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Pai de bebé responde por homicídio qualificado - Região de Cister

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2 ESPAÇO PÚBLICO<br />

Editorial<br />

Alcobaça <strong>de</strong>ve romper com o actual<br />

contexto da divisão administrativa e<br />

política das regiões e pólos <strong>de</strong> turismo<br />

actuais e ser se<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma nova,<br />

convocação cultural e religiosa. A região<br />

ficava a ganhar e Portugal também.<br />

Alcobaça recorda, quando traz à opinião pública a<br />

memória dos doces conventuais, condimentos mais<br />

sensíveis e saborosos num tempo que quase só <strong>de</strong> coisas<br />

amargas se sabe falar. Os doces conventuais terão tido<br />

este ano uma presença e um sabor especiais, fazendo<br />

recordar os tempos em que os monges diligentes e tranquilos<br />

podiam conciliar o trabalho nos férteis campos<br />

da região, com os prazeres da comida bem temperada,<br />

regada e adoçada com os doces que ficaram conhecidos,<br />

como também conventuais.<br />

Alcobaça inova, puxando pelo que <strong>de</strong> melhor se fazia<br />

no passado, na perspectiva <strong>de</strong> com isso ajudar a construir<br />

um futuro melhor. Alcobaça lembra as suas raízes<br />

seguindo o caminho <strong>de</strong> alguns “gurus” da economia<br />

que recomendam a cada país, a cada território e local<br />

que <strong>de</strong>vem <strong>de</strong>senvolver economicamente as activida<strong>de</strong>s<br />

on<strong>de</strong> se têm melhores tradições. Alcobaça tem muito<br />

para fazer se quiser continuar a acreditar que tem nas<br />

suas seculares raízes boas razões para pensar o futuro,<br />

tanto no domínio da cultura e do conhecimento, como<br />

da economia, seja no sector industrial, criador e transformador,<br />

seja na Agricultura.<br />

Porque não criar uma feira (mostra) <strong>de</strong> produtos on<strong>de</strong> a<br />

tradição marca profundamente o concelho?<br />

Podia fazê-lo tanto no domínio da cerâmica <strong>de</strong>corativa<br />

como da agricultura. Podia tornar-se um centro <strong>de</strong> mostras<br />

<strong>de</strong> pequena dimensão, mas <strong>de</strong> excelência, capaz <strong>de</strong><br />

atrair milhares <strong>de</strong> visitantes, se construísse uma estratégia<br />

<strong>de</strong> comunicação a<strong>de</strong>quada.<br />

Alcobaça podia ainda inovar, criando no seu território<br />

um projecto <strong>de</strong> divulgação histórica e cultural. Seria, aliás,<br />

Alcobaça que <strong>de</strong>veria ter a “se<strong>de</strong>” duma região <strong>de</strong> Turismo,<br />

que se não po<strong>de</strong>ria chamar <strong>de</strong> Oeste nem <strong>de</strong> Leiria-Fátima.<br />

Outro nome se lhe <strong>de</strong>via dar. Alcobaça tem o mais antigo<br />

monumento arquitectónico, dos cinco que Portugal tem,<br />

classificados como património da Humanida<strong>de</strong>. O Mosteiro<br />

<strong>de</strong> Alcobaça recorda a fundação <strong>de</strong> Portugal. Tem, a cerca<br />

<strong>de</strong> 20 Km, o Mosteiro da Batalha que regista a criação<br />

<strong>de</strong> Portugal enquanto Estado, também ele património<br />

mundial, como é o Convento <strong>de</strong> Cristo a cerca <strong>de</strong> 50 Km,<br />

recordando a im<strong>por</strong>tância fundamental que teve a Or<strong>de</strong>m<br />

dos Templários na construção da Nação que hoje somos,<br />

particularmente reflectida na epopeia dos Desenvolvimentos.<br />

Perto ainda tem a cida<strong>de</strong> medieval <strong>de</strong> Óbidos e o Santuário<br />

da Nazaré e o Sítio. E nada longe entre a Batalha e<br />

Tomar, está Fátima, hoje um dos santuários mais visitados<br />

do mundo. E, <strong>por</strong> perto, está também Leiria e o seu Castelo.<br />

É <strong>por</strong> isso que se não po<strong>de</strong> perceber <strong>por</strong>quê tanta região<br />

ou pólo <strong>de</strong> Turismo. Bastava um com centro em Alcobaça. É<br />

uma questão <strong>de</strong> interesse nacional que podiam mobilizar<br />

não só os dirigentes políticos e sociais locais, mas toda a<br />

região. Ganhávamos todos com isso. Ganhava Portugal<br />

também. Deixar o Oeste com o Golfe e com o Surf, que nada<br />

tem a ver com a realida<strong>de</strong> histórica e religiosa <strong>de</strong> Portugal.<br />

Este jornal fica disponível para apoiar e apostar na i<strong>de</strong>ia.<br />

FÓRUM<br />

A região está melhor servida<br />

com unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> familiar?<br />

Timóteo <strong>de</strong> Matos<br />

Solicitador<br />

Aparentemente, a situação<br />

melhorou bastante, se<br />

tivermos em conta que, no<br />

essencial, acabaram as inaceitáveis<br />

filas <strong>de</strong> espera nas<br />

madrugadas <strong>de</strong> muitos dos<br />

utentes. No entanto, para que<br />

esta melhoria fosse possível,<br />

terão sido retirados médicos<br />

das urgências e os que os vieram<br />

substituir têm uma atitu<strong>de</strong><br />

mais distante dos utentes,<br />

como se rosto não tivessem.<br />

Além disso, tanto quanto sei,<br />

o custo com o pagamento da<br />

mão-<strong>de</strong>-obra médica é, agora,<br />

muito maior para o Hospital,<br />

já que tem <strong>de</strong> pagar mais cara<br />

a contratação <strong>de</strong>sses médicos.<br />

Tapa <strong>de</strong> um lado, <strong>de</strong>stapa<br />

do outro, esperemos que não<br />

se avizinhem novos ataques<br />

ao Serviço Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>,<br />

com vista ao avanço da tão<br />

propalada privatização.<br />

Foto da seMana<br />

Pieda<strong>de</strong> Neto<br />

animadora <strong>de</strong> rádio<br />

Em termos <strong>de</strong> tempo e <strong>de</strong><br />

filas intermináveis, que se<br />

viam fora <strong>de</strong> horas - o que era<br />

<strong>de</strong>sumano -, melhorou muito.<br />

É um ponto extremamente<br />

positivo que melhora a vida<br />

<strong>de</strong> quem se <strong>de</strong>sloca à Unida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> como dos profissionais<br />

que lá trabalham.<br />

Tenho ido à Unida<strong>de</strong> e noto<br />

que é sempre possível marcar<br />

consultas e que os horários<br />

<strong>de</strong> marcação são respeitados.<br />

Não há atrasos significativos.<br />

Além disso, há sempre<br />

a hipótese <strong>de</strong> ser atendido,<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente se é urgência<br />

ou não. A passagem <strong>de</strong><br />

centros <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> para unida<strong>de</strong>s<br />

humanizou os serviços<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />

DAnçArinos homEnAgEADos<br />

Bernardo Venceslau e Jessica Silva foram<br />

homenageados no intervalo do encontro<br />

entre o HC Turquel e a Biblioteca. Os<br />

jovens dançarinos celebraram a comemoração<br />

com uma das danças que os consagrou<br />

campeões nacionais do ranking <strong>de</strong><br />

juniores pelo clube <strong>de</strong> Turquel, nas modalida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> clássicas e latinas.<br />

QUINTA-FEIRA 25 NOVEMBRO 2010<br />

Tanto no concelho <strong>de</strong> Alcobaça como no da<br />

Nazaré, alguns centros <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> passaram<br />

para unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> familiar,<br />

garantindo cuidados médicos e <strong>de</strong><br />

enfermagem durante um maior período<br />

do dia e assegurando também que todos<br />

os utentes passariam a ter médico <strong>de</strong><br />

família. Acha que com esta alteração a<br />

situação melhorou?<br />

Eduardo Nogueira<br />

Economista<br />

Não tenho opinião formada<br />

em relação ao assunto <strong>por</strong>que<br />

continuo a ser utente <strong>de</strong> uma<br />

Extensão <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> tradicional.<br />

De qualquer forma, daquilo<br />

que ouço dizer <strong>de</strong> utentes<br />

<strong>de</strong> USF, o serviço parece ter<br />

padrões <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> mais<br />

elevados, que advêm <strong>de</strong><br />

uma forma <strong>de</strong> gestão mais<br />

próxima daquilo que acontece<br />

no privado. Ainda assim,<br />

ao que também vou sabendo,<br />

continuam a existir no nosso<br />

concelho, mesmo com<br />

USF, inúmeros utentes que<br />

não têm médico <strong>de</strong> família<br />

e outros que para o terem se<br />

vão inscrever em Tornada, em<br />

Caldas da Rainha. Um assunto<br />

a merecer atenção <strong>por</strong> parte<br />

da nossa autarquia. Não po<strong>de</strong>mos<br />

per<strong>de</strong>r massa crítica<br />

para o vizinho do lado.<br />

Henrique Silva<br />

Empresário<br />

Houve uma reorganização administrativa<br />

que assenta nessa<br />

premissa <strong>de</strong> garantir cuidados <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> permanentes aos utentes,<br />

mesmo em casos <strong>de</strong> ausência do<br />

seu médico <strong>de</strong> família. Esta reestruturação,<br />

após algum tempo<br />

<strong>de</strong> aplicação parece-me que veio<br />

restituir aos médicos a “obrigatorieda<strong>de</strong>”<br />

<strong>de</strong> proximida<strong>de</strong> com<br />

os seus utentes, trans<strong>por</strong>tando<br />

consigo o sentimento <strong>de</strong> ajuda<br />

em qualquer momento, tão<br />

necessária aos utentes quando<br />

acorrem às unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong>. Veio igualmente colocar<br />

alguma “pressão” profissional<br />

no cumprimento mais rigoroso<br />

e efectivo dos horários <strong>de</strong> trabalho.<br />

Os profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

estão a voltar à raiz, estando<br />

mais disponíveis para servir as<br />

populações, os utentes mais<br />

conscientes e educados quanto<br />

ao uso do serviço nacional<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e a profissão nobre<br />

<strong>de</strong> ser médico/enfermeiro, mais<br />

humanizada.

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