16.04.2014 Views

Capitulo 17 Osmose reversa - Pliniotomaz.com.br

Capitulo 17 Osmose reversa - Pliniotomaz.com.br

Capitulo 17 Osmose reversa - Pliniotomaz.com.br

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> <strong>17</strong>- <strong>Osmose</strong> <strong>reversa</strong><<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 11 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

VOLUME II<<strong>br</strong> />

APROVEITAMENTO DE ÁGUA DE CHUVA<<strong>br</strong> />

<strong>17</strong>-1


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> <strong>17</strong>- <strong>Osmose</strong> <strong>reversa</strong><<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 11 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Capítulos<<strong>br</strong> />

Titulo<<strong>br</strong> />

<strong>17</strong> <strong>Osmose</strong> <strong>reversa</strong><<strong>br</strong> />

18 Grades, telas, peneiras e filtros<<strong>br</strong> />

19 First flush<<strong>br</strong> />

20 Automatização<<strong>br</strong> />

21 Noções de hidrologia<<strong>br</strong> />

22 Métodos de avaliação de custos<<strong>br</strong> />

23 Biodisco para águas cinzas claras<<strong>br</strong> />

24 Leis municipais<<strong>br</strong> />

25 Retrossifonagem<<strong>br</strong> />

26 Filtro de piscina<<strong>br</strong> />

27 Pesquisa so<strong>br</strong>e first flush Sartor e Boyd<<strong>br</strong> />

28 Bibliografia e livros re<strong>com</strong>endados<<strong>br</strong> />

<strong>17</strong>-2


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> <strong>17</strong>- <strong>Osmose</strong> <strong>reversa</strong><<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 11 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> <strong>17</strong> <strong>Osmose</strong> <strong>reversa</strong><<strong>br</strong> />

Semi-permeable mem<strong>br</strong>ane<<strong>br</strong> />

Pressure<<strong>br</strong> />

Concentrated<<strong>br</strong> />

Weak Soln<<strong>br</strong> />

Osmosis<<strong>br</strong> />

Reverse Osmosis<<strong>br</strong> />

<strong>17</strong>-3


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> <strong>17</strong>- <strong>Osmose</strong> <strong>reversa</strong><<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 11 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> <strong>17</strong>-<strong>Osmose</strong> <strong>reversa</strong><<strong>br</strong> />

<strong>17</strong>.1 Introdução<<strong>br</strong> />

A osmose é um processo natural conhecido há 200anos. Através de uma mem<strong>br</strong>ana semipermeável a<<strong>br</strong> />

água contida onde existe menor concentração passa para o de maior concentração.<<strong>br</strong> />

O inverso pode ser feito aplicando-se uma pressão fazendo que a água do local onde tem mais<<strong>br</strong> />

concentração passe para o que tem menos e é por isso que se chama osmose <strong>reversa</strong>, conforme Figura<<strong>br</strong> />

(<strong>17</strong>.2) e (<strong>17</strong>.6).<<strong>br</strong> />

As mem<strong>br</strong>anas são de acetato de celulose ou de poliâmidas, sendo que as primeiras possuem o<<strong>br</strong> />

problema de crescimento de microorganismos enquanto que a segunda não.<<strong>br</strong> />

As mem<strong>br</strong>anas de poliâmida usadas na osmose <strong>reversa</strong> são afetadas pelo cloro, e portanto, deve ser<<strong>br</strong> />

retirado todo o cloro da água a ser submetido a osmose <strong>reversa</strong>.<<strong>br</strong> />

A água pelo qual se quer passar nas mem<strong>br</strong>anas de osmose <strong>reversa</strong> são bombeadas a alta pressão<<strong>br</strong> />

em até 700mca sendo que para converter água do mar em água potável somente é aproveitado 10% da água<<strong>br</strong> />

que entra.<<strong>br</strong> />

Tabela <strong>17</strong>.1- Classificação da água de acordo <strong>com</strong> os sólidos totais dissolvidos (m/L)<<strong>br</strong> />

Classificação da água<<strong>br</strong> />

TDS<<strong>br</strong> />

(mg/L)<<strong>br</strong> />

Água doce < 1.000<<strong>br</strong> />

Água salo<strong>br</strong>a Entre 1000 e 5000<<strong>br</strong> />

Água altamente salo<strong>br</strong>a Entre 5000 e 15000<<strong>br</strong> />

Água salina Entre 15000 e 30000<<strong>br</strong> />

Água do mar Entre 30000 e 40000<<strong>br</strong> />

Fonte: WQA, 1995.<<strong>br</strong> />

Tabela <strong>17</strong>.2 – Porcentagem típica aproveitada usando osmose <strong>reversa</strong><<strong>br</strong> />

Aplicação<<strong>br</strong> />

Porcentagem de água aproveitada<<strong>br</strong> />

Água do mar para converter em água doce.


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> <strong>17</strong>- <strong>Osmose</strong> <strong>reversa</strong><<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 11 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Figura <strong>17</strong>.2- Principio da osmose <strong>reversa</strong><<strong>br</strong> />

Figura <strong>17</strong>.3- Filtro usado na osmose <strong>reversa</strong><<strong>br</strong> />

<strong>17</strong>-5


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> <strong>17</strong>- <strong>Osmose</strong> <strong>reversa</strong><<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 11 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Figura <strong>17</strong>.4- Exemplo de aplicação de osmose <strong>reversa</strong><<strong>br</strong> />

Figura <strong>17</strong>.5- Exemplo de aplicação em grande escala de osmose <strong>reversa</strong><<strong>br</strong> />

<strong>17</strong>-6


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 18- Grades, telas, peneiras e filtros<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 25 de fevereiro 2009 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 18<<strong>br</strong> />

Grades, tela, peneiras e filtros<<strong>br</strong> />

18-1


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 18- Grades, telas, peneiras e filtros<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 25 de fevereiro 2009 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Índice<<strong>br</strong> />

Seção<<strong>br</strong> />

Capítulo 18- Grades, telas, peneiras e filtros<<strong>br</strong> />

Titulo<<strong>br</strong> />

18.1 Introdução<<strong>br</strong> />

18.2 Grades<<strong>br</strong> />

18.3 Eficiência da grade<<strong>br</strong> />

18.4 Área livre da grade<<strong>br</strong> />

18.5 Largura do canal<<strong>br</strong> />

18.6 Perda de carga na grade<<strong>br</strong> />

18.7 Peneiras<<strong>br</strong> />

18.8 Aplicação em aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

18.9 Filtros<<strong>br</strong> />

18.10 Caixa feita in loco<<strong>br</strong> />

18.11 Caixa do first flush<<strong>br</strong> />

18.12 Bibliografia e livros consultados<<strong>br</strong> />

18-2


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 18- Grades, telas, peneiras e filtros<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 25 de fevereiro 2009 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Capítulo 18- Grades, telas, peneiras e filtros<<strong>br</strong> />

18.1 Introdução<<strong>br</strong> />

Com objetivo de reter materiais sólidos que estão no corpo de água usam-se grades,<<strong>br</strong> />

telas, peneiras e filtros. Há muita confusão so<strong>br</strong>e o uso de tais termos motivo pelo qual é<<strong>br</strong> />

sempre oportuno esclarecer alguns pontos obscuros.<<strong>br</strong> />

Primeiramente relem<strong>br</strong>amos que irá passar pelas grades e peneiras a água de chuva<<strong>br</strong> />

captada em telhados.<<strong>br</strong> />

18.2 Grades<<strong>br</strong> />

As grades podem ser classificadas em quatro tipos conforme Tabela (18.1).<<strong>br</strong> />

Tabela 18.1- Espaçamento entre as barras de grades<<strong>br</strong> />

Tipo de grade Polegadas Milímetros<<strong>br</strong> />

Grades grosseiras Acima de 1 ½” 40 a 100<<strong>br</strong> />

Grades médias ¾ a ½ 20 a 40<<strong>br</strong> />

Grades finas 3/8 a ¾ 10 a 20<<strong>br</strong> />

Grades ultrafinas ¼ a ¾ 3 a 10<<strong>br</strong> />

Fonte: Jordão et al, 2005<<strong>br</strong> />

As barras devem ser robustas para suportar os impactos e geralmente as seções<<strong>br</strong> />

transversais são retangulares e são instaladas em posição inclinada acima de 45º, sendo o<<strong>br</strong> />

mais re<strong>com</strong>endado inclinação entre 70º e 85º principalmente para grades finas e ultrafinas.<<strong>br</strong> />

As grades que trataremos serão fixas e que poderão ser retiradas para limpeza. A<<strong>br</strong> />

manutenção prevista é sempre manual.<<strong>br</strong> />

Velocidade<<strong>br</strong> />

Nas grades temos dois tipos de velocidade. A velocidade no canal à montante da<<strong>br</strong> />

grade (V) e a velocidade da água na própria grade (v) que geralmente é maior que V.<<strong>br</strong> />

A grade deve ser projetada para a máxima vazão de projeto Qmax e a velocidade na<<strong>br</strong> />

grade dever ser mínima de v=0,60m/s e máxima de v=1,00m/s conforme Jordão, 2005, mas<<strong>br</strong> />

segundo Dacach, 1991 as velocidades mínimas são v=0,40m/s a v=0,75m/s.<<strong>br</strong> />

Como suporemos que a limpeza da grade será manual, a perda de carga a ser<<strong>br</strong> />

considerada nos cálculos deve ser no mínimo de 0,15m, mesmo que encontremos nos<<strong>br</strong> />

cálculos perdas menores.<<strong>br</strong> />

Dica: a perda de carga mínima de uma grade ou peneira é de 0,15m.<<strong>br</strong> />

18.3 Eficiência da grade<<strong>br</strong> />

O termo eficiência E da grade é definido por:<<strong>br</strong> />

E= a / (a + t)<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

E= eficiência da grade (varia de 0 a 1)<<strong>br</strong> />

a= espaçamento entre as barras (cm)<<strong>br</strong> />

t= espessura das barras (cm)<<strong>br</strong> />

A eficiência nada mais é que a área livre da grade ou peneira. Assim uma peneira<<strong>br</strong> />

que tem eficiência de 0,40, quer dizer que tem 40% da área livre.<<strong>br</strong> />

18-3


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 18- Grades, telas, peneiras e filtros<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 25 de fevereiro 2009 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Exemplo 18.1<<strong>br</strong> />

Achar a eficiência de uma grade de 3/8” (t=0,95cm) <strong>com</strong> espaçamento a=1”=2,54cm.<<strong>br</strong> />

E= 2,54/ ( 2,54 + 0,95)= 0,728<<strong>br</strong> />

Portanto, temos 72,8% de área livre.<<strong>br</strong> />

18.4 Área livre da grade<<strong>br</strong> />

Sendo Dacach, 1991 temos:<<strong>br</strong> />

Au= Qmax / v<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

Au= área da secção da grade (m 2 )<<strong>br</strong> />

Qmax= vazão máxima de projeto (m 3 /s)<<strong>br</strong> />

v= vazão máxima na grade (m/s). Adotado entre 0,40m/s a 1,00m/s.<<strong>br</strong> />

A área S da grade será:<<strong>br</strong> />

S= Au / E<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

S= área da grade (m 2 )<<strong>br</strong> />

Au= Qmax/ v<<strong>br</strong> />

18.5 Largura do canal<<strong>br</strong> />

B= S / H<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

B= largura do canal (m)<<strong>br</strong> />

S= área da seção transversal (m 2 )<<strong>br</strong> />

H= altura do nível de água (m)<<strong>br</strong> />

Exemplo 18.2<<strong>br</strong> />

Calcular um canal para vazão máxima de 50 litros/segundo, considerando que será<<strong>br</strong> />

usada grade <strong>com</strong> espaçamento de 9,5mm e que a área livre da grade é de 42%.<<strong>br</strong> />

Qmax= 50 litros/s= 0,050m 3 /s<<strong>br</strong> />

Admitindo-se velocidade na grade de 0,50m/s teremos:<<strong>br</strong> />

Au= Qmax / v<<strong>br</strong> />

Au= 0,050 / 0,50 = 0,1m 2<<strong>br</strong> />

A área S da grade será:<<strong>br</strong> />

E= 42%= 0,42<<strong>br</strong> />

Au= 0,1m 2 S= Au / E = 0,1 / 0,42=0,24m 2<<strong>br</strong> />

Largura do canal<<strong>br</strong> />

B= S / H = 0,24 / H<<strong>br</strong> />

Admitindo H= 0,25m<<strong>br</strong> />

B= 0,24/ 0,25= 0,96m<<strong>br</strong> />

Portanto, o canal terá 0,96m de largura <strong>com</strong> 0,25m de altura.<<strong>br</strong> />

Como Q= S x V<<strong>br</strong> />

V= Q/ S= 0,050/ 0,24= 0,21m/s<<strong>br</strong> />

18-4


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 18- Grades, telas, peneiras e filtros<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 25 de fevereiro 2009 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

18.6 Perda de carga na grade<<strong>br</strong> />

Metcalf & eddy, 1991 re<strong>com</strong>enda para a estimativa da perda de carga na<<strong>br</strong> />

grade a seguinte equação:<<strong>br</strong> />

Hf= 1,43 ( v 2 – V 2 ) / 2g<<strong>br</strong> />

Sendo;<<strong>br</strong> />

Hf= perda de carga na grade (m)<<strong>br</strong> />

1,43= fator empírico determinado devido a turbulência<<strong>br</strong> />

v= velocidade na grade (m/s), sendo v>V<<strong>br</strong> />

V= velocidade à montante da grade (m/s)<<strong>br</strong> />

g= aceleração da gravidade= 9,81m/s 2<<strong>br</strong> />

Exemplo 18.3<<strong>br</strong> />

Determinar a perda de carga em uma grade que tem velocidade à montante V=<<strong>br</strong> />

0,21m/s e velocidade na grade v=0,50m/s<<strong>br</strong> />

Hf= 1,43 ( v 2 – V 2 ) / 2g<<strong>br</strong> />

Hf= 1,43 ( 0,50 2 – 0,21 2 ) / (2x 9,81) = 0,02m<<strong>br</strong> />

Portanto, a perda de carga será de 0,02m mas será admitido o mínimo de 0,15m,<<strong>br</strong> />

devido a limpeza ser manual.<<strong>br</strong> />

18.7 Peneiras<<strong>br</strong> />

Jordão et al, 2005 define peneira pela dimensão de 0,25mm a 6,00mm.<<strong>br</strong> />

Iremos tratar somente de peneiras estáticas.<<strong>br</strong> />

O dimensionamento de uma peneira é semelhante ao de uma grade, podendo<<strong>br</strong> />

a perda de carga ser calculada usando a equação do orifício <strong>com</strong> Cd=0,60 conforme<<strong>br</strong> />

Metcalf& Eddy, 1991.<<strong>br</strong> />

Hf= Q 2 / ( Cd x 2 x g x A 2 )<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

Hf= perda de carga localizada na peneira (m)<<strong>br</strong> />

Q= vazão máxima de projeto (m 3 /s)<<strong>br</strong> />

Cd= 0,60<<strong>br</strong> />

g= aceleração da gravidade = 9,81m/s 2<<strong>br</strong> />

A= área efetiva aberta da peneira que está submersa (m 2 )<<strong>br</strong> />

Exemplo 18.4<<strong>br</strong> />

Calcular a perda de carga localizada numa peneira feita de chapa metálica<<strong>br</strong> />

galvanizada <strong>com</strong> furos de 1,58mm <strong>com</strong> área livre de 40% (0,40) fornecido pelo fa<strong>br</strong>icante e<<strong>br</strong> />

vazão máxima de projeto de 0,050m 3 /s. O canal tem seção retangular de 0,96m por 0,25m<<strong>br</strong> />

de altura.<<strong>br</strong> />

A= 0,96 x 0,25 x 0,40 =0,096m 2<<strong>br</strong> />

Hf= Q 2 / ( Cd x 2 x g x A 2 )<<strong>br</strong> />

Hf= 0,050 2 / ( 0,60 x 2 x 9,81x 0,096 2 )= 0,02m<<strong>br</strong> />

18-5


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 18- Grades, telas, peneiras e filtros<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 25 de fevereiro 2009 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

18.8 Aplicação em aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

As peneiras usadas em aproveitamento de água de chuva nos Estados Unidos para<<strong>br</strong> />

uso de água não potável variam de 6,5mm a 13mm.<<strong>br</strong> />

Quando se tem um lugar por onde possa entrar mosquitos, usa-se peneira de<<strong>br</strong> />

0,955mm.<<strong>br</strong> />

Existem dispositivos encontrados no Brasil de patente alemã que tem objetivo de<<strong>br</strong> />

retenção de sólidos maiores que 0,27mm e apresentam a vantagem da <strong>com</strong>pactação do<<strong>br</strong> />

dispositivo, da limpeza automática e facilidade de manutenção, porém o alto custo o torna<<strong>br</strong> />

proibitivo em alguns casos.<<strong>br</strong> />

.<<strong>br</strong> />

Figura 7.8 – Dispositivo automático para autolimpeza da água de chuva <strong>com</strong> peneiras<<strong>br</strong> />

da firma Aquastock para área até 150m 2 que retém partículas acima de 0,28mm nos<<strong>br</strong> />

diâmetros de 75mm , 80mm e 100mm.<<strong>br</strong> />

Fonte: Aquastock<<strong>br</strong> />

18-6


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 18- Grades, telas, peneiras e filtros<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 25 de fevereiro 2009 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Figura 7.9- Dispositivo automático para autolimpeza da água de chuva <strong>com</strong> peneiras<<strong>br</strong> />

Vortex da Aquastock para área de 200m 2 , 500m 2 e 3000m 3 .<<strong>br</strong> />

Na Alemanha se re<strong>com</strong>enda que a água de chuva antes de entrar no reservatório<<strong>br</strong> />

tenha filtros de porosidade 0,2mm a 1,0mm. Re<strong>com</strong>enda ainda que a água antes de<<strong>br</strong> />

entrar no reservatório passe por uma câmara de detenção hidráulica conforme Joachim<<strong>br</strong> />

Zeisel, Rainwater Technology, 2001.<<strong>br</strong> />

18.9 Filtros<<strong>br</strong> />

Os filtros de pressão são aparelhos destinados a melhoria da qualidade da água<<strong>br</strong> />

para uso doméstico (NBR 14908/2002).<<strong>br</strong> />

A água que passará no filtro tem que ser potável obedecendo a Portaria nº 518/2004<<strong>br</strong> />

do Ministério da Saúde.<<strong>br</strong> />

O objetivo dos filtros são basicamente três:<<strong>br</strong> />

1. retenção de partículas,<<strong>br</strong> />

2. redução de cloro livre e<<strong>br</strong> />

3. redução de bactérias.<<strong>br</strong> />

Para redução de partículas as mesmas variam de 0,5µm a 80µm que geralmente os<<strong>br</strong> />

filtros instalados no ponto de entrada (cavalete) são de 20 µm e os instalados dentro da<<strong>br</strong> />

casa na cozinha são de 3µm a 5µm.<<strong>br</strong> />

18-7


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 18- Grades, telas, peneiras e filtros<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 25 de fevereiro 2009 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

18.10 Caixa feita in loco <strong>com</strong> telas<<strong>br</strong> />

Caso haja problema de custo ou de nivel para a instalação do filtro pré-fa<strong>br</strong>icado, a<<strong>br</strong> />

solução é fazer uma caixa <strong>com</strong> telas para a remoção dos sólidos grosseiros.<<strong>br</strong> />

A sugestão é usar duas telas, sendo a primeira <strong>com</strong> 9,5mm de vão livre, para reter<<strong>br</strong> />

folhas e os materiais mais grosseiros e outra <strong>com</strong> 1,58mm de abertura.<<strong>br</strong> />

1. Grade fina- primeira tela <strong>com</strong> chapa perfurada <strong>com</strong> furos redondos de 3/8”<<strong>br</strong> />

(9,5mm). Tamanho 2,00m x 1,00m <strong>com</strong> custo da peça de R$ 268,00, espessura de<<strong>br</strong> />

2mm e peso de 19kg.<<strong>br</strong> />

A galvanização elétrica custa R$ 1,50/kg. Abertura livre de 42%.<<strong>br</strong> />

Deverá estar ligeiramente inclinada de 70º a 85º.<<strong>br</strong> />

2. Segunda peneira de chapa <strong>com</strong>m abertura de 1,58mm no tamanho de 2,00m x<<strong>br</strong> />

1,00m <strong>com</strong> custo da peça de R$ 140,00, espessura de 0,7mm e vão livre de 40%.<<strong>br</strong> />

Deverá estar ligeiramente inclinada de 70º a 85º.<<strong>br</strong> />

Catumbi Telas<<strong>br</strong> />

Rua Catumbi, 861 Belenzinho São Paulo<<strong>br</strong> />

(11) 6291-4000<<strong>br</strong> />

18-8


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 18- Grades, telas, peneiras e filtros<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 25 de fevereiro 2009 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

18-9


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 18- Grades, telas, peneiras e filtros<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 25 de fevereiro 2009 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Exemplo 18.5 Caixa de alvenaria <strong>com</strong> as peneiras<<strong>br</strong> />

A velocidade na caixa admitida conforme Daccar: 0,40m/s a 0,75m/s, mas pode estar<<strong>br</strong> />

entre 0,60m/s a 1,00m/s.<<strong>br</strong> />

Adoto: V= 0,40m/s antes de atingir a peneira.<<strong>br</strong> />

Vazão = 50 litros/segundo (3000 litros/min)<<strong>br</strong> />

Diâmetro de entrada= 300mm<<strong>br</strong> />

Q= S x V<<strong>br</strong> />

S= Q / V= 0,050m 3 /s/0,40m/s = 0,13m 2 (seção do canal)<<strong>br</strong> />

Para a segunda tela<<strong>br</strong> />

Mas <strong>com</strong>o 40% é abertura livre para o menor furo da peneira:<<strong>br</strong> />

S= 0,13m 2 / 0,40= 0,33m 2<<strong>br</strong> />

Altura adotada: 300mm + 200mm= 500mm= 0,50m<<strong>br</strong> />

Area= 0,50 x largura= 0,33m 2<<strong>br</strong> />

Largura= 0,33/0,5m= 0,70m<<strong>br</strong> />

Adoto: 1,00m de largura da caixa.<<strong>br</strong> />

Perda de carga na segunda tela:<<strong>br</strong> />

Conforme fórmula de Metcalf e Eddy temos:<<strong>br</strong> />

Hf= 1,43 x (V 2 – v 2 )/2 g<<strong>br</strong> />

Q= S x v<<strong>br</strong> />

v= Q/S = 0,050m 3 /s/(1,00m x 0,50m)= 0,1m/s<<strong>br</strong> />

Área útil= Q / V<<strong>br</strong> />

V= Q/área útil= 0,050m 3 /s/(0,50 x 1,00 x0,40)= 0,25m/s<<strong>br</strong> />

Hf= 1,43 x (V 2 – v 2 )/ 2 g<<strong>br</strong> />

Hf= 1,43 x (0,25 2 – 0,1 2 )/(2x 9,81)= 0,05m<<strong>br</strong> />

Portanto a perda de carga na segunda tela é de 0,05m.<<strong>br</strong> />

Perda de carga na primeira tela<<strong>br</strong> />

Conforme fórmula de Metcalf e Eddy temos:<<strong>br</strong> />

Hf= 1,43 x (V 2 – v 2 )/2 g<<strong>br</strong> />

Q= S x v<<strong>br</strong> />

v= Q/S = 0,050m 3 /s/(1,00m x 0,50m)= 0,1m/s<<strong>br</strong> />

Área útil= Q / V<<strong>br</strong> />

V= Q/area útil= 0,050m 3 /s/(0,50 x 1,00 x0,42)= 0,24m/s<<strong>br</strong> />

Hf= 1,43 x (V 2 – v 2 )/2 g<<strong>br</strong> />

Hf= 1,43 x (0,24 2 – 0,1 2 )/(2x 9,81)= 0,04m<<strong>br</strong> />

Portanto a perda de carga na primeira tela é de 0,04m.<<strong>br</strong> />

A perda de carga na primeira tela é de 0,04cm e na segunda de 0,05m e teremos no<<strong>br</strong> />

total perda de 0,09m.<<strong>br</strong> />

Como a limpeza deverá ser manual consideramos a perda de carga mínima de<<strong>br</strong> />

0,15m, conforme re<strong>com</strong>endado por Jordão, 2005.<<strong>br</strong> />

18-10


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 18- Grades, telas, peneiras e filtros<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 25 de fevereiro 2009 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Comprimento da caixa<<strong>br</strong> />

Devido a evitar turbilhonamento deveremos ter antes e depois da peneira ou grade<<strong>br</strong> />

2xDm Sendo:<<strong>br</strong> />

Dm= altura média do nível de água (m)<<strong>br</strong> />

Assim sendo a altura Dm= 0,50m deveremos ter:<<strong>br</strong> />

2x Dm= 2 x 0,50m= 1,00m antes da peneira e depois da peneira.<<strong>br</strong> />

Então teremos para as duas peneiras o <strong>com</strong>primento de 3,00m.<<strong>br</strong> />

Orifício<<strong>br</strong> />

Q= Cd x A (2x g x h) 0,5<<strong>br</strong> />

D=0,30m<<strong>br</strong> />

Cd=0,62<<strong>br</strong> />

A= PI x D 2 /4 = 0,071m 2<<strong>br</strong> />

A altura h <strong>com</strong>eça no eixo do tubo até a superfície considerando a perda nas duas<<strong>br</strong> />

peneiras de 0,15m.<<strong>br</strong> />

h= 0,30/2 + 0,20 – 0,15= 0,336m= 0,20cm<<strong>br</strong> />

Q= 0,63 x 0,071m 2 x (2 x 9,81 x 0,2) 0,5 = 0,089m 3 /s >0,050m 3 /s OK.<<strong>br</strong> />

1,00<<strong>br</strong> />

Tela 9,5mm<<strong>br</strong> />

Tela<<strong>br</strong> />

1,58mm<<strong>br</strong> />

Altura<<strong>br</strong> />

caixa<<strong>br</strong> />

0,60m<<strong>br</strong> />

L= 3,00m<<strong>br</strong> />

Comprimento =<<strong>br</strong> />

2,00m<<strong>br</strong> />

Altura<<strong>br</strong> />

0,50+0,10m= 0,60m<<strong>br</strong> />

Largura<<strong>br</strong> />

1,00m<<strong>br</strong> />

18-11


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 18- Grades, telas, peneiras e filtros<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 25 de fevereiro 2009 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

18.11 Caixa do first flush<<strong>br</strong> />

Consideramos que para 1mm de precipitação, ou seja, 1 litros/m 2 de área de<<strong>br</strong> />

telhado seja lançado fora juntamente <strong>com</strong> a poeira que fica no telhado.<<strong>br</strong> />

Taxa adotada: 1,00 litro/m 2 de telhado<<strong>br</strong> />

Área do telhado para captação de chuva: 820m 2<<strong>br</strong> />

Volume do first flush= 820m 2 x 1,00litro/m 2 = 820litros= 0,82m 3<<strong>br</strong> />

Admitimos caixa <strong>com</strong> 0,50m de altura, largura de 1,00m e <strong>com</strong>primento será<<strong>br</strong> />

de:<<strong>br</strong> />

0,82m 3 /(0,50m x 1,00m)= 1,70m (<strong>com</strong>primento da caixa do first flush)<<strong>br</strong> />

Portanto, a caixa do first flush terá 1,00m de largura, profundidade de 0,50m<<strong>br</strong> />

abaixo da geratriz inferior da tubulação de PVC de 300mm e <strong>com</strong>primento de 1,70m<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> volume de 0,85m 3 de água de chuva.<<strong>br</strong> />

A água de chuva <strong>com</strong> a poeira do telhado, isto é, o first flush ocupará um<<strong>br</strong> />

volume de 0,85m 3 e deverá ser escoada em aproximadamente 10min, que é o tempo<<strong>br</strong> />

estimado geralmente para a retirada do first flush.<<strong>br</strong> />

A vazão de escoamento médio deverá ser:<<strong>br</strong> />

Q=0,85m 3 / 10min= 0,00142m 3 /s<<strong>br</strong> />

Usando a equação do orifício temos:<<strong>br</strong> />

Q= Cd x A (2x g x h) 0,5<<strong>br</strong> />

Cd= 0,62<<strong>br</strong> />

A altura h= 0,50/2= 0,25m<<strong>br</strong> />

0,00142m 3 /s= 0,62 x A x (2 x 9,81 x 0,25m) 0,5<<strong>br</strong> />

Onde achamos o valor de A.<<strong>br</strong> />

A=0,00103m 2<<strong>br</strong> />

A= PI x D 2 / 4<<strong>br</strong> />

0,00103= 3,1416 x D 2 / 4<<strong>br</strong> />

D= 0,036m<<strong>br</strong> />

O que equivale a um diâmetro de 1 ½”<<strong>br</strong> />

Portanto, a tubulação de saída deverá ser de 1 ½” .<<strong>br</strong> />

A saída de 1 ½” deverá estar sempre aberta e levada para o sistema<<strong>br</strong> />

de águas pluviais por uma tubulação de diâmetro mínimo de 100mm.<<strong>br</strong> />

Portanto, temos duas caixas, sendo a primeira separadora do first flush e a<<strong>br</strong> />

segunda para retenção de partículas sólidas através de peneiras.<<strong>br</strong> />

18-12


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 18- Grades, telas, peneiras e filtros<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 25 de fevereiro 2009 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

As duas poderão ser feitas numa única caixa.<<strong>br</strong> />

1,70<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

1,70m<<strong>br</strong> />

1,70<<strong>br</strong> />

11<<strong>br</strong> />

4,00m<<strong>br</strong> />

18-13


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 18- Grades, telas, peneiras e filtros<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 25 de fevereiro 2009 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

18.12 Bibliografia e livros consultados<<strong>br</strong> />

ABNT- ASSOCIAÇÂO BRASILEIRA DE NORMAS TÈCNICAS. Aparelho para<<strong>br</strong> />

melhoria da qualidade da água para uso doméstico- aparelho por pressão. NBR 14908 de<<strong>br</strong> />

novem<strong>br</strong>o de 2002.<<strong>br</strong> />

DACACH, NELSON GANDUR. Tratamento primário de esgoto. ISBN 85-7190-032-9.<<strong>br</strong> />

106 páginas, 1991.<<strong>br</strong> />

JORDAO, EDUARDO PACHECO E PESSÔA, CONSTANTINO ARRUDA.<<strong>br</strong> />

Tratamento de Esgotos domésticos. 4ª ed., 2005, ISBN 854-905545-1-1 , 906 páginas.<<strong>br</strong> />

METCALF&EDDY. Wastewater Enginneering- Treatment Disposal Reuse. McGraw-<<strong>br</strong> />

Hiull, Singapore, 1991, ISBN 0-07-100824-1, 1334 páginas.<<strong>br</strong> />

18-14


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 19-First flush<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 10e janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Capítulo 19- First flush<<strong>br</strong> />

19.1 Introdução<<strong>br</strong> />

O first flush existe quando a chuva cai num telhado seco num período mínimo<<strong>br</strong> />

de três dias. As pesquisas do first flush em áreas superficiais impermeáveis <strong>com</strong>o ruas e<<strong>br</strong> />

avenidas embora sejam poucas, ainda são maiores que as feitas em telhado para<<strong>br</strong> />

captação de água de chuva.<<strong>br</strong> />

Mostraremos as teorias do transporte de sólidos e as pesquisas feitas por Thomas<<strong>br</strong> />

e Martinson para o aproveitamento de água de chuva através de telhados.<<strong>br</strong> />

De modo geral as partículas possuem diâmetro que variam de 3μm a 250μm<<strong>br</strong> />

sendo 90% são menores que 45μm. Devido a isto os dispositivos atualmente vendidos<<strong>br</strong> />

no Brasil não retém o first flush, pois a malha mais fina tem 270μm (0,27mm).<<strong>br</strong> />

Relem<strong>br</strong>emos que na Alemanha, criadora dos dispositivos existentes no Brasil<<strong>br</strong> />

de aproveitamento de água de chuva, chove o ano todo, de maneira que não se cria<<strong>br</strong> />

muita sujeira no telhado e não há os intervalos que usualmente temos no Brasil de um<<strong>br</strong> />

mês, dois meses ou três meses sem nenhuma gota de água.<<strong>br</strong> />

Lem<strong>br</strong>emos ainda que a NBR 15527/07 deixa a critério do profissional o uso ou<<strong>br</strong> />

não do first flush, pois há casos em que não há necessidade de se fazer o first flush, mas<<strong>br</strong> />

há casos em que há riscos à saúde em que é necessário A decisão final fica a critério do<<strong>br</strong> />

profissional.<<strong>br</strong> />

Figura 19.1- Tamanho das partículas segundo a USEPA<<strong>br</strong> />

19.2 First flush<<strong>br</strong> />

Há aceitação universal da existência do first flush no sistema de captação de<<strong>br</strong> />

telhado das águas de chuva. A poeira, folhas e detritos ficam no telhado e quando chove<<strong>br</strong> />

há o arrastamento do mesmo em torno de 10min a 20min, dependendo da intensidade de<<strong>br</strong> />

detritos que está no telhado no mínimo em três dias secos consecutivos.<<strong>br</strong> />

Conforme Figura (19.2) podem-se observar amostras de águas pluviais de<<strong>br</strong> />

superfície impermeáveis dispostas segundo um relógio (figura de garrafas). No início<<strong>br</strong> />

existe pequena concentração; logo após a concentração é alta, para após alguns<<strong>br</strong> />

intervalos de tempo se reduzir substancialmente.<<strong>br</strong> />

19-1


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 19-First flush<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 10e janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Figura 19.2 - Amostradores de qualidade da água pluviais.<<strong>br</strong> />

Início da precipitação <strong>com</strong> a garrafa marrom (posição do relógio a 45min).<<strong>br</strong> />

Fonte: TUCCI, (2001)<<strong>br</strong> />

Há acordo universal de que esta água deve ser jogada fora e a mesma é<<strong>br</strong> />

denominada de first flush ou carga de lavagem ou primeira água. O desacordo mundial<<strong>br</strong> />

está em quantificar a água que deve ser jogada fora, se será 0,4mm ou 1mm ou 8,5mm.<<strong>br</strong> />

O Estado do Texas re<strong>com</strong>enda que o first flush seja de 0,4mm a 0,8mm, ou seja,<<strong>br</strong> />

0,4 litros/m 2 de telhado a 0,8 litros /m 2 de telhado. Dacach, 1990 usa 0,8 a 1,5 litros/m 2 .<<strong>br</strong> />

Na Flórida usa-se <strong>com</strong>umente 0,4litros/m 2<<strong>br</strong> />

Comparando-se o first flush nos telhados <strong>com</strong> o first flush nas ruas temos as<<strong>br</strong> />

seguintes observações:<<strong>br</strong> />

‣ De modo geral os telhados apresentam mais declividades que as ruas<<strong>br</strong> />

‣ De modo geral os telhados são feitos de diversos materiais, enquanto que na ruas<<strong>br</strong> />

são poucos tipos.<<strong>br</strong> />

‣ De modo feral dos telhados são mais lisos que as ruas.<<strong>br</strong> />

‣ De modo geral o tempo de concentração de um telhado é de 5min.<<strong>br</strong> />

19.3 Transporte de sedimentos<<strong>br</strong> />

Vamos recordar as teorias de Sartor e Boyd so<strong>br</strong>e transporte de sedimentos.<<strong>br</strong> />

O transporte de sedimentos está associado ao transporte de poluentes, o que nem<<strong>br</strong> />

sempre acontece. A teoria do transporte de sedimentos se dá através de uma curva<<strong>br</strong> />

exponencial, pois no inicio das precipitações o transporte de sedimentos é grande e<<strong>br</strong> />

depois vai abaixando e <strong>com</strong>o se supõe que o sedimento carrega consigo os poluentes,<<strong>br</strong> />

todos os poluentes vão sendo carreados. As pesquisas efetuadas mostraram que nem<<strong>br</strong> />

sempre isto é verdade, pois certos poluentes demoram mais para serem carreados.<<strong>br</strong> />

O polutograma ou polutógrafo é o gráfico do escoamento superficial para o<<strong>br</strong> />

transporte de sedimentos na unidade do tempo conforme exemplo da Figura (19.2).<<strong>br</strong> />

Há duas situações no transporte de sedimentos: a primeira é quando o sedimento<<strong>br</strong> />

está depositado (buildup) e depois o seu transporte (washoff).<<strong>br</strong> />

• A deposição dos sedimentos (buildup) é o processo pelo qual há<<strong>br</strong> />

acumulação da deposição seca nas áreas impermeáveis.<<strong>br</strong> />

• A lavagem (washoff) é o processo pelo qual a deposição seca acumulada<<strong>br</strong> />

é removível pela chuva e pelo runoff e é incorporada ao escoamento do<<strong>br</strong> />

fluido.<<strong>br</strong> />

19-2


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 19-First flush<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 10e janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Os sólidos suspensos são aqueles que podem ser removidos por amostras e<<strong>br</strong> />

baseado em processos existentes.<<strong>br</strong> />

19.5 Modelo de transporte de sedimentos<<strong>br</strong> />

Wanielista in AKAN, (1993) desenvolveu um modelo para transporte de<<strong>br</strong> />

sedimentos para áreas impermeáveis considerando a intensidade da chuva e a sua<<strong>br</strong> />

duração, bem <strong>com</strong>o a carga inicial de sedimentos e a textura do solo.<<strong>br</strong> />

–k . ra Δt<<strong>br</strong> />

P 2 = P 1 . e<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

P 1 = carga inicial do sedimento em kg no instante t 1<<strong>br</strong> />

P 2 = carga de sedimento em kg transportado na superfície no instante t 2 .<<strong>br</strong> />

k= constante de proporcionalidade ( /mm)<<strong>br</strong> />

ra= média do runoff em (mm/h) durante o intervalo de tempo Δt<<strong>br</strong> />

Δt= intervalo de tempo (h)<<strong>br</strong> />

e= 2,71828...<<strong>br</strong> />

ΔP = P 1 – P 2<<strong>br</strong> />

Concentração de poluentes<<strong>br</strong> />

C= ΔP x 1000 / ΔV<<strong>br</strong> />

C= concentração do poluente (mg/litro)<<strong>br</strong> />

ΔP =peso do sólido levado pelo escoamento superficial durante o tempo Δt (kg)<<strong>br</strong> />

ΔV =volume do escoamento superficial durante o tempo Δt (m 3 )<<strong>br</strong> />

Valor do expoente k<<strong>br</strong> />

O valor de k deverá ser obtido em campo, sendo isto re<strong>com</strong>endado por Pitt em<<strong>br</strong> />

1987. Os valores usuais de k estão na Tabela (19.1).<<strong>br</strong> />

Tabela 19.1- Valores de k para áreas impermeáveis e permeáveis.<<strong>br</strong> />

Transporte de<<strong>br</strong> />

sedimentos (washoff)<<strong>br</strong> />

Valores de k Sugestões dos<<strong>br</strong> />

autores<<strong>br</strong> />

Áreas impermeáveis 0,180/mm Wanielista, 1978 in<<strong>br</strong> />

Áreas permeáveis<<strong>br</strong> />

0,055/mm<<strong>br</strong> />

Akan, (1993)<<strong>br</strong> />

Fonte: AKAN, (1993).<<strong>br</strong> />

19-3


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 19-First flush<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 10e janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Polutógrafo- transporte de sedimentos<<strong>br</strong> />

Concentraçâo (mg/litro)<<strong>br</strong> />

2000<<strong>br</strong> />

1500<<strong>br</strong> />

1000<<strong>br</strong> />

500<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

0 0,5 1 1,5 2 2,5 3<<strong>br</strong> />

Tempo (h)<<strong>br</strong> />

Figura 19.2- Exemplo de Polutógrafo- transporte de<<strong>br</strong> />

sedimentos<<strong>br</strong> />

19.6 Polutógrafo segundo VORTECHNICS, (1997)<<strong>br</strong> />

VORTECHNICS, (1997) cita o modelo desenvolvido por Sartor e Boyd em<<strong>br</strong> />

1972 para transporte de sedimentos para áreas impermeáveis considerando a intensidade<<strong>br</strong> />

da chuva e a sua duração, bem <strong>com</strong>o a carga inicial de sedimentos e a textura do solo.<<strong>br</strong> />

–k . r. t<<strong>br</strong> />

P 2 = P 1 . e<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

P 1 = carga inicial do sedimento em kg no instante t 1<<strong>br</strong> />

P 2 = carga de sedimento em kg transportado na superfície no instante t 2 .<<strong>br</strong> />

k= constante de proporcionalidade ( /mm) sendo o valor típico k=0,18/mm conforme<<strong>br</strong> />

Tabela (19.2)<<strong>br</strong> />

r= intensidade da chuva (mm/h)<<strong>br</strong> />

t= tempo de duração da chuva (h)<<strong>br</strong> />

e= 2,71828...<<strong>br</strong> />

Tabela 19.2- Valores de k re<strong>com</strong>endados em VORTECHNICS, (1997)<<strong>br</strong> />

Transporte de<<strong>br</strong> />

sedimentos<<strong>br</strong> />

(washoff)<<strong>br</strong> />

Valores de k<<strong>br</strong> />

Diâmetros das<<strong>br</strong> />

partículas<<strong>br</strong> />

Sugestões dos<<strong>br</strong> />

autores<<strong>br</strong> />

Máximo 0,180/mm > 250 μm Sartor e Boyde<<strong>br</strong> />

Médio 0,103/mm 100 μm a 250 μm Novotny<<strong>br</strong> />

Mínimo 0,026/mm < 45 μm Novotny<<strong>br</strong> />

DICA- Pitt em 1987 re<strong>com</strong>enda que o valor de k deve ser obtido no projeto<<strong>br</strong> />

especifico.<<strong>br</strong> />

A VORTECHNICS, (1997) apresentou ainda o fator de avaliabilidade “A“ que<<strong>br</strong> />

leva em conta a intensidade da chuva para o transporte de sedimentos conforme estudos<<strong>br</strong> />

feitos por Novotny e Chesters em 1981. A Universidade do Texas em 1993 achou<<strong>br</strong> />

correlação positiva entre a carga de poluentes e a intensidade da chuva conforme<<strong>br</strong> />

documentado por Horner em 1990 in VORTECHNICS, (1997).<<strong>br</strong> />

19-4


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 19-First flush<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 10e janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

A= 0,057 + 0,04 x r 1,1<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

A= fator de avaliabilidade (adimensional) A≤1<<strong>br</strong> />

r= intensidade da chuva (mm/h)<<strong>br</strong> />

O valor máximo admitido de A=1 e para r=18mm/h. Então toda precipitação<<strong>br</strong> />

que tem intensidade maior que 18mm/h, o valor de A será igual a 1.<<strong>br</strong> />

Na equação<<strong>br</strong> />

P 2 = P 1 . e –k. r . t<<strong>br</strong> />

A intensidade da chuva é multiplicada pelo fator de avaliabilidade A.<<strong>br</strong> />

P 2 = P 1 . e<<strong>br</strong> />

–k . r. t . A<<strong>br</strong> />

(Se<<strong>br</strong> />

r>18mm/h então A=1)<<strong>br</strong> />

Exemplo 19.1<<strong>br</strong> />

Supondo precipitação de 2h na RMSP seguindo hietograma de Huff, primeiro quartil e<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> 50% de probabilidade e precipitação de Martinez e Magni de 1999, Tr= 10anos e<<strong>br</strong> />

usando k=0,103/mm. Supor que temos depositado 100kg de sedimentos antes da chuva.<<strong>br</strong> />

Achamos para 80% o valor de 20mm de precipitação acumulada.<<strong>br</strong> />

Tabela 19.3- Aplicação na RMSP de chuva de 2h para o transporte de sedimentos<<strong>br</strong> />

baseado em VORTECHNICS, (1997)<<strong>br</strong> />

Intensidade<<strong>br</strong> />

precipt<<strong>br</strong> />

r Duração Prof. AcumuladaFator A N Transporte cumulativo<<strong>br</strong> />

(mm) (h) (mm/h) (h) (mm) (%)<<strong>br</strong> />

0 0,04<strong>17</strong> 0 0,04<strong>17</strong> 0,00 0,06 100,0 0<<strong>br</strong> />

2,<strong>17</strong> 0,0833 51,94 0,04<strong>17</strong> 2,<strong>17</strong> 1,00 80,0 20,0<<strong>br</strong> />

2,<strong>17</strong> 0,1250 51,94 0,04<strong>17</strong> 4,77 1,00 64,0 36,0<<strong>br</strong> />

2,60 0,1667 62,33 0,04<strong>17</strong> 7,36 1,00 49,0 51,0<<strong>br</strong> />

2,60 0,2083 62,33 0,04<strong>17</strong> 11,77 1,00 37,5 62,5<<strong>br</strong> />

4,40 0,2500 105,62 0,04<strong>17</strong> 16,<strong>17</strong> 1,00 23,8 76,2<<strong>br</strong> />

4,40 0,29<strong>17</strong> 105,62 0,04<strong>17</strong> 21,66 1,00 15,1 84,9<<strong>br</strong> />

5,49 0,3333 131,59 0,04<strong>17</strong> 27,15 1,00 8,6 91,4<<strong>br</strong> />

5,49 0,3750 131,59 0,04<strong>17</strong> 30,90 1,00 4,9 95,1<<strong>br</strong> />

3,75 0,4167 90,03 0,04<strong>17</strong> 34,66 1,00 3,3 96,7<<strong>br</strong> />

3,75 0,4583 90,03 0,04<strong>17</strong> 38,41 1,00 2,3 97,7<<strong>br</strong> />

3,75 0,5000 90,03 0,04<strong>17</strong> 42,16 1,00 1,5 98,5<<strong>br</strong> />

3,75 0,54<strong>17</strong> 90,03 0,04<strong>17</strong> 44,55 1,00 1,0 99,0<<strong>br</strong> />

2,38 0,5833 57,14 0,04<strong>17</strong> 46,86 1,00 0,8 99,2<<strong>br</strong> />

2,31 0,6250 55,41 0,04<strong>17</strong> 48,74 1,00 0,6 99,4<<strong>br</strong> />

1,88 0,6667 45,02 0,04<strong>17</strong> 50,54 1,00 0,5 99,5<<strong>br</strong> />

1,81 0,7083 43,29 0,04<strong>17</strong> 52,13 1,00 0,4 99,6<<strong>br</strong> />

1,59 0,7500 38,09 0,04<strong>17</strong> 53,64 1,00 0,4 99,6<<strong>br</strong> />

1,52 0,79<strong>17</strong> 36,36 0,04<strong>17</strong> 54,66 1,00 0,3 99,7<<strong>br</strong> />

1,01 0,8333 24,24 0,04<strong>17</strong> 55,67 1,00 0,3 99,7<<strong>br</strong> />

1,01 0,8750 24,24 0,04<strong>17</strong> 56,68 1,00 0,3 99,7<<strong>br</strong> />

1,01 0,9167 24,24 0,04<strong>17</strong> 57,69 1,00 0,2 99,8<<strong>br</strong> />

1,01 0,9583 24,24 0,04<strong>17</strong> 58,63 1,00 0,2 99,8<<strong>br</strong> />

19-5


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 19-First flush<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 10e janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

0,94 1,0000 22,51 0,04<strong>17</strong> 59,49 1,00 0,2 99,8<<strong>br</strong> />

0,87 1,04<strong>17</strong> 20,78 0,04<strong>17</strong> 60,36 1,00 0,2 99,8<<strong>br</strong> />

0,87 1,0833 20,78 0,04<strong>17</strong> 61,23 1,00 0,2 99,8<<strong>br</strong> />

0,87 1,1250 20,78 0,04<strong>17</strong> 62,02 1,00 0,1 99,9<<strong>br</strong> />

0,79 1,1667 19,05 0,04<strong>17</strong> 62,81 1,00 0,1 99,9<<strong>br</strong> />

0,79 1,2083 19,05 0,04<strong>17</strong> 63,39 1,00 0,1 99,9<<strong>br</strong> />

0,58 1,2500 13,85 0,04<strong>17</strong> 63,97 0,78 0,1 99,9<<strong>br</strong> />

0,58 1,29<strong>17</strong> 13,85 0,04<strong>17</strong> 64,40 0,78 0,1 99,9<<strong>br</strong> />

0,43 1,3333 10,39 0,04<strong>17</strong> 64,84 0,58 0,1 99,9<<strong>br</strong> />

0,43 1,3750 10,39 0,04<strong>17</strong> 65,27 0,58 0,1 99,9<<strong>br</strong> />

0,43 1,4167 10,39 0,04<strong>17</strong> 65,70 0,58 0,1 99,9<<strong>br</strong> />

0,43 1,4583 10,39 0,04<strong>17</strong> 66,14 0,58 0,1 99,9<<strong>br</strong> />

0,43 1,5000 10,39 0,04<strong>17</strong> 66,57 0,58 0,1 99,9<<strong>br</strong> />

0,43 1,54<strong>17</strong> 10,39 0,04<strong>17</strong> 67,00 0,58 0,1 99,9<<strong>br</strong> />

0,43 1,5833 10,39 0,04<strong>17</strong> 67,43 0,58 0,1 99,9<<strong>br</strong> />

0,43 1,6250 10,39 0,04<strong>17</strong> 67,87 0,58 0,1 99,9<<strong>br</strong> />

0,43 1,6667 10,39 0,04<strong>17</strong> 68,30 0,58 0,1 99,9<<strong>br</strong> />

0,43 1,7083 10,39 0,04<strong>17</strong> 68,59 0,58 0,0 100,0<<strong>br</strong> />

0,29 1,7500 6,93 0,04<strong>17</strong> 68,88 0,39 0,0 100,0<<strong>br</strong> />

0,29 1,79<strong>17</strong> 6,93 0,04<strong>17</strong> 69,<strong>17</strong> 0,39 0,0 100,0<<strong>br</strong> />

0,29 1,8333 6,93 0,04<strong>17</strong> 69,46 0,39 0,0 100,0<<strong>br</strong> />

0,29 1,8750 6,93 0,04<strong>17</strong> 69,60 0,39 0,0 100,0<<strong>br</strong> />

0,14 1,9167 3,46 0,04<strong>17</strong> 69,75 0,21 0,0 100,0<<strong>br</strong> />

0,14 1,9583 3,46 0,04<strong>17</strong> 69,89 0,21 0,0 100,0<<strong>br</strong> />

0,14 2,0000 3,46 0,04<strong>17</strong> 70,03 0,21 0,0 100,0<<strong>br</strong> />

0,14<<strong>br</strong> />

72,20<<strong>br</strong> />

19.6 Polutógrafo segundo WANIELISTA, (1997).<<strong>br</strong> />

WANIELISTA, (1997) desenvolveu um modelo para transporte de sedimentos<<strong>br</strong> />

para áreas impermeáveis considerando a intensidade da chuva e a sua duração, bem<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o a carga inicial de sedimentos e a textura do solo.<<strong>br</strong> />

P 2 = P 1 . e –c . R<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

P 1 = carga inicial do sedimento no instante t 1 (kg)<<strong>br</strong> />

P 2 = carga de sedimento transportado na superfície no instante t 2 (kg).<<strong>br</strong> />

c= coeficiente de transporte que depende do poluente e do uso do solo (1/mm) que estão<<strong>br</strong> />

na Tabela (19.4).<<strong>br</strong> />

R= chuva excedente acumulada no tempo t (mm).<<strong>br</strong> />

t= intervalo de tempo (h)<<strong>br</strong> />

e= 2,71828...<<strong>br</strong> />

19-6


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 19-First flush<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 10e janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Exemplo 19.2<<strong>br</strong> />

Tabela 19-4- Coeficiente de transporte “c” segundo o uso do solo e o poluente em<<strong>br</strong> />

(/mm)<<strong>br</strong> />

Valores do coeficiente de transporte “c”<<strong>br</strong> />

Poluente<<strong>br</strong> />

(/mm)<<strong>br</strong> />

ResidencialEstradasComércioApartamentos<<strong>br</strong> />

Nitrogênio Total (NT) 0,111 0,088 0,104 0,081<<strong>br</strong> />

Fósforo total (PT) 0,104 0,091 0,108 0,065<<strong>br</strong> />

Carbono total (CT) 0,094 0,103 0,096 0,076<<strong>br</strong> />

Demanda Química de Oxigênio<<strong>br</strong> />

(DQO) 0,101 0,107 0,111 0,091<<strong>br</strong> />

Sólidos suspensos 0,103 0,080 0,108 0,1<strong>17</strong><<strong>br</strong> />

Chumbo total - 0,085 0,116 0,083<<strong>br</strong> />

Média 0,103 0,093 0,107 0,086<<strong>br</strong> />

Área (ha) 16,32 23,32 8,16 5,88<<strong>br</strong> />

AI (%) 6 18 98 44<<strong>br</strong> />

Tempo de concentração (min) 110 13 7 4<<strong>br</strong> />

Fonte: Wanielista and Yousef, 1993 in WANIELISTA, (1997)<<strong>br</strong> />

A Tabela (19.5) apresenta a aplicação de Wanielista usando valores médios de<<strong>br</strong> />

“c” e calculando a chuva excedente “R” para a fração desejada.<<strong>br</strong> />

Tabela 19.5- Chuva excedente obtida <strong>com</strong> dados de pesquisas de Wanielista e<<strong>br</strong> />

Yousef, 1993 in WANIELISTA, (1997).<<strong>br</strong> />

Fração do<<strong>br</strong> />

material<<strong>br</strong> />

transportado<<strong>br</strong> />

Coeficiente c<<strong>br</strong> />

adotado<<strong>br</strong> />

(/mm)<<strong>br</strong> />

Tipo de uso do<<strong>br</strong> />

solo<<strong>br</strong> />

Chuva<<strong>br</strong> />

excedente<<strong>br</strong> />

acumulada<<strong>br</strong> />

R<<strong>br</strong> />

(mm)<<strong>br</strong> />

Valor máximo<<strong>br</strong> />

da chuva<<strong>br</strong> />

excedente<<strong>br</strong> />

R<<strong>br</strong> />

(mm)<<strong>br</strong> />

0,103 Área residencial 16<<strong>br</strong> />

0,8<<strong>br</strong> />

(80%)<<strong>br</strong> />

0,093 Área em estradas <strong>17</strong><<strong>br</strong> />

0,107 Área <strong>com</strong>ercial 15<<strong>br</strong> />

0,086<<strong>br</strong> />

Área de prédios<<strong>br</strong> />

de apartamentos 19<<strong>br</strong> />

19<<strong>br</strong> />

Tendo o valor de “R” e de “c” podemos facilmente aplicar a Equação P 2 = P 1 . e –c . R<<strong>br</strong> />

19-7


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 19-First flush<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 10e janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

19.6 Pesquisas de Terry Thomas e Brett Martinson<<strong>br</strong> />

Os pesquisadores Thomas e Martinson quantificaram o fenômeno do first flush<<strong>br</strong> />

no seu trabalho publicado na University of Warwick Coventry- UK cujos valores estão<<strong>br</strong> />

resumidos na Tabela (19.6).<<strong>br</strong> />

Tabela 19.6- Valor de k obtido<<strong>br</strong> />

Tipo de cobertura do telhado<<strong>br</strong> />

Valor de k /mm<<strong>br</strong> />

Telhado <strong>com</strong> telhas cerâmicas longe da estrada 1,4<<strong>br</strong> />

Telhado de cerâmica perto da estrada 0,8<<strong>br</strong> />

Aço galvanizado perto da estrada 0,65 a 0,80<<strong>br</strong> />

Aço galvanizado longe da estrada 1,4<<strong>br</strong> />

Asbestos perto da estrada 0,8<<strong>br</strong> />

Asbestos longe da estrada 1,7<<strong>br</strong> />

Telhado revestido <strong>com</strong> asfalto perto da estrada 2,2<<strong>br</strong> />

Telhado revestido <strong>com</strong> asfalto longe da estrada 2,2<<strong>br</strong> />

Valor conservativo a adotar 0,7<<strong>br</strong> />

Fonte: Thomas e Martinson<<strong>br</strong> />

O valor mais conservativo que acharam foi k=0,7/mm que pode ser adotado na<<strong>br</strong> />

equação de Sartor e Boyd.<<strong>br</strong> />

–k . r. t<<strong>br</strong> />

P 2 = P 1 . e<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

P 1 = carga inicial do sedimento em kg no instante t 1<<strong>br</strong> />

P 2 = carga de sedimento em kg transportado na superfície no instante t 2 .<<strong>br</strong> />

k= constante de proporcionalidade ( /mm) sendo o valor típico k=0,7/mm<<strong>br</strong> />

r= intensidade da chuva (mm/h)<<strong>br</strong> />

t= tempo de duração da chuva (h)<<strong>br</strong> />

e= 2,71828...<<strong>br</strong> />

Os autores acharam ainda a Tabela (19.7) que deve ser aplicada da seguinte maneira:<<strong>br</strong> />

‣ O first flush do telhado existe somente após 3 dias de seca<<strong>br</strong> />

‣ Selecionar um valor de unidade de turbidez (uT) desejada, <strong>com</strong>o por exemplo,<<strong>br</strong> />

20 uT<<strong>br</strong> />

‣ Entrar na tabela <strong>com</strong> o valor do runoff. Exemplo casa seja 100 uT adotaremos<<strong>br</strong> />

para first flush de 1,5mm<<strong>br</strong> />

‣ O first flush deve ser lançado fora.<<strong>br</strong> />

19-8


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 19-First flush<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 10e janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Tabela 19.7- First flush re<strong>com</strong>endados conforme turbidez do runoff e turbidez<<strong>br</strong> />

desejada<<strong>br</strong> />

Unidade de Turbidez- uT<<strong>br</strong> />

Turbidez média do runoff 50 20 10 5<<strong>br</strong> />

(uT)<<strong>br</strong> />

50 0 1,5 2,5 3,5<<strong>br</strong> />

100 1 2,5 3,5 4,5<<strong>br</strong> />

200 2 3,5 4,5 5,5<<strong>br</strong> />

500 3,5 4,5 5,5 6,5<<strong>br</strong> />

1000 4,5 5,5 6,5 7,5<<strong>br</strong> />

2000 5,5 6,5 7,5 8,5<<strong>br</strong> />

Fonte: Thomas e Martinson,<<strong>br</strong> />

Dica: a água do first flush deverá ser descartada.<<strong>br</strong> />

Na Tabela (19.6) observamos que a turbidez desejada varia de 50uT a 5 uT e que<<strong>br</strong> />

quanto menor é o valor uT, maior será o first flush.<<strong>br</strong> />

19.7 Estimativa do first flush em telhados<<strong>br</strong> />

Conforme Schueler, 1987 se tomarmos 90% das precipitações durante um ano<<strong>br</strong> />

obteremos o valor do first flush que acarretará a deposição de 80% dos sólidos totais em<<strong>br</strong> />

suspensão (TSS). Para o município de Mairiporã na Região Metropolitana da Grande<<strong>br</strong> />

São Paulo obtivemos first flush P=25mm.<<strong>br</strong> />

Considerando que as pesquisas acharam para a limpeza dos telhados o tempo de<<strong>br</strong> />

10min a 20min. Adotaremos tc=20min<<strong>br</strong> />

Então podemos calcular a intensidade média de precipitação I em mm/h.<<strong>br</strong> />

I=P/tc = P/(20min/60)=25x60/20=75mm/h<<strong>br</strong> />

Exemplo 19.3<<strong>br</strong> />

Vamos considerar uma indústria <strong>com</strong> área de telhado de 1000m 2 e localizada em São<<strong>br</strong> />

Paulo.<<strong>br</strong> />

Cálculo da vazão conforme NBR 10844/89<<strong>br</strong> />

Q= I x A/60<<strong>br</strong> />

Adotando intensidade de chuva para período de retorno Tr=25anos temos: I=200mm/h<<strong>br</strong> />

Q= 200mm/h x 1000m 2 /60=3.333 L/min=55,6 L/s=0,0556 m 3 /s<<strong>br</strong> />

Coletor horizontal<<strong>br</strong> />

Material PVC<<strong>br</strong> />

Declividade mínima do coletor horizontal= 0,5%<<strong>br</strong> />

Consultando a Tabela (4.2) escolhemos tubo de diâmetro D=300mm de PVC.<<strong>br</strong> />

Taxa de acumulação<<strong>br</strong> />

Consideramos pesquisas feitas por Dotto, 2006 na Universidade Federal de<<strong>br</strong> />

Santa Maria mostraram alguns valores de sedimentos em superfícies asfálticas que<<strong>br</strong> />

adotaremos <strong>com</strong>o se fosse de telhado.<<strong>br</strong> />

Taxa de acumulação= 2 g/m 2 /dia<<strong>br</strong> />

19-9


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 19-First flush<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 10e janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Área de telhado= 1000m 2<<strong>br</strong> />

Carga P 1 = 1000m 2 x 2g/m 2 x dia=2000g/dia<<strong>br</strong> />

Consideremos que temos 3 (três) dias sem chuva.<<strong>br</strong> />

Carga P 1 = 2000g/dia x 3 dias= 6000g= 6kg<<strong>br</strong> />

Usaremos a equação de Sartor e Boyd.<<strong>br</strong> />

–k . r. t<<strong>br</strong> />

P 2 = P 1 . e<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

P 1 = carga inicial do sedimento em kg no instante t 1<<strong>br</strong> />

P 2 = carga de sedimento em kg transportado na superfície no instante t 2 .<<strong>br</strong> />

k= constante de proporcionalidade ( /mm)<<strong>br</strong> />

r= I= intensidade da chuva (mm/h). Supomos I=constante.<<strong>br</strong> />

t= tempo de duração da chuva (h)<<strong>br</strong> />

e= 2,71828...<<strong>br</strong> />

Cálculo da vazão Q<<strong>br</strong> />

Usaremos o Método Racional Q=CIA/360<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

A= área do telhado= 1000m 2 =0,1ha<<strong>br</strong> />

I= 75mm/h<<strong>br</strong> />

A=área em hectare= 1.000m 2 /10.000m 2 =0,1ha<<strong>br</strong> />

C=coeficiente de runoff=0,95<<strong>br</strong> />

Q=CIA/360= 0,95 x 75mm/hx 0,1ha/ 360=0,0198m 3 /s=19,8 L/s<<strong>br</strong> />

Cálculo do first flush do telhado<<strong>br</strong> />

First flush (mm )= t (min) x 60s x Q(m 3 /s) x 1000/área do telhado<<strong>br</strong> />

First flush (mm )= 0,25min x 60s x 0,0198m 3 /s x 1000/1000m 2 =0,30mm<<strong>br</strong> />

Adotaremos para a intensidade de chuva o valor de I=r=75mm/h e faremos o<<strong>br</strong> />

cálculo de P 2 no intervalo de 0,25min usando K=1,4/mm para telhas cerâmicas e<<strong>br</strong> />

obteremos para a remoção de 100% o valor 2,08mm.<<strong>br</strong> />

Para a primeira linha de remoção temos:<<strong>br</strong> />

–k . r. t<<strong>br</strong> />

P 2 = P 1 . e<<strong>br</strong> />

k=1,4<<strong>br</strong> />

r=I=75mm/h<<strong>br</strong> />

t= 0,004h=0,25min<<strong>br</strong> />

P 1 =6000g<<strong>br</strong> />

P 2 = 6000 . exp (-k.r.t)=6.000g x exp (-1,4 x 75mm/h x 0,004h)= 3.874,07g<<strong>br</strong> />

A remoção será:<<strong>br</strong> />

(P 1 -P 2 ) x 100/ P 1 = (6000-3874,07)x 100/6000=35,43%<<strong>br</strong> />

Usaremos sempre o valor de P 1 para as demais linhas.<<strong>br</strong> />

Para a próxima linha teremos:<<strong>br</strong> />

t=0,008h=0,50min<<strong>br</strong> />

P 2 = 6000 x exp (- 1,4 x 75 x 0,008)= 1615,10g<<strong>br</strong> />

(P 1 -P 2 ) x 100/ P 1 = (6000-1615,10)x 100/6000=73,08%<<strong>br</strong> />

19-10


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 19-First flush<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 10e janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Tabela 19.8- Cálculo do first flush do telhado cerâmico usando equação de<<strong>br</strong> />

Sartor e Boyd, 1972 e Método Racional<<strong>br</strong> />

Material telhado : cerâmica<<strong>br</strong> />

t<<strong>br</strong> />

Intensidade<<strong>br</strong> />

Equação de<<strong>br</strong> />

Sartor e Boyd<<strong>br</strong> />

Q=CIA/360<<strong>br</strong> />

First flush<<strong>br</strong> />

do telhado<<strong>br</strong> />

k ( /mm) (h) (min) (mm/h) P 2<<strong>br</strong> />

Removeu (%)<<strong>br</strong> />

r<<strong>br</strong> />

Material acumulado e<<strong>br</strong> />

Vazão de mm de chuva<<strong>br</strong> />

m gramas em 3dias<<strong>br</strong> />

pico (m 3 /s)<<strong>br</strong> />

1,4 0 0,00 0 6000,00 0,00 0 0,00<<strong>br</strong> />

1,4 0,004 0,25 75 3874,07 35,43 0,0198 0,30<<strong>br</strong> />

1,4 0,008 0,50 75 1615,10 73,08 0,0198 0,59<<strong>br</strong> />

1,4 0,013 0,75 75 434,76 92,75 0,0198 0,89<<strong>br</strong> />

1,4 0,0<strong>17</strong> 1,00 75 75,56 98,74 0,0198 1,19<<strong>br</strong> />

1,4 0,021 1,25 75 8,48 99,86 0,0198 1,48<<strong>br</strong> />

1,4 0,025 1,50 75 0,61 99,99 0,0198 1,78<<strong>br</strong> />

1,4 0,029 1,75 75 0,03 100,00 0,0198 2,08<<strong>br</strong> />

1,4 0,033 2,00 75 0,00 100,00 0,0198 2,38<<strong>br</strong> />

1,4 0,038 2,25 75 0,00 100,00 0,0198 2,67<<strong>br</strong> />

1,4 0,042 2,50 75 0,00 100,00 0,0198 2,97<<strong>br</strong> />

O volume da caixa do first flush para ser esvaziado é 1,75min quando todo o<<strong>br</strong> />

material for retirado do telhado <strong>com</strong> a vazão de 0,0198m 3 /s.<<strong>br</strong> />

V= Q x t= 0,0198m 3 /s x 1,75min x 60s =2,08m 3<<strong>br</strong> />

Fazendo os mesmos cálculos para valores de K para telhado em asbestos e em<<strong>br</strong> />

aço podemos fazer a Tabela (19.9).<<strong>br</strong> />

Tabela 19.9- Tabela resumo dos valores de K para diversos materiais e first flush<<strong>br</strong> />

Material do telhado<<strong>br</strong> />

Valor<<strong>br</strong> />

de<<strong>br</strong> />

First flush<<strong>br</strong> />

do telhado<<strong>br</strong> />

K/mm<<strong>br</strong> />

Valor médio de K 0,87 2,67mm<<strong>br</strong> />

Telhas cerâmicas 1,4 2,08mm<<strong>br</strong> />

Telhado de asbestos 1,7 1,78mm<<strong>br</strong> />

Telha de aço 1,4 2,08mm<<strong>br</strong> />

19-11


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 19-First flush<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 10e janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

19.8 Automatização<<strong>br</strong> />

Em Portugal a firma L.N. Neves www.lnaguas.pt tem sistema <strong>com</strong>pleto de<<strong>br</strong> />

automação e isto engloba inclusive o first flush cujo tempo poderá ser escolhido pelo<<strong>br</strong> />

usuário.<<strong>br</strong> />

Caso exista o sistema “First Flush”, terá que ser definido a temporização de<<strong>br</strong> />

abertura e fecho da válvula solenóide, podendo ser de 2 a 30 minutos (símbolo do<<strong>br</strong> />

reservatório <strong>com</strong> o relógio), conforme as áreas de coleta das águas da chuva.<<strong>br</strong> />

Esta situação ocorre sempre que esteja mais que 96 horas sem chuva. No caso de<<strong>br</strong> />

haver chuvas intermédias, será efetuado sempre um First-flush de 2 minutos, para retirar<<strong>br</strong> />

resíduos que possam ter caído na cobertura.<<strong>br</strong> />

19-12


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 19-First flush<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 10e janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

19.8 Bibliografia e livros consultados<<strong>br</strong> />

-DOTTO, CINTIA BRUM SIQUEIRA. Acumulação e balanço de sedimetnos em<<strong>br</strong> />

superfícies asfálticas em área urbana de Santa Maria-Rs. Dissertação de Mestrado,<<strong>br</strong> />

2006.<<strong>br</strong> />

http://www2.warwick.ac.uk/fac/sci/eng/research/dtu/rain/martinson-ff.pdf<<strong>br</strong> />

-THOMAS, TERRY E MARTINSON, BRETT. Quantifying the first flush<<strong>br</strong> />

phenomenon. 7 páginas. Acessado em 4 de setem<strong>br</strong>o de 2006 no site.<<strong>br</strong> />

-TOMAZ, PLINIO. Cálculos Hidrológicos e Hidráulicos para o<strong>br</strong>as municipais.<<strong>br</strong> />

Navegar, São Paulo, 475páginas.<<strong>br</strong> />

19-13


Aproveitamento de agua de chuva em areas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 20-Automatização<<strong>br</strong> />

Engenherio Plinio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 10 de janeiro de 2010<<strong>br</strong> />

Capítulo 20- Automatização<<strong>br</strong> />

20.1 Introdução<<strong>br</strong> />

Podemos usar o nome automação ou automatização. O primeiro vem do inglês<<strong>br</strong> />

“automation” e o segundo é um substantivo deverbial de “automatizar”.<<strong>br</strong> />

No Brasil usamos o sistema de abastecimento indireto, isto é, a água potável da rede pública<<strong>br</strong> />

vai para o reservatorio superior em uma residencia e em um predio, vai par o reservatóorio enterrado e<<strong>br</strong> />

depois é bombeada para o alto do predio, de onde é feita a distribuição. Nos paises do primeiro mundo<<strong>br</strong> />

não existem reservatorios domiciliares.<<strong>br</strong> />

Na Europa o uso da água de chuva em residencias e pequenos <strong>com</strong>ércios é tudo automatizado<<strong>br</strong> />

de uma maneira dispendiosa para uso no Brasil até o momento.<<strong>br</strong> />

Vamos apresentar texto de automação feita pela firma portuguesa L.N. Neves.<<strong>br</strong> />

20.2 Rain Water Control – Modelo RWC - 06<<strong>br</strong> />

O RWC (Controlador de águas da Chuva), é um equipamento destinado à gestão e controle<<strong>br</strong> />

do sistema de captação de água das chuvas. O RWC é fa<strong>br</strong>icada pela “L.N. ÁGUAS” e está equipado<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> microprocessador e painel de controle para <strong>com</strong>ando, regulação e monitorização de todo o sistema<<strong>br</strong> />

de captação das águas de chuva.<<strong>br</strong> />

O quadro é <strong>com</strong>posto por:<<strong>br</strong> />

Armário metálico de fa<strong>br</strong>ico “Himmel” ou similar <strong>com</strong> protecção IP54, pintado de cor RAL<<strong>br</strong> />

7020;<<strong>br</strong> />

Interruptor tetrapolar de corte geral;<<strong>br</strong> />

Disjuntor de protecção do circuito de <strong>com</strong>ando;<<strong>br</strong> />

Microprocessador <strong>com</strong> painel de informação e controlo retro iluminado;<<strong>br</strong> />

Transformador de alimentação 220v – 24V AC para electroválvula;<<strong>br</strong> />

Contactos secos de informação à distância (bomba a funcionar e avaria e alarmes);<<strong>br</strong> />

Transdutor de nível de 0 a 600 mA;<<strong>br</strong> />

Sonda de nível (2 pólos).<<strong>br</strong> />

O RWC incorpora 3 funções principais: Informação <strong>com</strong> Monitorização + Alarmes,<<strong>br</strong> />

Funcionamento e Programação.<<strong>br</strong> />

20.3 Painel RWC<<strong>br</strong> />

O painel do controlador faz a correspondência entre as funções e as respectivas teclas <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

desenhos:


Aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plinio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 10/janeiro/2010<<strong>br</strong> />

Rain Water Control<<strong>br</strong> />

RWC - 06<<strong>br</strong> />

Enchimento água chuva<<strong>br</strong> />

Nível de água reservatório 78%<<strong>br</strong> />

MANUAL<<strong>br</strong> />

NIVEL<<strong>br</strong> />

MAX<<strong>br</strong> />

MIN<<strong>br</strong> />

MENU<<strong>br</strong> />

ENTER<<strong>br</strong> />

Figura 20.1- Painel RWC<<strong>br</strong> />

20.4 Informação - Monitorização:<<strong>br</strong> />

Esta função permite monitorizar todo o funcionamento do sistema, dando a informação do estado<<strong>br</strong> />

em que se encontra, tais <strong>com</strong>o:<<strong>br</strong> />

‣ Modo de programação;<<strong>br</strong> />

‣ Chegada de água da chuva;<<strong>br</strong> />

‣ First Flush (pré-lavagem dos telhados);<<strong>br</strong> />

‣ Manutenção do sistema (filtros, sondas, electroválvula);<<strong>br</strong> />

‣ Enchimento do reservatório <strong>com</strong> indicação do nível em percentagem (%);<<strong>br</strong> />

‣ Abastecimento alternativo da Rede Pública <strong>com</strong> indicação do nível;<<strong>br</strong> />

‣ Overflow – Transbordo em percentagem (%);<<strong>br</strong> />

‣ Bomba a funcionar e avaria;<<strong>br</strong> />

‣ Falta de água;<<strong>br</strong> />

‣ Nível máximo e mínimo da água da rede em (%);<<strong>br</strong> />

‣ Avaria externa (fluxostato, electroválvula, sondas, etc).<<strong>br</strong> />

20.5 Funcionamento:<<strong>br</strong> />

O controlador funciona de modo a <strong>com</strong>andar todos os elementos que <strong>com</strong>põem o sistema,<<strong>br</strong> />

podendo ter dois modos de funcionamento, automático e manual.<<strong>br</strong> />

No funcionamento automático o sistema tem um ciclo, desde a chegada das chuvas até ao<<strong>br</strong> />

overflow (transbordo) e paragem do equipamento. Além disso permite gerir a programação efectuada<<strong>br</strong> />

de acordo <strong>com</strong> as necessidades, sem haver necessidade de manuseamento.<<strong>br</strong> />

No funcionamento manual, apenas funciona as funções que se pretende actuar,<<strong>br</strong> />

nomeadamente a selecção da recolha de água, podendo ser apenas da chuva, da rede pública ou misto.<<strong>br</strong> />

20-2


Aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plinio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 10/janeiro/2010<<strong>br</strong> />

Além disso, permite a abertura da válvula de abastecimento da rede, sem se ter de esperar pelo ciclo<<strong>br</strong> />

automático e <strong>com</strong>ando por nível.<<strong>br</strong> />

Alarmes:<<strong>br</strong> />

Visualização de alarmes informativos e acústicos no painel frontal, pelos seguintes motivos:<<strong>br</strong> />

‣ Chegada de água da chuva (informativo);<<strong>br</strong> />

‣ First-Flush – Entrada de água<<strong>br</strong> />

‣ Nível de enchimento pela da rede pública (informativo e acústico);<<strong>br</strong> />

‣ Manutenção do sistema (informativo e acústico);<<strong>br</strong> />

‣ Avaria da bomba (informativo e acústico);<<strong>br</strong> />

‣ Overflow – Transbordo em % (informativo);<<strong>br</strong> />

‣ Avaria externa (informativo e acústico);<<strong>br</strong> />

‣ Falta de água no reservatório – (informativo e acústico).<<strong>br</strong> />

Nota: Sempre que houver um alarme acústico associado a uma informação, o alarme pode desligar-se<<strong>br</strong> />

através da tecla no painel, mas mantém-se a informação, até ser resolvido o problema.<<strong>br</strong> />

20.6 Programação:<<strong>br</strong> />

Neste campo é que se programa os modos de funcionamento do sistema, <strong>com</strong> os tempos<<strong>br</strong> />

pretendidos e dimensionados a cada instalação.<<strong>br</strong> />

Antes de programar, terá que ser introduzido um código de acesso de 4 dígitos, para permitir<<strong>br</strong> />

que se introduza a programação desejada, para evitar alterações do programa.<<strong>br</strong> />

No caso de estar a executar a programação e não efectuar a confirmação na tecla “Enter”, ao<<strong>br</strong> />

fim de 1 minuto, volta ao programa inicial.<<strong>br</strong> />

• Configurar a instalação do seguinte modo:<<strong>br</strong> />

1. Definir a forma do abastecimento de água (chuva, rede ou misto) através das teclas indicativas<<strong>br</strong> />

no painel frontal do RWC.<<strong>br</strong> />

2. No caso de optar pela água da chuva (símbolo das gotas), apenas entra água da<<strong>br</strong> />

chuva no reservatório, mesmo que falta água para o abastecimento.<<strong>br</strong> />

3. No caso de optar pela solução mista, chuva e rede (símbolo <strong>com</strong> gotas e torneira),<<strong>br</strong> />

entra prioritariamente água da chuva e no caso de não haver mais água, <strong>com</strong>pensa<<strong>br</strong> />

o abastecimento <strong>com</strong> água da rede pública.<<strong>br</strong> />

4. No caso de optar apenas pela solução de água da rede (símbolo da torneira), entra<<strong>br</strong> />

apenas água da rede pública, até ao nível estabelecido de <strong>com</strong>pensação. Varia<<strong>br</strong> />

entre 10% até 30%<<strong>br</strong> />

5. Caso exista o sistema “First Flush”, terá que ser definido a temporização de<<strong>br</strong> />

abertura e fecho da válvula solenóide, podendo ser de 2 a 30 minutos (símbolo do<<strong>br</strong> />

reservatório <strong>com</strong> o relógio), conforme as áreas de recolha das águas da chuva. Esta<<strong>br</strong> />

situação ocorre sempre que esteja mais que 96 horas sem chuva. No caso de haver chuvas<<strong>br</strong> />

intermédias, será efectuado sempre um First-flush de 2 minutos, para retirar resíduos que<<strong>br</strong> />

possam ter caído na cobertura.<<strong>br</strong> />

20-3


Aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plinio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 10/janeiro/2010<<strong>br</strong> />

6. Temporizar o tempo de “overflow” transbordo, para permitir retirar a bio-camada existente na<<strong>br</strong> />

superfície da água, e dar o alarme indicativo a informar so<strong>br</strong>e a situação. Com esta situação e<<strong>br</strong> />

no caso de o depósito estar cheio, o tempo de entrada de água será controlado. Está<<strong>br</strong> />

temporizado 15 minutos.<<strong>br</strong> />

7. Afinar o transdutor de nível para indicação da altura de água no reservatório,<<strong>br</strong> />

sendo este que vai informar o valor percentual da água existente (tecla de nível).<<strong>br</strong> />

0 a 100%<<strong>br</strong> />

NIVEL<<strong>br</strong> />

8. Também ajusta o nível mínimo e máximo pretendido, para podermos<<strong>br</strong> />

definir a protecção contra falta de água na bomba, nível de entrada e<<strong>br</strong> />

fecho de água da rede pública, (teclas de torneira MAX e MIN).<<strong>br</strong> />

MAX<<strong>br</strong> />

MIN<<strong>br</strong> />

9. Definir o tempo de manutenção preventiva para limpeza do filtro e verificação do<<strong>br</strong> />

sistema, podendo definir 30, até 120 dias.<<strong>br</strong> />

20.7 Outras funções:<<strong>br</strong> />

Efetuar o abastecimento do reservatório através da rede pública manualmente, sem<<strong>br</strong> />

ter que esperar pela indicação de nível, tendo apenas que carregar na tecla<<strong>br</strong> />

adequada. No caso de o nível de água ser superior ao definido, a válvula nunca<<strong>br</strong> />

a<strong>br</strong>e.<<strong>br</strong> />

MANUAL<<strong>br</strong> />

Anular manualmente o alarme acústico, sem anular a informação escrita desse<<strong>br</strong> />

alarme, carregando apenas na tecla adequada.<<strong>br</strong> />

A tecla MENU, permite selecionar o programa que vamos programar, bem <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

ter acesso ao código de 4 dígitos.<<strong>br</strong> />

MENU<<strong>br</strong> />

Introdução de valores positivos ou negativos para afinação dos níveis<<strong>br</strong> />

ou tempos e dos códigos de segurnaça, carregando nas teclas indicadas.<<strong>br</strong> />

Confirmação e validação de todos os dados introduzidos para a programação,<<strong>br</strong> />

através da tecla adequada.<<strong>br</strong> />

ENTER<<strong>br</strong> />

Acessórios que <strong>com</strong>plementam o Rain Water Control:<<strong>br</strong> />

‣ Sonda de nível para indicação de chegada de água ao tanque de pré-lavagem (firstflush);<<strong>br</strong> />

‣ Válvula solenóide Rede, normalmente fechada, alimentada a 24v AC; - Opcional<<strong>br</strong> />

20-4


Aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plinio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 10/janeiro/2010<<strong>br</strong> />

‣ Transdutor de nível para colocação no reservatório <strong>com</strong> sinal 4 a 20mA;<<strong>br</strong> />

‣ Válvula solenoide normalmente fechada, <strong>com</strong> tensão a 24v;<<strong>br</strong> />

‣ Válvula motorizada para sistema de “First-flush” – Opcional.<<strong>br</strong> />

Figura 20.2- Foto de evento em Lisboa sendo a esquerda o dr. Luiz Neves e Plinio Tomaz à direita e no fundo o<<strong>br</strong> />

sistema automatizado criado por Luiz Neves. A direita o sistema de automatização alemão de grande proporções<<strong>br</strong> />

mas não tão bom quanto o português.<<strong>br</strong> />

20-5


Aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plinio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 10/janeiro/2010<<strong>br</strong> />

Figura 20.3-Equipamento criado pelo dr. Luiz Neves<<strong>br</strong> />

www.lnaguas.pt<<strong>br</strong> />

20-6


Aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plinio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 10/janeiro/2010<<strong>br</strong> />

20.7 Diagrama de blocos<<strong>br</strong> />

Na Figura (20.4) temos um diagrama de bloco que mostra o funcionamento do sistema de aproveitamento<<strong>br</strong> />

de água de chuva desde o inicio até o fim.<<strong>br</strong> />

Figura 20.4- Diagrama de bloco<<strong>br</strong> />

Explicação do diagrama de bloco<<strong>br</strong> />

O diagrama de blocos tem o inicio e o fim bem definidos.<<strong>br</strong> />

No inicio do captamos a água de chuva de telhados e decidimos se queremos usar uma peneira<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>ercial tipo vortex fornecida pelas filiadas alemãs no Brasil ou usar peneiras de 6mm a 13mm,<<strong>br</strong> />

20-7


Aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plinio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 10/janeiro/2010<<strong>br</strong> />

Caso se queira usar peneiras <strong>com</strong>erciais de 0,27mm, temos depois que fazer duas opções que é<<strong>br</strong> />

a água de chuva ir para a caixa de first flush ou não. Dependendo do uso a água de chuva vai para o<<strong>br</strong> />

reservatório de acumulação.<<strong>br</strong> />

Voltando quando a água passou pela peneira de 6mm até 13mm e pela caixa do first flush a<<strong>br</strong> />

agua de chuva vai para o reservatório.<<strong>br</strong> />

Do reservatório o ideal é que a água de chuva passe por um filtro de areia de pressão conhecido<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o filtro de piscina. Desta maneira serão removidos 100% dos coliformes totais e termotolerantes<<strong>br</strong> />

atendendo a NBR 15.527/07.<<strong>br</strong> />

Após a água passar pelo filtro de piscina irá para um reservatório de água tratada onde após<<strong>br</strong> />

desinfeção <strong>com</strong> hipoclorito de sódio ou calcio ou outro derivado clorado, vai para o reservatorio de<<strong>br</strong> />

distribuição de onde irá para as descargas de bacias sanitárias, limpeza de pisos, etc.<<strong>br</strong> />

20.9 Air gap (separação atmosférica)<<strong>br</strong> />

Na Figura (20.5) podemos observar a entrada de suprimento alternativo de água potavel em um<<strong>br</strong> />

reservatorio de distribuição de água não potável.<<strong>br</strong> />

Figura 20.5- Air gap<<strong>br</strong> />

Explicação do Air gap (separação atmosférica)<<strong>br</strong> />

Na Figura acima a água potável provinda da concessionaria pública de abastecimento de água<<strong>br</strong> />

potável serve para em caso de estiagem muito longas, suprir o abastecimento e para isto uma<<strong>br</strong> />

re<strong>com</strong>endação é que a mesma chegue ao reservatorio de distribuição e não ao reservatorio de água<<strong>br</strong> />

tratada ou de água de chuva que passou pelas peneiras e first flush.<<strong>br</strong> />

20-8


Aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plinio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 10/janeiro/2010<<strong>br</strong> />

A água potável deve entrar na parte superior e sempre acima de 2diâmetros do extravasor<<strong>br</strong> />

(ladrão) 2D. Na prática o diâmetro do extravasor é um diâmetro acima ou igual ou duas vezes o<<strong>br</strong> />

diâmetro de entrada d, ou seja, D=2.d.<<strong>br</strong> />

Na água potável deverá haver uma válvula solenóide que será aberta quando o nível do<<strong>br</strong> />

reservatório de distribuição N 2 for o mínimo estipulado e quando o nível mínimo do reservatório M 2 de<<strong>br</strong> />

água tratada. Ao a<strong>br</strong>ir a válvula solenóide ela deverá encher o reservatório de distribuição não até o<<strong>br</strong> />

nível máximo N 1 , mas sim num nível de 50%. Isto deixará uma folga.<<strong>br</strong> />

20.10 Volume dos reservatórios<<strong>br</strong> />

Na Figura (20.5) temos 3 (três) reservatorios que são dimensionados de maneiras diferentes:<<strong>br</strong> />

Reservatório de água de chuva:<<strong>br</strong> />

Usa-se o método de Rippl, Simulação, Monte Carlo ou outro.<<strong>br</strong> />

Reservatório de água de chuva tratada:<<strong>br</strong> />

O volume é de acordo <strong>com</strong> a capacidade do filtro de piscina que será instalado e geralmente tem<<strong>br</strong> />

uma correspondencia <strong>com</strong> o periodo de 8h de trabalho.<<strong>br</strong> />

Reservatório de distribuição:<<strong>br</strong> />

Deste reservatório é que a agua de chuva tratada e desinfectada vai para as bacias sanitarias, etc<<strong>br</strong> />

sendo o consumo calculado para 1 (um) dia de consumo.<<strong>br</strong> />

20.11 Válvula solenóide<<strong>br</strong> />

Conforme Elonka, 1978 a válvula solenóide é uma <strong>com</strong>binação de duas unidades funcionais<<strong>br</strong> />

básicas- um solenóide (eletroimã) <strong>com</strong> seu êmbolo (ou núcleo) e uma válvula <strong>com</strong> um orifício frente<<strong>br</strong> />

ao qual é posicionado um disco ou pino para restringir ou permitir o fluxo conforme Figura (20.8).<<strong>br</strong> />

A válvula é aberta ou fechada pelo movimento do êmbolo magnético (núcleo) que é forçado<<strong>br</strong> />

para dentro do solenóide quando a bobina é ativada.<<strong>br</strong> />

A válvula, <strong>com</strong>pletamente automática, funciona quando a corrente é aplicada ao solenóide e<<strong>br</strong> />

volta automaticamente à sua posição original quando a corrente é cortada. Estas válvulas são<<strong>br</strong> />

fornecidas em modelos normalmente abertos ou normalmente fechados.<<strong>br</strong> />

A válvula normalmente fechada a<strong>br</strong>e quando a corrente é aplicada ao solenóide e fecha quando<<strong>br</strong> />

a corrente é cortada.<<strong>br</strong> />

Figura 20.6- Válvula solenóide<<strong>br</strong> />

20-9


Aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plinio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 10/janeiro/2010<<strong>br</strong> />

20.12 Chave-boia<<strong>br</strong> />

Creder, 1995 define claramente o que é uma chave-boia conforme Figura (20.7).<<strong>br</strong> />

A chave-bóia é um dispositivo de controle usdado no acionamento de bombas de água ou de<<strong>br</strong> />

outro líquido qualquer.<<strong>br</strong> />

Nas instalações usuais para fornecimento de água a edifícios, dispomos de dois reservatorios, o<<strong>br</strong> />

inferior (cisterna) e o superior.<<strong>br</strong> />

A chave-bóia possibilita a ligação do motor da bomba de água, quando o reservatório superior<<strong>br</strong> />

está vazio e reservatório inferior, cheio. Em qualquer outra alternativa o motor permanece desligado.<<strong>br</strong> />

Na Figura (20.7) os terminais A e B que vão à bobina da chave magnética do motor.<<strong>br</strong> />

Figura 20.7- Chave-bóia<<strong>br</strong> />

20-10


20.13 Sensor de nivel<<strong>br</strong> />

Aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plinio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 10/janeiro/2010<<strong>br</strong> />

Figura 20.81- Sensor de nível<<strong>br</strong> />

Figura 20.9- Sensor de Nível Absoluto - PR-36XW<<strong>br</strong> />

O sensor de nível PR-36XW determina o nível d'água pela medição da pressão de água acima<<strong>br</strong> />

do corpo do sensor em reservatórios, lagos e rios. O sensor de pressão PR-36XW é um dispositivo<<strong>br</strong> />

piezoelétrico de alta estabilidade desenvolvido para uso em transmissores onde precisão e estabilidade<<strong>br</strong> />

são essenciais. Um sensor de temperatura independente é integrado no sensor de pressão. A<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>pensação do sinal de pressão usa um modelo matemático baseado em aproximação polinomial, o<<strong>br</strong> />

qual provê uma quase perfeita <strong>com</strong>pensação so<strong>br</strong>e a faixa de temperatura de operação.<<strong>br</strong> />

Sensores de pressão diferencial sempre apresentam um tubo ventilado o qual provê a<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>pensação da pressão atmosférica. O tubo ventilado precisa ser secado para evitar a condensação no<<strong>br</strong> />

mesmo. A condensação altera a cali<strong>br</strong>ação em um curto espaço de tempo. Eventualmente, pode até<<strong>br</strong> />

danificar o sensor.<<strong>br</strong> />

Para isso, costuma-se usar sílica <strong>com</strong>o elemento secante para o tubo ventilado, mas este<<strong>br</strong> />

artifício necessita que a sílica seja trocada freqüentemente devido a umidade do local, aumentando<<strong>br</strong> />

assim os custos de manutenção.<<strong>br</strong> />

O método de sensor absoluto de pressão para medição da pressão da água junto <strong>com</strong> a pressão<<strong>br</strong> />

atmosférica e <strong>com</strong>pensação em tempo real no coletor de dados MAWS elimina estes problemas.<<strong>br</strong> />

20-11


Aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plinio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 10/janeiro/2010<<strong>br</strong> />

Figura 20.l0- Chave de boia (regulador de nivel)<<strong>br</strong> />

Figura 20.l1- Chave de boia (regulador de nivel)<<strong>br</strong> />

Figura 20.l2- Chave de boia (regulador de nivel)<<strong>br</strong> />

20-12


Aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plinio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 10/janeiro/2010<<strong>br</strong> />

ESQUEMAS DE LIGAÇÃO<<strong>br</strong> />

Figura 20.l3- Chave de boia (regulador de nivel)<<strong>br</strong> />

20-13


Aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plinio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 10/janeiro/2010<<strong>br</strong> />

20.14 Bibliografia e livros consultados<<strong>br</strong> />

-ABNT (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNCIAS). NBR 15527/07. Aproveitamento de<<strong>br</strong> />

água de chuva de coberturas em áreas urbanas para fins não potáveis.<<strong>br</strong> />

-CREDER, HÉLIO. Instalações elétricas. 13ª ed. 1995<<strong>br</strong> />

-DIN (DEUTSCHES INSTITUT FUR NORMUNG) 1989-1. Norma alemã de aproveitamento de água<<strong>br</strong> />

de chuva. Entrou em operação somente em a<strong>br</strong>il de 2002.<<strong>br</strong> />

-KONIG, KLAUS W. Innovative water concepts- service water utilization in Buildings. Berlin Senate<<strong>br</strong> />

Departament for Urban Development, ano 2007. http://www.stadtenwicklung.berlin.de.<<strong>br</strong> />

-MACEDO, JORGE ANTONIO BARROS DE. Desinfecção e esterilização química. Juiz de Fora,<<strong>br</strong> />

novem<strong>br</strong>o de 2009, 737páginas.<<strong>br</strong> />

-MAY, SIMONE. Caracterização, tratamento e reúso de águas cinzas e aproveitamento de águas<<strong>br</strong> />

pluviais em edificações. São Paulo, julho, 2009, EPUSP, 200 páginas.<<strong>br</strong> />

-TOMAZ, PLINIO. Notas de aula na ABNT São Paulo em cursos de aproveitamento de água de<<strong>br</strong> />

chuva de cobertura em áreas urbanas para fins não potáveis.<<strong>br</strong> />

20-14


Aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 21- Noções de hidrologia engenheiro Plínio Tomaz 15 de junho de 2008<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 21-Noções de Hidrologia e Hidráulica<<strong>br</strong> />

21.1 Período de retorno (T)<<strong>br</strong> />

É o período de tempo médio que um determinado evento hidrológico é igualado ou<<strong>br</strong> />

superado pelo menos uma vez.<<strong>br</strong> />

A probabilidade de ocorrência de um evento hidrológico de uma observação é o<<strong>br</strong> />

inverso do período de retorno.<<strong>br</strong> />

P = 1/T<<strong>br</strong> />

Como exemplo, para período de retorno de 25 anos a probabilidade é P= 1/25 = 0,04<<strong>br</strong> />

A probabilidade de ocorrer em um ano, uma chuva de período de retorno de 25anos<<strong>br</strong> />

é de 4% (0,04). A probabilidade de não ocorrer é 1- 0,04, ou seja, 0,96 (96%).<<strong>br</strong> />

Matematicamente teremos:<<strong>br</strong> />

P= 1 - 1/T<<strong>br</strong> />

Nota: em telhado adota-se normalmente T=1ano, 5anos ou 25anos.<<strong>br</strong> />

21.2 Tempo de concentração<<strong>br</strong> />

Tempo de concentração é o tempo em que leva para que toda a bacia considerada<<strong>br</strong> />

contribua para o escoamento superficial.<<strong>br</strong> />

O tempo de concentração é o tempo que leva uma gota de água mais distante até o<<strong>br</strong> />

trecho considerado na bacia.<<strong>br</strong> />

A velocidade de escoamento superficial é fornecida pela fórmula:<<strong>br</strong> />

V= k x S 0,5<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

V= velocidade (m/s);<<strong>br</strong> />

S= declividade (m/m) e<<strong>br</strong> />

k= coeficiente conforme Tabela (21.1).<<strong>br</strong> />

Tabela 21.1-Coeficientes “k” (SCN, 1975)<<strong>br</strong> />

Uso da terra e regime de escoamento<<strong>br</strong> />

Coeficiente k<<strong>br</strong> />

Floresta <strong>com</strong> muita folhagem no solo 0,76<<strong>br</strong> />

Área <strong>com</strong> pouco cultivo; terraceamento 1,52<<strong>br</strong> />

Pasto ou grama baixa 2,13<<strong>br</strong> />

Áreas cultivadas 2,74<<strong>br</strong> />

Solo quase nu sem cultivo 3,05<<strong>br</strong> />

Caminhos de escoamento em grama, pasto 4,57<<strong>br</strong> />

Superfície pavimentada; pequenas<<strong>br</strong> />

6,10<<strong>br</strong> />

vossorocas de nascentes<<strong>br</strong> />

Fonte: adaptado de Bidone e Tucci p. 86 in Drenagem Urbana, Tucci, Porto et al.,<<strong>br</strong> />

ABRH<<strong>br</strong> />

O tempo mínimo de concentração a ser adotado em um telhado é de 5min.<<strong>br</strong> />

21-1


Aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 21- Noções de hidrologia engenheiro Plínio Tomaz 15 de junho de 2008<<strong>br</strong> />

21.4 Intensidade da chuva<<strong>br</strong> />

Intensidade (I ou i) é a precipitação por unidade de tempo, obtida <strong>com</strong>o a relação I=<<strong>br</strong> />

P / t, expressa-se normalmente em mm/hora ou mm/minuto.<<strong>br</strong> />

Equação de Paulo S. Wilken para RMSP (Região Metropolitana de São Paulo)<<strong>br</strong> />

0,181<<strong>br</strong> />

<strong>17</strong>47,9 . T r<<strong>br</strong> />

I =------------------------ (mm/h)<<strong>br</strong> />

( t + 15) 0,89<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

I= intensidade média da chuva (mm/h);<<strong>br</strong> />

T r = período de retorno (anos);<<strong>br</strong> />

tc= duração da chuva (min).<<strong>br</strong> />

21.5 Método Racional (≤ 3km 2 )<<strong>br</strong> />

O método racional é um método indireto e foi apresentado pela primeira vez em<<strong>br</strong> />

1851 por Mulvaney e usado por Emil Kuichling em 1889 e estabelece uma relação entre a<<strong>br</strong> />

chuva e o escoamento superficial (deflúvio). É usado para calcular a vazão de pico de uma<<strong>br</strong> />

determinada bacia, considerando uma seção de estudo. A chamada fórmula racional é a<<strong>br</strong> />

seguinte:<<strong>br</strong> />

Q= C . I . A /360<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

Q= vazão de pico (m 3 /s);<<strong>br</strong> />

C= coeficiente de escoamento superficial varia de 0 a 1.<<strong>br</strong> />

I= intensidade média da chuva (mm/h);<<strong>br</strong> />

A= área da bacia (ha). 1ha= 10.000m 2<<strong>br</strong> />

Figura 21.1-Modelo de sistema hidrológico simples<<strong>br</strong> />

Fonte: Villela e Mattos, Hidrologia Aplicada<<strong>br</strong> />

21-2


Aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 21- Noções de hidrologia engenheiro Plínio Tomaz 15 de junho de 2008<<strong>br</strong> />

Tabela 21.3-Valores do coeficiente de escoamento superficial C da Prefeitura<<strong>br</strong> />

Municipal de São Paulo<<strong>br</strong> />

Zonas<<strong>br</strong> />

Edificação muito densa:<<strong>br</strong> />

Partes centrais, densamente construídas de uma cidade <strong>com</strong> ruas e calçadas<<strong>br</strong> />

pavimentadas.<<strong>br</strong> />

Valor de C<<strong>br</strong> />

Tempo de<<strong>br</strong> />

entrada<<strong>br</strong> />

(min)<<strong>br</strong> />

0,70 a 0,95 5<<strong>br</strong> />

Edificação não muito densa:<<strong>br</strong> />

0,60 a 0,70 5<<strong>br</strong> />

Partes residenciais <strong>com</strong> baixa densidade de habitações, mas <strong>com</strong> ruas e<<strong>br</strong> />

calçadas pavimentadas<<strong>br</strong> />

Edificações <strong>com</strong> poucas superfícies livres:<<strong>br</strong> />

Partes residenciais <strong>com</strong> construções cerradas, ruas pavimentadas. 0,50 a 0,60 5<<strong>br</strong> />

Edificações <strong>com</strong> muitas superfícies livres:<<strong>br</strong> />

Partes residenciais <strong>com</strong> ruas macadamizadas ou pavimentadas. 0,25 a 0,50 5<<strong>br</strong> />

Subúrbios <strong>com</strong> alguma habitação:<<strong>br</strong> />

Partes de arrabaldes e suburbanos <strong>com</strong> pequena densidade de construção 0,10 a 0,25 5 a 10<<strong>br</strong> />

Matas, parques e campos de esportes:<<strong>br</strong> />

Partes rurais, áreas verdes, superfícies arborizadas, parques ajardinados,<<strong>br</strong> />

campos de esportes sem pavimentação. 0,05 a 0,20 5 a 10<<strong>br</strong> />

Fonte: Wilken, 1978 acrescido do tempo de entrada<<strong>br</strong> />

Exemplo 21.1<<strong>br</strong> />

Dada área da bacia A= 5ha, coeficiente de escoamento superficial C= 0,70 e intensidade da<<strong>br</strong> />

chuva<<strong>br</strong> />

I= 50mm/h. Calcular o vazão de pico Q.<<strong>br</strong> />

Q= C . I . A /360 = 0,70 x 50mm/h x 5ha/360= 0,49m 3 /s<<strong>br</strong> />

21.6 Média, Mediana, Percentil<<strong>br</strong> />

Dado precipitação de janeiro uma cidade durante 10anos. A média é a soma total<<strong>br</strong> />

dividido pelo número de anos e no caso o valor é 105mm<<strong>br</strong> />

Mediana: é um valor de que 50% é maior do que todas as precipitações e no caso é<<strong>br</strong> />

91mm.<<strong>br</strong> />

Percentil: por exemplo queremos percentil de 75% e obtemos no Excel o valor<<strong>br</strong> />

56mm<<strong>br</strong> />

21-3


Aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 21- Noções de hidrologia engenheiro Plínio Tomaz 15 de junho de 2008<<strong>br</strong> />

Tabela 21.1- Média, mediana e percentil<<strong>br</strong> />

Ordem Dados<<strong>br</strong> />

1 223<<strong>br</strong> />

2 89<<strong>br</strong> />

3 92<<strong>br</strong> />

4 47<<strong>br</strong> />

5 40<<strong>br</strong> />

6 30<<strong>br</strong> />

7 82<<strong>br</strong> />

8 121<<strong>br</strong> />

9 114<<strong>br</strong> />

10 216<<strong>br</strong> />

Média 105<<strong>br</strong> />

Mediana= 91 (50%)<<strong>br</strong> />

Percentil 56 75%<<strong>br</strong> />

MED (D8:D<strong>17</strong>)=91<<strong>br</strong> />

Percentil (D8:D<strong>17</strong>; 0,25)= 56mm para 75%<<strong>br</strong> />

21-4


Aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 21- Noções de hidrologia engenheiro Plínio Tomaz 15 de junho de 2008<<strong>br</strong> />

21.7 Hidráulica<<strong>br</strong> />

Equação da continuidade<<strong>br</strong> />

Sendo: Q= vazão média (m 3 /s)<<strong>br</strong> />

A= área da seção transversal (m 2 )<<strong>br</strong> />

V= velocidade média (m/s)<<strong>br</strong> />

Q= A x V<<strong>br</strong> />

Exemplo 21.2<<strong>br</strong> />

Dado tubulação D=0,30m e Velocidade média V=2m/s. Calcular Q=?<<strong>br</strong> />

A= π x D 2 /4<<strong>br</strong> />

A= π x 0,30 2 /4=0,07069m 2<<strong>br</strong> />

Q=A x V= 0,07069 x 2,00= 0,14m 3 /s= 140 L/s<<strong>br</strong> />

21.8 Orifício<<strong>br</strong> />

O orifício pode ter seção circular ou seção retangular.<<strong>br</strong> />

Figura 21.2- Esquema do orifício<<strong>br</strong> />

A equação do orifício é:<<strong>br</strong> />

Q= Cd . A . (2 .g. h) 0,5<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

Q= vazão (m 3 /s)<<strong>br</strong> />

Cd= coeficiente de descarga normalmente adotado Cd=0,62<<strong>br</strong> />

A= área da seção transversal do orifício (m 2 )<<strong>br</strong> />

g= aceleração da gravidade = 9,81m/s 2<<strong>br</strong> />

h= altura do nível da água (m)<<strong>br</strong> />

21-5


Aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 21- Noções de hidrologia engenheiro Plínio Tomaz 15 de junho de 2008<<strong>br</strong> />

Exemplo 21.3<<strong>br</strong> />

Calcular a vazão média de um orifício para reservatório <strong>com</strong> altura de 1,5m, <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

diâmetro do orifício de 0,15m observando-se que não há entrada de água no<<strong>br</strong> />

reservatório<<strong>br</strong> />

Primeira observação: não há entrada de água.<<strong>br</strong> />

Tomamos a altura h <strong>com</strong>o a média da altura;<<strong>br</strong> />

h= 1,5/2= 0,75m<<strong>br</strong> />

Q= 0,62 x 0,0<strong>17</strong>67 x ( 2x 9,81x 0,75) 0,5 =0,042m 3 /s= 42 L/s<<strong>br</strong> />

Exemplo 21.4<<strong>br</strong> />

Dado um reservatório <strong>com</strong> altura de 1,20m <strong>com</strong> água e largura de 2,0m e<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>primento de 4,0m. Queremos calcular o diâmetro do orifício para que o<<strong>br</strong> />

reservatório se esvazie em 10min.<<strong>br</strong> />

Porque 10 min ? Resposta: tempo de duração do first flush<<strong>br</strong> />

Figura 21.3- Esquema de reservatório <strong>com</strong> orifício para esvaziamento<<strong>br</strong> />

Volume do reservatório = 2,0m x 4,0m x 1,2m= 9,6m 3<<strong>br</strong> />

Vazão de esvaziamento Q será:<<strong>br</strong> />

Q= Volume/ Tempo<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

Q= vazão média (m 3 /s)<<strong>br</strong> />

V= volume (m 3 )<<strong>br</strong> />

T= tempo em segundos<<strong>br</strong> />

Q= Volume/ Tempo<<strong>br</strong> />

21-6


Aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 21- Noções de hidrologia engenheiro Plínio Tomaz 15 de junho de 2008<<strong>br</strong> />

Mas h= 1,20/2=0,60m (cuidado)<<strong>br</strong> />

Q= 9,6m 3 / (10min x 60x)= 9,6 / 600= 0,016m 3 /s<<strong>br</strong> />

Q= Cd . A . (2 .g. h) 0,5<<strong>br</strong> />

0,016= 0,62 x A x ( 2x 9,81x 0,60) 0,5<<strong>br</strong> />

A=0,00752m 2<<strong>br</strong> />

A= π x D 2 /4<<strong>br</strong> />

D= [(4 x A)/ π] 0,5<<strong>br</strong> />

D= [(4 x 0,00752)/ π] 0,5 =0,097m = 0,10m Adoto<<strong>br</strong> />

21.9 Tempo de esvaziamento<<strong>br</strong> />

Considerando que o reservatório tenha paredes verticais podemos calcular o<<strong>br</strong> />

tempo de esvaziamento através da equação:<<strong>br</strong> />

T= [ 2. As . ( y 1 0,5 – y 2 0,5 )]/ [ Cd . Ao . (2.g) 0,5 ]<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

T= tempo de esvaziamento em segundos<<strong>br</strong> />

As= área da seção transversal do reservatório (m 2 )<<strong>br</strong> />

Ao= área da seção transversal do orifício (m 2 )<<strong>br</strong> />

Cd=0,62<<strong>br</strong> />

g= 9,81m/s 2<<strong>br</strong> />

y 1 = altura inicial (m)<<strong>br</strong> />

y 2 = altura final (m)<<strong>br</strong> />

Exemplo 21.5<<strong>br</strong> />

Dado um reservatório em forma de paralelepípedo <strong>com</strong> altura de 1,20m e largura<<strong>br</strong> />

de 2,0m e <strong>com</strong>primento de 4,0m. Calcular o tempo de esvaziamento para um<<strong>br</strong> />

orifício de diâmetro D=0,10m.<<strong>br</strong> />

Lem<strong>br</strong>amos que supomos que não entra água no reservatório<<strong>br</strong> />

Área da seção transversal do reservatório<<strong>br</strong> />

As= 2,0m x 4,0m= 8,0m 2<<strong>br</strong> />

Altura inicial<<strong>br</strong> />

y 1 = 1,20m<<strong>br</strong> />

Altura final<<strong>br</strong> />

y 2 =0<<strong>br</strong> />

Cd=0,62<<strong>br</strong> />

Ao= π x D 2 /4 = π x 0,10 2 /4=0,00785m 2<<strong>br</strong> />

T= [ 2. As . ( y 1 0,5 – y 2 0,5 )]/ [ Cd . Ao . (2.g) 0,5 ]<<strong>br</strong> />

T= [ 2x. 8x ( 1.2 0,5 – 0 0,5 )]/ [ 0,62x 0,00785x (2x9,81) 0,5 ]<<strong>br</strong> />

T=813 s= 13,6min > 10min OK.<<strong>br</strong> />

21-7


Aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 21- Noções de hidrologia engenheiro Plínio Tomaz 15 de junho de 2008<<strong>br</strong> />

21.10 Vertedor circular em parede vertical<<strong>br</strong> />

È usado para o extravasor <strong>com</strong> tubulação.<<strong>br</strong> />

Q= 1,518 . D 0,693 . H 1,807<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

Q= vazão (m 3 /s)<<strong>br</strong> />

D= diâmetro da tubulação (m)<<strong>br</strong> />

H= altura do nível de água na tubulação (m). Geralmente usamos o máximo de<<strong>br</strong> />

0,75D.<<strong>br</strong> />

Exemplo 21.6<<strong>br</strong> />

Calcular a vazão de um extravasor em tubulação <strong>com</strong> diâmetro de 0,90m e altura<<strong>br</strong> />

do nível de água H=0,40m.<<strong>br</strong> />

Figura 21.4- Seção circular de tubulação usada <strong>com</strong>o vertedor<<strong>br</strong> />

Q= 1,518 . D 0,693 . H 1,807<<strong>br</strong> />

Q= 1,518 x 0,90 0,693 x 0,40 1,807 =0,269m 3 /s=269 L/s<<strong>br</strong> />

Exemplo 21.7<<strong>br</strong> />

Calcular a vazão de um extravasor em tubulação <strong>com</strong> diâmetro de 0,90m e<<strong>br</strong> />

altura do nível de água H=0,75D.<<strong>br</strong> />

Q= 1,518 . D 0,693 . H 1,807<<strong>br</strong> />

Q= 1,518 . D 0,693 . (0,75.D) 1,807<<strong>br</strong> />

Q=0,43 x D 2,5<<strong>br</strong> />

Q=0,43 x 0,90 2,5<<strong>br</strong> />

Q= 0,33m 3 /s=330 L/s<<strong>br</strong> />

21-8


Aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 21- Noções de hidrologia engenheiro Plínio Tomaz 15 de junho de 2008<<strong>br</strong> />

21.11 Fórmula de Manning<<strong>br</strong> />

V= (1/n) . R (2/3) . S 0,5<<strong>br</strong> />

Equação da continuidade: Q= A . V<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

Q= vazão de pico (m 3 /s)<<strong>br</strong> />

N= coeficiente de Manning<<strong>br</strong> />

R= raio hidráulico (m)<<strong>br</strong> />

S= declividade (m/m)<<strong>br</strong> />

Para canais ou calhas temos:<<strong>br</strong> />

Q= A. (1/n) . R (2/3) . S 0,5<<strong>br</strong> />

b=largura do canal (m)<<strong>br</strong> />

R= A/P= (b x y)/ (b + 2y)<<strong>br</strong> />

Por tentativas achamos y<<strong>br</strong> />

Adotamos altura <strong>com</strong> folga 0,20m<<strong>br</strong> />

A= b . y<<strong>br</strong> />

21-9


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 22- Métodos de avaliações de sistema de aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 28/12/09<<strong>br</strong> />

Capítulo 22- Métodos de avaliação do sistema de<<strong>br</strong> />

aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

“Se um homem <strong>com</strong>eça <strong>com</strong> certeza, no fim ele terá dúvidas; mas se ele <strong>com</strong>eça<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> dúvidas, ele terminará <strong>com</strong> certeza”.<<strong>br</strong> />

Sir Francis Bacon<<strong>br</strong> />

22-1


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 22- Métodos de avaliações de sistema de aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 28/12/09<<strong>br</strong> />

Capítulo 22- Métodos de avaliação do sistema de aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

Sumário<<strong>br</strong> />

Secção Título<<strong>br</strong> />

22.1 Introdução<<strong>br</strong> />

22.2 Análises de incertezas<<strong>br</strong> />

22.3 Payback simples<<strong>br</strong> />

22.4 Recuperação do capital<<strong>br</strong> />

22.5 Projeto do ciclo de vida do sistema de aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

22.6 Métodos de avaliação do sistema de aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

22.7 Método estimativa inicial do custo do sistema de aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

22.8 Método da análise do custo da vida útil do sistema de água de chuva que é chamado de<<strong>br</strong> />

Life-Cycle cost analysis (LCCA)<<strong>br</strong> />

22.9 Método da análise de custo-eficácia-CEA (cost-effectiveness)<<strong>br</strong> />

22.10 Payback, LCCA e beneficio/custo<<strong>br</strong> />

22.11 Bibliografia e livros consultados<<strong>br</strong> />

28 páginas<<strong>br</strong> />

22-2


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 22- Métodos de avaliações de sistema de aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 28/12/09<<strong>br</strong> />

Capítulo 22- Métodos de avaliação do sistema de aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

22.1 Introdução<<strong>br</strong> />

No Brasil não existe padronização do tempo vida de um sistema de<<strong>br</strong> />

aproveitamento de água de chuva e adotaremos <strong>com</strong>o padrão 20anos. Na prática as<<strong>br</strong> />

indústrias <strong>br</strong>asileiras adotam o período de 5anos a 7anos para retorno do capital<<strong>br</strong> />

investido.<<strong>br</strong> />

Em relação à avaliação de um sistema de aproveitamento de água de chuva são<<strong>br</strong> />

necessários três objetivos básicos:<<strong>br</strong> />

- Custo <strong>com</strong>pleto das instalações em toda a sua vida<<strong>br</strong> />

- Eficiência das instalações<<strong>br</strong> />

- Benefícios esperados<<strong>br</strong> />

Os métodos que veremos abaixo são a escolha de um ou a <strong>com</strong>binação de dois<<strong>br</strong> />

ou três objetivos.<<strong>br</strong> />

22.2 Análises de Incertezas<<strong>br</strong> />

Os parâmetros que usamos possuem incertezas e há basicamente dois métodos<<strong>br</strong> />

básicos para a resolução destes problemas:<<strong>br</strong> />

a) Métodos determinísticos<<strong>br</strong> />

b) Métodos Probabilísticos<<strong>br</strong> />

Os métodos determinísticos são aqueles que usam um simples dado ou vários e<<strong>br</strong> />

verifica o resultado. Desta maneira fica fácil de <strong>com</strong>parar os resultados.<<strong>br</strong> />

Nos métodos probabilísticos pelo contrário não existe um dado simples de<<strong>br</strong> />

entrada em sim uma faixa <strong>com</strong>plexa de alternativas e cujos resultados serão também<<strong>br</strong> />

mais difíceis de serem analisados. Muitas vezes os resultados podem sair de uma forma<<strong>br</strong> />

de distribuição probabilística o que torna o método probabilístico bem mais difícil de<<strong>br</strong> />

ser usado do que um método determinístico.<<strong>br</strong> />

Basicamente os métodos determinísticos e probabilísticos estão na Tabela (22.1).<<strong>br</strong> />

Tabela 22.1- Métodos Determinísticos e Métodos Probabilísticos<<strong>br</strong> />

Ordem Métodos Determinísticos Métodos Probabilísticos<<strong>br</strong> />

1 Estimativa conservativa de benefícios e custos Entrada de dados usando distribuição de<<strong>br</strong> />

probabilidades<<strong>br</strong> />

Critério da variância da média e coeficiente<<strong>br</strong> />

de variação<<strong>br</strong> />

2 Análise do ponto de equilí<strong>br</strong>io<<strong>br</strong> />

(Breakeven analysis)<<strong>br</strong> />

3 Análise de sensibilidade Análise de decisão<<strong>br</strong> />

4 Riscos ajustados a taxas de descontos Simulação<<strong>br</strong> />

5 Técnica de certeza equivalente Técnica analítica matemática<<strong>br</strong> />

O método mais usado é o determinístico e dentre eles os mais usados são dois:<<strong>br</strong> />

• Análise de sensibilidade<<strong>br</strong> />

• Análise do ponto de equilí<strong>br</strong>io<<strong>br</strong> />

Análise de sensibilidade<<strong>br</strong> />

É preciso verificar se uma pequena variação de um parâmetro não ocasiona uma<<strong>br</strong> />

significante mudança.<<strong>br</strong> />

22-3


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 22- Métodos de avaliações de sistema de aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 28/12/09<<strong>br</strong> />

As primeiras atitudes que temos a fazer são identificar os dados críticos de<<strong>br</strong> />

entrada, que geralmente são dados de custos, manutenção, preço de energia elétrica,<<strong>br</strong> />

preço de produtos químicos, etc.<<strong>br</strong> />

Com os novos dados entrados temos que verificar os resultados e <strong>com</strong>parar e<<strong>br</strong> />

observar, por exemplo, quando a variação for maior que 10%.<<strong>br</strong> />

Não devemos esquecer é que devemos estudar todos os possíveis cenários em<<strong>br</strong> />

uma análise econômica e para cada cenário teremos provavelmente incertezas<<strong>br</strong> />

diferentes.<<strong>br</strong> />

A vantagem do método determinístico de análise de sensibilidade é que é fácil<<strong>br</strong> />

de ser usado e a desvantagem é que sempre a decisão será do projetista.<<strong>br</strong> />

Análise do ponto de equilí<strong>br</strong>io (<strong>br</strong>eakeven analysis)<<strong>br</strong> />

Para o caso de vendas o ponto de equilí<strong>br</strong>io é aquele que o volume exato de<<strong>br</strong> />

vendas de uma empresa em que a empresa não ganha e nem perde. Acima do ponto a<<strong>br</strong> />

empresa ganhará e abaixo perderá.<<strong>br</strong> />

Nos problemas aproveitamento de água de chuva, por exemplo, poderemos<<strong>br</strong> />

estabelecer limite mínimo e máximo para o volume do reservatório bem <strong>com</strong>o da água<<strong>br</strong> />

de chuva captada.<<strong>br</strong> />

A vantagem do método da análise do ponto de equilí<strong>br</strong>io é que pode ser feito de<<strong>br</strong> />

maneira fácil e rápida e conseguiremos benchmarks para <strong>com</strong>paração da performance<<strong>br</strong> />

das incertezas das variáveis. Conhecendo o ponto em que o projeto não é mais<<strong>br</strong> />

econômico fica mais fácil para o projetista definir o risco do projeto.<<strong>br</strong> />

22.3 Payback Simples<<strong>br</strong> />

Um método muito simples de análise econômica do capital investido em uma<<strong>br</strong> />

o<strong>br</strong>a é o payback e deve ser considerado somente em um pré-estudo para aceitar ou<<strong>br</strong> />

rejeitar determinado projeto, mas não é re<strong>com</strong>endado <strong>com</strong>o critério de seleção de<<strong>br</strong> />

várias alternativas mutualmente exclusivas ou projetos independentes.<<strong>br</strong> />

O objetivo do payback é medir o tempo em que o investimento inicial será<<strong>br</strong> />

reposto conforme Fuller e Petersen, 1995. A vantagem do payback é a facilidade de<<strong>br</strong> />

cálculo.<<strong>br</strong> />

Exemplo 22.1 Dado um reservatório de concreto <strong>com</strong> 1000m 3 calcular o payback<<strong>br</strong> />

Volume de água que aproveitaremos em um ano: 18.552m 3 /ano<<strong>br</strong> />

Custo de construção: US$ 150/m 3<<strong>br</strong> />

Reservatório: 1000m 3 x 150/m 3 x R$ 2,3/m 3 =R$ 345.000,00<<strong>br</strong> />

Tarifas públicas:<<strong>br</strong> />

Água R$ 8,75/m 3<<strong>br</strong> />

Esgoto R$ 8,75/ m 3<<strong>br</strong> />

Total= R$ <strong>17</strong>,5/ m 3<<strong>br</strong> />

Volume aproveitado anualmente de água de chuva: 18.552 m 3 /ano<<strong>br</strong> />

18.552 m 3 /ano x R$ <strong>17</strong>,5/ m 3 =R$ 324.660/ano<<strong>br</strong> />

Payback<<strong>br</strong> />

Custo do reservatório / custo da água economizada por ano<<strong>br</strong> />

R$ 345.000,00 / R$ 324.660/ano= 1,063anos=13meses OK<<strong>br</strong> />

22-4


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 22- Métodos de avaliações de sistema de aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 28/12/09<<strong>br</strong> />

22.4 Recuperação do capital<<strong>br</strong> />

A amortização é o pagamento do principal e mais as taxas de juros.<<strong>br</strong> />

Considerando o período de 20 anos para recuperar o capital do investimento<<strong>br</strong> />

feito a taxa de juros mensais “i” conforme Mays e Tung, 1992 conforme Figura (22.2).<<strong>br</strong> />

Capital . i . (1 + i ) n<<strong>br</strong> />

Amortização anual ou mensal = ----------------------------------<<strong>br</strong> />

(1+i ) n - 1<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

n= número de anos ou meses<<strong>br</strong> />

i = taxa de juro anual ou mensal<<strong>br</strong> />

Capital em US$<<strong>br</strong> />

Exemplo 22.2- Como calcular a amortização mensal.<<strong>br</strong> />

Sendo o custo do reservatório de US$ 75.000 e considerando juros mensais de<<strong>br</strong> />

0,72% (0,0072) e período 240 meses), o fator anual de recuperação do capital será<<strong>br</strong> />

(Mays e Tung, 1992 p.25).<<strong>br</strong> />

Capital x i x (1 + i ) n<<strong>br</strong> />

Amortização mensal= ----------------------------------<<strong>br</strong> />

(1+i ) n - 1<<strong>br</strong> />

sendo:<<strong>br</strong> />

n=240meses<<strong>br</strong> />

Taxa de juros mensal = i = 0,0072 (ao mês ou seja 8,64% ao ano)<<strong>br</strong> />

Capital = US$ 75.000<<strong>br</strong> />

75.000 x 0,0072 x (1 + 0,0072 ) 240<<strong>br</strong> />

Amortização mensal = --------------------------------------------------------<<strong>br</strong> />

(1+0,0072 ) 240 - 1<<strong>br</strong> />

= US$ 658 /mês<<strong>br</strong> />

22.5 Projeto do ciclo da vida do sistema de aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

O ciclo de vida de um sistema de aproveitamento de água de chuva conforme<<strong>br</strong> />

Powell, 2005 possui as seguintes fases:<<strong>br</strong> />

a) Fase da planificação<<strong>br</strong> />

b) Fase da elaboração do projeto<<strong>br</strong> />

c) Fase da construção<<strong>br</strong> />

d) Fase da operação e manutenção<<strong>br</strong> />

e) Fase da recapitalização<<strong>br</strong> />

f) Fase da desativação.<<strong>br</strong> />

Para a fase da recapitalização é assumida no fim da vida do sistema de<<strong>br</strong> />

aproveitamento de água de chuva e neste ponto podemos fazer reformas e portanto<<strong>br</strong> />

novos investimentos ou desativamos e o terreno onde a mesma está terá outro destino.<<strong>br</strong> />

22-5


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 22- Métodos de avaliações de sistema de aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 28/12/09<<strong>br</strong> />

22.6 Métodos de avaliação do sistema de aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

Conforme Powell, 2005 os métodos de avaliação dos sistemas de<<strong>br</strong> />

aproveitamento de água de chuva são basicamente quatro:<<strong>br</strong> />

1. Método da estimativa inicial do custo do sistema<<strong>br</strong> />

2. Método da análise do custo da vida útil do sistema que é chamado de Lifecycle<<strong>br</strong> />

cost analysis (LCCA).<<strong>br</strong> />

3. Método da análise de custo e eficácia que é chamado de Cost-Effectiveness<<strong>br</strong> />

analysis (CEA)<<strong>br</strong> />

4. Método da análise da relação benefício/custo.<<strong>br</strong> />

22.7 Método estimativa inicial do custo do sistema de aproveitamento de água de<<strong>br</strong> />

chuva<<strong>br</strong> />

A estimativa inicial do custo de um sistema de aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

geralmente é feita usando dados de custos estimativos de sistemas semelhantes para<<strong>br</strong> />

uma vida útil de 20anos, usando o custo do valor presente, mas esquecendo os custos de<<strong>br</strong> />

manutenção, operação e outros. Devido a isto geralmente os erros de estimativas de<<strong>br</strong> />

custos são da ordem de 50%.<<strong>br</strong> />

De modo geral não se leva em conta o custo do terreno onde a mesma será<<strong>br</strong> />

construída.<<strong>br</strong> />

Exemplo 22.3<<strong>br</strong> />

Estimar o custo de um reservatório de água de chuva <strong>com</strong> 300m 3 .<<strong>br</strong> />

O preço por metro cúbico estimado é de US$ 150,00/m 3 e sendo 300m 3 teremos<<strong>br</strong> />

o custo total estimado de US$ 45.000,00.<<strong>br</strong> />

Notar que não mencionamos o tempo de vida da o<strong>br</strong>a, o custo do dinheiro, a<<strong>br</strong> />

inflação, a manutenção e operação e devido o método apresenta erros que podem atingir<<strong>br</strong> />

50%.<<strong>br</strong> />

22-6


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 22- Métodos de avaliações de sistema de aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 28/12/09<<strong>br</strong> />

22.8 Método da análise do custo da vida útil do sistema de água de chuva que é<<strong>br</strong> />

chamado de Life-cycle cost analysis (LCCA).<<strong>br</strong> />

Conforme Taylor, 2005 o LCCA é o método de avaliação de todos os custos<<strong>br</strong> />

relevantes durante 20 anos para um sistema de água de chuva e conforme Taylor, 2002.<<strong>br</strong> />

Nos custos estão inclusos os custos atuais, custos financeiros, manutenção,<<strong>br</strong> />

operação, etc.<<strong>br</strong> />

Os custos devem ser avaliados considerando várias alternativas viáveis, devendo<<strong>br</strong> />

a avaliação considerar sempre o período único de 20anos, por exemplo.<<strong>br</strong> />

As 10 re<strong>com</strong>endações básicas do LCCA conforme Fuller e Petersen, 1996<<strong>br</strong> />

são:<<strong>br</strong> />

1. O primeiro passo no LCCA é identificar o que vai ser analisado. É importante<<strong>br</strong> />

entender <strong>com</strong>o a análise será usada e qual será o tipo de decisão que será feita no<<strong>br</strong> />

uso do método.<<strong>br</strong> />

2. Identificar duas ou mais alternativas viáveis que sejam mutualmente<<strong>br</strong> />

exclusivas. Em estatística dois eventos são mutualmente exclusivos quando<<strong>br</strong> />

ocorre um dos eventos, o outro não pode ocorrer. Identifique algum problema<<strong>br</strong> />

que pode advir de uma alternativa escolhida e este problema pode ser físico,<<strong>br</strong> />

funcional, segurança ou legislação municipal, estadual ou federal.<<strong>br</strong> />

3. Todas as alternativas devem ter o mínimo da performance admitida. As<<strong>br</strong> />

alternativas a serem escolhidas devem ser tecnicamente viável.<<strong>br</strong> />

4. Todas as alternativas devem ser avaliadas usadas o mesmo tempo, a mesma data<<strong>br</strong> />

base, as mesmas taxas de financiamento, etc. O prazo máximo a ser admitido<<strong>br</strong> />

para aproveitamento de água de chuva é de 20anos.<<strong>br</strong> />

5. Fazer a análise de cada alternativa em dólares e quando um custo for<<strong>br</strong> />

insignificante podemos esquecê-lo ou quando julgarmos conveniente levá-lo em<<strong>br</strong> />

conta de alguma maneira. Não se devem usar custos anteriores para a decisão.<<strong>br</strong> />

6. Compare cada uma das alternativas<<strong>br</strong> />

7. Use a inflação para apurar o valor presente<<strong>br</strong> />

8. Use análise de incerteza para verificar os dados de entrada<<strong>br</strong> />

9. Faça algumas medidas suplementares caso necessário<<strong>br</strong> />

10. Encontre a decisão<<strong>br</strong> />

Juro é a remuneração que o tomador de um empréstimo deve pagar ao proprietário do<<strong>br</strong> />

capital empregado. Quando o juro é aplicado so<strong>br</strong>e o montante do capital é juro simples.<<strong>br</strong> />

Inflação: aumento persistente dos preços em geral, de que resulta uma continua perda<<strong>br</strong> />

do valor aquisitivo da moeda.<<strong>br</strong> />

22-7


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 22- Métodos de avaliações de sistema de aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 28/12/09<<strong>br</strong> />

Figura 22.1- Sumário dos fatores de desconto conforme Fuller et al, 1996<<strong>br</strong> />

22-8


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 22- Métodos de avaliações de sistema de aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 28/12/09<<strong>br</strong> />

Figura 22.2- Sumário dos fatores de desconto conforme Mays e Tung, 1992<<strong>br</strong> />

Valor presente simples (SPV).<<strong>br</strong> />

Vamos supor que no fim de 5 anos aplicamos US$ 100 a taxa de juros de 5%. O<<strong>br</strong> />

valor presente não será US$ 100,00 e sim US$ 78,35 a ser calculado da seguinte<<strong>br</strong> />

maneira.<<strong>br</strong> />

SPV= Ft/ ( 1 + d) t Figura (22.1)<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

SPV = valor presente em US$<<strong>br</strong> />

Ft= valor pago no tempo “t” em US$<<strong>br</strong> />

d= taxa de juros anuais em fração.<<strong>br</strong> />

t= tempo em anos<<strong>br</strong> />

Exemplo 22.4<<strong>br</strong> />

Calcular o valor presente da aplicação de Ft=US$ 100,00 daqui a t=5 anos sendo a taxa<<strong>br</strong> />

de juros de 5% (d=0,05).<<strong>br</strong> />

SPV= Ft/ ( 1 + d) t<<strong>br</strong> />

SPV= 100x[ 1/ ( 1 + 0,05) 5 ]<<strong>br</strong> />

Fator=0,7835<<strong>br</strong> />

SPV= 100x 0,7835= US$ 78,35<<strong>br</strong> />

22-9


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 22- Métodos de avaliações de sistema de aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 28/12/09<<strong>br</strong> />

Isto significa que o investidor do dinheiro poderá receber US$ 78,35 a vista ou<<strong>br</strong> />

US$ 100,00 daqui a 5 anos.<<strong>br</strong> />

Valor presente Uniforme (UPV)<<strong>br</strong> />

O valor presente uniforme é usado <strong>com</strong>o se fosse uma série de valores iguais que<<strong>br</strong> />

são pagos durante um certo número de anos e o valor presente uniforme será:<<strong>br</strong> />

UPV= Ao . [ (1+d) n -1 ] / [ d .(1+d) n ] Figura (22.1)<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

UPV= valor presente uniforme em dólares<<strong>br</strong> />

Ao= aplicação anual constante em dólares<<strong>br</strong> />

d= taxa de juros anual em fração<<strong>br</strong> />

n= número de anos<<strong>br</strong> />

Exemplo 22.5<<strong>br</strong> />

Calcular o valor presente uniforme da aplicação de US$ 100,00 por ano durante 20 anos<<strong>br</strong> />

a taxa de juros 3% ao ano.<<strong>br</strong> />

UPV= Ao . [ (1+d) n -1 ] / [ d .(1+d) n ]<<strong>br</strong> />

UPV= 100 . [ (1+0,03) 20 -1 ] / [ 0,03 .(1+0,03) 20 ]<<strong>br</strong> />

UPV= 100x. 14,88= US$ 1488,00<<strong>br</strong> />

Valor presente Uniforme Modificado (UPV*)<<strong>br</strong> />

Quando a aplicação anual A 1 , A 2 , A 3 , etc vai aumentando por um fator<<strong>br</strong> />

constante, por exemplo, e=2%<<strong>br</strong> />

UPV*= Ao . [ (1+e)/ (d-e) ] x { 1- [(1+e)/(1+d)] n } Figura (22.1)<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

UPV*= valor presente uniforme modificado em dólares<<strong>br</strong> />

Ao= aplicação anual constante em dólares<<strong>br</strong> />

d= taxa de juros anual em fração<<strong>br</strong> />

n= número de anos<<strong>br</strong> />

e= fator constante de aumento do valor A 1 , A 2 , A 3 ,...<<strong>br</strong> />

Exemplo 22.6<<strong>br</strong> />

Calcular o valor presente uniforme da aplicação de US$ 100,00 por ano durante 15 anos<<strong>br</strong> />

a taxa de juros 3% ao ano e fator constante de aumento e=2%.<<strong>br</strong> />

Valor presente Uniforme Modificado (UPV*)<<strong>br</strong> />

UPV*= Ao . [ (1+e)/ (d-e) ] x { 1- [(1+e)/(1+d)] n }<<strong>br</strong> />

UPV*= Ao . [ (1+0,02)/ (0,03-0,02) ] x { 1- [(1+0,02)/(1+0,03)] 15 }<<strong>br</strong> />

UPV*= Ao x 13,89<<strong>br</strong> />

UPV*= 100 x 13,89=US$ 1389,00<<strong>br</strong> />

Exemplo 22.7<<strong>br</strong> />

Calcular o valor presente Uniforme Modificado (UPV*) da manutenção anual de US$<<strong>br</strong> />

100,00 que sofre um acréscimo de 2% ao ano durante 5 anos a juros de 3% ao ano.<<strong>br</strong> />

UPV*= Ao . [ (1+e)/ (d-e) ] x { 1- [(1+e)/(1+d)] n }<<strong>br</strong> />

UPV*= Ao . [ (1+0,02)/ (0,03-0,02) ] x { 1- [(1+0,02)/(1+0,03)] 5 }<<strong>br</strong> />

UPV*= 100x 4,8562=US$485,62<<strong>br</strong> />

22-10


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 22- Métodos de avaliações de sistema de aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 28/12/09<<strong>br</strong> />

Inflação<<strong>br</strong> />

A taxa de juros d pode ser considerada usando a taxa de inflação I e a taxa<<strong>br</strong> />

nominal de desconto D conforme a equação de D. Rather in Fuller, et al, 1996.<<strong>br</strong> />

d= [(1+D)/ (1 + I)] -1<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

d= taxa de juro real anual (<strong>com</strong> desconto da inflação)<<strong>br</strong> />

D= taxa de juro nominal anual<<strong>br</strong> />

I= taxa de inflação<<strong>br</strong> />

Exemplo 22.8<<strong>br</strong> />

Calcular a taxa de juro real fornecida a inflação de I=4,0% e a taxa de juro nominal<<strong>br</strong> />

anual de D=9,25% para junho de 2009 no Brasil.<<strong>br</strong> />

d= [(1+D)/ (1 + I)] -1<<strong>br</strong> />

d= [(1+0,0925)/ (1 + 0,04)] -1 =0,0505<<strong>br</strong> />

Preço futuro<<strong>br</strong> />

O preço futuro Ct <strong>com</strong> referência ao preço base Co é fornecido pela equação:<<strong>br</strong> />

Ct= Co ( 1 + E) t<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

Ct= custo futuro em dólares<<strong>br</strong> />

Co= custo atual em dólares<<strong>br</strong> />

E= taxa nominal de juros em fração<<strong>br</strong> />

t= período de tempo que geralmente é em anos<<strong>br</strong> />

Exemplo 22.9<<strong>br</strong> />

Calcular o custo futuro daqui a 10anos para o custo atual de US$ 1000,00 sendo a taxa<<strong>br</strong> />

nominal de juros de 3%.<<strong>br</strong> />

Ct= Co ( 1 + E) t<<strong>br</strong> />

Ct= 1000x ( 1 + 0,03) 10 =US$ 1.344,00<<strong>br</strong> />

Método LCCA<<strong>br</strong> />

Existe uma fórmula geral do método LCCA que é:<<strong>br</strong> />

LCCA= Σ Ct / ( 1 +d) t<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

LCCA= valor presente total do LCC em dólares no período para cada alternativa<<strong>br</strong> />

Ct= soma de todos os custos relevantes incluindo custo inicial e custos futuros durante o<<strong>br</strong> />

período de tempo considerado<<strong>br</strong> />

d= taxa nominal de desconto em fração<<strong>br</strong> />

Entretanto Fuller et al, 1996 apresenta uma outra fórmula que é mais usada:<<strong>br</strong> />

LCCA= Custo Inicial + Reposição – Resíduo + Energia + custos + O&M<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

LCCA= valor presente total LCCA em dólares para uma alternativa escolhida<<strong>br</strong> />

Custo inicial= valor presente dos investimentos iniciais em dólares<<strong>br</strong> />

Reposição= valor presente do custo de reposição em dólares<<strong>br</strong> />

Resíduo= valor presente residual em dólares<<strong>br</strong> />

Energia=valor presente do custo da energia<<strong>br</strong> />

Custos= demais custos<<strong>br</strong> />

O&M: valor presente dos custos de manutenção e operação em dólares<<strong>br</strong> />

22-11


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 22- Métodos de avaliações de sistema de aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 28/12/09<<strong>br</strong> />

Exemplo 22.10<<strong>br</strong> />

Usando o Método da análise do custo de vida de um sistema de aproveitamento de água<<strong>br</strong> />

de chuva escolher a alternativa mais adequada para um determinado local.<<strong>br</strong> />

Primeiramente devemos observar que os sistemas de aproveitamento que sejam<<strong>br</strong> />

mutualmente independentes, isto é, o que ocorre em um não ocorrem em outro. Assim a<<strong>br</strong> />

escolha de um reservatório para aproveitamento da água de chuva podemos <strong>com</strong>parar<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> a aquisição da água pelo cavalete usando a concessionária pública de<<strong>br</strong> />

abastecimento de água.<<strong>br</strong> />

Teremos que considerar o custo de implantação, a manutenção e operação em 20<<strong>br</strong> />

anos, o custo do terreno, a inflação, o custo do dinheiro. No final de 20anos ou ainda<<strong>br</strong> />

antes teremos que fazer ou não uma reforma <strong>com</strong>pleta do sistema de aproveitamento de<<strong>br</strong> />

água de chuva? Depois de 20 anos de funcionamento a mesma continuará operando ou<<strong>br</strong> />

será desativada e vendido o terreno?<<strong>br</strong> />

O método LCCA aconselha usar no mínimo duas alternativas. Escolhe-se a<<strong>br</strong> />

alternativa de menor custo, observando a perfomance (desempenho) mínimas admitidas.<<strong>br</strong> />

O estabelecimento das performances das alternativas é muito <strong>com</strong>plicado. O<<strong>br</strong> />

reservatório pode ser dimensionado para aproveitamento 100% usando o método de<<strong>br</strong> />

Ripp ou considerar a probabilidade do número de meses em que o reservatório fica sem<<strong>br</strong> />

água durante o ano.<<strong>br</strong> />

Quanto a água da concessionária pública pode ter garantia de funcionamento de<<strong>br</strong> />

100% quando nunca há uma interrupção no abastecimento em locais onde é feito<<strong>br</strong> />

rodízios pode atingir valores de 50%.<<strong>br</strong> />

É importante não esquecer todos os custos a serem usados mesmo que seja<<strong>br</strong> />

insignificante e conforme o caso pode-se aumentar um determinado custo para incluir<<strong>br</strong> />

um outro custo.<<strong>br</strong> />

22.9 Método da análise de custo-eficácia –CEA (cost-effectiveness)<<strong>br</strong> />

Embora o método da análise de custo-eficácia (CEA) seja muito simples,<<strong>br</strong> />

escolhendo todas as alternativas que atendam ao objetivo, fica fácil achar o menor<<strong>br</strong> />

custo, mas difícil de avaliar os benefícios<<strong>br</strong> />

A análise de custo-eficácia segundo a enciclopédia Wikipédia, é uma forma de<<strong>br</strong> />

análise econômica que <strong>com</strong>para os custos <strong>com</strong> os efeitos. Geralmente é usado onde a<<strong>br</strong> />

análise de beneficio/custo não fica apropriada.<<strong>br</strong> />

A análise de custo-eficácia é muito usada na seleção do sistema de<<strong>br</strong> />

aproveitamento de água de chuva para achar o mínimo custo aliado a eficiência. Nem<<strong>br</strong> />

sempre a CEA vai indicar uma evidência clara na tomada de decisão.<<strong>br</strong> />

Decisão da escolha do volume do reservatório de água de chuva<<strong>br</strong> />

Como o método da análise de custo-eficácia não traz geralmente a decisão,<<strong>br</strong> />

precisamos introduzir mais informações externas. No caso vamos criar a Matriz de<<strong>br</strong> />

Leopold para facilitar a decisão introduzindo alguns conceitos.<<strong>br</strong> />

Primeiramente vamos definir que o volume máximo Vmax do sistema de<<strong>br</strong> />

aproveitamento de água de chuva é obtido pelo método de Rippl.<<strong>br</strong> />

O volume mínimo Vmin. é obtido pelo método prático do prof. dr. Azevedo<<strong>br</strong> />

Neto. Temos assim os seguintes intervalos:<<strong>br</strong> />

Vmax<<strong>br</strong> />

Vmin<<strong>br</strong> />

22-12


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 22- Métodos de avaliações de sistema de aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 28/12/09<<strong>br</strong> />

Matriz de Leopold<<strong>br</strong> />

Vamos definir a Matriz de Leopold para facilitar a contagem de pontos.<<strong>br</strong> />

Consideremos que a nota varia de 0 a 10 e os pesos variam de 1 a 10 conforme Tabela<<strong>br</strong> />

(22.2)<<strong>br</strong> />

Tabela 22.2- Matriz de Leopold <strong>com</strong> nota variando de 0 a 10<<strong>br</strong> />

Agua provida da concessionária pública de água que poderá ter<<strong>br</strong> />

abastecimento continuo, rodízios ou freqüentes rupturas<<strong>br</strong> />

Agua provida de poço tubular profundo (artesiano) no local ou próximo<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> qualidade adequada<<strong>br</strong> />

Agua provinda de caminhão tanque em volume de 10m 3 ou 30m 3 e que<<strong>br</strong> />

tenha acesso ao local por estradas e rampas.<<strong>br</strong> />

Número total de pontos=<<strong>br</strong> />

Nota<<strong>br</strong> />

Peso 10<<strong>br</strong> />

Nota<<strong>br</strong> />

Peso 8<<strong>br</strong> />

Nota<<strong>br</strong> />

Peso 5<<strong>br</strong> />

Na Tabela (22.3) estão as notas e em função delas o volume aconselhável<<strong>br</strong> />

variando deste o Vmax até o Vmin.<<strong>br</strong> />

A nota máxima de 230 é obtida quando temos nota 10 nas três linhas da Matriz<<strong>br</strong> />

de Leopold. A nota mínima 0 é obtida quando não temos concessionária de água, não<<strong>br</strong> />

temos poço tubular e não é viável o envio de caminhões tanque.<<strong>br</strong> />

Tabela 22.3- Escolha do volume em função da nota total<<strong>br</strong> />

Volumes do reservatório de água de<<strong>br</strong> />

chuva<<strong>br</strong> />

Nota<<strong>br</strong> />

(m 3 )<<strong>br</strong> />

Vmax<<strong>br</strong> />

0 (nota mínima)<<strong>br</strong> />

Vmin<<strong>br</strong> />

230 (nota máxima)<<strong>br</strong> />

y = a.V + b<<strong>br</strong> />

a= ( min-Vamx)/230<<strong>br</strong> />

V= número de pontos<<strong>br</strong> />

Quando x=0 teremos Vmax obtido pelo método de Rippl<<strong>br</strong> />

Exemplo 22.10<<strong>br</strong> />

Se Vmax=414m 3 e Vimin=98m 3 e usando Método de Leopold achamos nota <strong>17</strong>0 temos:<<strong>br</strong> />

a= ( Vmin-Vamx)/230<<strong>br</strong> />

a= (98-414)/230= -1,37<<strong>br</strong> />

y = a.V + b<<strong>br</strong> />

y = -1,37 x <strong>17</strong>0 +414= 181m 3<<strong>br</strong> />

Exemplo 22.11<<strong>br</strong> />

Exemplo: Escola fundamental<<strong>br</strong> />

Número de alunos: 1500<<strong>br</strong> />

Quantidade de professores: 30<<strong>br</strong> />

Quantidade de funcionários: 20<<strong>br</strong> />

Total de pessoas: 1500+30+20= 1550 pessoas<<strong>br</strong> />

Área de telhado: ............1600m 2<<strong>br</strong> />

Área de piso interno:......1400m 2<<strong>br</strong> />

Área de refeitório: ............200m 2<<strong>br</strong> />

Área de gramado (jardins)..1.000m 2<<strong>br</strong> />

22-13


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 22- Métodos de avaliações de sistema de aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 28/12/09<<strong>br</strong> />

Número de dias de trabalho: 20dias/mês<<strong>br</strong> />

Precipitação média anual: 1569mm<<strong>br</strong> />

Descarga em bacias sanitárias:<<strong>br</strong> />

Taxa adotada: 9 Litros/descarga<<strong>br</strong> />

Freqüência: 2 vezes/dia<<strong>br</strong> />

Volume médio mensal gasto nas bacias sanitárias<<strong>br</strong> />

(1.550 pessoas 9 L/descarga/dia x 2 vezes/dia x20 dias)/1000 = 558m 3 /mês.<<strong>br</strong> />

Lavagem do piso interno:<<strong>br</strong> />

Taxa adotada: 2 L/dia/m 2<<strong>br</strong> />

Freqüência: 4 vezes/mês<<strong>br</strong> />

1.400m 2 x 2 L/m 2 x 4 / 1000= 11m 3 /mês<<strong>br</strong> />

Lavagem do piso interno do refeitório:<<strong>br</strong> />

Taxa adotada: 2 L/dia/m 2<<strong>br</strong> />

Freqüência: 20 vezes/mês<<strong>br</strong> />

200m 2 x 2 L/dia/m 2 x 20dias/1000= 8m 3 /mês<<strong>br</strong> />

Rega de gramado<<strong>br</strong> />

Taxa adotada: 2 L/ dia/m 2<<strong>br</strong> />

Freqüência: 4 vezes/mês<<strong>br</strong> />

1000m 2 x 2 L/dia/m 2 x 4/1000=8 m 3 /mês<<strong>br</strong> />

Resumo de consumo não potável<<strong>br</strong> />

Descarga em bacias sanitárias....................558 m 3 /mês<<strong>br</strong> />

Rega de jardim............................................. .8 m 3 /mês<<strong>br</strong> />

Refeitório....................................... 8 m 3 /mês<<strong>br</strong> />

Piso interno...............................<<strong>br</strong> />

11 m 3 /mês<<strong>br</strong> />

Total........................................................ 585 m 3 /mês<<strong>br</strong> />

Total anual: 585m 3 /mês x 12meses= 7.020m 3 /ano<<strong>br</strong> />

Conclusão: precisamos de 7.020m 3 /ano ou 585m 3 /mês de água não potável<<strong>br</strong> />

Consumo médio de água pública de uma escola fundamental: 25 Litros/ano<<strong>br</strong> />

25 litros/aluno x 1500 alunos x 20dias/mês / 1000= 750m 3 /mês<<strong>br</strong> />

Agua potável= 750m 3 /mês – 585m 3 /mês=165m 3 /mês<<strong>br</strong> />

Agua não potável= 585m 3 /mês<<strong>br</strong> />

Total= 750m 3 /mês<<strong>br</strong> />

Verificação:<<strong>br</strong> />

Volume máximo anual que podemos tirar aproveitando 80% da água de<<strong>br</strong> />

chuva.<<strong>br</strong> />

(1.500m 2 x 1.569mm x 0,80)/ 1000= 1.883m 3<<strong>br</strong> />

Conclusão: temos somente 1.883m 3 /ano, ou seja, 157 m 3 /mês.<<strong>br</strong> />

Grande problema: volume do reservatório ??<<strong>br</strong> />

Método do prof. Azevedo Neto<<strong>br</strong> />

1569mm/ 2=785mm<<strong>br</strong> />

785mm/ 12 meses= 65mm /mês = 65 Litros/m 2 /mês<<strong>br</strong> />

22-14


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 22- Métodos de avaliações de sistema de aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 28/12/09<<strong>br</strong> />

Volume mensal<<strong>br</strong> />

1.500m 2 x 65 L/m 2 /mês/ 1000= 98 m 3<<strong>br</strong> />

Reservatório: 98m 3 (para 1 mês de seca)<<strong>br</strong> />

Consumo: 98 m 3 /mês<<strong>br</strong> />

Tabela 22.4- Volume das cisternas, volume aproveitado anualmente, e custo dos<<strong>br</strong> />

reservatórios para consumo de 150m 3 /mês<<strong>br</strong> />

Vol cisterna<<strong>br</strong> />

(m 3 )<<strong>br</strong> />

Volume<<strong>br</strong> />

aprov anual<<strong>br</strong> />

(m 3 )<<strong>br</strong> />

Média<<strong>br</strong> />

mensal<<strong>br</strong> />

(m 3 )<<strong>br</strong> />

US$/m 3<<strong>br</strong> />

Custo<<strong>br</strong> />

US$<<strong>br</strong> />

Suprimento<<strong>br</strong> />

(m 3 )<<strong>br</strong> />

Beneficio<<strong>br</strong> />

(US$)<<strong>br</strong> />

Coluna 1 Coluna 2 Coluna 3 Coluna 4 Coluna 5 Coluna 6 Coluna 7 Coluna 8<<strong>br</strong> />

Volume<<strong>br</strong> />

máximo<<strong>br</strong> />

Volume<<strong>br</strong> />

mínimo<<strong>br</strong> />

414 1928 161 76 31497 0<<strong>br</strong> />

98 1267 106 165 16127 316<<strong>br</strong> />

14653<<strong>br</strong> />

Vamos detalhar a Tabela (22.2).<<strong>br</strong> />

Coluna 1<<strong>br</strong> />

Temos o volume máximo de 414m 3 que é fornecido pelo método de Rippl e o<<strong>br</strong> />

volume mínimo de 98m 3 que é fornecido pelo método do prof Azevedo Neto.<<strong>br</strong> />

Coluna 2<<strong>br</strong> />

Na coluna 2 colocamos o volume máximo e o mínimo e um volume médio de<<strong>br</strong> />

252 m 3 obtido somando-se 414m 3 <strong>com</strong> 98m 3 e dividindo-se por 2,<<strong>br</strong> />

O volume de 335m 3 é obtido pela média entre 414m 3 e 252m 3 .<<strong>br</strong> />

O volume de <strong>17</strong>7m 3 é obtido pela media entre 98m 3 e 252m 3 .<<strong>br</strong> />

Coluna 3<<strong>br</strong> />

Na coluna 3 temos os volumes aproveitáveis usando o método da simulação para<<strong>br</strong> />

telhado <strong>com</strong> 1600m 2 . Para o volume máximo de 414m 3 aproveitaremos todo o volume<<strong>br</strong> />

disponível de água e para 98m 3 obteremos 1267m 3 .<<strong>br</strong> />

Coluna 4<<strong>br</strong> />

Na coluna 4 dividimos o volume aproveitável anualmente da coluna 3 por 12meses e<<strong>br</strong> />

teremos na primeira linha 1928m 3 /12= 161m 3 /mês.<<strong>br</strong> />

Coluna 5<<strong>br</strong> />

O custo varia de US$ 100/m 3 a US$ 200/m 3 . Adotamos US$ 144/m 3<<strong>br</strong> />

9629<<strong>br</strong> />

Coluna 6<<strong>br</strong> />

O custo total do reservatório é o custo por m 3 da coluna 5 multiplicado pelo<<strong>br</strong> />

volume do reservatório da coluna 2. Assim teremos na primeira linha 414m 3 x US$<<strong>br</strong> />

76/m 3 = US$ 31.497<<strong>br</strong> />

Coluna 7<<strong>br</strong> />

Na coluna 7 estão os volume de água que serão adquiridos para <strong>com</strong>pletar os<<strong>br</strong> />

150m 3 /mês. Na primeira linha <strong>com</strong>o temos o método de Rippl nada será <strong>com</strong>prado e o<<strong>br</strong> />

máximo a ser adquirido é na última linha onde usamos o método do prof. Azevedo Neto<<strong>br</strong> />

que terá quer ser <strong>com</strong>prado 316m 3 por ano.<<strong>br</strong> />

22-15


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 22- Métodos de avaliações de sistema de aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 28/12/09<<strong>br</strong> />

Coluna 8<<strong>br</strong> />

Na coluna 8 estão os benefícios que é a água economizada da concessionária<<strong>br</strong> />

publica que custa US$ 7,60/m 3 e multiplicando pelo volume aproveitável pelo<<strong>br</strong> />

reservatório anualmente. Para a primeira linha teremos: US$ 7,60/m 3 x 1928m 3 =US$<<strong>br</strong> />

14.653.<<strong>br</strong> />

Aplicação da Matriz de Leopold<<strong>br</strong> />

Tabela 22.5- Matriz de Leopold <strong>com</strong> nota variando de 0 a 10<<strong>br</strong> />

Agua provida da concessionária pública de água que poderá ter Nota 8<<strong>br</strong> />

abastecimento contínuo rodízios ou freqüentes rupturas<<strong>br</strong> />

Peso 10<<strong>br</strong> />

Agua provida de poço tubular profundo (artesiano) no local ou próximo Nota 5<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> qualidade adequada<<strong>br</strong> />

Peso 8<<strong>br</strong> />

Agua provinda de caminhão tanque em volume de 10m 3 ou 30m 3 e que Nota 10<<strong>br</strong> />

tenha acesso ao local por estradas e rampas.<<strong>br</strong> />

Peso 5<<strong>br</strong> />

Número total de pontos= <strong>17</strong>0<<strong>br</strong> />

Damos os pontos 8 para o abastecimento local da escola, cinco para poço tubular<<strong>br</strong> />

profundo, pois no local é região do cristalino e a vazão dos poços é baixa.. Quanto a<<strong>br</strong> />

água de caminhão tanque há acesso de estradas e no local.<<strong>br</strong> />

Obtemos: 8 x 10 + 5 x 8 + 10 x 5= <strong>17</strong>0<<strong>br</strong> />

Portanto, temos <strong>17</strong>0 pontos<<strong>br</strong> />

Na Tabela (22.3) estão as notas e em função delas o volume aconselhável<<strong>br</strong> />

variando deste o Vmax até o Vmin.<<strong>br</strong> />

Tabela 22.3- Escolha do volume em função da nota total<<strong>br</strong> />

Volumes do reservatório de água de<<strong>br</strong> />

Nota<<strong>br</strong> />

chuva<<strong>br</strong> />

(m 3 )<<strong>br</strong> />

Vmax= 414m 3 0<<strong>br</strong> />

Vmin=98m 3 230<<strong>br</strong> />

Conclusão:<<strong>br</strong> />

Obtemos V=181m 3 mas adotamos <strong>17</strong>0m 3 .<<strong>br</strong> />

Custo por m3 do reservatorio= US$ 144/m 3<<strong>br</strong> />

<strong>17</strong>0m 3 x US$ 144/m 3 =US$24,480,00<<strong>br</strong> />

Verificando-se o método da simulação obtemos que anualmente será necessário<<strong>br</strong> />

244m 3 de suprimento para a demanda média mensal de 150m 3 e o volume total<<strong>br</strong> />

aproveitável durante um ano é de 1.440m 3 .<<strong>br</strong> />

22.10 Payback, LCCA e Beneficio/Custo<<strong>br</strong> />

Vamos fazer uma aplicação prática do payback, LCCA e Beneficio/Custo para<<strong>br</strong> />

um caso real no município de Guarulhos.<<strong>br</strong> />

Município: Guarulhos, Região Metropolitana de São Paulo<<strong>br</strong> />

Escola Municipal na periferia ligada a rede pública da concessionária pública (SAAE)<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> água e esgoto sanitário.<<strong>br</strong> />

Data base: novem<strong>br</strong>o de 2008<<strong>br</strong> />

Volume da cisterna: 130m 3<<strong>br</strong> />

22-16


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 22- Métodos de avaliações de sistema de aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 28/12/09<<strong>br</strong> />

Material da cisterna: concreto armado<<strong>br</strong> />

Posição da cisterna: enterrada<<strong>br</strong> />

Área do telhado <strong>com</strong> 1600m 2 em projeção<<strong>br</strong> />

Inflação anual do Brasil= 5,5%<<strong>br</strong> />

Taxa de juros anual= 13,5%<<strong>br</strong> />

Tarifa de água do SAAE= R$ 8,75/m 3 = US$ 3,80/m 3<<strong>br</strong> />

1 US$ = R$ 2,30 (novem<strong>br</strong>o 2008)<<strong>br</strong> />

Tarifa de esgoto do SAAE= US$ 3,80/m 3<<strong>br</strong> />

Tarifa de água e esgoto do SAAE= US$ 7,60/m 3<<strong>br</strong> />

Volume anual que podemos aproveitar <strong>com</strong> o reservatório escolhido usando o Método<<strong>br</strong> />

da Simulação <strong>com</strong> chuvas mensais médias: 1.643m 3 /ano<<strong>br</strong> />

Exemplo 22.12- Payback<<strong>br</strong> />

O payback mede o tempo em que o investimento será reposto. Supomos que água de<<strong>br</strong> />

chuva será usada somente em lavagem de pisos e rega de jardim, não indo nenhuma<<strong>br</strong> />

gota para a rede pública de esgoto sanitário.<<strong>br</strong> />

Investimento inicial<<strong>br</strong> />

Custo por m 3 do reservatório de concreto= US$ 156/m 3<<strong>br</strong> />

Volume da cisterna= 130m 3<<strong>br</strong> />

Investimento inicial= US$ 156/m 3 x 130m 3 = US$ 20.280,00<<strong>br</strong> />

Beneficio<<strong>br</strong> />

Tarifa de água e esgoto= US$ 7,60/m 3<<strong>br</strong> />

Beneficio = 1643m 3 /ano xUS$ 7,60= US$ 12.487,00<<strong>br</strong> />

Payback=Investimento/Beneficio=US$20.280,00/US$12.487,00=1,624anos<<strong>br</strong> />

(19,5meses).<<strong>br</strong> />

Portanto, em 19,5meses o investimento será reposto.<<strong>br</strong> />

Observação quanto ao método do payback: deve ser usado <strong>com</strong>o uma diretriz inicial de<<strong>br</strong> />

que o aproveitamento de água de chuva é viável. Notar que o payback não inclui a<<strong>br</strong> />

manutenção e operação, energia elétrica e outras despesas.<<strong>br</strong> />

Exemplo 22.13- LCCA<<strong>br</strong> />

Neste caso usaremos o Método de análise da vida <strong>com</strong> objetivo de <strong>com</strong>pararmos todos<<strong>br</strong> />

os custos no valor presente. Supomos que a água de chuva será usada somente em<<strong>br</strong> />

bacias sanitárias sendo que o efluente dos esgotos vai para a rede pública de esgotos.<<strong>br</strong> />

Vamos seguir os 10 passos re<strong>com</strong>endados por Fuller e Petersen, 1996 que são:<<strong>br</strong> />

Primeiro passo:<<strong>br</strong> />

Iremos <strong>com</strong>parar duas alternativas para abastecimento de bacias sanitárias <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

água não potável em uma escola <strong>com</strong> 1.643m 3 /ano de água de chuva. Será analisada a<<strong>br</strong> />

alternativa do aproveitamento de água de chuva do telhado <strong>com</strong>parando <strong>com</strong> a água<<strong>br</strong> />

vinda por cavalete do SAAE de Guarulhos. A decisão escolhida será aquela que tiver o<<strong>br</strong> />

menor custo presente em 20 anos.<<strong>br</strong> />

Segundo passo:<<strong>br</strong> />

As duas alternativas são mutualmente exclusivas, isto é, uma não depende da<<strong>br</strong> />

outra. Assim quando ocorre o aproveitamento da água de chuva (alternativa A) não<<strong>br</strong> />

ocorre o abastecimento de água potável pelo SAAE (Alternativa B).<<strong>br</strong> />

22-<strong>17</strong>


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 22- Métodos de avaliações de sistema de aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 28/12/09<<strong>br</strong> />

Terceiro passo:<<strong>br</strong> />

O aproveitamento da água de chuva em bacias sanitárias é para água não<<strong>br</strong> />

potável, pois não precisamos de água tratada para dar descarga em bacias sanitárias.<<strong>br</strong> />

Alem do mais a economia de água usando água de chuva, propiciará ao SAAE melhorar<<strong>br</strong> />

o abastecimento onde tem rodízio de água.<<strong>br</strong> />

Quarto passo:<<strong>br</strong> />

O prazo de avaliação é de 20 anos tanto para a alternativa A <strong>com</strong>o para a<<strong>br</strong> />

alternativa B e a data base é novem<strong>br</strong>o de 2008.<<strong>br</strong> />

Quinto passo:<<strong>br</strong> />

Vamos fazer o calculo de cada alternativa.<<strong>br</strong> />

Alternativa A: cisterna <strong>com</strong> 130m 3<<strong>br</strong> />

Primeiramente <strong>com</strong>ecemos <strong>com</strong> a alternativa A referente a captação de água de<<strong>br</strong> />

chuva.<<strong>br</strong> />

O volume da cisterna de concreto enterrada será de 130m 3 e pretende-se tirar<<strong>br</strong> />

1.643m 3 /mês na cidade de Guarulhos.<<strong>br</strong> />

Custo do reservatório de concreto<<strong>br</strong> />

O custo em dólares de construção C de um reservatório de concreto enterrado<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> volume V em m 3 pode ser calculado pela equação.<<strong>br</strong> />

C=192 - 0,28 x V<<strong>br</strong> />

Para o volume de 130m 3 o custo será:<<strong>br</strong> />

C= 192 -0,28 x 130= US$156/m 3<<strong>br</strong> />

Custo de reposição de bombas, sensores, bóias de nível, bomba dosadora de<<strong>br</strong> />

cloro, instalação elétrica a cada 5 anos a um custo de US$ 863/por reforma. Teremos<<strong>br</strong> />

custos a 5 anos, 10ano e 15 anos.<<strong>br</strong> />

Custo estimado de energia elétrica a US$ 156/ano<<strong>br</strong> />

Custo do hipoclorito de sódio para cloração US$ 520/ano<<strong>br</strong> />

Limpeza e desinfecção do reservatório a cada ano US$ 429/ano<<strong>br</strong> />

Custo contingencial de 25% do custo da o<strong>br</strong>a do reservatório, incluindo preços<<strong>br</strong> />

não previstos e custo de projeto que será no total US$ 5.057.<<strong>br</strong> />

Custo do esgoto co<strong>br</strong>ado pelo SAAE de US$ 3,8/m 3 supondo que toda a água de<<strong>br</strong> />

chuva vai ser usada nas bacias sanitárias e vai para a rede coletora. Por ano teremos<<strong>br</strong> />

US$ 6.243.<<strong>br</strong> />

Valor residual no fim de 20 anos supomos que o reservatório tenha valor de 15%<<strong>br</strong> />

do custo de implantação,ou seja, - US$3.034,00 <strong>com</strong> valor negativo.<<strong>br</strong> />

Valor presente nos 20anos de vida do reservatório apurado é de US$ 96.442,00<<strong>br</strong> />

Tabela 22.3- Resumo dos custos para o valor presente de um reservatório <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

130m 3 para aproveitamento de água de chuva <strong>com</strong> 1.643m 3 /ano<<strong>br</strong> />

Ordem<<strong>br</strong> />

Especificações<<strong>br</strong> />

Valor<<strong>br</strong> />

US$/m 3 Volume<<strong>br</strong> />

(m 3 )<<strong>br</strong> />

Custo unitário<<strong>br</strong> />

US$<<strong>br</strong> />

Unidade Quantidade Fator presente<<strong>br</strong> />

US$<<strong>br</strong> />

1 Custo de construção de reservatórios de<<strong>br</strong> />

156 US$/m 3 130 Já é valor 20228<<strong>br</strong> />

concreto armado enterrados<<strong>br</strong> />

presente<<strong>br</strong> />

2 Bombas centrifugas, sensores de nível, bomba<<strong>br</strong> />

863 US$/m 3 5 0,69 599<<strong>br</strong> />

dosadora de cloro, instalações elétrica e reforma a 5 anos<<strong>br</strong> />

3 Bombas centrifugas, sensores de nível, bomba<<strong>br</strong> />

863 US$ 10 0,48 416<<strong>br</strong> />

dosadora de cloro, instalações elétrica e reforma a 10 anos<<strong>br</strong> />

4 Bombas centrifugas, sensores de nível, bomba<<strong>br</strong> />

863 US$ 15 0,33 288<<strong>br</strong> />

dosadora de cloro, instalações elétrica e reforma a 15 anos<<strong>br</strong> />

5 Energia elétrica em 20anos usada no bombeamento 156 US$/ano 20 10,13 1580<<strong>br</strong> />

22-18


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 22- Métodos de avaliações de sistema de aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 28/12/09<<strong>br</strong> />

6 Fornecimento de hipoclorito de sódio para cloração<<strong>br</strong> />

520 US$/ano 20 10,13 5268<<strong>br</strong> />

em 20 anos e manutenção do dosador automático<<strong>br</strong> />

7 Limpeza e desinfecção do reservatório uma vez por ano 429 US$/ano 20 10,13 4346<<strong>br</strong> />

8 Custo contingencial que inclui custo do projeto<<strong>br</strong> />

5057 US$ 20 0,23 1<strong>17</strong>2<<strong>br</strong> />

e custos inesperados (25%) do custo do reservatório<<strong>br</strong> />

9 Custo de esgoto de toda água de chuva aproveitada<<strong>br</strong> />

3,8 1643 6243 US$ 20 10,13 63249<<strong>br</strong> />

supondo que a mesma vá para a rede pública US$ 3,80/m3<<strong>br</strong> />

10 Valor residual no fim da vida útil (15% do<<strong>br</strong> />

-3034 US$ 20 0,23 -703<<strong>br</strong> />

Valor inicial do reservatório)<<strong>br</strong> />

11 Valor presente nos 20anos de vida útil US$<<strong>br</strong> />

100327<<strong>br</strong> />

Vamos calcular a taxa de juros real anual d<<strong>br</strong> />

d= [(1+D)/ (1 + I)] -1<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

d= taxa de juro real anual<<strong>br</strong> />

D= taxa de juro nominal anual=0,135 (13,5%)<<strong>br</strong> />

I= taxa de inflação em fração anual=0,055 (5,5%)<<strong>br</strong> />

d= [(1+D)/ (1 + I)] -1<<strong>br</strong> />

d= [(1+0,135)/ (1 + 0,055)] -1= 0,076<<strong>br</strong> />

1ª Linha<<strong>br</strong> />

Consta o custo do reservatório US$ 150/m 3 e o volume do reservatório que é<<strong>br</strong> />

130m 3 e então teremos o custo de US$ 150/m 3 x 130m 3 = US$ 20.228,00 que é o valor<<strong>br</strong> />

presente.<<strong>br</strong> />

2ª Linha<<strong>br</strong> />

A cada 5 anos temos despesas estimadas de US$ 863,00 para instalação de<<strong>br</strong> />

novos conjuntos motores-bombas.<<strong>br</strong> />

SPV= Ft x [1 / ( 1 + d) t ]<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

SPV= valor presente simples em US$<<strong>br</strong> />

Ft= valor pago no tempo “n” em US$<<strong>br</strong> />

d= taxa de juro anual em fração<<strong>br</strong> />

t= período de tempo que geralmente em anos<<strong>br</strong> />

Para t=5anos e d=0,076 que é a taxa de real de juros anuais. teremos:<<strong>br</strong> />

Fator= 1/( 1 + ) t<<strong>br</strong> />

Fator= 1/( 1 + 0,076) 5 = 0,69<<strong>br</strong> />

SPV= Ft x [1 / ( 1 + d) t ]<<strong>br</strong> />

SPV= 863 x 0,69= US$ 599,00<<strong>br</strong> />

3ª Linha<<strong>br</strong> />

A cada 10 anos temos despesas estimadas de US$ 863,00 para instalação de<<strong>br</strong> />

novos conjuntos motores-bombas.<<strong>br</strong> />

SPV= Ft x [1 / ( 1 + d) t ]<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

SPV= valor presente simples em US$<<strong>br</strong> />

Ft= valor pago no tempo “n” em US$<<strong>br</strong> />

d= taxa de juro anual em fração<<strong>br</strong> />

t= período de tempo que geralmente em anos<<strong>br</strong> />

Para t=10anos e d=0,076 que é a taxa de real de juros anuais. teremos:<<strong>br</strong> />

22-19


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 22- Métodos de avaliações de sistema de aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 28/12/09<<strong>br</strong> />

Fator= 1/( 1 + ) t<<strong>br</strong> />

Fator= 1/( 1 + 0,076) 10 = 0,48<<strong>br</strong> />

SPV= Ft x [1 / ( 1 + d) t ]<<strong>br</strong> />

SPV= 863 x 0,48= US$ 416,00<<strong>br</strong> />

4ª Linha<<strong>br</strong> />

A cada 15 anos temos despesas estimadas de US$ 863,00 para instalação de<<strong>br</strong> />

novos conjuntos motor-bombas.<<strong>br</strong> />

SPV= Ft x [1 / ( 1 + d) t ]<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

SPV= valor presente simples em US$<<strong>br</strong> />

Ft= valor pago no tempo “n” em US$<<strong>br</strong> />

d= taxa de juro anual em fração<<strong>br</strong> />

t= período de tempo que geralmente em anos<<strong>br</strong> />

Para t=15anos e d=0,076 que é a taxa de real de juros anuais. teremos:<<strong>br</strong> />

Fator= 1/( 1 + ) t<<strong>br</strong> />

Fator= 1/( 1 + 0,076) 15 = 0,33<<strong>br</strong> />

SPV= Ft x [1 / ( 1 + d) t ]<<strong>br</strong> />

SPV= 863 x 0,33= US$ 288,00<<strong>br</strong> />

5 a Linha<<strong>br</strong> />

Nesta linha temos o custo da energia elétrica anual de US$ 156,00 em 20 anos.<<strong>br</strong> />

Vamos calcular o valor presente uniforme, pois o valor é suposto constante.<<strong>br</strong> />

Valor presente Uniforme (UPV)<<strong>br</strong> />

O valor presente uniforme é usado <strong>com</strong>o se fosse uma série de valores iguais que<<strong>br</strong> />

são pagos durante um certo número de anos e o valor presente uniforme será:<<strong>br</strong> />

UPV= Ao . [ (1+d) n -1 ] / [ d .(1+d) n ] Figura (22.1)<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

UPV= valor presente uniforme em dólares<<strong>br</strong> />

Ao= aplicação anual constante em dólares<<strong>br</strong> />

d= taxa de juros anual em fração<<strong>br</strong> />

n= número de anos<<strong>br</strong> />

Vamos calcular o fator F<<strong>br</strong> />

F= [ (1+d) n -1 ] / [ d .(1+d) n ]<<strong>br</strong> />

F= [ (1+0,076) 20 -1 ] / [ 0,076 .(1+0,076) 20 ] =10,13<<strong>br</strong> />

UPV= Ao . F= 156 x 10,13= US$ 1.580,00<<strong>br</strong> />

6ª Linha<<strong>br</strong> />

Anualmente teremos despesas de US$ 520,00 de hipoclorito de sódio e em<<strong>br</strong> />

20anos temos que calcular o valor presente.<<strong>br</strong> />

O valor de F é o mesmo da 5ª linha, isto é, F=10,13<<strong>br</strong> />

UPV= Ao . F= 520 x 10,13= US$ 5.268,00<<strong>br</strong> />

7ª Linha<<strong>br</strong> />

Anualmente temos que fazer a limpeza e desinfecção do reservatório de<<strong>br</strong> />

aproveitamento de água de chuva no valor de US$ 429,00.<<strong>br</strong> />

O procedimento é o mesmo da 5ª linha e 6ª linha.<<strong>br</strong> />

UPV= Ao . F= 429 x 10,13= US$ 4.346,00<<strong>br</strong> />

22-20


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 22- Métodos de avaliações de sistema de aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 28/12/09<<strong>br</strong> />

8ª Linha<<strong>br</strong> />

O custo contingencial que inclui o custo do projeto e custos inesperados é de<<strong>br</strong> />

25% do custo do reservatório.<<strong>br</strong> />

Como o custo do reservatório é de US$ 20.228,00 teremos que o custo<<strong>br</strong> />

contingencial é US$ 20.228,00 x 0,25= US$ 5057,00<<strong>br</strong> />

9ª Linha<<strong>br</strong> />

Supondo que toda a água de chuva vá para a rede coletora de esgoto da<<strong>br</strong> />

concessionária publica e sendo US$ 3,80/m 3 o custo da tarifa de esgoto sanitário e<<strong>br</strong> />

considerando o volume de 1.643m 3 anualmente teremos:<<strong>br</strong> />

US$ 3,80/m3 x 1.643m 3 = US$ 6.243,00<<strong>br</strong> />

Em 20 anos o fator F=10,13 e teremos:<<strong>br</strong> />

UPV= Ao . F= 6.243,00 x 10,13= US$ 63.249,00<<strong>br</strong> />

10ª Linha<<strong>br</strong> />

Vamos considerar que após 20 anos o valor residual seja de 15% do valor do<<strong>br</strong> />

reservatório, isto é, - 0,15 x US$ 20.228,00=-US$ 3.034,00. Usaremos o sinal negativo<<strong>br</strong> />

para indicar o valor residual.<<strong>br</strong> />

SPV= Ft x [1 / ( 1 + d) t ]<<strong>br</strong> />

Ft=-3.034<<strong>br</strong> />

SPV= Ft x [1 / ( 1 + 0,076) 20 ]=-3034 x 0,23= -US$ 703<<strong>br</strong> />

11 a Linha<<strong>br</strong> />

O valor presente em 20 anos será a soma de todas as parcelas de 1 a 10<<strong>br</strong> />

totalizando US$ 100.327,00<<strong>br</strong> />

Alternativa B: água do SAAE pelo cavalete<<strong>br</strong> />

Para efeito de <strong>com</strong>parar <strong>com</strong> a alternativa A precisamos usar o mesmo volume<<strong>br</strong> />

anual de 1643m 3 e considerando o custo da tarifa de água e esgoto de US$ 7,6/m 3<<strong>br</strong> />

teremos em 20 anos o valor presente US$ 126.493,00<<strong>br</strong> />

Tabela 22.4- Alternativa B- água do SAAE pelo cavalete<<strong>br</strong> />

Valor<<strong>br</strong> />

Fator F Presente<<strong>br</strong> />

US$<<strong>br</strong> />

1 Custo em dólares por m 3 3,8 m 3 /ano anos<<strong>br</strong> />

da tarifa de água<<strong>br</strong> />

2 Custo em dólares por m 3 3,8<<strong>br</strong> />

da tarifa de esgoto<<strong>br</strong> />

3 Custo total da tarifa pública 7,6 1.643 12.487 20 10,13 126.493<<strong>br</strong> />

4 Conclusão:<<strong>br</strong> />

1ª Linha<<strong>br</strong> />

Está o custo em dólares da tarifa de água US$ 3,80/m 3<<strong>br</strong> />

2ª Linha<<strong>br</strong> />

Está o custo em dólares da tarifa de esgotos sanitários US$ 3,80/m 3<<strong>br</strong> />

3ª Linha<<strong>br</strong> />

22-21


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 22- Métodos de avaliações de sistema de aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 28/12/09<<strong>br</strong> />

Está o custo total da tarifa de água e esgoto que é US$ 7,60/m 3<<strong>br</strong> />

O volume de água a ser <strong>com</strong>parado anualmente é 1.643m 3<<strong>br</strong> />

Considerando o custo unitário de US$ 7,60/m 3 x 1.643m 3 = US$12.487,00<<strong>br</strong> />

Anualmente teremos custos de US$ 12.487,00 e em 20 anos teremos fator<<strong>br</strong> />

F=10,13<<strong>br</strong> />

UPV= Ao . F= 12.487 x 10,13= US$ 126.493,00<<strong>br</strong> />

Sexto passo:<<strong>br</strong> />

Comparação das alternativas<<strong>br</strong> />

O valor presente da alternativa A é US$ 100.327,00 enquanto que o valor<<strong>br</strong> />

presente da alternativa B é US$ 126.493,00<<strong>br</strong> />

Portanto, a alternativa que apresenta preço mais baixo é a alternativa A do<<strong>br</strong> />

aproveitamento da água de chuva.<<strong>br</strong> />

Sétimo passo:<<strong>br</strong> />

A inflação anual de 5,5% foi calculada para o valor da taxa de desconto nominal<<strong>br</strong> />

“d”.<<strong>br</strong> />

Oitavo passo:<<strong>br</strong> />

Podemos fazer estudo de análise de incerteza no custo do reservatório bem <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

da opção de o SAAE não co<strong>br</strong>ar a tarifa de esgoto da água usada nas bacias sanitárias.<<strong>br</strong> />

Nono passo<<strong>br</strong> />

Não há nenhuma medida suplementar a ser feita<<strong>br</strong> />

Décimo passo<<strong>br</strong> />

A decisão é a alternativa A<<strong>br</strong> />

Exemplo 22.14- LCCA<<strong>br</strong> />

Neste caso usaremos o Método de análise da vida <strong>com</strong> objetivo de <strong>com</strong>pararmos todos<<strong>br</strong> />

os custos no valor presente.Supomos que a água de chuva será usada somente em<<strong>br</strong> />

lavagem de pisos e rega de jardim não indo uma gota para a rede de esgoto do SAAE<<strong>br</strong> />

de Guarulhos.<<strong>br</strong> />

Primeiro passo:<<strong>br</strong> />

Iremos <strong>com</strong>parar duas alternativas para abastecimento de bacias sanitárias <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

água não potável em uma escola <strong>com</strong> 1.643m 3 /ano de água de chuva. Será analisada a<<strong>br</strong> />

alternativa do aproveitamento de água de chuva do telhado <strong>com</strong>parando <strong>com</strong> a água<<strong>br</strong> />

vinda por cavalete do SAAE de Guarulhos. A decisão escolhida será aquela que tiver o<<strong>br</strong> />

menor custo presente em 20 anos.<<strong>br</strong> />

Segundo passo:<<strong>br</strong> />

As duas alternativas são mutualmente exclusivas, isto é, uma não depende da<<strong>br</strong> />

outra. Assim quando ocorre o aproveitamento da água de chuva (alternativa A) não<<strong>br</strong> />

ocorre o abastecimento de água potável pelo SAAE (Alternativa B).<<strong>br</strong> />

Terceiro passo:<<strong>br</strong> />

O aproveitamento da água de chuva em bacias sanitárias é para água não<<strong>br</strong> />

potável, pois não precisamos de água tratada para dar descarga em bacias sanitárias.<<strong>br</strong> />

Alem do mais a economia de água usando água de chuva, propiciará ao SAAE melhorar<<strong>br</strong> />

o abastecimento onde tem rodízio de água.<<strong>br</strong> />

22-22


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 22- Métodos de avaliações de sistema de aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 28/12/09<<strong>br</strong> />

Quarto passo:<<strong>br</strong> />

O prazo de avaliação é de 20 anos tanto para a alternativa A <strong>com</strong>o para a<<strong>br</strong> />

alternativa B e a data base é novem<strong>br</strong>o de 2008.<<strong>br</strong> />

Quinto passo:<<strong>br</strong> />

Vamos fazer o calculo de cada alternativa.<<strong>br</strong> />

Alternativa A: cisterna <strong>com</strong> 130m 3<<strong>br</strong> />

Primeiramente <strong>com</strong>ecemos <strong>com</strong> a alternativa A referente a captação de água de<<strong>br</strong> />

chuva.<<strong>br</strong> />

O volume da cisterna de concreto enterrada será de 130m 3 e pretende-se tirar<<strong>br</strong> />

1.643m 3 /ano na cidade de Guarulhos.<<strong>br</strong> />

Custo do reservatório de concreto<<strong>br</strong> />

O custo em dólares de construção C de um reservatório de concreto enterrado<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> volume V em m 3 pode ser calculado pela equação.<<strong>br</strong> />

C=192 - 0,28 x V<<strong>br</strong> />

Para o volume de 130m 3 o custo será:<<strong>br</strong> />

C= 192 -0,28 x 130= US$156/m 3<<strong>br</strong> />

Custo de reposição de bombas, sensores, bóias de nível, bomba dosadora de<<strong>br</strong> />

cloro, instalação elétrica a cada 5 anos a um custo de US$ 863/por reforma. Teremos<<strong>br</strong> />

custos a 5 anos, 10ano e 15 anos.<<strong>br</strong> />

Custo estimado de energia elétrica a US$ 156/ano<<strong>br</strong> />

Custo do hipoclorito de sódio para cloração US$ 520/ano<<strong>br</strong> />

Limpeza e desinfecção do reservatório a cada ano US$ 429/ano<<strong>br</strong> />

Custo contingencial de 25% do custo da o<strong>br</strong>a do reservatório, incluindo preços<<strong>br</strong> />

não previstos e custo de projeto que será no total US$ 5.057.<<strong>br</strong> />

Valor residual no fim de 20 anos supomos que o reservatório tenha valor de 15%<<strong>br</strong> />

do custo de implantação,ou seja, - US$3.034,00 <strong>com</strong> valor negativo.<<strong>br</strong> />

Valor presente nos 20anos de vida do reservatório apurado é de US$ 31.942,00<<strong>br</strong> />

Tabela 22.5- Resumo dos custos para o valor presente de um reservatório <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

130m 3 para aproveitamento de água de chuva <strong>com</strong> 1.643m 3 /ano<<strong>br</strong> />

Ordem<<strong>br</strong> />

Especificações<<strong>br</strong> />

Valor<<strong>br</strong> />

Custo unitário<<strong>br</strong> />

US$<<strong>br</strong> />

Unidade Quantidade Fator presente<<strong>br</strong> />

US$<<strong>br</strong> />

1 Custo de construção de reservatórios de<<strong>br</strong> />

156 US$/m 3 130 Já é valor 20.228<<strong>br</strong> />

concreto armado enterrados<<strong>br</strong> />

presente<<strong>br</strong> />

2 Bombas centrifugas, sensores de nível, bomba<<strong>br</strong> />

863 US$/m 3 5 0,69 599<<strong>br</strong> />

dosadora de cloro, instalações elétrica e reforma a 5 anos<<strong>br</strong> />

3 Bombas centrifugas, sensores de nível, bomba<<strong>br</strong> />

863 US$ 10 0,48 416<<strong>br</strong> />

dosadora de cloro, instalações elétrica e reforma a 10 anos<<strong>br</strong> />

4 Bombas centrifugas, sensores de nível, bomba<<strong>br</strong> />

863 US$ 15 0,33 288<<strong>br</strong> />

dosadora de cloro, instalações elétrica e reforma a 15 anos<<strong>br</strong> />

5 Energia elétrica em 20anos usada no bombeamento 156 US$/ano 20 10,13 1.580<<strong>br</strong> />

6 Fornecimento de hipoclorito de sódio para cloração<<strong>br</strong> />

520 US$/ano 20 10,13 5.268<<strong>br</strong> />

em 20 anos e manutenção do dosador automático<<strong>br</strong> />

7 Limpeza e desinfecção do reservatório uma vez por ano 429 US$/ano 20 10,13 4.346<<strong>br</strong> />

8 Valor residual no fim da vida útil (15% do<<strong>br</strong> />

-3.034 US$ 20 0,23 -703<<strong>br</strong> />

Valor inicial do reservatório)<<strong>br</strong> />

9 Valor presente nos 20anos de vida útil US$ 31.942<<strong>br</strong> />

Alternativa B: água do SAAE pelo cavalete<<strong>br</strong> />

22-23


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 22- Métodos de avaliações de sistema de aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 28/12/09<<strong>br</strong> />

Para efeito de <strong>com</strong>parar <strong>com</strong> a alternativa A precisamos usar o mesmo volume<<strong>br</strong> />

anual de 1.643m 3 e considerando o custo da tarifa de água e esgoto de US$ 7,6/m 3<<strong>br</strong> />

teremos em 20 anos o valor presente US$ 126.498,00<<strong>br</strong> />

Tabela 22.6- Alternativa B- água do SAAE pelo cavalete<<strong>br</strong> />

Valor<<strong>br</strong> />

US$/m 3<<strong>br</strong> />

Fator F Presente<<strong>br</strong> />

US$<<strong>br</strong> />

1 Custo em dólares por m 3<<strong>br</strong> />

3,8 m 3 /ano anos<<strong>br</strong> />

da tarifa de água<<strong>br</strong> />

2 Custo em dólares por m 3<<strong>br</strong> />

3,8<<strong>br</strong> />

da tarifa de esgoto<<strong>br</strong> />

3 Custo total da tarifa pública 7,6 1.643 12.487 20 10,13 126.498<<strong>br</strong> />

Sexto passo:<<strong>br</strong> />

Comparação das alternativas<<strong>br</strong> />

O valor presente da alternativa A é US$ 31.942,00 enquanto que o valor presente<<strong>br</strong> />

da alternativa B é US$ 126.498,00<<strong>br</strong> />

Portanto, a alternativa que apresenta preço mais baixo é a alternativa A do<<strong>br</strong> />

aproveitamento da água de chuva.<<strong>br</strong> />

Sétimo passo:<<strong>br</strong> />

A inflação anual de 5,5% foi calculada para o valor da taxa de desconto nominal<<strong>br</strong> />

“d”.<<strong>br</strong> />

Oitavo passo:<<strong>br</strong> />

Podemos fazer estudo de análise de incerteza no custo do reservatório bem <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

da opção de o SAAE não co<strong>br</strong>ar a tarifa de esgoto da água usada nas bacias sanitárias.<<strong>br</strong> />

Nono passo<<strong>br</strong> />

Não há nenhuma medida suplementar a ser feita<<strong>br</strong> />

Décimo passo<<strong>br</strong> />

A decisão é a alternativa A<<strong>br</strong> />

22-24


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 22- Métodos de avaliações de sistema de aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 28/12/09<<strong>br</strong> />

Exemplo 22.15- Análise da relação Beneficio/Custo<<strong>br</strong> />

Neste caso usaremos a análise de Beneficio/Custo. Supomos que a água de chuva será<<strong>br</strong> />

usada somente em lavagem de pisos e rega de jardim não indo uma gota para a rede<<strong>br</strong> />

de esgoto do SAAE de Guarulhos.<<strong>br</strong> />

Tabela 22.7- Análise de beneficio/custo de reservatório de concreto <strong>com</strong> 130m 3<<strong>br</strong> />

para captação de 1.643m 3 /ano de água de chuva para uso somente em bacias<<strong>br</strong> />

sanitárias.<<strong>br</strong> />

Ordem<<strong>br</strong> />

Especificações<<strong>br</strong> />

US$<<strong>br</strong> />

Amortização<<strong>br</strong> />

de capital anual<<strong>br</strong> />

1 Custo de construção de reservatórios de concreto US$ 20.228 1.997<<strong>br</strong> />

armado enterrados em 20anos US$ 156/m 3<<strong>br</strong> />

2 Energia elétrica anual usada no bombeamento 156<<strong>br</strong> />

3 Fornecimento de hipoclorito de sódio para cloração<<strong>br</strong> />

520<<strong>br</strong> />

e manutenção do dosador automático<<strong>br</strong> />

4 Limpeza e desinfecção do reservatório uma vez por ano 429<<strong>br</strong> />

5 Custo total Custo anual US$ 3.102/ano<<strong>br</strong> />

Beneficio US$ 12.487/ano<<strong>br</strong> />

B/C= 4,03<<strong>br</strong> />

Observar que a relação Beneficio/Custo é igual a 4,03 >>1, o que mostra a<<strong>br</strong> />

viabilidade de se construir o reservatório de 130m 3 de concreto para armazenar água de<<strong>br</strong> />

chuva.<<strong>br</strong> />

Tabela 22.8- Cálculo do Beneficio anual<<strong>br</strong> />

Ordem Aquisição de produto (água) da<<strong>br</strong> />

concessionária pública<<strong>br</strong> />

US$/m 3 Volume<<strong>br</strong> />

(m 3 )<<strong>br</strong> />

Beneficio anual<<strong>br</strong> />

(US$)<<strong>br</strong> />

1 Custo em dólares por m 3 da tarifa de água 3,8<<strong>br</strong> />

2 Custo em dólares por m 3 da tarifa de esgoto 3,8<<strong>br</strong> />

3 Custo total da tarifa pública 7,6 1.643 US$ 12.487/ano<<strong>br</strong> />

22-25


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 22- Métodos de avaliações de sistema de aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 28/12/09<<strong>br</strong> />

Exemplo 22.16- Análise Beneficio/Custo<<strong>br</strong> />

Neste caso usaremos a análise da relação Beneficio/Custo. Supomos que a água de<<strong>br</strong> />

chuva será usada somente para descarga em bacias sanitárias sendo que o efluente vai<<strong>br</strong> />

para a rede pública de esgoto sanitário do SAAE de Guarulhos.<<strong>br</strong> />

Tabela 22.9- Análise de beneficio/custo de reservatório de concreto <strong>com</strong> 130m 3<<strong>br</strong> />

para captação de 1.643m 3 /ano de água de chuva para uso somente em bacias<<strong>br</strong> />

sanitárias.<<strong>br</strong> />

Ordem<<strong>br</strong> />

Especificações<<strong>br</strong> />

US$<<strong>br</strong> />

Amortização<<strong>br</strong> />

de capital anual<<strong>br</strong> />

1 Custo de construção de reservatórios de concreto US$ 20.228 US$ 1.997<<strong>br</strong> />

armado enterrados <strong>com</strong> preço US$ 156/m 3<<strong>br</strong> />

2 Energia elétrica em 20anos usada no bombeamento US$ 156<<strong>br</strong> />

1.643m 3<<strong>br</strong> />

3 Fornecimento de hipoclorito de sódio para cloração<<strong>br</strong> />

US$ 520<<strong>br</strong> />

e manutenção do dosador automático<<strong>br</strong> />

4 Limpeza e desinfecção do reservatório uma vez por ano US$ 429<<strong>br</strong> />

5 Custo de esgoto de toda água de chuva aproveitada<<strong>br</strong> />

US$ 6.243<<strong>br</strong> />

supondo que a mesma vá para a rede pública US$ 3,80/m 3<<strong>br</strong> />

6 Custo total Custo anual US$ 9.345/ano<<strong>br</strong> />

Beneficio US$ 12.487/ano<<strong>br</strong> />

B/C= 1,34<<strong>br</strong> />

Observar que a relação Beneficio/Custo é igual a 1,34>1, o que mostra a<<strong>br</strong> />

viabilidade de se construir o reservatório de 130m 3 de concreto para armazenar água de<<strong>br</strong> />

chuva, mesmo co<strong>br</strong>ando-se a tarifa de esgoto.<<strong>br</strong> />

Tabela 22.10- Cálculo do Beneficio anual<<strong>br</strong> />

Ordem Aquisição de produto (água) da<<strong>br</strong> />

concessionária pública<<strong>br</strong> />

US$/m 3 Volume<<strong>br</strong> />

(m 3 )<<strong>br</strong> />

Beneficio anual<<strong>br</strong> />

(US$)<<strong>br</strong> />

1 Custo em dólares por m 3 da tarifa de água 3,8<<strong>br</strong> />

2 Custo em dólares por m 3 da tarifa de esgoto 3,8<<strong>br</strong> />

3 Custo total da tarifa pública 7,6 1.643 US$ 12.487/ano<<strong>br</strong> />

22-26


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 22- Métodos de avaliações de sistema de aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 28/12/09<<strong>br</strong> />

22.11 Bibliografia e livros consultados<<strong>br</strong> />

-CHOW , VEN TE et al, 1988, Applied Hydrology, Mc Graw-Hill.<<strong>br</strong> />

-ELSAYED A. ELSAYED, 1996, Reliability Engineering, Addison Wesley Longman;<<strong>br</strong> />

-EPA. Costs of Best management practices and associated land for urban stormwater<<strong>br</strong> />

control. EA/600/JA-03/261/2003. 25páginas.<<strong>br</strong> />

-FULLER, SEEGLINDE K. Guidance on life-cycle and analysis. A<strong>br</strong>il, 2005,<<strong>br</strong> />

Department of Energy, Washington.<<strong>br</strong> />

-FULLER, SIEGLIND K. e PETERSEN, STEPHEN R. Life-cycle costing manual for<<strong>br</strong> />

the Federal Energy Management Program. US Department of Commerce. NIST<<strong>br</strong> />

Handbook 135, ano 1996.<<strong>br</strong> />

-HOFFMANN, RODOLFO E VIEIRA, SÔNIA, 1983, Análise de Regressão- Uma<<strong>br</strong> />

Introdução à Econometria, Editora Hicitec-SP.<<strong>br</strong> />

-KALMANN, ORIT ET AL. Benefit-cost analysis of stormwater quality improvements.<<strong>br</strong> />

Environmental Management vol 26 nº 6 pp 615-628 ano 2000.<<strong>br</strong> />

-KAPUR, K.C. E LAMBERSON, L.R.1977, Reliabity in Engineering Design, John<<strong>br</strong> />

Wiley & Sons;<<strong>br</strong> />

-MAYS, LARRY W. E TUNG, YEOU-KOUNG Hydrosystems Engineering &<<strong>br</strong> />

Management,1992, McGraw-Hill, 530 páginas.<<strong>br</strong> />

-MINNESOTA. The Cost and effectiveness of stormwater management practices.<<strong>br</strong> />

Research. Junho de 2005.<<strong>br</strong> />

-MOELLER, GLENN et al. Praticability of detention basins for treatment of Caltrans<<strong>br</strong> />

highway runoff based on a maximum extent practicable evaluation. California State<<strong>br</strong> />

University. Sacrametno (CSUS) ano 2001.<<strong>br</strong> />

-NAVAL FACILITIES. Economic analysis handbook. Outu<strong>br</strong>o de 1993, Naval<<strong>br</strong> />

Facilities Engineering Command. NAVFAC P-442 307páginas<<strong>br</strong> />

-POWELL, LISA M. Low-impact development strategies and tools for local<<strong>br</strong> />

governments. Report LID50t1, setem<strong>br</strong>o, 2005.<<strong>br</strong> />

-SELVAKUMAR, ARI. BMP costs, <strong>17</strong>páginas<<strong>br</strong> />

-TAYLOR, ANDRE et al. Non structural stormwater quality best managements<<strong>br</strong> />

practices- an overview of their use, value cost and evaluation. Technical report 02/11 de<<strong>br</strong> />

dezem<strong>br</strong>o de 2002. EPA, Vitoria, Catchement Hydrology.<<strong>br</strong> />

-TOMAZ, PLINIO. Cálculos Hidrológicos e Hidráulicos. 2000. Editora Navegar. São<<strong>br</strong> />

Paulo. Livro esgotado, mas existe livro digital.<<strong>br</strong> />

-TOMAZ, PLINIO. Conservação da água, ano 1999.<<strong>br</strong> />

-TOMAZ, PLINIO. Infiltração e Balanço Hídrico. Ano 2008, livro digital<<strong>br</strong> />

22-27


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 23- Reator Biológico de Contato (RBC) para águas cinzas claras<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 4 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Capítulo 23<<strong>br</strong> />

Reator Biológico de Contato (RBC)<<strong>br</strong> />

para água cinza clara<<strong>br</strong> />

“Tratamento de esgotos precisa de energia, pois <strong>com</strong> a mesma podemos fazer as<<strong>br</strong> />

alterações necessárias. Não confio em tratamento de esgotos em que não se introduza<<strong>br</strong> />

nenhum tipo de energia”. Prof. engenheiro químico Danilo de Azevedo, 1994 em<<strong>br</strong> />

um curso so<strong>br</strong>e tratamento de efluentes líquidos industriais.<<strong>br</strong> />

23-1


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 23- Reator Biológico de Contato (RBC) para águas cinzas claras<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 4 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Regra de ouro do tratamento para pequenas <strong>com</strong>unidades<<strong>br</strong> />

Separar parte sólida da parte líquida. A seguir se tratam, de forma independente,<<strong>br</strong> />

a parcela líquida e a parcela de lodo. Qualquer tentativa de tratar os esgotos<<strong>br</strong> />

desrespeitando este principio básico pagará um tributo operacional ou de resultados.<<strong>br</strong> />

Engenheiro Patricio Gallego Crespo, 2005<<strong>br</strong> />

23-2


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 23- Reator Biológico de Contato (RBC) para águas cinzas claras<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 4 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Capítulo 23-Reator Biológico de Contato (RBC) para água cinza clara<<strong>br</strong> />

23.1 Introdução<<strong>br</strong> />

Conforme Metcalf&Eddy, 1991 o Reator Biológico de Contato (Rotating<<strong>br</strong> />

Biological Contators) conhecido <strong>com</strong>o Biodisco (Biodisc) foi usado em escala<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>ercial pela primeira vez na Alemanha em 1960.<<strong>br</strong> />

Os biodiscos recebem outros nomes: Disco Biológicos Rotativos (DBR),<<strong>br</strong> />

Contactores Biológicos Rotativos (CBR), Bio Disc, Biosurf e Biospiral.<<strong>br</strong> />

O Biodisco é um tratamento biológico aeróbio <strong>com</strong> placas de PVC, polietileno,<<strong>br</strong> />

poliestereno ou polimetacrilato que ficam cerca de 40% submersa, <strong>com</strong> diâmetro que<<strong>br</strong> />

varia de 1,00m a 3,00m conforme EPA, 1997 e giram na velocidade de 1 a 2 rpm. As<<strong>br</strong> />

placas ficam em grupos e são espaçadas uma das outras e so<strong>br</strong>e elas se forma um filme<<strong>br</strong> />

de 2mm a 4mm que em determinada hora se desprende. Existem vários <strong>com</strong>partimentos<<strong>br</strong> />

separados por vertedores removíveis ou não ou outros tipos de separadores conforme<<strong>br</strong> />

Figura (23.1). Possuem dispositivos de gradeamento e um tratamento primário para<<strong>br</strong> />

deposição de sólidos antes de o esgoto entrar no biodisco. O efluente tem <strong>com</strong>posição<<strong>br</strong> />

entre 10 a 20mg/L de DBO 5 sendo aproximadamente 1/3 solúvel e 2/3 insolúvel. Podem<<strong>br</strong> />

ter ou não um dispositivo no final para decantação secundária do lodo (clarificador) e<<strong>br</strong> />

tanto o lodo do primário quanto do secundário vão para o destino final.<<strong>br</strong> />

Pode haver no máximo 4 (quatro) estágios (ou andar) no biodisco em cada veio<<strong>br</strong> />

(linha). Cada estágio (cada andar) tem a sua finalidade. Para nitrificação são necessários<<strong>br</strong> />

quatro ou mais estágios.<<strong>br</strong> />

Após o decantador secundário temos a desinfecção e podemos introduzir um<<strong>br</strong> />

tratamento terciário usando filtros de pressão de areia (filtros de piscinas) cuja água<<strong>br</strong> />

deverá ser armazenada para utilização posterior <strong>com</strong>o reúso.<<strong>br</strong> />

Figura 23.1- Esquema geral de um Biodisco<<strong>br</strong> />

A vantagem do biodisco é que tem um lodo de excelente qualidade conforme<<strong>br</strong> />

demonstrado por May, 2009 e baixo volume conforme Dutta, 2007. Outra grande<<strong>br</strong> />

vantagem do biodisco é que o mesmo tem capacidade para as flutuações da carga de<<strong>br</strong> />

entrada de esgotos e consome 40 a 50% da energia usada no processo de Lodo Ativado.<<strong>br</strong> />

Na Alemanha tem sido usado <strong>com</strong> sucesso o Biodisco e isto é citado<<strong>br</strong> />

explicitamente por Klaus W. Konig e devido as pesquisas efetuadas na EPUSP pela dra<<strong>br</strong> />

Simone May nos animou ao uso do Biodisco <strong>com</strong>o uma técnica para reúso de águas<<strong>br</strong> />

cinzas claras.<<strong>br</strong> />

23-3


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 23- Reator Biológico de Contato (RBC) para águas cinzas claras<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 4 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

23.2 Vantagens do Biodisco<<strong>br</strong> />

As vantagens do Biodisco são:<<strong>br</strong> />

1. Manutenção e operação simples<<strong>br</strong> />

2. Sistema <strong>com</strong>pacto se <strong>com</strong>parado aos sistemas convencionais de<<strong>br</strong> />

tratamento de efluentes.<<strong>br</strong> />

3. Equipamentos mecânicos simples<<strong>br</strong> />

4. Reduzidas possibilidades de maus odores<<strong>br</strong> />

5. Não gera ruídos<<strong>br</strong> />

6. Elevada eficiência na remoção da DBO<<strong>br</strong> />

7. Nitrificação freqüente<<strong>br</strong> />

8. Requisitos de área bem baixos<<strong>br</strong> />

9. Mais simples conceitualmente do que lodos ativados.<<strong>br</strong> />

10. Possibilidade de reúso do efluente tratado para irrigação, descarga em<<strong>br</strong> />

bacias sanitárias, lavagens de pisos externos e estacionamentos.<<strong>br</strong> />

11. O efluente atende normalmente a legislação ambiental cada vez mais<<strong>br</strong> />

rígida.<<strong>br</strong> />

12. Pouco sensitivo a mudanças <strong>br</strong>uscas de cargas (vazão e DBO)<<strong>br</strong> />

13. Economia de energia elétrica (40% a 50% da energia gasta em lodo<<strong>br</strong> />

ativado)<<strong>br</strong> />

14. Baixa produção de lodo<<strong>br</strong> />

15. Ótima qualidade do lodo<<strong>br</strong> />

22.3 Desvantagens do biodisco<<strong>br</strong> />

As desvantagens do Biodisco são:<<strong>br</strong> />

1. Elevados custos de implantação<<strong>br</strong> />

2. Adequado principalmente para pequenas populações para não<<strong>br</strong> />

necessitar de número excessivo de discos<<strong>br</strong> />

3. Os discos devem ser cobertos contra a ação da chuva e de<<strong>br</strong> />

vandalismos<<strong>br</strong> />

4. Relativa dependência da temperatura do ar quando for abaixo de<<strong>br</strong> />

13ºC<<strong>br</strong> />

5. Necessidade de tratamento <strong>com</strong>pleto do lodo<<strong>br</strong> />

23-4


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 23- Reator Biológico de Contato (RBC) para águas cinzas claras<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 4 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

23.4 Esquema do tratamento usado o Reator Biológico de Contato (Biodisco)<<strong>br</strong> />

As águas de lavagens de roupas, lavatórios e chuveiros são encaminhadas<<strong>br</strong> />

primeiramente a um tanque de equalização para regularizar o fluxo da água conforme<<strong>br</strong> />

Figura (23.2). Depois vai para o Reator Biológico de Contato, depois para o decantador<<strong>br</strong> />

secundário e para um tanque de acumulação. Passa depois por um filtro de areia de<<strong>br</strong> />

piscina e depois é feita a desinfecção <strong>com</strong> hipoclorito de sódio e está pronta para ser<<strong>br</strong> />

usada.<<strong>br</strong> />

Figura 23.2- Esquema do Reator Biológico conforme pesquisas de May, 2009<<strong>br</strong> />

No que se refere ao lodo conforme a firma Verlag, o biodisco normalmente não<<strong>br</strong> />

necessita de retorno do lodo para o sistema, podendo esta alternativa ser implementada<<strong>br</strong> />

se for necessário aumento da eficiência.<<strong>br</strong> />

Figura 23.3- Esquema do Biodisco da firma Alpina<<strong>br</strong> />

Na Figura (3.3) podemos ver um perfil do Biodisco fornecido pela firma Alpina<<strong>br</strong> />

e na Figura (23.4) podemos ver o esquema clássico do Biodisco feito por Von Sperling.<<strong>br</strong> />

23-5


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 23- Reator Biológico de Contato (RBC) para águas cinzas claras<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 4 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Figura 23.4- Esquema do biodisco de Von Sperling<<strong>br</strong> />

O biodisco conforme a firma Alpina, pode ser usado em condomínios, pequenas<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>unidades, fazendas, hospitais, centro <strong>com</strong>erciais, hotéis, usinas, petroquímicas,<<strong>br</strong> />

cervejarias, matadouros, eventos, show, parques e outras fontes que produzam despejos<<strong>br</strong> />

orgânicos. Na indústria sucroalcooleira conforme pesquisa feita por Assan, 2006 a DBO<<strong>br</strong> />

varia de 200mg/L a 2.000mg/L.<<strong>br</strong> />

Figura 23.5- Esquema de Biodisco<<strong>br</strong> />

Nas Figuras (23.5) e (23.6) podemos ver outros esquemas do Biodisco,<<strong>br</strong> />

salientando o eixo onde estão os discos e o motor que gira o eixo e consequemente os<<strong>br</strong> />

discos de PVC.<<strong>br</strong> />

23-6


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 23- Reator Biológico de Contato (RBC) para águas cinzas claras<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 4 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Figura 23.6- Esquema de Biodisco<<strong>br</strong> />

23.5 Variáveis que afetam o funcionamento do RBC<<strong>br</strong> />

Conforme Alves, 2003 as variáveis que afetam o funcionamento de um biodisco<<strong>br</strong> />

são:<<strong>br</strong> />

• Velocidade de rotação dos discos<<strong>br</strong> />

• Tempo de retenção hidráulico<<strong>br</strong> />

• Segmentação (número de estágios ou número de andares)<<strong>br</strong> />

• Temperatura (geralmente acima de 13º C).<<strong>br</strong> />

• Submersão dos discos (geralmente 40%)<<strong>br</strong> />

• Área dos discos<<strong>br</strong> />

23.6 Parâmetros a ser levado em conta no projeto do RBC<<strong>br</strong> />

Conforme Alves, 2003 os parâmetros a serem levados em conta projeto<<strong>br</strong> />

de um biodisco são:<<strong>br</strong> />

• Segmentação das unidades<<strong>br</strong> />

• Carga orgânica e hidráulica<<strong>br</strong> />

• Características de efluente<<strong>br</strong> />

• Necessidade de clarificador<<strong>br</strong> />

Segmentação<<strong>br</strong> />

A <strong>com</strong>partimentalização dos RBC segundo Alves, 2003, é conseguida pelo uso<<strong>br</strong> />

de anteparos num único tanque, ou pelo uso de tanques separados. A segmentação<<strong>br</strong> />

promove diferentes condições operatórias que induzem o desenvolvimento de diferentes<<strong>br</strong> />

organismos em cada andar (estágio). No caso de efluentes <strong>com</strong>plexos este aspecto poder<<strong>br</strong> />

ser especialmente importante. A cinética do processo também é favorecida pelo caráter<<strong>br</strong> />

pistão.<<strong>br</strong> />

A carga orgânica aplicada em cada andar é decrescente. Em aplicações no<<strong>br</strong> />

tratamento secundário utilizam-se geralmente três a quatro andares, podendo<<strong>br</strong> />

adicionar-se mais andares se pretende nitrificação.<<strong>br</strong> />

Direção do veio<<strong>br</strong> />

Em instalações de maior escala os veios de rotação são montados<<strong>br</strong> />

perpendicularmente ao fluxo, havendo várias unidades em série. A alimentação pode ser<<strong>br</strong> />

repartida ou escalonada conforme Figura (23.7).<<strong>br</strong> />

23-7


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 23- Reator Biológico de Contato (RBC) para águas cinzas claras<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 4 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Figura 23.7- Varias configurações de RBC conforme Alves, 2003<<strong>br</strong> />

23.7 Normas<<strong>br</strong> />

A dra Simone May enfatiza que mesmo nos Estados Unidos não existe norma<<strong>br</strong> />

geral da USEPA e nem legislação federal para o uso das águas cinzas claras. Existe<<strong>br</strong> />

somente re<strong>com</strong>endações e guidelines estaduais ou locais.<<strong>br</strong> />

No Brasil até o momento não existe norma da ABNT so<strong>br</strong>e o uso da água de<<strong>br</strong> />

reúso de águas cinzas claras, motivo pelo qual nos tem impedido de usar tal alternativa.<<strong>br</strong> />

No atual estágio os especialistas estão aguardando legislação federal a respeito<<strong>br</strong> />

para a elaboração de normas técnicas.<<strong>br</strong> />

23.8 O que é água cinza clara ?<<strong>br</strong> />

May, 2009 apresenta a Tabela (23.1) que mostra o código de cores dos efluentes<<strong>br</strong> />

baseada em Henze e Ledin, 2001.<<strong>br</strong> />

Tabela 23.1- Código de cores dos efluentes<<strong>br</strong> />

Tipo<<strong>br</strong> />

Contaminante<<strong>br</strong> />

Preto (blackwater) Todos os efluentes domésticos misturados<<strong>br</strong> />

Cinza escuro<<strong>br</strong> />

Banho, cozinha e lavatório<<strong>br</strong> />

Cinza claro (greywater) Banho, lavatório e máquina de lavar roupas<<strong>br</strong> />

Amarelo<<strong>br</strong> />

Somente a urina (mictório)<<strong>br</strong> />

Marrom<<strong>br</strong> />

Somente as fezes (sem a urina)<<strong>br</strong> />

O nosso estudo é somente para reúso de águas cinzas claras que é o proveniente<<strong>br</strong> />

do banho, lavatório e máquina de lavar roupas.<<strong>br</strong> />

23-8


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 23- Reator Biológico de Contato (RBC) para águas cinzas claras<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 4 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

23.9 DBO do esgoto<<strong>br</strong> />

Um dos motivos pelo qual é excluída a pia da cozinha é devido a uma DBO<<strong>br</strong> />

muito alta que varia de 633mg/L a 756 mg/L sendo May, 2009.<<strong>br</strong> />

A água provinda do tanque de lavar tem DBO média de 571mg/L que é bastante<<strong>br</strong> />

alto. Nos chuveiros achou-se concentração de óleos e graxas de 37mg/L a 78mg/L.<<strong>br</strong> />

May, 2009 cita Bazzarela, 2005 que apresenta as características de DBO 5,20<<strong>br</strong> />

conforme Tabela (23.2).<<strong>br</strong> />

Tabela 23.2- Características das águas cinzas conforme Bazzarela, 2005 in May, 2009<<strong>br</strong> />

Fonte da água cinza DBO 5,20<<strong>br</strong> />

(mg/L)<<strong>br</strong> />

Lavatório 265<<strong>br</strong> />

Chuveiro 165<<strong>br</strong> />

Tanque 570<<strong>br</strong> />

Máquina de lavar 184<<strong>br</strong> />

Cozinha 633<<strong>br</strong> />

23.10 Parâmetros do Sinduscon, 2004<<strong>br</strong> />

Atualmente <strong>com</strong>o não existem normas e nem leis, é aceito pela maioria dos<<strong>br</strong> />

especialistas o manual do Sinduscon, 2005 conforme Tabela (23.3) e Figuras (23.6) a<<strong>br</strong> />

(23.8).<<strong>br</strong> />

Tabela 23.3- Parâmetros de controle de água de reúso não potável descrito no<<strong>br</strong> />

Sinduscon, 2005 conforme May, 2009.<<strong>br</strong> />

23-9


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 23- Reator Biológico de Contato (RBC) para águas cinzas claras<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 4 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Sinduscon, 2005 Classe 1<<strong>br</strong> />

Figura 23.8- Sinduscon, 2005 Classe 1<<strong>br</strong> />

Fonte: May, 2009<<strong>br</strong> />

Sinduscon, 2005 Classe 2<<strong>br</strong> />

Figura 23.9- Sinduscon, 2005 Classe 1<<strong>br</strong> />

Fonte: May, 2009<<strong>br</strong> />

23-10


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 23- Reator Biológico de Contato (RBC) para águas cinzas claras<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 4 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Sinduscon, 2005<<strong>br</strong> />

Classe 1: descargas em vasos<<strong>br</strong> />

sanitários, lavagem de pisos, fins<<strong>br</strong> />

ornamentais, lavagem de roupas e<<strong>br</strong> />

veículos.<<strong>br</strong> />

Classe 2: lavagem de agregados,<<strong>br</strong> />

preparação de concretos, <strong>com</strong>pactação<<strong>br</strong> />

de solos e controle de poeira.<<strong>br</strong> />

Figura 23.10- Sinduscon, 2005 Classe 1<<strong>br</strong> />

Fonte: May, 2009<<strong>br</strong> />

23-11


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 23- Reator Biológico de Contato (RBC) para águas cinzas claras<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 4 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

23.11 Reator Biológico de Contato (RBC)<<strong>br</strong> />

O Reator Biológico de Contato (RBC) conhecido <strong>com</strong>o Biodisco é um conjunto<<strong>br</strong> />

de discos de plásticos rígido de pequena espessura que trabalham 40% submersos<<strong>br</strong> />

conforme Figuras (23.11) e (23.12).<<strong>br</strong> />

Os discos são montados lado a lado, num eixo horizontal <strong>com</strong> afastamento de<<strong>br</strong> />

5mm a 12mm formando grandes cilindros conforme May, 2009. Há acionamento<<strong>br</strong> />

elétrico e os discos giram lentamente na velocidade de 1,0rpm a 1,6 rpm.<<strong>br</strong> />

As bactérias aeróbias ficam na superfície do disco formando um biofilme cuja<<strong>br</strong> />

concentração vai aumentando cada vez mais até que há um desprendimento do disco.<<strong>br</strong> />

O consumo de energia elétrica é aproximadamente de 180 kwh/mês e a potência<<strong>br</strong> />

do motor é de 1/3 de CV.<<strong>br</strong> />

A vazão é de 0,5m 3 /dia e a carga orgânica de águas cinzas inicial geralmente<<strong>br</strong> />

está em torno de 150mg/L de DBO. O período de detenção das águas cinzas é de 3h.<<strong>br</strong> />

Figura 22.11- Biodisco<<strong>br</strong> />

Fonte: May, 2009<<strong>br</strong> />

23-12


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 23- Reator Biológico de Contato (RBC) para águas cinzas claras<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 4 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Figura 23.12- Biodisco<<strong>br</strong> />

Fonte: May, 2009<<strong>br</strong> />

23-13


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 23- Reator Biológico de Contato (RBC) para águas cinzas claras<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 4 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

23.12 Pesquisa na EPUSP em 2009<<strong>br</strong> />

A pesquisa so<strong>br</strong>e água cinza clara na EPUSP em 2009 de May, 2009 usando<<strong>br</strong> />

Biodisco teve <strong>com</strong>o entrada esgotos <strong>com</strong> DBO de 150 mg/L, <strong>com</strong> vazão constante de<<strong>br</strong> />

500 L/dia e levou aos seguintes resultados.<<strong>br</strong> />

Tabela 23.4- Redução em porcentagem no tratamento de águas cinzas<<strong>br</strong> />

claras usando Biodisco.<<strong>br</strong> />

Parâmetros<<strong>br</strong> />

Redução em<<strong>br</strong> />

porcentagem<<strong>br</strong> />

Cor aparente 91,1<<strong>br</strong> />

Turbidez 97,5<<strong>br</strong> />

Sólidos totais (ST) 5,0<<strong>br</strong> />

Sólidos totais em suspensão (SST) 94,1<<strong>br</strong> />

Sólidos dissolvidos totais (SDT) 92,6<<strong>br</strong> />

pH Em torno de 7,0<<strong>br</strong> />

Condutividade<<strong>br</strong> />

nenhuma<<strong>br</strong> />

Alcalinidade 35,6<<strong>br</strong> />

Óleos e graxas 56,1<<strong>br</strong> />

Fósforo 32,7<<strong>br</strong> />

DBO 93,4<<strong>br</strong> />

DQO 86,3<<strong>br</strong> />

Carbono orgânico total (COT) 84,9<<strong>br</strong> />

Coliformes totais 97,8<<strong>br</strong> />

Coliformes termotolerantes 99,8<<strong>br</strong> />

23.13 Critérios de dimensionamento conforme Alves, 2003<<strong>br</strong> />

Conforme Alves, 2003 antigamente o critério de dimensionamento do biodisco<<strong>br</strong> />

era baseado na taxa de aplicação hidráulica (m 3 /m 2 xdia), mas atualmente é baseado na<<strong>br</strong> />

DBO solúvel em g DBO solúvel /m 2 x dia.<<strong>br</strong> />

Quando há so<strong>br</strong>ecargas orgânicas o oxigênio dissolvido diminui e a eficiência do<<strong>br</strong> />

1º andar (primeiro estágio) e do sistema diminuem e geram-se maus odores, devido à<<strong>br</strong> />

formação de H 2 S. Desenvolve-se um organismo filamentoso sulfato-redutor- Beggiatoa.<<strong>br</strong> />

Podemos remover os anteparos entre os dois primeiros andares para diminuir a<<strong>br</strong> />

carga superficial aplicada no primeiro andar, fornecer ar ao sistema e reciclar o efluente.<<strong>br</strong> />

Em muitos casos os fa<strong>br</strong>icantes definem a carga da DBO solúvel que pode ser<<strong>br</strong> />

aplicada ao primeiro andar entre 12 a 20 g DBOsolúvel/m 2 x dia. Normalmente<<strong>br</strong> />

podemos considerar que a DBO total é o do<strong>br</strong>o da DBO solúvel.<<strong>br</strong> />

Para ocorrer nitrificação a DBO solúvel deve baixa a valores da ordem de<<strong>br</strong> />

15mg/DBOsolúvel/L. Nos andares posteriores desenvolve-se então uma população<<strong>br</strong> />

nitrificante.<<strong>br</strong> />

Alves, 2003 apresenta a Tabela (23.5) <strong>com</strong> parâmetros para projetos.<<strong>br</strong> />

Na Tabela (23.6) foi retirada de Metcalf&Eddy, 1991 adaptada as unidades SI.<<strong>br</strong> />

23-14


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 23- Reator Biológico de Contato (RBC) para águas cinzas claras<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 4 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Tabela 23-5- Critérios de dimensionamento conforme Alves, 2003<<strong>br</strong> />

23.14 Volume do RBC<<strong>br</strong> />

Conforme Alves, 2003 o volume do RBC é normalmente 0,0049m 3 /m 2 de área<<strong>br</strong> />

dos discos. Para um sistema <strong>com</strong> 9300m 2 requer-se um volume de:<<strong>br</strong> />

V= 9300m 2 x 0,0049= 45m 3 .<<strong>br</strong> />

Com base neste valor, é necessário um tempo de retenção de 1,44 h para aplicar<<strong>br</strong> />

uma carga hidráulica de 0,08 m 3 /m 2 x dia.<<strong>br</strong> />

A profundidade do líquido típica é de 1,5m para 40% de submersão dos discos.<<strong>br</strong> />

23.15 Dimensionamento do Biodisco<<strong>br</strong> />

Conforme May, 2009 para o dimensionamento do Biodisco são necessário os<<strong>br</strong> />

seguintes dados:<<strong>br</strong> />

• Vazão diária disponível: 500 L/dia<<strong>br</strong> />

• DBO 5,20 = 150 mg/L<<strong>br</strong> />

• DQO= 441 mg/L<<strong>br</strong> />

O dimensionamento mais importante é a área de superfície de contato que é<<strong>br</strong> />

calculado conforme Metcalf &Eddy, 2003.<<strong>br</strong> />

23-15


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 23- Reator Biológico de Contato (RBC) para águas cinzas claras<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 4 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Tabela 23.6- Parâmetros típicos de RBC conforme Metcalf&Eddy, 1991<<strong>br</strong> />

para temperatura acima de 13º C.<<strong>br</strong> />

Nível de tratamento<<strong>br</strong> />

Parâmetro<<strong>br</strong> />

Unidade<<strong>br</strong> />

Remoção<<strong>br</strong> />

de DBO<<strong>br</strong> />

Remoção de DBO e<<strong>br</strong> />

nitrificação<<strong>br</strong> />

Nitrificação<<strong>br</strong> />

separada<<strong>br</strong> />

Carga hidráulica m 3 /m 2 .dia 0,08 a 0,16 0,03 a 0,08 0,04 a 0,10<<strong>br</strong> />

Carga orgânica<<strong>br</strong> />

DBO solúvel gDBO solúvel/m 2 .dia 4 a 10 2,5 a 8,0 0,5 a 1,0<<strong>br</strong> />

DBO total gDBOtotal/m 2 .dia 8 a 20 5 a 16 1 a 2<<strong>br</strong> />

Máxima carga no 1º<<strong>br</strong> />

estágio<<strong>br</strong> />

DBO solúvel gDBO solúvel/m 2 .dia 12 a 15 12 a 15<<strong>br</strong> />

DBO total gDBOtotal/m 2 .dia 24 a 30 24 a 30<<strong>br</strong> />

Carga de NH 3 gN/m 2 .dia 0,75 a 1,50<<strong>br</strong> />

Tempo de detenção<<strong>br</strong> />

h 0,7 a 1,5 1,5 a 4 1,2 a 2,9<<strong>br</strong> />

hidráulico<<strong>br</strong> />

Efluente de DBO 5 mg/L 15 a 30 7 a 15 7 a 15<<strong>br</strong> />

Efluente de NH 3 mg/L


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 23- Reator Biológico de Contato (RBC) para águas cinzas claras<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 4 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Na Tabela (23.7) temos a DBO e DQO da lavagem de roupa, chuveiro, lavatório<<strong>br</strong> />

e mistura. Notar que na lavagem de roupas temos os valores do primeiro enxágüe e do<<strong>br</strong> />

segundo enxágüe.<<strong>br</strong> />

Considerando a mediana de DBO de 108 mg/L e a mediana de DQO de<<strong>br</strong> />

307mg/L teremos uma relação DBO/DQO= 108/307=0,35<<strong>br</strong> />

Tabela 23.7- Caracterização dos <strong>com</strong>postos orgânicos de águas cinzas<<strong>br</strong> />

conforme May, 2009.<<strong>br</strong> />

Assan, 2006 em suas pesquisas mostrou a vantagem do uso do DQO em relação<<strong>br</strong> />

a DBO, pois podemos obter a DQO em poucos minutos ou em 2h usando o método do<<strong>br</strong> />

dicromatro. Tendo a relação DBO/DQO achamos facilmente a DBO.<<strong>br</strong> />

Crespo, 2005 diz que para esgotos domésticos a relação DBO 5 /DQO ≈0,5 e que<<strong>br</strong> />

quando DQO ≥3 x DBO 5 para o tratamento biológico deve ser acrescentado produtos<<strong>br</strong> />

químicos.<<strong>br</strong> />

Crespo define também:<<strong>br</strong> />

DBO total =DBO solúvel + DBO particulada.<<strong>br</strong> />

A DBO particulada é obtida somente pela diferença da DBO total <strong>com</strong> a DBO<<strong>br</strong> />

solúvel.<<strong>br</strong> />

A DBO particulada ou suspensa é removida em grande parte no tratamento<<strong>br</strong> />

primário, cujos sólidos de decantabilidade mais lenta persistem na massa líquida.<<strong>br</strong> />

A DBO solúvel não é removida por processos meramente físicos, <strong>com</strong>o a<<strong>br</strong> />

sedimentação que ocorre no decantador primário.<<strong>br</strong> />

23.<strong>17</strong> Estudos de alternativas<<strong>br</strong> />

Em um projeto real deve ser feito estudo de alternativas de tratamento de esgotos<<strong>br</strong> />

tais <strong>com</strong>o:<<strong>br</strong> />

• Lodos ativados<<strong>br</strong> />

• Biodiscos<<strong>br</strong> />

• Tratamentos Anaeróbios<<strong>br</strong> />

• MBR<<strong>br</strong> />

• Outros<<strong>br</strong> />

23-<strong>17</strong>


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 23- Reator Biológico de Contato (RBC) para águas cinzas claras<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 4 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

23.18 Processos de tratamento de lodo<<strong>br</strong> />

O lodo é o grande problema dos tratamentos de esgotos e Botelho denomina para<<strong>br</strong> />

isto de a Besta Negra. Metcalf&Eddy, 1991 salientam muito a importância do<<strong>br</strong> />

tratamento e do destino do lodo.<<strong>br</strong> />

Os processos de tratamento podem ser:<<strong>br</strong> />

1. Via Aeróbica<<strong>br</strong> />

2. Via Anaeróbica<<strong>br</strong> />

3. Via Química.<<strong>br</strong> />

Via Aeróbica<<strong>br</strong> />

É uma mini-estação de altíssimas taxas cujo objetivo não é remover a dBO mas<<strong>br</strong> />

sim obter um efluente não instável e de maior drenabilidade.<<strong>br</strong> />

Via Anaeróbica<<strong>br</strong> />

Usa tanques abertos ou fechados para a de<strong>com</strong>posição da matéria orgânica sem<<strong>br</strong> />

oxigênio.<<strong>br</strong> />

A fossa séptica e lagoa anaeróbia são exemplos de unidades que de<strong>com</strong>põem o<<strong>br</strong> />

lodo anaerobicamente produzindo um lodo mais denso e <strong>com</strong> maior estabilidade e<<strong>br</strong> />

menos cheiro.<<strong>br</strong> />

A digestão anaeróbia do lodo pode ser feita em um único estágio ou em dois<<strong>br</strong> />

estágios.<<strong>br</strong> />

A norma prevê que quando a estação de tratamento de esgotos tem menos que<<strong>br</strong> />

20 L/s a digestão anaeróbia pode ser feita junto <strong>com</strong> a decantação primária.<<strong>br</strong> />

Via química<<strong>br</strong> />

Consiste em inibir os microorganismos que de<strong>com</strong>põem o lodo. O tratamento<<strong>br</strong> />

químico é usado muitas vezes <strong>com</strong>o remédio temporário.<<strong>br</strong> />

O lodo produzido pelo Biodisco pode ser encaminhado por caminhão tanque a<<strong>br</strong> />

uma ETE pública para tratamento.<<strong>br</strong> />

23-18


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 23- Reator Biológico de Contato (RBC) para águas cinzas claras<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 4 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

23.19 Lodo<<strong>br</strong> />

A Figura (23.13) mostra o tratamento de lodo efetuado pela SABESP,<<strong>br</strong> />

salientando os adensadores de gravidade, os flotadores, o digestor, filtros prensa,<<strong>br</strong> />

secador térmico e lodo desidratado (torta).<<strong>br</strong> />

Figura 23.13- Esquema de tratamento de lodo da Sabesp.<<strong>br</strong> />

http://www.sabesp.<strong>com</strong>.<strong>br</strong>/CalandraWeb/CalandraRedirect/?temp=2&proj=sabes<<strong>br</strong> />

p&pub=T&nome=TratamentoDeEsgoto&db=<<strong>br</strong> />

Figura 23-13B- Tratamento e disposição do lodo Duarte,, 2007<<strong>br</strong> />

23-19


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 23- Reator Biológico de Contato (RBC) para águas cinzas claras<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 4 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Conforme Tocchetto, 2008 o lodo é o material sedimentado e removido do fundo<<strong>br</strong> />

dos decantadores, enquanto que o líquido clarificado ou tratado é removido pela<<strong>br</strong> />

superfície.<<strong>br</strong> />

O lodo por ser:<<strong>br</strong> />

Lodo primário ou <strong>br</strong>uto<<strong>br</strong> />

É o lodo proveniente dos decantadores primários. Geralmente são constituídos<<strong>br</strong> />

de sólidos em suspensão sedimentáveis e estão localizados antes dos biodiscos.<<strong>br</strong> />

Lodo secundário<<strong>br</strong> />

É o lodo removido do decantador secundário após o biodisco.<<strong>br</strong> />

Os lodos sépticos exalam mau cheiro, enquanto os digeridos são livres de<<strong>br</strong> />

odores. Os lodos provenientes dos decantadores primários, quando são descartados<<strong>br</strong> />

depois de alguns dias, são sépticos, ou seja, teve inicio o processo de digestão conforme<<strong>br</strong> />

Tocchetto, 2008. Os lodos inorgânicos não exalam odores putrescíveis, pois não sofrem<<strong>br</strong> />

de<strong>com</strong>posição biológica (lodos estáveis).<<strong>br</strong> />

Segundo Tocchetto, 2008 o lodo removido de decantadores ou adensadores deve<<strong>br</strong> />

ser desaguado em sistemas de desidratação antes de sua disposição final. Os sistemas<<strong>br</strong> />

mais utilizados são:<<strong>br</strong> />

• Leitos de secagem<<strong>br</strong> />

• Filtro-prensa de esteira (belt-press)<<strong>br</strong> />

• Filtro-prensa de placas<<strong>br</strong> />

• Filtro à vácuo<<strong>br</strong> />

• Centrífugas<<strong>br</strong> />

• Lagoas de lodo<<strong>br</strong> />

Conforme Diretrizes da SABESP para empreendimentos imobiliários o sistema<<strong>br</strong> />

de adensamento e desaguamento do lodo produzido a geral material sólido que possa<<strong>br</strong> />

ser disposta em aterros sanitários licenciados para resíduos sólidos da Classe II A- NBR<<strong>br</strong> />

10004/2004.<<strong>br</strong> />

Conforme a classificação dos resíduos, o Classe II A é para resíduos não inertes.<<strong>br</strong> />

A SABESP exige que:<<strong>br</strong> />

• Separação dos sólidos biológicos<<strong>br</strong> />

• Adensamento do lodo<<strong>br</strong> />

• Desaguamento do lodo<<strong>br</strong> />

• Estocagem do logo <strong>com</strong> capacidade para armazenar no mínimo 6 meses<<strong>br</strong> />

de produção de lodo seco.<<strong>br</strong> />

Re<strong>com</strong>enda ainda a SABESP o tratamento terciário <strong>com</strong> filtração do efluente e<<strong>br</strong> />

desinfecção <strong>com</strong> cloro ou ultravioleta.<<strong>br</strong> />

Helmintos<<strong>br</strong> />

Mesmo no Biodisco temos a formação de lodo e nas pesquisas de May, 2009 não<<strong>br</strong> />

foram encontrados ovos de helmintos nas amostras de lodo coletada.<<strong>br</strong> />

Conforme May, 2009 os helmintos são vermes achatados pertencentes ao filo<<strong>br</strong> />

Platyhelminthes. Os helmintos apresentam <strong>com</strong>o principal habitar o intestino humano e<<strong>br</strong> />

em geral as enfermidades produzidas pelos helmintos se devem ao consumo de<<strong>br</strong> />

alimentos contaminados. As principais doenças produzidas pelos helmintos são:<<strong>br</strong> />

23-20


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 23- Reator Biológico de Contato (RBC) para águas cinzas claras<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 4 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

ancilostomíase, ascaridíase, teníase, cisticercose, esquistossomose mansoni,<<strong>br</strong> />

estrongiloidíase, enterobiase, filaríase e a fasciolíase.<<strong>br</strong> />

23.20 Estimativa da produção de lodo seco conforme McGhee, 1991<<strong>br</strong> />

Vamos estimar a produção de lodo seco do Biodisco usando dados da pesquisa<<strong>br</strong> />

de May, 2009 e tendo <strong>com</strong>o base de cálculo McGhee, 1991.<<strong>br</strong> />

Dados:<<strong>br</strong> />

Vazão= 0,5m 3 /dia<<strong>br</strong> />

TSS= 68 mg/L<<strong>br</strong> />

DBO= 150mg/L<<strong>br</strong> />

Espera-se que 60% dos sólidos se depositam no decantador primário:<<strong>br</strong> />

0,60 x (68 mg/L) x (0,5m 3 /dia x 10 3 ) =20,4 x 10 3 mg/dia<<strong>br</strong> />

No decantador secundário recebemos a carga de DBO. Estimamos que seja<<strong>br</strong> />

removido 30% da DBO no decantador primário e portanto teremos 70% no secundário<<strong>br</strong> />

0,7 x 150 mg/Lx (0,5m 3 /dia x 10 3 )= 52,5 x 10 3 mg/dia<<strong>br</strong> />

Mas os sólidos serão 50%.<<strong>br</strong> />

0,5 x 52,5 x 10 3 = 26,25 x 10 3 mg/dia<<strong>br</strong> />

Somando-se todos os sólidos teremos:<<strong>br</strong> />

(20,4 x 10 3 + 26,25 x 10 3 )= 46,65 x 10 3 mg/dia=46,65g/dia=0,0467 kg/dia=<strong>17</strong>kg/ano<<strong>br</strong> />

Portanto, a estimativa que fazemos é de 0,0467 kg/dia de sólidos secos referente<<strong>br</strong> />

ao lodo do Biodisco.<<strong>br</strong> />

23.21 Estimativa de produção de lodo conforme Antonie, 1974<<strong>br</strong> />

Dutta, 2007 cita Ronald L. Antonie et al, 1974 no seu trabalho so<strong>br</strong>e Evaluation<<strong>br</strong> />

of rotating disk wastewater treatment plant publicado no Journal WPCF chegou a<<strong>br</strong> />

estimativa que a produção de lodo em biodisco é ≤ 0,4kg/kg de DBO removido em<<strong>br</strong> />

aplicações domésticas. Antonie informa ainda que as teorias cinéticas não conseguem<<strong>br</strong> />

avaliar corretamente a quantidade de lodo de um biodisco.<<strong>br</strong> />

DBO de entrada = 150 mg/L<<strong>br</strong> />

DBO de saida = 10mg/L<<strong>br</strong> />

DBO removida = 150-10=140 mg/L<<strong>br</strong> />

Vazão= 500 litros/dia<<strong>br</strong> />

DBO removida= 140mg/L x 500 L/dia / 1000= 70 g/dia<<strong>br</strong> />

Lodo =0,4 x 70= 28 g/dia=0,028 kg/dia<<strong>br</strong> />

Portanto, a produção diária de lodo é no máximo 0,028kg/dia, ou seja,<<strong>br</strong> />

10,22kg/ano.<<strong>br</strong> />

23.22 Estimativa da produção de lodo conforme Duarte, 2007<<strong>br</strong> />

Duarte, 2007 apresentou dados no Biodisco que a produção de esgotos varia de<<strong>br</strong> />

0,07m 3 /habitante x ano a 0,1m 3 /habitante x ano.<<strong>br</strong> />

23.23 Estimativa da produção de lodo conforme PROSAB<<strong>br</strong> />

Conforme estudos de Pós-tratamento de efluentes de reatores anaeróbios por<<strong>br</strong> />

reatores <strong>com</strong> filme elaborado pelo Prosab pelos professores Pedro Além So<strong>br</strong>inho,<<strong>br</strong> />

Miguel Mansur Aisse e outros, informamos que a produção do lodo produzido por<<strong>br</strong> />

23-21


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 23- Reator Biológico de Contato (RBC) para águas cinzas claras<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 4 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

biodiscos são basicamente as mesmas dos lodos produzidos por filtros biológicos<<strong>br</strong> />

percoladores, ou seja Y= 0,75 a 1,0 kg SS / DBO removida <strong>com</strong> relação SSV/ SS= 0,75<<strong>br</strong> />

a 0,85.<<strong>br</strong> />

P lodo = Y x DBO removida<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

P lodo = produção de lodo (kg/ TSS/ dia)<<strong>br</strong> />

Y= coeficiente de produção de lodo (kg TSS/kg DQO removida)<<strong>br</strong> />

DBO removida = massa de DBO removida (kg DBO/dia)<<strong>br</strong> />

Y= 0,75 a 1,0 kg SS / DBO removida <strong>com</strong> relação SSV/ SS= 0,75 a 0,85.<<strong>br</strong> />

A avaliação da produção volumétrica de lodo pode ser feita pela seguinte<<strong>br</strong> />

equação:<<strong>br</strong> />

V lodo = P lodo / γ x C<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

V lodo = produção volumétrica de lodo (m 3 /dia)<<strong>br</strong> />

P lodo = produção de lodo no biodisco (kg TSS/dia)<<strong>br</strong> />

γ= densidade do lodo, usualmente da ordem de 1000 a 1040 kg/m 3 .<<strong>br</strong> />

C= concentração do lodo removido no decantador secundário, usualmente na faixa de<<strong>br</strong> />

1% a 2%.<<strong>br</strong> />

Exemplo 23.1<<strong>br</strong> />

DBO de entrada = 150 mg/L<<strong>br</strong> />

DBO de salda = 10mg/L<<strong>br</strong> />

DBO removida = 150-10=140 mg/L<<strong>br</strong> />

Vazão= 500 litros/dia<<strong>br</strong> />

DBO removida= 140mg/L x 500 L/dia / 1000= 70 g/dia=0,070kg/dia<<strong>br</strong> />

Lodo =0,4 x 70= 28 g/dia=0,028 kg/dia<<strong>br</strong> />

P lodo = Y x DBO removida<<strong>br</strong> />

P lodo = 0,75 x 0,070 kg/dia= 0,0525 kg TSS/dia<<strong>br</strong> />

Em uma ano teremos Plodo= 365 dias x 0,0525kg TSS/dia= 19,16 kg / ano<<strong>br</strong> />

V lodo = P lodo / γ x C<<strong>br</strong> />

C=1%= 0,01<<strong>br</strong> />

V lodo = 0,0525/ (1000 x 0,01)=0,0025m 3 /dia<<strong>br</strong> />

Em um ano teremos<<strong>br</strong> />

Vlodo= 365 dias x 0,0025m 3 /dia= 0,91 m 3 /ano<<strong>br</strong> />

Transporte do lodo a uma ETE<<strong>br</strong> />

Uma outra alternativa da disposição do lodo do biodisco, é transportá-lo para<<strong>br</strong> />

uma ETE da concessionária local.<<strong>br</strong> />

23.24 Temperatura<<strong>br</strong> />

Conforme McGhee, 1991 abaixo da temperatura de 13ºC as taxas decrescem 5%<<strong>br</strong> />

a queda de 1ºC de temperatura. Isto aumenta consideravelmente a área do disco.<<strong>br</strong> />

23-22


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 23- Reator Biológico de Contato (RBC) para águas cinzas claras<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 4 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Existe maneira prática de considerar temperatura abaixo de 13º C e não<<strong>br</strong> />

representa problema no dimensionamento do Biodisco.<<strong>br</strong> />

23-23


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 23- Reator Biológico de Contato (RBC) para águas cinzas claras<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 4 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

23.25 Biodisco<<strong>br</strong> />

Valdez e González, 2003 apresentaram um trabalho so<strong>br</strong>e sistema de tratamento<<strong>br</strong> />

de esgotos e vamos mostrar a parte referente a biodisco conforme Figura (23.13) a<<strong>br</strong> />

(23.16)<<strong>br</strong> />

Figura 23.14- Seção transversal e tratamento de esgotos <strong>com</strong> biodisco.<<strong>br</strong> />

Figura 23.15- Troca de ar no biodisco e água de esgoto e seção transversal.<<strong>br</strong> />

Figura 23.16-Adição de ar <strong>com</strong>primido ao sistema quando for julgado importante<<strong>br</strong> />

23-24


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 23- Reator Biológico de Contato (RBC) para águas cinzas claras<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 4 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Figura 23.<strong>17</strong>- Configuração típica de um<<strong>br</strong> />

Figura 23.18-Relações de eficiência e taxa de carga para biodisco<<strong>br</strong> />

Na Figura (23.<strong>17</strong>) temos um gráfico onde aparecem a taxa de carga hidráulica<<strong>br</strong> />

em L/dia.m 2 , a DBO solúvel da entrada em mg/L e DBO solúvel do efluente.<<strong>br</strong> />

23-25


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 23- Reator Biológico de Contato (RBC) para águas cinzas claras<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 4 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Na Figura (23.18) temos uma maneira prática de se corrigir a temperatura<<strong>br</strong> />

quando abaixo de 13º C que é multiplicar a taxa em L/m 2 x dia por um fator de<<strong>br</strong> />

correção.<<strong>br</strong> />

Figura 23.19- Correção da temperatura nas curvas da Figura (23.<strong>17</strong>). Multiplicar<<strong>br</strong> />

a taxa de carga pelo fator correspondente<<strong>br</strong> />

Exemplo 23.2<<strong>br</strong> />

Dado DBO de entrada de 150 mg/L e DBO de saída de 10 mg/L para temperatura média<<strong>br</strong> />

de 20ºC. A vazão média diária é 500L.<<strong>br</strong> />

Verificando a Figura (23.<strong>17</strong>) achamos a taxa de 50 L/m 2 x dia.<<strong>br</strong> />

Como a vazão é 500 L/dia a área será:<<strong>br</strong> />

A= 500 L/dia / 50 L/m 2 x dia= 10m 2<<strong>br</strong> />

Caso tivéssemos uma temperatura de 8ºC entraríamos no gráfico da Figura<<strong>br</strong> />

(23.16) e acharemos o fator 0,78 e multiplicaríamos 50 x 0,78= 39<<strong>br</strong> />

A= 500/39=12,8 m 2<<strong>br</strong> />

Portanto, precisaríamos de mais área de biodisco.<<strong>br</strong> />

23-26


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 23- Reator Biológico de Contato (RBC) para águas cinzas claras<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 4 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

23.26 Diversas tabelas onde aparecem o biodisco<<strong>br</strong> />

O objetivo é apresentar mais informações so<strong>br</strong>e biodisco.<<strong>br</strong> />

Na Tabela (23.8) que segundo Sperling, 1996 in Jardim Junior, 2006 a eficiência<<strong>br</strong> />

do biodisco está entre 85% a 93%, mas as pesquisas de May conduziram a resultados<<strong>br</strong> />

superiores de 93,4% de redução da DBO.<<strong>br</strong> />

Observar também que o custo de implantação do biodisco varia de US$ 79/hab<<strong>br</strong> />

a US$ 120/ habitante sendo um custo alto e <strong>com</strong>parável ao sistema convencional de<<strong>br</strong> />

lodo ativado.<<strong>br</strong> />

No que se refere a manutenção e operação o Biodisco é cerca de 50% do custo<<strong>br</strong> />

do lodo ativado.<<strong>br</strong> />

Notar também a pouca quantidade de área necessária para instalar um biodisco e<<strong>br</strong> />

que o lodo produzido varia de 0,7 a 1,0 m 3 /habxano.<<strong>br</strong> />

Tabela 23.8- Característica típicas dos principais sistemas de tratamento de<<strong>br</strong> />

esgotos em nível secundário<<strong>br</strong> />

Na Figura (23.19) está um outro esquema do Biodisco sendo que o lançamento<<strong>br</strong> />

do efluente será num corpo d´água.<<strong>br</strong> />

Figura 23.20- Esquema do biodisco<<strong>br</strong> />

23-27


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 23- Reator Biológico de Contato (RBC) para águas cinzas claras<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 4 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Observar na Tabela (23.9) que o lodo ativado desidratado a ser disposto varia de<<strong>br</strong> />

0,10 a 0,25 L/habitante x dia.<<strong>br</strong> />

Tabela 23.9- Volume per capita de lodo desidratado a ser disposto.<<strong>br</strong> />

Fonte: Jardim Junior, 2006.<<strong>br</strong> />

Na Tabela (23.10) estão as quantidades de lodo desidratado de diversos tipos de<<strong>br</strong> />

tratamento de esgotos, mas não o do Biodisco que pode ser estimado <strong>com</strong>o lodo ativado<<strong>br</strong> />

convencional.<<strong>br</strong> />

23-28


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 23- Reator Biológico de Contato (RBC) para águas cinzas claras<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 4 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Tabela 23.10- Quantidade de lodo gerado<<strong>br</strong> />

Na Tabela (23.11) estão as formas de tratamento de lodo usualmente usadas<<strong>br</strong> />

conforme Von Sperling.<<strong>br</strong> />

Tabela 23.11- Formas de tratamento de lodo. Fonte: Von Sperling<<strong>br</strong> />

23-29


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 23- Reator Biológico de Contato (RBC) para águas cinzas claras<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 4 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Figura 23.21-Biodisco da Alpina<<strong>br</strong> />

Observe na foto da Figura (23.20) que os biodiscos estão alojados em 4<<strong>br</strong> />

estágios ou 4 andares num único veio.<<strong>br</strong> />

Figura 23.22-Biodisco da Alpina<<strong>br</strong> />

Biodisco: submersão de 40% ao máximo de 80%<<strong>br</strong> />

23-30


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 23- Reator Biológico de Contato (RBC) para águas cinzas claras<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 4 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Figura 23.23-Biodisco da Alpina<<strong>br</strong> />

Esquema representativo do biofilme. Fonte: Alpina<<strong>br</strong> />

Nas Figuras (23.20) a (23.22) estão os biodiscos da Alpina.<<strong>br</strong> />

23.27 Principais características do RBC<<strong>br</strong> />

• O biodisco é <strong>com</strong>posto de múltiplos anéis montados num eixo horizontal<<strong>br</strong> />

que passa no meio dos discos.<<strong>br</strong> />

• O escoamento dos esgotos é perpendicular ao eixo<<strong>br</strong> />

• Cerca de 40% da área total do disco fica submersa<<strong>br</strong> />

• Cresce um filme biológico no disco<<strong>br</strong> />

• Ao girar o eixo o filme biológico cresce absorvendo matéria orgânica dos<<strong>br</strong> />

esgotos<<strong>br</strong> />

• O oxigênio é absorvido do ar para manter as condições aeróbias<<strong>br</strong> />

• São usados múltiplos estágios para remover melhor a DBO 5<<strong>br</strong> />

• De modo geral não é usada a reciclagem, isto é, o bombeamento da lama<<strong>br</strong> />

do tanque final do secundário para o tanque primário<<strong>br</strong> />

• As atividades biológicas são reduzidas durante a estação de climas frios;<<strong>br</strong> />

• Em climas frios os RBC são cobertos para evitar perda de calor e<<strong>br</strong> />

proteger contra o congelamento.<<strong>br</strong> />

• Em climas quentes os RBC são cobertos para evitar os raios ultravioletas<<strong>br</strong> />

que irão degradar o PVC dos biodiscos.<<strong>br</strong> />

Projeto<<strong>br</strong> />

O principal parâmetro de projeto é a quantidade de esgotos por superfície de área<<strong>br</strong> />

dos discos que é chamada de carga hidráulica (m 3 /dia . m 2 ).<<strong>br</strong> />

Para esgotos municipais são necessários quatro estágios, mas para nitrificação<<strong>br</strong> />

são necessários cinco estágios.<<strong>br</strong> />

Na Figura (23.23) podemos ver um outro esquema do biodisco.<<strong>br</strong> />

23-31


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 23- Reator Biológico de Contato (RBC) para águas cinzas claras<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 4 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Figura 23.24- Esquema do RBC observando o tratamento primário e o<<strong>br</strong> />

clarificador secundário onde é feita a deposição do lodo, sendo depois<<strong>br</strong> />

encaminhado ao tratamento final.<<strong>br</strong> />

Outras observações:<<strong>br</strong> />

Considera-se 4 pessoas/casa. Considera-se consumo de 180 L/dia x pessoa.<<strong>br</strong> />

Adota-se 60 g DBO/dia por pessoa conforme EPA. O efluente básico é 10 a 30 mg/L de<<strong>br</strong> />

DBO<<strong>br</strong> />

Decantador primário: é projetado para armazenar 60 dias de lodo, mas também é<<strong>br</strong> />

feito <strong>com</strong>o um equalizador de vazão e deve ter dispositivos para a retirada da lama.<<strong>br</strong> />

Deverá haver uma grade para remoção de materiais grosseiros.<<strong>br</strong> />

O equalizador é importante principalmente quando a variação de vazão é maior<<strong>br</strong> />

que 2,5.<<strong>br</strong> />

O tratamento secundário é determinado pela superfície dos discos. É assumido<<strong>br</strong> />

também que a redução de DBO será no primeiro tanque.<<strong>br</strong> />

Os esgotos entram no decantador primário onde há reposição de sólidos e depois<<strong>br</strong> />

vai para o tratamento secundário que são os discos que giram a uma velocidade muito<<strong>br</strong> />

baixa. Os discos estão uma parte submersos e a outra parte são expostos ao ar.<<strong>br</strong> />

O efluente médio tem 10 a 30mg/L de DBO.<<strong>br</strong> />

Em grandes projetos haverá no final um novo tanque de sedimentação de lodo<<strong>br</strong> />

onde o lodo é bombeado para o decantador primário novamente. O tempo de detenção<<strong>br</strong> />

neste ultimo tanque não deve ser menor que 90min.<<strong>br</strong> />

A vida útil de um RBC é de 20anos.<<strong>br</strong> />

Um aspecto importante da manutenção é a retirada regular do lodo.<<strong>br</strong> />

O custo a ser considerado deve levar o período de 20anos considerando os custos<<strong>br</strong> />

de capital, custos de energia elétrica, custos de manutenção diária, semanal, custos de<<strong>br</strong> />

lu<strong>br</strong>ificantes e trocas de peças. Custos de retirada do lodo <strong>com</strong> a freqüência e volume.<<strong>br</strong> />

Custo de visita de um especialista <strong>com</strong> no mínimo duas visitas/ano. Custos de reposição<<strong>br</strong> />

de bombas e motores.<<strong>br</strong> />

Na Figura (23.24) podemos ver um biodisco de grandes dimensões.<<strong>br</strong> />

23-32


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 23- Reator Biológico de Contato (RBC) para águas cinzas claras<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 4 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Figura 23.25- Vista de um biodisco de grande dimensão.<<strong>br</strong> />

Nas Figuras (23.25) a (23.27) podemos ver o biofilme que se forma na superfície<<strong>br</strong> />

dos discos. Existe uma teoria a respeito. O biofilme vai se formando e crescendo até<<strong>br</strong> />

uma hora que ele se desprende e daí ser necessário o decantador secundário após o<<strong>br</strong> />

biodisco, pois temos que tirar o lodo para tratamento.<<strong>br</strong> />

Figura 23.26-Biofilme Fonte: Dutta, 2007<<strong>br</strong> />

23-33


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 23- Reator Biológico de Contato (RBC) para águas cinzas claras<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 4 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Figura 24.27-Biofilme Fonte: Dutta, 2007<<strong>br</strong> />

Figura 23.28-Biofilme Fonte: Dutta, 2007<<strong>br</strong> />

23-34


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 23- Reator Biológico de Contato (RBC) para águas cinzas claras<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 4 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Figura 23.29- Esquema do biodisco. Fonte Dutta, 2007<<strong>br</strong> />

Na Figura (23.28) temos um outro esquema do biodisco e Tabela (23.12) onde<<strong>br</strong> />

temos os critérios de funcionamento fornecido por Dutta, 2007.<<strong>br</strong> />

Tabela 23.12- Critérios de dimensionamento de RBC. Fonte Dutta, 2007<<strong>br</strong> />

Na Figura (23.29) temos o esquema de Biodisco de Dutta, 2007.<<strong>br</strong> />

Figura 23.30 Esquema de RBC. Fonte: Dutta, 2007.<<strong>br</strong> />

23-35


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 23- Reator Biológico de Contato (RBC) para águas cinzas claras<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 4 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

23.28 Tratamento terciário <strong>com</strong> Filtros de pressão <strong>com</strong> areia (filtro de piscina)<<strong>br</strong> />

O filtro de piscina funcionará <strong>com</strong>o um tratamento terciário conforme Figuras<<strong>br</strong> />

(23.30) a (23.32).<<strong>br</strong> />

A tese de doutoramento da dra. Simone May de julho de 2009 usou o filtro de<<strong>br</strong> />

piscina (filtro rápido de pressão) na melhoria da qualidade das águas cinzas claras.<<strong>br</strong> />

No tratamento de águas cinzas claras <strong>com</strong> biodisco, desinfecção <strong>com</strong> cloro e<<strong>br</strong> />

filtro de piscina, May, 2009 obteve as seguintes reduções: 95,1% de cor aparente;<<strong>br</strong> />

98,2% de turbidez; 94,1% de SST; 93,4% de DBO; 86,3% de DQO, 84,9% de COT,<<strong>br</strong> />

99,8% de coliformes termotolerantes e 97,8% de coliformes totais.<<strong>br</strong> />

Dica: tratamento de águas cinzas claras <strong>com</strong> biodisco, desinfecção e filtro de<<strong>br</strong> />

piscina.<<strong>br</strong> />

A taxa de filtração nominal é de 1440m 3 /m 2 .dia e nas pesquisas de May, 2009 foi<<strong>br</strong> />

usado 872 m 3 /m 2 .dia. O meio filtrante era <strong>com</strong>posto de areia <strong>com</strong> granulometria de<<strong>br</strong> />

0,45mm a 0,55mm <strong>com</strong> coeficiente de não uniformidade inferior a 1,6 e altura do meio<<strong>br</strong> />

filtrante de 0,52m.<<strong>br</strong> />

A vazão da bomba de 3,3m 3 /h, potência do motor de 1/3 de CV.<<strong>br</strong> />

Figura 23.31- Filtro de piscina<<strong>br</strong> />

23-36


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 23- Reator Biológico de Contato (RBC) para águas cinzas claras<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 4 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Figura 23.32- Filtro de piscina<<strong>br</strong> />

NBR 10339/98<<strong>br</strong> />

23-37


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 23- Reator Biológico de Contato (RBC) para águas cinzas claras<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 4 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Figura 23.33- Filtro de piscina<<strong>br</strong> />

Fonte: Macedo, 2003<<strong>br</strong> />

Conforme Metcalf&Eddy, 1991 o filtro de pressão de areia é semelhante ao<<strong>br</strong> />

filtro de areia por gravidade.<<strong>br</strong> />

O efluente de um lodo ativado varia de 6mg/L a 30mg/L.<<strong>br</strong> />

Uma maneira de se medir os sólidos em suspensão (SS) conforme<<strong>br</strong> />

Metcalf&Eddy, 1991 é dada pela equação:<<strong>br</strong> />

Sólidos em suspensão (SS) em mg/L= 2,3 x Turbidez em uT<<strong>br</strong> />

23-38


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 23- Reator Biológico de Contato (RBC) para águas cinzas claras<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 4 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

22.29 Disposição do efluente do tratamento<<strong>br</strong> />

O efluente do esgoto tratado pode ter os seguintes destinos:<<strong>br</strong> />

• Ir para a rede de esgoto pública<<strong>br</strong> />

• Ir para os cursos d’água<<strong>br</strong> />

• Ser usado em irrigação<<strong>br</strong> />

• Descarregado so<strong>br</strong>e o solo<<strong>br</strong> />

• Usado <strong>com</strong>o reúso: descargas em bacias sanitárias, rega de jardins e lavagem de<<strong>br</strong> />

piso.<<strong>br</strong> />

Na irrigação de flores, gramados pode ser usado o efluente tratado, mas não deve<<strong>br</strong> />

ser usado em plantações de legumes, cenouras, etc destinada a consumo humano.<<strong>br</strong> />

22.30 Lançamento do efluente nos cursos de água<<strong>br</strong> />

Para o lançamento do efluente num curso de água o mesmo deverá obedecer a<<strong>br</strong> />

Conama-Resolução nº 357 de <strong>17</strong> de março de 2005, onde os corpos de água são<<strong>br</strong> />

classificados em águas doces e águas salinas.<<strong>br</strong> />

As águas doces são classificadas em:<<strong>br</strong> />

‣ Classe especial<<strong>br</strong> />

‣ Classe 1<<strong>br</strong> />

‣ Classe 2<<strong>br</strong> />

‣ Classe 3<<strong>br</strong> />

‣ Classe 4<<strong>br</strong> />

Na Tabela (23.13) estão as exigências para as águas doces das Classe 1 a Classe 3.<<strong>br</strong> />

Tabela 23.13 - Padrões da Resolução Conama 357/2005 para águas doces<<strong>br</strong> />

Águas doces<<strong>br</strong> />

DBO<<strong>br</strong> />

(Demanda Bioquímica de Oxigênio)<<strong>br</strong> />

(mg/L)<<strong>br</strong> />

OD<<strong>br</strong> />

(Oxigênio Dissolvido)<<strong>br</strong> />

(mg/L)<<strong>br</strong> />

CF<<strong>br</strong> />

(Coliformes Fecais)<<strong>br</strong> />

(NMP/100mL)<<strong>br</strong> />

Classe 1 3 6 200<<strong>br</strong> />

Classe 2 5 5 1000<<strong>br</strong> />

Classe 3 10 4<<strong>br</strong> />

Classe Especial<<strong>br</strong> />

-são as águas destinadas abastecimento humano <strong>com</strong> desinfecção<<strong>br</strong> />

-preservação do equilí<strong>br</strong>io natural das <strong>com</strong>unidades aquáticas<<strong>br</strong> />

-preservação dos ambientes aquáticos.<<strong>br</strong> />

Classe 1<<strong>br</strong> />

- são as águas doces para abastecimento humano após tratamento simplificado;<<strong>br</strong> />

- preservação das <strong>com</strong>unidades aquáticas;<<strong>br</strong> />

- recreação de contato primário, tais <strong>com</strong>o natação, esqui aquático e mergulho.<<strong>br</strong> />

23-39


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 23- Reator Biológico de Contato (RBC) para águas cinzas claras<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 4 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Classe 2<<strong>br</strong> />

- são as destinadas ao abastecimento humano após tratamento;<<strong>br</strong> />

- proteção das <strong>com</strong>unidades aquáticas;<<strong>br</strong> />

- recreação de contato primário, tais <strong>com</strong>o natação, esqui aquático e mergulho;<<strong>br</strong> />

- irrigação de hortaliças, plantas frutíferas e de parques, jardins, campos de esporte e<<strong>br</strong> />

lazer, <strong>com</strong> os quais o público possa vir a ter contato direto.<<strong>br</strong> />

Classe 3<<strong>br</strong> />

- são as destinadas ao abastecimento humano após tratamento convencional ou<<strong>br</strong> />

avançado;<<strong>br</strong> />

- irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras;<<strong>br</strong> />

- pesca amadora;<<strong>br</strong> />

- recreação de contato secundário;<<strong>br</strong> />

- dessedentação de animais.<<strong>br</strong> />

Classe 4<<strong>br</strong> />

- são as águas destinadas da navegação;<<strong>br</strong> />

- harmonia paisagística.<<strong>br</strong> />

23-40


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 23- Reator Biológico de Contato (RBC) para águas cinzas claras<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 4 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

O efluente poderá ser desinfetado <strong>com</strong> hipoclorito de sódio, havendo<<strong>br</strong> />

possibilidade de a dosagem ser automática.<<strong>br</strong> />

A SABESP re<strong>com</strong>enda em empreendimentos imobiliários que quando não há<<strong>br</strong> />

vazão de referência deve ser adotada a vazão mínima de 7 dias consecutivos de período<<strong>br</strong> />

de recorrência de 10 anos (Q 7,10 ).<<strong>br</strong> />

22.31 Tratamento preliminar<<strong>br</strong> />

O tratamento preliminar tem <strong>com</strong>o objetivo a redução de sólidos grosseiros em<<strong>br</strong> />

suspensão. Não há praticamente remoção de DBO.<<strong>br</strong> />

O tratamento preliminar:<<strong>br</strong> />

1.Gradeamento<<strong>br</strong> />

2. Peneiramento<<strong>br</strong> />

3. Desarenação<<strong>br</strong> />

4. Equalização<<strong>br</strong> />

23.32 Tanque de equalização<<strong>br</strong> />

O tanque de equalização tem <strong>com</strong>o objetivo de minimizar as variações de vazões<<strong>br</strong> />

de maneira que a vazão final fica constante ou quase constante para ser encaminhado ao<<strong>br</strong> />

tratamento. Outra função do tanque de equalização é uniformizar as concentrações de<<strong>br</strong> />

DBO, e pH por exemplo.<<strong>br</strong> />

O tanque de equalização pode ser construído em série ou em paralelo, sendo a<<strong>br</strong> />

melhor opção em série.<<strong>br</strong> />

Uma das vantagens do biodisco é que trabalha bem para variações de vazões de<<strong>br</strong> />

até 2,64. Para variação maior deve ser feito um tanque de equalização ou quando<<strong>br</strong> />

impomos um certo volume para tratamento usando uma unidade de tratamento<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>ercial.<<strong>br</strong> />

Para o dimensionamento do tanque de equalização podemos usar método<<strong>br</strong> />

semelhante ao de Rippl usado em hidrologia.<<strong>br</strong> />

Vamos expor alguns cálculos preliminares que está no livro de Autodepuração<<strong>br</strong> />

de Tomaz, 2009.<<strong>br</strong> />

Cálculo de Lo após a mistura <strong>com</strong> o despejo<<strong>br</strong> />

Conforme Metcalf e Eddy, 1993 são apresentadas as seguintes relações<<strong>br</strong> />

que serão úteis nos cálculos:<<strong>br</strong> />

Vazão no rio: Qx<<strong>br</strong> />

Descarga de esgotos: Q D<<strong>br</strong> />

23-41


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 23- Reator Biológico de Contato (RBC) para águas cinzas claras<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 4 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

A vazão Q é a soma das duas:<<strong>br</strong> />

Q= Qx + Q D<<strong>br</strong> />

A DBO do curso de água é Lx e a dos esgotos é L D e a DBO da mistura Lo será:<<strong>br</strong> />

Lo= (Qx . Lx + Q D . L D ) / Q<<strong>br</strong> />

O déficit de oxigênio Do da mistura é calculado da seguinte maneira.<<strong>br</strong> />

Do= (Qx . Dx +Q D . D D ) / Q<<strong>br</strong> />

Exemplo 23.3<<strong>br</strong> />

Seja um rio onde é lançado efluentes de esgotos tratados.<<strong>br</strong> />

Parâmetros do rio:<<strong>br</strong> />

Volume diário= 733.536m 3 /dia= Qx<<strong>br</strong> />

DBO= 1mg/L<<strong>br</strong> />

OD= 9,0mg/L<<strong>br</strong> />

Temperatura= 15ºC<<strong>br</strong> />

Parâmetros dos esgotos lançados no rio<<strong>br</strong> />

Volume diário= 113.400m 3 /dia= Q D<<strong>br</strong> />

DBO= 200mg/L<<strong>br</strong> />

OD= 0,0mg/L<<strong>br</strong> />

Temperatura= 20ºC<<strong>br</strong> />

A vazão total Q= Qx + Q D = 733.536 + 113.400= 846.936m 3<<strong>br</strong> />

Vamos agora calcular a DBO da mistura e que denominaremos Lo<<strong>br</strong> />

Lo= (Qx . Lx + Q D . L D ) / Q<<strong>br</strong> />

Lo= (733536x1,0 + 113400x200) / 846936 =27,6mg/L =DBO da mistura<<strong>br</strong> />

Vamos calcular a temperatura da mistura:<<strong>br</strong> />

Lo= ( Qx . Lx + Q D . L D ) / Q<<strong>br</strong> />

t= (733536 x 15 + 113400x 20) / 846936 = 15,7ºC<<strong>br</strong> />

Calculemos o Oxigênio Dissolvido da mistura OD<<strong>br</strong> />

Lo= (Qx . Lx + Q D . L D ) / Q<<strong>br</strong> />

OD= (733536 x 9,0 + 113400x 0) / 846936 = 7,8 mg/L<<strong>br</strong> />

Piveli e Kato, 2006 apresentam as seguintes relações para as misturas:DBO, OD e<<strong>br</strong> />

Temperatura:<<strong>br</strong> />

Para o cálculo da DBO da mistura:<<strong>br</strong> />

DB0mistura = (Qrio x DB0rio + Qcórrego x DB0corrego) / (Qrio + Qcorrego)<<strong>br</strong> />

Para o cÁlculo do oxigênio dissolvido da mistura:<<strong>br</strong> />

ODmistura = (Qrio x ODrio + Qcorrego x ODcorrego) / (Qrio + Qcorrego)<<strong>br</strong> />

Para a temperatura da mistura:<<strong>br</strong> />

Tmistura = (Qrio x Trio + Qcorrego x Tcorrego) / (Qrio + Qcorrego)<<strong>br</strong> />

23-42


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 23- Reator Biológico de Contato (RBC) para águas cinzas claras<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 4 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Exemplo 23.4 (Pivelli e Kato, 2006)<<strong>br</strong> />

Dado um rio poluído <strong>com</strong> vazão de 5 L/s, DBO igual a 50mg/L, concentração de<<strong>br</strong> />

oxigênio dissolvido igual a 2 mg/L e temperatura de 26ºC, descarrega suas água em um<<strong>br</strong> />

rio de vazão igual a 45 L/s, DBO igual a 5mg/L, oxigênio dissolvido igual a 6,5mg/L e<<strong>br</strong> />

temperatura de 20ºC. Supondo-se que a 50m a jusante a mistura já tenha sido<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>pletada, quais as características das águas do rio neste ponto?<<strong>br</strong> />

DB0mistura = (Qrio x DB0rio + Qcórrego x DB0córego) / ( Qrio + Qcórrego)<<strong>br</strong> />

DB0mistura = ( 45 x 5 + 5x 50) / ( 45 + 5)= 9,5mg/L<<strong>br</strong> />

ODmistura = (Qrio x ODrio + Qcórrego x ODcórrego) / ( Qrio + Qcórrego)<<strong>br</strong> />

ODmistura = (45 x 6,5 + 5 x 2) / ( 45+5)=6,05mg/L<<strong>br</strong> />

Tmistura = (Qrio x Trio + Qcórrego x Tcórrego) / (Qrio + Qcórrego)<<strong>br</strong> />

Tmistura = (45 x 20 + 5 x 26) / (45 + 5)=20,6ºC<<strong>br</strong> />

Mistura de diversas águas <strong>com</strong> pH<<strong>br</strong> />

Vamos seguir o exemplo dado por Piveli e Kato, 2006.<<strong>br</strong> />

Exemplo 23.5<<strong>br</strong> />

Seja uma cidade que tem uma Estação de Tratamento de Água que produz vazão de<<strong>br</strong> />

20 L/s e o pH da água pH=8,0. Existe ainda um poço tubular profundo <strong>com</strong> vazão de 5<<strong>br</strong> />

L/s e pH=9,0 e uma fonte de água que é clorada e tem vazão de 5 L/s e pH=6,0. Achar o<<strong>br</strong> />

pH da mistura?<<strong>br</strong> />

Lem<strong>br</strong>emos que o pH= - log (H + ) e que (H + )= 10 –pH<<strong>br</strong> />

(H + )mistura = ( Qeta x (H + )eta + Qpoço x (H + )poço + Qfonte x (H + )fonte / ( Qeta +<<strong>br</strong> />

Qpoço+Qfonte)<<strong>br</strong> />

(H + )mistura = ( 20 x 10 -8 + 5 x 10 -9 + 5 x 10 -6 / ( 20+5+5) = 0,<strong>17</strong>35 x 10 -6<<strong>br</strong> />

(pH)mistura= - log(0,<strong>17</strong>35 x 10 -6 )= 6,76<<strong>br</strong> />

Vazão Q 7,10<<strong>br</strong> />

A vazão Q usada é a conhecida vazão ecológica também chamada de Q 7,10 <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

sete dias consecutivas e período de retorno de 10anos.<<strong>br</strong> />

A vazão Q 7,10 é usada <strong>com</strong>o a vazão mínima nos projetos de avaliação das cargas<<strong>br</strong> />

poluidoras.<<strong>br</strong> />

Oxigênio dissolvido<<strong>br</strong> />

O oxigênio dissolvido (OD) é encontrado em bolhas microscópicas de oxigênio que<<strong>br</strong> />

ficam misturadas na água e que ficam entre as moléculas.<<strong>br</strong> />

É um importante indicador para ver a existência da vida aquática. O oxigênio entra<<strong>br</strong> />

na água por absorção diretamente da atmosfera ou pelas plantas aquáticas e pela<<strong>br</strong> />

fotossíntese das algas.<<strong>br</strong> />

O oxigênio é removido da água pela respiração e de<strong>com</strong>posição da matéria orgânica<<strong>br</strong> />

e medido em mg/L.<<strong>br</strong> />

A maioria dos peixes não so<strong>br</strong>evive quando a quantidade de OD< 3mg/L. Para a<<strong>br</strong> />

criação de peixes o ideal é OD entre 7mg/L a 9mg/L.<<strong>br</strong> />

23-43


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 23- Reator Biológico de Contato (RBC) para águas cinzas claras<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 4 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Exemplo 23.6<<strong>br</strong> />

Dimensionar um tanque de equalização para tratamento de <strong>17</strong>,25m 3 /h <strong>com</strong> vazões<<strong>br</strong> />

de entrada variando de 8m 3 /h a 50m 3 /h.<<strong>br</strong> />

O volume calculado será de 80,25m 3 e a seção será quadrada.<<strong>br</strong> />

Tabela 23.14- Cálculo do tanque de equalização baseado no Método de Rippl<<strong>br</strong> />

Vazão de Vazão<<strong>br</strong> />

Tratamento horária<<strong>br</strong> />

(m 3 /h) (m 3 /h)<<strong>br</strong> />

Horas<<strong>br</strong> />

do dia<<strong>br</strong> />

Diferença entre<<strong>br</strong> />

Vazão de tratamento<<strong>br</strong> />

e Vazão horária<<strong>br</strong> />

(2) – (3)<<strong>br</strong> />

(m³)<<strong>br</strong> />

Diferença Acumulada<<strong>br</strong> />

da Coluna 4 dos<<strong>br</strong> />

Valores Positivos<<strong>br</strong> />

(m³)<<strong>br</strong> />

Coluna 1 Coluna 2 Coluna 3 Coluna 4 Coluna 5<<strong>br</strong> />

22 <strong>17</strong>,25 15,0 2 2<<strong>br</strong> />

23 <strong>17</strong>,25 15,0 2 4<<strong>br</strong> />

24 <strong>17</strong>,25 15,0 2 6<<strong>br</strong> />

1 <strong>17</strong>,25 8,0 9,25 15,25<<strong>br</strong> />

2 <strong>17</strong>,25 8,0 9,25 24,25<<strong>br</strong> />

3 <strong>17</strong>,25 8,0 9,25 32,75<<strong>br</strong> />

4 <strong>17</strong>,25 8,0 9,25 43<<strong>br</strong> />

5 <strong>17</strong>,25 8,0 9,25 52,25<<strong>br</strong> />

6 <strong>17</strong>,25 8,0 9,25 59,5<<strong>br</strong> />

7 <strong>17</strong>,25 10,0 7 68,25<<strong>br</strong> />

8 <strong>17</strong>,25 11,0 6 74,25<<strong>br</strong> />

9 <strong>17</strong>,25 12,0 5 79,25<<strong>br</strong> />

10 <strong>17</strong>,25 15,0 2 81,25<<strong>br</strong> />

11 <strong>17</strong>,25 16,0 1 83,25<<strong>br</strong> />

12 <strong>17</strong>,25 20,0 -3 80,25<<strong>br</strong> />

13 <strong>17</strong>,25 19,0 -2<<strong>br</strong> />

14 <strong>17</strong>,25 18,0 -1<<strong>br</strong> />

15 <strong>17</strong>,25 20,0 -3<<strong>br</strong> />

16 <strong>17</strong>,25 20,0 -3<<strong>br</strong> />

<strong>17</strong> <strong>17</strong>,25 35,0 -18<<strong>br</strong> />

18 <strong>17</strong>,25 50,0 -33<<strong>br</strong> />

19 <strong>17</strong>,25 30,0 -13<<strong>br</strong> />

20 <strong>17</strong>,25 23,0 -6<<strong>br</strong> />

21 <strong>17</strong>,25 22,0 -5<<strong>br</strong> />

Total diário= 414,00<<strong>br</strong> />

<strong>17</strong>,25<<strong>br</strong> />

23-44


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 23- Reator Biológico de Contato (RBC) para águas cinzas claras<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 4 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

23.33 Caixa de óleos e gorduras<<strong>br</strong> />

Conforme Nunes, 1996 a caixa de retenção de gordura tem tempo entre 3min a<<strong>br</strong> />

5min se a temperatura for abaixo de 25ºC, mas se for acima o tempo de detenção poderá<<strong>br</strong> />

atingir até 30min.<<strong>br</strong> />

A caixa de retenção de óleo segundo Nunes, 1996 deve ter detenção de 10min.<<strong>br</strong> />

A SABESP re<strong>com</strong>enda também a caixa de gordura.<<strong>br</strong> />

Exemplo 23.7<<strong>br</strong> />

Calcular uma caixa de detenção de óleos e gordura para vazão de pico de 20m 3 /h adota<<strong>br</strong> />

em local <strong>com</strong> temperatura acima de 25ºC.<<strong>br</strong> />

Adotamos tempo de detenção de 20min.<<strong>br</strong> />

V= 20m 3 /h x 20min/ 60min= 6,7m 3<<strong>br</strong> />

23.34 Gradeamento<<strong>br</strong> />

O gradeamento objetiva a remoção de sólidos bastante grosseiros <strong>com</strong> diâmetro<<strong>br</strong> />

superior a 10mm, <strong>com</strong>o materiais plásticos e de papelões constituintes de embalagens,<<strong>br</strong> />

pedaços de madeira e metal.<<strong>br</strong> />

Temos grades grossas, médias e finas.<<strong>br</strong> />

A grade grossa tem espaçamento entre 5cm a 15cm; a média entre 2 a 5cm e<<strong>br</strong> />

grade fina de 1cm ou menos.<<strong>br</strong> />

As grades são colocadas inclinadas a 70º a 90º quando a remoção é mecanizada<<strong>br</strong> />

e de 45º a 60º quando a remoção é manual.<<strong>br</strong> />

A SABESP para empreendimentos imobiliários adota grade fina mecanizada<<strong>br</strong> />

para retenção de partículas <strong>com</strong> diâmetro médio igual ou maior que 1cm.<<strong>br</strong> />

Dimensionamento das grades<<strong>br</strong> />

Nas grades temos dois tipos de velocidade. A velocidade no canal à montante da<<strong>br</strong> />

grade (V) e a velocidade da água na própria grade (v) que geralmente é maior que V.<<strong>br</strong> />

A grade deve ser projetada para a máxima vazão de projeto Qmax e a velocidade<<strong>br</strong> />

na grade dever ser mínima de v=0,60m/s e máxima de v=1,00m/s conforme Jordão,<<strong>br</strong> />

2005, mas segundo Dacach, 1991 as velocidades mínimas são v=0,40m/s a v=0,75m/s.<<strong>br</strong> />

Como suporemos que a limpeza da grade será manual, a perda de carga a ser<<strong>br</strong> />

considerada nos cálculos deve ser no mínimo de 0,15m, mesmo que encontremos nos<<strong>br</strong> />

cálculos perdas menores.<<strong>br</strong> />

Dica: a perda de carga mínima de uma grade ou peneira é de 0,15m.<<strong>br</strong> />

Área livre da grade<<strong>br</strong> />

Sendo Dacach, 1991 temos:<<strong>br</strong> />

Au= Qmax / v<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

Au= área da secção da grade (m 2 )<<strong>br</strong> />

Qmax= vazão máxima de projeto (m 3 /s)<<strong>br</strong> />

v= vazão máxima na grade (m/s). Adotado entre 0,40m/s a 1,00m/s.<<strong>br</strong> />

A área S da grade será:<<strong>br</strong> />

S= Au / E<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

23-45


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 23- Reator Biológico de Contato (RBC) para águas cinzas claras<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 4 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

S= área da grade (m 2 )<<strong>br</strong> />

Au= Qmax/ v<<strong>br</strong> />

Largura do canal<<strong>br</strong> />

B= S / H<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

B= largura do canal (m)<<strong>br</strong> />

S= área da seção transversal (m 2 )<<strong>br</strong> />

H= altura do nível de água (m)<<strong>br</strong> />

Exemplo 23.8<<strong>br</strong> />

Determinar a perda de carga em uma grade que tem velocidade à montante V=<<strong>br</strong> />

0,21m/s e velocidade na grade v=0,50m/s<<strong>br</strong> />

Hf= 1,43 ( v 2 – V 2 ) / 2g<<strong>br</strong> />

Hf= 1,43 ( 0,50 2 – 0,12 2 ) / (2x 9,81) = 0,0<strong>17</strong>m<<strong>br</strong> />

Portanto, a perda de carga será de 0,02m mas será admitido o mínimo de 0,15m,<<strong>br</strong> />

devido a limpeza ser manual.<<strong>br</strong> />

23.35 Peneiramento<<strong>br</strong> />

As peneiras são uma tela fina que retém sólidos grosseiros e suspensos<<strong>br</strong> />

superiores a 1mm, <strong>com</strong>o cascas, penas, fios, fi<strong>br</strong>as, etc. As peneiras mais usadas<<strong>br</strong> />

variam de 0,5mm a 2mm.<<strong>br</strong> />

Para o peneiramento Metcalf&Eddy, 1991 apresenta uma equação diferente das<<strong>br</strong> />

grades que é:<<strong>br</strong> />

h L = [1/(C.2.g)] (Q/A) 2<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

h L = perda de carga na peneira (m)<<strong>br</strong> />

C= 0,60= coeficiente de descarga da peneira]<<strong>br</strong> />

g=9,81m/s 2 = aceleração da gravidade<<strong>br</strong> />

Q= vazão pela peneira (m3/s)<<strong>br</strong> />

A= área efetiva aberta da peneira (m 2 )<<strong>br</strong> />

Exemplo 23.9<<strong>br</strong> />

Calcular um canal para vazão máxima de 50m 3 /h= 0,0139m 3 /s, considerando que será<<strong>br</strong> />

usada peneira de 1,0mm e que a área livre da grade é de 25%.<<strong>br</strong> />

Qmax= 0,0139m 3 /s<<strong>br</strong> />

A área S da grade será:<<strong>br</strong> />

E= 25%= 0,25<<strong>br</strong> />

Largura = 0,50m<<strong>br</strong> />

Altura= 0,20m<<strong>br</strong> />

Area= 0,50 x 0,20= 0,10m 2<<strong>br</strong> />

Au= 0,10m 2 x 0,25=0,025m 2<<strong>br</strong> />

h L = [1/(C.2.g)] (Q/A) 2<<strong>br</strong> />

h L = [1/(0,6x2x9,81)] (Q/A) 2<<strong>br</strong> />

h L = 0,085 x (Q/A) 2<<strong>br</strong> />

h L = 0,085 x (0,0139/0,025) 2<<strong>br</strong> />

h L = 0,03m<<strong>br</strong> />

23-46


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 23- Reator Biológico de Contato (RBC) para águas cinzas claras<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 4 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

23.36 Caixa de areia<<strong>br</strong> />

Para dimensionamento de caixa de areia a SABESP adota que a caixa de areia<<strong>br</strong> />

mecanizada deve reter partículas <strong>com</strong> diâmetro médio igual ou maior que 0,2mm.<<strong>br</strong> />

23.37 Leito secagem<<strong>br</strong> />

Uma maneira simples quando se tem espaço, é usar leito de secagem de lodos.<<strong>br</strong> />

Mas não devemos esquecer que antes de o lodo ir para o leito de secagem tem que ser<<strong>br</strong> />

tratado.<<strong>br</strong> />

Uma maneira prática é considerar 0,08 m 2 /hab conforme Imhoff citado pelo dr.<<strong>br</strong> />

Max Lottar Hess in Cetesb, 1973.<<strong>br</strong> />

Exemplo 23.10<<strong>br</strong> />

Dimensionar leito de secagem de logo para população de 1200 pessoas.<<strong>br</strong> />

Area = 0,08 m 2 /hab x 1200 hab = 96m 2<<strong>br</strong> />

O que nos dará dois leitos de secagem de 48m 2 /cada. Devido a manutenção<<strong>br</strong> />

fazemos 3 (três) leito de secagem de 48m 2 /cada.<<strong>br</strong> />

23.38 Característica do afluente e efluente conforme SABESP para<<strong>br</strong> />

empreendimentos imobiliários<<strong>br</strong> />

Para empreendimentos imobiliários a SABESP adota que o esgoto <strong>br</strong>uto afluente<<strong>br</strong> />

a ETE devem ser adotados os índices da Tabela (23.15).<<strong>br</strong> />

Tabela 23.15- Características do afluente de esgotos de empreendimentos<<strong>br</strong> />

imobiliários da SABESP<<strong>br</strong> />

Parâmetros<<strong>br</strong> />

Padrão do afluente<<strong>br</strong> />

DBO<<strong>br</strong> />

54 g/hab/dia<<strong>br</strong> />

Nitrogênio Total (NT)<<strong>br</strong> />

10 gN/hab/dia<<strong>br</strong> />

Fósforo total (PT)<<strong>br</strong> />

1,8 gP/hab/dia<<strong>br</strong> />

Coliformes termotolerantes<<strong>br</strong> />

10 7 org/100mL<<strong>br</strong> />

Conforme SABESP, a qualidade do efluente da ETE deverá ser suficiente para<<strong>br</strong> />

atender os padrões e emissão estabelecidos no Artigo 18 do Decreto Estadual 8468/76<<strong>br</strong> />

e no artigo 34 da Resolução Conama 357/05 ou versões mais recentes.<<strong>br</strong> />

Os efluentes das ETEs deverão atender os parâmetros da Tabela (23.16):<<strong>br</strong> />

Tabela 23.16- Efluentes das ETES empreendimentos imobiliários conforme<<strong>br</strong> />

SABESP<<strong>br</strong> />

Parâmetros<<strong>br</strong> />

Padrão do efluente<<strong>br</strong> />

DBO 5,20 80% da DBO afluente e < 60mg O 2 /L<<strong>br</strong> />

Nitrogenio total (NT)<<strong>br</strong> />

≤ 20mg N/L<<strong>br</strong> />

23-47


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 23- Reator Biológico de Contato (RBC) para águas cinzas claras<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 4 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

23.39 Decantadores<<strong>br</strong> />

Podemos ter um decantador primário antes do biodisco e um decantador<<strong>br</strong> />

secundário após o biodisco, sendo este o mais <strong>com</strong>um.<<strong>br</strong> />

Dependendo do volume de tratamento é necessário se instalar um decantador<<strong>br</strong> />

secundário (clarificador) para depositar o lodo originaria das placas de material<<strong>br</strong> />

orgânico que se desprendem dos discos plásticos.<<strong>br</strong> />

A NB-570 orienta que os decantadores devem ser dimensionados para a vazão<<strong>br</strong> />

máxima horária de efluente e para vazões acima de 250 L/s.<<strong>br</strong> />

A NB-570 re<strong>com</strong>enda quando seguido de filtro biológico seja usada a taxa de<<strong>br</strong> />

80m 3 /m 2 x dia e quando seguido de lodo ativado seja de 120m 3 /m 2 x dia. Re<strong>com</strong>enda<<strong>br</strong> />

ainda que NBR 12209 (antiga NB-570) re<strong>com</strong>enda ainda que seja maior que 2,00m.<<strong>br</strong> />

Primeiro critério<<strong>br</strong> />

A velocidade ascensional máxima admitida é de 0,40m/h adotado na Índia<<strong>br</strong> />

Segundo critério<<strong>br</strong> />

Azevedo Neto in Cetesb, 1993 re<strong>com</strong>enda:<<strong>br</strong> />

Decantadores primários: 30 a 45 m 3 /m 2 .dia (≤ 80m 3 /m 2 .dia NBR 12209)<<strong>br</strong> />

Decantores secundários: 20 a 25 m 3 /m 2 .dia (≤ 36m 3 /m 2 .dia NBR 12209)<<strong>br</strong> />

Exemplo 23.11<<strong>br</strong> />

Dimensionar um decantador secundário para vazão média de 350m 3 /dia= 15m 3 /h<<strong>br</strong> />

V = Q/A<<strong>br</strong> />

A = Q/V=15m 3 /h/0,40m/h<<strong>br</strong> />

A=15/0,40=38m 2<<strong>br</strong> />

Portanto, a profundidade mínima é 1,00 e a área é 38m 2 . Fazemos então dois<<strong>br</strong> />

decantadores primários (clarificadores).<<strong>br</strong> />

Exemplo 23.12<<strong>br</strong> />

Dimensionar um decantador secundário para vazão média de 350m 3 /dia= 15m 3 /h<<strong>br</strong> />

Decantador secundário: 20 a 25 m 3 /m 2 .dia<<strong>br</strong> />

Adoto: 20m 3 /m 2 . dia :<<strong>br</strong> />

Área 350m 3 /dia/ 20m 3 /m 2 xdia= 18m 2<<strong>br</strong> />

23.40 Tratamento terciário<<strong>br</strong> />

Conforme notas de aula da professora Magali Christe Cammarota da UFRJ, o<<strong>br</strong> />

tratamento terciário é conhecido <strong>com</strong>o tratamento avançado e tem <strong>com</strong>o objetivo<<strong>br</strong> />

melhorar a qualidade do efluente que sai do secundário<<strong>br</strong> />

Os tratamentos terciários mais conhecidos são:<<strong>br</strong> />

• Lagoas de maturação<<strong>br</strong> />

• Filtração (filtros rápidos de areia, ou seja, o filtro de piscina)<<strong>br</strong> />

• Carvão ativado<<strong>br</strong> />

• Troca iônica<<strong>br</strong> />

• <strong>Osmose</strong> <strong>reversa</strong>, ultrafiltração, etc<<strong>br</strong> />

• Oxidação química<<strong>br</strong> />

23-48


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 23- Reator Biológico de Contato (RBC) para águas cinzas claras<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 4 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Vamos salientar somente a Filtração, que remove sólidos em suspensão e<<strong>br</strong> />

bactérias que não foram removidos no tratamento secundário. Temos então o que se<<strong>br</strong> />

chama polimento do efluente.<<strong>br</strong> />

Os filtros podem ser de areia, antracitos e filtros rotativos. Os filtros podem<<strong>br</strong> />

reduzir de 25mg/L a 10mg/L os sólidos em suspensão proveniente de uma planta de<<strong>br</strong> />

lodo ativado.<<strong>br</strong> />

O uso de coagulantes e posterior sedimentação e depois a filtração, pode levar a<<strong>br</strong> />

nível de sólidos suspensos a valores extremamente reduzidos.<<strong>br</strong> />

23.41 Problemas operatórios do RBC<<strong>br</strong> />

Conforme Alves, 2003 os problemas operatórios de um RBC são:<<strong>br</strong> />

• Falha na rotação devido a desajuste, fadiga de material, excesso de biomassa nos<<strong>br</strong> />

discos.<<strong>br</strong> />

• Que<strong>br</strong>a dos discos devido exposição ao calor, solventes orgânicos ou radiação<<strong>br</strong> />

ultravioleta.<<strong>br</strong> />

• Odores devido a so<strong>br</strong>ecarga no primeiro andar (primeiro estágio)<<strong>br</strong> />

Os discos de PVC devem ser protegidos contra ação dos raios ultravioletas, das<<strong>br</strong> />

baixas temperaturas, de danos físicos e controlar o crescimento de algas no processo.<<strong>br</strong> />

23-49


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 23- Reator Biológico de Contato (RBC) para águas cinzas claras<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 4 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

23.42 Projeto de RBC conforme Alves, 2003<<strong>br</strong> />

Alves, 2003 aplica o modelo da USEPA, 1985 que foi convertido por Grady e<<strong>br</strong> />

Lin, 1999 nas unidades SI e que iremos expor.<<strong>br</strong> />

A equação básica é:<<strong>br</strong> />

S n = { -1 +[1+4 x 0,00974 x (As/Q)x S n-1 ] 0,5 }/ (2 x 0,00974 x (As/Q)<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

As= área dos discos no andar (m 2 )<<strong>br</strong> />

Q= vazão (m 3 /dia)<<strong>br</strong> />

Sn= concentração de DBO solúvel na saída do andar “n” (mg/L)<<strong>br</strong> />

Esclarecemos que a equação acima somente se aplica à fração solúvel da DBO e<<strong>br</strong> />

na prática podemos considerar que a DBO solúvel é 50% da DBO total.<<strong>br</strong> />

Vamos expor um exemplo conforme Alves, 2003 explicando que:<<strong>br</strong> />

1. Determinar a DBO solúvel à entrada e à saída<<strong>br</strong> />

2. Determinar a área dos discos para o primeiro andar, baseada na carga<<strong>br</strong> />

máxima de 12 a 20 g de DBO solúvel/m 2 x dia.<<strong>br</strong> />

3. Determinar o número de veios necessários, utilizando sistemas de<<strong>br</strong> />

densidade padrão de 9300m 3 /veio.<<strong>br</strong> />

4. Selecionar o número de séries de andares por projeto, o caudal por série,<<strong>br</strong> />

o número de andares e a área/veio em cada andar) para os andares menos<<strong>br</strong> />

carregados em carga orgânica podem usar-se maiores densidades de<<strong>br</strong> />

discos.<<strong>br</strong> />

5. Calcular a DBO solúvel em cada andar e verificar se conseguimos ou não<<strong>br</strong> />

obter a concentração pretendida. Se não, alterar o número de andares ou<<strong>br</strong> />

o número de veios por andar ou a densidade dos discos.<<strong>br</strong> />

Exemplo 23.13<<strong>br</strong> />

Dimensionar um RBC dados:<<strong>br</strong> />

Vazão = 4000m 3 /dia<<strong>br</strong> />

DBO total de entrada = 140 mg/L<<strong>br</strong> />

DBO total de saída = 20 mg/L<<strong>br</strong> />

DBO solúvel de entrada = 90 mg/L<<strong>br</strong> />

DBO solúvel de saída = 10mg/L<<strong>br</strong> />

Sólidos suspensos totais (TSS) na entrada = 70 mg/L<<strong>br</strong> />

Sólidos suspensos totais na saída = 20m g/L<<strong>br</strong> />

Para se determinar o número de séries, <strong>com</strong>eçam por determinar-se o número de<<strong>br</strong> />

veios para o primeiro andar. Assumindo uma carga de 15g DBO solúvel/m 2 x dia temos:<<strong>br</strong> />

Área requerida = 90 gDBO solúvel/m 3 x 4000 m 3 /dia / 15 g/m 2 x dia de DBO solúvel<<strong>br</strong> />

Área requerida = 24.000m 2<<strong>br</strong> />

Como consideramos que temos 9300m 2 /veio serão necessários:<<strong>br</strong> />

24.000m 2 / 9300 = 2,6 veios. Adoto 3 veios<<strong>br</strong> />

23-50


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 23- Reator Biológico de Contato (RBC) para águas cinzas claras<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 4 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Figura 23.34- Três veios <strong>com</strong> 3 andares cada (3 estágios cada)<<strong>br</strong> />

Como adotamos três veios, temos que dividir a vazão de entrada por 3 e teremos:<<strong>br</strong> />

4000m 3 /dia / 3 = 1333,3 m 3 /dia em cada veio.<<strong>br</strong> />

Vamos agora calcular a concentração e DBO solúvel em cada andar da seguinte<<strong>br</strong> />

maneira:<<strong>br</strong> />

As/ Q= 9300m 2 / 1333,3 m 3 /dia= 6,97 dia/m<<strong>br</strong> />

Para o primeiro andar<<strong>br</strong> />

Usaremos a equação básica:<<strong>br</strong> />

S n = { -1 +[1+4 x 0,00974 x (As/Q)x S n-1 ] 0,5 }/ (2 x 0,00974 x (As/Q)<<strong>br</strong> />

S n = { -1 +[1+4 x 0,00974 x 6,97x S n-1 ] 0,5 }/ (2 x 0,00974 x 6,97)<<strong>br</strong> />

S n = { -1 +[1+0,272 x S n-1 ] 0,5 }/ 0,136<<strong>br</strong> />

S n = { -1 +[1+0,272 x 90] 0,5 }/ 0,136<<strong>br</strong> />

S n = { -1 +[1+0,272 x 90] 0,5 }/ 0,136 =29,8 mg/L<<strong>br</strong> />

Para o segundo andar<<strong>br</strong> />

S n = { -1 +[1+0,272 x 29,8] 0,5 }/ 0,136 =14,8 mg/L<<strong>br</strong> />

Para o terceiro andar<<strong>br</strong> />

S n = { -1 +[1+0,272 x 14,8] 0,5 }/ 0,136 =9,1 mg/L < 10mg/L OK<<strong>br</strong> />

Como o objetivo era obter 10mg/L o resultado está adequado.<<strong>br</strong> />

23.43 Operação e manutenção dos biodiscos<<strong>br</strong> />

Um grande problema que existe em estações de tratamento de esgotos de<<strong>br</strong> />

pequenas <strong>com</strong>unidades é a manutenção e operação do sistema. O problema se <strong>com</strong>plica<<strong>br</strong> />

quando se trata de prédios de apartamentos onde o próprio síndico cuida do sistema.<<strong>br</strong> />

A grande vantagem do Biodisco é a facilidade de manutenção e operação.<<strong>br</strong> />

No Estado de São Paulo a SABESP re<strong>com</strong>enda em empreendimentos<<strong>br</strong> />

imobiliários que devam possuir nível de automação suficiente para dispensar a presença<<strong>br</strong> />

de operador. O monitoramento da estação é feito por um Controlador Lógico<<strong>br</strong> />

Programável (CLP) alojado em um painel na estação de tratamento.<<strong>br</strong> />

Os parâmetros a serem monitorados são: medidor de vazão <strong>com</strong> saída analógica<<strong>br</strong> />

e totalizador de vazão; recalque do esgoto <strong>br</strong>uto afluente; grades mecanizadas,<<strong>br</strong> />

removedor de areia quando houver remoção mecanizada, etc<<strong>br</strong> />

23-51


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 23- Reator Biológico de Contato (RBC) para águas cinzas claras<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 4 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

A SABESP exige ainda a filtração terciaria, que são os filtros de pressão (areia)<<strong>br</strong> />

denominados de filtros de piscina.<<strong>br</strong> />

23.44 Confiabilidade<<strong>br</strong> />

A USEPA, 2004 salienta a importância de uma unidade de tratamento para reúso<<strong>br</strong> />

enfatizando oito regras gerais que são:<<strong>br</strong> />

1. Duplicar as fontes de energia elétrica.<<strong>br</strong> />

2. Quando houver queda de energia imediatamente deverá entrar a fonte<<strong>br</strong> />

alternativa.<<strong>br</strong> />

3. Usar múltiplos unidades e equipamentos<<strong>br</strong> />

4. Fazer um reservatório de armazenamento de emergência<<strong>br</strong> />

5. O sistema de tubulações e bombeamento deverá ser flexível para mudanças de<<strong>br</strong> />

emergência<<strong>br</strong> />

6. Sistema de cloração duplo<<strong>br</strong> />

7. Controle automático dos resíduos<<strong>br</strong> />

8. Alarme automático<<strong>br</strong> />

Enfatiza ainda:<<strong>br</strong> />

1. Qualificação de pessoal<<strong>br</strong> />

2. Programa efetivo de monitoramento<<strong>br</strong> />

3. Programa efetivo de manutenção e operação<<strong>br</strong> />

23.45 Avaliações para escolha do tratamento adequado<<strong>br</strong> />

City Hollister, 2005 para apreciação das alternativas para a escolha do<<strong>br</strong> />

tratamento de esgoto adequado montou os seguintes fatores:<<strong>br</strong> />

‣ Gerenciamento do efluente do tratamento de esgotos<<strong>br</strong> />

‣ Força do tratamento, isto é, as várias variaveis que podem mudar no tratamento.<<strong>br</strong> />

‣ Confiabilidade no processo de tratamento de esgotos<<strong>br</strong> />

‣ O tratamento tem ser facil de ser operado<<strong>br</strong> />

‣ O tratamento de esgoto tem que ter flexibilidade<<strong>br</strong> />

‣ Temos que verificar o espaço disponível<<strong>br</strong> />

‣ Temos que saber onde vamos dispor os resíduos do tratamento<<strong>br</strong> />

‣ Temos que ver os problemas de odores<<strong>br</strong> />

‣ Cuidar dos aspectos estéticos<<strong>br</strong> />

‣ Verificar os custo de implantação e de manutenção e operação<<strong>br</strong> />

‣ Verificar as leis existentes so<strong>br</strong>e a disposiçao do efluente<<strong>br</strong> />

‣ Facilidade ou dificuldade de ser aprovado pelos orgãos ambientais.<<strong>br</strong> />

Ainda segundo City Hollister, 2005 os critérios de um projeto de uma estação de<<strong>br</strong> />

tratamento de esgotos são:<<strong>br</strong> />

‣ O processo de tratamento deve minimizar os odores.<<strong>br</strong> />

‣ O processo de tratamento deve minimizar os ruidos durante a construção<<strong>br</strong> />

e durante a operação dos equipamentos.<<strong>br</strong> />

‣ A desidratação do lodo dos esgotos e as instalações que serão usadas não<<strong>br</strong> />

devem ser esquecidas.<<strong>br</strong> />

‣ Os processos devem ter um longo tempo de retenção para estabilizar o<<strong>br</strong> />

lodo.<<strong>br</strong> />

‣ O nitrogênio é um fator importante para a remoção.<<strong>br</strong> />

23-52


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 23- Reator Biológico de Contato (RBC) para águas cinzas claras<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 4 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

23.46 Standards dos efluentes<<strong>br</strong> />

Vamos analisar alguns standards de alguns paises.<<strong>br</strong> />

Tabela 23.<strong>17</strong>- Alguns standards de alguns países para tratamento municipal de<<strong>br</strong> />

esgotos<<strong>br</strong> />

Parâmetros Europa Alemanha China USA Austrália<<strong>br</strong> />

EC-1998 (2002)<<strong>br</strong> />

DBO 5,20 25mg/L 15 a 40 mg/L 30a 80mg/L < 1mg/L


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 23- Reator Biológico de Contato (RBC) para águas cinzas claras<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 4 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Ozônio<<strong>br</strong> />

É um ótimo desinfetante, mas é caro. Devemos ter um tempo correto de contato<<strong>br</strong> />

e uma concentração adequada de ozônio.<<strong>br</strong> />

Deve ser estudado para cada caso qual a melhor solução.<<strong>br</strong> />

Ovos de Helmintos<<strong>br</strong> />

Os ovos de helmintos possuem diâmetros que variam entre 20μm a 80μm,<<strong>br</strong> />

densidade relativa entre 1,06 a 1,15 e altamente pegajoso.<<strong>br</strong> />

Somente podem ser inativos <strong>com</strong> temperaturas acima de 40ºC.<<strong>br</strong> />

Os processos de coagulação, sedimentação, floculação removem os ovos de<<strong>br</strong> />

helmintos.<<strong>br</strong> />

23.47 Resultados<<strong>br</strong> />

Como resultado podemos afirmar que funcionou adequadamente o Biodisco<<strong>br</strong> />

sendo condizente o resultado <strong>com</strong> os padrões do Sinduscon, 2005.<<strong>br</strong> />

23-54


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 23- Reator Biológico de Contato (RBC) para águas cinzas claras<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 4 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

23.48 Bibliografia e livros consultados<<strong>br</strong> />

-ABNT (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNCIAS). NBR 15527/07.<<strong>br</strong> />

Aproveitamento de água de chuva de coberturas em áreas urbanas para fins não<<strong>br</strong> />

potáveis.<<strong>br</strong> />

-ABNT (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS). NBR 10.004/04.<<strong>br</strong> />

Resíduos sólidos- classificação.Válida a partir de 30/11/2004.<<strong>br</strong> />

-ABNT (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS). NBR 12209/92.<<strong>br</strong> />

Projetos de estações de tratamento de esgoto sanitário.Válida a a<strong>br</strong>il de 1992, 12<<strong>br</strong> />

páginas.<<strong>br</strong> />

-ABNT (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS). NBR 13.969/97.<<strong>br</strong> />

Tanques sépticos- unidades de tratamento <strong>com</strong>plementar e disposição final dos<<strong>br</strong> />

efluentes líquidos- projeto, construção e operação. Setem<strong>br</strong>o/1997, 60páginas.<<strong>br</strong> />

-ABS COST EFFECTIVE PUMPING. Biodiscos- RBC. Sistema Sernagiotto. Madrid.<<strong>br</strong> />

-ALLERMAN, JAMES E. The history of fixed-film wastewater treatment services.<<strong>br</strong> />

12páginas.<<strong>br</strong> />

-ALPINA AMBIENTAL. Tratamento de efluentes e reúso de água.<<strong>br</strong> />

-ALVES, MADALENA. Tratamento de água e efluentes líquidos- reactores de<<strong>br</strong> />

biodiscos. 26 páginas. Licenciatura em Engenharia Biologia, ano 2003.<<strong>br</strong> />

-ASANO, TAKASHI. Water from (wastewater- the dependable water resource). Lido<<strong>br</strong> />

em Stockholm Water Prize Laureate Lecture em 2001, Sweden. Professor do<<strong>br</strong> />

Departamento de Engenharia Civil da Universidade de Davis na Califórnia.<<strong>br</strong> />

-ASANO, TAKASHI. Watewater reclamation and reuse. Technomic, 1998, 1528 p.<<strong>br</strong> />

ISBN 1-56676-620-6 (Volume 10).<<strong>br</strong> />

-ASSAN, MARCO ANDRÉ DE CARVALHO. Avaliação do desempenho de um reator<<strong>br</strong> />

biológico de discos rotativos (biodisco) no tratamento de efluentes da indústria<<strong>br</strong> />

sucroalcooleira. Universidade de Ribeirão Preto (Unaerp). Dissertação de mestrado.<<strong>br</strong> />

99páginas.<<strong>br</strong> />

-BIODISC BA-BC. Klargester. High performance package treatment plants for<<strong>br</strong> />

residencial applications.<<strong>br</strong> />

-BISHOP, PAUL L. et al. Light and electron microscopie studies of microorganisms<<strong>br</strong> />

growing in rotating biological contactor biofilmes. American Society of Microbiology,<<strong>br</strong> />

may, 1983, 11 páginas.<<strong>br</strong> />

-BORROWS, JOHN. Water Reuse: considerations for <strong>com</strong>missions. The National<<strong>br</strong> />

Regulatory Research Institute. Ohio, june, 1997, acessado em 15 de junho de 2006.<<strong>br</strong> />

-CETESB. Sistemas de esgotos sanitários. Faculdade de Saúde Pública, Universidade<<strong>br</strong> />

de São Paulo, CETESB, 1973, 416 páginas.<<strong>br</strong> />

-CHAN, REX TAICHEOG. Use of the rotating biological contactor for appropriate<<strong>br</strong> />

techonology wastewater treatment. Los Angeles, março de 1979, 70 páginas.<<strong>br</strong> />

-CITY OF HOLLISTER. Long-Term Wastewater Management Program for the dWTP<<strong>br</strong> />

and WTP. December, 2005<<strong>br</strong> />

-CRESPO, PATRICIO GALLEGO. Manual de projeto de estações de tratamento de<<strong>br</strong> />

esgotos. ABES, 2ª Ed,, 2005, 332 páginas.<<strong>br</strong> />

-DIN (DEUTSCHES INSTITUT FUR NORMUNG) 1989-1. Norma alemã de<<strong>br</strong> />

aproveitamento de água de chuva. Entrou em operação somente em a<strong>br</strong>il de 2002.<<strong>br</strong> />

-DUARTE, FERNANDO. Aguas-efluentes domésticos e industriais. São Paulo, Senac<<strong>br</strong> />

Jabaquara, janeiro 2007.<<strong>br</strong> />

23-55


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 23- Reator Biológico de Contato (RBC) para águas cinzas claras<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 4 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

-DUTTA, SANJAY. Mathematical modeling of the performance of a Rotating<<strong>br</strong> />

Biological Contacto for process optimization in wastewater treatment. Dissertation, 14<<strong>br</strong> />

de fevereiro de 2007, 224 páginas. Alemanha, Universitat Fridericiana zu Karsruhe<<strong>br</strong> />

(TH).<<strong>br</strong> />

-EPA (ENVIRONMENTAL PROTECTION AGENCY). Wastewater treatment<<strong>br</strong> />

manuals- primary, secondary and tertiary treatment. 131 páginas, 1997.<<strong>br</strong> />

-ESTADO DA CALIFORNIA. California Code of Regulation (CCR) chapter 62-610<<strong>br</strong> />

Title 22, 1978 e 2004. Reuse of Reclaimed water and land applications.<<strong>br</strong> />

-ESTADO DA GEORGIA. Guidelines for Water Reclamation and Urban Water Reuse.<<strong>br</strong> />

20 de fevereiro de 2002.<<strong>br</strong> />

-ESTADO DE NEW JERSEY. Reclaimed Water for beneficial Reuse- A NJDEP<<strong>br</strong> />

Techical Manual. Janeiro de 2005.<<strong>br</strong> />

-GRANA, MIGUEL ANGEL CISNEROS E MIRALLES, ROSA FERRER.<<strong>br</strong> />

Contactores biológicos rotativos y biodiscos.<<strong>br</strong> />

-JARDIM JUNIOR, ATTLIA MORAES. Custo-efetividade e padrões ambientais:<<strong>br</strong> />

implicações para tratamento de esgotos no Brasil. Universidade do Brasil (UNB),<<strong>br</strong> />

Brasilia- DF, 2006, <strong>17</strong>3 páginas.<<strong>br</strong> />

-KAWANO, MAURICY E HANDA, ROSANGELA M. Filtros biológicos e biodiscos.<<strong>br</strong> />

VI Semana de Estudos de Engenharia Ambiental, 02 a 0,5 de junho de 2008, Campus<<strong>br</strong> />

Irati<<strong>br</strong> />

-KONIG, KLAUS W. Innovative water concepts- service water utilization in Buildings.<<strong>br</strong> />

Berlin Senate Departament for Urban Development, ano 2007.<<strong>br</strong> />

http://www.stadtenwicklung.berlin.de.<<strong>br</strong> />

-MACEDO, JORGE ANTONIO BARROS DE. Desinfecção e esterilização química.<<strong>br</strong> />

Juiz de Fora, novem<strong>br</strong>o de 2009, 737páginas.<<strong>br</strong> />

-MACEDO, JORGE ANTONIO BARROS DE. Piscinas-agua&tratamento&quimica.<<strong>br</strong> />

Juiz de Fora, 2003, 235páginas.<<strong>br</strong> />

-MAGALI CHRISTE CAMMAROTA, MAGALI CHRISTE. Tratamento de efluentes<<strong>br</strong> />

líquidos. Escola de Química, UFRJ, EQB-482 Engenharia do Meio Ambiente. Notas de<<strong>br</strong> />

aula.<<strong>br</strong> />

-MANCUSO, PEDRO CAETANO SANCHES et al. Reúso de água. USP, 2003,<<strong>br</strong> />

579páginas, ISBN 85-204-1450-8.<<strong>br</strong> />

-MAY, SIMONE. Caracterização, tratamento e reúso de águas cinzas e<<strong>br</strong> />

aproveitamento de águas pluviais em edificações. São Paulo, julho, 2009, EPUSP, 200<<strong>br</strong> />

páginas.<<strong>br</strong> />

-McGHEE, TERENCE J. Water supply and Sewerage. 6a ed, 1991, 602 páginas.<<strong>br</strong> />

-METCALF&EDDY. Wastewater Engineering- Treatment disposal reuse. 3ª ed. 2001,<<strong>br</strong> />

1333 páginas.<<strong>br</strong> />

-MIERZWA, JOSE CARLOS e HESPANHOL, IVANILDO. Água na indústria- uso<<strong>br</strong> />

racional e reúso. ISBN 85-86238-41-4 Oficina de Textos, 143páginas.<<strong>br</strong> />

-MIERZWA, JOSÉ CARLOS. O uso racional e o reúso <strong>com</strong>o ferramentas para o<<strong>br</strong> />

gerenciamento de águas e efluentes na indústria. São Paulo, EPUSP, 2002, Tese de<<strong>br</strong> />

Doutoramento, 399páginas.<<strong>br</strong> />

-MOLLY, JOHN. Designer´s manual for rotating biological contactor (RBC) type<<strong>br</strong> />

sewage treatment plants. John Molloy Engineering, ano 2006.<<strong>br</strong> />

-MORITA, DIONE MARI. Tratamento de águas contaminadas. EPUSP, 4º Seminário<<strong>br</strong> />

Estadual de Áreas contaminadas e saúde: contaminação do solo e recursos hídricos.<<strong>br</strong> />

23-56


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 23- Reator Biológico de Contato (RBC) para águas cinzas claras<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 4 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

-NATIONAL REGULATORY RESERCH INSTITUTE (NRRI). Water Reuse.-<<strong>br</strong> />

considerations for <strong>com</strong>missions, junho de 1997, Ohio University.- Johhn D., Borrows e<<strong>br</strong> />

Todd Simpson. NRRI 97-15, 127páginas.<<strong>br</strong> />

-NUNES, JOSÉ ALVES. Tratamento físico-químico de águas residuárias industriais.<<strong>br</strong> />

Sergipe, 1996.<<strong>br</strong> />

-PEREIRA, ANA CRISTINA DIAS. Avaliação de desempenho operacional de<<strong>br</strong> />

estações de tratamento de águas residuais <strong>com</strong>o instrumento associado à reutilização<<strong>br</strong> />

da água na rega de campos de Golfe. Portugal, Universidade do Algarve, Faculdade de<<strong>br</strong> />

Ciências do Mar e do Ambiente, Dissertação de Mestrado, Faro, 2008, 58 páginas.<<strong>br</strong> />

-PIVELI, ROQUE PASSOS e KATO, MARIO TAKAYUKI. Qualidades das águas e<<strong>br</strong> />

poluição: aspectos físico-quimicos. ABES, 2006, 285páginas.<<strong>br</strong> />

-PROSAB- PROGRAMA DE PESQUISA EM SANEAMENTO. Tratamento e<<strong>br</strong> />

utilização de esgotos sanitários. Recife, 2006<<strong>br</strong> />

-SABESP. Diretrizes técnicas para projeto e implantação de estação local de<<strong>br</strong> />

tratamento de esgotos para empreendimentos imobiliários. www.sabesp.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

-SILVEIRA, ISABEL CRISTINA TELLES. O uso de contactores biológicos rotatórios<<strong>br</strong> />

no tratamento de efluentes hospitalar. Santa Catarina, 22º Congresso Brasileiro de<<strong>br</strong> />

Engenharia Sanitária e Ambiental, 14 a 19 de setem<strong>br</strong>o de 2003.<<strong>br</strong> />

-TOCCHETTO, MARTA REGINA LOPES. Tratamento de Efluentes líquidos.<<strong>br</strong> />

Universidade de Santa Maria, março de 2008, Química Ambiental e Gerenciamento de<<strong>br</strong> />

resíduos, 1<strong>17</strong> páginas.<<strong>br</strong> />

-TOMAZ, PLINIO. Agua-pague menos. Livro digital<<strong>br</strong> />

-TOMAZ, PLINIO. Notas de aula na ABNT São Paulo em cursos de aproveitamento de<<strong>br</strong> />

água de chuva de cobertura em áreas urbanas para fins não potáveis.<<strong>br</strong> />

-TORRES, ANA PAULA. Tratamento e reúso de efluentes hídricos.<<strong>br</strong> />

Petro<strong>br</strong>as/CENPES. 3º Congresso Brasileiro de Eficiência energética e cogeração de<<strong>br</strong> />

energia, São Paulo, 28 e 29 de junho de 2006.<<strong>br</strong> />

-TSUTIYA, MILTON TOMOYAUKI e SCHNEIDER, RENÉ PETER. Mem<strong>br</strong>anas<<strong>br</strong> />

filtrantes; para o tratamento de água, esgoto e água de reúso. ABES, 200’1, 234p.<<strong>br</strong> />

-UNEP (UNITED NATIONS ENVIRONMENT PROGRAME). Water and wastewater<<strong>br</strong> />

reuse- a environmentally sound approach for sustainable urban water management. In<<strong>br</strong> />

Colaboration with Japan, 2007.<<strong>br</strong> />

-USEPA (U.S. ENVIRONMENTAL PROTECTION AGENCY). Guidelines for Water<<strong>br</strong> />

Reuse. EPA/625/R-04/108 setem<strong>br</strong>o de 2004 acessado em 15 de junho de 2006<<strong>br</strong> />

http://www.epa.gov/<<strong>br</strong> />

-VALDEZ, ENRIQUE CÉSAR e GONZÁLEZ, ALBA B. VÁZQUEZ. Ingenieria de<<strong>br</strong> />

los sistema de tratamiento y disposición de aguas residualies. Fundación Ica, Mexico,<<strong>br</strong> />

2003 <strong>com</strong> 310 páginas.<<strong>br</strong> />

-VENDRAMEL, SIMONE. Indicadores ambientais e o controle da poluição das<<strong>br</strong> />

águas.<<strong>br</strong> />

-VICKERS, AMY. Handbook of Water use and conservation. Waterflowpress,<<strong>br</strong> />

2001,446páginas, ISBN 1-931579-07-5<<strong>br</strong> />

-VON SPERLING, MARCOS. Estudos e modelagem da qualidade da água de rios.<<strong>br</strong> />

ABES, 1a ed, Belo Horizonte, 2007.<<strong>br</strong> />

-VON SPERLING, MARCOS. Introdução à qualidade das águas e ao tratamento de<<strong>br</strong> />

esgotos. ABES, 1a ed, Belo Horizonte, 1995<<strong>br</strong> />

-VON SPERLING, MARCOS. Lagoas de estabilização. ABES, 1a ed, Belo Horizonte,<<strong>br</strong> />

1996.<<strong>br</strong> />

23-57


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 23- Reator Biológico de Contato (RBC) para águas cinzas claras<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 4 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

-VON SPERLING, MARCOS. Lodos ativados. ABES, 1a ed, Belo Horizonte, 1997.<<strong>br</strong> />

www.nrri.ohio-state.edu<<strong>br</strong> />

-YAMAGATA, HIROKI E OGOSHI, MASASHI. On-site insight into reuse in Japan.<<strong>br</strong> />

Jornal Water21. IWA (International Water Association)<<strong>br</strong> />

23-58


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 24- Leis municipais so<strong>br</strong>e água de chuva<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 23 de dezem<strong>br</strong>o 2009 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Capítulo 24- Leis municipais so<strong>br</strong>e água de chuva<<strong>br</strong> />

Lei Nº 10785 DE 18 DE Setem<strong>br</strong>o DE 2003<<strong>br</strong> />

SÚMULA:<<strong>br</strong> />

"Cria no Município de Curitiba, o Programa de Conservação e Uso Racional da Água nas<<strong>br</strong> />

Edificações - PURAE."<<strong>br</strong> />

A CÂMARA MUNICIPAL DE CURITIBA, CAPITAL DO ESTADO DO PARANÁ, aprovou e eu ,<<strong>br</strong> />

Prefeito Municipal, sanciono a seguinte lei:<<strong>br</strong> />

Art. 1º. O Programa de Conservação e Uso Racional da Água nas Edificações - PURAE, tem<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o objetivo instituir medidas que induzam à conservação , uso racional e utilização de<<strong>br</strong> />

fontes alternativas para captação de água nas novas edificações, bem <strong>com</strong>o a conscientização<<strong>br</strong> />

dos usuários so<strong>br</strong>e a importância da conservação da água.<<strong>br</strong> />

Art. 2º. Para os efeitos desta lei e sua adequada aplicação, são adotadas as seguintes<<strong>br</strong> />

definições:<<strong>br</strong> />

I - Conservação e Uso Racional da Água - conjunto de ações que propiciam a economia de<<strong>br</strong> />

água e o <strong>com</strong>bate ao desperdício quantitativo nas edificações;<<strong>br</strong> />

II - Desperdício Quantitativo de Água - volume de água potável desperdiçado pelo uso abusivo;<<strong>br</strong> />

III - Utilização de Fontes Alternativas - conjunto de ações que possibilitam o uso de outras<<strong>br</strong> />

fontes para captação de água que não o Sistema Público de Abastecimento.<<strong>br</strong> />

IV - Águas Servidas - águas utilizadas no tanque ou máquina de lavar e no chuveiro ou<<strong>br</strong> />

banheira.<<strong>br</strong> />

Art. 3º. As disposições desta lei serão observadas na elaboração e aprovação dos projetos<<strong>br</strong> />

de construção de novas edificações destinadas aos usos a que se refere a Lei nº<<strong>br</strong> />

9.800/2000, inclusive quando se tratar de habitações de interesse social, definidas pela Lei<<strong>br</strong> />

9802/2000.<<strong>br</strong> />

Art. 4º. Os sistemas hidráulico-sanitários das novas edificações, serão projetados visando o<<strong>br</strong> />

conforto e segurança dos usuários, bem <strong>com</strong>o a sustentabilidade dos recursos hídricos.<<strong>br</strong> />

Art. 5º. Nas ações de Conservação, Uso Racional e de Conservação da Água nas Edificações,<<strong>br</strong> />

serão utilizados aparelhos e dispositivos economizadores de água, tais <strong>com</strong>o:<<strong>br</strong> />

a) bacias sanitárias de volume reduzido de descarga;<<strong>br</strong> />

b) chuveiros e lavatórios de volumes fixos de descarga;<<strong>br</strong> />

c) torneiras dotadas de arejadores.<<strong>br</strong> />

Parágrafo único. Nas edificações em condomínio, além dos dispositivos previstos nas alíneas<<strong>br</strong> />

"a", "b" e "c" deste artigo, serão também instalados hidrômetros para medição individualizada<<strong>br</strong> />

do volume de água gasto por unidade.<<strong>br</strong> />

Art. 6º. As ações de Utilização de Fontes Alternativas <strong>com</strong>preendem:<<strong>br</strong> />

I - a captação, armazenamento e utilização de água proveniente das chuvas e,<<strong>br</strong> />

II - a captação e armazenamento e utilização de águas servidas.<<strong>br</strong> />

Art. 7º. A água das chuvas será captada na cobertura das edificações e encaminhada a uma<<strong>br</strong> />

cisterna ou tanque , para ser utilizada em atividades que não requeiram o uso de água tratada,<<strong>br</strong> />

proveniente da Rede Pública de Abastecimento, tais <strong>com</strong>o:<<strong>br</strong> />

a) rega de jardins e hortas,<<strong>br</strong> />

b) lavagem de roupa;<<strong>br</strong> />

c) lavagem de veículos;<<strong>br</strong> />

d) lavagem de vidros, calçadas e pisos.<<strong>br</strong> />

Art. 8º. As Águas Servidas serão direcionadas, através de encanamento próprio, a<<strong>br</strong> />

reservatório destinado a abastecer as descargas dos vasos sanitários e, apenas após tal<<strong>br</strong> />

24-1


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 24- Leis municipais so<strong>br</strong>e água de chuva<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 23 de dezem<strong>br</strong>o 2009 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

utilização, será descarregada na rede pública de esgotos.<<strong>br</strong> />

Art. 9º. O <strong>com</strong>bate ao Desperdício Quantitativo de Água, <strong>com</strong>preende ações voltadas à<<strong>br</strong> />

conscientização da população através de campanhas educativas, abordagem do tema nas<<strong>br</strong> />

aulas ministradas nas escolas integrantes da Rede Pública Municipal e palestras, entre outras,<<strong>br</strong> />

versando so<strong>br</strong>e o uso abusivo da água, métodos de conservação e uso racional da mesma.<<strong>br</strong> />

Art. 10. O não cumprimento das disposições da presente lei implica na negativa de concessão<<strong>br</strong> />

do alvará de construção, para as nova edificações.<<strong>br</strong> />

Art. 11. O Poder Executivo regulamentará a presente lei, estabelecendo os requisitos<<strong>br</strong> />

necessários à elaboração e aprovação dos projetos de construção, instalação e<<strong>br</strong> />

dimensionamento dos aparelhos e dispositivos destinados à conservação e uso racional da<<strong>br</strong> />

água a que a mesma se refere.<<strong>br</strong> />

Art. 12. Esta lei entra em vigor em 180 (cento e oitenta dias) contados da sua publicação.<<strong>br</strong> />

PALÁCIO 29 DE MARÇO, em 18 de setem<strong>br</strong>o de 2003.<<strong>br</strong> />

Cassio Taniguchi<<strong>br</strong> />

PREFEITO MUNICIPAL<<strong>br</strong> />

Lei nº 4181 de 21 de julho de 2008<<strong>br</strong> />

(autoria do projeto: deputado Batista das Cooperativas)<<strong>br</strong> />

Cria o Programa de captação de água de chuva e dá outras providências.<<strong>br</strong> />

O presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, no exercício do cargo de<<strong>br</strong> />

governador do Distrito Federal, faço saber que a Câmara Legislativa do Distrito Federal,<<strong>br</strong> />

decreta e eu sanciiona a seguinte lei:<<strong>br</strong> />

Artigo 1º Fica criado o Programa de Captação de Água da Chuva, nos termos desta lei,<<strong>br</strong> />

cujos objetivos são a captalção, o armazenamento e a utilização das águas pluviais pelas<<strong>br</strong> />

edificações urbanas.<<strong>br</strong> />

Parágrafo único: a concessão de habite-se para as construções iniciadas aplós a vigência<<strong>br</strong> />

desta Lei fica condicionada à <strong>com</strong>provação do cumprimento das disposições desta Lei.<<strong>br</strong> />

Artigo 2º O poder executivo estimulará e apoiará, diretamente ou por meio de parcerias<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> a iniciativa privada as seguintes ações:<<strong>br</strong> />

I- instalação, nas casas e prédios públicos e particulares, <strong>com</strong> mais de duzentos<<strong>br</strong> />

metros quadrados de area construida, de caixas ou reservatórios de água,<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> tampa parcialmente removível, coletores e armazenadores da<<strong>br</strong> />

precipitaçãio atmosférica;<<strong>br</strong> />

II-<<strong>br</strong> />

III-<<strong>br</strong> />

instalalção de calhas adaptadas, do sistgema que libere o excesso de água<<strong>br</strong> />

acumulada para as galerias de águas pluviais;<<strong>br</strong> />

adaptação, às caixas coletoras de sistema que libere o excesso de água<<strong>br</strong> />

acumulada para as galerias de águas pluviais.<<strong>br</strong> />

24-2


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 24- Leis municipais so<strong>br</strong>e água de chuva<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 23 de dezem<strong>br</strong>o 2009 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

&1º Cada edificação conterá uma caixa ou reservatórios de água destinado<<strong>br</strong> />

unicamente ao armazenamento de água pluvial.<<strong>br</strong> />

& 2º A água coletada será utilizada em atividades que dispensem ou uso de água<<strong>br</strong> />

tratada.<<strong>br</strong> />

Artigo 3º Os entes a que se refere o artigo anterior desenvolverão projetos conjuntos<<strong>br</strong> />

visando à criação de novas tecnologias para a economia do consumo de água.<<strong>br</strong> />

Artigo 4º O Poder Executivo regulamentará a prsente Lei no prazo de noventa dias.<<strong>br</strong> />

Artigo 5º As despesas decorrentes da execução destga Lei correrão à conta de<<strong>br</strong> />

dotações orçamentarias próprias.<<strong>br</strong> />

Artigo 6º Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação<<strong>br</strong> />

Artigo 7º Revogam-se as disposiões em contrário.<<strong>br</strong> />

Brasilia, 21 de julho de 2008<<strong>br</strong> />

120º da República e 49º de Brasilia<<strong>br</strong> />

Alirio Neto<<strong>br</strong> />

Publicado no Diário Oficial do Distrito Federal número 141, quarta-feira, 23 de<<strong>br</strong> />

julho de 2008, págin<<strong>br</strong> />

LEI Nº 14.018, DE 28 DE JUNHO DE 2005<<strong>br</strong> />

Vereador Aurélio Nomura<<strong>br</strong> />

Institui o Programa Municipal de Conservação e Uso Racional da Água em Edificações e dá outras<<strong>br</strong> />

providências.<<strong>br</strong> />

JOSÉ SERRA, Prefeito do Município de São Paulo, no uso das atribuições que lhe são conferidas por lei,<<strong>br</strong> />

faz saber que a Câmara Municipal, em sessão de <strong>17</strong> de maio de 2005, decretou e eu promulgo a seguinte<<strong>br</strong> />

lei:<<strong>br</strong> />

Art. 1º Fica instituído o Programa Municipal de Conservação e Uso Racional da Água e Reuso em<<strong>br</strong> />

Edificações, que tem por objetivo instituir medidas que induzam à conservação, uso racional e utilização<<strong>br</strong> />

de fontes alternativas para a captação de água e reuso nas novas edificações, bem <strong>com</strong>o a conscientização<<strong>br</strong> />

dos usuários so<strong>br</strong>e a importância da conservação da água.<<strong>br</strong> />

§ 1º O Programa a<strong>br</strong>angerá também os projetos de construção de novas edificações de interesse social.<<strong>br</strong> />

§ 2º Os bens imóveis do Município de São Paulo, bem <strong>com</strong>o os locados, deverão ser adaptados no prazo<<strong>br</strong> />

de 10 (dez) anos.<<strong>br</strong> />

Art. 2º O Programa desenvolverá as seguintes ações:<<strong>br</strong> />

I - conservação e uso racional da água, entendido <strong>com</strong>o o conjunto de ações que propiciam a economia de<<strong>br</strong> />

água e o <strong>com</strong>bate ao desperdício quantitativo nas edificações (volume de água potável desperdiçado pelo<<strong>br</strong> />

uso abusivo);<<strong>br</strong> />

II - utilização de fontes alternativas, entendido <strong>com</strong>o o conjunto de ações que possibilitam o uso de outras<<strong>br</strong> />

fontes para captação de água que não o sistema público de abastecimento;<<strong>br</strong> />

III - utilização de águas servidas, entendidas <strong>com</strong>o aquelas utilizadas no tanque, máquina de lavar,<<strong>br</strong> />

chuveiro e banheira.<<strong>br</strong> />

Art. 3º Deverão ser estudadas soluções técnicas a serem aplicadas nos projetos de novas edificações,<<strong>br</strong> />

especialmente:<<strong>br</strong> />

I - sistemas hidráulicos: bacias sanitárias de volume reduzido de descarga, chuveiros e lavatórios de<<strong>br</strong> />

volumes fixos de descarga, torneiras dotadas de arejadores e instalação de hidrômetro para medição<<strong>br</strong> />

individualizada do volume d´água gasto por unidade habitacional;<<strong>br</strong> />

II - captação, armazenamento e utilização de água proveniente da chuva;<<strong>br</strong> />

III - captação, armazenamento e utilização de águas servidas.<<strong>br</strong> />

Art. 4º (VETADO)<<strong>br</strong> />

24-3


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 24- Leis municipais so<strong>br</strong>e água de chuva<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 23 de dezem<strong>br</strong>o 2009 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Art. 5º Serão estudadas soluções técnicas e um programa de estímulo à adaptação das edificações já<<strong>br</strong> />

existentes.<<strong>br</strong> />

Art. 6º A participação no Programa será aberta às instituições públicas e privadas e à <strong>com</strong>unidade<<strong>br</strong> />

científica, que serão convidadas a participar das discussões e a apresentar sugestões.<<strong>br</strong> />

Art. 7º O Executivo regulamentará a presente lei no prazo de 120 (cento e vinte) dias.<<strong>br</strong> />

Art. 8º As despesas correrão por conta das disposições orçamentárias próprias, suplementadas se<<strong>br</strong> />

necessário.<<strong>br</strong> />

Art. 9º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.<<strong>br</strong> />

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, aos 28 de junho de 2005, 452º da fundação de São<<strong>br</strong> />

Paulo.<<strong>br</strong> />

JOSÉ SERRA, PREFEITO<<strong>br</strong> />

Publicada na Secretaria do Governo Municipal, em 28 de junho de 2005.<<strong>br</strong> />

ALOYSIO NUNES FERREIRA FILHO, Secretário do Governo Municipal<<strong>br</strong> />

24-4


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 24- Leis municipais so<strong>br</strong>e água de chuva<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 23 de dezem<strong>br</strong>o 2009 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

24-5


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 24- Leis municipais so<strong>br</strong>e água de chuva<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 23 de dezem<strong>br</strong>o 2009 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

rojeto de Lei nº<<strong>br</strong> />

NOTANN<<strong>br</strong> />

24-6


PROJETO DE LEI N° 3<strong>17</strong>/2006<<strong>br</strong> />

PROJETO DE LEI N° 3<strong>17</strong>/2006<<strong>br</strong> />

O<strong>br</strong>iga a instalação de dispositivos para captação de águas da chuva em imóveis residenciais e<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>erciais construídos no Estado do Espírito Santo.<<strong>br</strong> />

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO<<strong>br</strong> />

DECRETA:<<strong>br</strong> />

Art. 1°. Ficam as empresas projetistas e de construção civil, bem <strong>com</strong>o os órgãos públicos que elaboram projetos<<strong>br</strong> />

arquitetônicos, o<strong>br</strong>igados a prever em seus projetos a instalação de dispositivos para captação de águas da chuva, nos<<strong>br</strong> />

empreendimentos residenciais ou nos empreendimentos <strong>com</strong>erciais <strong>com</strong> mais que 50 (cinqüenta) m2 (metros quadrados) de área<<strong>br</strong> />

construída, localizados no Estado do Espírito Santo.<<strong>br</strong> />

Parágrafo único. O dispositivo referido no “caput” deste artigo será constituído por coletores, caixa de armazenamento<<strong>br</strong> />

e distribuidores para água da chuva captada, que contará <strong>com</strong> canalização própria.<<strong>br</strong> />

Art. 2°. A caixa coletora de água da chuva será proporcional à área utilizada nos empreendimentos residenciais e<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>erciais.<<strong>br</strong> />

§ 1° A área utilizada de que trata o “caput” deste artigo a<strong>br</strong>angerá, dentre outros exemplos, os seguintes:<<strong>br</strong> />

a) jardins;<<strong>br</strong> />

b) calçada;<<strong>br</strong> />

c) canil;<<strong>br</strong> />

d) garagem;<<strong>br</strong> />

e) sanitários;<<strong>br</strong> />

f) varandas;<<strong>br</strong> />

g) terraços.<<strong>br</strong> />

§ 2° As caixas coletoras de água da chuva serão separadas das caixas coletoras de água potável, não podendo ser utilizada a<<strong>br</strong> />

mesma canalização.<<strong>br</strong> />

§ 3° A utilização da água da chuva será para usos secundários <strong>com</strong>o lavagem de prédios e casas, lavagem de autos, para molhar os<<strong>br</strong> />

jardins, limpeza, uso em sanitários, lavagem de canis, dentre outros exemplos que não necessitem de água potável.<<strong>br</strong> />

Art. 3°. Os municípios suplementarão a presente Lei no que couber, <strong>com</strong> base no artigo 30, inciso II da Constituição Federal.<<strong>br</strong> />

Art. 4°. Esta Lei entrará em vigor 180 (cento e oitenta) dias após a sua publicação.<<strong>br</strong> />

Palácio Domingos Martins, Sala das Sessões, em 19 de outu<strong>br</strong>o de 2006.<<strong>br</strong> />

DEPUTADO MARCELO SANTOS<<strong>br</strong> />

1° Secretário<<strong>br</strong> />

JUSTIFICATIVA<<strong>br</strong> />

O presente Projeto de Lei visa garantir às gerações futuras acesso a um meio ambiente equili<strong>br</strong>ado e que tenham a sua disposição<<strong>br</strong> />

água potável, evitando problemas <strong>com</strong>uns atualmente de racionamento de água.<<strong>br</strong> />

Infelizmente o desperdício de água potável em nossa sociedade é imenso, o que ocasiona diversos problemas, tais <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

racionamento no fornecimento de água, além de diversos problemas ambientais.<<strong>br</strong> />

Forçoso ressaltar que o presente Projeto de Lei teve <strong>com</strong>o inspiração a Lei Estadual n° 4.393/2004 do Estado do Rio de Janeiro<<strong>br</strong> />

http://www.al.es.gov.<strong>br</strong>/images/documento_spl/3468.html (1 of 2)19/6/2009 13:58:51


PROJETO DE LEI N° 3<strong>17</strong>/2006<<strong>br</strong> />

que trata do mesmo assunto.<<strong>br</strong> />

Insta salientar a recente matéria veiculada no “site” do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (www.tj.rj.gov.<strong>br</strong>) so<strong>br</strong>e a<<strong>br</strong> />

referida Lei:<<strong>br</strong> />

TJ do Rio mantém lei que o<strong>br</strong>iga empresas a instalar coletoras de água da chuva.<<strong>br</strong> />

O Órgão Especial do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) negou nesta segunda-feira (9/10), por unanimidade, pedido de<<strong>br</strong> />

liminar do prefeito César Maia para suspender os efeitos da Lei Estadual 4.393/2004, que o<strong>br</strong>iga empresas de construção civil a<<strong>br</strong> />

instalar dispositivo para captação de águas da chuva nos imóveis residenciais e <strong>com</strong>erciais. De acordo <strong>com</strong> a assessoria do tribunal<<strong>br</strong> />

fluminense a lei determina que a água da chuva seja utilizada para lavagem de prédios e carros, em jardins, limpeza e banheiros. A<<strong>br</strong> />

representação por inconstitucionalidade foi proposta pelo prefeito em face da Assembléia Legislativa do Rio, autora da lei.<<strong>br</strong> />

Ao indeferir a liminar, o relator do processo, desembargador José Pimentel Marques, foi a<strong>com</strong>panhado pelos outros 21 colegas do<<strong>br</strong> />

Órgão Especial. Segundo ele, a ação está na contramão dos fatos. “Impedir a vigência de uma lei de suma importância é estar em<<strong>br</strong> />

defasagem <strong>com</strong> a preocupação mundial de proteção do meio ambiente”, afirmou.<<strong>br</strong> />

O relator disse ainda que o dispositivo de captação de água da chuva proporciona economia de água e protege o meio ambiente e<<strong>br</strong> />

afirmou que, diariamente, aumenta a necessidade de água por parte da população e que no futuro vários prédios terão o dispositivo.<<strong>br</strong> />

A Lei Estadual 4393/2004 determina a instalação da caixa coletora de água da chuva nos empreendimentos residenciais <strong>com</strong> mais<<strong>br</strong> />

de 50 famílias e nos <strong>com</strong>erciais <strong>com</strong> mais de 50 metros quadrados de área construída no Estado do Rio. Prevê ainda que o<<strong>br</strong> />

dispositivo esteja em local diverso das caixas coletoras de água potável.<<strong>br</strong> />

Entretanto, entendemos ser necessário não só tornar o<strong>br</strong>igatória a instalação de tal dispositivo em empreendimentos<<strong>br</strong> />

residenciais <strong>com</strong> mais de 50 (cinqüenta) famílias, mas sim em todos os empreendimentos residenciais a serem construídos em<<strong>br</strong> />

nosso Estado, por ser de imperiosa necessidade para a manutenção do fornecimento de água, evitando constantes desperdícios de<<strong>br</strong> />

água potável e <strong>com</strong> o fim de prevenir danos ao meio ambiente.<<strong>br</strong> />

Por esta razão é que estendemos a a<strong>br</strong>angência para todos os empreendimentos residenciais, no intuito de obter uma<<strong>br</strong> />

maior economia de água potável.<<strong>br</strong> />

No tocante ao artigo 3° da presente proposição, levou-se em consideração o disposto no artigo 30, inciso II da<<strong>br</strong> />

Constituição Federal, eis que caberá ao Município a adequação desta Lei às suas especificidades.<<strong>br</strong> />

Por fim resta mencionar que o presente projeto de lei visa proteger o meio ambiente, cabendo, portanto, ao Estado<<strong>br</strong> />

legislar so<strong>br</strong>e o tema, <strong>com</strong> base no artigo 24, inciso VI da Constituição Federal.<<strong>br</strong> />

http://www.al.es.gov.<strong>br</strong>/images/documento_spl/3468.html (2 of 2)19/6/2009 13:58:51


LEGISLAÇÃO SOBRE USO<<strong>br</strong> />

RACIONAL DA ÁGUA


LEGISLAÇÃO SOBRE USO RACIONAL DA ÁGUA<<strong>br</strong> />

MARÇO 2004


SUMÁRIO<<strong>br</strong> />

S¡£¢¥¤<<strong>br</strong> />

S¡£¢<<strong>br</strong> />

S¡£¢<<strong>br</strong> />

S¡£¢<<strong>br</strong> />

VI¦<<strong>br</strong> />

D§©¨ ¡<<strong>br</strong> />

D§©¨ ¡<<strong>br</strong> />

1. L EI COMPLEMENTAR Nº 110/2003 - MUNICÍPIO DE PASSO FUNDO/RS .............3<<strong>br</strong> />

2. L EI Nº 5935/2002 - MUNICÍPIO DE BLUMENAL/SC.................................................4<<strong>br</strong> />

3. L EI Nº 3429/1999 - MUNICÍPIO DE ITAJAÍ/SC..........................................................5<<strong>br</strong> />

4. L EI Nº 10785/2003 - MUNICÍPIO DE CURITIBA/PR..................................................6<<strong>br</strong> />

5. L EI Nº 6345/2003 - MUNICÍPIO DE MARING /PR....................................................7<<strong>br</strong> />

6. L EI Nº 6339/2003 - MUNICÍPIO DE MARING /PR....................................................7<<strong>br</strong> />

7. L EI Nº 6076/2003 - MUNICÍPIO DE MARING /PR....................................................8<<strong>br</strong> />

8. L EI Nº 13309/2002 - MUNICÍPIO DE AULO/SP..............................................9<<strong>br</strong> />

9. L EI Nº 13.276/2002 - MUNICÍPIO DE PAULO/SP.............................................9<<strong>br</strong> />

10. DECRE TO Nº 44128/2003 - MUNICÍPIO DE PAULO/SP ...............................10<<strong>br</strong> />

11. DECRE TO Nº 41814/2002 - MUNICÍPIO DE PAULO/SP ...............................11<<strong>br</strong> />

12. L EI N.° 14401/2001 - MUNICÍPIO DE OSA/MG................................................13<<strong>br</strong> />

13. L EI Nº 1085/2002 - MUNICÍPIO DE PALMAS/TO...................................................14<<strong>br</strong> />

14. L EI Nº 16759/2002 - MUNICÍPIO DE RECIFE/PE...................................................15<<strong>br</strong> />

15. L EI Nº 11575/2001 - ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL ....................................16<<strong>br</strong> />

16. L EI Nº 3915/2002 - ESTADO DO RIO DE JANEIRO ..............................................<strong>17</strong><<strong>br</strong> />

<strong>17</strong>. DECRE TO Nº 48138/2003 - ESTADO O PAULO.........................................18<<strong>br</strong> />

18. DECRE TO Nº 45805/2001 - ESTADO O PAULO.........................................19<<strong>br</strong> />

19. L EI Nº 2616/2000 - DIST RITO FEDERAL ...............................................................22


1. LEI COMPLEMENTAR Nº 110/2003 - MUNICÍPIO DE PASSO<<strong>br</strong> />

FUNDO/RS<<strong>br</strong> />

REGULAMENTA A MEDIÇÃO INDIVIDUAL NAS INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS DAS<<strong>br</strong> />

EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS MULTIFAMILIARES E COMERCIAIS NO MUNICÍPIO DE<<strong>br</strong> />

PASSO FUNDO, CONFORME ESPECIFICA.<<strong>br</strong> />

O PREFEITO MUNICIPAL DE PASSO FUNDO, no uso de suas atribuições legais, na forma do<<strong>br</strong> />

artigo 88 da Lei Orgânica do Município, faz saber que o Legislativo aprovou e ele sanciona e<<strong>br</strong> />

promulga a seguinte Lei:<<strong>br</strong> />

Art. 1º -É o<strong>br</strong>igatória instalação de medição individual de consumo de água, para toda unidade<<strong>br</strong> />

autônoma de uso privado, existente nas edificações de uso residencial e multifamiliar e uso<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>ercial no Município de Passo Fundo, de acordo <strong>com</strong> as prescrições das normas técnicas<<strong>br</strong> />

<strong>br</strong>asileiras.<<strong>br</strong> />

Parágrafo Único - O consumo de água de uso <strong>com</strong>um deverá ser medida em hidrômetro<<strong>br</strong> />

próprio.<<strong>br</strong> />

Art. 2º - O quadro de hidrômetros deverá localizar-se em área de uso <strong>com</strong>um da edificação e<<strong>br</strong> />

fácil acesso ao critério projetista.<<strong>br</strong> />

Art. 3º - A medição relativa ao consumo de água geral da edificação, permanece de acordo<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> as normas da empresa prestadora de serviço de abastecimento.<<strong>br</strong> />

Art. 4º - Esta lei será regulamentada pelo Poder Executivo Municipal, no prazo máximo de 90<<strong>br</strong> />

(noventa) dias.<<strong>br</strong> />

Art. 5º - Revogam-se as disposições em contrário,<<strong>br</strong> />

Art. 6º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.<<strong>br</strong> />

.<<strong>br</strong> />

GABINETE DO PREFEITO, Centro Administrativo Municipal, em 08 de janeiro de 2003.<<strong>br</strong> />

3


2. LEI Nº 5935/2002 - MUNICÍPIO DE BLUMENAL/SC<<strong>br</strong> />

DISPÕE SOBRE O CONSUMO DE ÁGUA EM NOVOS PRÉDIOS PÚBLICOS E PRIVADOS.<<strong>br</strong> />

DÉCIO NERY DE LIMA, Prefeito Municipal de Blumenau, no uso da atribuição que lhe confere<<strong>br</strong> />

o artigo 59, V, da Lei Orgânica do Município, faz saber que a Câmara Municipal aprovou e ele<<strong>br</strong> />

sanciona e promulga a seguinte Lei:<<strong>br</strong> />

Art. 1.º É o<strong>br</strong>igatória a instalação de dispositivos hidráulicos para o controle do consumo de<<strong>br</strong> />

água nos novos prédios públicos e privados não-residenciais.<<strong>br</strong> />

§ 1º Os dispositivos consistem em:<<strong>br</strong> />

a) torneiras para pias, registros para chuveiros e válvulas para mictórios, acionados<<strong>br</strong> />

manualmente e <strong>com</strong> ciclo de fechamento automático ou acionados por sensor de proximidade;<<strong>br</strong> />

b) torneiras <strong>com</strong> acionamento restrito para áreas externas e serviços;<<strong>br</strong> />

c) bacias sanitárias <strong>com</strong> volume de descarga reduzido (VDR).<<strong>br</strong> />

§ 2º O órgão <strong>com</strong>petente somente aprovará os projetos hidráulicos que contenham os<<strong>br</strong> />

dispositivos descritos no parágrafo 1º deste artigo.<<strong>br</strong> />

§ 3º A instalação dos equipamentos economizadores de água seja projetada e executada de<<strong>br</strong> />

acordo <strong>com</strong> as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), os regulamentos<<strong>br</strong> />

do órgão municipal responsável pelo abastecimento e as disposições desta lei.<<strong>br</strong> />

Art. 2.º Esta Lei entra em vigor 60 (sessenta) dias após a sua publicação.<<strong>br</strong> />

PREFEITURA MUNICIPAL DE BLUMENAU, em 24 de junho de 2002.<<strong>br</strong> />

4


3. LEI Nº 3429/1999 - MUNICÍPIO DE ITAJAÍ/SC<<strong>br</strong> />

INSTITUI A SEMANA DA ÁGUA , E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.<<strong>br</strong> />

RENATO RIBAS PEREIRA, Prefeito Municipal em exercício. Faço saber que a Câmara<<strong>br</strong> />

Municipal de Itajaí votou e aprovou, e eu sanciono a seguinte Lei:<<strong>br</strong> />

Art. 1º - Fica instituída, em todo Município de Itajaí, a Semana da Água.<<strong>br</strong> />

Art. 2º - A Semana da Água tem por objetivos:<<strong>br</strong> />

I - Promover a conscientização da <strong>com</strong>unidade para a importância do gerenciamento adequado<<strong>br</strong> />

dos recursos hídricos do Município;<<strong>br</strong> />

II - Divulgar a política e o sistema nacional e estadual de gerenciamento dos recursos hídricos;<<strong>br</strong> />

e<<strong>br</strong> />

III - Estimular a adoção de práticas e medidas de proteção dos recursos hídricos.<<strong>br</strong> />

Art. 3º - A Semana da Água será realizada na última semana de setem<strong>br</strong>o, quando se<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>emora o início da primavera.<<strong>br</strong> />

Art. 4º - A coordenação das <strong>com</strong>emorações da Semana da Água ficará a cargo do Poder<<strong>br</strong> />

Executivo Municipal, que atuará em sintonia <strong>com</strong> o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Itajaí.<<strong>br</strong> />

Art. 5º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogando as disposições em<<strong>br</strong> />

contrário.<<strong>br</strong> />

PREFEITURA MUNICIPAL DE ITAJAÍ, 20 DE SETEMBRO DE 1999.<<strong>br</strong> />

5


4. LEI Nº 10785/2003 - MUNICÍPIO DE CURITIBA/PR<<strong>br</strong> />

CRIA NO MUNICÍPIO DE CURITIBA, O PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO E USO RACIONAL<<strong>br</strong> />

DA ÁGUA NAS EDIFICAÇÕES - PURAE.<<strong>br</strong> />

A CÂMARA MUNICIPAL DE CURITIBA, CAPITAL DO ESTADO DO PARANÁ, aprovou e eu ,<<strong>br</strong> />

Prefeito Municipal, sanciono a seguinte lei:<<strong>br</strong> />

Art. 1º. O Programa de Conservação e Uso Racional da Água nas Edificações - PURAE, tem<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o objetivo instituir medidas que induzam à conservação , uso racional e utilização de fontes<<strong>br</strong> />

alternativas para captação de água nas novas edificações, bem <strong>com</strong>o a conscientização dos<<strong>br</strong> />

usuários so<strong>br</strong>e a importância da conservação da água.<<strong>br</strong> />

Art. 2º. Para os efeitos desta lei e sua adequada aplicação, são adotadas as seguintes<<strong>br</strong> />

definições:<<strong>br</strong> />

I - Conservação e Uso Racional da Água - conjunto de ações que propiciam a economia de<<strong>br</strong> />

água e o <strong>com</strong>bate ao desperdício quantitativo nas edificações;<<strong>br</strong> />

II - Desperdício Quantitativo de Água - volume de água potável desperdiçado pelo uso abusivo;<<strong>br</strong> />

III - Utilização de Fontes Alternativas - conjunto de ações que possibilitam o uso de outras<<strong>br</strong> />

fontes para captação de água que não o Sistema Público de Abastecimento.<<strong>br</strong> />

IV - Águas Servidas - águas utilizadas no tanque ou máquina de lavar e no chuveiro ou<<strong>br</strong> />

banheira.<<strong>br</strong> />

Art. 3º. As disposições desta lei serão observadas na elaboração e aprovação dos projetos de<<strong>br</strong> />

construção de novas edificações destinadas aos usos a que se refere a Lei nº 9.800/2000,<<strong>br</strong> />

inclusive quando se tratar de habitações de interesse social, definidas pela Lei 9802/2000.<<strong>br</strong> />

Art. 4º. Os sistemas hidráulico-sanitários das novas edificações, serão projetados visando o<<strong>br</strong> />

conforto e segurança dos usuários, bem <strong>com</strong>o a sustentabilidade dos recursos hídricos.<<strong>br</strong> />

Art. 5º. Nas ações de Conservação, Uso Racional e de Conservação da Água nas Edificações,<<strong>br</strong> />

serão utilizados aparelhos e dispositivos economizadores de água, tais <strong>com</strong>o:<<strong>br</strong> />

a) bacias sanitárias de volume reduzido de descarga;<<strong>br</strong> />

b) chuveiros e lavatórios de volumes fixos de descarga;<<strong>br</strong> />

c) torneiras dotadas de arejadores.<<strong>br</strong> />

Parágrafo Único - Nas edificações em condomínio, além dos dispositivos previstos nas alíneas<<strong>br</strong> />

"a", "b" e "c" deste artigo, serão também instalados hidrômetros para medição individualizada<<strong>br</strong> />

do volume de água gasto por unidade.<<strong>br</strong> />

Art. 6º. As ações de Utilização de Fontes Alternativas <strong>com</strong>preendem :<<strong>br</strong> />

I - a captação, armazenamento e utilização de água proveniente das chuvas e,<<strong>br</strong> />

II - a captação e armazenamento e utilização de águas servidas.<<strong>br</strong> />

Art. 7º. A água das chuvas será captada na cobertura das edificações e encaminhada a uma<<strong>br</strong> />

cisterna ou tanque , para ser utilizada em atividades que não requeiram o uso de água tratada,<<strong>br</strong> />

proveniente da Rede Pública de Abastecimento, tais <strong>com</strong>o:<<strong>br</strong> />

a) rega de jardins e hortas,<<strong>br</strong> />

b) lavagem de roupa;<<strong>br</strong> />

c) lavagem de veículos;<<strong>br</strong> />

d) lavagem de vidros, calçadas e pisos.<<strong>br</strong> />

Art. 8º. As Águas Servidas serão direcionadas, através de encanamento próprio, a reservatório<<strong>br</strong> />

destinado a abastecer as descargas dos vasos sanitários e, apenas após tal utilização, será<<strong>br</strong> />

descarregada na rede pública de esgotos.<<strong>br</strong> />

Art. 9º. O <strong>com</strong>bate ao Desperdício Quantitativo de Água, <strong>com</strong>preende ações voltadas à<<strong>br</strong> />

conscientização da população através de campanhas educativas, abordagem do tema nas<<strong>br</strong> />

aulas ministradas nas escolas integrantes da Rede Pública Municipal e palestras, entre outras,<<strong>br</strong> />

versando so<strong>br</strong>e o uso abusivo da água, métodos de conservação e uso racional da mesma.<<strong>br</strong> />

Art. 10. O não cumprimento das disposições da presente lei implica na negativa de concessão<<strong>br</strong> />

do alvará de construção, para as nova edificações.<<strong>br</strong> />

Art. 11. O Poder Executivo regulamentará a presente lei, estabelecendo os requisitos<<strong>br</strong> />

necessários à elaboração e aprovação dos projetos de construção, instalação e<<strong>br</strong> />

dimensionamento dos aparelhos e dispositivos destinados à conservação e uso racional da<<strong>br</strong> />

água a que a mesma se refere.<<strong>br</strong> />

Art. 12. Esta lei entra em vigor em 180 (cento e oitenta dias) contados da sua publicação.<<strong>br</strong> />

PALÁCIO 29 DE MARÇO, em 18 de setem<strong>br</strong>o de 2003.<<strong>br</strong> />

6


5. LEI Nº 6345/2003 - MUNICÍPIO DE MARINGÁ/PR<<strong>br</strong> />

INSTITUI O PROGRAMA DE REAPROVEITAMENTO DE ÁGUAS DE MARINGÁ.<<strong>br</strong> />

A CÂMARA MUNICIPAL DE MARINGÁ, ESTADO DO PARANÁ, aprovou e eu, PREFEITO<<strong>br</strong> />

MUNICIPAL, sanciono a seguinte, LEI:<<strong>br</strong> />

Art. 1.º Fica instituído o Programa de Reaproveitamento de Águas de Maringá, <strong>com</strong> a finalidade<<strong>br</strong> />

de diminuir a demanda de água no Município e aumentar a capacidade de atendimento da<<strong>br</strong> />

população.<<strong>br</strong> />

Art. 2.º Através do programa previsto no artigo anterior, os munícipes serão incentivados a<<strong>br</strong> />

instalar reservatórios para a contenção de águas servidas na base de chuveiros, banheiras,<<strong>br</strong> />

lavatórios e em outros locais julgados convenientes, bem <strong>com</strong>o para o recolhimento de águas<<strong>br</strong> />

das chuvas, e também dispositivos para a utilização dessas águas na descarga de vasos<<strong>br</strong> />

sanitários e mictórios e lavagem de pisos, terraços e outros procedimentos similares.<<strong>br</strong> />

Art. 3.º O munícipe interessado em participar do programa deverá, quando da elaboração de<<strong>br</strong> />

projeto de construção ou reforma residencial ou <strong>com</strong>ercial, solicitar especificações técnicas<<strong>br</strong> />

referentes à instalação dos coletores de água.<<strong>br</strong> />

Art. 4.º A Administração Municipal, através dos órgãos <strong>com</strong>petentes, cadastrará as residências<<strong>br</strong> />

e estabelecimentos <strong>com</strong>erciais que aderirem ao programa, para fins de estudo relativos à<<strong>br</strong> />

concessão de incentivos.<<strong>br</strong> />

Art. 5.º A residência ou o estabelecimento cadastrado receberá a visita de técnico da<<strong>br</strong> />

Municipalidade, quando da vistoria realizada após a conclusão das o<strong>br</strong>as, o qual dará parecer<<strong>br</strong> />

quanto à exatidão da execução do projeto de instalação de coletores de água.<<strong>br</strong> />

Art. 6.º Órgãos do Governo do Estado, além da Companhia de Saneamento do Paraná -<<strong>br</strong> />

SANEPAR -, serão convidados a emitir parecer so<strong>br</strong>e os projetos, objetivando sua viabilização<<strong>br</strong> />

de acordo <strong>com</strong> as normas legais vigentes.<<strong>br</strong> />

Art. 7.º A regulamentação do programa objeto desta Lei deverá contar <strong>com</strong> parecer de técnicos<<strong>br</strong> />

envolvidos <strong>com</strong> a construção civil e que estejam vinculados a atividades de preservação e<<strong>br</strong> />

conservação do meio ambiente.<<strong>br</strong> />

Art. 8.º O Chefe do Executivo Municipal fica autorizado a cele<strong>br</strong>ar os convênios que se fizerem<<strong>br</strong> />

necessários à execução desta Lei.<<strong>br</strong> />

Art. 9.º O Chefe do Executivo Municipal regulamentará a presente Lei, no prazo de 60<<strong>br</strong> />

(sessenta) dias, contados da publicação.<<strong>br</strong> />

Art. 10. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.<<strong>br</strong> />

PAÇO MUNICIPAL, 15 de outu<strong>br</strong>o de 2003.<<strong>br</strong> />

6. LEI Nº 6339/2003 - MUNICÍPIO DE MARINGÁ/PR<<strong>br</strong> />

DISPÕE SOBRE A INSTALAÇÃO DE DISPOSITIVOS HIDRÁULICOS DESTINADOS AO<<strong>br</strong> />

CONTROLE E À REDUÇÃO DO CONSUMO DE ÁGUA E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.<<strong>br</strong> />

A CÂMARA MUNICIPAL DE MARINGÁ, ESTADO DO PARANÁ, aprovou e eu, PREFEITO<<strong>br</strong> />

MUNICIPAL, sanciono a seguinte, LEI:<<strong>br</strong> />

Art. 1.º É o<strong>br</strong>igatória, no Município de Maringá, a instalação de dispositivos hidráulicos para o<<strong>br</strong> />

controle e a redução do consumo de água em todos os empreendimentos imobiliários, públicos<<strong>br</strong> />

e privados, não residenciais, que venham a ser executados a partir da edição desta Lei.<<strong>br</strong> />

Parágrafo único. Os dispositivos hidráulicos consistem em:<<strong>br</strong> />

a) torneiras para pias, registros para chuveiros e válvulas para mictórios, acionadas<<strong>br</strong> />

manualmente e <strong>com</strong> ciclo de fechamento automático ou acionadas por sensor de proximidade;<<strong>br</strong> />

b) torneiras <strong>com</strong> acionamento restrito para áreas externas e de serviços;<<strong>br</strong> />

c) bacias sanitárias <strong>com</strong> volume de descarga reduzido (VDR).<<strong>br</strong> />

Art. 2.º As edificações já construídas terão um prazo de 05 (cinco) anos, contados da<<strong>br</strong> />

publicação, para adequarem suas instalações às exigências desta Lei.<<strong>br</strong> />

Art. 3.º É o<strong>br</strong>igatória a apresentação de projeto hidráulico, aprovado pelo órgão <strong>com</strong>petente,<<strong>br</strong> />

para a emissão do alvará de construção.<<strong>br</strong> />

Parágrafo único. Os projetos hidráulicos somente serão aprovados pelo órgão <strong>com</strong>petente se<<strong>br</strong> />

preencherem os requisitos estabelecidos no artigo anterior.<<strong>br</strong> />

7


Art. 4.º A Administração Municipal poderá determinar a adoção de outra tecnologia, diversa da<<strong>br</strong> />

especificada, desde que possibilite o controle e a redução do consumo de água em proporções<<strong>br</strong> />

iguais ou superiores aos proporcionados pelos mecanismos indicados por esta Lei.<<strong>br</strong> />

Art. 5.º A Administração Municipal promoverá ampla campanha de conscientização e educação<<strong>br</strong> />

da população, visando reduzir o desperdício de água, estabelecendo diretrizes para tanto.<<strong>br</strong> />

Art. 6.º O Chefe do Executivo Municipal regulamentará a presente Lei, no prazo de 60<<strong>br</strong> />

(sessenta) dias, contados da publicação.<<strong>br</strong> />

Art. 7.º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.<<strong>br</strong> />

Art. 8.º As disposições em contrário ficam revogadas.<<strong>br</strong> />

Paço Municipal, 15 de outu<strong>br</strong>o de 2003.<<strong>br</strong> />

7. LEI Nº 6076/2003 - MUNICÍPIO DE MARINGÁ/PR<<strong>br</strong> />

DISPÕE SOBRE O REUSO DE ÁGUA NÃO POTÁVEL E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.<<strong>br</strong> />

A Câmara Municipal de Maringá, Estado do Paraná, aprovou e eu, Presidente, nos termos dos<<strong>br</strong> />

§§ 4.º e 8.º do artigo 32 da Lei Orgânica do Município, promulgo a seguinte:<<strong>br</strong> />

Art. 1.º O Município de Maringá utilizará água de reuso, não potável, proveniente das estações<<strong>br</strong> />

de tratamento de esgoto, para a lavagem de ruas, praças públicas, passeios públicos, próprios<<strong>br</strong> />

municipais e outros logradouros, bem <strong>com</strong>o para a irrigação de jardins, praças, campos<<strong>br</strong> />

esportivos e outros equipamentos, considerando o custo/benefício dessas operações.<<strong>br</strong> />

Art. 2.º A <strong>com</strong>patibilização das necessidades da Municipalidade <strong>com</strong> a disponibilidade da água<<strong>br</strong> />

de reuso decorrerá de acertos a serem estabelecidos entre a Prefeitura do Município de<<strong>br</strong> />

Maringá e o órgão estadual <strong>com</strong>petente.<<strong>br</strong> />

Art. 3.º O Poder Executivo regulamentará o disposto nesta Lei no prazo de 60 (sessenta) dias<<strong>br</strong> />

contados da sua publicação.<<strong>br</strong> />

Art. 4.º As despesas decorrentes da execução da presente Lei correrão à conta das dotações<<strong>br</strong> />

orçamentárias próprias.<<strong>br</strong> />

Art. 5.º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.<<strong>br</strong> />

Art. 6.º As disposições em contrário ficam revogadas.<<strong>br</strong> />

Plenário Vereador Ulisses Bruder, 21 de janeiro de 2003.<<strong>br</strong> />

8


8. LEI Nº 13309/2002 - MUNICÍPIO DE SÃO PAULO/SP<<strong>br</strong> />

DISPÕE SOBRE O REUSO DE ÁGUA NÃO POTÁVEL E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.<<strong>br</strong> />

MARTA SUPLICY, Prefeita do Município de São Paulo, no uso das atribuições que lhe são<<strong>br</strong> />

conferidas por lei, faz saber que a Câmara Municipal, em sessão de 28 de dezem<strong>br</strong>o de 2001,<<strong>br</strong> />

decretou e eu promulgo a seguinte lei:<<strong>br</strong> />

Art. 1º - O Município de São Paulo utilizará água de reuso, não potável, proveniente das<<strong>br</strong> />

Estações de Tratamento de Esgoto, para a lavagem de ruas, praças públicas, passeios<<strong>br</strong> />

públicos, próprios municipais e outros logradouros, bem <strong>com</strong>o para a irrigação de jardins,<<strong>br</strong> />

praças, campos esportivos e outros equipamentos, considerando o custo benefício dessas<<strong>br</strong> />

operações.<<strong>br</strong> />

Art. 2º - A <strong>com</strong>patibilização das necessidades da Municipalidade <strong>com</strong> a disponibilidade da água<<strong>br</strong> />

de reuso decorrerá de acertos a serem estabelecidos entre a Prefeitura do Município de São<<strong>br</strong> />

Paulo e o órgão estadual <strong>com</strong>petente.<<strong>br</strong> />

Art. 3º - O Executivo regulamentará o disposto nesta lei no prazo de 60 (sessenta) dias<<strong>br</strong> />

contados da sua publicação.<<strong>br</strong> />

Art. 4º - As despesas <strong>com</strong> a execução da presente lei correrão por conta das dotações<<strong>br</strong> />

orçamentárias próprias.<<strong>br</strong> />

Art. 5º - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em<<strong>br</strong> />

contrário.<<strong>br</strong> />

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, aos 31 de janeiro de 2002, 449º da fundação<<strong>br</strong> />

de São Paulo.<<strong>br</strong> />

DATA DE PUBLICAÇÃO: 01/02/2002<<strong>br</strong> />

9. LEI Nº 13.276/2002 - MUNICÍPIO DE SÃO PAULO/SP<<strong>br</strong> />

TORNA OBRIGATÓRIA A EXECUÇÃO DE RESERVATÓRIO PARA AS ÁGUAS COLETADAS<<strong>br</strong> />

POR COBERTURAS E PAVIMENTOS NOS LOTES, EDIFICADOS OU NÃO, QUE TENHAM<<strong>br</strong> />

ÁREA IMPERMEABILIZADA SUPERIOR A 500M².<<strong>br</strong> />

HÉLIO BICUDO, Vice-Prefeito, em exercício no cargo de Prefeito do Município de São Paulo,<<strong>br</strong> />

no uso das atribuições que lhe são conferidas por lei, faz saber que a Câmara Municipal, em<<strong>br</strong> />

sessão de 27 de dezem<strong>br</strong>o de 2001, decretou e eu promulgo a seguinte Lei:<<strong>br</strong> />

Art. 1º - Nos lotes edificados ou não que tenham área impermeabilizada superior a 500m²<<strong>br</strong> />

deverão ser executados reservatórios para acumulação das águas pluviais <strong>com</strong>o condição para<<strong>br</strong> />

obtenção do Certificado de Conclusão ou Auto de Regularização previstos na Lei 11.228, de 26<<strong>br</strong> />

de junho de 1992.<<strong>br</strong> />

Art. 2º - A capacidade do reservatório deverá ser calculada <strong>com</strong> base na seguinte equação:<<strong>br</strong> />

V = 0,15 x Ai x IP x t<<strong>br</strong> />

V = volume do reservatório (m3)<<strong>br</strong> />

Ai = área impermeabilizada (m2)<<strong>br</strong> />

IP = índice pluviométrico igual a 0,06 m/h<<strong>br</strong> />

t = tempo de duração da chuva igual a um hora.<<strong>br</strong> />

§ 1º - Deverá ser instalado um sistema que conduza toda água captada por telhados,<<strong>br</strong> />

coberturas, terraços e pavimentos descobertos ao reservatório.<<strong>br</strong> />

§ 2º - A água contida pelo reservatório deverá preferencialmente infiltrar-se no solo, podendo<<strong>br</strong> />

ser despejada na rede pública de drenagem após uma hora de chuva ou ser conduzida para<<strong>br</strong> />

outro reservatório para ser utilizada para finalidades não potáveis.<<strong>br</strong> />

Art. 3º - Os estacionamentos em terrenos autorizados, existentes e futuros, deverão ter 30%<<strong>br</strong> />

(trinta por cento) de sua área <strong>com</strong> piso drenante ou <strong>com</strong> área naturalmente permeável.<<strong>br</strong> />

§ 1º - A adequação ao disposto neste artigo deverá ocorrer no prazo de 90 (noventa) dias.<<strong>br</strong> />

§ 2º - Em caso de descumprimento ao disposto no "caput" deste artigo, o estabelecimento<<strong>br</strong> />

infrator não obterá a renovação do seu alvará de funcionamento.<<strong>br</strong> />

Art. 4º - O Poder Executivo deverá regulamentar a presente lei no prazo de 60 (sessenta) dias.<<strong>br</strong> />

Art. 5º - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em<<strong>br</strong> />

contrário.<<strong>br</strong> />

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, aos 04 de janeiro de 2002, 448º da fundação<<strong>br</strong> />

de São Paulo.<<strong>br</strong> />

9


10. DECRETO Nº 44128/2003 - MUNICÍPIO DE SÃO PAULO/SP<<strong>br</strong> />

REGULAMENTA A UTILIZAÇÃO, PELA PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, DE<<strong>br</strong> />

ÁGUA DE REÚSO, NÃO POTÁVEL, A QUE SE REFERE A LEI Nº 13.309, DE 31 DE<<strong>br</strong> />

JANEIRO DE 2002.<<strong>br</strong> />

MARTA SUPLICY, Prefeita do Município de São Paulo, no uso das atribuições que lhe são<<strong>br</strong> />

conferidas por lei,<<strong>br</strong> />

CONSIDERANDO que é dever do Poder Público Municipal contribuir, de modo efetivo, para a<<strong>br</strong> />

preservação dos recursos naturais, so<strong>br</strong>etudo da água, bem escasso na natureza;<<strong>br</strong> />

CONSIDERANDO que a utilização de água de reúso, não potável, para as atividades de<<strong>br</strong> />

limpeza pública, proporcionará benefícios ao meio ambiente, bem <strong>com</strong>o diminuição de gastos<<strong>br</strong> />

públicos,<<strong>br</strong> />

DECRETA:<<strong>br</strong> />

Art. 1º. A lavagem de ruas, praças e passeios públicos, próprios municipais e outros<<strong>br</strong> />

logradouros, bem <strong>com</strong>o a irrigação de jardins, praças, campos esportivos e outros<<strong>br</strong> />

equipamentos serão realizadas <strong>com</strong> água de reúso, não potável, proveniente de Estações de<<strong>br</strong> />

Tratamento de Esgoto, desde que demonstradas, por meio de estudos pertinentes, a<<strong>br</strong> />

viabilidade técnica e a vantagem econômica de sua utilização.<<strong>br</strong> />

Art. 2º. Caberá aos órgãos da Administração Municipal, no âmbito de sua <strong>com</strong>petência, adotar<<strong>br</strong> />

as providências necessárias à aquisição da água de reúso, não potável, para a execução dos<<strong>br</strong> />

serviços citados no artigo 1º deste decreto, mediante contrato firmado <strong>com</strong> o órgão responsável<<strong>br</strong> />

pela operação das Estações de Tratamento de Esgoto.<<strong>br</strong> />

Art. 3º. O transporte da água de reúso deverá ser realizado em caminhões-tanque,<<strong>br</strong> />

identificados de acordo <strong>com</strong> padrões estabelecidos em normas técnicas para a indicação de<<strong>br</strong> />

água não potável, de modo a garantir a perfeita <strong>com</strong>preensão dos operadores dos<<strong>br</strong> />

equipamentos e da população quanto à sua impropriedade para consumo.<<strong>br</strong> />

§ 1º. Os veículos mencionados no "caput" deste artigo deverão ser cadastrados, para a<<strong>br</strong> />

finalidade deste decreto, nos órgãos municipais que utilizarem a água de reúso, bem <strong>com</strong>o no<<strong>br</strong> />

órgão responsável pela operação da Estação de Tratamento de Esgoto.<<strong>br</strong> />

§ 2º. Os condutores dos veículos deverão estar credenciados, <strong>com</strong> o preenchimento de guias<<strong>br</strong> />

de remessa, devidamente assinadas pelos responsáveis pelo transportador a serviço do órgão<<strong>br</strong> />

municipal contratante e pela liberação do produto na Estação de Tratamento de Esgoto,<<strong>br</strong> />

devendo constar, entre outros dados, nomes, documentos de identificação, data e horário.<<strong>br</strong> />

Art. 4º. O armazenamento de água de reúso, caso necessário, deverá ser feito em reservatório<<strong>br</strong> />

apropriado, construído e identificado para o fim a que se destina, de acordo <strong>com</strong> padrões<<strong>br</strong> />

estabelecidos em normas técnicas, <strong>com</strong> acesso restrito aos condutores dos caminhões-tanque,<<strong>br</strong> />

devidamente cadastrados e credenciados, e aos funcionários designados pela respectiva<<strong>br</strong> />

unidade da Administração Municipal.<<strong>br</strong> />

Art. 5º. Caberá à unidade da Administração Municipal interessada na utilização da água de<<strong>br</strong> />

reúso estabelecer, no instrumento contratual respectivo, firmado <strong>com</strong> o órgão responsável pela<<strong>br</strong> />

operação da Estação de Tratamento de Esgoto, as exigências relativas ao fornecimento do<<strong>br</strong> />

produto, <strong>com</strong> as características e padrões físicos, químicos, biológicos e bacteriológicos<<strong>br</strong> />

adequados, <strong>com</strong> monitoramento periódico, mediante a apresentação de laudos de análise.<<strong>br</strong> />

Art. 6º. A fiscalização do transporte da água de reúso, inclusive o controle da documentação<<strong>br</strong> />

utilizada para a sua liberação nas Estações de Tratamento de Esgoto ou no reservatório<<strong>br</strong> />

eventualmente implantado, incumbirá ao órgão municipal detentor do contrato firmado para sua<<strong>br</strong> />

aquisição.<<strong>br</strong> />

Art. 7º. Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação.<<strong>br</strong> />

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, aos 19 de novem<strong>br</strong>o de 2003, 450º da<<strong>br</strong> />

fundação de São Paulo.<<strong>br</strong> />

DATA DE PUBLICAÇÃO: 20/11/2003<<strong>br</strong> />

10


11. DECRETO Nº 41814/2002 - MUNICÍPIO DE SÃO PAULO/SP<<strong>br</strong> />

REGULAMENTA A LEI Nº 13.276, DE 4 DE JANEIRO DE 2002, QUE TORNA OBRIGATÓRIA<<strong>br</strong> />

A EXECUÇÃO DE RESERVATÓRIO PARA AS ÁGUAS COLETADAS POR COBERTURAS E<<strong>br</strong> />

PAVIMENTOS NOS LOTES, EDIFICADOS OU NÃO, QUE TENHAM ÁREA<<strong>br</strong> />

IMPERMEABILIZADA SUPERIOR A 500,00 M2.<<strong>br</strong> />

MARTA SUPLICY, Prefeita do Município de São Paulo, no uso das atribuições que lhe são<<strong>br</strong> />

conferidas por lei, DECRETA:<<strong>br</strong> />

Art. 1º - O reservatório previsto no artigo 1º da Lei nº 13.276, de 4 de janeiro de 2002, deverá<<strong>br</strong> />

ser exigido nos projetos de reformas e o<strong>br</strong>as novas de edificações cujos pedidos de aprovação<<strong>br</strong> />

tenham sido protocolados após 5 de janeiro de 2002, de acordo <strong>com</strong> o disposto no artigo 2º da<<strong>br</strong> />

referida lei, não eximindo do atendimento integral às exigências do item 10.1.5 do Anexo I da<<strong>br</strong> />

Lei nº 11.228, de 25 de junho de 1992 (Código de O<strong>br</strong>as e Edificações).<<strong>br</strong> />

§ 1º - O reservatório referido no "caput" deste artigo deverá ser fechado, coberto e atender às<<strong>br</strong> />

normas sanitárias vigentes.<<strong>br</strong> />

§ 2º - Nos projetos de reforma e o<strong>br</strong>a nova, deverá ser indicada a localização do reservatório e<<strong>br</strong> />

apresentado o cálculo do seu volume.<<strong>br</strong> />

§ 3º - Quando aplicado o disposto na alínea "b" do item 10.1.5 da Lei nº 11.228, de 1992, o<<strong>br</strong> />

volume resultante da fórmula estabelecida no artigo 2º da Lei nº 13.276, de 2002, deverá ser<<strong>br</strong> />

acrescido ao volume calculado pela fórmula definida no item 10.1.5.2 do Anexo I da Lei nº<<strong>br</strong> />

11.228, de 1992.<<strong>br</strong> />

§ 4º - No caso de opção por conduzir as águas pluviais para outro reservatório, conforme<<strong>br</strong> />

previsto no § 2º do artigo 2º da Lei nº 13.276, de 2002, objetivando o reuso da água para<<strong>br</strong> />

finalidades não potáveis, deverá ser indicada a localização desse reservatório e apresentado o<<strong>br</strong> />

cálculo do seu volume.<<strong>br</strong> />

Art. 2º - Nas reformas, o reservatório previsto na Lei nº 13.276, de 2002, será exigido quando<<strong>br</strong> />

houver acréscimo de área impermeabilizada igual ou superior a 100,00 m2 (cem metros<<strong>br</strong> />

quadrados) e a somatória da área impermeabilizada existente e a construir resultar em área<<strong>br</strong> />

superior a 500,00 m2 (quinhentos metros quadrados).<<strong>br</strong> />

§ 1º - O reservatório referido no "caput" deste artigo será calculado em relação à área<<strong>br</strong> />

impermeabilizada acrescida.<<strong>br</strong> />

§ 2º - Quando houver reformas sucessivas de edificações cujos acréscimos, a cada pedido de<<strong>br</strong> />

reforma, não atingirem 100,00 m2 (cem metros quadrados) e a somatória das áreas acrescidas<<strong>br</strong> />

e aprovadas após 5 de janeiro de 2002, for igual ou superior a 100,00 m2 (cem metros<<strong>br</strong> />

quadrados), será exigido o reservatório dimensionado considerando-se toda a área<<strong>br</strong> />

impermeabilizada acrescida.<<strong>br</strong> />

Art. 3º - Nos projetos modificativos de o<strong>br</strong>a nova de edificações aprovadas, anteriormente a 5<<strong>br</strong> />

de janeiro de 2002, será exigido o atendimento às disposições da Lei nº 13.276, de 2002, e<<strong>br</strong> />

deste decreto, apenas quando houver acréscimo de área impermeabilizada igual ou superior a<<strong>br</strong> />

100,00 m2 (cem metros quadrados), sendo o reservatório calculado so<strong>br</strong>e toda a área<<strong>br</strong> />

impermeabilizada do projeto.<<strong>br</strong> />

Parágrafo único - Ao projeto modificativo de reforma aplica-se o disposto no artigo 2º deste<<strong>br</strong> />

decreto.<<strong>br</strong> />

Art. 4º - Os pedidos de regularização nos termos da Lei nº 8.382, de 13 de a<strong>br</strong>il de 1976,<<strong>br</strong> />

protocolados após 5 de janeiro de 2002, deverão atender ao disposto na Lei nº 13.276, de<<strong>br</strong> />

2002, e neste decreto.<<strong>br</strong> />

Parágrafo único - Para execução do reservatório poderá ser concedida Notificação de<<strong>br</strong> />

Exigências Complementares - NEC, <strong>com</strong> prazo de 90 (noventa) dias, prorrogável por igual<<strong>br</strong> />

período.<<strong>br</strong> />

Art. 5º - Nos casos enquadrados neste decreto, por ocasião do pedido de Certificado de<<strong>br</strong> />

Conclusão ou de Auto de Regularização, deverá ser apresentada declaração assinada pelo<<strong>br</strong> />

Dirigente Técnico e pelo proprietário, de que a edificação atende à Lei nº 13.276, de 2002, e a<<strong>br</strong> />

este decreto, referente ao reservatório, <strong>com</strong> descrição sucinta do sistema instalado e, ainda,<<strong>br</strong> />

que o reservatório está de acordo <strong>com</strong> asnormas sanitárias vigentes.<<strong>br</strong> />

Art. 6º - O disposto no artigo 3º da Lei nº 13.276, de 2002, aplica-se à atividade estacionamento<<strong>br</strong> />

e não exime do atendimento ao item 13.3.8 do Anexo I da Lei nº 11.228, de 1992.<<strong>br</strong> />

§ 1º - A adequação ao disposto neste artigo deverá ocorrer no prazo de 90 (noventa) dias, a<<strong>br</strong> />

partir da data de publicação deste decreto.<<strong>br</strong> />

11


§ 2º - Para a atividade estacionamento, regularizada ou licenciada anteriormente à Lei nº<<strong>br</strong> />

11.228, de 1992, que solicitar renovação de licença de funcionamento, esta somente será<<strong>br</strong> />

emitida se <strong>com</strong>provado, por meio de fotografias, o atendimento ao artigo 3º da Lei nº 13.276,<<strong>br</strong> />

de 2002.<<strong>br</strong> />

§ 3º - Para a atividade estacionamento, licenciada após a Lei nº 11.228, de 2002, prevalece o<<strong>br</strong> />

disposto no item 13.3.8 do Anexo I da Lei nº 11.228, de 1992.<<strong>br</strong> />

§ 4º - No caso de descumprimento ao disposto neste artigo e em seus parágrafos, não será<<strong>br</strong> />

concedido ou renovado o Alvará de Autorização ou a Licença de Funcionamento.<<strong>br</strong> />

Art. 7º - O disposto no artigo 3º da Lei nº 13.276, de 2002,aplica-se também às reformas nos<<strong>br</strong> />

estabelecimentos destinados à atividade estacionamento, licenciados anteriormente à Lei nº<<strong>br</strong> />

11.228, de 1992, ou regularizados.<<strong>br</strong> />

Art. 8º - No projeto que configure o desdo<strong>br</strong>o de lotes, o disposto na Lei nº 13.276, de 2002, e<<strong>br</strong> />

neste decreto aplica-se a cada lote resultante.<<strong>br</strong> />

Art. 9º - Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em<<strong>br</strong> />

contrário.<<strong>br</strong> />

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, aos 15 de março de 2002, 449º da fundação<<strong>br</strong> />

de São Paulo.<<strong>br</strong> />

Publicado na Secretaria do Governo Municipal, em 15 de março de 2002.<<strong>br</strong> />

DATA DE PUBLICAÇÃO: 16/03/2002<<strong>br</strong> />

12


12. LEI N.° 14401/2001 - MUNICÍPIO DE VIÇOSA/MG<<strong>br</strong> />

DISPÕE SOBRE NORMAS DE CONTROLE DE EXCESSO DE CONSUMO DE ÁGUA<<strong>br</strong> />

DISTRIBUÍDA PARA USO HUMANO.<<strong>br</strong> />

O Povo do Município de Viçosa, por seus representantes legais, aprovou e eu, em seu nome,<<strong>br</strong> />

sanciono e promulgo a seguinte Lei:<<strong>br</strong> />

Art. 1° - Fica o Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Viçosa, Autarquia Municipal, por meio<<strong>br</strong> />

de seu setor <strong>com</strong>petente, autorizado a determinar fiscalização em toda a cidade <strong>com</strong> o objetivo<<strong>br</strong> />

de constatar a ocorrência de desperdícios de água distribuída, tais <strong>com</strong>o:<<strong>br</strong> />

I - lavar calçadas <strong>com</strong> uso contínuo de água;<<strong>br</strong> />

II - molhar ruas continuamente;<<strong>br</strong> />

III - lavar veículo em domicílios residenciais.<<strong>br</strong> />

Art. 2° - Ao verificar o uso, as perdas e os desperdícios de água distribuída pelo SAAE para<<strong>br</strong> />

consumo humano, o fiscal da Autarquia orientará verbalmente o usuário no sentido de a prática<<strong>br</strong> />

não se repetir, anotando o dia e o horário da ocorrência.<<strong>br</strong> />

Art. 3° - Caso o usuário do sistema de abastecimento de água do SAAE não atenda a<<strong>br</strong> />

orientação prestada, persistindo o desperdício de água no imóvel, a fiscalização do SAAE<<strong>br</strong> />

notificará por escrito o usuário, que dará recibo na 2ª via da notificação.<<strong>br</strong> />

Art. 4° - Constatada pela fiscalização a persistência do desperdício, apesar de notificado o<<strong>br</strong> />

usuário, o SAAE procederá ao corte do fornecimento de água no endereço do usuário por 24<<strong>br</strong> />

horas (vinte e quatro) horas e aplicará multa de 2 (duas) UFM (Unidade Fiscal do Município).<<strong>br</strong> />

Art. 5° - Em caso de reincidência, o SAAE procederá ao corte de água no endereço, e sua<<strong>br</strong> />

religaçào se dará 48 (quarenta e oito) horas após a execução do corte, depois do pagamento,<<strong>br</strong> />

pelo usuário, das despesas <strong>com</strong> a mão-de-o<strong>br</strong>a utilizada na execução do serviço.<<strong>br</strong> />

Art. 6° - Persistindo a reincidência, o corte de água será feito por período duplo de tempo, em<<strong>br</strong> />

relação ao último corte, e as despesas referidas no artigo anterior serão debitadas ao usuário.<<strong>br</strong> />

Art. 7° - Ao verificar o uso, as perdas e os desperdícios de água distribuída para consumo<<strong>br</strong> />

humano por outros prestadores de serviço no Município, fica o SAAE autorizado a notificar os<<strong>br</strong> />

responsáveis pelos respectivos sistemas de abastecimento água, acordando-se entre as partes<<strong>br</strong> />

um prazo para a solução do problema.<<strong>br</strong> />

Art. 8° - As providências acima serão sempre tomadas por ocasião da redução da oferta de<<strong>br</strong> />

água nos mananciais de abastecimento, de tal forma que coloque em risco o suprimento de<<strong>br</strong> />

água à população do Município.<<strong>br</strong> />

Parágrafo único - Esta situação deverá ser caracterizada pela declaração do Estado de Alerta<<strong>br</strong> />

por parte do SAAE, autorizado pelo CODEMA,mediante apresentação de documentação<<strong>br</strong> />

técnica <strong>com</strong>probatória, incluindo dados de medição de vazões dos mananciais de<<strong>br</strong> />

abastecimento de água, dados de vazões captadas nos mananciais por parte dos responsáveis<<strong>br</strong> />

pela operação de sistemas de abastecimento de água no Município, dados de volume de água<<strong>br</strong> />

armazenado nos reservatórios de acumulação de água <strong>br</strong>uta e dados de consumo de água no<<strong>br</strong> />

Município.<<strong>br</strong> />

Art. 9° - Compete ao SAAE, antes de tomar as medidas previstas nesta Lei, decretar o Estado<<strong>br</strong> />

de Alerta, seguido de ampla divulgação à população do Município so<strong>br</strong>e os respectivos<<strong>br</strong> />

motiúos, por meio da imprensa e de notas nas contas de água expedidas aos usuários.<<strong>br</strong> />

Art. 10º - Compete ao SAAE e demais prestadores de serviços de abastecimento de água para<<strong>br</strong> />

consumo humano manter, de forma sistemática, programas de controle de perdas de água nos<<strong>br</strong> />

sistemas de produção e distribuição, além de mecanismos de informação e conscientização da<<strong>br</strong> />

população do Município so<strong>br</strong>e a situação dos mananciais de abastecimento e a situação de<<strong>br</strong> />

perdas e desperdícios de água.<<strong>br</strong> />

Art. 11º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.<<strong>br</strong> />

Art. 12º - Revogam-se as disposições em contrário.<<strong>br</strong> />

Viçosa, 13 de junho de 2001<<strong>br</strong> />

(A presente Lei foi aprovada em reunião da Câmara Municipal, no dia 11.06.2001)<<strong>br</strong> />

13


13. LEI Nº 1085/2002 - MUNICÍPIO DE PALMAS/TO<<strong>br</strong> />

INSTITUI A CARTILHA DA ECONOMIA DA ÁGUA E DA ENERGIA ELÉTRICA NA REDE<<strong>br</strong> />

MUNICIPAL DE ENSINO.<<strong>br</strong> />

A CÂMARA MUNICIPAL DE PALMAS aprova e eu sanciono a seguinte Lei:<<strong>br</strong> />

Art. 1º - É instituída a Cartilha da Economia da Água e da Energia Elétrica na rede municipal de<<strong>br</strong> />

ensino.<<strong>br</strong> />

§ 1º - A Secretaria Municipal da Educação, Cultura e dos Esportes desenvolverá a cartilha<<strong>br</strong> />

ilustrada <strong>com</strong> personagens infantis, contendo histórias so<strong>br</strong>e o desperdício, o preço e a<<strong>br</strong> />

maneira correta de utilização da água e da energia elétrica, podendo ser confeccionada em<<strong>br</strong> />

parceria <strong>com</strong> a iniciativa privada.<<strong>br</strong> />

§ 2º - A cartilha referida no caput deste artigo, será usada nas escolas e terá espaços para<<strong>br</strong> />

anotações de observações e controles, sendo distribuída periodicamente durante o ano letivo.<<strong>br</strong> />

Art. 2º - Esta Lei será regulamentada pelo Poder Executivo Municipal.<<strong>br</strong> />

Art. 3º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em<<strong>br</strong> />

contrário.<<strong>br</strong> />

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE PALMAS, aos 20 dias do mês de março de 2002, 13º ano<<strong>br</strong> />

da criação de Palmas.<<strong>br</strong> />

14


14. LEI Nº 16759/2002 - MUNICÍPIO DE RECIFE/PE<<strong>br</strong> />

INSTITUI A OBRIGATORIEDADE DA INSTALAÇÃO DE HIDRÔMETROS INDIVIDUAIS NOS<<strong>br</strong> />

EDIFÍCIOS.<<strong>br</strong> />

O POVO DA CIDADE DO RECIFE, POR SEUS REPRESENTANTES, DECRETOU, E EU, EM<<strong>br</strong> />

SEU NOME, SANCIONO A SEGUINTE LEI:<<strong>br</strong> />

Art. 1º - Nos edifícios e condomínios <strong>com</strong> mais de uma unidade de consumo independente da<<strong>br</strong> />

categoria de usuários a que pertençam; residenciais. <strong>com</strong>erciais, públicos, mistos e da área<<strong>br</strong> />

das unidades deverão ser dotados de sistema de medição Individual de consumo de água,<<strong>br</strong> />

cujos projetos de construção não tenham sido protocolado no órgão <strong>com</strong>petente do município<<strong>br</strong> />

até a data de vigência desta Lei.<<strong>br</strong> />

§ 1º A implantação do sistema de medição individual de água de que trata este artigo deverá<<strong>br</strong> />

atender o disposto nas normas técnicas aprovadas pelos órgãos ou entidades pertinentes.<<strong>br</strong> />

§ 2º - O sistema de medição individual de. água, as especificações técnicas e o local de<<strong>br</strong> />

instalação serão definidos na regulamentação desta Lei, na conformidade do disposto no<<strong>br</strong> />

parágrafo anterior.<<strong>br</strong> />

Art. 2º - A implantação de medição individual de água por unidade de consumo, o<strong>br</strong>igatória,<<strong>br</strong> />

não dispensa a necessidade de medição global do consumo do edifício ou condomínio, <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />

emissão de contas individuais por unidade de consumo e para o condomínio.<<strong>br</strong> />

Parágrafo Único - A manutenção do sistema Individual de água é de única e exclusiva<<strong>br</strong> />

responsabilidade do usuário, <strong>com</strong>petindo ao órgão ou entidade prestadora do serviço público<<strong>br</strong> />

de abastecimento de água a manutenção do equipamento de medição global do edifício ou<<strong>br</strong> />

condomínio e dos medidores Individuais. conforme estabelecido em legislação especifica.<<strong>br</strong> />

Art. 3º - Os órgãos ou entidades responsáveis pelos serviços públicos de distribuição de água<<strong>br</strong> />

tratada e esgotamento sanitário prestarão aos interessados, orientações técnicas para<<strong>br</strong> />

elaboração dos projetos hidráulico-sanitários prediais <strong>com</strong> medição individualizada.<<strong>br</strong> />

Art. 4º - A partir da vigência desta Lei. qualquer projeto de reforma das instalações hidráulicas<<strong>br</strong> />

dos edifícios referenciados nesta lei, deverão obedecer as determinações nela contida.<<strong>br</strong> />

Art. 5º - O não cumprimento do disposto na presente lei, implicará na não concessão do<<strong>br</strong> />

"Habite-se" por parte do órgão <strong>com</strong>petente da Prefeitura Municipal do Recife.<<strong>br</strong> />

Art. 6º - O Poder Executivo regulamentará a presente Lei, dentro de 90 (noventa) dias,<<strong>br</strong> />

contados da sua publicação.<<strong>br</strong> />

Art. 7º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação<<strong>br</strong> />

Art. 8º - Revogam-se as disposições em contrário.<<strong>br</strong> />

Recife, <strong>17</strong> de a<strong>br</strong>il de 2002<<strong>br</strong> />

15


15. LEI Nº 11575/2001 - ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL<<strong>br</strong> />

INSTITUI A "SEMANA ESTADUAL DA ÁGUA" NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL E DÁ<<strong>br</strong> />

OUTRAS PROVIDÊNCIAS.<<strong>br</strong> />

O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL.<<strong>br</strong> />

Faço saber, em cumprimento ao disposto no artigo 82, inciso IV, da Constituição do Estado,<<strong>br</strong> />

que a Assembléia Legislativa aprovou e eu sanciono e promulgo a Lei seguinte:<<strong>br</strong> />

Art. 1º - Fica instituída, no Estado do Rio Grande do Sul, a "Semana Estadual da Água".<<strong>br</strong> />

Parágrafo único - A semana se desenvolverá no período <strong>com</strong>preendido entre o primeiro e o<<strong>br</strong> />

segundo sábado do mês de outu<strong>br</strong>o.<<strong>br</strong> />

Art. 2º - Na "Semana Estadual da Água" serão desenvolvidas atividades, juntamente <strong>com</strong> as<<strong>br</strong> />

entidades da sociedade civil, visando à conscientização da população em geral quanto à<<strong>br</strong> />

importância da conservação e de uso adequado dos manancias hídricos.<<strong>br</strong> />

Art. 3º - Durante a "Semana Estadual da Água" serão divulgados os dados relativos à situação<<strong>br</strong> />

das bacias hidrográficas do Estado do Rio Grande do Sul.<<strong>br</strong> />

Art. 4º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.<<strong>br</strong> />

Art. 5º - Revogam-se as disposições em contrário.<<strong>br</strong> />

PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 04 de janeiro de 2001.<<strong>br</strong> />

16


16. LEI Nº 3915/2002 - ESTADO DO RIO DE JANEIRO<<strong>br</strong> />

OBRIGA AS CONCESSIONÁRIAS DE SERVIÇOS PÚBLICOS A INSTALAREM MEDIDORES<<strong>br</strong> />

NA FORMA QUE MENCIONA<<strong>br</strong> />

O Presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, em conformidade <strong>com</strong> o<<strong>br</strong> />

que dispõe o § 5º <strong>com</strong>binado <strong>com</strong> o § 7º do artigo 115 da Constituição Estadual, promulga a<<strong>br</strong> />

Lei nº 3915, de 12 de agosto de 2002, oriunda do Projeto de Lei nº 2930, de 2002.<<strong>br</strong> />

A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO<<strong>br</strong> />

D E C R E T A:<<strong>br</strong> />

Art. 1º - As Concessionárias de Serviços Públicos serão o<strong>br</strong>igadas a instalar, no prazo máximo<<strong>br</strong> />

de 12 (doze) meses, medidores individuais dos serviços que fornecerem.<<strong>br</strong> />

Art. 2º - No caso do medidor instalado ser coletivo, caberá a Concessionária a responsabilidade<<strong>br</strong> />

de co<strong>br</strong>ança em relação aos inadimplentes.<<strong>br</strong> />

Art. 3º - Caberá ao representante legal do Condomínio ou do grupo vinculado ao medidor<<strong>br</strong> />

coletivo encaminhar à Concessionária do Serviço, mês a mês, a relação dos inadimplentes.<<strong>br</strong> />

Art. 4º - As despesas <strong>com</strong> a instalação dos medidores serão arcados pela Concessionária.<<strong>br</strong> />

Art. 5º - Poderá o grupo ou o Condomínio, através do seu representante legal, manifestar-se<<strong>br</strong> />

favorável ao medidor coletivo, hipótese em que a inadimplência será da responsabilidade do<<strong>br</strong> />

próprio grupo ou Condomínio.<<strong>br</strong> />

Art. 6º - As Concessionárias a<strong>br</strong>angidas pela presente Lei são as que fornecem luz, água, gás,<<strong>br</strong> />

telefonia fixa.<<strong>br</strong> />

Art. 7º - O não cumprimento da presente Lei penalizará o infrator em multa de 5.000 (cinco mil)<<strong>br</strong> />

UFIRs, no 1º mês e a partir do segundo mês, 1.000 (mil) UFIRs, até o seu cumprimento, cuja<<strong>br</strong> />

receita reverterá para a melhoria do serviço.<<strong>br</strong> />

Art. 8º - Fica proibida, pelas concessionárias, a co<strong>br</strong>ança por estimativa.<<strong>br</strong> />

Art. 9º - Esta Lei entrará em vigor a partir da data de sua publicação, revogadas as disposições<<strong>br</strong> />

em contrário.<<strong>br</strong> />

Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, em 12 de agosto de 2002.<<strong>br</strong> />

<strong>17</strong>


<strong>17</strong>. DECRETO Nº 48138/2003 - ESTADO DE SÃO PAULO<<strong>br</strong> />

INSTITUI MEDIDAS DE REDUÇÃO DE CONSUMO E RACIONALIZAÇÃO DO USO DE ÁGUA<<strong>br</strong> />

NO ÂMBITO DO ESTADO DE SÃO PAULO<<strong>br</strong> />

GERALDO ALCKMIN, Governador do Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições legais,<<strong>br</strong> />

Considerando que a garantia da saúde e manutenção da qualidade de vida da população<<strong>br</strong> />

depende da preservação da água enquanto recurso natural, finito e escasso;<<strong>br</strong> />

Considerando a situação crítica dos recursos hídricos, em decorrência da forte estiagem que<<strong>br</strong> />

atinge a Região Metropolitana de São Paulo, <strong>com</strong> índices pluviométricos abaixo das médias<<strong>br</strong> />

históricas dos últimos 70 (setenta) anos;<<strong>br</strong> />

Considerando a necessidade de redução do consumo de água, a fim de evitar o<<strong>br</strong> />

desabastecimento e a utilização, pela população, de fontes alternativas, nem sempre de boa<<strong>br</strong> />

qualidade; e<<strong>br</strong> />

Considerando a necessidade de sensibilizar, orientar e reeducar os agentes públicos e<<strong>br</strong> />

privados, para que utilizem água de modo racional e eficiente,<<strong>br</strong> />

Decreta:<<strong>br</strong> />

Artigo 1º - Os órgãos da administração pública direta, das autarquias, das fundações instituídas<<strong>br</strong> />

ou mantidas pelo Poder Público e das empresas em cujo capital o Estado tenha participação<<strong>br</strong> />

majoritária, bem <strong>com</strong>o as demais entidades por ele controladas direta ou indiretamente,<<strong>br</strong> />

deverão implantar, promover e articular ações objetivando a redução e a utilização racional e<<strong>br</strong> />

eficiente da água, nos termos deste decreto.<<strong>br</strong> />

§ 1º - Da utilização da água nas áreas externas da edificação:<<strong>br</strong> />

1. ruas, calçadas, praças, pisos frios e áreas de lazer:<<strong>br</strong> />

a) limpeza das ruas e praças só será feita através da varredura e recolhimento de detritos,<<strong>br</strong> />

sendo expressamente vedada lavagem <strong>com</strong> água potável, exceto em casos que se confirme<<strong>br</strong> />

existência de material contagioso ou outros que tragam dano à saúde;<<strong>br</strong> />

b) permitida lavagem somente <strong>com</strong> água de reuso ou outras fontes (águas de chuva, poços<<strong>br</strong> />

cuja água seja certificada de não contaminação por metais pesados ou agentes<<strong>br</strong> />

bacteriológicos, minas e outros);<<strong>br</strong> />

c) limpeza de calçadas, pisos frios e áreas de lazer só será feita através da varredura e<<strong>br</strong> />

recolhimento de detritos, ou através da utilização de baldes, panos molhados ou escovão,<<strong>br</strong> />

sendo expressamente vedada lavagem <strong>com</strong> água potável, exceto em casos que se confirme<<strong>br</strong> />

material contagioso ou outros que tragam dano a saúde;<<strong>br</strong> />

d) permitida lavagem somente <strong>com</strong> água de reuso ou outras fontes (águas de chuva, poços<<strong>br</strong> />

cuja água seja certificada de não contaminação por metais pesados ou agentes<<strong>br</strong> />

bacteriológicos, minas e outros);<<strong>br</strong> />

2. parques, gramado e jardins:<<strong>br</strong> />

a) não haverá rega nos dias de chuva;<<strong>br</strong> />

b) em dias sem chuva, a rega só será realizada antes das 9:00 horas ou depois das <strong>17</strong>:00<<strong>br</strong> />

horas, <strong>com</strong> regador ou mangueira <strong>com</strong> esguicho disposto de sistema de fechamento (revolver,<<strong>br</strong> />

bico e outros), inclusive <strong>com</strong> sistema de sprinkler (sistema de aspersão);<<strong>br</strong> />

c) no inverno, a rega será feita a cada 3 (três) dias no período da manhã;<<strong>br</strong> />

d) quando a rega dos gramados e jardins for realizada <strong>com</strong> sistema de sprinkler (aspersão),<<strong>br</strong> />

este deverá ser verificado periodicamente, para verificar atuação delimitada à área de rega<<strong>br</strong> />

bem <strong>com</strong>o, sem espirrar nas calçadas ou paredes das edificações;<<strong>br</strong> />

3. viaturas: a lavagem não pode ser efetuada em vias e logradouros públicos e quando<<strong>br</strong> />

realizada internamente, só poderá ser executada <strong>com</strong> balde ou esguicho disposto de sistema<<strong>br</strong> />

de fechamento (revolver, bico e outros).<<strong>br</strong> />

§ 2º - Da utilização da água nas áreas internas da edificação: lavagem das caixas d'água e/ou<<strong>br</strong> />

reservatórios: deverão ser utilizados procedimentos de limpeza e desinfecção <strong>com</strong> economia<<strong>br</strong> />

de água, inclusive programando data para que seja consumida a água reservada na caixa,<<strong>br</strong> />

deixando disponível apenas um palmo de água para iniciar o processo.<<strong>br</strong> />

Artigo 2º - Os órgãos constantes do artigo 1º deverão realizar, no prazo de 10 (dez) dias a<<strong>br</strong> />

contar da publicação deste decreto, pesquisa de vazamentos em todas os seus prédios e<<strong>br</strong> />

unidades, providenciando imediatamente a substituição e conserto de tubulações, torneiras e<<strong>br</strong> />

demais equipamentos defeituosos; ou providenciando o fechamento dos registros, no caso de<<strong>br</strong> />

ausência de recursos para o conserto.<<strong>br</strong> />

18


Artigo 3º - Para fins de efetivação das medidas de redução de consumo, fica atribuída à<<strong>br</strong> />

Secretaria de Energia, Recursos Hídricos e Saneamento, a responsabilidade pela fiscalização<<strong>br</strong> />

dos órgãos referidos no artigo 1º deste decreto.<<strong>br</strong> />

Artigo 4º - Para realização dos procedimentos de redução de consumo e verificação de<<strong>br</strong> />

vazamentos, as Secretarias, Autarquias, Empresas, Fundações e demais entidades do artigo<<strong>br</strong> />

1º deste decreto designarão responsáveis para atuar <strong>com</strong>o controladores em cada unidade sob<<strong>br</strong> />

sua subordinação, assim entendido, cada prédio, hospital, cadeia, delegacia, escola, centro de<<strong>br</strong> />

saúde, penitenciária e outros.<<strong>br</strong> />

§ 1º - O controlador designado exercerá função de fiscalização das instalações da unidade<<strong>br</strong> />

onde trabalha e adotará os procedimentos para cumprimento deste decreto.<<strong>br</strong> />

§ 2º - Periodicamente, os fiscais da Secretaria de Energia, Recursos Hídricos e Saneamento<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>parecerão às unidades para, em conjunto <strong>com</strong> o controlador local, confirmar a existência<<strong>br</strong> />

de vazamentos e verificar as medidas adotadas, podendo autuar o órgão, notificando o titular<<strong>br</strong> />

para cumprimento das presentes normas.<<strong>br</strong> />

Artigo 5º - Os controladores designados pelos órgãos serão capacitados, para melhor<<strong>br</strong> />

desenvolverem esta função, por meio de cursos gratuitos de pesquisa de vazamentos e de uso<<strong>br</strong> />

racional da água, oferecidos pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo -<<strong>br</strong> />

SABESP <strong>com</strong> o apoio de sua Universidade Empresarial.<<strong>br</strong> />

Artigo 6º - Todos os órgãos do artigo 1º deste decreto deverão, ainda, utilizar espaços públicos<<strong>br</strong> />

e áreas de livre circulação pública para distribuição de material e divulgação de informações<<strong>br</strong> />

destinadas à redução do consumo e uso racional da água.<<strong>br</strong> />

Artigo 7º - Os empregados e servidores do Governo do Estado de São Paulo deverão colaborar<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> as medidas de redução de consumo e uso racional da água, atuando também <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

facilitadores das mudanças de <strong>com</strong>portamento esperadas <strong>com</strong> estas medidas.<<strong>br</strong> />

Artigo 8º - As entidades a que se refere o artigo 1º deste decreto, em especial a Companhia de<<strong>br</strong> />

Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo - CDHU, a Companhia<<strong>br</strong> />

Paulista de O<strong>br</strong>as e Serviços - CPOS e a Fundação para o Desenvolvimento da Educação -<<strong>br</strong> />

FDE, farão constar dos editais para contratações de o<strong>br</strong>as e serviços, tais <strong>com</strong>o, reformas,<<strong>br</strong> />

construções em imóveis próprios ou de terceiros, a o<strong>br</strong>igatoriedade do emprego de tecnologia<<strong>br</strong> />

que possibilite redução e uso racional da água potável, e da aquisição de novos equipamentos<<strong>br</strong> />

e metais hidráulicos/sanitários economizadores, os quais deverão apresentar melhor<<strong>br</strong> />

desempenho sob o ponto de vista de eficiência no consumo da água potável.<<strong>br</strong> />

Artigo 9 º - Este decreto entra em vigor na data da sua publicação.<<strong>br</strong> />

Palácio dos Bandeirantes, 7 de outu<strong>br</strong>o de 2003<<strong>br</strong> />

Publicado na Casa Civil, aos 7 de outu<strong>br</strong>o de 2003.<<strong>br</strong> />

18. DECRETO Nº 45805/2001 - ESTADO DE SÃO PAULO<<strong>br</strong> />

INSTITUI O PROGRAMA ESTADUAL DE USO RACIONAL DA ÁGUA POTÁVEL E DÁ<<strong>br</strong> />

PROVIDÊNCIAS CORRELATAS.<<strong>br</strong> />

GERALDO ALCKMIN, Governador do Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições legais,<<strong>br</strong> />

Considerando a importância da redução do consumo e racionalização do uso da água potável<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o elemento essencial do esforço de modernização do Estado desenvolvido pela atual<<strong>br</strong> />

Administração;<<strong>br</strong> />

Considerando que constitui objetivo permanente da Política Estadual de Recursos Hídricos<<strong>br</strong> />

promover o uso racional da água;<<strong>br</strong> />

Considerando a importância da redução do consumo e do uso racional da água potável pela<<strong>br</strong> />

Administração Pública <strong>com</strong>o ação exemplar de atuações so<strong>br</strong>e demanda objetivando a<<strong>br</strong> />

universalização do atendimento por água potável e, ao gerar menos esgotos,contribuir para a<<strong>br</strong> />

preservação do recurso natural, finito e escasso, água;<<strong>br</strong> />

Considerando a redução de despesas que o uso racional de água potável produz e a<<strong>br</strong> />

conseqüente aplicação destes recursos obtidos para a melhoria dos serviços públicos;<<strong>br</strong> />

Considerando a importância da visão moderna da Administração Pública na implementação e<<strong>br</strong> />

disseminação das estratégias de conservação e uso racional da água potável; e<<strong>br</strong> />

Considerando, ainda, a melhoria da qualidade de vida alcançada pelo uso eficiente e racional<<strong>br</strong> />

da água potável,<<strong>br</strong> />

Decreta:<<strong>br</strong> />

19


Artigo 1º - Fica instituído, no âmbito dos órgãos da administração pública direta, das<<strong>br</strong> />

autarquias, das fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público e das empresas em cujo<<strong>br</strong> />

capital o Estado tenha participação majoritária, bem <strong>com</strong>o das demais entidades por ele direta<<strong>br</strong> />

ou indiretamente controladas, o Programa Estadual de Uso Racional da Água Potável.<<strong>br</strong> />

Artigo 2º - O Programa instituído pelo artigo anterior tempor finalidade implantar, promover e<<strong>br</strong> />

articular ações visando a redução e o uso racional da água potável.<<strong>br</strong> />

§ 1º - Os órgãos e entidades referidos no artigo anterior deverão tomar medidas imediatas para<<strong>br</strong> />

redução de 20% do consumo de água potável de suas instalações, tendo <strong>com</strong>o referência a<<strong>br</strong> />

média mensal do consumo a ser homologada pelo Conselho de Orientação do Programa<<strong>br</strong> />

Estadual de Uso Racional da Água Potável - CORA, de que trata o artigo 3º deste decreto.<<strong>br</strong> />

§ 2º - Os órgãos e entidades referidos no artigo anterior deverão elaborar Programa Interno de<<strong>br</strong> />

Uso Racional da Água Potável a<strong>br</strong>angendo as re<strong>com</strong>endações a serem baixadas mediante<<strong>br</strong> />

resolução do Secretário de Recursos Hídricos, Saneamento e O<strong>br</strong>as, "ad referendum" do<<strong>br</strong> />

Conselho de Orientação do Programa Estadual de Uso Racional da Água Potável - CORA.<<strong>br</strong> />

Artigo 3º - A coordenação do Programa Estadual de Uso Racional da Água Potável caberá ao<<strong>br</strong> />

Conselho de Orientação - CORA constituído, junto à Secretaria de Recursos Hídricos,<<strong>br</strong> />

Saneamento e O<strong>br</strong>as, por representantesdos seguintes órgãos e entidade:<<strong>br</strong> />

I - 1 (um) da Secretaria de Recursos Hídricos, Saneamento e O<strong>br</strong>as, que será seu Presidente;<<strong>br</strong> />

II - 1 (um) da Secretaria do Governo e Gestão Estratégica;<<strong>br</strong> />

III - 1 (um) da Secretaria de Economia e Planejamento;<<strong>br</strong> />

IV - 1 (um) da Secretaria da Fazenda;<<strong>br</strong> />

V - 1 (um) da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico;<<strong>br</strong> />

VI - 1 (um) da Secretaria do Meio Ambiente;<<strong>br</strong> />

VII - 1 (um) da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP.<<strong>br</strong> />

§ 1º - O mandato dos mem<strong>br</strong>os do Conselho de Orientação do Programa Estadual de Uso<<strong>br</strong> />

Racional da Água Potável - CORA será de 2 (dois) anos, permitida a recondução.<<strong>br</strong> />

§ 2º - Os mem<strong>br</strong>os do Conselho de Orientação do Programa Estadual de Uso Racional da<<strong>br</strong> />

Água Potável - CORA serão designados pelo Governador do Estado.<<strong>br</strong> />

Artigo 4º - O Conselho de Orientação do Programa Estadual de Uso Racional da Água Potável<<strong>br</strong> />

- CORA tem por atribuições:<<strong>br</strong> />

I - estabelecer metas e diretrizes para o Programa;<<strong>br</strong> />

II - homologar a média mensal de consumo que será utilizada <strong>com</strong>o referência para o cálculo<<strong>br</strong> />

do volume de água a ser economizado, conforme estabelecido no § 1º do artigo 2º deste<<strong>br</strong> />

decreto;<<strong>br</strong> />

III - orientar e coordenar as ações dos órgãos e entidades a<strong>br</strong>angidos pelo artigo 1º deste<<strong>br</strong> />

decreto para o cumprimento das metas do Programa;<<strong>br</strong> />

IV - coordenar o desenvolvimento do Programa em todas as suas fases;<<strong>br</strong> />

V - a<strong>com</strong>panhar o cumprimento das metas de redução e racionalização do uso da água<<strong>br</strong> />

potável, submetidas pelos órgãos e entidades, sugerindo alterações quando forem<<strong>br</strong> />

necessárias.<<strong>br</strong> />

Artigo 5º - Fica criada, em cada Secretaria de Estado e autarquia, uma Comissão Interna de<<strong>br</strong> />

Uso Racional da Água Potável - CIRA, que será constituída por, no mínimo, 3 (três) mem<strong>br</strong>os.<<strong>br</strong> />

§ 1º - Caberá ao dirigente do órgão ou entidade designar os mem<strong>br</strong>os da CIRA, indicando o<<strong>br</strong> />

seu Coordenador.<<strong>br</strong> />

§ 2º - As funções dos mem<strong>br</strong>os da CIRA serão desenvolvidas sem prejuízo das atividades<<strong>br</strong> />

próprias de seus cargos ou funções.<<strong>br</strong> />

§ 3º - As reuniões da CIRA serão secretariadas porum dos seus mem<strong>br</strong>os, escolhido pelo<<strong>br</strong> />

Coordenador.<<strong>br</strong> />

Artigo 6º - São atribuições da Comissão Interna de Uso Racional da Água Potável - CIRA:<<strong>br</strong> />

I - implantar o Programa Interno de Uso Racional da Água Potável do órgão ou entidade a que<<strong>br</strong> />

pertence, em consonância <strong>com</strong> o estabelecido no artigo 2º deste decreto;<<strong>br</strong> />

II - identificar o potencial de redução do consumo da água potável resultado da implementação<<strong>br</strong> />

das re<strong>com</strong>endações de que trata o § 2º do artigo 2º deste decreto;<<strong>br</strong> />

III - empreender ações visando conscientizar e envolver todos os servidores quanto ao<<strong>br</strong> />

Programa Interno de Uso Racional da Água Potável;<<strong>br</strong> />

IV - manter permanente avaliação do consumo de água potável e dos resultados das ações<<strong>br</strong> />

empreendidas;<<strong>br</strong> />

V - realizar a avaliação dos resultados obtidos, propor novas metas e formular re<strong>com</strong>endações;<<strong>br</strong> />

20


VI - submeter ao Conselho de Orientação do Programa Estadual de Uso Racional da Água<<strong>br</strong> />

Potável - CORA, at o dia 1º de novem<strong>br</strong>o de cada ano, um programa de metas de<<strong>br</strong> />

racionalização do uso da água para o ano subseqüente;<<strong>br</strong> />

VII - elaborar e submeter ao Conselho de Orientação do Programa Estadual de Uso Racional<<strong>br</strong> />

da Água Potável - CORA um relatório de implantação do Programa Estadual de Uso Racional<<strong>br</strong> />

da Água Potável, quando solicitado.<<strong>br</strong> />

Artigo 7º - Os órgãos e entidades a<strong>br</strong>angidos pelo artigo 1º deste decreto deverão adotar<<strong>br</strong> />

procedimentos de gerenciamento de água potável para os demais equipamentos, louças e<<strong>br</strong> />

metais hidráulicos/sanitários não a<strong>br</strong>angidos pelas re<strong>com</strong>endações de que trata o § 2º do artigo<<strong>br</strong> />

2º deste decreto, conforme proposta a ser submetida e aprovada pela Comissão Interna de<<strong>br</strong> />

Uso Racional da Água Potável - CIRA.<<strong>br</strong> />

Parágrafo único - Os procedimentos a serem adotados em cumprimento ao disposto neste<<strong>br</strong> />

artigo deverão ser notificados ao Conselho de Orientação do Programa Estadual de Uso<<strong>br</strong> />

Racional da Água Potável - CORA, para conhecimento e aprovação.<<strong>br</strong> />

Artigo 8º - Na aquisição de novos equipamentos e metais hidráulicos/sanitários o bem a ser<<strong>br</strong> />

adquirido deverá apresentar o melhor desempenho sob o ponto de vista de eficiência na<<strong>br</strong> />

conservação e redução do consumo da água potável.<<strong>br</strong> />

Artigo 9º - Sempre que possível, deverá constar dos editais para contratações de o<strong>br</strong>as e<<strong>br</strong> />

serviços, tais <strong>com</strong>o, reformas, construções e/ou instalações de novos equipamentos nos<<strong>br</strong> />

imóveis próprios ou de terceiros, a serem efetuadas pela administração, a o<strong>br</strong>igatoriedade do<<strong>br</strong> />

emprego de tecnologia que possibilite a conservação e o uso racional da água potável.<<strong>br</strong> />

Artigo 10 - vedada a remuneração, a qualquer título, pela participação no Conselho de<<strong>br</strong> />

Orientação do Programa Estadual de Uso Racional da Água Potável e na Comissão Interna de<<strong>br</strong> />

Uso Racional da Água Potável - CIRA.<<strong>br</strong> />

Artigo 11 - Os dirigentes das fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público e das<<strong>br</strong> />

empresas em cujo capital o Estado tenha participação majoritária, bem <strong>com</strong>o das demais<<strong>br</strong> />

entidades por ele direta ou indiretamente controladas, deverão adotar as providências<<strong>br</strong> />

necessárias no sentido de criar Comissão Interna de Uso Racional da Água Potável - CIRA,<<strong>br</strong> />

nos termos deste decreto.<<strong>br</strong> />

Artigo 12 - Os órgãos e entidades a<strong>br</strong>angidos por este decreto terão prazo de 15 (quinze) dias<<strong>br</strong> />

contados a partir de sua publicação para remeterem ao Conselho de Orientação do Programa<<strong>br</strong> />

Estadual de Uso Racional da Água Potável a ata de instalação dos trabalhos da Comissão<<strong>br</strong> />

Interna de Uso Racional da Água Potável - CIRA, a relação de seus mem<strong>br</strong>os e o respectivo<<strong>br</strong> />

Programa Interno de Uso Racional da Água Potável.<<strong>br</strong> />

Artigo 13 - Este decreto entra em vigor na data de sua publicação.<<strong>br</strong> />

Palácio dos Bandeirantes, 15 de maio de 2001<<strong>br</strong> />

Publicado na Secretaria de Estado do Governo e Gestão Estratégica, aos 15 de maio de 2001.<<strong>br</strong> />

21


19. LEI Nº 2616/2000 - DISTRITO FEDERAL<<strong>br</strong> />

DISPÕE SOBRE A UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS ECONOMIZADORES DE ÁGUA NAS<<strong>br</strong> />

INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS E SANITÁRIAS DOS EDIFÍCIOS PÚBLICOS E PRIVADOS<<strong>br</strong> />

DESTINADOS A USO NÃO RESIDENCIAL NO ÂMBITO DO DISTRITO FEDERAL.<<strong>br</strong> />

O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL. FAÇO SABER QUE A CÂMARA LEGISLATIVA<<strong>br</strong> />

DO DISTRITO FEDERAL DECRETA E EU SANCIONO A SEGUINTE LEI:<<strong>br</strong> />

Art. 1° Torna-se o<strong>br</strong>igatório o uso de equipamentos economizadores de água nas instalações<<strong>br</strong> />

hidráulicas e sanitárias dos edifícios públicos e privados destinados a uso não residencial no<<strong>br</strong> />

âmbito do Distrito Federal.<<strong>br</strong> />

§ 1° Para efeito do que trata o caput, estão incluídos:<<strong>br</strong> />

I - os edifícios públicos federais;<<strong>br</strong> />

II - os edifícios administrados ou de propriedade do Governo do Distrito Federal;<<strong>br</strong> />

III - centros <strong>com</strong>erciais;<<strong>br</strong> />

IV - shopping centers;<<strong>br</strong> />

V - escolas;<<strong>br</strong> />

VI - hospitais;<<strong>br</strong> />

VII - indústrias;<<strong>br</strong> />

VIII - edifícios de escritórios;<<strong>br</strong> />

IX - lojas;<<strong>br</strong> />

X - bares;<<strong>br</strong> />

XI - restaurantes.<<strong>br</strong> />

§ 2° Consideram-se equipamentos economizadores os produtos que visem ao uso racional<<strong>br</strong> />

da água , sejam eles dos tipos mono<strong>com</strong>ando, termostato, temporizados ou eletrônicos, e<<strong>br</strong> />

que sejam, principalmente, <strong>com</strong>ponentes de lavatórios, mictórios, bacias sanitárias, demais<<strong>br</strong> />

itens do sistema de descarga e outros dispositivos <strong>com</strong>o torneiras, chuveiros, misturadores e<<strong>br</strong> />

arejadores.<<strong>br</strong> />

§ 3° A instalação dos equipamentos economizadores de água será projetada e executada de<<strong>br</strong> />

acordo <strong>com</strong> as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, os regulamentos<<strong>br</strong> />

do órgão local responsável pelo abastecimento e as disposições desta Lei.<<strong>br</strong> />

§ 4° O Poder Executivo determinará a adoção de tecnologia diversa daquelas de que trata este<<strong>br</strong> />

artigo, desde que o controle de consumo atingido seja igual ou superior ao proporcionado pelos<<strong>br</strong> />

mecanismos mencionados nos parágrafos anteriores.<<strong>br</strong> />

Art. 3° A concessão do "Habite-se" para as novas edificações fica condicionada ao atendimento<<strong>br</strong> />

das exigências previstas nesta Lei, constatadas mediante a realização de perícia técnica pelo<<strong>br</strong> />

órgão local responsável pelo abastecimento.<<strong>br</strong> />

Art. 4° As edificações já existentes terão prazo de dois anos para promover a instalação dos<<strong>br</strong> />

respectivos equipamentos economizadores de água.<<strong>br</strong> />

Art. 5° Fica o Poder Executivo o<strong>br</strong>igado a empreender campanhas educativas destinadas a<<strong>br</strong> />

estimular o uso racional dos recursos hídricos.<<strong>br</strong> />

Art. 6° A Secretaria de O<strong>br</strong>as do Distrito Federal fixará e aplicará multas, a serem definidas no<<strong>br</strong> />

decreto regulamentador, aos proprietários das edificações que descumprirem esta Lei.<<strong>br</strong> />

Art. 7° O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de sessenta dias.<<strong>br</strong> />

Art. 8° Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.<<strong>br</strong> />

Art. 9° Revogam-se as disposições em contrário.<<strong>br</strong> />

Publicada no DODF de 13.11.2000<<strong>br</strong> />

22


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 25- Retrossifonagem<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 10 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Capítulo 25- Retrossifonagem<<strong>br</strong> />

25-1


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 25- Retrossifonagem<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 10 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Capítulo 25-Retrossifonagem<<strong>br</strong> />

25.1 Introdução<<strong>br</strong> />

Há sempre dúvidas quando temos que usar o suprimento de água potável da<<strong>br</strong> />

concessionária pública no uso de aproveitamento de água de chuva que é água nãopotável.<<strong>br</strong> />

Vamos recordar alguns conceitos e mostrar que a água potável pode entrar em<<strong>br</strong> />

um reservatório de água de chuva tomando-se determinados cuidados para evitar a<<strong>br</strong> />

retrossifonagem.<<strong>br</strong> />

25.2 Conceito e perigo de Conexão Cruzada (Cross-Connection)<<strong>br</strong> />

Na Figura (25.1) temos um abastecimento e o rompimento na rua pode causar o<<strong>br</strong> />

refluxo da água, isto é, a água contaminada pode se dirigir à residência.<<strong>br</strong> />

Figura 25.1-Refluxo da água devido a que<strong>br</strong>a da rede pública<<strong>br</strong> />

Segundo Zacarias, E.S.P. e Buldo, R.A, 1987-EPUSP, a contaminação da rede<<strong>br</strong> />

de distribuição a partir das peças de utilização é possível devido ao contato de águas<<strong>br</strong> />

servidas <strong>com</strong> a água potável da rede. O ponto onde este contato pode vir a ocorrer<<strong>br</strong> />

denomina-se “conexão cruzada” ou seja “Cross-Connection”.<<strong>br</strong> />

A conexão cruzada poder ainda ser dividida em “direta” ou indireta”. A conexão<<strong>br</strong> />

cruzada direta é aquela que permite o fluxo da água de um sistema para outro,<<strong>br</strong> />

simplesmente existindo uma pressão diferencial entre os dois, <strong>com</strong>o por exemplo, duas<<strong>br</strong> />

canalizações totalmente submersas em um reservatório.<<strong>br</strong> />

Em uma conexão cruzada indireta, o fluxo de água no sentido da rede está<<strong>br</strong> />

sujeito a uma situação anormal, que venha aproximar a água servida o suficiente da<<strong>br</strong> />

25-2


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 25- Retrossifonagem<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 10 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

extremidade do ponto de utilização para que esta possa ser succionada para a tubulação,<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o por exemplo, uma banheira entupida que tem a torneira conseqüentemente<<strong>br</strong> />

afogada, a Figura (25.2) mostra um exemplo de refluxo.<<strong>br</strong> />

Figura 25.2- Retrossifonagem. Fonte: EPA,2003<<strong>br</strong> />

Em ambos os casos de conexão cruzada é necessário que haja uma queda de<<strong>br</strong> />

pressão na rede para induzir o refluxo da água.<<strong>br</strong> />

O refluxo em uma conexão cruzada do tipo indireto é denominado<<strong>br</strong> />

“retrossifonagem”. Notar que na retrossifonagem a torneira do aparelho que está<<strong>br</strong> />

sifonado deve estar aberta.<<strong>br</strong> />

A retrossifonagem pode ocorrer após um estouro de uma tubulação da rede<<strong>br</strong> />

pública perto da entrada de água. Houve um caso em Guarulhos, no Bairro de Vila<<strong>br</strong> />

Augusta, próximo de onde se situava uma antiga sede administrativa do SAAE de<<strong>br</strong> />

Guarulhos.<<strong>br</strong> />

Após o estouro de uma rede de 200mm próxima, a pressão da rede de água ficou<<strong>br</strong> />

abaixo da pressão atmosférica e uma mangueira aberta na extremidade que estava<<strong>br</strong> />

conectada ao cavalete de uma indústria próxima e dentro de um tambor de aço <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

água poluída <strong>com</strong> forte odor de produto químico.<<strong>br</strong> />

A água do tambor por retrossifonagem, entrou na rede pública de água potável,<<strong>br</strong> />

sendo encaminhada para todas as residências num raio de 100 metros, quando a rede foi<<strong>br</strong> />

consertada e posta em operação. Houve então a Cross-Connection (conexão cruzada) o<<strong>br</strong> />

que a AWWA (American Water Works Association) observa no Manual n.º 22 de 1975.<<strong>br</strong> />

Na Cross-Connection ou conexão cruzada, há a mistura da água suja <strong>com</strong> a água<<strong>br</strong> />

limpa. Isto aconteceu porque a ligação de água não tinha nenhum dispositivo de<<strong>br</strong> />

proteção, que não permitisse a retrossifonagem. Fizemos o tradicional no Brasil, isto é,<<strong>br</strong> />

dar descarga na rede pública de toda a região tirando os hidrômetros dos cavaletes a fim<<strong>br</strong> />

de se proceder uma lavagem das redes até que saísse o cheiro.<<strong>br</strong> />

Os americanos possuem vários dispositivos que impedem o retorno da água,<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o por exemplo, a distância mínima de uma polegada ou seja 25 milímetros para a<<strong>br</strong> />

separação do ar (air gap). Existem outros métodos, mas este é mais usado e bem eficaz.<<strong>br</strong> />

No Brasil infelizmente não temos à venda, nenhum destes dispositivos. Seria<<strong>br</strong> />

interessante que indústrias, hospitais, farmácias e outros edifícios que possam<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>prometer a saúde pública <strong>com</strong> conexão cruzada, que tivessem dispositivos de<<strong>br</strong> />

proteção que evitasse a retrossifonagem. Nos Estados Unidos, exigem-se cuidados<<strong>br</strong> />

especiais até para um consultório dentário.<<strong>br</strong> />

Os americanos tomam muito cuidado so<strong>br</strong>e as Conexões Cruzadas, havendo<<strong>br</strong> />

constantemente treinamento de pessoal para isto. Também estão catalogados um grande<<strong>br</strong> />

25-3


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 25- Retrossifonagem<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 10 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

número de casos de conexões cruzadas e as doenças decorrentes. Contam-se inúmeras<<strong>br</strong> />

mortes.<<strong>br</strong> />

Mesmo assim nos Estados Unidos dezenas de pessoas morrem anualmente<<strong>br</strong> />

devido ao efeito da retrossifonagem. O caso mais grave ocasionado por retrossifonagem<<strong>br</strong> />

foi em Chicago no ano de 1933, quando devido a deficiência de peças e instalações<<strong>br</strong> />

hidráulicas foi contaminada a água potável sendo que 1409 pessoas contraíram<<strong>br</strong> />

disenteria amébica e 98 morreram. No Brasil não temos estatísticas<<strong>br</strong> />

Como no Brasil usamos, de modo geral, o sistema indireto, não há muitos<<strong>br</strong> />

problemas, pois a água vai diretamente para o reservatório. Mas não devemos esquecer<<strong>br</strong> />

que o sistema misto é muito usado no Brasil, onde a torneira do tanque de lavar, da<<strong>br</strong> />

máquina de lavar roupa é abastecido <strong>com</strong> água vindo direto da rede pública.<<strong>br</strong> />

Houve outro caso em Guarulhos, no Parque Santo Antônio, de Crossconnection,<<strong>br</strong> />

quando um morador tinha uma ligação direta em uma máquina de lavar<<strong>br</strong> />

roupa colocada no quintal. A mesma tinha sido abandonada, mas não desligada. Estava<<strong>br</strong> />

cheia de larvas de mosquitos, os quais foram levados para as casas de toda a vizinhança<<strong>br</strong> />

num raio de uns 100 metros mais ou menos. Nem o morador lem<strong>br</strong>ava mais que a<<strong>br</strong> />

máquina de lavar roupa abandonada estava ligada a rede pública.<<strong>br</strong> />

As Figuras (25.3) a (25.6) mostram <strong>com</strong>o funciona o Air gap.<<strong>br</strong> />

Figura 25.3- Air gap. Fonte: EPA,2003<<strong>br</strong> />

Figura 25.4- Air gap. Fonte: EPA,2003<<strong>br</strong> />

25-4


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 25- Retrossifonagem<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 10 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Figura 25.5- Air gap. Fonte: EPA,2003<<strong>br</strong> />

Figura 25.6- Air gap. Fonte: EPA,2003<<strong>br</strong> />

Não devemos confundir retrossifonagem <strong>com</strong> refluxo. Na retrossifonagem a<<strong>br</strong> />

água suja tem contato <strong>com</strong> a água limpa, devido a um abaixamento da pressão<<strong>br</strong> />

atmosférica, enquanto o refluxo é a volta de água devida a uma diferença de pressão<<strong>br</strong> />

acima da atmosférica.<<strong>br</strong> />

Sabemos que a água pode ser aspirada para o interior do tubo devido ao vácuo<<strong>br</strong> />

criado no interior do tubo, mesmo que não haja contato físico entre as duas superfícies.<<strong>br</strong> />

É por isto que existe um espaço vazio entre o fim da torneira e a superfície de um<<strong>br</strong> />

lavatório que está cheio de água.<<strong>br</strong> />

Este é o que os americanos chamam de air gap e a NBR 5626/82 de separação<<strong>br</strong> />

atmosférica. Um exemplo de air gap está mostrado na Figura (25.7).<<strong>br</strong> />

Existe uma distância mínima que tem que separar a torneira da superfície da<<strong>br</strong> />

água que é chamada a distância crítica. Isto foi estudado por Golden e Hunter sendo<<strong>br</strong> />

que os mesmos obtiveram uma fórmula:<<strong>br</strong> />

Δh = 1,50 . De 0,8 . D 0,1<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

Δh= distância crítica em polegadas;<<strong>br</strong> />

25-5


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 25- Retrossifonagem<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 10 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

De = diâmetro da menor seção de passagem entre a saída externa da torneira em<<strong>br</strong> />

polegadas;<<strong>br</strong> />

D 1 = diâmetro externo em polegadas.<<strong>br</strong> />

Um exemplo <strong>com</strong>um de retrossifonagem é o caso de bidês sanitários, onde os<<strong>br</strong> />

esguichadores estão em contato <strong>com</strong> a água contaminada e não há a distância crítica. No<<strong>br</strong> />

caso de torneira em lavatório cheio de água, existe a distância crítica.<<strong>br</strong> />

25.3 Dispositivos contra a Retrossifonagem<<strong>br</strong> />

Vamos apresentar os dispositivos contra retrossifonagem conforme Tomaz,<<strong>br</strong> />

2002. Normalmente são válvulas de proteção e podem ter partes móveis ou não.<<strong>br</strong> />

Os dispositivos mais usados sem partes móveis são:<<strong>br</strong> />

• Separação atmosférica (air gap);<<strong>br</strong> />

• Tubo de ventilação (vent pipe);<<strong>br</strong> />

• Coluna de vaporização ( pipe loop);<<strong>br</strong> />

• So<strong>br</strong>ealtura (pipe upstand) e<<strong>br</strong> />

• Interruptor de tubulação (pipe interrupter)<<strong>br</strong> />

Air Gap<<strong>br</strong> />

O dispositivo de separação atmosférica (air gap) Figura (25.7) obedece as<<strong>br</strong> />

pesquisas citadas de Golden e Hunter, sendo normalmente no mínimo 20mm, também<<strong>br</strong> />

adotado pela NBR 5626/98.<<strong>br</strong> />

Figura 25.7- Air gap (separação atmosférica)<<strong>br</strong> />

25-6


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 25- Retrossifonagem<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 10 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Figura 25.8-Distância crítica (air gap) de aspiração da torneira de lavatório. A<<strong>br</strong> />

NBR 5626/82 denomina de separação atmosférica mínima.<<strong>br</strong> />

(Fonte: Zacarias e Buldo,1987 EPUSP e USEPA,1973)<<strong>br</strong> />

Na Figura (25.8) podemos ver o Air Gap em uma torneira de lavatório que é<<strong>br</strong> />

duas vezes o diâmetro do tubo e no mínimo de 20mm<<strong>br</strong> />

Tubo de Ventilação (vent pipe)<<strong>br</strong> />

Macintyre, 1990, cita dois casos interessantes de se evitar a retrossifonagem.<<strong>br</strong> />

O primeiro deles é a instalação de um reservatório pequeno em torno de 200<<strong>br</strong> />

litros colocado na entrada do imóvel e 3m acima do meio fio, o que Macintyre chama de<<strong>br</strong> />

caixa piezométrica conforme a Figura (25.9) haveria então a distância mínima<<strong>br</strong> />

Figura 25.9- Caixa piezométrica<<strong>br</strong> />

necessária para o estabelecimento do air gap e assim evitar a retrossifonagem.<<strong>br</strong> />

Macintyre, 1990 cita também a instalação de uma ventosa numa coluna<<strong>br</strong> />

piezométrica, <strong>com</strong>o mostrada na Figura (25.10), que impede a formação de vácuo no<<strong>br</strong> />

ramal de alimentação. A coluna piezométrica tem cerca de 2,50m de altura.<<strong>br</strong> />

A tubulação que vem do sistema público entra num cilindro onde está a saída de<<strong>br</strong> />

água e na parte superior está a ventosa. Deve funcionar quando se instala uma ventosa<<strong>br</strong> />

que possibilite a entrada e a saída de ar, já fa<strong>br</strong>icada no Brasil.<<strong>br</strong> />

25-7


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 25- Retrossifonagem<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 10 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Figura 25.10-Coluna Piezométrica<<strong>br</strong> />

Fonte Macintyre,1990<<strong>br</strong> />

Vent Pipe<<strong>br</strong> />

O tubo de ventilação (vent pipe) é normalmente uma extensão vertical da coluna,<<strong>br</strong> />

da maneira que a NBR 5626/98 re<strong>com</strong>enda, onde existem válvulas de descargas, que a<<strong>br</strong> />

da coluna da alimentação saia uma tubulação de ventilação cuja extremidade livre esteja<<strong>br</strong> />

acima do nível máximo do reservatório conforme Figura (25.11).<<strong>br</strong> />

25-8


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 25- Retrossifonagem<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 10 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Figura 25.11 Desenho esquemático da NBR 5626/98 da coluna de alimentação<<strong>br</strong> />

quando alimenta aparelhos passíveis de sofrer retrossifonagem, tal <strong>com</strong>o, as<<strong>br</strong> />

válvulas de descargas.<<strong>br</strong> />

Figura 25.12- A saída do reservatório é o tubo AB e o tubo acima é o tubo de<<strong>br</strong> />

ventilação previso na NBR 5626/98. Nota: há um erro no esquema que no ramal da<<strong>br</strong> />

válvula de descarga não pode ter derivação.<<strong>br</strong> />

25-9


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 25- Retrossifonagem<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 10 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Coluna de separação<<strong>br</strong> />

A coluna de separação (pipe loop) consiste em um tubo grande em forma de U<<strong>br</strong> />

invertido, alto o suficiente, de forma que sob condições de refluxo, qualquer ação de<<strong>br</strong> />

sifonagem é que<strong>br</strong>ada pela vaporização da coluna. A altura deve ter na prática 10,5<<strong>br</strong> />

metros, daí ser raramente utilizado.<<strong>br</strong> />

So<strong>br</strong>ealtura<<strong>br</strong> />

A so<strong>br</strong>e altura (pipe upstand) é uma garantia de que um ramal de alimentação<<strong>br</strong> />

está conectado à coluna de alimentação a uma distância segura acima do máximo nível<<strong>br</strong> />

de trasbordamento da peça servida por ele. Por exemplo, o ramal que alimenta uma<<strong>br</strong> />

banheira não está no nível da torneira e sim bem acima da torneira na chamada so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />

altura.<<strong>br</strong> />

Figura 25.13- So<strong>br</strong>e altura da instalação domiciliar usado em uma banheira, deve<<strong>br</strong> />

ser de no mínimo 0,40 m, para evitar a retrossifonagem.<<strong>br</strong> />

Fonte: Zacarias e Buldo, 1987, EPUSP.<<strong>br</strong> />

A tomada d’água do sub-ramal, que alimenta aparelhos passíveis de sofrer<<strong>br</strong> />

retrossifonagem, deve ser feita em um ponto da coluna no mínimo a 0,40m acima da<<strong>br</strong> />

borda de trasbordamento do aparelho servido.<<strong>br</strong> />

Interruptor da tubulação<<strong>br</strong> />

O interruptor da tubulação (pipe interruptor) é um dispositivo sem peças<<strong>br</strong> />

móveis <strong>com</strong> orifícios, instalado em tubulações de pequeno diâmetro, não sujeitos a<<strong>br</strong> />

pressão da rede de distribuição e geralmente localizado a jusante de uma válvula<<strong>br</strong> />

controladora de fluxo.<<strong>br</strong> />

Os dispositivos usados <strong>com</strong> peças móveis são:<<strong>br</strong> />

- válvula de retenção (check valve);<<strong>br</strong> />

- válvula de que<strong>br</strong>a-vácuo (vacuum <strong>br</strong>eaker);<<strong>br</strong> />

- válvula de queda de pressão (reduced pressure).<<strong>br</strong> />

25-10


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 25- Retrossifonagem<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 10 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Válvula de retenção<<strong>br</strong> />

As válvulas de retenção são usadas há muito tempo e usadas para minimizar a<<strong>br</strong> />

chance de problemas <strong>com</strong> retrossifonagem, não sendo totalmente seguras. Nos Estados<<strong>br</strong> />

Unidos usam-se válvulas de retenção duplas, conhecidas <strong>com</strong>o DCVA (Double Check<<strong>br</strong> />

Valve Assembly).<<strong>br</strong> />

No seu funcionamento normal do ramal predial, as válvulas duplas ficam abertas<<strong>br</strong> />

permitindo o fluxo da água. Quando o refluxo da água ocorre as válvulas fecham<<strong>br</strong> />

automaticamente. O refluxo pode ser causado por uma queda de pressão no ramal<<strong>br</strong> />

predial ou uma retrossifonagem.<<strong>br</strong> />

O seu funcionamento é tolerável para o uso em ramal predial, para se evitar a<<strong>br</strong> />

contaminação da rede pública de água potável, mas não é aconselhável para uso em rede<<strong>br</strong> />

de abastecimento pública.<<strong>br</strong> />

Válvulas de que<strong>br</strong>a-vácuo<<strong>br</strong> />

As válvulas de que<strong>br</strong>a-vácuo é um dispositivo projetado para eliminar a pressão<<strong>br</strong> />

negativa em um ponto de tubulação. Deve ser usada somente para o caso de<<strong>br</strong> />

retrossifonagem e não queda de pressão.<<strong>br</strong> />

Este dispositivo é conhecido <strong>com</strong>o PVB (Pressure Vacuum Breaker) em locais<<strong>br</strong> />

onde há perigo para a saúde, tais <strong>com</strong>o, sala de autópsias.<<strong>br</strong> />

Válvula de queda de pressão<<strong>br</strong> />

A válvula de queda de pressão é projetada para prevenir a contaminação de<<strong>br</strong> />

redes de abastecimento devido ao refluxo da água, seja por pressão a jusante ou por<<strong>br</strong> />

retrossifonagem. Isto é conseguido pelo principio da diferença de pressão.<<strong>br</strong> />

Uma grande vantagem do uso desta válvula, é que fica visível, pois quando ela<<strong>br</strong> />

funciona, há descarga de água. O nome conhecido é RPBA (Reduced Pressure principle<<strong>br</strong> />

Backflow prevention Assembly)sendo usadas em autoclaves e torres de resfriamento<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> aditivos químicos.<<strong>br</strong> />

25-11


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 25- Retrossifonagem<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 10 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

25.4 Esquema de entrada de água potável e não-potável<<strong>br</strong> />

Figura 25.14- Esquema de entrada de água potável no reservatório de<<strong>br</strong> />

distribuição de água não-potável (água de chuva).<<strong>br</strong> />

Explicação do Air gap (separação atmosférica)<<strong>br</strong> />

Na Figura (25.14) a água potável provinda da concessionária pública de<<strong>br</strong> />

abastecimento de água potável serve para em caso de estiagem muito longas, suprir o<<strong>br</strong> />

abastecimento e para isto uma re<strong>com</strong>endação é que a mesma chegue ao reservatório de<<strong>br</strong> />

distribuição e não ao reservatório de água tratada ou de água de chuva que passou pelas<<strong>br</strong> />

peneiras e first flush.<<strong>br</strong> />

A água potável deve entrar na parte superior e sempre acima de 2diâmetros do<<strong>br</strong> />

extravasor (ladrão) 2D. Na prática o diâmetro do extravasor é igual ou duas vezes o<<strong>br</strong> />

diâmetro de entrada d, ou seja, D=2.d.<<strong>br</strong> />

Na água potável deverá haver uma válvula solenóide que será aberta quando o<<strong>br</strong> />

nível do reservatório de distribuição N 2 for o mínimo estipulado e quando o nível<<strong>br</strong> />

mínimo do reservatório M 2 de água tratada. Ao a<strong>br</strong>ir a válvula solenóide ela deverá<<strong>br</strong> />

encher o reservatório de distribuição não até o nível máximo N 1 , mas sim num nível de<<strong>br</strong> />

50%. Isto deixará uma folga.<<strong>br</strong> />

25-12


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 25- Retrossifonagem<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 10 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Figura 25.15- Agua potável e água não potável<<strong>br</strong> />

Na Figura (25.15) podemos que a água potável quando vai ser utilizada <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />

água de chuva, que é não potável, há o air gap.<<strong>br</strong> />

25-13


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 25- Retrossifonagem<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 10 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Figura 25.16- Agua potável e água não potável<<strong>br</strong> />

25-14


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 25- Retrossifonagem<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 10 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Figura 25.<strong>17</strong>- Agua potável e água não potável<<strong>br</strong> />

Na Figura (25.<strong>17</strong>) existe uma ramificação da tubulação da válvula de descarga,<<strong>br</strong> />

que não deve ser feito, devido ao perigo de retrossifonagem. Isto pode acontecer apesar<<strong>br</strong> />

do tubo de ventilação.<<strong>br</strong> />

25-15


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 25- Retrossifonagem<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 10 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Figura 25.18- Agua potável e água não potável<<strong>br</strong> />

Na Figura (25.18) temos uma caixa de descarga e consideramos a água dentro da<<strong>br</strong> />

mesma, <strong>com</strong>o sendo não potável. Deve haver um air vent de maneira que não possa<<strong>br</strong> />

haver retrossifonagem para a água potável.<<strong>br</strong> />

25-16


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 25- Retrossifonagem<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 10 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Figura 25.19- Agua potável e água não potável<<strong>br</strong> />

A Figura (25.19) é das re<strong>com</strong>endações de Klauss Konig da Alemanha,<<strong>br</strong> />

mostrando a entrada da água potável <strong>com</strong> uma válvula solenóide e a distância mínima<<strong>br</strong> />

de 2 x diâmetros e no mínimo 20mm que irá separar a água potável da água não potável.<<strong>br</strong> />

25-<strong>17</strong>


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 25- Retrossifonagem<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 10 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Figura 25.20- Agua potável e água não potável<<strong>br</strong> />

25-18


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 25- Retrossifonagem<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 10 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

25.5 Biblioteca e livros consultados<<strong>br</strong> />

-ABNT (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNCIAS). NBR 15527/07.<<strong>br</strong> />

Aproveitamento de água de chuva de coberturas em áreas urbanas para fins não<<strong>br</strong> />

potáveis.<<strong>br</strong> />

-DIN (DEUTSCHES INSTITUT FUR NORMUNG) 1989-1. Norma alemã de<<strong>br</strong> />

aproveitamento de água de chuva. Entrou em operação somente em a<strong>br</strong>il de 2002.<<strong>br</strong> />

-EPA (Environmental Protection Agency). Cross-connection- control manual. USA,<<strong>br</strong> />

2003, 52 páginas.<<strong>br</strong> />

-KONIG, KLAUS W. Innovative water concepts- service water utilization in Buildings.<<strong>br</strong> />

Berlin Senate Departament for Urban Development, ano 2007.<<strong>br</strong> />

http://www.stadtenwicklung.berlin.de.<<strong>br</strong> />

-MICHIGAN DEPARTMENT OF ENVIRONMENTAL QUALITY. Cross connection<<strong>br</strong> />

rules manual. Michigan, outu<strong>br</strong>o, 2008, 122páginas.<<strong>br</strong> />

-TOMAZ, PLINIO. Notas de aula na ABNT São Paulo em cursos de aproveitamento de<<strong>br</strong> />

água de chuva de cobertura em áreas urbanas para fins não potáveis.<<strong>br</strong> />

-TOMAZ, PLINIO. Previsão de consumo de água. São Paulo, Editora Navegar, 2000.<<strong>br</strong> />

25-19


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 26- Filtro de piscina<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 23 de dezem<strong>br</strong>o 2009 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Capítulo 26- Filtro de piscina<<strong>br</strong> />

26.1 Introdução<<strong>br</strong> />

A tese de doutoramento da dra Simone May de julho de 2009 mostrou que o filtro<<strong>br</strong> />

de piscina (filtro rápido de pressão) remove os coliformes totais e termotolerantes da<<strong>br</strong> />

água de chuva atendendo a norma NBR 15.527/07.<<strong>br</strong> />

As Figuras (26.1) e (26.2) mostram o aspecto de um filtro de piscina.<<strong>br</strong> />

Dica: o filtro de piscina funciona muito bem para tratamento da água de chuva<<strong>br</strong> />

26.2 Eficiência<<strong>br</strong> />

Conforme NBR 10338/88 o filtro de piscina deve reduzir a turbidez a valores<<strong>br</strong> />

abaixo de 0,5 uT independentemente do número de recirculações.<<strong>br</strong> />

Além disto o filtro de piscina remove também os protozoários Giardia e<<strong>br</strong> />

Cryptosporidium, desde que seja boa a qualidade do filtro. Macedo, 2009 cita que a<<strong>br</strong> />

filtração por terra de diatomáceas ou filtros de areia é efetiva na remoção de cistos<<strong>br</strong> />

conforme AARFF, 2003 (Fecal contamination in recreation swimming pools).<<strong>br</strong> />

Junto ao motor existe um pré-filtro que retém partículas acima de 7mm.<<strong>br</strong> />

26.3 Taxas de filtração<<strong>br</strong> />

A NBR 10339/88 de projetos de piscinas informa que o meio filtrante deve ser<<strong>br</strong> />

constituído por areia sílica, livre de carbonatos, terra e matérias orgânica, <strong>com</strong> tamanho<<strong>br</strong> />

efetivo entre 0,40mm e 0,55mm e coeficiente de uniformidade inferior a 1,75.<<strong>br</strong> />

Divide ainda a NBR 10339/88 os filtros em dois tipos, os filtros rápidos<<strong>br</strong> />

convencionais e os filtros rápidos de alta pressão.<<strong>br</strong> />

Os filtros rápidos convencionais são aqueles que possuem taxa de filtração máxima<<strong>br</strong> />

de 180m 3 /m 2 x dia e a espessura do meio filtrante de ser mínima de 0,50m e haver pelo<<strong>br</strong> />

menos quatro camadas de cascalho <strong>com</strong> gradação granulométrica adequada à espessura<<strong>br</strong> />

mínima de 0,50m.<<strong>br</strong> />

Os filtros rápidos de alta vazão devem operar na taxa de filtração ente 300m 3 /m 2 x<<strong>br</strong> />

dia a 1450 m 3 /m 2 x dia e o meio filtrante deverá ter espessura mínima de 0,30m e ser<<strong>br</strong> />

suportado <strong>com</strong> sistema interna e pode haver somente uma única camada-suporte de<<strong>br</strong> />

cascalho <strong>com</strong> granulometria adequada.<<strong>br</strong> />

A Figura (26.4) mostra um corte do filtro de piscina onde podemos ver a entrada<<strong>br</strong> />

de água, o defletor, a camada de areia e o fundo falso bem <strong>com</strong>o a saída da água<<strong>br</strong> />

filtrada.<<strong>br</strong> />

A taxa de filtração nominal é de 1440m 3 /m 2 .dia e nas pesquisas de May, 2009 foi<<strong>br</strong> />

usado 872 m 3 /m 2 .dia. O meio filtrante era <strong>com</strong>posto de areia <strong>com</strong> granulometria de<<strong>br</strong> />

0,45mm a 0,55mm <strong>com</strong> coeficiente de não uniformidade inferior a 1,6 e altura do meio<<strong>br</strong> />

filtrante de 0,52m.<<strong>br</strong> />

A vazão da bomba usado por May, 2009 foi de 3,3m 3 /h <strong>com</strong> potência do motor de<<strong>br</strong> />

1/3 de CV.<<strong>br</strong> />

26-1


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 26- Filtro de piscina<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 23 de dezem<strong>br</strong>o 2009 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Figura 26.1- Filtro de piscina<<strong>br</strong> />

Figura 26.2- Filtro de piscina<<strong>br</strong> />

NBR 10339/98<<strong>br</strong> />

26-2


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 26- Filtro de piscina<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 23 de dezem<strong>br</strong>o 2009 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Conforme a Tabela (26.1) dos filtros de piscina da firma Nautilus, as vazões<<strong>br</strong> />

variam de 2,0m 3 /h até 52m 3 /h e os motores variam de ¼ de CV até 5,0 CV. A Tabela<<strong>br</strong> />

(26.2) mostra os diâmetros <strong>com</strong>umente usados tubos soldáveis ou tubos roscados tanto<<strong>br</strong> />

na sução <strong>com</strong>o no recalque.<<strong>br</strong> />

Deve ser escolhido de funcionamento do filtro de piscina que vai de 6h, 8h e 10h<<strong>br</strong> />

que deve coincidir <strong>com</strong> o operador do sistema e que na pratica não passa de 8h.<<strong>br</strong> />

Uma observação importante é que o filtro de piscina quando usado em uma<<strong>br</strong> />

piscina ele faz a recirculação da água, mas em aproveitamento da água de chuva, <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

não há produtos químicos lançados na água do reservatório, a água deve passar pelo<<strong>br</strong> />

filtro de piscina e ir para outro reservatório e depois distribuído conforme Figura (26.3).<<strong>br</strong> />

Figura 26.3<<strong>br</strong> />

26-3


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 26- Filtro de piscina<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 23 de dezem<strong>br</strong>o 2009 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Dica: em aproveitamento de água de chuva não há adição de produtos químicos e nem<<strong>br</strong> />

recirculação da água.<<strong>br</strong> />

Tabela 26.1- Manual de filtros de piscina Nautilus<<strong>br</strong> />

Tabela 26.2- Manual de filtros de piscina Nautilus<<strong>br</strong> />

Segundo Macedo, 2003 os filtros de areia rápidos ou convencionais devem ter<<strong>br</strong> />

taxa de filtração entre 300 a 1450m 3 /m 2 x dia sendo que a taxa dos fa<strong>br</strong>icantes<<strong>br</strong> />

<strong>br</strong>asileiros é da ordem de 880 m 3 /m 2 xdia ou seja, 36,7 m 3 /m 2 xh. Na retrolavagem não<<strong>br</strong> />

deve ocorrer perda de areia. O meio filtrante deve ter espessura mínima de 0,50m e ser<<strong>br</strong> />

suportado por pelo menos quatro camadas de cascalho <strong>com</strong> graduação granulométrica<<strong>br</strong> />

adequada à espessura mínima de 0,50m.<<strong>br</strong> />

26-4


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 26- Filtro de piscina<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 23 de dezem<strong>br</strong>o 2009 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Ainda segundo Macedo, 2003 os filtros de areia de alta-vazão têm a capacidade<<strong>br</strong> />

de reter partículas de dimensões iguais ou superiores a 20µm, podendo reter partículas<<strong>br</strong> />

menores, à medida que o filtro vai ficando sujo, o que ocorre de forma con<strong>com</strong>itante a<<strong>br</strong> />

redução de vazão do sistema de recirculação.<<strong>br</strong> />

Macedo, 2003 cita que em processo de filtração que obtém uma água <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

turbidez menor que 0,3 uT conseguiu-se reter 99% dos oocistos de Crypstosporidium.<<strong>br</strong> />

Os estudos de Bastos et al mostraram a confiabilidade do emprego da turbidez e<<strong>br</strong> />

da contagem de partículas para ver a existência de protozoários na água filtrada.<<strong>br</strong> />

Conclui-se que <strong>com</strong> turbidez 0,5 uT removemos os cistos de Giardia e <strong>com</strong> turbidez<<strong>br</strong> />

menor que 0,3 uT removeram os oocistos de Cryptosporidium.<<strong>br</strong> />

Figura 26.4- Filtro de piscina<<strong>br</strong> />

Fonte: Macedo, 2003<<strong>br</strong> />

26-5


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 26- Filtro de piscina<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 23 de dezem<strong>br</strong>o 2009 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

26.4 Velocidade<<strong>br</strong> />

A velocidade máxima nas tubulações na sucção deve ser 1,80m/s e no recalque<<strong>br</strong> />

3,0m/s.<<strong>br</strong> />

26.5 Tanque dos filtros<<strong>br</strong> />

Os tanques dos filtros de areia devem suportar pressão de 350 KPa.<<strong>br</strong> />

26.6 Perda de carga<<strong>br</strong> />

A perda de carga na entrada e saída dos filtros deve ser no máximo de 30 kPa<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> o filtro operando à taxa de filtração.<<strong>br</strong> />

26.7 Custo<<strong>br</strong> />

Custo aproximado do filtro de piscina é de R$ 890,00.<<strong>br</strong> />

26.8 Esquema de tratamento das águas de chuvas<<strong>br</strong> />

Conforme May, 2009 o esquema de tratamento das águas de chuvas está na<<strong>br</strong> />

Figura (26.5) podemos ver que após o filtro de areia a água de chuva é desinfetada e<<strong>br</strong> />

conduzida a um reservatório de água tratada.<<strong>br</strong> />

Figura 26.5-Esquema de tratamento de águas de chuvas<<strong>br</strong> />

May, 2009<<strong>br</strong> />

26.9 Resultados da pesquisa de filtros de piscina para água de chuva<<strong>br</strong> />

Os resultados estão na Tabela (26.3) e foram elaborados por May, 2009.<<strong>br</strong> />

Observar que a cor aparente e a turbidez não obedeciam a NBR 155127/07, mas<<strong>br</strong> />

obedecem somente após o tratamento <strong>com</strong> filtro de piscina.<<strong>br</strong> />

Verificar que a turbidez obtida foi em média das 60 amostras de 0,8 uT que é<<strong>br</strong> />

excelente pois não foram usados produtos químicos <strong>com</strong>o é feito usualmente em uma<<strong>br</strong> />

piscina.<<strong>br</strong> />

Observar ainda, que não foi pesquisado a remoção de protozoários <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

Giardia e Cryptosporidium parvum e portanto, não podemos afirmar <strong>com</strong> certeza de<<strong>br</strong> />

que os filtros de piscina removem tais protozoários. Uma indicação correta a meu ver é<<strong>br</strong> />

a de Bastos et al baseado na turbidez e a remoção se daria se tivermos turbidez


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 26- Filtro de piscina<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 23 de dezem<strong>br</strong>o 2009 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Uma solução já aventada por May, 2009 é o uso de produto químico na água de<<strong>br</strong> />

chuva que poderia fazer <strong>com</strong> que obtivéssemos turbidez


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 26- Filtro de piscina<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 23 de dezem<strong>br</strong>o 2009 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

26.10 Bibliografia e livros consultados<<strong>br</strong> />

-ABNT (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNCIAS). NBR 15527/07.<<strong>br</strong> />

Aproveitamento de água de chuva de coberturas em áreas urbanas para fins não<<strong>br</strong> />

potáveis<<strong>br</strong> />

-ABNT (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNCIAS). NBR 10339<<strong>br</strong> />

Projeto e execução de piscina – sistema de recirculação e tratamento.<<strong>br</strong> />

-ABNT (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNCIAS). NBR 10819<<strong>br</strong> />

Projeto e execução de piscina (casa de máquinas, vestiários e ...)<<strong>br</strong> />

-BASTOS, RAFAEL KOPSCHITZ XAVIER e tal. Avaliação da turbidez e contagem<<strong>br</strong> />

de partículas <strong>com</strong>o parâmetros indicadores da remoção de (oo) cistos de protozoários<<strong>br</strong> />

por meio do tratamento de água. Acessado em 23 de dezem<strong>br</strong>o de 2009, 4 páginas.<<strong>br</strong> />

documentos.aidis.cl/...%20Agua%20Potable/I-Rodrigues%20Lopes-Brasil-<<strong>br</strong> />

1.doc<<strong>br</strong> />

-DIN (DEUTSCHES INSTITUT FUR NORMUNG) 1989-1. Norma alemã de<<strong>br</strong> />

aproveitamento de água de chuva. Entrou em operação somente em a<strong>br</strong>il de 2002.<<strong>br</strong> />

-KONIG, KLAUS W. Innovative water concepts- service water utilization in Buildings.<<strong>br</strong> />

Berlin Senate Departament for Urban Development, ano 2007.<<strong>br</strong> />

http://www.stadtenwicklung.berlin.de.<<strong>br</strong> />

-FILTROS DE PISCINA NAUTILUS<<strong>br</strong> />

-FILTROS DE PISCINA SIBRAPE<<strong>br</strong> />

-MACEDO, JORGE ANTONIO BARROS DE. Desinfecção e esterilização química.<<strong>br</strong> />

Juiz de Fora, novem<strong>br</strong>o de 2009, 737páginas.<<strong>br</strong> />

-MACEDO, JORGE ANTONIO BARROS DE. Piscinas- água, tratamento e química,<<strong>br</strong> />

Juiz de Fora, 2003, 234 páginas<<strong>br</strong> />

-MAY, SIMONE. Caracterização, tratamento e reúso de águas cinzas e<<strong>br</strong> />

aproveitamento de águas pluviais em edificações. São Paulo, julho, 2009, EPUSP, 200<<strong>br</strong> />

páginas.<<strong>br</strong> />

-TOMAZ, PLINIO. Notas de aula na ABNT São Paulo em cursos de aproveitamento de<<strong>br</strong> />

água de chuva de cobertura em áreas urbanas para fins não potáveis.<<strong>br</strong> />

26-8


Aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 27‐ Pesquisas so<strong>br</strong>e first flush conforme Sartor e Boyd, 1972<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plinio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 10/janeiro/2010<<strong>br</strong> />

Capítulo 27-Pesquisas so<strong>br</strong>e first flush Sartor e Boyd, 1972<<strong>br</strong> />

27.1 Introdução<<strong>br</strong> />

Apesar da norma da ABNT NBR 1552707 estabelecer o first flush<<strong>br</strong> />

em 2mm (2 L/m 2 de telhado), estamos sempre estudando uma maneira de<<strong>br</strong> />

se calcular realmente o first flush baseado na declividade, material e<<strong>br</strong> />

intensidade local da chuva. Daí surgiu a idéia de usar os conceitos de<<strong>br</strong> />

Sartor e Boyd, 1972.<<strong>br</strong> />

Infelizmente até o momento não conseguimos um método prático e<<strong>br</strong> />

simples de ser aplicado para se calcular exatamente o first flush.<<strong>br</strong> />

27.2 Sartor e Boyd, 1972<<strong>br</strong> />

Quando cai uma chuva so<strong>br</strong>e um telhado a poeira, fezes de passarinhos<<strong>br</strong> />

e animais, folhas e detritos são levados pelo runoff e a primeira parte da<<strong>br</strong> />

água que leva toda esta sujeira é o first flush.<<strong>br</strong> />

O objetivo é aplicar a equação de Sartor e Boyd, 1972 para um<<strong>br</strong> />

determinado local em função do vão livre do telhado e estimar o first flush<<strong>br</strong> />

em milímetros.<<strong>br</strong> />

Segundo Wang, 2009 a grande vantagem de se usar o telhado é que é<<strong>br</strong> />

muito mais limpo do que as estradas ou pisos, tendo menos poluição<<strong>br</strong> />

antropológica e tornando-se portanto um potencial para uso de recurso de<<strong>br</strong> />

água.<<strong>br</strong> />

Wang, 2009 baseado em Sansalone e Cristina, 2004, define o first flush<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o a maior fração constituinte da massa ou maior concentração de parte<<strong>br</strong> />

do volume do runoff. Se a primeira porção do runoff contem uma grande<<strong>br</strong> />

quantidade de massa de poluentes, o descarte ou tratamento desta primeira<<strong>br</strong> />

porção pode ser economicamente viável em aproveitamento de água de<<strong>br</strong> />

chuva de telhados para a remoção dos poluentes.<<strong>br</strong> />

Temos basicamente dois first flush:<<strong>br</strong> />

• First flush dos telhados que geralmente é em torno de 2mm.<<strong>br</strong> />

• First flush de áreas impermeáveis na superfície do solo que<<strong>br</strong> />

geralmente é de 25mm.<<strong>br</strong> />

O first flush das áreas impermeáveis de superfície já foi resolvido <strong>com</strong> o<<strong>br</strong> />

modelo de Schueler, 1987 e que será apresentado a seguir.<<strong>br</strong> />

27‐1


Aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 27‐ Pesquisas so<strong>br</strong>e first flush conforme Sartor e Boyd, 1972<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plinio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 10/janeiro/2010<<strong>br</strong> />

Durante a chuva, os poluentes que estão no telhado são transportados<<strong>br</strong> />

pelo runoff da superfície para baixo. Como o vão dos telhados é<<strong>br</strong> />

relativamente curto, rapidamente os poluentes transportados chegam ao<<strong>br</strong> />

nível inferior. A carga poluente dos telhados cai rapidamente <strong>com</strong> o tempo.<<strong>br</strong> />

Iremos supor que a carga de poluentes, ou seja, o TSS seja removido<<strong>br</strong> />

do telhado 100% aproximadamente no tempo de concentração.<<strong>br</strong> />

De modo geral as partículas possuem diâmetro que variam de 3μm a<<strong>br</strong> />

250μm sendo 90% são menores que 45μm. Devido a isto os dispositivos<<strong>br</strong> />

atualmente vendidos no Brasil não retém o first flush, pois a malha mais<<strong>br</strong> />

fina tem 270μm.<<strong>br</strong> />

Há acordo universal de que esta água deve ser jogada fora e a mesma<<strong>br</strong> />

é denominada de first flush ou carga de lavagem ou primeira água. O<<strong>br</strong> />

desacordo mundial está em quantificar a água que deve ser jogada fora, se<<strong>br</strong> />

será 0,4mm ou 1mm ou 8,5mm.<<strong>br</strong> />

O Estado do Texas re<strong>com</strong>enda que o first flush seja de 0,4mm a<<strong>br</strong> />

0,8mm, ou seja, 0,4 litros/m 2 de telhado a 0,8 litros /m 2 de telhado. Dacach,<<strong>br</strong> />

1990 usa 0,8 a 1,5 litros/m 2 . Na Flórida usa-se <strong>com</strong>umente 0,4litros/m 2<<strong>br</strong> />

27.3 Volume para melhoria da Qualidade das Águas Pluviais<<strong>br</strong> />

(WQ v )<<strong>br</strong> />

Para as áreas impermeáveis da superfície temos a aplicação do<<strong>br</strong> />

Método de Schueler.<<strong>br</strong> />

O critério de dimensionamento de um reservatório para melhoria de<<strong>br</strong> />

qualidade WQ v <strong>com</strong> objetivo do controle da poluição difusa específica o<<strong>br</strong> />

volume de tratamento necessário para remover uma parte significante da<<strong>br</strong> />

carga de poluição total existente no escoamento superficial das águas<<strong>br</strong> />

pluviais.<<strong>br</strong> />

Pelo método de Schueler, 1987 obtém-se o first flush <strong>com</strong> 90% das<<strong>br</strong> />

precipitações que produzem runoff e que ocasionará redução de 80% dos<<strong>br</strong> />

Sólidos Totais em Suspensão (TSS), bem <strong>com</strong>o outros parâmetros dos<<strong>br</strong> />

poluentes.<<strong>br</strong> />

O volume obtido será dependente do first flush P e da área<<strong>br</strong> />

impermeável.<<strong>br</strong> />

Schueler usou as Equações (27.1) e (27.2) para achar o volume WQv.<<strong>br</strong> />

R v = 0,05 + 0,009 . AI (Equação 27.1)<<strong>br</strong> />

WQ v = (P/1000) . R v . A (Equação 27.2)<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

27‐2


Aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 27‐ Pesquisas so<strong>br</strong>e first flush conforme Sartor e Boyd, 1972<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plinio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 10/janeiro/2010<<strong>br</strong> />

R v = coeficiente volumétrico que depende da área impermeável (AI).<<strong>br</strong> />

AI= área impermeável da bacia em percentagem sendo AI ≥ 25%;<<strong>br</strong> />

A= área da bacia em m 2 sendo A ≤ 100ha (1km 2 )<<strong>br</strong> />

P= precipitação adotada (mm) sendo P≥ 13mm. Adotamos<<strong>br</strong> />

P=25mm para a RMSP. Para regiões úmidas adotar P=25mm e<<strong>br</strong> />

para regiões semi-áridas P=13mm.<<strong>br</strong> />

WQ v = volume para melhoria da qualidade das águas pluviais<<strong>br</strong> />

(m 3 ).<<strong>br</strong> />

Valor de P<<strong>br</strong> />

Para a cidade de Mairiporã, São Paulo achamos para 90% das<<strong>br</strong> />

precipitações acima de 2mm (que produzem runoff), o valor<<strong>br</strong> />

P=25mm conforme Figura (27.1) e Tabela (27.1).<<strong>br</strong> />

25<<strong>br</strong> />

90<<strong>br</strong> />

Figura 27.1 - Freqüência das precipitações diárias que<<strong>br</strong> />

produzem runoff da cidade de Mairiporã, Estado de São Paulo.<<strong>br</strong> />

27‐3


Aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 27‐ Pesquisas so<strong>br</strong>e first flush conforme Sartor e Boyd, 1972<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plinio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 10/janeiro/2010<<strong>br</strong> />

Tabela 27.1 - Freqüência acumulada e precipitações diárias de Mairiporã de 1958 a 1995,<<strong>br</strong> />

a remoção de sólidos totais em suspensão (TSS).<<strong>br</strong> />

Freqüência<<strong>br</strong> />

Acumulada<<strong>br</strong> />

(%)<<strong>br</strong> />

Precipitação diária<<strong>br</strong> />

de 1958 a 1995 de Mairiporã<<strong>br</strong> />

(mm)<<strong>br</strong> />

Remoção de<<strong>br</strong> />

sólidos totais em suspensão<<strong>br</strong> />

(TSS)<<strong>br</strong> />

43 1(não produz runoff)<<strong>br</strong> />

50 2( não produz runoff)<<strong>br</strong> />

56 3<<strong>br</strong> />

59 4<<strong>br</strong> />

63 5<<strong>br</strong> />

75 10<<strong>br</strong> />

76 11<<strong>br</strong> />

78 12<<strong>br</strong> />

80 13<<strong>br</strong> />

81 14<<strong>br</strong> />

82 15<<strong>br</strong> />

83 16<<strong>br</strong> />

84 <strong>17</strong><<strong>br</strong> />

85 18<<strong>br</strong> />

86 19<<strong>br</strong> />

87 20<<strong>br</strong> />

90* 25 80%**<<strong>br</strong> />

93,22 30<<strong>br</strong> />

95,30 35<<strong>br</strong> />

96,68 40<<strong>br</strong> />

97,49 45<<strong>br</strong> />

98,13 50<<strong>br</strong> />

98,72 55<<strong>br</strong> />

27‐4


Aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 27‐ Pesquisas so<strong>br</strong>e first flush conforme Sartor e Boyd, 1972<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plinio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 10/janeiro/2010<<strong>br</strong> />

99,13 60<<strong>br</strong> />

99,36 65<<strong>br</strong> />

99,56 70<<strong>br</strong> />

99,69 75<<strong>br</strong> />

99,78 80<<strong>br</strong> />

99,81 85<<strong>br</strong> />

(*) Adoptado por Schueler<<strong>br</strong> />

(**) Estimativa<<strong>br</strong> />

31.4 Método Simples de Schueler<<strong>br</strong> />

O Método Simples de Schueler, 1987 é amplamente aceito e requer<<strong>br</strong> />

poucos dados de entrada e é utilizado no Estado do Texas e no Lower<<strong>br</strong> />

Colorado River Authority, 1998<<strong>br</strong> />

AKAN,1993 salienta que os estudos valem para áreas menores que<<strong>br</strong> />

256ha e que são usadas cargas anuais. A equação de Schueler é similar ao<<strong>br</strong> />

método racional. Para achar a carga anual de poluente usamos a seguinte<<strong>br</strong> />

equação:<<strong>br</strong> />

L=0,01 x P x P j x R v x C x A<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

L= carga do poluente anual (kg/ano)<<strong>br</strong> />

P= precipitação média anual (mm)<<strong>br</strong> />

P j = fração da chuva que produz runoff. P j =0,9 (normalmente<<strong>br</strong> />

adotado)<<strong>br</strong> />

R v = runoff volumétrico obtido por análise de regressão linear.<<strong>br</strong> />

R v = 0,05 + 0,009 x AI<<strong>br</strong> />

(R 2 =0,71 N=47)<<strong>br</strong> />

AI= área impermeável (%).<<strong>br</strong> />

A= área (ha) sendo A≤ 256ha<<strong>br</strong> />

C= concentração média da carga do poluente nas águas pluviais da<<strong>br</strong> />

(mg/L)<<strong>br</strong> />

Valor de P j<<strong>br</strong> />

O valor de P j usualmente é 0,90 para precipitação média anual, mas<<strong>br</strong> />

pode atingir valor P j =0,5 e para eventos de uma simples precipitação P j<<strong>br</strong> />

=1,0.<<strong>br</strong> />

27‐5


Aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 27‐ Pesquisas so<strong>br</strong>e first flush conforme Sartor e Boyd, 1972<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plinio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 10/janeiro/2010<<strong>br</strong> />

A Tabela (27.2) apresenta concentrações de poluentes em diversos<<strong>br</strong> />

tipos de superfície so<strong>br</strong>e o solo, sendo a mais importante o TSS. Observar<<strong>br</strong> />

que temos área de telhados, estacionamentos, etc.<<strong>br</strong> />

Tabela 27.2‐ Concentrações de poluentes em diversas áreas<<strong>br</strong> />

Constituintes TSS (1) TP (2) TN (3) S. Coli Cu (1) Pb (1) Zn (1)<<strong>br</strong> />

(1)<<strong>br</strong> />

(mg/L) (mg/L) (mg/L) (1000 (μg/L) (μg/L) (μg/L)<<strong>br</strong> />

col/ml)<<strong>br</strong> />

Telhado<<strong>br</strong> />

19 0,11 1,5 0,26 20 21 312<<strong>br</strong> />

residencial<<strong>br</strong> />

Telhado <strong>com</strong>ercial 9 0,14 2,1 1,1 7 <strong>17</strong> 256<<strong>br</strong> />

Telhado industrial <strong>17</strong> ‐ ‐ 5,8 62 43 1.390<<strong>br</strong> />

Estacionamento<<strong>br</strong> />

residencial ou<<strong>br</strong> />

27 0,15 1,9 1,8 51 28 139<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>mercial<<strong>br</strong> />

Estacionamento<<strong>br</strong> />

industrial<<strong>br</strong> />

228 ‐ ‐ 2,7 34 85 224<<strong>br</strong> />

Ruas residenciais <strong>17</strong>2 0,55 1,4 37 25 51 <strong>17</strong>3<<strong>br</strong> />

Ruas <strong>com</strong>erciais 468 ‐ ‐ 12 73 <strong>17</strong>0 450<<strong>br</strong> />

Estradas rurais 51 ‐ 22 ‐ 22 80 80<<strong>br</strong> />

Ruas urbanas 142 0,32 3,0 ‐ 54 400 329<<strong>br</strong> />

Gramados 602 2,1 9,1 24 <strong>17</strong> <strong>17</strong> 50<<strong>br</strong> />

Paisagismo 37 ‐ ‐ 94 94 29 263<<strong>br</strong> />

Passeio onde<<strong>br</strong> />

passam carros e<<strong>br</strong> />

<strong>17</strong>3 0,56 2,1 <strong>17</strong> <strong>17</strong> ‐ 107<<strong>br</strong> />

pessoas (entrada<<strong>br</strong> />

de carros nas<<strong>br</strong> />

garagens)<<strong>br</strong> />

Posto de gasoline 31 ‐ ‐ ‐ 88 80 290<<strong>br</strong> />

Oficina de<<strong>br</strong> />

reparos de carros<<strong>br</strong> />

335 ‐ ‐ ‐ 103 182 520<<strong>br</strong> />

Indústria 124 ‐ ‐ ‐ 148 290 1.600<<strong>br</strong> />

pesada<<strong>br</strong> />

(1) Clayton e Schueler, 1996 (2) Média de Steuer et al, 1997, Bannerman, 1993 e<<strong>br</strong> />

Waschbushch,2000<<strong>br</strong> />

(3) Steuer et al, 1997<<strong>br</strong> />

Fonte: New York Stormwater Management Design Manual<<strong>br</strong> />

Exemplo 27.1<<strong>br</strong> />

Aplicar o método simples de Schueler para Telhado residencial <strong>com</strong> TSS =<<strong>br</strong> />

19mg/L para A=1ha, P=1300mm/ano Pj=0,90, Rv=0,95<<strong>br</strong> />

L=0,01 x P x P j x R v x C x A<<strong>br</strong> />

L=0,01 x 1300 x 0,9 x 0,95 x 19 x 1,0= 21 kg/ha x<<strong>br</strong> />

ano=2,1g/m 2 /ano<<strong>br</strong> />

27‐6


Aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 27‐ Pesquisas so<strong>br</strong>e first flush conforme Sartor e Boyd, 1972<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plinio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 10/janeiro/2010<<strong>br</strong> />

27.4 First flush em telhados<<strong>br</strong> />

O primeiro problema é determinar qual a quantia do first flush que<<strong>br</strong> />

deve ser descartada em mm. O re<strong>com</strong>endado pela ABNT quando não se<<strong>br</strong> />

dispõe de pesquisas é 2mm.<<strong>br</strong> />

Primeiramente salientamos que há conhecimento limitado so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />

acúmulo de poeiras e poluentes em telhados.<<strong>br</strong> />

Existe o first flush de telhado e de áreas impermeáveis na superfície.<<strong>br</strong> />

De modo geral, o first flush no piso é 14,8 vezes maior que o da área do<<strong>br</strong> />

telhado conforme Tabela (27.3) de Brodie e Porter, Austrália. Assim para<<strong>br</strong> />

a RMSP para área de superfície de piso o first flush é de 25mm enquanto<<strong>br</strong> />

para o telhado é aproximadamente 1,7mm.<<strong>br</strong> />

Figura 27.1- Pesquisa de Brodie e Porter<<strong>br</strong> />

27‐7


Aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 27‐ Pesquisas so<strong>br</strong>e first flush conforme Sartor e Boyd, 1972<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plinio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 10/janeiro/2010<<strong>br</strong> />

Figura 27.;1- O dispositivo A desvia o first flush para o reservatorio B onde se<<strong>br</strong> />

faz a coleta para os testes. Fonte: Brodie e Porter.<<strong>br</strong> />

Figura 27.1- Gráfico que mostra a porcentagem em massa das partículas para<<strong>br</strong> />

cada tipo de superfície de dezem<strong>br</strong>o/2004 a junho/2005 conforme Brodie e Porter<<strong>br</strong> />

sendo q1 o primeiro quartil <strong>com</strong> 25% e o terceiro quartil q3 <strong>com</strong> 75% de<<strong>br</strong> />

concentração.<<strong>br</strong> />

27‐8


Aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 27‐ Pesquisas so<strong>br</strong>e first flush conforme Sartor e Boyd, 1972<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plinio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 10/janeiro/2010<<strong>br</strong> />

.<<strong>br</strong> />

Figura 27.1- Gráfico que mostra a porcentagem de material inorgânico para<<strong>br</strong> />

cada tipo de superfície de dezem<strong>br</strong>o/2004 a junho/2005 conforme Brodie e Porter<<strong>br</strong> />

sendo q1 o primeiro quartil <strong>com</strong> 25% e o terceiro quartil q3 <strong>com</strong> 75%<<strong>br</strong> />

de concentração.<<strong>br</strong> />

NCP= non-coarse particles são definidas <strong>com</strong>o as partículas menores<<strong>br</strong> />

que 500µm de diâmetros. São os chamados TSS= solido total em<<strong>br</strong> />

suspensão<<strong>br</strong> />

Aproximadamente podemos supor que anualmente teremos 3,6 x 2=<<strong>br</strong> />

7,2 g/m 2 x ano, ou seja, 72 kg/ha x ano. Notar que 3,6g/m 2 é fornecido por<<strong>br</strong> />

Brodie e Porter de depósito em 6 meses.<<strong>br</strong> />

Tabela 27.3-Carga acumulada de TSS e volume de diversas superfícies para o<<strong>br</strong> />

mês de dezem<strong>br</strong>o de 2004 a junho de 2005 expressos em função da estimativa do<<strong>br</strong> />

telhado conforme Brodie e Porter, Austrália<<strong>br</strong> />

Local Runoff acumulado Carga de TSS acumulada<<strong>br</strong> />

Telhado (*) 1.0 1,0<<strong>br</strong> />

Rua 0,98 14,8<<strong>br</strong> />

Estacionamento de veículos 0,98 4,8<<strong>br</strong> />

Gramado 0,14 0,6<<strong>br</strong> />

Solo nú 0,20 14,7<<strong>br</strong> />

(*) runoff acumulado de 349mm e TSS acumulado de 3,6g/m 2 de telhado.<<strong>br</strong> />

27‐9


Aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 27‐ Pesquisas so<strong>br</strong>e first flush conforme Sartor e Boyd, 1972<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plinio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 10/janeiro/2010<<strong>br</strong> />

Não existe nenhum critério simples e geralmente são aceitos dados<<strong>br</strong> />

experimentais e práticos, <strong>com</strong>o os 2mm adotado pela ABNT NBR<<strong>br</strong> />

15.527/07. A tentativa deste trabalho é obter de uma maneira técnica,<<strong>br</strong> />

porém simples, um método para estimar o first flush.<<strong>br</strong> />

Vamos expor alguns pontos importantes em projetos de<<strong>br</strong> />

aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

• Primeiramente as calhas, condutores verticais e horizontais são<<strong>br</strong> />

calculados para vazão de pico conforme ABNT NBR 10.844/89.<<strong>br</strong> />

• O aproveitamento de água de chuva é feito pela área projetada<<strong>br</strong> />

no plano usando precipitações diárias, mensais ou anuais.<<strong>br</strong> />

• Para o cálculo do first flush, isto é, o volume de água de chuva<<strong>br</strong> />

que carrega a poeira e detritos que está no telhado deve ser feito<<strong>br</strong> />

os cálculos levando em conta o seguinte:<<strong>br</strong> />

• Intensidade de chuva<<strong>br</strong> />

• Duração da chuva<<strong>br</strong> />

• Tipo de material em que é construído o telhado<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> variação do coeficiente n de Manning<<strong>br</strong> />

• Área do telhado. Quanto maior a declividade<<strong>br</strong> />

maior a área conforme a ABNT NBR 10.844/89 e<<strong>br</strong> />

Figura (27.2)<<strong>br</strong> />

• Situação anterior. Após 3 dias sem chuva teremos<<strong>br</strong> />

acumulação de poeira <strong>com</strong> cerca de 0,5g/m 2 /dia a<<strong>br</strong> />

2 g/m 2 /dia.<<strong>br</strong> />

27.5 Remoção de poeira e detritos no telhado (washoff)<<strong>br</strong> />

Conforme Thomas a carga de poeira e detritos é calculada usando a<<strong>br</strong> />

equação de Sarton e Boyd, 1972 in Usepa, 2004 que foi elaborada para<<strong>br</strong> />

remoção de poeiras de ruas. Sugeriram uma relação exponencial entre a<<strong>br</strong> />

quantidade de sólidos disponíveis na superfície N.<<strong>br</strong> />

A duração do tempo seco antecedente é de 3 (três) dias para telhados.<<strong>br</strong> />

Esta aproximação foi escrita para uma série de eventos de<<strong>br</strong> />

precipitação tendo sido aceita por outros autores.<<strong>br</strong> />

N= No . EXP(-K . R.t)<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

N= quantidade de sedimento remanescente que produz a turbidez da água<<strong>br</strong> />

de chuva no runoff (g)<<strong>br</strong> />

27‐10


Aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 27‐ Pesquisas so<strong>br</strong>e first flush conforme Sartor e Boyd, 1972<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plinio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 10/janeiro/2010<<strong>br</strong> />

No= quantidade da carga de sedimento inicial antes do evento (g)<<strong>br</strong> />

K= constante de acumulação (mm -1 )<<strong>br</strong> />

R= intensidade de chuva (mm/h). Suposta constante durante o intervalo de<<strong>br</strong> />

chuva para chuvas de pequena duração.<<strong>br</strong> />

Duração do período seco antecedente = 3 dias<<strong>br</strong> />

t= tempo de duração da chuva (h)<<strong>br</strong> />

EXP= exponencial (e)= e=2,71828...<<strong>br</strong> />

O valor de K varia de 0,01/mm a 0,18/mm para ruas e que varia de<<strong>br</strong> />

0,65/mm a 1,7/mm para telhados dependendo da intensidade da chuva, da<<strong>br</strong> />

categoria da carga de poeira e da textura da categoria da rua.<<strong>br</strong> />

Conforme Adams Thomas, Novotny para ruas propôs valores bem<<strong>br</strong> />

mais baixo da ordem de K=0,026/mm para partículas finas menores que<<strong>br</strong> />

45µm e K=0,01/mm para partículas médias que variam de 100µm a<<strong>br</strong> />

250µm. Pitt re<strong>com</strong>enda que o valor de K deve ser obtido localmente.<<strong>br</strong> />

Salientamos que as observações valem para piso e não para telhados.<<strong>br</strong> />

A taxa de acumulação de sedimentos em ruas conforme pesquisas<<strong>br</strong> />

feitas no Rio Grande do Sul na cidade de Santa Maria variou de 7 a<<strong>br</strong> />

20g/m 2 /semana (1 a 10g/m 2 xdia) <strong>com</strong> uma média de 14 g/m 2 x semana (2<<strong>br</strong> />

g/m 2 x dia).<<strong>br</strong> />

27.6 Correção de No<<strong>br</strong> />

Sartor e Boyd confirma correlação entre a intensidade da chuva e a<<strong>br</strong> />

remoção da partícula conforme Thomas e Martinson.<<strong>br</strong> />

Foi criado um coeficiente empírico denominado “A” que pode ser<<strong>br</strong> />

relevante em precipitações menores que 18mm/h. O valor máximo de<<strong>br</strong> />

“A” é igual a 1 que se dá quando R=18mm/h. Em climas tropicais <strong>com</strong>o o<<strong>br</strong> />

<strong>br</strong>asileiro a correção A tem pouco significado.<<strong>br</strong> />

Na prática temos valores maiores de intensidade de chuva que<<strong>br</strong> />

18mm/h, sendo portanto, considerado A=1.<<strong>br</strong> />

A=0,057 + 0,04 x R 1,1 A≤1<<strong>br</strong> />

N= No . EXP(-K . R.t)<<strong>br</strong> />

N= (A. No) . EXP(-K . R.t)<<strong>br</strong> />

27‐11


Aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 27‐ Pesquisas so<strong>br</strong>e first flush conforme Sartor e Boyd, 1972<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plinio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 10/janeiro/2010<<strong>br</strong> />

27.7 Área do telhado<<strong>br</strong> />

Para o aproveitamento da água de chuva usamos chuvas diárias ou<<strong>br</strong> />

mensais usando a projeção do telhado, mas para calculo de calhas e<<strong>br</strong> />

condutores verticais e horizontais usamos a área inclinada conforme mostra<<strong>br</strong> />

a Figura (27.2). Salientamos que tal cálculo é aproximado.<<strong>br</strong> />

Figura 27.2- Esquema de telhado<<strong>br</strong> />

27.8 Valores de K de Thomas e Martinson para telhado<<strong>br</strong> />

Como os valores de K obtido por Sartor e Boyd, 1972 variou de<<strong>br</strong> />

0,01/mm a 0,18/mm usamos o menor achado por Thomas e Martinson, em<<strong>br</strong> />

suas pesquisas que foi K=0,65 que pode ser considerado um valor<<strong>br</strong> />

conservativo a favor da segurança.<<strong>br</strong> />

27‐12


Aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 27‐ Pesquisas so<strong>br</strong>e first flush conforme Sartor e Boyd, 1972<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plinio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 10/janeiro/2010<<strong>br</strong> />

Tabela 27.4- Valores de K para diversos materiais conforme Terry<<strong>br</strong> />

Thomas e Brett Martinson publicado na University of Warwick Conventry-<<strong>br</strong> />

UK.<<strong>br</strong> />

Material do telhado<<strong>br</strong> />

Valor de K<<strong>br</strong> />

Telhado de telhas cerâmicas perto da estrada 0,8<<strong>br</strong> />

Telhado de telhas cerâmicas longe da estrada 1,4<<strong>br</strong> />

Telhado de asbestos longe da estrada 1,7<<strong>br</strong> />

Telhado de asbestos perto da estrada 0,80<<strong>br</strong> />

Telhado revestido <strong>com</strong> asfalto perto da estrada 2,2<<strong>br</strong> />

Telhado revestido <strong>com</strong> asfalto longe da estrada 2,2<<strong>br</strong> />

Telhado de aço galvanizado perto da estrada 0,65 a 0,80<<strong>br</strong> />

Telhado de aço galvanizado longe da estrada 1,4<<strong>br</strong> />

Valor mínimo obtido por Thomas e Martinson 0,65<<strong>br</strong> />

Valor baixo conservativo 0,7<<strong>br</strong> />

Valor adotado neste trabalho 1,4<<strong>br</strong> />

Adotaremos K=1,4/mm em nosso trabalho.<<strong>br</strong> />

27.9 Taxa de poeira 0,5 a 2 g/m 2 /dia<<strong>br</strong> />

Não possuímos dados corretos de qual taxa de poeira usar e <strong>com</strong>o os<<strong>br</strong> />

valores variam entre 0,5g/m 2 /dia a 2g/m 2 /dia adotamos o valor maior a<<strong>br</strong> />

favor da segurança.<<strong>br</strong> />

Pesquisa feita na Austrália por Brodie e Porter mostraram que<<strong>br</strong> />

durante seis meses acumulou-se 3,6g/m 2 de telhado de TSS (sólido total em<<strong>br</strong> />

suspensão). Em telhados em 22 eventos medidos achou-se a média de<<strong>br</strong> />

0,09g/m 2 sendo que os dados variaram de 0,032g/m 2 a 1,18g/m 2 de telhado<<strong>br</strong> />

de TSS por chuva.<<strong>br</strong> />

Urbonas e Doerfer de Denver, Colorado, USA fizeram observações<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e poeiras que caem na cidade de Denver. No período de 5anos a 7anos<<strong>br</strong> />

acumulou-se no telhado na área de 9,3m 2 cerca de 5,5kg de TSS o que<<strong>br</strong> />

resulta na taxa de 977 kg/ha que pode ser <strong>com</strong>parado a poeira da atmosfera<<strong>br</strong> />

que caem nos telhados de Denver que é de 785 kg/ano por ano.<<strong>br</strong> />

Não foi medida a quantidade de sólidos que foi levado pelo runoff no<<strong>br</strong> />

telhado. Urbonas <strong>com</strong>enta que Beecham, 2001 em Sidney, Austrália achou<<strong>br</strong> />

em 93m 2 a geração por casa de 5kg/ ano de sedimentos (TSS) que fornece<<strong>br</strong> />

538 kg/ha x ano e que ele achou em Denver 52g/m 2 xano provindo do<<strong>br</strong> />

telhado.<<strong>br</strong> />

27‐13


Aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 27‐ Pesquisas so<strong>br</strong>e first flush conforme Sartor e Boyd, 1972<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plinio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 10/janeiro/2010<<strong>br</strong> />

27.10 Escoamento superficial pelo método SCS TR-55<<strong>br</strong> />

Para o escoamento superficial em florestas, gramas, asfaltos etc o TR-<<strong>br</strong> />

55 apresenta o tempo de trânsito “t” o qual adaptado para as unidades SI é<<strong>br</strong> />

o seguinte:<<strong>br</strong> />

t = [ 5,46 . (n . L ) 0,8 ] / [(P 2 ) 0,5 . S 0,4 ]<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

t= tempo de trânsito do escoamento superficial (min);<<strong>br</strong> />

n= coeficiente de rugosidade de Manning<<strong>br</strong> />

S= declividade (m/m);<<strong>br</strong> />

L= <strong>com</strong>primento (m) sendo L


Aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 27‐ Pesquisas so<strong>br</strong>e first flush conforme Sartor e Boyd, 1972<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plinio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 10/janeiro/2010<<strong>br</strong> />

27.12 Fórmula da onda cinemática 1971<<strong>br</strong> />

A equação da onda cinemática feita por Ragam, 1971 e Fleming,<<strong>br</strong> />

1975 in Wanielista,1997, deve ser usada para a estimativa do tempo de<<strong>br</strong> />

concentração quando existe a velocidade da onda (velocidade não muda<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> a distância mas muda no ponto).<<strong>br</strong> />

A fórmula é feita somente para o cálculo de escoamento superficial.<<strong>br</strong> />

Isto deve ser entendido quando a chuva corre so<strong>br</strong>e um gramado, uma<<strong>br</strong> />

floresta, um asfalto ou concreto. Está incluso o impacto das gotas de água,<<strong>br</strong> />

os obstáculos dos escoamentos <strong>com</strong>o os lixos, vegetação e pedras e<<strong>br</strong> />

transporte de sedimentos.<<strong>br</strong> />

O <strong>com</strong>primento máximo do escoamento superficial deve ser de 30m<<strong>br</strong> />

a 90m (McCuen, 1998, p.45). Na prática é usada a fórmula para<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>primentos um pouco abaixo de 30m e um pouco acima de 90m sem<<strong>br</strong> />

problemas.<<strong>br</strong> />

6,99 . ( n . L / S 0,5 ) 0,60<<strong>br</strong> />

t = -------------------------------- (Equação 27.4)<<strong>br</strong> />

i 0,4<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

t= tempo de escoamento superficial (min);<<strong>br</strong> />

n= coeficiente de Manning para escoamento superficial;<<strong>br</strong> />

L= é o <strong>com</strong>primento (m) do ponto mais distante, medido paralelamente a<<strong>br</strong> />

declividade até o ponto a ser alcançado;<<strong>br</strong> />

S= declividade (m/m);<<strong>br</strong> />

i= intensidade de chuva (mm/h);<<strong>br</strong> />

O grande inconveniente é que temos uma equação e duas incógnitas. Uma<<strong>br</strong> />

incógnita é o tempo “ t ” do escoamento superficial e outra a intensidade de<<strong>br</strong> />

chuva “ I ”.<<strong>br</strong> />

O cálculo na prática deve ser feito por tentativas que é a maneira<<strong>br</strong> />

mais simples, usando um gráfico IDF (intensidade-duração-frequência) ou<<strong>br</strong> />

a equação das chuvas. Deve ser arbitrado um valor do tempo de<<strong>br</strong> />

escoamento “ t ” , calcular o valor de “ I ” e achar novamente o valor de “ t<<strong>br</strong> />

” e conferir <strong>com</strong> o valor inicial, até que as diferenças atinjam uma precisão<<strong>br</strong> />

adequada.<<strong>br</strong> />

27‐15


Aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 27‐ Pesquisas so<strong>br</strong>e first flush conforme Sartor e Boyd, 1972<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plinio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 10/janeiro/2010<<strong>br</strong> />

Exemplo 27.4: aplicação do tempo de escoamento superficial.<<strong>br</strong> />

Considere um telhado <strong>com</strong> rugosidade n=0,015 <strong>com</strong> 15m de<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>primento, e declividade de 0,10m/m. Queremos determinar o valor do<<strong>br</strong> />

tempo e da intensidade de chuva para tempo de retorno de 25anos.<<strong>br</strong> />

Sendo n=0,015 L=15m S=0,10m/m<<strong>br</strong> />

6,99 x ( n x L / S 0,5 ) 0,60<<strong>br</strong> />

substituindo teremos:<<strong>br</strong> />

t = ----------------------------<<strong>br</strong> />

i 0,4<<strong>br</strong> />

6,977 x ( 0,015 x 15 / 0,1 0,5 ) 0,60<<strong>br</strong> />

t = --------------------------------------<<strong>br</strong> />

i 0,4<<strong>br</strong> />

t= 5,65 / i 0,4 (Equação 27.5)<<strong>br</strong> />

Portanto, temos uma equação e duas incógnitas. A solução é<<strong>br</strong> />

introduzir mais uma equação, ou seja a equação da intensidade da chuva.<<strong>br</strong> />

Tomamos então a equação da chuva de Paulo Sampaio Wilken para São<<strong>br</strong> />

Paulo <strong>com</strong> as unidades em mm/h:<<strong>br</strong> />

<strong>17</strong>47,9 x T 0,181<<strong>br</strong> />

I =------------------------<<strong>br</strong> />

(mm/h)<<strong>br</strong> />

( t + 15) 0,89<<strong>br</strong> />

Como é fornecido o período de retorno T=25 anos, teremos para a intensidade da chuva<<strong>br</strong> />

<strong>17</strong>47,9 x 25 0,181 3130<<strong>br</strong> />

I =------------------------ = -------------- (Equação 27.6)<<strong>br</strong> />

( t + 15) 0,89 ( t + 15) 0,89<<strong>br</strong> />

A resolução das Equações (27.5 e (27.6) é feita por tentativas.<<strong>br</strong> />

Arbitra-se um valor de ‘t’ e calcula-se o valor de “i “ e em seguida<<strong>br</strong> />

recalcula-se o valor de “t”através da Equação (5.11).<<strong>br</strong> />

Usa-se o valor do resultado da Equação (27.5) até que os valores<<strong>br</strong> />

praticamente coincidam.<<strong>br</strong> />

Arbitrando um valor de t=1min na Equação (27.6) achamos:<<strong>br</strong> />

27‐16


Aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 27‐ Pesquisas so<strong>br</strong>e first flush conforme Sartor e Boyd, 1972<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plinio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 10/janeiro/2010<<strong>br</strong> />

3130 3130<<strong>br</strong> />

I=-------------------- = -------------------- = 265,5<<strong>br</strong> />

( t + 15) 0,89 (1+15) 0,89<<strong>br</strong> />

Com o valor de I=265,5 entra-se na Equação (27.5):<<strong>br</strong> />

t= 5,65 / i 0,4 = 5,65 / 265,5 0,4 = 0,61min<<strong>br</strong> />

Como o valor arbitrado foi de 1min e achamos 0,61min,<<strong>br</strong> />

recalculamos tudo novamente, usamos t=0,61min.<<strong>br</strong> />

3130 3130<<strong>br</strong> />

i=-------------------- = -------------------- = 272,2mm/h<<strong>br</strong> />

( t + 15) 0,89 (0,61+15) 0,89<<strong>br</strong> />

t= 5,65 / i 0,4 = 5,65 / 272,2 0,4 = 0,60min<<strong>br</strong> />

Portanto, que o tempo de concentração é de 0,6min.<<strong>br</strong> />

27.13 Fórmula da onda cinemática conforme FHWA, 1984<<strong>br</strong> />

Um método que é mais realista para estimar o tempo de concentração<<strong>br</strong> />

de escoamento superficial é do FHWA, 1984. A única alteração é a<<strong>br</strong> />

introdução do coeficiente C de runoff, ficando assim:<<strong>br</strong> />

6,92 x L 0,6 x n 0,6<<strong>br</strong> />

t= ---------------------------<<strong>br</strong> />

( C x I ) 0,84 x S 0,3<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

t= tempo de concentração do escoamento superficial (min)<<strong>br</strong> />

L= <strong>com</strong>primento do escoamento superficial (m)<<strong>br</strong> />

n= coeficiente de rugosidade de Manning<<strong>br</strong> />

C= coeficiente de runoff<<strong>br</strong> />

S= declividade média da área de escoamento superficial (m/m)<<strong>br</strong> />

I= intensidade da chuva (mm/h)<<strong>br</strong> />

O método é resolvido da mesma maneira do anterior, isto é, por<<strong>br</strong> />

tentativas.<<strong>br</strong> />

27.14.Método da onda cinemática conforme Yen e Chow, 1983<<strong>br</strong> />

Yen e Chow, 1983 eliminaram a necessidade de iteração da<<strong>br</strong> />

intensidade da chuva I e elaboraram a seguinte equação:<<strong>br</strong> />

tc = K . [(N.L/ So 0,5 ] 0,6<<strong>br</strong> />

27‐<strong>17</strong>


Aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 27‐ Pesquisas so<strong>br</strong>e first flush conforme Sartor e Boyd, 1972<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plinio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 10/janeiro/2010<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

tc= tempo de concentração (min)<<strong>br</strong> />

N= adimensional fornecido por tabela e semelhante ao “n” de Manning<<strong>br</strong> />

L= <strong>com</strong>primento (m)<<strong>br</strong> />

So= declividade (m/m)<<strong>br</strong> />

Tabela 27.5- Valores de K conforme o tipo de chuva<<strong>br</strong> />

Chuva leve Chuva moderada Chuva pesada<<strong>br</strong> />

< 20mm/h Entre 20 a >30mm/h<<strong>br</strong> />

30mm/h<<strong>br</strong> />

3,0 2,2 1,4<<strong>br</strong> />

Tabela 27.6- Valores de N<<strong>br</strong> />

Tipo de superfície<<strong>br</strong> />

Valor médio de N<<strong>br</strong> />

Superfície de concreto 0,015<<strong>br</strong> />

Superfície lisa 0,013<<strong>br</strong> />

Exemplo 27.5<<strong>br</strong> />

Calcular o tempo de concentração de um telhado <strong>com</strong> 15m de <strong>com</strong>primento<<strong>br</strong> />

e declividade So=0,35m/m e N=0,014. Considerar chuva forte K=1,4<<strong>br</strong> />

tc = K . [(N.L/ So 0,5 ] 0,6<<strong>br</strong> />

tc = 1,4 . [(0,014x 15/ 0,35 0,5 ] 0,6<<strong>br</strong> />

tc= 0,75min<<strong>br</strong> />

27.15 Declividade do telhado<<strong>br</strong> />

Na Tabela (27.7) apresentamos valores do ângulo de inclinação do<<strong>br</strong> />

telhado em graus e em porcentagem.<<strong>br</strong> />

27‐18


Aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 27‐ Pesquisas so<strong>br</strong>e first flush conforme Sartor e Boyd, 1972<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plinio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 10/janeiro/2010<<strong>br</strong> />

Tabela 27.7 – Valores de ângulos e declividades de telhados<<strong>br</strong> />

αº d%<<strong>br</strong> />

αº<<strong>br</strong> />

1,0<<strong>br</strong> />

1,7<<strong>br</strong> />

5,5<<strong>br</strong> />

5,7<<strong>br</strong> />

8,6<<strong>br</strong> />

10,0<<strong>br</strong> />

11,3<<strong>br</strong> />

15<<strong>br</strong> />

d%<<strong>br</strong> />

1,7<<strong>br</strong> />

3,0<<strong>br</strong> />

9,6<<strong>br</strong> />

10,0<<strong>br</strong> />

15,0<<strong>br</strong> />

<strong>17</strong>,6<<strong>br</strong> />

20,0<<strong>br</strong> />

26,8<<strong>br</strong> />

αº<<strong>br</strong> />

<strong>17</strong>,8<<strong>br</strong> />

20,0<<strong>br</strong> />

25,0<<strong>br</strong> />

26,6<<strong>br</strong> />

30,0<<strong>br</strong> />

35,0<<strong>br</strong> />

40,0<<strong>br</strong> />

45,0<<strong>br</strong> />

d%<<strong>br</strong> />

32,0<<strong>br</strong> />

36,4<<strong>br</strong> />

46,6<<strong>br</strong> />

50,0<<strong>br</strong> />

57,7<<strong>br</strong> />

70,0<<strong>br</strong> />

83,9<<strong>br</strong> />

100,0<<strong>br</strong> />

Exemplo 27.6<<strong>br</strong> />

Calcular uma equação que fornece o first flush em função do vão livre do<<strong>br</strong> />

telhado usando a equação de Sartor e Boyd, 1972 para a Região<<strong>br</strong> />

Metropolitana de São Paulo, para telhado <strong>com</strong> declividade S=0,35m/m;<<strong>br</strong> />

constante de acumulação K=14/mm; coeficiente de runoff C=0,98; período<<strong>br</strong> />

de retorno de 25 anos para telhados <strong>com</strong> vãos variando de 2m a 30m e<<strong>br</strong> />

carga de telhado inicial de sólidos totais em suspensão (TSS) de 2g/m 2 /dia.<<strong>br</strong> />

27‐19


Aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 27‐ Pesquisas so<strong>br</strong>e first flush conforme Sartor e Boyd, 1972<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plinio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 10/janeiro/2010<<strong>br</strong> />

Tabela 27.8 Aplicação de Sartor e Boyd, 1972<<strong>br</strong> />

Coluna 1 Coluna 2 Coluna 3 Coluna 4 Coluna 5<<strong>br</strong> />

Coeficiente<<strong>br</strong> />

C<<strong>br</strong> />

Vão<<strong>br</strong> />

(m)<<strong>br</strong> />

Declividade<<strong>br</strong> />

(m/m)<<strong>br</strong> />

Tempo de concentração<<strong>br</strong> />

(min)<<strong>br</strong> />

Período de retorno<<strong>br</strong> />

(anos)<<strong>br</strong> />

0,98 2,00 0,35 0,16 25<<strong>br</strong> />

0,98 5,00 0,35 0,25 25<<strong>br</strong> />

0,98 10,00 0,35 0,35 25<<strong>br</strong> />

0,98 15,00 0,35 0,43 25<<strong>br</strong> />

0,98 20,00 0,35 0,49 25<<strong>br</strong> />

0,98 25,00 0,35 0,55 25<<strong>br</strong> />

0,98 30,00 0,35 0,60 25<<strong>br</strong> />

Tabela (27.8)<<strong>br</strong> />

Coluna 1: Coeficiente de runoff C<<strong>br</strong> />

Adotamos o coeficiente de runoff C=0,98.<<strong>br</strong> />

Coluna 2: Vão do telhado<<strong>br</strong> />

O vão do telhado é a projeção horizontal do telhado e é medido em<<strong>br</strong> />

metros. Fizemos variação de 2m a 30m.<<strong>br</strong> />

Coluna 3: Declividade do telhado<<strong>br</strong> />

A declividade do telhado é fornecida em metro/metro. Adotamos<<strong>br</strong> />

uma declividade média S=0,35m/m que corresponde a 35% usada na<<strong>br</strong> />

maioria dos telhados.<<strong>br</strong> />

Coluna 4: Tempo de concentração<<strong>br</strong> />

O tempo de concentração normalmente adotado em telhados é de<<strong>br</strong> />

5min, mas faremos o calculo do mesmo de uma maneira mais exata e para<<strong>br</strong> />

evitar o uso de tentativas usada no método cinemático, usaremos a equação<<strong>br</strong> />

do Federal Aviation Agency, 1970.<<strong>br</strong> />

tc= 0,65 . (1,1– C). L 0,5 . S –0,33<<strong>br</strong> />

Para a linha correspondente ao vão de 15m teremos:<<strong>br</strong> />

tc= 0,65 . (1,1– C). L 0,5 . S –0,33<<strong>br</strong> />

tc= 0,65 . (1,1– 0,98)x 15 0,5 x 0,35 –0,33 = 0,43min<<strong>br</strong> />

27‐20


Aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 27‐ Pesquisas so<strong>br</strong>e first flush conforme Sartor e Boyd, 1972<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plinio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 10/janeiro/2010<<strong>br</strong> />

Coluna 5: Período de retorno<<strong>br</strong> />

Adotaremos o período de retorno de 25anos.<<strong>br</strong> />

Tabela 27.9 Aplicação de Sartor e Boyd, 1972<<strong>br</strong> />

Coluna 6 Coluna 7 Coluna 8 Coluna 9 Coluna 10<<strong>br</strong> />

Intensidade Material acumulado<<strong>br</strong> />

Valor de ∆t<<strong>br</strong> />

(mm/h) em 3 dias (g/m 2 )<<strong>br</strong> />

I<<strong>br</strong> />

No<<strong>br</strong> />

Constante de<<strong>br</strong> />

acumulação<<strong>br</strong> />

K<<strong>br</strong> />

(h)<<strong>br</strong> />

Quantidade<<strong>br</strong> />

remanescente<<strong>br</strong> />

de TSS<<strong>br</strong> />

N<<strong>br</strong> />

(g/m)<<strong>br</strong> />

(mm -1 )<<strong>br</strong> />

278,50 12,7 1,4 0,0026 4,6<<strong>br</strong> />

277,03 31,8 1,4 0,0041 6,5<<strong>br</strong> />

275,38 63,6 1,4 0,0058 6,8<<strong>br</strong> />

274,14 95,4 1,4 0,0071 6,2<<strong>br</strong> />

273,10 127,1 1,4 0,0082 5,5<<strong>br</strong> />

272,19 158,9 1,4 0,0092 4,8<<strong>br</strong> />

271,37 190,7 1,4 0,0101 4,2<<strong>br</strong> />

Tabela (27.9)<<strong>br</strong> />

Coluna 6: Intensidade de chuva (mm/h)<<strong>br</strong> />

Para efeito de exemplo, adotaremos a equação de chuva da Região<<strong>br</strong> />

Metropolitana de São Paulo devida a Paulo Sampaio Wilken.<<strong>br</strong> />

<strong>17</strong>47,9 x T 0,181<<strong>br</strong> />

I =------------------------ (mm/h)<<strong>br</strong> />

( t + 15) 0,89<<strong>br</strong> />

Como é fornecido o período de retorno T=25 anos, teremos para a<<strong>br</strong> />

intensidade da chuva<<strong>br</strong> />

<strong>17</strong>47,9 x 25 0,181 3130<<strong>br</strong> />

I =------------------------ = --------------<<strong>br</strong> />

( t + 15) 0,89 ( t + 15) 0,89<<strong>br</strong> />

Para a linha referente ao vão livre de 15,00m que estamos fornecendo <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

exemplo, temos o tempo de concentração tc=0,43min<<strong>br</strong> />

27‐21


Aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 27‐ Pesquisas so<strong>br</strong>e first flush conforme Sartor e Boyd, 1972<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plinio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 10/janeiro/2010<<strong>br</strong> />

3130<<strong>br</strong> />

I =------------------------ =<<strong>br</strong> />

274,14mm/h<<strong>br</strong> />

( 0,43 + 15) 0,89<<strong>br</strong> />

Observar na coluna 6 que a média de I é de 274mm/h.<<strong>br</strong> />

Coluna 7: Material acumulado em 3 dias (g/m 2 /dia)<<strong>br</strong> />

Pelas pesquisas em trabalhos executados encontramos valores da<<strong>br</strong> />

taxa de material acumulado em 3 dias variando de 0,5g/m 2 /dia a 2g/m 2 /dia.<<strong>br</strong> />

Adotaremos o maior valor a favor da segurança. Ressaltamos que não<<strong>br</strong> />

conhecemos pesquisas no Brasil em material acumulado em telhados.<<strong>br</strong> />

Portanto, vamos considerar a taxa de 2g/m 2 /dia de sólidos totais em<<strong>br</strong> />

suspensão (TSS) acumulado em 3 dias. Para a faixa de telhado temos que<<strong>br</strong> />

multiplicar a área do telhado pela largura unitária de um metro. Para o<<strong>br</strong> />

exemplo que estamos dando, a área do telhado por metro é de 15,89m 2 .<<strong>br</strong> />

Portanto, a carga será:<<strong>br</strong> />

Carga inicial = No= 15,89m 2 x 2 g/m 2 /dia x 3 dias=96,4g<<strong>br</strong> />

Coluna 8: Constante de acumulação K<<strong>br</strong> />

A constante de acumulação K usada por Sartor e Boyd, 1972 tem a<<strong>br</strong> />

unidade mm -1 .<<strong>br</strong> />

Adotaremos K= 1,4/mm que corresponde a telhas cerâmicas ou<<strong>br</strong> />

telhados de aço <strong>com</strong> chapas galvanizadas.<<strong>br</strong> />

Coluna 9: Valor de ∆t (h)<<strong>br</strong> />

No uso da equação de Sartor e Boyd, 1972 que é a base do nosso<<strong>br</strong> />

trabalho, é considerado um intervalo de tempo constante no tempo de<<strong>br</strong> />

concentração. Supomos que durante o trajeto da água pelo telhado<<strong>br</strong> />

inclinado no tempo de concentração seja lavado o telhado e removido o<<strong>br</strong> />

TSS. Tal suposição fica um pouco a favor da segurança, pois realmente a<<strong>br</strong> />

remoção da poeira e detritos se dará num tempo um pouco menor que o<<strong>br</strong> />

tempo de concentração.<<strong>br</strong> />

Para a vão de 15m que estamos adotando o tempo de concentração<<strong>br</strong> />

de 0,43min ficará:<<strong>br</strong> />

∆t=0,43min/60=0,0071h.<<strong>br</strong> />

Coluna 10: Quantidade de TSS remanescente (g)<<strong>br</strong> />

27‐22


Aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 27‐ Pesquisas so<strong>br</strong>e first flush conforme Sartor e Boyd, 1972<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plinio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 10/janeiro/2010<<strong>br</strong> />

Carga inicial = No = 15,89m 2 x 6 g/m 2 x dia=95,4 g<<strong>br</strong> />

O valor da carga após decorrer o tempo de concentração, isto é, após<<strong>br</strong> />

este tempo a água já sai fora do telhado, é dado pela equação de Sartor e<<strong>br</strong> />

Boyd, 1972 que é a base do nosso trabalho.<<strong>br</strong> />

N= No . EXP(-K . R.t)<<strong>br</strong> />

K= 14/mm (adotado)<<strong>br</strong> />

R= intensidade da chuva = I=274,14mm/h (admitido constante no intervalo<<strong>br</strong> />

de 0,0071h)<<strong>br</strong> />

t= tc= 0,43min=0,0071h<<strong>br</strong> />

N= No . EXP(-K . R.t)<<strong>br</strong> />

N= 95,4x EXP(-14x274,4x0,0071)= 6,2 g<<strong>br</strong> />

Tabela 27.10 Aplicação de Sartor e Boyd, 1972<<strong>br</strong> />

Coluna<<strong>br</strong> />

11<<strong>br</strong> />

Coluna<<strong>br</strong> />

12<<strong>br</strong> />

Coluna<<strong>br</strong> />

13<<strong>br</strong> />

Coluna<<strong>br</strong> />

14<<strong>br</strong> />

Coluna<<strong>br</strong> />

15<<strong>br</strong> />

Coluna<<strong>br</strong> />

16<<strong>br</strong> />

Redução<<strong>br</strong> />

(%)<<strong>br</strong> />

Área<<strong>br</strong> />

inclinada<<strong>br</strong> />

(m 2 /m)<<strong>br</strong> />

Vazão<<strong>br</strong> />

Q<<strong>br</strong> />

(m 3 /s/m)<<strong>br</strong> />

Volume<<strong>br</strong> />

V<<strong>br</strong> />

(m 3 /m)<<strong>br</strong> />

First<<strong>br</strong> />

flush<<strong>br</strong> />

P<<strong>br</strong> />

(mm)<<strong>br</strong> />

Vão<<strong>br</strong> />

livre<<strong>br</strong> />

L<<strong>br</strong> />

(m)<<strong>br</strong> />

63,7 2,12 0,00016 0,0015 0,71 2,00<<strong>br</strong> />

79,7 5,30 0,00040 0,0059 1,12 5,00<<strong>br</strong> />

89,4 10,59 0,00079 0,0166 1,57 10,00<<strong>br</strong> />

93,5 15,89 0,00119 0,0304 1,91 15,00<<strong>br</strong> />

95,7 21,19 0,00158 0,0466 2,20 20,00<<strong>br</strong> />

97,0 26,49 0,00196 0,0649 2,45 25,00<<strong>br</strong> />

97,8 31,78 0,00235 0,0851 2,68 30,00<<strong>br</strong> />

Tabela (27.10)<<strong>br</strong> />

Coluna 11: Redução da carga <strong>com</strong> a lavagem da água de chuva<<strong>br</strong> />

Nesta coluna apresenta a redução da carga.<<strong>br</strong> />

A carga foi calculada da seguinte maneira: admitimos que se<<strong>br</strong> />

deposita diariamente no telhado poeira e detritos no valor de 2 g/m 2 /dia.<<strong>br</strong> />

Conforme pesquisas existentes aparece a poeira após 3 dias sem chuvas e<<strong>br</strong> />

então multiplicando 2 g/m 2 /dia x 3dias obtemos 6 g/m 2 de carga.<<strong>br</strong> />

Como o telhado tem área de 15,89m 2 então a carga na faixa unitária<<strong>br</strong> />

de telhado será:<<strong>br</strong> />

Carga inicial = No = 15,89m 2 x 6 g/m 2 x dia=95,4 g<<strong>br</strong> />

O valor da carga após decorrer o tempo de concentração, isto é, após<<strong>br</strong> />

este tempo a água já sai fora do telhado, é dado pela equação de Sartor e<<strong>br</strong> />

Boyd, 1972 que é a base do nosso trabalho.<<strong>br</strong> />

27‐23


Aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 27‐ Pesquisas so<strong>br</strong>e first flush conforme Sartor e Boyd, 1972<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plinio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 10/janeiro/2010<<strong>br</strong> />

N= No . EXP(-K . R.t)<<strong>br</strong> />

K= 14/mm (adotado)<<strong>br</strong> />

R= intensidade da chuva = I=274,14mm/h (admitido constante no intervalo<<strong>br</strong> />

de 0,0071h)<<strong>br</strong> />

t= tc= 0,43min=0,0071h<<strong>br</strong> />

N= No . EXP(-K . R.t)<<strong>br</strong> />

N= 95,4x EXP(-14x274,14x0,0071)= 6,2 g<<strong>br</strong> />

A redução será:<<strong>br</strong> />

Redução = (No-N)x100/No<<strong>br</strong> />

Redução = (95,4-6,2)x100/95,4=93,5%<<strong>br</strong> />

Coluna 12: Área (m 2 /m)<<strong>br</strong> />

É a área do telhado inclinado em m 2 por metro de telhado. Supomos<<strong>br</strong> />

que o vão do telhado tem <strong>com</strong>primento L e declividade S. Então<<strong>br</strong> />

calculamos a hipotenusa C:<<strong>br</strong> />

C= [L 2 + (S.L) 2 ] 0,5<<strong>br</strong> />

Então para a linha <strong>com</strong> L=15,00m teremos:<<strong>br</strong> />

S=0,35m/m<<strong>br</strong> />

C= [L 2 + (S.L) 2 ] 0,5<<strong>br</strong> />

C= [15 2 + (0,35 x15) 2 ] 0,5 = 15,89m 2<<strong>br</strong> />

Coluna 13: Vazão Q (m 3 /s/m)<<strong>br</strong> />

É a vazão em m 3 /s por metro de largura de telhado obtida usando o<<strong>br</strong> />

Método Racional.<<strong>br</strong> />

Q= C. I. A/ 360<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

C= 0,98= coeficiente de runoff (adimensional). Adotado.<<strong>br</strong> />

I= 274,14mm/h calculado pela equação de intensidade de chuva da<<strong>br</strong> />

RMSP<<strong>br</strong> />

A= 15,89m 2 /10000 (área da faixa de telhado em<<strong>br</strong> />

hectares)=0,001589ha<<strong>br</strong> />

Q= C. I. A/ 360<<strong>br</strong> />

Q= 0,98x274,4x0,0015,89/ 360=0,00119m 3 /s/m= 1,19 L/s /m<<strong>br</strong> />

Coluna 14: V (m 3 /m)<<strong>br</strong> />

É o volume escoado no telhado de largura unitária considerando o<<strong>br</strong> />

tempo de concentração e a vazão calculada na coluna 13.<<strong>br</strong> />

27‐24


Aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 27‐ Pesquisas so<strong>br</strong>e first flush conforme Sartor e Boyd, 1972<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plinio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 10/janeiro/2010<<strong>br</strong> />

V= tempo de concentração x 60s x Q<<strong>br</strong> />

tc= 0,43min<<strong>br</strong> />

V= 0,43 x 60 x 0,00119=0,0304m 3 /m= 30,4 L/m<<strong>br</strong> />

Coluna 15: P (mm)<<strong>br</strong> />

É o first flush, isto é, o volume de água dividido pela área em que se<<strong>br</strong> />

dará a redução de carga de 93,5% conforme coluna 11.<<strong>br</strong> />

O first flush designamos pela letra P.<<strong>br</strong> />

P = V/ (área x 1000)<<strong>br</strong> />

P=0,0304m 3 /m / (15,89m 2 /m x 1000)= 1,91mm<<strong>br</strong> />

Portanto, para um telhado <strong>com</strong> vão de 15m o first flush será de 1,91mm<<strong>br</strong> />

Coluna 16: Vão livre<<strong>br</strong> />

O vão livre é a repetição da coluna 1, que fica ai colocado para dar<<strong>br</strong> />

melhor visão à planilha.<<strong>br</strong> />

Figura 27.3- Gráfico do first flush em função do <strong>com</strong>primento do telhado<<strong>br</strong> />

considerando 3 dias sem chuva, carga de 2 g/m 2 x dia; declividade do telhado de<<strong>br</strong> />

0,35m/m (35%); coeficiente K=1,4/mm, Intensidade de chuva de 274,14mm/h para<<strong>br</strong> />

a RMSP; período de retorno de 25anos e coeficiente de runoff C=0.98.<<strong>br</strong> />

A equação potencial que está na Figura (27.3) calcula o first flush em<<strong>br</strong> />

função do vão do telhado <strong>com</strong> as considerações feitas.<<strong>br</strong> />

P= 0,506 x L 0,49 <strong>com</strong> R 2 =1.0<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

P=first flush em milímetros<<strong>br</strong> />

27‐25


Aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 27‐ Pesquisas so<strong>br</strong>e first flush conforme Sartor e Boyd, 1972<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plinio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 10/janeiro/2010<<strong>br</strong> />

L= vão do telhado em metros em projeção<<strong>br</strong> />

Exemplo 27.7<<strong>br</strong> />

Calcular o first flush para um telhado <strong>com</strong> vão L=15m localizado na<<strong>br</strong> />

RMSP.<<strong>br</strong> />

P= 0,506 x L 0,49<<strong>br</strong> />

P= 0,506 x 15 0,49 = 1,90mm<<strong>br</strong> />

27.16 Escoamento superficial cinemático<<strong>br</strong> />

Vamos tratar do escoamento superficial cinemático em um plano<<strong>br</strong> />

retangular <strong>com</strong> uniformidade de características conforme Akan, 1993.<<strong>br</strong> />

Pode ser escrito:<<strong>br</strong> />

(Equação 27.5)<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

t= o tempo<<strong>br</strong> />

q= descarga por unidade de largura<<strong>br</strong> />

y=altura do escoamento<<strong>br</strong> />

x= distância na direção do escoamento<<strong>br</strong> />

i=taxa de intensidade de chuva<<strong>br</strong> />

f=perda de água da chuva<<strong>br</strong> />

Supomos que a declividade do plano So seja igual a perda de carga Sf.<<strong>br</strong> />

Então teremos:<<strong>br</strong> />

q= α . y m (Equação 27.6)<<strong>br</strong> />

Onde α e m=5/3 dependem da equação de resistência adotada e no caso<<strong>br</strong> />

adotamos a equação de Manning.<<strong>br</strong> />

α= (1/n) So 0,5 (Equação 27.7)<<strong>br</strong> />

Podemos obter uma solução analítica usando as Equações (27.5) e<<strong>br</strong> />

(27.6) simultaneamente se fizermos (i –f) constante. Conforme Akan, 1993<<strong>br</strong> />

os detalhes da solução são facilmente encontrados. A solução foi obtida<<strong>br</strong> />

usando o método das características e aqui são apresentados somente os<<strong>br</strong> />

resultados.<<strong>br</strong> />

Um parâmetro muito importante é o tempo em que o escoamento<<strong>br</strong> />

superficial alcança o equilí<strong>br</strong>io sob intensidade de chuva constante que é<<strong>br</strong> />

chamado de tempo de equilí<strong>br</strong>io.<<strong>br</strong> />

27‐26


Aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 27‐ Pesquisas so<strong>br</strong>e first flush conforme Sartor e Boyd, 1972<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plinio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 10/janeiro/2010<<strong>br</strong> />

te= L 1/m / (α . io m-1 ) 1/m (Equação 27.8)<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

te= tempo de equilí<strong>br</strong>io<<strong>br</strong> />

L= <strong>com</strong>primento do plano do escoamento superficial<<strong>br</strong> />

io= i – f = intensidade de chuva suposta constante.<<strong>br</strong> />

m=5/3<<strong>br</strong> />

Temos uma variável muito importante que é o tempo de equilí<strong>br</strong>io te<<strong>br</strong> />

e que é chamado também de tempo de concentração tc. O significado físico<<strong>br</strong> />

é que quando tiver ocorrido o tempo de equilí<strong>br</strong>io te, a altura do<<strong>br</strong> />

escoamento será constante pelo menos durante um certo tempo que<<strong>br</strong> />

dependerá do tempo de duração da chuva td.<<strong>br</strong> />

O tempo de equilí<strong>br</strong>io te será menor ou igual ao tempo de duração da<<strong>br</strong> />

chuva ou maior.<<strong>br</strong> />

te ≤ td ou te > td<<strong>br</strong> />

Podemos fazer um hidrograma do tempo na abscissa e vazão por<<strong>br</strong> />

metro na ordenada. O hidrograma terá uma parte de ascensão, um trecho<<strong>br</strong> />

reto quando atingir o tempo de equilí<strong>br</strong>io te uma parte descendente.<<strong>br</strong> />

Quando te ≤ td vamos determinar a parte ascendente usando a<<strong>br</strong> />

seguinte equação conforme Akan, 1993.<<strong>br</strong> />

q L = α . (i o . t ) m para t≤te (Equação<<strong>br</strong> />

27.9)<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

q L = descarga por metro de largura no fim do plano<<strong>br</strong> />

t= tempo. Sendo t≤te<<strong>br</strong> />

m=5/3<<strong>br</strong> />

io= intensidade de chuva = constante<<strong>br</strong> />

α= (K/n) So 0,5<<strong>br</strong> />

Quando te < t < td o escoamento estará em equilí<strong>br</strong>io, pois já<<strong>br</strong> />

decorreu o tempo te e teremos a equação:<<strong>br</strong> />

q L = i o . L<<strong>br</strong> />

27.10)<<strong>br</strong> />

para te


Aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 27‐ Pesquisas so<strong>br</strong>e first flush conforme Sartor e Boyd, 1972<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plinio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 10/janeiro/2010<<strong>br</strong> />

A curva de descendência <strong>com</strong>eça após o tempo td, isto é, t> td e<<strong>br</strong> />

teremos:<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

t=t d + [L/( α . y L m-1 ) - y L /i o ]/ m (Equação 27.11)<<strong>br</strong> />

y L = altura do escoamento superficial no fim do plano inclinado.<<strong>br</strong> />

y L = (q L / α) 1/m (Equação 27.12)<<strong>br</strong> />

Se te> td então cessa a chuva antes de alcançar o equilí<strong>br</strong>io e<<strong>br</strong> />

teremos:<<strong>br</strong> />

Sendo t p igual a:<<strong>br</strong> />

q L = α . (i o . td ) m para t d tp e usamos as<<strong>br</strong> />

Equações ( 27.11) e 27.12).<<strong>br</strong> />

No patamar do gráfico, isto é, após atingir o tempo de equilí<strong>br</strong>io te a<<strong>br</strong> />

vazão por metro linear de largura q L será calculada da seguinte maneira:<<strong>br</strong> />

q L = io . L<<strong>br</strong> />

27‐28


Aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 27‐ Pesquisas so<strong>br</strong>e first flush conforme Sartor e Boyd, 1972<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plinio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 10/janeiro/2010<<strong>br</strong> />

Exemplo 27.8<<strong>br</strong> />

Vamos calcular o hidrograma de um telhado <strong>com</strong> rugosidade de Manning<<strong>br</strong> />

n=0,014, declividade So=0,35m/m, <strong>com</strong>primento L=15,00m e <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

intensidade de chuva constante i o =148,90mm/h calculada para a RMSP<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> T R =25anos e <strong>com</strong> tempo de duração da chuva t d =15min=900s.<<strong>br</strong> />

Primeiramente calculemos o valor de α que ficará constante.<<strong>br</strong> />

α= (1/n) So 0,5<<strong>br</strong> />

α= (1/0,014) x0,35 0,5 =42,26<<strong>br</strong> />

m=5/3=1,67<<strong>br</strong> />

O tempo de equilí<strong>br</strong>io t e será:<<strong>br</strong> />

io= 148,90mm/h=0,00004136m/s<<strong>br</strong> />

t e = L 1/m / (α . i m-1 o ) 1/m<<strong>br</strong> />

t e = 15 1/1,67 / (42,26 . 0,00004136 1,67-1 ) 1/1,67 =30,44 s = 0,51min<<strong>br</strong> />

Como o tempo de equilí<strong>br</strong>io t e =30,44s é maior que t d =900s então te<<strong>br</strong> />


Aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 27‐ Pesquisas so<strong>br</strong>e first flush conforme Sartor e Boyd, 1972<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plinio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 10/janeiro/2010<<strong>br</strong> />

Para t=7,61s<<strong>br</strong> />

Para t=15,22s<<strong>br</strong> />

Para t=22,83s<<strong>br</strong> />

Para t=30,44<<strong>br</strong> />

q L = 42,26 . (0,35 . t ) 1,67 =0<<strong>br</strong> />

q L = 42,26 . (0,35 . t ) 1,67<<strong>br</strong> />

=0,000062m 3 /s/m<<strong>br</strong> />

q L = 42,26 . (0,35 . t ) 1,67 =0,000195<<strong>br</strong> />

m 3 /s/m<<strong>br</strong> />

q L = 42,26 . (0,35 . t ) 1,67<<strong>br</strong> />

=0,000384m 3 /s/m<<strong>br</strong> />

q L = 42,26 . (0,35 . t ) 1,67<<strong>br</strong> />

=0,0006204m 3 /s/m<<strong>br</strong> />

Quando o hidrograma chega no topo, a vazão é constante e igual a<<strong>br</strong> />

0,00062m 3 /s/m até chegar ao tempo de duração da chuva td e a partir daí,<<strong>br</strong> />

isto é, dos 900s faremos o cálculo da recessão, isto é, da parte descendente<<strong>br</strong> />

do hidrograma.<<strong>br</strong> />

Como o hidrograma é espelhado tomamos os valores decrescente:<<strong>br</strong> />

0,0006204<<strong>br</strong> />

0,0003841<<strong>br</strong> />

0,0001954<<strong>br</strong> />

0,00006155<<strong>br</strong> />

0,00000080<<strong>br</strong> />

Falta somente obter o tempo t que será calculado <strong>com</strong> o<<strong>br</strong> />

auxílio das Equação (27.12) y L e Equação (27.11) do valor de t.<<strong>br</strong> />

y L = (q L / α) 1/m<<strong>br</strong> />

y L = (q L / 42,26) 1/m<<strong>br</strong> />

Para q L =0,0006204m 3 /s/m teremos<<strong>br</strong> />

y L = (0,0006204/ 42,26) 1/1,67<<strong>br</strong> />

=0,001259m<<strong>br</strong> />

27‐30


Aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 27‐ Pesquisas so<strong>br</strong>e first flush conforme Sartor e Boyd, 1972<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plinio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 10/janeiro/2010<<strong>br</strong> />

Para q L =0,0003841m 3 /s/m teremos<<strong>br</strong> />

y L = (0,0003841/ 42,26) 1/1,67<<strong>br</strong> />

=0,000944m<<strong>br</strong> />

Para q L =0,0001954m 3 /s/m teremos<<strong>br</strong> />

y L = (0,0001954/ 42.26) 1/1,67<<strong>br</strong> />

=0,000630m<<strong>br</strong> />

Para q L =0,00006155m 3 /s/m teremos<<strong>br</strong> />

y L = (0,00006155/ 42,26) 1/1,67<<strong>br</strong> />

=0,000315m<<strong>br</strong> />

Para q L =0,0000080m 3 /s/m teremos<<strong>br</strong> />

y L = (0,0000080/ 42.26) 1/1,67<<strong>br</strong> />

=0,000023m<<strong>br</strong> />

O cálculo de t será sempre maior que td e será usada a equação:<<strong>br</strong> />

t=t d + [L/( α . y m-1 L ) - y L /i o ]/ m<<strong>br</strong> />

Como temos os valores de yL facilmente calcularemos os valores de t<<strong>br</strong> />

Para y L =0,0012259m<<strong>br</strong> />

t=900 + [15/( 42,26 . 0,0012259 1,67-1 ) - 0,001259/0,35 ]/ 1,67 =900s<<strong>br</strong> />

Para y L =0,000944m<<strong>br</strong> />

t=900 + [15/( 42,26 . 0,000944 1,67-1 ) - 0,000944/0,35 ]/ 1,67 =908s<<strong>br</strong> />

Para y L =0,00063m<<strong>br</strong> />

t=900 + [15/( 42,26 . 0,00063 1,67-1 ) - 0,00063/0,35 ]/ 1,67 =920s<<strong>br</strong> />

Para y L =0,000315m<<strong>br</strong> />

t=900 + [15/( 42,26 . 0,000315 1,67-1 ) - 0,000315/0,35 ]/ 1,67 =941s<<strong>br</strong> />

Para y L =0,000023m<<strong>br</strong> />

t=900 + [15/( 42,26 . 0,000023 1,67-1 ) - 0,000023/0,35 ]/ 1,67 =1161s<<strong>br</strong> />

27‐31


Aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 27‐ Pesquisas so<strong>br</strong>e first flush conforme Sartor e Boyd, 1972<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plinio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 10/janeiro/2010<<strong>br</strong> />

No trecho do patamar quando chega o tempo de equilí<strong>br</strong>io te.<<strong>br</strong> />

q L = io . L<<strong>br</strong> />

q L = (148,9/1000/3600) . 15,00=0,00062m 3 /s/m<<strong>br</strong> />

Tabela 27.11- Cálculos do escoamento superficial de um telhado de 15m de<<strong>br</strong> />

largura usando Akan, 1993.<<strong>br</strong> />

Subida do gráfico Subida do Subida do Subida do Subida do Subida do<<strong>br</strong> />

gráfico<<strong>br</strong> />

gráfico<<strong>br</strong> />

gráfico<<strong>br</strong> />

gráfico gráfico<<strong>br</strong> />

t= 0 7,61 15,22 22,83 30,44<<strong>br</strong> />

Vazão (m 3 /s/m)=q L<<strong>br</strong> />

subida=<<strong>br</strong> />

Descida do gráfico<<strong>br</strong> />

0,000000 0,000062 0,000195 0,000384 0,000620<<strong>br</strong> />

q L = descida 0,0006204 0,0003841 0,0001954 0,00006155 0,00000080<<strong>br</strong> />

y L |(m)= 0,001259 0,000944 0,000630 0,000315 0,000023<<strong>br</strong> />

t (s)= 900 908 920 941 1161<<strong>br</strong> />

∆t (h) 0,00 0,002114 0,002114 0,002114 ,002114<<strong>br</strong> />

K=1,4/mm 1,40 1,40 1,40 1,40 1,40<<strong>br</strong> />

Intensidade (mm/h) 0,00 110,8 241,0 339,6 425,4<<strong>br</strong> />

Sartor e Boyd No =12,6 g 12,60<<strong>br</strong> />

N= 12,600 9,077 4,449 1,628 1,628<<strong>br</strong> />

Remoção (%) na ascensão<<strong>br</strong> />

=<<strong>br</strong> />

0,00 27,96 64,69 87,08 87,08<<strong>br</strong> />

Figura 27.4- Hidrograma do escoamento no telhado de 15m de vão <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

0,35m/m declividade e intensidade de chuva de 148,90mm/h suposta constante.<<strong>br</strong> />

27‐32


Aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 27‐ Pesquisas so<strong>br</strong>e first flush conforme Sartor e Boyd, 1972<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plinio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 10/janeiro/2010<<strong>br</strong> />

Na Figura (27.4) está o hidrograma, isto é, a vazão em m 3 /s por<<strong>br</strong> />

metro de largura do telhado que tem 15m de vão. Notar que quando chega<<strong>br</strong> />

30,44s atingimos o tempo de equilí<strong>br</strong>io e vazão será constante <strong>com</strong> o<<strong>br</strong> />

passar do tempo até o fim da duração da chuva de 900s (15min). Daí<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>eça a vazão a decrescer até chegar a zero.<<strong>br</strong> />

Redução da carga poluente do telhado<<strong>br</strong> />

Para a aplicação da fórmula de Sartor e Boyd, 1972 precisamos da<<strong>br</strong> />

intensidade de chuva para um certo intervalo de chuva, o valor de<<strong>br</strong> />

K=1,4/mm e o tempo em horas do intervalo. Tudo está detalhado na Tabela<<strong>br</strong> />

(27.11).<<strong>br</strong> />

Obtemos o intervalo entre os trechos, bem <strong>com</strong>o o volume no<<strong>br</strong> />

intervalo e achamos a intensidade de chuva.<<strong>br</strong> />

Observarmos então que quando atingimos o fim do telhado em<<strong>br</strong> />

30,44s é que teremos o equilí<strong>br</strong>io de vazão constante até o término da<<strong>br</strong> />

chuva de 15min. Na ascendência até o ponto te a remoção será de 87,08% e<<strong>br</strong> />

depois no patamar teremos a redução total de 100%.<<strong>br</strong> />

27‐33


Aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 27‐ Pesquisas so<strong>br</strong>e first flush conforme Sartor e Boyd, 1972<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plinio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 10/janeiro/2010<<strong>br</strong> />

27.<strong>17</strong> Bibliografia e livros consultados<<strong>br</strong> />

-ADAMS, THOMAS R. e al. Recurrence interval/ Rainfal intensity- a<<strong>br</strong> />

Sensible alternative to the first flush as design parameter. 1997,<<strong>br</strong> />

Vortechnics, Portland, Maine.<<strong>br</strong> />

-AKAN, A. OSMAN. Urban Stormwater Hydrology. Lanscater, 1993,<<strong>br</strong> />

ISBN 0-87762-967-6.<<strong>br</strong> />

-BRODIE, J.M. e PORTER, M.A. Stormwater particle characteristics of<<strong>br</strong> />

five different urban surfaces. Austrália<<strong>br</strong> />

-DOTTO, CINTIA BRUM SIQUEIRA. Acumulação e balanço de<<strong>br</strong> />

sedimentos em superfície asfálticas em área urbana de Santa Maria. RS,<<strong>br</strong> />

Dissertação de Mestrado, 2006.<<strong>br</strong> />

-MAYS, LARRY W. Hydraulic design handbook. McGraw-Hill, 1999.<<strong>br</strong> />

-PITT, ROBERT et al. Sources of pollutants in urban areas. Universidade<<strong>br</strong> />

de Alabama.<<strong>br</strong> />

-THOMAS, TERRY e MARTINSON, BRETT. Quantifying the first flush<<strong>br</strong> />

phenomenon. University of Warwick. UK.<<strong>br</strong> />

-TOMAZ, PLINIO. Poluição Difusa; Navegar, 2006.<<strong>br</strong> />

-TOMAZ, PLINIO. Cálculos hidrológicos e hidráulicos para o<strong>br</strong>as<<strong>br</strong> />

municipais. Editora Navegar, 2002.<<strong>br</strong> />

-URBONAS, BEN R. e DOERFER, JOHN T. Some observations on<<strong>br</strong> />

atmospheric dust fallout in the Denver, Colorado area of United States.<<strong>br</strong> />

-WANG, BIAO. Theoretical relationship between first flush of roof runoff<<strong>br</strong> />

and influencing factors. A<strong>br</strong>il, 2009<<strong>br</strong> />

27‐34


Aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 27‐ Pesquisas so<strong>br</strong>e first flush conforme Sartor e Boyd, 1972<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plinio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 10/janeiro/2010<<strong>br</strong> />

Figura 27.5- Simulação de chuva em telhado<<strong>br</strong> />

Figura 27.6- Simulação de chuva na rua<<strong>br</strong> />

27‐35


Aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 27‐ Pesquisas so<strong>br</strong>e first flush conforme Sartor e Boyd, 1972<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plinio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 10/janeiro/2010<<strong>br</strong> />

Figura 27.7- Coleta do runoff da chuva artificial<<strong>br</strong> />

Figura 27.8- Coleta do runoff em vasilhame de polietileno<<strong>br</strong> />

27‐36


Aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 27‐ Pesquisas so<strong>br</strong>e first flush conforme Sartor e Boyd, 1972<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plinio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 10/janeiro/2010<<strong>br</strong> />

Figura 27.9- Tomada de amostra na superfície da rua<<strong>br</strong> />

27‐37


Aproveitamento de água de chuva<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 27‐ Pesquisas so<strong>br</strong>e first flush conforme Sartor e Boyd, 1972<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plinio Tomaz pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> 10/janeiro/2010<<strong>br</strong> />

Figura 27.10- Contador de particular Malvern Mastersizer<<strong>br</strong> />

27‐38


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 28- Bibliografia e livros consultados<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 10 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Capítulo 28- Bibliografia e livros consultados<<strong>br</strong> />

- ABNT NB 611/81 Instalações de esgoto pluvial.<<strong>br</strong> />

-ABNT NBR 15527/07 Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins<<strong>br</strong> />

não potáveis.<<strong>br</strong> />

- ABNT- NBR 14980/2002. Aparelho para melhoria da qualidade da água para uso<<strong>br</strong> />

doméstico- Aparelho so<strong>br</strong>e pressão.<<strong>br</strong> />

- Agencia Nacional de Águas (ANA). A evolução da gestão dos recursos hídricos no<<strong>br</strong> />

Brasil. Brasília, março de 2000, 64 p.<<strong>br</strong> />

-AUSTRALIA. Guidance on the use of rainwater tanks. Water series nº 3, 1998. ISBN<<strong>br</strong> />

0-642-320160<<strong>br</strong> />

-AUSTRALIA. Rainwater Tanks, maio de 1999. ISBN 0-642-320160<<strong>br</strong> />

- AZEVEDO NETO et al. Manual de Hidráulica. São Paulo, 1998.<<strong>br</strong> />

- AZEVEDO NETO, JOSÉ M. Aproveitamento de águas de chuvas para<<strong>br</strong> />

abastecimento. Rio de Janeiro:1991, revista BIOS Abes, ano III, número 2, a<strong>br</strong>/jun<<strong>br</strong> />

- FACULDADE DE HIGIENE E SAUDE PUBLICA- USP. Técnica de Abastecimento<<strong>br</strong> />

e tratamento de água. FHSP, 1967, São Paulo.<<strong>br</strong> />

- MAY, SIMONE. Estudo da viabilidade do aproveitamento de água de chuva para<<strong>br</strong> />

consume não potável em edificação. Dissertação apresentada à Escola Politécnica da<<strong>br</strong> />

Universidade de São Paulo para obtenção do titulo de mestre em engenharia.São Paulo,<<strong>br</strong> />

2004.<<strong>br</strong> />

- MCGHEE, TERENCE J. Water supply and sewerage. McGraw-Hill, 1991, 6a ed.<<strong>br</strong> />

ISBN- 0-07-100823-3.<<strong>br</strong> />

- TOMAZ, PLINIO. Aproveitamento de água de chuva. Navegar, 2005.<<strong>br</strong> />

-AZEVEDO NETO, JOSÉ M. E MELO, WANDERLEY DE OLIVEIRA. Instalações<<strong>br</strong> />

Prediais Hidráulico-Sanitárias. São Paulo: 1988, Edgard Blucher.<<strong>br</strong> />

-Barth, Flávio Terra et al. Modelos para Gerenciamento de Recursos Hídricos. Coleção<<strong>br</strong> />

ABRH de Recursos Hídricos, volume 1, ano 1987.<<strong>br</strong> />

-BOTELHO, MANOEL HENRIQUE CAMPOS E RIBEIRO JR, GERALDO DE<<strong>br</strong> />

ANDRADE.Instalações Hidráulicas prediais feitas para durar- usando tubos de PVC.<<strong>br</strong> />

São Paulo: Pro, 1998, 230 p.<<strong>br</strong> />

-CHAPLIN, SCOTT WHITTIER. Alternative Supplies, page 1807-1816, Proceedings<<strong>br</strong> />

of Conservation 93, Las Vegas, Nevada, American Society of Civil Engineers,<<strong>br</strong> />

American Water Works Resources Association and American Water Works<<strong>br</strong> />

Association, december 12-16, 1993.<<strong>br</strong> />

-CHENG, CHENG-LI. Rainwater Use System in Building. Rio de Janeiro: CIB W62,<<strong>br</strong> />

ano 2000, 26º International Symposium, 13 p.<<strong>br</strong> />

-CHEREMISINOFF, PAUL N e CHEREMISINOFF, NICHOLAS P.. Water Treatment<<strong>br</strong> />

and Waste Recovery. Prentice-Hall, 1993, ISBN 013-285784-7.<<strong>br</strong> />

-CHEREMISINOFF, PAUL N. Water Management and Supply. Prentice-Hall, 1993,<<strong>br</strong> />

ISBN 013-501214-7.<<strong>br</strong> />

-CHOW, VEN TE et al .Applied Hidrology. McGraw-Hill, ano 1988.<<strong>br</strong> />

-CORSON, WATER H. Manual Global de Ecologia. The Global Tomorrow Coalition,<<strong>br</strong> />

Editora Augustus, 1993.<<strong>br</strong> />

-DACACH, NELSON GANDUR. Saneamento Básico. 1990, EDC - Editora Didática e<<strong>br</strong> />

Científica.<<strong>br</strong> />

-DANTAS, JOÃO FRUTUOSO FILHO. Sistema de coleta de águas pluviais nas<<strong>br</strong> />

edificações. iIn Instalações Prediais III. São Paulo: EPUSP, 1989, p. 201.<<strong>br</strong> />

-DAVNOR. Biosand filter applications.<<strong>br</strong> />

28-1


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 28- Bibliografia e livros consultados<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 10 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

-DEZUANE, JOHN. HandbooK of Drinking Water Quality. Van Nostrand Reinhold,<<strong>br</strong> />

1997,575paginas.<<strong>br</strong> />

-DIZIEGIELEWSKI, BENEDYKT ET AL. Evaluating Urban Water Conservation<<strong>br</strong> />

Programs: a procedure manual, AWWA, 1993.<<strong>br</strong> />

-GARCEZ, LUCAS NOGUEIRA E ALVAREZ, GUILHERMO ACOSTA. Hidrologia.<<strong>br</strong> />

ano 1988.<<strong>br</strong> />

-GARCEZ, LUCAS NOGUEIRA. Elementos de Engenharia Hidráulica e Sanitária. 2<<strong>br</strong> />

volumes. São Paulo: Edgard Blucher, 1960, vol. I 459 p. vol II 358 p..<<strong>br</strong> />

-GHANAYEM, MOHAMED. Environmental considerations with respect to rainwater<<strong>br</strong> />

harvesting. Palestine, Applied Research Institute-Jerusalem. Germany: 2001, Rainwater<<strong>br</strong> />

International Systems de 10 a 14 de setem<strong>br</strong>o de 2001 em Manheim.<<strong>br</strong> />

-GILBERT, ALAN. The Mega-City in Latin America. United Nations,1996.<<strong>br</strong> />

-GLOBAL H 2 0 SOLUTIONS. Biosand filtration – Research and development for use in<<strong>br</strong> />

Kazakhstan. 28 de novem<strong>br</strong>o de 2003.<<strong>br</strong> />

-GUANGHUI, MENG et al. The quality and major influencing factos of runoff in<<strong>br</strong> />

Beijing’s Urban Area. Beijing Institute of Civl Engineering and Architeture. Germany:<<strong>br</strong> />

2001, Rainwater International Systems de 10 a 14 de setem<strong>br</strong>o de 2001 em Manheim.<<strong>br</strong> />

-GWENDOLYN HOLMES, GWENDOLYN et al. Handbook of Environmental<<strong>br</strong> />

Management & Technology, 1993.<<strong>br</strong> />

-HARDENBGH, W. A. Abastecimento e purificação da água. ABES, 1964<<strong>br</strong> />

-HEESINK, BERT al. Rainwater treatment technology for affordable, quality drinking<<strong>br</strong> />

water. Germany: 2001, Rainwater International Systems de 10 a 14 de setem<strong>br</strong>o de<<strong>br</strong> />

2001 em Manheim.<<strong>br</strong> />

-HIRSCHFELD, HENRIQUE. Código Sanitário do Estado de São Paulo. Decreto<<strong>br</strong> />

12.342 de 27/09/78, Editora Atlas, 1979.<<strong>br</strong> />

-HAWAII. Rainwater Catchment systems for Hawaii. 2001. ISBN 1-929325-11-8<<strong>br</strong> />

-HOFKES E FRAZIER. Runoff coeficients. In Raiwater Harvesting de Pacey, Arnold e<<strong>br</strong> />

Cullis, Adrian, 1996.<<strong>br</strong> />

-INAMINE, M., MORITA, D. Rainwater Catchment availability for buildins in drought<<strong>br</strong> />

prone Okinawa and proposed numerical appraisal. Rio de Janeiro: CIB W62, ano 2000,<<strong>br</strong> />

26º International Symposium, 6 p.<<strong>br</strong> />

-ITO, ACÁCIO EIJI et al.Manual de Hidráulica Azevedo Netto. São Paulo: 1998,<<strong>br</strong> />

Edgard Blucher,669 p.<<strong>br</strong> />

-JOHNSTON, RICHARD et al. Chapter 6: Safe Water Technology. 31 de Janeiro de<<strong>br</strong> />

2001.<<strong>br</strong> />

-Khan. Domestic Roof Water Harvesting Techonology in Thar Desert. India, 2001.<<strong>br</strong> />

-JORDAO, EDUARDO PACHECO E PESSÔA, CONSTANTINO ARRUDA.<<strong>br</strong> />

Tratamento de esgotos domésticos. 4ª ed. 2005.<<strong>br</strong> />

-KOENIG, KLAUS W. Raiwater Harvesting: public need or private pleasure.<<strong>br</strong> />

Londres: IWA, Water21, fe<strong>br</strong>uary 2003, p56 a 58.<<strong>br</strong> />

-KUMAR, AJIT. Water Harverstong in an Industry. Bangalore, India. Germany: 2001,<<strong>br</strong> />

Rainwater International Systems de 10 a 14 de setem<strong>br</strong>o de 2001 em Manheim.<<strong>br</strong> />

-LECRAW, ROBERT. Disponível em http://www.esemag.<strong>com</strong>/0500/sand.html. Acesso<<strong>br</strong> />

em 1 de novem<strong>br</strong>o de 2005.<<strong>br</strong> />

-MACEDO, JORGE ANTONIO BARROS DE. Subprodutos do processo de<<strong>br</strong> />

desinfecção de água pelo uso de derivados clorados. Juiz de Fora, 2001, ISBN 85-<<strong>br</strong> />

901.568-3-4.<<strong>br</strong> />

28-2


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 28- Bibliografia e livros consultados<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 10 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

-MAIDMENT, DAVID R. Handbook of Hydrology. New York, McGraw-Hill, 1993<<strong>br</strong> />

ISBN 0-07-039732-5.<<strong>br</strong> />

-MARKS, RICHARD et al. Use of rainwater in Australian urban environments.<<strong>br</strong> />

Germany: 2001, Rainwater International Systems de 10 a 14 de setem<strong>br</strong>o de 2001 em<<strong>br</strong> />

Manheim.<<strong>br</strong> />

-MCMACHON, T. A. Hydrology Designn for Water Use. In Handbook of Hydrology,<<strong>br</strong> />

David Maidment, 1993.<<strong>br</strong> />

-MINISTERIO DA SAUDE. Portaria 518 de 25 de março de 2004. Estabelece os<<strong>br</strong> />

procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e vigilância da qualidade da<<strong>br</strong> />

água para consumo humano e seu padrão de potabilidade e dá outras providencias.<<strong>br</strong> />

-MOFFA, E. PETER. The Control and Treatment of Industrial and Municipal<<strong>br</strong> />

Stormwater. 1996, Van Nostrand Reinhold, United States of America.<<strong>br</strong> />

-NATIONAL DRINKING WATER CLEARINGHOUSE. Slow sand filtration.<<strong>br</strong> />

-NEBEL, BERNARD J. AND WRIGHT, RICHARD T., Environmental Science - the<<strong>br</strong> />

way the world works, 1996, Prentice Hall.<<strong>br</strong> />

-OREGON. Code Guide- Rainwater Harvesting 13 de março de 2001.<<strong>br</strong> />

-PACEY, ARNOLD AND CULLIS, ADRIAN. Rainwater Havesting. Great Britain<<strong>br</strong> />

Photobooks, 1996.<<strong>br</strong> />

-PEOPLE- CENTRED APPROACHES TO WATER AND ENVIRONMENTAL<<strong>br</strong> />

SANITATION. The long term sustaninability of household bio-sand filtration. Ano<<strong>br</strong> />

2004.<<strong>br</strong> />

-PORTO, RUBEM LA LAINA et al, Hidrologia Ambiental. Coleção ABRH de<<strong>br</strong> />

Recursos Hídricos, volume 3, edusp, 1991.<<strong>br</strong> />

-QASIM, SYED R. Wasterwater Treatment Plants. Lancaster, Pennsylvania, USA,<<strong>br</strong> />

1994, Techonomic. ISBN 1-56676-134-4, 726p.<<strong>br</strong> />

-REITZ, MARK P. et al. Proceedings of Conservation 96, January 4-8, 1996, Orlando,<<strong>br</strong> />

Florida, AWWA, ASCE, AWRA. Design and Permiting for Reclaimed Water Usage.<<strong>br</strong> />

page 639 -643.<<strong>br</strong> />

-RUSKIN, ROBERT H. Coleta de água em cisternas- 2a parte p. 22 a 26. Revista<<strong>br</strong> />

Água- Latinoamérica., setem<strong>br</strong>o e outu<strong>br</strong>o de 2001.<<strong>br</strong> />

-RUTH SILVERIA BORGES E WELLINGTON LUIZ BORGES. Instalações prediais<<strong>br</strong> />

hidráulico-sanitárias e de gás. Pini editora, ano 1992.<<strong>br</strong> />

-SALAS, J. D. Analysius and Modelling of Hydrologi Time Series. In Handbook of<<strong>br</strong> />

Hydrology, David Maidment, 1993.<<strong>br</strong> />

-SCOTT, R. S. et al. Potential of rainwater cistern systems for Bluefields, Nicaragua..<<strong>br</strong> />

Germany: 2001, Rainwater International Systems de 10 a 14 de setem<strong>br</strong>o de 2001 em<<strong>br</strong> />

Manheim<<strong>br</strong> />

-SENG, SIM WAN. Runoff Absorption potencial of roofing materials. University of<<strong>br</strong> />

Singapore. Germany: 2001, Rainwater International Systems de 10 a 14 de setem<strong>br</strong>o de<<strong>br</strong> />

2001 em Manheim.<<strong>br</strong> />

-SILVA, DEMETRIUS DAVID E PRUSKI, FERNANDO FALCO. Gestão de<<strong>br</strong> />

Recursos Hídricos. Brasília, ano 2000, Ministério do Meio Ambiente, 659 páginas.<<strong>br</strong> />

-SINCICH, TERRY. Statistics by example. University of South Florida, 1993,<<strong>br</strong> />

Macmillan Publishing.<<strong>br</strong> />

-TEXAS, The Texas Manual on Rainwater Harvesting, 3a edição 2005, Austin, Texas,<<strong>br</strong> />

88 páginas.<<strong>br</strong> />

-THE SLOW SAND FILTRATION ALTERNATIVE. Water treatment for small<<strong>br</strong> />

systems.<<strong>br</strong> />

28-3


Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis<<strong>br</strong> />

<strong>Capitulo</strong> 28- Bibliografia e livros consultados<<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 10 de janeiro 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

-THOMAS, TERRY E REES, DAI. Affordable Roofwater Harvesting in the Humid<<strong>br</strong> />

Tropics. International Rainwater Catchment Systems Association Conference, 6 a 9 de<<strong>br</strong> />

julho de 1999, Petrolina, Brasil.<<strong>br</strong> />

-THOMAS, TERRY et al. Bacteriological quality of water in DRWH- Rural<<strong>br</strong> />

Development. Germany: 2001, Rainwater International Systems de 10 a 14 de setem<strong>br</strong>o<<strong>br</strong> />

de 2001 em Manheim.<<strong>br</strong> />

-TOMAZ, PLÍNIO. Conservação da água. Editora Parma, Guarulhos, 1999, 294 p.<<strong>br</strong> />

-TOMAZ, PLÍNIO. Economia de água. São Paulo, Navegar, 2001, 112p. ISBN 85-<<strong>br</strong> />

87678-09-4.<<strong>br</strong> />

-TOMAZ, PLÍNIO. Previsão de consumo de água. São Paulo, Navegar, 2000, 250 p.<<strong>br</strong> />

ISBN: 85-87678-02-07.<<strong>br</strong> />

-TUCCI, CARLOS E.M. Hidrologia. São Paulo: Edusp, ano 1993.<<strong>br</strong> />

-UEHARA, KOKEI E LA LAINA PORTO, RUBEM. Resolução dos exercícios de<<strong>br</strong> />

Hidrologia- curva de duração-frequência ou permanência e diagrama de massas<<strong>br</strong> />

(Rippl). São Paulo: Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, 1980, 31 p.<<strong>br</strong> />

-UNEP- United Nations Environment Programme, Freshwater Pollution 1991.<<strong>br</strong> />

-URBAN WATER RESOURCES MANAGEMENt-Economic and Social Comission<<strong>br</strong> />

For Asia and the Pacific, Water Resources series 72, United Nations,1993.<<strong>br</strong> />

-VIANNA, MARCOS ROCHA. Mecânica dos Fluídos. Belo Horizonte, 3 a ed.<<strong>br</strong> />

Imprimatur, Artes, 1997, 581p.<<strong>br</strong> />

-VICHKERS, AMY. Handbook of Water Use and Conservation. Massachusetts, Water<<strong>br</strong> />

-VON SPERLING, MARCOS. Controle da poluição por drenagem pluvial, p.129,<<strong>br</strong> />

Revista de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES) outu<strong>br</strong>o/dezem<strong>br</strong>o 1996,<<strong>br</strong> />

Atualidades Técnicas.<<strong>br</strong> />

-VYAS, VIKRAM. Modelling Temporal Variability in natural resources- Rainwater<<strong>br</strong> />

harvesting Sustems as an example. India, Nova Delhi: 11p. a<strong>br</strong>il do ano 2001.<<strong>br</strong> />

-WATER QUALITY OF WORLD RIVER BASINS -Global Environment Monitoring<<strong>br</strong> />

System (GEMS), UNEP-United Nations Environment Programme, 1995.<<strong>br</strong> />

-WATERLOO, ONTARIO. Design of rainwater catchement and domestic drinking<<strong>br</strong> />

water treatment system for Home Alive- The home that thinks, drinks, and <strong>br</strong>eathes. 6<<strong>br</strong> />

de a<strong>br</strong>il de 2004.<<strong>br</strong> />

-WATERLOO. Biosand Filtration: application in the developing word. Março, 2003.<<strong>br</strong> />

-Wenk, Willian E. Stormwater as a resource. Denver, Colorado, p.1571 - 1576, Las<<strong>br</strong> />

Vegas, Nevada, Conservation 93, ASCE, AWRA, AWWA, december 12-16, 1993.<<strong>br</strong> />

-WILKEN, PAULO SAMPAIO, Engenharia de Drenagem Superficial, São Paulo:<<strong>br</strong> />

CETESB,1978.<<strong>br</strong> />

-WQA, 1995. Reverse Osmosis for point of use application. Water Quality Association.<<strong>br</strong> />

-WQA, 1996- RUSIN, PATRICIA et al. Current concerns about drinking water<<strong>br</strong> />

microbiology. Convenção anual em março de 1996 em Indianópolis\, Indiana, Estados<<strong>br</strong> />

Unidos.<<strong>br</strong> />

-WQA, 1996- SPETH, THOMAS F. Granular activated carbon for synthetic organics.<<strong>br</strong> />

Convenção anual em março de 1996 em Indianópolis, Indiana, Estados Unidos.<<strong>br</strong> />

-WRIGHT, LEONARD T. E HEANEY, JAMES P. Design of distributed stormwater<<strong>br</strong> />

control and re-use systems in Stormwater Collection Systems Design Handbook. Larry<<strong>br</strong> />

W. Mays. New York: McGraw-Hill, 2001, ISBN 0-07-135471-9<<strong>br</strong> />

-YAMAGATA, HIROKI E OGOSHI, MASASHI. On-site insight into reuse in Japan.<<strong>br</strong> />

Jornal Water21. IWA (International Water As<<strong>br</strong> />

28-4

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!