Retrofitting ganha força para ampliar capacidade e modernizar ...
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<strong>Retrofitting</strong> <strong>ganha</strong> <strong>força</strong><br />
<strong>para</strong> <strong>ampliar</strong> <strong>capacidade</strong><br />
e <strong>modernizar</strong> ElEs e ElAs<br />
Marcelo Furtado<br />
u<br />
ma atividade comum no<br />
setor de máquinas e equipamentos<br />
industriais, o retrofitting,<br />
palavra inglesa que<br />
significa reconversão e que<br />
na prática se traduz como<br />
modernização, começa a ser<br />
difundida também no mercado de tratamento<br />
de água e efluentes industriais.<br />
Embora ainda não seja tão usual como<br />
é em países europeus e nos Estados<br />
Unidos, a técnica já faz parte da carteira<br />
de ofertas de muitas empresas de engenharia<br />
do Brasil e, vez por outra, são<br />
concretizados projetos de reforma e de<br />
modernização/ampliação de estações de<br />
tratamento antigas.<br />
Não se pode negar, porém, que<br />
os primeiros casos de retrofitting são<br />
situações pontuais, em que a indústria<br />
se vê obrigada a recorrer a soluções<br />
inteligentes, <strong>para</strong> suportar ampliações<br />
produtivas, por causa da falta de área útil<br />
<strong>para</strong> duplicar fisicamente as estações.<br />
Usar novas tecnologias <strong>para</strong> dobrar a<br />
<strong>capacidade</strong> do tratamento, sem necessitar<br />
de obras civis, e aproveitando os<br />
reatores e tanques existentes, torna-se<br />
quase obrigação <strong>para</strong> essas empresas.<br />
De olho nessas demandas, que tendem<br />
40<br />
,<br />
a crescer nos próximos anos, as OEMs<br />
especializadas em água vão atrás de<br />
soluções <strong>para</strong> atender os clientes.<br />
Foi isso o que ocorreu, por exemplo,<br />
na unidade da indústria têxtil<br />
Coteminas, em Montes Claros, Minas<br />
Gerais. Em sua fábrica de lençóis de<br />
algodão, cuja produção com tingimento<br />
em corantes reativos dobraria a geração<br />
de efluentes em um plano de expansão,<br />
a empresa nacional precisaria também<br />
aumentar em 100% a <strong>capacidade</strong> da sua<br />
estação de lodos ativados convencional<br />
em operação desde 1994. Mas se continuasse<br />
o plano inicial aí encontraria<br />
seu primeiro grande dilema: seria necessário<br />
terreno igual <strong>para</strong> construir<br />
novos decantadores e tanques <strong>para</strong><br />
tratamento biológico, além de adensadores<br />
de lodo. Nessa conta, já alta por<br />
si só, seria acrescentada uma despesa<br />
extra bastante indesejada pela empresa<br />
do vice-presidente da República, José<br />
Alencar: a compra de um terreno vizinho<br />
<strong>para</strong> executar a obra.<br />
VRM - Com todas as dificuldades, a<br />
Coteminas resolveu encomendar estudo<br />
<strong>para</strong> retrofitting, <strong>para</strong> concentrar o<br />
tratamento na área instalada da antiga<br />
estação. Para atender a expansão da<br />
fábrica, o projeto necessitava suportar<br />
uma vazão não muito maior - de 150<br />
m 3 Jh, em com<strong>para</strong>ção com os 136 m 3 Jh<br />
até então gerados, já que o uso da água<br />
passou a ser mais racionalizado. Porém<br />
a carga passaria a ter DBO duplicado,<br />
de 1.060 mg/l <strong>para</strong> 2.400 mg/l, ou com<br />
8.640 kgDBO/dia, duas vezes e meia superior<br />
aos 3.460 kgDBO/dia recebidos<br />
no lodo ativado.<br />
Imediatamente, sob o suporte da<br />
Neotex Consultoria Ambiental, de São<br />
Paulo, a Coteminas passou a considerar<br />
o uso de tecnologias de membranas <strong>para</strong><br />
renovar a estação, no caso empregando<br />
o conceito de biorreatores a membranas.<br />
Aconsultoria, por sua vez, iniciou testes<br />
com dois tipos de tecnologias: a tubular<br />
com membranas cross-flow e uma outra,<br />
inédita no Brasil, da alemã Huber, que<br />
emprega um sistema de membranas<br />
planas de ultrafiltração com tecnologia<br />
rotativa e submersa denominado VRM<br />
(Vacuum Rotation Membrane).<br />
Segundo explicou a diretora de tecnologia<br />
e aplicação da Neotex, Elaine<br />
Conchon, depois de testes em escala piloto<br />
a decisão recaiu sobre a tecnologia<br />
da Huber, que se mostrou mais eficiente<br />
QuímlclB Derivados - j u I h o - 2 O 1 O
em termos de custo energético e de<br />
operação. No primeiro caso, o consumo<br />
de energia se mostrou bem baixo, de<br />
0,68 kwh por m' de água tratada, contra<br />
3,96 kwh das membranas de cross-flow.<br />
Já o outro ponto operacional, segundo<br />
Elaine, referiu-se à constatação do alto<br />
grau de entupimento das membranas da<br />
tecnologia tubular, que comprometiam<br />
a garantia de rendimento do tratamento<br />
e demandavam <strong>para</strong>das <strong>para</strong> limpeza<br />
(até duas por mês). Se já não bastasse,<br />
as membranas cross-flow, ao fim do tratamento,<br />
ainda necessitavam de suporte<br />
de ozônio <strong>para</strong> remover a cor do efluente<br />
têxtil, ao contrário da VRM.<br />
Menos energia - Na com<strong>para</strong>ção das<br />
tecnologias, em operações piloto de<br />
seis meses, o custo final do tratamento<br />
da Huber se mostrou muito mais vantajoso,<br />
de US$ 0,88 por m 3 contra US$<br />
1,23/m 3 do tubular. "Foi incontestável<br />
e decidimos pelo VRM", disse Elaine.<br />
Com partida em setembro de 2009, a<br />
planta conta com quatro tanques com os<br />
módulos em formato de tambor rotativo<br />
com diâmetro de 3 metros cada e com<br />
1.600 placas. Muito compactos, eles<br />
recebem o efluente do reator biológico<br />
2010 - julho - Qulmlca e Derivados<br />
em um pequeno espaço dentro da área<br />
da estação.<br />
O decantador antigo da Coteminas<br />
foi transformado em adensador de lodo e<br />
o adensador desativado em tanque de armazenamento<br />
da água de reúso. A nova<br />
Tecnologia VRM: ultrafiltração rotativa<br />
unidade <strong>para</strong> 150 m 3 fh remove 97% de<br />
DQO e 99% do DBO do efluente, respeitando<br />
com folga as metas do tratamento<br />
de DBO inferior a 250 mg/l, cor inferior<br />
a 300 mg PNI, turbidez menor que 0,3<br />
NTU e SST de O mg/l. Em breve, a<br />
41
TRATAMENTO DE ÁGUA<br />
água até então descartada será<br />
reaproveitada provavelmente<br />
nas torres de resfriamento.<br />
A tecnologia rotativa da<br />
Huber funciona como um carretel<br />
em que as membranas<br />
planas são afixadas formando<br />
um elemento cilíndrico e<br />
dispostas em <strong>para</strong>lelo. Cada<br />
módulo consiste em quatro<br />
placas de membranas, conectadas<br />
por um sistema de fácil<br />
manipulação, <strong>para</strong> permitir<br />
rápida remoção em caso de<br />
danificação. Os elementos em<br />
formato cilíndrico podem ser<br />
disponíveis em seis módulos,<br />
caso do modelo standard VRM<br />
20, ou em oito módulos, no<br />
VRM 30. Uma unidade rotativa<br />
pode contar com até 60<br />
elementos, quando a superficie<br />
de membranas chega a 2.880 m 2 •<br />
A operação rotativa da Huber começa<br />
com o enchimento do tanque, com<br />
a unidade de membranas, com lodo<br />
ativado vindo da estação de aeração.<br />
Após isso, a rotação da unidade se inicia<br />
com velocidade de uma a três voltas por<br />
minuto, o que cria um fluxo cruzado<br />
(cross-flow) na superficie da membrana<br />
e previne a formação de camadas biológicas.<br />
De forma adicional, a rotação cria<br />
42<br />
Elaine: VRM se mostrou mais viável do que<br />
tecnologia tubular<br />
turbulências na câmara de filtração e aí<br />
gera uma mistura intensa do efluente. Ao<br />
mesmo tempo, bolhas de ar grandes são<br />
injetadas por um eixo central, mantendo<br />
a superficie da membrana mais limpa.<br />
O processo de filtração funciona, de<br />
início, com a bomba do permeado criando<br />
uma pressão negativa dentro da placa<br />
da membrana. A água clarificada, nessa<br />
etapa, é succionada através da membrana<br />
por uma mangueira de coleta. Os<br />
o sistema de membranas planas a vácuo e rotativo dobrou ElE da Coteminas<br />
sólidos, germes e vírus que ficam<br />
impregnados na superficie das<br />
membranas são constantemente<br />
removidos pela rotação em<br />
cross-flow e pelo borbulhamento<br />
de ar. De formacíclica, depois de<br />
cada nove minutos de filtração,<br />
a bomba do permeado <strong>para</strong> por<br />
um minuto <strong>para</strong> permitir uma<br />
limpeza intensa da membrana,<br />
em um processo chamado de<br />
relaxation (relaxação).<br />
Além da unidade na<br />
Coteminas, a Neotex já fechou<br />
contrato <strong>para</strong> fazer retrofitting<br />
com a tecnologia VRM na indústria<br />
têxtil Canatiba, uma das<br />
maiores fabricantes de tecido<br />
denim do Brasil, em sua sede<br />
em Santa Bárbara D'Oeste-SP.<br />
Com estação de tratamento de<br />
efluentes de lodos ativados em<br />
operação desde 1988 - aliás, obra<br />
também da Neotex -, sua <strong>capacidade</strong><br />
atual de 90 m 3 fh precisará ser aumentada<br />
<strong>para</strong> 120 m 3 fh em projeto de expansão.<br />
"Da mesma forma, vamos usar o VRM<br />
<strong>para</strong> não precisar de mais terreno <strong>para</strong><br />
a ampliação, além de permitir o reúso<br />
dos efluentes pelo cliente, maior estabilidade<br />
do sistema e simplicidade<br />
operacional", concluiu Elaine Conchon.<br />
MBBR - Além da sofisticação do uso<br />
de membranas, no mercado de tratamento<br />
de água e efluentes, quando se<br />
fala em retrofitting uma tecnologia que<br />
vem muito em mente é aquela em que<br />
reatores biológicos são aperfeiçoados<br />
com o uso de peças plásticas (carriers,<br />
ou transportadores) <strong>para</strong> aumentar a superficie<br />
de contato, fazendo a biomassa<br />
se aderir a elas. Quando bem projetada,<br />
essa técnica pode quase duplicar a <strong>capacidade</strong><br />
de remoção de carga de estações<br />
de tratamento de efluentes.<br />
Aliás, esse conceito de retrofitting,<br />
por ser aparentemente simples, visto se<br />
basear na adição de peças plásticas no<br />
tanque biológico, teve até sua reputação<br />
abalada pela entrada no mercado de<br />
alguns aproveitadores. É o que explica<br />
José Corrêa Carmo Jr., consultor técnico<br />
da Centroprojekt, empresa de engenharia<br />
que possui acordo com a israelense<br />
Aqwise <strong>para</strong> uso da tecnologia de<br />
MBBR (Moving Bed Bio-Reactor, ou<br />
Qulmlca e Derivados· julho - 2010<br />
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TRATAMENTO DE ÁGUA<br />
Carmo: uso de carriers<br />
amplia remoção de carga<br />
biorreator de leito móvel) baseada<br />
em carriers de plástico especialmente<br />
projetados. "Depois que algumas tecnologias<br />
chegaram ao Brasil, muita<br />
gente passou a cortar conduíte e jogar<br />
nas estações, pensando que bastava<br />
isso <strong>para</strong> melhorar o tratamento", disse<br />
Corrêa.<br />
Com casos instalados em indústrias<br />
de celulose, onde de anos <strong>para</strong> cá<br />
houve muita expansão produtiva que<br />
gerou cargas orgânicas maiores nos<br />
efluentes, porém com mesmas vazões<br />
(em virtude dos processos estarem<br />
racionais no uso da água), o consultor<br />
ressalta que o retrofitting precisa ser<br />
bem calculado e contar com carriers<br />
de boa qualidade. As peças israelenses,<br />
segundo diz, aumentam a cada<br />
metro cúbico delas adicionadas no<br />
tanque cerca de 650 metros de área real<br />
de carga. "A biomassa se adere dentro<br />
da estrutura dela. Quando fica velha,<br />
se desprende, mantendo um ciclo contínuo<br />
que pode durar até trinta anos",<br />
completou. Os projetos de enchimento<br />
dos reatores com as peças variam de<br />
20% a 70% do volume do tanque.<br />
Segundo Carmo, um bom sistema<br />
precisa contar com peças com densidade<br />
ideal, que não afundem e nem<br />
flutuem no tanque. E isso precisa ser<br />
calculado com um projeto de injetores<br />
44<br />
de difusores de ar, com bolhas grossas<br />
ou finas, <strong>para</strong> manter a mistura correta.<br />
Ao contrário de sistemas concorrentes,<br />
complementa o consultor, o da israelense<br />
Aqwise funciona bem com a<br />
injeção de bolhas finas, que consomem<br />
até 40% menos energia por contar com<br />
melhor dissolução de oxigênio. "Mas<br />
se o cliente já tiver sistema com bolhas<br />
grossas, podemos utilizá-lo também",<br />
disse. Importante ainda <strong>para</strong> o bom<br />
funcionamento é a retenção hidráulica<br />
ser dimensionada de acordo com a<br />
carga a ser removida.<br />
O investimento nesse retrofitting<br />
é bem menor do que o feito, por<br />
exemplo, quando se usa membranas,<br />
tecnologia que a Centroprojekt<br />
também se especializou por meio de<br />
parceria com a japonesa Kubota. "Só<br />
é necessário um rearranjo do sistema<br />
de aeração, <strong>para</strong> incrementar a vazão<br />
de ar", disse. Tamanha simplicidade<br />
está fazendo a Centroprojekt oferecer<br />
a tecnologia <strong>para</strong> companhias de saneamento,<br />
sobretudo <strong>para</strong> as concessionárias<br />
privadas que assumem estações<br />
públicas antigas e passam a ter metas<br />
de ampliação de tratamento de esgotos.<br />
BioBob - Outra OEM ofertando tecnologia<br />
de retroffiting de sistema<br />
biológico é a Fluid Brasil, de Jundiaí-<br />
SP. Nesse caso, a retrofitting conta<br />
com parceria com outra nacional, a<br />
Bio Proj, de Ribeirão Preto-SP, que<br />
desenvolveu um transportador <strong>para</strong><br />
imobilização celular empregado com<br />
suporte de biomassa em sistemas<br />
biológicos. Denominado BioBob, de<br />
acordo com o gerente-comercial da<br />
Fluid, Francisco Faus, o sistema aumenta<br />
em até quatro vezes a eficiência<br />
do reator, podendo reduzir o tamanho<br />
dos tanques em plantas novas e aumentando<br />
a carga tratada em antigos,<br />
permitindo tratamentos anaeróbios ou<br />
aeróbios ou combinados.<br />
"Além disso, como a biomassa<br />
fica aderida no suporte de plástico<br />
e contida no reator, pode-se até dispensar<br />
decantadores e flotadores <strong>para</strong><br />
se<strong>para</strong>r o lodo do efluente", afirmou<br />
Faus. Nessas obras novas, existe até a<br />
possibilidade de construir reatores em<br />
formato de torres verticais, reduzindo<br />
a área necessária <strong>para</strong> o sistema.<br />
Os BioBobs, segundo Faus, uma<br />
QulAllea e Derivadas - julho - 2010<br />
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TRATAMENTO DE ÁGUA<br />
Simionato: retrofitting<br />
converte troca iônica<br />
pinas <strong>para</strong> alimentar a troca ionica.<br />
As resinas inertes, segundo explicou<br />
Simionato, são <strong>para</strong> ajudar no fluxo<br />
de alimentação e <strong>para</strong> evitar que as<br />
resinas do processo batam no espelho<br />
e quebrem. Durante a compactação e<br />
regeneração do leito, a camada inerte<br />
deixa que os sólidos em suspensão e as<br />
resinas quebradas saiam e que as resinas<br />
catiônicas e aniônicas fiquem retidas.<br />
As resinas no retrofitting precisam<br />
ser trocadas porque o sistema<br />
compacto opera com uniformidade de<br />
granulometria (600 micras), contra a<br />
variação muito grande das convencionais<br />
de 300 a 1.200 micras. "Se<br />
houver resinas finas, elas entopem<br />
as crepinas", explicou. Nas contas<br />
da Dow, havendo a possibilidade de<br />
aproveitamento da unidade antiga<br />
<strong>para</strong> a mudança, o projeto se paga<br />
rapidamente. Isso porque o leito compacto<br />
usa 50% menos regenerantes<br />
químicos, gera 50% menos efluentes<br />
e o tempo de regeneração cai pela<br />
metade. Além disso, a qualidade da<br />
água desmineralizada é muito melhor:<br />
a condutividade média na saída do<br />
leito aniônico é de 1 a 4 mS, contra<br />
10 a 20 mS do sistema convencional.<br />
No processo UpCore, a água de<br />
alimentação entra pelo distribuidor<br />
de crepinas da parte superior e passa<br />
pelo material inerte superior. Ao final<br />
48<br />
do ciclo de produção, inicia-se a regeneração<br />
<strong>para</strong> reativar a resina e fazer<br />
com que o processo limpe a resina de<br />
sólidos em suspensão. Essa etapa é<br />
feita por fluxo ascendente de água com<br />
<strong>força</strong> suficiente <strong>para</strong> compactar o leito<br />
até a parte superior. Na sequência, o<br />
regenerante é injetado de forma ascendente,<br />
sendo deslocado com água.<br />
Por fim, o leito se decanta e passa por<br />
lavagem rápida descendente de água.<br />
Com a remoção total dos sólidos em<br />
suspensão retidos na parte superior do<br />
leito durante a operação, assegura-se<br />
melhor rendimento do vaso compacto,<br />
com uma produtividade bem maior do<br />
que o sistema convencional.<br />
A outra alternativa de retrofitting<br />
da Dow é <strong>para</strong> membranas de osmose<br />
reversa. No caso, trata-se de processo<br />
mais simples: a troca de membranas por<br />
modelos mais modernos. O principal<br />
nesse sentido é a troca do carro-chefe<br />
da Dow, a membrana BW 30400, pela<br />
BW30xFR 400/341, de alta resistência<br />
ao fouling (incrustação), A novidade<br />
produz 10% mais de água, cerca de 43<br />
mvdia, e tem perrneado melhor. Seu<br />
espaçador, por meio de processo de<br />
enrolamento automatizado das folhas<br />
da membrana, pôde ter espessura maior,<br />
de 34 milésimos (o convencional tem<br />
28 milésimos). Isso fez com que fosse<br />
melhorada a resistência à incrustação<br />
das folhas, pois a água de entrada e<br />
suas impurezas ficam mais afastadas das<br />
sensíveis folhas. "E também as folhas<br />
de poliamida das membranas sofreram<br />
tratamento químico <strong>para</strong> aumentar a<br />
resistência", disse Sirnionato.<br />
A ideia, ao incentivar a troca das<br />
membranas mais resistentes ao pior<br />
problema da tecnologia no Brasil, a<br />
incrustação biológica, é fazer com<br />
que todo o mercado se renda às novas<br />
conquistas da pesquisa da Dow,<br />
melhorando a imagem da osmose<br />
reversa. "Com as novas membranas,<br />
com certeza dá <strong>para</strong> ter uma limpeza<br />
química a menos por ano e aumentar a<br />
sua vida útil", disse Simionato. Além<br />
desse modelo, a Dow também oferta<br />
a BW 30HR-440i, que apesar de ter o<br />
mesmo espaçador de 28 milésimos da<br />
tradicional, tem tratamento químico<br />
protetivo nas folhas. Sua diferença do<br />
outro novo modelo é ter 10% a mais de<br />
área de filtração .•<br />
Químicae Derivados· julho - 2010