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MANACORDA, Mario Alighiero. A educação no Oitocentos. In

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<strong>MANACORDA</strong>, <strong>Mario</strong> <strong>Alighiero</strong>. A <strong>educação</strong> <strong>no</strong> <strong>Oitocentos</strong>. <strong>In</strong> História da Educação – Da antiguidade aos<br />

<strong>no</strong>ssos dias.7ª ed. Rio de Janeiro: Cortez, 1999. pp. 269 – 310.<br />

necessidades da infância; bem como Maria Montessori 10 , que ao estudar os caminhos (metodologia) mais<br />

adequada para recuperar os a<strong>no</strong>rmais aproveitou os resultados na Casa del Bambi<strong>no</strong> (Roma, 1904) na<br />

<strong>educação</strong> dos <strong>no</strong>rmais (a construção de material educativo segundo princípios científicos descobertos na<br />

observação do comportamento da criança). Prevaleceu a perspectiva da psicologia científica da <strong>educação</strong><br />

da escola <strong>no</strong>va. A ligação psicologia trabalho assim foi expressa por Montessori: “Homens que têm mãos e<br />

não têm cabeças e homens que têm cabeças e não têm mãos igualmente não tem lugar na comunidade<br />

moderna.” (<strong>In</strong> <strong>MANACORDA</strong>, 1999, p. 307).<br />

6 A escola <strong>no</strong>rte americana.<br />

Para Manacorda foi <strong>no</strong>s Estados Unidos que a escola <strong>no</strong>va conseguiu conseguiu se projetar, não<br />

sem as dificuldades por conta da reação violenta contra as expansão (universalização) e por conta do “[...]<br />

<strong>no</strong>vo espírito que a animava.” (<strong>MANACORDA</strong>, 1999, p.. 308).<br />

Manacorda avisa que não tratará neste momento dos grandes textos de Horace Mann 11 , Peirce<br />

ou Baldwin, que marca a administração escolar e o pensamento pedagógico dos Estados Unidos dos<br />

<strong>Oitocentos</strong>.<br />

Para explicar a reação à expansão do ensi<strong>no</strong> tomou matéria do jornal Harper's Maganize, de<br />

Nova Iorque, publicada em outubro de 1874 <strong>no</strong> qual se denuncia dois mais violentos adversários do<br />

sistema público de ensi<strong>no</strong>: os sulistas e e católicos do <strong>no</strong>rte. Nos estados do sul, em especial Alabama,<br />

Georgia e Texas os democratas ao conquistarem o poder destruíram o sistema público de instrução<br />

instalado pelos republica<strong>no</strong>s, a ponto de “[...] até a grande maioria da população branca […] condenada a<br />

uma ig<strong>no</strong>rância perpétua.”. Na perseguição se deu “contra as escolas de cor e seus professores, a raiva de<br />

democracia sulista chegou a níveis de verdadeira loucura.”. No <strong>no</strong>rte os inimigos dos sistema público de<br />

instrução “[...] são só padres católicos roma<strong>no</strong>s. […] estrangeiros não acostumados Aos princípios da<br />

liberdade e do progresso america<strong>no</strong>s.” (HARPER'S MAGANIZE. <strong>In</strong> <strong>MANACORDA</strong>, 1999, p. 308).<br />

A condição do grande desenvolvimento da escola <strong>no</strong>rteamericana é apresentada por Manacorda<br />

<strong>no</strong> estudo do belga Omer Buyse, publicado em 1908 com o título Méthodes amercianes d'education<br />

générale et tecnique. Nesta obra o autor apresenta a <strong>educação</strong> americana significativamente diferente da<br />

tradição livresca, verbalista e autoritária que persistia na escola europeia. Sobre a escola <strong>no</strong>rteamericana<br />

expressou: “O ato físico precede o ato de pensar; as partes do ensi<strong>no</strong> para nós mais abstratas são<br />

apresentadas sob formas materiais e concretas, e exigem, para serem assimiladas, tanto a habilidade das<br />

mãos como a vivacidade do pensamento […] O ensi<strong>no</strong> secundário, que estabelece a passagem de<br />

dependência intelectual e moral da infância para as convicções individuais do adulto, processa-se de acordo<br />

com a mesma ideia e acentua o sistema da instrução através da ação.” ( BUYSE. <strong>In</strong> <strong>MANACORDA</strong>, 1999,<br />

p. 309).<br />

crianças. Sua pedagogia preconizava um modelo de ensi<strong>no</strong> não-autoritário e não-religioso. Em 1907, fundou a École de<br />

l’Ermitage, em Bruxelas, para crianças consideradas "<strong>no</strong>rmais", que se tor<strong>no</strong>u célebre em toda a Europa, e servia de espaço de<br />

experimentação para o próprio Decroly. A partir de então, viajou pela Europa e pela América, fazendo contatos com diversos<br />

educadores, entre eles o <strong>no</strong>rte-america<strong>no</strong> John Dewey (1859-1952). Decroly escreveu mais de 400 livros, mas nunca<br />

sistematizou seu método por escrito, por julgá-lo em construção permanente.<br />

10 Maria Montessori - médica e educadora, nasceu na Itália, em 1870 e morreu em 1952, na Holanda.<br />

11 Para uma melhor compreensão do pensamento de Horace Mann indicamos: OLIVEIRA, Luiz Antonio; MACHADO, Maria<br />

Cristina Gomes. Mann e sua contribuição para a escola pública na consolidação da sociedade democrática burguesa”. Anais da<br />

VIII Jornada do HISTEDBR (CD-ROM) : 07 a 08 de julho de 2008 – São Carlos / José Claudinei Lombardi, Marisa Bittar,<br />

Alessandra Arce (organizadores). -- Campinas, SP: FE/UNICAMP : HISTEDBR, 2008.

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