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avaliação da resistência à compressão do concreto através ... - Unicap

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JOSÉ ORLANDO VIEIRA FILHOAVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO DO CONCRETOATRAVÉS DE TESTEMUNHOS EXTRAÍDOS: CONTRIBUIÇÃO ÀESTIMATIVA DO COEFICIENTE DE CORREÇÃO DEVIDO AOSEFEITOS DO BROQUEAMENTOv. 1São Paulo2007


JOSÉ ORLANDO VIEIRA FILHOAVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO DO CONCRETOATRAVÉS DE TESTEMUNHOS EXTRAÍDOS: CONTRIBUIÇÃO ÀESTIMATIVA DO COEFICIENTE DE CORREÇÃO DEVIDO AOSEFEITOS DO BROQUEAMENTOTese apresenta<strong>da</strong> <strong>à</strong> Escola Politécnica <strong>da</strong>Universi<strong>da</strong>de de São Paulo para obtenção <strong>do</strong>título de Doutor em Engenharia Civil.v. 1São Paulo2007


JOSÉ ORLANDO VIEIRA FILHOAVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO DO CONCRETOATRAVÉS DE TESTEMUNHOS EXTRAÍDOS: CONTRIBUIÇÃO ÀESTIMATIVA DO COEFICIENTE DE CORREÇÃO DEVIDO AOSEFEITOS DO BROQUEAMENTOTese apresenta<strong>da</strong> <strong>à</strong> Escola Politécnica <strong>da</strong>Universi<strong>da</strong>de de São Paulo para obtenção <strong>do</strong>título de Doutor em Engenharia Civil.Área de concentração:Engenharia de Construção CivilOrienta<strong>do</strong>r:Prof. Dr. Paulo Roberto <strong>do</strong> Lago Helenev. 1São Paulo2007


FICHA CATALOGRÁFICAVieira Filho, José Orlan<strong>do</strong>Avaliação <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> <strong>através</strong>de testemunhos extraí<strong>do</strong>s: contribuição <strong>à</strong> estimativa <strong>do</strong> coeficientede correção devi<strong>do</strong> aos efeitos <strong>do</strong> broqueamento / JoséOrlan<strong>do</strong> Vieira Filho. -- São Paulo, 2007.2 v.440 p.Tese (Doutora<strong>do</strong>) - Escola Politécnica <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de deSão Paulo. Departamento de Engenharia de Construção Civil.1.Resistência <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> 2.Testemunho de <strong>concreto</strong>3.Efeito de broqueamento I.Universi<strong>da</strong>de de São Paulo. EscolaPolitécnica. Departamento de Engenharia de Construção CivilII.t.


iiiDedico este trabalho aos meus pais JoséOrlan<strong>do</strong> e Judith (“in memoriam”), a minhaesposa Neusa e aos meus filhos JoséOrlan<strong>do</strong> Neto, Paulo Marcelo, Jorge Bruno eCarlos Henrique.


ivAGRADECIMENTOS• Agradeço, especialmente, ao estima<strong>do</strong> Prof. Dr. Paulo Helene, profun<strong>do</strong>conhece<strong>do</strong>r <strong>do</strong> tema desta tese, pela orientação eficiente, irrestrito apoio einestimável estímulo, fun<strong>da</strong>mentais para a conclusão deste trabalho.• Ao amigo Eng. Oscar Buarque de Gusmão Filho e <strong>à</strong> MARÉ CIMENTO Lt<strong>da</strong>.-POLIMIX pelo atendimento cordial e fornecimento gratuito <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>viabilizan<strong>do</strong> esta pesquisa experimental.• Ao brilhante aluno e engenheiran<strong>do</strong> Geniclésio Ramos pela presteza, dedicação eimportante colaboração ao longo <strong>da</strong>s etapas desta pesquisa.• Ao laboratorista Ezequiel Muniz de Siqueira pela grande contribuição, dedica<strong>da</strong> ecompetente, nas ativi<strong>da</strong>des de campo e na realização <strong>do</strong>s ensaios de laboratóriobem como ao laboratorista auxiliar Nadinho.• À MOURA DUBEUX ENGENHARIA e <strong>à</strong> LCF CORTES E FUROS Lt<strong>da</strong>. em nome<strong>do</strong>s engenheiros Gustavo de Moura Dubeux, Fernan<strong>do</strong> Amorim e Ailton e LuízAugusto pela disponibili<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s máquinas extratoras <strong>do</strong>s testemunhos.• Aos laboratoristas <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de Católica/PE André Miran<strong>da</strong> e WashingtonEsposito dedica<strong>do</strong>s e incansáveis colabora<strong>do</strong>res nas diversas etapas desta tese.• Aos opera<strong>do</strong>res <strong>da</strong>s máquinas extratoras Severino e José Carlos (“Coca<strong>da</strong>”) pelaeficiente contribuição na extração <strong>do</strong>s testemunhos.• Ao Laboratório de Tecnologia <strong>do</strong>s Materiais-LABTEC e ao Setor de Oficinas <strong>da</strong>Universi<strong>da</strong>de Católica/PE e ao Laboratório de Materiais de Construção <strong>da</strong>Universi<strong>da</strong>de Federal/PE.• À TECOMAT-Tecnologia <strong>da</strong> Construção e Materiais Lt<strong>da</strong>. pelo apoio no processode retificação <strong>do</strong>s corpos-de-prova e testemunhos.• Ao Prof. Heldio Pereira Villar pela presteza e colaboração a este trabalho.• Aos Professores Joaquim Correia, Tibério Andrade, Angelo Just, Manoel CaetanoEustáchio, Paulo Régis, Eliana Monteiro e João Recena pelas sugestões eestímulos ao longo <strong>do</strong> trabalho.• Ao Eng. Kleber Santos e aos funcionários Protásio e Rosário pelo apoio naprogramação de mol<strong>da</strong>gens e cura <strong>do</strong>s blocos na central <strong>do</strong>sa<strong>do</strong>ra de <strong>concreto</strong>.• Aos laboratoristas e auxiliares Eider, Cazuza, Gabriel e Edson.


v• Ao Eng. Henrique Suassuna Fernandes pela gentil viabilização <strong>do</strong> canteiro-deobras<strong>do</strong> edifício Sansara <strong>da</strong> ROMARCO - Construtora e Incorpora<strong>do</strong>ra Lt<strong>da</strong>., aoEng. José Arnal<strong>do</strong> Ferreira e ao funcionário Epifânio Freire.• Ao Eng. Antonio Carlos Bastos, ao ITEP e ao Prof. José Rolim Filho <strong>da</strong> UFPEpela viabilização <strong>da</strong>s operações de corte <strong>do</strong>s testemunhos de <strong>concreto</strong>.• Ao motorista Ivanil<strong>do</strong> (“Fininho”), aos Srs. Paulo Corte Real e Pláci<strong>do</strong>, e ao Eng.José Maria Neto <strong>da</strong> TECOMAT.• Aos Profs. Luiz Sérgio, Mércia, Sabbatini, Racine, Vanderley John, Sílvia Selmo,Kawano e colegas <strong>do</strong> Programa de Doutora<strong>do</strong> <strong>da</strong> EPUSP.• Aos queri<strong>do</strong>s mestres Profs. José Maria Cabral de Vasconcelos e Lourival Trajanopelas lições, encaminhamento e estímulos ao exercício <strong>da</strong> tecnologia <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>e <strong>da</strong> <strong>do</strong>cência.


vi“Uma catedral não é uma catedral atéque o último an<strong>da</strong>ime tenha si<strong>do</strong>retira<strong>do</strong>”(Johann Carl Friedrich Gauss)(1777 - 1855)


VIEIRA FILHO, José Orlan<strong>do</strong>. Avaliação <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> <strong>através</strong> detestemunhos extraí<strong>do</strong>s: contribuição <strong>à</strong> estimativa <strong>do</strong> coeficiente de correção devi<strong>do</strong> aosefeitos <strong>do</strong> broqueamento. São Paulo, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil.Engenharia de Construção Civil e Urbana, Departamento de Engenharia de Construção Civil,Escola Politécnica <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de de São Paulo, PCC-EP-USP, 2007. 2 v. 440 p. (tese de<strong>do</strong>utora<strong>do</strong>)viiRESUMOEsta pesquisa experimental destina-se <strong>à</strong> <strong>avaliação</strong> <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> <strong>do</strong><strong>concreto</strong> na estrutura <strong>através</strong> <strong>da</strong> análise <strong>da</strong>s <strong>resistência</strong>s de corpos-de-prova padrãomol<strong>da</strong><strong>do</strong>s f c(M) , denomina<strong>da</strong> potencial e de testemunhos extraí<strong>do</strong>s <strong>da</strong> estrutura f c(E) ,denomina<strong>da</strong> efetiva objetivan<strong>do</strong> quantificar o coeficiente de correção devi<strong>do</strong> aosefeitos <strong>do</strong> broqueamento na extração – nesta tese considera<strong>do</strong> como a relação entreelas R (M/E) = f c(M)/ f c(E) – a ser aplica<strong>do</strong> <strong>à</strong> <strong>resistência</strong> <strong>do</strong>s testemunhos de mesmasdimensões <strong>do</strong>s corpos-de-prova. Admitin<strong>do</strong>-se que a <strong>resistência</strong> <strong>do</strong>s testemunhosrepresenta a <strong>resistência</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> na estrutura, esta relação R (M/E) corresponde aparcela γ c2 <strong>do</strong> coeficiente normativo de ponderação <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> γ c . Anorma brasileira NBR 6118:2003 - Projeto de Estruturas de Concreto -Procedimento, para o caso de não-conformi<strong>da</strong>de na aceitação <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>, indica aextração de testemunhos segun<strong>do</strong> a NBR 7680:1983. Admite, neste caso deextração, dividir o valor de γ c por 1,1 nas avaliações estruturais no esta<strong>do</strong> limiteúltimo. Em sua versão anterior de 1978 e registra<strong>da</strong> como NBR 6118:1980recomen<strong>da</strong>va que os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s testemunhos fossem corrigi<strong>do</strong>s em virtude <strong>do</strong>sefeitos <strong>do</strong> broqueamento, sem, no entanto, especificar o coeficiente para a correçãoreferi<strong>da</strong>, sugerin<strong>do</strong> que os resulta<strong>do</strong>s fossem majora<strong>do</strong>s em 10% ou 15%,dependen<strong>do</strong> <strong>da</strong> amostragem, por se tratar <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> na própriaestrutura. A NBR 6118:2003 estabelece para o coeficiente γ c o valor de 1,4 semespecificar valor para a parcela γ c2 . O CEB igualmente recomen<strong>da</strong> 1,4 para o γ ccitan<strong>do</strong> o valor de 1,10 para o γ c2 . Especificamente quanto <strong>à</strong> correção devi<strong>da</strong> aos<strong>da</strong>nos causa<strong>do</strong>s pela extração aos testemunhos, o ACI 214 4R-2003 indica ocoeficiente de 1,06 para ser multiplica<strong>do</strong> pela <strong>resistência</strong> <strong>do</strong>s testemunhos nasavaliações estruturais. Trabalhan<strong>do</strong>-se com corpos-de-prova padrão cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>se com testemunhos extraí<strong>do</strong>s de blocos tanto cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s quanto cura<strong>do</strong>s ao arbuscou-se avaliar esse coeficiente referente aos <strong>da</strong>nos causa<strong>do</strong>s pela extração.Utilizaram-se ain<strong>da</strong> corpos-de-prova padrão cura<strong>do</strong>s ao ar para comparação deresulta<strong>do</strong>s. No presente estu<strong>do</strong> procurou-se também verificar a viabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong>utilização de testemunhos de diâmetros inferiores aos de 15cm e 10cm normalmente


viiiprevistos na normalização nacional e internacional, extrain<strong>do</strong>-se, além <strong>da</strong>queles,testemunhos de 7,5cm; 5,0cm e <strong>do</strong> diminuto diâmetro de 2,5cm; que podem vir afacilitar e agilizar as avaliações de estruturas acaba<strong>da</strong>s. Permitem ain<strong>da</strong> evitar cortesde armaduras, reduzir custos, possibilitar a obtenção <strong>da</strong> relação altura/diâmetro iguala 2 e ain<strong>da</strong> o aumento significativo <strong>da</strong> amostragem. No programa de ensaiosdesenvolvi<strong>do</strong> foram estu<strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>concreto</strong>s produzi<strong>do</strong>s por central <strong>do</strong>sa<strong>do</strong>ra queatende <strong>à</strong> Região Metropolitana <strong>do</strong> Recife, em quatro níveis de <strong>resistência</strong> <strong>à</strong><strong>compressão</strong> aos 28 dias, respectivamente de 20Mpa, 50Mpa e 70MPa eamostragem suplementar de 65MPa, para rupturas também aos 90 dias de i<strong>da</strong>de.Foram realiza<strong>do</strong>s também ensaios esclerométricos, ultrassônicos e de massaespecífica aparente <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> como subsídios aos ensaios de <strong>resistência</strong>s <strong>à</strong><strong>compressão</strong>. Após análise estatística chegou-se a um valor final promédio para ocoeficiente de correção <strong>do</strong>s efeitos de broqueamento R (M/E) de 1,07; demonstran<strong>do</strong>seain<strong>da</strong> por correlações ao nível de significância de 1% a viabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> utilização<strong>do</strong>s testemunhos de diâmetros 7,5cm; 5,0cm e <strong>do</strong> minitestemunho de 2,5cm na<strong>avaliação</strong> de estruturas acaba<strong>da</strong>s.Palavras-chave: Concreto. Resistência <strong>à</strong> <strong>compressão</strong>. Testemunho de <strong>concreto</strong>.Danos por broqueamento.


Evaluation of compressive strength of concrete trough core: contribution to the estimative ofthe coefficiente of correction due to <strong>da</strong>mage of drillingixABSTRACTThe present research aims to evaluate concrete’s compressive strength in thestructure through the analysis of the strength of cast concrete specimens fc (M) ,hereafter called “potential”, and that of concrete cores extracted from the structurefc (E) , hereafter called “effective”. The objective was to quantify the coefficient tocorrect for drilling effects during core extraction – in the present work taken as theratio R (M/E) =fc (M) /fc (E) – to be applied to the strength of cores with the samedimensions as the specimens. By assuming that the strength of the cores representsthe strength of concrete within the structure, R (M/E) corresponds to the term γ c2 of thenormative coefficient of concrete strength γ c . Brazilian Stan<strong>da</strong>rd NBR 6118:2003 –Procedures for the Design of Concrete Structures – whenever non-conformity inconcrete acceptance arises, indicates the extraction of cores in accor<strong>da</strong>nce withStan<strong>da</strong>rd NBR 7680:1983. It accepts, in this case, that γ c be divided by 1.1 instructural evaluations at the ultimate limit state. Former versions of Stan<strong>da</strong>rd6118:1980 recommended that core results be corrected due to drilling effects, butmade no mention to the correction coefficient itself, merely suggesting that resultswere increased in 10 to 15 %, depending on the sampling, because it is dealing withthe strength of concrete in the structure. NBR 6118:2003 establishes a figure of 1.4for γ c without specifying any value for γ c2 . The European Concrete Committee (CEB)also recommends a figure of 1.4 for γ c , mentioning a figure of 1.1 for γ c2 . With regardto the corrections due to the <strong>da</strong>mage caused by core extraction, ACI 214 4R-2003proposes a coefficient of 1.06 to be multiplied by core strength in structuralevaluations. By working with wet-cured stan<strong>da</strong>rd cast specimens and with coresextracted from concrete blocks – either wet-cured or air-cured – an attempt wasmade to assess this coefficient related to the <strong>da</strong>mage caused by drilling. Stan<strong>da</strong>r<strong>da</strong>ir-cured cast specimens were used to verify the results. The present study alsomanaged to verify the feasibility of using cores with diameter smaller than thosenationally and internationally a<strong>do</strong>pted (15 and 10 cm), namely, 7.5cm, 5.0cm and2.5cm, which can potentially speed up the evaluation of finished structures. Smallerdiameters also decrease the risk of reinforcement <strong>da</strong>mage, lead to lower costs an<strong>da</strong>llow that height: diameter ratios of 2:1 be obtained, thus increasing sampling. Duringthe test programme developed for the present investigation concretes produced by


xone of the main suppliers in Recife’s Metropolitan Region were studied, at fourcompressive strength levels at 28 <strong>da</strong>ys: 20, 50 and 70MPa, with a supplementarysampling at 65MPa, for rupture tests at 90 <strong>da</strong>ys. Sclerometric, ultrasound an<strong>da</strong>pparent density tests were also performed, as further subsidies to compressivestrength tests. The application of statistical analysis led to a final average figure of1.07 for γ c2 . The feasibility of using cores with diameters of 7.5, 5.0 and even 2.5 cmwas also established at a significance level of 1%.Keywords:Concrete. Compressive Strength. Core. Damage of drilling.


xiLISTA DE FIGURASFIGURA 2.1 – Panteão – (http://web.kyoto-inet.or.jp/org/orion/eng/hst/roma/ pantheon.html) .. 43FIGURA 2.2 – Panteão – vista externa-(http://harpy.uccs.edu/roman/html/hadrian2.html) ....... 43FIGURA 2.3 – Pont du Gard – (http://www.pegue.com/artes/arquitetura_romana.htm) ........... 43FIGURA 2.4 – Coliseu – vista interna (arena) – (http://www.greatbuildings.com/cgi-bin/gbi.cgi/Roman_Colosseum.html/cid_1949090.gbi) ............................................... 43FIGURA 2.5 – Méto<strong>do</strong> <strong>da</strong>s tensões admissíveis. critério a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> pelo regulamento para asconstruções em <strong>concreto</strong> arma<strong>do</strong> – ABC (1931) ......................................... 57FIGURA 2.6 – Méto<strong>do</strong> de cálculo no regime de ruptura. Critério a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> pela norma paraexecução e cálculo de <strong>concreto</strong> arma<strong>do</strong> – ABCP (1937), manti<strong>do</strong>s nas NB-1 de1940 e 1950........................................................................................ 57FIGURA 2.7 – Méto<strong>do</strong> parcialmente probabilista <strong>do</strong>s esta<strong>do</strong>s-limites. Critério a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> pelaNB-1 – cálculo e execução de obras de <strong>concreto</strong> arma<strong>do</strong> (1960).................... 58FIGURA 2.8 – Esquema simplifica<strong>do</strong> <strong>da</strong> seqüência a seguir no dimensionamento de estruturaspelo méto<strong>do</strong> semiprobabilista (NBR 6118:1978).......................................... 58FIGURA 2.9 – Diagrama de blocos que esquematicamente situa o controle <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>à</strong><strong>compressão</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> dentro <strong>da</strong> problemática mais ampla de controletecnológico <strong>da</strong>s estruturas de <strong>concreto</strong> ..................................................... 65FIGURA 2.10 – Significa<strong>do</strong> <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> obti<strong>da</strong> <strong>através</strong> <strong>do</strong>controle <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> ............................................................................. 66FIGURA 2.11 – Representação <strong>da</strong> distribuição <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>....... 69FIGURA 2.12 – Etapas de uma investigação – Bungey ................................................... 72FIGURA 2.13 – Influência <strong>do</strong> fenômeno de exsu<strong>da</strong>ção e sedimentação <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> ............. 89FIGURA 3.1 – Representação esquemática <strong>da</strong> forma destina<strong>da</strong> ao bloco tipo 1 mol<strong>da</strong><strong>do</strong> nopátio <strong>da</strong> central <strong>do</strong>sa<strong>do</strong>ra de <strong>concreto</strong> ...................................................... 105FIGURA 3.2 – Representação esquemática <strong>da</strong> forma destina<strong>da</strong> ao bloco tipo 2 mol<strong>da</strong><strong>do</strong> nopátio <strong>da</strong> central <strong>do</strong>sa<strong>do</strong>ra de <strong>concreto</strong> ...................................................... 106FIGURA 3.3 – Representação esquemática <strong>da</strong> forma destina<strong>da</strong> aos 2 blocos mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s nocanteiro-de-obras <strong>do</strong> edifício Sansara....................................................... 106FIGURA 3.4 – Aplicação <strong>do</strong> desmol<strong>da</strong>nte na forma no pátio <strong>da</strong> central <strong>do</strong>sa<strong>do</strong>ra <strong>da</strong> MARÉCIMENTO Lt<strong>da</strong>. - POLIMIX (foto de 2004)................................................. 107FIGURA 3.5 – Central <strong>do</strong>sa<strong>do</strong>ra <strong>da</strong> MARÉ CIMENTO Lt<strong>da</strong>. - POLIMIX localiza<strong>da</strong> emOlin<strong>da</strong>/RMR (foto de 2004)..................................................................... 108FIGURA 3.6 – Mol<strong>da</strong>gem <strong>do</strong>s blocos no pátio <strong>da</strong> central <strong>do</strong>sa<strong>do</strong>ra <strong>da</strong> MARÉ CIMENTO Lt<strong>da</strong>. -POLIMIX (foto de 2004)......................................................................... 108FIGURA 3.7 – Adensamento <strong>do</strong>s blocos no pátio <strong>da</strong> central <strong>do</strong>sa<strong>do</strong>ra <strong>da</strong> MARÉ CIMENTOLt<strong>da</strong>. – POLIMIX (foto de 2004)............................................................... 109


xiiFIGURA 3.8 – Canteiro-de-obras <strong>do</strong> edifício Sansara - Av. Ministro Marcos Freire – Olin<strong>da</strong>/PE(foto de 2005).................................................................................... 109FIGURA 3.9 – Formas para mol<strong>da</strong>gem <strong>do</strong>s 2 blocos no canteiro-de-obras <strong>do</strong> edifício Sansara(foto de 2005).................................................................................... 110FIGURA 3.10 – Lançamento <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> nos blocos no canteiro-de-obras <strong>do</strong> edifício Sansara(foto de 2005).................................................................................... 110FIGURA 3.11 – Umedecimento <strong>do</strong>s blocos no pátio <strong>da</strong> central <strong>do</strong>sa<strong>do</strong>ra <strong>da</strong> MARÉ CIMENTOLt<strong>da</strong>. - POLIMIX (foto de 2004) ............................................................. 111FIGURA 3.12 – Cura úmi<strong>da</strong> e cura ao ar nos blocos no pátio <strong>da</strong> central <strong>do</strong>sa<strong>do</strong>ra <strong>da</strong> MARÉCIMENTO Lt<strong>da</strong>. - POLIMIX (foto de 2004)............................................... 111FIGURA 3.13 – Determinação <strong>da</strong> consistência pelo abatimento <strong>do</strong> tronco de cone – pátio <strong>da</strong>central <strong>do</strong>sa<strong>do</strong>ra <strong>da</strong> MARÉ CIMENTO Lt<strong>da</strong>. - POLIMIX (foto de 2004) .......... 112FIGURA 3.14 – Formas padroniza<strong>da</strong>s de 15cm x 30cm e 10cm x 20cm para mol<strong>da</strong>gem <strong>do</strong>scorpos-de-prova no pátio <strong>da</strong> central MARÉ CIMENTO Lt<strong>da</strong>. - POLIMIX (foto de2004) .............................................................................................. 113FIGURA 3.15 – Mol<strong>da</strong>gem <strong>do</strong>s corpos-de-prova no pátio <strong>da</strong> central <strong>do</strong>sa<strong>do</strong>ra <strong>da</strong> MARÉCIMENTO Lt<strong>da</strong>. - POLIMIX (foto de 2004)............................................... 113FIGURA 3.16 – Extração por son<strong>da</strong> rotativa com coroa diamanta<strong>da</strong> em bloco, no pátio <strong>da</strong>central <strong>do</strong>sa<strong>do</strong>ra <strong>da</strong> MARÉ CIMENTO Lt<strong>da</strong>. - POLIMIX (foto de 2004) .......... 114FIGURA 3.17 – Extração por son<strong>da</strong> rotativa com coroa diamanta<strong>da</strong> no pátio <strong>da</strong> central<strong>do</strong>sa<strong>do</strong>ra <strong>da</strong> MARÉ CIMENTO Lt<strong>da</strong>. - POLIMIX - (foto de 2004) .................. 114FIGURA 3.18 – Detalhe <strong>da</strong> extração <strong>do</strong>s testemunhos no pátio <strong>da</strong> central <strong>do</strong>sa<strong>do</strong>ra <strong>da</strong> MARÉCIMENTO Lt<strong>da</strong>. - POLIMIX (foto de 2004)............................................... 115FIGURA 3.19 – Blocos após a extração <strong>do</strong>s testemunhos (transporta<strong>do</strong>s para área anexa aoLaboratório <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de Católica/PE (foto de 2004) ............................. 115FIGURA 3.20 – Testemunhos de diversos diâmetros após a extração no canteiro-de-obras <strong>do</strong>edifício Sansara (foto de 2005) ............................................................. 116FIGURA 3.21 – Extração de testemunhos Φ=2,5cm no canteiro-de-obras <strong>do</strong> edifício Sansara(foto de 2005).................................................................................... 116FIGURA 3.22 – Inspeção prévia e preparação por corte com serra diamanta<strong>da</strong> de testemunhoΦ=2,5cm – Laboratório <strong>da</strong> UFPE – (foto de 2004) ................................... 118FIGURA 3.23 – Inspeção prévia e preparação por corte com serra diamanta<strong>da</strong> detestemunhos de diversos diâmetros – Laboratório <strong>da</strong> UFPE – (foto de 2004) . 118FIGURA 3.24 – Inspeção prévia e preparação por corte com serra diamanta<strong>da</strong> – Laboratório<strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de Católica/PE – (foto de 2005).......................................... 119FIGURA 3.25 – Retificação <strong>da</strong>s faces <strong>do</strong>s testemunhos – Laboratório <strong>da</strong> empresa TECOMAT– (foto de 2004) ................................................................................ 119FIGURA 3.26 – Determinação <strong>da</strong> massa específica aparente por pesagens <strong>do</strong>s corpos-deprovae testemunhos de 10cm x20cm – Laboratório <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>deCatólica/PE (foto de 2004) ...................................................................120


xiiiFIGURA 3.27 – Ensaios de dureza esclerométrica em bloco no pátio <strong>da</strong> central <strong>do</strong>sa<strong>do</strong>ra <strong>da</strong>MARÉ CIMENTO Lt<strong>da</strong>. - POLIMIX – equipamento SOILTEST - Model CT-320AM <strong>do</strong> Laboratório <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de Católica/PE (foto de 2004)............... 121FIGURA 3.28 – Ensaios de dureza esclerométrica em bloco no pátio <strong>da</strong> central <strong>do</strong>sa<strong>do</strong>ra <strong>da</strong>MARÉ CIMENTO Lt<strong>da</strong>. - POLIMIX – equipamento SOILTEST - Model CT-320AM <strong>do</strong> Laboratório <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de Católica/PE (foto de 2004)............... 121FIGURA 3.29 – Ensaios de veloci<strong>da</strong>de ultrassônica nos blocos no pátio <strong>da</strong> central <strong>do</strong>sa<strong>do</strong>ra <strong>da</strong>MARÉ CIMENTO Lt<strong>da</strong>. - POLIMIX – equipamento PUNDIT <strong>do</strong> Laboratório <strong>da</strong>Universi<strong>da</strong>de Católica/PE (foto de 2004) ................................................. 122FIGURA 3.30 – Ensaios de veloci<strong>da</strong>de ultrassônica nos blocos no pátio <strong>da</strong> central <strong>do</strong>sa<strong>do</strong>ra<strong>da</strong> MARÉ CIMENTO Lt<strong>da</strong>. - POLIMIX – equipamento PUNDIT <strong>do</strong> Laboratório<strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de Católica/PE (foto de 2004)............................................. 122FIGURA 3.31 – Ensaios de veloci<strong>da</strong>de ultrassônica em bloco no canteiro-de-obras <strong>do</strong> edifícioSansara – equipamento PUNDIT <strong>do</strong> Laboratório <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de Católica/PE(foto de 2005).................................................................................... 123FIGURA 3.32 – Ensaios de dureza esclerometrica em bloco no canteiro-de-obras <strong>do</strong> edifícioSansara– equipamento SOILTEST - Model CT-320AM <strong>do</strong> Laboratório <strong>da</strong>Universi<strong>da</strong>de Católica/PE (foto de 2005) ................................................. 123FIGURA 3.33 – Testemunhos extraí<strong>do</strong>s Φ =10cm e Φ =2,5cm - entra<strong>da</strong> <strong>do</strong> pátio <strong>da</strong> central<strong>do</strong>sa<strong>do</strong>ra <strong>da</strong> MARÉ CIMENTO Lt<strong>da</strong>. - POLIMIX (foto de 2004) .................... 129FIGURA 3.34 – Testemunhos extraí<strong>do</strong>s de diversos diâmetros – pátio <strong>da</strong> central <strong>do</strong>sa<strong>do</strong>ra <strong>da</strong>MARÉ CIMENTO Lt<strong>da</strong>. – POLIMIX (foto de 2004)..................................... 129FIGURA 3.35 – Testemunhos extraí<strong>do</strong>s de diversos diâmetros íntegros – canteiro-de-obras <strong>do</strong>edifício Sansara (foto de 2004) ............................................................. 130FIGURA 3.36 – Detalhe <strong>do</strong>s testemunhos extraí<strong>do</strong>s de Φ=2,5cm com algumas quebrasesporádicas – pátio <strong>da</strong> central <strong>do</strong>sa<strong>do</strong>ra <strong>da</strong> MARÉ CIMENTO Lt<strong>da</strong>. - POLIMIX(foto de 2004).................................................................................... 130FIGURA 3.37 – Ensaio de testemunho de Φ=2,5cm - Laboratório <strong>da</strong> UFPE - (foto de 2004) ... 131FIGURA 3.38 – Ensaio de testemunho de Φ=2,5cm – após a ruptura - Laboratório <strong>da</strong> UFPE -(foto de 2004).................................................................................... 132FIGURA 3.39 – Ensaio de ruptura para os testemunhos de Φ=5,0cm - Laboratório <strong>da</strong> UFPE -(foto de 2004).................................................................................... 132FIGURA 3.40 – Ensaio de ruptura de testemunho de Φ=7,5cm - Laboratório <strong>da</strong> UFPE - (fotode 2004)............................................................................................................... 133FIGURA 3.41 – Ensaio de ruptura Φ=10,0cm - laboratório <strong>da</strong> UFPE - (foto de 2004) ................ 133FIGURA 3.42 – Testemunho de Φ=10,0cm após ruptura - laboratório <strong>da</strong> UFPE - (foto de 2004) 134FIGURA 3.43 – Ensaio de ruptura de Φ=15,0cm - Laboratório <strong>da</strong> UFPE (foto de 2004) ........... 134FIGURA 3.44 – Testemunho de Φ=15,0cm após ruptura - Laboratório <strong>da</strong> UFPE (foto de 2004) 135


xivLISTA DE GRÁFICOSGRÁFICO 4.1 – Resistências médias <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> <strong>do</strong>s corpos-de-prova (M) e <strong>do</strong>stestemunhos (E) referentes ao Lote 01 de 20MPa..................................... 140GRÁFICO 4.2 – Resistências médias <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> <strong>do</strong>s corpos-de-prova (M) e <strong>do</strong>stestemunhos (E) referentes ao Lote 02 de 50MPa..................................... 140GRÁFICO 4.3 – Resistências médias <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> <strong>do</strong>s corpos-de-prova (M) e <strong>do</strong>stestemunhos (E) referentes ao Lote 03 de 70MPa..................................... 140GRÁFICO 4.4 – Resistências médias <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> <strong>do</strong>s corpos-de-prova (M) e <strong>do</strong>stestemunhos (E) referentes ao Lote 04 de 65MPa para a i<strong>da</strong>de de 28 dias..... 141GRÁFICO 4.5 – Resistências médias <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> <strong>do</strong>s corpos-de-prova (M) e <strong>do</strong>stestemunhos (E) referentes ao Lote 04 de 65MPa para a i<strong>da</strong>de de 90 dias..... 141GRÁFICO 4.6 – Coeficientes de variação referentes ao Lote 01 de 20MPa ......................... 141GRÁFICO 4.7 – Coeficientes de variação referentes ao Lote 02 de 50MPa ......................... 142GRÁFICO 4.8 – Coeficientes de variação referentes ao Lote 03 de 70MPa ......................... 142GRÁFICO 4.9 – Coeficientes de variação referentes ao Lote 04 de 65MPa para a i<strong>da</strong>de de 28dias................................................................................................. 142GRÁFICO 4.10 – Coeficientes de variação referentes ao Lote 04 de 65MPa para a i<strong>da</strong>de de 90dias................................................................................................. 143GRÁFICO 4.11 - Correlação nº 01 – <strong>concreto</strong> de 20MPa – <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>s CP padrãode 15cm x 30cm (M) x <strong>resistência</strong> média de testemunhos de 15cm x 30cm (E)obti<strong>da</strong>s de blocos cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s ......................................................... 167GRÁFICO 4.12 – Correlação nº 02 – <strong>concreto</strong> de 20MPa – <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>s CP padrãode 10cm x 20cm (M) x <strong>resistência</strong> média de testemunhos de 10cm x 20cm (E)obti<strong>da</strong>s de blocos cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s ......................................................... 167GRÁFICO 4.13 – Correlação nº 03 – <strong>concreto</strong> de 20MPa – <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>s CP padrãode 10cm x 20cm (M) x <strong>resistência</strong> média de testemunhos de 15cm x 30cm (E)obti<strong>da</strong>s de blocos cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s ......................................................... 168GRÁFICO 4.14 – Correlação nº 04 – <strong>concreto</strong> de 20MPa – correlação conjunta entre as<strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>s CP padrão de 10cm x 20cm (M) e 15cm x 30cm (M) x<strong>resistência</strong> média de testemunhos de 10cm x 20cm (E) e 15cm x 30cm (E) deblocos cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s e ao ar.............................................................. 168GRÁFICO 4.15 – Correlação nº 05 – <strong>concreto</strong> de 70MPa – <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>s CP padrãode 10cm x 20cm (M) x <strong>resistência</strong> média de testemunhos de 10cm x 20cm (E)obti<strong>da</strong>s de blocos cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>........................................................... 169GRÁFICO 4.16 – Correlação nº 06 – <strong>concreto</strong> de 70MPa – <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>s CP padrãode 10cm x 20cm (M) x <strong>resistência</strong> média de testemunhos de 15cm x 30cm (E)obti<strong>da</strong>s de blocos cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s ......................................................... 170


xvGRÁFICO 4.17 – Correlação nº 07 – <strong>concreto</strong> de 70MPa – correlação conjunta entre as<strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>s CP padrão de 10cm x 20cm (M) e 15cm x 30cm (M) x<strong>resistência</strong> média de testemunhos de 10cm x 20cm (E) e 15cm x 30cm (E) deblocos cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s e ao ar.............................................................. 170GRÁFICO 4.18 – Correlação nº 08 – geral para to<strong>do</strong>s os <strong>concreto</strong>s – <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>sCP padrão de 10cm x 20cm (M) x <strong>resistência</strong> média de testemunhos de 10cmx 20cm (E) obti<strong>da</strong>s de blocos cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s.......................................... 172GRÁFICO 4.19 – Correlação nº 09 – geral para to<strong>do</strong>s os <strong>concreto</strong>s – <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>sCP padrão de 10cm x 20cm (M) x <strong>resistência</strong> média de testemunhos de 10cmx 20cm (E) obti<strong>da</strong>s de blocos cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s e ao ar ....................................... 172GRÁFICO 4.20 – Correlação nº 10 – geral para to<strong>do</strong>s os <strong>concreto</strong>s – <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>sCP padrão de 15cm x 30cm (M) x <strong>resistência</strong> média de testemunhos de 15cmx 30cm (E) obti<strong>da</strong>s de blocos cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s e ao ar................................ 172GRÁFICO 4.21 – Correlação nº 11– geral para to<strong>do</strong>s os <strong>concreto</strong>s – <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>sCP padrão de 10cm x 20cm (M) x <strong>resistência</strong> média de testemunhos de 15cmx 30cm (E) obti<strong>da</strong>s de blocos cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s e ao ar ....................................... 173GRÁFICO 4.22 – Correlação nº 12– geral para to<strong>do</strong>s os <strong>concreto</strong>s – <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>sCP padrão de 15cm x 30cm (M) x <strong>resistência</strong> média de testemunhos de 10cmx 20cm (E) obti<strong>da</strong>s de blocos cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s e ao ar ....................................... 173GRÁFICO 4.23 – Correlação nº 13– geral para to<strong>do</strong>s os <strong>concreto</strong>s – conjunta <strong>da</strong>s <strong>resistência</strong>smédias <strong>do</strong>s CP padrão de 10cm x 20cm (M) e 15cm x 30cm (M) x <strong>resistência</strong>média de testemunhos de 10cm x 20cm (E) e 15cm x 30cm (E) obti<strong>da</strong>s deblocos cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s e ao ar............................................................................ 173GRÁFICO 4.24 – Correlação nº 14– geral para to<strong>do</strong>s os <strong>concreto</strong>s – <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>sCP padrão de 15cm x 30cm (M) x <strong>resistência</strong> média de testemunhos de 7,5cmx 15cm (E) obti<strong>da</strong>s de blocos cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s.................................................... 175GRÁFICO 4.25 – Correlação nº 15– geral para to<strong>do</strong>s os <strong>concreto</strong>s – <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>sCP padrão de 10cm x 20cm (M) x <strong>resistência</strong> média de testemunhos de 7,5cmx 15cm (E) obti<strong>da</strong>s de blocos cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s.................................................... 176GRÁFICO 4.26 – Correlação nº 16– geral para to<strong>do</strong>s os <strong>concreto</strong>s – <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>sCP padrão de 15cm x 30cm (M) x <strong>resistência</strong> média de testemunhos de 7,5cmx 15cm (E) obti<strong>da</strong>s de blocos cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s e ao ar ....................................... 176GRÁFICO 4.27 – Correlação nº 17– geral para to<strong>do</strong>s os <strong>concreto</strong>s – <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>sCP padrão de 10cm x 20cm (M) x <strong>resistência</strong> média de testemunhos de 7,5cmx 15cm (E) obti<strong>da</strong>s de blocos cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s e ao ar ....................................... 176GRÁFICO 4.28 – Correlação nº 18 – geral para to<strong>do</strong>s os <strong>concreto</strong>s – conjunta <strong>da</strong>s <strong>resistência</strong>smédias <strong>do</strong>s CP padrão de 15cm x 30cm (M) e 10cm x 20cm (M) x <strong>resistência</strong>média de testemunhos de 7,5cm x 15cm (E) obti<strong>da</strong>s de blocos cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>se ao ar.................................................................................................................. 177


xviGRÁFICO 4.29 – Correlação nº 19 – geral para to<strong>do</strong>s os <strong>concreto</strong>s – <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>sCP padrão de 15cm x 30cm (M) x <strong>resistência</strong> média de testemunhos de 5cm x10cm (E) obti<strong>da</strong>s de blocos cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s....................................................... 177GRÁFICO 4.30 – Correlação nº 20 – geral para to<strong>do</strong>s os <strong>concreto</strong>s – <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>sCP padrão de 10cm x 20cm (M) x <strong>resistência</strong> média de testemunhos de 5cm x10cm (E) obti<strong>da</strong>s de blocos cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s....................................................... 177GRÁFICO 4.31 – Correlação nº 21 – geral para to<strong>do</strong>s os <strong>concreto</strong>s – <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>sCP padrão de 15cm x 30cm (M) x <strong>resistência</strong> média de testemunhos de 5cm x10cm (E) obti<strong>da</strong>s de blocos cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s e ao ar .......................................... 178GRÁFICO 4.32 – Correlação nº 22 – geral para to<strong>do</strong>s os <strong>concreto</strong>s – <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>sCP padrão de 10cm x 20cm (M) x <strong>resistência</strong> média de testemunhos de 5cm x10cm (E) obti<strong>da</strong>s de blocos cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s e ao ar .......................................... 178GRÁFICO 4.33 – Correlação nº 23 – geral para to<strong>do</strong>s os <strong>concreto</strong>s – conjunta <strong>da</strong>s <strong>resistência</strong>smédias <strong>do</strong>s CP padrão de 15cm x 30cm (M) e 10cm x 20cm (M) x <strong>resistência</strong>média de testemunhos de 5cm x 10cm (E) obti<strong>da</strong>s de blocos cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s eao ar..................................................................................................................... 178GRÁFICO 4.34 – Correlação nº 24 – geral para to<strong>do</strong>s os <strong>concreto</strong>s – <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>sCP padrão de 15cm x 30cm (M) x <strong>resistência</strong> média de testemunhos de 2,5cmx 5cm (E) obti<strong>da</strong>s de blocos cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s...................................................... 179GRÁFICO 4.35 – Correlação nº 25 – geral para to<strong>do</strong>s os <strong>concreto</strong>s – <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>sCP padrão de 10cm x 20cm (M) x <strong>resistência</strong> média de testemunhos de 2,5cmx 5cm (E) obti<strong>da</strong>s de blocos cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s...................................................... 179GRÁFICO 4.36 – Correlação nº 26 – geral para to<strong>do</strong>s os <strong>concreto</strong>s – <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>sCP padrão de 15cm x 30cm (M) x <strong>resistência</strong> média de testemunhos de 2,5cmx 5cm (E) obti<strong>da</strong>s de blocos cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s e ao ar ......................................... 179GRÁFICO 4.37 – Correlação nº 27 – geral para to<strong>do</strong>s os <strong>concreto</strong>s – <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>sCP padrão de 10cm x 20cm (M) x <strong>resistência</strong> média de testemunhos de 2,5cmx 5cm (E) obti<strong>da</strong>s de blocos cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s e ao ar ......................................... 180GRÁFICO 4.38 – Correlação nº 28 – geral para to<strong>do</strong>s os <strong>concreto</strong>s – conjunta <strong>da</strong>s <strong>resistência</strong>smédias <strong>do</strong>s CP padrão de 15cm x 30cm (M) e 10cm x 20cm (M) x <strong>resistência</strong>média de testemunhos de 2,5cm x 5cm (E) obti<strong>da</strong>s de blocos cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>se ao ar.................................................................................................................. 180GRÁFICO 4.39 – Correlação nº 29 – geral para to<strong>do</strong>s os <strong>concreto</strong>s – <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>sCP padrão de 15cm x 30cm (M) cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s x <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>s CPpadrão de 15cm x 30cm (M) cura<strong>do</strong>s ao ar......................................................... 182GRÁFICO 4.40 – Correlação nº 30 – geral para to<strong>do</strong>s os <strong>concreto</strong>s – <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>sCP padrão de 10cm x 20cm (M) cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s x <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>s CPpadrão de 10cm x 20cm (M) cura<strong>do</strong>s ao ar......................................................... 182


xviiGRÁFICO 4.41– Correlação nº 31 – geral para to<strong>do</strong>s os <strong>concreto</strong>s – <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>sCP padrão de 10cm x 20cm (M) cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s x <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>s CPpadrão de 15cm x 30cm (M) cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s ..................................................... 185GRÁFICO 4.42 – Correlação nº 32 – geral para to<strong>do</strong>s os <strong>concreto</strong>s – <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>sCP padrão de 10cm x 20cm (M) cura<strong>do</strong>s ao ar x <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>s CPpadrão de 15cm x 30cm (M) cura<strong>do</strong>s ao ar......................................................... 185GRÁFICO 4.43 – Correlação nº 33 – geral para to<strong>do</strong>s os <strong>concreto</strong>s – <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>stestemunhos de 10cm x 20cm (E) x <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>s testemunhos de15cm x 30cm (E) cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s ....................................................................... 186GRÁFICO 4.44 – Correlação nº 34 – geral para to<strong>do</strong>s os <strong>concreto</strong>s – <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>stestemunhos extraí<strong>do</strong>s de 10cm x 20cm (E) x <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>stestemunhos extraí<strong>do</strong>s de 15cm x 30cm (E) cura<strong>do</strong>s ao ar................................ 186GRÁFICO 4.45 – Correlação nº35 – <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> (f c ) x massa específicaaparente (ρ), valores médios por evento de mol<strong>da</strong>gem...................................... 187GRÁFICO 4.46 – Correlação n°36 – índice esclerômetrico (I. E.) x <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong>(f c ), valores médios por evento de mol<strong>da</strong>gem..................................................... 188GRÁFICO 4.47 – Correlação nº 37– veloci<strong>da</strong>de ultrassônica (v) x <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong>(f c ), valores médios por evento de mol<strong>da</strong>gem..................................................... 188GRÁFICO 4.48 – Correlação nº 38 – índice esclerômetrico (I. E.) x massa específica aparente(ρ), valores médios por evento de mol<strong>da</strong>gem ..................................................... 188


xviiiLISTA DE TABELASTABELA 2.1 – Classificação <strong>do</strong>s <strong>concreto</strong>s para fins estruturais por classe de <strong>resistência</strong> ..... 64TABELA 2.2 – Classificação <strong>do</strong>s <strong>concreto</strong>s quanto <strong>à</strong> <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> ................... 64TABELA 2.3 – Significa<strong>do</strong>s de alguns termos e notações emprega<strong>do</strong>s no controle <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> 69TABELA 2.4 – Valores de ψ6 (correspondente a tabela 3 <strong>da</strong> norma NBR 12655, p. 7) .......... 71TABELA 2.5 – Méto<strong>do</strong>s não destrutivos e proprie<strong>da</strong>des avalia<strong>da</strong>s .................................... 74TABELA 2.6 – Classificação <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> com base na veloci<strong>da</strong>de de pulsosultrassônicos..................................................................................... 80TABELA 2.7 – Classificação <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> com base na veloci<strong>da</strong>de ultrassônica ................... 81TABELA 2.8 – Valores médios <strong>do</strong> desvio-padrão (s) e <strong>do</strong> coeficiente de variação (V%) <strong>do</strong>sméto<strong>do</strong>s investiga<strong>do</strong>s ......................................................................... 81TABELA 2.9 – Efeito <strong>da</strong> altura <strong>da</strong> peça na redução <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> entre a cama<strong>da</strong>superior e inferior............................................................................... 88TABELA 2.10 – Correção devi<strong>do</strong> a relação altura / diâmetro (h/d) ..................................... 90TABELA 2.11 – Coeficientes médios de crescimento <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> com a i<strong>da</strong>de ................. 98TABELA 2.12 – Ganho de <strong>resistência</strong> com tempo em função <strong>da</strong> relação a/c ....................... 99TABELA 2.13 – Coeficientes médios de crescimento <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> com a i<strong>da</strong>de – CimentoPortland ........................................................................................... 100TABELA 2.14 – Coeficientes médios de crescimento <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> com a i<strong>da</strong>de – Cimentosde Alta Resistência Inicial .................................................................... 100TABELA 2.15 – Coeficientes médios de crescimento <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> com a i<strong>da</strong>de – CimentosAF, POZ, MRS e MCH ........................................................................ 100TABELA 3.1 – Traços e materiais utiliza<strong>do</strong>s ................................................................. 126TABELA 3.2 – Ensaios e procedimentos realiza<strong>do</strong>s com os materiais constituintes <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> 127TABELA 3.3 – Ensaios e procedimentos realiza<strong>do</strong>s com o <strong>concreto</strong> nos esta<strong>do</strong>s fresco eendureci<strong>do</strong> ....................................................................................... 128TABELA 3.4 – Características <strong>da</strong>s prensas de ruptura – Laboratório <strong>da</strong> UFPE .................... 131TABELA 4.1 – LOTE 01-Resumo <strong>do</strong>s testes de eliminação de valores discrepantes e denormali<strong>da</strong>de (ver apêndice A) .............................................................. 149TABELA 4.2 – LOTE 02-Resumo <strong>do</strong>s testes de eliminação de valores discrepantes e denormali<strong>da</strong>de (ver apêndice A) ............................................................... 149TABELA 4.3 – LOTE 03-Resumo <strong>do</strong>s testes de eliminação de valores discrepantes e denormali<strong>da</strong>de (ver apêndice A). .............................................................. 150TABELA 4.4 – LOTE 04-Resumo <strong>do</strong>s testes de eliminação de valores discrepantes e denormali<strong>da</strong>de (ver apêndice A). ..............................................................150


xixTABELA 4.5 – LOTE 04-Resumo <strong>do</strong>s testes de eliminação de valores discrepantes e denormali<strong>da</strong>de (ver apêndice A) ............................................................................ 151TABELA 4.6 – LOTE 01 - Testes nº 1 a 10 - Resumo <strong>da</strong>s análises de variância e de diferençaentre as médias e <strong>da</strong> relação R (M/E) (ver APÊNDICE B)...................................... 152TABELA 4.7 – LOTE 01 - Testes nº 11 a 20 - Resumo <strong>da</strong>s análises de variância e dediferença entre as médias e <strong>da</strong> relação R (M/E) (ver APÊNDICE B)...................... 152TABELA 4.8 – LOTE 02 - Testes nº 21 a 30 - Resumo <strong>da</strong>s análises de variância e dediferença entre as médias e <strong>da</strong> relação R (M/E) (ver APÊNDICE B)...................... 153TABELA 4.9 – LOTE 02 - Testes nº 31 a 40 - Resumo <strong>da</strong>s análises de variância e dediferença entre as médias e <strong>da</strong> relação R (M/E) (ver APÊNDICE B)...................... 153TABELA 4.10 – LOTE 03 - Testes nº 41 a 50 - Resumo <strong>da</strong>s análises de variância e dediferença entre as médias e <strong>da</strong> relação R (M/E) (ver APÊNDICE B)...................... 154TABELA 4.11 – LOTE 03 - Testes nº 51 a 60 - Resumo <strong>da</strong>s análises de variância e dediferença entre as médias e <strong>da</strong> relação R (M/E) (ver APÊNDICE B)...................... 154TABELA 4.12 – LOTE 04 - Testes nº 61 a 70 - Resumo <strong>da</strong>s análises de variância e dediferença entre as médias e <strong>da</strong> relação R (M/E) (ver APÊNDICE B)...................... 155TABELA 4.13 – LOTE 04 - Testes nº 71 a 80 - Resumo <strong>da</strong>s análises de variância e dediferença entre as médias e <strong>da</strong> relação R (M/E) (ver APÊNDICE B)...................... 155TABELA 4.14 – LOTE 04 - Testes nº 81 a 90 - Resumo <strong>da</strong>s análises de variância e dediferença entre as médias e <strong>da</strong> relação R (M/E) (ver APÊNDICE B)...................... 156TABELA 4.15 – LOTE 04 - Testes nº 91 a 100 - Resumo <strong>da</strong>s análises de variância e dediferença entre as médias e <strong>da</strong> relação R (M/E) (ver APÊNDICE B)...................... 156TABELA 4.16 – LOTE 01 - Testes nº 101 a 110 - Resumo <strong>da</strong>s análises de variância e dediferença entre as médias e <strong>da</strong> relação R (M/E) (ver APÊNDICE B)...................... 157TABELA 4.17 – LOTE 02 - Testes nº 111 a 120 - Resumo <strong>da</strong>s análises de variância e dediferença entre as médias e <strong>da</strong> relação R (M/E) (ver APÊNDICE B)...................... 157TABELA 4.18 – LOTE 03 - Testes nº 121 a 130 - Resumo <strong>da</strong>s análises de variância e dediferença entre as médias e <strong>da</strong> relação R (M/E) (ver APÊNDICE B)...................... 158TABELA 4.19 – LOTE 04 - Testes nº 131 a 140 - Resumo <strong>da</strong>s análises de variância e dediferença entre as médias e <strong>da</strong> relação R (M/E) (ver APÊNDICE B)...................... 158TABELA 4.20 – LOTE 04 - Testes nº 141 a 150 - Resumo <strong>da</strong>s análises de variância e dediferença entre as médias e <strong>da</strong> relação R (M/E) (ver APÊNDICE B)...................... 159TABELA 4.21 – LOTE 01 - Testes nº 151 a 157 - Resumo <strong>da</strong>s análises de variância e dediferença entre as médias e <strong>da</strong> relação R (u/a) (ver APÊNDICE B). ..................... 160TABELA 4.22 – LOTE 02 - Testes nº 158 a 164 - Resumo <strong>da</strong>s análises de variância e dediferença entre as médias e <strong>da</strong> relação R (u/a) (ver APÊNDICE B). ..................... 160TABELA 4.23 – LOTE 03 - Testes nº 165 a 171 - Resumo <strong>da</strong>s análises de variância e dediferença entre as médias e <strong>da</strong> relação R (u/a) (ver APÊNDICE B).......................TABELA 4.24 – LOTE 01 - Testes nº 172 a 178 - Resumo <strong>da</strong>s análises de variância e dediferença entre as médias e <strong>da</strong> relação R (u/a) (ver APÊNDICE B) ...................... 161161


xxTABELA 4.25 – LOTE 04 - Testes nº 179 a 185 - Resumo <strong>da</strong>s análises de variância e dediferença entre as médias e <strong>da</strong> relação R (u/a) (ver APÊNDICE B) ..................... 162TABELA 4.26 – LOTE 04 - Testes nº 186 a 199 - Resumo <strong>da</strong>s análises de variância e dediferença entre as médias e <strong>da</strong> relação R (90d/28d) (ver apêndice B). .................... 162TABELA 4.27 – LOTES 01, 02 e 03 - Testes nº 200 a 211 - Resumo <strong>da</strong>s análises de variânciae de diferença entre as médias e <strong>da</strong> relação R (φ15/φ10) (ver apêndice B) ............ 163TABELA 4.28 – LOTE 04 - Testes nº 212 a 219 - Resumo <strong>da</strong>s análises de variância e dediferença entre as médias e <strong>da</strong> relação R (φ15/φ10) (ver apêndice B). .................... 163TABELA 4.29 – Resumo <strong>da</strong>s relações R (M/E) toman<strong>do</strong>-se como base corpos-de-prova padrãocura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s segun<strong>do</strong> a NBR-5738................................................................ 165TABELA 4.30 – Resumo <strong>da</strong>s relações R (M/E) toman<strong>do</strong>-se como base corpos-de-prova padrãocura<strong>do</strong>s ao ar....................................................................................................... 165TABELA 4.31 – Resumo <strong>da</strong>s relações R (u/a) , para corpos-de-prova mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s (M) etestemunhos extraí<strong>do</strong>s (E) de iguais dimensões. ............................................... 181TABELA 4.32 – Resumo <strong>da</strong>s relações entre as <strong>resistência</strong>s R (90d/28d) para corpos-de-provamol<strong>da</strong><strong>do</strong>s (M) e testemunhos extraí<strong>do</strong>s de iguais dimensões. ........................... 184


xxiLISTA DE QUADROSQUADRO 2.1 – Méto<strong>do</strong>s que podem ser a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s para avaliar as proprie<strong>da</strong>des de <strong>concreto</strong>s eaços em estrutura acaba<strong>da</strong>s ..................................................................................... 73QUADRO 3.1 – Resumo quantitativo <strong>do</strong>s procedimentos realiza<strong>do</strong>s no programa experimental emapreço ....................................................................................................................... 124QUADRO 3.2 – Discriminação <strong>da</strong>s quanti<strong>da</strong>des <strong>do</strong>s blocos, corpos-de-prova mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s,testemunhos extraí<strong>do</strong>s e <strong>do</strong>s ensaios de ruptura por lote de <strong>concreto</strong>..................... 125QUADRO 4.1 – Resulta<strong>do</strong>s médios de <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> <strong>do</strong>s corpos-de-prova mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s(M) e <strong>do</strong>s testemunhos extraí<strong>do</strong>s (E) por evento de mol<strong>da</strong>gem <strong>do</strong>s blocos ............ 138QUADRO 4.2 – Parâmetros estatísticos básicos referentes aos resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s ensaios de<strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> <strong>do</strong>s corpos-de-prova (M) e testemunhos extraí<strong>do</strong>s (E)por lote homogêneo de concretagem........................................................................ 139QUADRO 4.3 – Resumo <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s ensaios complementares e correspondentes f c (MPa)para os gráficos de correlações ................................................................................ 189QUADRO 4.4 – Resulta<strong>do</strong>s comparativos <strong>do</strong> tempo de percurso <strong>da</strong> on<strong>da</strong> ultrassônica nadireção <strong>do</strong> bloco compacto e na direção <strong>da</strong> linha de furos no bloco................... 190QUADROS A1 a A70 – Testes nº 01 a 70: verificação de valores discrepantes – gráfico normal de 219aprobabili<strong>da</strong>de correspondente (APÊNDICE A)..........................................................257QUADROS B1 a B150 – Testes nº 01 a 150: análise <strong>da</strong> diferença entre médias e relação R (M/E) 259a(APÊNDICE B) ..........................................................................................................333QUADROS B151 a B185 – Testes nº 151 a 185: análise <strong>da</strong> diferença entre médias e relação R (u/a) 334a(APÊNDICE B) ..........................................................................................................351QUADROS B186 a B199 – Testes nº 186 a 199: análise <strong>da</strong> diferença entre médias e relação 352aR(90d/28d) (APÊNDICE B) ......................................................................................358QUADROS B200 a B219 – Testes nº 200 a 219: análise <strong>da</strong> diferença entre médias e relação 359aR (∅15/∅10) (APÊNDICE B)...........................................................................................368QUADRO C – Resumo <strong>da</strong>s mol<strong>da</strong>gens <strong>do</strong>s blocos – <strong>concreto</strong> forneci<strong>do</strong> pela central <strong>da</strong> MARÉ370CIMENTO Lt<strong>da</strong>.-POLIMIX, Olin<strong>da</strong>/PE (APÊNDICE C) .............................................QUADRO D – Resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s ensaios de massa específica aparente com os corpos-de-provamol<strong>da</strong><strong>do</strong>s e testemunhos extraí<strong>do</strong>s de 10x20cm e de <strong>resistência</strong>s <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> 372acorrespondentes (APÊNDICE D) ..............................................................................377QUADRO E – Resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s ensaios ultrassônicos realiza<strong>do</strong>s nos blocos de <strong>concreto</strong>379(APÊNDICE E) ..........................................................................................................QUADRO F – Resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s ensaios de dureza esclerométrica realiza<strong>do</strong>s nos blocos de <strong>concreto</strong>381(APÊNDICE F) ..........................................................................................................QUADRO G – Resumo <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s individuais de <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> <strong>do</strong>s corpos-deprovamol<strong>da</strong><strong>do</strong>s para to<strong>do</strong>s os lotes (APÊNDICE G)................................................383a387QUADRO H – Resumo <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s individuais de <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> <strong>do</strong>s testemunhos 389aextraí<strong>do</strong>s para to<strong>do</strong>s os lotes (APÊNDICE H)...........................................................400


LISTA DE SÍMBOLOS ABREVIATURAS E SIGLASxxiiγ f – coeficiente de ponderação (majoração) <strong>da</strong>s ações (também conheci<strong>do</strong>indevi<strong>da</strong>mente por coeficiente de segurança);γ m – coeficiente de ponderação (minoração) <strong>da</strong>s <strong>resistência</strong>s <strong>do</strong>s materiais;γ c – coeficiente de ponderação (minoração) <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>;γ c2 – parcela <strong>do</strong> γ c que considera a diferença entre a <strong>resistência</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> nocorpo-de-prova e na estruturaf k – <strong>resistência</strong> característica <strong>do</strong>s materiais;f m – <strong>resistência</strong> média <strong>do</strong>s materiais;f c – <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>;f ckest – valor <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> estima<strong>da</strong>;f y – <strong>resistência</strong> de escoamento <strong>do</strong> aço <strong>à</strong> tração;f ck – <strong>resistência</strong> característica <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong>;σ r – tensão mínima de ruptura <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> (NB – 1 de 1960);σ c28 – tensão média de ruptura <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> aos 28 dias (NB – 1 de 1960);v – coeficiente de variação <strong>da</strong> amostra;s – desvio padrão <strong>da</strong> amostra;∅ – diâmetro <strong>do</strong> testemunho extraí<strong>do</strong>;μs – microssegun<strong>do</strong> (10 -6 s);CAD – <strong>concreto</strong> de alto desempenho;FWD – “falling weight deflectometer” ;ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas;NBR – Norma Brasileira Registra<strong>da</strong> no INMETRO;INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Quali<strong>da</strong>de Industrial ;NM – Norma Mercosul;ACI – “American Concrete Institute”;ASTM – “American Society for Testing and Materials”;CEB – “Comité Euro-International du Beton”;FIP – “Federation Internationalle de la Precontrainte”;FIB – “Federation Internationalle du Béton”;EH – Normas Espanholas;BS – Normas Britânicas - “British Stan<strong>da</strong>rds”;JIS – Normas Japonesas;DIN – Normas Alemães- “Deutsche Industrie Norm”;UNE – “Una Norma Española”;ISO – “International Stan<strong>da</strong>rds Organization”;RILEM – “Reunión Internationale des Laboratories d’Essais et de Recherches sur leMatériaux et les Constructions”;


xxiiiR (M/E) – relação entre os valores <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> de corpos-de-provamol<strong>da</strong><strong>do</strong>s (M) e de testemunhos extraí<strong>do</strong>s (E);R (u/a) - relação <strong>do</strong>s valores <strong>da</strong>s <strong>resistência</strong>s <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> de corpos-de-provamol<strong>da</strong><strong>do</strong>s e testemunhos extraí<strong>do</strong>s de cura úmi<strong>da</strong> com ao ar;R (φ15/φ10) – relação <strong>do</strong>s valores <strong>da</strong>s <strong>resistência</strong>s <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> de corpos-de-provamol<strong>da</strong><strong>do</strong>s e testemunhos com diâmetros de 15cmx30cm e 10cmx20cm;(M) – corpos-de-prova mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s;(E)– testemunhos extraí<strong>do</strong>s;f (M) – <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> <strong>do</strong>s corpos-de-prova mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s;f (E) - <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> <strong>do</strong>s testemunhos extraí<strong>do</strong>s;h/d – relação altura/diâmetro (índice de esbeltez);I.E. – Índice Esclerômetrico;v – veloci<strong>da</strong>de média <strong>da</strong> on<strong>da</strong> Ultrassônica;NDT – não destrutivo (ensaio)PNDT – parcialmente não destrutivo (ensaio)ρ - massa específica aparente;u – referência <strong>à</strong> cura cura úmi<strong>da</strong>;a – referência <strong>à</strong> cura ao arDmáx – dimensão máxima característica <strong>do</strong> agrega<strong>do</strong>;CP – corpos de prova mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s;Test – testemunho extraí<strong>do</strong>;AF – cimento de alto-forno;POZ – cimento pozolânico;MRS – cimento de modera<strong>da</strong> <strong>resistência</strong> a sulfatos;MCH – cimento de modera<strong>do</strong> calor de hidratação;PUNDIT – “Portable Ultrassonic Non-Destructive Digital Indicating Tester”;INTEMAC – “Instituto Técnico de Materiales y Construciones”;LNEC – “Laboratório Nacional de Engenharia Civil”;HSC - “High Strenght Concrete”;EPUSP – Escola Politécnica <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de de São Paulo;ABCP – Associação Brasileira de Cimento Portland;IBRACON – Instituto Brasileiro <strong>do</strong> Concreto;SIABE – Simpósio Ibero Americano de Betão – Coimbra / Portugal, 2005;DNER – Departamento Nacional de Estra<strong>da</strong>s e Ro<strong>da</strong>gem (Atual DNIT);INFRAERO – Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária;d.C.– Depois de Cristo;a.C. – Antes de Cristo;ANOVA – “Analysis of Variance between groups”;ITEP –Instituto de Tecnologia de Pernambuco;UFPE – Universi<strong>da</strong>de Federal de Pernambuco;RBC – Rede Brasileira de Calibração;INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.


xxivSUMÁRIOVolume 1FALSA FOLHA DE ROSTOFOLHA DE ROSTODEDICATÓRIA ........................................................................................... ....... iiiAGRADECIMENTOS.................................................................................. ....... ivEPÍGRAFE.................................................................................................. ....... viRESUMO..................................................................................................... ....... viiABSTRACT...................................................................................................... .. ixLISTA DE FIGURAS .............................................................................................................. xiLISTA DE GRÁFICOS........................................................................................................... xivLISTA DE TABELAS ........................................................................................ xviiiLISTA DE QUADROS........................................................................................ xxiLISTA DE SIMBOLOS ABREVIATURAS E SIGLAS ....................................... xxiiSUMÁRIO .......................................................................................................... xxiv1 INTRODUÇÃO ........................................................................................... 271.1 Importância e justificativa <strong>do</strong> tema .......................................................... 271.2 Centros de Pesquisas e pesquisa<strong>do</strong>res <strong>do</strong> tema .................................... 331.3 Objetivos ..................................................................................................... 381.4 Originali<strong>da</strong>de .............................................................................................. 391.5 Conteú<strong>do</strong> <strong>da</strong> Tese ...................................................................................... 402 INTRODUÇÃO DA SEGURANÇA NO PROJETO DASESTRUTURAS DE CONCRETO .......................................................412.1 Visão Histórica ........................................................................................... 412.2 Evolução <strong>do</strong>s méto<strong>do</strong>s e critérios de introdução <strong>da</strong> segurança noprojeto <strong>da</strong>s estruturas de <strong>concreto</strong>.......................................................... 522.3 Importância e significa<strong>do</strong> <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>... 632.4 Méto<strong>do</strong>s de análise <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> emestruturas acaba<strong>da</strong>s .................................................................................. 722.5 Extração de testemunhos de <strong>concreto</strong>, limitações e abrangências ...... 822.6 Considerações Gerais................................................................................ 103


xxv3 EXPERIMENTO ........................................................................................ 1043.1 Planejamento <strong>do</strong> experimento .................................................................. 1043.2 Quadros-resumos <strong>do</strong>s procedimentos gerais de mol<strong>da</strong>gens,extrações e ensaios realiza<strong>do</strong>s ................................................................ 1233.3 Características <strong>do</strong>s <strong>concreto</strong>s e <strong>do</strong>s materiais constituintes ................ 1263.4 Procedimentos e méto<strong>do</strong>s de ensaios utiliza<strong>do</strong>s.................................... 1273.5 Extração e preparo <strong>do</strong>s testemunhos ...................................................... 1283.6 Ensaios de ruptura <strong>à</strong> <strong>compressão</strong>............................................................ 1313.7 Variáveis considera<strong>da</strong>s.............................................................................. 1354 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS...................................................... 1374.1 Resulta<strong>do</strong>s de <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> e parâmetros estatísticosbásicos........................................................................................................ 1374.2 Análise <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s médios e de sua variabili<strong>da</strong>de........................... 1434.3 Análise estatística ...................................................................................... 1454.4 Análise quanto ao critério de normali<strong>da</strong>de .............................................. 1644.5 Análises <strong>da</strong>s relações R (M/E) obti<strong>da</strong>s......................................................... 1644.6 Correlações gerais <strong>da</strong>s relações R (M/E) para to<strong>do</strong>s os <strong>concreto</strong>sestu<strong>da</strong><strong>do</strong>s .........................................................................................................1714.7 Análise <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s testemunhos de Φ7,5cm; Φ5cm e Φ2,5cm 1744.8 Análise <strong>da</strong> influência <strong>do</strong> processo de cura.............................................. 1814.9 Análise <strong>da</strong> influência <strong>da</strong> i<strong>da</strong>de de ruptura................................................ 1834.10 Análise <strong>da</strong> relação R (Φ15/ Φ10) = f cΦ(15x30) / f cΦ(10x20)....................................................... 1844.11 Análise <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s ensaios complementares ...................................... 1865 CONCLUSÕES .......................................................................................... 1925.1 Considerações finais ................................................................................. 1925.2 Conclusões propriamente ditas................................................................ 1935.3 Transferência <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s ao meio técnico ....................................... 1955.4 Continui<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s ........................................................................ 196REFERÊNCIAS ............................................................................................. 197


xxviVolume 2APÊNDICE A – TESTES Nº 01 A Nº 70 - Verificação <strong>do</strong>s ValoresDiscrepantes – Gráfico Normal de Probabili<strong>da</strong>deCorrespondente ...........................................................................................APÊNDICE B – TESTES Nº 01 A Nº 219 - Análise de Diferençaentre as Médias e Relações R (M/E) , R (u/a) , R (90d/28d) e R (φ15/φ10)APÊNDICE C – Resumo <strong>da</strong>s Mol<strong>da</strong>gens <strong>do</strong>s Blocos – Concretoforneci<strong>do</strong> pela Central Dosa<strong>do</strong>ra <strong>da</strong> MARÉ CIMENTO Lt<strong>da</strong>. -POLIMIX, Olin<strong>da</strong>/PE ....................................................................................APÊNDICE D – Resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s Ensaios de Massa EspecíficaAparente com os Corpos-de-prova Mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s e TestemunhosExtraí<strong>do</strong>s de 10cm x 20cm e de Resistências <strong>à</strong> CompressãoCorrespondentes.........................................................................................APÊNDICE E – Resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s Ensaios de Veloci<strong>da</strong>de dePropagação <strong>da</strong> On<strong>da</strong> Ultrassônica nos Blocos Mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s ...........APÊNDICE F – Resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s Ensaios de DurezaEsclerométrica obti<strong>do</strong>s nos Blocos Mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s.................................APÊNDICE G – Resulta<strong>do</strong>s Individuais de Resistência <strong>à</strong>Compressão <strong>do</strong>s Corpos-de-prova Mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s para To<strong>do</strong>s osLotes ................................................................................................................APÊNDICE H – Resulta<strong>do</strong>s Individuais <strong>do</strong>s Ensaios deResistência <strong>à</strong> Compressão <strong>do</strong>s Testemunhos Extraí<strong>do</strong>s paraTo<strong>do</strong>s os Lotes ............................................................................................APÊNDICE I – Resulta<strong>do</strong>s <strong>da</strong>s Análises de significâncias <strong>da</strong>sCorrelações entre os Parâmetros..........................................................ANEXO A – Temperaturas Máximas; Mínimas e Médias Diáriase Umi<strong>da</strong>de <strong>do</strong> Ar <strong>do</strong> Recife / Fonte: INPE – Instituto Nacionalde Pesquisas Espaciais ............................................................................ANEXO B – Resulta<strong>do</strong> <strong>do</strong>s Ensaios de Caracterização <strong>do</strong>sMateriais Constituintes <strong>do</strong>s Concretos disponíveis na CentralDosa<strong>do</strong>ra ........................................................................................................ANEXO C – Lau<strong>do</strong>s de Conferência de pesagens de Balanças<strong>do</strong> Cimento <strong>da</strong> Central Dosa<strong>do</strong>ra ..........................................................ANEXO D – Tabelas de Distribuições de Probabili<strong>da</strong>des -Testes t e F e valores críticos de T para eliminação de valoresdiscrepantes .................................................................................................217257368370377379381387400416418431434


271 INTRODUÇÃO1.1 Importância e justificativa <strong>do</strong> temaA investigação <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> em estruturas acaba<strong>da</strong>s tem desperta<strong>do</strong>ultimamente o interesse de inúmeros pesquisa<strong>do</strong>res, em face <strong>da</strong> precocedeterioração dessas estruturas ou <strong>da</strong> imperiosa necessi<strong>da</strong>de de manutençãopreventiva ou corretiva <strong>da</strong>s mesmas.Segun<strong>do</strong> Helene 1 (2005, prefácio):...até bem pouco tempo acreditava-se que as obras em <strong>concreto</strong> poderiamser eternas e não iriam requerer manutenção. Bastava um pouco de ética ehonesti<strong>da</strong>de profissional, durante o projeto e a construção para resultarnuma obra durável. É surpreendente que somente agora, nos últimos dezanos, a comuni<strong>da</strong>de internacional passou a dispor de ferramentas,conceitos e procedimentos, para prever, calcular e quantificar a vi<strong>da</strong> útil <strong>da</strong>sestruturas de <strong>concreto</strong>. Até bem pouco tempo, o conceito de durabili<strong>da</strong>deera considera<strong>do</strong> apenas qualitativamente nos projetos e construções emgeral.A norma brasileira NBR-6118:2003 – “Projeto de estruturas de <strong>concreto</strong>” 2 , em vigor apartir de 30 de março de 2004, avançou consideravelmente em relação asexigências quanto <strong>à</strong> durabili<strong>da</strong>de no projeto <strong>da</strong>s estruturas de <strong>concreto</strong>.A conheci<strong>da</strong> análise apresenta<strong>da</strong> por Sitter 3 sobre os custos de intervenção, queconsidera as fases de projeto, construção, manutenção preventiva e manutençãocorretiva em estruturas de <strong>concreto</strong>, explicita um crescimento em progressãogeométrica de razão cinco, nos referi<strong>do</strong>s custos, aplica<strong>do</strong>s seqüencialmente a ca<strong>da</strong>fase supracita<strong>da</strong>. Estatísticas publica<strong>da</strong>s em diversos países, inclusive no Brasil,atribuem <strong>à</strong> fase de projeto, parcela significativa <strong>da</strong>s causas <strong>da</strong>s anomalias nasconstruções. Couto e Priszkulnik 4 observam, que embora a cultura na elaboração <strong>do</strong>projeto possa diferir entre os países, o que remete a uma análise crítica sobre essesindica<strong>do</strong>res apresenta<strong>do</strong>s, é mister investir na quali<strong>da</strong>de <strong>do</strong> projeto com vistas aoalcance <strong>da</strong> excelência nas estruturas de <strong>concreto</strong>. Daí a importância dedica<strong>da</strong> <strong>à</strong>etapa <strong>do</strong> projeto pela atual NBR-6118:2003.No nosso país, as construções comerciais, os próprios públicos e os edifíciosresidenciais, tanto os antigos, quanto os mais recentes, a exemplo <strong>da</strong>s estruturas de<strong>concreto</strong> de grande porte, construí<strong>da</strong>s nos últimos vinte anos, nas principais ci<strong>da</strong>des


28brasileiras, com freqüência acima de 30 pavimentos, constituem-se em patrimôniosocial a ser convenientemente conserva<strong>do</strong>. Igualmente, obras componentes <strong>do</strong>patrimônio histórico-cultural e <strong>do</strong>s sistemas de infra-estrutura: energética, desaneamento básico, ro<strong>do</strong>ferroviária, portuária e aeroportuária, necessitam,periodicamente de intervenções adequa<strong>da</strong>s em suas estruturas de <strong>concreto</strong>.Dentro <strong>da</strong> etapa de <strong>avaliação</strong> estrutural, que precede a essas intervenções, aestimativa <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>, é, na maioria <strong>do</strong>s casos, parâmetrofun<strong>da</strong>mental para a toma<strong>da</strong> de decisões.Sabe-se que os ensaios que se realizam com corpos-de-prova mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s sobcondições padroniza<strong>da</strong>s, por diversas normas no mun<strong>do</strong>, com o <strong>concreto</strong> ao sair <strong>da</strong>betoneira, fornecem uma <strong>avaliação</strong> potencial <strong>da</strong> estrutura a qual foi lança<strong>do</strong>. O juízode aceitação ou rejeição, se estabelece com base nos resulta<strong>do</strong>s desses ensaios, osquais não refletem necessariamente a quali<strong>da</strong>de final <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> na estrutura,influencia<strong>da</strong> que é pelas diversas etapas <strong>do</strong> processo de produção quais sejam:mistura, transporte, lançamento, adensamento e cura.As técnicas de <strong>avaliação</strong> <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> em estruturas acaba<strong>da</strong>s,passam por um programa de ensaios, “in situ” e em laboratório, geralmenteabrangen<strong>do</strong> uma combinação de ensaios destrutivos e não-destrutivos.Entre as técnicas supracita<strong>da</strong>s destaca-se a extração, preparo e ensaio <strong>à</strong><strong>compressão</strong> de testemunhos <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> endureci<strong>do</strong>, como a de maiorconfiabili<strong>da</strong>de. As pesquisas experimentais sobre esta técnica, tem si<strong>do</strong> dedica<strong>da</strong>s <strong>à</strong>investigação <strong>do</strong>s fatores que influenciam na <strong>avaliação</strong> <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>da</strong> estruturacom base na interpretação <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s desses ensaios.O processo de análise dessa <strong>resistência</strong> tem como base os critérios normativosutiliza<strong>do</strong>s no cálculo estrutural, na a<strong>do</strong>ção <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> característica <strong>à</strong><strong>compressão</strong> (f ck ) de projeto e nos modelos estatísticos de aceitação.O dimensionamento <strong>da</strong>s estruturas de <strong>concreto</strong> evoluiu, ao longo <strong>da</strong> história, <strong>do</strong>sprocessos empíricos, nos quais a construção de uma estrutura tinha como base <strong>à</strong>observação de obras anteriores bem sucedi<strong>da</strong>s, até os méto<strong>do</strong>s probabilistas ousemi-probabilistas utiliza<strong>do</strong>s atualmente em vários países <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>.Nos projetos de estruturas de <strong>concreto</strong> arma<strong>do</strong> e protendi<strong>do</strong> a quali<strong>da</strong>de <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>é especifica<strong>da</strong> de um mo<strong>do</strong> geral em termos de sua <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> aos28 dias de i<strong>da</strong>de.


29Basicamente, os méto<strong>do</strong>s de dimensionamento em utilização no Brasil, nos diasatuais, tiveram como referência o Model Code 1990 5 <strong>do</strong> “Comité Euro-Internationaldu Béton”, que, ao ser a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>, resulta numa chama<strong>da</strong> “margem de segurança”,decorrente <strong>do</strong> resulta<strong>do</strong> <strong>da</strong> aplicação conjunta de <strong>do</strong>is coeficientes: o de majoração<strong>da</strong>s ações γ f e o de minoração <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>do</strong>s materiais γ m , que para o <strong>concreto</strong>tem o seu valor γ c varian<strong>do</strong> de 1,2 a 1,7 ; sen<strong>do</strong> 1,4 o valor comumenterecomen<strong>da</strong><strong>do</strong> na NBR 6118:2003.Com relação <strong>à</strong> possibili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> norma brasileira vir a a<strong>do</strong>tar um γ c =1,5 ao invés de1,4, como era a indicação <strong>do</strong> CEB/FIP/78, Fusco 6 (1979) comenta:“O aumento <strong>do</strong>s coeficientes γ f e γ c de 1,4 para 1,5 iria somente penalizar inutilmenteum país de economia fraca, pelo aumento <strong>do</strong> custo de to<strong>da</strong>s as suas obras de<strong>concreto</strong>. Em um país que ain<strong>da</strong> se debate com o problema <strong>da</strong> fome, o custo <strong>da</strong>sconstruções seria aumenta<strong>do</strong>, apenas para se obter uma teórica sensação de maiorsegurança.”Esse coeficiente de minoração <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>, segun<strong>do</strong> a NBR8681:2003 7 e a NBR 6118:2003 2 denomina<strong>do</strong> de coeficiente de ponderação ou deminoração <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>do</strong>s materiais, é composto de três parcelas, a saber:γ m1 - parcela <strong>do</strong> γ mque considera a variabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>do</strong>s materiaisenvolvi<strong>do</strong>s;γ m2 - parcela <strong>do</strong> γ mque considera a diferença entre a <strong>resistência</strong> <strong>do</strong> material nocorpo-de-prova e na estrutura, correspondente ao γ c2 em estu<strong>do</strong> nesta tese;γ m3 - parcela <strong>do</strong> γ m que considera os desvios gera<strong>do</strong>s na construção e asaproximações feitas em projeto <strong>do</strong> ponto de vista <strong>da</strong>s <strong>resistência</strong>s.Como descrito, entre os fatores engloba<strong>do</strong>s no coeficiente γ m, ou seja, no caso <strong>do</strong>coeficiente de ponderação <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> γ c, está a parcela γ c2 toma<strong>da</strong>nesta tese como a relação entre a <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> obti<strong>da</strong> em corpos-deprovapadrão mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s 8,9 , denomina<strong>da</strong> <strong>resistência</strong> potencial e a obti<strong>da</strong> em ensaios<strong>do</strong> <strong>concreto</strong> na estrutura, denomina<strong>da</strong> <strong>resistência</strong> efetiva, obti<strong>da</strong> com base naextração de testemunhos, normaliza<strong>da</strong> no Brasil pelas NBR 7680:1983 10 e NM69:96 11 . A versão para atualização <strong>da</strong> NBR 7680:1983 encontra-se, atualmente


30como projeto de norma, na ABNT, aberto para consulta nacional até 12 de fevereirode 2007, pelo edital nº 12 de 29/12/2006.No tocante aos critérios de aceitação <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> <strong>da</strong> estrutura a NBR 6118:2003 2 serefere no sub-item 25.3.1:“No caso de existência de não-conformi<strong>da</strong>de devem ser a<strong>do</strong>ta<strong>da</strong>s as seguintesações corretivas:a) revisão <strong>do</strong> projeto para determinar se a estrutura, no to<strong>do</strong> ou em parte, pode serconsidera<strong>da</strong> aceita, consideran<strong>do</strong> os valores obti<strong>do</strong>s nos ensaios;b) no caso negativo, devem ser extraí<strong>do</strong>s e ensaia<strong>do</strong>s testemunhos conformedisposto na ABNT NBR 7680:1983 10 , se houver também deficiência de <strong>resistência</strong><strong>do</strong> <strong>concreto</strong> cujos resulta<strong>do</strong>s devem ser avalia<strong>do</strong>s de acor<strong>do</strong> com a ABNT - NBR12655:2006 12 , proceden<strong>do</strong>-se a seguir a nova verificação <strong>da</strong> estrutura visan<strong>do</strong> suaaceitação, poden<strong>do</strong> ser utiliza<strong>do</strong> o disposto em 12.4.1 (“admite-se no caso detestemunhos extraí<strong>do</strong>s <strong>da</strong> estrutura, dividir o valor de γ c por 1,1”);c) não sen<strong>do</strong> finalmente elimina<strong>da</strong> a não-conformi<strong>da</strong>de, aplica-se o disposto em25.3.3 (“determinar as restrições de uso <strong>da</strong> estrutura; providenciar o projeto dereforço; decidir pela demolição parcial ou total”). Há casos em que pode também serrecomen<strong>da</strong><strong>da</strong> a prova de carga desde que não haja risco de ruptura frágil”.Não é simples a interpretação <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s com base na ruptura de testemunhosextraí<strong>do</strong>s proposta na alínea b) indica<strong>da</strong> acima, pelos inúmeros fatores queinfluenciam os mesmos, entre eles os <strong>da</strong>nos causa<strong>do</strong>s pelas operações de extração,comumente referi<strong>do</strong>s como “efeitos de broqueamento”.A propósito, Mun<strong>da</strong>y e Dhir 13 , comentam sobre a dificul<strong>da</strong>de de se estimar a<strong>resistência</strong> potencial <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> com base em testemunhos extraí<strong>do</strong>s, por essesdiversos fatores envolvi<strong>do</strong>s no processo.A NBR 6118 em sua versão anterior de 1978 14 registra<strong>da</strong> no INMETRO como NBR6118:1980, no seu Capítulo 16 - Aceitação <strong>da</strong> estrutura, no sub-item referente aensaios especiais <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>, na investigação direta <strong>da</strong> sua <strong>resistência</strong> refere-seque os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s testemunhos extraí<strong>do</strong>s, devem ser corrigi<strong>do</strong>s em virtude <strong>do</strong>sefeitos <strong>do</strong> broqueamento, sem, no entanto especificar o coeficiente para estacorreção. Admite que os resulta<strong>do</strong>s sejam majora<strong>do</strong>s em 10% quan<strong>do</strong> se dispuserde amostragem de seis testemunhos e em 15% quan<strong>do</strong> o número de testemunhosfor igual ou superior a dezoito.


31A análise comparativa <strong>do</strong> comportamento dessas <strong>resistência</strong>s de corpos-de-provapadrão mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s-f c(M) , segun<strong>do</strong> as condições normativas, e de testemunhosextraí<strong>do</strong>s-f c(E) de diversos diâmetros nas mesmas condições de cura, por meio deinvestigação experimental, abrangen<strong>do</strong> <strong>concreto</strong>s com diversas <strong>resistência</strong>s,proposta de estu<strong>do</strong> desta tese, possibilita uma <strong>avaliação</strong> quantitativa, para o caso depari<strong>da</strong>de de dimensões entre corpos-de-prova e testemunhos, <strong>do</strong> coeficiente decorreção <strong>do</strong>s efeitos de broqueamento causa<strong>do</strong>s aos testemunhos pelo processo deextração representa<strong>do</strong> pela relação f c(M) /f c(E) . Admitin<strong>do</strong>-se que as <strong>resistência</strong>s <strong>do</strong>stestemunhos representa a <strong>resistência</strong> efetiva <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> na estrutura, esta relaçãof c(M) /f c(E) corresponde <strong>à</strong> parcela γ c2 <strong>do</strong> coeficiente normativo de ponderação <strong>da</strong><strong>resistência</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> γ c2 .É importante registrar-se que tem si<strong>do</strong> ca<strong>da</strong> vez mais amiúde, na <strong>avaliação</strong> <strong>da</strong><strong>resistência</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> aplica<strong>do</strong> em estruturas, a extração de testemunhos, comvistas a subsidiar as análises estruturais, bem como para dirimir dúvi<strong>da</strong>s referentesaos resulta<strong>do</strong>s de ensaios em corpos-de-prova mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s na fase de controle dequali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s obras. A não credibili<strong>da</strong>de, como palavra final, nos resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>sensaios não destrutivos realiza<strong>do</strong>s isola<strong>da</strong>mente (a exemplo <strong>do</strong>s esclerométricos eultrassônicos), alia<strong>da</strong> aos custos eleva<strong>do</strong>s <strong>da</strong>s provas-de-carga, tem contribuí<strong>do</strong>para esse aumento na procura de extração de testemunhos em estruturas. Apossibili<strong>da</strong>de de se verificar diretamente a <strong>resistência</strong> de amostras de <strong>concreto</strong> <strong>do</strong>próprio elemento estrutural em análise, constitui-se na grande vantagem dessesensaios com testemunhos extraí<strong>do</strong>s. Por outro la<strong>do</strong>, como já referi<strong>do</strong>, é grande adificul<strong>da</strong>de na interpretação <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s desses ensaios e no estabelecimento decritérios de aceitação <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>, os quais, quan<strong>do</strong> não omissos, apresentamdivergências na normalização nacional e internacional.A análise <strong>do</strong>s fatores, tais como, a amostragem e as condições de extração, os<strong>da</strong>nos causa<strong>do</strong>s pela mesma, as dimensões <strong>do</strong>s testemunhos, as condições deruptura e a i<strong>da</strong>de que influenciam os resulta<strong>do</strong>s; foi detalha<strong>da</strong> por Petersons 15 ,Malhotra 16 e por outros pesquisa<strong>do</strong>res.Alinham-se, entre outros, os seguintes pontos relevantes de interesse destapesquisa e <strong>da</strong> utilização <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s espera<strong>do</strong>s:• a contribuição <strong>à</strong> estimativa <strong>do</strong> coeficiente de correção devi<strong>do</strong> aos efeitos <strong>do</strong>broqueamento;


32• o incremento, aos estu<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s testemunhos de 15cm e 10cm previsto nasnormas brasileiras, <strong>do</strong>s diâmetros de extração de 7,5cm, de 5cm e de 2,5cm, degrande interesse prático por causar <strong>da</strong>nos reduzi<strong>do</strong>s <strong>à</strong> estrutura em análise;• a possibili<strong>da</strong>de de aplicação prática imediata no campo profissional, nas análisescorrentes de componentes estruturais de obras em construção ou construí<strong>da</strong>s,em conjunto com os ensaios não destrutivos;• a aplicação nos projetos de recuperação ou reforço estrutural;• a amplitude <strong>da</strong> pesquisa, abrangen<strong>do</strong> quatro níveis de <strong>resistência</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> ecinco diâmetros de testemunhos, permitin<strong>do</strong> uma maior gama de correlações ede inferências estatísticas;• a contribuição <strong>à</strong> analise de obras sinistra<strong>da</strong>s e/ou com comprometimento <strong>da</strong>segurança estrutural;• a contribuição <strong>à</strong> analise <strong>do</strong> comportamento não espera<strong>do</strong> de estruturas emserviço, quer, por falhas nos projetos, por utilização inadequa<strong>da</strong> <strong>da</strong>s mesmas,ou por “patologias” surgi<strong>da</strong>s, conforme Helene 17 , como no caso <strong>da</strong>s reaçõesálcalis-agrega<strong>do</strong>; e por fim,• no esclarecimento de dúvi<strong>da</strong>s ou conflitos referentes aos resulta<strong>do</strong>s com corpode-provamol<strong>da</strong><strong>do</strong>s durante o controle de quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s obras.Este último tópico tem-se torna<strong>do</strong> freqüente, com a utilização quase universal de<strong>concreto</strong> usina<strong>do</strong>, a exemplo <strong>do</strong>s casos em que os resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s no controle deaceitação na obra se apresentam discrepantes em relação ao controle de produçãoefetua<strong>do</strong> na central de <strong>concreto</strong>.À título de ilustração <strong>da</strong> importância prática desse estu<strong>do</strong>, em pesquisa na ci<strong>da</strong>de <strong>do</strong>Recife, a empresa de consultoria TECOMAT – Tecnologia <strong>da</strong> Construção e MateriaisLt<strong>da</strong>. realizou de 1999 a 2006, na região metropolitana, extrações em mais de 180obras, com cerca de 1500 testemunhos, em atendimento <strong>à</strong> solicitações de origensdiversas. A interpretação <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s de ruptura <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> dessestestemunhos foi, no entanto, muitas vezes, polêmica, em face <strong>do</strong> desconhecimento<strong>do</strong> coeficiente de correção devi<strong>do</strong> aos <strong>da</strong>nos causa<strong>do</strong>s pelo broqueamento,conforme comunicação verbal <strong>do</strong> seu diretor técnico Eng. Joaquim Correia deAndrade 18 . Ain<strong>da</strong>, nesta ci<strong>da</strong>de <strong>do</strong> Recife, foi constata<strong>da</strong>, nos últimos anos, apresença de reações álcalis-agrega<strong>do</strong>, na ponte Paulo Guerra, que dá acesso aobairro <strong>da</strong> Boa Viagem, avalia<strong>da</strong> com base nas extrações de testemunhos por Heleneet al. 19 e, em fun<strong>da</strong>ções de diversos prédios, o que provocou um substancial


33aumento nas solicitações para extração de testemunhos, visan<strong>do</strong> a investigaçãodessas reações expansivas.Por oportuno, Hasparyk et al. 20 , em trabalho apresenta<strong>do</strong> sobre o índice dedeterioração de testemunhos extraí<strong>do</strong>s de Usinas Hidrelétricas, citan<strong>do</strong> ameto<strong>do</strong>logia proposta por Grattan-Bellew & Danay, mostraram que existe correlaçãoentre o grau de deterioração e a reação álcali-agrega<strong>do</strong>, constituin<strong>do</strong>-se esteméto<strong>do</strong> em um procedimento adicional na análise de <strong>concreto</strong>s com indícios destapatologia.Ten<strong>do</strong>-se vivencia<strong>do</strong>, há mais de três déca<strong>da</strong>s, tanto como <strong>do</strong>cente quanto comoengenheiro, os problemas inerentes <strong>à</strong> execução, ao controle de quali<strong>da</strong>de, <strong>à</strong><strong>avaliação</strong> e a recuperação de estruturas de <strong>concreto</strong>, julgou-se oportuno, trabalharneste programa de <strong>do</strong>utora<strong>do</strong>, com o aludi<strong>do</strong> tema de pesquisa experimental,esperan<strong>do</strong>-se que os seus resulta<strong>do</strong>s possam, de algum mo<strong>do</strong>, contribuir para osprojetos e avaliações dessas estruturas.1.2 Centros de Pesquisas e pesquisa<strong>do</strong>res <strong>do</strong> temaDiversos centros de pesquisas e pesquisa<strong>do</strong>res tem-se dedica<strong>do</strong> <strong>à</strong> <strong>avaliação</strong> <strong>da</strong>sestruturas de <strong>concreto</strong>, e, em particular, <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> por meio detestemunhos extraí<strong>do</strong>s. Foram pioneiros no Brasil, Silva Junior e Aprá Neto 21 , em1942, no Instituto de Pesquisas Tecnológicas – IPT de São Paulo, com a publicaçãode estu<strong>do</strong> comparativo entre a <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> de corpos-de-provacilíndricos de <strong>concreto</strong> mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s e extraí<strong>do</strong>s com diâmetros de 15cm, concluin<strong>do</strong>,praticamente, pela não influência <strong>do</strong> processo de extração sobre os resulta<strong>do</strong>sobti<strong>do</strong>s.Em 1980, a Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT criou a Comissão deEstu<strong>do</strong> CE – 18:4.4 - “Extração, preparo, ensaio e análise de testemunhos deestruturas de <strong>concreto</strong>”, presidi<strong>da</strong> pelo Eng. Paulo Roberto <strong>do</strong> Lago Helene, entãosecretário <strong>do</strong> CB-18-Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e Agrega<strong>do</strong>s <strong>da</strong> ABNTe Engenheiro Pesquisa<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Agrupamento de Tecnologia e Concreto <strong>do</strong> IPT/SP.Esta comissão aprofun<strong>do</strong>u o estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> tema, culminan<strong>do</strong>, em 1981, com o textobase <strong>da</strong> NBR 7680:1983 10 , republica<strong>do</strong>, sem alterações, oficialmente, em 1983.


34A partir de então, diversos Centros de Pesquisas no Brasil, passaram <strong>à</strong> investigação<strong>da</strong> extração de testemunhos, destacan<strong>do</strong>-se a Escola Politécnica <strong>da</strong> USP, comdiversos pesquisa<strong>do</strong>res, coordena<strong>do</strong>s por Helene, incluin<strong>do</strong>-se a pós-graduaçãodesta Escola, com a tese de <strong>do</strong>utora<strong>do</strong> de Cremonini 22 .Na Universi<strong>da</strong>de Federal <strong>do</strong> Rio Grande <strong>do</strong> Sul, figura o grupo de engenharia civilcoordena<strong>do</strong> pela professora Dal Molin, o qual estabeleceu intercâmbio compesquisa<strong>do</strong>res <strong>da</strong> Escola Politécnica de Madri, entre eles a renoma<strong>da</strong> pesquisa<strong>do</strong>raMaria Luiza Cañas Martins.Registram-se, também, os estu<strong>do</strong>s experimentais em <strong>avaliação</strong> de estruturasacaba<strong>da</strong>s, compreenden<strong>do</strong> ensaios destrutivos e não-destrutivos, nos quais foramobti<strong>da</strong>s correlações coerentes envolven<strong>do</strong> os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s testemunhos,desenvolvi<strong>do</strong>s por: Prudêncio Jr, Ferrari e Pa<strong>da</strong>ratz, Pinto et al. 23 e Steil et al. 24 naUniversi<strong>da</strong>de Federal de Santa Catarina e por Castro 25 , na Universi<strong>da</strong>de FederalFluminense.De forma análoga, o grupo de pesquisa<strong>do</strong>res com destaque para Nepomuceno, naUniversi<strong>da</strong>de de Brasília, e para Figueire<strong>do</strong> na Universi<strong>da</strong>de Federal de Goiás,estes, com enfoque na durabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s estruturas. Ain<strong>da</strong>, em São Paulo, equipecoordena<strong>da</strong> por Bauer, desenvolveu investigações sobre a extração de testemunhosno L.A. Falcão Bauer – Centro de Tecnologia de Quali<strong>da</strong>de Lt<strong>da</strong>.Ressalte-se, aqui, o papel desempenha<strong>do</strong> pelo Instituto Brasileiro de Concreto –IBRACON, por meio de seus diversos Comitês, de sua revista técnica periódica e<strong>da</strong>s Reuniões Anuais e Congressos Brasileiros, já em sua 48ª edição em 2006, <strong>do</strong>squais, várias referências são registra<strong>da</strong>s nesta tese. Igualmente, a AssociaçãoBrasileira de Cimento Portland – ABCP, ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong> IPT/SP, já menciona<strong>do</strong>,constituem-se em amplo acervo para consultas <strong>do</strong> tema em estu<strong>do</strong>.Importante contribuição <strong>à</strong>s análises <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> nas estruturas,provém <strong>da</strong>s pesquisas realiza<strong>da</strong>s pelo Laboratório de Furnas Centrais Elétricas S. A,bem como pelo núcleo de pesquisa<strong>do</strong>res <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de Estadual <strong>do</strong> Oeste <strong>do</strong>Paraná – UNIOESTE, entre eles, Rodrigues, Lima Junior e Larsen e Fabro, os quaiscontam com o apoio <strong>do</strong> Laboratório de Tecnologia <strong>do</strong> Concreto <strong>da</strong>ITAIPÚ/Binacional. Larsen et al. 26 , analisam, em trabalho sobre o tema, os fatoresque influenciam na <strong>avaliação</strong> <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> efetiva <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> componente deelementos estruturais. Moreira et al. 27 na Universi<strong>da</strong>de Federal <strong>do</strong> RioGrande – FURG/RS, apresentaram trabalho abor<strong>da</strong>n<strong>do</strong> uma meto<strong>do</strong>logia para


35<strong>avaliação</strong> <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> em estruturas existentes por meio detestemunhos.Em Pernambuco vários pesquisa<strong>do</strong>res, tem-se dedica<strong>do</strong> ao tema, entre eles, naUFPE, Andrade e Regis, este último com enfoque para a extração de testemunhos,orientan<strong>do</strong> atualmente dissertação de mestra<strong>do</strong> 28 , abor<strong>da</strong>n<strong>do</strong> o estu<strong>do</strong> comparativode corpos-de-prova mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s e testemunhos cilíndricos extraí<strong>do</strong>s (de 10cm x 20cm)em blocos mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s e cura<strong>do</strong>s em laboratório, com f c28 <strong>da</strong> ordem de 30MPa.Na Universi<strong>da</strong>de Católica/PE, citam-se os trabalhos de Oliveira, Monteiro, Fonte eVieira Filho. A propósito, Vieira Filho e Helene 29,30 , em trabalhos experimentais,concluíram pela possibili<strong>da</strong>de de utilização de minitestemunhos, extraí<strong>do</strong>s comdiâmetros inferiores a 75mm, na <strong>avaliação</strong> <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>em estruturas.É importante registrar, que, no Esta<strong>do</strong> de Pernambuco, em função <strong>da</strong> sua extensamalha ro<strong>do</strong>viária e infraestrutura aeroportuária, em <strong>concreto</strong> de cimento portland,foram realiza<strong>do</strong>s, desde a déca<strong>da</strong> de 70, por empresas de consultoria local, entreelas a ASTEP S.A. 31 e CONGEPE Lt<strong>da</strong>. 32 , diversos trabalhos profissionais de<strong>avaliação</strong> estrutural de pavimentos para o então DNER e para INFRAERO. Essesestu<strong>do</strong>s, efetua<strong>do</strong>s de forma criteriosa, utilizaram a técnica <strong>da</strong> extração detestemunhos, apoia<strong>da</strong> por ensaios esclerométricos, nas avaliações <strong>da</strong> BR 101 eBR 232 e na ampliação <strong>da</strong> pista principal <strong>do</strong> Aeroporto <strong>do</strong>s Guararapes, ain<strong>da</strong>naquela déca<strong>da</strong>, analisan<strong>do</strong> com base em critérios estatísticos e nos devi<strong>do</strong>s fatoresde correção <strong>da</strong> geometria e i<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s testemunhos, as características mecânicas<strong>da</strong>s placas de <strong>concreto</strong>; constituin<strong>do</strong>-se em substancial massa de <strong>da</strong><strong>do</strong>s parainvestigação. Como conseqüência, Lira e Vieira Filho 33 apresentaram trabalho, sobre<strong>avaliação</strong> estrutural <strong>do</strong> pavimento de trecho <strong>da</strong> BR 101 Norte, com base na extraçãode testemunhos, atestan<strong>do</strong>, após a análise <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s mesmos, as boascaracterísticas de <strong>resistência</strong> mecânica <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>, após 20 anos de utilização <strong>da</strong>ro<strong>do</strong>via. Este trabalho foi apresenta<strong>do</strong> no 1º Congresso Brasileiro de Pavimentos deConcreto, realiza<strong>do</strong> pelo IBRACON, em 1978, na ci<strong>da</strong>de de Belo Horizonte.No contexto internacional, inúmeros Institutos, Enti<strong>da</strong>des de Pesquisas epesquisa<strong>do</strong>res enfocaram a <strong>avaliação</strong> <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> em estruturasacaba<strong>da</strong>s.Em 1966, as associações internacionais CEB, CIB, FIP e RILEM, formalizaram umComitê de especialistas, coordena<strong>do</strong> pelo pesquisa<strong>do</strong>r Hubert Rüsch, para estu<strong>do</strong>


36<strong>do</strong> tema “Statistical Control of Concrete Quality”. Como membro deste Comitê, osueco Petersons 15 dedicou-se <strong>à</strong>s avaliações “in situ” <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>,publican<strong>do</strong>, em 1971, o excelente texto, abrangen<strong>do</strong> diversas técnicas de análise <strong>do</strong><strong>concreto</strong> nas estruturas: “Recommen<strong>da</strong>tions for estimation of quality of concrete infinished structures”. Lideran<strong>do</strong> o Instituto de Pesquisas sobre Cimento e Concreto deEstocolmo, apresentou ain<strong>da</strong> diversos estu<strong>do</strong>s sobre o tema, sen<strong>do</strong>, o trabalhosupramenciona<strong>do</strong>, considera<strong>do</strong>, pela sua abrangência, como um marco, cita<strong>do</strong> porDelibes-Liniers 34 como o mais completo até então (1974).O ACI e a ASTM, também se destacaram na investigação <strong>da</strong>s estruturas de <strong>concreto</strong>nas estruturas desde os anos 60. A partir de Bloem 35 , que publicou pela ASTM, em1965, trabalho relativo a “procedimentos” sobre a utilização de corpos-de-provacilíndricos e de testemunhos extraí<strong>do</strong>s, e, posteriormente, como diretor deengenharia <strong>do</strong> ACI, em 1968, apresentou o seu importante estu<strong>do</strong> “ConcreteStrength in Structures”, no qual analisa a variabili<strong>da</strong>de de resulta<strong>do</strong>s de diversosméto<strong>do</strong>s de <strong>avaliação</strong> <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> em estruturas; seguiram-sevárias publicações pelo “ACI Journal”, por seus membros associa<strong>do</strong>s de diversospaíses. Destaca-se em seqüência os artigos de: Kramrisch, Neville, Gaynor,Campbel e Tobin, Washa e Wendt e Macgregor, e, mais recentemente, o de Aïtcin,enfatizan<strong>do</strong> o <strong>concreto</strong> de alto desempenho, to<strong>do</strong>s pelo “ACI Journal”.Em particular, centra<strong>do</strong> na análise <strong>da</strong>s dimensões <strong>do</strong>s corpos-de-prova e <strong>do</strong>stestemunhos e suas consequências nas avaliações <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>,diversos pesquisa<strong>do</strong>res publicaram trabalhos, <strong>através</strong> <strong>da</strong>s revistas “Magazine ofConcrete Research”, “Concrete Internacional” e “The Structural Engeneer”, entreeles: Bungey, <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de de Liverpool, Yip e Tam, Bowman, Yuan, Patnaik ePatnaikuni, Watkins e Mcnicholl, Chetan e Schnormeier e Douglas e Schnormeier,sen<strong>do</strong> estes três últimos <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> americano <strong>do</strong> Arizona.Na Inglaterra, além <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s <strong>da</strong> Concrete Society, e <strong>do</strong>s trabalhos de Bungey eNeville supracita<strong>do</strong>s, destacam-se as pesquisas de Maynard e Davis e de Elvery 36<strong>da</strong> “University College” de Londres, o qual concluiu que os méto<strong>do</strong>s ultrassônicos eesclerométricos necessitam de curvas de calibração relativas <strong>à</strong>s medi<strong>da</strong>s <strong>da</strong><strong>resistência</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> para as suas vali<strong>da</strong>des.Na Espanha, uma grande legião de estudiosos publicaram pesquisas sobre aextração de testemunhos de estruturas de <strong>concreto</strong>, como Ortiz e Diaz, em Bilbao,Martins e Fernandez-Gomez, na Universi<strong>da</strong>de Politécnica de Madri. Ain<strong>da</strong> em Madri,


37no importante núcleo <strong>do</strong> Instituto Eduar<strong>do</strong> Torroja, ressaltam-se os trabalhos deDelibes-Liniers, Calavera, Canovas, Tobio, entre outros. Na região <strong>da</strong> Catalunha,destinguem-se pesquisa<strong>do</strong>res como Alba 37 , que apresentou amplo estu<strong>do</strong>abrangen<strong>do</strong> diversos méto<strong>do</strong>s de <strong>avaliação</strong> estrutural, consoli<strong>da</strong><strong>do</strong> em sua tese de<strong>do</strong>utora<strong>do</strong>: “La estimacion in situ de la <strong>resistência</strong> del hormigon endureci<strong>do</strong>”,apresenta<strong>da</strong> na Universi<strong>da</strong>de Politécnica; ao la<strong>do</strong> de Montoya, Meseguer e Cabré e<strong>do</strong> grupo <strong>do</strong> Instituto Técnico de Materiales y Construciones – INTEMAC. NesteInstituto além <strong>do</strong> destaca<strong>do</strong> Prof. Francisco H. Alba, despontam pesquisa<strong>do</strong>rescomo Cabezas e Tassios.Em Portugal, encontra-se o conceitua<strong>do</strong> Centro de Investigação <strong>do</strong> LaboratórioNacional de Engenharia Civil - LNEC, em Lisboa, no qual tem-se como referência oProf. Souza Coutinho. Trabalhou também neste laboratório o ex-professor <strong>da</strong>PUC/RJ, Vasconcellos 38 que apresentou trabalhos na área de estu<strong>do</strong>s em apreço,entre eles, concluin<strong>do</strong>, em pesquisa sobre o efeito <strong>da</strong> permanência <strong>da</strong>s cargas de<strong>compressão</strong>, que o aumento <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> verifica<strong>da</strong> no <strong>concreto</strong>, quan<strong>do</strong> sujeito aessas cargas, funcionam como uma segurança adicional.Na Alemanha, citam-se os trabalhos de Lewan<strong>do</strong>wski e Hummel, e, na Itália, no“Instituto Politécnico de Torino” o trabalho de Indelicato 39 sobre a extração e aviabili<strong>da</strong>de de testemunhos de pequenas dimensões.Na França, além <strong>da</strong>s pesquisas pioneiras de L’Hermite e <strong>do</strong>s Comitês <strong>do</strong>RILEM 40,41 , em Paris, destina<strong>do</strong>s ao estu<strong>do</strong> <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>, registram-seos trabalhos de Kuczynski, analisan<strong>do</strong> testemunhos de diferentes dimensões,apresenta<strong>do</strong> pelo RILEM e as publicações de Rossi e de Boulay sobre ocomportamento estrutural <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>, <strong>através</strong> <strong>do</strong> “Laboratories dês Ponts eChaussés”.Na Eurásia, na Middle East Technical University, em Ankara, na Turquia, ospesquisa<strong>do</strong>res Tokay e Özdemir 42 , apresentaram em interessante trabalhoexperimental, estu<strong>do</strong> sobre os efeitos <strong>da</strong>s diversas dimensões de corpos-de-provana <strong>avaliação</strong> <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>, concluin<strong>do</strong> que o efeito <strong>da</strong>relação altura/diâmetro <strong>do</strong> corpo-de-prova na <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong>, não é tãosignificativo nos <strong>concreto</strong>s de alta <strong>resistência</strong>.No continente americano, desenvolveu-se no Canadá forte núcleo de pesquisassobre o objeto em estu<strong>do</strong>, com destaque para o renoma<strong>do</strong> pesquisa<strong>do</strong>r Malhotra,também colabora<strong>do</strong>r <strong>do</strong> ACI, com diversos trabalhos publica<strong>do</strong>s. Referenciam-se


38também os estu<strong>do</strong>s de Tso e Selman, de Drys<strong>da</strong>le 43 , <strong>da</strong> Manchester University deOntário, mostran<strong>do</strong> a utili<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s ensaios ultrassônicos na identificação de locaisde <strong>concreto</strong> de baixa quali<strong>da</strong>de nas estruturas. Ain<strong>da</strong> sobre a análise de ensaios de<strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> de <strong>concreto</strong>s de alta <strong>resistência</strong>, cita-se o trabalhopublica<strong>do</strong> por Lessard, Chaallal e Aïtcin 44 , sen<strong>do</strong> o primeiro e o último, autores <strong>da</strong>Université de Sherbrooke, em Quebec, e o segun<strong>do</strong> autor <strong>da</strong> L´École deTechnologie Supérieure de Montreal; no qual concluem sobre a diminuição <strong>da</strong><strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> nesses <strong>concreto</strong>s, designa<strong>do</strong>s por HSC (“high strengthconcrete”), com o aumento <strong>do</strong> tamanho <strong>do</strong> corpo-de-prova.Na América <strong>do</strong> Sul, em complemento ao retrospecto brasileiro já apresenta<strong>do</strong>,distinguem-se, ain<strong>da</strong>, pesquisa<strong>do</strong>res <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> nas estruturas, comoDiaz de Smitter, <strong>do</strong> Instituto de Materiales y Modelos Estruturales de Caracas e ogrupo coordena<strong>do</strong> pela Profª. Oladis de Rincon, <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de de Zulia, emMaracaibo, na Venezuela. Na Argentina destacam-se Amin <strong>do</strong> Laboratório deEnsaios de Estruturas <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de Nacional de Tucumán; Traversa <strong>do</strong>“Laboratório de Entrenamiento Multidisciplinario para la Investigación Tecnológica –LEMIT de Buenos Aires e ain<strong>da</strong> Luisoni e Somerson <strong>da</strong> Facul<strong>da</strong>de de Engenharia deLa Plata.1.3 ObjetivosO presente trabalho tem como objetivo principal quantificar a relação entre as<strong>resistência</strong>s <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> obti<strong>da</strong>s de corpos-de-prova mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s f c(M) ede testemunhos extraí<strong>do</strong>s f c(E) representa<strong>da</strong> por R (M/E) = f c(M) / f c(E) . Esta relaçãorepresenta o coeficiente de correção a ser aplica<strong>do</strong> <strong>à</strong> <strong>resistência</strong> <strong>do</strong>s testemunhos,devi<strong>do</strong> aos <strong>da</strong>nos causa<strong>do</strong>s pelo processo de extração, comumente denomina<strong>do</strong> deefeitos de broqueamento, nas análises estruturais. O seu conhecimento temimportância fun<strong>da</strong>mental na estimativa <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> nasestruturas ou lotes estruturais, com o uso dessa meto<strong>do</strong>logia de extração detestemunhos. Corresponde, admitin<strong>do</strong>-se que as <strong>resistência</strong>s <strong>do</strong>s testemunhos


39representam a <strong>resistência</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> na estrutura, a parcela γ c2 <strong>do</strong> coeficientenormativo de ponderação <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> γ c .Como objetivo específico é investiga<strong>da</strong> a viabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> utilização de testemunhosde diâmetros inferiores aos de 15cm e 10cm comumente recomen<strong>da</strong><strong>do</strong>s pelanormalização nacional e internacional. Para tanto foram utiliza<strong>do</strong>s testemunhos dediâmetros 15cm; 10cm; 7,5cm; 5cm e 2,5cm na presente pesquisa experimental.Também é avalia<strong>da</strong> a influência <strong>do</strong> tipo de cura <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>: úmi<strong>da</strong> por molhagem eao ar nas condições termohigrométricas ambientais nos resulta<strong>do</strong>s experimentaisobti<strong>do</strong>s.1.4 Originali<strong>da</strong>deA presente pesquisa, na qual se fun<strong>da</strong>mentou esta tese, tem como originali<strong>da</strong>de aconjugação <strong>da</strong> investigação experimental <strong>da</strong> relação entre a <strong>resistência</strong> <strong>à</strong><strong>compressão</strong> obti<strong>da</strong> em corpos-de-prova padrão mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s e cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s emdiversos níveis de <strong>resistência</strong>, incluin<strong>do</strong> o <strong>concreto</strong> de 70MPa, com testemunhosextraí<strong>do</strong>s de blocos cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s e ao ar, para quantificação <strong>do</strong>s efeitos <strong>do</strong>broqueamento; com a utilização de cinco diâmetros, respectivamente: 15cm, 10cm,7,5cm, 5cm e 2,5cm. Utilizam-se também no presente estu<strong>do</strong> experimental corposde-provapadrão cura<strong>do</strong>s ao ar para comparação de resulta<strong>do</strong>s. Consideram-seain<strong>da</strong> <strong>do</strong>is tipos de cura <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>: ao ambiente natural e umedeci<strong>do</strong> pormolhagem <strong>do</strong>s blocos confecciona<strong>do</strong>s. A i<strong>da</strong>de para os ensaios foi a de referêncianormativa aos 28 dias, verifican<strong>do</strong>-se também, para um <strong>do</strong>s lotes estu<strong>da</strong><strong>do</strong>s, com o<strong>concreto</strong> de 65MPa, a análise <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s aos 90 dias de i<strong>da</strong>de, como informaçãoadicional <strong>à</strong> pesquisa desenvolvi<strong>da</strong>.


401.5 Conteú<strong>do</strong> <strong>da</strong> TeseA apresentação deste trabalho, além <strong>do</strong>s itens usuais componentes <strong>da</strong> parte prétextual,foi estrutura<strong>da</strong> em cinco capítulos, referências bibliográficas, 9 apêndices e 4anexos compon<strong>do</strong> <strong>do</strong>is volumes, sen<strong>do</strong> o segun<strong>do</strong> volume constituí<strong>do</strong> pelosapêndices e anexos. O primeiro capítulo consta de uma introdução, abor<strong>da</strong>n<strong>do</strong> aimportância e justificativa <strong>do</strong> tema estu<strong>da</strong><strong>do</strong>, os principais Centros de Pesquisa epesquisa<strong>do</strong>res que o enfocaram, os objetivos, a originali<strong>da</strong>de e o conteú<strong>do</strong> <strong>do</strong>trabalho. O capítulo 2 é dedica<strong>do</strong> <strong>à</strong> introdução <strong>da</strong> segurança no projeto <strong>da</strong>sestruturas de <strong>concreto</strong>, no qual se apresenta uma visão histórica, a evolução <strong>do</strong>sméto<strong>do</strong>s e critérios de segurança, a importância e o significa<strong>do</strong> <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>à</strong><strong>compressão</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>, os méto<strong>do</strong>s de análise dessa <strong>resistência</strong> em estruturasacaba<strong>da</strong>s e o enfoque sobre a extração de testemunhos de <strong>concreto</strong>, suaslimitações e abrangências e considerações gerais sobre os itens deste capítulo esobre o programa experimental utiliza<strong>do</strong>.No terceiro capítulo é detalha<strong>do</strong> o experimento, enfatizan<strong>do</strong>-se o seu planejamento,as variáveis em análise e as características <strong>do</strong>s <strong>concreto</strong>s e procedimentos deensaios emprega<strong>do</strong>s. No quarto capítulo são apresenta<strong>do</strong>s os resulta<strong>do</strong>s, os quaissão discuti<strong>do</strong>s bem como analisa<strong>da</strong>s estatisticamente as populações de resulta<strong>do</strong>ssob diversas vertentes. No quinto capítulo são apresenta<strong>da</strong>s as conclusões destapesquisa constan<strong>do</strong>: <strong>da</strong>s considerações finais, <strong>da</strong>s conclusões propriamente ditas,<strong>da</strong> transferência <strong>do</strong> conhecimento ao meio técnico e <strong>da</strong>s sugestões para estu<strong>do</strong>sfuturos relaciona<strong>do</strong>s ao tema em apreço. Seguem-se as referências bibliográficasconcluin<strong>do</strong> o primeiro volume. Nos APÊNDICES A e B constam as análisesestatísticas <strong>da</strong>s <strong>resistência</strong>s <strong>à</strong> <strong>compressão</strong>; no C o programa de mol<strong>da</strong>gem <strong>do</strong>sblocos; nos D, E, F, G e H os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s ensaios e no APÊNDICE I o estu<strong>do</strong>estatístico <strong>da</strong>s correlações obti<strong>da</strong>s.No ANEXO A consta o registro <strong>da</strong>s temperaturas e umi<strong>da</strong>des relativas <strong>do</strong> arcorrespondente ao perío<strong>do</strong> de realização <strong>do</strong> experimento. O ANEXO B abrange osresulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s ensaios com os materiais constituintes <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> disponíveis nacentral <strong>do</strong>sa<strong>do</strong>ra, no ANEXO C constam os lau<strong>do</strong>s de pesagens <strong>da</strong> balança <strong>da</strong>central <strong>do</strong>sa<strong>do</strong>ra e no ANEXO D as tabelas de probabili<strong>da</strong>des <strong>do</strong>s parâmetrosutiliza<strong>do</strong>s na análise estatística.


412 INTRODUÇÃO DA SEGURANÇA NO PROJETO DASESTRUTURAS DE CONCRETO2.1 Visão HistóricaEnfocan<strong>do</strong> o <strong>concreto</strong>, como material de construção, entendi<strong>do</strong> como uma pedraartificial resultante <strong>da</strong> junção de um ligante com materiais pétreos, pode-se afirmar,ser o mesmo tão antigo quanto <strong>à</strong> civilização. Possivelmente, entre 9000 e 7000 AC,a cal já era utiliza<strong>da</strong>, mistura<strong>da</strong> com pedra para a construção de pisos, dentro <strong>do</strong>conceito de <strong>concreto</strong> acima explicita<strong>do</strong>. De acor<strong>do</strong> com Malinowski e Garfinkel 45 ,escavações na ci<strong>da</strong>de de Jericó, na região <strong>da</strong> Galiléia, revelaram a existência depisos construí<strong>do</strong>s com material semelhante ao <strong>concreto</strong> atual, o que, segun<strong>do</strong> osautores, questiona o conceito firma<strong>do</strong>, atribuin<strong>do</strong> aos gregos e romanos opioneirismo <strong>do</strong> uso <strong>da</strong> cal e <strong>da</strong> pozolana na obtenção <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>. Essasobservações foram ressalta<strong>da</strong>s por Isaia 1 , que também faz referência a Koui eFtikos, os quais apresentam o estu<strong>do</strong> de um tanque de <strong>concreto</strong> para estocagem deágua construí<strong>do</strong> em Kamiros, na ilha de Rodes na Grécia, por volta de 1000 AC.Segun<strong>do</strong> esses autores, estu<strong>do</strong>s de laboratório evidenciaram a surpreendentequali<strong>da</strong>de desse <strong>concreto</strong>, submeti<strong>do</strong> <strong>à</strong> inspeção atual, demonstran<strong>do</strong> que osgregos, há cerca de três milênios, tinham o conhecimento empírico <strong>da</strong> tecnologia <strong>do</strong><strong>concreto</strong>. Relata ain<strong>da</strong> Isaia 1 (2005, p.2), com base em Koui e Fitkos, que:“...a <strong>do</strong>sagem <strong>do</strong>s materiais, constituí<strong>do</strong>s de seixo, agrega<strong>do</strong>s calcários médio e fino,com terra vulcânica e cal, como aglomerantes, foi mescla<strong>da</strong> em tal proporção que acurva granulométrica resultante quase se superpõe com a curva ideal proposta porFuller, vinte séculos depois”.Conclui, citan<strong>do</strong>, que esse <strong>concreto</strong> apresenta, atualmente, <strong>resistência</strong> <strong>à</strong><strong>compressão</strong> de 13,5MPa, semelhante ao de uso frequente em fun<strong>da</strong>ções.Em sequência histórica, continua relatan<strong>do</strong> Isaia, o <strong>concreto</strong> <strong>da</strong> era romana,caracterizava-se pela utilização de uma argamassa de argila calcina<strong>da</strong> ou resultantede pedras vulcânicas calcina<strong>da</strong>s e uma areia vulcânica reativa de origem natural ede pe<strong>da</strong>ços irregulares de pedra, ou ain<strong>da</strong> unin<strong>do</strong> blocos de pedras trabalha<strong>da</strong>s, nas


42faces externas <strong>da</strong>s construções. Assim, conforme a obra traduzi<strong>da</strong> diretamente <strong>do</strong>latim de Vitruvius 46 , os romanos desenvolveram a sua tecnologia, <strong>da</strong>n<strong>do</strong> o nome de“concretus” a esse material que significa “fundi<strong>do</strong>” ou “mistura<strong>do</strong>”. Dispunham <strong>da</strong> calhidrata<strong>da</strong>, pozolana, areia e pedra, com as quais preparavam argamassas e<strong>concreto</strong>s (“opus cementicium”) aplica<strong>do</strong>s <strong>à</strong> construção de estruturas, atenden<strong>do</strong>aos requisitos de segurança (“firmitas”), utili<strong>da</strong>de (“utilitas”) e beleza (“venustas”).Segun<strong>do</strong> ain<strong>da</strong> a obra de Vitruvius, esses materiais reativos que compunham o<strong>concreto</strong> utiliza<strong>do</strong> em edificações, não devem ser confundi<strong>do</strong>s com a tradicionalpozolana originária <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de de Pozzuoli, próxima <strong>à</strong> Nápolis, que era utiliza<strong>da</strong>exclusivamente em obras em contato com a água ou em fun<strong>da</strong>ções de pontes,conforme relata Isaia. A propósito, segun<strong>do</strong> observa Neville 47 , a sílica ativa e aalumina <strong>da</strong>s cinzas vulcânicas reagia com a cal produzin<strong>do</strong> o que hoje se conhececomo cimento pozolânico. Essas cinzas ou tufos vulcânicos eram provenientes <strong>do</strong>Vesúvio, localiza<strong>do</strong> na região de Pozzuoli acima referi<strong>da</strong>, estenden<strong>do</strong>-se assim,como comenta Souza Coutinho 48 , essa designação de pozolana ao conjunto demateriais naturais ou artificiais <strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s dessas proprie<strong>da</strong>des reativas.I<strong>do</strong>rn 49 faz referência que os romanos <strong>do</strong>minavam adequa<strong>da</strong>mente a utilização <strong>da</strong>spedras, tijolos e <strong>concreto</strong>-massa, não constatan<strong>do</strong>, no entanto, o emprego dearmaduras de ferro.Isaia 1 observa ain<strong>da</strong> que, diversas obras <strong>do</strong> Império Romano, resistem até hoje,algumas delas em ruínas, por ações de guerra e demolições, no entanto com oaglomerante ain<strong>da</strong> firme e resistente. Entre elas, o Coliseu Romano, construí<strong>do</strong> porVespasiano entre 69 e 79 d.C., a ponte Du Gard, próxima de Nimes, na França, e oaqueduto de Segóvia na Espanha. Destaca a obra <strong>do</strong> Pantheon, em Roma, citan<strong>do</strong>como: “obra executa<strong>da</strong> com perícia e <strong>do</strong>mínio tecnológico, com traços de <strong>concreto</strong><strong>do</strong>sa<strong>do</strong>s em diferentes densi<strong>da</strong>des, ergui<strong>do</strong> por Agripa em 27 a.C., destruí<strong>do</strong> pelofogo e reconstruí<strong>do</strong> novamente ao re<strong>do</strong>r de 120 d.C”. Observam Menucci ePriszkulnik 50 que a extraordinária durabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s diversas estruturas <strong>do</strong> ImpérioRomano, está intimamente vincula<strong>da</strong> ao emprego <strong>do</strong> aglomerante composto de calhidrata<strong>da</strong> e pozolana, que, em presença <strong>da</strong> água, <strong>à</strong> temperaturas ordinárias,resultam em compostos com proprie<strong>da</strong>des hidráulicas, resistentes e duráveis.Apresentam-se nas figuras a seguir, ilustrações <strong>da</strong>s obras <strong>do</strong> “Phanteon”, <strong>da</strong> “Pontdu Gard” e <strong>do</strong> “Coliseu” obti<strong>da</strong>s em sites nelas referi<strong>do</strong>s.


43Figura 2.1- Panteão – (http://web.kyotoinet.or.jp/org/orion/eng/hst/roma/pantheon.html)Figura 2.2- Panteão – vista externa-(http://harpy.uccs.edu/roman/html/hadrian2.html)Figura 2.3- Pont du Gard –(http://www.pegue.com/artes/arquitetura_romana.htm)Figura 2.4 – Coliseu – vista interna (arena) –(http://www.greatbuildings.com/cgibin/gbi.cgi/Roman_Colosseum.html/cid_1949090.gbi)


44Com a I<strong>da</strong>de Média, Neville 47 aponta que houve declínio geral na quali<strong>da</strong>de e uso <strong>do</strong>cimento e somente no século XVIII, se registrou avanço <strong>da</strong> tecnologia dessematerial. Conta a história, que, em 1756, John Smeaton, encarrega<strong>do</strong> de reconstruiro farol de Eddystone, ao largo <strong>da</strong> costa de “Cornish”, descobriu que se obtinha umaargamassa melhor, quan<strong>do</strong> a pozolana era mistura<strong>da</strong> ao calcário com eleva<strong>do</strong> teorde argila. Identifican<strong>do</strong>, assim, a importância <strong>da</strong> argila, até então, considera<strong>da</strong>indesejável, Smeaton foi o primeiro a entender as proprie<strong>da</strong>des químicas <strong>da</strong> calhidráulica e a estabelecer, segun<strong>do</strong> Davis 51 , como fun<strong>da</strong>mental a presença <strong>da</strong> argilana rocha calcária, para garantir as proprie<strong>da</strong>des hidráulicas <strong>à</strong>s referi<strong>da</strong>sargamassas. Seguiu-se, nesta época, o desenvolvimento de outros cimentoshidráulicos como cimento romano (“roman cement”), obti<strong>do</strong> pelo inglês JamesParker, em 1796, que segun<strong>do</strong> Dorfman 52 , é um <strong>do</strong>s mais antigos marcos cita<strong>do</strong>scomo precussores <strong>do</strong> cimento moderno. Observa este autor, que: “o roman cementera produzi<strong>do</strong> pela britagem, queima e moagem (exatamente nesta ordem) de umarocha rica em calcário e argila”, e, ain<strong>da</strong>, conforme comenta Quietmeyer 53 essecimento se constituía em uma tentativa no fim <strong>do</strong> século XVIII, de se conseguir umaargamassa com proprie<strong>da</strong>des hidráulicas.Segun<strong>do</strong> Dorfman 52 , o francês Jean Louis Vicat (1786-1861) teve o mérito de em1813, obter pela primeira vez a cal hidráulica artificial. Este renoma<strong>do</strong> pesquisa<strong>do</strong>rpublicou, o resulta<strong>do</strong> de suas pesquisas, em trabalho intitula<strong>do</strong>: “Rechércheséxperimentales sur les chaux de construction, les bétons et les mortiers ordinaires”,no qual descreve uma série de experiências e seus resulta<strong>do</strong>s referentes <strong>à</strong>argamassas e <strong>concreto</strong>s feitos com diferentes misturas de cales naturais e argila.Também, observa Ferrari 54,55 que nesse ano de 1818, Maurice de Saint´Léger, soborientação de Vicat, patenteou o processo de fabricação de cales hidráulicasartificiais, obti<strong>da</strong>s <strong>da</strong> calcinação de calcário e argilas <strong>à</strong> temperatura de ordem de1000ºC, e que, somente a partir de 1826, inicia-se a fabricação regular <strong>da</strong> calhidráulica artificial numa instalação situa<strong>da</strong> em Moulineaux, perto de Paris.No mesmo perío<strong>do</strong>, em 1824, Joseph Aspdin, patenteia na Inglaterra, o “CimentoPortland” como o produto obti<strong>do</strong> pela mistura em proporções apropria<strong>da</strong>s demateriais conten<strong>do</strong> sílica, alumina e óxi<strong>do</strong> de ferro aqueci<strong>do</strong> até a temperatura declinquerização, moen<strong>do</strong>-se o clínquer resultante. A designação “Cimento Portland”foi <strong>da</strong><strong>da</strong> devi<strong>do</strong> <strong>à</strong> semelhança de cor e quali<strong>da</strong>de com o calcário <strong>da</strong> ilha de Portland.Newlon Jr. 56 faz referência que o processo patentea<strong>do</strong> por Aspdin, difere <strong>do</strong>


45processo de Maurice de Saint-Léger, quanto <strong>à</strong> temperatura de calcinação, que ébastante mais alta.A caracterização <strong>do</strong> cimento portland descrita acima é praticamente a mesmareferi<strong>da</strong> em várias normas atualmente no mun<strong>do</strong>, incluin<strong>do</strong>-se a adição de gessoapós a queima e a possibili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> adição de outros materiais.Segun<strong>do</strong> Coutinho 57 o avanço na quali<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s <strong>concreto</strong>s e argamassas se deu apartir <strong>da</strong> fabricação <strong>do</strong> cimento Portland em escala industrial.A propósito, afirma Canovas 58,59 que o protótipo <strong>do</strong> cimento moderno foi produzi<strong>do</strong>em escala industrial por Isaac Jonson, no ano de 1845, conseguin<strong>do</strong> obtertemperaturas suficientemente eleva<strong>da</strong>s para a clinquerização <strong>da</strong> mistura de argila ecal emprega<strong>da</strong>s como matéria prima.Apesar <strong>da</strong> observação de I<strong>do</strong>rn 49 , já cita<strong>da</strong>, <strong>da</strong> não utilização de armaduras de ferronas grandes obras <strong>do</strong> Império Romano, a idéia de se associar barras metálicas <strong>à</strong>pedra ou argamassa com a finali<strong>da</strong>de de aumentar a <strong>resistência</strong> <strong>à</strong>s solicitações deserviço, conforme Vasconcelos 60,61 , remonta dessa era. Comenta este autor quedurante a recuperação <strong>da</strong>s ruínas <strong>da</strong>s termas de Caracella em Roma, notou-se aexistência de barras de bronze dentro <strong>da</strong> argamassa de pozolana, em pontos aondeo vão a vencer era maior <strong>do</strong> que o normal na época. Também, segun<strong>do</strong> esse autor,a associação <strong>do</strong> aço com a pedra natural aparece pela primeira vez na estrutura <strong>da</strong>Igreja de Santa Genoveva, em 1770, hoje, Pantheon em Paris. Observa ain<strong>da</strong>, que:“com o senso admirável de Rondelêt, foram executa<strong>da</strong>s nessa obra, em pedralavra<strong>da</strong>, ver<strong>da</strong>deiras vigas modernas de <strong>concreto</strong> arma<strong>do</strong>, com barras longitudinaisretas na zona de tração e barras transversais de cisalhamento. As barraslongitudinais eram enfia<strong>da</strong>s em furos executa<strong>do</strong>s artesanalmente nas pedras, unsem segui<strong>da</strong> aos outros e os espaços vazios eram preenchi<strong>do</strong>s com uma argamassade cal: trabalho para operários cui<strong>da</strong><strong>do</strong>sos e de excepcional habili<strong>da</strong>de!”.Por oportuno o francês Rondelêt 62 , publicou em 1802, o “Traité de l’Art de Bâtir”,posteriormente traduzi<strong>do</strong> para o inglês, o alemão, o italiano e o espanhol. Estetrata<strong>do</strong> trouxe, segun<strong>do</strong> Mislin 63 importante contribuição para o desenvolvimento <strong>do</strong><strong>concreto</strong>, apresentan<strong>do</strong> a técnica <strong>do</strong> “Pisé”, precursora <strong>da</strong>s técnicas modernas deconcretagem. Observa Dorfman (2003, p. 29) que:


46“...tanto o procedimento de canteiro quanto os equipamentos, ferramentas e osmateriais que fazem parte <strong>da</strong> técnica <strong>do</strong> Pisé, estão descritos na obra de Rondelêt,corresponden<strong>do</strong> perfeitamente <strong>à</strong>s técnicas características <strong>do</strong>s trata<strong>do</strong>s deconstrução e arquitetura publica<strong>do</strong>s a partir <strong>do</strong> início <strong>da</strong> Revolução Industrial”.Consta <strong>da</strong> ampla literatura sobre a história <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>, que a primeira publicaçãosobre “cimento arma<strong>do</strong>”, como era conheci<strong>do</strong> o <strong>concreto</strong> arma<strong>do</strong> até 1920, foi deautoria <strong>do</strong> engenheiro francês, o qual se refere a construção de um barco com ummaterial denomina<strong>do</strong> por ele de “ferciment” que corresponde a uma parede delga<strong>da</strong>de argamassa de cimento arma<strong>da</strong> com malha de ferro, fabrica<strong>do</strong> em 1849 epatentea<strong>do</strong> em 1855, por ocasião <strong>da</strong> Exposição Universal de Paris. Cita Martorelli etal. 64 que toman<strong>do</strong> como base a <strong>da</strong>ta de construção <strong>do</strong> barco de Lambot, a CâmaraSindical <strong>do</strong>s Construtores de Concreto Arma<strong>do</strong> <strong>da</strong> França, comemorou emnovembro de 1949, o centenário <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> arma<strong>do</strong>. Antes <strong>da</strong> patente de Lambotem 1855, o inglês W.B. Wilkinson, obteve em 1854, a primeira patente significativaconcedi<strong>da</strong> a elementos construtivos feitos de <strong>concreto</strong> e ferro, produzin<strong>do</strong> lajes comesses materiais, como se refere Dorfman 52 .Em 1861, segun<strong>do</strong> Collins 65 e Canovas 59 o francês François Coignet,compreenden<strong>do</strong> o papel que desempenham o <strong>concreto</strong> e o ferro como parteintegrante de um novo material, publicou importante livro sob o título: “BetonsAggloméres”.Partin<strong>do</strong> <strong>da</strong> idéia <strong>da</strong> associação de barras de ferro <strong>à</strong> argamassa, um comerciante deplantas ornamentais, paisagista e horticultor, Joseph Monier, em 1877, patenteouum méto<strong>do</strong> para construção de vasos de plantas, de “cimento arma<strong>do</strong>”, semembasamento teórico, e apenas com base no seu espírito prático e tino paranegócios, como aponta Vasconcelos 60 .Mais significativas que as patentes anteriores, para o <strong>concreto</strong> arma<strong>do</strong> de hoje,conforme Peters 66 , foram <strong>à</strong>s obti<strong>da</strong>s pelo norte-americano Thaddeus Hyatt noperío<strong>do</strong> de 1871 a 1881, na Inglaterra, em lajes e vigas em <strong>concreto</strong> arma<strong>do</strong>comentário enfatiza<strong>do</strong> por Dorfman. Comenta Vasconcelos, que o advoga<strong>do</strong>Thaddeus Hyatt, nasci<strong>do</strong> em New Jersey, era possui<strong>do</strong>r de grande capaci<strong>da</strong>deinventiva e de muito interesse por assuntos técnicos, realizan<strong>do</strong> diversos ensaioscom o <strong>concreto</strong> nos anos de 1850.Em 1886, Gustav Wayss adquire de Monier a patente para produzir construçõescom esse material na Alemanha e juntamente com Matthias Koenen, publicam os


47fun<strong>da</strong>mentos teóricos sobre <strong>concreto</strong> arma<strong>do</strong>. Ao fazerem este relato Vasconcelos 57e Isaia 1 comentam que seis anos mais tarde, em 1892, François Hennebique, naFrança, tornou essa mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de de construção amplamente conheci<strong>da</strong>, ao modificaras patentes até então existentes. Ain<strong>da</strong>, segun<strong>do</strong> Kaefer 67 , Hennebique difundiu asua atuação pelo continente Europeu, e pelas América, África e Ásia, com diversosescritórios e patentes de utilização <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>. Observa, no entanto,Isaia (2005, p. 45) que:“...apesar <strong>do</strong> sucesso empresarial de Hennebique até a primeira déca<strong>da</strong> <strong>do</strong> séculoXX, foi o engenheiro alemão Gustav Wayss, por meio de sua empresa construtoraWayss & Freytag, quem disseminou o uso <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>, estabelecen<strong>do</strong> filiais emvários países: primeiramente na Argentina e no Uruguai, na América <strong>do</strong> Sul e, apósno Brasil”.No início <strong>do</strong> século XX; acrescenta Dorfman 52 surgiu o “béton frétté”, considera<strong>do</strong> acontribuição mais significativa <strong>do</strong> francês Louis Armand Considére, <strong>à</strong> ampliação <strong>do</strong>uso <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>, que consistia na aplicação de armaduras em espiral em colunas,princípio até hoje utiliza<strong>do</strong> em pilares e em estacas. Conforme Draffin 68 , tambémcomenta<strong>do</strong> por Dorfman apesar de Hyatt já haver patentea<strong>do</strong> o uso de armadurasem espiral, esta utilização ficou associa<strong>da</strong> <strong>à</strong> patente <strong>do</strong> “béton frétté” proposta porConsidére.No Brasil, a história <strong>da</strong> introdução <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> arma<strong>do</strong>, está intimamente associa<strong>da</strong>ao nome <strong>do</strong> engenheiro Emílio Baumgart, considera<strong>do</strong> por Vasconcelos 60 como o“pai <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> arma<strong>do</strong> no Brasil”. Durante os seus estu<strong>do</strong>s, Baumgart, relataVasconcelos, estagiou com o alemão Lambert Riedlinger, que havia chega<strong>do</strong> aoBrasil em 1912, e fun<strong>da</strong><strong>do</strong> a Companhia Construtora em Cimento Arma<strong>do</strong>. Com aexperiência adquiri<strong>da</strong> com Riedlinger, Baumgart, ain<strong>da</strong> como estu<strong>da</strong>nte, projetou aponte Maurício de Nassau em Recife. Outros nomes cita<strong>do</strong>s pelo Prof. AugustoCarlos de Vasconcelos, associa<strong>do</strong>s aos primórdios <strong>da</strong> história <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> arma<strong>do</strong>no Brasil, são os de Saturnino de Brito, construtor <strong>da</strong>s obras de saneamento nasci<strong>da</strong>des de Santos e <strong>do</strong> Recife nas primeiras déca<strong>da</strong>s <strong>do</strong> século XX, e <strong>do</strong>sengenheiros Antonio de Paula Freitas no Rio de Janeiro, Antonio Alves Noronha,Paulo Fragoso, Sérgio Marques de Souza e Ary Frederico Torres, diretor <strong>do</strong>Laboratório de Ensaios de Materiais <strong>da</strong> Escola Politécnica <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de de SãoPaulo, entre outros. O engenheiro Ary Torres publicou em 1927 trabalho pioneiro, noBoletim EPUSP nº 1, intitula<strong>do</strong> “Dosagem <strong>do</strong>s Concretos”.


48No que concerne ao estu<strong>do</strong> <strong>do</strong>s materiais e <strong>da</strong>s estruturas, de interesse <strong>à</strong>s análisesestruturais e <strong>à</strong> introdução <strong>da</strong> segurança, destaca-se, ao longo <strong>da</strong> história, conformerelata<strong>do</strong> por Cremonini 22 , <strong>da</strong>s obras retrospectivas de Blockley 69 e Ran<strong>da</strong>ll Jr 70 , asseguintes referências, considera<strong>da</strong>s “emblemáticas”, cronologicamente: numaprimeira época remota, a obra de Aristóteles (384 – 322 a.C.) denomina<strong>da</strong>“Mechanika”, ti<strong>da</strong> como a mais antiga <strong>da</strong> engenharia, na qual há citações sobrerupturas de peças de madeira; seguin<strong>do</strong>-se os livros escritos pelo arquiteto romanoVitruvius 46 , no século I, sobre a arte de construir, traduzi<strong>do</strong>s, como cita<strong>do</strong>anteriormente, diretamente <strong>do</strong> latim.Numa segun<strong>da</strong> fase, aparecem, os estu<strong>do</strong>s de Leonar<strong>do</strong> <strong>da</strong> Vinci (1452-1519) sobreo comportamento de vigas em flexão e sobre o comportamento experimental embarras de ferro. Em 1570, o compêndio <strong>do</strong> também arquiteto italiano Palladioreferin<strong>do</strong>-se <strong>à</strong> construções de pontes de pedras e de madeira, e, em 1638, a obra deGalileu : “Discorsi e dimonstrazioni matematiche intorno <strong>à</strong> due nuove scienze”,abor<strong>da</strong>n<strong>do</strong> o cálculo de tensões em diversas peças estruturais. Timoshenko 71 emseu livro “History of strength of materials”, enfatiza os trabalhos publica<strong>do</strong>s porHooke “De potentia restitutiva”, em 1678, e por Coulomb, em 1777, intitula<strong>do</strong> “Surune aplication des régles de maximis et minimis <strong>à</strong> quelques problemes destatique relatifs <strong>à</strong> l’architeture”, consideran<strong>do</strong>-os como marcos para odesenvolvimento <strong>da</strong> mecânica e <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> <strong>do</strong>s materiais na construção civil,conforme comenta Cremonini 22 . O primeiro estu<strong>da</strong>va as proprie<strong>da</strong>des elásticas <strong>do</strong>smateriais, relacionan<strong>do</strong> as tensões e as deformações; e no segun<strong>do</strong>, Coulombapresentava os resulta<strong>do</strong>s de rochas submeti<strong>da</strong>s a esforços de tração, cisalhamentoe flexão, estabelecen<strong>do</strong>, segun<strong>do</strong> Timoshenko, as premissas para os projetos de<strong>concreto</strong> arma<strong>do</strong>. Em retrospecto sobre a mecânica <strong>da</strong>s estruturas, Cremonini 22relaciona, ain<strong>da</strong>, com pertinência, em seqüência histórica as contribuições de:Mariotte (1620-1684), que estu<strong>do</strong>u as vigas em balanço, com base na teoria <strong>da</strong>elastici<strong>da</strong>de, Euler (1707-1783): que promoveu diversos estu<strong>do</strong>s sobre a <strong>resistência</strong><strong>do</strong>s materiais, relaciona<strong>do</strong>s <strong>à</strong> flambagem <strong>do</strong>s pilares, que constituem a base <strong>do</strong>processo de cálculo atual; Poisson (1781-1840): que verificou a contração lateral debarras traciona<strong>da</strong>s, estabelecen<strong>do</strong> uma relação constante dentro <strong>do</strong> limite elástico<strong>do</strong> material e, finalmente, Saint Venant (1797-1886): que desenvolveu estu<strong>do</strong>s <strong>à</strong>respeito esforços cortantes em vigas, analisan<strong>do</strong> as deformações e chegan<strong>do</strong> aestabelecer tensões admissíveis para os materiais, como enfatiza Cremonini 22 . São


49relevantes ain<strong>da</strong>, conforme Blockley 69 e Ran<strong>da</strong>ll Jr. 70 , as publicações de Young, em1807, introduzin<strong>do</strong> o conceito <strong>do</strong> módulo de elastici<strong>da</strong>de, e de Navier, em 1826,abor<strong>da</strong>n<strong>do</strong> os conceitos <strong>do</strong> limite elástico <strong>do</strong>s materiais e <strong>do</strong> processo <strong>da</strong>s tensõesadmissíveis. Segun<strong>do</strong> Cowan 72,73 , esta publicação de Navier, em 1826, intitula<strong>da</strong>“Résumé des lençons <strong>do</strong>nnées <strong>à</strong> L’École des Ponts et chaussés sur l’application dela mécanique <strong>à</strong> l’établissement des constructions et des machines”, que apresenta aanálise <strong>da</strong> flexão, como resulta<strong>do</strong> de uma ação conjunta de tração e <strong>compressão</strong>;teve como base a teoria <strong>da</strong> elastici<strong>da</strong>de de Hooke. Navier é considera<strong>do</strong> porPeters 63 como o precursor <strong>da</strong> estática analítica.Em sequência refere-se Ran<strong>da</strong>ll Jr. 70 , ao livro publica<strong>do</strong> por Rankine, em 1883,denomina<strong>do</strong> “Manual de engenharia civil”, fazen<strong>do</strong> alusão ao “fator de segurança”aplica<strong>do</strong> tanto <strong>à</strong>s cargas atuantes quanto aos materiais resistentes.Do ponto de vista <strong>da</strong> contribuição de caráter científico <strong>à</strong> análise estrutural <strong>do</strong><strong>concreto</strong> arma<strong>do</strong>, Dorfman 52 aponta, como um significativo passo, a publicação em1877, <strong>do</strong> já cita<strong>do</strong> Thaddeus Hyatt: “An account of some experiments with Portland-Cement-Concrete combined with iron as building material with reference to economyin construction and for security against fire in the making of roofs, floors and walkingsurface”, trabalho este, também referencia<strong>do</strong> por Vasconcelos 60 . Neste estu<strong>do</strong>, Hyattchegou a seguinte conclusão: que a <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> <strong>da</strong> massa de <strong>concreto</strong>localiza<strong>da</strong> acima <strong>da</strong> linha neutra de uma viga seria suficiente para equilibrar a<strong>resistência</strong> <strong>à</strong> tração <strong>da</strong> porção localiza<strong>da</strong> abaixo <strong>da</strong> linha neutra. Ao mesmo temposugeria a colocação de barras de ferro na porção inferior <strong>da</strong> viga, abaixo desta linhapara garantir-se a <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> tração <strong>da</strong> peça. Refere-se Vasconcelos <strong>à</strong>excepcional sensibili<strong>da</strong>de de Hyatt na percepção <strong>do</strong> comportamento <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> nosensaios que realizava. Faz menção ao caso de duas vigas ensaia<strong>da</strong>s por Hyatt,comentan<strong>do</strong>, a propósito, que: “se pode apreciar sua notável intuição ao ancoraradmiravelmente bem os estribos e prever a inflexão <strong>da</strong> armadura inferior na direção<strong>do</strong>s apoios”. Outra contribuição importante de Hyatt, enfatiza<strong>da</strong> por Dorfman foi averificação <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> arma<strong>do</strong> ao fogo, a qual ele atribuiu estarbasea<strong>da</strong> na semelhança entre os coeficientes de dilatação de ambos os materiais.Com respeito ao trabalho supracita<strong>do</strong> de Thaddeus Hyatt, Collins 65 chama a atençãosobre a fun<strong>da</strong>mentação, com base nos cálculos matemáticos e desenhos, <strong>da</strong>scitações e conclusões nele conti<strong>da</strong>s, valorizan<strong>do</strong> o seu caráter científico, fato estetambém aponta<strong>do</strong> por Dorfman. Este último autor se refere também, aos relatórios


50apresenta<strong>do</strong>s <strong>à</strong> Socie<strong>da</strong>de de Engenheiros Civis <strong>da</strong> França, em 1894, por EdmondCoignet e N. de Tedesco, intitula<strong>do</strong>: “Le calcul des ouvrages en ciment avecossature métallique”. Neste trabalho, segun<strong>do</strong> Cowan 72,73 e Emperger 74 ,depreendem-se duas conclusões importantes; que também, segun<strong>do</strong> Dorfman 52 ,pelos seus significa<strong>do</strong>s, contribuíram para a formulação de uma teoria <strong>do</strong> cálculo deestruturas de <strong>concreto</strong> arma<strong>do</strong>. A primeira dessas conclusões é que: é possível seconsiderar o <strong>concreto</strong> arma<strong>do</strong> como material homogêneo, e, a segun<strong>da</strong>: é, que, paratanto, se introduza no méto<strong>do</strong> de cálculo, um fator que representa a relação entre osdiferentes coeficientes de elastici<strong>da</strong>de <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> e <strong>do</strong> metal. Conforme os autoressupracita<strong>do</strong>s, a segun<strong>da</strong> destas conclusões tornou possível corrigir o erro cometi<strong>do</strong>por Mathias Koenen, em um artigo publica<strong>do</strong> em 1886 na Alemanha na “Zentralblatder Bauverwaltung” (Folha Central <strong>da</strong> Administração de Obras), sobre a posiçãoequivoca<strong>da</strong> <strong>da</strong> linha neutra na metade <strong>da</strong> altura <strong>da</strong> seção resistente de uma viga de<strong>concreto</strong> arma<strong>do</strong>. Apesar deste fato, Koenen é unanimemente aponta<strong>do</strong> naliteratura, como um <strong>do</strong>s responsáveis pela fun<strong>da</strong>mentação teórica-científica <strong>do</strong>cálculo de estruturas de <strong>concreto</strong> arma<strong>do</strong>. Vasconcelos 60 comenta que foi MathiasKoenen, encarrega<strong>do</strong>, como engenheiro de órgão público na Alemanha, de conduziros trabalhos de provas de carga, promovi<strong>da</strong>s por Gustavo Wayss, com a finali<strong>da</strong>dede provar que existiam vantagens econômicas ao se colocar armaduras de ferrodentro <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>. Com base nestes trabalhos, Koenen, então, concluiu que afunção <strong>do</strong> ferro deveria consistir em absorver as tensões de tração, fican<strong>do</strong> para o<strong>concreto</strong>, sozinho, a responsabili<strong>da</strong>de de resistir <strong>à</strong>s tensões de <strong>compressão</strong>.Em seqüência, Emil Mörsch, publicou em 1902 o trabalho “Der BetoneiserbaunseineAnwendung end seine Theorie” (“A construção com <strong>concreto</strong> arma<strong>do</strong>- suaaplicação e sua teoria”), considera<strong>do</strong> por Peters 66 como a primeira teoria completasobre o <strong>concreto</strong> arma<strong>do</strong>. Esta obra teve o mérito, enfatiza Dorfman 52 , de difundir oconhecimento <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> arma<strong>do</strong> e divulgar os resulta<strong>do</strong>s de uma série de testesque Mörsch havia realiza<strong>do</strong> referente aos coeficientes de elastici<strong>da</strong>de <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>submeti<strong>do</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong>. Por fim, relata que o lançamento <strong>da</strong>s primeiras normas deprojeto e cálculo de construções de <strong>concreto</strong> arma<strong>do</strong>, na primeira déca<strong>da</strong> <strong>do</strong> séculoXX, foi lidera<strong>do</strong> pela Suíça, em 1903, com a publicação <strong>da</strong>s normas provisórias <strong>da</strong>“Schweizerischer Ingenieur und Architektverein” (União de Engenheiros e ArquitetosSuíços), seguin<strong>do</strong>-se, conforme Straub 75 , na Europa, pela Alemanha em 1904,França em 1906 e Itália e Áustria em 1907.


51Com relação <strong>à</strong> introdução <strong>da</strong> normalização <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> arma<strong>do</strong> no Brasil, alinhamse,cronologicamente, com base na obra de Vasconcelos 60 :1905 – A primeira iniciativa no Brasil no tocante a normalização se deve ao notávelEng. Saturnino de Brito, com a publicação de suas “Cadernetas de Instruções eEspecificações para a Construção <strong>do</strong>s Esgotos”, em número de seis, para aComissão de Saneamento de Santos; considera<strong>da</strong>s pelo Eng. Ary Torres como asprimeiras realizações notáveis no campo <strong>da</strong>s especificações e normas;1929 – “Código de Obras Arthur Saboya”, conheci<strong>do</strong> como “Código Saboya”,desenvolvi<strong>do</strong> pelos engenheiros Arthur Saboya e Silvio Cabral de Noronha, seconstituiu no primeiro passo em direção <strong>à</strong> normalização <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> arma<strong>do</strong> noBrasil; posto em vigor em São Paulo, em 19/11/1929, pela Lei nº 2427. Este código éabrangente sen<strong>do</strong> o <strong>concreto</strong> arma<strong>do</strong> trata<strong>do</strong> nos artigos 378 a 403;1930 – O passo seguinte na evolução <strong>da</strong>s normas se deu com a criação em janeirode 1930 no Rio de Janeiro <strong>da</strong> revista denomina<strong>da</strong> “Cimento Arma<strong>do</strong>” de proprie<strong>da</strong>de<strong>do</strong>s Engenheiros Mário Cabral e José Furta<strong>do</strong> Simas, ten<strong>do</strong> o Eng. HumbertoMenescal no cargo de re<strong>da</strong>tor responsável, que se constituiu na primeira publicaçãotécnica brasileira especializa<strong>da</strong> em <strong>concreto</strong> arma<strong>do</strong>. A partir desta revista surgiu aAssociação Brasileira de Concreto – ABC, com a publicação em 1931 <strong>do</strong> 1ºRegulamento para Estruturas de Concreto Arma<strong>do</strong>;1937 – Surge pela primeira vez a denominação de “norma”, com a publicação pelaAssociação Brasileira de Cimento Portland – ABCP, fun<strong>da</strong><strong>da</strong> em 1936, no Rio deJaneiro, <strong>da</strong>s “Normas para Execução e Cálculo de Concreto Arma<strong>do</strong>”, que passariaa ter âmbito nacional. Comenta Vasconcelos 60 , que essa norma <strong>da</strong> ABCP evoluiubastante em relação <strong>à</strong> anterior <strong>da</strong> ABC, corrigin<strong>do</strong> distorções existentes, entre asquais a eliminação <strong>da</strong> exigência <strong>da</strong> apresentação <strong>da</strong>s matrizes na resolução deestruturas hiperestáticas. Também, por iniciativa <strong>do</strong> Engenheiro Telêmaco VanLangen<strong>do</strong>nc, foram introduzi<strong>do</strong>s novos termos em substituição aos galicismosanteriores: cambamento em lugar de “flambage”, mísula em lugar de “voûte”, cinta<strong>do</strong>em lugar de “freta<strong>do</strong>”;1940 – Em 1940 foi cria<strong>da</strong> a Associação Brasileira de Normas técnicas – ABNT queresultou <strong>da</strong>s famosas reuniões <strong>do</strong>s Laboratórios Nacionais de Ensaios de Materiais,em número de três. Inicia<strong>da</strong>s em 1938 no Rio de Janeiro, em 1939 em São Paulo,culminan<strong>do</strong> na 3 a reunião, no Rio, com a fun<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> ABNT, em 24 de setembro de1940 por iniciativa <strong>do</strong> Eng. Paulo Sá. Este engenheiro havia apresenta<strong>do</strong> um


52trabalho intitula<strong>do</strong> “A Estatística na Tecnologia” no qual abor<strong>da</strong>va os problemasrelativos <strong>à</strong> amostragem, ao coeficiente de segurança e <strong>à</strong>s especificações. Com estetrabalho Paulo Sá enfatizava a necessi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> normalização técnica no Brasil.Neste mesmo ano de 1940 a ABNT publicava a 1 a norma oficial, a NB1/1940 76 :Cálculo e Execução de Obras de Concreto Arma<strong>do</strong>.2.2 Evolução <strong>do</strong>s méto<strong>do</strong>s e critérios de introdução <strong>da</strong> segurança no projeto<strong>da</strong>s estruturas de <strong>concreto</strong>.Com relação <strong>à</strong> consideração <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>do</strong>s materiais nos méto<strong>do</strong>s de introdução<strong>da</strong> segurança no projeto <strong>da</strong>s estruturas de <strong>concreto</strong>, Helene e Terzian 77 chamam aatenção, inicialmente, sobre a importância <strong>do</strong> controle <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong><strong>da</strong>s estruturas. Avaliar se o que está sen<strong>do</strong> produzi<strong>do</strong>, está em correspondênciacom o que foi previamente a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> no dimensionamento <strong>da</strong> estrutura, faz parte <strong>da</strong>própria concepção <strong>do</strong> processo construtivo como um to<strong>do</strong>.Os méto<strong>do</strong>s de dimensionamento de estruturas desenvolvi<strong>do</strong>s a partir <strong>do</strong> século XX,em vários países, eram basea<strong>do</strong>s em princípios deterministas para oscarregamentos e deformações, com a a<strong>do</strong>ção de coeficientes visan<strong>do</strong> estabeleceruma “margem de segurança” de utilização <strong>da</strong> estrutura com relação <strong>à</strong> sua ruína. Aintrodução de conceitos probabilistas, consideran<strong>do</strong> os carregamentos e as<strong>resistência</strong>s <strong>do</strong>s materiais como variáveis aleatórias, foram propostos em 1949 porBalaca e Torroja 78 .Entre os anos de 1960 e 1980, as experiências internacionais normativas sobre asestruturas de <strong>concreto</strong> e o desenvolvimento <strong>do</strong>s méto<strong>do</strong>s estatísticos, trouxeram areformulação de alguns conceitos anteriores, principalmente os relativos <strong>à</strong>consideração <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>do</strong>s materiais nos méto<strong>do</strong>s de introdução <strong>da</strong> segurançano projeto estrutural. A evolução <strong>do</strong> conhecimento <strong>da</strong>s distribuições <strong>da</strong>s <strong>resistência</strong>smecânicas <strong>do</strong>s materiais de construção, em particular o aço e o <strong>concreto</strong>, conduziu<strong>à</strong> discretização nos méto<strong>do</strong>s de introdução <strong>da</strong> segurança no projeto estrutural,separan<strong>do</strong>-as <strong>da</strong>s demais variáveis inerentes ao projeto porém ain<strong>da</strong>desconheci<strong>da</strong>s. Comentam Helene e Terzian 77 (1973, p.46): “esta separação, se porum la<strong>do</strong> contribui para melhor separação <strong>do</strong>s coeficientes de segurança <strong>à</strong> reali<strong>da</strong>de,


53pois estes passam a representar um maior número de variáveis desconheci<strong>da</strong>s, poroutro, aumenta a importância <strong>do</strong> controle <strong>da</strong> variabili<strong>da</strong>de dessas <strong>resistência</strong>s,conforme se pode observar percorren<strong>do</strong> historicamente a evolução <strong>do</strong>s méto<strong>do</strong>s deintrodução <strong>da</strong> segurança no projeto estrutural normaliza<strong>do</strong> no Brasil”.Em 1931, a Associação Brasileira de Concreto – ABC publicou o seu Regulamento 79que reuniu as recomen<strong>da</strong>ções de cálculo consagra<strong>da</strong>s na época. O critério dedimensionamento apresenta<strong>do</strong> tinha por base o méto<strong>do</strong> <strong>da</strong>s tensões admissíveis.Neste méto<strong>do</strong> é admiti<strong>da</strong> a limitação <strong>da</strong>s tensões atuantes no elemento estrutural,aos valores <strong>do</strong> quociente <strong>da</strong>s tensões médias de ruptura <strong>do</strong>s materiais por umcoeficiente de segurança interno ν i >1, determina<strong>do</strong> empiricamente, engloban<strong>do</strong>to<strong>da</strong>s as incertezas. É critica<strong>do</strong> por Helene 77,80 e Zagotis 81 , uma vez que, além denão representar a segurança <strong>da</strong> estrutura, este coeficiente único não distingue avariabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s <strong>resistência</strong>s <strong>do</strong>s materiais <strong>da</strong> variabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s ações e <strong>da</strong>variabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s características geométricas <strong>do</strong>s componentes estruturais; nãoincentivan<strong>do</strong> a busca pela melhoria <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de na execução <strong>da</strong> estrutura, já que asua homogenei<strong>da</strong>de não é refleti<strong>da</strong> no dimensionamento. Não permitia também oaproveitamento <strong>do</strong> controle eventual que se efetuasse sobre uma dessas variáveis.Fusco 6 , analisa, <strong>do</strong> ponto de vista <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>, sob três aspectosfun<strong>da</strong>mentais, constantes <strong>do</strong> capítulo V <strong>do</strong> referi<strong>do</strong> Regulamento 79 :1) “Definição <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> básica (característica) <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> a partir<strong>da</strong> qual é avalia<strong>da</strong> a segurança <strong>da</strong>s estruturas”:“...A <strong>resistência</strong>-limite de ruptura após 28 dias R c28 , (...) (a partir <strong>da</strong> qual se calculaas tensões admissíveis) (...) é aquela obti<strong>da</strong> sobre cubos, de acor<strong>do</strong> com o boletimnº 1 <strong>do</strong> Laboratório <strong>da</strong> Escola Polytéchnica de São Paulo...”“Como se verifica, não há uma definição explícita, poden<strong>do</strong> ser entendi<strong>da</strong> como a<strong>resistência</strong> média a 28 dias. Até 1960 a <strong>resistência</strong> média <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> foi toma<strong>da</strong>como <strong>resistência</strong> básica de referência a partir <strong>da</strong> qual era avalia<strong>da</strong> a segurança <strong>da</strong>sestruturas, com base nas tensões admissíveis”.2) “Definição <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> de <strong>do</strong>sagem, ou seja, <strong>resistência</strong> média a partir <strong>da</strong> qualse faz o proporcionamento <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> a ser produzi<strong>do</strong> na obra”:“Não há indicação clara a esse respeito, poden<strong>do</strong>-se entender apenas que esta devesatisfazer <strong>à</strong> <strong>resistência</strong>, f cm28 , deseja<strong>da</strong>. Não se permitia considerar <strong>concreto</strong>s


54<strong>do</strong>sa<strong>do</strong>s racionalmente com <strong>resistência</strong> média superior a 26MPa nem produzir<strong>concreto</strong>s arbritariamente com relação água/cimento superior a 0,73”.3) “Controle <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> característica (básica) <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong>”:“... O <strong>concreto</strong> <strong>do</strong>sa<strong>do</strong> racionalmente será controla<strong>do</strong>, nos dias <strong>da</strong> concretagem naobra, com a determinação <strong>da</strong> umi<strong>da</strong>de e <strong>da</strong> graduação <strong>do</strong>s agrega<strong>do</strong>s, e com aexecução de provas de <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> ...”Observa-se que não há uma definição de como se controlar a <strong>resistência</strong> f cm28 .Entende-se que o controle é feito pela média <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s de ensaio, realizan<strong>do</strong>sepelo menos um ensaio por dia de concretagem”.Se compararmos a capaci<strong>da</strong>de de produção diária <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> na época desseRegulamento com a atual, essa exigência de amostragem diária pode serconsidera<strong>da</strong> como rigorosa.Em 1937 a Associação Brasileira de Concreto de Cimento Portland – ABCPintroduziu numa norma 82 , pela primeira vez no mun<strong>do</strong>, como comentam Helene eTerzian 77 , o cálculo no regime de ruptura ou nos esta<strong>do</strong>s limites, seja “de utilização”(referente ao funcionamento <strong>da</strong> estrutura), seja “limite último” (referente ao fim <strong>da</strong>vi<strong>da</strong> útil <strong>da</strong> estrutura sob o aspecto portante). Este méto<strong>do</strong> foi posteriormentemanti<strong>do</strong> pela ABNT na primeira NB-1 e nas versões subseqüentes até as mu<strong>da</strong>nçasintroduzi<strong>da</strong>s na NB1-60 como será abor<strong>da</strong><strong>da</strong> cronologicamente adiante. Apesardessa alternativa mais correta, essa norma continuava consideran<strong>do</strong> um únicocoeficiente de segurança externo ν e >1, que engloba to<strong>da</strong>s as incertezas, e assimportanto, continuava impedin<strong>do</strong> o desenvolvimento e o interesse pela melhoria <strong>da</strong>quali<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s materiais e <strong>da</strong> execução. Para se obter uma redução no custo <strong>da</strong>estrutura era necessário uma redução <strong>do</strong> coeficiente global (ν) dificilmenteobservável em um número significativo de estruturas semelhantes. Helene 77,80 eModesto 83 comentam, com proprie<strong>da</strong>de, mostran<strong>do</strong> que este coeficiente único, nãoleva em consideração a variabili<strong>da</strong>de <strong>do</strong> tipo de ações; não mede a segurança, poismateriais diferentes conduziriam a uma maior ou menor segurança, e, pelas mesmasrazões anteriormente cita<strong>da</strong>s, não prioriza a busca pela melhoria <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de nasobras. Do ponto de vista <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>, comparativamente com oRegulamento <strong>da</strong> ABC, foi manti<strong>da</strong> a <strong>resistência</strong> básica, confundi<strong>da</strong> com a própria<strong>resistência</strong> média de <strong>do</strong>sagem <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>, sem levar em conta a variabili<strong>da</strong>de <strong>do</strong>processo de produção <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>.


55Na NB-1:1960 84 , os conceitos <strong>da</strong> estatística e <strong>da</strong> teoria <strong>da</strong> probabili<strong>da</strong>deparcialmente introduzi<strong>do</strong>s representaram um enorme avanço para a época. Segun<strong>do</strong>Lobo Carneiro 85,86 , esses conceitos, na época, foram a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s apenas por quatropaíses no mun<strong>do</strong>: a Inglaterra, a Alemanha Ocidental, a União Soviética e osEsta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, que desde 1957, <strong>através</strong> <strong>do</strong> “American Concrete Institute – ACI 87 ”,já recomen<strong>da</strong>va tal procedimento.Com relação <strong>à</strong> <strong>resistência</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>, conforme se verifica no Capítulo VI, dessanorma, houve uma grande evolução, como observam Helene e Terzian, explicita<strong>da</strong> aseguir:1) Definição <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> característica (básica) <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> a partir <strong>da</strong> qual éavalia<strong>da</strong> a segurança <strong>da</strong>s estruturas:“... A tensão σ R , na qual se baseia o cálculo <strong>da</strong>s peças em função <strong>da</strong> carga deruptura (estádio III) ou a fixação <strong>da</strong>s tensões admissíveis será igual <strong>à</strong> tensão mínimade ruptura <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong>, com 28 dias de i<strong>da</strong>de, determina<strong>da</strong> emcorpos-de-prova cilíndricos normais”. Considera-se, para os fins desta Norma, comotensão mínima de ruptura <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong>, a defini<strong>da</strong> pelas fórmulasseguintes:- quan<strong>do</strong> houver si<strong>do</strong> determina<strong>do</strong> o coeficiente de variação <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>do</strong><strong>concreto</strong>, com pelo menos 32 corpos-de-prova <strong>da</strong> obra considera<strong>da</strong> ou de outra obra<strong>do</strong> mesmo construtor e de igual padrão de quali<strong>da</strong>de:σ R = (1-1,64 . V d ) . σ c28 , mas não maior que 0,8 . σ c28 ;- quan<strong>do</strong> não for conheci<strong>do</strong> o coeficiente de variação:se houver controle rigoroso: σ R = ¾ . σ c28se houver controle razoável: σ R = 2/3 . σ c28se houver controle regular: σ R = 3/5 . σ c28 (...)”“Conclui-se, portanto, que a <strong>resistência</strong> característica (básica) f ck28 foi defini<strong>da</strong>implicitamente como sen<strong>do</strong> o quantil de 5% de uma distribuição normal”.Comentam os autores supracita<strong>do</strong>s 77 , que isto significava uma grande evolução emrelação aos critérios anteriores, pois a <strong>resistência</strong> considera<strong>da</strong> no dimensionamento<strong>da</strong> estrutura constitui um valor que independe <strong>da</strong> variabili<strong>da</strong>de <strong>do</strong> processo deprodução <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>. Citam 77 (1993): “em outras palavras: significa dizer que oconstrutor é incentiva<strong>do</strong> a melhorar o processo de produção e assim diminuir o custo


56<strong>do</strong> metro cúbico de <strong>concreto</strong> produzi<strong>do</strong>, abaixan<strong>do</strong> a <strong>resistência</strong> média de <strong>do</strong>sagem,<strong>através</strong> de uma melhoria no processo de produção e controle. Se ele conseguirreduzir o coeficiente de variação <strong>do</strong> processo de produção, poderá imediatamenteusufruir <strong>do</strong>s benefícios decorrentes <strong>da</strong> redução proporcional de consumo de cimentono traço de <strong>concreto</strong>”.2) “Definição <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> de <strong>do</strong>sagem,ou seja, <strong>resistência</strong> média a partir <strong>da</strong> qualse faz o proporcionamento <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> a ser produzi<strong>do</strong> na obra”:“A <strong>do</strong>sagem passou a ser feita em função <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> média f cm28 de forma aatender <strong>à</strong> <strong>resistência</strong> básica (característica) de projeto f ck ”.3)” O controle <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> característica (básica) <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>”:“... O controle de <strong>resistência</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong>, obrigatório para os<strong>concreto</strong>s <strong>do</strong>sa<strong>do</strong>s racionalmente, deve ser feito de acor<strong>do</strong> com os Méto<strong>do</strong>s MB-2 eMB-3. A i<strong>da</strong>de normal para ruptura é a de 28 dias (...). Deve-se fazer um ensaio paraca<strong>da</strong> 30 m 3 de <strong>concreto</strong> lança<strong>do</strong> ou sempre que houver modificações nos materiaisou no traço (...). Ca<strong>da</strong> ensaio deve constar <strong>da</strong> ruptura de, pelo menos, <strong>do</strong>is corposde-prova(...)”.Como se observa não foi estabeleci<strong>do</strong> nesta versão, lotes de concretagem, para secontrolar o f ck28 , o que só seria estabeleci<strong>do</strong> na versão seguinte <strong>da</strong> NB1.Em 1978 a ABNT publica a NB1 – Projeto e Execução de obras de ConcretoArma<strong>do</strong> 14 . O méto<strong>do</strong> de introdução <strong>da</strong> segurança no projeto estrutural aí propostoteve como base ampla investigação internacional promovi<strong>da</strong> pelo “Comité Euro-Internacional du Béton” – CEB 88 e considera as <strong>resistência</strong>s e as ações comovariáveis aleatórias. Admite uma distribuição estatística dessas variáveis e fixa umsó valor chama<strong>do</strong> característico. O méto<strong>do</strong> probabilista clássico ou ideal é bastantecomplexo, segun<strong>do</strong> Zagottis 81 , pois considera to<strong>da</strong>s as variáveis intervenientes comoaleatórias, com distribuições de freqüências próprias e to<strong>da</strong>s as possibili<strong>da</strong>des deanálise estrutural, varian<strong>do</strong>-se as características mecânicas e geométricas. A<strong>do</strong>ta-seuma simplificação, tornan<strong>do</strong>-o semi-probabilista, consideran<strong>do</strong>-se as solicitações e<strong>resistência</strong>s <strong>do</strong>s materiais como variáveis aleatórias e a configuração de ruína porteoria determinista para uma <strong>da</strong><strong>da</strong> probabili<strong>da</strong>de de ocorrência. Desta forma, tantoas <strong>resistência</strong>s <strong>do</strong>s materiais, como as ações, são representa<strong>da</strong>s por valorescaracterísticos, com probabili<strong>da</strong>de de ocorrência de 95%; ou sejam: para as<strong>resistência</strong>s <strong>do</strong>s materiais, estas deverão ser superiores em 95% <strong>do</strong>s casos ao valorcaracterístico, e, para as ações, 95% destas, deverão ser inferiores ao valor


57característico a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>. Assim na NB1:1978 14 a <strong>resistência</strong> básica ou característica<strong>do</strong> <strong>concreto</strong> f ck , a partir <strong>da</strong> qual é avalia<strong>da</strong> a segurança <strong>da</strong>s estruturas, é bastanteclara e precisa, corresponden<strong>do</strong> ao quantil de 5% de uma distribuição normal defreqüências. Isso vale inclusive para o aço <strong>da</strong>s armaduras.A concepção básica dessa evolução <strong>do</strong>s critérios a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s, aqui comenta<strong>da</strong>, foisintetiza<strong>da</strong> seqüencialmente por Helene e Terzian 77 pelos diagramas apresenta<strong>do</strong>s aseguir:Figura 2.5 – Méto<strong>do</strong> <strong>da</strong>s tensões admissíveis. Critério a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> pelo regulamento para as construçõesem <strong>concreto</strong> arma<strong>do</strong> – ABC (1931) 77Fig. 2.6 – Méto<strong>do</strong> de cálculo no regime de ruptura. Critério a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> pela norma para execução ecálculo de <strong>concreto</strong> arma<strong>do</strong> – ABCP (1937), manti<strong>do</strong>s nas NB-1 de 1940 e 1950 77 .


58Figura 2.7 – Méto<strong>do</strong> parcialmente probabilista <strong>do</strong>s esta<strong>do</strong>s-limites. Critério a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> pela NB-1 –cálculo e execução de obras de <strong>concreto</strong> arma<strong>do</strong> (1960) 77Figura 2.8 – Esquema simplifica<strong>do</strong> <strong>da</strong> seqüência a seguir no dimensionamento de estruturas pelométo<strong>do</strong> semiprobabilista (NBR 6118:1978) 77Nesse último méto<strong>do</strong> consideram-se coeficientes distintos para as ações γ f e para as<strong>resistência</strong>s <strong>do</strong>s materiais γ m , ambos compostos por três parcelas, segun<strong>do</strong> a NBR8681:2003 e a NBR 6118:2003 2 , ou seja, para o γ f :


59γ f1 – parte <strong>do</strong> γ f que considera a variabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s ações;γ f2 - parte <strong>do</strong> γ f que considera a probabili<strong>da</strong>de de ocorrência simultânea <strong>da</strong>s ações;γ f3 - parte <strong>do</strong> γ fque considera os desvios gera<strong>do</strong>s nas construções e asaproximações feitas em projetos <strong>do</strong> ponto de vista <strong>da</strong>s solicitações;e para o γ m :γ m1 - parcela <strong>do</strong> γ mque considera a variabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>do</strong>s materiaisenvolvi<strong>do</strong>s;γ m2 - parcela <strong>do</strong> γ mque considera a diferença entre a <strong>resistência</strong> <strong>do</strong> material nocorpo – de- prova e na estrutura;γ m3 - parcela <strong>do</strong> γ m que considera os desvios gera<strong>do</strong>s na construção e asaproximações feitas em projeto <strong>do</strong> ponto de vista <strong>da</strong> <strong>resistência</strong>s.Com referência ao <strong>concreto</strong>, para essas respectivas parcelas, γ c1 , γ c2 e γ c3 , <strong>do</strong>coeficiente de ponderação denomina<strong>do</strong> γ c , são estabeleci<strong>do</strong>s pelo CEB 128 89 osvalores de : 1,07 a 1,32 para a primeira e de 1,10 para a segun<strong>da</strong> e para a terceiraparcelas respectivamente, cujo o produto total varia de 1,29 a 1,60 ; sen<strong>do</strong>recomen<strong>da</strong><strong>do</strong> como valores finais para o γ c os seguintes:γ c = 1,4 para condições rigorosas de execução e controle;γ c = 1,5 para condições normais de execução e controle;γ c = 1,6 para condições de pouco rigor na execução e controle.Apresentam-se a seguir, cronologicamente, os aspectos relevantes em relação <strong>à</strong>segurança <strong>da</strong>s estruturas de <strong>concreto</strong> <strong>da</strong> normalização brasileira publica<strong>da</strong> pelaABNT:1940 : NB -1:1940 76 : 1ª versão <strong>da</strong> norma NB-1- Cálculo e execução de obras de<strong>concreto</strong> arma<strong>do</strong> ( também a primeira norma produzi<strong>da</strong> pela ABNT no Brasil) : normade caráter determinista, a<strong>do</strong>tan<strong>do</strong> o méto<strong>do</strong> <strong>da</strong>s tensões admissíveis.1943 : NB -1:1943 90 : 1ª revisão <strong>da</strong> NB -1/40 ,sem alterações significativas.1950 : NB -1/50 91 : 2ª revisão <strong>da</strong> NB –1, com alterações nos coeficientes desegurança passan<strong>do</strong> para 1,65 para to<strong>da</strong>s as cargas permanentes em edifíciosdefini<strong>da</strong>s na NBR 6120:1980 92 , e para 2,00 para as demais cargas acidentais e paraas cargas móveis em pontes.


601960 : NB –1:1960 84 : nova revisão, desta feita com modificações importantes, jácomenta<strong>da</strong>s. Observa Cremonini 22 que as principais inovações desta versão foram aconsideração em separa<strong>do</strong> <strong>da</strong>s <strong>resistência</strong>s <strong>do</strong> aço e <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> e a a<strong>do</strong>ção <strong>do</strong>critério estatístico para a <strong>resistência</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>.Esta versão continua a<strong>do</strong>tan<strong>do</strong>, para a hipótese de cálculo no estádio III (em função<strong>da</strong> carga de ruptura), o coeficiente externo global de segurança; propon<strong>do</strong> para aspeças solicita<strong>da</strong>s <strong>à</strong> flexão simples e composta, o valor de 1,65 para as cargaspermanentes e acidentais defini<strong>da</strong>s na NBR-6120 e para os esforços de retração evariação de temperatura, e de 2,00 para as demais cargas acidentais. Para peçassolicita<strong>da</strong>s <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> e tração axial, propõe, analogamente, 2,00 para a 1ªhipótese anterior e 2,40 para as demais cargas acidentais.1978 : NB – 1:1978 14 : nova versão registra<strong>da</strong> no INMETRO, em 1980, como NBR6118:1980, apresentan<strong>do</strong> grande modificação conceitual, passan<strong>do</strong> <strong>do</strong> modelodeterminista <strong>da</strong>s versões anteriores para o modelo probabilista ou semi- probabilista,já abor<strong>da</strong><strong>do</strong>, privilegian<strong>do</strong> o critério <strong>do</strong>s esta<strong>do</strong>s limites em relação ao <strong>da</strong>s tensõesadmissíveis. Dessa forma, passou a utilizar os coeficientes de ponderação parciaisnos critérios de segurança. Inspira<strong>da</strong> no CEB 84/72 88 ,a<strong>do</strong>tou os coeficientes demajoração <strong>do</strong> valor característico <strong>da</strong>s ações γ f e de minoração <strong>do</strong> valorcaracterístico <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>do</strong>s materiais γ m . Para o γ f propôs o valor 1,4 e para ocorrespondente γ c referente ao <strong>concreto</strong>, para o cálculo no esta<strong>do</strong> limite último, ovalor genérico de 1,4; poden<strong>do</strong>, eventualmente, ser reduzi<strong>do</strong> para 1,3 para peçaspré-mol<strong>da</strong><strong>da</strong>s executa<strong>da</strong>s com controle rigoroso, ou aumenta<strong>do</strong> para 1,5 para aspeças em condições desfavoráveis de execução <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>, tais como, nosprocessos de lançamento e adensamento deficientes e alta concentração dearmaduras. Esses coeficientes serão multiplica<strong>do</strong>s por 1,2 quan<strong>do</strong> a peça estiverexposta a agentes agressivos ao <strong>concreto</strong>.Com referência ao comportamento <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>do</strong>s materiais é admiti<strong>do</strong> que sigaa distribuição normal, aceitan<strong>do</strong>-se uma probabili<strong>da</strong>de de valores de 5% abaixo <strong>do</strong>valor característico f k , ou seja : f k = f m – 1,65s ; na qual f m é a <strong>resistência</strong> média e s éo desvio padrão; o que já foi referencia<strong>do</strong> em relação <strong>à</strong> <strong>resistência</strong> característica <strong>do</strong><strong>concreto</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> f ck .No capítulo 16 que trata <strong>do</strong>s critérios de aceitação <strong>da</strong> estrutura, propõe, no item 16.2- “Decisão a a<strong>do</strong>tar quan<strong>do</strong> não há aceitação automática”, além <strong>da</strong> revisão <strong>do</strong>


61projeto prevista no subitem 16.2.1, ensaios especiais <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>, propõe nosubitem 16.2.2 a investigação direta <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>através</strong> <strong>da</strong> extração detestemunhos, e, persistin<strong>do</strong> a dúvi<strong>da</strong> a realização de prova-de-carga no elementoestrutural.Sobre esta versão <strong>da</strong> NBR 6118:1980, Vasconcelos 93 e Fusco 94 observam que aaplicação conjunta <strong>do</strong>s coeficientes parciais de ponderação, γ f = 1,4 e γ c = 1,4 ,implicam na mesma ordem de grandeza <strong>do</strong> coeficiente global de segurança 2,00preconiza<strong>do</strong> pela NB – 1:1960 , o que referen<strong>da</strong> que: embora por caminhos distintos,as duas versões <strong>da</strong> norma conduzem ao cálculo de estruturas equivalentes quanto <strong>à</strong>segurança e economia.1992: em junho de 1992 foi lança<strong>da</strong> uma nova norma, registra<strong>da</strong> como NBR12655:1992 95 – “Preparo, controle e recebimento de <strong>concreto</strong>”; na intenção deconcentrar o enfoque, <strong>do</strong> então processo de revisão inicia<strong>do</strong> <strong>da</strong> NBR 6118:1980, noprojeto de estruturas de <strong>concreto</strong>. A NBR 12655 abor<strong>da</strong> detalha<strong>da</strong>mente as fases <strong>da</strong>produção <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>. No entanto, não faz qualquer referência aos critérios deaceitação <strong>da</strong> estrutura nem <strong>à</strong>s medi<strong>da</strong>s a serem a<strong>do</strong>ta<strong>da</strong>s em caso <strong>da</strong> não aceitação<strong>do</strong> lote estrutural em exame.1996: NBR 12655:1996 96 – Nova versão <strong>da</strong> NBR 12655, trazen<strong>do</strong> pequenasalterações na análise quanto aos lotes de concretagem.2006: NBR 12655:2006 12 – Atualização <strong>da</strong> versão anterior com o enfoque sobre aagressivi<strong>da</strong>de <strong>do</strong> meio ambiente e a durabili<strong>da</strong>de <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>.2000: NBR 6118:2003 2 – “Projeto de estruturas de <strong>concreto</strong>” – lança<strong>da</strong>preliminarmente em abril de 2000, publica<strong>da</strong> em 2003 e posta em vigor em 30 demarço de 2004, cujo texto desta nova NB-1, foi elabora<strong>do</strong> por uma comissão deprofissionais e de pesquisa<strong>do</strong>res notáveis, tratan<strong>do</strong> detalha<strong>da</strong>mente <strong>do</strong> projeto deestruturas de <strong>concreto</strong> simples arma<strong>do</strong> e protendi<strong>do</strong>, conten<strong>do</strong> 25 capítulos eanexos informativos complementares. Elabora<strong>da</strong> com base na experiência brasileiraacumula<strong>da</strong>, sem desprezar, no entanto, as novas contribuições e a tendência <strong>à</strong>internacionalização <strong>da</strong>s normas, incentiva<strong>da</strong> pela ISO, <strong>à</strong> exemplo <strong>do</strong> “Eurocode 2”;traz tópicos inova<strong>do</strong>res, entre eles, aspectos atuais, concernentes a: garantia <strong>da</strong>quali<strong>da</strong>de, durabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s estruturas e aos princípios de análise estrutural.Seus preceitos aplicam-se aos <strong>concreto</strong>s normais, identifica<strong>do</strong>s por massaespecífica seca maior <strong>do</strong> que 2000kg/m 3 , <strong>do</strong> chama<strong>do</strong> grupo I de <strong>resistência</strong> (C10 a


62C50), ou seja de 10 a 50MPa, conforme classificação <strong>da</strong> NBR 8953:1992 97 -“Concreto para fins estruturais – classificação por grupos de <strong>resistência</strong>s”.No que tange aos coeficientes de minoração <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>do</strong>s materiais,estabelece, com relação ao coeficiente de ponderação <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> γ c ,para o cálculo no esta<strong>do</strong> limite último os seguintes valores:γ c = 1,4 para condições normais de execução;γ c = 1,2 para condições especiais ou excepcionais de execução.Prescreve a multiplicação deste γ c por 1,1 para as condições desfavoráveis deexecução (más condições de transporte, ou adensamento manual, ou concretagemdeficiente por concentração de armadura).Para o caso <strong>do</strong> cálculo para esta<strong>do</strong>s limites de serviço, não prevê minoração,a<strong>do</strong>tan<strong>do</strong> de mo<strong>do</strong> geral γ m =1,0 (item 12.7.2.2).No tocante ao recebimento <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> faz menção <strong>à</strong> obediência a NBR12655:1996 96 , explicitan<strong>do</strong> em caso <strong>da</strong> existência de não-conformi<strong>da</strong>de, as açõescorretivas referencia<strong>da</strong>s no Capítulo 1 desta tese.Por fim, com referência <strong>à</strong> normalização internacional, no que diz respeito aocoeficiente de ponderação <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>, as prescrições indicam que omesmo varia no intervalo de 1,25 a 1,70, a exemplo <strong>da</strong>s normas menciona<strong>da</strong>s aseguir, analisa<strong>da</strong>s comparativamente por Cremonini 22 , conforme descrição a seguir:Espanhola - EH 88 e EH 91 – para o valor <strong>do</strong> γ c :γ c = 1,5 para os casos gerais;γ c = 1,7 para controle reduzi<strong>do</strong> (obras de pequena importância, sem ensaios);γ c = 1,4 para obras com controle intenso.Francesa, cita<strong>da</strong> pelo CEB 128 :γ c = 1,5 para os casos gerais.Japonesa -JIS :γ c = 1,3 coeficiente único.Inglesa - BS 1881:γ c = 1,50 para flexão ou <strong>compressão</strong> axial;γ c = 1,25 para cisalhamento;


63γ c ≥ 1,50 para outros casos.Polonesa – PN 76/Bγ c = 1,35 para <strong>compressão</strong>;γ c = 1,50 para tração;Russa (antiga União Soviética), segun<strong>do</strong> o CEB 128 :γ c = 1,35 para <strong>compressão</strong> em <strong>concreto</strong>s comuns e leves;γ c = 1,50 para tração em <strong>concreto</strong>s comuns e leves;γ c = 1,50 a 1,75 para <strong>compressão</strong> em <strong>concreto</strong>s celulares.Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s - ACI 318 98 :Segun<strong>do</strong> o ACI 318, o critério de segurança se baseia na aplicação de umcoeficiente único de minoração (< 1), sem distinção entre as <strong>resistência</strong>s <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>e <strong>do</strong> aço, sobre a <strong>resistência</strong> nominal, cujo produto (<strong>resistência</strong> de projeto) deve serigual ou superior ao esforço solicitante; este, obti<strong>do</strong> com a aplicação de umcoeficiente de majoração <strong>da</strong>s cargas. Para esse coeficiente de minoração, segun<strong>do</strong>as solicitações, são a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s os seguintes valores:- flexão simples = 0,90;- tração axial e tração axial com flexão = 0,90;- <strong>compressão</strong> por esforço normal e por flexo-<strong>compressão</strong>: para pilares cinta<strong>do</strong>s =0,75 e para outros tipos de armadura = 0,70;- cisalhamento e torção = 0,85.A <strong>resistência</strong> nominal é calcula<strong>da</strong> segun<strong>do</strong> os critérios constante dessa norma, combase nas <strong>resistência</strong>s especifica<strong>da</strong>s para o <strong>concreto</strong> “f c ” e para o aço “f y ” limita<strong>da</strong> a551MPa, não haven<strong>do</strong> limitação para a <strong>resistência</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>.Para as cargas o coeficiente de majoração é de 1,4 para o peso próprio e de 1,7para as cargas acidentais, cargas de empuxo de terras e cargas devi<strong>da</strong>s a ventos.2.3 Importância e significa<strong>do</strong> <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>A <strong>resistência</strong> mecânica é considera<strong>da</strong> como o principal parâmetro, ou, o maisobjetivo, isola<strong>da</strong>mente, para se avaliar a quali<strong>da</strong>de <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> na estrutura. Em


64particular, a <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> simples, avalia<strong>da</strong> por rupturas de corpos-deprovamol<strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> ao sair <strong>da</strong> betoneira, os quais, obviamente representamuma <strong>resistência</strong> potencial a qual o <strong>concreto</strong> pode atingir na estrutura.Em face <strong>da</strong> correlação <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> com diversas características <strong>do</strong><strong>concreto</strong>, entre elas a porosi<strong>da</strong>de e conseqüentemente a sua durabili<strong>da</strong>de,comenta<strong>da</strong> por Ahmad 99 , é comum a classificação de <strong>concreto</strong>s com base nessa<strong>resistência</strong> aos 28 dias. Nesse senti<strong>do</strong> são apresenta<strong>da</strong>s nas tabelas que seseguem a classificação estabeleci<strong>da</strong> pela NBR 8953:1992 97 , bem como a sugeri<strong>da</strong>por PRISKIN 100 abrangen<strong>do</strong> diversas categorias de <strong>concreto</strong>s.Tabela 2.1 – Classificação <strong>do</strong>s <strong>concreto</strong>s para fins estruturais por classe de <strong>resistência</strong> 97CategoriaClasse de <strong>resistência</strong> (números correspondem aovalor <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> característica em MPa)Grupo IGrupo IIC10; C15; C20; C25; C30; C35; C40; C45; C50C55; C60; C70; C80Tabela 2.2 – Classificação <strong>do</strong>s <strong>concreto</strong>s quanto <strong>à</strong> <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> segun<strong>do</strong> Prinski 100ClassificaçãoResistência <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> aos 28 dias(f c28 )MPaConcreto Comum 20 – 50Concreto de Alto Desempenho 50 – 100Concreto de Ultra Alto Desempenho 100 a 150Concretos Especiais > 150Essas classificações são exclusivamente de cunho prático, evidencian<strong>do</strong> asimplici<strong>da</strong>de com que se a<strong>do</strong>ta este parâmetro como representativo <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de <strong>do</strong><strong>concreto</strong>.A <strong>avaliação</strong>, no entanto, dessa <strong>resistência</strong> nas estruturas acaba<strong>da</strong>s é complexo.O processo de produção <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>, desde a consideração <strong>da</strong> variabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong>scaracterísticas <strong>do</strong>s seus componentes, passan<strong>do</strong> pelas etapas de mistura,transporte, lançamento, adensamento, e, por fim, a cura, introduz uma série devariáveis de difícil quantificação, abor<strong>da</strong><strong>da</strong>s por Petersons 101,102 e Lewan<strong>do</strong>wski 103 ,que levam a se considerar esta <strong>resistência</strong> “in situ” admiti<strong>da</strong> como real, como inferiora <strong>do</strong>s corpos-de-prova supracita<strong>do</strong>s, mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s e cura<strong>do</strong>s sob condições ideais.


65As figuras a seguir apresenta<strong>da</strong>s, de acor<strong>do</strong> com Helene e Terzian 77 , sintetizam aanálise <strong>do</strong>s diversos fatores que intervém na <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>e na conceituação <strong>da</strong>s <strong>resistência</strong>s ditas: potencial e real ou efetiva.Estrutura de ConcretoPlanejamento Projeto Materiais Execução UtilizaçãoControle Tecnológico <strong>da</strong>sEstruturas de ConcretoControle <strong>do</strong>s MateriaisControle <strong>do</strong>s ServiçosAçoFôrmaAditivoArmaduraAgrega<strong>do</strong>sConcretoÁguaCimentotransportelançamentoadensamentocuraArgamassaDesformaConcretotrabalhabili<strong>da</strong>de<strong>resistência</strong>durabili<strong>da</strong>deControle <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>à</strong><strong>compressão</strong>Figura 2.9 – Diagrama de blocos que esquematicamente situa o controle <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>à</strong><strong>compressão</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> dentro <strong>da</strong> problemática mais ampla de controle tecnológico <strong>da</strong>sestruturas de <strong>concreto</strong> 77


Cimento Agrega<strong>do</strong>s Água Aditivos66Dosagemmão-de-obraequipamentoBetoneiraOperaçõesde execução<strong>da</strong> estruturaOperaçõesde ensaio econtroleResistência real ou efetiva <strong>do</strong><strong>concreto</strong> na obraResistência potencial decontrole <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>Fig. 2.10 – Significa<strong>do</strong> <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> obti<strong>da</strong> <strong>através</strong> <strong>do</strong> controle<strong>do</strong> <strong>concreto</strong> 77Observam esses autores, que a <strong>resistência</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>, conceitualmente, não temum único valor. Ela deve ser descrita como uma população com “n” valorestenden<strong>do</strong> para o infinito. A experiência tem demonstra<strong>do</strong> que quan<strong>do</strong> o <strong>concreto</strong> éfabrica<strong>do</strong> sob condições usuais e constantes, a distribuição desta população podeser considera<strong>da</strong> normal ou “gaussiana” e representa<strong>da</strong> por uma medi<strong>da</strong> de posição,a média populacional (μ) e por uma medi<strong>da</strong> de dispersão o desvio-padrão (σ).Nesse particular a NBR 6118:1978 e a NBR 12655:1992, simplificam a distribuiçãode <strong>resistência</strong>s, reduzin<strong>do</strong>-a a um só valor denomina<strong>do</strong> <strong>resistência</strong> característicafckj. Comentam os autores: “essa <strong>resistência</strong> característica, tanto é defini<strong>da</strong> para oprojeto estrutural quanto para fins de produção <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>. No entanto estásubentendi<strong>do</strong> que se trata de um valor pertencente a uma população normal”.O controle <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>, situa-se dentro dessanecessi<strong>da</strong>de de comprovação <strong>da</strong>quilo que está sen<strong>do</strong> executa<strong>do</strong> frente ao que foia<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> no projeto <strong>da</strong> estrutura. A correspondência entre a <strong>resistência</strong> potencial <strong>do</strong><strong>concreto</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong>, obti<strong>da</strong> <strong>através</strong> <strong>da</strong>s operações de ensaio e controle e a<strong>resistência</strong> real ou efetiva <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> na estrutura, deve ser estrutura<strong>da</strong> <strong>através</strong> <strong>do</strong>controle tecnológico <strong>do</strong>s serviços envolvi<strong>do</strong>s e é independente <strong>do</strong>s ensaios. Os


67desconhecimentos relativos <strong>à</strong>s variáveis que intervém nessa correspondência sãoengloba<strong>do</strong>s pelo coeficiente de minoração <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> γ c , desde quea execução obedeça <strong>à</strong>s técnicas atuais de bem construir expressas nos manuais erecomen<strong>da</strong>ções específicas e na própria NBR 6118.Helene e Terzian 77 concluem que o uso <strong>do</strong> γ c , equivale dizer que a <strong>resistência</strong> <strong>à</strong><strong>compressão</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> na estrutura será sempre inferior, na mesma i<strong>da</strong>de econdições, <strong>à</strong> <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> obti<strong>da</strong> <strong>do</strong>s corpos-de-prova de controle.Excepcionalmente, em alguns casos de componentes de grande volume, mol<strong>da</strong><strong>do</strong>scom <strong>concreto</strong> fluí<strong>do</strong> <strong>do</strong> tipo auto-adensável, pode ocorrer que a <strong>resistência</strong> real <strong>do</strong><strong>concreto</strong> na obra iguale ou supere a potencial obti<strong>da</strong> <strong>do</strong>s corpos-de-prova decontrole.Como se depreende, essa <strong>resistência</strong> dita real ou efetiva, dificilmente pode serconheci<strong>da</strong>, a não ser em casos especiais, quan<strong>do</strong> for possível ensaiar e romper opróprio componente estrutural. Assim é comum se trabalhar com a extração detestemunhos, que também não fornece a <strong>resistência</strong> real <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> em função dediversos fatores, entre os quais: a sua relação geométrica com o componenteestrutural, nível de carregamento <strong>da</strong> peça, microfissuras e o corte de agrega<strong>do</strong>scausa<strong>do</strong>s pelo processo de broqueamento, conforme Helene 17 , Canovas 58 eNeville 47 , além de outros fatores que influenciam nesse processo de extração, osquais serão adiante abor<strong>da</strong><strong>do</strong>s.• Parâmetro normativo de referênciaA <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> foi estipula<strong>da</strong>, tradicionalmente, pelanormalização brasileira 8,9 , como parâmetro para o dimensionamento estrutural, pelatensão de ruptura <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> axial simples de um cilindro de <strong>concreto</strong> de (150 +3)mm de diâmetro e (300 + 6)mm de altura. A partir <strong>da</strong> NBR 5738:1992 8 passou-se aaceitar também corpos-de-prova de 10cm, 20cm, 25cm, 30cm e 45cm de diâmetrocom relação altura/diâmetro de 2:1 e com tolerância de dimensões de 1% para odiâmetro e de 2% para a altura. Para o caso <strong>do</strong>s corpos-de-prova de (10cm x 20cm)e os tradicionais de (15cm x 30cm), não há qualquer prescrição, no referi<strong>do</strong> textonormativo, de coeficiente de correlação entre esses 2 padrões aceitos. A únicarecomen<strong>da</strong>ção para o uso <strong>do</strong>s corpos-de-prova de (10cm x 20cm) é no que tange ao


68diâmetro máximo <strong>do</strong> agrega<strong>do</strong> graú<strong>do</strong> que deve ser menor ou igual a ¼ <strong>do</strong> diâmetro<strong>do</strong> molde (correspondente a brita de 25mm). A respeito, Sobral 104 afirma que há umaníti<strong>da</strong> influência, comprova<strong>da</strong> experimentalmente, <strong>da</strong> relação altura/diâmetro para oscorpos-de-prova cilíndricos, ou altura/largura <strong>da</strong> base para os prismáticos. O “ComitéEuropéen du Béton” – CEB recomen<strong>da</strong>, quan<strong>do</strong> não se dispõem de <strong>da</strong><strong>do</strong>sexperimentais a a<strong>do</strong>ção <strong>da</strong> relação entre 0,94 a 1,00 com valor médio de 0,97, entrea <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> de corpos-de-prova cilíndricos de (10cm x 20cm) emrelação aos de (15cm x 30cm), toma<strong>do</strong> para estes, como referência, o valor unitário.Os corpos-de-prova devem ser mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s em formas estanques, de aço ou de outromaterial não absorvente e adensa<strong>do</strong>s, com soquete manual, em 3 cama<strong>da</strong>s para oscorpos-de-prova de 15cm x 30cm, aplican<strong>do</strong>-se 25 golpes por cama<strong>da</strong>; e, em 2cama<strong>da</strong>s com vibra<strong>do</strong>res mecânicos, conforme a nova versão <strong>da</strong> NBR 5738:2003 8 ,lança<strong>da</strong> em dezembro de 2003. Para os de 10cm x 20cm, mol<strong>da</strong>m-se em 2 cama<strong>da</strong>sadensa<strong>da</strong>s por 12 golpes ca<strong>da</strong> uma ou em uma única cama<strong>da</strong> por adensamentovibratório mecânico em acor<strong>do</strong> com a referi<strong>da</strong> norma.Esses corpos-de-prova, padrão, são cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s e rompi<strong>do</strong>s satura<strong>do</strong>s na i<strong>da</strong>de<strong>do</strong> ensaio, a<strong>do</strong>tan<strong>do</strong>-se em geral 28 dias como i<strong>da</strong>de de referência, com osresulta<strong>do</strong>s expressos em megapascal (1Pa = 1N/m 2 ; 1MPa ≈ 10kgf/cm²). Aaceitação estatística <strong>do</strong>s lotes de concretagem estruturais tem também como base,na NBR 12655:2006 95 , esse parâmetro acima descrito.• Definição <strong>do</strong>s parâmetros referentes <strong>à</strong> <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> a serematendi<strong>do</strong>sO principal objetivo <strong>do</strong> controle <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> é aobtenção de um valor potencial, único e característico <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong>de um certo volume ou lote de <strong>concreto</strong>, afim de comparar esse valor com aqueleque foi especifica<strong>do</strong> no projeto estrutural e, conseqüentemente, toma<strong>do</strong> comoreferência para o dimensionamento <strong>da</strong> estrutura 77,105 .Segun<strong>do</strong> Rüsch 106 a distribuição normal ou de Gauss é um modelo matemático quepode representar de maneira satisfatória a distribuição <strong>da</strong>s <strong>resistência</strong>s <strong>à</strong><strong>compressão</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> sempre que o coeficiente de variação (v c %), observa<strong>do</strong>seja igual ou menor a 30%.


69A curva de densi<strong>da</strong>de de probabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s <strong>resistência</strong>s é então admiti<strong>da</strong> comonormal e o valor característico é calcula<strong>do</strong> em função <strong>da</strong> dispersão <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s,origina<strong>do</strong>s pelo processo de produção e ensaio.O valor <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> é indica<strong>do</strong> com a notação fck representa<strong>do</strong> nafigura 2.11.Figura 2.11 – Representação <strong>da</strong> distribuição <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> 77As definições <strong>do</strong>s parâmetros acima assim como <strong>do</strong>s envolvi<strong>do</strong>s no controleestatístico de quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> são condensa<strong>do</strong>sna tabela 2.3 seguinte.Tabela 2.3 – Significa<strong>do</strong>s de alguns termos e notações emprega<strong>do</strong>s no controle <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> 77 .Termo ouSignifica<strong>do</strong>Notação<strong>resistência</strong> característica <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> peloprojetista estrutural. Está associa<strong>da</strong> ao nível de confiança de 95%. A essef ck valor é aplica<strong>do</strong> o coeficiente de minoração para obtenção <strong>da</strong> <strong>resistência</strong>de cálculo f cd <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong>;f ck,ef<strong>resistência</strong> característica real ou efetiva <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong>,correspondente a uma região homogênea <strong>da</strong> estrutura, que tem umaprobabili<strong>da</strong>de de 0,95 de ser iguala<strong>da</strong> <strong>à</strong> <strong>resistência</strong> de um corpo-de-provacilíndrico toma<strong>do</strong> aleatoriamente dentro <strong>da</strong> região. Essa <strong>resistência</strong> éimpossível de ser conheci<strong>da</strong> pois seria necessário ensaiar to<strong>do</strong> o <strong>concreto</strong><strong>da</strong> região considera<strong>da</strong>;continua


70Termo ouNotaçãof ck,estf cmS cV cf ciLoteUni<strong>da</strong>dede produtoAmostraTamanho<strong>da</strong> amostraExemplarSignifica<strong>do</strong>Resistência característica estima<strong>da</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong>, correspondente aum lote que se supõe homogêneo. É o valor obti<strong>do</strong> ao ensaiar alguns corpos-deprovacilíndricos e aplicar os resulta<strong>do</strong>s num modelo matemático – o estima<strong>do</strong>r.Resulta uma estimativa feita a partir de uma amostragem, e não uma certezaabsoluta <strong>do</strong> valor <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> característica real <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> <strong>do</strong> lote em exame;<strong>resistência</strong> média <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> obti<strong>da</strong> <strong>à</strong> j dias de i<strong>da</strong>de, em MPa;desvio-padrão <strong>do</strong> processo de produção e ensaio <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> obti<strong>do</strong> de uma oumais amostras, a j dias de i<strong>da</strong>de, em MPa;coeficiente de variação <strong>do</strong> processo de produção e ensaio <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> obti<strong>do</strong> deuma ou mais amostras, a j dias de i<strong>da</strong>de, em %;<strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> individual de ca<strong>da</strong> um <strong>do</strong>s n exemplares de umaamostra, <strong>à</strong> j dias de i<strong>da</strong>de, em MPa;Quanti<strong>da</strong>de de <strong>concreto</strong> amassa<strong>do</strong> em condições semelhantes (mesmapopulação) e submeti<strong>do</strong> a julgamento de uma só vez, poden<strong>do</strong> ser aceito ourejeita<strong>do</strong>;corresponde a ca<strong>da</strong> amassa<strong>da</strong> qualquer que seja o volume <strong>da</strong> betoneiraconjunto de exemplares que se admite como representativos de um lote.corresponde ao número de exemplares que constituem uma amostra.corresponde ao valor <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> f ci que representa uma uni<strong>da</strong>dede produto (amassa<strong>da</strong>). É o valor mais alto de <strong>do</strong>is ou mais corpos-de-prova“irmãos” retira<strong>do</strong>s <strong>da</strong> mesma amassa<strong>da</strong>. Portanto, de uma betona<strong>da</strong> pode-semol<strong>da</strong>r p corpos-de-prova, porém o <strong>concreto</strong> dessa betona<strong>da</strong> (uni<strong>da</strong>de de produto)será representa<strong>do</strong> apenas por um valor numa certa i<strong>da</strong>deconclusãoA NBR 12655:2006 12 considera para os critérios de aceitação <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> <strong>do</strong> item7.2.3, os seguintes estima<strong>do</strong>res:Controle estatístico <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> por amostragem parcial:As amostras devem ser de no mínimo seis exemplares para os <strong>concreto</strong>s <strong>do</strong> grupo I(classes até C50, inclusive) e de <strong>do</strong>ze exemplares para os <strong>concreto</strong>s <strong>do</strong> grupo II(classe superior a C50), conforme define NBR 8953:1992 97 .a) para lotes com números de exemplares 6 < n < 20, o valor estima<strong>do</strong> <strong>da</strong><strong>resistência</strong> característica <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> (f ckest ), na i<strong>da</strong>de especifica<strong>da</strong> é<strong>da</strong><strong>do</strong> por:fckestf1+f2 + ... + fm − 12− fmm − 1= onde:m= n/2, desprezan<strong>do</strong>-se o valor mais alto de n, se for ímpar;f 1 ,f 2 ,...,f m =valores <strong>da</strong>s <strong>resistência</strong>s <strong>do</strong>s exemplares, em ordem crescente.


71NOTA: não se deve tomar para f ckest valor menor que ψ 6 . f 1 , a<strong>do</strong>tan<strong>do</strong>-se para ψ 6 os valoresindica<strong>do</strong>s na tabela abaixo:Tabela 2.4 – valores de ψ 6 (correspondente a tabela 3 <strong>da</strong> norma NBR 12655, p. 7)CondiçãoNúmero de exemplares (n)de2 3 4 5 6 7 8 10 12 14 > 16preparoA 0,82 0,86 0,89 0,91 0,92 0,94 0,95 0,97 0,99 1,00 1,02B ou C 0,75 0,80 0,84 0,87 0,89 0,91 0,93 0,96 0,98 1,00 1,02NOTA – os valores de n entre 2 e 5 são emprega<strong>do</strong>s para os casos excepcionais item 7.2.3.3b) para lotes com número de exemplares n >20:fckest= sen<strong>do</strong>:fcm − 1,65.S df cm é a <strong>resistência</strong> média <strong>do</strong>s exemplares <strong>do</strong> lote em MPa;S d é desvio-padrão <strong>do</strong> lote para n-1 resulta<strong>do</strong>s em MPaControle <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> por amostragem total (100%):Consiste no ensaio de exemplares de ca<strong>da</strong> amassa<strong>da</strong> de <strong>concreto</strong> e aplica-se acasos especiais. Neste caso não há limitação para o número de exemplares <strong>do</strong> lotee o valor estima<strong>do</strong> <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> característica é <strong>da</strong><strong>do</strong> por:a) para n < 20, f ckest = f 1;b) para n > 20, f ckest = f i sen<strong>do</strong>: i= 0,05n a<strong>do</strong>tan<strong>do</strong>-se no caso de i fracionário onúmero inteiro imediatamente superior.Casos excepcionais:pode-se dividir a estrutura em lotes correspondentes a no máximo 10 m³ e amostráloscom número de exemplares entre 2 e 5. Nestes casos excepcionais o valorestima<strong>do</strong> <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> característica é <strong>da</strong><strong>do</strong> por:f ckest = ψ 6 . f 1 sen<strong>do</strong> ψ 6 é <strong>da</strong><strong>do</strong> pela tabela 2.4 para os números de exemplares de2 a 5.No item 8 - Recebimento <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>, a NBR 12655:2006 12 estabelece, em casos deocorrência de não-conformi<strong>da</strong>de, a obediência <strong>do</strong>s critérios constantes <strong>da</strong> NBR6118:2003 10Aceitação ou rejeição <strong>do</strong>s lotes de <strong>concreto</strong>Os lotes de <strong>concreto</strong> devem ser aceitos quan<strong>do</strong> o valor estima<strong>do</strong> <strong>da</strong> <strong>resistência</strong>característica, calcula<strong>do</strong> conforme 7.2.3, satisfizer a relação:f ckest > f ckNOTA - Em caso de rejeição de lotes deve-se recorrer aos critérios estabeleci<strong>do</strong>s na NBR 6118


2.4 Méto<strong>do</strong>s de análise <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> em estruturasacaba<strong>da</strong>s72Diversos méto<strong>do</strong>s de ensaio são utiliza<strong>do</strong>s na <strong>avaliação</strong> de estruturas de <strong>concreto</strong>acaba<strong>da</strong>s, desde os ensaios considera<strong>do</strong>s não destrutivos, que não causam <strong>da</strong>nosao elemento estrutural até as provas-de-carga realiza<strong>da</strong>s sobre o componenteestrutural em análise.Bungey 107 apresenta um resumo <strong>da</strong>s etapas de um programa de investigação <strong>da</strong>quali<strong>da</strong>de <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> nas estruturas, também referi<strong>do</strong> por ALBA 37 , partin<strong>do</strong> desde oseu planejamento até a análise e interpretação <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s, representa<strong>da</strong>, naintegra na figura 2.12.Figura 2.12 – Etapas de uma investigação – Bungey 107


73Referin<strong>do</strong>-se especificamente aos méto<strong>do</strong>s de <strong>avaliação</strong>, Helene 17 mostra suascorrelações com as características a serem avalia<strong>da</strong>s, no quadro auto-explicativo aseguir:Méto<strong>do</strong>Extração de testemunhosde <strong>concreto</strong>Extração de testemunhosde açoProvas de cargaUltra-somCaracterísticas básicas que podem ser avalia<strong>da</strong>s• <strong>resistência</strong> característica a <strong>compressão</strong> (f ckest )• módulo de deformação longitudinal (E c )• diagrama tensão x deformação específica (σ c x ε c )• <strong>resistência</strong> característica <strong>à</strong> tração (f tk )• <strong>resistência</strong> característica <strong>à</strong> tração (f yk )• módulo de deformação longitudinal (E s )• diagrama tensão x deformação específica (σ c x ε c )• ductili<strong>da</strong>de (alongamento e estricção)• Comportamento elástico de componentesestruturais• uniformi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>• uniformi<strong>da</strong>de <strong>do</strong> módulo dinâmico de deformaçãolongitudinal <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>• defeitos não visíveis• eventual <strong>avaliação</strong> <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong><strong>do</strong> <strong>concreto</strong>Gamagrafia • defeitos visíveisEsclerometria• uniformi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>• eventual <strong>avaliação</strong> <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong><strong>do</strong> <strong>concreto</strong>Quadro 2.1 Méto<strong>do</strong>s que podem ser a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s para avaliar as proprie<strong>da</strong>des de <strong>concreto</strong>s e aços emestrutura acaba<strong>da</strong>s 17 .Com referência aos ensaios não destrutivos, os mesmos são classifica<strong>do</strong>s porBungey apud Castro 25 em:• não destrutivos propriamente ditos (NDT), que não causam <strong>da</strong>nos aoelemento estrutural (exemplo: ensaio ultrassônico);• parcialmente não destrutivo (PNDT), os quais podem causar um <strong>da</strong>nolocal limita<strong>do</strong> ao elemento estrutural (exemplo: ensaio de arrancamento).Esses ensaios, podem ain<strong>da</strong> serem agrupa<strong>do</strong>s, conforme propõe Repette 108 , natabela seguinte:


74Tabela 2.5 Méto<strong>do</strong>s não destrutivos e proprie<strong>da</strong>des avalia<strong>da</strong>s 108Proprie<strong>da</strong>deMéto<strong>do</strong> de ensaioDureza superficialResistência <strong>à</strong> PenetraçãoVeloci<strong>da</strong>de de propagação de on<strong>da</strong>sUltrassônicasEsclerometria“Windson Test”“Pin Penetration”UltrassomEsses ensaios não destrutivos devem ser considera<strong>do</strong>s como ensaios coadjuvantesnas análises estruturais. Com vocação, sobretu<strong>do</strong> os de esclerometria eultrassônicos, para verificação <strong>da</strong> homogenei<strong>da</strong>de <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> <strong>do</strong> elementoestrutural, possibilitam, também, economia na redução <strong>do</strong> número de testemunhos aserem extraí<strong>do</strong>s para a <strong>avaliação</strong> <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> mecânica.A norma britânica BS 1881 109 , faz diversas considerações sobre a escolha de umméto<strong>do</strong> de ensaio determina<strong>do</strong> basea<strong>da</strong>s nos seguintes critérios:a) custos diretos e indiretos envolvi<strong>do</strong>s na realização <strong>do</strong>s ensaios;b) condições <strong>da</strong> zona a investigar <strong>da</strong> estrutura;c) acessibili<strong>da</strong>de para a realização de um determina<strong>do</strong> ensaio;d) efeito <strong>do</strong> possível <strong>da</strong>no produzi<strong>do</strong> ao elemento estrutural investiga<strong>do</strong>e) precisão requeri<strong>da</strong> na estimativa <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>.Por oportuno, é interessante ressaltar que os testemunhos de pequenos diâmetrosestu<strong>da</strong><strong>do</strong>s nessa tese, contemplam favoravelmente os quatro primeiroscondicionantes lista<strong>do</strong>s acima, restan<strong>do</strong> a análise de confiabili<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s,(abor<strong>da</strong><strong>da</strong> na letra e), para a sua utilização corrente.A propósito <strong>da</strong> viabili<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s méto<strong>do</strong>s de ensaio <strong>da</strong> estimativa <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>do</strong><strong>concreto</strong> Petersons 15 , faz interessante distinção entre fideli<strong>da</strong>de e precisão nestaestimativa. Por fideli<strong>da</strong>de entende como grau de concordância entre os diversosresulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s nas medi<strong>da</strong>s repeti<strong>da</strong>s de uma determina<strong>da</strong> grandeza física e porprecisão o grau de concordância entre os valores medi<strong>do</strong>s e os reais.A seguir é apresenta<strong>do</strong> um resumo <strong>da</strong>s características <strong>do</strong>s principais ensaios nãodestrutivos,com ênfase para os esclerométricos e ultrassônicos, utiliza<strong>do</strong>s,subsidiariamente, no programa experimental desta tese.


75• Ensaios de <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> penetração:Esses ensaios se baseiam na correlação entre a <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> e aprofundi<strong>da</strong>de de penetração de pinos metálicos impulsiona<strong>do</strong>s por uma pistolaapropria<strong>da</strong>. O primeiro méto<strong>do</strong> a respeito, denomina<strong>do</strong> “Windson Test”, foidesenvolvi<strong>do</strong> em 1964 nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, seguin<strong>do</strong>-se o méto<strong>do</strong> canadense “NewPin Penetration” <strong>da</strong>ta<strong>do</strong> de 1986. O principio básico é o mesmo, sen<strong>do</strong> diferencia<strong>do</strong>spelo diâmetro, comprimento <strong>do</strong> pino e energia de aplicação. A propósito <strong>da</strong>aplicação <strong>do</strong> méto<strong>do</strong> “Windson Test”, que é normaliza<strong>do</strong> pela ASTM C308 110 ,Helene 105 e Repette 108 comentam que a dispersão <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s desses ensaios,representa<strong>da</strong> pelos coeficientes de variação de valor <strong>da</strong> ordem de 5%, é cerca <strong>da</strong>metade <strong>do</strong> obti<strong>do</strong> em ensaios com o esclerômetro tipo Schmidt. Os resulta<strong>do</strong>sdesses ensaios são bastante influencia<strong>do</strong>s pela dureza <strong>do</strong>s agrega<strong>do</strong>s. Castro 25encontrou boa correlação, em estu<strong>do</strong> experimental, com a <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong>simples.• Ensaios de arrancamentoO mais antigo ensaio de verificação de <strong>resistência</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> pela força dearrancamento de uma peça metálica foi proposto na Rússia por Skaramtajew 111 ,atualmente conheci<strong>do</strong> como “pull-out”. A inserção metálica no <strong>concreto</strong> pode serfeita durante a mol<strong>da</strong>gem <strong>da</strong> peça, méto<strong>do</strong> conheci<strong>do</strong> comercialmente enormaliza<strong>do</strong> nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s pela norma ASTM C900-87 112 , como “LOK-TEST”;ou, posteriormente, por meio de furos no <strong>concreto</strong> endureci<strong>do</strong>. Este segun<strong>do</strong>processo, conforme Repette apud Cremonini 22 , possui três mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>des. A primeiraconheci<strong>da</strong> como: “CAPO TEST:” (“cut and pullout test”), desenvolvi<strong>do</strong> em 1980 naDinamarca, também normaliza<strong>da</strong> nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s pelo ASTM C900-01 113 ; osegun<strong>do</strong> conheci<strong>do</strong> como “ESCOT” (“expan<strong>da</strong>ble sleeve concrete test”) e a terceiracomo “fratura interna BRE”, desenvolvi<strong>da</strong> na Inglaterra no “Bulding ResearchEstableshment”, por Chambowsky e Bryden-Smith 114 . To<strong>da</strong>s essas mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>des deensaios, baseiam-se na medição <strong>da</strong> força aplica<strong>da</strong>, quer seja por um macacohidráulico para o arrancamento <strong>do</strong> pino metálico, no caso <strong>do</strong> “CAPO TEST”, querseja pela ação de um torquímetro, que expande uma luva metálica pela torção deum parafuso, provocan<strong>do</strong> a fratura interna no <strong>concreto</strong>, diferencian<strong>do</strong>-se apenas


76pela geometria <strong>do</strong> parafuso inseri<strong>do</strong>. Mailhot et al. 115 se referem a eleva<strong>da</strong> variação<strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s nos ensaios de arrancamento <strong>do</strong> parafuso.Por fim MURRAY et al. 116 , visan<strong>do</strong> simplificar as técnicas de ensaio e reduzir os<strong>da</strong>nos ao <strong>concreto</strong>, desenvolveram um méto<strong>do</strong> de ensaio para arrancamento deuma chapa circular de aço previamente fixa<strong>da</strong> com epóxi <strong>à</strong> superfície <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>.• Ensaios esclerométricos:A palavra esclerometria é composta por sklér + metro, que em grego significamdureza e medi<strong>da</strong> respectivamente. Helene 117 e Souza 118 refere-se a medição <strong>da</strong>dureza: pela <strong>resistência</strong> <strong>do</strong> material <strong>à</strong> penetração, ao choque, ou ao risco superficial.A <strong>avaliação</strong> <strong>da</strong> dureza com base na deformação plástica permanente aplica<strong>da</strong> aosmetais foi proposta por Johan A. Gaede, de Hannover, que estendeu estameto<strong>do</strong>logia ao <strong>concreto</strong>, a partir de 1934. O esclerômetro de Gaede, no entanto,<strong>da</strong><strong>do</strong> <strong>à</strong> dificul<strong>da</strong>de e imprecisão na medi<strong>da</strong> <strong>da</strong> área <strong>da</strong> calota esférica, resultante <strong>da</strong>deformação provoca<strong>da</strong>, tem si<strong>do</strong> pouco utiliza<strong>do</strong> no Brasil em comparação aosesclerômetros ditos “de reflexão”, desenvolvi<strong>do</strong>s posteriormente.Deve-se ao engenheiro suíço Ernesth Schmidt, com base na aplicação <strong>do</strong>sconceitos de dureza “shore”, utiliza<strong>do</strong>s na caracterização de metais, bem como nosestu<strong>do</strong>s efetua<strong>do</strong>s, a partir de 1950, no Laboratório Federal de Materiais de Zürich, odesenvolvimento <strong>do</strong> instrumento denomina<strong>do</strong> esclerômetro de Schmidt,esclerômetro de reflexão ou “martelo Schmidt”. Este processo de verificação <strong>da</strong>dureza, <strong>através</strong> <strong>da</strong> reflexão de uma massa chocante, perpendicularmente sobre asuperfície <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>, é o mais rápi<strong>do</strong>, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> largamente usa<strong>do</strong> no Brasil,desde os estu<strong>do</strong>s iniciais <strong>do</strong> Prof. Eládio Petrucci na déca<strong>da</strong> de 1950, segun<strong>do</strong>Helene 117 . O próprio Schmidt 119 , diversos pesquisa<strong>do</strong>res e enti<strong>da</strong>des técnicas,estu<strong>da</strong>ram a aplicação <strong>do</strong>s testes esclerômetricos e estabeleceram acorrespondência entre o índice esclerométrico e a <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> <strong>do</strong><strong>concreto</strong>, entre eles Greene 120 , Petrucci 121,122 , Laranjeiras 123 , Bauer 124,125 , o INTApud Laranjeiras 123 e o Rilem 126 , afora os inúmeros trabalhos de pesquisasacadêmicas e de utilização profissional <strong>do</strong> esclerômetro; tornan<strong>do</strong> a aplicação desteinstrumento e a interpretação <strong>do</strong>s seus resulta<strong>do</strong>s de pleno <strong>do</strong>mínio técnico.O ensaio é basea<strong>do</strong> no princípio de que a reflexão de uma massa elástica, lança<strong>da</strong>contra uma superfície, depende <strong>da</strong> dureza dessa superfície. No caso <strong>do</strong>


77esclerômetro de recuo, ou de reflexão, a massa (martelo) é impulsiona<strong>da</strong> por umamola, e se choca, <strong>através</strong> de uma haste com ponta de forma semi-esférica, com asuperfície de <strong>concreto</strong> em ensaio. A energia de impacto é, em parte, consumi<strong>da</strong>, nadeformação plástica permanente, provoca<strong>da</strong> na superfície em ensaio, e em parterefleti<strong>da</strong> elasticamente, proporcionan<strong>do</strong>, ao fim <strong>do</strong> choque, o retorno <strong>do</strong> martelo,anotan<strong>do</strong>-se então a reflexão percentualmente. Quanto mais duro econseqüentemente mais resistente for o <strong>concreto</strong>, tanto menor é a parcela deenergia que se deve converter em deformação permanente e tanto maior, por outrola<strong>do</strong> a energia de reflexão ou o recuo <strong>do</strong> martelo. O índice de recuo provoca<strong>do</strong> pelo<strong>concreto</strong> situa-se em média entre 20 a 50%. O índice esclerométrico é uma medi<strong>da</strong>arbitrária como aponta Neville 47 , pois depende <strong>da</strong> massa e <strong>da</strong> energia armazena<strong>da</strong>pela mola.A meto<strong>do</strong>logia de execução <strong>do</strong> ensaio encontra-se descrita na NBR 7584:1995 127 ,destacan<strong>do</strong>-se: a importância <strong>da</strong> preparação adequa<strong>da</strong> <strong>da</strong> superfície, a área <strong>do</strong>ensaio, que deve estar no intervalo 70mm x 70mm a 200mm x 200mm e aobservação para que se evite impactos sobre agrega<strong>do</strong>s, armaduras, bolhas, etc. Aaferição <strong>do</strong> equipamento é feita por meio de uma bigorna especial de aço de durezaBrinell de 50MPa que forneça índices esclerométricos de cerca de 80%. Mesmoconsideran<strong>do</strong>-se a calibração <strong>do</strong> equipamento, <strong>à</strong>quela família de <strong>concreto</strong> emanálise, por meio de correlações com a <strong>resistência</strong> de testemunhos extraí<strong>do</strong>s; oíndice esclerométrico medi<strong>do</strong> é influencia<strong>do</strong> por diversos fatores, entre eles:• a dureza <strong>do</strong>s agrega<strong>do</strong>s, o tipo e teor <strong>do</strong> aglomerante;• o tipo de areia emprega<strong>do</strong>;• a esbeltez <strong>do</strong> elemento estrutural;• a i<strong>da</strong>de <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>; e principalmente o esta<strong>do</strong> <strong>da</strong> superfície a serensaia<strong>da</strong> (aspereza, teor de umi<strong>da</strong>de, grau de carbonatação).Quanto a possibili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> correlação <strong>do</strong> índice esclerométrico com a <strong>resistência</strong> <strong>à</strong><strong>compressão</strong>, a norma brasileira supracita<strong>da</strong>, conforme Helene 117 , prudentementedecidiu não recomen<strong>da</strong>r este procedimento, consideran<strong>do</strong> não só os aspectos acimaexpostos, como a variabili<strong>da</strong>de inerente aos <strong>concreto</strong>s <strong>da</strong>s diversas regiões <strong>do</strong> país.Apenas, a título de referência, exemplifican<strong>do</strong> um modelo de correlação, as normasPolonesas, segun<strong>do</strong> Facaoaru 128 , recomen<strong>da</strong>m a seguinte relação polinomial:


78R = a IE² + b IE + c (eq. 2.1)sen<strong>do</strong>:R = Resistência <strong>à</strong> <strong>compressão</strong>; IE = índice esclerométrico médio;a, b, c = coeficientes determina<strong>do</strong>s por ensaios destrutivos e esclerômetricos,respectivamente, de pelo menos 30 cilindros que tenham variações de <strong>resistência</strong>acima de ± 30% <strong>do</strong> valor <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> de projeto utiliza<strong>da</strong> na obra em questão.Por fim, dentre os diversos estu<strong>do</strong>s de correlações efetua<strong>do</strong>s entre os resulta<strong>do</strong>s deensaios esclerométricos, ultrassônicos e de ruptura <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> em corpos deprova, cita-se o importante trabalho de Benatov e Lucea 129 , referen<strong>da</strong>n<strong>do</strong> aviabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> utilização desses ensaios conjuntamente com os ensaios destrutivos.• Ensaios ultrassônicosOs ensaios ultrassônicos representam uma importante mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de na categoria deensaios não destrutivos, para <strong>avaliação</strong> de características <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> endureci<strong>do</strong>.Os primeiros estu<strong>do</strong>s sobre a aplicação de ultra-som em <strong>concreto</strong>, segun<strong>do</strong> Wolle etal. 130 , foram procedi<strong>do</strong>s por Powers, em 1938, nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s. O uso correntedesse méto<strong>do</strong>, <strong>da</strong>ta de algumas déca<strong>da</strong>s, e, segun<strong>do</strong> Malhotra 131,132 pode serefetua<strong>do</strong> <strong>através</strong> <strong>do</strong>s seguintes processos:- Soniscópio;- UCT (“Ultrasonic Concrete Tester”);- PUNDIT (“Portable Ultrasonic Nondestructive Digital Indicatting Tester”).O Soniscópio teve sua origem no Canadá, em 1945, com a Comissão de EnergiaHidroelétrica de Ontário, patrocinan<strong>do</strong> estu<strong>do</strong>s de técnicas para exame de fissurasem barragens e estruturas associa<strong>da</strong>s. Praticamente ao mesmo tempo, em trabalhosimilar, realiza<strong>do</strong> na Inglaterra conforme relata Hamassaki 133 , surgia o “UCT”. Nadéca<strong>da</strong> de 70, o Departamento de Engenharia Civil e Municipal <strong>do</strong> UniversityCollege, em Londres, após <strong>do</strong>is anos com protótipos, apresentou o aparelho deensaio portátil, de indica<strong>do</strong>r digital, conheci<strong>do</strong> pelas iniciais <strong>do</strong> seu nome “PUNDIT”,conforme relata Almei<strong>da</strong> 134 .A ASTM, no méto<strong>do</strong> de ensaio C-597 135 – “Pulse Velocity Through Concrete” ,relaciona a veloci<strong>da</strong>de de on<strong>da</strong>s ultrassônicas num sóli<strong>do</strong>, com algumasproprie<strong>da</strong>des físicas desse sóli<strong>do</strong>, <strong>através</strong> <strong>da</strong> equação (conheci<strong>da</strong> como expressãode Ford Rayleigh):


2 EV = C; (eq. 4.2)Dsen<strong>do</strong>:V = veloci<strong>da</strong>de de on<strong>da</strong>s ultrassônicasC = constanteE = módulo de deformação <strong>do</strong> sóli<strong>do</strong>D = massa específica <strong>do</strong> sóli<strong>do</strong>79No <strong>concreto</strong>, essa correlação entre a veloci<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s pulsos ultrassônicos e omódulo de deformação, e, em conseqüência, com a <strong>resistência</strong> mecânica, dependede vários fatores, entre os quais:• proporções <strong>da</strong> mistura, tipo e teor <strong>do</strong>s agrega<strong>do</strong>s e <strong>do</strong> cimento;• compaci<strong>da</strong>de (massa específica), temperatura e teor de umi<strong>da</strong>de <strong>do</strong><strong>concreto</strong>;• presença de armaduras no seu interior.Portanto, a <strong>avaliação</strong> <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> mecânica <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> com base em ensaiosultrassônicos e suas correlações com outros ensaios não destrutivos aplica<strong>do</strong>s aomesmo, sofrem a influência de um grande número de variáveis, ten<strong>do</strong>-se que fixaralgumas delas nas respectivas análises e estabelecimentos de critériosparamétricos.Dentre os estu<strong>do</strong>s de vários pesquisa<strong>do</strong>res sobre o assunto citam-se os deAnderson e Seals 136 , Benatov e Lucea 129 , Borges 137 , Hamassaki 133 , Elvery 138 ,Malhotra 131,132 , Malhotra e Carette 139 e Wolle et al. 130 . To<strong>do</strong>s esses estu<strong>do</strong>s analisama influência <strong>do</strong>s diversos fatores nos resulta<strong>do</strong>s ultrassônicos, citam suas limitações;mas, por outro la<strong>do</strong> evidenciam o seu caráter prático e a sua vali<strong>da</strong>de, associa<strong>do</strong>aos ensaios esclerométricos, na redução <strong>do</strong> número de testemunhos a seremextraí<strong>do</strong>s em um possível diagnóstico de um lote estrutural na caracterização de suahomogenei<strong>da</strong>de.Nesse senti<strong>do</strong> Bocca 140 , analisa a sensibili<strong>da</strong>de de algumas técnicas de ensaiosnão-destrutivos para detectar variações <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> em estruturasprontas. Comenta sobre a utili<strong>da</strong>de desses ensaios, incluin<strong>do</strong> os ultrassônicos, na<strong>avaliação</strong> dessas estruturas com uma maior amplitude de atuação, consideran<strong>do</strong>-se,muitas vezes, a dificul<strong>da</strong>de que pode ocorrer, <strong>da</strong> acessibili<strong>da</strong>de para a extração detestemunhos, e os custos envolvi<strong>do</strong>s com as extrações. Refere-se <strong>à</strong> verificação,principalmente, <strong>da</strong> homogenei<strong>da</strong>de <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> por to<strong>da</strong> estrutura. A aplicação <strong>do</strong>ultra-som em <strong>concreto</strong>, como ensaio não destrutivo, segun<strong>do</strong> a norma <strong>da</strong> British


80Stan<strong>da</strong>rds Institution BS 4408 141 : Part 5 – “Measurement of the Velocity of UltrasonicPulses in Concrete”, é adequa<strong>da</strong> para os seguintes campos de <strong>avaliação</strong>:• homogenei<strong>da</strong>de <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>;• fissuras, vazios e outras imperfeições;• quali<strong>da</strong>de <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> em relação <strong>à</strong>s especificações;• mu<strong>da</strong>nça nas características <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> ao longo <strong>do</strong> tempo;• quali<strong>da</strong>de de uma peça de <strong>concreto</strong> em relação a uma outra;• valores de módulo de deformação dinâmica <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>.Devi<strong>do</strong> aos múltiplos fatores que intervém na determinação <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> mecânicaem função <strong>da</strong> veloci<strong>da</strong>de ultrassônica, essa norma BS4408 141 – Part: 5, a AmericanaASTM-C 597/83 135 e a Brasileira ABNT-NBR8802 142 não recomen<strong>da</strong>m estadeterminação, a não ser em casos específicos, onde alguns parâmetros sejamconheci<strong>do</strong>s.Neville 47 (1997) afirma que: “...o ensaio de ultra-som é usa<strong>do</strong> como meio de controlede quali<strong>da</strong>de de produto que se supõe prepara<strong>do</strong> com <strong>concreto</strong>s semelhantes;podem ser detecta<strong>da</strong>s, prontamente, tanto as faltas de adensamento como variação<strong>da</strong> relação água/cimento. Essa técnica, não pode, no entanto, ser usa<strong>da</strong> para adeterminação <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> de <strong>concreto</strong> prepara<strong>do</strong>s com materiais diferentes emproporções desconheci<strong>da</strong>s”.Esse autor admite porém, que há uma tendência geral <strong>do</strong>s <strong>concreto</strong>s de massaespecífica mais alta terem <strong>resistência</strong> maior desde que não varie a massa específica<strong>do</strong> agrega<strong>do</strong>, e, desse mo<strong>do</strong>, apresenta uma classificação geral <strong>do</strong>s <strong>concreto</strong>s combase na veloci<strong>da</strong>de de pulsos proposta por Whitehurst 143 , ou seja:Tabela 2.6 – Classificação <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> com base na veloci<strong>da</strong>de de pulsos ultrassônicos(Whitehurst 143 )Veloci<strong>da</strong>de de pulsos longitudinais (km/s)Quali<strong>da</strong>de <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>> 4,5 excelente3,5 – 4,5 boa3,0 – 3,5 duvi<strong>do</strong>sa2,0 – 3,0 pobre< 2,0 muito pobreEsta classificação coincide com a proposta por Leslie e Cheesman, segun<strong>do</strong>Almei<strong>da</strong> 134 , sen<strong>do</strong> equivalente <strong>à</strong> apresenta<strong>da</strong> por Petrucci 122 com base nos <strong>da</strong><strong>do</strong>sobti<strong>do</strong>s no “Laboratoire de L’Institut Technique du Bâtiment et dês Travaux Publics”,a saber:


81Tabela 2.7 – Classificação <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> com base na veloci<strong>da</strong>de ultrassônica (Petrucci 122 )<strong>concreto</strong> bomveloci<strong>da</strong>de de 4.000 a 4.200 m/s<strong>concreto</strong> médio:<strong>concreto</strong> mauveloci<strong>da</strong>de de 3.000 a 4.000 m/sveloci<strong>da</strong>de de 2.000 a 3.000 m/sOutro ponto a se observar na classificação <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>, com base naveloci<strong>da</strong>de de propagação, é que esta classificação, nas faixas de veloci<strong>da</strong>deestabeleci<strong>da</strong>s, é bastante grosseira. Segun<strong>do</strong> Wolle et al. 130 , a quase totali<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s<strong>concreto</strong>s que foram ensaia<strong>do</strong>s pelo “LABORATÓRIO FALCÃO BAUER”, em SãoPaulo, resultaram em veloci<strong>da</strong>des <strong>da</strong> ordem de 4.200m/s, enquanto que para<strong>concreto</strong>s de baixíssima <strong>resistência</strong>, as veloci<strong>da</strong>des variaram em torno de 3.200m/s,e ain<strong>da</strong> que , em apenas um par de corpos-de-prova, foi medi<strong>da</strong> veloci<strong>da</strong>de inferior a3.000m/s, num <strong>concreto</strong> que podia ser desagrega<strong>do</strong> a mão (veloci<strong>da</strong>de <strong>da</strong> ordem de2.000m/s).Por fim, apresenta-se a tabela 2.8, resultante de estu<strong>do</strong> experimental realiza<strong>do</strong> porBocca 140 , em um mesmo <strong>concreto</strong>, aplican<strong>do</strong>-se os méto<strong>do</strong>s de ”pull-out”, ultra-some esclerômetria, toman<strong>do</strong>-se como referência a <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> aos 28dias, de corpos-de-prova cúbicos de 16cm de aresta.Os resulta<strong>do</strong>s apresenta<strong>do</strong>s são representativos <strong>do</strong>s valores médios <strong>do</strong> desviopadrãoe <strong>do</strong> coeficiente de variação obti<strong>do</strong>s para ca<strong>da</strong> méto<strong>do</strong> emprega<strong>do</strong>. Naúltima coluna <strong>da</strong> tabela é apresenta<strong>da</strong> uma comparação <strong>do</strong>s coeficientes devariação de ca<strong>da</strong> técnica, com o obti<strong>do</strong> para o ensaio de <strong>compressão</strong> <strong>do</strong>s corpos-deprovamol<strong>da</strong><strong>do</strong>s.Tabela 2.8 – Valores médios <strong>do</strong> desvio-padrão (s) e <strong>do</strong> coeficiente de variação (V%) <strong>do</strong>s méto<strong>do</strong>sinvestiga<strong>do</strong>s (Bocca 140 )I<strong>da</strong>deTécnica Desvio-padrão Coeficiente deutiliza<strong>da</strong>(s) variação (V%)V% / V% <strong>compressão</strong>“Pull-out” 2,77 Kp 4,40 1,40Ultra-som 30m/s 0,66 0,22Esclerometria 2,18 5,61 1,8028 diasResistência <strong>à</strong><strong>compressão</strong>18 Kp/cm² 3,02 1,00Observa-se nesta tabela a pequena relação entre os coeficientes de variaçãoV% / V% <strong>compressão</strong> obti<strong>da</strong> para os ensaios ultrassônicos. A propósito deste fato, Alba 37comenta sobre a improprie<strong>da</strong>de desse méto<strong>do</strong> para detectar variações <strong>da</strong><strong>resistência</strong> de <strong>concreto</strong>s homogêneos (a exemplo <strong>do</strong>s pré-fabrica<strong>do</strong>s), pois o


pequeno desvio praticamente coincide com o erro inerente ao próprio méto<strong>do</strong> deensaio.822.5 Extração de testemunhos de <strong>concreto</strong>, limitações e abrangênciasOs testemunhos são peças de forma cilíndrica, cúbica ou prismática, que podem serextraí<strong>do</strong>s <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> por meio de corte com son<strong>da</strong> rotativa ou com disco. O objetoprincipal <strong>da</strong> extração desses corpos-de-prova é a <strong>avaliação</strong> <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>da</strong> peçaestrutural em estu<strong>do</strong>, poden<strong>do</strong>-se obter também outras informações <strong>através</strong> <strong>da</strong>inspeção <strong>do</strong>s mesmos, tais como: compaci<strong>da</strong>de <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>, homogenei<strong>da</strong>de,aderência em juntas de construção, espessura de lajes ou de placas de pavimento,deterioração <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> e verificação de aderência de armaduras, em obrassinistra<strong>da</strong>s, entre outras. Também tem importante aplicação na investigação deestruturas com reações expansivas álcali-agrega<strong>do</strong>, como referi<strong>do</strong> no Capítulo 1.Ain<strong>da</strong> com referência <strong>à</strong> estruturas que sofreram incêndios, Rodrigues e Correia 144 ,em recente trabalho apresenta<strong>do</strong> no SIABE/05, em Coimbra, chamam a atençãopara a importância <strong>da</strong> observação de testemunhos extraí<strong>do</strong>s quanto <strong>à</strong> profundi<strong>da</strong>de<strong>da</strong> zona altera<strong>da</strong> pela ação <strong>do</strong> fogo, <strong>através</strong> <strong>da</strong> mu<strong>da</strong>nça de coloração.A extração de testemunhos <strong>da</strong>s estruturas de <strong>concreto</strong> para <strong>avaliação</strong> <strong>da</strong> sua<strong>resistência</strong> é considera<strong>da</strong> por vários pesquisa<strong>do</strong>res entre eles Helene 17 , Alba 37 ,Castro 25 , Canovas 58 e Gonçalves 145 , como o méto<strong>do</strong> de maior confiabili<strong>da</strong>de porpermitir uma <strong>avaliação</strong> direta <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> <strong>da</strong> estrutura.No Brasil, o trabalho apresenta<strong>do</strong> por Helene 17 , intitula<strong>do</strong> “Avaliação <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>à</strong><strong>compressão</strong> de estruturas <strong>através</strong> de testemunhos extraí<strong>do</strong>s”, no III Simpósio sobreNormalização de Cimento, Concreto e Agrega<strong>do</strong>s, realiza<strong>do</strong> em São Paulo, em1984, constitui-se, como referência para o tema em apreço. A extração detestemunhos é normaliza<strong>da</strong> pela NBR 7680:1983 10 <strong>da</strong> ABNT. Este texto normativoabor<strong>da</strong>, detalha<strong>da</strong>mente, os principais aspectos relativos <strong>à</strong> extração de testemunhosde <strong>concreto</strong>, desde a amostragem até a interpretação <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s no cálculo <strong>da</strong><strong>resistência</strong> característica <strong>do</strong> lote de <strong>concreto</strong> em exame.Em 1996 foi lança<strong>do</strong> pelo comitê MERCOSUL de Normalização o texto <strong>da</strong> normaNM69:96 11 Sob o titulo: “Hormigón – Extración, preparación y ensayo de testigos de


83estructuras de hormigón” ou Concreto – Extração, preparação e ensaio detestemunhos de estruturas de <strong>concreto</strong>. O texto base desta norma foi elabora<strong>do</strong> pelaArgentina e teve origem no que estabelece a Norma IRAM 1551/83 - “Hormigón decemento pórtland. Extracción, preparación y ensayo de testigos de hormigónendureci<strong>do</strong>”, o qual considerou em sua re<strong>da</strong>ção a NBR 7680:1983 10 supracita<strong>da</strong>.Como diferenças entre elas, observa-se que a norma NM 69:96 11 não propõe atabela de correção de coeficientes médios de crescimento <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> com ai<strong>da</strong>de em função <strong>da</strong> natureza <strong>do</strong> cimento. Faz referência, por outro la<strong>do</strong>, <strong>à</strong>possibili<strong>da</strong>de de análise <strong>do</strong>s testemunhos por rompimento <strong>à</strong> tração por <strong>compressão</strong>diametral, bem como a mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de de extração de testemunhos prismáticos pararupturas <strong>à</strong> tração na flexão.Apresenta-se a seguir uma análise <strong>do</strong>s diversos fatores que influenciam na<strong>resistência</strong> <strong>do</strong>s testemunhos extraí<strong>do</strong>s, com base nos trabalhos de diversospesquisa<strong>do</strong>res em ampla bibliografia disponível. Contribuiu ain<strong>da</strong> para essa análise,a experiência própria deste autor adquiri<strong>da</strong> em alguns anos de trabalho com essameto<strong>do</strong>logia, a qual também utilizou-se estu<strong>do</strong> experimental de dissertação demestra<strong>do</strong> na <strong>avaliação</strong> estrutural de pavimento rígi<strong>do</strong> em corre<strong>do</strong>r de tráfego urbano<strong>do</strong> Recife (Vieira Filho 146 ).• testemunhos x corpos-de-prova mol<strong>da</strong><strong>do</strong>sComparativamente com os corpos-de-prova cilíndricos de 15cm de diâmetro e 30cmde altura, mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s e cura<strong>do</strong>s em condições normais, segun<strong>do</strong> as normas <strong>da</strong>ABNT, cujos resulta<strong>do</strong>s de ruptura <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> aos 28 dias de i<strong>da</strong>de, sãoa<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s no Brasil como referência nas análises estruturais; é consenso entre ospesquisa<strong>do</strong>res que, por diversos fatores, os testemunhos extraí<strong>do</strong>s apresentam<strong>resistência</strong>s inferiores, para a mesma i<strong>da</strong>de de referência considera<strong>da</strong>.• efeitos <strong>do</strong> broqueamentoA redução de <strong>resistência</strong> <strong>do</strong>s testemunhos em relação aos corpos-de-provapadroniza<strong>do</strong>s, mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s e cura<strong>do</strong>s em condições ideais, é atribuí<strong>da</strong> a deficiência<strong>da</strong>s condições de cura <strong>da</strong> estrutura em relação aos corpos-de-prova padroniza<strong>do</strong>scura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s, e, sobretu<strong>do</strong> aos <strong>da</strong>nos causa<strong>do</strong>s pelo processo de extração.


84Esses <strong>da</strong>nos englobam as microfissuras gera<strong>da</strong>s no processo de corte, o efeitoparede, observa<strong>do</strong> por Neville 47 , que consiste no fato de que em testemunhosextraí<strong>do</strong>s, alguns agrega<strong>do</strong>s porventura corta<strong>do</strong>s pela extratora, tendem a seremexpeli<strong>do</strong>s durante o ensaio de <strong>compressão</strong> axial, em vista <strong>da</strong> inexistência <strong>da</strong>cama<strong>da</strong> externa de pasta de cimento, diminuin<strong>do</strong> a <strong>resistência</strong> <strong>do</strong> testemunho.Bartlett e Macgregor 147,148,149 incluem também nesses <strong>da</strong>nos de extração, além <strong>do</strong>corte <strong>da</strong>s partículas <strong>do</strong>s agrega<strong>do</strong>s, possíveis ondulações ao longo <strong>da</strong> altura <strong>da</strong>amostra extraí<strong>da</strong>.• referências normativas <strong>à</strong> correção devi<strong>da</strong> aos efeitos <strong>do</strong> broqueamentoAs diversas normas e recomen<strong>da</strong>ções dedica<strong>da</strong>s <strong>à</strong> obtenção <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> efetivacom base na extração de testemunhos, se concentram em prescrever, para aobtenção de resulta<strong>do</strong>s confiáveis, fatores de correção para a relaçãoaltura/diâmetro (índice de esbeltez), quan<strong>do</strong> é diferente de <strong>do</strong>is; condições deumi<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s testemunhos na ruptura; posição de extração na estrutura; além <strong>da</strong>escolha <strong>do</strong>s lotes e amostragem. Referem-se também <strong>à</strong> presença de barras de açono interior <strong>do</strong> testemunho e a sua influência nos resulta<strong>do</strong>s. Raras, no entanto, sãoas referências explicitas <strong>à</strong> fatores de correção devi<strong>do</strong> aos efeitos <strong>do</strong> broqueamento.O ACI 214 4R-2003 150 , em sua tabela 8-1 “Magnitude and accuracy of strengthcorrection factors for converting core strengths into equivalent in-place strengths”que abrange diversos fatores de correção, indica o valor de 1,06 para sermultiplica<strong>do</strong> pela <strong>resistência</strong> <strong>do</strong>s testemunhos, devi<strong>da</strong> aos <strong>da</strong>nos <strong>do</strong> broqueamento.A norma brasileira NBR 6118, em sua edição de 1978 14 , no Capítulo 16 - Aceitação<strong>da</strong> Estrutura, no que se refere aos ensaios especiais, na investigação direta <strong>da</strong><strong>resistência</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>, recomen<strong>da</strong> a extração de pelo menos seis corpos-deprovade 15cm de diâmetro corrigin<strong>do</strong>-se os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s ensaios de ruptura, emvirtude <strong>do</strong>s efeitos <strong>do</strong> broqueamento, sem, no entanto, especificar o coeficiente paraa correção referi<strong>da</strong>. Em parágrafo seguinte, a referi<strong>da</strong> norma preconiza que o valorestima<strong>do</strong> <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> característica deve ser aumenta<strong>do</strong> de 10% (ou 15%)dependen<strong>do</strong> <strong>da</strong> amostragem, em virtude de se tratar <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> naprópria estrutura. Sobre esta proposição, Helene 17,80 ,oportunamente, observa que:“em outras palavras isso corresponde a reduzir o desconhecimento <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> <strong>da</strong>estrutura, traduzi<strong>do</strong> pelo coeficiente de minoração <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> de γ c =


851,40 (casos gerais) para γ c = 1,22”. O CEB não se refere aos efeitos <strong>do</strong>broqueamento, no entanto sugere o valor de 1,10 para a parcela γ c2 quecorresponde a diferença entre a <strong>resistência</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> nos corpos-de-prova e naestrutura.A Concrete Society 151 em seu <strong>do</strong>cumento “Concrete core testing for strenght”,considera razoável uma redução de 5% a 7% na <strong>resistência</strong>,corresponden<strong>do</strong> a umfator de correção médio <strong>da</strong> ordem de 1,06 equivalente ao proposto pelo ACI e aosobti<strong>do</strong>s nos estu<strong>do</strong>s de Bartlett e Macgregor 152,153,154 . Também Gustchow e DalMolin 155,156 , comparan<strong>do</strong> as <strong>resistência</strong>s entre corpos-de-prova mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s etestemunhos extraí<strong>do</strong>s de 100mm x 200mm, encontraram valores inferiores a 6%nos testemunhos causa<strong>do</strong>s pelos <strong>da</strong>nos <strong>da</strong> extração. Atribuem esse <strong>da</strong>no reduzi<strong>do</strong>,<strong>à</strong> pequena porção volumétrica <strong>do</strong> testemunho de 100mm, sujeita <strong>à</strong>s microfissurascausa<strong>da</strong>s pelo corte com a broca diamanta<strong>da</strong>.• relações gerais entre as <strong>resistência</strong>s de corpos-de-prova mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s etestemunhos extraí<strong>do</strong>sPelos diversos fatores intervenientes na <strong>resistência</strong> final <strong>do</strong>s testemunhos, como: osefeitos <strong>do</strong> broqueamento referi<strong>do</strong>s no item anterior, o histórico de cura <strong>da</strong> estrutura,diferente <strong>do</strong> <strong>do</strong>s corpos-de-prova, a i<strong>da</strong>de e as condições de ruptura, o nível de<strong>resistência</strong>, entre outros; são aceitos consensualmente por pesquisa<strong>do</strong>res eenti<strong>da</strong>des normaliza<strong>do</strong>ras, percentuais entre 10% a 30% de redução dessa<strong>resistência</strong> em relação <strong>à</strong> <strong>resistência</strong> potencial <strong>do</strong>s corpos-de-prova de referência.Leshchinsky 157 , consideran<strong>do</strong> a normalização de diversos países, observa que a<strong>resistência</strong> média de testemunhos é inferior a de corpos-de-prova padroniza<strong>do</strong>s emlimites que variam em cerca de: 15% nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, Canadá, AlemanhaOcidental e Índia; em 30% na Noruega; em 10% a 15% na Finlândia.Gustchow e DalMolin 154 comparam esses valores com os 10% ou 15% preconiza<strong>do</strong>spela NBR 6118:2003 já referi<strong>do</strong>s, bem como com os cita<strong>do</strong>s por Alba 37 , de 15% naAlemanha e de 10% na Dinamarca.Inúmeros pesquisa<strong>do</strong>res desenvolveram trabalhos experimentais obten<strong>do</strong> diversasrelações entre as <strong>resistência</strong>s de corpos-de-prova padrão e de testemunhosextrai<strong>do</strong>s. Malhotra 16,158 observa que a redução de <strong>resistência</strong> nos testemunhos emrelação aos corpos-de-prova de referência pode atingir 15% para <strong>concreto</strong>s de


8649MPa. Por sua vez Bloem 32 registra para esta redução: o valor de 10% para os<strong>concreto</strong>s com boas condições de cura, chegan<strong>do</strong> a atingir 20% para <strong>concreto</strong>s comcura deficiente, referentes <strong>à</strong> <strong>resistência</strong>s <strong>da</strong> ordem de 40MPa. Petersons 14 afirmaque a relação entre a <strong>resistência</strong> de testemunhos e a de cilindros <strong>à</strong> mesma i<strong>da</strong>de ésempre menor que 1, e que, concor<strong>da</strong>n<strong>do</strong> com Malhotra 16,158 , cresce com o nível de<strong>resistência</strong>, situan<strong>do</strong>-se um pouco abaixo de 1, quan<strong>do</strong> a <strong>resistência</strong> <strong>do</strong> cilindro é de20MPa e 0,7 quan<strong>do</strong> igual a 60MPa. Já Calavera 159 obteve relações de 0,9 e 1,0,entre testemunhos extraí<strong>do</strong>s e corpos-de-prova mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s de mesmas dimensões ei<strong>da</strong>de, para os testemunhos rompi<strong>do</strong>s satura<strong>do</strong>s e não-satura<strong>do</strong>s respectivamente.Registre-se, ain<strong>da</strong>, que em pesquisa realiza<strong>da</strong> em Toronto no Canadá, Aïtcin 160encontrou, para <strong>concreto</strong>s de 80MPa, relação de 85% entre a <strong>resistência</strong> <strong>à</strong><strong>compressão</strong> aos 28 dias de testemunhos extraí<strong>do</strong>s de 10cm x 20cm para corposde-prova padroniza<strong>do</strong>s com as mesmas dimensões. Malier 161 , no entanto, obteveem <strong>concreto</strong> de 70MPa, <strong>resistência</strong>s 17% mais eleva<strong>da</strong>s para os testemunhosextraí<strong>do</strong>s de 10cm x 20cm em comparação com corpo-de-prova padroniza<strong>do</strong>s de16cm x 32cm, na ponte “Joigny Bridge”.No Brasil, Gutschow e DalMolin 155,156 , obtiveram relações próximas <strong>à</strong> uni<strong>da</strong>de entreos resulta<strong>do</strong>s médios de testemunhos de 10cm x 20cm e de corpos-de-prova dereferência de 10cm x 20cm e de 15cm x 30cm. Observaram ain<strong>da</strong>, neste trabalho,que os testemunhos cilíndricos de 10cm x 20cm extraí<strong>do</strong>s resultaram maisresistentes em cerca de 10% que os corpos-de-prova mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s de 15cm x 30cmpara <strong>concreto</strong>s com <strong>resistência</strong> entre 30MPa e 35MPa.Cremonini 22 , em sua tese de <strong>do</strong>utora<strong>do</strong>, analisan<strong>do</strong> estatisticamente a relação entre<strong>resistência</strong>s médias aos 28 dias, obti<strong>da</strong>s em corpos- de- prova mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s e emtestemunhos extraí<strong>do</strong>s, denomina<strong>da</strong>s de “potencial” e “efetiva” respectivamente,para <strong>concreto</strong>s com <strong>resistência</strong>s características especifica<strong>da</strong>s de 21MPa e 24MPaaos 63 dias de i<strong>da</strong>de, concluiu por um valor médio geral para essa relação de 1,24 ,em ensaios realiza<strong>do</strong>s em estruturas em Porto Alegre e em Brasília, no ano de 1992.Ain<strong>da</strong>, <strong>à</strong> título de informação de valor de cunho prático, no controle tecnológico <strong>do</strong><strong>concreto</strong> <strong>da</strong>s obras <strong>do</strong> Metrô-Recife, em 1984, em trabalho experimentaldesenvolvi<strong>do</strong> pela firma consultora ASTEP S.A., foi encontra<strong>do</strong>, em significativaamostragem, o coeficiente médio de 1,14 para a relação entre a <strong>resistência</strong> a<strong>compressão</strong> simples em corpos de prova cilíndricos de 15cm x 30cm mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s eem testemunhos de 10cm x 20cm extraí<strong>do</strong>s, para <strong>concreto</strong> com <strong>resistência</strong> <strong>à</strong>


87<strong>compressão</strong> <strong>da</strong> ordem de 40MPa, ambos aos 28 dias de i<strong>da</strong>de, conformecomunicação verbal <strong>do</strong> Eng. Joaquim Correia de Andrade 162 responsável por essecontrole tecnológico.As divergências nas relações observa<strong>da</strong>s, apresenta<strong>da</strong>s acima, se devem <strong>à</strong>sdiversas condições experimentais ocorri<strong>da</strong>s, ou sejam: quer em relação <strong>à</strong>sdimensões <strong>do</strong>s corpos-de-prova e testemunhos, quer <strong>à</strong>s condições de cura e deumi<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s ensaios, quer pela <strong>resistência</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>, bem como pela época emque se realizaram os experimentos. Este último fator tem influência pelo avanço natecnologia <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>, com o desenvolvimento de aditivos superplastificantes,progressivamente mais eficientes e <strong>da</strong>s adições minerais ativas, produzin<strong>do</strong><strong>resistência</strong>s de aderência pasta-agrega<strong>do</strong>s ca<strong>da</strong> vez mais eleva<strong>da</strong>s, reduzin<strong>do</strong>assim os <strong>da</strong>nos causa<strong>do</strong>s pelo descolamento <strong>do</strong>s mesmos durante o processo deextração. Como conseqüência, os estu<strong>do</strong>s mais recentes para os <strong>concreto</strong>s de altodesempenho mostram uma tendência de igual<strong>da</strong>de entre as <strong>resistência</strong>s de corposde-provade referência e a <strong>do</strong>s testemunhos extraí<strong>do</strong>s, ou até de pequenasupremacia por parte destes testemunhos.Por outro la<strong>do</strong> registre-se que, independentemente <strong>do</strong> tipo de estrutura em análise, étacitamente admiti<strong>do</strong> que a <strong>resistência</strong> <strong>da</strong>s amostras extraí<strong>da</strong>s, não fornece a<strong>resistência</strong> “real” <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> na estrutura, apesar de ser a amostra uma parteintegrante desta. Como observa Helene 17 : “muitas variáveis tais como dimensões <strong>do</strong>componente x dimensões <strong>do</strong>s testemunhos, condições de contorno, microfissurasorigina<strong>da</strong>s pela extração, histórico <strong>do</strong> carregamento, etc..., impedem que osresulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s <strong>do</strong> ensaio seja o valor exato <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> real <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> <strong>da</strong>estrutura”.Pelo exposto, levan<strong>do</strong> em conta a multiplici<strong>da</strong>de de variáveis envolvi<strong>da</strong>s, verifica-seque não há um consenso sobre a correlação matemática entre os resulta<strong>do</strong>s deruptura de corpos-de-prova e de testemunhos extraí<strong>do</strong>s, mesmo fixan<strong>do</strong>-se algumasdelas.Abor<strong>da</strong>m-se em seqüência os principais fatores intervenientes na <strong>resistência</strong> <strong>do</strong>stestemunhos na interpretação <strong>do</strong>s seus resulta<strong>do</strong>s e na determinação <strong>da</strong> <strong>resistência</strong>característica resultante, a saber:• Amostragem e extraçãoAs amostras extraí<strong>da</strong>s devem ser representativas de to<strong>do</strong> o <strong>concreto</strong> ou <strong>do</strong> lote


considera<strong>do</strong>. O número de amostras a retirar é variável em função <strong>do</strong> tipo <strong>da</strong>estrutura e <strong>do</strong> objetivo <strong>da</strong> análise que se está proceden<strong>do</strong>. Helene 17 chama aatenção para a importância essencial que tem a definição <strong>do</strong> lote <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> a serexamina<strong>do</strong> e <strong>da</strong> posição de extração <strong>do</strong>s testemunhos. Quan<strong>do</strong> não for possívelidentificar este lote, sugere a utilização, em paralelo, de ensaios não destrutivos,esclerométricos e ultrassônicos, para a definição de um lote homogêneo de materiala ser investiga<strong>do</strong>.Entre vários fatores, a altura de extração na peça tem influência. Os testemunhos,geralmente, têm <strong>resistência</strong> menor quan<strong>do</strong> extraí<strong>do</strong>s próximos <strong>da</strong> superfície superior<strong>da</strong> estrutura seja ela uma coluna, uma parede, uma viga ou mesmo uma laje;aumentan<strong>do</strong> sua <strong>resistência</strong> com o aumento <strong>da</strong> profundi<strong>da</strong>de, conforme observaPetersons 101 e Ortiz e Diaz 163 . Este fato, <strong>da</strong> menor <strong>resistência</strong> obti<strong>da</strong> no topo <strong>da</strong>speças, é atribuí<strong>do</strong> por Cánovas 58 a fenômenos de segregação e exsu<strong>da</strong>ção <strong>do</strong><strong>concreto</strong> coloca<strong>do</strong>. Neville 47 comenta que, para o caso <strong>da</strong>s lajes, uma cura mal feitacontribui para a redução <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>do</strong>s testemunhos superficiais, concor<strong>da</strong>n<strong>do</strong>com Bellander 164 . Observa, porém, que o aumento <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>do</strong>s testemunhoscom a profundi<strong>da</strong>de deixa de ser significativa a partir de 300mm, e, também que:“esse comportamento <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> não é universal, pois algumas experiências nãomostram variações significativas com a variação <strong>da</strong> altura”. No entanto, em peçasverticais de grande altura como pilares, vários pesquisa<strong>do</strong>res, entre eles, Maynard eDavis 165 , comprovaram a variação sistemática <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> detestemunhos extraí<strong>do</strong>s de diferentes alturas de um mesmo pilar, chegan<strong>do</strong> <strong>à</strong>redução de até 20% entre os <strong>concreto</strong>s <strong>do</strong> topo e <strong>da</strong> base <strong>do</strong> pilar. Este aspectotambém é observa<strong>do</strong> por Mun<strong>da</strong>y & Dhir 13 apontan<strong>do</strong> um aumento desta variaçãocom a altura <strong>da</strong> peça, e propon<strong>do</strong> como indica<strong>do</strong>res de resulta<strong>do</strong>s de redução <strong>da</strong><strong>resistência</strong> a tabela a seguir:Tabela 2.9 – Efeito <strong>da</strong> altura <strong>da</strong> peça na redução <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> entre a cama<strong>da</strong> superiore inferior. 1388Altura <strong>da</strong> Peça (mm)% de redução <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> entre o topo e as cama<strong>da</strong>s inferiores200 8400 12600 16800 191600 21> 1600 23


89Com relação <strong>à</strong> consideração desse fator nas normas de projetos estruturais,comenta Helene 17 , sobre a prescrição <strong>da</strong> máxima tensão de <strong>compressão</strong> no<strong>concreto</strong> para fins de dimensionamento em 0,85 f cd , que está incluí<strong>do</strong> nestecoeficiente de minoração, os efeitos de eventuais condições adversas deconcretagem, juntamente ao efeito de carga de longa duração. Indica, ain<strong>da</strong>, que,devi<strong>do</strong> a esse fenômeno de assentamento <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> e exsu<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> água, não seconsidera como um único lote, o <strong>concreto</strong> de um componente vertical, sugerin<strong>do</strong>dividir este componente em três regiões, para análise em separa<strong>do</strong> <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s,conforme a indicação <strong>da</strong> figura a seguir:Figura 2.13 – Influência <strong>do</strong> fenômeno de exsu<strong>da</strong>ção e sedimentação <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>. 17A propósito, a norma brasileira NBR 7680:1983 10 , estabelece que em peças sujeitasfortemente ao fenômeno <strong>da</strong> exsu<strong>da</strong>ção (colunas, pilares e cortinas), os testemunhossejam extraí<strong>do</strong>s de seções 50cm abaixo <strong>do</strong> topo de concretagem, e, quan<strong>do</strong> isto nãofor possível, os resulta<strong>do</strong>s são passíveis de serem aumenta<strong>do</strong>s em 10%.Por fim, a Concrete Society 153 , recomen<strong>da</strong> que a extração de testemunhos, paraesses casos, seja feita em cota abaixo de 20% <strong>da</strong> altura total a partir <strong>do</strong> topo <strong>do</strong> pilarou no mínimo abaixo de 300mm deste topo. Também a direção <strong>da</strong> extração,relaciona<strong>da</strong> <strong>à</strong> de aplicação e compactação <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> na obra, tem influência nosresulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s, de tal forma que, se a aplicação na obra foi no senti<strong>do</strong>vertical e os testemunhos são extraí<strong>do</strong>s horizontalmente, estes costumamapresentar, segun<strong>do</strong> Grahma 166 , uma <strong>resistência</strong>, 8% inferior <strong>à</strong> obti<strong>da</strong> se a extraçãofosse realiza<strong>da</strong> verticalmente. Petersons 101 , analogamente, encontrou 12%; Delibese Liniers 34 apenas 5%; porém Bloem 35 não encontrou diferenças significativas.Helene 17 cita uma série de estu<strong>do</strong>s <strong>da</strong> Concrete Society, recomen<strong>da</strong>n<strong>do</strong> que,


90embora os resulta<strong>do</strong>s depen<strong>da</strong>m de vários fatores, tais como, a natureza edimensão máxima característica <strong>do</strong> agrega<strong>do</strong> graú<strong>do</strong>, o diâmetro <strong>do</strong> testemunho , asua posição relativa, etc, se considere a <strong>resistência</strong> <strong>do</strong> testemunho extraí<strong>do</strong> nahorizontal como 8% inferior <strong>à</strong> <strong>do</strong> extraí<strong>do</strong> na vertical.• Dimensões <strong>do</strong>s testemunhosOs cilindros padroniza<strong>do</strong>s para mol<strong>da</strong>gens de corpos-de-prova têm altura igual ao<strong>do</strong>bro <strong>do</strong> diâmetro, mas, no caso de testemunhos extraí<strong>do</strong>s <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> jáendureci<strong>do</strong>, de uma peça, o diâmetro depende <strong>da</strong> coroa de corte, enquanto a alturadepende muitas vezes <strong>da</strong> espessura <strong>da</strong> laje ou <strong>do</strong> elemento em exame e <strong>da</strong>presença de armaduras no local <strong>da</strong> extração. Se o testemunho for muito longo, podeser corta<strong>do</strong> antes <strong>do</strong> ensaio até chegar-se a relação altura/diâmetro, denomina<strong>da</strong>esbeltez, igual a <strong>do</strong>is, que é a considera<strong>da</strong> ideal. Mas, se for muito curto, seránecessário estimar a <strong>resistência</strong> que teria o mesmo <strong>concreto</strong>, se determina<strong>da</strong>, comum corpo-de-prova na cita<strong>da</strong> relação padroniza<strong>da</strong>. Daí a necessi<strong>da</strong>de <strong>do</strong>estabelecimento de fatores de conversão, estabeleci<strong>do</strong>s em estu<strong>do</strong>s experimentaisde vários pesquisa<strong>do</strong>res como Tobio 167 , Neville 47 , Petersons 101 , Petrucci 121 , entreoutros, constante de diversas normas; citan<strong>do</strong>-se a americana ASTM C-42 168 , ainglesa BS-1881 109 , a espanhola UNE 7242 e a brasileira NBR 7680:1983 10 , asquais apresentam valores bastantes semelhantes.Cremonini 22 apresenta tabela-resumo <strong>do</strong>s coeficientes de correção obti<strong>do</strong>s porpesquisa<strong>do</strong>res e normas de diversos países, que mostram que a variação <strong>do</strong>smesmos não é linear, diminuin<strong>do</strong> de intensi<strong>da</strong>de ao se aproximar de 2,0.Tabela 2.10 – Correção devi<strong>do</strong> a relação altura / diâmetro (h/d) 22Pesquisa<strong>do</strong>r ouRelação h/dNorma 2,00 1,75 1,50 1,25 1,00 0,75 0,50Petrucci 1,00 0,98 0,96 0,94 0,85 0,70 0,70Neville 1,00 0,97 0,93 0,90 0,85 - - - -Tobio 1,00 1,00 0,97 0,91 0,87 - - - -Petersons 1,00 0,97 0,95 0,89 0,83 0,77 0,71Bungey 1,00 - - - - - - 0,77 - - - -Sangha & Dhir 1,00 - - 0,95 - - 0,83 - - - -BS 1881 1,00 0,97 0,92 0,87 0,80 - - - -ASTM C – 42 1,00 0,98 0,96 0,93 0,87 - - - -UNE 83302 1,00 0,98 0,96 0,94 0,90 - - - -JIS A1107 1,00 0,98 0,96 0,94 0,89 - - - -NBR 7680 1,00 0,97 0,93 0,89 0,83 0,70 0,50


91To<strong>do</strong>s os estu<strong>do</strong>s comprovam que quanto menor a relação altura / diâmetro maior éa <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> obti<strong>da</strong> e conseqüentemente numericamente menor é ocoeficiente, ou fator de correção, pelo qual se multiplica o resulta<strong>do</strong> para se obter oequivalente a um testemunho de esbeltez igual a 2. Esses coeficientes são tambéminfluencia<strong>do</strong>s pela própria <strong>resistência</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>, conforme os estu<strong>do</strong>s realiza<strong>do</strong>spor Mur<strong>do</strong>ck e Kesler 169 , varian<strong>do</strong> inversamente ao nível de <strong>resistência</strong>. Os<strong>concreto</strong>s de <strong>resistência</strong> eleva<strong>da</strong> são menos influencia<strong>do</strong>s pelas variações <strong>da</strong>sproporções <strong>do</strong>s corpos-de-prova, e também pela forma <strong>do</strong>s corpos-de-prova, fatoeste registra<strong>do</strong> nos estu<strong>do</strong>s Swamy & Al-Hamed 170 . Essa influência <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> nofator de conversão tem significa<strong>do</strong> prático, no entanto, segun<strong>do</strong> Neville 47 ,quan<strong>do</strong> seensaiam corpos-de-prova extraí<strong>do</strong>s com relação altura/diâmetro menor que 2.Bauer et al. 171 explicam, com base em resulta<strong>do</strong>s experimentais e nos trabalhos <strong>do</strong>professor Seiichi Okushima, que o fator de maior influencia com relação a correçãoaltura/diâmetro (h/d) é o atrito <strong>do</strong>s topos <strong>do</strong> corpo-de-prova com os pratos <strong>da</strong> prensade ensaio, acrescentan<strong>do</strong> que quan<strong>do</strong> a relação h/d se aproxima de 2, praticamentenão existe influência desse atrito no resulta<strong>do</strong>, sen<strong>do</strong> esta influencia tanto maiorquanto menor é a relação h/d.Observan<strong>do</strong>-se a tabela 2.10, verifica-se que a NBR 7680:1983 10 apresentacoeficientes de correção para relações altura/diâmetro menor <strong>do</strong> que 1, coeficientesestes não referi<strong>do</strong>s nas demais normas estrangeiras. Destaca também que aaplicação <strong>do</strong>s coeficientes de correção nela indica<strong>do</strong>s se referem a <strong>concreto</strong>s commassa especifica entre 1600 e 3200 kg/m 3 . A propósito dessa influência <strong>da</strong> massaespecífica <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>, cita Cremonini 22 , com base nos trabalhos Swamy & Al-Hamed 170 , que os <strong>concreto</strong>s produzi<strong>do</strong>s com agrega<strong>do</strong>s leves, necessitam demenores coeficientes de correção que os <strong>concreto</strong>s comuns. Quanto ao diâmetro <strong>do</strong>corpo de prova broca<strong>do</strong>, as normas ASTM C42-90 168 e a NBR 7680;1983 10recomen<strong>da</strong>m que o mesmo seja, no mínimo, igual a três vezes a dimensão máximacaracterística <strong>do</strong> agrega<strong>do</strong> graú<strong>do</strong>. Sabe-se que em testemunhos extraí<strong>do</strong>s dediâmetros reduzi<strong>do</strong>s, podem ser grandes os <strong>da</strong>nos causa<strong>do</strong>s pela son<strong>da</strong> nosmesmos, ao se realizar a extração, e portanto menor será o valor <strong>da</strong> <strong>resistência</strong>obti<strong>da</strong>. No entanto, Neville 47 , se refere a trabalhos experimentais com testemunhosde diâmetro de 50mm, em <strong>concreto</strong>s com agrega<strong>do</strong>s de tamanho inferior a 20mm,com <strong>resistência</strong> cerca de 10% mais baixa que para diâmetro de 100mm, aos 28 dias,para <strong>concreto</strong>s de 20 a 60MPa.Também relata a obtenção de boa correlação entre


92as <strong>resistência</strong>s de testemunhos com 28mm de diâmetro e de cubos em laboratório,com agrega<strong>do</strong>s de tamanhos máximos de 25mm e 30mm.Vários pesquisa<strong>do</strong>res estu<strong>da</strong>ram experimentalmente as relações de resulta<strong>do</strong>s de<strong>resistência</strong> varian<strong>do</strong> os diâmetros de extração e varian<strong>do</strong> a relação entre o diâmetro<strong>do</strong> testemunho e a dimensão <strong>do</strong> agrega<strong>do</strong>; entre eles: Petersons 101 , Bungey 107 ,Tobio 167 , Diaz de Smitter 172,173 , Meininger 174 , Ortiz E Diaz 175 . A propósito, Bungey 107concluiu experimentalmente, que não é relevante a variabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> emfunção <strong>do</strong> diâmetro <strong>do</strong> agrega<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> se empregam testemunhos com diâmetro 3vezes a dimensão máxima característica <strong>do</strong> agrega<strong>do</strong>. Diaz de Smitter 172,173encontrou relações de 1,0 e 1,1 para a <strong>resistência</strong> entre testemunhos de referênciade 15cm de diâmetro para testemunhos de 7,5cm e 10cm respectivamente, em<strong>concreto</strong>s com agrega<strong>do</strong>s de dimensão característica de 25mm. Meininger 174 ,obteve valor unitário para essas mesmas relações com o uso de agrega<strong>do</strong> graú<strong>do</strong>pedregulhoso de 19mm. Por sua vez, Barcena Diaz e Ramirez Ortiz 175 obtiveramanalogamente, relações de 0,92 e 0,97 para os testemunhos de 5cm e de 10cm dediâmetro respectivamente, compara<strong>do</strong>s com os de 15cm de referência, paraagrega<strong>do</strong>s brita<strong>do</strong>s de 30mm.No nosso país, com referência <strong>à</strong> influência <strong>da</strong>s dimensões <strong>do</strong>s testemunhos de<strong>concreto</strong>, destacam-se <strong>do</strong>is trabalhos de Gutschow e Dal Molin 155,156 e de Martins,Fernandez-Gomez e DalMolin 176,177 , utilizan<strong>do</strong> testemunhos de 50mm, 75mm e de100mm. No primeiro, testemunhos de 75mm apresentaram resulta<strong>do</strong>s 6% em médiamais resistentes que os de 100mm, e, os de 50mm, 6% menos resistentes queestes; para <strong>concreto</strong>s com agrega<strong>do</strong>s graú<strong>do</strong>s passan<strong>do</strong> 100% na peneira de 19mme fican<strong>do</strong> 95% reti<strong>do</strong>s na peneira de 9,5mm, e com <strong>resistência</strong> média global <strong>da</strong>ordem de 27MPa. Interpretam os autores, que nos testemunhos de 50mm,prevaleceram os efeitos <strong>do</strong>s <strong>da</strong>nos causa<strong>do</strong>s pela extração e para os de 75mmprevaleceram o efeito volume, ou seja, a menor probabili<strong>da</strong>de de terem pontosfracos. Os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s ensaios confirmaram o aumento <strong>da</strong> dispersão com aredução <strong>do</strong> diâmetro de extração, fato consensual nos trabalhos <strong>do</strong> gênero. Vale oregistro de que Martins 178 , em tese de <strong>do</strong>utora<strong>do</strong> em Madrid, encontrou <strong>resistência</strong>s17% superiores com testemunhos de 75mm em relação aos de 100mm, obten<strong>do</strong>,também nesses estu<strong>do</strong>s, <strong>resistência</strong>s 11% superiores com os testemunhos de50mm, quan<strong>do</strong> compara<strong>do</strong>s com os referenciais de 100mm, para <strong>concreto</strong>s de alta<strong>resistência</strong>. No segun<strong>do</strong> trabalho os autores concluíram que também os


93testemunhos de 75mm apresentaram os maiores resulta<strong>do</strong>s. Esta ocorrência,segun<strong>do</strong> os próprios autores, é pouco registra<strong>da</strong> por pesquisa<strong>do</strong>res. Fazem, notexto, menção a uma citação de Alba referente a um trabalho de Smitter, de 1974,no qual este encontrou <strong>resistência</strong>s 7% superiores com testemunhos de 75mm emrelação aos de 100mm. Comprovam ain<strong>da</strong>, nesse segun<strong>do</strong> trabalho, que quantomaior é a esbeltez, menor é a <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> e, finalizan<strong>do</strong>, que para os<strong>concreto</strong>s de alta <strong>resistência</strong>, entre 50 e 100MPa, os testemunhos apresentarammaior <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> que os corpos-de-prova mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s, sen<strong>do</strong> estarelação de 1,12.Em trabalho publica<strong>do</strong> pelo Instituto Tecnico de Materiales y Construcciones –INTEMAC de Barcelona, Alba e Cabezas 179 investigan<strong>do</strong> o <strong>concreto</strong> <strong>do</strong>s pilares deuma estrutura com agrega<strong>do</strong>s <strong>da</strong> ordem de 12mm, encontrou uma relação de 1,08entre as <strong>resistência</strong>s médias de minitestemunhos de 25mm de diâmetro etestemunhos de 100mm, extraí<strong>do</strong>s em amostragem, em número de 40 e 25respectivamente. Este <strong>concreto</strong>, no qual foi detecta<strong>da</strong> uma baixa quali<strong>da</strong>de emrelação ao valor especifica<strong>do</strong>, apresentou <strong>resistência</strong> média nos testemunhossupracita<strong>do</strong>s de 220 kgf/cm² (22,0MPa) e 208 kgf/cm² (20,8MPa) respectivamente.Comentam os autores, não ter si<strong>do</strong> possível, no entanto, obter uma <strong>avaliação</strong> váli<strong>da</strong>devi<strong>do</strong> a grande dispersão <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s encontra<strong>da</strong> para ambos os diâmetros.Indelicato 39 <strong>do</strong> Instituto Politécnico de Torino, também utilizou, com bons resulta<strong>do</strong>sa técnica de minitestemunhos em investigação experimental de estrutura de<strong>concreto</strong>. Por fim Mun<strong>da</strong>y y Dhir 13 , confirmaram, para o diminuto diâmetro de 25mm,por meio de investigações experimentais, um aumento espera<strong>do</strong> na dispersão <strong>do</strong>sresulta<strong>do</strong>s em relação aos demais diâmetros estu<strong>da</strong><strong>do</strong>s de 50mm, 75mm e 100mm,para <strong>concreto</strong>s entre 40MPa e 60MPa, fabrica<strong>do</strong>s com agrega<strong>do</strong>s de tamanhoinferior a 10mm, e, que, esse aumento é maior para o índice de esbeltez igual a 2,comparativamente com o índice de esbeltez igual a 1.Nesse contexto observa-se que a utilização de testemunhos de diâmetros inferioresa 100mm ain<strong>da</strong> não está consoli<strong>da</strong><strong>da</strong> entre os pesquisa<strong>do</strong>res na <strong>avaliação</strong> <strong>da</strong>sestruturas de <strong>concreto</strong>.


94• Presença de armadura nos testemunhosNas situações inevitáveis de corte de armaduras, quan<strong>do</strong> <strong>da</strong> extração detestemunhos em peças estruturais, fato mais provável, para os testemunhos de 15 e10cm de diâmetros, se faz necessária a análise de sua influência nos resulta<strong>do</strong>s deruptura <strong>do</strong>s mesmos. Com o auxílio <strong>do</strong>s desenhos <strong>do</strong> projeto estrutural e <strong>do</strong>sensaios com equipamentos eletromagnéticos, conheci<strong>do</strong>s como pacômetro, procurase,no planejamento <strong>da</strong> extração <strong>do</strong>s testemunhos, atingir ao mínimo as armaduras.Daí, a importância de utilização <strong>do</strong>s minitestemunhos para atingir esse objetivo.Alguns pesquisa<strong>do</strong>res entre eles, Kasai e Matui 180 , Liniers 181 , Malhotra 131,132 ePetersons 101 , estu<strong>da</strong>ram a influência <strong>da</strong> presença <strong>da</strong> armadura, sen<strong>do</strong> deimportância fun<strong>da</strong>mental a posição <strong>da</strong> mesma no interior <strong>do</strong> testemunho. Neville 47relata que o efeito de enfraquecimento devi<strong>do</strong> <strong>à</strong> armaduras transversais nostestemunhos é contraditório. Cita trabalhos de Malhotra e de Loo e colabora<strong>do</strong>res,que relatam alguns ensaios em que não houve redução <strong>da</strong> <strong>resistência</strong>, e, outros, emque a redução variou de 8 a 18%; citan<strong>do</strong> que essa redução é maior paratestemunhos com relação altura/diâmetro igual 2, <strong>do</strong> que com valores menoresdessa relação. Petersons 101 não considera significativa a redução de cerca de 4% na<strong>resistência</strong> pela presença de armaduras transversais obti<strong>da</strong>s em seus estu<strong>do</strong>s.A Concrete Society 151 se refere a uma redução <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> em função <strong>da</strong> posição<strong>do</strong> aço, citan<strong>do</strong> que o efeito é tanto maior quanto mais distante o aço estiver <strong>do</strong> topo<strong>do</strong> testemunho.A norma inglesa de BS 1881 109 propõe coeficientes de correção com base no estu<strong>do</strong><strong>da</strong> Concrete Society 151 , em função <strong>do</strong> número de barras existentes no testemunho,consideran<strong>do</strong> o caso de uma única barra e o <strong>da</strong> presença de mais de uma barra, emfunção <strong>da</strong> distância dessa barra ao topo <strong>do</strong> testemunho e <strong>da</strong> altura destetestemunho.Sobre o assunto Neville 47 comenta: “consideran<strong>do</strong> os diversos fatores envolvi<strong>do</strong>s eos <strong>da</strong><strong>do</strong>s conflitantes, não existe nenhum fator confiável que leve em conta apresença de barras transversais de aço. A melhor solução, se possível, é extrairtestemunhos em locais onde não haja armadura, não apenas pelas complicaçõesintroduzi<strong>da</strong>s na <strong>avaliação</strong> <strong>da</strong> <strong>resistência</strong>, como também porque o corte <strong>da</strong> armadurapode ter inconvenientes para a estrutura”. Acrescenta, ain<strong>da</strong>, Neville que emnenhum caso é aceitável a presença de barras de aços paralela ao eixo <strong>do</strong>


95testemunho. Tanto a norma brasileira NBR7680:1983 10 quanto <strong>à</strong> norma MERCOSULNM 69:96 11 não recomen<strong>da</strong>m nenhum coeficiente de correção pela presença debarras, ressalvan<strong>do</strong> que a seção <strong>da</strong>s barras de aço, porventura existentes nadireção ortogonal ao eixo <strong>do</strong> testemunho, não pode ultrapassar 4% <strong>da</strong> seçãotransversal <strong>do</strong> mesmo. Por fim, Vieira 182 comenta que a comissão responsável pelarevisão <strong>da</strong> NM 69:96 11 realiza estu<strong>do</strong>s para verificar, se há possibili<strong>da</strong>de derepresentar por uma equação, a minoração <strong>do</strong> desempenho <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> emtestemunhos que apresentem barras cruzan<strong>do</strong>-se em seu interior, com base emestu<strong>do</strong>s experimentais.• Condições de rupturaHá controvérsias entre as normas internacionais sobre as condições em que ostestemunhos extraí<strong>do</strong>s devem ser rompi<strong>do</strong>s, se úmi<strong>do</strong>s ou secos.Neville 47 faz referência <strong>à</strong> norma BS 1881-83 109 e Cánovas 58 <strong>à</strong> norma espanhola UNE83302-84, as quais indicam que os testemunhos devem ser rompi<strong>do</strong>s satura<strong>do</strong>s, porimersão em água a 20 + 2ºC por um perío<strong>do</strong> de 48 horas antes <strong>do</strong> ensaio. Alba 37 serefere as normas dinamarquesas, as quais indicam a ruptura <strong>do</strong>s testemunhossatura<strong>do</strong>s após imersão em água também por um perío<strong>do</strong> de 48 horas precedentesao ensaio. A BS 1881 109 indica igual procedimento para a ruptura <strong>do</strong>s testemunhos.Por sua vez, a Concrete Society 151 recomen<strong>da</strong>, quan<strong>do</strong> se deseja o conhecimento<strong>da</strong> <strong>resistência</strong> efetiva <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>, que os testemunhos sejam ensaia<strong>do</strong>s emcondições semelhantes <strong>à</strong>s existentes na estrutura. O “American Concrete Institute”,recomen<strong>da</strong>, <strong>através</strong> <strong>da</strong> norma ACI 318 98 , considera<strong>da</strong> “mais realista” por Cánovas 58 ,que os testemunhos devem ser rompi<strong>do</strong>s nas condições termohigrométricas deserviço <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> na estrutura; enquanto a norma alemã DIN 1048-78 indica queos corpos de prova sejam rompi<strong>do</strong>s imediatamente após a sua extração.Experiências japonesas, realiza<strong>da</strong>s por Yamane et alli, apud Neville 47 , mostraramque o ensaio na condição seca conduziu a resulta<strong>do</strong>s cerca de 10% maiores <strong>do</strong> quena condição molha<strong>da</strong>. Bloem 35 encontrou relação entre 1,10 a 1,25 para a relaçãoentre a ruptura <strong>do</strong>s testemunhos no esta<strong>do</strong> seco para satura<strong>do</strong>s, concor<strong>da</strong>n<strong>do</strong>praticamente com Calavera 159 que obteve a cita<strong>da</strong> relação entre 1,10 a 1,15.Estu<strong>do</strong>s de Delibes Liniers, Petersons e Bloem apud Helene 17 , indicam a que<strong>da</strong> de15 a 20% na <strong>resistência</strong> em testemunhos que antes <strong>da</strong> ruptura foram manti<strong>do</strong>s


96submersos em água por 40 horas ou mais. Mills 183 explica essa per<strong>da</strong> de <strong>resistência</strong><strong>do</strong>s testemunhos submersos como uma conseqüência <strong>do</strong> enfraquecimento <strong>do</strong>s géis<strong>do</strong> cimento, ao absorverem água, diminuin<strong>do</strong> as forças de coesão entre as partículassóli<strong>da</strong>s.Os que seguem a indicação para a ruptura <strong>do</strong>s testemunhos no esta<strong>do</strong> satura<strong>do</strong>,justificam, obviamente, pela condição de uniformi<strong>da</strong>de e homogenei<strong>da</strong>de para efeitode comparação.A nossa NBR 7680:1983 10 admite, para estruturas em contato permanente com aágua, que os testemunhos sejam rompi<strong>do</strong>s satura<strong>do</strong>s após 48 horas em imersão emágua satura<strong>da</strong> de cal na temperatura de 23 + 3ºC, e, para estruturas expostas ao ar,recomen<strong>da</strong> que os testemunhos sejam manti<strong>do</strong>s em ambientes com umi<strong>da</strong>derelativa superior a 50%, no intervalo de temperatura de 23 + 3ºC, pelo mesmoperío<strong>do</strong> mínimo de tempo. A NM 69:96 11 prescreve que, quan<strong>do</strong> o <strong>concreto</strong> seapresentar seco no local onde é realiza<strong>da</strong> a extração, os testemunhos devem sermanti<strong>do</strong>s durante 48 horas em ambientes de laboratório (temperatura compreendi<strong>da</strong>entre 20ºC + 5ºC) e devem ser ensaia<strong>do</strong>s <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> com a umi<strong>da</strong>de resultantedeste tratamento. Quan<strong>do</strong>, nas condições de serviço o <strong>concreto</strong> <strong>da</strong> estrutura estivermais <strong>do</strong> que superficialmente umedeci<strong>do</strong>, os testemunhos devem ser submersos emuma solução satura<strong>da</strong> de hidróxi<strong>do</strong> de cálcio, <strong>à</strong> temperatura 23 + 2ºC, durante, nomínimo, as 40 horas que precedem <strong>à</strong> realização <strong>do</strong> ensaio. A propósito <strong>da</strong> rupturanas condições existentes na obra, afirma Cánovas 58 (1988, p. 522):“...realizar a ruptura <strong>do</strong>s corpos-de-prova nas condições em que o <strong>concreto</strong> estátrabalhan<strong>do</strong> em obra é fun<strong>da</strong>mental, visto que, em muitos casos, estes testes tratamde conhecer na<strong>da</strong> mais <strong>do</strong> que <strong>resistência</strong> real <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> <strong>da</strong> obra, e mal se podeconhecê-las se o <strong>concreto</strong> é ensaia<strong>do</strong> em condições diferentes”.Outros fatores de fun<strong>da</strong>mental importância para a confiabili<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s deruptura são as condições de preparação <strong>da</strong>s faces inferior e superior <strong>do</strong>stestemunhos. Estas devem se constituir em superfícies planas, rigorosamente lisas,paralelas entre si e perpendiculares ao eixo <strong>do</strong> testemunho. São efetua<strong>do</strong>s cortescom serra diamanta<strong>da</strong> apropria<strong>da</strong> e capeamentos em cama<strong>da</strong>s delga<strong>da</strong>s, de misturaa base de enxofre, quartzo moí<strong>do</strong> e cimento, em ambas as faces. Sobre ocapeamento com enxofre Meneghetti et al. 184 , em trabalho experimental, concluemser esse o mais adequa<strong>do</strong>, executa<strong>do</strong> em cama<strong>da</strong>s finas para a correção <strong>da</strong>simperfeições e para uma melhor confiabili<strong>da</strong>de nos resulta<strong>do</strong>s. De Marco et al. 185


97realizaram estu<strong>do</strong>s comparativos de capeamentos a base de pasta de cimento, abase de enxofre com a utilização, para a ruptura <strong>do</strong>s testemunhos, de almofa<strong>da</strong>s deneoprene, sem e com reforço metálico. Concluíram, ser grande a dispari<strong>da</strong>de <strong>do</strong>sresulta<strong>do</strong>s para o caso <strong>do</strong> neoprene sem reforço, ao contrário <strong>do</strong> neoprene comreforço metálico. Este resulta<strong>do</strong> abre uma perspectiva para novas investigaçõespara uso padroniza<strong>do</strong> deste último processo. Atualmente tem si<strong>do</strong> utiliza<strong>do</strong> comfreqüência por diversos laboratórios conceitua<strong>do</strong>s, principalmente para ostestemunhos obti<strong>do</strong>s de <strong>concreto</strong> de alto desempenho, o corte <strong>do</strong>s mesmos comserra diamanta<strong>da</strong> segui<strong>do</strong> <strong>do</strong> esmerilhamento por equipamento apropria<strong>do</strong>,deixan<strong>do</strong> as faces rigorosamente planas e lisas, com a mínima interferência nosresulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s ensaios.• I<strong>da</strong>de e condições de curaA influência que a i<strong>da</strong>de <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> tem sobre as <strong>resistência</strong>s <strong>do</strong> mesmo é bastantevariável, dependen<strong>do</strong> <strong>do</strong> tipo de cimento emprega<strong>do</strong> e <strong>da</strong>s condições detemperatura atuantes sobre o <strong>concreto</strong> até a i<strong>da</strong>de considera<strong>da</strong>. Sabe-se que a<strong>resistência</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> aumenta com a i<strong>da</strong>de decorrente <strong>do</strong>s fenômenos dehidratação e cristalização <strong>do</strong> cimento, cuja veloci<strong>da</strong>de e majoração, dependem devários fatores, principalmente, os acima cita<strong>do</strong>s e o processo de cura.Sobre o aumento <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> após os 28 dias, i<strong>da</strong>de em geral dereferência para as análises estruturais, Helene 17 chama a atenção para o fato de queesse ganho de <strong>resistência</strong> vem para compensar, entre outros fatores, a per<strong>da</strong> devi<strong>do</strong><strong>à</strong> ação de cargas de longa duração e está, portanto indiretamente considera<strong>do</strong> nocálculo e não deve ser despreza<strong>do</strong> sob risco de diminuição <strong>da</strong> segurança estrutural.A propósito, Cremonini 22 comenta sobre a abor<strong>da</strong>gem feita por Herrera 186 , que nadiscussão de artigo de Malhotra, afirma que a aceitação de <strong>concreto</strong>s que atinjam a<strong>resistência</strong> de projeto, segun<strong>do</strong> os critérios <strong>do</strong> ACI 318 98 , em i<strong>da</strong>des superiores a 28dias, implica em ter estruturas com grau de segurança menor ou com reservareduzi<strong>da</strong>, em casos eventuais, de esta<strong>do</strong>s de tensão superiores aos originalmenteestima<strong>do</strong>s.Vários são os estu<strong>do</strong>s experimentais determinan<strong>do</strong> os coeficientes médios deaumento <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> com a i<strong>da</strong>de e também com o tipo de cimento, destacan<strong>do</strong>seos de Petersons 101 , nos quais, toman<strong>do</strong>-se como 1,00 a <strong>resistência</strong> aos 28 dias


98de i<strong>da</strong>de, obtiveram-se os seguintes coeficientes : 0,70 para 7 dias de i<strong>da</strong>de; 0,89para 14 dias; 1,10 para 3 meses; 1,15 para 6 meses; 1,18 para 1 ano e 1,20 paramais de 2 anos. No Brasil pode-se destacar os estu<strong>do</strong>s de Petrucci 121 , tanto paracimento Portland comum, como para o cimento ARI, para o qual encontrou, toman<strong>do</strong>como 1,00 aos 28 dias, os coeficientes de 0,78 para 7 dias; 1,12 para 90 dias e 1,20para 1 ano; e, para cimentos pozolânicos e de alto-forno, em estu<strong>do</strong> análogo,encontrou respectivamente: 0,59 para 7 dias; 1,37 para 90 dias e 1,48 para um ano.Por outro la<strong>do</strong>, os estu<strong>do</strong>s de Plowman e Murphy apud Neville 47 , evidenciaram que a<strong>resistência</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> “in situ" aumenta pouco, depois de 28 dias, e, por essemotivo, a "Concrete Society 151 " de Londres recomen<strong>da</strong> que não seja considera<strong>da</strong> ai<strong>da</strong>de na interpretação <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>do</strong>s testemunhos extraí<strong>do</strong>s. Ain<strong>da</strong> segun<strong>do</strong>Neville 47 : "o efeito <strong>da</strong> i<strong>da</strong>de não é fácil de ser considera<strong>do</strong>, mas, sem cura úmi<strong>da</strong> nãose deve esperar aumento de <strong>resistência</strong>". Como conclusão, citamos arecomen<strong>da</strong>ção de Helene 17 no senti<strong>do</strong> de se procurar usar, desde que disponíveis,as curvas de evolução <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>do</strong> próprio cimento e <strong>concreto</strong> utiliza<strong>do</strong>, aoinvés de valores meramente tabela<strong>do</strong>s.Com respeito <strong>à</strong> normalização brasileira, a NBR 7680:1983 propõe uma tabela decrescimento <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> (incluin<strong>do</strong> nota de ro<strong>da</strong>pé), apresenta<strong>da</strong> a seguir para ostipos de cimento em utilização na época.Tabela 2.11 - Coeficientes médios de crescimento <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> com a i<strong>da</strong>de 10 .Natureza <strong>do</strong> cimentoI<strong>da</strong>de≤ 7 dias 14 dias 28 dias 3 meses 1 ano ≥ 2 anosPortland comum(NBR 5732) 0,68 0,88 1,00 1,11 1,18 1,20Alta Resistência Inicial(NBR 5733) 0,80 0,91 1,00 1,10 1,15 1,15Alto Forno, PozolânicoMRS e ARS (NBR 5735,5736 e 5737)_ 0,71 1,00 1,40 1,59 1,67Nota: Esta tabela apresenta valores médios usuais. Pode ser aplica<strong>da</strong> sempre que não se dispuser decorrelação real obti<strong>da</strong> com número representativo de ensaios <strong>do</strong> cimento utiliza<strong>do</strong> na mol<strong>da</strong>gem <strong>do</strong><strong>concreto</strong> em estu<strong>do</strong>. É permiti<strong>da</strong> a interpolação linear com aproximação até décimos.


99Sobre o assunto, Helene 17 apresentou uma tabela bem mais detalha<strong>da</strong>,consideran<strong>do</strong> diversas relações água/cimento e vários tipos de cimento, em vigor noano de 1993, quan<strong>do</strong> <strong>da</strong> publicação <strong>do</strong> seu trabalho. Essa tabela, que se segue,está, ain<strong>da</strong>, em consonância com os cimentos atualmente em utilização.Tabela 2.12 – Ganho de <strong>resistência</strong> com tempo em função <strong>da</strong> relação a/c. 17CimentoRelação a/c(kg/kg)f c28MPaCoeficiente médio f ci / f c283d 7d 28d 91d0,38430,540,741,001,14CP ICP I - S0,480,560,683528230,490,420,360,710,660,611,001,001,001,161,201,250,78180,340,501,001,26CP II – ECP II – ZCP II – F0,380,480,560,68403327220,510,470,400,350,720,690,690,601,001,001,001,001,161,181,221,260,78180,320,571,001,280,38510,380,621,001,230,48400,360,611,001,25CP III0,56320,280,541,001,310,68260,260,521,001,340,78200,220,481,001,380,38400,500,711,001,160,48310,480,701,001,17CP IV0,56250,400,641,001,210,68200,350,601,001,260,78150,290,551,001,300,38550,690,861,001,040,48420,620,821,001,06CP V0,56360,530,771,001,080,68290,460,711,001,110,78230,430,601,001,13


100Também, em trabalho apresenta<strong>do</strong> no Simpósio sobre Normalização de Cimento,Concreto e Agrega<strong>do</strong>s, o referi<strong>do</strong> autor apresenta a compilação de três tabelas dediversos pesquisa<strong>do</strong>res, referente ao crescimento <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> por perío<strong>do</strong>s de até50 anos, que são registra<strong>da</strong>s a seguir:Tabela 2.13 – Coeficientes médios de crescimento <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> com a i<strong>da</strong>de – Cimento Portland 17I<strong>da</strong>deInvestiga<strong>do</strong>r7d 14d 28d 3m 6m 1a 2a 5a 10a 25a 50aPetrucci 0,72 - 1,00 1,11 - 1,23 - - - - -Washa e Wend 0,60 - 1,00 - - 1,45 - 2,13 2,28 2,33 2,50Petersons 0,70 0,89 1,00 1,10 1,15 1,18 1,20 1,20 - - -Concrete Society - - 1,001,00a1,201,00a1,301,00a1,35- - - - -Tobio 0,70 0,85 1,00 1,10 1,15 1,18 - - - - -Montoya 0,65 - 1,00 1,20 - 1,35 - - - - -Neville - - 1,00 1,15 1,20 1,24 - - - - -Tabela 2.14 – Coeficientes médios de crescimento <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> com a i<strong>da</strong>de – Cimentos de AltaResistência Inicial 17 .I<strong>da</strong>deInvestiga<strong>do</strong>r7d 14d 28d 3m 6m 1a 2a 5a 10a 25a 50ªPetrucci 0,78 - 1,00 1,12 - 1,20 - - - - -Petersons 0,80 0,92 1,00 1,10 1,12 1,13 1,14 1,15 - - -Montoya 0,75 - 1,00 1,15 - 1,20 - - - - -Tabela 2.15 – Coeficientes médios de crescimento <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> com a i<strong>da</strong>de – Cimentos AF, POZ,MRS e MCH 17I<strong>da</strong>deInvestiga<strong>do</strong>rPetrucciPetersons7d 14d 28d 3m 6m 1a 2a 5a 10a 25a 50a0,59 - 1,00 1,37 - 1,48 - - - - -0,70 - 1,00 1,40 1,50 1,60 1,65 1,70 - - -


101Como <strong>da</strong><strong>do</strong> informativo prático, <strong>do</strong> efeito <strong>da</strong> i<strong>da</strong>de sobre a <strong>resistência</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>,Vieira Filho 146 encontrou, em estu<strong>do</strong> experimental sobre <strong>avaliação</strong> estrutural depavimento de <strong>concreto</strong> no Recife, em 1991, a relação de 1,23 entre as <strong>resistência</strong>smédias de testemunhos extraí<strong>do</strong>s de 100mm de diâmetro e de índice de esbeltezentre 1,5 e 2,0, devi<strong>da</strong>mente corrigi<strong>do</strong>s e de corpos-de-prova cilíndricos de 15cm x30cm mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s, na fase de controle <strong>da</strong> obra, 15 anos antes. Na construção destepavimento utilizou-se cimento Portland comum, na época CP-320. Nesse estu<strong>do</strong>experimental, realizaram-se também, “in situ” e em laboratório, ensaiosesclerométricos e ultrassônicos e ain<strong>da</strong> ensaios de reconstituição <strong>do</strong> traço <strong>do</strong><strong>concreto</strong> endureci<strong>do</strong>; e ensaios dinâmicos, em campo, com o “Falling WeightDeflectometer”(FWD), para determinação <strong>da</strong>s características mecânicas <strong>do</strong><strong>concreto</strong>. Os resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s apresentaram excelente grau de coerência com o<strong>concreto</strong> ensaia<strong>do</strong> na pista e com os testemunhos extraí<strong>do</strong>s e ain<strong>da</strong> nas correlaçõesobti<strong>da</strong>s.Outro estu<strong>do</strong> experimental em Pernambuco, com a meto<strong>do</strong>logia de extração detestemunhos, em <strong>concreto</strong> de alto desempenho, de importante registro, foi realiza<strong>do</strong>,em 2001 por Andrade 187 , que em sua dissertação de mestra<strong>do</strong> apresenta<strong>da</strong> <strong>à</strong>EPUSP, encontrou, após 16 anos de i<strong>da</strong>de, um coeficiente de 1,26 entre a<strong>resistência</strong> média bruta(sem qualquer correção) de testemunhos de 10cm x 20cmextraí<strong>do</strong>s e a <strong>resistência</strong> média <strong>do</strong>s corpos-de-prova de 15cm x 30cm normaliza<strong>do</strong>s,quan<strong>do</strong> <strong>da</strong> execução <strong>da</strong> obra, referente ao <strong>concreto</strong> protendi<strong>do</strong> <strong>do</strong>s <strong>do</strong>rmentes <strong>do</strong>Metrô <strong>do</strong> Recife. Aplica<strong>da</strong>s as correções devi<strong>da</strong>s: ao processo de cura acelera<strong>da</strong> <strong>da</strong>fabricação <strong>do</strong>s <strong>do</strong>rmentes, <strong>à</strong> relação entre os tamanhos <strong>do</strong>s cilindros ensaia<strong>do</strong>s, <strong>à</strong>sdiferentes condições de umi<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s mesmos e aos “efeitos estima<strong>do</strong>s <strong>do</strong>broqueamento”; o coeficiente encontra<strong>do</strong> por esse pesquisa<strong>do</strong>r, passou a variar nointervalo de 1,28 a 1,42, com um nível de significância de 95%.No tocante <strong>à</strong> influência <strong>da</strong> cura, não se conhecen<strong>do</strong>, na grande maioria <strong>do</strong>s casos,as reais condições <strong>da</strong> mesma na estrutura <strong>da</strong> qual foram extraí<strong>do</strong>s os testemunhos,é incerto considerar o seu efeito sobre a <strong>resistência</strong> <strong>do</strong>s cilindros extraí<strong>do</strong>s. Noentanto, é aceito entre os pesquisa<strong>do</strong>res, que, para <strong>concreto</strong>s de mo<strong>do</strong> geral, nãorealizar nenhum procedimento de cura, significa reduzir o seu desempenho. Apropósito Couto et al. 188 concluiu que a ausência de processo de cura reduz aperformance <strong>do</strong> cobrimento <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>, diminuin<strong>do</strong>, portanto a sua durabili<strong>da</strong>de. Nocaso de estruturas cura<strong>da</strong>s de acor<strong>do</strong> com as recomen<strong>da</strong>ções, conforme foi cita<strong>do</strong>


102anteriormente, Petersons 101 , concluiu que a relação entre a <strong>resistência</strong> de cilindrosextraí<strong>do</strong>s e a de cilindros normaliza<strong>do</strong>s mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s na mesma i<strong>da</strong>de, é sempre menorque 1, e diminui com o aumento <strong>da</strong> <strong>resistência</strong>.• Determinação <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> característicaEm face <strong>do</strong> que foi exposto evidencia-se que não é simples a interpretação <strong>da</strong><strong>resistência</strong> de testemunhos extraí<strong>do</strong>s em relação <strong>à</strong> especifica<strong>da</strong> aos 28 dias. O ACI318 98 estabelece que o <strong>concreto</strong> <strong>da</strong> parte representa<strong>da</strong> pelos testemunhosextraí<strong>do</strong>s, é considera<strong>do</strong> satisfatório se a <strong>resistência</strong> média <strong>do</strong>s mesmos for igual apelo menos 85% <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> especifica<strong>da</strong> e que nenhum testemunho apresentevalor menor <strong>do</strong> que 75% dessa <strong>resistência</strong>, não se levan<strong>do</strong> em conta a i<strong>da</strong>de. Isto éváli<strong>do</strong>, sempre que se empreguem grupos de 3 testemunhos de uma mesma zonaperfeitamente defini<strong>da</strong>. Como observa Neville 47 , os testemunhos são ensaia<strong>do</strong>ssecos, se a estrutura em serviço estiver seca, o que deve resultar <strong>resistência</strong>s maisaltas <strong>do</strong> que com o ensaio <strong>da</strong> BS (que admite condição úmi<strong>da</strong>), concluin<strong>do</strong> que osrequisitos dessa norma <strong>do</strong> ACI “ são um tanto generosos”.No Brasil para se estimar a <strong>resistência</strong> característica <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>, procedente deuma amostra representativa de um lote <strong>da</strong> estrutura, de acor<strong>do</strong> com o item 9 <strong>da</strong>NBR 7680:1983 10 , utilizam-se os estima<strong>do</strong>res previstos na NBR 6118:2003 2 –“Projeto de estruturas de <strong>concreto</strong>”- Procedimento, que remete para NBR12655:1996 96 – “Concreto - Preparo, controle e recebimento”; na NBR 7187:2003 189– “Projeto de pontes de <strong>concreto</strong> arma<strong>do</strong> e de <strong>concreto</strong> protendi<strong>do</strong> – Procedimento”;na NBR 7197:1989 190 – “Projeto de estruturas de <strong>concreto</strong> protendi<strong>do</strong> –Procedimento”, (substituí<strong>da</strong> / absorvi<strong>da</strong> pela NBR 6118:2003 2 ) e finalmente na NBR7583:1986 191 – “Execução de pavimentos de <strong>concreto</strong>s simples por meio mecânico”.Finaliza-se com duas observações que julga-se pertinentes apresentá-las. Aprimeira de Canovas 58 (1988), afirman<strong>do</strong> que:“...é lógico se admitir que as <strong>resistência</strong>s forneci<strong>da</strong>s pelos testemunhos extraí<strong>do</strong>s,uma vez efetua<strong>da</strong>s to<strong>da</strong>s as correções, são mais representativas <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> que seestu<strong>da</strong> que as <strong>resistência</strong>s obti<strong>da</strong>s pelos corpos-de-prova de controle, por seremaqueles parte <strong>do</strong> próprio <strong>concreto</strong> <strong>da</strong> estrutura”.A segun<strong>da</strong> de Helene 17 (1984): “consideran<strong>do</strong> que a <strong>avaliação</strong> <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>do</strong><strong>concreto</strong> é sempre um assunto delica<strong>do</strong> e em última instância dependente <strong>do</strong>s


103responsáveis pela segurança <strong>da</strong> obra”. Lembra, no entanto, que é aconselhávelcompatibilizar o critério a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> nessa <strong>avaliação</strong>, com o critério a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> inicialmenteno projeto que definiu a segurança <strong>da</strong> estrutura por ocasião <strong>do</strong> seudimensionamento.2.6 Considerações geraisPelo que foi apresenta<strong>do</strong> neste capítulo, observa-se que apesar <strong>do</strong> méto<strong>do</strong> <strong>da</strong>extração de testemunhos ser o de maior confiabili<strong>da</strong>de para a <strong>avaliação</strong> <strong>da</strong><strong>resistência</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> em estruturas acaba<strong>da</strong>s, o mesmo é influencia<strong>do</strong> pordiversos fatores que interferem na interpretação <strong>do</strong>s seus resulta<strong>do</strong>s. Entre estesfatores, encontram-se os <strong>da</strong>nos causa<strong>do</strong>s pela extração, comumente denomina<strong>do</strong>sde efeitos <strong>do</strong> broqueamento, cujo coeficiente de correção a ser aplica<strong>do</strong> <strong>à</strong><strong>resistência</strong> <strong>do</strong>s testemunhos, busca-se quantificar nesta tese. Como já foienfatiza<strong>do</strong>, sobretu<strong>do</strong> em face <strong>da</strong> multiplici<strong>da</strong>de de variáveis envolvi<strong>da</strong>s, sãoescassas as referências normativas sobre o valor numérico para este coeficiente decorreção. Há de se considerar, também, a evolução <strong>da</strong> tecnologia <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>, coma obtenção de <strong>resistência</strong>s ca<strong>da</strong> vez mais eleva<strong>da</strong>s para as pastas de aderência <strong>do</strong>sagrega<strong>do</strong>s, que diminuem os <strong>da</strong>nos por extração em relação aos testemunhosobti<strong>do</strong>s de <strong>concreto</strong>s – com pastas relativamente de mais baixas <strong>resistência</strong>s –comumente utiliza<strong>do</strong>s há algumas déca<strong>da</strong>s. Este fator, conforme comenta<strong>do</strong> notexto pertinente desta tese, interfere nos resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> supracita<strong>do</strong> coeficiente decorreção.Também, ao longo deste capítulo, ficou evidencia<strong>do</strong> que ain<strong>da</strong> não está consoli<strong>da</strong><strong>da</strong>na normalização nacional e estrangeira, a utilização de testemunhos de diâmetrosinferiores a 100mm de grande interesse prático.O plano experimental desenvolvi<strong>do</strong> nesta tese, detalha<strong>do</strong> no capítulo seguinte,busca, ao fixar algumas variáveis, investigar quantitativamente os efeitos <strong>do</strong>s <strong>da</strong>nos<strong>do</strong> broqueamento por meio <strong>da</strong> relação entre as <strong>resistência</strong>s <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> decorpos-de-prova mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s e cura<strong>do</strong>s sob condições padroniza<strong>da</strong>s com testemunhosextraí<strong>do</strong>s em pari<strong>da</strong>de de dimensões. Permite, ain<strong>da</strong>, avaliar a utilização depequenos testemunhos com o objetivo de sua inserção nas avaliações de estruturasacaba<strong>da</strong>s com to<strong>da</strong>s as vantagens dela decorrente.


1043 EXPERIMENTO3.1 Planejamento <strong>do</strong> experimentoCom o objetivo principal de quantificar a diferença entre as <strong>resistência</strong>s <strong>à</strong><strong>compressão</strong> de corpos-de-prova mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s (M) e de testemunhos extraí<strong>do</strong>s (E), pormeio <strong>da</strong> relação entre elas R (M/E) , correspondente aos efeitos causa<strong>do</strong>s peloprocesso de broqueamento <strong>do</strong>s testemunhos, foi elabora<strong>do</strong> o presente programaexperimental, conforme detalhamento apresenta<strong>do</strong> a seguir.• definição <strong>do</strong>s lotes de <strong>concreto</strong>Foram previstos um total de 4 lotes de <strong>concreto</strong> produzi<strong>do</strong>s pela central <strong>do</strong>sa<strong>do</strong>ra <strong>da</strong>MARÉ CIMENTO Lt<strong>da</strong>. – POLIMIX, situa<strong>da</strong> no município de Olin<strong>da</strong>, na divisa com oRecife, no esta<strong>do</strong> de Pernambuco – Brasil, a qual fornece <strong>concreto</strong> para a regiãometropolitana <strong>do</strong> Recife. Para os 3 primeiros lotes, identifica<strong>do</strong>s como Lote 01, Lote02 e Lote 03, correspondentes respectivamente a 20MPa, 50MPa e 70MPa, foramprevistos a mol<strong>da</strong>gem de blocos no pátio <strong>da</strong> referi<strong>da</strong> central <strong>do</strong>sa<strong>do</strong>ra. Para o Lote04, considera<strong>do</strong> como amostragem suplementar, correspondente a 65MPa, foramprevistos a mol<strong>da</strong>gem de blocos com o <strong>concreto</strong> forneci<strong>do</strong> pela mesma central, nocanteiro-de-obras <strong>do</strong> edifício Sansara, <strong>da</strong> construtora Romarco, situa<strong>do</strong> <strong>à</strong> beira-mar,na Av. Ministro Marcos Freire, em Olin<strong>da</strong>/PE.• tamanho <strong>da</strong> amostragem por lotePara os lotes em estu<strong>do</strong>, ca<strong>da</strong> população em análise foi defini<strong>da</strong>: pela <strong>resistência</strong> <strong>à</strong><strong>compressão</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> aos 28 dias de i<strong>da</strong>de, pelo processo de cura utiliza<strong>do</strong> epelas dimensões <strong>do</strong>s corpos-de-prova de referência e <strong>do</strong>s testemunhos extraí<strong>do</strong>s.Essa <strong>resistência</strong> é referencia<strong>da</strong> pelas centrais produtoras de <strong>concreto</strong>, para efeito depedi<strong>do</strong> <strong>do</strong> mesmo, como <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> característica f ck , de acor<strong>do</strong> coma NBR 7212:1984 192 , nomenclatura a<strong>do</strong>ta<strong>da</strong> nesta tese. Para os lotes nº 01, 02 e 03esta população é constituí<strong>da</strong> por no mínimo uma amostragem de 36 elementos(corpos-de-prova ou testemunhos). Na fixação desta amostragem mínima


105considerou-se o princípio cita<strong>do</strong> por diversos estatísticos, entre eles, Bussab eMorettin 193 que consideram que, para amostras com mais de 30 elementos, aaproximação <strong>da</strong> distribuição normal é considera<strong>da</strong> muito boa se a população originaltiver comportamento aproxima<strong>da</strong>mente gaussiano.Para o lote nº 04, em função <strong>do</strong> espaço disponível para a mol<strong>da</strong>gem <strong>do</strong>s blocos nocanteiro-de-obras, a amostra foi constituí<strong>da</strong> por 6 elementos por populaçãoconsidera<strong>da</strong>, correspondentes a corpos-de-prova mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s, testemunhos extraí<strong>do</strong>s,condições de cura e i<strong>da</strong>de de 28 dias, assim como para a i<strong>da</strong>de de 90 dias paraefeito de comparação.• Projeto <strong>da</strong>s formasPara os lotes nº 01 a nº 03 foram previstos 2 tipos de blocos com dimensões de145cm de comprimento por 90cm de altura e 25cm de profundi<strong>da</strong>de e de 75cm x90cm x 35cm respectivamente, o primeiro para a extração de testemunhos dediâmetro de 10cm; 7,5cm, 5cm e φ 2,5cm, e, o segun<strong>do</strong>, com profundi<strong>da</strong>de de 35cm,destina<strong>do</strong> <strong>à</strong> extração de testemunhos de 15cm x 30cm. No projeto para fabricação<strong>da</strong>s formas de madeira, garantiu-se a distância mínima <strong>da</strong> bor<strong>da</strong> <strong>do</strong> bloco <strong>à</strong>extremi<strong>da</strong>de <strong>do</strong> testemunho, de 1Φ, <strong>do</strong> referi<strong>do</strong> testemunho. Para o lote nº 04 aforma foi projeta<strong>da</strong>, também em madeira, para um único tipo de bloco, comdimensões de 2,1m x 1,35m x 0,35m, possibilitan<strong>do</strong> a extração, em número mínimode 6 para ca<strong>da</strong> Φ, de to<strong>do</strong>s os testemunhos supramenciona<strong>do</strong>s.As figuras 3.1 a 3.3 ilustram os desenhos <strong>da</strong>s referi<strong>da</strong>s formas.15,015,015,015,010,010,010,017,016,517,017,07,57,57,525,0 cm90,0cm∅ 10,0 cm ∅ 7,5 cm145,0 cm∅ 2,5 cm∅ 5,0 cm19,018,518,519,05,05,05,021,020,020,521,02,52,52,515 010,0 10,0 7,5 7,5 2,5 5,0 5,010,010,010,0Figura 3.1 – Representação esquemática <strong>da</strong> forma destina<strong>da</strong> ao bloco tipo 1mol<strong>da</strong><strong>do</strong> no pátio <strong>da</strong> central <strong>do</strong>sa<strong>do</strong>ra de <strong>concreto</strong>10,010,0 7,57,52,515,0Dimensões em cm


10675 cm35 cm15,090 cm7,57,515,015,015,015,0∅ 15,0 cm15,0 15,015,0 15,015,0Dimensões em cmFigura 3.2 – Representação esquemática <strong>da</strong> forma destina<strong>da</strong> ao bloco tipo2 mol<strong>da</strong><strong>do</strong> no pátio <strong>da</strong> central <strong>do</strong>sa<strong>do</strong>ra de <strong>concreto</strong>.35 cm210 cm30,010,010,010,015,030,015,07,015,0 7,07,015,07,07,015,010,030,010,08,010,08,010,08,010,08,010,08,010,020,07,57,57,57,57,57,5135cm∅ 15,0 cm∅ 10,0 cm ∅ 7,5 cm ∅ 5,0 cm ∅ 2,5 cm30,0101010101025,030,05,0 4,04,05,0 4,04,05,0 4,04,05,04,04,05,0 4,04,05,0 4,030,02,52,52,52,52,52,52,52,52,52,52,52,51515 151010 7,5 7,5 5 52,515 15 15 10 10 10 7,5 7,5 7,5 5 15Figura 3.3 – Representação esquemática <strong>da</strong> forma destina<strong>da</strong> aos 2 blocosmol<strong>da</strong><strong>do</strong>s no canteiro-de-obras <strong>do</strong> edifício Sansara


107• mol<strong>da</strong>gem <strong>do</strong>s blocosOs lotes nº 01, 02 e 03 foram constituí<strong>do</strong>s, ca<strong>da</strong> um, por 6 eventos de mol<strong>da</strong>gens,para ca<strong>da</strong> f ck considera<strong>do</strong> respectivamente, numera<strong>do</strong>s de 1 a 6 e identifica<strong>do</strong>s porB1 a B6 para o <strong>concreto</strong> de 20MPa, C1 a C6 para o <strong>concreto</strong> de 50MPa e D1 a D6para o <strong>concreto</strong> de 70MPa (ver APÊNDICE C). Para esses lotes, os blocos foram de2 tipos, com as dimensões já referi<strong>da</strong>s no item anterior, mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s, em ca<strong>da</strong> evento,com a mesma amostragem de <strong>concreto</strong>. Antes <strong>da</strong>s mol<strong>da</strong>gens <strong>do</strong>s blocos as formaseram devi<strong>da</strong>mente inspeciona<strong>da</strong>s e submeti<strong>da</strong>s <strong>à</strong> aplicação de desmol<strong>da</strong>nte,indica<strong>da</strong> na Figura 3.4, para facilitar a desforma e o reaproveitamento <strong>da</strong>s mesmas.Figura 3.4 – Aplicação <strong>do</strong> desmol<strong>da</strong>nte na forma no pátio <strong>da</strong> central<strong>do</strong>sa<strong>do</strong>ra <strong>da</strong> MARÉ CIMENTO Lt<strong>da</strong>. - POLIMIX (foto de 2004)Foram mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s no pátio <strong>da</strong> central <strong>do</strong>sa<strong>do</strong>ra um número de 54 blocos,corresponden<strong>do</strong> a 18 para ca<strong>da</strong> f ck (Figuras 3.5 a 3.7) Em to<strong>do</strong>s os 6 eventos deconcretagem (nº 1 a 6) para ca<strong>da</strong> f ck , mol<strong>da</strong>ram-se 2 blocos, sen<strong>do</strong> um de ca<strong>da</strong> tiposupracita<strong>do</strong>, em um subtotal de 12 para serem cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s. Nos eventosímpares (nº 1, 3 e 5) mol<strong>da</strong>ram-se mais 2 blocos adicionais por evento, em umsubtotal de 6, destina<strong>do</strong> <strong>à</strong> cura ao ar.


108O lançamento <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> por calha diretamente <strong>do</strong> caminhão betoneira e oadensamento vibratório por meio de vibra<strong>do</strong>r de imersão encontra-se ilustra<strong>do</strong> nasfiguras 3.6 e 3.7Figura 3.5 – Central <strong>do</strong>sa<strong>do</strong>ra <strong>da</strong> MARÉ CIMENTO Lt<strong>da</strong>. - POLIMIXlocaliza<strong>da</strong> em Olin<strong>da</strong>/RMR (foto de 2004)Figura 3.6 - Mol<strong>da</strong>gem <strong>do</strong>s blocos no pátio <strong>da</strong> central <strong>do</strong>sa<strong>do</strong>ra <strong>da</strong>MARÉ CIMENTO Lt<strong>da</strong>. - POLIMIX (foto de 2004)


109Para o Lote nº 04, suplementar, foram mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s 2 blocos de mesmas dimensões,um para ca<strong>da</strong> tipo de cura previsto, em um único evento de concretagem. (Figuras3.8 a 3.10)Figura 3.7 - Adensamento <strong>do</strong>s blocos no pátio <strong>da</strong> central <strong>do</strong>sa<strong>do</strong>ra <strong>da</strong>MARÉ CIMENTO Lt<strong>da</strong>. - POLIMIX (foto de 2004)Figura 3.8 – Canteiro-de-obras <strong>do</strong> edifício Sansara - Av. MinistroMarcos Freire – Olin<strong>da</strong>/PE (foto de 2005)


110Figura 3.9 – Formas para mol<strong>da</strong>gem <strong>do</strong>s 2 blocos no canteirode-obras<strong>do</strong> edifício Sansara (foto de 2005)Figura 3.10 – Lançamento <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> nos blocos no canteirode-obras<strong>do</strong> edifício Sansara (foto de 2005)O resumo <strong>do</strong>s eventos de mol<strong>da</strong>gens <strong>do</strong> total <strong>do</strong>s 56 blocos é apresenta<strong>do</strong> noAPÊNDICE C.


111• processos de cura a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>sForam a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s os processos de cura úmi<strong>da</strong> (u), por molhagem <strong>do</strong>s blocos até a<strong>da</strong>ta de extração <strong>do</strong>s testemunhos, correspondente a um perío<strong>do</strong> de 23 a 25 diasapós a concretagem; e, ao ar (a), Figuras 3.11 e 3.12, nas condiçõestermohigrométricas ambientais, com temperatura média <strong>da</strong> ordem de 30º C eumi<strong>da</strong>de relativa <strong>do</strong> ar varian<strong>do</strong> entre cerca de 75% e 90% (ver ANEXO A).Figura 3.11 – Umedecimento <strong>do</strong>s blocos no pátio <strong>da</strong> central <strong>do</strong>sa<strong>do</strong>ra<strong>da</strong> MARÉ CIMENTO Lt<strong>da</strong>. - POLIMIX (foto de 2004)Figura 3.12 – Cura úmi<strong>da</strong> e cura ao ar nos blocos no pátio <strong>da</strong> central<strong>do</strong>sa<strong>do</strong>ra <strong>da</strong> MARÉ CIMENTO Lt<strong>da</strong>. - POLIMIX (foto de 2004)


112• amostragens de corpos-de-prova mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s (M)Para ca<strong>da</strong> evento de concretagem <strong>do</strong>s blocos, em número total de 7, 6 no pátio <strong>da</strong>central e 1 no canteiro-de-obras, após a verificação <strong>do</strong> abatimento <strong>do</strong> tronco decone, conforme a NBRNM67:1998 194 (Figura 3.13), foram mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s 12 corpos-deprovacilíndricos padroniza<strong>do</strong>s de 15cm de diâmetro por 30cm de altura eigualmente 12 corpos-de-prova de 10 cm de diâmetro por 20cm de altura, de acor<strong>do</strong>com a NBR 5738:2003 8 (Figuras 3.14 a 3.15). (No evento nº 7 no canteiro-de-obrasforam mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s mais 12 corpos-de-prova de ca<strong>da</strong> tipo padroniza<strong>do</strong> para ruptura aos90 dias de i<strong>da</strong>de. De ca<strong>da</strong> tipo, 6 foram cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s segun<strong>do</strong> referi<strong>da</strong> norma e 6foram cura<strong>do</strong>s ao ar nas condições termohigrométricas ambientais, para efeito decomparação, como pode-se observar nas figuras 3.11 e 3.12 apresenta<strong>da</strong>s.Dessa forma para ca<strong>da</strong> lote de <strong>concreto</strong> mol<strong>da</strong><strong>do</strong> na central e para ca<strong>da</strong> tipo decura, dispunha-se de uma amostragem de 36 corpos-de-prova de referência de(15cm x 30cm) e 36 corpos-de-prova de (10cm x 20cm), e para o lote mol<strong>da</strong><strong>do</strong> nocanteiro-de-obras, de mais 24 (12 para ruptura aos 28 dias e 12 para ruptura aos 90dias sen<strong>do</strong> 6 de ca<strong>da</strong> tipo respecticamente) totalizan<strong>do</strong> 240 corpos-de-prova.Figura 3.13 – Determinação <strong>da</strong> consistência pelo abatimento <strong>do</strong>tronco de cone – pátio <strong>da</strong> central <strong>do</strong>sa<strong>do</strong>ra <strong>da</strong> MARÉ CIMENTOLt<strong>da</strong>. - POLIMIX (foto de 2004)


113Figura 3.14 – Formas padroniza<strong>da</strong>s de 15cm x 30cm e 10cm x20cm para mol<strong>da</strong>gem <strong>do</strong>s corpos-de-prova no pátio <strong>da</strong> centralMARÉ CIMENTO Lt<strong>da</strong>. - POLIMIX (foto de 2004)Figura 3.15 –Mol<strong>da</strong>gem <strong>do</strong>s corpos-de-prova no pátio <strong>da</strong> central<strong>do</strong>sa<strong>do</strong>ra <strong>da</strong> MARÉ CIMENTO Lt<strong>da</strong>. - POLIMIX (foto de 2004)• amostragens de testemunhos extraí<strong>do</strong>s (E)Para os lotes nº 01, 02 e 03, foram extraí<strong>do</strong>s, para os diâmetros de 15cm; 10cm e7,5cm, 6 testemunhos por bloco mol<strong>da</strong><strong>do</strong> em ca<strong>da</strong> evento de concretagem (Figuras3.16 a 3.19), totalizan<strong>do</strong> 36 testemunhos para ca<strong>da</strong> classe de <strong>concreto</strong> na condição


114de cura úmi<strong>da</strong>; e 18 na condição de cura ao ar. Para os testemunhos de diâmetro de5cm foi possível duplicar essa amostragem para 72 e 36 respectivamente. Para osde 2,5cm foi possível se obter entre o triplo <strong>da</strong> amostragem, corresponden<strong>do</strong> a 108testemunhos para cura úmi<strong>da</strong> e 54 para cura ao ar, e o quádruplo correspondente a144 testemunhos para cura úmi<strong>da</strong> e 72 para cura ao ar, dependen<strong>do</strong> <strong>da</strong> integri<strong>da</strong>dedesse minitestemunho após a extração e o corte para o índice de esbeltez fixa<strong>do</strong>.Figura 3.16 – Extração por son<strong>da</strong> rotativa com coroa diamanta<strong>da</strong> em bloco,no pátio <strong>da</strong> central <strong>do</strong>sa<strong>do</strong>ra <strong>da</strong> MARÉ CIMENTO Lt<strong>da</strong>. - POLIMIX (foto de2004)Figura 3.17 – Extração por son<strong>da</strong> rotativa com coroa diamanta<strong>da</strong> no pátio<strong>da</strong> central <strong>do</strong>sa<strong>do</strong>ra <strong>da</strong> MARÉ CIMENTO Lt<strong>da</strong>. - POLIMIX - (foto de2004)


115Para os 2 blocos <strong>do</strong> Lote 04 de 65MPa, mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s no canteiro-de-obras, 1 para ca<strong>da</strong>condição de cura, foram extraí<strong>do</strong>s em ca<strong>da</strong> um, 6 testemunhos para os diâmetros de15,0cm; 10,0cm e 7,5cm. Analogamente, foram obti<strong>do</strong>s o <strong>do</strong>bro de testemunhospara o diâmetro de 5,0cm e entre o triplo e o quádruplo para o de 2,5cm (ver Figuras3.20 e 3.21). Para esse Lote 04, to<strong>da</strong> a amostragem descrita foi duplica<strong>da</strong> pararuptura na i<strong>da</strong>de de 90 dias.Figura 3.18 – Detalhe <strong>da</strong> extração <strong>do</strong>s testemunhos no pátio <strong>da</strong> central<strong>do</strong>sa<strong>do</strong>ra <strong>da</strong> MARÉ CIMENTO Lt<strong>da</strong>. - POLIMIX (foto de 2004)Figura 3.19 – Blocos após a extração <strong>do</strong>s testemunhos (transporta<strong>do</strong>s paraárea anexa ao Laboratório <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de Católica/PE (foto de 2004)


116Figura 3.20 – Testemunhos de diversos diâmetros após a extração nocanteiro-de-obras <strong>do</strong> edifício Sansara (foto de 2005)Figura 3.21 – Extração de testemunhos Φ=2,5cm no canteiro-deobras<strong>do</strong> edifício Sansara (foto de 2005)• índice de esbeltez <strong>do</strong>s testemunhosPara os ensaios de ruptura foi fixa<strong>do</strong> para os testemunhos, o índice de esbeltez(relação altura/diâmetro) igual ao correspondente ao <strong>do</strong>s corpos-de-provapadroniza<strong>do</strong>s.


117• i<strong>da</strong>des de rupturasFoi fixa<strong>da</strong> para as rupturas <strong>do</strong>s corpos-de-prova e testemunhos extraí<strong>do</strong>s, parato<strong>do</strong>s os lotes e condições de cura, que constitui a grande massa de <strong>da</strong><strong>do</strong>s, a i<strong>da</strong>depadrão de 28 dias. Para o lote 04, foi também fixa<strong>da</strong> para amostragem adicional, ai<strong>da</strong>de 90 dias, para comparações <strong>do</strong>s parâmetros estu<strong>da</strong><strong>do</strong>s para essa i<strong>da</strong>de, atítulo de informações complementares.• logística <strong>da</strong>s operaçõesDe acor<strong>do</strong> com o planejamento estabeleci<strong>do</strong>, os eventos de mol<strong>da</strong>gem <strong>do</strong>s blocos,para ca<strong>da</strong> lote de <strong>concreto</strong>, foram realiza<strong>do</strong>s, em função <strong>da</strong> disponibili<strong>da</strong>de <strong>da</strong>central <strong>do</strong>sa<strong>do</strong>ra, com intervalos de 1 a 3 dias dentro de ca<strong>da</strong> lote. Entre os lotes 01,02 e 03, os intervalos de mol<strong>da</strong>gem variaram de 13 a 14 dias. O lote 04, no canteirode-obras,em função <strong>da</strong>s disponibili<strong>da</strong>des <strong>da</strong> central e <strong>da</strong> obra, foi executa<strong>do</strong> após180 dias <strong>do</strong>s 3 primeiros lotes. Os intervalos entre os eventos de mol<strong>da</strong>genssupracita<strong>da</strong>s, foram previstos possibilitan<strong>do</strong> os desmoldes <strong>do</strong>s blocos e ocronograma <strong>da</strong>s extrações e operações com os testemunhos nas <strong>da</strong>tasprograma<strong>da</strong>s. Entre o 23 º e o 25 º dia após a mol<strong>da</strong>gem <strong>do</strong>s blocos, foram procedi<strong>da</strong>sas extrações, e o transporte, ao fim <strong>do</strong> respectivo dia, para os laboratórios detecnologia <strong>do</strong>s materiais <strong>da</strong>s Universi<strong>da</strong>des Católica e Federal de Pernambuco, paraas operações de corte <strong>do</strong>s testemunhos no índice de esbeltez fixa<strong>do</strong> (Figura 3.22 e3.24). Seguiam-se as retificações <strong>da</strong>s faces, no laboratório <strong>da</strong> empresa TECOMAT(Figuras 3.25) e por fim o transporte para o laboratório <strong>da</strong> UFPE, onde permaneciamdurante 48h em condições ambientais de laboratório, para a seguir serem rompi<strong>do</strong>snestas condições. Optou-se por este procedimento para ruptura, também previsto naNM 69:96 11 , pela grande quanti<strong>da</strong>de de testemunhos extraí<strong>do</strong>s e pela seqüência deoperações descritas, as quais, na ocorrência de imprevistos que impedissem ocumprimento rigoroso <strong>do</strong> prazo de suas etapas, os referi<strong>do</strong>s testemunhos seriammanti<strong>do</strong>s em ambiente de laboratório, sem grandes alternâncias de variabili<strong>da</strong>de <strong>do</strong>teor de umi<strong>da</strong>de para as rupturas.


118Figura 3.22 – Inspeção prévia e preparação por corte com serradiamanta<strong>da</strong> de testemunho Φ=2,5cm – Laboratório <strong>da</strong> UFPE –(foto de 2004)Figura 3.23 – Inspeção prévia e preparação por corte com serradiamanta<strong>da</strong> de testemunhos de diversos diâmetros – Laboratório<strong>da</strong> UFPE – (foto de 2004)


119Figura 3.24 – Inspeção prévia e preparação por corte com serradiamanta<strong>da</strong> – Laboratório <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de Católica /PE – (foto de 2005)Figura 3.25 – Retificação <strong>da</strong>s faces <strong>do</strong>s testemunhos – Laboratório<strong>da</strong> empresa TECOMAT – (foto de 2004)Com relação aos corpos-de-prova mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s de 10cm x 20cm e de 15cm x 30cm, dereferência, para os blocos cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s, os mesmos eram manti<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s ao pé<strong>do</strong>s blocos após a mol<strong>da</strong>gem e cui<strong>da</strong><strong>do</strong>samente transporta<strong>do</strong>s, após 24 a 48h, paracura em câmara úmi<strong>da</strong> no laboratório <strong>da</strong> UFPE, sen<strong>do</strong> retira<strong>do</strong>s apenas pararetificação de suas faces retornan<strong>do</strong> <strong>à</strong> câmara úmi<strong>da</strong> até a ocasião <strong>da</strong> ruptura. Oscorpos-de-prova mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s e manti<strong>do</strong>s com cura ao ar sobre os blocos submeti<strong>do</strong>s


120ao mesmo processo (ver Figuras 3.11 e 3.12) eram transporta<strong>do</strong>s juntamente comos testemunhos extraí<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s respectivos blocos, retifica<strong>do</strong>s pelo mesmo processo,permanecen<strong>do</strong> também por 48h nas condições ambientais de laboratório, antes <strong>da</strong>srespectivas <strong>da</strong>tas de ruptura.Para amostragem suplementar rompi<strong>da</strong> aos 90 dias foi manti<strong>da</strong> a mesma logísticade operações descritas, extrain<strong>do</strong>-se os testemunhos com antecedência de cerca de3 a 4 dias <strong>da</strong> <strong>da</strong>ta de ruptura. Para o bloco cura<strong>do</strong> úmi<strong>do</strong> o prazo de umedecimentofoi de 23 a 25 dias, igualmente <strong>à</strong> amostragem de 28 dias. Para o bloco cura<strong>do</strong> ao ar,o mesmo permaneceu nessas condições juntamente com os correspondentescorpos-de-prova mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s de 10cm x 20cm e de 15cm x 30cm, destina<strong>do</strong>s a curaao ar até a <strong>da</strong>ta <strong>da</strong> extração <strong>do</strong>s respectivos testemunhos acima referi<strong>da</strong>. Oscorpos-de-prova de referência de 10cm x 20cm e 15cm x 30cm padroniza<strong>do</strong>s, forammanti<strong>do</strong>s em câmara úmi<strong>da</strong> até os 90 dias de i<strong>da</strong>de.• ensaios complementaresForam previstos no experimento, ensaios complementares de massa especificaaparente, nos corpos-de-prova de referência de 10cm x 20cm e nos testemunhosreferência de 10cm x 20cm (Figura 3.26); e ain<strong>da</strong>, de dureza esclerométrica e develoci<strong>da</strong>de ultrassônica nos blocos (Figuras 3.27 a 3.32) com vistas a determinaçãode parâmetros auxiliares ao objeto <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> em apreço.Figura 3.26 – Determinação <strong>da</strong> massa específica aparente porpesagens <strong>do</strong>s corpos-de-prova e testemunhos de 10x20cm –Laboratório <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de Católica/PE (foto de 2004)


121Figura 3.27 – Ensaios de dureza esclerométrica em bloco no pátio <strong>da</strong>central <strong>do</strong>sa<strong>do</strong>ra <strong>da</strong> MARÉ CIMENTO Lt<strong>da</strong>. - POLIMIX – equipamentoSOILTEST - Model CT-320AM <strong>do</strong> Laboratório <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>deCatólica/PE (foto de 2004)Figura 3.28 – Ensaios de dureza esclerométrica em bloco no pátio <strong>da</strong>central <strong>do</strong>sa<strong>do</strong>ra <strong>da</strong> MARÉ CIMENTO Lt<strong>da</strong>. - POLIMIX – equipamentoSOILTEST - Model CT-320AM <strong>do</strong> Laboratório <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>deCatólica/PE (foto de 2004)


122Figura 3.29 – Ensaios de veloci<strong>da</strong>de ultrassônica nos blocos no pátio <strong>da</strong>central <strong>do</strong>sa<strong>do</strong>ra <strong>da</strong> MARÉ CIMENTO Lt<strong>da</strong>. - POLIMIX – equipamentoPUNDIT <strong>do</strong> Laboratório <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de Católica/PE (foto de 2004)Figura 3.30 – Ensaios de veloci<strong>da</strong>de ultrassônica nos blocos no pátio <strong>da</strong>central <strong>do</strong>sa<strong>do</strong>ra <strong>da</strong> MARÉ CIMENTO Lt<strong>da</strong>. - POLIMIX – equipamentoPUNDIT <strong>do</strong> Laboratório <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de Católica/PE (foto de 2004)


123Figura 3.31 – Ensaios de veloci<strong>da</strong>de ultrassônica em bloco nocanteiro-de-obras <strong>do</strong> edifício Sansara – equipamento PUNDIT <strong>do</strong>Laboratório <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de Católica/PE (foto de 2005)Figura 3.32 – Ensaios de dureza esclerometrica em bloco nocanteiro-de-obras <strong>do</strong> edifício Sansara– equipamento SOILTEST -Model CT-320AM <strong>do</strong> Laboratório <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de Católica/PE(foto de 2005)3.2. Quadros-resumos <strong>do</strong>s procedimentos gerais de mol<strong>da</strong>gens, extrações eensaios realiza<strong>do</strong>sNo quadro 3.1 seguinte é apresenta<strong>do</strong> um resumo quantitativo <strong>da</strong>s mol<strong>da</strong>gens deblocos, corpos-de-prova, extrações de testemunhos e ensaios, totalizan<strong>do</strong> 4029procedimentos realiza<strong>do</strong>s no programa experimental em apreço. No quadro 3.2estão discrimina<strong>da</strong>s as quanti<strong>da</strong>des <strong>do</strong>s ensaios por lote de <strong>concreto</strong>.


124Quadro 3.1 – Resumo quantitativo <strong>do</strong>s procedimentos realiza<strong>do</strong>s no programa experimental em apreço


125Concreto(Local demol<strong>da</strong>gem)LOTE 0120 MPa(Pátio <strong>da</strong> Usina)LOTE 0250 MPa(Pátio <strong>da</strong> Usina)LOTE 0370 MPa(Pátio <strong>da</strong> Usina)EventoNº123456Ident.<strong>do</strong>blocoB1-UB1-UXB1-AB1-AXB2-UB2-UXB3-UB3-UXB3-AB3-AXB4-UB4-UXB5-UB5-UXB5-AB5-AXB6-UB6-UXVol. <strong>do</strong>bloco(m³)0,32630,23630,32630,23630,32630,23630,32630,23630,32630,23630,32630,23630,32630,23630,32630,23630,32630,2363C.P10x20cmC.P15x30cm06 0606 06060606 0606 06060606 0606 060606Ruptura de Testemunhos ∅ (cm)Cura<strong>do</strong>s Úmi<strong>do</strong>sCura<strong>do</strong>s ao Ar15 10 7,5 5,0 2,5 15 10 7,5 5,0 2,5060606 06060606 06060606 0606 06 12 190606 06 12 22subtotal4306460606 06 12 19 430606 06 12 210606 06 12 194506430606 06 12 21 450606 06 12 200606 06 12 244406480606 06 12 24 4806Total Ruptura de Mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s 72 72 Total de Ruptura de Extraí<strong>do</strong>s 459123456C1-UC1-UXC1-AC1-AXC2-UC2-UXC3-UC3-UXC3-AC3-AXC4-UC4-UXC5-UC5-UXC5-AC5-AXC6-UC6-UX0,32630,23630,32630,23630,32630,23630,32630,23630,32630,23630,32630,23630,32630,23630,32630,23630,32630,236306 0606 06060606 0606 06060606 0606 060606060606 06060606 06060606 0606 06 12 200606 06 12 244406480606 06 12 20 440606 06 12 200606 06 12 234406470606 06 12 21 450606 06 12 210606 06 12 214506450606 06 12 24 4806Total Ruptura de Mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s 72 72 Total de Ruptura de Extraí<strong>do</strong>s 464123456D1-UD1-UXD1-AD1-AXD2-UD2-UXD3-UD3-UXD3-AD3-AXD4-UD4-UXD5-UD5-UXD5-AD5-AXD6-UD6-UX0,32630,23630,32630,23630,32630,23630,32630,23630,32630,23630,32630,23630,32630,23630,32630,23630,32630,236306 0606 06060606 0606 06060606 0606 060606060606 06060606 06060606 0606 06 12 210606 06 12 214506450606 06 12 20 440606 06 12 230606 06 12 204706440606 06 12 20 440606 06 12 210606 06 12 224506460606 06 12 21 4506Total Ruptura de Mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s 72 72 Total de Ruptura de Extraí<strong>do</strong>s 45912 12 12 12 12 24 41101LOTE 04E1-U* 1,001165 MPaE1-A* 1,001(Pátio <strong>da</strong> Usina)12 12 12 12 12 24 42 102Total Ruptura de Mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s 24 24 Total de Ruptura de Extraí<strong>do</strong>s 203Total Geral de Ruptura de CP’s Mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s 480 Total Geral de Ruptura de Test. Extraí<strong>do</strong>s 1585Volume Total <strong>do</strong>s 56 Blocos (m³) 17,08Quadro 3.2 – Totais <strong>do</strong>s blocos, corpos-de-prova mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s, testemunhos extraí<strong>do</strong>s e <strong>do</strong>s ensaios deruptura


1263.3. Características <strong>do</strong>s <strong>concreto</strong>s e <strong>do</strong>s materiais constituintesTo<strong>do</strong>s os blocos foram mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s com <strong>concreto</strong>s como já menciona<strong>do</strong>, produzi<strong>do</strong>spela central <strong>do</strong>sa<strong>do</strong>ra <strong>da</strong> MARÉ CIMENTO Lt<strong>da</strong>. – POLIMIX, que atende a regiãometropolitana <strong>do</strong> Recife. Os traços emprega<strong>do</strong>s são de uso <strong>da</strong> referi<strong>da</strong> central,fabrica<strong>do</strong>s com materiais de utilização corrente, a saber:• Cimentos: Portland CPII-F-32 (NBR-11578:1991 195 ) <strong>da</strong> marca POTY para o<strong>concreto</strong> de 20MPa e CPV-ARI (NBR-5733:1991 196 ) <strong>da</strong> marca MIZÚ para os<strong>concreto</strong>s de 50Mpa, 65Mpa e 70MPa;• Agrega<strong>do</strong> miú<strong>do</strong>: areia de constituição quartzosa (NBR-7211:2005 196 )proveniente de depósito fluvial;• Agrega<strong>do</strong> graú<strong>do</strong>: pedra brita<strong>da</strong> granítica de central de britagem localiza<strong>da</strong> nomunicípio <strong>do</strong> Jaboatão <strong>do</strong>s Guararapes, com dimensões máximas características de16mm; 19mm e 25mm (NBR- 7211:2005 197 );• Água de amassamento: de poço de abastecimento <strong>da</strong> própria central,devi<strong>da</strong>mente analisa<strong>da</strong> e aprova<strong>da</strong> (NBR-6118:2003 2 ; NBR 12655:2006 12 );• Adições: Metacaulim (MKA-71 produzi<strong>do</strong> pela Caulim <strong>do</strong> Nordeste S.A.) para os<strong>concreto</strong>s de 65Mpa e 70MPa;• Aditivos: superplastificantes a base de lignosulfonatos, marca – MBT 335 R e abase de Policarboxilatos, marca – GLENIUM; (NBR-11768:1992 198 ).Os traços emprega<strong>do</strong>s na produção <strong>do</strong>s <strong>concreto</strong>s, correspondentes aos respectivoslotes por <strong>resistência</strong> característica, são apresenta<strong>do</strong>s na tabela seguinte:Tabela 3.1 – Traços e materiais utiliza<strong>do</strong>s.Lote Traçon°f ck(MPa) CimentoAreiafinaConsumo de materiais por m³ de <strong>concreto</strong> produzi<strong>do</strong>AreiagrossaBrita16Brita19Brita25MetacaulimAditivoGLÊNIO(Litros)AditivoMBT335 R(Litros)Água(Litros)kg % Kg % kg % kg % Kg % kg % kg % l %01 1 20 293 12,4 498 21,2 324 13,8 1045 44,3 1,063 195 8,302 2 50 540 22,6 313 13,1 207 8,7 822 34,4 291 12,2 1,890 216 9,003 3 70 438 18,2 367 15,3 243 10,1 852 35,4 276 11,5 38 1,6 2,380 3,332 190 7,904 4 65 420 17,2 355 14,5 253 10,3 904 37,0 285 11,7 34 1,4 2,500 3,420 195 8,0


1273.4 Procedimentos e méto<strong>do</strong>s de ensaios utiliza<strong>do</strong>sOs ensaios e procedimentos efetua<strong>do</strong>s para caracterização <strong>do</strong>s materiaisconstituintes e <strong>do</strong>s <strong>concreto</strong>s produzi<strong>do</strong>s encontram-se relaciona<strong>do</strong>s nas tabelas 3.2e 3.3 que se seguem:Tabela 3.2- Ensaios e procedimentos realiza<strong>do</strong>s com os materiais constituintes <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>Nº Ensaios e ProcedimentosNormas( ABNT )1 Análise química de cimento Portland NBR 57402 Cimento Portland – determinação <strong>da</strong> área específica NBR 72243 Cimento Portland –determinação <strong>do</strong>s tempos de pega NBR 115814 Cimento Portland –determinação <strong>da</strong> expansibili<strong>da</strong>de Le Chatelier NBR 34355 Cimento Portland –determinação <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> NBR 72156 Agrega<strong>do</strong> – determinação <strong>da</strong> composição granulométrica NBR 72177 Agrega<strong>do</strong> – determinação <strong>do</strong> teor de materiais pulverulentos NBR 72198 Agrega<strong>do</strong> – determinação <strong>do</strong> teor de argila em torrões NBR 72189Agrega<strong>do</strong> – determinação de impurezas orgânicas químicas emagrega<strong>do</strong>s miú<strong>do</strong>sNBR 722010 Agrega<strong>do</strong> – determinação <strong>do</strong> teor de partículas leves NBR 993611 Agrega<strong>do</strong> em esta<strong>do</strong> solto – determinação <strong>da</strong> massa unitária NBR 725112 Agrega<strong>do</strong> em esta<strong>do</strong> compacta<strong>do</strong> – determinação <strong>da</strong> massa unitária NBR 781013Agrega<strong>do</strong> – determinação <strong>da</strong> massa específica de agrega<strong>do</strong>s miú<strong>do</strong>por meio <strong>do</strong> frasco de ChapmanNBR 977614Agrega<strong>do</strong> para <strong>concreto</strong> – determinação de sais, sulfatos e cloretossolúveisNBR 991715Agrega<strong>do</strong> – determinação <strong>da</strong> absorção e massa específica deagrega<strong>do</strong> graú<strong>do</strong>NBR 993716 Agrega<strong>do</strong> – determinação <strong>da</strong> abrasão “ Los Angeles” NBR 646517 Água – análise química para <strong>concreto</strong>NB 1/78NM 137:9718 Aditivos – ensaios de compatibili<strong>da</strong>de NBR 10908Os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s ensaios acima, disponíveis na central <strong>do</strong>sa<strong>do</strong>ra <strong>da</strong> MARÉCIMENTO Lt<strong>da</strong>. – POLIMIX, constam <strong>do</strong> ANEXO B


128Tabela 3.3- Ensaios e procedimentos realiza<strong>do</strong>s com o <strong>concreto</strong> nos esta<strong>do</strong>s fresco e endureci<strong>do</strong>Nº Ensaios e ProcedimentosNormas( ABNT )1 Ensaios de <strong>do</strong>sagens experimentais (central <strong>do</strong>sa<strong>do</strong>ra) NBR 126552Amostragem de <strong>concreto</strong> fresco produzi<strong>do</strong> por betoneirasestacionáriasNBR 57503Concreto – determinação <strong>da</strong> consistência pelo abatimento <strong>do</strong>NBR 7223tronco de cone4Mol<strong>da</strong>gem e cura de corpos-de-prova cilíndricos ou prismáticosNBR 5738de <strong>concreto</strong>-procedimento5Concreto endureci<strong>do</strong> – <strong>avaliação</strong> <strong>da</strong> dureza superficial peloNBR 7584esclerômetro de reflexão6Extração, preparo, ensaio e análise de testemunhos de NBR 7680estruturas de <strong>concreto</strong>NM 69:967Ensaio de <strong>compressão</strong> de corpos-de-prova cilíndricos de<strong>concreto</strong>NBR 57398Concreto endureci<strong>do</strong> – determinação <strong>da</strong> veloci<strong>da</strong>de depropagação de on<strong>da</strong>s ultra-sônicasNBR 88029Verificação <strong>da</strong> massa específica aparente <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> (porpesagens <strong>do</strong>s corpos-de-prova)__3.5 Extração e preparo <strong>do</strong>s testemunhosOs testemunhos foram extraí<strong>do</strong>s, em direção normal <strong>à</strong> <strong>da</strong> concretagem <strong>do</strong>s blocos,conforme as recomen<strong>da</strong>ções <strong>da</strong>s normas NBR 7680:1983 10 e NM 69:96 11 , por meiode son<strong>da</strong> rotativa, <strong>do</strong>ta<strong>da</strong> de coroa diamanta<strong>da</strong> resfria<strong>da</strong> por água, conformemostra<strong>do</strong> nas Figuras 3.17; 3.18; 3.20 e 3.21..Para se minimizarem as vibrações e os possíveis <strong>da</strong>nos ou ondulações nostestemunhos, as son<strong>da</strong>s extratoras foram adequa<strong>da</strong>mente fixa<strong>da</strong>s com parafusos,em posição rigorosamente normal aos blocos de <strong>concreto</strong>; estes, por sua vez,assenta<strong>do</strong>s sobre piso de <strong>concreto</strong> nivela<strong>do</strong>. To<strong>da</strong> a preparação e extração foram


129efetua<strong>da</strong>s por opera<strong>do</strong>res experientes, não haven<strong>do</strong>, em geral, quebras detestemunhos, apesar <strong>da</strong> grande amostragem como pode-se observar nas Figuras3.33 a 3.35, a exceção, em casos esporádicos, para o diâmetro de 2,5cm (Figura3.36), mesmo assim, possibilitan<strong>do</strong> a garantia, após o corte <strong>do</strong> índice de esbeltezigual a 2.Figura 3.33 – Testemunhos extraí<strong>do</strong>s Φ =10cm e Φ =2,5cm - entra<strong>da</strong><strong>do</strong> pátio <strong>da</strong> central <strong>do</strong>sa<strong>do</strong>ra <strong>da</strong> MARÉ CIMENTO Lt<strong>da</strong>. - POLIMIX (fotode 2004)Figura 3.34 – Testemunhos extraí<strong>do</strong>s de diversos diâmetros – pátio<strong>da</strong> central <strong>do</strong>sa<strong>do</strong>ra <strong>da</strong> MARÉ CIMENTO Lt<strong>da</strong> - POLIMIX (foto de2004)


130Figura 3.35 – Testemunhos extraí<strong>do</strong>s de diversos diâmetros íntegros –canteiro-de-obras <strong>do</strong> edifício Sansara (foto de 2004)Após a extração, os testemunhos foram cui<strong>da</strong><strong>do</strong>samente inspeciona<strong>do</strong>s eprepara<strong>do</strong>s com regularização de suas faces, por meio de corte com serra metálicadiamanta<strong>da</strong> seguin<strong>do</strong>-se a adequa<strong>da</strong> retificação, operações estas, ilustra<strong>da</strong>santeriormente nas Figuras 3.22 a 3.25. Após estes procedimentos as facesresultaram rigorosamente planas, paralelas e normais ao seu eixo vertical, para osensaios de ruptura.Figura 3.36 – Detalhe <strong>do</strong>s testemunhos extraí<strong>do</strong>s de Φ=2,5cm comalgumas quebras esporádicas – pátio <strong>da</strong> central <strong>do</strong>sa<strong>do</strong>ra <strong>da</strong> MARÉCIMENTO Lt<strong>da</strong>. - POLIMIX (foto de 2004)


1313.6 Ensaios de ruptura <strong>à</strong> <strong>compressão</strong>Os ensaios de ruptura <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> foram realiza<strong>do</strong>s nas prensas, pertencentes aoLaboratório de Materiais de Construção <strong>do</strong> Centro de Tecnologia e Geociências <strong>da</strong>Universi<strong>da</strong>de Federal de Pernambuco, aferi<strong>da</strong>s e calibra<strong>da</strong>s com certifica<strong>do</strong>scredencia<strong>do</strong>s pela RBC.Utilizaram-se 2 prensas cujas características constam <strong>da</strong> tabela a seguir:Tabela 3.4 – Características <strong>da</strong>s prensas de ruptura – Laboratório <strong>da</strong> UFPEReferência Marca: WPM (Alemã, representa<strong>da</strong>no Brasil por RENÉ GRAF)Marca: WPM (Alemã, representa<strong>da</strong>no Brasil por RENÉ GRAF)Capaci<strong>da</strong>de 300 tf 30 tf50 tf(divisões de 100 kgf)6 tf (divisões de 35 kgf)3 escalas e150 tf (divisões de 500 kgf)15 tf(divisões de 75 kgf)divisões300 tf (divisões de 1000 kgf) 30 tf (divisões de 150 kgf)Na prensa de até 30 tf, com escalas de 6tf, 15 tf e 30tf, foram rompi<strong>do</strong>s testemunhosde Φ de 2,5cm e 5,0cm. (Figuras 3.37 a 3.39) Na prensa de até 300 tf com rótula eescalas adequa<strong>da</strong>s foram rompi<strong>do</strong>s os corpos-de-prova mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s de referência de(10cm x 20cm) e (15cm x 30cm) e os testemunhos com Φ de 15,0cm; 10,0cm e7,5cm. (ver figuras 3.40 a 3.44)Figura 3.37 – Ensaio de testemunho de Φ=2,5cm - Laboratório <strong>da</strong>UFPE - (foto de 2004)


132Figura 3.38 – Ensaio de testemunho de Φ=2,5cm – após a ruptura -Laboratório <strong>da</strong> UFPE - (foto de 2004)Figura 3.39 – Ensaio de ruptura para os testemunhos de Φ=5,0cm -Laboratório <strong>da</strong> UFPE - (foto de 2004)• condições de rupturaOs corpos-de-prova de referência de (10cm x 20cm) e (15cm x 30cm) receberam acura padrão em câmara úmi<strong>da</strong> e foram rompi<strong>do</strong>s de acor<strong>do</strong> com a NBR 5739 9 .To<strong>do</strong>s os testemunhos extraí<strong>do</strong>s tanto os <strong>do</strong>s blocos cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s quanto os <strong>do</strong>sblocos cura<strong>do</strong>s ao ar, bem como os corpos-de-prova mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s de (10cm x 20cm) e


133(15cm x 30cm) cura<strong>do</strong>s ao ar sobre os blocos igualmente cura<strong>do</strong>s, foram rompi<strong>do</strong>sem iguais condições de umi<strong>da</strong>de, após 48h em ambiente de laboratório.De acor<strong>do</strong> com a norma supracita<strong>da</strong> to<strong>da</strong>s os ensaios foram realiza<strong>do</strong>s comveloci<strong>da</strong>de de carregamento padroniza<strong>da</strong> entre 0,3MPa/s a 0,8MPa/s.Figura 3.40 – Ensaio de ruptura de testemunho de Φ=7,5cm -Laboratório <strong>da</strong> UFPE - (foto de 2004)Figura 3.41 – Ensaio de ruptura Φ=10,0cm - laboratório <strong>da</strong> UFPE -(foto de 2004)


134Figura 3.42 – Testemunho de Φ=10,0cm após ruptura - laboratório <strong>da</strong>UFPE - (foto de 2004)Figura 3.43 – Ensaio de ruptura de Φ=15,0cm - Laboratório <strong>da</strong> UFPE(foto de 2004)


135Figura 3.44 – Testemunho de Φ=15,0cm após ruptura - Laboratório <strong>da</strong>UFPE (foto de 2004)3.7 Variáveis considera<strong>da</strong>sEm face <strong>do</strong> grande número de variáveis envolvi<strong>da</strong>s na determinação <strong>da</strong> relaçãoentre as <strong>resistência</strong>s <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> <strong>do</strong>s corpos-de-prova mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s e <strong>do</strong>stestemunhos extraí<strong>do</strong>s, foram fixa<strong>da</strong>s algumas variáveis indica<strong>da</strong>s a seguir,juntamente com as demais classes de variáveis envolvi<strong>da</strong>s.Variáveis a<strong>do</strong>ta<strong>da</strong>s como fixas:• i<strong>da</strong>de de ruptura: 28 dias de referência para o estu<strong>do</strong> e 90 dias para aamostragem adicional comparativa;• esbeltez <strong>do</strong>s testemunhos: h/d=2;• condição de umi<strong>da</strong>de de ruptura para to<strong>do</strong>s os testemunhos: em ambientede laboratório por perío<strong>do</strong> de 48h imediatamente antes <strong>da</strong> ruptura; igualmentea<strong>do</strong>ta<strong>da</strong> para os corpos-de-prova de dimensões padroniza<strong>da</strong>s cura<strong>da</strong>s ao arsobre os respectivos blocos;• direção de extração <strong>do</strong>s testemunhos: normal <strong>à</strong> direção de concretagem;


136• preparação <strong>da</strong>s faces <strong>do</strong>s corpos-de-prova e <strong>do</strong>s testemunhos: retifica<strong>da</strong>spor equipamento mecânico <strong>do</strong>ta<strong>do</strong> de disco rotativo diamanta<strong>do</strong>.Variáveis independentes:• níveis de <strong>resistência</strong>s estabeleci<strong>do</strong>s: 20MPa; 50MPa; 70MPa e 65MPa;• materiais e traços de <strong>concreto</strong>s utiliza<strong>do</strong>s;• diâmetros <strong>do</strong>s testemunhos utiliza<strong>do</strong>s.Variáveis dependentes:• <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> (f c );• parcela γ c2 correspondente ao efeito <strong>do</strong> broqueamento nos testemunhosextraí<strong>do</strong>s;• massa específica aparente <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> (ρ), dureza esclerométrica (IE) eveloci<strong>da</strong>de ultrassônica (v): parâmetros utiliza<strong>do</strong>s em avaliaçõescomplementares.Variáveis intervenientes:• temperatura (ºC)e umi<strong>da</strong>de relativa <strong>do</strong> ar (UR%) <strong>do</strong> ambiente deconcretagem <strong>do</strong>s blocos;• processos de cura <strong>do</strong>s blocos: umedecimento por molhagem e ao ar nascondições termohigrométricas naturais;• dimensão máxima característica <strong>do</strong>s agrega<strong>do</strong>s (Dmáx) nos <strong>concreto</strong>sutiliza<strong>do</strong>s.


1374 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS4.1 Resulta<strong>do</strong>s de <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> e parâmetros estatísticos básicosNo quadro 4.1 constam os resulta<strong>do</strong>s médias <strong>da</strong>s <strong>resistência</strong>s <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> <strong>do</strong>scorpos-de-prova mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s (M) e <strong>do</strong>s testemunhos extraí<strong>do</strong>s (E) correspondentesaos eventos de mol<strong>da</strong>gem <strong>do</strong>s blocos para as 2 condições de cura previstas. Osresulta<strong>do</strong>s para os lotes de nº 01 a 03, referem-se <strong>à</strong> média de 6 eventos B1 a B6; C1a C6 e D1 a D6, respectivamente, mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s no pátio <strong>da</strong> central <strong>do</strong>sa<strong>do</strong>ra. O lote nº04 foi constituí<strong>do</strong> por um único evento de mol<strong>da</strong>gem no canteiro-de-obras <strong>do</strong> edifícioSansara, mol<strong>da</strong>n<strong>do</strong>-se 2 blocos iguais <strong>da</strong> mesma amostragem, 1 para ca<strong>da</strong>condição de cura.No quadro 4.2, que se segue, são apresenta<strong>do</strong>s os parâmetros estatísticos básicos:tamanho <strong>da</strong> amostra, <strong>resistência</strong> média, desvio padrão, variância e coeficiente devariação, referentes aos resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s ensaios de <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> paraos lotes homogêneos de concretagem, correspondentes, respectivamente a 20MPa,50MPa, 70MPa e 65MPa (suplementar), este, também para a i<strong>da</strong>de de 90 dias.Os valores médios <strong>da</strong>s <strong>resistência</strong>s são representa<strong>do</strong>s nos gráficos 4.1 a 4.5 e osrespectivos coeficientes de variação nos gráficos 4.6 a 4.10 seguintes.


138Quadro 4.1 – Resulta<strong>do</strong>s médios de <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> <strong>do</strong>s corpos-de-prova mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s (M) e <strong>do</strong>s testemunhos extraí<strong>do</strong>s (E) por evento demol<strong>da</strong>gem <strong>do</strong>s blocos


139Quadro 4.2 – Parâmetros estatísticos básicos referentes aos resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s ensaios de <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> <strong>do</strong>s corpos-de-prova (M) e testemunhosextraí<strong>do</strong>s (E) por lote homogêneo de concretagem


140Resistência <strong>à</strong><strong>compressão</strong>(MPa)(Médias)LOTE 130,025,020,015,010,0Cura Úmi<strong>da</strong>Cura ao Ar5,0M (Ref.) - Cura Úmi<strong>da</strong>M (Ref.) - Cura ao Ar0,0M 15x30 M 10x20 E 15x30 E 10x20 E 7,5x15 E 5x10 E 2,5x5 M 15x30 M 10x20 E 15x30 E 10x20 E 7,5x15 E 5x10 E 2,5x5Dimensões <strong>do</strong>s corpos-de-prova e testemunhosGráfico 4.1 – Resistências médias <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> <strong>do</strong>s corpos-de-prova (M) e <strong>do</strong>s testemunhos (E)referentes ao Lote 01 de 20MPaResistência <strong>à</strong><strong>compressão</strong>(MPa)(Médias)LOTE 2Cura Úmi<strong>da</strong>Cura ao ArM (Ref.) - Cura Úmi<strong>da</strong>M (Ref.) - Cura ao Ar60,050,040,030,020,010,00,0M 1 5x30 M 1 0x20 E 1 5x30 E 1 0x20 E 7,5x15 E 5x10 E 2,5x5 M 1 5x30 M 1 0x20 E 1 5x30 E 1 0x20 E 7,5x15 E 5x10 E 2,5x5Dimensões <strong>do</strong>s corpos-de-prova e testemunhosGráfico 4.2 – Resistências médias <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> <strong>do</strong>s corpos-de-prova (M) e <strong>do</strong>s testemunhos (E)referentes ao Lote 02 de 50MPaResistência <strong>à</strong><strong>compressão</strong>(MPa)(Médias)LOTE 3Cura Úmi<strong>da</strong>Cura ao ArM (Ref.) - Cura Úmi<strong>da</strong>M (Ref.) - Cura ao Ar80,070,060,050,040,030,020,010,00,0M 15x30 M 10x20 E 15x30 E 10x20 E 7,5x15 E 5x10 E 2,5x5 M 15x30 M 10x20 E 15x30 E 10x20 E 7,5x15 E 5x10 E 2,5x5Dimensões <strong>do</strong>s corpos-de-prova e testemunhosGráfico 4.3 – Resistências médias <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> <strong>do</strong>s corpos-de-prova (M) e <strong>do</strong>s testemunhos (E)referentes ao Lote 03 de 70MPa


14170,0Resistência <strong>à</strong><strong>compressão</strong>(MPa)(Médias)LOTE 4 (28d)Cura Úmi<strong>da</strong>Cura ao ArM (Ref.) - Cura Úmi<strong>da</strong>M (Ref.) - Cura ao Ar60,050,040,030,020,010,00,0M 15x30 M 10x20 E 15x30 E 10x20 E 7,5x15 E 5x10 E 2,5x5 M 15x30 M 10x20 E 15x30 E 10x20 E 7,5x15 E 5x10 E 2,5x5Dimensões <strong>do</strong>s corpos-de-prova e testemunhosGráfico 4.4 – Resistências médias <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> <strong>do</strong>s corpos-de-prova (M) e <strong>do</strong>s testemunhos (E)referentes ao Lote 04 de 65MPa para a i<strong>da</strong>de de 28 diasResistência <strong>à</strong><strong>compressão</strong>(MPa)(Médias)LOTE 4 (90d)Cura Úmi<strong>da</strong>Cura ao ArM (Ref.) - Cura Úmi<strong>da</strong>M (Ref.) - Cura ao Ar80,070,060,050,040,030,020,010,00,0M 15x30 M 10x20 E 15x30 E 10x20 E 7,5x15 E 5x10 E 2,5x5 M 15x30 M 10x20 E 15x30 E 10x20 E 7,5x15 E 5x10 E 2,5x5Dimensões <strong>do</strong>s corpos-de-prova e testemunhosGráfico 4.5 – Resistências médias <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> <strong>do</strong>s corpos-de-prova (M) e <strong>do</strong>s testemunhos (E)referentes ao Lote 04 de 65MPa para a i<strong>da</strong>de de 90 diasCoeficiente devariação %LOTE 120,015,010,0Cura Úmi<strong>da</strong>5,0Cura ao ArM (Ref.) - Cura Úmi<strong>da</strong>M (Ref.) - Cura ao Ar0,0M 15x30 M 10x20 E 15x30 E 10x20 E 7,5x15 E 5x10 E 2,5x5 M 15x30 M 10x20 E 15x30 E 10x20 E 7,5x15 E 5x10 E 2,5x5Dimensões <strong>do</strong>s corpos-de-prova e testemunhosGráfico 4.6 – Coeficientes de variação referentes ao Lote 01 de 20MPa


14215,0Coeficiente devariação %10,0LOTE 25,0Cura Úmi<strong>da</strong>Cura ao ArM (Ref.) - Cura Úmi<strong>da</strong>M (Ref.) - Cura ao Ar0,0M 15x30 M 10x20 E 15x30 E 10x20 E 7,5x15 E 5x10 E 2,5x5 M 15x30 M 10x20 E 15x30 E 10x20 E 7,5x15 E 5x10 E 2,5x5Dimensões <strong>do</strong>s corpos-de-prova e testemunhosGráfico 4.7 – Coeficientes de variação referentes ao Lote 02 de 50MPaCoeficiente devariação %10,0LOTE 35,0Cura Úmi<strong>da</strong>Cura ao ArM (Ref.) - Cura Úmi<strong>da</strong>M (Ref.) - Cura ao Ar0,0M 15x30 M 10x20 E 15x30 E 10x20 E 7,5x15 E 5x10 E 2,5x5 M 15x30 M 10x20 E 15x30 E 10x20 E 7,5x15 E 5x10 E 2,5x5Dimensões <strong>do</strong>s corpos-de-prova e testemunhosGráfico 4.8 – Coeficientes de variação referentes ao Lote 03 de 70MpaCoeficiente devariação %10,0LOTE 4 (28d)5,0Cura Úmi<strong>da</strong>Cura ao ArM (Ref.) - Cura Úmi<strong>da</strong>M (Ref.) - Cura ao Ar0,0M 15x30 M 10x20 E 15x30 E 10x20 E 7,5x15 E 5x10 E 2,5x5 M 15x30 M 10x20 E 15x30 E 10x20 E 7,5x15 E 5x10 E 2,5x5Dimensões <strong>do</strong>s corpos-de-prova e testemunhosGráfico 4.9 – Coeficientes de variação referentes ao Lote 04 de 65MPa para a i<strong>da</strong>de de 28 dias


14315,0Coeficiente devariação %LOTE 4 (90d)10,05,0Cura Úmi<strong>da</strong>Cura ao ArM (Ref.) - Cura Úmi<strong>da</strong>M (Ref.) - Cura ao Ar0,0M 1 5x30 M 1 0x20 E 1 5x30 E 1 0x20 E 7,5x15 E 5x1 0 E 2,5x5 M 1 5x30 M 1 0x20 E 1 5x30 E 1 0x20 E 7,5x1 5 E 5x1 0 E 2,5x5Dimensões <strong>do</strong>s corpos-de-prova e testemunhosGráfico 4.10 – Coeficientes de variação referentes ao Lote 04 de 65MPa para a i<strong>da</strong>de de 90 dias4.2 Análise <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s médios e de sua variabili<strong>da</strong>deObservan<strong>do</strong>-se os referi<strong>do</strong>s gráficos verifica-se, inicialmente, uma grandesemelhança no comportamento, para ambas as condições de cura <strong>do</strong>s blocos e parato<strong>do</strong>s os lotes, característica indicativa de um bom grau de confiabili<strong>da</strong>de <strong>do</strong>sresulta<strong>do</strong>s gerais <strong>do</strong>s ensaios.De outra parte, observa-se que não há grandes discrepâncias entre as <strong>resistência</strong>spara os testemunhos de Φ de 15,0cm; 10,0cm; 7,5cm; e 5,0cm, fato este, em acor<strong>do</strong>com estu<strong>do</strong>s de diversos pesquisa<strong>do</strong>res. A propósito dessa relativa homogenei<strong>da</strong>de<strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s, Helene 17 cita os estu<strong>do</strong>s de Bungey e Petersons, porém coma relação diâmetro <strong>do</strong> testemunho/agrega<strong>do</strong> sempre superior a 3, o que não severifica, em to<strong>do</strong>s os casos, no presente estu<strong>do</strong>, para os testemunhos de Φ 5,0cm eΦ 2,5cm.Observa-se, ain<strong>da</strong>, dentro <strong>do</strong> contexto espera<strong>do</strong>, uma supremacia nos resulta<strong>do</strong>smédios para os corpos-de-prova de referência de 10cm x 20cm e de 15cm x 30cm,em relação aos testemunhos extraí<strong>do</strong>s, a exceção <strong>do</strong>s de Φ 2,5cm. Por sua vez,esses corpos-de-prova de referência, apresentam resulta<strong>do</strong>s bastante próximos,sem uma definição de pre<strong>do</strong>minância entre eles, para o nível de amostragemestu<strong>da</strong><strong>do</strong>. Quanto <strong>à</strong> comparação entre testemunhos, observa-se um equilíbrio entreos resulta<strong>do</strong>s médios para os diversos diâmetros, embora, também, com supremacia


144para os minitestemunhos de Φ 2,5cm, independente <strong>da</strong> condição de cura <strong>do</strong>sblocos.Verifica-se, assim, que os testemunhos de Φ 2,5cm apresentaram sistematicamentevalores médios superiores, tanto em comparação com os demais, quanto, fazen<strong>do</strong> aíexceção, em comparação aos próprios corpos-de-prova padrão mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s, comênfase para os blocos cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s. Atribui-se esses resulta<strong>do</strong>s ao efeito volume,favorável aos pequenos testemunhos, ou seja, o <strong>da</strong> menor probabili<strong>da</strong>de <strong>do</strong>smesmos conterem pontos fracos, fato inerente <strong>à</strong> variabili<strong>da</strong>de <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> eindependente <strong>do</strong> processo de extração. Por outro la<strong>do</strong>, deve-se lembrar o fato <strong>da</strong>maior probabili<strong>da</strong>de de incidência <strong>do</strong>s possíveis <strong>da</strong>nos aos pequenos testemunhos,pelo processo de extração, sobretu<strong>do</strong> consideran<strong>do</strong>-se a relação entre os diâmetros<strong>do</strong> testemunho e <strong>do</strong>s agrega<strong>do</strong>s utiliza<strong>do</strong>s. No presente caso, interpreta-se quehouve a pre<strong>do</strong>minância <strong>do</strong> efeito volume sobre os cita<strong>do</strong>s <strong>da</strong>nos.É interessante salientar que o percentual de <strong>da</strong>nos observa<strong>do</strong>s nos testemunhos deΦ 2,5cm, pelos processos de broqueamento e corte, foi extremamente baixo, apesar<strong>da</strong> participação, nos traços nº 02 e 03, de agrega<strong>do</strong>s com dimensão máximacaracterística de 25mm, embora em percentuais reduzi<strong>do</strong>s, <strong>da</strong> ordem de 12%. Essepercentual de <strong>da</strong>nos, como se pode observar no APÊNDICE H, não atinge a 15% <strong>da</strong>amostragem, que por sua vez é maior como já foi enfoca<strong>do</strong> no item 3.1. Explica-se,conforme supracita<strong>do</strong>, pelo pequeno percentual de participação <strong>da</strong> brita 25mm nostraços de 50MPa e de 70MPa bem como pela homogenei<strong>da</strong>de e eleva<strong>da</strong>s<strong>resistência</strong>s de aderência pasta/agrega<strong>do</strong> desses <strong>concreto</strong>s.No tocante <strong>à</strong>s dispersões, comprova-se pelos gráficos <strong>do</strong> coeficiente de variação,para to<strong>do</strong>s os lotes estu<strong>da</strong><strong>do</strong>s, um aumento significativo, para os minitestemunhosde 2,5cm de diâmetro, na grande maioria <strong>da</strong>s populações compara<strong>da</strong>s. Isso sedeve, conforme já referi<strong>do</strong>, pela maior chance de incidência, pelas suas dimensões,<strong>do</strong>s efeitos <strong>do</strong>s processos de broqueamento e de preparação de suas faces para aruptura. Apesar desse aumento <strong>da</strong> variabili<strong>da</strong>de constata<strong>da</strong>, observa<strong>do</strong> no quadro4.2, o coeficiente de variação atingiu, para to<strong>do</strong> o universo estu<strong>da</strong><strong>do</strong>, um valormáximo isola<strong>do</strong> de 18,3%, com valor médio <strong>da</strong> ordem de 10%, resulta<strong>do</strong>s estesconsidera<strong>do</strong>s excelentes para os referi<strong>do</strong>s minitestemunhos.Ain<strong>da</strong>, com referência aos coeficientes de variação, consideran<strong>do</strong>-se to<strong>da</strong>s aspopulações, os valores médios resultantes, para os testemunhos de Φ10cm;Φ7,5cm; e Φ 5cm, de respectivamente 5,6%, 6,3% e 7,5%, são bastante próximos


145aos valores correspondentes de 4%, 6% e 8% sugeri<strong>do</strong>s por Keiller 199 , bem comoaos obti<strong>da</strong>s por Yip e Tam 200Esses resulta<strong>do</strong>s médios e de variabili<strong>da</strong>de obti<strong>do</strong>s, evidenciam, “a priori”, apossibili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> utilização de testemunhos de diâmetros inferiores aos de 10 e15cm, previstos na normalização, na <strong>avaliação</strong> <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> deestruturas acaba<strong>da</strong>s.4.3 Análise estatísticaA análise estatística propriamente dita para a <strong>avaliação</strong> <strong>da</strong> relação R (M/E) , objetivoprincipal desta tese, constituiu-se de etapa fun<strong>da</strong>mental para a discussão <strong>do</strong>sresulta<strong>do</strong>s e para as conclusões a serem estabeleci<strong>da</strong>s.Dispon<strong>do</strong>-se de grande massa de <strong>da</strong><strong>do</strong>s, constituí<strong>da</strong> pelos resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s corposde-provapadrão de 15cm x 30cm e 10cm x 20cm, em confronto com os 5 diâmetrosde testemunhos, para as duas condições de cura <strong>do</strong>s blocos, para a i<strong>da</strong>de de 28dias, e, ain<strong>da</strong>, de amostragem suplementar, para a i<strong>da</strong>de de 90 dias, a<strong>do</strong>tou-se aseguinte sistemática em sua elaboração:• 1 a etapa: adimitin<strong>do</strong>-se a hipótese, consensualmente aceita, de que a<strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> segue a distribuição normal deGauss e a distribuição similar de Student aplica<strong>da</strong> <strong>à</strong> pequenas amostras(n


146Conforme o resulta<strong>do</strong> <strong>do</strong> teste F, utilizam-se expressões diferentes para ocálculo <strong>do</strong>s graus de liber<strong>da</strong>de, que influenciam na determinação <strong>do</strong>parâmetro “t” crítico, referi<strong>do</strong> na etapa seguinte;• 3 a etapa: a partir <strong>da</strong> constatação pelo teste F acima descrito, se procede aoteste “t” de análise de diferença entre as médias, fun<strong>da</strong>mental para seconcluir sobre a aceitação ou não <strong>da</strong> hipótese experimental 203,204 . Ou seja,caso o “t” calcula<strong>do</strong> seja inferior ao “t” crítico tabela<strong>do</strong>, as diferençasobserva<strong>da</strong>s podem ser em virtude simplesmente <strong>da</strong> aleatorie<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s<strong>da</strong><strong>do</strong>s. Em caso contrário as médias são diferentes, aceitan<strong>do</strong>-se ahipótese experimental, vali<strong>da</strong>n<strong>do</strong> a estimativa <strong>da</strong> relação R (M/E) entre elas,ou entre os parâmetros médios em estu<strong>do</strong>.Os parâmetros estatísticos envolvi<strong>do</strong>s nos cálculos são os seguintes:• tamanho <strong>da</strong> amostra: n• nível de significância: α• graus de liber<strong>da</strong>de: υ• média aritmética ( X ):∑ xiX = (eq. 4.1)n• desvio-padrão (s):s =n∑i=1( x − x)in − 1(eq. 4.2)• variância (s²)s2=n∑i=1( x − x)in − 12(eq. 4.3)• coeficiente desvariação (v%): v % = . 100(eq. 4.4)X• teste F:calcula<strong>do</strong> 2s21F = (eq. 4.5)s2


147• teste t:tcalcula<strong>do</strong>spX2− X1n11= (eq. 4.6)1−n2• erro padrão <strong>da</strong>diferença (sp):sp2( n ) ( )1−1.s1+ n2−( n + n − 2)121.s22= (eq. 4.7)• graus de liber<strong>da</strong>depara variâncias iguais: υ = + n 2(eq. 4.8)n1 2−• graus de liber<strong>da</strong>de para variâncias diferentes, segun<strong>do</strong> a expressão propostapor Sattherthwaite 205 :2 2⎛ s s ⎞1 2⎜ ⎟+n n1 2=⎝ ⎠2222⎛ s ⎞ ⎛1s ⎞2⎜ ⎟ ⎜ ⎟n1n⎝ ⎠ ⎝ 2+⎠n + 1 n + 1122− 2υ (eq. 4.9)Os índices 1 e 2 subscritos nos parâmetros acima, identificam os 2 conjuntos de<strong>da</strong><strong>do</strong>s em comparação.Para as análises de correlação e regressão linear, obtém-se, em programascomputacionais para ajustes de <strong>da</strong><strong>do</strong>s experimentais 206 , a equação <strong>da</strong> reta e ocoeficiente de correlação “r” e o seu quadra<strong>do</strong> r², denomina<strong>do</strong> coeficiente dedeterminação. Este coeficiente r², calcula<strong>do</strong> a partir de uma amostra de “n” pares devalores <strong>da</strong>s variáveis X e Y, representa, como se refere Spiegel 207 , ao quociente <strong>da</strong>soma <strong>do</strong>s quadra<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s desvios <strong>da</strong>s estimativas <strong>do</strong>s valores de Y em relação amédia Y (variação explica<strong>da</strong>) pela soma <strong>do</strong>s quadra<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s desvios <strong>do</strong>s valores deY em relação a média Y (variação total), a saber:=∑∑( Y − Y)est2( Y − Y)2=variação explica<strong>da</strong>variação total2r (eq. 4.10)


148A significância <strong>da</strong> correlação ou regressão linear estabeleci<strong>da</strong>, é verifica<strong>da</strong> pelaanálise de variância por meio <strong>do</strong> teste F, já referi<strong>do</strong>, defini<strong>do</strong>, neste caso, peloquociente <strong>da</strong> soma <strong>do</strong>s quadra<strong>do</strong>s devi<strong>do</strong>s <strong>à</strong> regressão pela soma <strong>do</strong>s quadra<strong>do</strong>s<strong>do</strong>s desvios ou resíduos, conforme Kazmier 208 , também conheci<strong>do</strong> como testeANOVA (“ANalysis Of VAriance betwen groups”), ou seja:QM(regressão)F = (eq. 4.11)QM(resíduos)No APÊNDICE I encontram-se as demais informações e os resulta<strong>do</strong>s <strong>da</strong>s análisesde variância referentes <strong>à</strong>s correlações e regressões apresenta<strong>da</strong>s nesta tese.Nas análises estatísticas supramenciona<strong>da</strong>s foram a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s os critérios <strong>da</strong> ASTM E-178-02 para a eliminação de valores discrepantes (“outliers”) a um nível designificância de 1%; e <strong>do</strong> ACI 214.4R-03 para o teste “t” a um nível de significânciade 5%, igualmente aplica<strong>do</strong> para o teste “F” de análise de variância (ver tabelas noANEXO D).As correlações foram avalia<strong>da</strong>s a um nível de significância de 5%, e, pela eficiência<strong>da</strong>s regressões obti<strong>da</strong>s, foram também testa<strong>da</strong>s ao rigoroso nível de 1% (verAPÊNDICE I).As análises de valores discrepantes e <strong>do</strong>s testes de normali<strong>da</strong>de são apresenta<strong>do</strong>snos quadros de nº 1 ao nº 70 constantes <strong>do</strong> APÊNDICE A.Analogamente, as análises de variância e <strong>da</strong>s diferenças entre as médias,constantes <strong>do</strong>s testes de nº 1 ao nº 219, compõem o APÊNDICE B.Os resulta<strong>do</strong>s constantes <strong>do</strong>s APÊNDICES A e B são condensa<strong>do</strong>s nas tabelas 4.1a 4.5 e 4.6 a 4.28 respectivamente relaciona<strong>da</strong>s a seguir, que, por sua vez, sãoresumi<strong>da</strong>s nas tabelas 4.29; 4.30; 4.31; 4.32; 4.33; apresenta<strong>do</strong>s, no decorrer <strong>do</strong>texto, neste capítulo. Estas últimas se referem, em seqüência, a relação γ c2procura<strong>da</strong>, para as condições de cura úmi<strong>da</strong> e de cura ao ar; a relação entre as<strong>resistência</strong>s médias para ca<strong>da</strong> processo de cura R (u/a) ; a relação entre as<strong>resistência</strong>s médias aos 28 e 90 dias R(90d/28d), para a amostragem adicional <strong>do</strong><strong>concreto</strong> de 65MPa constituinte <strong>do</strong> lote 04; e, por último, a relação entre as<strong>resistência</strong>s médias comparativas entre os diâmetros de 15cm e 10cm R ( Φ15/ Φ10) .


149Tabela 4.1-LOTE 01-Resumo <strong>do</strong>s testes de eliminação de valores discrepantes e de normali<strong>da</strong>de (verapêndice A)LOTE 01 (i<strong>da</strong>de 28dias)CONCRETO 20 MPaTestenºReferência Cura nº M/EMédiaX (MPa)Eliminação <strong>do</strong>s valores discrepantes - "outliers"(Critério <strong>da</strong> ASTM E 178-02/ ACI 214.4R-03)Nível de significância 1%(elimina valores além de 99% <strong>da</strong> curva normal)DesvioPadrão s(MPa)Coef. devariação V(%)Tn T 1T 1%, nº M/E(Tabela<strong>do</strong>)Conclusão1 M 15x30 ùmi<strong>da</strong> 36 23,3 2,50 10,7 2,115 1,400 3,330 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>2 M 10x20 ùmi<strong>da</strong> 36 24,0 2,80 11,7 2,234 1,590 3,330 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>3 E 15x30 ùmi<strong>da</strong> 36 21,9 2,59 11,8 2,672 1,261 3,330 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>4 E 10x20 ùmi<strong>da</strong> 36 21,6 2,08 9,6 2,529 1,648 3,330 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>5 E 7,5x15 ùmi<strong>da</strong> 36 20,4 1,89 9,3 2,455 1,648 3,330 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>6 E 5x10 ùmi<strong>da</strong> 72 21,1 2,17 10,3 2,499 2,859 3,218 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>7 E 2,5x5 ùmi<strong>da</strong> 124 25,3 3,49 13,8 2,825 2,146 3,218 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>8 M 15x30 ao ar 36 23,0 2,20 9,6 1,893 1,704 3,330 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>9 M 10x20 ao ar 36 23,5 2,04 8,7 2,371 1,804 3,330 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>10 E 15x30 ao ar 18 20,8 1,06 5,1 1,457 2,387 3,218 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>11 E 10x20 ao ar 18 20,6 1,44 7,0 1,830 1,427 3,218 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>12 E 7,5x15 ao ar 18 19,6 1,31 6,7 1,861 1,800 3,218 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>13 E 5x10 ao ar 36 20,1 1,40 7,0 2,164 2,289 3,33 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>14 E 2,5x5 ao ar 65 23,0 4,21 18,3 1,605 2,594 3,218 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>Tabela 4.2-LOTE 02-Resumo <strong>do</strong>s testes de eliminação de valores discrepantes e de normali<strong>da</strong>de (verapêndice A)LOTE 02 (i<strong>da</strong>de 28dias)CONCRETO 50 MPaEliminação <strong>do</strong>s valores discrepantes - "outliers"(Critério <strong>da</strong> ASTM E 178-02/ ACI 214.4R-03)Nível de significância 1%(elimina valores além de 99% <strong>da</strong> curva normal)TestenºReferência Cura nº M/ E MédiaX (MPa)DesvioPadrão s(MPa)Coef. devariação V(%)Tn T 1T 1%, nº M/E(Tabela<strong>do</strong>)Conclusão15 M 15x30 ùmi<strong>da</strong> 36 55,6 3,69 6,6 1,675 2,812 3,330 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>16 M 10x20 ùmi<strong>da</strong> 36 55,1 3,68 6,7 3,183 1,712 3,330 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>17 E 15x30 ùmi<strong>da</strong> 36 55,1 4,73 8,6 1,520 1,987 3,330 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>18 E 10x20 ùmi<strong>da</strong> 36 53,1 4,99 9,4 1,814 1,537 3,330 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>19 E 7,5x15 ùmi<strong>da</strong> 36 53,5 4,38 8,2 2,212 2,177 3,218 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>20 E 5x10 ùmi<strong>da</strong> 72 58,4 5,96 10,2 2,312 1,885 3,218 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>21 E 2,5x5 ùmi<strong>da</strong> 126 57,9 6,57 11,3 2,176 2,587 3,218 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>22 M 15x30 ao ar 36 54,7 3,71 6,8 1,905 1,696 3,330 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>23 M 10x20 ao ar 36 53,3 3,45 6,5 1,573 1,543 3,218 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>24 E 15x30 ao ar 18 52,3 2,05 3,9 2,279 1,597 3,218 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>25 E 10x20 ao ar 18 51,3 3,65 7,1 1,653 1,558 3,218 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>26 E 7,5x15 ao ar 18 51,9 2,58 5,0 2,365 2,028 3,33 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>27 E 5x10 ao ar 36 56,4 5,00 8,9 2,196 1,658 3,218 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>28 E 2,5x5 ao ar 68 55,7 5,32 9,6 2,204 2,321 3,218 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>


150Tabela 4.3-LOTE 03-Resumo <strong>do</strong>s testes de eliminação de valores discrepantes e de normali<strong>da</strong>de (verapêndice A)LOTE 03 (i<strong>da</strong>de 28 dias)CONCRETO 70 MPaTestenºReferência Curanº M/EMédiaX (MPa)DesvioPadrão s(MPa)Eliminação <strong>do</strong>s valores discrepantes - "outliers"(Critério <strong>da</strong> ASTM E 178-02/ ACI 214.4R-03)Nível de significância 1%(elimina valores além de 99% <strong>da</strong> curva normal)Coef. devariação V(%)Tn T 1T 1%, nº M/E(Tabela<strong>do</strong>)Conclusão29 M 15x30 ùmi<strong>da</strong> 36 70,0 4,49 6,4 2,315 1,851 3,330 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>30 M 10x20 ùmi<strong>da</strong> 36 71,1 4,39 6,2 2,072 1,552 3,330 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>31 E 15x30 ùmi<strong>da</strong> 36 67,7 5,76 8,5 2,024 1,859 3,330 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>32 E 10x20 ùmi<strong>da</strong> 36 68,1 4,28 6,3 2,677 1,967 3,330 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>33 E 7,5x15 ùmi<strong>da</strong> 36 65,9 4,54 6,9 2,846 1,368 3,330 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>34 E 5x10 ùmi<strong>da</strong> 72 67,8 6,19 9,1 2,345 2,027 3,218 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>35 E 2,5x5 ùmi<strong>da</strong> 126 70,8 6,08 8,6 2,207 3,929 3,218 Eliminar os fc's nº 67 e nº 7235A E 2,5x5 ùmi<strong>da</strong> 124 71,2 5,43 7,6 2,407 2,915 3,218 Após a eliminação <strong>do</strong>s fc´s nº 67 e nº 7236 M 15x30 ao ar 36 70,2 4,79 6,8 2,070 1,650 3,330 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>37 M 10x20 ao ar 36 69,4 5,29 7,6 2,284 1,571 3,330 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>38 E 15x30 ao ar 18 62,9 2,36 3,8 2,154 1,784 3,218 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>39 E 10x20 ao ar 18 65,3 2,23 3,4 1,644 1,925 3,218 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>40 E 7,5x15 ao ar 18 63,8 2,96 4,6 1,452 2,264 3,218 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>41 E 5x10 ao ar 36 63,6 4,48 7,1 1,842 1,856 3,33 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>42 E 2,5x5 ao ar 63 67,2 4,83 7,2 2,178 2,953 3,218 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>Tabela 4.4-LOTE 04-Resumo <strong>do</strong>s testes de eliminação de valores discrepantes e de normali<strong>da</strong>de (verapêndice A)LOTE 04 (i<strong>da</strong>de 28 dias)CONCRETO 65 MPaTestenºReferência Curanº M/EMédiaX (MPa)DesvioPadrão s(MPa)Eliminação <strong>do</strong>s valores discrepantes - "outliers"(Critério <strong>da</strong> ASTM E 178-02/ ACI 214.4R-03)Nível de significância 1%(elimina valores além de 99% <strong>da</strong> curva normal)Coef. devariação V(%)Tn T 1T 1%, nº M/E(Tabela<strong>do</strong>)Conclusão43 M 15x30 ùmi<strong>da</strong> 6 65,3 1,53 2,3 1,546 1,051 3,218 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>44 M 10x20 ùmi<strong>da</strong> 6 63,6 1,98 3,1 1,653 1,288 3,218 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>45 E 15x30 ùmi<strong>da</strong> 6 55,7 2,28 4,1 1,701 0,978 3,218 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>46 E 10x20 ùmi<strong>da</strong> 6 55,8 2,49 4,5 1,333 1,317 3,218 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>47 E 7,5x15 ùmi<strong>da</strong> 6 56,1 4,96 8,8 0,920 1,631 3,218 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>48 E 5x10 ùmi<strong>da</strong> 12 61,7 3,21 5,2 1,379 1,505 3,218 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>49 E 2,5x5 ùmi<strong>da</strong> 19 70,1 3,43 4,9 2,099 1,644 3,218 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>50 M 15x30 ao ar 6 65,5 1,65 2,5 1,116 1,803 3,218 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>51 M 10x20 ao ar 6 64,3 2,01 3,1 1,556 1,270 3,218 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>52 E 15x30 ao ar 6 53,2 1,21 2,3 1,400 1,240 3,218 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>53 E 10x20 ao ar 6 54,8 1,94 3,5 1,052 1,681 3,218 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>54 E 7,5x15 ao ar 6 57,6 2,79 4,8 1,547 1,501 3,218 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>55 E 5x10 ao ar 12 61,3 4,27 7,0 0,899 2,569 3,218 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>56 E 2,5x5 ao ar 20 66,0 3,81 5,8 2,489 1,469 3,218 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>


151Tabela 4.5-LOTE 04-Resumo <strong>do</strong>s testes de eliminação de valores discrepantes e de normali<strong>da</strong>de (verapêndice A)LOTE 04 (i<strong>da</strong>de 90 dias)CONCRETO 65 MPaTestenºReferência Curanº M/EMédiaX (MPa)Eliminação <strong>do</strong>s valores discrepantes - "outliers"(Critério <strong>da</strong> ASTM E 178-02/ ACI 214.4R-03)Nível de significância 1%(elimina valores além de 99% <strong>da</strong> curva normal)DesvioPadrão s(MPa)Coef. devariação V(%)Tn T 1T 1%, nº M/E(Tabela<strong>do</strong>)Conclusão57 M 15x30 ùmi<strong>da</strong> 6 69,2 3,69 5,3 1,364 1,011 3,218 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>58 M 10x20 ùmi<strong>da</strong> 6 69,3 1,25 1,8 1,067 1,798 3,218 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>59 E 15x30 ùmi<strong>da</strong> 6 61,7 1,14 1,8 1,379 1,469 3,218 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>60 E 10x20 ùmi<strong>da</strong> 6 65,6 3,60 5,5 0,994 1,671 3,218 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>61 E 7,5x15 ùmi<strong>da</strong> 6 66,2 2,27 3,4 1,838 0,798 3,218 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>62 E 5x10 ùmi<strong>da</strong> 12 63,0 5,11 8,1 1,575 1,852 3,218 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>63 E 2,5x5 ùmi<strong>da</strong> 22 71,5 5,78 8,1 2,060 1,518 3,218 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>64 M 15x30 ao ar 6 69,3 3,36 4,9 1,385 1,315 3,218 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>65 M 10x20 ao ar 6 67,9 1,49 2,2 1,732 1,007 3,218 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>66 E 15x30 ao ar 6 61,5 2,87 4,7 1,040 1,808 3,218 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>67 E 10x20 ao ar 6 67,1 2,77 4,1 1,295 1,163 3,218 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>68 E 7,5x15 ao ar 6 65,4 1,50 2,3 1,709 0,815 3,218 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>69 E 5x10 ao ar 12 62,6 5,25 8,4 1,428 1,911 3,218 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>70 E 2,5x5 ao ar 22 70,6 7,74 11,0 1,495 2,895 3,218 Nenhum valor elimina<strong>do</strong>


152Tabela 4.6 - LOTE 01 - Testes nº 1 a 10 - Resumo <strong>da</strong>s análises de variância e de diferença entre as médias e <strong>da</strong> relação R (M/E) (ver APÊNDICE B)LOTE 01 (28 dias)CONCRETO 20 MPaCura úmi<strong>da</strong>CRITÉRIO DO ACI 214.4R-03 - Nível de siginificância α = 5%Análise preliminar de variância Análise de difenrença entre as fM / fE(TESTE F)médias (TESTE t)R (M/E)Graus deTesteAmostra Média Variância (MPa Conclusão ErroConclusãoReferência) Graus de Liber<strong>da</strong>deFcalc Ftabliber<strong>da</strong>de tcalcula<strong>do</strong> tcríticonºPadrãoM E M E M E M E VariânciatotalMédias1 (M 10x20)x(E 15x30) 36 36 24,0 21,9 7,8 6,7 35 35 1,170 1,757 iguais 0,644 70 3,306 1,994 diferentes 1,102 (M 10x20)x(E 10x20) 36 36 24,0 21,6 7,8 4,3 35 35 1,811 1,757 diferentes 0,589 66 4,078 1,997 diferentes 1,113 (M 10x20)x(E 7,5x15) 36 36 24,0 20,4 7,8 3,6 35 35 2,184 1,757 diferentes 0,571 63 6,219 1,998 diferentes 1,174 (M 10x20)x(E 5x10) 36 72 24,0 21,1 7,8 4,7 35 71 1,668 1,588 diferentes 0,493 57 5,832 2,002 diferentes 1,145 (M 10x20)x(E 2,5x5) 36 124 24,0 25,3 7,8 12,2 35 123 1,562 1,621 iguais 0,639 158 2,012 1,975 diferentes 0,956 (M 15x30)x(E 15x30) 36 36 23,3 21,9 6,2 6,7 35 35 1,074 1,757 iguais 0,608 70 2,384 1,994 diferentes 1,077 (M 15x30)x(E 10x20) 36 36 23,3 21,6 6,2 4,3 35 35 1,442 1,757 iguais 0,549 70 3,136 1,994 diferentes 1,088 (M 15x30)x(E 7,5x15) 36 36 23,3 20,4 6,2 3,6 35 35 1,740 1,757 iguais 0,529 70 5,420 1,994 diferentes 1,149 (M 15x30)x(E 5x10) 36 72 23,3 21,3 6,2 4,7 35 71 1,328 1,588 iguais 0,470 106 4,675 1,983 diferentes 1,1010 (M 15x30)x(E 2,5x5) 36 124 23,3 25,3 6,2 12,2 35 123 1,951 1,621 diferentes 0,627 80 3,160 1,990 diferentes 0,92Tabela 4.7 - LOTE 01 - Testes nº 11 a 20 - Resumo <strong>da</strong>s análises de variância e de diferença entre as médias e <strong>da</strong> relação R (M/E) (ver APÊNDICE B)LOTE 01 (28 dias)CONCRETO 20 MPaCura ao arCRITÉRIO DO ACI 214.4R-03 - Nível de siginificância α = 5%Análise preliminar de variância Análise de difenrença entre as fM / fE(TESTE F)médias (TESTE t)R (M/E)Graus deTesteAmostra Média Variância (MPa 2 ) Graus de Liber<strong>da</strong>deConclusão ErroConclusãoReferênciaFcalc Ftabliber<strong>da</strong>de tcalcula<strong>do</strong> tcríticonºM E M E M E M E VariânciaPadrãototalMédias11 (M 10x20)x(E 15x30) 36 18 23,5 20,8 9,0 5,0 35 17 3,725 2,123 diferentes 0,523 53 5,064 2,006 diferentes 1,1312 (M 10x20)x(E 10x20) 36 18 23,5 20,6 4,2 2,1 35 17 2,000 2,123 iguais 0,549 52 5,336 2,007 diferentes 1,1413 (M 10x20)x(E 7,5x15) 36 18 23,5 19,6 4,2 1,7 35 17 2,45 2,123 diferentes 0,539 51 7,031 2,008 diferentes 1,2014 (M 10x20)x(E 5x10) 36 36 23,5 20,1 9,0 7,0 35 35 2,123 1,757 diferentes 0,419 63 8,162 1,998 diferentes 1,1715 (M 10x20)x(E 2,5x5) 36 65 23,5 23,0 4,2 17,7 35 64 4,250 1,674 diferentes 0,754 99 0,691 1,984 iguais 1,0216 (M 15x30)x(E 15x30) 36 18 23,0 20,8 4,9 1,1 35 17 4,331 2,123 diferentes 0,559 53 3,878 2,006 diferentes 1,1017 (M 15x30)x(E 10x20) 36 18 23,0 20,6 4,9 2,1 35 17 2,326 2,123 diferentes 0,583 50 4,197 2,009 diferentes 1,1218 (M 15x30)x(E 7,5x15) 36 18 23,0 19,6 4,9 1,7 35 17 2,849 2,123 diferentes 0,574 52 6,017 2,007 diferentes 1,1819 (M 15x30)x(E 5x10) 36 36 23,0 20,1 4,9 2,0 35 35 2,468 1,757 diferentes 0,441 60 6,659 2,000 diferentes 1,1520 (M 15x30)x(E 2,5x5) 36 65 23,0 23,0 4,9 17,7 35 64 3,656 1,674 diferentes 0,761 100 0,054 1,984 iguais 1,00


153Tabela 4.8 - LOTE 02 - Testes nº 21 a 30 - Resumo <strong>da</strong>s análises de variância e de diferença entre as médias e <strong>da</strong> relação R (M/E) (ver APÊNDICE B)LOTE 02 (28 dias)CONCRETO 50 MPaCura úmi<strong>da</strong>CRITÉRIO DO ACI 214.4R-03 - Nível de siginificância α = 5%Análise preliminar de variância(TESTE F)Análise de difenrença entre asmédias (TESTE t)fM / fER (M/E)Graus deTesteAmostra Média Variância (MPa ConclusãoReferência) Graus de Liber<strong>da</strong>deErroConclusãoFcalc Ftabliber<strong>da</strong>de tcalcula<strong>do</strong> tcríticonºPadrãoM E M E M E M E VariânciatotalMédias21 (M 10x20)x(E 15x30) 36 36 55,6 55,1 13,6 13,6 35 35 1,004 1,757 iguais 0,881 70 0,505 1,994 iguais 1,0122 (M 10x20)x(E 10x20) 36 36 55,6 55,1 13,6 22,3 35 35 1,641 1,757 iguais 1,103 70 0,439 1,994 iguais 1,0123 (M 10x20)x(E 7,5x15) 36 36 55,6 53,1 13,6 24,9 35 35 1,831 1,757 diferentes 1,049 66 2,391 1,997 diferentes 1,0524 (M 10x20)x(E 5x10) 36 72 55,6 53,5 13,6 19,2 35 71 1,410 1,664 iguais 0,858 106 2,452 1,983 diferentes 1,0425 (M 10x20)x(E 2,5x5) 36 126 55,6 57,9 13,6 43,1 35 125 3,17 1,620 diferentes 1,150 106 2,032 1,983 diferentes 0,9626 (M 15x30)x(E 15x30) 36 36 56,3 55,1 14,4 13,6 35 35 1,060 1,757 iguais 0,893 70 1,367 1,994 iguais 1,0227 (M 15x30)x(E 10x20) 36 36 56,3 55,1 14,4 22,3 35 35 1,555 1,757 iguais 1,024 70 1,193 1,024 diferentes 1,0228 (M 15x30)x(E 7,5x15) 36 36 56,3 53,1 14,4 24,9 35 35 1,734 1,757 iguais 1,059 70 3,101 1,994 diferentes 1,0629 (M 15x30)x(E 5x10) 36 72 56,3 53,5 14,4 19,2 35 71 1,336 1,664 iguais 0,864 106 3,333 1,983 diferentes 1,0530 (M 15x30)x(E 2,5x5) 36 126 56,3 57,9 14,4 43,1 35 125 3,004 1,62 diferentes 1,153 103 1,354 1,983 iguais 0,97Tabela 4.9 - LOTE 02 - Testes nº 31 a 40 - Resumo <strong>da</strong>s análises de variância e de diferença entre as médias e <strong>da</strong> relação R (M/E) (ver APÊNDICE B)LOTE 02 (28 dias)CONCRETO 50 MPaCura ao arCRITÉRIO DO ACI 214.4R-03 - Nível de siginificância α = 5%Análise preliminar de variância Análise de difenrença entre as fM / fE(TESTE F)médias (TESTE t)R (M/E)Graus deTesteAmostra Média Variância (MPa 2 ) Graus de Liber<strong>da</strong>deConclusão ErroConclusãoReferênciaFcalc Ftabliber<strong>da</strong>de tcalcula<strong>do</strong> tcríticonºPadrãoM E M E M E M E VariânciatotalMédias31 (M 10x20)x(E 15x30) 36 18 54,7 53,3 13,8 11,9 35 17 1,157 2,123 iguais 1,067 52 1,310 2,007 iguais 1,0332 (M 10x20)x(E 10x20) 36 18 54,7 52,3 13,8 4,2 35 17 3,272 2,123 diferentes 0,957 53 2,453 2,006 diferentes 1,0433 (M 10x20)x(E 7,5x15) 36 18 54,7 51,3 13,8 13,3 35 17 1,037 2,123 iguais 1,086 52 3,097 2,007 diferentes 1,0734 (M 10x20)x(E 5x10) 36 36 24,7 51,9 13,8 6,6 35 35 2,073 1,757 diferentes 0,764 63 3,062 1,998 diferentes 1,0535 (M 10x20)x(E 2,5x5) 36 68 54,7 55,7 13,8 28,3 35 67 2,053 1,669 diferentes 1,004 96 0,987 1,985 iguais 0,9836 (M 15x30)x(E 15x30) 36 18 55,5 53,3 15,4 11,9 35 17 1,292 2,123 iguais 1,110 52 2,021 2,007 diferentes 1,0437 (M 15x30)x(E 10x20) 36 18 55,5 52,3 15,4 4,2 35 17 3,655 2,123 diferentes 1,005 53 3,179 2,006 diferentes 1,0638 (M 15x30)x(E 7,5x15) 36 18 55,5 51,3 15,4 13,3 35 17 1,158 2,123 iguais 1,128 52 3,732 2,007 diferentes 1,0839 (M 15x30)x(E 5x10) 36 36 55,5 51,9 15,4 6,6 35 35 2,316 1,757 diferentes 0,794 61 4,533 2,000 diferentes 1,0740 (M 15x30)x(E 2,5x5) 36 68 55,5 55,7 15,4 28,3 35 67 1,383 1,669 diferentes 1,016 93 0,143 1,986 iguais 1,00


154Tabela 4.10 - LOTE 03 - Testes nº 41 a 50 - Resumo <strong>da</strong>s análises de variância e de diferença entre as médias e <strong>da</strong> relação R (M/E) (ver APÊNDICE B)LOTE 03 (28 dias)CONCRETO 70 MPaCura úmi<strong>da</strong>CRITÉRIO DO ACI 214.4R-03 - Nível de siginificância α = 5%Análise preliminar de variância(TESTE F)Análise de difenrença entre asmédias (TESTE t)Graus deTesteAmostra Média Variância (MPa Conclusão ErroReferência) Graus de Liber<strong>da</strong>deFcalc Ftabliber<strong>da</strong>deConclusãotcalcula<strong>do</strong> tcríticonºPadrãototalM E M E M E M E VariânciaMédias41 (M 10x20)x(E 15x30) 36 36 71,7 67,7 19,3 33,2 35 35 1,722 1,757 iguais 1,225 70 2,806 1,994 diferentes 1,0542 (M 10x20)x(E 10x20) 36 36 71,1 68,1 19,3 18,3 35 35 1,051 1,757 iguais 1,037 70 2,928 1,994 diferentes 1,0443 (M 10x20)x(E 7,5x15) 36 36 71,1 65,9 19,3 20,6 35 35 1,067 1,757 iguais 1,067 70 4,853 1,994 diferentes 1,0844 (M 10x20)x(E 5x10) 36 72 71,1 67,8 19,3 38,4 35 71 1,990 1,664 diferentes 1,166 96 2,832 1,985 diferentes 1,0545 (M 10x20)x(E 2,5x5) 36 124 71,1 71,2 19,3 25,9 35 123 1,528 1,621 iguais 0,993 158 0,063 1,975 iguais 1,0046 (M 15x30)x(E 15x30) 36 36 70,0 67,7 20,1 33,2 35 35 1,651 1,757 iguais 1,234 70 1,891 1,994 iguais 1,0347 (M 15x30)x(E 10x20) 36 36 70,0 68,1 20,1 18,3 35 35 1,097 1,757 iguais 1,048 70 1,844 1,994 iguais 1,0348 (M 15x30)x(E 7,5x15) 36 36 70,0 65,9 20,1 20,6 35 35 1,023 1,757 iguais 1,078 70 3,780 1,994 diferentes 1,0649 (M 15x30)x(E 5x10) 36 72 70,0 67,8 20,1 38,4 35 71 1,907 1,664 diferentes 1,171 94 1,877 1,986 iguais 1,0350 (M 15x30)x(E 2,5x5) 36 124 70,0 71,2 20,1 29,5 35 123 1,465 1,621 iguais 0,996 158 1,170 1,975 iguais 0,98fM / fER (M/E)Tabela 4.11 - LOTE 03 - Testes nº 51 a 60 - Resumo <strong>da</strong>s análises de variância e de diferença entre as médias e <strong>da</strong> relação R (M/E) (ver APÊNDICE B)LOTE 03 (28 dias)CONCRETO 70 MPaCura ao arCRITÉRIO DO ACI 214.4R-03 - Nível de siginificância α = 5%Análise preliminar de variância Análise de difenrença entre as fM / fE(TESTE F)médias (TESTE t)R (M/E)Graus deTesteAmostra Média Variância (MPa 2 ) Graus de Liber<strong>da</strong>deConclusão ErroConclusãoReferênciaFcalc Ftabliber<strong>da</strong>de tcalcula<strong>do</strong> tcríticonºPadrãoM E M E M E M E VariânciatotalMédias51 (M 10x20)x(E 15x30) 36 18 69,4 62,9 27,9 5,6 35 17 5,008 2,123 diferentes 1,331 53 4,878 2,006 diferentes 1,1052 (M 10x20)x(E 10x20) 36 18 69,4 65,3 27,9 5,0 35 17 5,622 2,123 diferentes 1,325 52 3,128 2,007 diferentes 1,0653 (M 10x20)x(E 7,5x15) 36 18 69,4 63,8 27,9 8,8 35 17 3,192 3,123 diferentes 1,365 53 4,115 2,006 diferentes 1,0954 (M 10x20)x(E 5x10) 36 36 69,4 63,6 27,9 20,1 35 35 1,39 1,757 iguais 1,171 70 4,982 1,994 diferentes 1,0955 (M 10x20)x(E 2,5x5) 36 63 69,4 67,2 27,9 23,3 35 62 1,197 1,612 iguais 1,056 97 2,085 1,985 diferentes 1,0356 (M 15x30)x(E 15x30) 36 18 70,2 62,9 23,0 5,6 35 17 4,121 2,123 diferentes 1,219 53 5,958 2,006 diferentes 1,1257 (M 15x30)x(E 10x20) 36 18 70,2 65,3 23,0 5,0 35 17 4,627 2,123 diferentes 1,212 53 4,055 2,006 diferentes 1,0858 (M 15x30)x(E 7,5x15) 36 18 70,2 63,8 23,0 8,8 35 17 2,627 2,123 diferentes 1,256 51 5,085 2,008 diferentes 1,1059 (M 15x30)x(E 5x10) 36 36 70,2 63,6 23,0 20,1 35 35 1,144 1,757 iguais 1,109 70 5,956 1,994 diferentes 1,1060 (M 15x30)x(E 2,5x5) 36 63 70,2 67,2 23,0 23,3 35 62 1,016 1,677 iguais 1,017 97 2,923 1,985 diferentes 1,04


155Tabela 4.12 - LOTE 04 - Testes nº 61 a 70 - Resumo <strong>da</strong>s análises de variância e de diferença entre as médias e <strong>da</strong> relação R (M/E) (ver APÊNDICE B)LOTE 04 (28 dias)CONCRETO 65 MPaCura úmi<strong>da</strong>CRITÉRIO DO ACI 214.4R-03 - Nível de siginificância α = 5%Análise preliminar de variância(TESTE F)Análise de difenrença entre asmédias (TESTE t)fM / fER (M/E)Variância (MPa 2 Graus deTesteAmostra Média) Graus de Liber<strong>da</strong>deConclusão ErroConclusãoReferênciaFcalc Ftabliber<strong>da</strong>de tcalcula<strong>do</strong> tcríticonºPadrãoM E M E M E M E VariânciatotalMédias61 (M 10x20)x(E 15x30) 6 6 63,6 55,7 3,9 5,3 5 5 1,350 5,050 iguais 1,356 10 5,086 2,228 diferentes 1,1462 (M 10x20)x(E 10x20) 6 6 63,6 55,8 3,9 6,2 5 5 1,580 5,050 iguais 1,421 10 5,461 2,228 diferentes 1,1463 (M 10x20)x(E 7,5x15) 6 6 63,6 56,1 2,0 5,0 5 5 6,273 5,050 diferentes 2,386 7 3,131 2,365 diferentes 1,1364 (M 10x20)x(E 5x10) 6 12 63,6 61,7 3,9 10,3 5 11 2,626 4,704 iguais 1,515 16 1,208 2,120 iguais 1,0365 (M 10x20)x(E 2,5x5) 6 19 63,6 70,1 3,9 11,7 5 18 3,001 4,579 iguais 1,534 23 4,265 2,069 diferentes 0,9366 (M 15x30)x(E 15x30) 6 6 65,3 55,7 2,3 5,2 5 5 2,229 5,050 iguais 1,227 10 7,821 2,228 diferentes 1,1767 (M 15x30)x(E 10x20) 6 6 65,3 55,8 2,3 6,2 5 5 2,665 5,050 iguais 1,305 10 7,269 2,228 diferentes 1,1768 (M 15x30)x(E 7,5x15) 6 6 65,3 56,1 2,3 24,6 5 5 10,541 5,050 diferentes 2,319 6 3,965 2,447 diferentes 1,1669 (M 15x30)x(E 5x10) 6 12 65,3 61,7 2,3 10,3 5 11 4,413 4,704 iguais 1,465 16 2,426 2,120 diferentes 1,0670 (M 15x30)x(E 2,5x5) 6 21 65,3 68,3 2,3 45,8 5 20 19,666 4,558 diferentes 2,892 25 1,021 2,060 iguais 0,96Tabela 4.13 - LOTE 04 - Testes nº 71 a 80 - Resumo <strong>da</strong>s análises de variância e de diferença entre as médias e <strong>da</strong> relação R (M/E) (ver APÊNDICE B)LOTE 04 (28 dias)CONCRETO 65 MPaCura arCRITÉRIO DO ACI 214.4R-03 - Nível de siginificância α = 5%Análise preliminar de variância Análise de difenrença entre as fM / fE(TESTE F)médias (TESTE t)R (M/E)TesteAmostra Média Variância (MPa ConclusãoReferênciaGraus de) Graus de Liber<strong>da</strong>deErroConclusãoFcalc Ftabliber<strong>da</strong>de tcalcula<strong>do</strong> tcríticonºPadrãoM E M E M E M E VariânciatotalMédias71 (M 10x20)x(E 15x30) 6 6 64,3 53,2 4,0 1,5 5 5 2,741 5,050 iguais 1,048 10 10,608 2,228 diferentes 1,2172 (M 10x20)x(E 10x20) 6 6 64,3 54,8 4,0 3,8 5 5 1,068 5,050 iguais 1,248 10 7,690 2,228 diferentes 1,1873 (M 10x20)x(E 7,5x15) 6 6 64,3 57,6 4,0 7,8 5 5 1,937 5,050 iguais 1,537 10 4,368 2,228 diferentes 1,1274 (M 10x20)x(E 5x10) 6 12 64,3 61,3 4,0 18,2 5 11 4,528 4,704 iguais 1,947 16 1,590 2,120 iguais 1,0575 (M 10x20)x(E 2,5x5) 6 20 64,3 66,0 4,0 14,5 5 19 3,616 4,568 iguais 1,686 24 1,000 2,064 iguais 0,9776 (M 15x30)x(E 15x30) 6 6 65,5 53,2 2,7 1,5 5 5 1,852 5,050 iguais 0,915 10 13,445 2,228 diferentes 1,2377 (M 15x30)x(E 10x20) 6 6 65,5 54,8 2,7 3,8 5 5 1,386 5,050 iguais 1,139 10 9,469 2,228 diferentes 1,2078 (M 15x30)x(E 7,5x15) 6 6 65,5 57,6 2,7 7,8 5 5 2,867 5,050 iguais 1,450 10 4,448 2,228 diferentes 1,1479 (M 15x30)x(E 5x10) 6 12 65,5 61,3 2,7 18,2 5 11 6,703 4,704 diferentes 1,915 16 2,235 2,120 diferentes 1,0780 (M 15x30)x(E 2,5x5) 6 20 65,5 66,0 14,5 16,0 5 19 5,352 4,568 diferentes 1,665 23 0,301 2,069 iguais 0,99


156Tabela 4.14 - LOTE 04 - Testes nº 81 a 90 - Resumo <strong>da</strong>s análises de variância e de diferença entre as médias e <strong>da</strong> relação R (M/E) (ver APÊNDICE B)LOTE 04 (90 dias)CONCRETO 65 MPaCura úmi<strong>da</strong>CRITÉRIO DO ACI 214.4R-03 - Nível de siginificância α = 5%Análise preliminar de variância Análise de difenrença entre as fM / fE(TESTE F)médias (TESTE t)R (M/E)Média Variância (MPa ConclusãoReferênciaGraus deTesteAmostra) Graus de Liber<strong>da</strong>deErroConclusãoFcalc Ftabliber<strong>da</strong>de tcalcula<strong>do</strong> tcríticonºPadrãoM E M E M E M E VariânciatotalMédias81 (M 10x20)x(E 15x30) 6 6 69,3 61,7 1,6 1,3 5 5 1,212 5,05 iguais 0,757 10 9,94 2,228 diferentes 1,1282 (M 10x20)x(E 10x20) 6 6 69,3 65,5 1,6 13,0 5 5 8,255 5,05 diferentes 1,705 6 2,136 2,447 iguais 1,0683 (M 10x20)x(E 7,5x15) 6 6 69,3 66,2 1,6 5,1 5 5 3,27 5,05 iguais 1,158 10 2,605 2,228 diferentes 1,0584 (M 10x20)x(E 5x10) 6 12 69,3 63,0 1,6 26,1 5 11 16,643 4,704 diferentes 2,247 13 2,801 2,160 diferentes 1,1085 (M 10x20)x(E 2,5x5) 6 22 69,3 71,5 1,6 33,5 5 21 21,297 4,549 diferentes 2,466 26 0,919 2,056 iguais 0,9786 (M 15x30)x(E 15x30) 6 6 69,2 61,7 13,6 1,3 5 5 10,693 5,050 diferentes 1,729 6 4,335 2,447 diferentes 1,1287 (M 15x30)x(E 10x20) 6 6 69,2 65,6 13,6 13,0 5 5 1,052 5,050 iguais 2,307 10 1,564 2,228 iguais 1,0688 (M 15x30)x(E 7,5x15) 6 6 69,2 66,2 13,6 5,1 5 5 2,656 5,050 iguais 1,938 10 1,540 2,228 iguais 1,0589 (M 15x30)x(E 5x10) 6 12 69,2 63,0 13,6 26,12 5 11 1,916 4,704 iguais 2,487 16 2,518 2,120 diferentes 1,1090 (M 15x30)x(E 2,5x5) 6 22 69,2 71,5 13,6 33,5 5 21 2,452 4,549 iguais 2,583 26 0,890 2,056 iguais 0,97Tabela 4.15 - LOTE 04 - Testes nº 91 a 100 - Resumo <strong>da</strong>s análises de variância e de diferença entre as médias e <strong>da</strong> relação R (M/E) (ver APÊNDICE B)LOTE 04 (90 dias)CONCRETO 65 MPaCRITÉRIO DO ACI 214.4R-03 - Nível de siginificância α = 5%Cura ao ar Análise preliminar de variância Análise de difenrença entre as fM / fE(TESTE F)médias (TESTE t)R (M/E)TesteAmostra Média Variância (MPa ConclusãoReferênciaGraus de) Graus de Liber<strong>da</strong>deErroConclusãoFcalc Ftabliber<strong>da</strong>de tcalcula<strong>do</strong> tcríticonºPadrãoM E M E M E M E VariânciatotalMédias91 (M 10x20)x(E 15x30) 6 6 67,9 61,5 2,2 8,2 5 5 3,694 5,050 iguais 1,446 10 4,434 2,228 diferentes 1,1092 (M 10x20)x(E 10x20) 6 6 67,9 67,1 2,2 7,7 5 5 3,452 5,050 iguais 1,408 10 0,563 2,228 iguais 1,0193 (M 10x20)x(E 7,5x15) 6 6 67,9 65,4 2,2 2,2 5 5 1,005 5,050 iguais 0,945 10 2,639 2,228 diferentes 1,0494 (M 10x20)x(E 5x10) 6 12 67,9 62,9 2,2 27,6 5 11 12,373 4,704 diferentes 2,318 14 2,271 2,145 diferentes 1,0895 (M 10x20)x(E 2,5x5) 6 22 67,9 70,6 2,2 60,0 5 21 26,928 4,549 diferentes 3,297 25 0,816 2,060 iguais 0,9696 (M 15x30)x(E 15x30) 6 6 69,3 61,5 11,3 8,2 5 5 1,374 5,050 iguais 1,976 10 3,971 2,228 diferentes 1,1397 (M 15x30)x(E 10x20) 6 6 69,3 67,1 11,3 7,7 5 5 1,470 5,050 iguais 1,949 10 1,143 2,228 iguais 1,0398 (M 15x30)x(E 7,5x15) 6 6 69,3 65,4 11,3 2,2 5 5 5,050 5,050 iguais 1,645 10 2,388 2,228 diferentes 1,0699 (M 15x30)x(E 5x10) 6 12 69,3 62,6 11,3 27,6 5 11 2,439 4,704 iguais 2,495 16 2,685 2,120 diferentes 1,11100 (M 15x30)x(E 2,5x5) 6 22 69,3 70,6 11,3 60,0 5 21 5,308 4,549 diferentes 3,364 23 0,373 2,069 iguais 0,98


157Tabela 4.16 - LOTE 01 - Testes nº 101 a 110 - Resumo <strong>da</strong>s análises de variância e de diferença entre as médias e <strong>da</strong> relação R (M/E) (ver APÊNDICE B)Cura úmi<strong>da</strong>xLOTE 01 (28 dias)CONCRETO 20 MPaCRITÉRIO DO ACI 214.4R-03 - Nível de siginificância α = 5%Cura ao arAnálise preliminar de variância Análise de difenrença entre as fM / fE(TESTE F)médias (TESTE t)R (M/E)TesteAmostra Média VariânciaReferênciatcalcula<strong>do</strong> tcríticonºPadrãoM E M E M E M E VariânciatotalMédias(MPa 2 ) Graus de Liber<strong>da</strong>deConclusãoFcalc FtabGraus deErroConclusãoliber<strong>da</strong>de101 (M 10x20)x(E 15x30) 36 18 24,0 20,8 7,8 1,1 35 17 6,980 2,123 diferentes 0,695 50 4,535 2,009 diferentes 1,15102 (M 10x20)x(E 10x20) 36 18 24,0 20,6 7,8 2,1 35 17 3,748 2,123 diferentes 0,715 53 4,803 2,006 diferentes 1,17103 (M 10x20)x(E 7,5x15) 36 18 24,0 19,6 7,8 1,7 35 17 4,591 2,123 diferentes 0,707 53 6,275 2,006 diferentes 1,23104 (M 10x20)x(E 5x10) 36 36 24,0 20,1 7,8 2,0 35 35 3,977 1,757 diferentes 0,529 52 7,425 2,007 diferentes 1,20105 (M 10x20)x(E 2,5x5) 36 65 24,0 23,0 7,8 17,7 35 64 2,268 1,674 diferentes 0,791 97 1,300 1,985 iguais 1,04106 (M 15x30)x(E 15x30) 36 18 23,0 20,8 4,9 1,1 35 17 4,331 2,123 diferentes 0,559 53 3,878 2,006 diferentes 1,10107 (M 15x30)x(E 10x20) 36 18 23,0 20,6 4,9 2,1 35 17 2,326 2,123 diferentes 0,583 50 4,197 2,009 diferentes 1,12108 (M 15x30)x(E 7,5x15) 36 18 23,0 19,6 4,9 1,7 35 17 2,849 2,123 diferentes 0,574 53 6,017 2,007 diferentes 1,18109 (M 15x30)x(E 5x10) 36 36 23,0 20,1 4,9 2,0 35 35 2,468 1,757 diferentes 0,441 60 6,659 2,000 diferentes 1,15110 (M 15x30)x(E 2,5x5) 36 65 23,0 23,0 4,9 17,7 35 64 3,656 1,674 diferentes 0,761 100 0,054 1,984 iguais 1,00Tabela 4.17 - LOTE 02 - Testes nº 111 a 120 - Resumo <strong>da</strong>s análises de variância e de diferença entre as médias e <strong>da</strong> relação R (M/E) (ver APÊNDICE B)Cura úmi<strong>da</strong>CRITÉRIO DO ACI 214.4R-03 - Nível de siginificância α = 5%xLOTE 02 (28 dias)CONCRETO 50 MPaCura ao arAnálise preliminar de variânciaAnálise de difenrença entre as fM / fE(TESTE F)médias (TESTE t)R (M/E)TesteAmostra Média VariânciaReferênciatcalcula<strong>do</strong> tcríticonºPadrãoM E M E M E M E VariânciatotalMédias(MPa Conclusão) Graus de Liber<strong>da</strong>deFcalc FtabGraus deErroConclusãoliber<strong>da</strong>de111 (M 10x20)x(E 15x30) 36 18 54,7 53,3 13,8 11,9 35 17 1,157 2,123 iguais 1,067 52 1,31 2,007 iguais 1,03112 (M 10x20)x(E 10x20) 36 18 54,7 52,3 13,8 4,2 35 17 3,272 2,123 diferentes 0,957 53 2,453 2,006 diferentes 1,04113 (M 10x20)x(E 7,5x15) 36 18 54,7 51,3 13,8 13,3 35 17 1,037 2,123 iguais 1,086 52 3,097 2,007 diferentes 1,07114 (M 10x20)x(E 5x10) 36 36 54,7 51,9 13,8 6,6 35 35 2,073 1,757 diferentes 0,764 63 3,602 1,998 diferentes 1,05115 (M 10x20)x(E 2,5x5) 36 68 54,7 55,7 13,8 28,3 35 67 2,053 1,669 diferentes 1,004 96 0,987 1,985 iguais 0,98116 (M 15x30)x(E 15x30) 36 18 56,3 53,3 14,4 11,9 35 17 1,206 2,123 iguais 1,083 52 2,835 2,007 diferentes 1,06117 (M 15x30)x(E 10x20) 36 18 56,3 52,3 14,4 4,2 35 17 3,411 2,123 diferentes 0,975 53 4,124 2,006 diferentes 1,08118 (M 15x30)x(E 7,5x15) 36 18 56,3 51,3 14,4 13,3 35 17 1,080 2,123 iguais 1,101 52 4,572 2,007 diferentes 1,10119 (M 15x30)x(E 5x10) 36 36 56,3 51,9 14,4 6,6 35 35 2,161 1,757 diferentes 0,775 63 5,709 1,998 diferentes 1,09120 (M 15x30)x(E 2,5x5) 36 68 56,3 55,7 14,4 28,3 35 67 1,970 1,669 diferentes 1,008 95 0,675 1,985 iguais 1,01


158Tabela 4.18 - LOTE 03 - Testes nº 121 a 130 - Resumo <strong>da</strong>s análises de variância e de diferença entre as médias e <strong>da</strong> relação R (M/E) (ver APÊNDICE B)Cura úmi<strong>da</strong>CRITÉRIO DO ACI 214.4R-03 - Nível de siginificância α = 5%xLOTE 03 (28 dias)CONCRETO 70 MPaCura ao arAnálise preliminar de variânciaAnálise de difenrença entre as fM / fE(TESTE F)médias (TESTE t)R (M/E)TesteAmostra Média VariânciaReferênciatcalcula<strong>do</strong> tcríticonºPadrãoM E M E M E M E VariânciatotalMédias(MPa 2 ) Graus de Liber<strong>da</strong>deConclusãoFcalc FtabGraus deErroConclusãoliber<strong>da</strong>de121 (M 10x20)x(E 15x30) 36 18 71,1 62,9 19,3 5,6 35 17 3,457 2,123 diferentes 1,128 53 7,260 2,006 diferentes 1,13122 (M 10x20)x(E 10x20) 36 18 71,1 65,3 19,3 5,0 35 17 3,881 2,123 diferentes 1,121 53 5,213 2,006 diferentes 1,09123 (M 10x20)x(E 7,5x15) 36 18 71,1 63,8 19,3 8,8 35 17 2,203 2,123 diferentes 1,168 49 6,262 2,010 diferentes 1,11124 (M 10x20)x(E 5x10) 36 36 71,1 63,6 19,3 20,1 35 35 1,042 1,757 iguais 1,061 70 7,103 1,994 diferentes 1,12125 (M 10x20)x(E 2,5x5) 36 63 71,1 67,2 19,3 23,3 35 62 1,211 1,677 iguais 0,987 97 3,950 1,985 diferentes 1,06126 (M 15x30)x(E 15x30) 36 18 70,0 62,9 20,1 5,6 35 17 3,607 2,123 diferentes 1,150 53 6,167 2,006 diferentes 1,11127 (M 15x30)x(E 10x20) 36 18 70,0 65,3 20,1 5,0 35 17 4,049 2,123 diferentes 1,142 53 4,150 2,006 diferentes 1,07128 (M 15x30)x(E 7,5x15) 36 18 70,0 63,8 20,1 8,8 35 17 2,299 2,123 diferentes 1,189 50 5,227 2,009 diferentes 1,10129 (M 15x30)x(E 5x10) 36 36 70,0 63,2 20,1 20,1 35 35 1,001 1,757 iguais 1,072 70 6,000 1,994 diferentes 1,10130 (M 15x30)x(E 2,5x5) 36 63 70,0 67,2 20,1 23,3 35 62 1,161 1,677 iguais 0,994 97 2,813 1,985 diferentes 1,04Tabela 4.19 - LOTE 04 - Testes nº 131 a 140 - Resumo <strong>da</strong>s análises de variância e de diferença entre as médias e <strong>da</strong> relação R (M/E) (ver APÊNDICE B)Cura úmi<strong>da</strong>xLOTE 04 (28 dias)CONCRETO 65 MPaCRITÉRIO DO ACI 214.4R-03 - Nível de siginificância α = 5%Cura ao arAnálise preliminar de variância Análise de difenrença entre as fM / fE(TESTE F)médias (TESTE t)R (M/E)TesteAmostra Média VariânciaReferênciatcalcula<strong>do</strong> tcríticonºPadrãoM E M E M E M E VariânciatotalMédias(MPa Conclusão) Graus de Liber<strong>da</strong>deFcalc FtabGraus deErroConclusãoliber<strong>da</strong>de131 (M 10x20)x(E 15x30) 6 6 63,6 53,2 3,9 1,5 5 5 2,668 5,050 iguais 1,037 10 9,966 2,228 diferentes 1,19132 (M 10x20)x(E 10x20) 6 6 63,6 54,8 3,9 3,9 5 5 1,040 5,050 iguais 1,239 10 7,118 2,228 diferentes 1,16133 (M 10x20)x(E 7,5x15) 6 6 63,6 57,6 3,9 7,8 5 5 1,990 5,050 iguais 1,530 10 3,881 2,228 diferentes 1,10134 (M 10x20)x(E 5x10) 6 12 63,6 61,3 3,9 18,2 5 11 4,652 4,704 iguais 1,945 16 1,194 2,120 iguais 1,04135 (M 10x20)x(E 2,5x5) 6 20 63,6 66,0 3,9 14,5 5 19 3,714 4,568 iguais 1,684 24 1,461 2,064 iguais 0,96136 (M 15x30)x(E 15x30) 6 6 65,3 53,2 2,3 1,5 5 5 1,588 5,050 iguais 0,871 10 13,844 2,228 diferentes 1,23137 (M 15x30)x(E 10x20) 6 6 65,3 54,8 2,3 3,8 5 5 1,616 5,050 iguais 1,104 10 9,552 2,228 diferentes 1,19138 (M 15x30)x(E 7,5x15) 6 6 65,3 57,6 2,3 7,8 5 5 3,344 5,050 iguais 1,423 10 5,386 2,228 diferentes 1,13139 (M 15x30)x(E 5x10) 6 12 65,3 61,3 2,3 18,2 5 11 7,817 4,704 diferentes 1,906 16 2,123 2,120 diferentes 1,07140 (M 15x30)x(E 2,5x5) 6 20 65,3 66,0 2,3 14,5 5 19 6,241 4,568 diferentes 1,659 24 0,445 2,064 iguais 0,99


159Tabela 4.20 - LOTE 04 - Testes nº 141 a 150 - Resumo <strong>da</strong>s análises de variância e de diferença entre as médias e <strong>da</strong> relação R (M/E) (ver APÊNDICE B)Cura úmi<strong>da</strong>CRITÉRIO DO ACI 214.4R-03 - Nível de siginificância α = 5%xLOTE 04 (90 dias)CONCRETO 65 MPaCura ao arAnálise preliminar de variância Análise de difenrença entre as fM / fE(TESTE F)médias (TESTE t)R (M/E)TesteAmostra Média VariânciaReferênciatcalcula<strong>do</strong> tcríticonºPadrãoM E M E M E M E VariânciatotalMédias(MPa 2 ) Graus de Liber<strong>da</strong>deConclusãoFcalc FtabGraus deErroConclusãoliber<strong>da</strong>de141 (M 10x20)x(E 15x30) 6 6 69,3 61,5 1,6 8,2 5 5 5,235 5,050 diferentes 1,400 7 5,581 2,365 diferentes 1,13142 (M 10x20)x(E 10x20) 6 6 69,3 67,1 1,6 7,7 5 5 4,893 5,050 iguais 1,361 10 1,611 2,228 iguais 1,03143 (M 10x20)x(E 7,5x15) 6 6 69,3 65,4 1,6 2,2 5 5 1,424 5,050 iguais 0,873 10 4,462 2,228 diferentes 1,06144 (M 10x20)x(E 5x10) 6 12 69,3 62,6 1,6 27,6 5 11 17,537 4,704 diferentes 2,305 13 2,891 2,160 diferentes 1,11145 (M 10x20)x(E 2,5x5) 6 22 69,3 70,6 1,6 60,0 5 21 38,167 4,549 diferentes 3,292 24 0,392 2,064 iguais 0,98146 (M 15x30)x(E 15x30) 6 6 61,7 61,5 1,3 8,2 5 5 6,345 5,050 diferentes 1,380 7 0,206 2,365 iguais 1,00147 (M 15x30)x(E 10x20) 6 6 61,7 67,1 1,3 7,7 5 5 5,931 5,050 diferentes 1,341 7 3,979 2,365 diferentes 0,92148 (M 15x30)x(E 7,5x15) 6 6 61,7 65,4 1,3 2,2 5 5 1,726 5,050 iguais 0,841 10 4,322 2,228 diferentes 0,94149 (M 15x30)x(E 5x10) 6 12 61,7 62,6 1,3 27,6 5 11 21,256 4,704 diferentes 2,300 13 0,375 2,160 iguais 0,99150 (M 15x30)x(E 2,5x5) 6 22 61,7 70,6 1,3 60,0 5 21 46,259 4,549 diferentes 3,290 24 2,680 2,064 diferentes 0,88


160Tabela 4.21 - LOTE 01 - Testes nº 151 a 157 - Resumo <strong>da</strong>s análises de variância e de diferença entre as médias e <strong>da</strong> relação R (u/a) (ver APÊNDICE B)LOTE 01 (28 dias)CONCRETO 20MPaTestenºReferênciaAmostraCura úmi<strong>da</strong>xCura ao arMédiaAnálise preliminar de variância(TESTE F)fVariância (MPa 2 ) Graus de Liber<strong>da</strong>deCRITÉRIO DO ACI 214.4R-03 - Nível de siginificância α = 5%ConclusãoVariância151 (M 15x30)x(M 15x30) 36 18 24,0 20,8 7,8 1,1 35 17 6,980 2,123 diferentes 0,695 50 4,535 2,009 diferentes 1,15152 (M 10x20)x(M 10x20) 36 18 24,0 20,6 7,8 2,1 35 17 3,748 2,123 diferentes 0,715 53 4,803 2,006 diferentes 1,17153 (E 15x30)x(E 15x30) 36 18 21,9 20,8 6,7 1,1 35 17 5,968 2,123 diferentes 0,647 52 1,585 2,007 iguais 1,05154 (E 10x20)x(E 10x20) 36 36 21,6 20,6 4,3 2,1 35 17 2,070 2,123 iguais 0,556 52 1,857 2,007 iguais 1,05155 (E 7,5x15)x(E 7,5x15) 36 18 20,4 19,6 3,6 1,7 35 17 2,102 2,123 iguais 0,506 52 1,758 2,007 iguais 1,05156 (E 5x10)x(E 5x10) 72 36 21,1 20,1 4,7 2,0 71 35 2,385 1,664 diferentes 0,401 101 2,618 1,984 diferentes 1,05157 (E 2,5x5)x(E 2,5x5) 124 65 25,3 23,0 12,2 17,7 123 64 1,460 1,417 diferentes 0,578 112 4,031 1,981 diferentes 1,10FcalcFtabAnálise de difenrença entre asmédias (TESTE t)Graus deConclusãoliber<strong>da</strong>de tcalcula<strong>do</strong> tcríticototalMédiasErroPadrãoM,E,u /f M,E,aR(u/a)Tabela 4.22 - LOTE 02 - Testes nº 158 a 164 - Resumo <strong>da</strong>s análises de variância e de diferença entre as médias e <strong>da</strong> relação R (u/a) (ver APÊNDICE B)LOTE 02 (28 dias)CONCRETO 50MPaCura úmi<strong>da</strong>xCura ao arCRITÉRIO DO ACI 214.4R-03 - Nível de siginificância α = 5%Análise preliminar de variância Análise de difenrença entre as f M,E,u /f M,E,a(TESTE F)médias (TESTE t)R(u/a)Graus deTesteConclusãoAmostra Média Variância (MPa 2 ) Graus de Liber<strong>da</strong>de ErroConclusãoReferênciaFcalc Ftabliber<strong>da</strong>de tcalcula<strong>do</strong> tcríticonºPadrãoVariânciatotalMédias158 (M 15x30)x(M 15x30) 36 18 56,3 5,5 14,4 15,4 35 35 1,072 1,757 iguais 0,922 70 0,895 1,994 iguais 1,01159 (M 10x20)x(M 10x20) 36 36 55,6 54,7 13,6 13,8 35 35 1,013 1,757 iguais 0,885 70 1,012 1,994 iguais 1,02160 (E 15x30)x(E 15x30) 36 18 55,1 53,3 13,6 11,9 35 17 1,138 2,123 iguais 1,061 52 1,742 2,007 iguais 1,03161 (E 10x20)x(E 10x20) 36 18 55,1 52,3 22,3 4,2 35 17 5,303 2,123 diferentes 1,187 52 2,357 2,007 diferentes 1,05162 (E 7,5x15)x(E 7,5x15) 36 18 53,1 51,3 24,9 13,3 35 17 1,874 2,123 iguais 1,349 52 1,296 2,007 iguais 1,03163 (E 5x10)x(E 5x10) 72 36 53,5 51,9 19,2 6,6 71 35 2,886 1,664 diferentes 0,798 105 1,934 1,983 iguais 1,03164 (E 2,5x5)x(E 2,5x5) 126 68 57,9 55,7 43,1 28,3 125 67 1,525 1,441 diferentes 0,932 165 2,405 1,974 diferentes 1,04


161Tabela 4.23 - LOTE 03 - Testes nº 165 a 171 - Resumo <strong>da</strong>s análises de variância e de diferença entre as médias e <strong>da</strong> relação R (u/a) (ver APÊNDICE B)LOTE 03 (28 dias)CONCRETO 70 MPaTestenºReferênciaAmostraCura úmi<strong>da</strong>xCura ao arMédiaAnálise preliminar de variância(TESTE F)Variância (MPa 2 ) Graus de Liber<strong>da</strong>dediferentesCRITÉRIO DO ACI 214.4R-03 - Nível de siginificância α = 5%ConclusãoVariânciaAnálise de difenrença entre asmédias (TESTE t)ConclusãoMédias165 (M 15x30)x(M 15x30) 36 36 70,0 70,2 20,1 23 35 35 1,143 1,757 iguais 1,110 70 0,159 1,994 iguais 1,00166 (M 10x20)x(M 10x20) 36 36 71,1 69,4 19,3 27,9 35 35 1,449 1,757 iguais 1,161 70 1,462 1,994 iguais 1,02167 (E 15x30)x(E 15x30) 36 18 67,7 62,9 33,2 5,6 37 17 5,953 2,123 diferentes 1,441 52 3,300 2,007 diferentes 1,08168 (E 10x20)x(E 10x20) 36 18 68,1 65,3 18,3 5,0 37 17 3,691 2,123 diferentes 1,096 53 2,560 2,060 diferentes 1,04169 (E 7,5x15)x(E 7,5x15) 36 18 65,9 63,8 20,6 8,8 35 17 3,351 2,123 diferentes 1,200 50 1,781 2,009 iguais 1,03170 (E 5x10)x(E 5x10) 72 36 67,8 63,6 38,4 20,1 71 35 1,909 1,664 diferentes 1,171 94 3,616 1,986 diferentes 1,07171 (E 2,5x5)x(E 2,5x5) 124 63 25,3 23,0 12,2 17,7 123 62 1,460 1,417 diferentes 0,578 112 4,031 1,981 1,10FcalcFtabErroPadrãoGraus deliber<strong>da</strong>detotaltcalcula<strong>do</strong>tcríticof M,E,u /f M,E,aR(u/a)Tabela 4.24 - LOTE 01 - Testes nº 172 a 178 - Resumo <strong>da</strong>s análises de variância e de diferença entre as médias e <strong>da</strong> relação R (u/a) (ver APÊNDICE B)LOTE 04 (28 dias)CONCRETO 65 MPaTestenºCura úmi<strong>da</strong>xCura ao arReferência Amostra Média Variância (MPa 2 ) Graus de Liber<strong>da</strong>de Fcalc FtabCRITÉRIO DO ACI 214.4R-03 - Nível de siginificância α = 5%Análise preliminar de variância Análise de difenrença entre as(TESTE F)médias (TESTE t)Graus deConclusão ErroConclusãoliber<strong>da</strong>de tcalcula<strong>do</strong> tcríticoPadrãoVariânciatotalMédias172 (M 15x30)x(M 15x30) 6 6 65,3 65,5 2,3 2,7 5 5 1,166 5,050 iguais 1,005 10 0,235 2,280 iguais 1,00173 (M 10x20)x(M 10x20) 6 6 63,6 64,3 3,9 4,0 5 5 1,027 5,050 iguais 1,260 10 0,615 2,228 iguais 0,99174 (E 15x30)x(E 15x30) 6 6 55,7 53,2 5,2 1,5 5 5 3,539 5,050 iguais 1,154 10 2,141 2,228 iguais 1,05175 (E 10x20)x(E 10x20) 6 6 55,8 54,8 6,2 3,8 5 5 1,642 5,050 iguais 1,411 10 0,752 2,228 iguais 1,02176 (E 7,5x15)x(E 7,5x15) 6 6 56,1 57,6 24,6 7,8 5 5 3,153 5,050 iguais 2,543 10 0,603 2,228 iguais 0,97177 (E 5x10)x(E 5x10) 24 36 61,5 63,6 13,7 20,1 23 35 1,468 1,934 iguais 1,122 58 1,856 2,002 iguais 0,97178 (E 2,5x5)x(E 2,5x5) 21 20 68,3 66,0 45,8 14,5 20 19 3,151 2,155 diferentes 1,771 33 1,251 2,035 iguais 1,03f M,E,u /f M,E,aR(u/a)


162Tabela 4.25 - LOTE 04 - Testes nº 179 a 185 - Resumo <strong>da</strong>s análises de variância e de diferença entre as médias e <strong>da</strong> relação R (u/a) (ver APÊNDICE B)Cura úmi<strong>da</strong>LOTE 04 (90 dias)CRITÉRIO DO ACI 214.4R-03 - Nível de siginificância α = 5%xAnálise preliminar de variância Análise de difenrença entre asCONCRETO 65 MPa Cura ao ar(TESTE F)médias (TESTE t)TestenºReferênciaAmostra Média Variância (MPa 2 )Graus de Liber<strong>da</strong>deConclusãoVariância179 (M 15x30)x(M 15x30) 6 6 69,2 69,3 13,6 11,3 5 5 1,208 5,050 iguais 2,234 10 0,030 2,228180 (M 10x20)x(M 10x20) 6 6 69,3 67,9 1,6 2,2 5 5 1,417 5,050 iguais 0,872 10 1,607 2,228181 (E 15x30)x(E 15x30) 6 6 61,7 61,5 1,3 8,2 5 5 6,345 5,050 diferentes 1,380 7 0,206 2,365182 (E 10x20)x(E 10x20) 6 6 65,6 67,1 13,0 7,7 5 5 1,687 5,050 iguais 2,033 10 0,713 2,228183 (E 7,5x15)x(E 7,5x15) 6 6 66,2 65,4 5,1 2,2 5 5 2,297 5,050 iguais 1,215 10 0,721 2,228184 (E 5x10)x(E 5x10) 24 36 62,8 63,6 25,7 20,1 23 35 1,280 1,843 iguais 1,267 58 0,630 2,002185 (E 2,5x5)x(E 2,5x5) 124 22 25,3 23,0 12,2 17,7 123 21 1,460 1,417 diferentes 0,578 112 4,031 1,981FcalcFtabErroPadrãoGraus deliber<strong>da</strong>detotaltcalcula<strong>do</strong>tcríticoConclusãoMédiasiguaisiguaisiguaisiguaisiguaisiguaisdiferentesf M,E,u /f M,E,aR(u/a)1,001,021,000,981,010,991,01Tabela 4.26 - LOTE 04 - Testes nº 186 a 199 - Resumo <strong>da</strong>s análises de variância e de diferença entre as médias e <strong>da</strong> relação R (90d/28d) (ver apêndice B)LOTE 04 (90d x 28d)CONCRETO 65 MPaCRITÉRIO DO ACI 214.4R-03 - Nível de siginificância α = 5%Análise preliminar de variância Análise de difenrença entre as médias(TESTE F)(TESTE t)TesteCuraVariância Graus deConclusão Erro Graus deConclusãoReferênciaAmostra Médianºtipo(MPa 2 Fcalc Ftab) Liber<strong>da</strong>deVariânciaPadrão liber<strong>da</strong>de total tcalcula<strong>do</strong> tcríticoMédias186 (M 15x30)x(M 15x30) úmi<strong>da</strong> 6 6 69,2 65,3 13,6 2,3 5 5 5,860 5,050 diferentes 1,788 7 2,200 2,365 iguais 1,06187 (M 15x30)x(M 15x30) ao ar 6 6 69,3 65,5 11,3 2,7 5 5 4,159 5,050 iguais 1,674 10 2,248 2,228 diferentes 1,06188 (E 15x30)x(E 15x30) úmi<strong>da</strong> 6 6 61,7 55,7 1,3 5,2 5 5 4,005 5,050 iguais 1,139 10 5,294 2,228 diferentes 1,11189 (E 15x30)x(E 15x30) ao ar 6 6 61,5 53,2 8,2 1,5 5 5 5,607 5,050 diferentes 1,329 7 5,901 2,365 diferentes 1,15190 (M 10x20)x(M 10x20) úmi<strong>da</strong> 6 6 69,3 63,6 1,6 3,9 5 5 2,491 5,050 iguais 1,047 10 5,432 2,228 diferentes 1,09191 (M 10x20)x(M 10x20) ao ar 6 6 67,9 64,3 2,2 4,0 5 5 1,806 5,050 iguais 1,118 10 3,144 2,228 diferentes 1,05192 (E 10x20)x(E 10x20) úmi<strong>da</strong> 6 6 65,5 55,8 13 6,2 5 5 2,098 5,050 iguais 1,957 10 5,011 2,228 diferentes 1,18193 (E 10x20)x(E 10x20) ao ar 6 6 67,1 54,8 7,7 3,8 5 5 2,042 5,050 iguais 1,514 10 8,139 2,228 diferentes 1,22194 (E 7,5x15)x(E 7,5x15) úmi<strong>da</strong> 6 6 66,2 56,1 5,1 24,6 5 5 4,779 5,050 iguais 2,437 10 4,162 2,228 diferentes 1,18195 (E 7,5x15)x(E 7,5x15) ao ar 6 6 65,4 57,6 2,2 7,8 5 5 3,481 5,050 iguais 1,416 10 5,461 2,228 diferentes 1,13196 (E 5x10)x(E 5x10) úmi<strong>da</strong> 12 12 63,0 61,7 5,1 3,2 11 11 2,544 2,818 iguais 1,820 22 0,673 2,074 iguais 1,02197 (E 5x10)x(E 5x10) ao ar 12 12 62,6 61,3 27,6 18,2 11 11 1,513 2,818 iguais 2,040 22 0,660 2,074 iguais 1,02198 (E 2,5x5)x(E 2,5x5) úmi<strong>da</strong> 22 21 71,5 68,3 33,5 45,8 21 20 1,369 2,096 iguais 1,963 41 1,670 2,020 iguais 1,05199 (E 2,5x5)x(E 2,5x5) ao ar 22 21 70,6 66,0 60,0 14,5 21 19 4,125 2,144 diferentes 1,960 32 2,305 2,037 diferentes 1,07fM,E ,90d/fM,E, 28dR (90d/28d)


163Tabela 4.27 - LOTES 01, 02 e 03 - Testes nº 200 a 211 - Resumo <strong>da</strong>s análises de variância e de diferença entre as médias e <strong>da</strong> relação R (fφ15/fφ10) (verapêndice B)Relação entre as <strong>resistência</strong>sf c φ (15x30) /f c φ (10x20)CRITÉRIO DO ACI 214.4R-03 - Nível de siginificância α = 5%Análise preliminar de variância(TESTE F)Análise de difenrença entre asmédias (TESTE t)f cφ15 /f c,φ10R (φ15/φ10)Graus deTesteTipoConclusão ErroConclusãoLoteCura Amostra Média liber<strong>da</strong>de tcalcula<strong>do</strong> tcríticonºM / EVariância (MPaFcalc FtabGraus de Liber<strong>da</strong>de)PadrãoVariânciatotalMédias200 20MPa M úmi<strong>da</strong> 36 36 23,3 24 6,2 7,8 35 35 1,256 1,757 iguais 0,634 70 1,074 1,994 iguais 0,97201 20MPa M ao ar 36 36 23,0 23,5 4,9 4,2 35 35 1,163 1,757 iguais 0,508 70 0,944 1,994 iguais 0,98202 20MPa E úmi<strong>da</strong> 36 36 21,9 21,6 6,7 4,3 35 35 1,599 1,757 iguais 0,560 70 0,489 1,994 iguais 1,01203 20MPa E ao ar 18 18 20,8 20,6 1,1 2,1 17 17 1,862 2,272 iguais 0,434 34 0,647 2,032 iguais 1,01204 50MPa M úmi<strong>da</strong> 36 36 56,3 55,6 14,4 13,6 35 35 1,055 1,757 iguais 0,894 70 0,869 1,994 iguais 1,01205 50MPa M ao ar 36 36 55,5 54,7 15,4 13,8 35 35 1,117 1,757 iguais 0,913 70 0,926 1,994 iguais 1,02206 50MPa E úmi<strong>da</strong> 36 36 55,1 55,1 13,6 22,3 35 35 1,648 1,757 iguais 1,013 70 - 1,994 iguais 1,00207 50MPa E ao ar 18 18 53,3 52,3 11,9 4,2 17 17 2,828 2,272 diferentes 0,974 28 0,977 2,048 iguais 1,02208 70MPa M úmi<strong>da</strong> 36 36 70,0 71,1 20,1 19,3 35 35 1,043 1,757 iguais 1,061 70 1,040 1,994 iguais 0,98209 70MPa M ao ar 36 36 70,2 69,4 23,0 27,9 35 35 1,215 1,757 iguais 1,206 70 0,640 1,994 iguais 1,01210 70MPa E úmi<strong>da</strong> 36 36 67,7 68,1 33,2 18,3 35 35 1,811 1,757 diferentes 1,214 66 0,331 1,997 iguais 0,99211 70MPa E ao ar 18 18 62,9 65,3 5,6 5,0 17 17 1,123 2,272 iguais 0,788 34 2,984 2,032 diferentes 0,96Tabela 4.28 - LOTE 04 - Testes nº 212 a 219 - Resumo <strong>da</strong>s análises de variância e de diferença entre as médias e <strong>da</strong> relação R (fφ15/fφ10) (ver apêndice B)Relação entre as <strong>resistência</strong>sCRITÉRIO DO ACI 214.4R-03 - Nível de siginificância α = 5%f c φ (15x30) /f c φ (10x20)Análise preliminar de variância Análise de difenrença entre as f c,φ15 /f c,φ10(TESTE F)médias (TESTE t)R (φ15/φ10)Graus deTesteTipoConclusão ErroConclusãoLoteAmostra MédiaVariância (MPa 2 Graus de Liber<strong>da</strong>de)Fcalc Ftabliber<strong>da</strong>de tcalcula<strong>do</strong> tcríticonºM / ECuraPadrãoVariânciatotalMédias28 dias212 65MPa M úmi<strong>da</strong> 6 6 65,3 63,6 2,3 3,9 5 5 1,681 5,050 iguais 1,117 10 1,542 2,228 iguais 1,03213 65MPa M ao ar 6 6 65,5 64,3 2,7 4,0 5 5 1,480 5,050 iguais 1,161 10 1,021 2,228 iguais 1,02214 65MPa E úmi<strong>da</strong> 6 6 55,7 55,8 5,2 6,2 5 5 1,191 5,050 iguais 1,508 10 0,071 2,228 iguais 1,00215 65MPa E ao ar 6 6 53,2 54,8 1,5 3,8 5 5 2,567 5,050 iguais 1,023 10 1,483 2,228 iguais 0,9790 dias216 65MPa M úmi<strong>da</strong> 6 6 69,2 69,3 13,6 1,6 5 5 8,687 5,050 diferentes 1,745 6 0,019 2,447 iguais 1,00217 65MPa M ao ar 6 6 69,3 67,9 11,3 2,2 5 5 5,073 5,050 diferentes 1,645 7 0,872 2,365 iguais 1,02218 65MPa E úmi<strong>da</strong> 6 6 61,7 65,6 1,3 13,0 5 5 10,006 5,050 diferentes 1,689 6 2,300 2,447 iguais 0,94219 65MPa E ao ar 6 6 61,5 67,1 8,2 7,7 5 5 1,070 5,050 iguais 1,784 10 3,150 2,228 diferentes 0,92


1644.4 Análise quanto ao critério de normali<strong>da</strong>deObservan<strong>do</strong>-se as tabelas 4.1 a 4.5 e os testes de nº 01 a 70 constantes <strong>do</strong>APÊNDICE A, verifica-se que, em somente 1 caso <strong>da</strong>s 70 distribuições analisa<strong>da</strong>s,correspondente ao teste nº 35, ocorreu o expurgo de apenas 2 valores, em umaamostragem de 126 testemunhos de Φ 2,5cm resultan<strong>do</strong> esta amostragem com 124elementos. Saliente-se o rigoroso nível de significância de 1% a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>, conforme oscritérios <strong>da</strong> ASTM E 178/12 e <strong>do</strong> ACI 214.4R-03. Esse bom comportamento,ilustra<strong>do</strong> nos gráficos normal de probabili<strong>da</strong>de, constantes <strong>do</strong> APÊNDICE A,demonstram a natureza “gaussiana” <strong>da</strong>s distribuições de freqüências <strong>da</strong> variável<strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>, premissa fun<strong>da</strong>mental para odesenvolvimento e confiabili<strong>da</strong>de desse estu<strong>do</strong> experimental.4.5 Análises <strong>da</strong>s relações R (M/E) obti<strong>da</strong>sA relação R (M/E) , que se pretende quantificar, como objetivo principal desta tese,corresponde <strong>à</strong> relação entre a <strong>resistência</strong> <strong>do</strong>s corpos-de-prova padrão mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s,denomina<strong>da</strong> <strong>resistência</strong> potencial, e a <strong>resistência</strong> <strong>do</strong>s testemunhos extraí<strong>do</strong>s, querepresenta a <strong>resistência</strong> efetiva <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> na estrutura. Essa relação, quan<strong>do</strong>obti<strong>da</strong> de corpos-de-prova e testemunhos de mesmas dimensões, quantifica osefeitos causa<strong>do</strong>s pelo processo de broqueamento na <strong>resistência</strong> <strong>do</strong>s testemunhos.Na presente pesquisa experimental, foram a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s corpos-de-prova padrão de10cm x 20cm e 15cm x 30cm, cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s, para comparação com testemunhosde Φ 15cm; Φ 10cm; Φ 7,5cm; Φ 5cm; Φ 2,5cm, extraí<strong>do</strong>s de blocos cura<strong>do</strong>súmi<strong>do</strong>s, por molhagem por um perío<strong>do</strong> de cerca de 23 dias, e igualmente de blocoscura<strong>do</strong>s ao ar, nas condições ambientais, situação esta, comum, na prática, emestruturas que não recebem cura por molhagem sistemática. Ain<strong>da</strong>, para estu<strong>do</strong>comparativo, foram igualmente relaciona<strong>do</strong>s, corpos-de-prova padrão de 10cm x20cm e 15cm x 30cm, cura<strong>do</strong>s ao ar, com os respectivos testemunhos de Φ 15cm;Φ 10cm; Φ 7,5cm; Φ 5 m; Φ 2,5cm, extraí<strong>do</strong>s de blocos também cura<strong>do</strong>s ao ar nasmesmas condições ambientais.


165Nas tabelas 4.29 e 4.30 seguintes, constam os resumos <strong>da</strong>s relações R (M/E) , lista<strong>da</strong>snas tabelas 4.6 a 4.20, cujos cálculos, por sua vez, encontram-se no APÊNDICE B.Tabela 4.29 - Resumo <strong>da</strong>s relações R (M/E) toman<strong>do</strong>-se como base corpos-de-prova padrão cura<strong>do</strong>súmi<strong>do</strong>s segun<strong>do</strong> a NBR-5738Lotef ck0120MPaCORPOS-DE-R (M/E) = fc M /fc EPROVA DEREFERÊNCIA Testemunhos (Blocos cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s)Testemunhos (Blocos cura<strong>do</strong>s ao ar)(cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s)15x30 10x20 7,5x15 5x10 2,5x5 15x30 10x20 7,5x15 5x10 2,5x510 x 20 1,10 1,11 1,17 1,14 0,95 1,15 1,17 1,23 1,20 1,04*15 x 30 1,07 1,08 1,14 1,10 0,92 1,10 1,12 1,18 1,15 1,00*0250MPa0370MPa0465MPa28 dias10 x 20 1,01* 1,01* 1,05 1,04 0,96 1,03* 1,04 1,07 1,05 0,98*15 x 30 1,02* 1,02 1,06 1,05 0,97* 1,06 1,08 1,10 1,09 1,01*10 x 20 1,05 1,04 1,08 1,05 1,00* 1,13 1,09 1,11 1,12 1,0615 x 30 1,03* 1,03* 1,06 1,03* 0,98* 1,11 1,07 1,10 1,10 1,0410 x 20 1,14 1,14 1,13 1,03* 0,93 1,19 1,16 1,10 1,04* 0,96*15 x 30 1,17 1,17 1,16 1,06 0,96 1,23 1,19 1,13 1,07 0,99*0465MPa90 dias10 x 20 1,12 1,06* 1,05 1,10 0,97* 1,13 1,03* 1,06 1,11 0,98*15 x 30 1,12 1,06* 1,05* 1,10 0,97* 1,00* 0,92 0,94 0,99* 0,88(*) Rejeita<strong>da</strong> a hipótese experimentalTabela 4.30 - Resumo <strong>da</strong>s relações R (M/E) toman<strong>do</strong>-se como base corpos-de-prova padrão cura<strong>do</strong>sao arLotefck0120MPaCORPOS-DE-PROVA DEREFERÊNCIA(cura<strong>do</strong>s ao ar)10 x 2015 x 3015x301,131,1010x201,141,12R (M/E) = fc M /fc ETestemunhos (Blocos cura<strong>do</strong>s ao ar)7,5x151,201,185x101,171,152,5x51,02*1,00*0250MPa10 x 2015 x 301,03*1,04*1,041,061,071,081,051,070,98*1,00*0370MPa10 x 2015 x 301,101,121,061,081,091,101,091,101,031,040465MPa28 dias10 x 2015 x 301,211,231,181,201,121,141,05*1,070,97*0,99*0465MPa90 dias10 x 2015 x 301,101,131,01*1,03*1,041,061,081,110,96*0,98*(*) Rejeita<strong>da</strong> a hipótese experimental


166Na tabela 4.29, os valores <strong>da</strong> relação R (M/E) referem-se <strong>à</strong> comparação <strong>do</strong>s corpos-deprovapadrão cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s, com os testemunhos extraí<strong>do</strong>s, tanto <strong>do</strong>s blocoscura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s, quanto <strong>do</strong>s blocos cura<strong>do</strong>s ao ar. Essas mesmas relações R (M/E) ,entre os corpos-de-prova de dimensões padroniza<strong>da</strong>s cura<strong>do</strong>s ao ar, comtestemunhos extraí<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s blocos cura<strong>do</strong>s nas mesmas condições, sãoapresenta<strong>da</strong>s na Tabela 4.30.Nas referi<strong>da</strong>s tabelas, encontram-se, destaca<strong>da</strong>s em negrito, as relações nas quaisa hipótese experimental, de diferença entre as médias <strong>do</strong>s grupos, foi confirma<strong>da</strong>estatisticamente, o que corresponde a 73% <strong>do</strong> total <strong>da</strong>s relações R (M/E) . Com oasterisco, estão assinala<strong>da</strong>s aquelas em que a hipótese experimental foi rejeita<strong>da</strong>,ou seja, nas quais as diferenças entre as médias podem ser relativas, meramente, aaleatorie<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s <strong>da</strong><strong>do</strong>s.Várias análises podem ser procedi<strong>da</strong>s com a extensa massa de <strong>da</strong><strong>do</strong>s disponível.Serão considera<strong>da</strong>s nessas análises, apenas as relações estatisticamentesignificativas que constitui a expressiva maioria.A 1ª análise diz respeito <strong>à</strong> variação <strong>do</strong> R (M/E) com as dimensões <strong>do</strong>s corpos-de-provapadroniza<strong>do</strong>s, previstos na normalização. Para o <strong>concreto</strong> de f ck 20MPa,comparan<strong>do</strong>-se, inicialmente, os corpos-de-prova de 15cm x 30cm cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s,com os testemunhos de iguais dimensões, para a i<strong>da</strong>de de 28 dias, o γ c2 assume osvalores de 1,07 para os blocos cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s, e de 1,10 para os blocos cura<strong>do</strong>s aoar, resultan<strong>do</strong> um valor médio de 1,09. Comparação análoga, toman<strong>do</strong>-se comobase os corpos-de-prova de 10cm x 20cm, resultam em valores respectivamente de1,11 e 1,17 com valor médio de 1,14. Observa-se, para a relação referente aoΦ 10cm, um aumento no valor de γ c2 , como um reflexo <strong>do</strong>s efeitos <strong>do</strong> broqueamento,de maior incidência nos testemunhos de Φ 10cm que nos de Φ 15cm, explica<strong>do</strong>spela relação <strong>da</strong> microfissuração com o menor diâmetro e volume <strong>do</strong>s testemunhos.Por outro la<strong>do</strong>, consideran<strong>do</strong>-se que não há diferenças estatisticamentesignificativas, ao nível de amostragem estu<strong>da</strong><strong>do</strong>, entre as <strong>resistência</strong>s <strong>do</strong>s corposde-provapadrão de Φ 15cm e Φ 10cm, permite-se o confronto, para o γ c2 , <strong>do</strong> CPmol<strong>da</strong><strong>do</strong> de Φ 10cm com testemunhos de Φ 15cm e vice-versa. Dessa forma,obtém-se um valor promédio final para o γ c2 de 1,09, para esse <strong>concreto</strong> de20MPa, obti<strong>do</strong> pelo coeficiente angular <strong>da</strong> reta ajusta<strong>da</strong> na correlação nº 04 <strong>do</strong>Gráfico 4.14, ao nível de significância de 1%, consideran<strong>do</strong>-se conjuntamente os 2


167tipos de corpos-de-prova e os 2 tipos de cura, para as relações estatisticamentesignificativas <strong>da</strong> tabela 4.29.São apresenta<strong>da</strong>s a seguir as correlações entre as <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>s corposde-provapadrão e <strong>do</strong>s seus pares-testemunhos referentes ao <strong>concreto</strong> de 20MPa.Essas correlações foram obti<strong>da</strong>s consideran<strong>do</strong>-se, isola<strong>da</strong>mente, os blocos cura<strong>do</strong>súmi<strong>do</strong>s, os blocos cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s e ao ar conjuntamente, e, por fim, a correlaçãogeral nº 04 supracita<strong>da</strong>. As correspondentes análises de significância constam <strong>do</strong>APÊNDICE I.Correlação entre (M 15x30) X (E 15x30) 20 MPay = 1,06xR 2 = 0,86M 15x30 Umi<strong>do</strong> (MPa)31,029,027,025,023,021,019,017,015,018,0 20,0 22,0 24,0 26,0 28,0 30,0E 15x30 Umi<strong>do</strong> (MPa)n=6Gráfico 4.11- Correlação nº 01 – <strong>concreto</strong> de 20MPa – <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>s CP padrão de15cm x 30cm (M) x <strong>resistência</strong> média de testemunhos de 15cm x 30cm (E) obti<strong>da</strong>s de blocos cura<strong>do</strong>súmi<strong>do</strong>sCorrelação entre (M 10x20) X (E 10x20) 20 MPa y = 1,11xR 2 = 0,69M 10x20 Umi<strong>do</strong> (MPa)31,029,027,025,023,021,019,017,015,018,0 20,0 22,0 24,0 26,0 28,0 30,0E 10x20 Umi<strong>do</strong> (MPa)n=6Gráfico 4.12- Correlação nº 02 – <strong>concreto</strong> de 20MPa – <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>s CP padrão de10cm x 20cm (M) x <strong>resistência</strong> média de testemunhos de 10cm x 20cm (E) obti<strong>da</strong>s de blocos cura<strong>do</strong>súmi<strong>do</strong>s


168Correlação entre (M 10x20) X (E 15x30) 20 MPay = 1,10xR 2 = 0,86M 10x20 Umi<strong>do</strong> (MPa)31,029,027,025,023,021,019,017,015,018,0 20,0 22,0 24,0 26,0 28,0 30,0E 15x30 Umi<strong>do</strong> (MPa)n=6Gráfico 4.13- Correlação nº 03 – <strong>concreto</strong> de 20MPa – <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>s CP padrão de10cm x 20cm (M) x <strong>resistência</strong> média de testemunhos de 15cm x 30cm (E) obti<strong>da</strong>s de blocos cura<strong>do</strong>súmi<strong>do</strong>sCorrelação entre (M 10x20 e 15x30) X (E 10x20 e15x30) 20 MPay = 1,09xR 2 = 0,69M 10x20 e 15x30 Umi<strong>do</strong> (MPa)30,028,026,024,022,020,018,018,0 19,0 20,0 21,0 22,0 23,0 24,0 25,0 26,0 27,0 28,0E 10x20 e 15x30 Umi<strong>do</strong> e ao ar (MPa)n=24Gráfico 4.14- Correlação nº 04 – <strong>concreto</strong> de 20MPa – correlação conjunta entre as <strong>resistência</strong>smédias <strong>do</strong>s CP padrão de 10cm x 20cm (M) e 15cm x 30cm (M) x <strong>resistência</strong> média de testemunhosde 10cm x 20cm (E) e 15cm x 30cm (E) de blocos cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s e ao ar.Uma 2ª análise se refere a relação <strong>do</strong>s corpos-de-prova padrão cura<strong>do</strong>s ao ar,situação não convencional, compara<strong>do</strong>s com os seus pares-testemunhos obti<strong>do</strong>s deblocos também cura<strong>do</strong>s ao ar (ver Tabela 4.30). O valor médio final, nestascondições, para a R (M/E) , é de 1,12, praticamente igual ao seu correspondente nacondição anteriormente analisa<strong>da</strong>, não se evidencian<strong>do</strong>, assim, diferença nos efeitos<strong>do</strong> broqueamento entre elas.É importante registrar, que to<strong>da</strong>s as variações numéricas observa<strong>da</strong>s nas relaçõesR (M/E) , por menor que tenham si<strong>do</strong>, ocorreram num mesmo senti<strong>do</strong>, de crescimentoou de redução, para as diversas condições analisa<strong>da</strong>s, em função <strong>da</strong>s dimensões


169<strong>do</strong>s corpos-de-prova e <strong>do</strong>s testemunhos e <strong>da</strong>s diferentes condições de cura. Estefato, é outro bom indica<strong>do</strong>r <strong>da</strong> fidedigni<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s ensaios e <strong>da</strong>confiabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s relações obti<strong>da</strong>s.Uma 3ª análise se prende a possível variação <strong>da</strong> R (M/E) com o nível de <strong>resistência</strong> <strong>do</strong><strong>concreto</strong>.Para o <strong>concreto</strong> de 50MPa as <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>s conjuntos estu<strong>da</strong><strong>do</strong>sapresentaram valores muito próximos, não se confirman<strong>do</strong>, para esse nível deamostragem, a hipótese experimental, para a metade <strong>da</strong>s comparações efetua<strong>da</strong>s(ver Tabela 4.29). Dentro <strong>da</strong> mesma linha de considerações feitas para o f ck 20MPa,chega-se a um valor médio final para R (M/E)de 1,05, obti<strong>do</strong> de 4 relaçõesestatisticamente significativas, consideran<strong>do</strong>-se indistintamente os diâmetros Φ15cm e Φ 10cm, constantes <strong>da</strong> Tabela 4.29.Comportamento análogo, observa-se para o <strong>concreto</strong> de 70MPa, apresentan<strong>do</strong> paraa R (M/E) , os valores médios de 1,05, referente aos blocos cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s e de 1,10para os blocos cura<strong>do</strong>s ao ar. O valor promédio final é obti<strong>do</strong> pelo coeficienteangular <strong>da</strong> reta ajusta<strong>da</strong> na correlação, consideran<strong>do</strong>-se conjuntamente os 2 tiposde corpos-de-prova padroniza<strong>do</strong>s e os 2 tipos de cura a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s, a um nível designificância de 1% resultan<strong>do</strong> a R (M/E) em 1,05 para os blocos cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>sGráfico 4.16 e em 1,04 como relação geral para esse <strong>concreto</strong> de 70MPa obti<strong>da</strong> noGráfico 4.17. Apresentam-se a seguir os gráficos representativos <strong>da</strong>s correlaçõesreferentes aos blocos cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s, estatisticamente significantes ao nível de 5%e a correlação geral supracita<strong>da</strong> significativa ao nível de 1% (APÊNDICE I).Correlação entre (M 10x20) X (E 10x20) 70 MPay = 1,04xR 2 = 0,7385,0M 10x20 Úmi<strong>do</strong> (MPa)80,075,070,065,060,060,0 65,0 70,0 75,0 80,0E 10x20 Úmi<strong>do</strong> (MPa)n=6Gráfico 4.15- Correlação nº 05 – <strong>concreto</strong> de 70MPa – <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>s CP padrão de10cm x 20cm (M) x <strong>resistência</strong> média de testemunhos de 10cm x 20cm (E) obti<strong>da</strong>s de blocos cura<strong>do</strong>súmi<strong>do</strong>s


170Correlação entre (M 10x20) X (E 15x30) 70 MPa y = 1,05xR 2 = 0,7785,0M 10x20 Úmi<strong>do</strong> (MPa)80,075,070,065,060,060,0 65,0 70,0 75,0 80,0E 15x30 Úmi<strong>do</strong> (MPa)n=6Gráfico 4.16- Correlação nº 06 – <strong>concreto</strong> de 70MPa – <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>s CP padrão de10cm x 20cm (M) x <strong>resistência</strong> média de testemunhos de 15cm x 30cm (E) obti<strong>da</strong>s de blocos cura<strong>do</strong>súmi<strong>do</strong>s.M 10x20 e 15x30 Umi<strong>do</strong>(MPa)85,080,075,070,065,0Correlação entre (M 10x20 e 15x30) X (E 10x20 e15x30) 70 MPa y = 1,04xR 2 = 0,7260,060,0 62,0 64,0 66,0 68,0 70,0 72,0 74,0 76,0 78,0E 10x20 e 15x30 Umi<strong>do</strong> e ao ar (MPa)n=24Gráfico 4.17- Correlação nº 07 – <strong>concreto</strong> de 70MPa – correlação conjunta entre as <strong>resistência</strong>smédias <strong>do</strong>s CP padrão de 10cm x 20cm (M) e 15cm x 30cm (M) x <strong>resistência</strong> média de testemunhosde 10cm x 20cm (E) e 15cm x 30cm (E) de blocos cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s e ao ar.Quanto ao <strong>concreto</strong> de 65MPa, obteve-se, para a i<strong>da</strong>de de 28 dias, nas mesmascondições explicita<strong>da</strong>s para os demais <strong>concreto</strong>s, valores médios de 1,15 referentesaos blocos úmi<strong>do</strong>s e de 1,19 referente aos blocos ao ar com média final de 1,17.Observa-se para esse <strong>concreto</strong> um crescimento <strong>do</strong> valor <strong>da</strong> R (M/E) em relação aos<strong>concreto</strong>s anteriores. Embora, guar<strong>da</strong>n<strong>do</strong> a mesma coerência, já cita<strong>da</strong>, no senti<strong>do</strong>de variação <strong>do</strong>s valores <strong>da</strong> R (M/E) , descarta-se a análise isola<strong>da</strong> deste <strong>concreto</strong>, emface <strong>do</strong> pequeno tamanho de sua amostragem, com 1/6 <strong>do</strong> número de elementosem relação <strong>à</strong>s demais. Isto se deveu ao fato, <strong>da</strong> mesma ser constituí<strong>da</strong> por um únicoevento de mol<strong>da</strong>gem no canteiro-de-obras. Esses resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> de 65MPa,


171no entanto, serão considera<strong>do</strong>s nas análise globais, bem como na verificação <strong>da</strong>influência <strong>da</strong> i<strong>da</strong>de sobre o resulta<strong>do</strong>, já que para este lote foram também analisa<strong>do</strong>sos resulta<strong>do</strong>s aos 90 dias de i<strong>da</strong>de. Assim, analisan<strong>do</strong>-se os resulta<strong>do</strong>s <strong>da</strong>s relaçõesR (M/E) , para os <strong>concreto</strong>s de 20MPa, 50MPa e 70MPa, verifica-se uma tendência,embora diminuta, de redução, para os <strong>concreto</strong>s de maior <strong>resistência</strong>, passan<strong>do</strong> oseu valor médio final de 1,09 referente ao <strong>concreto</strong> de 20MPa para 1,04 para o<strong>concreto</strong> de 70MPa, com redução <strong>da</strong> ordem de 5%. Faz-se a ressalva <strong>do</strong> número deamostragens estatisticamente significativas <strong>da</strong> relação R (M/E) , ser menor para os<strong>concreto</strong>s de 50MPa e 70MPa em relação ao <strong>concreto</strong> de 20MPa, sobretu<strong>do</strong> para ode 50MPa. Esta constatação, contrariamente ao relata<strong>do</strong> por alguns pesquisa<strong>do</strong>res– entre eles Petersons 101 e Malhotra 16,158 , porém, em concordância com a tendênciaencontra<strong>da</strong> por Malier (150) e com citações de Martins, Fernandez-Gomez e DalMolin (165) , em trabalhos mais recentes – <strong>da</strong> menor influência <strong>do</strong>s efeitos <strong>do</strong>broqueamento, sobre os <strong>concreto</strong>s de 50MPa e 70MPa em relação ao de 20MPa,explica-se pelas eleva<strong>da</strong>s <strong>resistência</strong>s de aderência, resultantes <strong>da</strong>s baixas relaçõeságua/cimento, pela ação físico-química <strong>da</strong> adição de metacaulim, pela melhorhomogenei<strong>da</strong>de e maior compaci<strong>da</strong>de destes <strong>concreto</strong>s. Reforça-se essaargumentação, pelos progressos e <strong>do</strong>mínio atual <strong>da</strong> tecnologia <strong>do</strong>s <strong>concreto</strong>s de altodesempenho, produzi<strong>do</strong>s com aditivos superplastificantes de última geração e pelaspesquisas com as adições minerais ativas.4.6 Correlações gerais <strong>da</strong>s relações R (M/E) para to<strong>do</strong>s os <strong>concreto</strong>s estu<strong>da</strong><strong>do</strong>sConstam deste item, as correlações gerais abrangen<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s os níveis de<strong>resistência</strong>s <strong>do</strong>s <strong>concreto</strong>s estu<strong>da</strong><strong>do</strong>s. As mesmas, tem como referência, os corposde-provapadroniza<strong>do</strong>s de 10cm x 20cm e 15cm x 30cm, compara<strong>do</strong>s com ostestemunhos de iguais dimensões, extraí<strong>do</strong>s de blocos cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s, de blocoscura<strong>do</strong>s ao ar e consideran<strong>do</strong>-se conjuntamente os 2 tipos de cura. Apresenta-seain<strong>da</strong> uma correlação única abrangen<strong>do</strong> os referi<strong>do</strong>s corpos-de-prova, testemunhose condições de cura. Essas correlações foram obti<strong>da</strong>s com base, exclusivamente,nas relações R (M/E) estatisticamente váli<strong>da</strong>s e são to<strong>da</strong>s significantes ao nível de 1%(ver APÊNDICE I).


172M 10x20 Umi<strong>do</strong> (MPa)Correlação entre (M 10x20) X (E 10x20) y = 1,06xR 2 = 0,9985,075,065,055,045,035,025,015,015,0 25,0 35,0 45,0 55,0 65,0 75,0 85,0E 10x20 Umi<strong>do</strong> (MPa)n=13Gráfico 4.18- Correlação nº 08 – geral para to<strong>do</strong>s os <strong>concreto</strong>s – <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>s CP padrãode 10cm x 20cm (M) x <strong>resistência</strong> média de testemunhos de 10cm x 20cm (E) obti<strong>da</strong>s de blocoscura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>sM 10x20 Umi<strong>do</strong> (MPa)85,075,065,055,045,035,025,0Correlação entre (M 10x20) X (E 10x20) y = 1,06xR 2 = 0,9915,015,0 25,0 35,0 45,0 55,0 65,0 75,0 85,0E 10x20 Umi<strong>do</strong> e ao ar(MPa)n=23Gráfico 4.19- Correlação nº 09 – geral para to<strong>do</strong>s os <strong>concreto</strong>s – <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>s CP padrãode 10cm x 20cm (M) x <strong>resistência</strong> média de testemunhos de 10cm x 20cm (E) obti<strong>da</strong>s de blocoscura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s e ao ar85,0Correlação entre (M 15x30) X (E 15x30) y = 1,08xR 2 = 0,9875,0M 15x30 Umi<strong>do</strong> (MPa)65,055,045,035,025,015,015,0 25,0 35,0 45,0 55,0 65,0 75,0E 15x30 Umi<strong>do</strong> e ao ar(MPa)n=17Gráfico 4.20- Correlação nº 10 – geral para to<strong>do</strong>s os <strong>concreto</strong>s – <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>s CP padrãode 15cm x 30cm (M) x <strong>resistência</strong> média de testemunhos de 15cm x 30cm (E) obti<strong>da</strong>s de blocoscura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s e ao ar


173Correlação entre (M 10x20) X (E 15x30)y = 1,07xR 2 = 0,9985,0M 10x20 Umi<strong>do</strong> (MPa)75,065,055,045,035,025,015,015,0 25,0 35,0 45,0 55,0 65,0 75,0 85,0E 15x30 Umi<strong>do</strong> e ao ar (MPa)n=20Gráfico 4.21- Correlação nº 11– geral para to<strong>do</strong>s os <strong>concreto</strong>s – <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>s CP padrãode 10cm x 20cm (M) x <strong>resistência</strong> média de testemunhos de 15cm x 30cm (E) obti<strong>da</strong>s de blocoscura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s e ao ar.85,0Correlação entre (M 15x30) X (E 10x20) y = 1,05xR 2 = 0,9775,0M 15x30 Umi<strong>do</strong> (MPa)65,055,045,035,025,015,015,0 25,0 35,0 45,0 55,0 65,0 75,0E 10x20 Umi<strong>do</strong> e ao ar (MPa)n=23Gráfico 4.22- Correlação nº 12– geral para to<strong>do</strong>s os <strong>concreto</strong>s – <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>s CP padrãode 15cm x 30cm (M) x <strong>resistência</strong> média de testemunhos de 10cm x 20cm (E) obti<strong>da</strong>s de blocoscura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s e ao ar.85,0Correlação entre (M 10x20 e 15x30) X (E 10x20 e 15x30) y = 1,07xR 2 = 0,98M 10x20 e 15x30 Umi<strong>do</strong>(M Pa)75,065,055,045,035,025,015,015,0 25,0 35,0 45,0 55,0 65,0 75,0 85,0E 10x20 e 15x30 Umi<strong>do</strong> e ao ar (MPa)n=83Gráfico 4.23- Correlação nº 13– geral para to<strong>do</strong>s os <strong>concreto</strong>s – conjunta <strong>da</strong>s <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>sCP padrão de 10cm x 20cm (M) e 15cm x 30cm (M) x <strong>resistência</strong> média de testemunhos de10cm x 20cm (E) e 15cm x 30cm (E) obti<strong>da</strong>s de blocos cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s e ao ar.


174Analisan<strong>do</strong>-se o conjunto de correlações e regressões obti<strong>da</strong>s observa-se que ocoeficiente angular que representa o γ c2 varia entre 1,05 a 1,08. A correlação geral,considera<strong>da</strong> como estatisticamente mais significativa para representar a relaçãoR (M/E) , apresentou o valor final de 1,07, constante <strong>do</strong> Gráfico 4.23. Este valorencontra<strong>do</strong> é praticamente coincidente com o valor de 1,06 proposto pelo ACI214.4R-203 em sua tabela 8-1, para ser multiplica<strong>do</strong> pela <strong>resistência</strong> <strong>do</strong>stestemunhos em face <strong>do</strong>s <strong>da</strong>nos <strong>do</strong> broqueamento, único coeficiente indica<strong>do</strong>explicitamente, para tal fim, em normas nacionais e internacionais. De sua parte, aConcrete Society, considera como razoável que a <strong>resistência</strong> <strong>do</strong> testemunho seja de5% a 7% inferior <strong>à</strong> <strong>resistência</strong> <strong>do</strong> corpo-de-prova mol<strong>da</strong><strong>do</strong>, sen<strong>do</strong> assim, de mesmaordem de grandeza. Por sua vez o CEB atribui o valor de 1,10 para a parcela γ c2 querepresenta a diferença <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>do</strong> corpo-de-prova para a estrutura.A NBR 6118:2003, admite, para verificação <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> limite último, no caso detestemunhos extraí<strong>do</strong>s <strong>da</strong> estrutura, dividir o valor <strong>do</strong> γ c por 1,1. Por sua vez, aversão anterior desta norma (NBR 6118:1978), no capítulo concernente <strong>à</strong> Aceitação<strong>da</strong> Estrutura, no que se refere aos ensaios especiais, recomen<strong>da</strong>va a extração pelomenos 6 corpos-de-prova de 15cm de diâmetro, corrigin<strong>do</strong>-se os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>sensaios de ruptura em virtude <strong>do</strong>s efeitos <strong>do</strong> broqueamento, sem, no entantoespecificar o coeficiente para tal. Em parágrafo seguinte recomen<strong>da</strong>va que o valor<strong>da</strong> <strong>resistência</strong> característica deveria ser aumenta<strong>do</strong> de 10% (ou 15%), dependen<strong>do</strong><strong>da</strong> amostragem, por se tratar <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> na própria estrutura. Nopresente estu<strong>do</strong> experimental o valor 1,07 representa estatisticamente o coeficientede correção a ser aplica<strong>do</strong> para os efeitos <strong>do</strong> broqueamento na <strong>resistência</strong> <strong>do</strong>stestemunhos para comparação com os corpos-de-prova padroniza<strong>do</strong>s.4.7 Análise <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s testemunhos de Φ 7,5cm; Φ 5cm e Φ 2,5cmComo objetivo específico desta tese, procurou-se investigar a influência <strong>da</strong> redução<strong>do</strong>s diâmetros e <strong>do</strong> tamanho <strong>do</strong>s testemunhos extraí<strong>do</strong>s, nos resulta<strong>do</strong>s de<strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong>, comparativamente com os corpos-de-prova padroniza<strong>do</strong>spela normalização. Buscou-se verificar a possibili<strong>da</strong>de de utilização destes


175testemunhos de menores dimensões, na <strong>avaliação</strong> de estruturas acaba<strong>da</strong>s, pelasinúmeras vantagens decorrentes de sua prática, em comparação com a extração<strong>do</strong>s testemunhos de dimensões tradicionais. São elas: de causar menores <strong>da</strong>nos <strong>à</strong>estrutura, de evitar o corte de armaduras, de reduzir o custo e facilitar: a extração, otransporte, o corte de suas faces, o armazenamento em laboratório, e, por fim,facilitar os ensaios de ruptura <strong>à</strong> <strong>compressão</strong>, possibilitan<strong>do</strong>, inclusive, a utilização deprensas de menor capaci<strong>da</strong>de de carga.Conforme foi comenta<strong>do</strong> no item 4.2 os resulta<strong>do</strong>s médios obti<strong>do</strong>s com essestestemunhos guar<strong>da</strong>ram coerência com os testemunhos de 10cm x 20cm e 15cm x30cm e com os corpos-de-prova mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s de referência, para as duas condições decura, considera<strong>da</strong>s, como se pode verificar nos quadros 4.1 e 4.2 e nos respectivosgráficos representativos 4.1 a 4.10.Com base na tabela 4.29, consideran<strong>do</strong> as relações R (M/E) estatisticamentesignificativas, são apresenta<strong>da</strong>s as correlações comparan<strong>do</strong>-se os corpos-de-provapadrão de 10cm x 20cm e de 15cm x 30cm cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s com os testemunhos deΦ 7,5cm; Φ 5cm e Φ 2,5cm , extraí<strong>do</strong>s de blocos cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s, de blocos cura<strong>do</strong>sao ar, bem como a análise conjunta para os 2 tipos de corpo-de-prova e os 2 tiposde cura.Seguem-se os respectivos gráficos correspondentes as 15 correlações obti<strong>da</strong>s – 5para ca<strong>da</strong> diâmetro de testemunho – excelentes correlações, to<strong>da</strong>s ao nível designificância de 1% cujas análises constam <strong>do</strong> APÊNDICE I.Correlação entre (M 15x30) X (E 7,5x15)y = 1,07xR 2 = 0,9885,0M 15x30 Umi<strong>do</strong> (MPa)75,065,055,045,035,025,015,015,0 25,0 35,0 45,0 55,0 65,0 75,0 85,0E 7,5x15 Umi<strong>do</strong> (MPa)n=19Gráfico 4.24- Correlação nº 14– geral para to<strong>do</strong>s os <strong>concreto</strong>s – <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>s CP padrãode 15cm x 30cm (M) x <strong>resistência</strong> média de testemunhos de 7,5cm x 15cm (E) obti<strong>da</strong>s de blocoscura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s.


176M 10x20 Umi<strong>do</strong> (MPa)Correlação entre (M 10x20) X (E 7,5x15) y = 1,04xR 2 = 0,9885,075,065,055,045,035,025,015,015,0 25,0 35,0 45,0 55,0 65,0 75,0 85,0E 7,5x15 Umi<strong>do</strong> (MPa)n=19Gráfico 4.25- Correlação nº 15– geral para to<strong>do</strong>s os <strong>concreto</strong>s– <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>s CP padrãode 10cm x 20cm (M) x <strong>resistência</strong> média de testemunhos de 7,5cm x 15cm (E) obti<strong>da</strong>s de blocoscura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s.Correlação entre (M 15x30) X (E 7,5x15) y = 1,07xR 2 = 0,98M 15x30 Umi<strong>do</strong> (MPa)85,075,065,055,045,035,025,015,015,0 25,0 35,0 45,0 55,0 65,0 75,0 85,0E 7,5x15 úmi<strong>do</strong> e ao ar (MPa)n=29Gráfico 4.26- Correlação nº 16– geral para to<strong>do</strong>s os <strong>concreto</strong>s – <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>s CP padrãode 15cm x 30cm (M) x <strong>resistência</strong> média de testemunhos de 7,5cm x 15cm (E) obti<strong>da</strong>s de blocoscura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s e ao ar.Correlação entre (M 10x20) X (E 7,5x15)y = 1,07xR 2 = 0,98M 10x20 Umi<strong>do</strong> (MPa)85,075,065,055,045,035,025,015,015,0 25,0 35,0 45,0 55,0 65,0 75,0 85,0E 7,5x15 úmi<strong>do</strong> ao ar (MPa)n=29Gráfico 4.27- Correlação nº 17– geral para to<strong>do</strong>s os <strong>concreto</strong>s – <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>s CP padrãode 10cm x 20cm (M) x <strong>resistência</strong> média de testemunhos de 7,5cm x 15cm (E) obti<strong>da</strong>s de blocoscura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s e ao ar.


177Correlação entre (M 15x30 e 10x20) X (E 7,5x15)y = 1,07xR 2 = 0,98M 15x30 e 10x20 Umi<strong>do</strong> (MPa)85,075,065,055,045,035,025,015,015,0 25,0 35,0 45,0 55,0 65,0 75,0 85,0E 7,5x15 úmi<strong>do</strong> e ao ar (MPa)n=54Gráfico 4.28- Correlação nº 18 – geral para to<strong>do</strong>s os <strong>concreto</strong>s – conjunta <strong>da</strong>s <strong>resistência</strong>s médias<strong>do</strong>s CP padrão de 15cm x 30cm (M) e 10cm x 20cm (M) x <strong>resistência</strong> média de testemunhos de7,5cm x 15cm (E) obti<strong>da</strong>s de blocos cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s e ao ar.Correlação entre (M 15x30) X (E 5x10)y = 1,04xR 2 = 0,9885,0M 15x30 Umi<strong>do</strong> (MPa)75,065,055,045,035,025,015,015,0 25,0 35,0 45,0 55,0 65,0 75,0 85,0E 5x10 Umi<strong>do</strong> (MPa)n=19Gráfico 4.29- Correlação nº 19 – geral para to<strong>do</strong>s os <strong>concreto</strong>s – <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>s CP padrãode 15cm x 30cm (M) x <strong>resistência</strong> média de testemunhos de 5cm x 10cm (E) obti<strong>da</strong>s de blocoscura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s.M 10x20 Umi<strong>do</strong> (MPa)Correlação entre (M 10x20) X (E 5x10) y = 1,05xR 2 = 0,9985,075,065,055,045,035,025,015,015,0 25,0 35,0 45,0 55,0 65,0 75,0 85,0E 5x10 Umi<strong>do</strong> (MPa)n=19Gráfico 4.30- Correlação nº 20 – geral para to<strong>do</strong>s os <strong>concreto</strong>s – <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>s CP padrãode 10cm x 20cm (M) x <strong>resistência</strong> média de testemunhos de 5cm x 10cm (E) obti<strong>da</strong>s de blocoscura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s.


178Correlação entre (M 15x30) X (E 5x10)y = 1,04xR 2 = 0,9985,0M 15x30 Umi<strong>do</strong> (MPa)75,065,055,045,035,025,015,015,0 25,0 35,0 45,0 55,0 65,0 75,0 85,0E 5x10 úmi<strong>do</strong> e ao ar (MPa)n=29Gráfico 4.31- Correlação nº 21 – geral para to<strong>do</strong>s os <strong>concreto</strong>s – <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>s CP padrãode 15cm x 30cm (M) x <strong>resistência</strong> média de testemunhos de 5cm x 10cm (E) obti<strong>da</strong>s de blocoscura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s e ao ar.Correlação entre (M 10x20) X (E 5x10)y = 1,04xR 2 = 0,9985,0M 10x20 Umi<strong>do</strong> (MPa)75,065,055,045,035,025,015,015,0 25,0 35,0 45,0 55,0 65,0 75,0 85,0E 5x10 úmi<strong>do</strong> ao ar (MPa)n=29Gráfico 4.32- Correlação nº 22 – geral para to<strong>do</strong>s os <strong>concreto</strong>s – <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>s CP padrãode 10cm x 20cm (M) x <strong>resistência</strong> média de testemunhos de 5cm x 10cm (E) obti<strong>da</strong>s de blocoscura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s e ao ar.Correlação entre (M 15x30 e 10x20) X (E 5x10)y = 1,04xR 2 = 0,99M 15x30 e 10x20 Umi<strong>do</strong> (MPa)85,075,065,055,045,035,025,015,015,0 25,0 35,0 45,0 55,0 65,0 75,0 85,0E 5x10 úmi<strong>do</strong> e ao ar (MPa)n=54Gráfico 4.33- Correlação nº 23 – geral para to<strong>do</strong>s os <strong>concreto</strong>s – conjunta <strong>da</strong>s <strong>resistência</strong>s médias<strong>do</strong>s CP padrão de 15cm x 30cm (M) e 10cm x 20cm (M) x <strong>resistência</strong> média de testemunhos de5cm x 10cm (E) obti<strong>da</strong>s de blocos cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s e ao ar.


179Correlação entre (M 15x30) X (E 2,5x5)y = 0,98xR 2 = 0,9985,0M 15x30 Umi<strong>do</strong> (MPa)75,065,055,045,035,025,015,015,0 25,0 35,0 45,0 55,0 65,0 75,0 85,0E 2,5x5 Umi<strong>do</strong> (MPa)n=19Gráfico 4.34- Correlação nº 24 – geral para to<strong>do</strong>s os <strong>concreto</strong>s – <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>s CP padrãode 15cm x 30cm (M) x <strong>resistência</strong> média de testemunhos de 2,5cm x 5cm (E) obti<strong>da</strong>s de blocoscura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s85,0Correlação entre (M 10x20) X (E 2,5x5) y = 0,98xR 2 = 0,98M 10x20 Umi<strong>do</strong> (MPa)75,065,055,045,035,025,015,015,0 25,0 35,0 45,0 55,0 65,0 75,0 85,0E 2,5x5 Umi<strong>do</strong> (MPa)n=19Gráfico 4.35- Correlação nº 25 – geral para to<strong>do</strong>s os <strong>concreto</strong>s – <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>s CP padrãode 10cm x 20cm (M) x <strong>resistência</strong> média de testemunhos de 2,5cm x 5cm (E) obti<strong>da</strong>s de blocoscura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>sCorrelação entre (M 15x30) X (E 2,5x5)y = 0,98xR 2 = 0,9985,0M 15x30 Umi<strong>do</strong> (MPa)75,065,055,045,035,025,015,015,0 25,0 35,0 45,0 55,0 65,0 75,0 85,0E 2,5x5 úmi<strong>do</strong> e ao ar (MPa)n=29Gráfico 4.36- Correlação nº 26 – geral para to<strong>do</strong>s os <strong>concreto</strong>s – <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>s CP padrãode 15cm x 30cm (M) x <strong>resistência</strong> média de testemunhos de 2,5cm x 5cm (E) obti<strong>da</strong>s de blocoscura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s e ao ar


180Correlação entre (M 10x20) X (E 2,5x5)y = 0,98xR 2 = 0,9985,0M 10x20 Umi<strong>do</strong> (MPa)75,065,055,045,035,025,015,015,0 25,0 35,0 45,0 55,0 65,0 75,0 85,0E 2,5x5 úmi<strong>do</strong> e ao ar (MPa)n=29Gráfico 4.37- Correlação nº 27 – geral para to<strong>do</strong>s os <strong>concreto</strong>s – <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>s CP padrãode 10cm x 20cm (M) x <strong>resistência</strong> média de testemunhos de 2,5cm x 5cm (E) obti<strong>da</strong>s de blocoscura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s e ao arCorrelação entre (M 15x30 e 10x20) X (E 2,5x5)y = 0,98xR 2 = 0,99M 15x30 e 10x20 Umi<strong>do</strong> (MPa)85,075,065,055,045,035,025,015,015,0 25,0 35,0 45,0 55,0 65,0 75,0 85,0E 2,5x5 úmi<strong>do</strong> e ao ar (MPa)n=54Gráfico 4.38- Correlação nº 28 – geral para to<strong>do</strong>s os <strong>concreto</strong>s – conjunta <strong>da</strong>s <strong>resistência</strong>s médias<strong>do</strong>s CP padrão de 15cm x 30cm (M) e 10cm x 20cm (M) x <strong>resistência</strong> média de testemunhos de2,5 cm x 5 cm (E) obti<strong>da</strong>s de blocos cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s e ao arA<strong>do</strong>tam-se para relações R (M/E) , como estatisticamente significativos mais prováveisos valores obti<strong>do</strong>s nas correlações gerais, respectivamente de 1,07 referente aoΦ 7,5cm de 1,04 para o Φ 5cm e de 0,98 para o Φ 2,5cm. conforme enfoca<strong>do</strong> noitem 4.2 os testemunhos Φ 2,5cm apresentam <strong>resistência</strong>s médias levementesuperiores quan<strong>do</strong> compara<strong>do</strong>s com os corpos-de-prova padrão.Analisan<strong>do</strong>-se esses resulta<strong>do</strong>s finais, obti<strong>do</strong>s ao nível de significância de 1%,observa-se que os mesmos guar<strong>da</strong>m coerência, pre<strong>do</strong>minan<strong>do</strong>, conforme ocomenta<strong>do</strong> no item 4.2, o efeito volume, ou seja, o de menor chance de ocorrênciade pontos fracos nos testemunhos de menor volume. Assim, niti<strong>da</strong>mente seevidencia a viabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> utilização desses pequenos testemunhos na <strong>avaliação</strong> de


181estruturas acaba<strong>da</strong>s. Por oportuno, Hostalet e Aran<strong>da</strong> 209 , Bocca e Indelicato 210 ,Fuente 211 e Da Silva 212 , realizan<strong>do</strong> experimentos com minitestemunhoscorrelaciona<strong>do</strong>s com testemunhos e corpos-de-prova padrão de diâmetros de 10cme de 15cm obtiveram boas correlações.4.8 Análise <strong>da</strong> influência <strong>do</strong> processo de curaNa tabela 4.31 seguinte encontra-se o resumo <strong>da</strong>s relações R (u/a) , entre as<strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>s corpos-de-prova padrão cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s por 28 dias e asrespectivas <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>s corpos-de-prova cura<strong>do</strong>s ao ar e entretestemunhos obti<strong>do</strong>s de blocos submeti<strong>do</strong>s a cura úmi<strong>da</strong> por cerca de 23 dias pelostestemunhos obti<strong>do</strong>s de blocos cura<strong>do</strong>s ao ar, com pari<strong>da</strong>de de dimensões. Estatabela é resultante <strong>da</strong>s tabelas 4.21 a 4.25 para os diversos níveis de f ck , que porsua vez resumem as análises de variâncias e de diferenças entre as médiasconstantes <strong>do</strong> APÊNDICE B.Tabela 4.31 - Resumo <strong>da</strong>s relações R (u/a) , para corpos-de-prova mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s (M) e testemunhosextraí<strong>do</strong>s (E) de iguais dimensões.Lotefck0120MPaR u/a = fc (M,E)u /fc (M,E)aM(15x30) M(10x20) E(15x30) E(10x20) E(7,5x15) E(5x10) E(2,5x5)1,15 1,17 1,05* 1,05* 1,05* 1,05 1,100250MPa1,01*1,02*1,03*1,051,03* 1,03* 1,040370MPa1,00*1,02*1,081,041,03*1,071,100465MPa28 dias0465MPa90 dias1,00*1,00*0,99*1,02*1,05*1,00*1,02*0,97*0,98* 1,01*0,97* 1,03*0,99* 1,01Observan<strong>do</strong>-se a tabela 4.31 verifica-se que as relações R (u/a) para os corpos-deprovapadroniza<strong>do</strong>s são estatisticamente significativas apenas para a faixa de<strong>resistência</strong> de 20MPa com valor médio de 1,16. Para os <strong>concreto</strong>s de 50MPa;70MPa e 65MPa as diferenças entre as relações médias não foram estatisticamentesignificativas, com valor médio de 1,01 para a relação R (u/a) não se confirman<strong>do</strong> ahipótese experimental de diferença entre as médias para esse nível de amostragem,


182ou seja, mostran<strong>do</strong> a não influência <strong>da</strong> cura úmi<strong>da</strong> nos corpos-de-prova padrão paraesses <strong>concreto</strong>s.Nos gráficos 4.39 e 4.40 que se seguem, constam as correlações R (u/a) , gerais parato<strong>do</strong>s os <strong>concreto</strong>s, entre as <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>s corpos-de-prova mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s de15cm x 30cm cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s e ao ar, e, analogamente, para os corpos-de-prova de10cm x 20cm; significativas ao nível de 1%. Os respectivos coeficientes angularessão iguais a 1,00 e 1,02, uma vez que as médias correspondentes são considera<strong>da</strong>sestatisticamente iguais.Correlação entre (M 15x30) X (M 15x30)y = 1,00xR 2 = 1,0085,0M 15x30 Umi<strong>do</strong> (MPa)75,065,055,045,035,025,015,015,0 25,0 35,0 45,0 55,0 65,0 75,0 85,0M 15x30 ao ar (MPa)n=19Gráfico 4.39- Correlação nº 29 – geral para to<strong>do</strong>s os <strong>concreto</strong>s – <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>s CP padrãode 15cm x 30cm (M) cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s x <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>s CP padrão de 15cm x 30cm (M)cura<strong>do</strong>s ao arCorrelação entre (M 10x20) X (M 10x20)y = 1,02xR 2 = 1,0085,0M 10x20 Umi<strong>do</strong> (MPa)75,065,055,045,035,025,015,015,0 25,0 35,0 45,0 55,0 65,0 75,0 85,0M 10x20 ao ar (MPa)n=19Gráfico 4.40- Correlação nº 30 – geral para to<strong>do</strong>s os <strong>concreto</strong>s – <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>s CP padrãode 10cm x 20cm (M) cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s x <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>s CP padrão de 10cm x 20cm (M)cura<strong>do</strong>s ao arCom referência aos testemunhos extraí<strong>do</strong>s de mesmas dimensões, essa relaçãoR (u/a) foi significativa em 8 <strong>da</strong>s 15 relações, para os <strong>concreto</strong>s com maioramostragem; respectivamente 2 para o de 20MPa, 2 para o de 50MPa e 3 para o de70MPa. Para o <strong>concreto</strong> de 20MPa o valor médio de R (u/a) referente aos


183testemunhos foi de 1,08, para o <strong>concreto</strong> de 50MPa o valor médio foi de 1,05 e parao de 70MPa o valor médio foi de 1,07.Interpreta-se a redução dessa relação média de 1,16, entre os corpos-de-prova para1,08, entre os testemunhos, referente ao <strong>concreto</strong> de 20MPa, em face <strong>da</strong> per<strong>da</strong> deágua ser menor para os blocos mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s em relação aos corpos-de-prova padrão,ambos expostos ao ar, por um perío<strong>do</strong> de 28 dias nas condições termohigrometricasambientais.No tocante <strong>à</strong> relação R (M/E) entre as <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>s corpos-de-prova padrãocura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s para os testemunhos extraí<strong>do</strong>s de blocos cura<strong>do</strong>s ao ar, o seucrescimento, em relação a essa mesma relação R (M/E) referente aos testemunhosextraí<strong>do</strong>s de blocos cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s, é explica<strong>do</strong>, de forma análoga, pela menorper<strong>da</strong> d’água para esses últimos blocos. A propósito, no item 4.2 verificou-se que oR (M/E) passou de 1,07 nos blocos cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s para 1,11 nos blocos cura<strong>do</strong>s ao ar,para o <strong>concreto</strong> de 20MPa, e, respectivamente, de 1,05 para 1,10 referente ao<strong>concreto</strong> de 70MPa.Vale registrar a coerência observa<strong>da</strong> nesta pesquisa experimental, nosresulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s ensaios, nos parâmetros calcula<strong>do</strong>s decorrentes <strong>do</strong>s mesmos e nascorrelações obti<strong>da</strong>s, quan<strong>do</strong> se realizam as diversas análises cruza<strong>da</strong>s, oravarian<strong>do</strong>-se os níveis de <strong>resistência</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>, ora os diâmetros <strong>do</strong>s corpos-deprovapadrão e <strong>do</strong>s testemunhos ora as condições de cura.Por fim, em análise complementar, com base na tabela 4.30, referentes a corpos-deprovapadrão cura<strong>do</strong>s ao ar, observa-se, como referi<strong>do</strong> no item 4.5, que as relaçõesmédias <strong>do</strong> R (M/E) são de mesma ordem de grandeza para as 2 condições de cura <strong>do</strong>scorpos-de-prova de referência não haven<strong>do</strong> assim influência nos efeitos <strong>do</strong>broqueamento.4.9 Análise <strong>da</strong> influência <strong>da</strong> i<strong>da</strong>de de rupturaPara o lote nº 04 suplementar referente a 65MPa, mol<strong>da</strong><strong>do</strong> no canteiro-de-obras <strong>do</strong>edifício Sansara, foi prevista uma amostragem, embora reduzi<strong>da</strong>, para ruptura aos90 dias, também consideran<strong>do</strong>-se os 2 tipos de cura. Esses resulta<strong>do</strong>s sãoapresenta<strong>do</strong>s nas tabelas 4.12 a 4.15 que resumem os testes de análises de


184variância e de diferença entre as médias constantes <strong>do</strong> APÊNDICE B, bem comonas tabelas 4.26 e 4.32.Observan<strong>do</strong>-se a tabela 4.32 a seguir, verifica-se, para as relações estatisticamentesignificativas, toman<strong>do</strong>-se os valores médios para a relação R (90d/28d) , uma tendênciade crescimento <strong>da</strong> mesma, que pode ser explica<strong>da</strong> pela menor per<strong>da</strong> de água poruni<strong>da</strong>de de massa para os blocos em relação aos corpos-de-prova.Tabela 4.32 - Resumo <strong>da</strong>s relações entre as <strong>resistência</strong>s R (90d/28d) para corpos-de-prova mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s (M)e testemunhos extraí<strong>do</strong>s de iguais dimensõesLotef ck0465MPaR (90d/28d) = f c(M,E)90d /f c(M,E)28dCP Mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s (M)Testemunhos Extraí<strong>do</strong>s (E)cura<strong>do</strong>s umi<strong>do</strong>s cura<strong>do</strong>s ao arcura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>scura<strong>do</strong>s ao ar15x30 10x20 15x30 10x20 15x30 10x20 7,5x15 5x10 2,5x5 15x30 10x20 7,5x15 5x101,06 1,09 1,06 1,05 1,11 1,18 1,18 1,02 1,05 1,15 1,22 1,13 1,02Quanto a influencia <strong>da</strong> i<strong>da</strong>de nas relações R (M/E) , confrontan<strong>do</strong>-se as tabelas 4.12com a 4.14 (cura úmi<strong>da</strong>), e 4.13 com 4.15 (cura ao ar) verifica-se uma tendência deredução desta relação, explica<strong>da</strong> pelo maior crescimento <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>do</strong>s blocos,em relação a <strong>do</strong>s corpos-de-prova, principalmente os cura<strong>do</strong>s ao ar, pela mesmarazão exposta acima.4.10 Análise <strong>da</strong> relação R (Φ15/ Φ10) = fc Φ(15x30) / fc Φ(10x20)Foi apresenta<strong>do</strong> nas tabelas 4.26 e 4.27, um resumo <strong>da</strong>s análises de variância e dediferença entre as médias e <strong>da</strong>s relações f cΦ15 / f cΦ10 , referentes aos corpos-de-provapadrão e aos testemunhos extraí<strong>do</strong>s, para os 2 tipos de cura e para as i<strong>da</strong>des de 28dias e 90 dias, efetua<strong>da</strong>s no APÊNDICE B.Para os corpos-de-prova padrão mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s, de 15cm x 30cm e 10cm x 20cm, em100% <strong>do</strong>s casos, quer varian<strong>do</strong> o tipo de cura, quer para as i<strong>da</strong>des de 28 e 90 dias,não se confirmou a hipótese experimental de diferença entre as médias, ao nível deamostragem estu<strong>da</strong><strong>do</strong>, resultan<strong>do</strong> em igual<strong>da</strong>de, com valor médio paraR (Φ15/Φ10)(M) ≅ 1,00 observa<strong>do</strong> nas tabelas 4.27 e 4.28 já apresenta<strong>da</strong>s.


185Analogamente, para essas relações referentes aos testemunhos, também, para aexpressiva maioria, resultou a hipótese de igual<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s médias, com valor finalmédio , abrangen<strong>do</strong> os 2 tipos de cura e i<strong>da</strong>des de 28 e 90 dias, R (Φ15/Φ10)(E) =0,98.Esses resulta<strong>do</strong>s estão em acor<strong>do</strong> com diversos pesquisa<strong>do</strong>res e possibilitam asanálises cruza<strong>da</strong>s realiza<strong>da</strong>s nos itens 4.5 e 4.6 nas correlações e quantificação <strong>da</strong>relação R (M/E) correspondente aos efeitos <strong>do</strong> broqueamento sobre os testemunhoscom essas dimensões.As respectivas correlações R (Φ15/Φ10)(E) referi<strong>da</strong>s aos corpos-de-prova mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s ecura<strong>do</strong> úmi<strong>do</strong> (Gráfico 4.41); cura<strong>do</strong> ao ar (Gráfico 4.42) e aplica<strong>do</strong>s aostestemunhos extraí<strong>do</strong>s de blocos cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s (Gráfico 4.43) e extraí<strong>do</strong>s deblocos cura<strong>do</strong>s ao ar (Gráfico 4.44) são apresenta<strong>do</strong>s a seguir com coeficienteangular de ordem de grandeza unitário.Correlação entre (M 10x20) X (M 15x30)y = 1,00xR 2 = 0,99M 10x20 Umi<strong>do</strong> (MPa)85,075,065,055,045,035,025,015,015,0 25,0 35,0 45,0 55,0 65,0 75,0 85,0M 15x30 Umi<strong>do</strong> (MPa)n=19Gráfico 4.41- Correlação nº 31 – geral para to<strong>do</strong>s os <strong>concreto</strong>s – <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>s CP padrãode 10cm x 20cm (M) cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s x <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>s CP padrão de 15cm x 30cm (M)cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s.Correlação entre (M 10x20) X (M 15x30)y = 0,99xR 2 = 1,0085,0M 10x20 ao ar (MPa)75,065,055,045,035,025,015,015,0 25,0 35,0 45,0 55,0 65,0 75,0 85,0M 15x30 ao ar (MPa)n=19Gráfico 4.42- Correlação nº 32 – geral para to<strong>do</strong>s os <strong>concreto</strong>s – <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>s CP padrãode 10cm x 20cm (M) cura<strong>do</strong>s ao ar x <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>s CP padrão de 15cm x 30cm (M)cura<strong>do</strong>s ao ar.


186E 10x20 Umi<strong>do</strong> (MPa)85,075,065,055,045,035,025,0Correlação entre (E 10x20) X (E 15x30) y = 1,00xR 2 = 0,9915,015,0 25,0 35,0 45,0 55,0 65,0 75,0 85,0E 15x30 Umi<strong>do</strong> (MPa)n=19Gráfico 4.43- Correlação nº 33 – geral para to<strong>do</strong>s os <strong>concreto</strong>s – <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>stestemunhos de 10cm x 20cm (E) x <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>s testemunhos de 15cm x 30cm (E)cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s.E 10x20 ao ar (MPa)85,075,065,055,045,035,025,0Correlação entre (E 10x20) X (E 15x30) y = 1,01xR 2 = 0,9915,015,0 25,0 35,0 45,0 55,0 65,0 75,0 85,0E 15x30 ao ar (MPa)n=10Gráfico 4.44- Correlação nº 34 – geral para to<strong>do</strong>s os <strong>concreto</strong>s – <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>stestemunhos extraí<strong>do</strong>s de 10cm x 20cm (E) x <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>s testemunhos extraí<strong>do</strong>s de15cm x 30cm (E) cura<strong>do</strong>s ao ar.4.11 Análise <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s ensaios complementaresOs ensaios complementares: de massa específica aparente, de durezaesclerométrica e de veloci<strong>da</strong>de ultrassônica foram realiza<strong>do</strong>s com vistas a fornecersubsídios, quanto <strong>à</strong> compatibili<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s ensaios efetua<strong>do</strong>s com osmol<strong>da</strong><strong>do</strong>s e testemunhos extraí<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s blocos de <strong>concreto</strong>. Seus resulta<strong>do</strong>s sãoapresenta<strong>do</strong>s nos APÊNDICES D, E, e F respectivamente.


187No Quadro 4.3 seguinte, constam os resulta<strong>do</strong>s médios, por bloco ensaia<strong>do</strong>, <strong>do</strong>índice esclerométrico (I.E.), <strong>da</strong> veloci<strong>da</strong>de ultrassônica (v), <strong>da</strong> massa específica (ρ),e <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> correspondente (fc), estes <strong>do</strong>is últimos parâmetros obti<strong>do</strong>s pelamédia <strong>do</strong>s respectivos testemunhos de 10cm x 20cm extraí<strong>do</strong>s.Observan<strong>do</strong>-se o conjunto <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s verifica-se que os mesmos guar<strong>da</strong>mcoerência entre si e com os resulta<strong>do</strong>s de ruptura <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> <strong>do</strong>s corpos-deprovade referência e testemunhos extraí<strong>do</strong>s para os diversos níveis de <strong>resistência</strong>s<strong>do</strong>s <strong>concreto</strong>s.Para melhor retratar essa compatibili<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s apresentam-se a seguir osGráficos 4.45 a 4.47 <strong>da</strong>s correlações obti<strong>da</strong>s cruzan<strong>do</strong>-se os resulta<strong>do</strong>s de<strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> <strong>do</strong>s testemunhos de 10cm x 20cm (f c ), com a massaespecífica aparente <strong>do</strong>s mesmos (ρ), com o índice esclerométrico (I.E.) e com aveloci<strong>da</strong>de ultrassônica (v) aplica<strong>do</strong>s ao bloco. É apresenta<strong>da</strong> ain<strong>da</strong> no Gráfico 4.48a correlação entre a massa específica (ρ) e o índice esclerométrico (I.E.). Para aveloci<strong>da</strong>de ultrassônica foi ain<strong>da</strong> verifica<strong>do</strong> o aumento <strong>do</strong> tempo de percurso <strong>da</strong>on<strong>da</strong> ultrassônica com a conseqüente redução <strong>da</strong> veloci<strong>da</strong>de, ao se ensaiar osblocos de <strong>concreto</strong> também na direção <strong>da</strong> linha de furos resultantes <strong>do</strong>stestemunhos extraí<strong>do</strong>s. Esses <strong>da</strong><strong>do</strong>s são apresenta<strong>do</strong>s no Quadro 4.4 seguinte.70,060,0y = 389,56x - 864,99R 2 = 0,9650,0fc (MPa) 40,030,020,010,02,24 2,26 2,28 2,3 2,32 2,34 2,36 2,38 2,4ρ (g/cm³)n = 13Gráfico 4.45- Correlação nº 35 – <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> (f c ) x massa específica aparente (ρ),valores médios por evento de mol<strong>da</strong>gem


18850,045,0y = 0,29x + 27,87R 2 = 0,8840,0I. E.35,030,025,00,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0fc (MPa)Gráfico 4.46– Correlação n°36 – índice esclerômetrico (I. E.) x <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> (f c ), valoresmédios por evento de mol<strong>da</strong>gem.n = 135500530051004900y = 15,88x + 4057,34R 2 = 0,624700V (m/s)45004300410039003700350010,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0fc (MPa)n = 13Gráfico 4.47- Correlação nº 37– veloci<strong>da</strong>de ultrassônica (v) x <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> (f c ), valoresmédios por evento de mol<strong>da</strong>gem.50,045,040,0y = 115,82x - 229,63R 2 = 0,90I. E.35,030,025,02,24 2,26 2,28 2,3 2,32 2,34 2,36 2,38 2,4ρ (g/cm³)n = 13 paresGráfico 4.48- Correlação nº 38 – índice esclerômetrico (I. E.) x massa específica aparente (ρ), valoresmédios por evento de mol<strong>da</strong>gem.


189nº deParesLote nºf ckEvento deMol<strong>da</strong>gemBlocoi<strong>da</strong>de(dias)f c (MPa)Média <strong>do</strong>sTestemunhosExtraí<strong>do</strong>s (E)f c (MPa)Médiaporeventoρ(g/cm³)MassaEspecíficaAparenteMédia (M+E)ρ(g/cm³)MédiaporeventoV(m/s)Veloci<strong>da</strong>deUltrassônicaV(m/s)MédiaporeventoI.E.Indíce de durezaEsclerômetricaI. E.MédiaporEvento1 B1U 20,1 2,28 4792 31,2120,52,2845632 B1XU 20,2 2,28 4630 31,231,93 B1XA 21,1 2,28 4269 33,24 B2U 21,4 2,28 4686 34,9221,52,28442433,65 B2XU 21,6 2,28 4162 32,26 B3XA 21,7 2,28 5466 37,77 B3A 21,9 2,28 4636321,72,28471818 B3U 21,6 2,28 4608 33,82820MPa9 B3XU 21,6 2,28 4160 31,910 B4U 25,6 2,30 4800 33,9426,32,30444634,536,911 B4XU 27,0 2,30 4092 39,912 B5A 21,1 2,26 4757520,12,26423513 B5XA 19,8 2,26 3921 33,634,914 B5XU 19,5 2,26 4028 36,115 B6U 22,2 2,27 3864 32,7621,752,27414933,216 B6XU 21,3 2,27 4435 33,617 C1A 53,1 2,36 4451 49,718 C1XA 56,7 2,36 4112155,12,36466847,519 C1U 54,0 2,36 5422 47,220 C1XU 56,4 2,36 4685 45,721 C2U 49,6 2,36 5188 42,9251,62,36480445,222 C2XU 53,6 2,36 4420 47,423 C3A 51,2 2,35 5254 41,424 C3XA 53,8 2,35 4261 41,9352,852,35495222825 50MPaC3U 51,6 2,35 5577 41,641,926 C3XU 54,8 2,35 4717 42,627 C4U 59,9 2,36 5664 43,0460,42,36531642,428 C4XU 60,9 2,36 4967 41,729 C5A 54,1 2,36 548430 C5U 54,6 2,36 4271 40,1552,22,36467342,431 C5XA 49,6 2,36 4335 42,332 C5XU 50,6 2,36 4601 44,9336C6U 58,858,82,382,384763476345,945,9344 65MPa 1E1U2860,960,92,382,375234535344,035 E1U 60,9 2,36 5472 43,5Quadro 4.3- Resumo <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s ensaios complementares e correspondentes f c (MPa) paraos gráficos de correlações43,8


190LOTEEventoI<strong>da</strong>de(dias)Ensaio(nº)BLOCODireção <strong>do</strong>ensaioTempo(μs = 10 -6 s)EnsaionºBlocoDireção Tempo<strong>do</strong> ensaio (μs = 10 -6 s)128 1 B1U 302,6 36 B1U - CF 385,028 2 B1XU 162,0 37 B1XU - CF 213,028 3 B1XA 175,7 38 B1XA - CF 200,6228 4 B2U 309,4 39 B2U - CF 386,428 5 B2XU 180,2 40 B2XU - CF 203,7120 MPa250 MPa34561234528 6 B3XA 137,2 41 B3XA - CF 194,328 7 B3A 312,8 42 B3A - CF 407,728 8 B3U 314,7 43 B3U - CF 369,228 9 B3XU 180,3 44 B3XU - CF 209,628 10 B4U 302,1 45 B4U - CF 362,728 11 B4UX 183,3 46 B4UX - CF 204,428 12 B5A 304,8 47 B5A - CF 387,128 13 B5XA 191,3 48 B5XA - CF 201,228 14 B5XU 186,2 49 B5XU - CF 202,328 15 B6U 375,3 50 B6U - CF 406,328 16 B6UX 169,1 51 B6UX - CF 186,328 17 C1A 325,8 52 C1A - CF 406,0BlocoLinha de28 18 C1XA compacto 182,4 53 C1XA - CF furos 208,528 19 C1U 225,8 54 C1U - CF 303,828 20 C1XU 160,1 55 C1XU - CF 198,028 21 C2U 279,5 56 C2U - CF 337,528 22 C2UX 169,7 57 C2UX - CF 208,328 23 C3A 252,0 58 C3A - CF 338,028 24 C3AX 176,0 59 C3AX - CF 206,028 25 C3U 260,0 60 C3U - CF 297,028 26 C3UX 159,0 61 C3UX - CF 191,028 27 C4U 256,0 62 C4U - CF 346,028 28 C4UX 151,0 63 C4UX - CF 226,028 29 C5A 264,4 64 C5A - CF 379,028 30 C5U 339,5 65 C5U - CF 376,328 31 C5XA 173,0 66 C5XA - CF 213,828 32 C5XU 163,0 67 C5XU - CF 205,36 28 33 C6U 304,4 68 C6U - CF 381,0465MPa128 34 E1U(transv.) 254,1 69 E1-CF(Transv. 366,22835E1U (longit.) 380,1 70 E1-CF(longit.) 480,7Legen<strong>da</strong>: B e C - blocos de 145x90x25cm; BX e CX - blocos de 75x90x35cm; U - cura úmi<strong>da</strong>; A - cura ao ar; CF - blocos com furosQuadro 4.4- Resulta<strong>do</strong>s comparativos <strong>do</strong> tempo de percurso <strong>da</strong> on<strong>da</strong> ultrassônica na direção <strong>do</strong>bloco compacto e na direção <strong>da</strong> linha de furos no bloco.


191To<strong>da</strong>s as correlações lineares apresenta<strong>da</strong>s acima foram significativas ao nível de1% (APÊNDICE I).Por fim, estes cruzamentos de resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s ensaios complementares,representa<strong>do</strong>s pelas correlações obti<strong>da</strong>s, com os <strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>do</strong> Quadro 4.3, vemcorroborar a credibili<strong>da</strong>de no conjunto de resulta<strong>do</strong>s como um to<strong>do</strong>. Demonstratambém a utili<strong>da</strong>de desses ensaios não destrutivos, conjuntamente com a extraçãode testemunhos, na análise de estruturas acaba<strong>da</strong>s, no balizamento de resulta<strong>do</strong>s,bem como no mapeamento <strong>da</strong>s estruturas em análise visan<strong>do</strong> <strong>à</strong> redução <strong>do</strong> númerode testemunhos a serem extraí<strong>do</strong>s.


1925 CONCLUSÕES5.1 Considerações finaisAvalian<strong>do</strong>-se os procedimentos a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s neste programa experimental referentes <strong>à</strong>extração e ensaios com testemunhos, algumas recomen<strong>da</strong>ções podem serexplicita<strong>da</strong>s para a obtenção de bons resulta<strong>do</strong>s com essa meto<strong>do</strong>logia na <strong>avaliação</strong>de estruturas de <strong>concreto</strong> acaba<strong>da</strong>s. É fun<strong>da</strong>mental a elaboração de um criteriosoplano de trabalho, com a definição <strong>do</strong> lote estrutural a ser analisa<strong>do</strong>, com a fixação<strong>do</strong> tamanho <strong>da</strong> amostra de testemunhos a serem extraí<strong>do</strong>s, compatível com estelote; e, ain<strong>da</strong>, com a previsão <strong>do</strong>s ensaios complementares não destrutivos a seremefetua<strong>do</strong>s. Por outro la<strong>do</strong>, a boa performance com os testemunhos dependerá, entreoutros fatores, especialmente <strong>da</strong> experiência <strong>do</strong> opera<strong>do</strong>r e <strong>da</strong> fixação adequa<strong>da</strong> <strong>da</strong>máquina extratora na estrutura, evitan<strong>do</strong>-se vibrações e conseqüentes ondulaçõesnos testemunhos. Dependerá, também, <strong>da</strong> inspeção e <strong>da</strong>s adequa<strong>da</strong>s operações decorte e de preparação <strong>da</strong>s faces <strong>do</strong>s testemunhos extraí<strong>do</strong>s. Outrossim éimprescindível a definição <strong>da</strong>s condições de umi<strong>da</strong>de para ruptura <strong>do</strong>s testemunhos:ou satura<strong>do</strong>s por 48h ou nas condições termohigrométricas ambientais, estas, maisrealistas para a maior parte <strong>da</strong>s estruturas de <strong>concreto</strong> em <strong>avaliação</strong>.No programa a ser estabeleci<strong>do</strong> é também importante a a<strong>do</strong>ção <strong>do</strong> índice deesbeltez igual a 2, que, obviamente, dependerá <strong>da</strong> peça estrutural em análise e <strong>do</strong>diâmetro <strong>do</strong> testemunho escolhi<strong>do</strong>. Com este procedimento elimina-se uma variávela mais que influencia nos resulta<strong>do</strong>s a serem analisa<strong>do</strong>s. Ain<strong>da</strong>, é fun<strong>da</strong>mental paraa obtenção de resulta<strong>do</strong>s representativos <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> em exame: acalibração <strong>da</strong>s prensas, o uso de rótulas apropria<strong>da</strong>s aos testemunhos e de escalase veloci<strong>da</strong>des de carregamento adequa<strong>da</strong>s. E, por fim, faz-se necessária a definição<strong>do</strong> modelo estatístico e <strong>do</strong>s critérios a serem a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s no tratamento e na <strong>avaliação</strong><strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s.


1935.2 Conclusões propriamente ditasCom base na meto<strong>do</strong>logia a<strong>do</strong>ta<strong>da</strong>, nos resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s e nas análises efetua<strong>da</strong>s,alinham-se as seguintes conclusões:• os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s ensaios em geral mostraram-se coerentes com os<strong>concreto</strong>s estu<strong>da</strong><strong>do</strong>s e compatíveis entre si. A fidedigni<strong>da</strong>de dessesresulta<strong>do</strong>s foi demonstra<strong>da</strong> por indica<strong>do</strong>res resultantes <strong>da</strong>s inter-relaçõesentre os mesmos;• a relação R (M/E) entre as <strong>resistência</strong>s de corpos-de-prova e <strong>do</strong>stestemunhos e que corresponde ao coeficiente de correção devi<strong>do</strong> aobroqueamento, assumiu o valor promédio final de 1,07 a ser aplica<strong>do</strong> paracorreção <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> de testemunhos extraí<strong>do</strong>s. Admitin<strong>do</strong>-se que a<strong>resistência</strong> <strong>do</strong>s testemunhos representa o resulta<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> naestrutura, esta relação R (M/E) corresponde a parcela γ c2 <strong>do</strong> coeficiente deponderação normativo γ c ;• para <strong>concreto</strong>s na faixa de 20MPa, a R (M/E) alcança o valor médio de 1,09;• há uma tendência de que<strong>da</strong> <strong>da</strong> relação R (M/E) com o aumento <strong>da</strong><strong>resistência</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> atingin<strong>do</strong> 1,04 para o <strong>concreto</strong> de 70MPa;• não se constatou variação expressiva no γ c2 , apenas um leve declínio,comparan<strong>do</strong>-se os resulta<strong>do</strong>s de 28 dias com os de 90 dias para o<strong>concreto</strong> de 65MPa;• para os blocos cura<strong>do</strong>s ao ar a R (M/E) cresceu em valores médios de 1,09para 1,13 e respectivamente de 1,05 para 1,10 no <strong>concreto</strong> de 70MPa, de1,07 para 1,11 para o <strong>concreto</strong> de 20MPa , em comparação com osblocos cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s por molhagem por um perío<strong>do</strong> de 23 dias;• os corpos-de-prova padrão cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s apresentaram <strong>resistência</strong>scerca de 16% superiores aos cura<strong>do</strong>s ao ar para o <strong>concreto</strong> de 20MPa;não haven<strong>do</strong> diferenças significativas quan<strong>do</strong> se tratam <strong>do</strong>s <strong>concreto</strong>s de50Mpa e 70MPa;• os testemunhos de blocos cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s apresentaram valoressuperiores em cerca de 7% na <strong>resistência</strong> em relação aos de blocos


194cura<strong>do</strong>s ao ar para a i<strong>da</strong>de de 28 dias, sen<strong>do</strong> essa diferença reduzi<strong>da</strong> paraapenas 1% na i<strong>da</strong>de de 90 dias;• não foram encontra<strong>da</strong>s, ao nível de amostragem estu<strong>da</strong><strong>do</strong>, diferençasestatisticamente significativas entre as <strong>resistência</strong>s de corpos-de-provapadroniza<strong>do</strong>s de Φ 15 e Φ 10, sen<strong>do</strong> a relação média entre elas igual a1,00;• idêntico comportamento foi constata<strong>do</strong> para esta relação entre ostestemunhos de Φ 15 e Φ 10;• a relação R (M/E) permanece praticamente inaltera<strong>da</strong> quan<strong>do</strong> se comparamcorpos-de-prova cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s com testemunhos de blocos cura<strong>do</strong>súmi<strong>do</strong>s e corpos-de-prova cura<strong>do</strong>s ao ar com testemunhos de blocoscura<strong>do</strong>s ao ar; não haven<strong>do</strong> pois diferença nos efeitos <strong>do</strong> broqueamento;• para amostragem de 36 elementos as distribuições de freqüência <strong>da</strong>variável <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> apresentaram boa aderência <strong>à</strong>distribuição normal;• são homogêneas as <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>s testemunhos de Φ 15cm; Φ10cm; Φ 7,5cm; Φ 5cm e Φ 2,5cm e levemente inferiores <strong>à</strong>s <strong>resistência</strong>s<strong>do</strong>s corpos-de-prova padrão, tanto para os blocos cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s quantopara os cura<strong>do</strong>s ao ar, fazen<strong>do</strong> exceção os testemunhos de 2,5cm cujas<strong>resistência</strong>s são levemente superiores;• as relações médias entre as <strong>resistência</strong> <strong>do</strong>s corpos-de-prova padrãocura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s e <strong>do</strong>s testemunhos de Φ 15cm; Φ 10cm; Φ 7,5cm; Φ 5cme Φ 2,5cm, obti<strong>da</strong>s de correlações significantes ao nível de 1%, sãorespectivamente de 1,07; 1,07; 1,07; 1,04; 0,98 quan<strong>do</strong> se relacionamconjuntamente para as condições de cura úmi<strong>da</strong> e ao ar <strong>do</strong>s blocos• as dispersões representa<strong>da</strong>s pelos coeficientes de variação aumentamcom a diminuição <strong>do</strong> diâmetro <strong>do</strong>s testemunhos assumin<strong>do</strong> os valoresmédios de 5,5%; 5,6%; 6,3%; 7,5% e 9,7%, para os testemunhos deΦ 15cm; Φ 10cm; Φ 7,5cm; Φ 5cm e Φ 2,5cm respectivamente;• não foi constata<strong>da</strong> influência <strong>do</strong> não enquadramento <strong>da</strong> condiçãoΦ testemunho / Φ agrega<strong>do</strong> > 3 para os testemunhos de Φ 5cm e Φ2,5cm. Considere-se a participação em massa <strong>da</strong> brita 25mm no <strong>concreto</strong>em apenas 12%;


195• a relação R (M/E) calcula<strong>da</strong> com base no CP Φ 10cm foi cerca de 5% maiseleva<strong>da</strong> que a calcula<strong>da</strong> para o CP Φ 15cm para o <strong>concreto</strong> de 20MPa;• ficou evidencia<strong>da</strong> com base nas excelentes correlações estatísticas aonível de significância de 1%, a possibili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> utilização <strong>do</strong>s testemunhosde Φ 7,5cm, Φ 5cm e Φ 2,5cm na <strong>avaliação</strong> de estruturas acaba<strong>da</strong>s comto<strong>da</strong>s as vantagens decorrentes de sua utilização;• os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s ensaios de ultrassom, esclerômetria e de massaespecífica foram coerentes com os de <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> <strong>do</strong>stestemunhos e entre si, sen<strong>do</strong> váli<strong>do</strong>s como indica<strong>do</strong>res <strong>da</strong> confiabili<strong>da</strong>de<strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s finais obti<strong>do</strong>s.5.3 Transferência <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s ao meio técnicoJulga-se importante a difusão de alguns resulta<strong>do</strong>s desse estu<strong>do</strong> experimental aomeio técnico, em especial:• a viabili<strong>da</strong>de de utilização <strong>do</strong>s testemunhos de diâmetros 7,5cm; 5cm e2,5cm na <strong>avaliação</strong> <strong>da</strong>s estruturas de <strong>concreto</strong>, isola<strong>da</strong>mente, ou emconjunto com os de 10cm de diâmetro; possibilitan<strong>do</strong> a redução <strong>da</strong>quanti<strong>da</strong>de deste último, maior rapidez de execução e em conseqüência adiminuição <strong>do</strong> custo <strong>da</strong>s avaliações estruturais. Também essa utilizaçãoproporciona menores <strong>da</strong>nos <strong>à</strong>s estruturas, evita ou minimiza o corte dearmaduras e permite o aumento <strong>da</strong> amostragem e facilmente a obtenção<strong>do</strong> índice de esbeltez igual a 2, eliminan<strong>do</strong> um fator de variação nessasavaliações;• a contribuição <strong>à</strong> normalização <strong>da</strong> extração de testemunhos com aperspectiva interessante <strong>da</strong> utilização desses pequenos testemunhoscujos coeficientes de correção em relação aos corpos-de-prova padrãoencontram-se neste estu<strong>do</strong> experimental;• sugere-se, portanto, que se leve em consideração pela normalizaçãobrasileira a possibili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> aceitação desses testemunhos de pequenasdimensões, que, íntegros, são mais adequa<strong>do</strong>s para obtenção <strong>do</strong> índicede esbeltez igual a 2 que a montagem de testemunhos de diâmetro 10cm


196e de alturas reduzi<strong>da</strong>s atualmente em cogitação no projeto de revisão <strong>da</strong>NBR 7680;• sugere-se também explicitar o coeficiente de correção devi<strong>do</strong> aos efeitosde broqueamento em 1,07 ou mesmo em 1,10.5.4 Continui<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>sEm continui<strong>da</strong>de a esse estu<strong>do</strong> experimental algumas linhas podem ser sugeri<strong>da</strong>s, asaber:• estu<strong>do</strong> semelhante para blocos de argamassa;• prosseguimento na pesquisa experimental com os minitestemunhos dediâmetro de 2,5cm para <strong>concreto</strong>s de alto-desempenho, varian<strong>do</strong>-se o teore a dimensão máxima característica <strong>do</strong> agrega<strong>do</strong> graú<strong>do</strong> (igual ou inferiora 25mm) no <strong>concreto</strong>;• investigação, em amostragem significativa, para diversos níveis de<strong>resistência</strong> <strong>da</strong> influência <strong>da</strong> saturação em comparação com as condiçõestermohigrométricas ambientais para os ensaios de ruptura <strong>do</strong>stestemunhos;• estu<strong>do</strong> comparativo abrangen<strong>do</strong> corpos-de-prova padrão, testemunhoscilíndricos e prismáticos para estruturas de pavimentos.


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