CERÂMICO
O ano da mudança - Mundo Cerâmico
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ENCONTRO<br />
Parceiros estratégicos<br />
Weber Quartzolit promove encontro com a indústria cerâmica, apresenta os<br />
resultados de pesquisa nacional realizada pelo CCB e a polêmica norma<br />
de desempenho de edificações que entra em vigor em maio 2010<br />
Para William Aloise, diretor<br />
de marketing da Weber Quartzolit,<br />
fabricante de argamassas para<br />
assentamento, a aproximação com<br />
a indústria de revestimentos cerâmicos<br />
é uma decorrência natural de<br />
sua atividade: “Me parece claro que<br />
devemos sentar e conversar com<br />
nossos principais demandadores<br />
de necessidades. Precisamos estar<br />
juntos para melhorar as propostas de<br />
trabalho”, afirma William. Para ele<br />
o compartilhamento de informações<br />
mais que útil, é estratégico. Com a<br />
Aproximação com indústria cerâmica<br />
aquisição da Quartzolit, em 1997,<br />
pelo grupo Saint-Gobain, a empresa<br />
sofreu várias transformações. De 27<br />
produtos em 1998, passou para 53<br />
produtos em 2008. Nesse período<br />
foram substituídos 32 produtos com<br />
um total de 58 novos lançamentos.<br />
Essa busca incessante por agregar<br />
tecnologia à operação empresarial<br />
foi responsável por um faturamento<br />
12 vezes maior no período de 1998 a<br />
2008, crescendo muito acima do que<br />
o mercado de revestimentos cresceu.<br />
A preocupação da empresa com o<br />
crescimento do setor via eficiência<br />
contempla também a formação da<br />
mão de obra de instalação, para<br />
William Aloise, Weber Quartzolit<br />
William ainda o grande problema do<br />
negócio. Um dos pilares do trabalho é<br />
o Guia Weber para difundir e explicar<br />
a melhor forma de aplicar os produtos<br />
da empresa. O Guia atingiu, até o<br />
momento a impressionante marca de<br />
16,7 milhões de exemplares acumulados<br />
desde seu lançamento.<br />
Pesquisa CCB<br />
Adriana Leandro, Weber Quartzolit<br />
Como parte dessa estratégia<br />
de aproximação com a indústria<br />
cerâmica a empresa realizou, em 23<br />
de setembro, no hotel Royal Palm<br />
Plaza, em Campinas, SP, o ‘1º Encontro<br />
Weber Quartzolit/CCB e Indústrias<br />
de Revestimento Cerâmico<br />
Brasileiro’. William ressaltou que<br />
espera fazer outros encontros com<br />
mais frequência, com a finalidade<br />
de fomentar a troca de informações<br />
de mercado entre os participantes<br />
do setor. Nesse primeiro encontro foi<br />
apresentada uma pesquisa realizada<br />
pelo CCB mostrando o total produzido<br />
nas várias categorias levando em<br />
conta classes de absorção de água,<br />
tipologias de produtos, formatos das<br />
peças e juntas recomendadas. Essas<br />
informações são obviamente muito<br />
importantes para a Weber Quartzolit<br />
para o cálculo de consumo de suas<br />
argamassas. O CCB, Centro Cerâmico<br />
do Brasil, realizou a pesquisa com<br />
66 ceramistas, em dezembro de 2008,<br />
que representavam 81% do número<br />
de empresas e 89% da produção de<br />
revestimentos cerâmicos. Adriana<br />
Leandro, responsável pela área de<br />
pesquisas da Weber Quartzolit fez<br />
a apresentação desses dados juntamente<br />
com os dados de mercado da<br />
empresa.<br />
Norma de desempenho<br />
A seguir, a engenheira Maria Angelica<br />
Covelo Silva, do NGI, Núcleo<br />
de Gestão e Inovação, apresentou seu<br />
trabalho ‘Metodologia e normas de<br />
desempenho de edifícios’. O conceito<br />
de desempenho das edificações teve<br />
origem nas exigências de segurança<br />
estrutural de produtos da indústria bélica<br />
e aeroespacial na Segunda Guerra<br />
Mundial. Daquela época aos dias de<br />
hoje foram feitas várias normas na<br />
Europa, até que no Brasil, em 1981, o<br />
IPT, Instituto de Pesquisas Tecnológicas<br />
do Estado de São Paulo, publicou<br />
a primeira versão dos critérios de<br />
desempenho em trabalho desenvolvido<br />
com o BNH. O conceito do<br />
desempenho é do comportamento de<br />
um produto em utilização. O produto<br />
deve ter características que o capacitem<br />
a cumprir os objetivos e funções<br />
para as quais foi projetado. Isto é,<br />
pensar e trabalhar em termos de ‘fins’<br />
em vez de ‘meios’. Com isso a ideia<br />
não é somente prescrever como uma<br />
edificação deva ser construída, mas o<br />
que se requer dessa construção. Seu<br />
uso. Em 2002, o SindusCon-SP e o<br />
Secovi-SP tomaram conhecimento do<br />
Maria Angelica Covelo Silva, NGI<br />
andamento dos trabalhos e do impacto<br />
que estas normas poderiam trazer ao<br />
setor. A partir de 2003 constituíramse<br />
grupos de trabalho coordenados<br />
pelas duas entidades visando intervir<br />
no conteúdo, de modo a ajustá-los<br />
à realidade dos processos de toda a<br />
cadeia produtiva.<br />
Zona de atrito<br />
Com isso, publicada em 12 de<br />
maio de 2008, entra em vigor a<br />
partir de 12 de maio de 2010, a<br />
norma ABNT NBR 15575-1, que<br />
trata do desempenho de edificações<br />
habitacionais de até 5 pavimentos.<br />
É o começo de uma bela dor de<br />
cabeça para o segmento cerâmico.<br />
Um dos pontos polêmicos trata do<br />
coeficiente de atrito dinâmico do<br />
piso (veja tabela ao lado). Maria<br />
Angelica cobrou da indústria<br />
cerâmica uma maior participação<br />
junto ao segmento da construção, a<br />
seu ver, omissa nessa questão. Ana<br />
Paula Menegazzo, superintendente<br />
do CCB, contesta e afirma que o setor<br />
cerâmico não conseguiu ser ouvido<br />
na formulação dos critérios técnicos<br />
para o desempenho dos revestimentos<br />
cerâmicos. A partir daí será necessário<br />
um trabalho de articulação do setor<br />
para resolver essas questões.<br />
Ana Paula Menegazzo, CCB<br />
30 Outubro/Dezembro 2009 - Mundo Cerâmico Mundo Cerâmico - Outubro/Dezembro 2009 31