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CERÂMICO

O ano da mudança - Mundo Cerâmico

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www.mundoceramico.com.br<br />

REVISTA MUNDO <strong>CERÂMICO</strong> - ANO XVII - Nº 146-147 - R$ 8,00<br />

www.twitter.com/mundoceramico<br />

www.facebook.com/mundoceramico<br />

O ano da mudança<br />

Cobertura da Cersaie 2009 - p.20


SUMÁRIO<br />

Revista Mundo Cerâmico nº 146-147 - Outubro/Dezembro 2009<br />

TENDÊNCIAS<br />

ENCONTRO<br />

Além da grande ebulição por que passa o setor da construção civil no<br />

país, o mercado caminha a passos largos na sofisticação em tecnologia<br />

e quem não acompanhar esse movimento ficará para trás<br />

12<br />

Weber Quartzolit promove encontro<br />

com a indústria cerâmica,<br />

apresenta os resultados de<br />

pesquisa nacional realizada pelo<br />

CCB e a norma de desempenho<br />

de edificações que entra em vigor<br />

em maio 2010<br />

30<br />

CERSAIE<br />

Cersaie mostrou sua força em<br />

um momento muito grave da<br />

economia nos países desenvolvidos.<br />

Mesmo com quedas sensíveis<br />

no ritmo dos negócios,<br />

produtos deslumbrantes e novas<br />

tecnologias predominaram<br />

20<br />

Acompanhe as novas tecnologias,<br />

máquinas, equipamentos, produtos,<br />

lançamentos e serviços para<br />

estar na vanguarda da indústria<br />

ENTREVISTA<br />

32<br />

DECORAÇÃO<br />

Mundo Cerâmico - Outubro/Dezembro 2009<br />

Empresa de design apresenta<br />

sua experiência em decoração<br />

digital realizada com as principais<br />

cerâmicas italianas. A conclusão<br />

é que esse sistema pode<br />

conviver, com vantagens, com o<br />

atual, em silicone<br />

28<br />

Com uma queda acentuada em<br />

produção e exportação, para ele<br />

apenas passageira, Franco Manfredini,<br />

presidente da Confindustria<br />

Ceramica, Itália, acredita<br />

na valorização do produto como<br />

receita contra a crise<br />

34


EDITORIAL<br />

CARTA DE AGRADECIMENTO<br />

CERTIFICAÇÃO ISO 9001:2008<br />

Publisher: Lazzaro Menasce<br />

lazzaro@menasce.com.br<br />

(jornalista responsável)<br />

Conselho Editorial<br />

Edson Gaidzinski Jr.– pres. da ANFACER<br />

Luis Barbosa Lima – pres. da ANICER<br />

João O. Bergstron – pres. da ASPACER<br />

José O. A. Paschoal – pres. do CCB<br />

Walter G. Felix – pres. do SICCESP/FIESP<br />

Redação<br />

Selma Menasce<br />

redacao@menasce.com.br<br />

Administração<br />

Caroline Sperandio Florio<br />

caroline@menasce.com.br<br />

Mayara Lima<br />

mayara@menasce.com.br<br />

Publicidade<br />

Brasil – SP Marcel Israel<br />

fone +55 (11) 3822 4422<br />

marcel@menasce.com.br<br />

Impressão:<br />

Prol Editora e Gráfica<br />

Distribuição: Lobra Serv-Press<br />

Publicação bimestral de<br />

ed 146-147 postagem em janeiro 2010<br />

A lebre e a tartaruga<br />

As crises são muito reveladoras. Nessas horas as diferenças<br />

ficam mais evidentes. As resistências às mudanças também. Como as<br />

pessoas esperam resultados diferentes fazendo tudo sempre igual?, já<br />

perguntava Carlos Alberto Júlio, da HSM Management. Ainda mais<br />

em cenários de rápida mudança. E não falo de décadas passadas.<br />

Aquilo que era vantagem há dois ou três anos apenas, não é mais.<br />

Pensar que a China era sinônimo de produto barato foi um tremendo<br />

equívoco. Que a nossa via seca é uma vantagem, é outro, e grave.<br />

A tecnologia avança, inexorável, transformando vantagens em<br />

ameaças. E o pior: todos esses sinais são identificáveis.<br />

A única coisa imutável são os conceitos básicos que servem de<br />

norte estratégico para os que fazem as mudanças para antecipar sua<br />

posição no futuro. Os italianos, por exemplo, fazem coisas ótimas,<br />

mas pensam que são as lebres da inovação. Essa miopia fará com<br />

que as tartarugas tenham tempo de acertar o foco e ultrapassá-los.<br />

CARTAS<br />

Votos de Boas Festas<br />

LM<br />

É com grande satisfação que divulgamos<br />

aos nossos clientes, colaboradores e<br />

parceiros, que na data de 29 de setembro<br />

de 2009, a EUROGLAZE INDÚSTRIA<br />

E COMÉRCIO LTDA. (Matriz-<br />

Cosmópolis), foi certificada pelo sistema<br />

de gestão ISO 9001:2008, pelo organismo<br />

certificador (SGS).<br />

Após um grande trabalho de implantação,<br />

com o apoio e dedicação de todos<br />

envolvidos, conseguimos atingir o objetivo<br />

de sermos certificados próximo à data de<br />

nosso 11º aniversário.<br />

Mantemos nosso compromisso de buscar<br />

a melhoria contínua em todos os níveis<br />

da EUROGLAZE, objetivando sempre<br />

atender às necessidades de nossos clientes,<br />

bem como superar suas expectativas<br />

perante nossos produtos e serviços.<br />

<br />

Alameda Olga, 422 cj. 108 – Barra Funda<br />

01155-040 – São Paulo – SP<br />

Fone + 55 (11) 3822 4422<br />

Fax +55 (11) 3663 5436<br />

e-mail: info@menasce.com.br<br />

http: www.mundoceramico.com.br<br />

Registro no INPI sob número 816494703<br />

As opiniões de Mundo Cerâmico não são<br />

necessariamente as de seus articulistas.<br />

Autorizada a reprodução de artigos desde<br />

que citada a fonte.<br />

Fotos de capa e matérias editoriais: créditos<br />

nas matérias. Capa: divulgação Cersaie.<br />

Imagens, textos e opiniões de mensagens<br />

publicitárias são de responsabilidade dos<br />

respectivos anunciantes.<br />

Associada à:<br />

Siga-nos no<br />

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Para falar conosco:<br />

Al. Olga 422 cj. 108 – Barra Funda<br />

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redacao@menasce.com.br<br />

publicidade@menasce.com.br<br />

Agradecemos e retribuímos os votos de<br />

Boas Festas e Ótimo 2010 a:<br />

Abaco Locadora, Accesso, ACCRBR, Adelaine<br />

Cruz, Adelson Eventos, Airton Castro<br />

Guardia, Alexandre Bonardi , Algo Alliance,<br />

Alstom Air, AMB Industria e Comércio de<br />

Máquinas, Americo, Ana Claudia Pais, Anamaco,<br />

Anatec, Andrea Serri, Ateliê da Notícia<br />

e Central de Comunicação, Atelie de Textos,<br />

Ativa Wenceslau, Bec do Brasil, Bia Sangy,<br />

BNP Media, Bonnie Chan, Brasilminas, Bruno<br />

Menegazzo, Camera 1 Fotografia, Castelatto,<br />

Cavalcanti Assessoria, CBPM, CCB,<br />

CDN, Cecafi, Cecrisa, Ceracasa, Ceral Pisos,<br />

Ceramic Business Development Americas,<br />

Cerâmica Elizabeth, Cerâmica Porto Ferreira,<br />

Cerâmica San Marino, Ceramics China,<br />

Cesário, Céu Comunicação, Cia do RH,<br />

Claudio Conz, CMK, Conecte Comunicação,<br />

Confindustria Ceramica, Coreplast, Daniela<br />

Castro, Diambra, Dirce Kuboyama, Direção<br />

Gastronomia, Dona Propaganda, Donat Arquitetura,<br />

Douglas Resende, Edison e Lúcia<br />

Toledo, Editora do Conhecimento, Editora<br />

Guia, Embassy Brasil, Embramaco, Entec<br />

Engenharia, Expo Revestir, Fabio Rocha,<br />

Fabio Rocha Arquitetura, FCH Consultoria,<br />

Filiere, Forma Editora, Grupo Attps, Grupo<br />

Tetto, Holcim, ICE, Idec, In Press, Inovatec,<br />

Instituto Papel Solidário, Instituto Zorovich,<br />

Integra Global, Josselei Delfini Paulo,<br />

Karen Gimenez, Koiti Gyotoku, Lef Pisos,<br />

Lepri Cerâmicas, Leroy Merlin, Liliane Nascimento,<br />

Lobra Serv & Log, LR Marketing e<br />

Comunicação, Luiz Claudio Faustini, Lume<br />

Cerâmica, MAN Latin America, Maquinário<br />

Assessoria de Comunicação, Máquinas<br />

Schreiner, Mauricio Juliano de Miranda, Michael<br />

Johnson, Minarab, Moliza, Mosarte,<br />

MS do Brasil, Nilda Rosso, NN Produtora,<br />

Oficina da Comunicação Integrada, Ornare,<br />

Oxford, Paulo Manzini, PB Vídeo Comunicação,<br />

Pedro Renato, Phill Johnson, Pool Line,<br />

Prata, Premium Industria e Comercio, Pro<br />

Arte Digital, Promosalons, PSI, R2 Design,<br />

Rafael Avena, Reed Alcantara, Revista Meio<br />

Ambiente Industrial, Revista Mix, Rio Branco<br />

Papéis, RM2 Soluções Gráficas, Robson<br />

Bonaldo, Rodolfo Manoli, Ronaldo Padovani,<br />

Samuel Iavelberg, Segmento MC, Sérgio<br />

Formicola, Sergio Gaiotto, SEW Eurodrive,<br />

SICIS, Simone Arruda, Sobratema, Sociesc,<br />

Souza Barros, SPP Nemo, Sucursal Paulista,<br />

System Brasil, Tecnitur, Teresa Mattos, Texsa<br />

Brasileira, Texto & Imagem, Uriel Vargas,<br />

Vanessa, Vera Longuini, W Gráfica e Editora,<br />

Waldir, Weir Minerals Brazil, William<br />

Norberto Aloise.<br />

Outubro/Dezembro 2009 - Mundo Cerâmico<br />

Mais uma vez o nosso Muito Obrigado!<br />

Saudações!<br />

Diretoria EUROGLAZE<br />

Consultoria Técnica:<br />

Cerquiare Consultorias<br />

EUROGLAZE INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA<br />

Rua Luiz Strazzacappa, 125 – Cep 13150-000 – Cosmópolis – São Paulo – Fone/Fax: (19) 3872-2223<br />

E-mail: euroglaze@euroglaze.com.br


Lançamentos Strufaldi<br />

Big 5 reafirma a opção pelo Oriente Médio<br />

Batimat assume o desenvolvimento sustentável<br />

França no Brasil<br />

A Cerâmica Strufaldi lançou<br />

duas novas coleções: Coleção<br />

Decorativa nos formatos<br />

10x10cm e 20x20cm, com<br />

peças decoradas para uso<br />

em piscinas e fachadas e a<br />

Coleção Mediterrânea com<br />

revestimentos em 5x15cm,<br />

uma forte tendência que<br />

a empresa identificou no<br />

mercado, em ampla gama de<br />

cores e opções de telamento<br />

trançado e paralelo, o que<br />

facilita o revestimento de colunas<br />

e paredes com curvas.<br />

anuncio_estampos_02 copy.pdf 11.09.09 09:44:37<br />

As empresas brasileiras que participaram<br />

da edição 2009 da Big<br />

5 feira do setor de construção que<br />

aconteceu em Dubai, devem fechar<br />

negócios na ordem de US$ 12<br />

milhões no próximo ano, segundo<br />

estimativas realizadas pela Câmara<br />

de Comércio Árabe Brasileira e<br />

Agência Brasileira de Promoções<br />

de Exportação e Investimentos<br />

– Apex. Foram realizados cerca<br />

de 3.300 contatos, com empresas<br />

de toda a região do golfo árabe<br />

e países da África, Ásia e Europa.<br />

Número superior ao do ano<br />

passado onde foram feitos 2.790<br />

contatos. O Brasil apresentou<br />

diversas novidades nesta edição,<br />

com empresas representando os<br />

setores de máquinas e equipamentos,<br />

rochas, cerâmicas, madeira,<br />

metais sanitários, insumos químicos,<br />

molduras, pincéis, pastilhas e<br />

cubas metálicas, além da presença<br />

da Asbea, Associação Brasileira<br />

dos Escritórios de Arquitetura, que<br />

viajou com o objetivo de coletar<br />

informações sobre tendências de<br />

mercado e de prospectar possíveis<br />

novos projetos. “Essa feira foi<br />

muito produtiva para as empresas<br />

brasileiras. Fizemos uma agenda<br />

paralela com seminário, um levantamento<br />

pré-feira, que ajudou nos<br />

contatos das empresas e estamos<br />

trabalhando em parceria com a organização<br />

da feira para que o Brasil<br />

no ano que vem tenha um resultado<br />

mais positivo ainda”, afirmou a<br />

gerente de Marketing da Câmara<br />

Árabe, Andrea Monteiro Uhlmann.<br />

O Brasil a cada ano surpreende os<br />

visitantes com inovação, soluções<br />

sofisticadas e preços competitivos.<br />

A Big 5 contou com 3.000 expositores<br />

de 52 países e ocupou área de<br />

43 mil metros quadrados, no Centro<br />

de Convenções de Dubai.<br />

A Batimat, Salão Internacional da<br />

Construção, foi marcada pelo grande<br />

número de visitantes que, mesmo<br />

com a crise econômica mundial,<br />

buscaram as novidades sobre<br />

renovação sustentável, máquinas e<br />

equipamentos. Dentre os mais de<br />

380 mil visitantes, a maior porcentagem<br />

era de franceses das regiões<br />

mais representativas, países da<br />

África e do oeste Europeu também.<br />

O Brasil, juntamente com a Rússia,<br />

se destacou pelo crescimento de visitantes<br />

nessa 27ª edição da feira.<br />

As empresas e especificadores<br />

representaram o grande número<br />

de visitantes enquanto as fábricas<br />

e indústrias permaneceram com<br />

poucos representantes. A feira foi<br />

novamente a maior vitrine mundial<br />

das inovações e tendências na<br />

área de construção, especialmente<br />

na eficácia energética que projeta,<br />

entre outros, sistemas de isolamento<br />

acústico. Os arquitetos e especificadores<br />

puderam conferir projetos<br />

recentes de profissionais renomados<br />

como Jacques Ferrier e o<br />

Concurso da Inovação e Troféus do<br />

Design. Os visitantes viram mais de<br />

150 produtos que farão parte das<br />

construções do futuro. O desenvolvimento<br />

sustentável foi o principal<br />

tema que a feira apresentou. A próxima<br />

edição da Batimat será de 7 a<br />

12 de novembro de 2011 em Paris<br />

– Porte de Versailles, França.<br />

Dominique Mauppin, chefe<br />

da Missão Econômica de São<br />

Paulo da Embaixada Francesa,<br />

apresentou, em 16 de<br />

dezembro, os resultados do<br />

ano da França no Brasil. As<br />

relações comerciais devem<br />

fechar 2009 com aumento<br />

de 10 a 15%, o que, para<br />

Mauppin, é extraordinário. O<br />

Brasil é o principal parceiro<br />

da França na América Latina:<br />

4.200 empresas francesas<br />

têm relações comerciais<br />

e 425 delas tem filiais no<br />

Brasil, gerando 400 mil empregos<br />

diretos. Para 2010 as<br />

perspectivas são muito boas,<br />

haja vista que o consumo<br />

no país dobrou. A França irá<br />

repetir as missões francesas<br />

em vários setores, em especial<br />

o de construção civil, por<br />

ocasião da Feicon Batimat.<br />

BASE UNIVERSAL<br />

C<br />

M<br />

Y<br />

CM<br />

MY<br />

CY<br />

CMY<br />

K<br />

Este equipamento é formado por um sistema eletromagnético para fixação, um dispositivo autocentrante e<br />

cilindros telescópicos para levantamento. Tem por objetivo diminuir os tempos de troca de formatos e<br />

universalizar o conjunto inferior para a utilização de qualquer tamanho de estampo (ex.: formato<br />

10x10 a 60x60).<br />

Principais Vantagens:<br />

Troca rápida de formato;<br />

Possibilita a utilização de qualquer formato em um mesmo conjunto inferior;<br />

Menor investimento em ferramentas quando na utilização de<br />

multiformatos;<br />

Maior vida útil da mesa da prensa e do sistema eletromecânico<br />

de fixação da expulsora, devido à expressiva redução de<br />

trocas do conjunto inferior.<br />

Conheça toda a linha de produtos ICON:<br />

www.icon-sa.com.br<br />

+55 (48) 3438-2611<br />

Outubro/Dezembro 2009 - Mundo Cerâmico Mundo Cerâmico - Outubro/Dezembro 2009


Manchester é Khemeia<br />

Weber lança argamassa piso sobre piso interna<br />

C&C lança o prêmio ‘Top de Arquitetura e Decoração’<br />

Treinando para vencer<br />

A Manchester Especialidades<br />

Químicas S/A, a partir<br />

do último dia 17 de dezembro<br />

atende por Khemeia<br />

Indústria Química S/A.<br />

Segundo seu diretor presidente<br />

Diomar Mendes: “O<br />

objetivo desta mudança<br />

é fortalecer a empresa no<br />

mercado com uma marca<br />

que condiz exatamente<br />

com a missão, objetivos e<br />

metas da empresa”.<br />

Selo ecológico<br />

‘Construir e<br />

Sustentar’<br />

é a nova<br />

campanha<br />

da Leroy<br />

Merlin. Os<br />

produtos exclusivos dos<br />

catálogos e lojas possuem<br />

o Selo Construir e Sustentar.<br />

Uma das iniciativas para<br />

melhorar a sociedade é uma<br />

parceria com a Fundação Gol<br />

de Letra que ensina técnicas<br />

de marcenaria para jovens<br />

carentes. A Casa Aqua, projeto<br />

de construção sustentável,<br />

contou com o patrocínio<br />

da Leroy Merlin. O grande<br />

diferencial da Casa Aqua é o<br />

reaproveitamento de água e<br />

uso de energia solar.<br />

A Weber Quartzolit lança argamassa<br />

“Piso sobre Piso Interno<br />

Quartzolit”. O produto, como o<br />

nome diz, permite a aplicação de<br />

uma nova camada de revestimento<br />

sem destruir a anterior, com<br />

ganho de tempo e agilidade na<br />

obra, principalmente em locais de<br />

grande circulação como shoppings,<br />

supermercados, lojas, indústrias<br />

e comércio em geral. Para William<br />

Aloise, diretor de marketing da<br />

Weber Quartzolit, o maior ganho do<br />

consumidor é a economia de tempo:<br />

A secagem leva apenas seis<br />

horas. Muito mais rápida que as<br />

argamassas comuns que demoram<br />

cerca de três dias para endurecer”,<br />

afirma William, para quem o grande<br />

segredo dessa argamassa é sua<br />

capacidade de aderência, maior em<br />

relação às comuns, o que a torna<br />

uma alternativa para ambientes<br />

internos e também para ambientes<br />

externos. William Aloise ressalta<br />

que uma boa aplicação depende<br />

de alguns cuidados, como uma<br />

superfície firme, limpa e sem peças<br />

soltas: “No caso de desníveis ou<br />

desprendimento das cerâmicas,<br />

porcelanatos, azulejos ou acimentados,<br />

materiais ideais para a aplicação,<br />

o recomendado é remover<br />

a peça e fazer o preenchimento<br />

com argamassa para nivelar o piso<br />

antigo”, explica ele.<br />

Tecnogrés lança linha Portuguesa<br />

A linha Portuguesa é o novo revestimento<br />

da Tecnogrés inspirada nos<br />

azulejos antigos. São<br />

4 modelos no tamanho<br />

10x10 cm e nas<br />

cores textura brilhante<br />

e azul cobalto, traz<br />

um toque clássico e<br />

formas delicadas de<br />

renda. Feita de massa<br />

cerâmica tipo grés, a<br />

linha apresenta pequenas<br />

medidas e cores<br />

vibrantes que não descoloram<br />

com o tempo.<br />

Essa característica<br />

é resultado de dupla<br />

camada de esmaltes<br />

aplicados pelo sistema campana.<br />

Seu acabamento lateral do tipo<br />

‘borda plana’, que<br />

caracterizam alguns<br />

porcelanatos, favorece<br />

a aderência e aumento<br />

da vida útil do rejunte,<br />

além de ajudar na<br />

diminuição das infiltrações<br />

de umidade e<br />

não descolorir com o<br />

tempo. A nova linha da<br />

Tecnogrés, resistente<br />

ao cloro e algicidas,<br />

possui garantia contra<br />

microrachaduras,<br />

deslocamentos e é de<br />

fácil limpeza.<br />

A Silestone, da multinacional espanhola<br />

Cosentino, lança a linha Volcano<br />

com acabamento que mescla<br />

aspecto rústico em textura suave.<br />

Os revestimentos, disponíveis em<br />

10 cores, são indicados para acabamentos<br />

verticais e o acabamento<br />

é feito após o polimento da peça, o<br />

que deixa a chapa de quartzo mais<br />

resistente. Composta com 93% de<br />

quartzo, a chapa tem caracterís-<br />

A rede C&C Casa e Construção<br />

de materiais de construção lançou<br />

o prêmio “Top de Arquitetura e<br />

Decoração” que será promovido<br />

entre os meses de dezembro de<br />

2009 e junho de 2010. Com caráter<br />

exclusivamente recreativo e cultural,<br />

a premiação tem como objetivo<br />

estimular os profissionais e estudantes<br />

dos cursos de Arquitetura,<br />

Design de Interiores e Técnico em<br />

Edificações. Os projetos, que deverão<br />

estar dentro das modalidades<br />

Banheiro, Sala de Estar ou Cozinha,<br />

devem apresentar aspectos e<br />

idéias inovadoras. Os quesitos para<br />

a escolha dos melhores projetos<br />

são: Inovação, Criatividade, Originalidade,<br />

Funcionalidade/Praticidade,<br />

Solução Plástica/Beleza<br />

Estética, e Viabilidade Técnica. O<br />

primeiro classificado na categoria<br />

Profissionais e o primeiro da categoria<br />

Estudantes terão a oportunidade<br />

de conhecer a Feira de<br />

Milão – “Salone Internazionale del<br />

Mobile” em 2011, com passagem<br />

e estadia de uma semana, tudo<br />

garantido pela C&C. Os segundos<br />

colocados ganharão um notebook<br />

e os 30 primeiros da categoria<br />

Estudantes serão premiados com<br />

Workshops em Iluminação e Tintas.<br />

As inscrições podem ser feitas em<br />

lojas da C&C e o regulamento estará<br />

no site: www.cec.com.br<br />

Volcano, para acabamentos verticais<br />

ticas de fácil limpabilidade: basta<br />

limpeza com água e sabão e um<br />

tratamento de superfície de dois em<br />

dois anos, dependendo da intensidade<br />

de uso. A empresa fornece<br />

em toda sua linha de revestimentos<br />

a proteção antibacteriana Microban<br />

incorporada à resina do aglomerado,<br />

o que garante a ação por toda a<br />

vida útil do produto. Os produtos da<br />

Silestone têm sido utilizados em alguns<br />

dos edifícios mais notáveis do<br />

mundo, como o Burj Al Arab Hotel,<br />

em Dubai; o Estádio de Wembley,<br />

em Londres; o Carrousel du Louvre,<br />

em Paris; a Torre Agbar, em<br />

Barcelona; e da Telefonica Flagship<br />

Store, em Madrid.<br />

A Cerâmica Porto Ferreira<br />

realizou dia 6 de novembro,<br />

como parte do Projeto de<br />

Educação Continuada, treinamento<br />

com o palestrante<br />

Fernando Oliveira para sua<br />

equipe de promotoras de<br />

vendas. Oliveira falou sobre<br />

motivação e rapport e conduziu<br />

exercícios para que as<br />

promotoras aprendessem a<br />

lidar com seus medos e objetivos<br />

(na foto abaixo, após<br />

anotarem suas dificuldades<br />

em placas de madeira, todas<br />

elas as quebraram). A presença<br />

de toda a direção da<br />

empresa nessas ações mostra<br />

o vínculo com seus colaboradores:<br />

“Fazemos isso<br />

para ter um time vencedor,<br />

envolvido com os resultados”,<br />

afirma Josselei Delfini<br />

Paulo, diretor comercial.<br />

divulgação LM<br />

Outubro/Dezembro 2009 - Mundo Cerâmico Mundo Cerâmico - Outubro/Dezembro 2009


EVENTOS<br />

CEVISAMA 2010<br />

9 a 10 de fevereiro<br />

Valência, Espanha<br />

www.cevisama.feriavalencia.com<br />

Esta é a 28ª edição da feira que<br />

este ano apresenta, além dos revestimentos<br />

cerâmicos o segmento fornecedor<br />

de matérias-primas, esmaltes<br />

e equipamentos. São esperados visitantes<br />

de 145 países entre arquitetos,<br />

designers, agentes e fabricantes.<br />

COVERINGS 2010<br />

27 a 30 de abril<br />

Orlando, EUA<br />

www.coverings.com<br />

Tradicional feira de revestimentos<br />

cerâmicos e rochas ornamentais para<br />

o mercado norte-americano retorna<br />

esse ano a Orlando para a alegria da<br />

maioria dos brasileiros, depois da<br />

feira realizada no sofisticado mercado<br />

de Chicago, mas em ano difícil.<br />

ENCONTRO ANICER 2010<br />

25 a 28 de agosto<br />

Florianópolis, SC<br />

www.anicer.com.br<br />

O 39º Encontro Nacional da Cerâmica<br />

Vermelha será realizado no<br />

Centro Sul na cidade de Florianópolis.<br />

O evento traz painéis, clínicas<br />

para o ceramista, seminários e cursos<br />

especializados. A Expoanicer é<br />

realizada simultaneamente.<br />

COVERINGS É<br />

OPORTUNIDADE<br />

REVESTIR 2010<br />

9 a 12 de Março<br />

São Paulo, SP<br />

www.exporevestir.com.br<br />

Esta será a oitava edição da feira<br />

brasileira destinada aos revestimentos<br />

cerâmicos, rochas e revestimentos<br />

como laminados, madeiras. Será<br />

realizada no Transamérica Expo<br />

Center junto com a Kitchen & Bath<br />

Expo e o Fórum de Arquitetura.<br />

CERAMICS CHINA 2010<br />

18 a 21 de maio<br />

Guangzhou, China<br />

www.ceramicschina.net<br />

Organizada pelo Conselho Chinês<br />

de Promoção Internacional a 24ª edição<br />

conta com o apoio da Acimac.<br />

Em sua última edição teve 600 expositores<br />

de máquinas e equipamentos<br />

para a indústria, matérias-primas e<br />

refratários. Boa opção para nós.<br />

TECNARGILLA 2010<br />

27 de setembro a 1 de outubro<br />

Rimini, Itália<br />

www.tecnargilla.it<br />

Em anos pares é realizada junto<br />

com a Cersaie. Disputando com a<br />

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10 Outubro/Dezembro 2009 - Mundo Cerâmico<br />

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O ano da mudança<br />

Além da grande ebulição por que passa o setor da construção civil no<br />

país, o mercado caminha a passos largos na sofisticação em tecnologia<br />

e quem não acompanhar esse movimento ficará para trás<br />

Quem hesitou em 2009 perdeu<br />

boa dianteira. Isso pode ter ocorrido<br />

por várias razões. De problemas estruturais<br />

a falta de ousadia. Mesmo<br />

dando um bom desconto aos arroubos<br />

otimistas, o cenário é claramente<br />

favorável ao país já há alguns anos.<br />

Com a estabilidade da moeda, conquistada<br />

com o plano Real e mantida<br />

com sabedoria pelo atual governo, o<br />

Brasil atingiu uma estabilidade que<br />

lhe permite cuidar das questões do<br />

crescimento. É bem verdade que os<br />

investimentos em infraestrutura continuam<br />

bem tímidos e significam um<br />

gargalo relevante que terá de ser resolvido.<br />

Mas o mercado interno foi<br />

bastante privilegiado nesses últimos<br />

anos, gostemos ou não do Bolsa Escola<br />

que virou Bolsa Família. Essa<br />

tese, largamente defendida por Celso<br />

Furtado teve um fugaz ensaio de<br />

êxito com o plano Cruzado de Dilson<br />

Funaro. E agora a força de consumo<br />

brasileiro dobrou nos últimos<br />

anos. A crise mundial, de recessão e<br />

crédito, aflige os países da Europa e<br />

Estados Unidos sobremaneira. Para<br />

esses a luz no fim do túnel, com a recuperação<br />

dos níveis pré-crise ainda<br />

TENDÊNCIAS<br />

estão previstos para alguns anos ainda.<br />

A crise aqui atingiu fortemente<br />

a indústria, mas com a manutenção<br />

da renda, mesmo que longe de uma<br />

forma ideal, foi possível garantir o<br />

consumo interno, responsável pela<br />

rápida recuperação da economia<br />

brasileira. A Anfacer, consolidou os<br />

números do setor em 2009 com um<br />

crescimento de 5,21% nas vendas<br />

para o mercado interno. O consumo<br />

interno foi de impressionantes 636<br />

milhões de m 2 . Mesmo com as exportações<br />

em queda, o resultado final<br />

do setor de revestimentos cerâmicos<br />

nacional, considerando os mercados<br />

interno e externo, deverá fechar o<br />

ano com incremento próximo a 2%<br />

em volumes comercializados e a expectativa<br />

é de que o crescimento seja<br />

de 3% nas exportações para 2010. A<br />

Anfacer destaca o importante apoio<br />

que a Apex-Brasil proporciona permitindo<br />

a presença em vários mercados:<br />

Argentina, Espanha, Estados<br />

Unidos, Itália e Emirados Árabes<br />

Unidos. Quem esteve antenado com<br />

esse cenário e aproveitou o momento<br />

sai na frente em 2010. Jorge Gonçalves,<br />

diretor geral da rede C&C<br />

Gonçalves: 2010 será superior<br />

afirma que “Todas as indicações é<br />

de que será um ótimo ano, provavelmente<br />

com mercado superior à 2008<br />

e 2009”. Com ele faz coro Ney Galvão,<br />

diretor geral da Saint-Gobain<br />

Distribuição Brasil, rede francesa<br />

detentora das bandeiras Telhanorte,<br />

Pro Telhanorte e Center Líder: “As<br />

expectativas são ótimas para 2010.<br />

Esperamos consolidar as novas lojas<br />

e estamos em busca sempre da melhoria<br />

de performance com programas<br />

internos em desenvolvimento,<br />

em operação, logística e informática”.<br />

Para Galvão, o ano de 2009,<br />

apesar dos fatores externos, foi atípico<br />

para a rede, que saltou de 26 para<br />

41 lojas, com a compra da bandeira<br />

Center Líder, com 15 lojas. Mesmo<br />

sem uma aquisição dessa magnitude<br />

a rede C&C também fecha 2009 com<br />

balanço bastante satisfatório: “O ano<br />

iniciou com expectativas de queda,<br />

frente a 2008, contudo, logo após os<br />

primeiros meses isto não se confirmou<br />

e fechamos com boas vendas,<br />

principalmente no setor cerâmico,<br />

onde as empresas melhoraram os aspectos<br />

de logística e ações no ponto<br />

de venda”, afirma Gonçalves. Percepção<br />

semelhante tem João Adriano,<br />

diretor do Grupo Incefra, que<br />

começou o ano com muita cautela,<br />

com as dúvidas e incertezas sobre<br />

a situação econômica mundial que<br />

diminuíram o volume dos negócios<br />

e obrigaram a redução do ritmo da<br />

produção nos primeiros meses do<br />

ano. Mesmo assim, não diminuiu os<br />

investimentos e no segundo semestre<br />

a retomada veio com força e finaliza<br />

o ano produzindo com capacidade<br />

máxima, contando com um forte<br />

crescimento do grupo para os próximos<br />

anos. João Adriano informa que<br />

a capacidade produtiva total deverá<br />

aumentar 40% em 2010: “Esse incremento<br />

produtivo será concentrado<br />

na Incefra, com duas novas linhas de<br />

produção para o próximo ano. Para<br />

essas linhas estão sendo desenvolvidos<br />

revestimentos com formatos<br />

maiores, destacando o estiramento e<br />

brilho das peças com a nova coleção<br />

Design”, informa. Na linha de produtos<br />

fabricados com massa atomizada<br />

a novidade ficará por conta dos<br />

porcelanatos e revestimentos monoporosos<br />

‘ultra slim’ com espessuras<br />

entre 4 e 6 mm, que serão apresentados<br />

na Revestir. Apesar da baixa performance<br />

das vendas no mercado interno<br />

no primeiro trimestre e a perda<br />

massiva do volume exportado, prejudicando<br />

o resultado em São Paulo,<br />

que levou a um déficit aproximado<br />

de 5% na Incefra, o grupo apresenta<br />

um resultado consolidado, devido ao<br />

fortalecimento da marca Tecnogrés e<br />

o aumento da produção da Incenor,<br />

com um crescimento projetado de<br />

9% ao final de 2009.<br />

Thiago Almeida<br />

INOVAÇÕES<br />

Zugno: telha prensada esmaltada<br />

Galvão: estratégia de saturação<br />

Para Alexandre Zugno, superintendente<br />

da Angelgres, o ano teve<br />

um crescimento no faturamento de<br />

8% comparado a 2008. A Angelgres<br />

tenciona aumentar a produção para<br />

2010 em 150%. A empresa visa as<br />

classes B e C e exporta 15% de sua<br />

produção. A ampliação está prevista<br />

para o segundo trimestre de 2010.<br />

Segundo Zugno: “Iremos apresentar,<br />

como inovação a telha esmaltada<br />

prensada que estará no mercado no<br />

início de maio de 2010”.<br />

Para a Cerâmica Batistella, o primeiro<br />

semestre de 2009 foi muito<br />

difícil. José Luiz Battistella, diretor<br />

geral da empresa, diz que teve de<br />

mudar e adotar um planejamento<br />

estratégico em curto prazo para se<br />

adaptar à nova realidade do mercado,<br />

com quedas expressivas nos volumes.<br />

Para ele o fato do Brasil ter<br />

entrado com reserva de caixa tão<br />

alto, fez com que saísse mais rapidamente<br />

em relação aos países de<br />

primeiro mundo. Com isso, já no segundo<br />

semestre, Battistella afirma:<br />

“Tivemos ascensão do mercado e estamos<br />

encerrando o ano em situação<br />

bem diferente do ano anterior com<br />

vendas e faturamento melhores”.<br />

Reforçando essa expectativa Edison<br />

Corrêa de Toledo, presidente da Cerâmica<br />

Porto Ferreira, afirmou que<br />

o mês de dezembro 2009 realmente<br />

está surpreendendo pelo bom resultado.<br />

A empresa planeja investimentos<br />

em expansão para 2010. Em meio<br />

à crise a empresa jamais parou de<br />

acelerar. Enquanto boa parte das empresas<br />

freava para ver melhor como<br />

ficava o horizonte, Josselei Delfini<br />

Paulo, diretor comercial da Porto<br />

Ferreira, acelerava: “Investimos no<br />

treinamento e qualificação dos nossos<br />

representantes e demonstradoras<br />

de loja, nossa linha de frente”. Essa<br />

estratégia foi muito importante para<br />

manter a atividade em alta enquanto<br />

a concorrência claudicava.<br />

SEGMENTOS E CANAIS<br />

Os lançamentos estiveram presentes<br />

nesse ano. A Lanzi apresentou a<br />

coleção Lounge, de revestimentos<br />

produzidos na tecnologia monoporosa<br />

branca desenvolvida internamente.<br />

Luis Antonio Lanzi, diretor<br />

da Lanzi, fez investimentos em novos<br />

equipamentos e em treinamento.<br />

Para Luis, esse foi um ano de recuperação<br />

de margem e consolidação<br />

e a sua empresa tenciona continuar<br />

nesse passo lançando produtos inovadores<br />

em tecnologia em 2010.<br />

Segundo Luis Antonio: “Cada coleção<br />

de produtos é desenvolvida<br />

buscando sempre exclusividade e<br />

inovação, completando a satisfação<br />

e o estilo de vida do nosso cliente”.<br />

Mesmo com a dificuldade do câmbio<br />

a empresa mantém ativo o canal<br />

de vendas para o mercado externo.<br />

Mas a grande vedete de 2009, sem<br />

dúvida, foi o mercado interno. Com<br />

algumas diferenças pontuais, entre<br />

uma empresa e outra, as classes B<br />

e C representaram o grosso do negócio<br />

para o segmento. Do lado da<br />

indústria o destaque continua sendo<br />

as vendas pulverizadas em todos<br />

12 Outubro/Dezembro 2009 - Mundo Cerâmico Mundo Cerâmico - Outubro/Dezembro 2009 13


Kieling: 5,21% a mais em 2009<br />

Thiago Almeida<br />

os estados brasileiros, como afirma<br />

José Luiz Battistella: “Valorizamos<br />

não somente as grandes redes distribuidoras<br />

de materiais de construção,<br />

como também os médios e pequenos<br />

lojistas. Pretendemos ampliar ainda<br />

mais esse nicho de mercado e fortalecer<br />

nossa participação nas grandes<br />

lojas e redes”. Estratégia semelhante<br />

tem a Cecafi. De acordo com Itamar<br />

Fior, presidente da empresa: “Nosso<br />

alicerce desde sempre são as revendas<br />

de materiais de construção. Temos<br />

em cada loja, em cada lojista<br />

deste país, um parceiro que nos ajuda<br />

a chegar até a casa do consumidor<br />

final. Com a evolução tecnológica do<br />

nosso produto de base vermelha, temos<br />

condições de competir de igual<br />

para igual também no mercado de<br />

engenharia que cresce a cada dia e<br />

não pode ser ignorado”. Itamar Fior<br />

reafirma que passado o susto é hora<br />

de aproveitar o crescimento acelerado<br />

para os próximos 5 anos no país.<br />

A Cecafi comemora seus 20 anos<br />

em 2010 – conhece crises como ninguém,<br />

afinal, iniciou suas atividades<br />

em pleno plano Collor – e está construindo<br />

uma nova fábrica projetada<br />

com atualizadas tecnologias disponíveis.<br />

Onde? Bem, isso ainda não nos<br />

foi revelado. Nordeste, sudeste?<br />

O grupo Incefra também tem metas<br />

audaciosas para os vários canais<br />

comerciais, destacando o de<br />

engenharia como prioritário. João<br />

Adriano informa: “Iremos desenvolver<br />

produtos e políticas comerciais<br />

para o segmento que está em<br />

grande fase de crescimento. A localização<br />

de nossas fábricas e a versatilidade<br />

da nossa linha de produtos<br />

será determinante para o sucesso no<br />

nosso planejamento”. Ponto forte<br />

do grupo, a construção de cenários<br />

mostrou que o mercado imobiliário<br />

tornou-se uma das grandes forças da<br />

economia brasileira. Para Adriano,<br />

os gastos com o desenvolvimento<br />

residencial no Brasil ainda são muito<br />

inferiores comparados com outros<br />

países emergentes. Ele acredita que<br />

o déficit habitacional de 8 milhões<br />

de residências e o aumento do crédito<br />

imobiliário impulsionarão o<br />

setor para um crescimento sustentado<br />

durante as próximas décadas. O<br />

grupo venceu recentemente proposta<br />

apresentada ao CDHU, companhia<br />

habitacional do estado de São Paulo,<br />

referente à compra de 1,3 milhão<br />

de m 2 de revestimentos cerâmicos, e<br />

grande parte desse fornecimento ainda<br />

não começou. João Adriano destaca<br />

ainda a viabilidade de compra de<br />

revestimentos cerâmicos através do<br />

cartão BNDES: “Estamos apostando<br />

que para o próximo ano o número de<br />

usuários do cartão cresça muito e estamos<br />

habilitados com as 3 unidades<br />

do grupo a atender essa nova modalidade<br />

de negócio”, afirma.<br />

Os grandes varejistas de material<br />

de construção buscam também novas<br />

alternativas. Já há alguns anos<br />

a rede C&C tem uma preocupação<br />

especial com os profissionais, desde<br />

dar orientação para a correta especificação<br />

dos materiais, do apoio<br />

aos arquitetos no chão da loja, até<br />

a parceria com esses profissionais.<br />

Jorge Gonçalves nos informa que em<br />

2010 será lançado o prêmio ‘Top de<br />

Arquitetura e Decoração C&C’ que<br />

irá reconhecer os melhores trabalhos<br />

de profissionais e estudantes do setor.<br />

Para Ney Galvão, da Saint-Gobain,<br />

os especificadores são grandes<br />

parceiros: “São eles que participam<br />

das obras de reforma e construção<br />

orientadas e influenciam as compras<br />

de materiais de construção’, afirma.<br />

A rede oferece um treinamento especial<br />

para sua equipe de vendas para<br />

que haja um atendimento diferenciado<br />

e opera também um programa de<br />

relacionamento o ‘Obra Prima’, em<br />

que o profissional acumula pontos<br />

trocados por produtos ou viagens.<br />

MERCADO INTERNO<br />

Para a Anfacer, Associação Nacional<br />

dos Fabricantes de Cerâmica<br />

para Revestimento, o ano de 2009<br />

se encerra de forma positiva para a<br />

indústria cerâmica, apesar de todas<br />

as expectativas negativas que se projetavam.<br />

Segundo Antonio Carlos<br />

Kieling, superintendente da entidade,<br />

as políticas públicas implementadas<br />

para o segmento da construção<br />

civil têm sido muito positivas para<br />

o desenvolvimento do setor. Para<br />

Kieling, “O mais importante é que o<br />

país, como um todo, entra num ciclo<br />

virtuoso de crescimento, apontando<br />

para um cenário muito favorável em<br />

2010”, lembrando que o Brasil possui<br />

o segundo mercado consumidor<br />

de cerâmica do mundo, portanto um<br />

segmento prioritário para a indústria<br />

nacional. A projeção da Anfacer<br />

para 2010 é de crescimento de<br />

8,47% sobre 2009. Para João Oscar<br />

Bergstron, presidente da Aspacer,<br />

Associação Paulista das Cerâmicas<br />

de Revestimento, o setor passou por<br />

momentos de grande dificuldade em<br />

2009. Segundo Bergstron, “Foi um<br />

ano em que paramos várias linhas de<br />

produção, aumentamos o ciclo dos<br />

fornos e tomamos medidas para evitar<br />

demissões de profissionais”. Essa<br />

preocupação foi visível na Cecafi,<br />

indústria da região de Santa Gertrudes,<br />

uma das poucas a não desligar<br />

linhas de produção e nem demitir<br />

pessoas. Para Itamar Fior “Fomos ao<br />

Adriano: buscando novos canais<br />

Guardia: foco na fábrica do sul<br />

extremo de nossos recursos e capacidades,<br />

mas conseguimos salvar o<br />

que temos de mais importante: nosso<br />

capital humano”, afirma.<br />

Bergstron acredita também na<br />

força do mercado interno, com um<br />

crescimento projetado de 10% para<br />

2010, em contraste com o PIB estimado<br />

para a metade disso: 5%. Isso<br />

porque as indústrias paulistas, se não<br />

tem grande competitividade para exportar,<br />

por conta de câmbio, juros e<br />

custo Brasil, por outro lado atendem<br />

a todas classes econômicas, em especial<br />

as que mais crescem atualmente,<br />

C, D e E. Segundo Bergstron “Estas<br />

classes sociais são as que mais sofrem<br />

com o alto déficit habitacional<br />

brasileiro, que gira em torno de 10<br />

milhões de unidades, e são as priorizadas<br />

pelos programas habitacionais,<br />

a exemplo do ‘Minha Casa, Minha<br />

Vida’, do governo federal”.<br />

As opiniões são unânimes quando<br />

se trata de avaliar as razões do bom<br />

desempenho da construção civil. De<br />

fato, ‘nunca na história desse país’,<br />

e desta vez isto é incontestável, o<br />

governo olhou com tanta atenção ao<br />

segmento da construção civil como<br />

atualmente. Em todos os níveis: federal,<br />

estadual e municipal, o setor<br />

anda bem melhor. José Luiz Battistella<br />

aponta o crédito abundante,<br />

maior prazo para pagamento e juros<br />

mais baixos para as classes de baixa<br />

renda como os principais motores<br />

para esse crescimento. Para o varejo<br />

de materiais de construção, os<br />

programas de estímulo do governo<br />

não tem essa ação direta pois, como<br />

diz Jorge Gonçalves, da rede C&C,<br />

Thiago Almeida<br />

“Objetivamente pouco influenciará,<br />

porque as indústrias fornecem diretamente<br />

para as construtoras. Esperamos<br />

que com o passar dos anos, os<br />

moradores dessas habitações queiram<br />

melhorar o padrão, reformar, dar um<br />

toque a mais nas residências e aí estaremos<br />

prontos para atendê-los”. Já<br />

para Ney Galvão, da Saint-Gobain,<br />

se a redução do IPI foi importante, o<br />

repasse para o consumidor não é tão<br />

tangível quanto no caso dos automóveis,<br />

até porque grande parte da reforma<br />

não teve redução como a mão<br />

de obra. Galvão afirma que “no setor<br />

de materiais de construção a redução<br />

é mais complexa e outros aspectos<br />

também são importantes, como a<br />

disponibilidade de crédito”.<br />

VAREJO E CONCENTRAÇÃO<br />

Com a recente aquisição das Casas<br />

Bahia pela Globex do grupo Pão de<br />

Açúcar/Casino, a pergunta inevitável<br />

é se a concentração de varejo também<br />

será acelerada no setor de construção.<br />

Para Ney Galvão, da Saint-<br />

Gobain Distribuição que procura<br />

cobrir nichos de mercado, através de<br />

estratégias de saturação, o processo<br />

de concentração é natural e irreversível.<br />

O mercado brasileiro, com exceção<br />

de São Paulo e Rio de Janeiro,<br />

é dominado por redes regionais e<br />

familiares. Algumas terão sucesso e<br />

incorporarão outras, enquanto várias<br />

serão absorvidas no processo de busca<br />

de escala e aumento de eficiência.<br />

No entanto, ele lembra que este é um<br />

mercado de proximidade em que as<br />

grandes redes jamais terão os custos<br />

necessários para bater o pequeno<br />

comerciante fazendo com que a concentração<br />

não atinja níveis excessivos.<br />

Bergstron Neto, da Aspacer<br />

também acredita que é uma questão<br />

de tempo, com uma maturação<br />

maior que o setor de supermercados<br />

e magazines. Para Itamar Fior é difícil<br />

saber pois são assuntos tratados a<br />

sete chaves, como no caso das Casas<br />

Bahia. Itamar acredita, no entanto,<br />

no aumento das grandes redes mas<br />

também na grande pulverização do<br />

setor. Kieling tem visão parecida.<br />

Não acredita nessa tendência no curto<br />

prazo. Para ele, porém, o mercado<br />

tem uma dinâmica imponderável.<br />

Como a imagem do país no exterior<br />

é muito forte hoje em dia, isso atrai<br />

os olhares de grandes corporações<br />

internacionais que poderão se tornar<br />

agentes de mudanças no mercado de<br />

varejo. Para José Luiz Battistella, as<br />

grandes redes continuarão adquirindo<br />

algumas médias ou pequenas redes<br />

no segmento, mas pelo tamanho<br />

do país as lojas menores e de médio<br />

porte continuarão com grande fatia<br />

do mercado, principalmente em pequenas<br />

e médias cidades. Opinião<br />

bem parecida à de Jorge Gonçalves<br />

para quem a concentração ocorrerá<br />

a longo prazo e em menores proporções<br />

do que acontece no varejo<br />

alimentício e de móveis, pois esse<br />

mercado é muito pulverizado.<br />

EXPORTAÇÃO<br />

Para Kieling, se o mercado interno<br />

é um dos maiores do mundo, a exportação<br />

não pode ser relativizada,<br />

mesmo com o câmbio desfavorável<br />

nesse momento. A indústria nacional<br />

não pode abrir mão de sua presença<br />

no mercado internacional, e continuará<br />

a fazer o máximo esforço para<br />

manter os níveis de exportação. Para<br />

ele, exportar não é somente uma<br />

questão de saldos comerciais, mas<br />

uma função estratégica para o país.<br />

Da mesma forma pensam vários<br />

empresários da indústria. João<br />

Adriano afirma que mesmo com a<br />

crise mundial tendo inibido o volume<br />

de exportações do grupo, os pro-<br />

Toledo: pisando no acelerador<br />

14 Outubro/Dezembro 2009 - Mundo Cerâmico Mundo Cerâmico - Outubro/Dezembro 2009 15


jetos serão retomados já no primeiro<br />

semestre com a participação em três<br />

feiras internacionais: Cevisama, Revestir<br />

e Coverings. Itamar Fior continua<br />

fazendo negócios e procurando<br />

alternativas que possam de alguma<br />

forma manter o esforço comercial<br />

de anos no mercado externo, mesmo<br />

não vendo resultados satisfatórios:<br />

“Quando não é moeda é ‘apagão logístico’,<br />

ou ‘crise internacional’... a<br />

instabilidade deste tipo de negócio<br />

nos faz um tanto cautelosos’, afirma.<br />

José Luiz Battistella procura manter<br />

os principais clientes, mas acredita<br />

numa recuperação somente para<br />

2011 com a retomada da economia<br />

dos países de primeiro mundo. Já<br />

para Airton Castro Guardia, diretor<br />

da Elizabeth, as ações de exportações<br />

são eventuais nesse momento<br />

haja vista que o foco da empresa está<br />

no mercado interno com a partida<br />

da 2ª fase da fábrica no sul. Guardia<br />

aposta em grande crescimento no<br />

mercado interno para 2010 e visa os<br />

mercados médio e médio alto com os<br />

produtos que começam a sair dessa<br />

nova unidade no sul que deverá chegar<br />

a 1 milhão de m 2 mensais.<br />

Indo para sua oitava edição em<br />

2010 a Revestir, realizada em São<br />

Paulo, é praticamente a primeira feira<br />

internacional a abrir o calendário<br />

e está consolidada como o momento<br />

do lançamento das novidades da<br />

indústria nacional. Em 2009 a feira<br />

recebeu um público recorde de 45<br />

mil pessoas e a expectativa é bastante<br />

promissora para este ano, segundo<br />

Lauro Andrade Filho, diretor do<br />

evento. A Incefra lança seus porcelanatos<br />

de 4 e 6 mm de espessura no<br />

evento. Muitos outros ainda fazem<br />

segredo. Mas são esperados muitos<br />

lançamentos mundiais recentes,<br />

como esses produtos de baixas espessuras,<br />

e outros com decoração digital.<br />

Novas máquinas de decoração<br />

com jato de tinta ajudarão a implantar<br />

essa nova tecnologia e deverão<br />

ser vistas nas demais feiras de 2010,<br />

em especial na Cersaie e Tecnargilla,<br />

realizadas na Itália.<br />

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as tendências em um ambiente<br />

Battistella: crédito e juro baixo<br />

FEIRAS MUNDIAIS de negócios bastante agressivo, Jor-<br />

Itamar: nova fábrica em 2010<br />

ge Gonçalves, da C&C, pensa que<br />

deveriam aumentar a sua presença<br />

com mais ações no ponto de venda.<br />

Ney Galvão, da Saint-Gobain, vai<br />

além, dizendo que a indústria cerâmica,<br />

além de estar mais próxima do<br />

varejista para melhor compreender<br />

as necessidades dos consumidores,<br />

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“Precisa focar na área produtiva e<br />

reduzir seus ciclos de entrega de<br />

modo a liberar o capital de giro do<br />

varejista”. No entanto, para Jaume<br />

Riera Torralba, diretor da Esmalglass,<br />

colorifício cerâmico, a entrega<br />

dos produtos no prazo determinado<br />

pelos clientes pode ser um problema<br />

em um país de dimensões continentais<br />

devido à concentração das<br />

indústrias. Para Kleber Curvello,<br />

consultor de projetos para cerâmica,<br />

este é um dos gargalos que ainda não<br />

está sendo levado em consideração<br />

pela indústria: “A embalagem e a estocagem<br />

no pátio trazem problemas<br />

sérios para todos os envolvidos. As<br />

cerâmicas sabem disso, mas ainda<br />

conseguem vender posto fábrica e<br />

assim, não pagam os custos de quebras<br />

e isso também ainda é aceito<br />

pelo consumidor porque os lojistas<br />

conseguem repassar os tradicionais<br />

10% a mais na quantidade pretendida<br />

de compra”. Curvello destaca que<br />

hoje os aplicadores já conseguem fazer<br />

verdadeiras obras de arte no assentamento,<br />

aproveitando as quebras<br />

e pedaços, que são empregados nas<br />

composições. Mas salienta que já<br />

existe tecnologia ainda rejeitada pelos<br />

ceramistas e desconhecida pelos<br />

revendedores que poderia resolver a<br />

questão da quebra, através da embalagem.<br />

Curvello informa: “Pelos fabricantes<br />

não é aceita porque o produto<br />

sai do forno a uma temperatura<br />

muito alta o que dificulta esse novo<br />

tipo de embalagem”, e é preciso esperar<br />

mais de 8 horas para receber o<br />

‘Hoodstrashing’. Esse palavrão difícil<br />

se refere a um plástico, já fabricado<br />

no Brasil, que é utilizado a frio<br />

e seu benefício é obtido pela contração<br />

natural do material sem consumo<br />

energético (elétrico ou gás), funcionando<br />

como um elástico que se expande<br />

e depois de aplicado se contrai<br />

naturalmente. Esse material pode ser<br />

tratado com aditivos como os usados<br />

nas estufas do agronegócio possibilitando<br />

a sua duração por até 24 meses<br />

de exposição às condições do clima<br />

(sol/chuva/sereno), sem transformações.<br />

Sua degradação depois do período<br />

de garantia não agride o meio<br />

ambiente. A máquina pode atingir<br />

até a parte inferior do palete garantido<br />

a total vedação da embalagem.<br />

GÁS NATURAL<br />

Uma das questões mais espinhosas<br />

que a indústria cerâmica de revestimentos<br />

precisa enfrentar em 2010 é<br />

a do gás natural. Para Kieling a questão<br />

hoje é muito mais política que<br />

técnica. Há sobra desse energético no<br />

mercado e a tendência é de aumento<br />

da oferta do gás natural. Há um esforço<br />

muito grande do setor cerâmico,<br />

que responde por cerca de 10%<br />

do consumo industrial do gás natural<br />

no país, na busca de uma solução<br />

para o preço desse insumo, que hoje<br />

está entre os mais caros do mundo.<br />

Kieling, da Anfacer, provoca: “a lei<br />

da oferta e procura rege que quando<br />

a primeira é maior que a segunda,<br />

os preços devem baixar. É nossa<br />

expectativa que a Petrobrás, que detém<br />

o monopólio do gás natural no<br />

Brasil, não revogue essa lei natural<br />

e consagrada na história da humani-<br />

Torralba: produtos diferenciados<br />

16 Outubro/Dezembro 2009 - Mundo Cerâmico Mundo Cerâmico - Outubro/Dezembro 2009 17


Bergstron: reféns da Petrobrás<br />

dade”. Bergstron Neto coloca o dedo<br />

na ferida: “Nosso setor, tão promissor,<br />

é refém dos gás natural com o<br />

monopólio da Petrobrás. Houve um<br />

aumento de 60% em 2008 no ápice<br />

da crise econômica mundial”, afirma<br />

e vai mais além: “Só resta uma saída:<br />

criar uma sinergia empresarial e<br />

combater de forma incisiva a falta de<br />

sensibilidade política para com o setor<br />

industrial que é quem realmente<br />

movimenta a economia do Brasil”.<br />

INVESTIMENTOS<br />

É Francisco Toledo, diretor da<br />

Estiva Refratários, quem nos fornece<br />

um panorama dos investimentos<br />

realizados nos vários segmentos da<br />

cerâmica nacional. A cerâmica de<br />

revestimento tem previsão de colocar<br />

em funcionamento 20 novas linhas<br />

com cerca de 14 milhões de m 2<br />

mensais adicionais. Algumas dessas<br />

linhas irão substituir equipamentos<br />

de menor capacidade, mas o crescimento<br />

de capacidade instalada é<br />

uma realidade, principalmente na região<br />

de Rio Claro/ Santa Gertrudes.<br />

A indústria de sanitários está prevendo<br />

a instalação de 3 a 4 fornos túneis<br />

também para 2010 e fala-se no aporte<br />

de uma multinacional do setor em<br />

vistas das projeções de crescimento<br />

no mercado. A indústria de louça<br />

de mesa, que tinha há bem pouco<br />

tempo ociosidade da ordem de 30 a<br />

35%, está com praticamente toda a<br />

produção tomada e prevê a entrada<br />

de novos equipamentos nas indústrias<br />

Germer, Pozzani e Del Porto.<br />

As indústrias de cerâmica estrutural<br />

estão também em franca expansão<br />

com o crescimento do mercado de<br />

construção civil que demanda telhas<br />

e blocos estruturais. A indústria de<br />

refratários ainda está com grande<br />

ociosidade apesar das perspectivas<br />

otimistas com relação à indústria<br />

siderúrgica, destino de boa parte de<br />

seus produtos.<br />

AMEAÇAS<br />

Para Torralba, da Esmalglass, a<br />

indústria cerâmica brasileira passa<br />

por um bom momento mas não pode<br />

esquecer de ter uma tipologia de<br />

produtos diferenciados como forma<br />

de manter o interesse de decoradores<br />

e arquitetos no desenvolvimento<br />

de seus projetos, pois esses profissionais<br />

sempre buscam novidades,<br />

sejam estéticas ou técnicas. Torralba,<br />

que tem uma visão mundial da<br />

produção cerâmica, afirma que os<br />

produtos brasileiros estão entre os<br />

melhores do mundo, mas chama a<br />

atenção para o fato que a diversidade<br />

de produtos e lançamentos realizados<br />

continuamente alongam muito<br />

a cauda produtiva. Para ele outro<br />

efeito a ser administrado é a multicompetição<br />

que pode levar a guerra<br />

de preços, estreitando margens e<br />

fazendo com que toda a cadeia seja<br />

prejudicada com efeitos de escassez<br />

nos insumos. Para o consultor Kleber<br />

Curvello essa questão já é um<br />

fato incontestável pois o produto<br />

via seca começa a não remunerar o<br />

investidor, com o barateamento dos<br />

produtos obtidos por via úmida e os<br />

porcelanatos vindos da China. Para<br />

ele, a tecnologia entre os produtos<br />

obtidos por via seca e via úmida já<br />

não é tão diferente como em épocas<br />

passadas. A saída é o investimento<br />

na mudança do processo produtivo a<br />

seco para o úmido: “As empresas deveriam<br />

analisar melhor os resultados<br />

das cerâmicas que modificaram seu<br />

processo produtivo”, afirma. Este<br />

será um ano em que, com toda certeza,<br />

o foco na mudança será vital.<br />

Curvello: momento de decisão<br />

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cersaie<br />

de jornalistas estrangeiros, entre eles<br />

os editores das revistas Mundo Cerâmico<br />

e TILE Brasil, que estiveram<br />

entre os 276 editores internacionais<br />

presentes ao evento.<br />

No aguardo da retomada<br />

A 27ª edição da Cersaie, em<br />

2009, aconteceu exatamente um ano<br />

depois do início da difícil crise econômica<br />

mundial em setembro do ano<br />

passado. Principal vitrine da indústria<br />

cerâmica mundial e, em especial da<br />

italiana, que registrou quedas significativas<br />

em sua produção e em suas<br />

exportações, mesmo assim a feira<br />

teve bom movimento de visitação e<br />

apresentou vários lançamentos que<br />

irão nortear o mercado cerâmico em<br />

2010. Franco Manfredini, atual presidente<br />

da Confindustria Ceramica,<br />

Revista ShowRoom<br />

ed 68-2009<br />

Cersaie mostrou sua força em um momento muito grave da economia<br />

nos países desenvolvidos. Mesmo com quedas sensíveis no ritmo dos<br />

negócios, produtos deslumbrantes e novas tecnologias predominaram<br />

apresentou na Conferência Internacional<br />

de Imprensa, as estimativas do<br />

ano de 2009 da indústria italiana. A<br />

produção deve fechar 2009 ao redor<br />

de 410 milhões de m 2 e vendas de 415<br />

milhões de m 2 , com queda de 20%.<br />

As exportações devem girar em 295<br />

milhões de m 2 com queda de 17%.<br />

Os investimentos novos caem 8,5%<br />

e as vendas totais 16%. A produção<br />

no exterior, de 110 milhões de m 2 , cai<br />

12%. O primeiro trimestre do ano,<br />

em particular, foi muito dramático<br />

com queda nas exportações globais<br />

de 27% e apresentando uma discreta<br />

recuperação no segundo trimestre<br />

quando a queda foi de 24%. Um<br />

dado importante é que a indústria<br />

italiana conseguiu manter o seu preço<br />

médio em 11,56 euros, um aumento<br />

de 2,82% no primeiro semestre de<br />

2009. A Cersaie teve 1.036 expositores,<br />

vindos de 34 países, em área<br />

de 176.000 m 2 e 83.137 visitantes,<br />

com um incremento no número de<br />

visitantes profissionais italianos. Os<br />

estrangeiros representaram 28% desse<br />

total. A feira atraiu forte visitação<br />

Arquiteta Angela Marques, vencedora<br />

do Prêmio TILE Brasil no embarque<br />

Estação de trem em Modena: a forma<br />

mais cômoda de ir à feira<br />

A primeira feira internacional com um<br />

bom movimento de visitantes esse ano<br />

‘Habitar o Futuro’: conferencista na<br />

Bélgica, platéia na Itália<br />

Eventos paralelos<br />

Além da exposição os promotores<br />

da feira apostaram na realização de<br />

uma série de eventos paralelos de<br />

grande impacto. A série de palestras<br />

do “Construir, Habitar, Pensar” apresentou<br />

temas como o do premiadíssimo<br />

Renzo Piano ‘Fazer Arquitetura’,<br />

que lotou o auditório com mais de<br />

3.000 profissionais, ‘Habitar no Deserto’<br />

de Michael P. Johnson, ‘Habitar<br />

na Emergência’, ‘Habitar no Futuro’,<br />

‘Habitar em Rede’. Temas que colocaram<br />

várias questões da moradia atual<br />

e do futuro em debate. A ecologia<br />

permeou todo o evento: do pavilhão<br />

de exposições às palestras, contando<br />

inclusive com uma mostra paralela<br />

‘Green Street’, em área exclusiva,<br />

onde foram apresentadas várias ideias<br />

com emprego de cerâmica. Muitas<br />

das indústrias apresentaram seus<br />

sistemas industriais e produtos ecologicamente<br />

corretos. Um dos pontos<br />

de destaque foi a febre dos produtos,<br />

quase a totalidade porcelanatos, de<br />

baixa espessura, de 4 a 5 mm. em<br />

formatos grandes. Tais produtos se<br />

destinam essencialmente à reformas<br />

sem retirada da cerâmica antiga. A<br />

Portobello foi a primeira indústria<br />

brasileira a lançar o porcelanato com<br />

espessura de 4mm. Outro destaque<br />

notório na feira foram os brilhos e<br />

cores intensas em vários produtos. A<br />

Cersaie é uma feira de encher os olhos<br />

e que dita as tendências mundiais do<br />

ano que inicia.<br />

Tradicional grupo da Sicília, Antiche<br />

Fornaci D’Agostino trouxe tradição<br />

José Lepri Neto ao lado da parede de<br />

limões que decoram o estande<br />

Portobello: Mauro do Valle e César<br />

Gomes Jr. apresentam o 4mm.<br />

Neos: Daniel Vivona desenvolveu a<br />

tecnologia para a Portobello<br />

Econtro entre Anfacer e Confindustria Serata Italiana: em mosteiro medieval Alfonso Panzani e Lazzaro Menasce<br />

20 Outubro/Dezembro 2009 - ShowRoom ShowRoom - Outubro/Dezembro 2009 21


cersaie<br />

Lectio Magistralis<br />

Green Street<br />

Exercício em que o paisagismo encontra a arquitetura com vários projetos elaborados por cerâmicas italianas<br />

Luciano Busani<br />

Casalgrande Padana com placa cerâmica ovalada<br />

Settecento: escultura com 2 metros de altura série Musiva<br />

Vicenzo Conelli<br />

Renzo Piano foi a estrela<br />

máxima da série de<br />

conferências ‘Construir,<br />

Habitar e Pensar’ com<br />

sua Aula Magna sobre<br />

‘Fazer Arquitetura’, com<br />

auditório lotado: mais<br />

de 3.000 profissionais<br />

inscritos. Antes uma<br />

coletiva de imprensa<br />

assistida por um atento<br />

Michael P. Johnson<br />

Banheiras a céu aberto e espreguiçadeiras<br />

Marazzi apresentou sua instalação Tilefilm<br />

Michael P. Johnson, o grande homenageado na Cersaie: Prêmio Aldo Villa exposição e conferência ‘Habitar o Deserto’<br />

22 Outubro/Dezembro 2009 - ShowRoom ShowRoom - Outubro/Dezembro 2009 23


cersaie<br />

Glamour da Cerâmica<br />

Bardelli: Histórias em quadrinhos<br />

Tons suaves e cores pastel em lilás<br />

Sicis: ampliando as possibilidades de composições com o emprego de mosaicos<br />

Esmaltes da Sicília: vermelho intenso<br />

Tagina: linha Côncavo e Convexo<br />

Coem: paredes curvas com mosaicos<br />

Francesca de Maio: cores e brilho vibrantes<br />

Novoceram: ambientação art-nouveau<br />

Poesi: blocos de vidro com efeitos dos cristais de Murano<br />

Formas, cores e brilhos intensos<br />

Settecento: reinterpretação em cerâmica dos grandes ícones do cinema: Humphrey Bogart e a inesquecível Marilyn Monroe<br />

24 Outubro/Dezembro 2009 - ShowRoom ShowRoom - Outubro/Dezembro 2009 25


cersaie<br />

Eliane recebe arquiteta Angela Marques Vetriceramici: parceiro para o Brasil Ceusa: mercados diversificados<br />

Gyotoku: agora o time está completo Demo: nova empresa de Fontanini Smalticeram apresenta novidades<br />

A ecologia domina o discurso<br />

comercial de várias formas:<br />

do sistema de produção, da<br />

confecção do produto com<br />

materiais reciclados até a<br />

criação de entidades verdes<br />

Esmalglass: aposta na inkjet Troca de ideias entre profissionais Vicenzo,Campana, Michael e Luca<br />

Ideias em paginação Florim: revestimentos integrais Tempio: fachadas ventiladas<br />

Portinari recebe presidente da SC Gás Serri: jornalistas de todo mundo Gamma Due: conceito do Re-Size<br />

Lajotas com aplicação elegante Rex: bordas de piscina integradas Final da feira: limões terminando<br />

Gardenia: Malagoli e Bonezzi Staff da Confindustria Ceramica Mapei: Di Geso e Tempora<br />

Estratégias opostas. Cerdomus: todos no estande. Gardenia: todos fora do estande<br />

Malpensa: hora de voltar para casa<br />

26 Outubro/Dezembro 2009 - ShowRoom ShowRoom - Outubro/Dezembro 2009 27


DECORAÇÃO<br />

Experiência digital<br />

Apresentação na Aspacer em 5 de novembro de 2009<br />

Empresa de design apresenta sua experiência em decoração digital<br />

realizada com as principais cerâmicas italianas. A conclusão é que esse<br />

sistema pode conviver, com vantagens, com o atual, em silicone<br />

A Newton Brasil, empresa de<br />

decoração gráfica para a indústria<br />

cerâmica, realizou em novembro duas<br />

apresentações, uma em São Paulo<br />

outra em Santa Catarina, sobre sua<br />

experiência em decoração digital. A<br />

apresentação ‘O Futuro da Digital<br />

no Presente do Silicone’ mostrou a<br />

experiência realizada pela Newton<br />

Itália no sistema de decoração digital.<br />

As principais indústrias cerâmicas<br />

italianas tais como: Rex do Grupo<br />

Florim, Monocibec, Piemme Valentino,<br />

Rondine, Grupo Panaria, Grupo<br />

Atlas Concorde, Ricchetti, Gresmalt,<br />

Iris, Impronta, Serenissima, Fondovalle,<br />

Cerdomus, Marazzi, Casal<br />

Grande, Emil Cerâmica, Gardênia<br />

Versace, Savoia, Sant’Agostino e<br />

Del Conca, estão testando essa nova<br />

tecnologia. Antonello Soro, R&D da<br />

Newton, mostrou os resultados obtidos<br />

até o momento e a empresa está<br />

disponibilizando esses serviços para<br />

o ceramista brasileiro. As principais<br />

vantagens que o sistema de decoração<br />

digital oferece é a possibilidade de<br />

grande extensão da gráfica, muito<br />

além do que permite a tecnologia<br />

atual do silicone, decoração em baixo<br />

relevo, tonalidades constantes em<br />

pequenos lotes de produção, flexibilidade<br />

e velocidade na manutenção<br />

da máquina.<br />

Prós e contras<br />

Mas nem tudo são flores nesse<br />

novo sistema. Há desvantagens a<br />

serem consideradas. Segundo Angelo<br />

Arlandini, um dos sócios da Newton,<br />

não é só trocar o programa e mudar<br />

a linha automaticamente, como trocar<br />

um arquivo de impressão digital<br />

em papel. Arlandini ressaltou que<br />

naquele momento, uma importante<br />

indústria italiana estava fazendo um<br />

Celso Joaquim: questões sobre a viabilidade<br />

do processo digital no Brasil<br />

acerto de mais de um dia para trocar<br />

a produção. Além disso, Antonello<br />

Soro chamou a atenção para a baixa<br />

espessura possível de cobertura, baixa<br />

velocidade de produção, espaço de<br />

cor limitado, um elevado custo de<br />

gestão nesse momento, problemas<br />

eventuais de riscos na impressão e<br />

uma maior vulnerabilidade à cópias.<br />

Proposta<br />

A principal conclusão é que o sistema<br />

digital não substitui a impressão<br />

a silicone. Nesse sentido a Newton<br />

trabalha para oferecer um serviço<br />

com aplicação de perfis de cor de<br />

forma a elevar a qualidade do produto<br />

com imagens em alta definição<br />

com o emprego de técnica mista na<br />

gráfica, aplicações e sincronização e<br />

novas incisões de alta camada. Este é<br />

o sistema que a Newton disponibiliza<br />

no Itália e agora no Brasil: DSP. Sem<br />

fotolitos ou telas serigráficas, com<br />

grande qualidade gráfica no processo<br />

que permite total reprodutibilidade de<br />

acordo com as exigências das áreas<br />

comercial e de marketing.<br />

28 Outubro/Dezembro 2009 - Mundo Cerâmico<br />

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ENCONTRO<br />

Parceiros estratégicos<br />

Weber Quartzolit promove encontro com a indústria cerâmica, apresenta os<br />

resultados de pesquisa nacional realizada pelo CCB e a polêmica norma<br />

de desempenho de edificações que entra em vigor em maio 2010<br />

Para William Aloise, diretor<br />

de marketing da Weber Quartzolit,<br />

fabricante de argamassas para<br />

assentamento, a aproximação com<br />

a indústria de revestimentos cerâmicos<br />

é uma decorrência natural de<br />

sua atividade: “Me parece claro que<br />

devemos sentar e conversar com<br />

nossos principais demandadores<br />

de necessidades. Precisamos estar<br />

juntos para melhorar as propostas de<br />

trabalho”, afirma William. Para ele<br />

o compartilhamento de informações<br />

mais que útil, é estratégico. Com a<br />

Aproximação com indústria cerâmica<br />

aquisição da Quartzolit, em 1997,<br />

pelo grupo Saint-Gobain, a empresa<br />

sofreu várias transformações. De 27<br />

produtos em 1998, passou para 53<br />

produtos em 2008. Nesse período<br />

foram substituídos 32 produtos com<br />

um total de 58 novos lançamentos.<br />

Essa busca incessante por agregar<br />

tecnologia à operação empresarial<br />

foi responsável por um faturamento<br />

12 vezes maior no período de 1998 a<br />

2008, crescendo muito acima do que<br />

o mercado de revestimentos cresceu.<br />

A preocupação da empresa com o<br />

crescimento do setor via eficiência<br />

contempla também a formação da<br />

mão de obra de instalação, para<br />

William Aloise, Weber Quartzolit<br />

William ainda o grande problema do<br />

negócio. Um dos pilares do trabalho é<br />

o Guia Weber para difundir e explicar<br />

a melhor forma de aplicar os produtos<br />

da empresa. O Guia atingiu, até o<br />

momento a impressionante marca de<br />

16,7 milhões de exemplares acumulados<br />

desde seu lançamento.<br />

Pesquisa CCB<br />

Adriana Leandro, Weber Quartzolit<br />

Como parte dessa estratégia<br />

de aproximação com a indústria<br />

cerâmica a empresa realizou, em 23<br />

de setembro, no hotel Royal Palm<br />

Plaza, em Campinas, SP, o ‘1º Encontro<br />

Weber Quartzolit/CCB e Indústrias<br />

de Revestimento Cerâmico<br />

Brasileiro’. William ressaltou que<br />

espera fazer outros encontros com<br />

mais frequência, com a finalidade<br />

de fomentar a troca de informações<br />

de mercado entre os participantes<br />

do setor. Nesse primeiro encontro foi<br />

apresentada uma pesquisa realizada<br />

pelo CCB mostrando o total produzido<br />

nas várias categorias levando em<br />

conta classes de absorção de água,<br />

tipologias de produtos, formatos das<br />

peças e juntas recomendadas. Essas<br />

informações são obviamente muito<br />

importantes para a Weber Quartzolit<br />

para o cálculo de consumo de suas<br />

argamassas. O CCB, Centro Cerâmico<br />

do Brasil, realizou a pesquisa com<br />

66 ceramistas, em dezembro de 2008,<br />

que representavam 81% do número<br />

de empresas e 89% da produção de<br />

revestimentos cerâmicos. Adriana<br />

Leandro, responsável pela área de<br />

pesquisas da Weber Quartzolit fez<br />

a apresentação desses dados juntamente<br />

com os dados de mercado da<br />

empresa.<br />

Norma de desempenho<br />

A seguir, a engenheira Maria Angelica<br />

Covelo Silva, do NGI, Núcleo<br />

de Gestão e Inovação, apresentou seu<br />

trabalho ‘Metodologia e normas de<br />

desempenho de edifícios’. O conceito<br />

de desempenho das edificações teve<br />

origem nas exigências de segurança<br />

estrutural de produtos da indústria bélica<br />

e aeroespacial na Segunda Guerra<br />

Mundial. Daquela época aos dias de<br />

hoje foram feitas várias normas na<br />

Europa, até que no Brasil, em 1981, o<br />

IPT, Instituto de Pesquisas Tecnológicas<br />

do Estado de São Paulo, publicou<br />

a primeira versão dos critérios de<br />

desempenho em trabalho desenvolvido<br />

com o BNH. O conceito do<br />

desempenho é do comportamento de<br />

um produto em utilização. O produto<br />

deve ter características que o capacitem<br />

a cumprir os objetivos e funções<br />

para as quais foi projetado. Isto é,<br />

pensar e trabalhar em termos de ‘fins’<br />

em vez de ‘meios’. Com isso a ideia<br />

não é somente prescrever como uma<br />

edificação deva ser construída, mas o<br />

que se requer dessa construção. Seu<br />

uso. Em 2002, o SindusCon-SP e o<br />

Secovi-SP tomaram conhecimento do<br />

Maria Angelica Covelo Silva, NGI<br />

andamento dos trabalhos e do impacto<br />

que estas normas poderiam trazer ao<br />

setor. A partir de 2003 constituíramse<br />

grupos de trabalho coordenados<br />

pelas duas entidades visando intervir<br />

no conteúdo, de modo a ajustá-los<br />

à realidade dos processos de toda a<br />

cadeia produtiva.<br />

Zona de atrito<br />

Com isso, publicada em 12 de<br />

maio de 2008, entra em vigor a<br />

partir de 12 de maio de 2010, a<br />

norma ABNT NBR 15575-1, que<br />

trata do desempenho de edificações<br />

habitacionais de até 5 pavimentos.<br />

É o começo de uma bela dor de<br />

cabeça para o segmento cerâmico.<br />

Um dos pontos polêmicos trata do<br />

coeficiente de atrito dinâmico do<br />

piso (veja tabela ao lado). Maria<br />

Angelica cobrou da indústria<br />

cerâmica uma maior participação<br />

junto ao segmento da construção, a<br />

seu ver, omissa nessa questão. Ana<br />

Paula Menegazzo, superintendente<br />

do CCB, contesta e afirma que o setor<br />

cerâmico não conseguiu ser ouvido<br />

na formulação dos critérios técnicos<br />

para o desempenho dos revestimentos<br />

cerâmicos. A partir daí será necessário<br />

um trabalho de articulação do setor<br />

para resolver essas questões.<br />

Ana Paula Menegazzo, CCB<br />

30 Outubro/Dezembro 2009 - Mundo Cerâmico Mundo Cerâmico - Outubro/Dezembro 2009 31


Mercado Cerâmico - Ano 07 - nº 48 - Out/Dez 2009<br />

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diversas opções de engrenagens<br />

como: helicoidais, helicoidais com<br />

eixos paralelos, cônicas, de rosca<br />

sem fim, ortogonais e para monovias<br />

eletrificadas. Esses equipamentos<br />

possuem acabamento ondulado<br />

em sua carcaça, um projeto que<br />

os distinguem dos demais, alta<br />

capacidade de sobrecarga, potência<br />

superior admissível e uma grande<br />

variedade de construções.<br />

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novidades em controle<br />

de qualidade e automação para<br />

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um de seus mais novos<br />

lançamentos para a indústria<br />

cerâmica, a escova de limpeza<br />

com jumbo, que possibilita a retirada<br />

de fragmentos sólidos fortemente<br />

fixados à parte superior<br />

da peça cerâmica.<br />

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operar simultaneamente com<br />

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de alteração nos parâmetros de<br />

queima dos fornos cerâmicos.<br />

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32 Outubro/Dezembro 2009 - Mercado Cerâmico Mercado Cerâmico - Outubro/Dezembro 2009 33<br />

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esses objetivos os motores elétricos<br />

Siemens foram projetados<br />

para oferecer melhor eficiência<br />

energética a plena carga assim<br />

como em cargas parciais (50%<br />

a 100%) e/ou em regimes de<br />

trabalho intermitentes.


ENTREVISTA<br />

Não perder a pose<br />

Mesmo com uma queda acentuada em receitas, produção e exportação,<br />

para ele apenas passageira, o presidente da Confindustria Ceramica, Itália,<br />

acredita na valorização do produto como receita contra a crise<br />

Franco Manfredini,<br />

novo presidente da Confindustria<br />

Ceramica para o biênio<br />

2009-2010, fala sobre<br />

os bons resultados obtidos<br />

na última Cersaie, realizada<br />

sob forte expectativa devido<br />

à situação econômica.<br />

A ênfase dada ao público<br />

especificador ajudou a obter<br />

os bons resultados dessa<br />

edição. Nessa entrevista a<br />

Mundo Cerâmico, Manfredini conta<br />

um pouco a respeito das estratégias<br />

da Itália nesse momento.<br />

MC- Quais foram as principais<br />

novidades da feira esse ano?<br />

Manfredini- Nesta edição, como<br />

de costume, realizamos a conferência<br />

inaugural e a internacional de imprensa.<br />

A novidade é que colocamos<br />

como tema central a arquitetura e o<br />

design. O resultado fantástico obtido<br />

com a Aula Magna de Renzo Piano<br />

e a conversa de Michele De Lucchi<br />

com os jovens designers, e o ciclo<br />

de conferências ‘Habitar, Construir,<br />

Pensar’ aliado ao espaço ‘Galeria da<br />

Arquitetura’, nos leva a crer que tomamos<br />

a decisão correta.<br />

MC- Cerâmica e arquitetura estão<br />

cada vez mais próximas?<br />

Manfredini- É uma evolução natural<br />

dos produtos italianos cada vez<br />

mais próximos dos projetos arquitetônicos<br />

e que se tornaram materiais<br />

nobres para o acabamento de superfícies<br />

residenciais e comerciais.<br />

Cada vez mais designers empregam<br />

materiais cerâmicos em seus projetos<br />

na Itália e no exterior. É uma mudança,<br />

de fundamental importância,<br />

“Não renunciamos<br />

aos investimentos<br />

em inovação e<br />

novos mercados<br />

e na aproximação<br />

com os arquitetos e<br />

designers”<br />

e valoriza a excelência italiana.<br />

MC- Como está a saúde financeira<br />

da indústria cerâmica na Itália?<br />

Manfredini- O que estamos vivendo<br />

não é uma crise no sistema cerâmico<br />

italiano, mas é uma crise mundial<br />

nascida nos excessos financeiros que<br />

produziram efeitos sobre a economia<br />

real. Na parte que nos toca, após uma<br />

queda no ano passado e primeiros<br />

meses de 2009, a indústria italiana de<br />

cerâmica registra queda na ordem de<br />

20%. As empresas têm de administrar<br />

os recursos devido à redução da<br />

produção sem renunciar, ao mesmo<br />

tempo, aos investimentos para inovação<br />

e pesquisa de novos mercados.<br />

MC- Vê o copo meio cheio então?<br />

Manfredini- Registro esses sinais<br />

positivos mas que não devem diminuir<br />

em absoluto a tensão sobre produção<br />

e vendas que estarão em níveis<br />

menores que o passado. Se observarmos<br />

os dados internacionais, percebemos,<br />

no entanto, que nossa situação<br />

é melhor em relação a diversos<br />

concorrentes do exterior: de resto nós<br />

somos sempre a lebre e os outros os<br />

seguidores com relação à inovação<br />

que fazemos na prática.<br />

MC- Qual avaliação faz<br />

do ‘Plano Casa’ (plano de<br />

estímulo na Itália)?<br />

Manfredini- A construção<br />

civil na Itália vive uma fase<br />

recessiva, após haver crescido,<br />

em volumes e valores,<br />

há alguns anos. Medidas<br />

de estímulo à demanda não<br />

podem ser úteis sobretudo<br />

se não considerarmos o desenvolvimento<br />

sustentável<br />

e a família envolvida na reforma. O<br />

‘Plano Casa’ recentemente lançado<br />

pelo governo, tem operação demorada<br />

devido ao excesso de burocracia<br />

para iniciar os trabalhos.<br />

MC- O crédito imobiliário também<br />

é um gargalo?<br />

Manfredini- Há apenas um ano o<br />

percentual financiável de um imóvel<br />

foi drasticamente reduzido, tolhendo<br />

o combustível do mercado. Os<br />

bancos têm de avaliar a qualidade<br />

do crédito de forma adequada: seria<br />

fundamental que viesse direcionado<br />

nos lugares em que foi obtido e a favor<br />

da economia real, não utilizados<br />

em especulação financeira.<br />

MC- Qual o resultado que espera<br />

a partir da feira?<br />

Manfredini- A Cersaie apresentou<br />

um resultado que confirma sua liderança<br />

no panorama mundial do setor.<br />

Felizmente registrou ótimos resultados<br />

tanto em termos de visitantes<br />

quanto de número de expositores<br />

com tantas e significativas inovações<br />

em revestimentos cerâmicos e acessórios<br />

para banheiros, criando valor<br />

e agora esperamos que isso ajude a<br />

retomada do crescimento.<br />

34 Outubro/Dezembro 2009 - Mundo Cerâmico

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