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O fator melquesedeque-Don Richardson

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48-0 Fator Melquisedeque<br />

acordo com o simbolismo, não lhe era permitido falar.<br />

Toda vez que um indivíduo mbaka tropeçava numa pedra, ele se<br />

voltava e ungia o objeto ofensor. A seguir, dizia à mesma: “ Fale, pedra,<br />

Koro usou você para guardar-me do perigo ou do mal?”<br />

Eugene vê um estranho paralelo entre esse costume e a metáfora<br />

bíblica de Jesus Cristo como uma “ pedra de tropeço” e uma “ rocha<br />

de ofensa” . Porém, Ele representa isso apenas para os homens<br />

que não reconhecem que Deus busca guardá-los do perigo e do mal<br />

através de Jesus! Os mbaka, por sua parte, estão prontos a reconhecer<br />

a bênção de Koro, até mesmo quando ela vem disfarçada numa<br />

pedra de tropeço que fere o seu pé!<br />

Eugene lembra uma época, anos antes, quando missionários<br />

mais jovens, encantados com histórias desse tipo das tradições<br />

mbaka, disseram que gostariam de ter “ mais tempo para estudar a<br />

cultura". Um missionário mais velho objetou: “ Não se estuda o inferno.<br />

Pregamos o céu!”<br />

O “ inferno” acha-se admitidamente presente em toda sociedade<br />

humana. Selvagens “ nobres” são tão raros quanto nobres civilizados.<br />

O mesmo homem que unge a pedra, hoje, pode cometer homicídio<br />

amanhã. Admitimos também que jamais devemos permitir que<br />

nosso fascínio por qualquer situação humana nos absorva tanto que<br />

deixemos de “ pregar o céu” .<br />

Não obstante, parece claro que o “ inferno” não teve prioridade<br />

no desenvolvimento da cultura mbaka, pois alguma influência celestial<br />

se faz sentir. Quem quer que desejasse pregar sinceramente o<br />

céu aos mbaka não erraria se primeiro estudasse a influência que<br />

este já exercera sobre o mundo deles!<br />

Do mesmo modo que aceitamos prontamente um estranho, caso<br />

primeiramente ele tenha sido recomendado por alguém que conhecemos<br />

e em quem confiamos, os mbaka também receberam alegremente<br />

o evangelho por ter-lhes sido recomendado por alguém que<br />

conheciam e em quem confiavam - sua própria tradição sobre Koro!<br />

Por essas razões, proponho que estes aspectos particulares da<br />

tradição mbaka sejam descritos como “ redentores". (Nota: “ redentores”<br />

e não “ salvadores” ! “ Redimir” significaria que o povo mbaka<br />

poderia entrar em comunhão com Deus através de suas próprias tradições,<br />

em separado do evangelho. “ Redentor” , neste contexto, significa<br />

“ contribuir para a redenção de um povo, mas sem culminá-la.” )<br />

“ A tradição redentora” contribui para a redenção de um povo,<br />

apenas por facilitar sua compreensão do sentido dessa redenção.<br />

A tradição redentora dos mbaka levou-os a considerar o evangelho<br />

como algo precioso e não como uma coisa imposta arbitraria­

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