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Prof Dr RICARDO VICTORIA FILHO

Controle biologico e quimico - Departamento de Produção Vegetal

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MÉTODOS DE CONTROLE DE PLANTAS<br />

DANINHAS: BIOLÓGICO E QUÍMICO<br />

<strong>Prof</strong>. <strong>Dr</strong>. <strong>RICARDO</strong> <strong>VICTORIA</strong> <strong>FILHO</strong><br />

ÁREA DE BIOLOGIA E MANEJO DE PLANTAS DANINHAS<br />

DEPARTAMENTO DE PRODUÇÃO VEGETAL<br />

ESALQ/USP – PIRACICABA/SP


CONTROLE BIOLÓGICO DAS PLANTAS<br />

DANINHAS<br />

1. CONCEITO<br />

2. VANTAGENS E DESVANTAGENS<br />

3. MÉTODOS DE CONTROLE BIOLÓGICO<br />

31. ESTRATÉGIA CLÁSSICA<br />

3.2. ESTRATÉGIA INUNDATIVA<br />

3.3. ESTRATÉGIA REPOSITIVA<br />

4. CONTROLE POR AGENTES MICROBIOLÓGICOS<br />

4.1. ASPECTOS DO DESENVOLVIMENTO<br />

4.2. PRINCIPAIS OBSTÁCULOS<br />

4.3. TECNOLOGIA DE FORMULAÇÃO<br />

4.4. DESENVOLVIMENTO DE HERBICIDAS MICROBIOLÓGICOS NO<br />

BRASIL


1.CONCEITO<br />

Consiste no uso de inimigos naturais<br />

(parasitas, predadores ou patógenos) para<br />

reduzir a população das plantas daninhas e<br />

conseqüentemente a sua capacidade<br />

competitiva.<br />

Podem ser utilizados insetos, fungos,<br />

bactérias, vírus, ácaros, aves, peixes e outros<br />

animais.


População da Planta Daninha<br />

inseto<br />

População do Inseto<br />

planta daninha<br />

FIGURA 1 - VARIAÇÃO DA POPULAÇÃO DA PLANTA DANINHA<br />

E DO INSETO COM O DECORRER DO TEMPO


Preformance da população<br />

K<br />

Y = N 0<br />

* e r<br />

Y = N 0<br />

* e r ( K-No<br />

K<br />

potencial biótico<br />

Curva logística<br />

Resistência do meio<br />

(<br />

Tempo<br />

Figura 2 - Curvas de crescimento populacional


RESISTÊNCIA DO MEIO<br />

• Fatores abióticos<br />

- naturais (climáticos e edáficos)<br />

- promovidos pelo homem (métodos físicos e<br />

químicos de controle)<br />

• Fatores bióticos<br />

- naturais (competição, alelopatia,<br />

parasitismo e predação)<br />

- manipulados pelo homem (competição,<br />

alelopatia, parasitismo e predação)


Interação<br />

Biótica<br />

Espécies reunidas Espécies isoladas<br />

Espécie A Espécie B Espécie A Espécie B<br />

Predação + - - O<br />

Parasitismo + - - O<br />

Amensalismo<br />

O - O O<br />

Competição - - O O<br />

+ condição favorável para a população<br />

- condição desfavorável para a população<br />

o condição não afeta o desempenho da população<br />

A predador de B<br />

A parasita de B<br />

A amensal de B<br />

Figura 3 - Efeitos esperados das interações bióticas


2. VANTAGENS E DESVANTAGENS<br />

DO CONTROLE BIOLÓGICO


CONTROLE BIOLÓGICO DAS PLANTAS<br />

DANINHAS<br />

VANTAGENS<br />

a) Auto perpetuação<br />

b) Sem necessidade de reaplicação,uma vez<br />

estabelecido com sucesso<br />

c) Sem efeitos tóxicos<br />

d) O efeito é limitado a uma planta alvo


CONTROLE BIOLÓGICO DAS PLANTAS<br />

VANTAGENS<br />

DANINHAS<br />

e) O controle é dependente da densidade da<br />

planta daninha hospedeira<br />

f) Autoperpetuação mesmo em ambiente de<br />

difícil acesso<br />

g) Custos não são recorrentes<br />

h) Grandes benefícios nos programas que<br />

apresentam sucesso


CONTROLE BIOLÓGICO DAS PLANTAS<br />

DANINHAS<br />

DESVANTAGENS<br />

a) Controle lento<br />

b) Sem garantia de resultados<br />

c) O estabelecimento pode ter insucesso por várias<br />

razões<br />

d) Efeitos ecológicos podem ser desconhecidos,<br />

com mutações para formas indesejáveis<br />

e) Se a planta daninha alvo é próxima da planta<br />

cultivada os agentes são limitados


CONTROLE BIOLÓGICO DAS PLANTAS<br />

DANINHAS<br />

Desvantagens<br />

f) Alguns riscos não podem ser avaliados e,<br />

portanto, não são conhecidos<br />

g) Não funciona em culturas de ciclo curto<br />

h) Restrição da dispersão em áreas onde a<br />

disseminação inicial é lenta<br />

i) Investimento inicial, tempo, e pessoal é muito<br />

alto<br />

j) Erradicação é impossível


3. MÉTODOS DE CONTROLE BIOLÓGICO<br />

3.1. ESTRATÉGIA CLÁSSICA<br />

3.2. ESTRATÉGIA INUNDATIVA<br />

3.3. ESTRATÉGIA REPOSITIVA


Melhores alvos<br />

Planta daninha dominante<br />

Planta bastante susceptível ao agente<br />

biológico<br />

Planta perene introduzida<br />

Planta não relacionada econômica ou<br />

ecologicamente com as plantas nativas<br />

importantes


Melhores locais<br />

Pastagens permanentes<br />

Áreas não agrícolas<br />

Florestas<br />

Ambientes aquáticos


CONTROLE BIOLÓGICO ESPONTÂNEO<br />

• Ocorre naturalmente nas áreas agrícolas e outras<br />

áreas de interesse.<br />

• Aguapé – Eichlornia crassipes<br />

- cicatrizes foliareas devido a ação dos insetos<br />

Neochetina eichornia e N. brucchi.<br />

- infecções secundárias de fungos<br />

• Amendoim-bravo – Euphorbia heteropylla – virus em<br />

áreas de citros<br />

• Fedegoso – Senna obtusifolia – ocorrência no plantio<br />

direto de damping-off (Alternaria cassiae)


3.1 ESTRATÉGIA CLÁSSICA<br />

• É utilizada para plantas exóticas recém-introduzidas e<br />

que apresentam grande expansão populacional.<br />

• Baseia-se na identificação e seleção de inimigos<br />

naturais na região de origem da plantas exótica.


ESTRATÉGIA CLÁSSICA - características<br />

• Tem sido empregada com sucesso em áreas de<br />

pastagens extensivas, reservas florestais e<br />

ecossistemas frágeis<br />

• Testes de especificidade devem ser realizados com<br />

muito rigor<br />

• Custo inicial elevado<br />

• Irreversibilidade do processo<br />

• Impossibilidade de previsão de sucesso<br />

• Não é indicada para soluções de curto prazo


ESTRATÉGIA CLÁSSICA – Espécies consideradas<br />

de risco<br />

• Aquelas filogeneticamente relacionadas a planta<br />

daninha alvo<br />

• Aquelas não expostas previamente ao organismo<br />

• Aquelas com poucas informações sobre os seus<br />

inimigos naturais<br />

• Aquelas que produzem compostos secundários<br />

semelhante a planta daninha alvo


ESTRATÉGIA CLÁSSICA – Espécies consideradas<br />

de risco<br />

• Aquelas que apresentam similaridades<br />

morfológicas com a planta daninha alvo<br />

• Aquelas que são atacadas por organismos similares<br />

ao estudado como agente de controle biológico<br />

• Aquelas com alguma indicação de ser hospedeira<br />

do organismo estudado<br />

Watson (1991)


ESTRATÉGIA CLÁSSICA – exemplos<br />

• Opuntia sp – na Austrália – Introduzida em 1839 como<br />

ornamental e para cerca viva. Em 1915 havia 60<br />

milhões de acres inutilizados como pastagens.<br />

- Ação do inimigo Cactoblastus cactorum introduzida<br />

em 1925 que em 10 anos permitiu a recuperação das<br />

áreas (95% em Queesland e 75% em New South Wales.<br />

• Lantana camara – cambara, milho de grilo. Introduzida<br />

em 1860 como ornamental no Hawaii.<br />

- ação de diversas espécies que foram utilizadas


Opuntia cochinillifera


Liberação no campo: 1927-1930<br />

http://www.aphis.usda.gov/plant_health/plant_pest_info/cactoblastis/pgallery.shtml


alto poder de<br />

predação<br />

destruição da<br />

planta


Segundo Pitelli et al (2003) em 10 anos obtiveram uma recuperação de<br />

95% áreas infestadas


• Introduzida em 1860:<br />

propositos ornamentais<br />

• Disseminação favorecida<br />

por dois pássaros<br />

– Turtur chinensis<br />

– Acridoteres tristis<br />

• 1900 milhões de<br />

hectares<br />

de pastagens inutilizados<br />

Lantana camara no Hawaí


Lantana camara<br />

Oito espécies se tornaram estabelecidas no Hawaí<br />

• Crocidosema lantana (Lepidoptera)<br />

– broca do pedunculo e receptáculo floral<br />

– predador de flores e frutos<br />

• Agromyza lantanae (lepidoptera)<br />

– predador de frutos e os frutos atacados eram<br />

rejeitados pelos pássaros agentes de disseminação<br />

• Thecla echion e Thecla bazochi<br />

– predador de flores


ESTRATÉGIA CLÁSSICA – exemplos<br />

• AGUAPÉ – Eichlornia crassipes – nativa da bacia<br />

amazônica e do pantanal mato-grossense tem sido<br />

disseminada pelo homem em várias regiões<br />

tropicais e sub-tropicais do mundo.<br />

• Diversos inimigos naturais tem sido estudados.<br />

• Três espécies de insetos associados a fungos tem<br />

sido utilizados.


Eichhornia crassipes


Eichhornia crassipes


Inimigos naturais estudados<br />

Neochetina eichhorniae e N. brucchi


Associado ao ataque de fungos


Ruanda – programa de introdução de Neochetina<br />

spp


Área infestada (ha x 1000)<br />

800<br />

700<br />

600<br />

500<br />

400<br />

300<br />

200<br />

100<br />

0<br />

Outono<br />

Primavera<br />

74<br />

76<br />

78<br />

80<br />

82<br />

84<br />

86<br />

88<br />

90<br />

92<br />

94<br />

96<br />

98<br />

Ano<br />

Figura 4 - Área infestada por Eichhornia crassipes no estado<br />

de Louisiana. N. eichhorniae liberado em 1974 e N. bruchi em 1975.


Tabela 1 – Alguns exemplos de controle biológico clássico de plantas daninhas com fungos e<br />

insetos<br />

Planta daninha Local Agente de Controle<br />

biológico<br />

Acacia saligna África do Sul Uromycladium<br />

tepperiamum<br />

Natureza do Agente<br />

Fungo(basidiomycotaferrugem<br />

Origem do<br />

agente<br />

Austrália<br />

Ageratina riparia EUA, Hawai Entyloma ageratinae Fungo (Ascomycota) Jamaica<br />

Alternanthera<br />

philoxeroides<br />

EUA Agasicles hygrophila Inseto (Coleoptera:<br />

chrysomelidae)<br />

Carduus nutans EUA, Canadá Rhinocyllus conicus Inseto (Coleoptera:<br />

curculionidae)<br />

C. Mutans EUA, Canadá P. carduorum Fungo (Basidiomycotaferrugem)<br />

Chondrilla juncea Austrália, EUA P. chondrillina Fungo (Basidiomycota-<br />

Ferrugem)<br />

Cirsium arvense Austrália, EUA Puccinia xanthi Fungo (Basidiomycota –<br />

ferrugem<br />

Eichhornia<br />

crassipes<br />

EUA Neochetina eichlorniae Inseto (Coleoptera:<br />

Curculionidae<br />

Argentina<br />

França<br />

Turquia<br />

Europa<br />

Austrália<br />

Am. do Sul


Tabela 1 – Alguns exemplos de controle biológico clássico de plantas daninhas com fungos e insetos<br />

Planta daninha Local Agente de Controle<br />

biológico<br />

Natureza do Agente<br />

E. crassipes EUA N. bruchi Inseto (Coleoptera:<br />

Curculionidae)<br />

E. crassipes EUA Uredo eichorniae Fungo (Basidiomycota –<br />

ferrugem<br />

Galega officinales Chile Uromyces galega Fungo (Basidomycotaferrugem)<br />

Hydrilla verticillata EUA Hydrellia balciunasi Inseto<br />

(Diptera:Ephydridae<br />

Pistia stratiotes EUA Neohydronomus affinis Inseto (Coleoptera:<br />

Curculionidade)<br />

Rubus constrictus Chile Phragmidium violaceum Fungo (Basidiomycotaferrugem)<br />

R. fruticosus Austrália P. violaceum Fungo (Basidiomycotaferragem)<br />

R. ulmifolius Chile P. violaceum Fungo (Basidiomycota-<br />

Ferrugem<br />

Senecio jacobeae EUA Longitarsus jacobae Inseto (Coleoptera<br />

chyrsomelidae)<br />

S. vulgaris EUA,<br />

Europa<br />

P. lagenophorae Fungo (Basidiomycotaferrugem)<br />

Origem do<br />

agente<br />

Am. do Sul<br />

Argentina<br />

França<br />

Australia<br />

Argentina<br />

Alemanha<br />

Alemanha<br />

Alemanha<br />

Itália<br />

Australia


Lago Victoria, Africa


Lago Victoria


Eichhornia crassipes<br />

Kenya Kisumu Yacht Club Lake Victoria<br />

http://www.invasive.org/browse/detail.cfm?imgnum=0002096<br />

http://www.invasive.org/browse/detail.cfm?imgnum=0002097


Eichhornia crassipes<br />

Uganda<br />

http://www.invasive.org/browse/detail.cfm?imgnum=0002098<br />

http://www.invasive.org/browse/detail.cfm?imgnum=0002099


Salvinia spp na Austrália


Cyrtobagous salvinae


Antes da liberação de Cyrtobagous<br />

salvinae


Depois da liberação de Cyrtobagous<br />

salvinae


http://www.invasive.org/browse/detail.cfm?imgnum=1929042


3.2. ESTRATÉGIA INUNDATIVA<br />

• Utilização de fungos ou bactérias fitopatogênicas<br />

como agentes de biocontrole.<br />

• Esses organismos devem ser específicos e<br />

seguros para plantas não-alvo.<br />

• Organismos são aplicados em altas populações<br />

provocando expressivo e imediato impacto na<br />

dinâmica populacional ou na competitividade da<br />

plantas daninha


ESTRATÉGIA INUNDATIVA<br />

• Estratégia cara, embora possa ser altamente eficaz e<br />

comercialmente explorada<br />

• Exemplos<br />

– Collego Colletotrichum gloesporioides f.sp.<br />

aeschynomene no controle de Aeschynomene virginica em<br />

campos de arroz - 1982<br />

– DeVine Phytophtora palmivora no controle de Morrenia<br />

odorata em pomares cítricos - 1981<br />

– BioMal Colletotrichum gloesporioides f. sp. malvae no<br />

controle de Malva pusilla - 1992


Alternaria cassiae, agente de controle biológico de<br />

Senna obtusifolia<br />

Agral<br />

Herbitensil<br />

Silwet


Egeria densa no reservatório de Jupiá


Carregamento de Egeria spp retirada das<br />

grades de proteção das turbinas<br />

na Usina de Jupiá


Efeitos de concentrações de inóculo produzido em arroz sobre a<br />

mortalidade de Egeria najas


Bioherbicida para Solanum viarum<br />

• Solvinix<br />

• Virus: TMGMV<br />

• Forte reação de<br />

hipersensibildade<br />

33 DIAS DA APLICAÇÃO<br />

http://tsa.ifas.ufl.edu/00Documents/TSA-TMGMV_Promotional_Presentation_082206.pdf


http://tsa.ifas.ufl.edu/00Documents/TSA-TMGMV_Promotional_Presentation_082206.pdf


Bioherbicidas Registrados - Nachtigal, 2009


3.3. Estratégia repositiva<br />

Trata-se da variação da inundativa<br />

• Se estabelece um tamanho populacional do agente de<br />

controle biológico que seja ideal para manter a população<br />

da planta daninha na densidade desejada<br />

• realizam-se avaliações periódicas da densidade do agente<br />

de controle biológico<br />

• repõe-se o número de indivíduos que faltam para atingir a<br />

densidade necessária


Estratégia repositiva<br />

Exemplo<br />

• Ctenopharyngodon idella (carpa-capim) para o controle de Hydrilla<br />

verticillata em lagos:


Ctenopharyngodon idella<br />

Antes liberação


Ctenopharyngodon idella<br />

Após liberação


C. idella


Pistia stratiotes<br />

carpa capim<br />

Ctenopharyngodon idella


4. Controle de plantas daninhas por agentes<br />

microbiológicos<br />

4.1. Aspectos do desenvolvimento e<br />

comercialização<br />

Patente<br />

Registro<br />

Comercialização<br />

Conceito de bioherbicidas foi introduzido por<br />

Daniel et al. (1973)<br />

Aspecto crítico – segurança a plantas não alvo


4.2. Principais obstáculos<br />

• eficácia<br />

• alto grau de especificidade do hospedeiro<br />

• incompatibilidade com os herbicidas<br />

• considerações regulatórias<br />

• aspectos econômicos


4.3. Tecnologia de formulação<br />

4.4. Desenvolvimento de herbicidas<br />

microbiólógicos no Brasil<br />

• leiteiro ou amendoim-bravo foi estudado o<br />

fungo Bipolaris euphorbiae<br />

• Tiririca – Cercospora cairicis<br />

•Fedegoso – Senna obtusifolia uso do fungo<br />

Alternaria cassiae<br />

• Aguapé – Cercospora piaropi


Fedegoso – Senna obtusifolia


Amendoim bravo – Euphorbia heterophylla


Tiririca– Cyperus rotundus


Agentes fitopatogênicos e plantas alvo identificados na série de estudos<br />

conduzidos pelo Laboratório de Controle Biológico de Plantas<br />

Daninhas da Universidade Federal de Viçosa.<br />

Fitopatógeno Planta Alvo Nome Vulgar Fonte<br />

Oidiopsis haplophylli Vernonia scorpioides Assa-peixe Parreira et al. (2006)<br />

Prospodium tuberculatum Lantana camara Cambará Ellison et al (2006)<br />

Ramularia pistiae Pistia stratiotes Alface d´água Fernandes & Barreto<br />

(2005)<br />

Lewia chlamidosporiformans Euphorbia heterophylla Amendoim<br />

bravo<br />

Vieira & Barretp<br />

(2005)<br />

Cercospora alternanthera Alternanthera phiiloxeroides Bredo-d´agua Barreto & Torres (1999)<br />

Phaeotrichoconis crotalariae Cyperus rotundus Tiririca Pomella & Barreto<br />

(1999)


CONTROLE QUÍMICO DE PLANTAS DANINHAS


1. CONCEITO<br />

Utilização de produtos químicos, sintéticos, que<br />

em concentrações adequadas inibem o<br />

desenvolvimento ou provocam a morte das<br />

plantas daninhas.


TABELA 1. Evolução dos métodos de controle de plantas daninhas nos Estados<br />

Unidos da América do Norte, comparando o tipo de energia empregada no controle<br />

de plantas daninhas de 1920 a 1990.<br />

Ano<br />

Energia<br />

Humana<br />

Energia<br />

Animal<br />

Energia<br />

Mecânica<br />

(trator)<br />

Energia<br />

Química<br />

1920 40 60 - -<br />

1947 20 10 70 -<br />

1975 5 TR 40 55<br />

1990


TABELA 2. Venda de agroquímicos no período de 1960 a 1990, com<br />

estimativa para 2000 em milhões de dólares (Hopkins,<br />

1994).<br />

Agroquímico 1960 1970 1980 1990 2000<br />

Herbicidas 160 918 4.756 12.600 16.560<br />

Inseticidas 288 945 3.944 7.840 9.360<br />

Fungicidas 320 702 2.204 5.600 7.560<br />

Outros 32 135 696 1.960 2.520<br />

Total 800 2.700 11.600 28.000 36.000


Tabela 3 - Venda de defensivos agrícolas por classes – 2003-2007<br />

Ingrediente ativo<br />

2003 2004 2005 2006 2007<br />

Herbicidas 110.215 124.060 136.853 144.986 189.101 62,19<br />

Fungicidas 19.363 25.631 26.999 24.707 27.734 9,12<br />

Inseticidas 24.422 33.291 36.347 33.750 42.838 14,09<br />

Acaricidas 9.627 9.901 7.416 11.685 14.583 4,79<br />

Outras 18.819 21.842 24.616 23.588 29.775 9,79<br />

Total 182446 214.2725 232.232 238.716 304.031


TABELA 4 . Evolução do mercado de herbicidas nos países do<br />

Mercosul. Brasil, 2000 (valores em 1000 US$).<br />

Países 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00<br />

Argentina 447.000 545.000 594.700 505.400 435.000<br />

Brasil 834.976 1.004.408 1.214.819 1.369.272 1.173.600<br />

Paraguai - - 44.000 46.000 45.100<br />

Uruguai 13.700 19.900 27.000 26.600 22.300<br />

Mercosul 1.295.676 1.569.308 1.875.519 1.947.272 1.676.000<br />

Obs: As bases de cálculos são os preços praticados pelas registrantes dos produtos aos canais de distribuição.


DEFENSIVOS AGRÍCOLAS NO BRASIL PERFIL DO<br />

SETOR<br />

COMPROMISSO COM A SUSTENTABILIDADE<br />

VENDAS – CLASSES (2008)<br />

US$ 1.000<br />

Acaricidas<br />

112.876<br />

(1,6%)<br />

Outros<br />

210.172<br />

(2,9%)<br />

Inseticidas<br />

2.027.771<br />

(28,5%)<br />

Herbicidas<br />

3.200.721<br />

(44,9%)<br />

Fungicidas<br />

1.573.600<br />

(22,1%)<br />

Fonte: SINDAG


DEFENSIVOS AGRÍCOLAS NO BRASIL PERFIL DO<br />

SETOR<br />

COMPROMISSO COM A SUSTENTABILIDADE<br />

VENDAS – CULTURAS (2008)<br />

US$ 1.000<br />

Citros<br />

253.644<br />

3,6%<br />

Demais<br />

167.499<br />

2,4%<br />

Trigo<br />

3%<br />

Feijão<br />

167.110<br />

2,3%<br />

Arroz<br />

164.360<br />

2,3%<br />

Pastagens<br />

113.902<br />

1,6%<br />

Batata<br />

103.389<br />

1,5%<br />

Café<br />

267.726<br />

3,8%<br />

HFF<br />

303.301<br />

4,3%<br />

Algodão<br />

553.714<br />

7,8%<br />

Cana<br />

676.230<br />

9,5%<br />

Milho<br />

911.838<br />

12,8%<br />

Soja<br />

3.227.039<br />

45,3%<br />

Fonte: SINDAG


DEFENSIVOS AGRÍCOLAS NO BRASIL PERFIL DO<br />

SETOR<br />

COMPROMISSO COM A SUSTENTABILIDADE<br />

VENDAS – ESTADOS (2008)<br />

US$ MILHÕES<br />

MS (8°)<br />

377,1<br />

5,3%<br />

BA (7°)<br />

383,4<br />

5,4%<br />

SC (9°)<br />

170,0<br />

2,4%<br />

Os demais<br />

546,0<br />

7,7%<br />

MT (1°)<br />

1.348,7<br />

18,9%<br />

MG (6°)<br />

539,2<br />

7,6%<br />

PR (2º)<br />

1.146,8<br />

16,1%<br />

GO (5°)<br />

661,4<br />

9,3%<br />

RS (4°)<br />

831,3<br />

11,7%<br />

SP (3°)<br />

1.121,2<br />

15,7%<br />

Fonte: SINDAG


PRODUTOS FITOSSANITÁRIOS<br />

TIPO<br />

INGREDIENTES<br />

ATIVOS<br />

PRODUTOS<br />

COMERCIAIS<br />

INSETICIDAS / ACARICIDAS 169 403<br />

FUNGICIDAS / BATERICIDAS 138 276<br />

HERBICIDAS 70 254<br />

NEMATICIDAS 7 15<br />

OUTROS* 20 54<br />

TOTAL 404 1002<br />

*antievaporante, ativador, espalhante adesivo, feromônio, inibidor de<br />

crescimento, regulador de crescimento, regulador vegetal


VANTAGENS:<br />

• controla na linha da cultura<br />

• maior espectro de ação em relação ao controle biológico<br />

• controle de plantas daninhas de propagação vegetativa<br />

• trabalha em condições adversas<br />

• permite uso de espaçamentos menores<br />

• menores danos ao sistema radicular<br />

DESVANTAGENS:<br />

• resíduos<br />

• toxicidade ao homem<br />

• problema de educação do lavrador<br />

• desenvolvimento de resistência em algumas espécies<br />

• Impacto ambiental - danos


CLO = clorofila<br />

Nu = núcleo<br />

Mt = microtúbulos<br />

M = mitocôndrio<br />

Pl = plastídio<br />

Pc = parede da célula<br />

Interferem com microtúbulos<br />

Herbicidas auxinicos<br />

RNA<br />

Síntese de<br />

Ac. graxo<br />

VACÚOLO<br />

Destruição<br />

de<br />

membranas<br />

CLO<br />

CLO<br />

PC<br />

Biossíntese<br />

da celulose<br />

Fotossíntese, biossíntese da clorofila,<br />

carotenos, peroxidação de lipídeos<br />

Metabolismo NH 4<br />

biossíntese de aminoácidos


2. CLASSIFICAÇÃO DOS HERBICIDAS<br />

a) Época de aplicação<br />

b) Seletividade<br />

c) Translocação<br />

d) Grupo químico<br />

e) Mecanismo de ação


a) Época de Aplicação<br />

• Pré-plantio incorporado (PPI)<br />

• Pré-emergência (PRE)<br />

• Pós-emergência inicial<br />

• Pós-emergência tardia<br />

• Pós-emergência dirigida


PP<br />

H<br />

PPI<br />

Pós-dirigida<br />

PRE<br />

H<br />

Pós-Inicial<br />

Pós-tardia<br />

Figura 1 – Épocas de aplicação dos herbicidas


) SELETIVIDADE<br />

. Seletivos<br />

. não seletivos<br />

c) TRANSLOCAÇÃO<br />

. Contato<br />

. translocação – simplástica<br />

apoplástica


d) GRUPO QUÍMICO<br />

- fenoxiacéticos – 2,4 - D<br />

- uréias substituidas – diuron<br />

- sulfoniluréias - nicosulfuron<br />

c) MECANISMO DE AÇÃO<br />

- mimetizadores de auxina<br />

- inibidores da mitose<br />

- inibidores da fotossíntese<br />

- inibidores da ALS


PRINCIPAIS MECANISMOS DE AÇÃO<br />

LOCAL DE APLICAÇÃO<br />

Inibidores da divisão celular<br />

Inibidores de crescimento inicial<br />

Inibidores da fotossíntese<br />

Inibidores da síntese de pigmentos<br />

Mimetizadores de auxina<br />

Destruidores de membrana<br />

Inibidores da ALS<br />

Inibidores da ACCase<br />

Inibidores da EPSP<br />

Solo<br />

Solo<br />

Solo<br />

Solo<br />

Folha<br />

Folha/Solo<br />

Folha<br />

Folha<br />

Folha

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