trajectória de melhoria nos últimos anos (2.9%<br />
em 2002), mas que está aquém <strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong>des portuguesas e <strong>da</strong> média europeia (9.1% na UE;<br />
7.9% na Área Euro).<br />
• Eleva<strong>da</strong>s taxas de participação<br />
no ensino superior facilitam a obtenção de maiores níveis de<br />
qualificação e o desenvolvimento de competências profissionais mais eleva<strong>da</strong>s. Adicionalmente<br />
competências específicas em áreas liga<strong>da</strong>s à ciência e tecnologia assumem especial relevância, na<br />
medi<strong>da</strong> em que são uma fonte importante na inovação, instrumento ca<strong>da</strong> vez mais importante<br />
para o crescimento nas economias basea<strong>da</strong>s no conhecimento.<br />
• Em Portugal, a situação no<br />
ensino superior é em termos<br />
relativos melhor do que ao<br />
nível do ensino secundário.<br />
Em 2009, cerca de 26.8% <strong>da</strong><br />
população do escalão etário<br />
20‐29 anos frequentava o<br />
ensino superior. Este valor era<br />
inferior à média <strong>da</strong> UE em 2.8<br />
p.p.. De notar a dispari<strong>da</strong>de<br />
Fonte: Eurostat<br />
Portugal ‐ Estu<strong>da</strong>ntes<br />
no Ensino Superior<br />
(% <strong>da</strong> população no escalão etário 20‐29 anos)<br />
24,9 25,2 25,0 24,5 24,3 24,9 26,4 26,8<br />
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria 13
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
nos valores deste indicador com a Finlândia (44.6%), Eslovénia (40.1%) e Dinamarca (37.2%) a<br />
registarem os valores mais elevados e a Irlan<strong>da</strong> (25.1%) e Alemanha (24.7%) os mais baixos.<br />
• Relativamente aos novos licenciados<br />
em áreas científicas e tecnológicas, em 2009, o número de<br />
novos licenciados em ciência e tecnologia por mil habitantes, no escalão etário 20‐29 anos foi de<br />
14.6%, valor próximo <strong>da</strong> média <strong>da</strong> UE (14.3%) e do valor <strong>da</strong> mediana (14.9%) nos países<br />
considerados.<br />
• As despesas públicas em educação representam em 2008, 11.0% do total <strong>da</strong>s despesas públicas<br />
em Portugal. Este valor é idêntico aos registados nos últimos anos que variaram no período 2004‐<br />
2010 entre os 11.0% e 11.6%. Em comparação com o PIB, as despesas públicas em educação<br />
foram de 4.9%, valor inferior ao dos últimos anos que se situou na casa dos 5.3%.<br />
AMBIENTE E ENERGIA<br />
• Os preços de energia são uma variável estratégica na competitivi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s economias, quer pelo<br />
seu impacto directo na estrutura de custos <strong>da</strong>s empresas, quer pelas suas repercurssões na<br />
activi<strong>da</strong>de económica em geral. As opções de política energética toma<strong>da</strong>s para responder ao<br />
desafio <strong>da</strong>s alterações climáticas, bem como a dinâmica de crescimento <strong>da</strong>s economias<br />
emergentes, são factores que, nos últimos anos, têm vindo a exercer influência acresci<strong>da</strong> na<br />
evolução dos preços de energia.<br />
• Neste Relatório apenas se analisam os preços médios (sem taxas e IVA) do gás para<br />
consumidores industriais com um consumo anual entre 10 mil e 100 mil gigajoules e <strong>da</strong><br />
electrici<strong>da</strong>de para “pequenos” e “grandes” consumidores industriais, respectivamente, com<br />
consumos anuais entre 20 e 500 MWh e 2000 e 20000 MWh.<br />
• No 1º semestre de 2011, o preço médio do gás (sem taxas e IVA) em Portugal para o consumidor<br />
industrial no escalão referido era de 9.38 €/GJ, superior ao valor mediano <strong>da</strong> UE em 3% e ao<br />
praticado no mercado espanhol em 16%. Comparativamente ao 1º semestre de 2010, estes<br />
preços do gás registaram um aumento significativo na grande maioria dos Estados‐membro <strong>da</strong><br />
UE, sendo o aumento verificado em Portugal de +23.1%. Com variações superiores apenas a<br />
Alemanha, Irlan<strong>da</strong> e Dinamarca. De referir que as “taxas e impostos” são bastante diferentes nos<br />
diversos países <strong>da</strong> UE. No caso dos preços do gás no escalão referido, os preços praticados em<br />
Portugal melhoram a sua posição relativa quando se consideram os preços com to<strong>da</strong>s as taxas<br />
incluí<strong>da</strong>s. Comparativamente a Espanha, os preços do gás são superiores em Portugal nos 5<br />
escalões para os quais se dispõe de <strong>da</strong>dos, principalmente nos escalões de consumo mais baixos<br />
(+31.7% no escalão de consumo inferior a 1000 Gj).<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria 14
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
• Os preços médios de electrici<strong>da</strong>de em Portugal, no 1º semestre de 2011, foram de 84€/MWh no<br />
escalão “grandes” consumidores industriais. Este valor situa‐se na mediana dos preços dos países<br />
considerados na análise e inferior ao praticado em Espanha em cerca de 3.6%. Neste semestre os<br />
preços de electrici<strong>da</strong>de eram, neste escalão, mais baixos na Alemanha e em França. Para os<br />
“pequenos” consumidores industriais o preço médio de electrici<strong>da</strong>de foi de 92€/MWh, preço<br />
inferior, quer face ao valor mediano <strong>da</strong> UE, quer face a Itália, Espanha, Reino Unido e Alemanha.<br />
• Comparativamente ao 1º semestre de 2010, regista‐se um agravamento dos preços de<br />
electrici<strong>da</strong>de para os grandes consumidores industriais (+10.8%), variação superior à regista<strong>da</strong> na<br />
maioria dos países <strong>da</strong> UE e particularmente face ao verificado nos principais parceiros comerciais<br />
de Portugal (Espanha, Alemanha, Reino Unido e França). A variação dos preços médios neste<br />
escalão, considerando taxas e IVA, foi de +13.3% (+12.7% sem IVA). No mesmo período, os<br />
preços para os pequenos consumidores industriais registam uma redução de ‐3.4% em Portugal,<br />
variação mais favorável que a verifica<strong>da</strong> nos principais parceiros comerciais indicados.<br />
Considerando taxas e IVA os preços aumentaram +6.6% (+5.4% sem IVA).<br />
• O nível de intensi<strong>da</strong>de energética é um factor importante na competitivi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s economias. O<br />
nível de consumo de energia por uni<strong>da</strong>de produzi<strong>da</strong> deve ser permanentemente melhorado,<br />
permitindo não só uma efectiva redução de custos, mas também um melhor cumprimento de<br />
objectivos de natureza ambiental. Neste domínio, impõe‐se ter em conta, as metas, exigentes, ao<br />
nível <strong>da</strong> redução do consumo de energia primária e <strong>da</strong>s emissões de gases com efeitos de estufa,<br />
estabeleci<strong>da</strong>s pela União Europeia para 2020.<br />
• Nos últimos anos, a intensi<strong>da</strong>de energética na maioria dos países <strong>da</strong> União Europeia tem vindo a<br />
reduzir‐se gradualmente. Em 2009, a redução regista<strong>da</strong> foi, em média, de ‐1.3% na UE (‐1.0% na<br />
UE 15), apresentando dez Estados‐membro intensi<strong>da</strong>des energéticas mais eleva<strong>da</strong>s que em 2008.<br />
• Portugal continua a apresentar um<br />
valor bastante elevado de intensi<strong>da</strong>de<br />
energética entre os países <strong>da</strong> UE 15.<br />
Em 2009, o consumo de energia por<br />
uni<strong>da</strong>de produzi<strong>da</strong> foi 25% superior<br />
ao registado em média na UE 15, e,<br />
contariamente ao verificado entre<br />
2006 e 2008, cresce +1.6% face ao<br />
ano anterior. Desde 2002, Portugal<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
207<br />
Portugal ‐ Intensi<strong>da</strong>de energética<br />
(Kgep / 1000 €)<br />
192 191 184 187<br />
2005 2006 2007 2008 2009<br />
Fonte: Eurostat<br />
mantém a sua posição relativa no conjunto dos 16 países <strong>da</strong> União Europeia considerados na<br />
análise (10º intensi<strong>da</strong>de mais eleva<strong>da</strong> deste grupo).<br />
15
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
• O mix energético de ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s economias tem vindo a ganhar relevância na avaliação <strong>da</strong><br />
competitivi<strong>da</strong>de, quer na sua interface com as crescentes exigências de natureza ambiental, quer<br />
por razões de segurança energética. A União Europeia apresenta uma estrutura de consumo de<br />
energia basea<strong>da</strong> no petróleo e produtos petrolíferos e no gás natural, que em conjunto<br />
representavam, em 2009, 61%, sendo de relevar que estas fontes de energia têm associado uma<br />
componente importa<strong>da</strong> significativa. Neste ano, o peso relativo <strong>da</strong> energia nuclear foi de 14% e o<br />
<strong>da</strong>s energias renováveis de 9%.<br />
• As estruturas de consumo de energia <strong>da</strong>s economias <strong>da</strong> União Europeia são muito distintas,<br />
havendo países sem energia nuclear ou que em que esta fonte de energia predomina como é o<br />
caso de França (40%), outros em que os combustíveis sólidos são preponderantes como são os<br />
casos <strong>da</strong> Polónia (54%) e <strong>da</strong> República Checa (41%), e países totalmente (ou quase) dependentes<br />
do petróleo, como são os casos de Malta (100%) e Chipre (96%).<br />
• Em Portugal, a importância relativa do<br />
petróleo e produtos petrolíferos no<br />
consumo de energia tem vindo a<br />
diminuiu nos últimos anos, situando‐se<br />
em 50.5% em 2009. Apesar <strong>da</strong> melhoria<br />
regista<strong>da</strong>, é ain<strong>da</strong> um valor elevado no<br />
quadro <strong>da</strong> União Europeia (+14 p.p.<br />
que a média <strong>da</strong> UE). Portugal tem vindo<br />
a reforçar o consumo de energia<br />
proveniente de fontes renováveis, cujo peso atingiu 19% do total em 2009, apresentando uma<br />
situação bastante favorável neste domínio, acima <strong>da</strong> média <strong>da</strong> União Europeia (9%) e apenas<br />
inferior ao <strong>da</strong> Finlândia (23%) entre os países <strong>da</strong> União Europeia considerados.<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
12,7<br />
Fonte: Eurostat<br />
Portugal ‐ Energia renovável<br />
Em % do total do consumo bruto de energia<br />
16,4 17,1 17,2<br />
19,0<br />
2005 2006 2007 2008 2009<br />
• O reforço <strong>da</strong> energia proveniente de fontes renováveis tem sido uma <strong>da</strong>s áreas de interesse<br />
estratégico <strong>da</strong> UE, tendo sido em 2009 aprova<strong>da</strong> a Directiva 2009/28/CE relativa à promoção <strong>da</strong><br />
utilização de energia proveniente de fontes renováveis que estabelece metas vinculativas,<br />
exigentes, a atingir em 2020 para todos os Estados‐membro <strong>da</strong> União Europeia.<br />
• Especificamente no que respeita à<br />
electrici<strong>da</strong>de produzi<strong>da</strong> a partir de<br />
fontes renováveis, de assinalar o peso<br />
relativo atingido em 2010 em Portugal<br />
que se situou em 52.1% (35% em<br />
2009). O aumento verificado em 2010<br />
teve essencialmente na sua base<br />
aumentos de 13.5 p.p. na componente<br />
16,8<br />
Portugal ‐ Electrici<strong>da</strong>de produzi<strong>da</strong> a partir de FER<br />
Em % <strong>da</strong> produção bruta + saldo importador<br />
30,6<br />
31,1<br />
27,8<br />
35,0<br />
52,1<br />
2005 2006 2007 2008 2009 2010<br />
Fonte:DGEG<br />
16
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
hídrica e de 2.6 p.p. na componente eólica.<br />
• A melhoria do desempenho ambiental associa<strong>da</strong> ao esforço de redução do nível de emissões de<br />
gases com efeito de estufa tem vindo a ser prossegui<strong>da</strong>. Todos os países <strong>da</strong> União Europeia<br />
reduziram o seu nível de emissões em 2009, principalmente em resultado <strong>da</strong> forte redução do<br />
nível de activi<strong>da</strong>de económica. A posição de ca<strong>da</strong> Estado‐membro apresenta naturalmente uma<br />
melhoria significativa relativamente ao cumprimento <strong>da</strong>s metas de Quioto.<br />
• Em Portugal, o nível de emissões de gases com efeito de estufa reduziu‐se ‐4.3% em 2009 face ao<br />
ano anterior (‐7.1% na UE). Entre 1990 e 2009, o nível de emissões cresceu +25.5%, nível de<br />
crescimento, neste período, inferior ao compromisso de limitação atribuído a Portugal no quadro<br />
de Quioto (+27%).<br />
INVESTIMENTO<br />
• O investimento empresarial desempenha um papel decisivo na competitivi<strong>da</strong>de e no crescimento<br />
económico, ao contribuir de forma significativa para a melhoria <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong>de produtiva.<br />
• A crise económica e financeira mundial repercutiu‐se de forma acentua<strong>da</strong> nos níveis de<br />
investimento <strong>da</strong>s economias, continuando ain<strong>da</strong> em 2010 a verificar‐se uma quebra do<br />
investimento do sector privado em 16 países <strong>da</strong> União Europeia.<br />
• Em Portugal, a Formação Bruta de<br />
Capital Fixo teve uma diminuição, a<br />
preços correntes, de ‐2.3% em 2010<br />
(‐13.0% em 2009).<br />
O peso relativo <strong>da</strong> FBCF do sector<br />
privado (empresas e famílias) no PIB<br />
volta a reduzir‐se em 2010, atingindo<br />
15.7%, valor próximo <strong>da</strong> média <strong>da</strong> UE<br />
(15.9%).<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
22,2<br />
Portugal ‐ FBCF do sector privado em % do PIB<br />
20,5 20,1 20,0 20,0 19,5 19,6<br />
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010<br />
Fonte: Eurostat<br />
• Após quebra significativa em 2009, os fluxos de investimento directo estrangeiro aumentaram a<br />
nível global em 2010, tanto ao nível do investimento directo do exterior (inflows), como,<br />
principalmente, ao nível do investimento directo no exterior (outflows). As economias em<br />
desenvolvimento reforçam a sua importância, absorvendo pela primeira vez mais de metade dos<br />
fluxos globais de investimento directo do exterior.<br />
17,0<br />
15,7<br />
17
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
• Em Portugal, os fluxos líquidos de investimento directo de Portugal no exterior e do exterior em<br />
Portugal diminuíram com significado em 2010. De referir que o valor líquido dos fluxos de<br />
investimento no exterior foi significativamente influenciado por uma operação de<br />
“desinvestimento” de elevado montante.<br />
• No período 2006‐2010, em termos médios anuais, os fluxos de investimento directo estrangeiro<br />
em Portugal representaram 1.7% do PIB, valor inferior ao registado na UE (3.3% do PIB). Irlan<strong>da</strong><br />
(5.9%), Reino Unido (5.2%) e os Países Baixos (4.6%) são, entre os países do benchmarking, os<br />
que representam um valor médio anual mais significativo.<br />
• Os fluxos de investimento directo de Portugal no exterior, no período 2006‐2010, representam<br />
em termos médios anuais 0.6% do PIB, valor inferior ao verificado nos fluxos de investimento<br />
directo do exterior em Portugal (1.7%). Irlan<strong>da</strong> (10.8%) e Países Baixos (8.1%) continuam a ter<br />
valores elevados neste domínio.<br />
• O stock de investimento directo estrangeiro em Portugal bem como do stock de investimento<br />
directo de Portugal no exterior reduziram‐se em 2010 face ao ano anterior. Em percentagem do<br />
PIB, o valor diminuiu de 49.0% para 48.2% no caso do stock de IDE em Portugal e de 29.2% para<br />
28.1% no que respeita ao stock de investimento directo de Portugal no exterior.<br />
INOVAÇÃO E I&D; SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO<br />
• Na competitivi<strong>da</strong>de de uma economia são hoje imprescindíveis activos como o capital humano, a<br />
investigação e desenvolvimento, as Tecnologias de Informação e Comunicação ou factores<br />
imateriais como a marca, quali<strong>da</strong>de, criativi<strong>da</strong>de, design, ou o “know‐how” específico <strong>da</strong>s<br />
empresas.<br />
Todos estes elementos são centrais à “inovação”, aqui entendi<strong>da</strong> como “novos” produtos,<br />
serviços, processos, procedimentos organizacionais ou métodos de acesso aos mercados, sejam<br />
uma novi<strong>da</strong>de em absoluto, ou “apenas” novos para a empresa/ou para o mercado a que se<br />
destinam.<br />
• Avaliar a capaci<strong>da</strong>de de inovação de uma economia é por isso um processo que se reveste de<br />
particular dificul<strong>da</strong>de pois, para além <strong>da</strong> própria abrangência do conceito, muitos dos seus<br />
aspectos relevantes são eminentemente qualitativos e, em consequência, difíceis de quantificar.<br />
A Comissão Europeia, todos os anos desde 2001 tem procedido à avaliação e comparação do<br />
desempenho dos Estados‐membro <strong>da</strong> UE (e de alguns outros países) no domínio <strong>da</strong> inovação,<br />
utilizando para o efeito um índice sintético de inovação desenvolvido no âmbito do European<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria 18
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
Innovation Scoreboard. Em 2010, esta iniciativa foi substituí<strong>da</strong> pelo Innovation Union<br />
Scoreboard, tendo em vista monitorizar a estratégia Europa 2020 “União <strong>da</strong> Inovação”.<br />
• A avaliação efectua<strong>da</strong> pelo Innovation Union Scoreboard 2010, que reflecte os desempenhos dos<br />
anos 2008/2009, coloca Portugal na 15º posição no ranking dos 27 países <strong>da</strong> UE. O grau de<br />
inovação é ain<strong>da</strong> inferior ao <strong>da</strong> média <strong>da</strong> UE, integrando Portugal o grupo de países<br />
“modera<strong>da</strong>mente inovadores”. De notar que neste grupo, Portugal apresenta o valor mais<br />
elevado e superior aos de Espanha e Itália, que também fazem parte deste grupo.<br />
• Nos últimos anos, o valor <strong>da</strong>s despesas<br />
totais em investigação e desenvolvimento<br />
em percentagem do PIB, têm evoluído<br />
favoravelmente em Portugal.<br />
Em 2009, as despesas em I&D atingiram<br />
um valor equivalente a 1.7% do PIB, valor<br />
que embora inferior à média <strong>da</strong> UE (2.0%),<br />
está próximo <strong>da</strong> meta estabeleci<strong>da</strong> para<br />
Portugal para 2010 (1.8%). Na UE, a Finlândia (4.0%), Suécia (3.6%), Dinamarca (3.0%), Alemanha<br />
(2.8%) e Áustria (2.8%) continuam a destacar‐se em termos de I&D.<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
0,8<br />
Fonte: Eurostat<br />
Portugal ‐ Despesas em I&D, em % do PIB<br />
1,0<br />
1,2<br />
2005 2006 2007 2008 2009<br />
• Em Portugal, as despesas de I&D financia<strong>da</strong>s por empresas priva<strong>da</strong>s têm evoluído<br />
favoravelmente nos últimos anos, representando 48% <strong>da</strong>s despesas totais em 2008. Este valor,<br />
no entanto, é ain<strong>da</strong> inferior à média <strong>da</strong> UE (55%). A Finlândia (70%, em 2008) e a Alemanha (67%)<br />
registam valores semelhantes aos verificados nos EUA (67%).<br />
• Em Portugal, em 2010, o número de patentes regista<strong>da</strong>s, um indicador importante na avaliação<br />
do desempenho de um país em termos de I&D, era de apenas de 7.6 patentes por milhão de<br />
habitantes, valor apenas superior ao <strong>da</strong> Polónia (5.4) e <strong>da</strong> Eslováquia (4.4). De assinalar que a<br />
média <strong>da</strong> UE é de 132 patentes por milhão de habitantes, e em países como os Países Baixos,<br />
Alemanha, Dinamarca e Finlândia, os valores são mesmo superiores a 300 patentes por milhão de<br />
habitantes.<br />
• No que respeita ao número de marcas<br />
comunitárias regista<strong>da</strong>s, apesar <strong>da</strong><br />
evolução favorável verifica<strong>da</strong> em<br />
Portugal, que atingiu o valor de 103.7<br />
marcas por milhão de habitantes em<br />
2010 (mais do dobro <strong>da</strong>s regista<strong>da</strong>s em<br />
2007), o valor está aquém <strong>da</strong> média <strong>da</strong><br />
Fonte: IHMI<br />
47,9<br />
51,3<br />
72,8<br />
1,5<br />
Portugal ‐ Marcas Comunitárias regista<strong>da</strong>s<br />
(por milhão de habitantes)<br />
93,3<br />
1,7<br />
103,7<br />
2006 2007 2008 2009 2010<br />
19
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
União Europeia (146.4) e distante dos países do benchmarking com melhor desempenho nesta<br />
área (Países Baixos, Dinamarca, Alemanha e Irlan<strong>da</strong>).<br />
• Também ao nível do número de pedidos de registo de designs comunitários solicitados por<br />
57,6 55,9<br />
Alemanha (223.2), Dinamarca (196.7) e Itália (168.7).<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
75,3<br />
105,6<br />
81,7<br />
2006 2007 2008 2009 2010<br />
Fonte: IHMI<br />
Portugal ‐ Designs comunitários registados<br />
(por milhão de habitantes)<br />
Portugal (81.7 por milhão de<br />
habitantes em 2010) se verifica uma<br />
distância significativa relativamente<br />
à média <strong>da</strong> UE, que neste ano foi em<br />
número de 116 por milhão de<br />
habitantes e, sobretudo, face aos<br />
países <strong>da</strong> UE em análise com<br />
maiores pedidos de design<br />
comunitários registados, casos <strong>da</strong><br />
• Os investimentos em inovação envolvem por vezes investimentos de retorno mais incerto que<br />
outros tipos de investimentos empresariais, e nessa medi<strong>da</strong>, o capital de risco, sobretudo de<br />
“semente” e “start‐up” afirma‐se como a forma de financiamento mais ajusta<strong>da</strong> neste domínio.<br />
Em Portugal, no período entre 2006 e 2009, o investimento em capital de risco de semente e<br />
start‐up correspondeu em média a cerca de 0.019% do PIB. A UE 15 continua a registar um valor<br />
baixo (0.028%) quando comparado com os EUA (0.046%).<br />
• Entre os países <strong>da</strong> UE, Portugal continua a apresentar um nível elevado de despesas em<br />
Tecnologias de Informação e Comunicação, com um valor em 2009 igual a 6.4% do PIB. De notar,<br />
no entanto, que o posicionamento relativo é distinto quando se consideram os dois segmentos<br />
<strong>da</strong>s TIC, com Portugal a registar um valor elevado de despesas em Telecomunicações em<br />
percentagem do PIB (4.3%), situação que já não se verifica nas despesas em Tecnologias de<br />
Informação (2.1%), onde só a Áustria, Espanha, Itália e Grécia, entre os países <strong>da</strong> UE 15, registam<br />
valores inferiores aos de Portugal.<br />
• A taxa de penetração <strong>da</strong> Ban<strong>da</strong> Larga, em Portugal, medi<strong>da</strong> em termos de número de linhas de<br />
acesso fixo por 100 habitantes, é relativamente baixa no contexto comunitário, apresentando um<br />
valor de 19.6% em Julho de 2010, inferior à média <strong>da</strong> UE (25.7%). No que respeita à penetração<br />
<strong>da</strong> Ban<strong>da</strong> Larga por acesso móvel, tem‐se registado valores crescentes em Portugal e elevados<br />
no conjunto <strong>da</strong> UE (3º valor mais elevado a seguir à Finlândia e Suécia).<br />
• No quadro comunitário, o nível de acesso à Internet em Ban<strong>da</strong> Larga em Portugal é ain<strong>da</strong><br />
relativamente baixo, quer ao nível <strong>da</strong>s famílias, quer ao nível <strong>da</strong>s micro empresas.<br />
20
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
• No segmento <strong>da</strong>s famílias, o acesso à Internet em Ban<strong>da</strong> Larga em 2010 situava‐se em 50%, valor<br />
inferior à média <strong>da</strong> UE (61%) e bastante distante de países como a Dinamarca (80%), Países<br />
Baixos (80%) e Suécia (83%).<br />
• No segmento <strong>da</strong>s empresas a<br />
posição relativa de Portugal na UE,<br />
é mais favorável. Em 2010, 82% <strong>da</strong>s<br />
empresas portuguesas com<br />
dimensão entre 10 e 49<br />
trabalhadores tinham acesso à<br />
Internet em Ban<strong>da</strong> Larga, valor igual<br />
à média <strong>da</strong> UE. De notar os valores,<br />
na casa dos 92‐94%, registados na<br />
Finlândia, França e Espanha.<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
Portugal ‐ Empresas de pequena dimensão com acesso à<br />
Internet em Ban<strong>da</strong> Larga (%)<br />
62,0<br />
74,0<br />
79,0<br />
80,0<br />
82,0<br />
2005 2006 2007 2008 2009<br />
Fonte: Eurostat (mu<strong>da</strong>nça de série em 2009)<br />
• Portugal, em 2010, dispõe <strong>da</strong> melhor oferta de e‐government em termos de disponibilização de<br />
serviços online. Entre os países do benchmarking, apenas a Irlan<strong>da</strong> e Itália atingiram o mesmo<br />
valor que Portugal. A percentagem de empresas que utilizaram a Internet para interagir com as<br />
autori<strong>da</strong>des públicas manteve‐se em 2010, em 75%, valor próximo <strong>da</strong> média UE (76%). No<br />
segmento dos indivíduos, o grau de utilização do e‐government, em 2010, aumentou para 23%,<br />
valor distante <strong>da</strong> média <strong>da</strong> UE (32%).<br />
INDICADORES DE OUTPUT<br />
• Em Portugal o PIB, em volume,<br />
cresceu 1.4% em 2010 (‐2.5% em<br />
2009). A variação do PIB em preços<br />
correntes foi de 2.5% (‐2.0% em<br />
2009). O PIB per capita aumentou<br />
1.4% (‐2.6% em 2009). Na UE a<br />
taxa de crescimento média em<br />
2010 foi 2.0% (‐4.2%, em 2009) e<br />
na Área Euro de 1.9% (‐4.2% em<br />
2009). Em 2010, a maior parte dos países <strong>da</strong> UE registaram variações positivas no seu PIB (em<br />
2009, só a Polónia registou crescimento económico).<br />
1,2<br />
1,4<br />
2,2<br />
2,4<br />
‐0,2<br />
2006 2007 2008 2009 2010<br />
Fonte: Banco de Portugal<br />
Portugal ‐ Variação em volume do PIB e PIB per capita<br />
0,0<br />
‐2,6<br />
PIB per capita PIB<br />
• No período 2001‐2010 a variação média anual em Portugal foi de 0.6%, valor que no conjunto<br />
dos países considerados foi semelhante ao registado na Dinamarca e apenas superior ao <strong>da</strong> Itália.<br />
‐2,5<br />
1,4<br />
1,4<br />
21
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
Neste período as taxas médias anuais de crescimento mais eleva<strong>da</strong>s verificaram‐se na Irlan<strong>da</strong>,<br />
Espanha e Grécia.<br />
• Portugal no período mais recente de 2007‐2010 registou um crescimento médio anual de 0.3%,<br />
valor igual à média <strong>da</strong> UE. Neste quadriénio o crescimento médio anual foi menos significativo<br />
com vários países a registarem variações médias negativas, como foi o caso <strong>da</strong> Irlan<strong>da</strong>, Grécia,<br />
Dinamarca, Itália, Hungria e Reino Unido, entre os países do benchmarking.<br />
• Em 2010, o PIB per capita português, medido em pari<strong>da</strong>des de poder de compra, corresponde a<br />
81% do valor médio <strong>da</strong> UE (80% em 2009). Este valor no conjunto dos países considerados é<br />
apenas superior aos <strong>da</strong> República Checa (80%), Eslováquia (74%), Hungria (64%) e Polónia (62%).<br />
• O volume de emprego<br />
(população emprega<strong>da</strong>) em<br />
Portugal diminuiu 1.5% em 2010<br />
(‐2.6% em 2009). No decénio<br />
2001‐2010 o volume de<br />
emprego (base contas<br />
nacionais) teve uma variação<br />
média anual de ‐0.2%. Portugal<br />
e a Hungria (‐0.6%), no conjunto<br />
dos países considerados, foram os dois países com variação negativa de emprego neste período.<br />
A Espanha (1.4%), a Irlan<strong>da</strong> (1.0%) e a Grécia (0.9%) foram os países com maior criação líqui<strong>da</strong> de<br />
emprego neste decénio. A variação média na UE foi de 0.5% e na Área Euro de 0.6%. No período<br />
2007‐2010 a criação de emprego diminuiu significativamente. Na UE e na Área Euro a taxa média<br />
anual foi de +0.1%. Em vários países registaram‐se variações negativas, sendo as mais<br />
significativas na Irlan<strong>da</strong> (‐2.5%), na Espanha (‐1.6%) e na Hungria (‐1.1%). A Polónia (2.3%), a<br />
Alemanha (0.9%) e os Países Baixos (0.8%) registaram os crescimentos de emprego mais<br />
significativos.<br />
• A taxa de emprego em Portugal,<br />
em 2010, foi de 65.6%, menos<br />
0.7 p.p. que em 2009 e menos<br />
2.6 p.p. que em 2008. Na UE e na<br />
Área Euro as taxas de emprego<br />
situaram‐se em 64.1% (‐1.7 p.p.<br />
na UE e ‐1.8 p.p. na Área Euro<br />
que em 2008). Com excepção <strong>da</strong><br />
Alemanha (+1 p.p.) e <strong>da</strong> Polónia<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
0,5<br />
Fonte: Eurostat<br />
68,8<br />
Portugal ‐ Criação de Emprego<br />
Taxa de variação média anual<br />
0,0<br />
0,5<br />
‐2,6<br />
‐1,5<br />
2006 2007 2008 2009 2010<br />
Portugal ‐ Taxa de Emprego<br />
(Emprego 15‐64 anos em % <strong>da</strong> população entre 15‐64 anos)<br />
68,1 67,8 67,5 67,9 67,8 68,2<br />
com um ligeiro aumento de 0.1 p.p., em todos os países considerados se registaram diminuições<br />
66,3<br />
65,6<br />
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010<br />
Fonte: Eurostat<br />
22
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
<strong>da</strong>s taxas de emprego, sendo as mais significativas as <strong>da</strong> Irlan<strong>da</strong> (‐7.6 p.p.), Espanha (‐5.7 p.p.) e<br />
Dinamarca (‐4.5 p.p.). Em termos comparativos a taxa de emprego em Portugal era, em 2010, a<br />
7ª mais eleva<strong>da</strong> entre os 16 países considerados na análise e a 10ª no conjunto <strong>da</strong> UE 27.<br />
• A produtivi<strong>da</strong>de por pessoa emprega<strong>da</strong>, medi<strong>da</strong> em pari<strong>da</strong>des de poder de compra correspondia,<br />
em 2010, a 77.3% do valor médio <strong>da</strong> UE. Entre os países considerados na análise a produtivi<strong>da</strong>de<br />
em Portugal era apenas superior à <strong>da</strong> República Checa, Hungria e Polónia. No decénio 2001‐2010<br />
a produtivi<strong>da</strong>de aparente do trabalho em Portugal teve um crescimento médio anual de +0.8%,<br />
próximo <strong>da</strong> média <strong>da</strong> Área Euro (0.7%), mas bastante aquém <strong>da</strong> média <strong>da</strong> UE (+1.3%). Neste<br />
período é de salientar os elevados crescimentos de produtivi<strong>da</strong>de nos novos Estados‐membro.<br />
No quadriénio 2007‐2010, a produtivi<strong>da</strong>de em Portugal registou uma variação anual de +1.2%,<br />
superior à média <strong>da</strong> Área Euro (+0.3%) e <strong>da</strong> UE (+0.5%). Neste período, a variação <strong>da</strong><br />
produtivi<strong>da</strong>de foi menor do que a média do decénio em todos os países considerados, com<br />
excepção de Portugal e Espanha (+1.9%).<br />
• A taxa de desemprego em Portugal situou‐se em 12.0% em 2010 (+1.4 p.p. que em 2009), valor<br />
acima <strong>da</strong> taxa média de desemprego na UE (9.7%) e <strong>da</strong> Área Euro (10.1%). Em 2010 as taxas de<br />
desemprego aumentaram 0.7 p.p. na UE e 0.5 p.p. na Área Euro. Com excepção <strong>da</strong> Alemanha, em<br />
2010, todos os países considerados na análise registaram aumentos <strong>da</strong>s taxas de desemprego em<br />
2009 e 2010. As variações mais significativas neste período registaram‐se na Espanha (+8.8 p.p.),<br />
Irlan<strong>da</strong> (+7.4 p.p.), Grécia (+4.9 p.p.) e Eslováquia (+4.9 p.p.). Em termos comparativos, a taxa de<br />
desemprego em Portugal em 2010 era a 5ª mais eleva<strong>da</strong> no conjunto dos países do<br />
benchmarking e superior à média <strong>da</strong> UE em 2.3 p.p. e <strong>da</strong> Área Euro em 1.9 p.p..<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria 23
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
Carteira de Indicadores<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
24
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
Indicadores de Input<br />
Custos Laborais<br />
Preços<br />
Fiscali<strong>da</strong>de<br />
Educação e Formação<br />
Socie<strong>da</strong>de <strong>da</strong> Informação<br />
Ambiente e Energia<br />
Investimento<br />
I&D e Inovação<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
25
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
CUSTOS LABORAIS<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
26
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
INDICADOR: Custos Unitários Nominais do Trabalho – Total <strong>da</strong> Economia<br />
Relação entre a remuneração por trabalhador (inclui encargos sociais do empregador) e a produtivi<strong>da</strong>de<br />
por trabalhador.<br />
No período 2007‐2010, a variação média dos custos unitários nominais do trabalho em Portugal (+1.6%)<br />
foi inferior à média <strong>da</strong> Área Euro (+2.1%). Neste período, de notar as eleva<strong>da</strong>s variações médias nos<br />
países <strong>da</strong> Área Euro regista<strong>da</strong>s na Eslovénia, Grécia e Finlândia e o baixo valor desta variação na Irlan<strong>da</strong>.<br />
Em 2010 nos países <strong>da</strong> Área Euro considerados na análise, com excepção <strong>da</strong> França (+0.8%), <strong>da</strong> Eslovénia<br />
(+0.6%) e <strong>da</strong> Itália com valor praticamente nulo, os custos unitários nominais foram negativos.<br />
As variações mais significativas verificaram‐se na Irlan<strong>da</strong> (‐5.0%) e na Eslováquia (‐2.7%), tendo os<br />
restantes países, entre os quais Portugal (‐1.3%), registado valores entre ‐1.0% e ‐1.5%.<br />
5<br />
4<br />
3<br />
2<br />
1<br />
0<br />
Dinamarca<br />
Grécia<br />
Fonte: Comissão Europeia (base de <strong>da</strong>dos AMECO)<br />
OBJECTIVOS:<br />
Reino Unido<br />
Finlândia<br />
Itália<br />
Custos Unitários Nominais do Trabalho ‐ Total <strong>da</strong> Economia<br />
Países Baixos<br />
2007‐2010<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
Espanha<br />
França<br />
Alemanha<br />
Portugal<br />
Irlan<strong>da</strong><br />
Eslovénia<br />
Polónia<br />
Rep. Checa<br />
Hungria<br />
Eslováquia<br />
UE 27<br />
(variação média anual)<br />
Aumento dos custos unitários do trabalho no total <strong>da</strong> economia inferior aos verificados nos principais<br />
parceiros.<br />
O ritmo de crescimento <strong>da</strong> produtivi<strong>da</strong>de deverá ser determinante na evolução salarial.<br />
AE 17<br />
EUA<br />
Coreia<br />
27
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
PREÇOS<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
28
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
INDICADOR: Preços de Gás ‐ Indústria<br />
Preço de gás natural por Gigajoule, em euros, sem impostos, para os consumidores industriais <strong>da</strong><br />
categoria de consumo I3, a que corresponde um intervalo de consumo anual entre 10 mil e 100 mil GJ<br />
(equivalente ao intervalo 240 mil – 2.4 milhões de m 3 ).<br />
Em Portugal, o preço do gás natural para os consumidores industriais <strong>da</strong> categoria de consumo I3, no 1º<br />
semestre de 2011, era de 9.4€/GJ, preço superior ao valor mediano <strong>da</strong> UE (+3%). O diferencial de preço<br />
é muito significativo face ao Reino Unido (+45%) e Espanha (+16%). Entre os países <strong>da</strong> UE considerados<br />
na análise, a Alemanha apresenta o preço mais elevado nesta categoria de consumo (11.6 €/GJ). Para<br />
níveis de consumo industrial inferiores a 24 mil m3, Portugal é o 3º país <strong>da</strong> UE com preços mais<br />
elevados, registando nesta categoria, um diferencial de +32% em relação a Espanha.<br />
Tal como na grande maioria dos Estados‐membro <strong>da</strong> UE, os preços no 1º semestre de 2011 em Portugal,<br />
registaram um aumento significativo (+23.1%) comparativamente a igual semestre de 2010. Com<br />
variações superiores apenas a Alemanha (+29.0%), Irlan<strong>da</strong> (29.1%) e Dinamarca (+41.7%).<br />
12,0<br />
10,0<br />
8,0<br />
6,0<br />
4,0<br />
2,0<br />
0,0<br />
Alemanha<br />
Irlan<strong>da</strong><br />
França<br />
Dinamarca<br />
Portugual<br />
Finlândia<br />
Preços de Gás na Indústria<br />
Itália *<br />
1º Semestre 2011<br />
Espanha<br />
Fonte: Eurostat (base de <strong>da</strong>dos, Novembro 2011) * valor provisório<br />
OBJECTIVOS<br />
Países Baixos<br />
Assegurar que no âmbito <strong>da</strong> liberalização do mercado, os preços do gás sejam concorrenciais com os<br />
praticados nos mercados dos principais parceiros comerciais.<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria 29<br />
Reino Unido<br />
Eslovénia<br />
Eslováquia<br />
Polónia<br />
Hungria<br />
Rep. Checa<br />
(€ / GJ)<br />
UE 27
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
INDICADOR: Preços de Electrici<strong>da</strong>de – Indústria – Pequenos Consumidores<br />
Preço de electrici<strong>da</strong>de por MWh, em euros, sem impostos, para os consumidores industriais <strong>da</strong> categoria<br />
de consumo IB, a que corresponde um intervalo de consumo anual entre 20 e 500 MWh.<br />
No 1º semestre de 2011, o preço médio <strong>da</strong> electrici<strong>da</strong>de para os pequenos consumidores industriais,<br />
sem impostos (92 €/MWh) era inferior ao valor mediano <strong>da</strong> UE. Neste período Portugal registava preços<br />
de eletrici<strong>da</strong>de inferiores aos seus principais parceiros comerciais, nomea<strong>da</strong>mente, em relação a Itália<br />
(‐32%), Espanha (‐30%), Reino Unido (‐17%) e Alemanha (‐16%) e superior em relação a França (+4%).<br />
A posição relativa de Portugal na UE deteriora‐se quando se considera o preço médio <strong>da</strong> electrici<strong>da</strong>de<br />
incluindo taxas, mas excluindo o IVA. No 1º semestre de 2011, o preço em Portugal era de 125 €/MWh,<br />
nível também inferior ao registado em Espanha mas com um diferencial menos significativo (‐9%).<br />
Comparando com igual semestre de 2010, os preços de electrici<strong>da</strong>de sem impostos registaram uma<br />
redução de 3.4% em Portugal, evolução favorável face aos principais parceiros que neste período<br />
apresentam variações de ‐1.5% no Reino Unido, ‐1.1% em Espanha e de +0.3% na Alemanha. França não<br />
viu alterados os preços de electrici<strong>da</strong>de neste escalão de consumo.<br />
160<br />
140<br />
120<br />
100<br />
80<br />
60<br />
40<br />
20<br />
0<br />
Itália*<br />
Preços de Electrici<strong>da</strong>de ‐ Indústria ‐ Pequenos Consumidores<br />
1º Semestre 2011<br />
Fonte: Eurostat (base de <strong>da</strong>dos, Novembro 2011) * valor provisório<br />
OBJECTIVOS<br />
Espanha<br />
Irlan<strong>da</strong><br />
Grécia<br />
Reino Unido<br />
Alemanha<br />
Países Baixos<br />
Dinamarca<br />
Portugal<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria 30<br />
França<br />
Finlândia<br />
Eslováquia<br />
Rep. Checa<br />
Polónia<br />
Eslovénia<br />
Hungria<br />
(€ / MWH)<br />
Assegurar que a liberalização do mercado conduza, no contexto do Mibel, a um aumento efectivo <strong>da</strong><br />
concorrência criando condições para uma posição competitiva <strong>da</strong>s empresas em termos de preços de<br />
electrici<strong>da</strong>de e que opções de política energética não conduzam a preços de electrici<strong>da</strong>de não<br />
concorrenciais com os praticados nos mercados dos principais parceiros comerciais.<br />
UE 27
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
INDICADOR: Preços de Electrici<strong>da</strong>de – Indústria – Grandes Consumidores<br />
Preço de electrici<strong>da</strong>de por MWh, em euros, sem impostos, para os consumidores industriais <strong>da</strong> categoria<br />
de consumo ID, a que corresponde um intervalo de consumo anual entre 2 mil e 20 mil MWh (entre 430<br />
e 4.300 tep).<br />
No 1º semestre de 2011, o preço médio de electrici<strong>da</strong>de, sem impostos, para os grandes consumidores<br />
industriais foi de 84€ / MWh, valor muito próximo do valor mediano <strong>da</strong> UE. Comparativamente aos<br />
preços registados nos seus principais parceiros comerciais, o preço <strong>da</strong> electrici<strong>da</strong>de para grandes<br />
consumidores industriais em Portugal é inferior ao de Itália (‐18%), Espanha (‐4%) e Reino Unido (‐2%) e<br />
mais elevado que os registados na Alemanha (+6%) e em França (+29%).<br />
Comparativamente ao 1º semestre de 2010, os preços registaram um aumento de +10.8% em Portugal<br />
variação superior ao <strong>da</strong> maioria dos países <strong>da</strong> UE e principalmente face aos seus principais parceiros<br />
comerciais que registaram neste período reduções de ‐1.1% no caso de Espanha e Alemanha e um ligeiro<br />
aumento, de 2%, no Reino Unido. A França não regista alterações de preço neste período.<br />
120<br />
100<br />
80<br />
60<br />
40<br />
20<br />
0<br />
Itália*<br />
Preços de Electrici<strong>da</strong>de ‐ Indústria ‐ Grandes Consumidores<br />
1º Semestre 2011<br />
Fonte: Eurostat (base de <strong>da</strong>dos, Novembro 2011) * valor provisório<br />
OBJECTIVOS<br />
Espanha<br />
Dinamarca<br />
Irlan<strong>da</strong><br />
Reino Unido<br />
Portugal<br />
Alemanha<br />
Grécia<br />
Países Baixos<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria 31<br />
Finlândia<br />
França<br />
Eslováquia<br />
Rep. Checa<br />
Hungria<br />
Polónia<br />
Eslovénia<br />
(€ / MWH)<br />
Assegurar que a liberalização do mercado conduza, no contexto do Mibel, a um aumento efectivo <strong>da</strong><br />
concorrência criando condições para uma posição competitiva <strong>da</strong>s empresas em termos de preços de<br />
electrici<strong>da</strong>de. Tendo em conta a necessi<strong>da</strong>de de, a prazo, fazer reflectir os custos de produção nos<br />
preços ao consumidor, importa assegurar a compensação dos serviços prestados à rede pelos grandes<br />
consumidores industriais e, por outro lado, garantir uma progressão pondera<strong>da</strong> <strong>da</strong>s energias renováveis.<br />
UE 27
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
FISCALIDADE<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
32
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
INDICADOR: Receitas Fiscais em percentagem do Produto Interno Bruto<br />
Rácio entre o montante de receitas fiscais (incluindo contribuições para a segurança social) e o produto<br />
interno bruto, com base nos agregados <strong>da</strong>s contas nacionais (ESA 95).<br />
Em 2009, a carga fiscal em Portugal foi de 31.0% (32.8% em 2008), valor inferior ao <strong>da</strong> média <strong>da</strong> União<br />
Europeia (35.8%) e próximo dos verificados na Grécia (30.3%), Espanha (30.4%) e Polónia (31.8%), entre<br />
os países <strong>da</strong> UE considerados na análise.<br />
A carga fiscal na União Europeia diminuiu em 2009 para 35.8% (36.5% na Área Euro). A redução<br />
verifica<strong>da</strong> estará mais liga<strong>da</strong> à que<strong>da</strong> significativa do produto interno bruto em praticamente todos os<br />
países do que à redução <strong>da</strong>s taxas aplica<strong>da</strong>s.<br />
As diferenças entre as cargas fiscais dos países <strong>da</strong> União Europeia são significativas, registando‐se em<br />
2009, a carga fiscal mais eleva<strong>da</strong> na Dinamarca (48.1%) e a mais baixa na Letónia (26.6%).<br />
Em termos comparativos, a carga fiscal na UE continua a apresentar um valor elevado, quer face aos EUA<br />
e Japão, quer face a outros países não europeus <strong>da</strong> OCDE.<br />
50,0<br />
40,0<br />
30,0<br />
20,0<br />
10,0<br />
0,0<br />
Dinamarca<br />
Receitas Fiscais<br />
2009<br />
Fonte: Eurostat ‐ Taxation trends in European Union, Edition 2011<br />
OBJECTIVOS<br />
Itália<br />
Finlândia<br />
França<br />
Alemanha<br />
Países Baixos<br />
Reino Unido<br />
Portugal<br />
Espanha<br />
Grécia<br />
Irlan<strong>da</strong><br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria 33<br />
Hungria<br />
Eslovénia<br />
Rep. Checa<br />
Polónia<br />
Eslováquia<br />
AE 17<br />
(em % do PIB)<br />
Portugal, num contexto de uma efectiva consoli<strong>da</strong>ção orçamental, de reformulação do papel do Estado e<br />
<strong>da</strong> redução do peso <strong>da</strong>s despesas, deve levar a cabo uma reforma do sistema fiscal, visando a redução<br />
<strong>da</strong> carga fiscal sobre o trabalho e rendimento <strong>da</strong>s empresas tendo em conta a competitivi<strong>da</strong>de <strong>da</strong><br />
economia portuguesa.<br />
UE 27<br />
EUA
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
INDICADOR: Taxa Nominal de Imposto sobre o Rendimento <strong>da</strong>s Empresas<br />
Taxa máxima incidente sobre o rendimento colectável <strong>da</strong>s empresas, estabeleci<strong>da</strong> na legislação nacional<br />
respectiva. Inclui, quando aplicável, sobretaxas e taxas locais incidentes sobre o rendimento <strong>da</strong>s<br />
empresas.<br />
Em Portugal, incide sobre o rendimento colectável <strong>da</strong>s empresas em 2011 uma taxa geral de 25% (a que<br />
acresce a derrama correspondente até um máximo de 1.5% do lucro tributável) e uma taxa de 12.5%<br />
aplicável à matéria colectável até 12 500 euros. Acresce, a denomina<strong>da</strong> derrama estadual, que<br />
corresponde a uma taxa adicional de 2.5% sobre a parte do lucro tributável superior a dois milhões de<br />
euros. A taxa nominal pode assim atingir em determina<strong>da</strong>s situações cerca de 29%. Comparativamente a<br />
2010, não se registam alterações nestas taxas.<br />
Em 2011, apenas 4 países <strong>da</strong> União Europeia viram altera<strong>da</strong>s as respectivas taxas nominais de imposto<br />
sobre o rendimento <strong>da</strong>s empresas: a Grécia (‐4 p.p.), Reino Unido (‐1.0 p.p.), Países Baixos (‐0.5 p.p.) e o<br />
Luxemburgo (+0.2 p.p.). A dispari<strong>da</strong>de de taxas entre países <strong>da</strong> UE manteve‐se eleva<strong>da</strong>, com valores<br />
extremos em Malta (35%) e na Bulgária e Chipre (10%). O valor médio <strong>da</strong>s taxas nominais de imposto<br />
sobre o rendimento na União Europeia, reduziu‐se para 23.1% na UE e 25.3% na Área Euro em 2011,<br />
comparando favoravelmente com as taxas aplica<strong>da</strong>s nos EUA (39%) e Japão (42%).<br />
A análise comparativa destas taxas deve ser efectua<strong>da</strong> com cui<strong>da</strong>do na medi<strong>da</strong> em que reflectem<br />
parcialmente a taxa efectiva paga pelas empresas e, em alguns países, existem taxas mais favoráveis<br />
para situações específicas.<br />
40,0<br />
30,0<br />
20,0<br />
10,0<br />
0,0<br />
França<br />
Itália<br />
Espanha<br />
Alemanha<br />
Taxa Nonimal de Imposto sobre o Rendimento <strong>da</strong>s Empresas<br />
Reino Unido<br />
Finlândia<br />
Portugal<br />
Dinamarca<br />
Países Baixos<br />
Fontes: Eurostat ‐ Taxation trends in European Union, Edition 2011; Ministério <strong>da</strong>s Finanças ‐ Código do IRC<br />
Grécia<br />
2011<br />
Irlan<strong>da</strong><br />
OBJECTIVOS<br />
Reduzir a taxa nominal de imposto sobre as empresas, tendo em conta, nomea<strong>da</strong>mente, as pratica<strong>da</strong>s<br />
em países concorrentes na captação de investimento estrangeiro. Assegurar que, no quadro <strong>da</strong><br />
concorrência internacional, as regras estabeleci<strong>da</strong>s para o cálculo <strong>da</strong> matéria colectável, entre outros<br />
elementos, onde se registam diferenças significativas entre os vários países, não sejam penalizadoras<br />
para as empresas portuguesas.<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria 34<br />
Hungria<br />
Eslovénia<br />
Polónia<br />
Rep. Checa<br />
Eslováquia<br />
AE 17<br />
UE 27<br />
(%)<br />
EUA
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
INDICADOR: Receitas de Impostos sobre o Rendimento <strong>da</strong>s Empresas<br />
Receitas dos impostos sobre o rendimento <strong>da</strong>s empresas em percentagem do produto interno bruto e<br />
do total <strong>da</strong>s receitas fiscais, com base nos agregados <strong>da</strong>s contas nacionais (ESA 95).<br />
Em Portugal, tal como na generali<strong>da</strong>de dos Estados‐membro <strong>da</strong> União Europeia, o peso dos impostos<br />
sobre o rendimento <strong>da</strong>s empresas reduziu‐se em 2009, quer relação ao PIB, de 3.7% para 2.9%, quer em<br />
relação ao total <strong>da</strong>s receitas fiscais, de 11.2% para 9.3%.<br />
Portugal (2.9%) foi, a seguir à República Checa (3.6%) e à Itália (3.4%), o país com o maior rácio entre<br />
receitas de impostos sobre o rendimento <strong>da</strong>s empresas e o PIB, verificando‐se situação idêntica<br />
relativamente ao peso destas receitas nas receitas totais que foi de 10.5% na República Checa e de 9.4%<br />
na Eslováquia.<br />
Na União Europeia, em média, o peso relativo dos impostos sobre o rendimento <strong>da</strong>s empresas diminuiu<br />
de 3.4% para 2.8% em relação ao PIB e de 9.5% para 8.0% em percentagem do total <strong>da</strong>s receitas fiscais.<br />
O peso relativo dos impostos sobre o rendimento <strong>da</strong>s empresas varia com significado entre os Estados‐<br />
membro <strong>da</strong> União Europeia. Em 2009, os valores extremos registaram‐se em Malta (6.7%) e França<br />
(1.3%) em relação ao PIB, e em Malta (19.7%) e em França (3.0%), em percentagem <strong>da</strong>s receitas fiscais.<br />
4,0<br />
3,0<br />
2,0<br />
1,0<br />
0,0<br />
Itália<br />
Receitas de Impostos sobre o Rendimento <strong>da</strong>s Empresas<br />
2009<br />
Fonte: Eurostat ‐ Taxation trends in European Union, Edition 2011<br />
OBJECTIVOS<br />
Portugal<br />
Reino Unido<br />
Irlan<strong>da</strong><br />
Dinamarca<br />
Grécia<br />
Espanha<br />
Países Baixos<br />
Alemanha<br />
Finlândia<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria 35<br />
França<br />
% do PIB (esquer<strong>da</strong>) % do total <strong>da</strong>s receitas fiscais (direita)<br />
A tributação fiscal deverá evoluir no sentido <strong>da</strong> redução <strong>da</strong> carga fiscal sobre o rendimento <strong>da</strong>s<br />
empresas de modo a contribuir para a melhoria <strong>da</strong> atractivi<strong>da</strong>de de Portugal em termos de investimento<br />
produtivo.<br />
Rep. Checa<br />
Eslováquia<br />
Polónia<br />
Hungria<br />
Eslovénia<br />
AE 17<br />
(%)<br />
UE 27<br />
12,0<br />
10,0<br />
8,0<br />
6,0<br />
4,0<br />
2,0<br />
0,0
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
INDICADOR: Taxas Implícitas de Tributação no Consumo, Trabalho e Capital<br />
Carga fiscal média efectiva sobre diferentes tipos de rendimento (trabalho e capital) ou activi<strong>da</strong>des<br />
(consumo). Expressa‐se pelo rácio <strong>da</strong>s receitas fiscais sobre as respectivas bases fiscais, com base nos<br />
agregados <strong>da</strong>s Contas Nacionais (ESA 95).<br />
Em Portugal, em 2009, as taxas de tributação implícitas não registam alterações com significado. Neste<br />
ano, a taxa de tributação no consumo foi de 16.2%, no trabalho de 23.1% e no capital de 33.8%, valores<br />
inferiores aos registados em 2008, em 1.8 p.p., 0.2 p.p., 3.7 p.p. respectivamente.<br />
As taxas implícitas de tributação sobre o consumo, trabalho e capital diferem significativamente entre os<br />
Estados‐membro <strong>da</strong> União Europeia. Em 2009, as taxas implícitas sobre o trabalho variavam entre 42.6%<br />
(Itália) e 20.2% (Malta), as taxas implícitas sobre o consumo entre 31.5% (Dinamarca) e 12.3% (Espanha)<br />
e as taxas implícitas sobre o capital entre 43.8% (Dinamarca) e 10.3% (Letónia).<br />
50<br />
40<br />
30<br />
20<br />
10<br />
0<br />
Itália<br />
Taxas Implícitas de Tributação<br />
Fonte: Eurostat ‐ Taxation trends in European Union, Edition 2011 * 2005 capital<br />
OBJECTIVOS<br />
França<br />
Finlândia<br />
* 2005 (capital)<br />
Alemanha<br />
Países Baixos<br />
Dinamarca<br />
Espanha<br />
Grécia *<br />
Irlan<strong>da</strong><br />
2009<br />
Reino Unido<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria 36<br />
Portugal<br />
Hungria<br />
Rep. Checa<br />
Eslovénia<br />
Eslováquia<br />
Polónia<br />
UE 27<br />
Trabalho Consumo Capital<br />
Em termos de competitivi<strong>da</strong>de num mundo globalizado, a tributação fiscal deverá evoluir no sentido <strong>da</strong><br />
redução global <strong>da</strong> carga fiscal sobre os factores de produção capital e trabalho.<br />
(%)<br />
AE 17
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
37
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
INDICADOR: População que obteve pelo menos o ensino secundário, por escalões etários<br />
Relação entre a população que obteve pelo menos o ensino secundário, com i<strong>da</strong>des entre os 25 e os 64<br />
anos distribuí<strong>da</strong> por escalões etários decenais, e a população total do mesmo escalão etário.<br />
Em 2009, apenas 30% <strong>da</strong> população entre os 25‐64 anos tinha pelo menos o ensino secundário em<br />
Portugal. Portugal é o país <strong>da</strong> UE com o valor mais baixo neste indicador. Os países com valores mais<br />
próximos de Portugal são a Espanha (52%) e a Itália (54%). No decénio 2000‐2009 este valor aumentou<br />
11 p.p. em Portugal, 14 p.p. na Espanha e 12 p.p. na Itália.<br />
No escalão etário 25‐34 anos, apenas 48% <strong>da</strong> população portuguesa tem pelo menos o ensino<br />
secundário (+16 p.p. que em 2001). No conjunto dos países considerados na análise apenas Portugal,<br />
Espanha (64%), Itália (70%) e Grécia (75%) têm menos de 80% <strong>da</strong> população com pelo menos o ensino<br />
secundário.<br />
De salientar que a Alemanha, a República Checa e a Eslováquia têm mais de 80% <strong>da</strong> população com pelo<br />
menos o ensino secundário no escalão etário 55‐64 anos.<br />
100<br />
80<br />
60<br />
40<br />
20<br />
0<br />
Finlândia<br />
Alemanha<br />
População que obteve pelo menos o ensino secundário, por escalões etários<br />
Fonte: OECD, Education at a Glance 2011<br />
OBJECTIVOS<br />
Irlan<strong>da</strong><br />
Dinamarca<br />
França<br />
2009<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
Países Baixos<br />
Reino Unido<br />
Grécia<br />
Itália<br />
Espanha<br />
Portugal<br />
(em % <strong>da</strong> população do mesmo escalão etário)<br />
Eslováquia<br />
Rep. Checa<br />
Polónia<br />
Eslovénia<br />
Hungria<br />
Coreia<br />
25‐34 35‐44 45‐54 55‐64<br />
Desenvolver programas visando o aumento <strong>da</strong> percentagem <strong>da</strong> população com o ensino secundário<br />
visando uma aproximação aos países mais desenvolvidos. É fun<strong>da</strong>mental combater de forma eficaz o<br />
abandono escolar precoce. Importará também desenvolver acções de formação específicas para os<br />
jovens que já estão fora do sistema de ensino e reforçar de forma significativa as acções de formação e<br />
de aprendizagem ao longo <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>.<br />
EUA<br />
38
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
INDICADOR: Abandono Escolar Precoce<br />
Relação entre a população no escalão etário 18‐24 anos com não mais que o 3º ciclo do ensino básico<br />
(9ºano) que abandonou o sistema de ensino ou de formação, e a população total do mesmo grupo<br />
etário.<br />
Em Portugal a saí<strong>da</strong> precoce do sistema de educação e de formação tem diminuído (‐10.4 p.p. entre<br />
2006 e 2010). No entanto, a taxa de abandono escolar precoce, em 2010, continua a ser muito eleva<strong>da</strong>.<br />
É muito superior à média <strong>da</strong> UE (14.1%) e no conjunto <strong>da</strong> UE apenas compara com Espanha (28.4%) e<br />
Malta (36.9%). Na UE, 22 países têm taxas de abandono escolar precoce inferiores a 15%.<br />
De notar que ao nível <strong>da</strong> UE não foi atingi<strong>da</strong> a meta de uma taxa de 10%, fixa<strong>da</strong> pela Comissão Europeia<br />
para 2010. Cerca de metade dos países <strong>da</strong> UE registam taxas abaixo ou na casa dos 10%.<br />
Na análise por géneros verifica‐se que, com excepção <strong>da</strong> Eslováquia e <strong>da</strong> Bulgária, a taxa de abandono<br />
escolar é mais eleva<strong>da</strong> entre homens do que mulheres, sendo Espanha o país que regista o maior<br />
diferencial (10.4 p.p.), seguido de Malta (8.6 p.p.) e de Portugal (8.1 p.p.).<br />
Em Portugal, trata‐se de uma situação grave, pois põe em causa a necessária melhoria dos níveis de<br />
qualificação escolar <strong>da</strong> população adulta, nomea<strong>da</strong>mente ao nível do ensino secundário, e limita as<br />
possibili<strong>da</strong>des de mobili<strong>da</strong>de para empregos mais qualificados na vi<strong>da</strong> activa.<br />
30<br />
25<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
Portugal<br />
Espanha<br />
Abandono Escolar Precoce<br />
2010<br />
Fonte: Eurostat ‐ Indicadores Estruturais *quebra de série<br />
OBJECTIVOS<br />
Itália<br />
Reino Unido<br />
Grécia<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
França<br />
Alemanha<br />
Dinamarca<br />
Irlan<strong>da</strong><br />
Finlândia<br />
Países Baixos*<br />
(em % <strong>da</strong> população no escalão etário 18‐24 anos)<br />
Implementar medi<strong>da</strong>s no sentido de reduzir significativamente a taxa de abandono escolar precoce<br />
visando o cumprimento <strong>da</strong> meta considera<strong>da</strong> no Plano Nacional de Reformas 2020, que é a de atingir<br />
uma taxa de abandono escolar precoce de 15% em 2014. Neste âmbito será importante o<br />
desenvolvimento de acções que melhorem a quali<strong>da</strong>de do ensino, a atractivi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> escola e uma<br />
adequa<strong>da</strong> articulação entre os sistemas de educação e de formação, nomea<strong>da</strong>mente <strong>da</strong> formação<br />
profissional para jovens.<br />
Hungria<br />
Polónia<br />
Eslovénia<br />
Rep. Checa<br />
Eslováquia<br />
UE 27<br />
39
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
INDICADOR: Participação no sistema de ensino <strong>da</strong> população com 16, 17 e 18 anos<br />
Relação entre a população com 16, 17 e 18 anos que participa no sistema de ensino, e a população total<br />
com a mesma i<strong>da</strong>de.<br />
Em 2009, a taxa de participação no sistema de ensino dos jovens com 16 anos em Portugal (98%)<br />
compara bem com a taxa dos países do benchmark, e é superior à média regista<strong>da</strong> na UE (95%). No caso<br />
dos jovens com 17 anos, a taxa de participação é idêntica à regista<strong>da</strong> para a média <strong>da</strong> UE (88%).<br />
Na população com 18 anos, a taxa de participação baixa para 74%, ‐3 p.p. em relação à média <strong>da</strong> União<br />
Europeia. Em relação ao ano anterior, as taxas de participação aumentaram cerca de 4 p.p. e 6 p.p.,<br />
respectivamente, nos jovens com 17 anos e com 18 anos.<br />
No conjunto dos países considerados, os que nas faixas etárias considera<strong>da</strong>s, registam taxas de<br />
participação no sistema de ensino superiores a 90% são a Irlan<strong>da</strong>, a Finlândia, a Polónia e a Eslovénia.<br />
100%<br />
80%<br />
60%<br />
40%<br />
20%<br />
Irlan<strong>da</strong><br />
Fonte: Eurostat, Education Database<br />
OBJECTIVOS<br />
Países Baixos<br />
Participação no Sistema de Ensino <strong>da</strong> População com 16, 17 e 18 anos<br />
Portugal<br />
Alemanha<br />
2009<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
Espanha<br />
Finlândia<br />
França<br />
Reino Unido<br />
Itália<br />
Dinamarca<br />
(em % <strong>da</strong> população total com a mesma i<strong>da</strong>de)<br />
Rep. Checa<br />
Eslovénia<br />
Hungria<br />
Polónia<br />
Eslováquia<br />
UE 27<br />
16 anos 17 anos 18 anos<br />
É fun<strong>da</strong>mental combater de forma eficaz o abandono escolar precoce no sentido aumentar a taxa de<br />
participação dos jovens a partir dos 18 anos.<br />
40
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
INDICADOR: Aprendizagem ao longo <strong>da</strong> vi<strong>da</strong><br />
Relação entre a população no escalão etário 25‐64 anos que referiu participar em acções de formação<br />
ou educação durante as quatro semanas que precederam o inquérito utilizado, em média anual<br />
(Inquérito ao Emprego, trimestral), e a população total do mesmo grupo etário.<br />
Em 2010, apenas 5.8% de pessoas, em Portugal, entre os 25‐64 anos referiram ter participado em acções<br />
de formação ou educação. Trata‐se de um valor baixo quando comparado com a média <strong>da</strong> UE (9.1%)<br />
mas superior ao registado na Polónia (5.3%), França (5.0%), Grécia (3.0%), Hungria e Eslováquia (2.8%).<br />
Face ao ano anterior, em cerca de ½ dos países <strong>da</strong> UE verificou‐se um decréscimo neste indicador, sendo<br />
Portugal, a França e o Reino Unido os países que registaram a maior diminuição (‐0.7 p.p.<br />
respectivamente).<br />
As taxas de participação em activi<strong>da</strong>des ao longo <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> mais eleva<strong>da</strong>s verificaram‐se na Dinamarca<br />
(32.8%), na Suécia (24.5%) e na Finlândia (23.0%).<br />
35<br />
30<br />
25<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
Dinamarca<br />
Aprendizagem ao longo <strong>da</strong> vi<strong>da</strong><br />
2010<br />
Fonte: Eurostat ‐ Indicadores Estruturais *quebra de série **valor provisório<br />
OBJECTIVOS<br />
Finlândia<br />
Reino Unido<br />
Países Baixos*<br />
Espanha<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
Alemanha<br />
Irlan<strong>da</strong><br />
Itália<br />
Portugal**<br />
França<br />
Grécia<br />
(em % <strong>da</strong> população no escalão etário 25‐64 anos)<br />
Criar melhores condições para que as empresas invistam ca<strong>da</strong> vez mais na qualificação dos recursos<br />
humanos. Aumentar gradualmente e de forma significativa o número de pessoas envolvi<strong>da</strong>s em<br />
processos formais e/ou informais de aprendizagem ao longo <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>, visando concretizar a meta do<br />
Plano Nacional de Reformas 2020 (atingir a média <strong>da</strong> UE em 2015).<br />
Eslovénia<br />
Rep. Checa<br />
Polónia<br />
Hungria<br />
Eslováquia<br />
UE 27<br />
41
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
INDICADOR: Jovens que concluíram pelo menos o ensino secundário<br />
Relação entre a população com i<strong>da</strong>des entre os 20 e os 24 anos que obteve pelo menos o ensino<br />
secundário e a população total do mesmo escalão etário.<br />
Em 2010, apenas 58.7% dos jovens em Portugal, entre os 20‐24 anos, tinham concluido o ensino<br />
secundário. A eleva<strong>da</strong> taxa de abandono escolar precoce que se regista em Portugal contribui para este<br />
resultado.<br />
A Eslováquia, República Checa e Polónia são os países com melhor desempenho neste indicador,<br />
mantendo taxas de conclusão do ensino secundário superiores a 90%.<br />
Portugal e Malta continuam a ser os países com as piores taxas, apesar dos progressos registados entre<br />
2000 e 2010 (+15.5 p.p. e +12.4 p.p. respectivamente). Apenas 6 países registam neste indicador valores<br />
inferiores à média <strong>da</strong> UE (79%) e <strong>da</strong> UE 15 (76.6%): a Itália (76.3%), Alemanha (74.4%), Dinamarca<br />
(68.3%), Espanha (61.2%), Portugal (58.7%) e Malta (53.3%).<br />
A análise por géneros permite verificar que o número de mulheres que completaram o ensino<br />
secundário supera o dos homens, em praticamente todos os países <strong>da</strong> UE (mulheres 81.8%; homens<br />
76.2%). A Dinamarca (+14.2 p.p.), a Espanha (+13.2 p.p.) e Portugal (+7.9 p.p.) são os países do<br />
benchmark que registam diferenças mais significativas entre mulheres e homens, entre os 20‐24 anos,<br />
com o ensino secundário.<br />
100<br />
80<br />
60<br />
40<br />
20<br />
0<br />
Irlan<strong>da</strong><br />
Jovens que concluíram pelo menos o ensino secundário<br />
Fonte: Eurostat, Indicadores Estruturais *quebra de série<br />
OBJECTIVOS<br />
Finlan<strong>da</strong><br />
Grécia<br />
França<br />
Reino Unido<br />
2010<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
Países Baixos*<br />
Itália<br />
Alemanha<br />
Dinamarca<br />
Espanha<br />
Portugal<br />
(em % <strong>da</strong> população no escalão etário 20‐24 anos)<br />
Aumentar signitivamente o número de jovens que concluem o ensino secundário o que passa por<br />
medi<strong>da</strong>s que reduzam substancialmente o abandono precoce do sistema de ensino, bem como a<br />
conclusão do secundário.<br />
Eslováquia<br />
Rep. Checa<br />
Polónia<br />
Eslovénia<br />
Hungria<br />
UE 27<br />
42
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
INDICADOR: Estu<strong>da</strong>ntes no Ensino Superior<br />
Estu<strong>da</strong>ntes que frequentam o ensino superior em percentagem <strong>da</strong> população com i<strong>da</strong>des entre os 20 e<br />
os 29 anos.<br />
Em 2009, a percentagem de estu<strong>da</strong>ntes em Portugal a frequentar o ensino superior em relação à<br />
população com i<strong>da</strong>des entre os 20 e os 29 anos foi de 26.8%, valor idêntico ao registado em França e<br />
inferior ao <strong>da</strong> média <strong>da</strong> UE em ‐2.8 p.p..<br />
No conjunto dos países em análise, a Finlândia (44.6%) e a Eslovénia (40.1%) registaram os valores mais<br />
elevados neste indicador.<br />
No período entre 2000 e 2009, Portugal não registou qualquer alteração em termos de crescimento<br />
médio anual do número de estu<strong>da</strong>ntes no ensino superior. Apenas a Eslováquia (5.6%) e a República<br />
Checa (5.1%) registaram crescimentos anuais superiores a 5%.<br />
50<br />
40<br />
30<br />
20<br />
10<br />
0<br />
‐10<br />
Finlândia<br />
Estu<strong>da</strong>ntes no Ensino Superior<br />
2009<br />
Fonte: Eurostat ‐ Education and Training Database; OCDE Database *2008 **valor estimado<br />
OBJECTIVOS<br />
Grécia *<br />
Dinamarca<br />
Países Baixos<br />
Itália<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
Reino Unido<br />
Espanha<br />
França<br />
Portugal<br />
Irlan<strong>da</strong><br />
Alemanha<br />
Eslovénia<br />
Polónia<br />
variação média anual (2000‐2009)<br />
(em % <strong>da</strong> população no escalão etário 20‐29 anos)<br />
Fomentar o aumento significativo <strong>da</strong> participação no ensino superior, nomea<strong>da</strong>mente nas áreas<br />
científicas e tecnológicas.<br />
Hungria<br />
Rep. Checa<br />
Eslováquia<br />
UE 27 **<br />
EUA<br />
43
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
INDICADOR: Despesas Públicas em Educação<br />
Total <strong>da</strong>s despesas públicas em educação, em percentagem do Produto Interno Bruto (PIB) e <strong>da</strong> despesa<br />
pública total.<br />
Em 2008, a percentagem de despesa pública afecta à educação em Portugal (11%) foi semelhante à<br />
regista<strong>da</strong> para a média <strong>da</strong> União Europeia, valor próximo <strong>da</strong> mediana no conjunto dos países<br />
considerados.<br />
Em Portugal, o rácio entre as despesas públicas em educação e o PIB foi de 4.9%, em 2008, menos 0.2<br />
p.p. que a média <strong>da</strong> União Europeia.<br />
A Dinamarca (7.8% do PIB), a Finlândia (6.1%) e a Irlan<strong>da</strong> (5.6%) foram os países <strong>da</strong> UE considerados, em<br />
que o rácio despesas públicas em educação e o PIB é mais elevado; e a República Checa (4.1%) e a<br />
Eslováquia (3.6%) os países em que os valores são mais baixos neste indicador.<br />
Note‐se que a comparação entre países deve ser vista com cui<strong>da</strong>do devido a alterações de natureza<br />
metodológica.<br />
8<br />
7<br />
6<br />
5<br />
4<br />
3<br />
2<br />
1<br />
0<br />
Dinamarca<br />
Finlândia<br />
Despesas Públicas em Educação<br />
Fonte: Eurostat ‐ Education Database; OCDE (Coreia, EUA) *valor estimado<br />
OBJECTIVOS<br />
Irlan<strong>da</strong><br />
França<br />
Países Baixos<br />
Reino Unido<br />
2008<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
Portugal<br />
Espanha<br />
Itália<br />
Alemanha<br />
Eslovénia<br />
% do PIB (esquer<strong>da</strong>) % <strong>da</strong>s despesas públicas totais (direita)<br />
Assegurar um nível de despesas públicas em educação que tenha em conta as necessi<strong>da</strong>des em matéria<br />
de qualificação dos recursos humanos, num contexto de melhoria de eficiência do sistema de ensino.<br />
Estabelecer mecanismos de maior afectação de recursos financeiros a áreas de educação com maiores<br />
taxas de retorno em termos de quali<strong>da</strong>de, nomea<strong>da</strong>mente no que respeita à formação de base (ao nível<br />
do secundário).<br />
Hungria<br />
Polónia<br />
Rep. Checa<br />
Eslováquia<br />
UE 27 *<br />
EUA<br />
(%)<br />
Coreia<br />
18<br />
16<br />
14<br />
12<br />
10<br />
8<br />
6<br />
4<br />
2<br />
0<br />
44
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
45
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
INDICADOR: Despesas em Tecnologias de Informação e Comunicação<br />
Despesas em Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) em percentagem do PIB no total do<br />
mercado (inclui despesas priva<strong>da</strong>s e públicas, realiza<strong>da</strong>s por empresas, famílias e indivíduos). Inclui dois<br />
segmentos: o <strong>da</strong>s Telecomunicações (equipamentos e serviços) e Tecnologias de Informação (hardware,<br />
software e serviços).<br />
Em Portugal, o nível de despesas em Tecnologias de Informação e Comunicação em percentagem do PIB<br />
foi de 6.4% em 2009, valor superior ao <strong>da</strong> média <strong>da</strong> UE (5.5%) e apenas inferior ao do Reino Unido<br />
(7.9%) entre os países <strong>da</strong> UE15 em análise.<br />
O nível de despesas nos dois segmentos <strong>da</strong>s TIC, em Porutgal, é de 4.3% do PIB no caso <strong>da</strong>s<br />
Telecomunicações (3% na UE) e de 2.1% do PIB no que respeita às despesas em Tecnologias de<br />
Informação (2.5% na UE). Entre os países <strong>da</strong> UE 15, Portugal continua a registar o valor mais elevado de<br />
despesas em Telecomunicações em percentagem do PIB, mas relativamente às Tecnologias de<br />
Informação só Espanha, Itália, Grécia e Áustria registam valores inferiores aos de Portugal.<br />
Apesar do enquadramento de crise económica, o nível <strong>da</strong>s despesas em TIC em percentagem do PIB<br />
aumentou na generali<strong>da</strong>de dos países <strong>da</strong> União Europeia. A Grécia, Itália e Áustria mantiveram os<br />
valores registados em 2008 e em Espanha verificou‐se um ligeiro decréscimo (‐0.1 p.p.).<br />
Refira‐se que este indicador ao não distinguir claramente entre consumo e investimento e agregando<br />
produtos e serviços heterogéneos, tem algumas limitações como medi<strong>da</strong> do grau de difusão <strong>da</strong>s TIC.<br />
8,0<br />
6,0<br />
4,0<br />
2,0<br />
0,0<br />
Reino Unido<br />
Portugal<br />
Finlândia<br />
Irlan<strong>da</strong><br />
Despesas em Tecnologias de Informação e Comunicação<br />
Dinamarca<br />
Alemanha<br />
França<br />
Países Baixos<br />
Espanha<br />
Grécia<br />
Fonte: Eurostat (base de <strong>da</strong>dos, Outubro 2011) * 2008 ** Não inclui Malta e Chipre<br />
OBJECTIVOS<br />
2009<br />
Itália<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria 46<br />
Hungria<br />
Polónia<br />
Eslováquia<br />
Rep. Checa<br />
Eslovénia<br />
UE 27 **<br />
(em % do PIB)<br />
UE 15<br />
Tecnologias de Informação Telecomunicações<br />
Promover, junto <strong>da</strong>s empresas, sobretudo <strong>da</strong>s “micro‐empresas” e “pequenas” a utilização de TIC,<br />
assegurando uma eleva<strong>da</strong> reprodutivi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s respectivas despesas em termos de competitivi<strong>da</strong>de<br />
empresarial.<br />
EUA *
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
INDICADOR: Taxa de Penetração <strong>da</strong> Ban<strong>da</strong> Larga<br />
Número de linhas de acesso fixo de Ban<strong>da</strong> Larga por 100 habitantes.<br />
Em Julho de 2010, a taxa de penetração de Ban<strong>da</strong> Larga em Portugal era de 19.6% (+2 p.p. que em Julho<br />
de 2009), valor inferior ao <strong>da</strong> média <strong>da</strong> UE (25.7%) e <strong>da</strong> UE 15 (28.1%). No conjunto dos países do<br />
benchmarking o valor de Portugal é apenas superior aos <strong>da</strong> Grécia (18.6%), Eslováquia (15.5%) e Polónia<br />
(14.9%). De salientar os valores registados nos Países Baixos (38.4%) e Dinamarca (38.2%).<br />
A penetração de Ban<strong>da</strong> Larga por acesso móvel tem vindo a crescer com significado em Portugal,<br />
registando valores elevados no contexto <strong>da</strong> UE (3º valor mais elevado a seguir à Finlândia e Suécia) e <strong>da</strong><br />
OCDE (6º em Dezembro 2010). A Coreia apresenta neste domínio a melhor posição relativa.<br />
40,0<br />
30,0<br />
20,0<br />
10,0<br />
0,0<br />
Países Baixos<br />
Taxa de Penetração <strong>da</strong> Ban<strong>da</strong> Larga<br />
Julho 2010<br />
Fonte: Eurostat (base de <strong>da</strong>dos, Outubro 2011); OCDE (Coreia, EUA) * Junho 2010<br />
OBJECTIVOS<br />
Dinamarca<br />
França<br />
Alemanha<br />
Reino Unido<br />
Finlândia<br />
Irlan<strong>da</strong><br />
Espanha<br />
Itália<br />
Portugal<br />
Grécia<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria 47<br />
Eslovénia<br />
Rep. Checa<br />
Hungria<br />
Eslováquia<br />
Polónia<br />
UE 15<br />
(por 100 habitantes)<br />
Focar a política de promoção do acesso à Internet em Ban<strong>da</strong> Larga no lado <strong>da</strong> procura incidindo sobre os<br />
factores que mais negativamente têm afectado o desempenho deste mercado: nível de preços,<br />
qualificações nas TIC, utilização de computador em casa e utilização de serviços avançados. Neste<br />
contexto o reforço do nível de concorrência no mercado <strong>da</strong>s telecomunicações constitui uma condição<br />
fun<strong>da</strong>mental.<br />
UE 27<br />
Coreia *<br />
EUA *
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
INDICADOR: Nível de Acesso à Internet em Ban<strong>da</strong> Larga – Pequenas Empresas e Famílias<br />
Número de Pequenas Empresas e de Famílias que têm acesso à Internet através de Ban<strong>da</strong> Larga em<br />
percentagem dos respectivos totais. As empresas considera<strong>da</strong>s têm entre 10 e 49 trabalhadores e<br />
pertencem aos sectores <strong>da</strong> Indústria Transformadora, Construção, Comércio e Serviços, com exclusão do<br />
sector Financeiro.<br />
Nota: mu<strong>da</strong>nça de nomenclatura (NACE Rev 1.1 para Rev 2.) determinou uma quebra de série no<br />
segmento Empresas em 2009.<br />
Em 2010, 82% <strong>da</strong>s empresas portuguesas com dimensão entre 10 e 49 trabalhadores tinham acesso à<br />
Internet em Ban<strong>da</strong> Larga (80% em 2009), valor igual à média <strong>da</strong> UE. No caso <strong>da</strong>s micro empresas (de 1 a<br />
9 trabalhadores) este valor era de 53%.<br />
A percentagem de famílias em Portugal com acesso à internet em Ban<strong>da</strong> Larga aumenta em 2010 para<br />
50% (46% em 2009), valor ain<strong>da</strong> bastante aquém <strong>da</strong> média <strong>da</strong> UE (61%).<br />
De salientar que relativamente às pequenas empresas o acesso em Ban<strong>da</strong> Larga é na casa dos 92‐94% na<br />
Finlândia, França e Espanha e no caso <strong>da</strong>s famílias os elevados valores registados na Dinamarca (80%),<br />
Países Baixos (80%) e Suécia (83%).<br />
100<br />
90<br />
80<br />
70<br />
60<br />
50<br />
40<br />
30<br />
20<br />
10<br />
0<br />
Espanha<br />
Finlândia<br />
França<br />
Países baixos<br />
Alemanha<br />
Nível de Acesso à Internet em Ban<strong>da</strong> Larga<br />
Reino Unido*<br />
Dinamarca<br />
Itália<br />
Portugal<br />
Fonte: Eurostat (base de <strong>da</strong>dos, Novembro 2011) * 2009 (famílias)<br />
2010<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria 48<br />
Irlan<strong>da</strong><br />
Grécia<br />
Eslovénia<br />
Rep. Checa<br />
Hungria<br />
Pequenas Empresas Famílias<br />
OBJECTIVOS<br />
Focar a política de promoção do acesso à Internet em Ban<strong>da</strong> Larga nas “micro‐empresas” e no segmento<br />
<strong>da</strong>s Famílias.<br />
Adoptar como referencial as actuais metas <strong>da</strong> Agen<strong>da</strong> Digital Europeia: aumentar a percentagem <strong>da</strong><br />
população que tem um uso regular <strong>da</strong> Internet do nível base de 60% (42% em Portugal) para 75% em<br />
2015 e, diminuir a que nunca utilizou a Internet do nível base de 30% (50% em Portugal) para 15%<br />
também em 2015.<br />
Eslováquia<br />
Polónia<br />
(%)<br />
UE 27
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
INDICADOR: e‐Government – Grau de Disponibilização<br />
Indicador, em valor percentual, que mede o grau de disponibilização online de uma lista pré‐defini<strong>da</strong> de<br />
20 serviços públicos básicos destinados a empresas e ci<strong>da</strong>dãos.<br />
A melhor oferta de e‐government em termos de disponibilização de serviços online foi em 2010<br />
faculta<strong>da</strong> por Portugal, juntamente com a Irlan<strong>da</strong> e a Itália, entre os países considerados na análise. Para<br />
além destes países, na UE tiveram igual desempenho a Suécia e Malta.<br />
Em Portugal, a percentagem de empresas que utilizaram a Internet para interagir com as autori<strong>da</strong>des<br />
públicas manteve‐se em 2010, em 75%, valor igual ao <strong>da</strong> média UE 15. No segmento dos indivíduos, o<br />
grau de utilização do e‐government aumentou para 23% (21% em 2009), continuando no entanto<br />
bastante distante <strong>da</strong> média <strong>da</strong> UE 15 (35%) e apenas superior aos registados na Polónia, Itália, República<br />
Checa e Grécia entre os países considerados na análise.<br />
100<br />
90<br />
80<br />
70<br />
60<br />
50<br />
40<br />
30<br />
20<br />
10<br />
0<br />
Portugal<br />
Irlan<strong>da</strong><br />
Itália<br />
Reino Unido<br />
Finlândia<br />
Fonte: Eurostat (base de <strong>da</strong>dos, Outubro 2011)<br />
OBJECTIVOS<br />
e‐Government ‐ Grau de disponibilização<br />
Espanha<br />
Dinamarca<br />
Alemanha<br />
Países Baixos<br />
2010<br />
França<br />
Prosseguir com a melhoria sistemática <strong>da</strong> oferta dos serviços públicos por via electrónica visando um<br />
ca<strong>da</strong> vez maior nível de satisfação <strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong>des dos utilizadores, donde se destaca a minimização<br />
dos encargos administrativos. Reforço <strong>da</strong>s acções de melhoria nas áreas do licenciamento industrial e<br />
<strong>da</strong>s compras públicas.<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria 49<br />
Grécia<br />
Eslovénia<br />
Polónia<br />
Rep. Checa<br />
Hungria<br />
Eslováquia<br />
UE 15<br />
(%)<br />
UE 27
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
AMBIENTE E ENERGIA<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
50
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
INDICADOR: Intensi<strong>da</strong>de Energética <strong>da</strong> Economia<br />
Rácio entre o consumo bruto de energia (carvão, electrici<strong>da</strong>de, petróleo, gás natural e energias<br />
renováveis) e o Produto Interno Bruto.<br />
É expresso em kgep (kilograma equivalente de petróleo) por 1000 euros.<br />
É um indicador de eficiência energética na economia.<br />
Em 2009, o consumo de energia por uni<strong>da</strong>de produzi<strong>da</strong> em Portugal aumentou (+1.6%). A intensi<strong>da</strong>de<br />
energética <strong>da</strong> economia portuguesa foi neste ano 25% superior à média dos países <strong>da</strong> UE 15,<br />
representando o valor mais elevado logo a seguir à Finlândia e à Bélgica neste conjunto. Desde 2002,<br />
Portugal mantém a sua posição relativa no conjunto dos países <strong>da</strong> União Europeia considerados na<br />
análise (10º intensi<strong>da</strong>de mais eleva<strong>da</strong> deste grupo).<br />
A intensi<strong>da</strong>de energética na maioria <strong>da</strong>s economias <strong>da</strong> União Europeia tem vindo a reduzir‐se. Em 2009,<br />
apesar do grau de intensi<strong>da</strong>de energética ter diminuído em 1.3% na UE (1.0% na UE 15) dez países <strong>da</strong><br />
União Europeia apresentam intensi<strong>da</strong>des energéticas mais eleva<strong>da</strong>s que em 2008.<br />
600<br />
500<br />
400<br />
300<br />
200<br />
100<br />
0<br />
Finlândia<br />
Fonte: Eurostat (base de <strong>da</strong>dos, Outubro 2011)<br />
OBJECTIVOS<br />
Portugal<br />
Países Baixos<br />
Espanha<br />
Grécia<br />
França<br />
Alemanha<br />
Intensi<strong>da</strong>de Energética <strong>da</strong> Economia<br />
Itália<br />
Reino Unido<br />
Irlan<strong>da</strong><br />
2009<br />
Dinamarca<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria 51<br />
Rep. Checa<br />
Eslováquia<br />
Hungria<br />
Polónia<br />
Eslovénia<br />
(kgep / 1000 Euros)<br />
Intensificação de políticas e medi<strong>da</strong>s visando uma maior racionali<strong>da</strong>de na utilização <strong>da</strong> energia pelas<br />
empresas e famílias, através <strong>da</strong> eficiência energética.<br />
UE 27<br />
UE 15<br />
EUA
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
INDICADOR: Consumo Bruto de Energia por Fontes de Energia<br />
Consumo bruto de energia ventilado por fontes de energia (combustíveis sólidos, petróleo e produtos<br />
petrolíferos, gás, energia nuclear, energias renováveis, outras fontes).<br />
A importância relativa do petróleo e produtos petrolíferos no consumo de energia em Portugal tem<br />
vindo a diminiur nos últimos anos, situando‐se em 50.5% em 2009. É no entanto um valor elevado no<br />
quadro <strong>da</strong> União Europeia, sendo superior à média <strong>da</strong> UE em 14 p.p.. Em contraparti<strong>da</strong>, Portugal tem<br />
reforçado o consumo de energia proveniente de fontes renováveis que em 2009 representava 19% do<br />
total, valor bastante acima <strong>da</strong> média <strong>da</strong> União Europeia (9%) e apenas inferior ao <strong>da</strong> Finlândia (23%)<br />
entre os países <strong>da</strong> União Europeia considerados.<br />
A União Europeia apresenta, em média, um estrutura de consumo de energia basea<strong>da</strong> no petróleo e<br />
produtos petrolíferos (37%) e no gás natural (24%), representando a energia nuclear (14%) e as<br />
renováveis (9%). As economias <strong>da</strong> União Europeia apresentam no entanto mix energéticos muito<br />
distintos, havendo países sem energia nuclear ou que em que esta fonte de energia predomina como é o<br />
caso de França (40%), outros em que os combustíveis sólidos são preponderantes como são os casos <strong>da</strong><br />
Polónia (54%) e a República Checa (41%).<br />
100<br />
80<br />
60<br />
40<br />
20<br />
0<br />
Grécia<br />
Irlan<strong>da</strong><br />
Portugal<br />
Espanha<br />
Itália<br />
Países Baixos<br />
Fonte: Eurostat (base de <strong>da</strong>dos, Outubro 2011)<br />
Consumo Bruto de Energia por fonte<br />
Dinamarca<br />
Reino Unido<br />
Alemanha<br />
2009<br />
França<br />
Petróleo e Prod. Petrolíferos Combustíveis sólidos Gás Renováveis Nuclear Outras<br />
OBJECTIVOS<br />
Intensificar a implementação de medi<strong>da</strong>s que contribuam para uma redução <strong>da</strong> dependência de<br />
combustíveis fósseis, com incidência particular nas energias renováveis e na eficiência energética,<br />
visando uma maior segurança e diversificação <strong>da</strong>s fontes energéticas e um melhor desempenho<br />
ambiental, e, atender à necessi<strong>da</strong>de de preços de energia concorrenciais que não ponham em causa a<br />
capaci<strong>da</strong>de concorrencial <strong>da</strong>s empresas.<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria 52<br />
Finlândia<br />
Eslovénia<br />
Hungria<br />
Polónia<br />
Rep. Checa<br />
Eslováquia<br />
UE 15<br />
(%)<br />
UE 27
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
INDICADOR: Emissão de Gases com Efeito de Estufa<br />
Variação do nível de emissões do cabaz de seis gases com efeito de estufa (GEE) expressas em CO2<br />
equivalente, considerado para efeitos de cumprimento do Protocolo de Quioto ‐ emissões de dióxido de<br />
carbono (CO2), metano (CH4), óxido nitroso (N2O), hidrofluorcarbonos (HFC), perfluorcarbonos (PFC) e<br />
hexafluoreto de enxofre (SF6). Indicação <strong>da</strong>s metas de Quioto a atingir por ca<strong>da</strong> um dos países e pela UE<br />
(variação máxima entre o valor de emissões registado no ano base ‐ em geral o ano de 1990 ‐ e o seu<br />
valor, em média, entre 2008 e 2012).<br />
Em Portugal o nível de emissões de GEE em 2009 reduziu‐se em ‐4.3% face ao ano anterior (‐7.1% na<br />
UE). Relativamente à evolução verifica<strong>da</strong> face a 1990 verifica‐se que o nível de crescimento <strong>da</strong>s emissões<br />
de GEE foi de +25.5% (+31.2% em 2008), valor que em 2009 é inferior às metas de Quioto para Portugal<br />
(+27%).<br />
Na União Europeia o nível de emissões de GEE tem vindo a reduzir‐se desde 2004, registando‐se uma<br />
quebra significativa em 2009 em resultado <strong>da</strong> forte redução do nível de activi<strong>da</strong>de económica mas<br />
também do aumento do consumo de energia de origem renovável.<br />
Todos os países <strong>da</strong> União Europeia reduziram em 2009 o seu nível de emissões de GEE face ao ano<br />
anterior, com a UE 15 a registar uma redução média de ‐6.9%. A posição de ca<strong>da</strong> Estado‐membro<br />
relativamente ao cumprimento <strong>da</strong>s metas no quadro de Quioto melhorou, com a UE 15 a apresentar um<br />
nível de redução <strong>da</strong>s suas emissões de ‐12.7% face a 1990, redução que em 2009 se situa para além do<br />
acor<strong>da</strong>do no âmbito do Protocolo de Quioto (‐8.0%).<br />
40<br />
30<br />
20<br />
10<br />
0<br />
‐10<br />
‐20<br />
‐30<br />
‐40<br />
‐50<br />
Espanha<br />
Portugal<br />
Grécia<br />
Irlan<strong>da</strong><br />
Itália<br />
Emissão de Gases com Efeito de Estufa<br />
Finlândia<br />
2009<br />
Fonte: EEA ‐ Annual EU Greenhouse Gas Inventory 1990‐2009<br />
* variação face a 1988 ** variação face a 1986 *** variação face a média 1985‐1987<br />
OBJECTIVOS<br />
Países Baixos<br />
França<br />
Dinamarca<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria 53<br />
Alemanha<br />
Reino Unido<br />
Eslovénia**<br />
Polónia*<br />
Hungria***<br />
Rep. Checa<br />
(variação face a 1990)<br />
Implementar medi<strong>da</strong>s e políticas, nomea<strong>da</strong>mente nos sectores dos transportes, serviços /residencial que<br />
permitam o cumprimento <strong>da</strong>s metas estabeleci<strong>da</strong>s em Quioto sem pôr em causa a capaci<strong>da</strong>de<br />
concorrencial <strong>da</strong>s empresas e o crescimento <strong>da</strong> economia.<br />
Eslováquia<br />
UE 15
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
INDICADOR: Resíduos Sólidos Urbanos<br />
Total de resíduos sólidos urbanos (RSU) recolhidos, medido em kg por pessoa / ano, segundo o destino<br />
final: deposição em aterro, incineração, reciclagem de materiais e compostagem. Os resíduos sólidos<br />
urbanos respeitam basicamente a resíduos domésticos e resíduos similares provenientes <strong>da</strong> activi<strong>da</strong>de<br />
empresarial.<br />
Em Portugal foram recolhidos 517 kg de resíduos sólidos urbanos (RSU) por pessoa em 2009 (515 kg em<br />
2008). A deposição em aterro é a opção de tratamento com maior peso relativo (61% em 2009), embora<br />
se continue a registar uma redução gradual deste tipo de tratamento. Em contraparti<strong>da</strong>, a reciclagem de<br />
materiais têm vindo a reforçar o seu peso, atingindo 12% em 2009 (10% em 2008).<br />
A quanti<strong>da</strong>de de resíduos sólidos urbanos recolhidos na UE difere significativamente entre os seus<br />
Estados‐membro, entre um máximo de 831 kg pessoa/ano recolhidos na Dinamarca e um mínimo de<br />
316 Kg na República Checa, registados em 2009. Neste ano, em média, recolheram‐se 512 Kg/pessoa na<br />
União Europeia (520 Kg em 2008). As opções de tratamento segui<strong>da</strong>s em ca<strong>da</strong> Estado‐membro são<br />
também distintas, havendo, por exemplo, países em que a deposição em aterro é praticamente<br />
inexistente (Alemanha e Países Baixos) e outros em que esta forma de tratamento é muito significativa<br />
(Eslováquia e Grécia). Em média, na União Europeia, 38% dos RSU são depositados em aterro, 20%<br />
incinerados, 23% reciclados e 17% sujeitos a compostagem.<br />
800<br />
700<br />
600<br />
500<br />
400<br />
300<br />
200<br />
100<br />
0<br />
Dinamarca *<br />
Irlan<strong>da</strong><br />
Itália *<br />
Alemanha **<br />
Espanha **<br />
França **<br />
Reino Unido<br />
Resíduos Sólidos Urbanos<br />
Portugal<br />
Países Baixos<br />
2009<br />
Fonte: Eurostat (base de <strong>da</strong>dos, Outubro 2011) * estimativa Eurostat ** valor estimado<br />
OBJECTIVOS<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria 54<br />
Finlândia<br />
Aterro Incineração Reciclagem de materiais Compostagem<br />
Grécia<br />
Eslovénia<br />
Hungria<br />
Eslováquia<br />
Rep. Checa<br />
(Kg pessoa ano)<br />
Prevenção e redução de resíduos. Desenvolvimento de estratégias de gestão de resíduos que permitam<br />
<strong>da</strong>r cumprimento aos objectivos estabelecidos nas directivas comunitárias relativas à deposição em<br />
aterro e incineração, a fluxos de resíduos específicos (de embalagens, de equipamentos eléctricos e<br />
electrónicos, pilhas e acumuladores, etc.) bem como os estabelecidos na nova directiva sobre resíduos<br />
(Directiva 2008/98/CE).<br />
Polónia **<br />
UE 27
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
INDICADOR: Transporte Rodoviário de Mercadorias<br />
Peso do transporte rodoviário de mercadorias, em tonela<strong>da</strong>s‐km, no total do transporte de mercadorias<br />
por rodovia, ferrovia e vias navegáveis interiores.<br />
O transporte de mercadorias por via rodoviária em Portugal representava, em 2009, 94.3% do total do<br />
transporte terrestre de mercadorias (93.9% no ano anterior), um valor elevado em termos europeus.<br />
Na União Europeia, o peso <strong>da</strong> rodovia no transporte terrestre de mercadorias mantêm‐se elevado,<br />
atingindo 77.5% em 2009 (79.0% na UE 15). As diferenças entre os países <strong>da</strong> União Europeia são<br />
significativas. A Irlan<strong>da</strong> regista o peso relativo mais alto (99.4%) e os Países Baixos o mais baixo (63.4%),<br />
entre os 16 países <strong>da</strong> UE considerados na análise.<br />
100<br />
80<br />
60<br />
40<br />
20<br />
0<br />
Irlan<strong>da</strong><br />
Grécia<br />
Espanha<br />
Portugal<br />
Itália **<br />
Dinamarca<br />
Transporte Rodoviário de Mercadorias<br />
Reino Unido **<br />
França<br />
Finlândia *<br />
2009<br />
Fonte: Eurostat (base de <strong>da</strong>dos, Outubro 2011) * 2008 ** estimativa Eurostat<br />
OBJECTIVOS<br />
Alemanha<br />
(em % do total do transporte terrestre de mercadorias)<br />
Implementar medi<strong>da</strong>s que assegurem um sistema de transportes integrado, equilibrado e concorrencial,<br />
tendo em vista, nomea<strong>da</strong>mente, a redução gradual do peso <strong>da</strong> rodovia no transporte de mercadorias,<br />
conforme orientações <strong>da</strong> política de transportes comunitária.<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria 55<br />
Países Baixos<br />
Eslovénia<br />
Polónia<br />
Hungria<br />
Eslováquia<br />
Rep. Checa<br />
UE 15 **<br />
UE 27 **
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
INVESTIMENTO<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
56
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
INDICADOR: Formação Bruta de Capital Fixo do Sector Privado em percentagem do PIB<br />
Valor <strong>da</strong>s aquisições, por enti<strong>da</strong>des priva<strong>da</strong>s residentes, de activos fixos deduzidos <strong>da</strong>s alienações e<br />
acrescidos <strong>da</strong> valorização de activos não produzidos em percentagem do produto interno bruto.<br />
Consideram‐se como activos fixos: edifícios, estruturas, máquinas e equipamentos, exploração de<br />
minerais, software e originais artísticos e literários. A valorização de activos não produzidos, em regra<br />
activos naturais, corresponde à valorização de melhorias nesses recursos como sejam o crescimento <strong>da</strong>s<br />
florestas ou o envelhecimento do vinho. Este indicador é obtido a partir <strong>da</strong>s Contas Nacionais.<br />
Em Portugal, o peso <strong>da</strong> FBCF do sector privado no PIB volta a reduziu‐se com significado em 2010,<br />
atingindo 15.7% (17.0% em 2009). Trata‐se de um valor próximo <strong>da</strong> média <strong>da</strong> UE 15 e <strong>da</strong> UE, que neste<br />
ano se situou em 15.9%.<br />
Em 2010, embora se continue a verificar uma quebra acentua<strong>da</strong> do investimento privado em parte<br />
significativa dos países <strong>da</strong> UE, as reduções no peso FBCF do sector privado em percentagem do PIB são<br />
menos expressivas que as regista<strong>da</strong>s em 2009. A Irlan<strong>da</strong>, tal como em 2009, apresenta o valor mais baixo<br />
no quadro <strong>da</strong> UE (7.4%), tendo a Áustria registado o valor máximo (19.4%).<br />
20,0<br />
15,0<br />
10,0<br />
5,0<br />
0,0<br />
Espanha<br />
Itália<br />
França **<br />
Alemanha<br />
Finlândia<br />
Formação Bruta de Capital Fixo do Sector Privado<br />
Portugal *<br />
Dinamarca<br />
Países Baixos<br />
Grécia *<br />
Fonte: Eurostat * valor provisório ** valor previsional<br />
2010<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria 57<br />
Reino Unido<br />
Irlan<strong>da</strong><br />
Eslovénia<br />
Eslováquia<br />
Hungria<br />
Rep. Checa**<br />
(em % do PIB)<br />
OBJECTIVOS<br />
As estratégias empresariais e as políticas públicas devem convergir no sentido de melhorar a “quali<strong>da</strong>de”<br />
do investimento, com uma maior concentração deste em projectos com eleva<strong>da</strong> produtivi<strong>da</strong>de.<br />
Incentivos ao investimento empresarial para produção de bens e serviços transaccionáveis e estratégias<br />
de internacionalização <strong>da</strong>s empresas, nomea<strong>da</strong>mente no domínio <strong>da</strong>s exportações.<br />
Polónia<br />
UE 15
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
INDICADOR: Fluxos de Investimento Directo do Estrangeiro (inflows)<br />
Fluxo de entra<strong>da</strong> de investimento directo estrangeiro (IDE) em ca<strong>da</strong> país, em percentagem do PIB.<br />
Investimento directo estrangeiro é definido como o investimento de uma enti<strong>da</strong>de residente numa<br />
economia com o objectivo de obter um interesse duradouro numa empresa residente noutra economia.<br />
Por interesse duradouro entende‐se a existência de uma relação de longo prazo entre o investidor<br />
directo e a empresa e um significativo grau de influência do investidor na gestão <strong>da</strong> mesma, adoptando‐<br />
se como critério uma posição não inferior a 10% do capital ou do direito de voto.<br />
Em Portugal, os fluxos líquidos de investimento directo do estrangeiro diminuiram significativamente em<br />
2010. No período 2006‐2010, o investimento directo estrangeiro em Portugal representou, em termos<br />
médios anuais, 1.7% do PIB, valor inferior ao registado na UE (3.3% do PIB). Entre os países <strong>da</strong> União<br />
Europeia considerados na análise, apresentaram neste período o valor médio anual mais significativo, a<br />
Irlan<strong>da</strong> (5.9%), o Reino Unido (5.2%) e os Países Baixos (4.6%).<br />
Na União Europeia, os fluxos de investimento estrangeiro têm vindo a reduzir‐se nos últimos três anos.<br />
À escala mundial, o investimento estrangeiro registou em 2010 um aumento, reforçando as economias<br />
em desenvolvimento a sua importância, quer como receptores de investimento quer como investidores<br />
no estrangeiro.<br />
7,0<br />
6,0<br />
5,0<br />
4,0<br />
3,0<br />
2,0<br />
1,0<br />
0,0<br />
Irlan<strong>da</strong><br />
Fonte: OCDE (base de <strong>da</strong>dos, Outubro 2011)<br />
OBJECTIVOS<br />
Reino Unido<br />
Países Baixos<br />
França<br />
Espanha<br />
Fluxos de Investimento Directo Estrangeiro (Inflows)<br />
Finlândia<br />
Dinamarca<br />
Portugal<br />
Alemanha<br />
2006‐2010<br />
Grécia<br />
Itália<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria 58<br />
Hungria<br />
Rep. Checa<br />
Polónia<br />
(média anual no período, em % do PIB)<br />
Intensificar acções visando a captação de investimento directo estrangeiro, designa<strong>da</strong>mente em<br />
activi<strong>da</strong>des com elevados níveis de produtivi<strong>da</strong>de ou que contribuam para o desenvolvimento<br />
tecnológico e <strong>da</strong> inovação em Portugal.<br />
Eslováquia<br />
Eslovénia<br />
UE 27<br />
EUA<br />
Coreia
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
INDICADOR: Fluxos de Investimento Directo no Estrangeiro (outflows)<br />
Fluxos de investimento directo de ca<strong>da</strong> país no exterior, em percentagem do PIB.<br />
Investimento directo estrangeiro é definido como o investimento de uma enti<strong>da</strong>de residente numa<br />
economia com o objectivo de obter um interesse duradouro numa empresa residente noutra economia.<br />
Por interesse duradouro entende‐se a existência de uma relação de longo prazo entre o investidor<br />
directo e a empresa e um significativo grau de influência do investidor na gestão <strong>da</strong> mesma, adoptando‐<br />
se como critério uma posição não inferior a 10% do capital ou do direito de voto.<br />
Os fluxos líquidos de investimento directo de Portugal no exterior diminuiram significativamente em<br />
2009 e 2010, tendo neste ano o “desinvestimento” assumido um valor significativo, devido a uma<br />
operação de elevado montante.<br />
No período 2006‐2010, os fluxos de investimento directo de Portugal no exterior representaram, em<br />
termos médios anuais, 0.6% do PIB. Trata‐se de um valor inferior ao verificado nos fluxos de<br />
investimento directo do exterior em Portugal (1.7%). Na UE, de assinalar os valores elevados <strong>da</strong> Irlan<strong>da</strong><br />
(10.8%) e dos Países Baixos (8.1%).<br />
Em média, na União Europeia, os fluxos líquidos de investimento no estrangeiro, que registaram quebras<br />
com significado em 2008 e 2009, cresceram em 2010, correspondendo a 2.7% do PIB.<br />
12,0<br />
10,0<br />
8,0<br />
6,0<br />
4,0<br />
2,0<br />
0,0<br />
Irlan<strong>da</strong><br />
Fonte: OCDE (base de <strong>da</strong>dos, Outubro 2011)<br />
OBJECTIVOS<br />
Países Baixos<br />
França<br />
Reino Unido<br />
Dinamarca<br />
Fluxos de Investimento Directo Estrangeiro (Outflows)<br />
Espanha<br />
Alemanha<br />
Finlândia<br />
Itália<br />
Grécia<br />
2006‐2010<br />
Portugal<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria 59<br />
Eslovénia<br />
Hungria<br />
(média anual no período , em % do PIB)<br />
O investimento directo no exterior é um factor importante na internacionalização <strong>da</strong>s empresas<br />
portuguesas. As empresas, devem sempre que possível, desenvolver estratégias articula<strong>da</strong>s de modo a<br />
que o investimento no exterior contribua para a exportação de bens e serviços.<br />
Polónia<br />
Rep. Checa<br />
Eslováquia<br />
UE 27<br />
EUA<br />
Coreia
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
INDICADOR: Stock de Investimento Directo Estrangeiro<br />
Stock de investimento directo do estrangeiro em ca<strong>da</strong> país (inward) e de ca<strong>da</strong> país no estrangeiro<br />
(outward), em percentagem do PIB. Investimento directo estrangeiro é definido como o investimento de<br />
uma enti<strong>da</strong>de residente numa economia com o objectivo de obter um interesse duradouro numa<br />
empresa residente noutra economia. Por interesse duradouro entende‐se a existência de uma relação<br />
de longo prazo entre o investidor directo e a empresa e um significativo grau de influência do investidor<br />
na gestão <strong>da</strong> mesma, adoptando‐se como critério uma posição não inferior a 10% do capital ou do<br />
direito de voto.<br />
Em 2010, o stock de investimento directo estrangeiro em Portugal bem como o stock de investimento<br />
directo de Portugal no exterior, reduziram‐se face ao ano anterior. Em percentagem do PIB, o valor<br />
passou de 49.0% para 48.2% no caso do stock de IDE em Portugal e de 29.2% para 28.1% no que respeita<br />
ao stock de investimento directo de Portugal no exterior. Tratam‐se de valores intermédios entre os<br />
países considerados na análise, onde se destacam a Irlan<strong>da</strong>, os Países Baixos, a Hungria e a República<br />
Checa em termos de stock de investimento directo do exterior e a Irlan<strong>da</strong> e os Países Baixos no que<br />
respeita ao stock de investimento directo no exterior.<br />
160,0<br />
140,0<br />
120,0<br />
100,0<br />
80,0<br />
60,0<br />
40,0<br />
20,0<br />
0,0<br />
Irlan<strong>da</strong><br />
Fonte: OCDE (base de <strong>da</strong>dos, Outubro 2011)<br />
OBJECTIVOS<br />
Países Baixos<br />
Reino Unido<br />
Dinamarca<br />
França<br />
Finlândia<br />
Stock de Investimento Directo Estrangeiro<br />
Espanha<br />
Alemanha<br />
Portugal<br />
Itália<br />
2010<br />
Grécia<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria 60<br />
Eslovénia<br />
Hungria<br />
Polónia<br />
Rep. Checa<br />
Eslováquia<br />
UE 27<br />
Stock de IDE (Outward) Stock de IDE (Inward)<br />
(em % do PIB)<br />
Aumentar significativamente a captação de fluxos de investimento directo estrangeiro, designa<strong>da</strong>mente<br />
em activi<strong>da</strong>des com elevados níveis de produtivi<strong>da</strong>de ou que contribuam para o desenvolvimento<br />
tecnológico e <strong>da</strong> inovação em Portugal. O investimento directo no exterior é, por seu lado, um factor<br />
importante na internacionalização <strong>da</strong>s empresas portuguesas. Devem ser considera<strong>da</strong>s pelas empresas,<br />
sempre que possível, estratégias articula<strong>da</strong>s de investimento e de exportação de bens e serviços.<br />
EUA<br />
Coreia
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
I&D E INOVAÇÃO<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
61
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
INDICADOR: Licenciados em Ciência e Tecnologia<br />
Número de novos graduados em matemática, ciência e tecnologia, por mil habitantes no escalão etário<br />
20‐29 anos.<br />
Em Portugal, o número de novos licenciados nas áreas científicas e tecnológicas por mil habitantes, em<br />
2009 era de 14.6, o que compara com o valor médio de 14.3 na UE. Face ao ano anterior, apesar do<br />
abran<strong>da</strong>mento registado no número de novos licenciados, Portugal continuou a registar valores<br />
superiores à mediana.<br />
A análise por género, de novos licenciados nestas áreas, permite verificar que na Hungria (6.0 p.p.), na<br />
Polónia (6.4 p.p.) e em Portugal (7.5 p.p.) o diferencial entre homens e mulheres é menor. O maior<br />
diferencial regista‐se na França (17.4 p.p.). De referir também que, em Portugal, embora o número de<br />
homens licenciados por mil habitantes (18.3) seja inferior à média <strong>da</strong> UE (19.2), o número de mulheres<br />
é superior ao <strong>da</strong> média <strong>da</strong> UE em +1.4 p.p..<br />
A comparação entre países e a evolução no tempo dos valores deste indicador devem ser vistos com<br />
cui<strong>da</strong>do, face a alguns problemas de natureza metodológica.<br />
25<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
França<br />
Fonte: Eurostat, Indicadores Estruturais<br />
OBJECTIVOS<br />
Finlândia<br />
Reino Unido<br />
Irlan<strong>da</strong><br />
Licenciados em Ciência e Tecnologia<br />
2009<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
Dinamarca<br />
Portugal<br />
Alemanha<br />
Espanha<br />
Países Baixos<br />
Eslováquia<br />
(por 1000 habitantes no escalão etário 20‐29 anos)<br />
Criar condições em termos de programas e de infra‐estruturas para uma maior ênfase no ensino nas<br />
áreas científicas e tecnológicas, nomea<strong>da</strong>mente ao nível do ensino básico e secundário.<br />
Incentivar os jovens para a aprendizagem e experimentação.<br />
Promover e incentivar a cultura científica.<br />
Rep. Checa<br />
Polónia<br />
Eslovánia<br />
Hungria<br />
UE 27<br />
EUA<br />
62
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
INDICADOR: Despesas em Investigação e Desenvolvimento<br />
Despesas totais em Investigação e Desenvolvimento (I&D), em percentagem do Produto Interno Bruto<br />
(PIB). Inclui as despesas em I&D <strong>da</strong>s administrações públicas, <strong>da</strong>s empresas, do ensino superior e <strong>da</strong>s<br />
instituições priva<strong>da</strong>s sem fins lucrativos.<br />
Nos últimos cinco anos, Portugal de acordo com os <strong>da</strong>dos provisórios para 2009, terá duplicado as<br />
despesas em I&D, prevendo‐se que tenha atingido 1.7% do PIB (0.8% em 2005), aproximando‐se <strong>da</strong><br />
meta para Portugal (1.8% em 2010), e <strong>da</strong> média <strong>da</strong> União Europeia (2.0%), em 2009.<br />
Cerca de 47% destas despesas foram feitas pelas empresas, 35% por enti<strong>da</strong>des do ensino superior, 11%<br />
pelas “instituições priva<strong>da</strong>s sem fins lucrativos” e 7% pelo Estado.<br />
Dos países considerados na análise, a Finlândia (4.0% do PIB) e a Dinamarca (3.0% do PIB) foram os<br />
países que em 2009 já tinham alcançado o objectivo definido para 2010.<br />
4<br />
3<br />
2<br />
1<br />
0<br />
Finlândia<br />
Dinamarca **<br />
Despesas em Investigação e Desenvolvimento<br />
2009<br />
Fonte: Eurostat ‐ Indicadores Estruturais * valor provisório ** valor estimado<br />
OBJECTIVOS<br />
Alemanha **<br />
França *<br />
Reino Unido *<br />
Países Baixos<br />
*<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
Irlan<strong>da</strong> *<br />
Portugal *<br />
Espanha<br />
Itália *<br />
Eslovénia<br />
Rep. Checa<br />
Hungria<br />
Metas para 2010<br />
Polónia<br />
Eslováquia<br />
(em % do PIB)<br />
Desenvolver estratégias e incentivos motivadoras do crescimento <strong>da</strong>s despesas em I&D. Fomentar uma<br />
maior articulação entre as instituições de investigação e as empresas e promover medi<strong>da</strong>s de difusão<br />
dos seus resultados pela economia contribuindo para o lançamento de novos produtos desejados pelos<br />
mercados.<br />
UE 27 **<br />
63
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
INDICADOR: Despesas Priva<strong>da</strong>s em Investigação e Desenvolvimento (Empresas)<br />
Despesas em Investigação e Desenvolvimento (I&D) financia<strong>da</strong>s pelas empresas em percentagem <strong>da</strong>s<br />
despesas totais em I&D.<br />
De acordo com os <strong>da</strong>dos disponíveis para Portugal, 48% <strong>da</strong>s despesas em Investigação e<br />
Desenvolvimento, em 2008, foram financia<strong>da</strong>s pelas empresas (47% em 2009 de acordo com fonte<br />
nacional). Este valor que cresceu cerca de 14 p. p. entre 2004 e 2008 situa‐se na mediana dos países<br />
considerados.<br />
Em relação à média <strong>da</strong> União Europeia (54.7%), de notar os elevados valores deste indicador registados<br />
na Finlândia (68.1%), na Alemanha (67.3%), na Dinamarca (60.2%) e na Eslovénia (58.0%).<br />
80<br />
70<br />
60<br />
50<br />
40<br />
30<br />
20<br />
10<br />
0<br />
Finlândia<br />
Despesas em I&D financia<strong>da</strong>s pelo Sector Privado (Empresas)<br />
2009<br />
Fonte: Eurostat ‐ R&D Database * 2008 ‐ Alemanha, Espanha, França, Itália, Portugal, UE, EUA, Coreia<br />
** valor provisório *** valor estimado<br />
OBJECTIVOS<br />
Alemanha *<br />
Dinamarca ***<br />
Irlan<strong>da</strong> **<br />
França *<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
Portugal *<br />
Reino Unido **<br />
Itália *<br />
Espanha *<br />
Eslovénia **<br />
Hungria<br />
Rep. Checa<br />
Eslováquia<br />
(em % <strong>da</strong>s despesas totais em I&D)<br />
Desenvolver estratégias empresariais com maior incidência na concepção e criação de novos processos e<br />
produtos, e medi<strong>da</strong>s de estímulo ao aumento <strong>da</strong>s competências técnicas e científicas dos seus recursos<br />
humanos. Aprofun<strong>da</strong>r as parcerias internacionais existentes e promover novas parcerias <strong>da</strong>ndo forte<br />
ênfase à captação de investimento estrangeiro em áreas de activi<strong>da</strong>de com maior incorporação de I&D,<br />
bem como o estabelecimento de centros de investigação e desenvolvimento de empresas em Portugal.<br />
Polónia<br />
UE 27 ***<br />
Coreia *<br />
EUA **<br />
64
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
INDICADOR: Investimento em Capital de Risco (Semente e Start‐up)<br />
Participação no capital de empresas como capital de risco, em percentagem do PIB, na óptica de capital<br />
de semente e financiamento de start‐up’s. O capital de semente visa financiar a pesquisa e o<br />
desenvolvimento de uma ideia de negócio antes que esta atinja a fase de start‐up. O financiamento de<br />
start‐up’s visa o lançamento e promoção de novos produtos e serviços e a sua produção e<br />
comercialização na fase de arranque.<br />
Desde 2003 que este indicador se refere ao investimento em capital de risco efectuado num <strong>da</strong>do país<br />
independentemente <strong>da</strong> nacionali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> enti<strong>da</strong>de financiadora.<br />
No período entre 2006 e 2009, o investimento em capital de risco de semente e start‐up registou em<br />
média cerca de 0.019% do PIB, comparável com o registado nos Países Baixos e França (0.023%). No seu<br />
conjunto a UE 15 continua a registar um valor baixo quando comparado com os EUA.<br />
De notar que os valores do investimento em capital de risco em períodos curtos podem ser influenciados<br />
por operações isola<strong>da</strong>s de elevado montante. A utilização de valores médios minora este problema mas<br />
não elimina totalmente a volatili<strong>da</strong>de própria destes valores.<br />
0,08<br />
0,07<br />
0,06<br />
0,05<br />
0,04<br />
0,03<br />
0,02<br />
0,01<br />
0,00<br />
Reino Unido<br />
Fonte: Eurostat, R&D Database<br />
OBJECTIVOS<br />
Dinamarca<br />
Finlândia<br />
Países Baixos<br />
Investimento em Capital de Risco (Semente e Start‐up)<br />
2006‐2009<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
França<br />
Portugal<br />
Alemanha<br />
Irlan<strong>da</strong><br />
Espanha<br />
Itália<br />
Grécia<br />
Hungria<br />
(média anual no período, em % do PIB)<br />
Desenvolver acções de sensibilização e de incentivo do lado <strong>da</strong> procura e <strong>da</strong> oferta de capital de risco,<br />
face ao seu importante papel no lançamento de projectos inovadores e que, <strong>da</strong><strong>da</strong> a sua natureza,<br />
normalmente sentem dificul<strong>da</strong>des na obtenção de fundos nas fontes de financiamento clássicas.<br />
Polónia<br />
Rep. Checa<br />
UE 15<br />
EUA<br />
65
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
INDICADOR: Investimento em Capital de Risco (Expansão e Substituição)<br />
Participação no capital de empresas como capital de risco, em percentagem do PIB, para financiar o<br />
crescimento e expansão <strong>da</strong> activi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> empresa (aumento <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong>de produtiva, desenvolvimento<br />
de novos produtos ou acesso a novos mercados); ou a aquisição de participações sociais que outras<br />
enti<strong>da</strong>des detenham na empresa. Estão excluí<strong>da</strong>s as aquisições de capital decorrentes de operações de<br />
“management buyout”, “management buyin” e de aquisição de acções cota<strong>da</strong>s em bolsa.<br />
Desde 2003 que este indicador se refere ao investimento em capital de risco efectuado num <strong>da</strong>do país<br />
independentemente <strong>da</strong> nacionali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> enti<strong>da</strong>de financiadora.<br />
Em Portugal, o investimento em capital de risco de expansão e substituição em percentagem do PIB foi<br />
em média, entre 2006 e 2009, de 0.06%. De destacar na UE os elevados valores registados no Reino<br />
Unido (0.28%) e na Suécia (0.19%).<br />
Note‐se que os valores do investimento em capital de risco em períodos curtos podem ser influenciados<br />
por operações isola<strong>da</strong>s de elevado montante. A utilização de valores médios minora este problema mas<br />
não elimina totalmente a volatili<strong>da</strong>de própria destes valores.<br />
0,30<br />
0,25<br />
0,20<br />
0,15<br />
0,10<br />
0,05<br />
0,00<br />
Reino Unido<br />
Fonte: Eurostat, R&D Database<br />
OBJECTIVOS<br />
Finlândia<br />
Espanha<br />
Investimento em Capital de Risco (Expansão e Substituição)<br />
França<br />
2006‐2009<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
Países Baixos<br />
Portugal<br />
Dinamarca<br />
Itália<br />
Alemanha<br />
Irlan<strong>da</strong><br />
Grécia<br />
Polónia<br />
(média anual no período, em % do PIB)<br />
Incentivar uma maior diversificação <strong>da</strong> procura e <strong>da</strong> oferta de capital de risco, ao qual deverá caber um<br />
papel mais significativo no redimensionamento e reestruturação empresarial, bem como no<br />
financiamento <strong>da</strong>s fases de crescimento de muitas empresas.<br />
Hungria<br />
Rep. Checa<br />
UE 15<br />
EUA<br />
66
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
INDICADOR: Patentes Europeias<br />
Número de pedidos de patentes regista<strong>da</strong>s no Instituto Europeu de Patentes por milhão de habitantes.<br />
Em 2010, Portugal pediu o registo de cerca 7.6 patentes por milhão de habitantes.<br />
No contexto dos países considerados, o valor de Portugal neste indicador é semelhante ao <strong>da</strong> Grécia<br />
(7.5) e apenas superior ao registado pela Polónia (5.4) e pela Eslováquia (4.4).<br />
De notar os elevados valores registados nos Países Baixos (357.7), Alemanha (334.6), Dinamarca (331.4)<br />
e Finlândia (304.9), muito acima <strong>da</strong> média <strong>da</strong> União Europeia (132.3).<br />
360<br />
300<br />
240<br />
180<br />
120<br />
60<br />
0<br />
Países Baixos<br />
Fonte: Instituto Europeu de Patentes<br />
OBJECTIVOS<br />
Alemanha<br />
Dinamarca<br />
Finlândia<br />
França<br />
Pedidos de Patentes Europeias regista<strong>da</strong>s<br />
2010<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
Irlan<strong>da</strong><br />
Reino Unido<br />
Itália<br />
Espanha<br />
Portugal<br />
Grécia<br />
Eslovénia<br />
Rep. Checa<br />
Hungria<br />
Polónia<br />
Eslováquia<br />
(por milhão de habitantes)<br />
Um aumento significativo no registo de patentes por parte <strong>da</strong>s enti<strong>da</strong>des residentes em Portugal está<br />
relacionado com a evolução do investimento em I&D. A informação disponível aponta no sentido de que<br />
o número de registos de patentes devia ser superior, pelo que é necessário implementar medi<strong>da</strong>s,<br />
nomea<strong>da</strong>mente ao nível <strong>da</strong> redução de custos, que promovam o registo de patentes. Igualmente,<br />
deverão ser desenvolvi<strong>da</strong>s acções de sensibilização para a importância dos direitos de proprie<strong>da</strong>de<br />
industrial ao nível <strong>da</strong>s estratégias <strong>da</strong>s empresas.<br />
UE 27<br />
EUA<br />
Coreia<br />
67
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
INDICADOR: Marcas Comunitárias regista<strong>da</strong>s<br />
Número de marcas regista<strong>da</strong>s, por milhão de habitantes, no Instituto de Harmonização do Mercado<br />
Interno (IHMI), Agência Comunitária responsável pelo registo de marcas com vali<strong>da</strong>de em todos os<br />
países <strong>da</strong> União Europeia.<br />
Em 2010, em Portugal manteve‐se a trajectória de crescimento do número de marcas comunitárias<br />
regista<strong>da</strong>s tendo atingido o valor de 103.7 marcas por milhão de habitantes (93.3 em 2009).<br />
Apesar do crescimento verificado nos últimos anos, o número de marcas regista<strong>da</strong>s por Portugal está<br />
bastante aquém <strong>da</strong> média <strong>da</strong> União Europeia (146.4) e é inferior à mediana dos valores registados nos<br />
países do benchmarking.<br />
De salientar o número elevado de marcas regista<strong>da</strong>s, por milhão de habitantes, pelos Países Baixos<br />
(263.5), Dinamarca (235.4), Alemanha (229.2) e Irlan<strong>da</strong> (221.2).<br />
250<br />
200<br />
150<br />
100<br />
50<br />
0<br />
Países Baixos<br />
Fonte: Instituto de Harmonização do Mercado Interno (IHMI)<br />
OBJECTIVOS<br />
Dinamarca<br />
Alemanha<br />
Irlan<strong>da</strong><br />
Finlândia<br />
Marcas Comunitárias regista<strong>da</strong>s<br />
2010<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
Espanha<br />
Reino Unido<br />
Itália<br />
França<br />
Portugal<br />
Grécia<br />
Eslovénia<br />
Rep.Checa<br />
Polónia<br />
Hungria<br />
Eslováquia<br />
(por milhão de habitantes)<br />
Desenvolver acções de sensibilização vincando a grande importância dos direitos de proprie<strong>da</strong>de<br />
industrial ao nível <strong>da</strong>s estratégias empresariais. No caso <strong>da</strong>s marcas comunitárias, <strong>da</strong><strong>da</strong> a sua<br />
importância em termos comerciais, importará reforçar o ritmo de crescimento significativo registado nos<br />
anos mais recentes visando atingir valores próximos <strong>da</strong> média <strong>da</strong> UE.<br />
UE 27<br />
EUA<br />
Coreia<br />
68
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
INDICADOR: Designs Comunitários registados<br />
Número de pedidos de registo de Designs (desenhos ou modelos comunitários) no Instituto de<br />
Harmonização do Mercado Interno (IHMI) por milhão de habitantes. Desenho ou modelo é definido<br />
como a “aparência <strong>da</strong> totali<strong>da</strong>de ou de uma parte de um produto resultante <strong>da</strong>s suas características,<br />
nomea<strong>da</strong>mente, <strong>da</strong>s linhas, contornos, cores, forma, textura e/ou materiais do próprio produto e/ou <strong>da</strong><br />
sua ornamentação”.<br />
Em 2010, o número de pedidos de registo de designs comunitários solicitados por Portugal foi de 81.7<br />
por milhão de habitantes, valor inferior ao registado em 2009 (105.6) e que em termos comparativos<br />
está próximo dos valores verificados em Espanha (85.0) e Reino Unido (79.1).<br />
Entre os países <strong>da</strong> UE em análise é de destacar o elevado número de pedidos de design comunitários<br />
registados, <strong>da</strong> Alemanha (223.2), Dinamarca (196.7) e Itália (168.7).<br />
250<br />
200<br />
150<br />
100<br />
50<br />
0<br />
Alemanha<br />
Dinamarca<br />
Fonte: Instituto de Harmonização do Mercado Interno (IHMI)<br />
OBJECTIVOS<br />
Itália<br />
Países Baixos<br />
Finlândia<br />
Pedidos de registo de Designs Comunitários registados<br />
2010<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
França<br />
Espanha<br />
Portugal<br />
Reino Unido<br />
Irlan<strong>da</strong><br />
Grécia<br />
Eslovénia<br />
Polónia<br />
Rep.Checa<br />
Eslováquia<br />
Hungria<br />
(por milhão de habitantes)<br />
Promover acções que relevem a importância <strong>da</strong> protecção <strong>da</strong> “estética” dos produtos no<br />
desenvolvimento de estratégias empresarias inovadoras e de sucesso.<br />
UE 27<br />
EUA<br />
Coreia<br />
69
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
PIB<br />
Indicadores de Output<br />
Emprego<br />
Desemprego<br />
Produtivi<strong>da</strong>de<br />
“Grau de Abertura” <strong>da</strong> Economia<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
70
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
INDICADOR: Produto Interno Bruto per capita<br />
Produto Interno Bruto (PIB) por habitante, avaliado em pari<strong>da</strong>des de poder de compra (PPC),<br />
relativamente à média <strong>da</strong> União Europeia (UE 27=100).<br />
Em 2010, o PIB per capita em Portugal medido em pari<strong>da</strong>des de poder de compra correspondeu a 81%<br />
do valor médio <strong>da</strong> UE 27.<br />
No contexto dos países <strong>da</strong> UE considerados, Portugal regista um valor apenas superior aos <strong>da</strong> República<br />
Checa (80%), Eslováquia (74%), Hungria (64%) e Polónia (62%).<br />
140<br />
120<br />
100<br />
80<br />
60<br />
Países Baixos<br />
Irlan<strong>da</strong><br />
Dinamarca<br />
Alemanha<br />
Finlândia<br />
PIB per capita em Pari<strong>da</strong>des do Poder de Compra<br />
2010<br />
Fonte: Eurostat Database *quebra de série **valor estimado ***valor provisório<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
Reino Unido<br />
França<br />
Espanha<br />
Itália<br />
Grécia***<br />
Portugal<br />
Eslovénia*<br />
Rep. Checa**<br />
Eslováquia<br />
Hungria<br />
Polónia<br />
UE 15<br />
(UE 27=100)<br />
EUA<br />
71
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
INDICADOR: Produto Interno Bruto, variação em volume<br />
Taxa média anual <strong>da</strong> variação, em volume, do Produto Interno Bruto (PIB).<br />
No período 2001‐2010, a variação média anual do PIB, em volume, em Portugal foi de 0.6%, valor<br />
inferior ao <strong>da</strong> média <strong>da</strong> UE (1.2%) e, entre os países considerados, apenas superior à regista<strong>da</strong> em Itália.<br />
No último quadriénio 2007‐2010, o crescimento médio foi idêntico ao <strong>da</strong> UE (+0.3%). Note‐se que nestes<br />
últimos anos e após um crescimento robusto em 2007 (média na UE de 3.1%), vários países registaram<br />
crescimentos negativos em 2008, e todos os países <strong>da</strong> UE, com excepção <strong>da</strong> Polónia, tiveram<br />
significativas variações negativas em 2009, situação que se manteve em alguns países em 2010.<br />
Entre os países considerados, de salientar que três dos países com melhor crescimento no período 2001‐<br />
2010 registaram um crescimento médio negativo em 2007‐2010, casos <strong>da</strong> Irlan<strong>da</strong> (‐1.4%) e <strong>da</strong> Grécia<br />
(‐1.0%) ou praticamente nulo na Espanha (0.1%). A Dinamarca (‐0.8%), a Itália (‐0.8%) e a Hungria (‐1.2%)<br />
também registaram no quadriénio 2007‐2010 variações médias negativas no seu PIB em volume.<br />
De notar também os elevados níveis de crescimento dos novos Estados‐membro e o facto de a Polónia<br />
ter sido o único país com um crescimento médio anual em 2007‐2010 superior ao do período 2001‐2010.<br />
5<br />
4<br />
3<br />
2<br />
1<br />
0<br />
‐1<br />
‐2<br />
Irlan<strong>da</strong><br />
Grécia*<br />
Espanha<br />
Finlândia<br />
Reino Unido<br />
Variação do PIB<br />
2001‐2010 e 2007‐2010<br />
Fonte: Eurostat Database *valor provisório<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
Países Baixos<br />
França<br />
Alemanha<br />
Portugal<br />
Dinamarca<br />
Itália<br />
Eslováquia<br />
Polónia<br />
Rep. Checa<br />
2001‐2010 2007‐2010<br />
Eslovénia<br />
Hungria<br />
(média anual, em %)<br />
UE 27<br />
UE 15<br />
EUA<br />
72
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
INDICADOR: Taxa de Emprego<br />
Relação, em percentagem, entre o número de pessoas emprega<strong>da</strong>s com i<strong>da</strong>des entre os 15 e os 64 anos<br />
e a população total no mesmo escalão etário.<br />
Em 2010, a taxa de emprego em Portugal foi de 65.6% (‐2.6 p.p. que em 2008).<br />
Na UE verifica‐se uma eleva<strong>da</strong> dispersão <strong>da</strong>s taxas de emprego (cerca de 19 p.p.). Os Países Baixos<br />
(74.7%), a Dinamarca (73.4%) e a Alemanha (71.1%) têm as maiores taxas de emprego. Na Espanha<br />
(58.6%), Itália (56.9%) e Hungria (55.4%) verificam‐se as taxas mais baixas.<br />
As taxas de emprego que de um modo geral vinham subindo gradualmente (+2.8 p.p. na UE entre 2004 e<br />
2008) diminuíram nos dois últimos anos (‐1.7 p.p. na UE em 2009 e 2010).<br />
Com excepção do Luxemburgo (+1.8 p.p.), Alemanha (+1.0 p.p.) e Malta (+0.8 p.p.), as taxas de emprego<br />
diminuíram em todos os outros países em 2009‐2010. As reduções mais significativas registaram‐se na<br />
Irlan<strong>da</strong> (‐7.6 p.p.), Espanha (‐5.7 p.p.) e Dinamarca (‐4.5 p.p.) entre os países considerados na análise e<br />
entre os restantes países <strong>da</strong> UE, na Letónia (‐9.3 p.p.), Estónia (‐8.8 p.p.) e Lituânia (‐6.5 p.p.).<br />
80<br />
60<br />
40<br />
20<br />
0<br />
Países Baixos*<br />
Dinamarca<br />
Alemanha<br />
Reino Unido<br />
Finlândia<br />
Taxa de Emprego<br />
2010<br />
Fonte: Eurostat Database; OCDE Database *quebra de série<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
Portugal<br />
França<br />
Irlan<strong>da</strong><br />
Grécia<br />
Espanha<br />
Itália<br />
Eslovénia<br />
Rep. Checa<br />
Polónia<br />
Eslováquia<br />
Hungria<br />
UE 27<br />
EUA<br />
(%)<br />
Coreia<br />
73
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
INDICADOR: Criação de Emprego<br />
Variação média anual <strong>da</strong> população emprega<strong>da</strong>, em percentagem.<br />
No período 2001‐2010, a população emprega<strong>da</strong> em Portugal registou uma variação média anual de<br />
‐0.2% (0.5% na UE), valor apenas superior ao verificado na Hungria (‐0.4%). No quadriénio 2007‐2010, o<br />
emprego diminuiu em média anual ‐0.9% (0.1% na UE).<br />
Na União Europeia, o emprego diminuiu ‐1.8% em 2009 e ‐0.5% em 2010. Nos países considerados na<br />
análise, o emprego em 2009 diminuiu em todos eles, com excepção, <strong>da</strong> Alemanha e <strong>da</strong> Polónia.<br />
Em 2010, o emprego voltou a diminuir em 12 destes 16 países. Em Portugal, o emprego diminuiu 2.6%<br />
em 2009 e ‐1.5% em 2010.<br />
Da<strong>da</strong> a evolução referi<strong>da</strong> para o emprego em 2009 e 2010, metade dos países registaram variações<br />
negativas no emprego no período 2007‐2010. De notar que a Espanha e a Irlan<strong>da</strong>, que registam os<br />
maiores crescimentos do emprego no período 2001‐2010, são os que registam maior diminuição em<br />
2007‐2010.<br />
3,0<br />
2,0<br />
1,0<br />
0,0<br />
‐1,0<br />
‐2,0<br />
‐3,0<br />
Espanha<br />
Irlan<strong>da</strong><br />
Grécia**<br />
Itália<br />
Países Baixos*<br />
Variação do Emprego<br />
2001‐2010 e 2007‐2010<br />
Fonte: Eurostat Database * quebra de série (2010) ** valor provisório (2004 a 2010) *** valor estimado (2010)<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
Finlândia<br />
Reino Unido<br />
França<br />
Alemanha<br />
Dinamarca<br />
Portugal<br />
Polónia<br />
Eslováquia<br />
Rep. Checa<br />
Eslovénia<br />
Hungria<br />
(média anual, em %)<br />
AE 17<br />
UE 27<br />
2001‐2010 2007‐2010<br />
EUA***<br />
74
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
INDICADOR: Taxa de Desemprego<br />
Relação, em percentagem, entre a população desemprega<strong>da</strong> (com i<strong>da</strong>des entre 15 e 74 anos) e a<br />
população activa no mesmo escalão etário.<br />
Em 2010 estima‐se uma taxa de desemprego em Portugal de 12.0%, um agravamento de mais 1.4 p.p.<br />
do que no ano anterior e superior à média <strong>da</strong> UE em 2.3 p.p..<br />
Na UE, as taxas de desemprego reduziram‐se no período 2004‐2008 em quase todos os países, tendo a<br />
média <strong>da</strong> UE passado de 9.2% em 2004 para 7.1 em 2008. Em 2009 e 2010, a situação inverteu‐se com a<br />
taxa de desemprego a aumentar em todos os países <strong>da</strong> UE, com excepção em 2010, <strong>da</strong> Alemanha (‐0.7<br />
p.p.), Luxemburgo (‐0.5 p.p.) e Áustria (‐0.4 p.p.).<br />
A taxa média de desemprego para a União Europeia aumentou em 2009 e 2010 em 2.6 p.p..<br />
Entre os países considerados são de referir os aumentos <strong>da</strong> taxa de desemprego, em 2009 e 2010, na<br />
Espanha (+8.8 p.p.), Irlan<strong>da</strong> (+7.4 p.p.), Grécia (+4.9 p.p.) e Eslováquia (+4.9 p.p.). Os menores aumentos<br />
<strong>da</strong>s taxas de desemprego em 2009 e 2010 registaram‐se na França (+2.0 p.p.), Finlândia (+2.0 p.p.), Itália<br />
(+1.7 p.p.) e Países Baixos (+1.4 p.p.).<br />
Em 2010, a taxa de desemprego nos EUA (9.6%) foi praticamente igual à <strong>da</strong> UE (9.7%).<br />
20<br />
16<br />
12<br />
8<br />
4<br />
0<br />
Espanha<br />
Irlan<strong>da</strong><br />
Grécia<br />
Portugal*<br />
França<br />
Finlândia<br />
Taxa de Desemprego<br />
2010<br />
Fonte: Eurostat Database; OCDE Database * valor estimado<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
Itália<br />
Reino Unido<br />
Dinamarca<br />
Alemanha<br />
Países Baixos<br />
Eslováquia<br />
Hungria<br />
Polónia<br />
Eslovénia<br />
Rep. Checa<br />
AE 17<br />
UE 27<br />
EUA<br />
(%)<br />
Coreia<br />
75
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
INDICADOR: Produtivi<strong>da</strong>de por Pessoa Emprega<strong>da</strong><br />
Produto Interno Bruto (PIB), em pari<strong>da</strong>des de poder de compra, por pessoa emprega<strong>da</strong>,<br />
comparativamente com a média <strong>da</strong> UE (UE 27=100).<br />
Em 2010, o índice de produtivi<strong>da</strong>de por pessoa emprega<strong>da</strong> em Portugal relativamente ao valor base<br />
(média <strong>da</strong> UE 27 =100), foi de 77.3.<br />
Trata‐se do valor mais baixo no conjunto <strong>da</strong> UE 15, e no conjunto dos países do benchmarking, apenas<br />
superior aos valores relativos <strong>da</strong> República Checa, Hungria e Polónia.<br />
No conjunto dos países <strong>da</strong> análise os níveis de produtivi<strong>da</strong>de registados variam entre 136.9 na Irlan<strong>da</strong> e<br />
66.7 na Polónia.<br />
140<br />
120<br />
100<br />
80<br />
60<br />
Irlan<strong>da</strong><br />
França<br />
Países Baixos<br />
Finlândia<br />
Espanha<br />
Produtivi<strong>da</strong>de por Pessoa Emprega<strong>da</strong><br />
2010<br />
Fonte: Eurostat Database * valor estimado ** valor provisório<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
Dinamarca<br />
Itália<br />
Reino Unido<br />
Alemanha<br />
Grécia **<br />
Portugal<br />
Eslováquia<br />
Eslovénia<br />
Rep. Checa *<br />
Hungria<br />
Polónia<br />
UE 15<br />
(UE 27=100)<br />
EUA *<br />
76
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
INDICADOR: Variação <strong>da</strong> Produtivi<strong>da</strong>de do Trabalho<br />
Variação do Produto Interno Bruto (PIB) por pessoa emprega<strong>da</strong>, no total <strong>da</strong> economia, a preços<br />
constantes de 2000.<br />
A Produtivi<strong>da</strong>de do Trabalho em Portugal registou, no período 2001‐2010, uma variação média anual de<br />
0.8% (1.3% na União Europeia). Esta variação média foi de 0.6% no período 2001‐2006 (1.9% na UE) e de<br />
1.2% no quadriénio 2007‐2010 (0.5% na UE).<br />
O crescimento <strong>da</strong> produtivi<strong>da</strong>de no período 2001‐2010 em Portugal foi bastante baixo. No conjunto dos<br />
países considerados apenas foi superior ao registado na França, Alemanha, Dinamarca e Itália e, muito<br />
aquém dos crescimentos verificados nos novos Estados‐membro.<br />
No conjunto dos países do benchmarking é notório que, com excepção <strong>da</strong> Espanha e de Portugal, o<br />
crescimento <strong>da</strong> produtivi<strong>da</strong>de foi menor no período 2007‐2010, do que no decénio 2001‐2010.<br />
No quadriénio 2007‐2010 registaram‐se mesmo, variações negativas <strong>da</strong> produtivi<strong>da</strong>de na Grécia, Reino<br />
Unido, Alemanha, Dinamarca e Itália.<br />
5<br />
4<br />
3<br />
2<br />
1<br />
0<br />
‐1<br />
Irlan<strong>da</strong><br />
Grécia<br />
Finlândia<br />
Países Baixos<br />
Espanha<br />
Reino Unido<br />
Fonte: Comisssão Europeia (Base de Dados AMECO)<br />
Variação <strong>da</strong> Produtivi<strong>da</strong>de do Trabalho<br />
2001‐2010 e 2007‐2010<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
Portugal<br />
França<br />
Alemanha<br />
Dinamarca<br />
Itália<br />
Eslováquia<br />
Polónia<br />
Rep. Checa<br />
Hungria<br />
2001‐2010 2007‐2010<br />
Eslovénia<br />
UE 27<br />
UE 15<br />
(média anual, em %)<br />
AE 17<br />
Coreia<br />
EUA<br />
77
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
INDICADOR: “Grau de Abertura” <strong>da</strong> Economia<br />
Média simples entre o peso <strong>da</strong>s exportações e o peso <strong>da</strong>s importações de bens e serviços no PIB, a<br />
preços correntes.<br />
Em 2010, o “grau de abertura” <strong>da</strong> economia portuguesa medido segundo este indicador, foi de 34.5%<br />
(27.5% nos bens e 7.0% nos serviços).<br />
Trata‐se de um valor baixo no contexto <strong>da</strong>s economias <strong>da</strong> UE de pequena dimensão, como a Irlan<strong>da</strong><br />
(92%), a Hungria (83%), a Eslováquia (82%) e os Países Baixos (74%).<br />
De notar algumas diferenças significativas neste indicador considerando os “bens” e os “serviços”.<br />
No caso dos bens, a Eslováquia (74%), Hungria (70%), Países Baixos (58%) e a República Checa (57%)<br />
registam os valores mais significativos. Nos serviços, cabem à Irlan<strong>da</strong> (50%), Dinamarca (19%), Países<br />
Baixos (16%) e Hungria (14%), os valores mais elevados.<br />
No período 2005‐2010, o “grau de abertura” em Portugal variou entre um mínimo de 31.8% em 2009 e<br />
um máximo de 37.5% em 2008. No contexto dos países considerados, neste período, as maiores<br />
variações verificaram‐se na Irlan<strong>da</strong> (+16 p.p.), Hungria (+16 p.p.) e Países Baixos (+9 p.p.). De notar que<br />
no caso <strong>da</strong> Irlan<strong>da</strong>, o aumento se deveu aos serviços (+17 p.p.) tendo os bens diminuído (‐1 p.p.).<br />
90<br />
80<br />
70<br />
60<br />
50<br />
40<br />
30<br />
20<br />
10<br />
0<br />
Irlan<strong>da</strong><br />
Países Baixos<br />
Dinmarca<br />
Alemanha<br />
Finlândia<br />
Portugal<br />
"Grau de Abertura" <strong>da</strong> Economia<br />
2010<br />
Os <strong>da</strong>dos agregados a nível comunitário incluem apenas o comércio extra‐comunitário<br />
Fonte: Eurostat; OCDE (Coreia) * valor provisório<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
Reino Unido<br />
Espanha<br />
Itália<br />
França<br />
Grécia*<br />
Hungria<br />
Eslováquia<br />
Rep. Checa<br />
Eslovénia<br />
Polónia<br />
UE 27<br />
UE 15<br />
(em % do PIB)<br />
Coreia<br />
EUA<br />
78
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
Indicadores de Enquadramento<br />
Macroeconómico<br />
Inflação<br />
Evolução Cambial<br />
Taxa de Juro de Longo Prazo<br />
Saldo <strong>da</strong>s Administrações Públicas<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
79
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
INDICADOR: Índice Harmonizado de Preços no Consumidor<br />
Mede a variação no tempo dos preços de um cabaz de bens e serviços representativo <strong>da</strong> estrutura de<br />
consumo, numa base comparável entre todos os Estados‐membro <strong>da</strong> União Europeia.<br />
Em 2010, a variação anual do Índice Harmonizado de Preços no Consumidor em Portugal foi de +1.4%,<br />
valor próximo do verificado na Área Euro (+1.6%).<br />
Na União Europeia, a Roménia (+6.1%), a Hungria (+4.7%) e a Grécia (+4.7%) foram os países que em<br />
2010 registaram as maiores variações nos índices harmonizados de preços no consumidor. Neste ano, a<br />
Letónia (‐1.2%) e a Irlan<strong>da</strong> (‐1.6%) foram os únicos países <strong>da</strong> UE que registaram variações negativas nos<br />
respectivos índices de preços.<br />
Na maior parte dos países <strong>da</strong> UE a variação do IHPC nos bens foi superior à variação do IHPC global. Em<br />
Portugal, a variação do IHPC foi de +1.7% nos bens e de +1.0% nos serviços.<br />
A taxa de inflação nos EUA em 2010 (2.4%) foi superior à <strong>da</strong> UE em 0.3 p.p. e à <strong>da</strong> Área Euro em 0.8 p.p..<br />
5,0<br />
4,0<br />
3,0<br />
2,0<br />
1,0<br />
0,0<br />
‐1,0<br />
‐2,0<br />
Grécia<br />
Reino Unido<br />
Dinamarca<br />
Espanha<br />
Finlândia<br />
França<br />
Fontes: Eurostat (base de <strong>da</strong>dos, Outubro 2011); OCDE (Coreia)<br />
Índice Harmonizado de Preços no Consumidor<br />
Itália<br />
Portugal<br />
Alemanha<br />
Países Baixos<br />
Irlan<strong>da</strong><br />
2010<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria 80<br />
Hungria<br />
Polónia<br />
(variação em relação ao ano anterior, em %)<br />
Eslovénia<br />
Rep. Checa<br />
Eslováquia<br />
UE 27<br />
AE 17<br />
Coreia<br />
EUA
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
INDICADOR: Taxa de Câmbio Nominal Efectiva / Índice Cambial Ponderado<br />
Para ca<strong>da</strong> país (ou zona económica), a taxa de câmbio nominal efectiva resulta <strong>da</strong> média pondera<strong>da</strong> <strong>da</strong>s<br />
taxas de câmbio com um grupo de países seus concorrentes, nos mercados doméstico e internacional.<br />
Utiliza‐se como grupo de países concorrentes 36 países industrializados: os 27 membros <strong>da</strong> UE, EUA,<br />
Canadá, Japão, Suíça, Noruega, Austrália, Nova Zelândia, México e Turquia.<br />
Para os países <strong>da</strong> Área Euro, por não existirem taxas de câmbio entre eles, não se pode falar de taxa de<br />
câmbio efectiva, mas apenas de índice cambial ponderado, cujo conceito e fórmula de cálculo se<br />
mantêm idênticos a uma taxa de câmbio efectiva.<br />
Quando superior a 100, significa uma apreciação <strong>da</strong> moe<strong>da</strong> desse país, ou seja, uma deterioração <strong>da</strong><br />
sua posição competitiva pela via cambial em relação aos 36 países de referência, entre o ano de 1999<br />
(ano de base) e 2010.<br />
Entre 1999 (ano base) e 2010, a posição competitiva <strong>da</strong> economia portuguesa, em termos de<br />
competitivi<strong>da</strong>de‐preço em relação ao referido grupo de países concorrentes deteriorou‐se, pela via<br />
cambial, em 4.8%.<br />
No seu conjunto, o Euro registou neste período uma significativa apreciação <strong>da</strong> sua taxa de câmbio<br />
efectiva em cerca de 17%. Nos Estados Unidos, a taxa de câmbio efectiva em relação ao grupo de<br />
paÍses do indicador diminuiu cerca de 15.2% e na Coreia cerca de 10%.<br />
Em 2010, comparativamente a 2009 , a variação do índice cambial efectivo em Portugal foi de ‐2.0%.<br />
A depreciação do índice cambial efectivo em 2010 verificou‐se em todos os países <strong>da</strong> Área Euro sendo<br />
os valores mais elevados registados na Finlândia (‐3.9%), Alemanha e Irlan<strong>da</strong> (‐3.5%) e os mais baixos<br />
na Eslovénia (‐1.9%), Portugal (‐2.0%) e Eslováquia (‐2.2%). Nos restantes países considerados, a<br />
Polónia (+6.2%), a República Checa (+2.5%) e o Reino Unido (+0.4%) registaram apreciações <strong>da</strong>s suas<br />
taxas de câmbio efectivas. Esta taxa depreciou‐se na Dinamarca (‐3.9%) e na Hungria (‐0.3%).<br />
160<br />
150<br />
140<br />
130<br />
120<br />
110<br />
100<br />
90<br />
80<br />
Irlan<strong>da</strong><br />
Grécia<br />
Itália<br />
Espanha<br />
Fonte: Comissão Europeia, DG ECOFIN<br />
Taxa de Câmbio Nominal Efectiva ‐ Índice Cambial Efectivo<br />
2010<br />
Finlândia<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
Alemanha<br />
França<br />
Países Baixos<br />
Dinamarca<br />
Portugal<br />
Reino Unido<br />
Rep. Checa<br />
Eslováquia<br />
Polónia<br />
Hungria<br />
Eslovénia<br />
AE 16<br />
UE 27<br />
(1999=100)<br />
EUA<br />
Coreia<br />
81
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
INDICADOR: Taxa de Juro de Longo Prazo<br />
Taxa de juro média anual dos títulos <strong>da</strong> dívi<strong>da</strong> pública do Governo Central a 10 anos.<br />
Em 2010, a taxa de juro de longo prazo em Portugal foi de 5.4% (+ 1.6 p.p. que a média <strong>da</strong> Área Euro).<br />
Entre os países <strong>da</strong> Área Euro, a taxa mais eleva<strong>da</strong> registou‐se na Grécia (9.1%) e a mais reduzi<strong>da</strong> na<br />
Alemanha (2.7%).<br />
As taxas de juro de longo prazo, em 2010, desceram nos países <strong>da</strong> Área Euro, excepto na Grécia (+3.9<br />
p.p.), Portugal (+1.2 p.p.), Irlan<strong>da</strong> (+0.5 p.p.) e Espanha (+0.3 p.p.).<br />
A taxa de juro de longo prazo nos EUA foi de 3.2% em 2010. O diferencial entre estas taxas na Área Euro<br />
e nos EUA, passou de 0.8 p.p. em 2009, para 0.6 p.p. em 2010.<br />
10,0<br />
9,0<br />
8,0<br />
7,0<br />
6,0<br />
5,0<br />
4,0<br />
3,0<br />
2,0<br />
1,0<br />
0,0<br />
Grécia<br />
Irlan<strong>da</strong><br />
Portugal<br />
Espanha<br />
Itália<br />
Reino Unido<br />
França<br />
Finlândia<br />
Fontes: Banco Central Europeu; OCDE (Coreia)<br />
Taxa de Juro de Longo prazo<br />
Países Baixos<br />
Dinamarca<br />
Alemanha<br />
2010<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria 82<br />
Hungria<br />
Polónia<br />
Rep. Checa<br />
Eslováquia<br />
Eslovénia<br />
UE 27<br />
AE 17<br />
(média anual, %)<br />
Coreia<br />
EUA
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
INDICADOR: Saldo <strong>da</strong>s Contas <strong>da</strong>s Administrações Públicas<br />
Saldo global <strong>da</strong>s contas <strong>da</strong>s Administrações Públicas em percentagem do produto interno bruto (PIB).<br />
Em Portugal, o saldo <strong>da</strong>s contas <strong>da</strong>s Administrações Públicas em 2010 equivalente a ‐9.8% do PIB foi<br />
ligeiramente inferior ao registado em 2009 (‐10.1%).<br />
Os saldos <strong>da</strong>s contas públicas dos Estados‐membro <strong>da</strong> UE continuaram a apresentar valores negativos<br />
em 2010, ain<strong>da</strong> que de menor dimensão que em 2009, excepto na Estónia (+0.2%) e na Suécia (+0.2%)<br />
que apresentam saldos positivos. Entre os saldos negativos de destacar, para além <strong>da</strong> Irlan<strong>da</strong> (‐31.3%), a<br />
Grécia (‐10.6%), Reino Unido (‐10.3%), Portugal (‐9.8%) e Espanha (‐9.3%).<br />
No conjunto <strong>da</strong> Área Euro, o saldo médio <strong>da</strong>s contas <strong>da</strong>s Administrações públicas desceu ligeiramente de<br />
‐6.4% em 2009 para ‐6.2% em 2010 e na União Europeia de ‐6.9% para ‐6.6%.<br />
0,0<br />
‐5,0<br />
‐10,0<br />
‐15,0<br />
‐20,0<br />
‐25,0<br />
‐30,0<br />
‐35,0<br />
Finlândia<br />
Dinamarca<br />
Alemanha<br />
Itália<br />
Países Baixos<br />
Saldo <strong>da</strong>s Contas <strong>da</strong>s Administrações Públicas<br />
2010<br />
Fontes: Eurostat (base de <strong>da</strong>dos, Outubro 2011); OCDE (Coreia, EUA)<br />
França<br />
Espanha<br />
Portugal<br />
Reino Unido<br />
Grécia<br />
Irlan<strong>da</strong><br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria 83<br />
Hungria<br />
Rep. Checa<br />
Eslovénia<br />
Eslováquia<br />
Polónia<br />
UE 27<br />
AE 17<br />
(em % do PIB)<br />
Coreia<br />
EUA
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
Benchmarking dos<br />
Indicadores 20032011<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
84
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
INDICADORES DE INPUT<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
85
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
CUSTOS LABORAIS<br />
Custos Unitários Unitários Nominais do do Trabalho, Trabalho, Total <strong>da</strong> Economia (variação média anual)<br />
3,9<br />
2,4<br />
3,0 2,9<br />
2,1<br />
VALOR DO INDICADOR<br />
1,8<br />
2,3<br />
1,6<br />
1,6 1,5<br />
2,3<br />
2,2<br />
2000-03 2001-04 2002-05 2003-06 2004-07 2005-08 2006-09 2007-10<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
2,9<br />
2,2<br />
2,5<br />
1,6<br />
Portugal UE 27<br />
PREÇOS<br />
Preços de Gás (sem impostos) ‐ Indústria (€/Gigajoule)<br />
8,7 8,8<br />
VALOR DO INDICADOR<br />
9,8<br />
9,3<br />
7,67,8<br />
1ºSem 08 1º Sem 09 1ºSem 10 1º Sem 11<br />
9,4<br />
8,8<br />
Portugal UE 27<br />
11º<br />
8º<br />
POSIÇÃO RELATIVA DE PORTUGAL<br />
FACE AOS 16 PAÍSES DA UE CONSIDERADOS<br />
9º<br />
8º<br />
6º 6º<br />
2º 2º<br />
2000-03 2001-04 2002-05 2003-06 2004-07 2005-08 2006-09 2007-10<br />
7º<br />
POSIÇÃO RELATIVA DE PORTUGAL<br />
FACE AOS 16 PAÍSES DA UE CONSIDERADOS<br />
9º<br />
1º Sem 08 * 1º Sem 09 ** 1º Sem 10 ** 1º Sem 11**<br />
* em 14 países ** em 15 países<br />
Preços de Electrici<strong>da</strong>de (sem impostos) – Indústria Indústria – Pequenos Consumidores (€/MWh)<br />
103,5<br />
83,4<br />
VALOR DO INDICADOR<br />
109,7<br />
102,6<br />
108,8<br />
95,2<br />
111,9<br />
92,0<br />
1ºSem 08 1º Sem 09 1ºSem 10 1º Sem 11<br />
Portugal UE 27<br />
3º<br />
5º<br />
1º Sem 08 * 1º Sem 09 * 1º Sem 10 * 1º Sem 11*<br />
* em 15 países<br />
POSIÇÃO RELATIVA DE PORTUGAL<br />
FACE AOS 16 PAÍSES DA UE CONSIDERADOS<br />
4º<br />
4º<br />
10º<br />
3º<br />
86
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
Preços de Electrici<strong>da</strong>de (sem impostos) – Indústria – Grandes Consumidores (€/MWh)<br />
79,0<br />
69,8<br />
VALOR DO INDICADOR<br />
84,7<br />
83,0<br />
80,8<br />
75,9<br />
84,1<br />
82,4<br />
1ºSem 08 1º Sem 09 1ºSem 10 1º Sem 11<br />
* n.d.<br />
FISCALIDADE<br />
Receitas Fiscais (em % do PIB)<br />
30,9 31,5 31,7<br />
VALOR DO INDICADOR<br />
Portugal UE 27<br />
36,4 36,1 36,2 36,2 36,6 36,7 37,2 36,7<br />
30,6 31,5 32,3 32,9 32,8<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
35,8<br />
31,0<br />
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009<br />
Portugal UE 27<br />
3º<br />
POSIÇÃO RELATIVA DE PORTUGAL<br />
FACE AOS 16 PAÍSES DA UE CONSIDERADOS<br />
7º<br />
1º Sem 08 * 1º Sem 09 * 1º Sem 10 * 1º Sem 11*<br />
* em 15 países<br />
Taxa Nominal de Imposto sobre o Rendimento <strong>da</strong>s Empresas (%)<br />
33,0<br />
28,3<br />
27,5 27,5 27,5<br />
27,0<br />
VALOR DO INDICADOR<br />
25,0 25,0 25,0 25,0 25,0<br />
25,5 25,3 24,5 23,6 23,5 23,3 23,1<br />
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011<br />
Portugal UE 27<br />
POSIÇÃO RELATIVA DE PORTUGAL<br />
FACE AOS 16 PAÍSES DA UE CONSIDERADOS<br />
2º 2º 2º 2º<br />
3º<br />
4º<br />
4º 4º 4º<br />
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009<br />
10º<br />
6º<br />
POSIÇÃO RELATIVA DE PORTUGAL<br />
FACE AOS 16 PAÍSES DA UE CONSIDERADOS<br />
8º 8º<br />
7º 7º<br />
8º<br />
5º<br />
8º 8º 8º<br />
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011<br />
87
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
Receitas de Impostos sobre o Rendimento <strong>da</strong>s Empresas (em % do PIB)<br />
3,3 3,3<br />
3,1 3,1 3,0 3,0<br />
2,8 2,9<br />
VALOR DO INDICADOR<br />
3,1<br />
2,7<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
3,4<br />
2,9<br />
3,7<br />
3,6<br />
3,7<br />
3,4<br />
2,9<br />
2,8<br />
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009<br />
Portugal UE 27<br />
8º<br />
10º<br />
POSIÇÃO RELATIVA DE PORTUGAL<br />
FACE AOS 16 PAÍSES DA UE CONSIDERADOS<br />
7º 7º<br />
5º<br />
4º<br />
11º<br />
14º 14º<br />
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009<br />
Receitas de Impostos sobre o Rendimento <strong>da</strong>s Empresas (em % <strong>da</strong>s receitas fiscais)<br />
VALOR DO INDICADOR<br />
10,6 10,5<br />
10,9<br />
11,2<br />
8,7 8,7<br />
8,8<br />
8,3<br />
9,4<br />
8,4<br />
8,5 8,6<br />
9,1 9,3<br />
9,9 9,5 9,3<br />
8,0<br />
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009<br />
EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO<br />
Portugal UE 27<br />
Abandono Escolar Precoce (% população 18‐24 anos)<br />
45,0<br />
41,2<br />
VALOR DO INDICADOR<br />
39,4 38,8 39,1<br />
36,9<br />
35,4<br />
31,2<br />
28,7<br />
17,0 16,6 16,1 15,8 15,5 15,1 14,9 14,4 14,1<br />
2002 2003* 2004* 2005 2006 2007 2008 2009 2010<br />
* quebra de série (2003: UE 27; 2004: Portugal) Portugal UE 27<br />
13º<br />
14º<br />
POSIÇÃO RELATIVA DE PORTUGAL<br />
FACE AOS 16 PAÍSES DA UE CONSIDERADOS<br />
11º 11º<br />
9º<br />
10º<br />
12º<br />
14º 14º<br />
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009<br />
POSIÇÃO RELATIVA DE PORTUGAL<br />
FACE AOS 16 PAÍSES DA UE CONSIDERADOS<br />
16º 16º 16º 16º 16º 16º 16º<br />
15º<br />
16º<br />
2002 2003 2004* 2005 2006 2007 2008 2009 2010<br />
88
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
Aprendizagem ao Longo <strong>da</strong> Vi<strong>da</strong> (% <strong>da</strong> população 25‐64 anos)<br />
7,2<br />
2,9<br />
8,5<br />
3,2<br />
9,3<br />
VALOR DO INDICADOR<br />
9,8 9,6 9,4 9,4 9,3 9,1<br />
4,3 4,1 4,2 4,4<br />
2002 2003* 2004* 2005 2006 2007 2008 2009 2010<br />
* quebra de série (2003: UE 27; 2004: Portugal) Portugal UE 27<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
5,3<br />
6,5<br />
5,8<br />
13º<br />
15º<br />
POSIÇÃO RELATIVA DE PORTUGAL<br />
FACE AOS 16 PAÍSES DA UE CONSIDERADOS<br />
13º<br />
14º<br />
13º 13º<br />
2002 2003 2004* 2005 2006 2007 2008 2009 2010<br />
Jovens (20‐24 anos) que concluíram pelo menos o ensino secundário (% <strong>da</strong> população 20‐24 anos)<br />
76,7 76,9 77,1 77,5 77,9 78,1 78,4 78,6 79,0<br />
44,4<br />
VALOR DO INDICADOR<br />
47,9 49,6 49,0 49,6<br />
53,4 54,3 55,5<br />
58,7<br />
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010<br />
Portugal UE 27<br />
Estu<strong>da</strong>ntes no Ensino Superior (% <strong>da</strong> população 20‐29 anos)<br />
24,6<br />
24,4<br />
25,8<br />
24,9<br />
VALOR DO INDICADOR<br />
26,9 27,6 28,1 28,5 28,7 28,9<br />
26,4<br />
25,2 25,0 24,5 24,3 24,9<br />
29,6<br />
26,8<br />
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009<br />
Portugal UE 27<br />
16º 16º 16º 16º 16º 16º 16º 16º 16º<br />
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010<br />
10º<br />
11º<br />
12º<br />
POSIÇÃO RELATIVA DE PORTUGAL<br />
FACE AOS 16 PAÍSES DA UE CONSIDERADOS<br />
POSIÇÃO RELATIVA DE PORTUGAL<br />
FACE AOS 16 PAÍSES DA UE CONSIDERADOS<br />
12º<br />
13º 13º 13º 13º<br />
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009<br />
9º<br />
12º<br />
11º<br />
12º<br />
89
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
Despesas Públicas em Educação (% do PIB)<br />
5,4<br />
4,9<br />
5,6<br />
5,0<br />
5,5<br />
VALOR DO INDICADOR<br />
5,6<br />
5,1 5,1<br />
5,3<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
5,4<br />
5,3<br />
5,1 5,0 5,0<br />
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008<br />
5,3<br />
5,0<br />
5,1<br />
4,9<br />
Portugal UE 27<br />
5º 5º 5º<br />
Despesas Públicas em Educação (% <strong>da</strong>s despesas públicas totais)<br />
12,6<br />
10,8<br />
12,6<br />
10,9<br />
12,5<br />
VALOR DO INDICADOR<br />
12,2<br />
11,6<br />
11,4 11,3 11,3<br />
11,0<br />
11,0 11,0<br />
10,9 10,9<br />
11,0 11,0 11,0<br />
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008<br />
SOCIEDADE DE INFORMAÇÃO<br />
Portugal UE 27<br />
Despesas em Tecnologias de Informação (% do PIB)<br />
1,9<br />
VALOR DO INDICADOR<br />
2,4 2,4 2,4<br />
1,9<br />
2006 2007 2008 2009<br />
2,1<br />
2,5<br />
2,1<br />
Portugal UE 27<br />
POSIÇÃO RELATIVA DE PORTUGAL<br />
FACE AOS 16 PAÍSES DA UE CONSIDERADOS<br />
6º<br />
8º 8º 8º<br />
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008<br />
3º<br />
4º<br />
POSIÇÃO RELATIVA DE PORTUGAL<br />
FACE AOS 16 PAÍSES DA UE CONSIDERADOS<br />
5º<br />
6º<br />
5º<br />
8º 8º 8º 8º<br />
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008<br />
POSIÇÃO RELATIVA DE PORTUGAL<br />
FACE AOS 16 PAÍSES DA UE CONSIDERADOS<br />
10º 10º<br />
2006 2007 2008 2009<br />
8º<br />
9º<br />
10º<br />
9º<br />
90
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
Despesas em Tecnologias de Comunicação (% do PIB)<br />
4,2<br />
VALOR DO INDICADOR<br />
4,1<br />
3,0 2,9 2,9 3,0<br />
2006 2007 2008 2009<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
4,2<br />
4,3<br />
Portugal UE 27<br />
Taxa de Penetração <strong>da</strong> Ban<strong>da</strong> Larga (por 100 habitantes)<br />
2,3<br />
1,5<br />
4,5<br />
3,6<br />
7,6<br />
6,4<br />
VALOR DO INDICADOR<br />
12,0<br />
10,1<br />
16,5<br />
12,9<br />
20,8<br />
14,8<br />
24,3<br />
15,8<br />
26,4<br />
17,6<br />
28,1<br />
19,6<br />
Jul-02 Jul-03 Jul-04 Jul-05 Jul-06 Jul-07 Jul-08 Jul-09 Jul-10<br />
Portugal UE 15<br />
Nível de acesso à Internet em ban<strong>da</strong> larga – pequenas empresas (%)<br />
70,0<br />
62,0<br />
74,0<br />
75,0<br />
79,0<br />
79,0<br />
80,0<br />
80,0<br />
82,0 82,0<br />
2006 2007 2008 2009* 2010*<br />
*quebra de série<br />
VALOR DO INDICADOR<br />
Portugal UE 27<br />
9º<br />
4º<br />
POSIÇÃO RELATIVA DE PORTUGAL<br />
FACE AOS 16 PAÍSES DA UE CONSIDERADOS<br />
3º<br />
2º 2º<br />
2006 2007 2008 2009<br />
9º<br />
POSIÇÃO RELATIVA DE PORTUGAL<br />
FACE AOS 16 PAÍSES DA UE CONSIDERADOS<br />
8º<br />
7º<br />
9º<br />
11º 11º<br />
Jul-02 Jul-03 Jul-04 Jul-05 Jul-06 Jul-07 Jul-08 Jul-09 Jul-10<br />
11º 11º<br />
POSIÇÃO RELATIVA DE PORTUGAL<br />
FACE AOS 16 PAÍSES DA UE CONSIDERADOS<br />
10º<br />
9º<br />
12º<br />
11º<br />
2006 2007 2008 2009* 2010*<br />
13º<br />
91
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
Nível de acesso à Internet em ban<strong>da</strong> larga ‐ famílias (%)<br />
30,0<br />
24,0<br />
42,0<br />
30,0<br />
VALOR DO INDICADOR<br />
49,0<br />
39,0<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
56,0<br />
46,0<br />
61,0<br />
50,0<br />
2006 2007 2008 2009 2010<br />
Portugal UE 27<br />
e‐Government ‐ Grau de Disponibilização (%)<br />
51<br />
43<br />
62<br />
57<br />
81<br />
67<br />
100 100<br />
90<br />
79<br />
2004 2006 2007 2009 2010<br />
AMBIENTE E ENERGIA<br />
VALOR DO INDICADOR<br />
Portugal UE 15<br />
Intensi<strong>da</strong>de Energética <strong>da</strong> Economia (kgep por 1000 euros)<br />
VALOR DO INDICADOR<br />
195 202 199 203 207<br />
192 191<br />
184 187<br />
168 165 167 165 162<br />
157 151 150 149<br />
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009<br />
Portugal UE 15<br />
9º<br />
9º<br />
POSIÇÃO RELATIVA DE PORTUGAL<br />
FACE AOS 16 PAÍSES DA UE CONSIDERADOS<br />
11º<br />
11º<br />
13º 13º<br />
2006 2007 2008 2009 2010<br />
10º<br />
POSIÇÃO RELATIVA DE PORTUGAL<br />
FACE AOS 16 PAÍSES DA UE CONSIDERADOS<br />
6º<br />
2º<br />
1º 1º<br />
2004 2006 2007 2009 2010<br />
POSIÇÃO RELATIVA DE PORTUGAL<br />
FACE AOS 16 PAÍSES DA UE CONSIDERADOS<br />
10º 10º 10º 10º 10º 10º 10º 10º<br />
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009<br />
92
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
Emissão de Gases com Efeito de Estufa (Diferença face às metas de Quioto)<br />
11,6<br />
19,2<br />
6,1 5,6<br />
10,5<br />
VALOR DO INDICADOR<br />
14,5<br />
6,6 6,7<br />
17,7<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
6,0<br />
9,8<br />
5,0<br />
6,1<br />
3,7<br />
4,2<br />
1,7<br />
-1,5<br />
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009<br />
Portugal UE 15<br />
-4,7<br />
11º<br />
14º<br />
POSIÇÃO RELATIVA DE PORTUGAL<br />
FACE AOS 16 PAÍSES DA UE CONSIDERADOS<br />
10º<br />
12º<br />
15º<br />
10º 10º<br />
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009<br />
Resíduos Sólidos Urbanos – Deposição em aterro (em % do total dos RSU recolhidos)<br />
75,2<br />
53,4<br />
71,6<br />
67,7<br />
51,1 49,6<br />
VALOR DO INDICADOR<br />
65,3<br />
46,6<br />
62,4<br />
64,1 63,9<br />
64,5<br />
60,7<br />
42,8 42,0 40,7 38,8 37,5<br />
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009<br />
Portugal UE 27<br />
9º<br />
8º<br />
POSIÇÃO RELATIVA DE PORTUGAL<br />
FACE AOS 16 PAÍSES DA UE CONSIDERADOS<br />
9º 9º 9º<br />
11º<br />
10º<br />
10º 10º 10º 10º<br />
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009<br />
Resíduos Sólidos Urbanos ‐ Reciclagem de materiais (em % do total dos RSU recolhidos)<br />
15,9<br />
18,1<br />
18,9<br />
4,5 4,7 4,9<br />
VALOR DO INDICADOR<br />
19,5<br />
6,8<br />
20,3<br />
8,4<br />
20,9<br />
9,7<br />
22,2<br />
22,9<br />
10,7 10,3<br />
23,2<br />
11,8<br />
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009<br />
Portugal UE 27<br />
11º<br />
POSIÇÃO RELATIVA DE PORTUGAL<br />
FACE AOS 16 PAÍSES DA UE CONSIDERADOS<br />
12º 12º<br />
13º 13º<br />
12º 12º<br />
13º 13º<br />
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009<br />
93
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
Transporte Rodoviário de Mercadorias (em tonela<strong>da</strong>s ‐ Km)<br />
93,3 93,1 93,0<br />
VALOR DO INDICADOR<br />
74,8 75,3 75,7 75,9 76,4<br />
94,7 94,6 94,9 94,7 93,9 94,3<br />
76,2 76,2 76,2 77,5<br />
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009<br />
Investimento<br />
Portugal UE 27<br />
Formação Bruta de Capital Fixo do Sector Privado (em % do PIB)<br />
VALOR DO INDICADOR<br />
22,2<br />
20,5 20,1 20,0 20,0 19,5 19,6<br />
17,3<br />
17,0 17,2 17,7 18,2 18,5 18,2<br />
17,0<br />
16,115,715,9 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010<br />
Portugal UE 15<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
14º<br />
POSIÇÃO RELATIVA DE PORTUGAL<br />
FACE AOS 16 PAÍSES DA UE CONSIDERADOS<br />
13º 13º 13º 13º 13º 13º 13º 13º<br />
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009<br />
4º<br />
5º<br />
POSIÇÃO RELATIVA DE PORTUGAL<br />
FACE AOS 16 PAÍSES DA UE CONSIDERADOS<br />
6º<br />
5º 5º<br />
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010<br />
Fluxos de Investimento Directo Estrangeiro ‐ Inflows (média anual, em % do PIB)<br />
3,3<br />
2,4<br />
2,6<br />
2,1<br />
VALOR DO INDICADOR<br />
2,8<br />
3,5<br />
2,4 2,4<br />
2,0 2,0<br />
00-04 01-05 02-06 03-07 04-08 05-09 06-10<br />
3,6<br />
3,7<br />
3,3<br />
1,7<br />
Portugal UE 27<br />
11º 11º<br />
POSIÇÃO RELATIVA DE PORTUGAL<br />
FACE AOS 16 PAÍSES DA UE CONSIDERADOS<br />
9º<br />
10º<br />
7º<br />
4º<br />
11º 11º<br />
00-04 01-05 02-06 03-07 04-08 05-09 06-10<br />
6º<br />
12º<br />
10º<br />
94
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
Fluxos de Investimento Directo Estrangeiro ‐ Outflows (média anual, em % do PIB)<br />
4,0<br />
2,9<br />
3,3<br />
3,5<br />
2,2 2,2<br />
VALOR DO INDICADOR<br />
4,8<br />
2,5<br />
00-04 01-05 02-06 03-07 04-08 05-09 06-10<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
5,4<br />
2,1<br />
5,1<br />
1,5<br />
4,7<br />
0,6<br />
Portugal UE 27<br />
Stock de Investimento Directo Estrangeiro Inward (em % do PIB)<br />
VALOR DO INDICADOR<br />
49,8<br />
49,0<br />
44,0<br />
46,1<br />
48,2<br />
44,4<br />
41,0<br />
44,3<br />
39,7<br />
37,5<br />
33,8 36,0 36,2 36,7<br />
38,0<br />
34,0<br />
33,1 34,6<br />
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010<br />
Portugal UE 27<br />
8º<br />
POSIÇÃO RELATIVA DE PORTUGAL<br />
FACE AOS 16 PAÍSES DA UE CONSIDERADOS<br />
7º 7º<br />
8º<br />
00-04 01-05 02-06 03-07 04-08 05-09 06-10<br />
9º<br />
8º 8º<br />
Stock de Investimento Directo Estrangeiro Outward (em % do PIB)<br />
41,2<br />
16,2<br />
42,3<br />
21,3<br />
40,2<br />
23,8<br />
VALOR DO INDICADOR<br />
38,7<br />
22,0<br />
45,1<br />
26,9<br />
48,8<br />
29,2<br />
44,6<br />
25,0<br />
55,0<br />
29,2<br />
56,3<br />
28,1<br />
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010<br />
Portugal UE 27<br />
9º<br />
8º<br />
10º<br />
POSIÇÃO RELATIVA DE PORTUGAL<br />
FACE AOS 16 PAÍSES DA UE CONSIDERADOS<br />
7º 7º<br />
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010<br />
POSIÇÃO RELATIVA DE PORTUGAL<br />
FACE AOS 16 PAÍSES DA UE CONSIDERADOS<br />
9º 9º 9º 9º 9º 9º 9º 9º 9º<br />
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010<br />
12º<br />
6º<br />
15º<br />
7º<br />
95
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
I&D<br />
Licenciados em Ciência e Tecnologia (por 1000 habitantes no escalão etário 20‐29 anos)<br />
10,7<br />
6,6<br />
11,3<br />
7,4<br />
12,3<br />
8,2<br />
VALOR DO INDICADOR<br />
12,5<br />
11,0<br />
20,7<br />
18,1<br />
13,3 13,5 13,8<br />
14,6<br />
14,5 14,3<br />
12,0 12,6<br />
2001 2002 2003 2004* 2005 2006 2007 2008 2009<br />
*quebra de série: Portugal (2004) Portugal UE 27<br />
Despesas em Investigação & Desenvolvimento (% do PIB)<br />
VALOR DO INDICADOR<br />
1,9 1,9 1,9 1,8 1,8 1,9 1,9 1,9<br />
0,8 0,7 0,7 0,8 0,8<br />
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009<br />
Portugal UE 27<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
1,0<br />
1,2<br />
1,5<br />
2,0<br />
1,7<br />
12º 12º 12º<br />
POSIÇÃO RELATIVA DE PORTUGAL<br />
FACE AOS 16 PAÍSES DA UE CONSIDERADOS<br />
7º<br />
6º<br />
2001 2002 2003 2004* 2005 2006 2007 2008 2009<br />
POSIÇÃO RELATIVADE PORTUGAL<br />
FACE AOS 16 PAÍSES DA UE CONSIDERADOS<br />
13º 13º 13º 13º 13º<br />
7º<br />
5º<br />
12º 12º<br />
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009<br />
Despesas em I&D financia<strong>da</strong>s pelo Sector Privado (empresas) (% <strong>da</strong>s despesas totais em I&D)<br />
56,4 55,9 54,6 53,9 54,2 54,1 55,1 55,0 54,7<br />
27,0<br />
31,5 31,6 31,7<br />
VALOR DO INDICADOR<br />
34,2<br />
36,3<br />
43,0<br />
47,0 48,1<br />
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008<br />
Portugal UE 27<br />
POSIÇÃO RELATIVADE PORTUGAL<br />
FACE AOS 16 PAÍSES DA UE CONSIDERADOS<br />
9º<br />
10º<br />
12º<br />
16º<br />
15º<br />
14º<br />
13º<br />
14º 14º<br />
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008<br />
2º<br />
8º<br />
9º<br />
8º<br />
96
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
Investimento em Capital de Risco (Semente e Start‐up)<br />
0,046<br />
0,013<br />
0,042<br />
0,029<br />
0,021 0,021<br />
VALOR DO INDICADOR<br />
0,030<br />
0,027 0,028<br />
0,024<br />
0,029 0,029<br />
0,022<br />
0,024<br />
0,028<br />
0,019<br />
1999-02 2000-03 2001-04 2002-05 2003-06 2004-07 2005-08 2006-09<br />
Portugal UE 15<br />
Investimento em Capital de Risco (Expansão e Substituição)<br />
0,107 0,103<br />
0,086<br />
0,051 0,051 0,051<br />
VALOR DO INDICADOR<br />
0,091<br />
0,104<br />
0,064 0,064<br />
0,106<br />
0,072<br />
0,112<br />
0,061<br />
0,102<br />
0,058<br />
1999-02 2000-03 2001-04 2002-05 2003-06 2004-07 2005-08 2006-09<br />
Portugal UE 15<br />
Patentes Europeias (por milhão de habitantes)<br />
101,4<br />
110,1<br />
VALOR DO INDICADOR<br />
114,4 118,3 121,1<br />
124,9<br />
130,6<br />
123,3<br />
132,3<br />
2,7 4,1 5,0 4,3 7,4 6,6 7,8 10,4 7,6<br />
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010<br />
Portugal UE 27<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
10º<br />
POSIÇÃO RELATIVA DE PORTUGAL<br />
FACE AOS 16 PAÍSES DA UE CONSIDERADOS<br />
8º 8º<br />
4º 4º<br />
1999-02 2000-03 2001-04 2002-05 2003-06 2004-07 2005-08 2006-09<br />
13º 13º<br />
8º<br />
7º 7º<br />
1999-02 2000-03 2001-04 2002-05 2003-06 2004-07 2005-08 2006-09<br />
5º<br />
POSIÇÃO RELATIVA DE PORTUGAL<br />
FACE AOS 16 PAÍSES DA UE CONSIDERADOS<br />
6º<br />
POSIÇÃO RELATIVA DE PORTUGAL<br />
FACE AOS 16 PAÍSES DA UE CONSIDERADOS<br />
14º 14º 14º 14º<br />
5º<br />
7º<br />
6º<br />
6º<br />
13º 13º 13º 13º 13º<br />
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010<br />
97
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
Marcas Comunitárias (por milhão de habitantes)<br />
47,2 45,2 45,4<br />
19,0 19,1 20,8<br />
VALOR DO INDICADOR<br />
81,1 80,0<br />
48,3 47,9 51,3<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
92,6<br />
112,5<br />
72,8<br />
124,4<br />
93,3<br />
146,4<br />
103,7<br />
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010<br />
Portugal UE 27<br />
Designs Comunitários (por milhão de habitantes)<br />
63,3<br />
15,8<br />
86,1<br />
30,5<br />
101,6<br />
42,6<br />
VALOR DO INDICADOR<br />
109,3<br />
57,6 55,9<br />
120,9 120,0<br />
75,3<br />
111,8<br />
115,9<br />
105,6<br />
81,7<br />
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010<br />
Portugal UE 27<br />
POSIÇÃO RELATIVADE PORTUGAL<br />
FACE AOS 16 PAÍSES DA UE CONSIDERADOS<br />
10º 10º 10º 10º 10º 10º 10º 10º 10º<br />
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010<br />
10º 10º 10º<br />
POSIÇÃO RELATIVA DE PORTUGAL<br />
FACE AOS 16 PAÍSES DA UE CONSIDERADOS<br />
9º<br />
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010<br />
11º<br />
8º<br />
6º<br />
8º<br />
98
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
INDICADORES DE OUTPUT<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
99
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
Produto Interno Bruto per capita (UE 27=100)<br />
100 100 100 100 100 100 100 100 100<br />
80 79<br />
VALOR DO INDICADOR<br />
77 79 79 79 78 80 81<br />
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010<br />
Portugal UE 27<br />
Produto Interno Bruto (taxa de variação em volume)<br />
2,7<br />
2,5<br />
2,1<br />
1,4<br />
1,7 1,7<br />
0,8<br />
VALOR DO INDICADOR<br />
0,5<br />
2,3<br />
0,7<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
2,7<br />
1,5<br />
2,2<br />
1,1<br />
0,6 0,3<br />
0,3 0,3<br />
1999-02 2000-03 2001-04 2002-05 2003-06 2004-07 2005-08 2006-09 2007-10<br />
Taxa de Emprego (%)<br />
68,8<br />
62,4<br />
68,1 67,8<br />
62,6<br />
63,0<br />
VALOR DO INDICADOR<br />
67,5<br />
63,5<br />
67,9 67,8<br />
64,5<br />
65,4<br />
Portugal UE 27<br />
68,2<br />
66,3<br />
65,8<br />
65,6<br />
64,5 64,1<br />
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010<br />
Portugal UE 27<br />
POSIÇÃO RELATIVA DE PORTUGAL<br />
FACE AOS 16 PAÍSES DA UE CONSIDERADOS<br />
12º 12º 12º 12º 12º<br />
13º 13º 13º<br />
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010<br />
10º<br />
POSIÇÃO RELATIVA DE PORTUGAL<br />
FACE AOS 16 PAÍSES DA UE CONSIDERADOS<br />
14º<br />
15º 15º<br />
16º 16º<br />
15º<br />
1999-02 2000-03 2001-04 2002-05 2003-06 2004-07 2005-08 2006-09 2007-10<br />
4º 4º 4º<br />
POSIÇÃO RELATIVA DE PORTUGAL<br />
FACE AOS 16 PAÍSES DA UE CONSIDERADOS<br />
6º 6º<br />
11º<br />
12º<br />
7º 7º 7º 7º<br />
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010<br />
7º<br />
100
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
Criação de Emprego (variação média anual)<br />
1,5<br />
1,0<br />
1,0<br />
0,8 0,4<br />
0,6<br />
0,6<br />
0,9<br />
-0,1 -0,1<br />
1999-02 2000-03 2001-04 2002-05 2003-06 2004-07 2005-08 2006-09 2007-10<br />
Taxa de Desemprego (%)<br />
8,9 9,1 9,2<br />
5,7<br />
7,1<br />
7,5<br />
VALOR DO INDICADOR<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
1,3<br />
0,0<br />
VALOR DO INDICADOR<br />
9,0<br />
8,6<br />
8,6<br />
8,3<br />
1,4<br />
0,2<br />
0,7<br />
-0,4<br />
0,1<br />
-0,9<br />
Portugal UE 27<br />
12,0<br />
10,6<br />
9,7<br />
8,9 8,5<br />
9,0<br />
7,2 7,1<br />
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010<br />
* valor estimado Portugal* UE 27<br />
Produtivi<strong>da</strong>de por Pessoa Emprega<strong>da</strong> (UE 27=100)<br />
71 71 70<br />
VALOR DO INDICADOR<br />
100 100 100 100 100 100 100 100 100<br />
73 73 74 73<br />
76 77<br />
2002 2003 2004 2005* 2006 2007 2008 2009 2010<br />
* quebra de série Portugal UE 27<br />
7º<br />
8º<br />
POSIÇÃO RELATIVA DE PORTUGAL<br />
FACE AOS 16 PAÍSES DA UE CONSIDERADOS<br />
9º<br />
11º<br />
15º 15º 15º 15º<br />
1999-02 2000-03 2001-04 2002-05 2003-06 2004-07 2005-08 2006-09 2007-10<br />
5º<br />
POSIÇÃO RELATIVA DE PORTUGAL<br />
FACE AOS 16 PAÍSES DA UE CONSIDERADOS<br />
7º 7º<br />
10º<br />
11º<br />
14º 14º<br />
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010<br />
POSIÇÃO RELATIVA DE PORTUGAL<br />
FACE AOS 16 PAÍSES DA UE CONSIDERADOS<br />
12º 12º 12º 12º 12º<br />
13º<br />
13º<br />
12º<br />
13º 13º 13º 13º<br />
2002 2003 2004 2005* 2006 2007 2008 2009 2010<br />
101
Relatório <strong>da</strong> Competitivi<strong>da</strong>de 2011<br />
Variação <strong>da</strong> Produtivi<strong>da</strong>de do Trabalho (variação média anual)<br />
1,9 1,9 1,9<br />
0,4 0,4<br />
0,6<br />
VALOR DO INDICADOR<br />
2,0 2,0<br />
0,8<br />
Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria<br />
1,5<br />
1,4<br />
1,0<br />
1,2<br />
0,7<br />
0,4 0,5<br />
2000-03 2001-04 2002-05 2003-06 2004-07 2005-08 2006-09 2007-10<br />
Grau de Abertura <strong>da</strong> Economia (% do PIB)<br />
34,5 33,9<br />
31,9 31,1<br />
35,1<br />
32,3<br />
VALOR DO INDICADOR<br />
36,8<br />
32,5<br />
39,3 39,8 41,1<br />
35,4 36,2<br />
37,5<br />
Portugal UE 27<br />
36,2<br />
31,8<br />
40,2<br />
34,5<br />
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010<br />
Portugal UE 27<br />
14º<br />
15º<br />
POSIÇÃO RELATIVA DE PORTUGAL<br />
FACE AOS 16 PAÍSES DA UE CONSIDERADOS<br />
14º 14º<br />
10º 10º<br />
2000-03 2001-04 2002-05 2003-06 2004-07 2005-08 2006-09 2007-10<br />
10º<br />
POSIÇÃO RELATIVA DE PORTUGAL<br />
FACE AOS 16 PAÍSES DA UE CONSIDERADOS<br />
11º 11º 11º 11º 11º 11º 11º 11º<br />
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010<br />
6º<br />
4º<br />
102