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SUBSTRATO AGRÍCOLA

11-03 Substrato - Departamento de Produção Vegetal - USP

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Em 1958/59, um tomaticultor da região de Salto (SP)<br />

inventou o copinho de jornal para produção de mudas<br />

de tomate. Para substrato foi feita uma mistura a base<br />

de terra. A composição básica do substrato era:<br />

17 latas de 20L de terra argilosa peneirada<br />

17 latas de 20L de terra arenosa peneirada<br />

17 latas de 20L de esterco de curral curtido e peneirado<br />

1 kg de superfosfato simples<br />

500 g de sulfato de amônia<br />

300 g de cloreto de potássio<br />

2 kg de calcáreo dolomítico ou<br />

2,0 a 2,5 do adubo 4-14-8<br />

2 kg de calcáreo dolomítico


<strong>SUBSTRATO</strong> segundo Abad Berjon e Nogueira<br />

Murray(1998)<br />

O termo <strong>SUBSTRATO</strong> aplica-se, em Horticultura,<br />

a todo material sólido destinado ao solo in situ,<br />

natural, sintético ou residual, mineral ou orgânico,<br />

que colocado em recipiente, em forma pura ou<br />

misturada, permite a ancoragem do sistema radicular,<br />

desempenhando o papel de suporte para as plantas.<br />

O substrato pode intervir (material quimicamente<br />

ativo) ou não (material inerte) no complexo processo<br />

da nutrição mineral das plantas.<br />

Entende-se por CULTIVO SEM SOLO aquele sistema<br />

no qual a planta desenvolve o seu sistema radicular<br />

em um meio (sólido ou líquido) confinado em um<br />

espaço limitado e isolado, fora do solo.


Porque usar um substrato<br />

. Pode ser usado em recipientes<br />

. Pode ser transportado<br />

. Pode ser melhorado<br />

. Pode ser facilmente manuseado<br />

. Pode se armazenado<br />

. É mais adequado ecologicamente<br />

OUTROS NOMES<br />

misturas<br />

misturas artificiais<br />

compostos<br />

meios de germinação, enraizamento<br />

terra, quando originado do solo


OBJETIVOS DE UM <strong>SUBSTRATO</strong><br />

FÍSICOS – melhorar a textura, estrutura, erodibilidade, drenagem<br />

e aeração; aumentar a capacidade de retenção d’água disponível<br />

às plantas.<br />

QUÍMICOS – fornecer nutrientes em formas prontamente<br />

disponíveis ou gradativamente pela intemperização ou<br />

decomposição, aumentar a CTC e reduzir o impacto deletério de<br />

contaminantes.<br />

BIOLÓGICOS – prover de M.O. os microorganismos desejáveis<br />

e permitir a esterelização para eliminar os indesejáveis.<br />

OUTROS – permitir mudanças da acidez, alcalinidade, salinidade,<br />

e toxicidade; servir de suporte para as plantas<br />

Fonte: Jim, C.Y. Comm.Soil Sci.Plant Anal. 27:2049, 1996


MISTURAS COM TERRA<br />

VANTAGENS<br />

- nutrição mais fácil<br />

- deficiência com micronutrientes é raro<br />

DESVANTAGENS<br />

- dificuldade na obtenção de solo adequado que não provoque<br />

toxicidade após a esterelização a vapor<br />

- continuidade de suprimento<br />

- controle de qualidade difícil<br />

- o solo precisa ser secado e esterelizado antes do uso<br />

- a mistura torna-se pesada e de difícil manuseio<br />

- torna-se mais caro para se preparar<br />

- destruição irreparável da camada arável<br />

- contaminação de pragas, doenças e plantas daninhas


Top Visual Preference Images<br />

The following are the most preferred signage and wayfinding best<br />

practice imagery. These images will provide guidance in refining the initial<br />

sign design concepts as the signs progress from preliminary to final draft.<br />

Key Themes of Image Preference Ranking:<br />

• Art and artistic elements made of natural materials<br />

• Preference of symbols over text<br />

• Durable, natural materials (preference for steel rather than wood)<br />

• Cost considerations (both install costs and lifecycle/maintenance<br />

costs)<br />

• Legibility is key, especially for maps, but also for entire trail<br />

signage system (should be easy and intuitive to use - lettering<br />

should be large enough to read while moving)<br />

• Hierarchy of trails (am I on the primary trail?)<br />

• Although not signage, artistic benches and trash were among the<br />

top image choices<br />

• Desire for mile markers with an associated map graphic<br />

• Desire for more information about trails on signage (slope, surface<br />

materials, etc)<br />

• Preferred materials: steel, wood, stone (with pops of color)<br />

• Transparency - Ability to see through and around signs (minimize<br />

visual weight)<br />

B<br />

F<br />

Y<br />

DD<br />

T<br />

EE<br />

10<br />

South Suburban Parks & Recreation Community Feedback and Design Direction


CARACTERÍSTICAS DE UM<br />

<strong>SUBSTRATO</strong> PARA PLANTAS<br />

1. Ter corpo e firmeza<br />

2. Possuir boa capacidade de retenção de água<br />

3. Boa capacidade de arejamento<br />

4. Boa capacidade de drenagem<br />

5. Livre de organismos nocivos<br />

6. Não deve ser salino<br />

7. Não deve conter substâncias tóxicas<br />

8. Permita a esterilização química e física<br />

9. Ser uniforme em toda a extensão<br />

10. Ser de manuseio fácil<br />

11. Não deve ser muito alcalino ou ácido


CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DAS<br />

MISTURAS<br />

1. % da fase sólida<br />

2. Densidades aparente, real e das partículas<br />

3. Porosidade total<br />

4. Capacidade de ar<br />

5. espaço poroso preenchido com água<br />

6. Granulometria<br />

A porosidade total ocupada pela água, sob diferentes tensões, pode<br />

ser classificada em (de Boodt):<br />

1. Volume de água gravitacional. 2. Volume de água facilmente<br />

accessível. 3. Volume de água tampão. 4. Volume de água de difícil<br />

acesso.<br />

Quando a mistura atinge a saturação em água, diz-se que está na<br />

Capacidade de recipiente(em contraposição à capacidade de campo)


Desenvolvimento de Substrato<br />

Método de Elizabete Salvador<br />

Materiais Simples Utilizados nas Misturas:<br />

- Areia<br />

- Casca de arroz carbonizada<br />

- Casca de pinus<br />

- Húmus de minhoca<br />

- Perlita<br />

- Turfa convencional<br />

- Turfa cultivada<br />

- Vermiculita<br />

- Torta de filtro Oliver<br />

- Casca de eucalipto<br />

Foram<br />

feitas 136<br />

misturas


Análises Físicas de Algumas<br />

Misturas<br />

Água<br />

Misturas Porosidade Espaço de Facilmente Disponível<br />

(%) aeração (%) Disponível (%) (%)<br />

CP 77,5 24,8 18,1 20,1<br />

VE 79,3 26,6 16,4 18,0<br />

HU 77,7 26,3 17,6 19,8<br />

TU 78,8 27,5 17,2 19,7<br />

CE 73,3 14,6 21,5 25,1<br />

TV 75,6 18,7 19,7 21,9<br />

CH 74,1 17,0 18,6 17,8<br />

TC 77,0 20,6 16,1 17,8<br />

HV 76,6 21,9 16,4 19,9


Análises Físicas do Substrato<br />

de Areia: Vermiculita<br />

Densidade Porosidade Espaço de Água (%)<br />

(g.cm -3 ) Total (%) Aeração Facilmente Disponível<br />

% disponível<br />

0,15 87,5 57,8 8,9 11,1<br />

0,35 83,3 40,6 10,4 13,1<br />

0,55 77,6 26,9 16,4 18,8<br />

0,75 75,1 19,5 17,4 19,8<br />

0,95 72,6 12,8 23,7 26,0


Qualidade Comercial de Gloxinas<br />

Cultivadas em Substratos de<br />

Diferentes Densidades<br />

Tratamento Plantas Plantas Plantas<br />

Especiais Comuns Fracas<br />

0,15 g.cm 3 54,29% 20,00% 25,71%<br />

0,35 g.cm 3 60,00% 17,14% 22,86%<br />

0,55 g.cm 3 94,29% 5,71% 0,0%<br />

0,75 g.cm 3 88,57% 2,86% 8,57%<br />

0,95 g.cm 3 80,00% 11,43% 8,57%


Qualidade Comercial de Gloxinas<br />

Produzidas em Substratos Diferentes<br />

<strong>SUBSTRATO</strong>S<br />

CLASSE DE PLANTAS(%)<br />

ESPECIAIS COMUNS FRACAS<br />

CP 0 32 68<br />

VE 71 27 2<br />

HU 21 21 58<br />

TU 16 32 52<br />

TE 27 43 30<br />

CP – Casca de pinus: húmus de minhoca: perlita VE – Vermiculita:<br />

humus de minhoca: perlita HU – Turfa convencional: casca de<br />

eucalipto TU – Turfa cultivada: casca de arroz carbonizada TE -<br />

Testemunha (usado pelo produtor)


Qualidade Comercial de Lysianthus<br />

Cultivado em Substratos de<br />

Densidades Diferentes<br />

Densidade Classes de plantas (%)<br />

g.cm -3 Especial Comum segunda<br />

0,15 20 60 20<br />

0,35 50 30 20<br />

0,55 20 80 0<br />

0,75 80 20 0<br />

0,95 60 40 0


Qualidade Comercial de Lisianthus<br />

Cultivado em Diferentes Substratos<br />

<strong>SUBSTRATO</strong>S<br />

CLASSE DE PLANTAS(%)<br />

ESPECIAL COMUM SEGUNDA<br />

TV 90 10 10<br />

CH 0 10 90<br />

TC 80 20 0<br />

TE 90 10 0<br />

TV – Turfa cultivadora: vermiculita<br />

CH – Casca de pinus: húmus de minhoca<br />

TC – casca de eucalipto: turfa convencional: areia<br />

TE – Testemunha


Algumas Regras Básicas<br />

Para se Fazer uma Mistura<br />

1) O volume da mistura é menor que a soma<br />

dos volumes dos componentes da mistura.<br />

2) A mistura de 3 componentes é superior a de<br />

dois componentes.<br />

3) A argila não deve passar de 17% do volume<br />

total.<br />

4) O componente orgânico não pode ser<br />

facilmente decomponível.


Algumas Regras Básicas<br />

Para se Fazer uma Mistura<br />

5) Um dos componentes deve possuir alta<br />

capacidade de retenção de água.<br />

6) Se um dos componentes é areia ou vermiculita,<br />

a sua participação não deve ser superior a 50%.<br />

7) A maioria dos materiais orgânicos é hidrófoba.<br />

8) Sempre que possível, deve ser usado materiais<br />

leves.


Algumas Regras Básicas<br />

Para se Fazer uma Mistura<br />

9) A vermiculita ou perlita pode substituir o<br />

esterco.<br />

10. É sempre interessante que um dos<br />

componentes seja orgânico. No mínimo, 1/3<br />

do volume da mistura deve ser derivado do<br />

húmus de alta qualidade ou material<br />

semelhante


Algumas Regras Básicas<br />

Para se Fazer uma Mistura<br />

11. Nem sempre é fácil fazer com que os<br />

componentes se misturem e permaneçam<br />

como tal, neste caso, o umedecimento<br />

leve ajuda a resolver o problema.<br />

12. A mistura deve ter excelentes<br />

características físicas, onde a relação<br />

umidade/ar deve chegar próximo a 50/50<br />

em volume.


ADUBAÇÃO NO <strong>SUBSTRATO</strong><br />

- Substrato e/ou soluções nutritivas desbalanceados podem<br />

causar deficiência de certos elementos:<br />

excesso de NH4 causa deficiência de Ca, Cu, Mg<br />

excesso de NO3 causa deficiência de K<br />

excesso de Ca causa deficiência de P,K,Fe, Mn,<br />

NH4,Zn,B,Cu<br />

excesso de P causa deficiência de Fe e/ou Mn<br />

- A faixa de disponibilidade de nutrientes, conforme o pH,<br />

deve ser obedecida<br />

- A relação entre os nutrientes deve ser considerada:<br />

N:K:Mg:: 1:!:1:0,5<br />

Mn:Cu:: 1:2 ou 1:5<br />

Fe:Cu:: 10:1


O QUE O <strong>SUBSTRATO</strong> DEVE<br />

CONTER<br />

a. todos os nutrientes necessários durante o período de<br />

produção da muda<br />

b. todo o P necessário para o período de produção de muda<br />

c. baixos níveis de K e N, para permitir que a muda atinja o<br />

estágio cotiledonar antes das adubações de cobertura<br />

iniciarem<br />

d. não usar adubos em pó ou soluções nutritivas concentradas<br />

em substrato seco<br />

e. as soluções nutritivas devem ser usadas para controlar o<br />

crescimento das mudas. O tipo de solução nutritiva<br />

depende da espécie, adubação feita na base, freqüência e<br />

manejo adotados


ADUBAÇÃO MÍNIMA PARA<br />

<strong>SUBSTRATO</strong><br />

1. Calcáreo dolomítico para achar o nível de pH<br />

desejado<br />

2. Superfosfato<br />

3. Mistura de micronutrientes<br />

4. Agente molhante ser for o caso<br />

5. N e K suficiente para as primeiras semanas


PADRÕES FÍSICO-QUÍMICOS DE<br />

<strong>SUBSTRATO</strong>S <strong>AGRÍCOLA</strong>S<br />

Espaço poroso total – 85% (De Boodt & Verdonck, 1972)<br />

Água facilmente disponível – 20 – 30% ( De Boodt & Verdonck)<br />

Capacidade de tampão hídrico – 4 a 10% (De Boodt &<br />

Verdonck)<br />

Relação porcentual de ar – água- 1:1 , a uma sucção hídrica<br />

entre 10 a 20 cm (Verdonck et al, 1974)<br />

Espaço após a drenagem – 5 a 120% (Conover, 1967 e Furuta,<br />

1969)<br />

pH – 5,5 a 6,5 (pasta saturada) (Conover & Poole, 1974,<br />

Walters et al, 1970)<br />

Sais solúveis ou EC - < 22,3 mS/cm (pasta saturada) (Warncke<br />

1983)


Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz<br />

Departamento de Produção Vegetal<br />

Universidade de São Paulo<br />

KEIGO MINAMI<br />

Professor Titular<br />

Agradece a Presença de Todos<br />

Avenida Pádua Dias, 11,<br />

Piracicaba - SP<br />

CEP 13418-900<br />

Caixa Postal 09<br />

Tel. 0**19-3429-4190 Ramal 216<br />

Fax 0**19 – 3429 – 4116<br />

Tel. res. 0**19-3433-6993<br />

E-mail: kminami@esalq.usp.br

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