MANACORDA, Mario Alighiero. A educação no Oitocentos. In
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<strong>MANACORDA</strong>, <strong>Mario</strong> <strong>Alighiero</strong>. A <strong>educação</strong> <strong>no</strong> <strong>Oitocentos</strong>. <strong>In</strong> História da Educação – Da antiguidade aos<br />
<strong>no</strong>ssos dias.7ª ed. Rio de Janeiro: Cortez, 1999. pp. 269 – 310.<br />
antes da fábrica ou durante o trabalho. Marx e Engels abordaram o tema, e entendiam que às crianças se<br />
impôs um dupla jornada de trabalho que as esmagava pelos horas de trabalho e horas de escola.<br />
Criar escolas era o desafio dos países europeus, sobretudo em substituição ao aprendizado das<br />
escolas de artes e oficinas das antigas Corporações. É o aparecimento da escola <strong>no</strong>va. A escolaridade passa<br />
a ser compreendida como não necessária a todas as classes de produtores, em <strong>no</strong>vos conteúdos, sobretudo<br />
por meio da re<strong>no</strong>vação das Universidades para as ciências naturais e matemáticas. O <strong>no</strong>vo status do ensi<strong>no</strong><br />
superior se dá pelo estabelecimento de escolas de engenharia, fundamentais para a constituição da<br />
infraestrutura necessária aos <strong>no</strong>vos tempos da produção e circulação das mercadorias.<br />
Reforma além de Humboldt. “[...] conjunto diferenciado de especializações.”<br />
5 Renascimento da <strong>educação</strong> física (p. 288 – 289) ao adquirir condição de parte essencial na formação do<br />
homem, conforme a inspiração da Grécia Antiga (p.289) e não conforme o modelo cavalheiresco. Não se<br />
trata só de cuidados físicos só por conta do trabalho físico , mas de conformação para a moralidade do<br />
trabalho. Sobre o tema temos contribuições de Robert Owen, Pestalozzi, Marx. Na proposta de Marx de<br />
formação do homem numa condição onilateral, a <strong>educação</strong> física está incluída ao lado da instrução<br />
intelectual e tec<strong>no</strong>lógica, como condição conforme nas escolas de ginástica e exercícios militares.<br />
A proposta de Marx <strong>no</strong>s indica, a moda de Manacorda, que a <strong>educação</strong> física na escola já passava por<br />
esvaziamentos semelhantes aos que identificamos <strong>no</strong>s dias atuais.<br />
A proposta de Giacomo Leopardi (p. 289) …. cuidar do corpo é condição de cuidar do espírito. Ao se<br />
cuidar do corpo se cuida do espírito.<br />
As escolas de ginástica na Alemanha promoviam o renascimento do espirito nacional popular<br />
alemão. A YMCA 5 .<br />
O estabelecimento das Novas Olimpíadas estariam neste contexto....<br />
A valorização do corpo adquiriu inclusive uma compreensão democrática <strong>no</strong> medida em que “coloca<br />
o homem à disposição de se mesmo.” (p.289).<br />
II) A SEGUNDA METADE DO SÉCULO (XIX).<br />
1 Revoluções burguesas e reforma da instrução.<br />
Neste item Manacorda destaca a contribuição da Lei Casati na Itália, <strong>no</strong> rei<strong>no</strong> da Sardenha,<br />
durante gover<strong>no</strong> rei Vitório Emanuell II, em 1859, que se tor<strong>no</strong>u o texto fundamental da instrução italiana.<br />
Entre outros itens, preconizava: a administração e os graus da instrução pública (p.290). O princípio e<br />
organização da escola pública é a liberdade. A questão que se coloca aqui ao leitor é: como pode ser livre a<br />
instrução pública se é estatal?. Segundo Manacorda tratava-se de um sistema médio de liberdade.<br />
A universidade tinha os cursos de teologia, jurisprudência, medicina, ciências naturais e<br />
matemáticas, filosofias e letras. Boa parte dos cursos já existiam na Idade Média. Nos oitocentos estão<br />
marcados pelo progresso das ciências e letras, alterando conteúdos e ensinamentos.<br />
A instrução organiza-se em clássica e técnica. Na clássica ensinava-se gramática e literatura.<br />
Há <strong>no</strong>s ginásios e liceus o incremento dos conteúdos científicos.<br />
A instrução técnica retoma as escolas especiais (escolas das coisas). Manacorda lembra dos<br />
5 A Associação Cristã de Moços (comumente conhecido como YMCA ou simplesmente o Y), composta de federações nacionais<br />
que por sua vez estão filiadas à Aliança Mundial das ACMs. O objetivo da organização fundada em Londres em 6 de junho de<br />
1844 é a organização a prática de princípios cristãos por meio do desnevolvimento do corpo e mente. É de associação livre e<br />
independe de filiação de fé, classe social, idade ou gênero. A sede mudial está em Genebra (Suíça). Existe também na versão<br />
feminina (YWCA). Em suas origens tinha a função de oferecer abrigo, moradia barata para e segura para os cristãos viajantes.<br />
Os filantropo identificaram nela um espaço propcío para atividades físicas que protegeriam a juventudade do assédio do álcool,<br />
jogo e prostituição. E desta forma se contribuiria com a cidadania. No século XX assumira compromisso maior com a formação<br />
e cidadania, esfastando-se da insterpertação do cirsrianismo. A reunião na Exposição Mundial de Paris em 1855 resultou <strong>no</strong>s<br />
princípios básicos da instituição: o respeito a auto<strong>no</strong>mia local das sociedades YMCA, e o propósito de unir todos os jovens<br />
cristãos do sexo masculi<strong>no</strong> para expandir o Rei<strong>no</strong> de Deus.