O Lavrador - 527 (3957) 11 2018

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Grande em 1775.
Alguns oficiais cossacos tornaram-se nobres
russos, outros foram absorvidos pelo exército russo
ou estabelecidos na Turquia. Mais tarde, tanto a
Rússia quanto a Turquia usariam os descendentes
dos cossacos para formar unidades militares para
uso em guerras, mas depois de 1775 não havia
perspectiva de que os cossacos voltassem a formar
um Estado independente.
No final do século XIX, a Rússia havia
conquistado o controle da maior parte do que hoje
é a Ucrânia moderna, incluindo a Crimeia. Moscou
chamou as terras que os cossacos ucranianos
haviam governado nos séculos XVI e XVII de
“Pequena Rússia” (Malorossia) e “Nova Rússia”
(Novorossiya).
Visões diferentes
ХЛІБОРОБ – ЛИСТОПАД 2018 N.o 52 7 (3957) NOVEMBRO 2018
russos. Mas era tarde demais.
O influente poeta e escritor ucraniano Taras
Shevchenko, nascido em Cherkasy Oblast, no
Império Russo, que viveu de 1814 a 1861, refletiu
sobre o Tratado de Pereyaslav em um de seus
poemas. O bardo nacional da Ucrânia não tinha
dúvidas de que Khmelnytsky teria se arrependido de
assinadar o tratado, se soubesse o que viria a seguir.
“Se ao menos você, Bohdan, o bêbado,
pudesse olhar agora para Pereyaslav
E ficar boquiaberto com aquele forte arruinado
Você beberia e beberia muito!”
(Primeira estrofe de “If Only You, Bohdan the Drunk” de Taras
Shevchenko, publicada em 1859).
Fonte: (https://www.kyivpost.com/ukraine-politics/honest-history-treatyof-peryaslav-in-1654-ukraine-becomes-russian-vassal-for-337-years.
html)
Khmelnytsky, como chefe dos cossacos
zaporizianos, era uma figura chave na história da
Ucrânia. Ele uniu o povo ucraniano, ajudou-os a lutar
pela liberdade e criou um estado independente. Mas
sua decisão de aliar-se ao tsarismo da Rússia levou
a séculos de dominação da Ucrânia por Moscou.
Os historiadores diferem em suas visões
do tratado, em grande parte ao longo das linhas
nacionais.
Os acadêmicos russos e pró-russos sempre
estiveram confiantes de que o acordo era favorável
a todos: salvou a Ucrânia ortodoxa, enquanto dava à
Rússia a força para criar o Império Russo em 1721.
Os russos mantiveram o tratado em tão alta
consideração que, nos tempos soviéticos, em 1954,
como um presente para celebrar o 300º aniversário
do Tratado de Pereyaslav, transferiram a Criméia
para a Ucrânia soviética. Quando a Ucrânia se tornou
independente, a Crimeia continuou a fazer parte da
Ucrânia.
De acordo com a interpretação soviética, o
tratado resultou das aspirações dos cossacos de
formar uma união mais próxima com a Rússia, não
de seu desejo desesperado de um aliado militar
contra a Comunidade Polono-Lituana.
Os historiadores ucranianos, em contraste,
agora vêem o tratado de 1654 como o início da
dominação da Ucrânia pela Rússia, que mais de 300
anos transformou a Ucrânia em uma colônia russa.
Eles alegam que Hetman Khmelnytsky queria usar
a aliança com a Rússia para fortalecer os cossacos
zaporizianos, mas que a Rússia tinha seus próprios
planos ocultos para seus territórios - eles deveriam
ser fundidos à Rússia e ajudar a formar seu império.
Durante seus últimos anos, Khmelnytsky
escreveu cartas iradas ao czar, acusando-o de
quebrar o tratado Pereyaslav, o que sugere que ele
percebeu que, no fim, havia sido enganado pelos
Angela Merkel visita a Ucrânia: declarações
do Presidente Poroshenko
Em 1º de novembro, a chanceler alemã
Angela Merkel visitou Kiev . Esta é sua segunda
visita oficial à Ucrânia nos últimos quatro anos,
a anterior ocorreu em agosto de 2014. Merkel
participa das negociações internacionais sobre a
solução da situação no Donbass. Durante sua visita
em Kiev, a chanceler Merkel teve uma reunião com
o presidente Poroshenko e também se encontrou
com representantes do governo ucraniano e do
Parlamento. Angela Merkel e Petro Poroshenko
realizaram uma conferência de imprensa conjunta,
tendo várias perguntas de representantes da mídia.
Questões discutidas:
De acordo com o presidente Poroshenko,
eles discutiram a situação em Donbass e na Crimeia,
bem como os direitos humanos na Ucrânia.
“Acabar com a agressão russa foi
o tema principal em nossas negociações com a
chanceler. Também coordenamos nossos esforços
para condenar as falsas "eleições" no Donbass. Eles
não terão força legal, pois contradizem os acordos de
Minsk”, disse o presidente Poroshenko. Merkel disse
que a Alemanha tem um "plano de ação" na Ucrânia
e que a Rússia está “contradizendo os acordos de