A nova «movida» do Porto!
Galerias Paris - Viva Porto
Galerias Paris - Viva Porto
- No tags were found...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
eportagem<br />
noite portuense<br />
mais e solidificar o conceito. É o único apoio que<br />
espero da autarquia. O resto vou tratar de ser eu a<br />
fazer. A única coisa que peço é «<strong>do</strong> not disturb»”, diz<br />
Pedro Araújo. Filipe Teixeira também pretende fechar o<br />
seu espaço mais tarde. “Queremos fechar depois das<br />
6 horas pois as pessoas vêm cada vez mais tarde.<br />
Nós além de trabalharmos como espaço cultural, café,<br />
bar, também trabalhamos como discoteca”. O <strong>do</strong>no <strong>do</strong><br />
Piolho tem enfrenta<strong>do</strong> algumas batalhas para conseguir<br />
alcançar o que deseja. “O meu primeiro prolongamento<br />
de horário foi-me concedi<strong>do</strong> em 1997, quan<strong>do</strong><br />
quis fechar às 2 horas da manhã. O segun<strong>do</strong> foi-me<br />
atribuí<strong>do</strong> em 2007, até às 4 horas. Desde o início que<br />
tenho consegui<strong>do</strong>, aos poucos, somar vitórias. Agora<br />
a Câmara <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> informou-me que me vão conceder<br />
22<br />
autorização para fazer uma esplanada coberta com 80<br />
m2 que vai estar aberta to<strong>do</strong> o ano. Deste mo<strong>do</strong> vamos<br />
poder equipararmo-nos a outras cidades europeias”,<br />
afirma. Mas será esse o caminho que este fenómeno<br />
está a levar? ”O <strong>Porto</strong> sen<strong>do</strong> a segunda maior<br />
cidade <strong>do</strong> País, era quase um crime ainda não ter este<br />
tipo de animação com restaurantes, bares e espaços<br />
alternativos no seu centro histórico”, afirma Pedro<br />
Araújo. Sustenta ainda que, por exemplo, comparan<strong>do</strong><br />
com Lisboa, “já tem uma oferta mais rica. Relativamente<br />
a outras cidades europeias falta ainda um longo<br />
caminho, será necessário mudar atitudes e comportamentos<br />
culturais assim como investir na habitação na<br />
Baixa Portuense. Reduzir os preços das casas pode ser<br />
uma boa possibilidade para requalificar e rejuvenescer<br />
a área”. Para Pedro Araújo, a <strong>nova</strong> movida está a<br />
“bom ritmo” para um dia vir a ser igual a algumas<br />
cidades europeias. “Precisamos de uma maior dispersão<br />
de espaços de diversão entre as várias artérias da<br />
cidade”, diz. O <strong>do</strong>no e gerente <strong>do</strong> Piolho, há 30 anos,<br />
defende que “a união faz a força”. “Vamos unir-nos e<br />
lutar pela revitalização da Baixa. Vamos solidificar os<br />
nossos espaços, abrir novos e fazer iniciativas. Juntos<br />
podemos levar o nome <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> mais longe”, apela<br />
José Martins.<br />
E assim uma cidade a<strong>do</strong>rmecida acorda para uma<br />
<strong>nova</strong> fase, marcada por espaços nocturnos alternativos<br />
que casam a vida boémia com a cultura e tradição<br />
da terra. Uma <strong>nova</strong> era que tende a despertar os cidadãos<br />
para uma união em prol <strong>do</strong> rejuvenescimento <strong>do</strong><br />
“coração da cidade” .<br />
23