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QUINTA DE AZEVEDO<br />
RESERVA 2017<br />
A VITIVINICULTURA<br />
ESTÁ A TRAZER-NOS<br />
NOVOS VINHOS<br />
VERDES<br />
CAÇADORES<br />
DE IGUARIAS:<br />
UM PAÍS À<br />
BEIRA-MAR<br />
HERDADE DO PESO<br />
COLHEITA<br />
TINTO 2015:<br />
A DESCOBERTA<br />
DE TINTOS FRESCOS<br />
NO ALENTEJO<br />
3<br />
nº<strong>83</strong><br />
Ano XXVIII — Junho 2018
ano XXVIII<br />
nº<strong>83</strong><br />
2018<br />
<strong>1500</strong><br />
pág.<br />
06<br />
Seleção <strong>Reserva</strong> <strong>1500</strong><br />
Trufas de chocolate<br />
Annobon<br />
pág.<br />
14<br />
Cenário de Prova<br />
Quinta de Azevedo<br />
pág.<br />
20<br />
Painel de<br />
Provadores<br />
pág.<br />
22<br />
A Prova<br />
pág.<br />
26<br />
prova nº 798<br />
Casa Ferreirinha Vinha<br />
Grande Rosé 2017<br />
pág.<br />
42<br />
Caçadores de Iguarias<br />
Dias felizes<br />
à beira-mar<br />
pág.<br />
30<br />
prova nº 799<br />
Nobody’s Hero<br />
Framingham Sauvignon<br />
Blanc 2017<br />
pág.<br />
48<br />
prova nº 802<br />
II Terroir<br />
Branco 2015<br />
pág.<br />
34<br />
prova nº 800<br />
Quinta de Azevedo<br />
<strong>Reserva</strong> 2017<br />
pág.<br />
52<br />
prova nº 803<br />
Herdade do Peso<br />
Colheita Tinto 2015<br />
pág.<br />
38<br />
prova nº 801<br />
Quinta dos Carvalhais<br />
<strong>Reserva</strong> Branco 2015<br />
pág.<br />
56<br />
prova nº 804<br />
Casa Ferreirinha<br />
Tinta Francisca 2014<br />
pág.<br />
60<br />
Receita sazonal<br />
Bacalhau Pil Pil<br />
pág.<br />
62<br />
prova nº 805<br />
Sete Linhas<br />
Tinto 2014<br />
pág.<br />
66<br />
prova nº 806<br />
Alpha Zeta ‘R’<br />
Valpolicella Superiore<br />
Ripasso 2016<br />
pág.<br />
70<br />
A vida na vinha<br />
Pensar, plantar,<br />
esperar<br />
pág.<br />
76<br />
prova nº 807<br />
Porto Sandeman<br />
Apitiv Reserve<br />
pág.<br />
80<br />
prova nº 808<br />
Bloom<br />
London Dry Gin<br />
pág.<br />
82<br />
Sócio nº2237<br />
Pedro Martins<br />
pág.<br />
86<br />
Painel de magnuns<br />
Sete magnuns e<br />
uma jéroboam<br />
pág.<br />
96<br />
Vinhos em Stock<br />
Oportunidades<br />
WWW.RESERVA<strong>1500</strong>.COM<br />
compre no nosso website estes e outros vinhos<br />
Diretor Manuel Guedes Propriedade Grape Ideas, Apartado 3086 Aldeia Nova, 4431-801 Avintes<br />
Secretariado Isabel Rocha Telefone 22 785 03 81 E-mail reserva<strong>1500</strong>@reserva<strong>1500</strong>.com<br />
Direção editorial Filipe Pinto Nogueira Design gráfico iBloom Digital Fotografia João Azevedo<br />
Ilustração Ana Gil, Hugo Oliveira Impressão Multitema Publicação quadrimestral<br />
SEJA RESPONSÁVEL. BEBA COM MODERAÇÃO
RESERVA <strong>1500</strong><br />
EDITORIAL<br />
<strong>Reserva</strong> <strong>1500</strong><br />
Online<br />
www.reserva<strong>1500</strong>.com<br />
Caros sócios,<br />
O<br />
<strong>Clube</strong> <strong>Reserva</strong> <strong>1500</strong> viveu recentemente dois momentos que<br />
são bons exemplos do tipo de experiências que queremos<br />
oferecer aos sócios e que têm como finalidade enriquecer o<br />
conhecimento sobre o vinho, aumentando também a nossa<br />
capacidade para o apreciar.<br />
Deambulando entre os seus magníficos castelos, visitámos o Vale<br />
do Loire, em França, onde conhecemos alguns dos produtores<br />
que nos apresentaram e deram a provar os seus vinhos. Quase<br />
em simultâneo, realizámos, em Lisboa e no Porto, ateliers de<br />
prova para os sócios, numa abordagem mais técnica e igualmente<br />
entusiasmante, pois é sempre um grande desafio aperfeiçoar a<br />
articulação entre a sensibilidade de cada um e a linguagem que<br />
usamos para nós próprios e para comunicar aos outros essa<br />
sensibilidade. É isto que torna mais rica a conversa sobre os vinhos.<br />
Encomenda e compra<br />
dos vinhos e bebidas<br />
Ficheiros áudio<br />
das provas de vinhos<br />
Mais oferta de vinhos<br />
e conteúdos<br />
No mesmo espírito, vamos organizar já em junho uma prova<br />
vertical de seis colheitas de Quinta da Leda, no novo Hostel da<br />
Sandeman, no cais de Gaia. Chamo a atenção para o facto de<br />
as inscrições serem limitadas a 28 sócios. Em conjunto com<br />
esta revista encontrarão mais detalhes sobre o evento.<br />
Se ainda não possui username e password<br />
para adquirir produtos online, peçaos<br />
através do e-mail reserva<strong>1500</strong>@<br />
reserva<strong>1500</strong>.com ou no separador<br />
‘Contactos’ do website.<br />
Os conteúdos da revista <strong>Reserva</strong> <strong>1500</strong> são<br />
publicados em primeiro lugar no website<br />
do <strong>Clube</strong>, já com todos os produtos<br />
disponíveis. Nesse momento, os sócios<br />
recebem um alerta via e-mail.<br />
As encomendas dos produtos lançados<br />
no <strong>Clube</strong> podem ser feitas no website,<br />
bem como através da ficha de encomenda<br />
publicada em cada revista, telefone ou<br />
e-mail.<br />
Além do Painel de cada revista, são<br />
lançados no website vinhos e novos<br />
conteúdos ao longo do ano:<br />
• produtos exclusivos para sócios, que<br />
podem ser diferentes dos vinhos das<br />
revistas;<br />
• ficheiros áudio de alguns dos provadores<br />
do Painel, gravados no momento em<br />
que apresentam os seus vinhos;<br />
• inscrições para eventos;<br />
• histórias.<br />
Nesta edição da revista <strong>Reserva</strong> <strong>1500</strong>, gostaria de destacar um vinho<br />
que representa uma tendência que considero relevante na enologia e<br />
que queremos levar aos nossos sócios. Trata-se do Quinta de Azevedo,<br />
uma marca que a Sogrape reestruturou, oferecendo agora uma gama<br />
de vinhos verdes com maior componente de Alvarinho, o que lhes<br />
traz maior estrutura, textura e inclusivamente potencial de guarda.<br />
Este e os outros vinhos são sinais de que a enologia está<br />
atenta, procurando novos vinhos de grande qualidade. E é<br />
exatamente essa qualidade que aqui deixamos aos sócios.<br />
Manuel Guedes<br />
Diretor do <strong>Clube</strong> <strong>Reserva</strong> <strong>1500</strong><br />
4<br />
5
RESERVA <strong>1500</strong><br />
DESTAQUES<br />
Destaques<br />
pág.<br />
6<br />
Chocolates<br />
Annobon<br />
Trufas de luxo e as regras para<br />
apreciar chocolate.<br />
pág.<br />
26<br />
Casa Ferreirinha<br />
Vinha Grande Rosé 2017<br />
Uma das marcas históricas do Douro<br />
a celebrar a chegada do verão com um rosé.<br />
pág.<br />
34<br />
Quinta de Azevedo<br />
<strong>Reserva</strong> 2017<br />
Os vinhos verdes estão a evoluir. A Quinta de Azevedo<br />
está a protagonizar esta evolução com uma marca<br />
vertical e diferentes propostas de estilos, entre eles<br />
o <strong>Reserva</strong> 2017, um vinho a mostrar complexidade,<br />
maturação e textura.<br />
pág.<br />
42<br />
Caçadores<br />
de Iguarias<br />
De norte a sul, não há motivo<br />
para perdermos este verão<br />
os peixes e outras espécies<br />
que nos oferece a costa<br />
portuguesa.<br />
pág.<br />
60<br />
Bacalhau Pil Pil<br />
Uma receita ‘agitada’ inspirada num branco<br />
do Dão.<br />
pág.<br />
74<br />
Sandeman<br />
Apitiv Reserve<br />
Antes ou depois da refeição, ou<br />
mesmo para uma entrada salgada.<br />
Um Porto polivalente que não está<br />
disponível nas lojas.<br />
6<br />
7
RESERVA <strong>1500</strong><br />
UNIVERSO <strong>1500</strong><br />
Seleção<br />
<strong>Reserva</strong> <strong>1500</strong><br />
Trufas<br />
de chocolate<br />
Annobon<br />
Provar um chocolate merece<br />
algum tempo. Sobretudo se for<br />
do melhor. Por isso, aqui fica a<br />
seleção produzida pela<br />
Annobon para o <strong>Clube</strong><br />
<strong>Reserva</strong> <strong>1500</strong>.<br />
8<br />
9
RESERVA <strong>1500</strong><br />
UNIVERSO <strong>1500</strong><br />
Não é de admirar, mas os chocolates Annobon<br />
que apresentámos aos sócios na última<br />
revista foram um sucesso e merecem manter<br />
a sua presença no <strong>Clube</strong>. Além disso, a quem<br />
adquirir o conjunto de trufas frescas vamos<br />
oferecer uma caixa com 6 mini-tabletes de<br />
chocolate negro de S.Tomé 70%, com nibs (favas<br />
trituradas) de cacau.<br />
A Annobon produz Fine Chocolate, uma<br />
classificação da qualidade do chocolate e que<br />
se refere em concreto à percentagem elevada<br />
de cacau, a seleção da sua origem e o controlo<br />
de qualidade da sua produção. O cacau que<br />
utilizam tem origem em terroirs reconhecidos e<br />
classificados como premium.<br />
CONJUNTO RESERVA <strong>1500</strong><br />
Notas de prova<br />
da chocolatiére<br />
Leonor Ranito<br />
Trufa de Vinho do Porto<br />
Trufa intensa, fresca e cheia. A relação do chocolate negro (54%)<br />
com o Vinho do Porto Sandeman Reserve, a nata e uma nota de<br />
aguardente velha resultam num forte desafio de harmonizações.<br />
Harmonizar com um Vinho do Porto Tawny 10 anos.<br />
Trufa de Flor de Sal<br />
Arranque com uma nota elegante de salgado que rapidamente se<br />
mistura com o cacau e nata, numa explosão de sabores. Relações<br />
sofisticadas em volta do mundo do chocolate. Harmonize com<br />
Vinho do Porto LBV.<br />
‘Annobon’ foi como<br />
os navegadores<br />
portugueses batizaram<br />
uma pequena ilha que<br />
descobriram a sul de São<br />
Tomé, no dia 1 de janeiro<br />
de 1473. São Tomé é hoje<br />
origem de um cacau de<br />
grande qualidade.<br />
As trufas têm como base chocolate negro e<br />
são feitas à mão, segundo receitas próprias da<br />
Annobon. Os ingredientes de cada variedade<br />
de trufas e as ganaches utilizadas no seu<br />
recheio são produzidas com natas, sem outro<br />
tipo de gordura. Estas trufas são semi-frescas,<br />
com uma validade de 4 meses, já que não são<br />
adicionados quaisquer conservantes. A entrega<br />
das trufas é feita em transporte refrigerado.<br />
Para mais informação sobre os chocolates<br />
Annobon, visite www.annobon-chocolate.com.<br />
6 passos para<br />
provar um chocolate<br />
Leonor Ranito, chocolatiére Annobon® fine<br />
chocolate, formada na Chocolate Academy<br />
Barry Callebaut, Bélgica<br />
1. Quebrar o chocolate (escutar o ‘snap’)<br />
2. Observar o brilho e cheirar<br />
3. Sentir a textura e suavidade<br />
4. Colocar na boca, deixar o chocolate derreter para identificar as texturas iniciais,<br />
os aromas e os sabores; esfregando a língua contra o céu da boca, vai aumentar a<br />
temperatura do chocolate, o que libertará os aromas e aromas finais<br />
5. Respirar para criar sucção na boca, como um efeito de assobio, procurando os aromas<br />
do chocolate que foi trabalhado pela língua<br />
6. Tomar nota das sensações<br />
Trufa de Framboesa<br />
Sensações fortes na relação de frutos vermelhos (framboesa<br />
fresca) com o chocolate negro. Alguma acidez e amargo num<br />
equilíbrio de forças. Harmonizar com Vinho do Porto Vintage<br />
Caramelo e pó de cacau 100%<br />
Ponto de caramelo (handmade) de intensidade e doçura com a<br />
dose certa numa trufa potente de cacau. Ligeira nota de flor de sal<br />
para potenciar a estrutura e sabores. Harmonizar com Vinho do<br />
Porto Tawny 20 anos.<br />
ENCOMENDAS<br />
Caixa com 24 trufas<br />
exclusivo <strong>Reserva</strong> <strong>1500</strong><br />
Oferta de caixa com<br />
mini-tabletes de chocolate<br />
negro de São Tomé 70%<br />
• 6 trufas de caramelo com nota<br />
de flor de sal e pó de cacau 100%<br />
• 6 trufas de Vinho do Porto Sandeman<br />
• 6 trufas de flor de sal<br />
de Castro Marim<br />
• 6 trufas de framboesa fresca<br />
Para encomendar, visite o website do<br />
<strong>Clube</strong> <strong>Reserva</strong> <strong>1500</strong> ou utilize a ficha<br />
de encomenda publicada no interior<br />
desta revista.<br />
Ref. U05<br />
€40<br />
Preço unitário<br />
(c/IVA)<br />
Os sócios que<br />
adquirirem<br />
o conjunto<br />
de trufas vão<br />
receber como<br />
oferta uma<br />
caixas com 6<br />
mini-tabletes de<br />
chocolate negro<br />
de S.Tomé 70%,<br />
com nibs (favas<br />
trituradas) de<br />
cacau.<br />
10<br />
11
RESERVA <strong>1500</strong> PAINEL <strong>1500</strong><br />
Casa<br />
Ferreirinha<br />
Vinha Grande<br />
Rosé 2017<br />
Ref. 798<br />
€7,20<br />
Preço unitário<br />
(c/IVA)<br />
Nobody’s<br />
Hero<br />
Framingham<br />
Sauvignon Blanc 2017<br />
Quinta de<br />
Azevedo<br />
<strong>Reserva</strong> 2017<br />
Ref. 800<br />
€6<br />
Preço unitário<br />
(c/IVA)<br />
Quinta dos<br />
Carvalhais<br />
<strong>Reserva</strong> Branco<br />
2015<br />
II Terroir<br />
2015<br />
Ref. 802<br />
€13<br />
Preço unitário<br />
(c/IVA)<br />
Herdade<br />
do Peso<br />
Colheita<br />
Tinto 2015<br />
Casa<br />
Ferreirinha<br />
Tinta Francisca<br />
2014<br />
Ref. 804<br />
€55<br />
Preço unitário<br />
(c/IVA)<br />
Sete<br />
Linhas<br />
Tinto 2014<br />
Alpha Zeta ‘R’<br />
Valpolicella Ripasso<br />
Superiore 2016<br />
Ref. 806<br />
€11<br />
Preço unitário<br />
(c/IVA)<br />
Porto<br />
Sandeman<br />
Apitiv Reserve<br />
Bloom<br />
London Dry Gin<br />
Ref. 808<br />
€24,50<br />
Preço unitário<br />
(c/IVA)<br />
Ref. 799<br />
€7,50<br />
Preço unitário<br />
(c/IVA)<br />
Ref. 801<br />
€14,50<br />
Preço unitário<br />
(c/IVA)<br />
Ref. 803<br />
€7,20<br />
Preço unitário<br />
(c/IVA)<br />
Ref. 805<br />
€56<br />
Preço unitário<br />
(c/IVA)<br />
Ref. 807<br />
€14<br />
Preço unitário<br />
(c/IVA)<br />
MODO DE PAGAMENTO<br />
Quinta dos Carvalhais <strong>Reserva</strong> Branco, Tinta<br />
Francisca e Sete Linhas são vendidos em caixas de 3<br />
unidades. Porto Sandeman Apitiv e o gin Bloom são<br />
vendidos à unidade. Todos os restantes vinhos são<br />
vendidos em caixas de 6 unidades.<br />
Os produtos adquiridos online serão liquidados através de Paypal, cartão de débito/<br />
crédito ou referência multibanco. Os produtos adquiridos através de postal de encomenda<br />
serão liquidados através de cartão de crédito/débito, domiciliação bancária, transferência<br />
bancária ou cheque emitido à ordem de Grape Ideas S.A. Nestas duas últimas opções,<br />
remeter junto ao cupão da encomenda respetivamente o comprovativo da transferência<br />
/ cheque. Para pagamento por transferência bancária utilizar a conta do Banco Comercial<br />
Português com o IBAN PT50 0033 0000 45436947775 05.<br />
10 11
RESERVA <strong>1500</strong><br />
PAINEL MAGNUNS<br />
Herdade<br />
do Peso<br />
Ícone 2014<br />
1,5 l<br />
Mag024<br />
€150<br />
Preço unitário<br />
(c/IVA)<br />
Sossego<br />
2015<br />
1,5 l<br />
Quinta<br />
da Fonte<br />
do Ouro<br />
<strong>Reserva</strong> 2015<br />
1,5 l<br />
Mag023<br />
€19,50<br />
Preço unitário<br />
(c/IVA)<br />
Muros<br />
Antigos<br />
Alvarinho 2014<br />
1,5 l<br />
Ferreira<br />
Vintage<br />
1978<br />
1,5 l<br />
Mag026<br />
€562,50<br />
Preço unitário<br />
(c/IVA)<br />
Sandeman<br />
Quinta do Vau<br />
Vintage 1999<br />
1,5 l<br />
Dona<br />
Antónia<br />
<strong>Reserva</strong> Tawny<br />
1,5 l<br />
Mag011<br />
€35<br />
Preço unitário<br />
(c/IVA)<br />
Duque<br />
de Viseu<br />
2014<br />
3 l<br />
Mag022<br />
€8<br />
Preço unitário<br />
(c/IVA)<br />
Mag020<br />
€24,50<br />
Preço unitário<br />
(c/IVA)<br />
Mag025<br />
€36<br />
Preço unitário<br />
(c/IVA)<br />
Mag021<br />
€72<br />
Preço unitário<br />
(c/IVA)<br />
MODO DE PAGAMENTO<br />
Todos os vinhos são vendidos à unidade, exceto o<br />
Sossego 2015 que é vendido em caixas de 3 garrafas.<br />
Os produtos adquiridos online serão liquidados através de Paypal, cartão de débito/<br />
crédito ou referência multibanco. Os produtos adquiridos através de postal de encomenda<br />
serão liquidados através de cartão de crédito/débito, domiciliação bancária, transferência<br />
bancária ou cheque emitido à ordem de Grape Ideas S.A. Nestas duas últimas opções,<br />
remeter junto ao cupão da encomenda respetivamente o comprovativo da transferência<br />
/ cheque. Para pagamento por transferência bancária utilizar a conta do Banco Comercial<br />
Português com o IBAN PT50 0033 0000 45436947775 05.<br />
12 13
RESERVA <strong>1500</strong><br />
CENÁRIO PROVA<br />
Quinta de Azevedo<br />
A nova geração<br />
de vinhos verdes<br />
A Quinta de Azevedo é protagonista no<br />
mais recente capítulo da história dos<br />
vinhos verdes, uma história de permanente<br />
reinvenção. Foi aqui que reuniu o Painel de<br />
provadores <strong>Reserva</strong> <strong>1500</strong>.<br />
15
RESERVA <strong>1500</strong><br />
CENÁRIO PROVA<br />
Durante muito tempo, sensivelmente até à<br />
década de 70 do século passado, a grande<br />
quantidade de verdes que se produziam<br />
eram vinhos tintos, ásperos, acídulos e<br />
de baixo teor alcoólico, consumidos no<br />
ano da produção, sem qualquer tipo de<br />
envelhecimento. Não desapareceram<br />
totalmente e ainda bem, pois continuam<br />
a dar imenso prazer em alguns<br />
momentos, por exemplo na companhia<br />
de uns rojões ou de uma lampreia.<br />
Mas foi a modernização das técnicas de<br />
produção e o investimento nos vinhos<br />
brancos que trouxe à região, nas décadas<br />
seguintes, maior proveito e fama, fruto da<br />
grande aceitação que estes vinhos com<br />
Os novos vinhos da Quinta de<br />
Azevedo são uma boa notícia<br />
para os apreciadores exigentes<br />
que procuram vinhos verdes<br />
com capacidade de evolução.<br />
grande frescura, aromas e acidez viva<br />
e equilibrada, mereceram por parte de<br />
um mercado cada vez mais alargado.<br />
O segmento de vinhos verdes mais<br />
fáceis de beber, mais competitivos em<br />
preço, produzidos por marcas de grande<br />
notoriedade está forte e desempenha um<br />
importante papel quer pela capacidade<br />
de atrair novos consumidores, quer pela<br />
penetração em mercados externos.<br />
Porém, os últimos anos têm<br />
testemunhado uma maior maturidade<br />
e exigência por parte de produtores e<br />
consumidores quando pensam em vinho<br />
verde, com o mercado a registar maior<br />
produção e um crescimento significativo<br />
das vendas de vinhos mais complexos,<br />
com menos gás e sabor mais persistente.<br />
Aposta nas capacidades<br />
da Alvarinho<br />
E é aqui que chegamos à Quinta de<br />
Azevedo e à evolução vitivinícola que tem<br />
protagonizado nesta viagem dos vinhos<br />
verdes, que começa nos solos minhotos<br />
e acaba no palato dos consumidores.<br />
A propriedade, localizada próximo de<br />
Barcelos, foi adquirida pela Sogrape em<br />
1980 como base da operação da empresa<br />
na região. Na altura, foi objeto de uma<br />
vasta intervenção ao nível vitivinícola<br />
e também do solar que, à sombra da sua<br />
torre construída no século XV, é hoje um<br />
dos locais de maior prestígio da Sogrape.<br />
Desde a vinha à adega, tudo foi feito<br />
na Quinta de Azevedo para melhorar a<br />
qualidade das uvas e do seu tratamento.<br />
16 17
RESERVA <strong>1500</strong><br />
CENÁRIO PROVA<br />
A renovação na Quinta de Azevedo<br />
teve início em 2007, com a primeira<br />
replantação da vinha a incidir sobretudo<br />
nas castas Loureiro e Alvarinho.<br />
Ao lado, na adega, garantiu-se a<br />
elevada qualidade das uvas através<br />
da melhoria de processos no seu<br />
manuseamento, desde a receção ao<br />
transporte de massas e à prensagem.<br />
Seguiram-se dois novos momentos com<br />
replantação de 13 hectares de Loureiro<br />
em 2014 e de 10 hectares de Alvarinho<br />
já em 2017. Dois critérios orientaram<br />
a escolha destas duas castas: por um<br />
lado, a adaptação que demonstram ao<br />
terroir da Quinta de Azevedo; por outro<br />
lado, a complementaridade que revelam<br />
no equilíbrio dos lotes que compõem.<br />
Na configuração atual, os 34 hectares<br />
de vinha da quinta estão repartidos<br />
entre 23 hectares de Loureiro e 10<br />
hectares de Alvarinho. Conta ainda com<br />
1 hectare de vinha experimental onde<br />
estão plantadas diversas castas. Em<br />
produção plena, a Quinta de Azevedo<br />
pode neste momento atingir os 360<br />
mil litros, incluindo também vinhos<br />
produzidos para a marca Gazela.<br />
Naturalmente, a escolha de variedades<br />
replantadas na quinta chegou aos<br />
produtos finais. Estes novos vinhos<br />
da marca Azevedo são fruto de uma<br />
atenção mais minuciosa ao seu<br />
terroir e têm uma presença mais<br />
representativa da casta Alvarinho,<br />
com 30% nas duas novas referências.<br />
Desta forma, são vinhos que mostram<br />
maior complexidade, maturação e<br />
textura, caraterísticas que traduzem<br />
também uma maior modernidade na<br />
interpretação dos Vinhos Verdes.<br />
Surge, assim, uma marca vertical<br />
com diferentes propostas de estilos<br />
de vinhos, explorando as castas mais<br />
nobres da região, com destaque para<br />
a Alvarinho, num projeto semelhante<br />
À sombra da sua torre<br />
construída no século XV,<br />
a Quinta de Azevedo é hoje<br />
um dos locais de maior<br />
prestígio da Sogrape.<br />
ao que a Sogrape já desenvolveu<br />
noutras regiões portuguesas, como<br />
o Douro, o Dão ou o Alentejo.<br />
Estes vinhos são também uma boa<br />
notícia para os apreciadores exigentes<br />
que procuram vinhos verdes com<br />
capacidade de evolução. O Azevedo<br />
Loureiro/Alvarinho tem um perfil fresco<br />
e frutado, sendo expectável que, em<br />
condições ideais de armazenamento,<br />
tenha um envelhecimento positivo de um<br />
mínimo de 3 anos. O Quinta de Azevedo<br />
<strong>Reserva</strong>, que os sócios encontrarão no<br />
Painel desta revista, tem um desenho<br />
enológico que permite antever uma<br />
boa evolução de pelo menos 5 anos.<br />
18<br />
19
RESERVA <strong>1500</strong><br />
PROVADORES<br />
Painel de<br />
provadores<br />
Dez provadores estiveram no Minho, na Quinta de Azevedo,<br />
a provar os vinhos deste Painel <strong>Reserva</strong> <strong>1500</strong>.<br />
Luís Sottomayor<br />
Estudou Enologia na<br />
Universidade de Dijon, na<br />
Borgonha, na Universidade<br />
Charles Stuart, na Austrália,<br />
e na Escola Superior de<br />
Biotecnologia do Porto. É<br />
enólogo da Sogrape desde<br />
1989 e dirige desde 2003 a<br />
equipa de Enologia da Casa<br />
Ferreirinha e de todas as<br />
marcas de Vinho do Porto da<br />
Sogrape, sendo o responsável<br />
por marcas como Barca Velha<br />
António Braga.<br />
Licenciou-se em Engenharia<br />
Alimentar, especializando-se<br />
em Enologia e Viticultura,<br />
e quase no fim do curso,<br />
durante uma visita de estudo<br />
teve a certeza de que queria<br />
ser enólogo no Douro. Hoje<br />
é enólogo da Sogrape e,<br />
depois de ter feito vindimas<br />
no Alentejo, na Califórnia, na<br />
Argentina, no Chile e na Nova<br />
Zelândia, é enólogo na Quinta<br />
da Leda, no Douro Superior.<br />
Miguel Pessanha<br />
Tem o Diploma Nacional<br />
de Enólogo, tirado em<br />
Bordéus, uma licenciatura<br />
em Bioquímica e Biologia<br />
Celular e um Mestrado em<br />
Enologia e Ampelologia<br />
e, mais tarde, um MBA. É<br />
desde 2007 responsável pela<br />
coordenação das equipas<br />
de enologia e viticultura da<br />
Sogrape. É administrador<br />
da Sogrape Vinhos desde<br />
2014, com responsabilidade<br />
pelos pelouros da enologia,<br />
viticultura e supply chain.<br />
Luís Cabral<br />
de Almeida<br />
Estudou Engenharia<br />
Agrónoma na Universidade<br />
de Trás-os-Montes e Alto<br />
Douro, com uma pósgraduação<br />
em enologia<br />
pela Universidade de<br />
Charles Stuart na Austrália<br />
e outras formações<br />
técnicas em Bordéus.<br />
Dirigiu durante 10 anos<br />
produção da Finca Flichman,<br />
na Argentina. De volta a<br />
Portugal, é responsável<br />
desde 2012 pela enologia<br />
na Herdade do Peso.<br />
Pedro Borges<br />
Engenheiro com formação na<br />
área da gestão de empresas,<br />
dedica há 15 anos atividade<br />
profissional à gestão duma<br />
sociedade agrícola de família,<br />
da qual surgiu, em conjunto<br />
com mais duas sociedades<br />
familiares, a empresa Terras<br />
de Alter, onde é gerente<br />
desde 2009. Apaixonado pelo<br />
campo, sente enorme prazer<br />
no processo de renovação<br />
da natureza, com especial<br />
destaque para a transformação<br />
de uvas de muito boa<br />
qualidade em vinhos que<br />
criam o seu estilo próprio.<br />
Laura Regueiro<br />
Tem as suas raízes no Douro<br />
e foi aí que desenvolveu<br />
o seu projecto enológico,<br />
sendo produtora da Quinta<br />
da Casa Amarela. A marca<br />
“Quinta da Casa Amarela”<br />
teve início em 1994, com<br />
o lançamento no mercado<br />
de um Porto de 10 anos.<br />
Gonçalo Sousa<br />
Machado<br />
Formado em Gestão pela<br />
Universidade Católica no<br />
Porto em 2001, ano em que<br />
começou a trabalhar na<br />
distribuição internacional<br />
da Sogrape. Depois de uma<br />
passagem por Lisboa, para<br />
trabalhar o canal On Trade,<br />
mudou-se para o Reino<br />
Unido, como responsável<br />
pela Sogrape UK. Em 2017,<br />
com a aquisição de uma<br />
participação na Liberty<br />
Wines, mudou-se, com as<br />
marcas da Sogrape, para<br />
essa empresa como diretor.<br />
Beatriz Cabral de<br />
Almeida<br />
Iniciou o percurso académico<br />
na área da Microbiologia,<br />
licenciando-se em 2003<br />
pela Universidade Católica<br />
Portuguesa. Tem um<br />
mestrado em Viticultura<br />
e Enologia. É enóloga da<br />
Sogrape desde 2007, onde<br />
foi até 2011 responsável<br />
pela área técnica de<br />
enologia na Herdade do<br />
Peso. Hoje é responsável<br />
pela produção dos vinhos<br />
da Quinta dos Carvalhais.<br />
Pedro Martins<br />
Formado em Física e Química<br />
e com o grau de Doutor em<br />
Física pela Universidade<br />
do Minho. É investigador<br />
de pós-doutoramento<br />
na mesma universidade,<br />
trabalhando na área dos<br />
materiais inteligentes para<br />
aplicações tecnológicas<br />
avançadas. Assina desde 2015<br />
o blogue ‘No meu Palato’,<br />
onde partilha experiências<br />
sobre gastronomia e vinhos<br />
Gil Regueiro<br />
20<br />
21
RESERVA <strong>1500</strong><br />
A PROVA<br />
A prova<br />
A Quinta de Azevedo recebeu o Painel de provadores<br />
desta edição de <strong>Reserva</strong> <strong>1500</strong>: Laura Regueiro e Gil Regueiro,<br />
produtores do II Terroir, Gonçalo Sousa Machado, que trouxe o<br />
Alpha Zeta, Pedro Borges, produtor do Sete Linhas, os enólogos<br />
da Sogrape Beatriz Cabral de Almeida, Miguel Pessanha,<br />
Luís Sottomayor, Luís Cabral de Almeida e António Braga,<br />
e ainda Pedro Martins, sócio convidado para esta prova.<br />
22<br />
23
RESERVA <strong>1500</strong><br />
A PROVA<br />
Beatriz Cabral de Almeida<br />
Miguel Pessanha, Gonçalo Sousa<br />
Machado e, em baixo, Pedro Borges.<br />
Laura e Gil Guerreiro<br />
24 25
PROVA Nº 798<br />
ASA FERREIRINHA<br />
VINHA GRANDE<br />
CROSÉ 2017<br />
Há seis anos que a Casa Ferreirinha<br />
celebra a chegada do verão com uma<br />
marca clássica do Douro em tons rosé.<br />
As uvas são 100% Touriga Nacional,<br />
vindimadas na Quinta do Sairrão, situada<br />
próximo de São João da Pesqueira e<br />
que é também a maior propriedade<br />
da Sogrape no Douro. Foi adquirida<br />
em 2006 e tem hoje 111 hectares de<br />
vinha disposta quer em patamares,<br />
quer no sistema de vinha ao alto.<br />
As uvas são colhidas à mão, com uma<br />
prensagem muito suave, sem qualquer<br />
maceração, com a fermentação longa e<br />
a baixas temperaturas. É engarrafado<br />
logo após este processo, no caso desta<br />
colheita em novembro do ano passado.<br />
Ref. 798<br />
€7,20<br />
Preço unitário<br />
(c/IVA)<br />
Ficha técnica:<br />
Casta: Touriga Nacional<br />
Álcool: 12%<br />
27
RESERVA <strong>1500</strong><br />
CASA FERREIRINHA<br />
VINHA GRANDE ROSÉ<br />
2017<br />
A cor é muito bonita, de um rosa pálido limpo e brilhante,<br />
a revelar frescura. Esta frescura está presente logo no<br />
aroma, que também tem intensidade, com fruta vermelha<br />
e notas florais muito elegantes. Na boca, mostra a<br />
Touriga Nacional de uma zona alta do Douro, com uma<br />
acidez refrescante, equilíbrio e com as notas de fruta a<br />
aparecerem de novo. É um vinho que apetece beber no<br />
verão, a acompanhar saladas ou queijos pouco curados de<br />
pasta mole, como um camembert.<br />
António Braga<br />
Tem uma cor perfeita, a mostrar que evoluímos muito<br />
na produção de rosés, desde logo a começar pela cor.<br />
Gostei muito do nariz, com uma vivacidade e uma frescura<br />
que nos lembram os dias quentes que aí vêm, que são os<br />
melhores dias para o beber. Tem estrutura e uma acidez<br />
equilibrada, o que permite harmonizações gastronómicas<br />
com saladas ou queijos de pasta mole.<br />
Laura Regueiro<br />
A cor é de um rosé Provence muito atrativo. No aroma,<br />
corresponde ao que esperamos depois de vermos a sua<br />
cor. Tem aromas de cereja e ameixa branca, algum floral<br />
e um vegetal nobre que eleva ainda mais a sensação de<br />
frescura. Na boca, tem um ataque atrativo e elegante,<br />
com uma acidez vibrante a dar ao vinho a sua veia<br />
gastronómica, que penso ser polivalente, desde a entrada<br />
até ao final da refeição.<br />
Luís Cabral de Almeida<br />
28
PROVA Nº 799<br />
OBODY’S HERO<br />
FRAMINGHAM<br />
SAUVIGNON<br />
NBLANC 2017<br />
Ref. 799<br />
€7,50<br />
Preço unitário<br />
(c/IVA)<br />
Ficha técnica:<br />
Casta: Sauvignon Blanc<br />
Álcool: 12,5%<br />
Acidez: 6,8 g/l<br />
pH: 3,35<br />
O vinho dá-se bem com a música. Na<br />
Nova Zelândia, a Framingham leva o<br />
tema a sério, ao ponto de ter um espaço<br />
para atuações musicais - o Framingham<br />
Underground - onde tocam artistas<br />
conhecidos e outros nem tanto, entre<br />
os quais os Renwick Nudes, uma banda<br />
constituída pelos próprios colaboradores<br />
da empresa, em que o baixista é James<br />
Bowskill, diretor de viticultura. É também<br />
com um concerto no Framingham<br />
Underground que se celebram<br />
anualmente as novas colheitas. O último<br />
destes concertos celebrou o lançamento<br />
do Nobody’s Hero 2017, um vinho com<br />
que Andrew Hedley, enólogo há 17 anos<br />
na Framingham, levou mais longe o<br />
potencial da Sauvignon Blanc, ao mesmo<br />
tempo que prestava uma homenagem<br />
à banda punk de que é admirador,<br />
os irlandeses Stiff Little Fingers que<br />
em 1980 lançavam o segundo álbum,<br />
chamado exatamente ‘Nobody’s Hero’.<br />
Este vinho é concebido para ser mais<br />
exuberante do que o Sauvignon clássico<br />
da casa e, para o conseguir, Andrew<br />
Hedley foi procurar uvas a cinco vinhas<br />
diferentes do vale do Wairau, na certeza<br />
de que cada uma desta vinhas traz ao<br />
vinho traços diferentes da mesma casta.<br />
Foram vinificadas separadamente,<br />
até se encontrarem no lote final.<br />
31
RESERVA <strong>1500</strong><br />
NOBODY’S HERO<br />
FRAMINGHAM<br />
SAUVIGNON BLANC<br />
2017<br />
Cor bonita, com laivos esverdeados. O vinho é realmente<br />
diferente dos Sauvignon tradicionais. Além de algumas<br />
notas de espargos e ervilha, tem também aromas de<br />
ananás maduro e de maracujá. A boca é muito suave e<br />
elegante, com as notas de fruta outra vez presentes e com<br />
uma grande frescura. Bebia este vinho a acompanhar uma<br />
conversa à beira mar.<br />
Beatriz Cabral de Almeida<br />
A cor é muito bonita, menos pálida do que eu estava à<br />
espera. É exuberante no nariz, com muita fruta tropical.<br />
Esta fruta volta a aparecer na boca, sobretudo a manga e<br />
o maracujá, com uma acidez fresca. É um vinho muito bem<br />
feito e desafiante quando pensamos em comida. Talvez o<br />
bebesse a acompanhar um caril de gambas.<br />
Gonçalo Sousa Machado<br />
Tem uma cor citrina bonita, com alguns laivos<br />
esverdeados. Está com notas de fruta tropical e algumas<br />
sugestões de pimento verde. Na boca, confirma as notas<br />
do nariz, com a excelente acidez a sobressair e uma<br />
grande elegância. É um vinho que dá muito prazer beber,<br />
que acompanharia com peixe grelhado ou marisco.<br />
Pedro Martins<br />
32
PROVA Nº 800<br />
Q<br />
UINTA DE AZEVEDO<br />
RESERVA 2017<br />
Para marcar a evolução de uma marca<br />
com história entre os vinhos verdes,<br />
nada melhor do que um <strong>Reserva</strong> de 2017,<br />
fruto das replantações que se fizeram<br />
nos últimos anos nesta propriedade com<br />
30 hectares de vinha, junto a Barcelos.<br />
Este Quinta de Azevedo exprime a forma<br />
como a Sogrape quer estar na produção<br />
de vinhos verdes, fugindo aos produtos<br />
tradicionais com maior presença de gás e<br />
açúcar residual. Em vez disso, procuramse<br />
vinhos com maior complexidade e um<br />
carácter gastronómico mais evidente.<br />
Ref. 800<br />
€6<br />
Preço unitário<br />
(c/IVA)<br />
Ficha técnica:<br />
Castas: 70% Loureiro,30% Alvarinho<br />
Álcool: 12%<br />
Acidez total: 5,6 g/l (ácido tartárico)<br />
Açúcar: 1,3 g/l<br />
pH: 3,2<br />
As uvas do Quinta de Azevedo <strong>Reserva</strong><br />
2017 nascem todas na própria quinta,<br />
selecionadas em quatro locais específicos<br />
na vinha, onde as uvas mostravam<br />
maior concentração. A vinificação é feita<br />
também na quinta, com fermentações<br />
a temperaturas relativamente mais<br />
elevadas, de modo a enriquecer o vinho<br />
com textura, cremosidade e presença na<br />
boca. Cerca de 40% do lote fermentou com<br />
as películas. O vinho está pronto para ser<br />
bebido desde já, mas poderá ser guardado<br />
de modo a seguir a sua evolução.<br />
35
RESERVA <strong>1500</strong><br />
QUINTA DE AZEVEDO<br />
RESERVA 2017<br />
Cor citrina brilhante, pálida e muito atrativa. O aroma é<br />
intenso, mas não excessivamente, mostrando até alguma<br />
austeridade que lhe dá nobreza. É muito complexo, com<br />
componentes de frutos brancos, florais e uma nuance<br />
arbustiva que lhe dá persistência aromática. Tem um bom<br />
volume na boca, com a acidez vincada e bem integrada<br />
na estrutura do vinho. Mostra de novo a fruta branca e as<br />
notas florais. Acaba com grande elegância. Penso que vai<br />
evoluir aromaticamente e nessa altura mostrará todo o seu<br />
enorme potencial. Com esta estrutura e volume, bebia-o<br />
com um robalo ao sal.<br />
Luís Sottomayor<br />
Gostei muito da cor. O aroma é mais difícil de interpretar,<br />
mas sinto uma boca muito cheia e intensa, mais do que<br />
esperava para um vinho verde. Acima de tudo, é um vinho<br />
extremamente elegante e, para o acompanhar, gostei da<br />
sugestão do peixe ao sal.<br />
Pedro Borges<br />
Cor citrina aberta bastante atraente. O aroma, sem ser<br />
exuberante, é muito elegante e complexo. Com o tempo<br />
no copo, o aroma vai abrindo e começa a mostrar notas<br />
florais, que eu atribuo às características terpénicas do<br />
Loureiro, e notas cítricas e de fruta branca do Alvarinho.<br />
Na boca, tem um ataque suave, com a acidez muito<br />
equilibrada e uma estrutura e volume que não é normal<br />
encontrar nos vinhos verdes desta região atlântica.<br />
Miguel Pessanha<br />
36
PROVA Nº 801<br />
Q<br />
UINTA DOS<br />
CARVALHAIS<br />
RESERVA BRANCO<br />
2015<br />
Desde que foi concebido, este vinho<br />
procura manter as práticas tradicionais<br />
de produção de brancos no Dão, com<br />
a mistura de castas a fermentar em<br />
grandes tonéis de madeira, os mesmos<br />
onde os vinhos ficavam depois, quase<br />
esquecidos, em estágios prolongados.<br />
Encruzado e Verdelho entram neste<br />
vinho em proporções quase semelhantes,<br />
com o Encruzado a passar por uma<br />
maceração pelicular. Após a fermentação,<br />
os vinhos são conduzidos para barricas<br />
usadas de carvalho, onde estagiam<br />
cerca de três anos. Este <strong>Reserva</strong> é um<br />
vinho capaz de proporcionar um desafio<br />
interessante: se for bebido à temperatura<br />
ambiente e em copo escuro, nem todos<br />
dirão que estão a beber um branco.<br />
Ref. 801<br />
€14,50<br />
Preço unitário<br />
(c/IVA)<br />
Ficha técnica:<br />
Álcool: 13,5%<br />
39
RESERVA <strong>1500</strong><br />
QUINTA DOS CARVALHAIS<br />
RESERVA BRANCO<br />
2015<br />
Sou um apaixonado pelos vinhos do Dão, particularmente<br />
pelos brancos com alguma idade, e este é um bom<br />
exemplo. É um vinho guloso, fantástico do ponto de vista<br />
gastronómico e até é difícil identificar alguma coisa que<br />
não case bem com ele, especialmente pratos mais fortes<br />
ou de inverno. Tem excelente volume de boca, com a<br />
acidez bem integrada, sem qualquer exagero na madeira.<br />
Gil Regueiro<br />
São estes vinhos que estão a tornar a região do Dão cada<br />
vez mais conhecida. No nariz, é um vinho complexo,<br />
subtil e elegante, sobretudo com aromas arbustivos. Na<br />
boca, além da complexidade, é gordo, com uma acidez<br />
firme e envolvida numa madeira discreta que o torna<br />
muito convidativo. Imagino que seria excelente para<br />
acompanhar um rodovalho.<br />
Luís Cabral de Almeida<br />
A cor é notável para um vinho de 2015, pálida, limpa<br />
e brilhante. Aromaticamente, é intenso e complexo, a<br />
convidar para o bebermos logo de seguida. Na boca,<br />
tem uma frescura e uma acidez também notáveis, bem<br />
enquadradas na sua estrutura, que lhe dá um final<br />
prolongado. Bebia-o com um cabrito assado ou com uma<br />
costela mindinha assada.<br />
Gonçalo Sousa Machado<br />
Costela mindinha, ou<br />
mendinha, é uma parte<br />
da ponta das costelas dos<br />
bovinos nem sempre muito<br />
Texto<br />
considerada,<br />
curiosidades.<br />
pois a carne<br />
é entremeada com alguma<br />
gordura. Por isso mesmo, é<br />
uma peça ideal para confitar,<br />
ou seja, para deixar que o calor<br />
do forno desfaça lentamente a<br />
gordura durante cerca de 3 ou<br />
4 horas, enquanto a carne fica<br />
mais macia e saborosa.<br />
40
RESERVA <strong>1500</strong><br />
CAÇADORES DE IGUARIAS<br />
Dias felizes<br />
à beira-mar<br />
Há muitas maneiras de sentir a proximidade do mar -<br />
um passeio na praia, um livro, uma música ou um filme.<br />
Mas também pode ser com um souflé de ouriços.<br />
Portugal continental tem 1230<br />
quilómetros de costa atlântica e, no<br />
seu ponto máximo, 218 quilómetros de<br />
largura. Um norte-americano que habite<br />
a 218 quilómetros do mar acha que vive<br />
no litoral e em grande parte dos países<br />
do mundo não nos entendem quando<br />
falamos do Portugal ‘interior’… Isto para<br />
dizer que, na realidade, vivemos todos<br />
muito perto do mar, sentimos o seu<br />
apelo e das iguarias que se escondem<br />
nas suas profundidades, na coluna de<br />
água ou nas rochas junto à costa.<br />
Os portugueses consomem cerca de 55<br />
quilos anuais de peixe per capita, mais<br />
do dobro da média da União Europeia.<br />
No mundo, somos ultrapassados<br />
apenas pelo Japão e pela Islândia.<br />
Numa conversa sobre gastronomia, os<br />
ânimos exaltam-se quando se referem<br />
pratos complexos, técnicas só ao alcance<br />
de muito poucos, inovações difíceis de<br />
imaginar. E depois há alguém que fala<br />
num peixe que comeu ali mesmo à saída<br />
da lota, simplesmente grelhado ou cozido<br />
com umas pedras de sal e um fio de<br />
azeite extra virgem e faz-se uma espécie<br />
de silêncio cerimonioso na conversa.<br />
É difícil falar nos fantásticos peixes<br />
que podemos adquirir, confecionar e<br />
comer em Portugal. E é difícil por um<br />
bom motivo. A escolha é muita e os<br />
exemplos de que aqui falamos, quer<br />
em espécies, quer em locais para os<br />
comprar, são apenas isso mesmo:<br />
algumas sugestões entre muitas outras;<br />
e certamente deixaremos de fora<br />
muitas que mereceriam a nossa atenção<br />
durante este verão que vai começar.<br />
Trachurus trachurus, mais<br />
conhecido por carapau<br />
As delícias de um peixe fresco<br />
começam por apreciá-lo na sua<br />
máxima simplicidade, por exemplo<br />
uw carapau cru. Os fundamentalistas,<br />
como os japoneses, poderão consumilo<br />
tal e qual, em sashimi ou num<br />
niguiri. Mas podemos acrescentar-<br />
42<br />
43
RESERVA <strong>1500</strong><br />
CAÇADORES DE IGUARIAS<br />
Grandes formatos<br />
no meio do Atlântico<br />
Para quem quiser um peixe de maior<br />
formato, de carne nobre, mais indicado<br />
para servir em lombos com alguma<br />
dimensão, a escolha pode cair numa<br />
garoupa ou no menos conhecido rocaz.<br />
Um rocaz na bancada da Peixaria Almeida,<br />
na Ribeira Grande.<br />
lhe algo sem o destruir, por exemplo<br />
preparando um tártaro com abacate,<br />
limão, pimenta preta e talvez uma<br />
malagueta fresca e cortada.<br />
A acidez (do limão, lima ou vinagre)<br />
quebra a estrutura dos tecidos,<br />
permitindo a sua aromatização pelos<br />
outros ingredientes - é o método do<br />
ceviche. Mas para preservar a sensação<br />
do peixe cru e para permitir que<br />
conserve esse gosto mais selvagem da<br />
coluna de água oceânica, convém não<br />
exagerar no tempo de contacto com o<br />
ácido, pois existe uma alteração no peixe<br />
durante esta reação. Uma condição<br />
essencial: tem de ser realmente fresco e,<br />
se assim for, quase não tem cheiro. Esta<br />
forma de consumir o carapau pede um<br />
vinho com personalidade e que deixe<br />
espaço ao peixe para mostrar o seu sabor<br />
simultaneamente intenso e delicado,<br />
como o Vinha Grande Rosé 2017.<br />
O rocaz é um peixe de carne branca<br />
e firme, tão fantástico no sabor fino<br />
e na textura como no aspeto visual.<br />
Vermelhos, couraçados e com<br />
espinhos, olhos enormes por cima de<br />
uma boca ainda maior e barbatanas<br />
desproporcionadas. Pertence à família<br />
dos peixes escorpião, da qual fazem<br />
parte também o rascasso, o bocanegra<br />
ou os cantarilhos. Vivem junto<br />
aos fundos rochosos e aquele que nos<br />
interessa, o Scorpaena scrofa, pode<br />
atingir vários quilos e encontramolo<br />
com mais facilidade nos Açores.<br />
E aqui chegamos a uma proposta<br />
mais longínqua mas compensadora.<br />
Na Ribeira Grande, na costa norte<br />
da ilha de São Miguel, Açores, está<br />
a peixaria Almeida, propriedade de<br />
Felizmente é fácil encontrar carapaus<br />
frescos, por exemplo em dois pontos<br />
do país muito distantes entre si mas<br />
igualmente muito recomendáveis, o<br />
mercado das Angeiras, em Matosinhos,<br />
e o mercado de Olhão, onde é frequente<br />
encontrarmos também algumas espécies<br />
menos frequentes, como anchovas,<br />
peixe-aranha adulto e, para adeptos<br />
de saborosas miniaturas, biqueirões<br />
já arranjados, abertos e sem espinha.<br />
Patrícia Maurício, na Peixaria Centenária<br />
no Mercado de Campo de Ourique.<br />
44<br />
45
RESERVA <strong>1500</strong><br />
CAÇADORES DE IGUARIAS<br />
- MAR<br />
Ro<br />
José da Silva Almeida e dos filhos,<br />
que ali trabalham diariamente entre<br />
uma bateria de garoupas, moreias,<br />
serras, bicudas, lírios, várias espécies<br />
de atum e muitos outros peixes<br />
frescos que põem em ebulição o<br />
espírito de qualquer gastrónomo.<br />
O rocaz é também conhecido pelo<br />
seu fígado de sabor amariscado. Um<br />
conselho: o rocaz exige algum cuidado<br />
na preparação ainda em cru, exatamente<br />
por causa dos espinhos. Outro conselho:<br />
este peixe, dada a sua qualidade, não<br />
exige preparações complexas, podendo<br />
ser assado, grelhado ou cozido, com um<br />
acompanhamento de sotaque açoriano,<br />
por exemplo um puré de batata doce e<br />
um molho vilão, preparado com vinho<br />
de cheiro, pimenta da terra e alho. Para<br />
beber, um vinho sério e fresco como<br />
o Quinta de Azevedo <strong>Reserva</strong> 2017.<br />
Por falar em espinhos<br />
Uma das espécies onde encontramos<br />
com maior intensidade aquilo que<br />
designamos genericamente por ‘sabor<br />
a mar’ é o ouriço, bicho equinodermo,<br />
tal como as estrelas do mar, com uma<br />
carapaça coberta de espinhos que<br />
podem variar na cor, entre o verde,<br />
vermelho e azulado. Vivem nos<br />
fundos rochosos, tanto nas grandes<br />
profundidades como junto à costa,<br />
muitas vezes nas zonas entre marés e,<br />
por isso, é relativamente fácil encontrálos<br />
em poças formadas pelas rochas<br />
que ficam descobertas na maré baixa.<br />
Arrastam-se lentamente à procura<br />
de alimento que consiste em algas e<br />
pequenos invertebrados, material que<br />
sintetizam e cujos aromas fazem o favor<br />
de destilar e conservar no seu interior.<br />
A parte comestível dos ouriços do<br />
mar são os seus órgãos reprodutores,<br />
5 tiras quase em forma de língua que<br />
estão coladas no interior da carapaça e<br />
que apresentam cor coral nas fêmeas<br />
ou mais esbranquiçada nos machos.<br />
Portugal não tem uma grande tradição<br />
no consumo de ouriços do mar, apesar de<br />
já haver, na vila da Ericeira, um festival<br />
anual do ouriço, onde vários chefs criam<br />
preparações com esta iguaria. Para<br />
não variar, 80% do consumo mundial<br />
de ouriços é feito pelos japoneses.<br />
Por não haver essa tradição de<br />
consumo entre nós, não é frequente<br />
encontrarmos esta espécie à venda nas<br />
peixarias ou mesmo em restaurantes.<br />
Em Lisboa, a peixaria Centenária<br />
vende ouriços, sendo necessário<br />
encomendá-los. Esta peixaria vai na<br />
terceira geração de gente que, além da<br />
frescura e da variedade, tem um serviço<br />
invulgarmente competente, tratando o<br />
peixe como se fosse artigo de joalharia.<br />
Encontramos a peixaria Centenária<br />
na Praça das Flores e nos mercados<br />
de Campo de Ourique e de Alvalade.<br />
Pelo menos uma vez na vida, é<br />
obrigatório provar esta iguaria no<br />
seu estado natural, crua. Depois<br />
então podemos começar a pensar em<br />
transformá-la em algo mais complexo<br />
que aproveite todo este aroma. Uma<br />
sugestão é um souflé, que pode ser<br />
preparado de forma semelhante ao<br />
souflé de peixe. Antes de ele chegar<br />
à mesa, está na altura de abrir uma<br />
garrafa de Nobody’s Hero Framingham<br />
Sauvignon Blanc 2017. O souflé é<br />
servido e, quando quebramos a sua<br />
crosta dourada, libertamos o vapor<br />
que estava preso no interior e que<br />
traz consigo o cheiro das ondas do<br />
oceano a rebentar junto às rochas.<br />
46<br />
47
PROVA Nº 802<br />
Ref. 802<br />
€13<br />
Preço unitário<br />
(c/IVA)<br />
Ficha técnica<br />
Castas: 50% (Malvasia<br />
Fina, Viosinho, Rabigato),<br />
50% Alvarinho<br />
A vida, por vezes, é feita de encontros.<br />
Os vinhos também e este é um encontro<br />
feliz. Como o nome indica, o II Terroir<br />
junta dois vinhos de locais diferentes,<br />
o Quinta da Casa Amarela, na margem<br />
sul do Douro, próximo da Régua, e o<br />
Quinta do Regueiro, em Melgaço.<br />
II<br />
Para além da admiração mútua que<br />
os dois produtores mostraram pelos<br />
seus vinhos, viram também que de<br />
algum modo as caraterísticas de<br />
cada um completavam as do outro.<br />
A experiência do blend entre os dois<br />
vinhos vai já no quarto ano consecutivo,<br />
prova de que os seus mentores<br />
ficaram satisfeitos com o resultado.<br />
Cada um dos vinhos base é produzido<br />
no seu local de origem, o Quinta da<br />
Casa Amarela <strong>Reserva</strong> com Malvasia<br />
Fina, Viosinho e Rabigato e o Quinta<br />
do Regueiro com Alvarinho, com o<br />
lote final a incluir 50% de cada um.<br />
No caso do vinho Casa Amarela,<br />
20% estagia três meses em cascos de<br />
carvalho francês. Da colheita de 2015<br />
foram produzidas 5600 garrafas.<br />
TERROIR<br />
BRANCO 2015<br />
49
RESERVA <strong>1500</strong><br />
II TERROIR<br />
BRANCO 2015<br />
Cor citrina palha, ainda com alguns laivos esverdeados. O<br />
aroma é elegante e complexo, a mostrar cera de abelha,<br />
traços balsâmicos e arbustivos, com fruta branca e alguns<br />
citrinos com origem no Alvarinho. A boca é muito fresca,<br />
com excelente volume que é suportado por uma acidez<br />
firme. Tem um final muito longo. É um vinho excelente,<br />
muito sério, que acompanharia com um goraz assado no<br />
forno.<br />
Miguel Pessanha<br />
Está com cor citrina, na transição para o aloirado. No nariz,<br />
mostra flor de laranjeira, fruta tropical, mel, uma madeira<br />
muito bem casada e algumas notas florais e vegetais que o<br />
tornam ainda mais complexo. Na boca, a excelente acidez<br />
está muito equilibrada com o teor alcoólico e o volume.<br />
É um vinho intenso, longo e complexo. Beberia com um<br />
anho assado.<br />
Pedro Martins<br />
A palavra que melhor descreve este vinho é equilíbrio.<br />
Desde logo no aroma, com a fruta fresca dos citrinos,<br />
pêssego amarelo e notas tropicais, mas também com<br />
nuances positivas do envelhecimento, algumas delas<br />
adocicadas a fazer lembrar creme pasteleiro. Tem um<br />
ataque na boca muito amplo e com volume, quase doce,<br />
com uma acidez firme a mostrar novamente todo esse<br />
equilíbrio. Pede um prato com alguma presença e<br />
lembrei-me de um polvo assado nas brasas.<br />
António Braga<br />
50
PROVA Nº 803<br />
H<br />
ERDADE DO PESO<br />
COLHEITA<br />
TINTO 2015<br />
Os vinhos da Herdade do Peso já são<br />
uma referência quando se trata de<br />
mostrar que existem zonas frescas<br />
no Alentejo, inclusivamente no seu<br />
interior, próximo da Vidigueira.<br />
O resultado do trabalho realizado na<br />
vinha está aqui bem claro, numa espécie<br />
de concerto de castas, no qual cada<br />
uma contribui com as suas diferentes<br />
caraterísticas para a harmonia final.<br />
A Syrah, que representa 45% do<br />
lote, é sobretudo responsável pela<br />
complexidade do vinho; os 35% de<br />
Alicante Bouschet acrescentam volume;<br />
a Touriga Nacional, sendo uma casta de<br />
ciclo longo, traz ao vinho mais frescura<br />
e prolongamento na boca, o que o torna<br />
mais gastronómico e versátil na mesa.<br />
Ref. 803<br />
€7,20<br />
Preço unitário<br />
(c/IVA)<br />
Ficha técnica<br />
Castas: 45% Syrah,<br />
35% Alicante Bouschet,<br />
20% Touriga Nacional<br />
Álcool: 14,5%<br />
Acidez total: 5,3 g/l<br />
(ácido tartárico)<br />
Açúcar: 2,0 g/l<br />
pH: 3,5<br />
Após desengace e esmagamento das uvas,<br />
a maceração e fermentação decorrem<br />
em cubas de aço inox, com remontagem<br />
e uma temperatura de 28 graus durante<br />
cerca de 12 dias. A seguir à fermentação<br />
malolática, os vinhos repousaram 12<br />
meses em barricas usadas de carvalho<br />
francês. Antes de ser lançado no mercado,<br />
passa ainda por um estágio em garrafa.<br />
53
RESERVA <strong>1500</strong><br />
HERDADE DO PESO<br />
COLHEITA TINTO 2015<br />
É um vinho de cor rubi com boa profundidade.<br />
Aromaticamente, é intenso e complexo, com notas florais,<br />
provavelmente da Touriga Nacional, balsâmicas, com<br />
resina e cedro, com especiarias e uma madeira discreta<br />
que resulta numa maior harmonia do conjunto. Na boca, é<br />
suave, com a acidez bem presente e a fruta vermelha mais<br />
evidente do que no nariz. Tem um excelente equilíbrio e<br />
um final elegante. Ideal para acompanhar um assado no<br />
forno.<br />
Luís Sottomayor<br />
Para além da cor e do aroma, de que gostei muito, gostaria<br />
de destacar a frescura deste vinho, que é notável. Com<br />
estas caraterísticas acompanhará muito bem pratos de<br />
carne.<br />
Pedro Borges<br />
Está com boas notas de fruta vermelha madura. Mostra<br />
também as notas florais e arbustivas da Touriga Nacional.<br />
O ataque na boca é muito frutado, com o tanino maduro,<br />
boa textura e uma acidez muito feliz que lhe dá firmeza.<br />
Lembrei-me que seria bom para acompanhar um frango<br />
Satay com arroz basmati.<br />
António Braga<br />
Balsâmico – ver Léxico página 93<br />
54
PROVA Nº 804<br />
Ref. 803<br />
€55<br />
Preço unitário<br />
(c/IVA)<br />
Ficha técnica:<br />
Castas: Tinta Francisca<br />
Álcool: 13,5%<br />
Portugal tem um património vitícola<br />
invulgarmente grande, sobretudo quando<br />
pensamos na área total de vinha e a<br />
comparamos com a de outros países. Para<br />
que esse património não viva apenas nos<br />
compêndios de viticultura, é necessário que<br />
produtores e enólogos nos mostrem realmente<br />
as qualidades desta grande variedade de<br />
castas, muitas delas pouco conhecidas pois<br />
deixaram de fazer parte dos lotes habituais.<br />
C<br />
57<br />
Em 2008, a Casa Ferreirinha plantou na<br />
Quinta do Seixo algumas destas variedades<br />
menos conhecidas, como a Touriga Fêmea,<br />
Donzelinho ou a Tinta Francisca, procurando<br />
castas que introduzam nuances diferentes<br />
nos vinhos e que os enriqueçam.<br />
Os sócios do <strong>Clube</strong> <strong>Reserva</strong> <strong>1500</strong> conhecem<br />
as experiências que a Casa Ferreirinha realiza<br />
no Douro, até porque muitas vezes elas são<br />
lançadas em exclusivo no <strong>Clube</strong>. Desta vez<br />
irão conhecer um vinho produzido apenas<br />
com Tinta Francisca, uma casta que, depois<br />
dos resultados obtidos, fará certamente parte<br />
dos futuros lotes dos tintos da Ferreirinha.<br />
Depois da vinificação em madeira, o vinho<br />
estagiou em barricas usadas de carvalho<br />
francês durante 24 meses, ao longo dos<br />
quais se acompanhou a sua evolução.<br />
A Tinta Francisca é uma casta que, em vez<br />
de fornecer uma grande componente de<br />
estrutura aos vinhos, lhes dá uma enorme<br />
elegância e complexidade e, como tal, vamos<br />
continuar a ouvir falar dela. O Tinta Francisca<br />
2014 é um exclusivo para os sócios do <strong>Clube</strong><br />
e, como se usaram apenas uvas de elevada<br />
qualidade, a sua produção é muito limitada.<br />
Recomendamos que antes de fazer a encomenda,<br />
os sócios confirmem a sua disponibilidade.<br />
ASA FERREIRINHA<br />
TINTA FRANCISCA<br />
2014
RESERVA <strong>1500</strong><br />
CASA FERREIRINHA<br />
TINTA FRANCISCA 2014<br />
No copo, mostra uma cor rubi muito intensa. No nariz, é<br />
perfumado e elegante, a revelar fruta madura, pimenta<br />
rosa e uma madeira de excelente qualidade. Na boca,<br />
é muito complexo, elegante, com a acidez e a madeira<br />
muito bem integradas. Beberia este vinho com um pato<br />
confitado.<br />
Pedro Martins<br />
É de facto muito perfumado e elegante e por isso<br />
convida-nos logo a bebê-lo. É também um vinho que<br />
considero muito moderno, no sentido em que contraria<br />
uma certa rusticidade que encontramos tradicionalmente<br />
no Douro. Gostei muito do vinho e também gostei da ideia<br />
de o beber com o pato confitado.<br />
Laura Regueiro<br />
Está com cor rubi muito atraente. O aroma mostra-se<br />
maduro e complexo, com notas interessantes de noz<br />
moscada. É muito surpreendente na boca, a mostrar<br />
taninos maduros, uma grande elegância e uma acidez<br />
firme que lhe dão longevidade na boca e na garrafa.<br />
Gostava de o beber com um capão cozinhado durante<br />
6 horas.<br />
Luís Cabral de Almeida<br />
O capão é um frango macho, capado por volta<br />
dos 4 meses de vida, razão pela qual engorda<br />
mais nos meses seguintes. É confeccionado<br />
já adulto, quando atinge cerca de um ano de<br />
idade, tradicionalmente no forno, lentamente<br />
durante várias horas. Tanto as receitas como os<br />
animais mais afamados são os de Freamunde,<br />
com direito a IGP e associação de criadores.<br />
58
RESERVA <strong>1500</strong><br />
RECEITA SAZONAL<br />
B AC A L H A U<br />
PIL PIL<br />
para um branco<br />
do Dão<br />
Não é certo de onde vem o ‘Pil Pil’ deste prato de origem basca. Alguns<br />
dizem que tem origem no movimento que é necessário imprimir à frigideira;<br />
outros ao nome das pimentas que lhe dão cor e calor.<br />
Preparação<br />
Demolhar os lombos do bacalhau (também<br />
pode utilizar-se bacalhau fresco). No caso de<br />
usar bacalhau congelado já demolhado, guardar<br />
a água que liberta enquanto descongela, pois<br />
poderá ser necessário adicionar mais à frente<br />
se quisermos aumentar a quantidade de molho.<br />
Escolha uma frigideira alta, pois todo o prato<br />
vai ser confeccionado no mesmo recipiente e<br />
as coisas vão agitar-se - literalmente. Corte os<br />
dentes de alho em lâminas e leve-os ao lume,<br />
em azeite, em conjunto com as malaguetas,<br />
sem deixar fritar. Retire do azeite e reserve.<br />
No mesmo azeite, coloque as postas de<br />
bacalhau com a pele virada para baixo - neste<br />
ponto, o que realmente importa é que a pele<br />
do bacalhau esteja em contacto com o azeite.<br />
A quantidade de azeite deve ser bastante<br />
grande, o suficiente para cobrir as postas de<br />
bacalhau. O azeite deve estar sempre abaixo<br />
do ponto de ebulição, sem nunca ferver. Desta<br />
forma, a baixa temperatura, estamos a deixar<br />
que se liberte a gelatina da pele do bacalhau.<br />
Durante toda a cozedura, que demora entre 15<br />
e 20 minutos, a frigideira tem de ser agitada<br />
permanentemente, com suavidade e em<br />
movimentos circulares, permitindo que o azeite<br />
emulsione com a proteína que se liberta do<br />
bacalhau. A partir de certo momento, o molho<br />
vai ganhando opacidade, com a consistência<br />
de uma maionese. Retifique os temperos com<br />
sal e pimenta e junte os dentes de alho e as<br />
malaguetas que reservou. Acompanhe com<br />
batatas, apenas cozidas ou em puré. E siga o<br />
conselho de Pedro Borges, acompanhando com<br />
o Quinta dos Carvalhais <strong>Reserva</strong> Branco 2015.<br />
Ver Prova nº801 pág. 38<br />
INGREDIENTES<br />
[PARA 4 PESSOAS]<br />
Os vinhos levam-nos para a mesa. A<br />
mesa sugere-nos vinhos. Quando<br />
provou o Quinta dos Carvalhais<br />
<strong>Reserva</strong> Branco 2015, Pedro Borges lembrouse<br />
do Bacalhau Pil Pil, uma receita que seria<br />
ideal para fazer companhia a este vinho que<br />
recupera métodos tradicionais de vinificação<br />
dos brancos no Dão.<br />
É uma receita que utiliza as capacidades<br />
da proteína do bacalhau para emulsionar o<br />
azeite, criando um molho espesso. É aliás por<br />
este motivo que pode fazer-se uma maionese<br />
substituindo o ovo por uma pequena porção<br />
de água de cozer bacalhau. Mas no caso desta<br />
receita, a maionese é produzida na própria<br />
frigideira onde o bacalhau é cozinhado.<br />
Ref. 801<br />
€14,50<br />
Preço unitário<br />
(c/IVA)<br />
4<br />
4<br />
q.b.<br />
q.b.<br />
Lombos de bacalhau com pele<br />
Dentes de alho<br />
Malaguetas a gosto<br />
Azeite suficiente para cobrir<br />
o bacalhau na frigideira<br />
Sal<br />
Pimenta<br />
60<br />
61
PROVA Nº 805<br />
S<br />
ETE LINHAS<br />
TINTO 2014<br />
O Sete Linhas nasce na vinha da<br />
Boa Vista, próximo de Alter do Chão,<br />
Alentejo, propriedade da família de<br />
Pedro Borges e que foi recuperada e<br />
replantada no final do século passado.<br />
Nessa altura, o irmão de Pedro Borges,<br />
que se formara nos Estados Unidos,<br />
procurou junto da Universidade da<br />
Califórnia a melhor forma de replantar<br />
a vinha. A verdade é que os resultados<br />
que apuraram condiziam exatamente<br />
com a forma como o seu bisavô tinha<br />
plantado a vinha muitos anos antes, com<br />
a diferença que agora poderiam recorrer<br />
a tecnologia que na altura não existia.<br />
Ref. 805<br />
€56<br />
Preço unitário<br />
(c/IVA)<br />
Ficha técnica:<br />
Casta: Alicante Bouschet<br />
Álcool: 16%<br />
Acidez total: 6,1 g/l<br />
Açúcares totais: 1,2 g/l<br />
pH: 3,53<br />
O vinho é feito apenas com Alicante<br />
Bouschet e, como o seu nome indica,<br />
em quantidades muito reduzidas,<br />
com algumas das filas de vinha a<br />
proporcionar produções muito reduzidas<br />
e grandes concentrações. Depois de<br />
uma maceração prolongada, estagiou 30<br />
meses em barricas novas de carvalho<br />
americano antes de ser engarrafado.<br />
Existem apenas mil garrafas.<br />
O Sete Linhas tem a assinatura enológica<br />
de Peter Bright e também a intervenção<br />
da sua mulher, autora da aguarela<br />
que ilustra o rótulo deste vinho.<br />
63
RESERVA <strong>1500</strong><br />
SETE LINHAS<br />
TINTO 2014<br />
Está com cor rubi de grande intensidade.<br />
Aromaticamente, é um vinho muito bem focado, com<br />
notas de fruta vermelha em compota, algum alcaçuz e<br />
ainda nuances amanteigadas do estágio em barrica. Na<br />
boca, é vigoroso, a mostrar tanino e acidez que suportam<br />
muito bem a sua maturação. Bebia-o a acompanhar um<br />
t-bone na grelha.<br />
António Braga<br />
É retinto na cor e muito guloso logo no aroma, com notas<br />
de fruta e um vegetal bom, típico da Alicante Bouschet, e<br />
ainda umas notas de baunilha da madeira que está muito<br />
bem casada. A boca é cheia, com volume, a sugerir uma<br />
longa refeição enquanto conversamos. Acompanharia<br />
com umas costeletas de borrego.<br />
Beatriz Cabral de Almeida<br />
Pela cor, parece um vinho mais jovem. Gostei muito da<br />
intensidade aromática, com uma exuberância média<br />
mas muito fresca, com fruta vermelha como a ameixa e<br />
a cereja, com nuances da baunilha da madeira. Na boca,<br />
tem um bom ataque, com acidez e frescura, a mostrar<br />
novamente o excelente casamento da madeira. O final<br />
é longo, complexo e muito agradável, a convidar que<br />
continuemos a beber. Também escolheria um borrego<br />
para comer com este vinho, mas em ensopado.<br />
Gonçalo Sousa Machado<br />
64
PROVA Nº 806<br />
Ref. 806<br />
€11<br />
Preço unitário<br />
(c/IVA)<br />
Ficha técnica:<br />
Castas: 85% Corvina,<br />
15% Rondinella<br />
Álcool: 13,5%<br />
Acidez: 5,57 g/l<br />
Açúcar residual: 5,45 g/l<br />
pH: 3,45<br />
A<br />
A região de Valpolicella, no Veneto,<br />
nordeste de Itália, é famosa pelos seus<br />
tintos, que partilham a fama com o seu<br />
vizinho Prosecco, também produzido<br />
no Veneto. Um dos métodos distintivos<br />
de vinificação da Valpolicella é a<br />
utilização de uvas que são colhidas e<br />
parcialmente secas antes de esmagadas<br />
e fermentadas, acrescentando riqueza<br />
e complexidade aos vinhos. É assim<br />
que é produzido o Amarone. Quanto ao<br />
Ripasso, é um vinho que utiliza, além<br />
de uvas recém vindimadas, uvas que<br />
já foram esmagadas para o Amarone,<br />
aproveitando a riqueza fenólica e de<br />
taninos que ainda reside nestas películas.<br />
O Alpha Zetha, propriedade da Liberty<br />
Wines, uma das mais conceituadas<br />
distribuidoras de vinhos no Reino Unido,<br />
é já uma interpretação mais moderna<br />
do Ripasso, fruto da experiência e<br />
criatividade do enólogo neozelandês<br />
Matt Thomson. Começou por fazer<br />
parcerias com agricultores da região<br />
procurando as melhores uvas e, no<br />
momento da vinificação, apenas 30% do<br />
vinho foi fermentado com as películas do<br />
Amarone, o que dá origem a um produto<br />
final mais fresco, com uma acidez mais<br />
agradável. O vinho acabou de ser lançado<br />
no mercado e, antes disso, estagiou<br />
um ano em barricas de carvalho.<br />
LPHA ZETA ‘R’<br />
VALPOLICELLA<br />
SUPERIORE<br />
RIPASSO 2016<br />
67
RESERVA <strong>1500</strong><br />
ALPHA ZETA ‘R’ VALPOLICELLA<br />
SUPERIORE RIPASSO<br />
2016<br />
A cor está entre o rubi e o granada, de média intensidade.<br />
Encontro notas florais, na companhia de aromas fumados<br />
e de trufas. O vinho surpreende sobretudo na boca,<br />
com volume, elegância e um excelente equilíbrio entre a<br />
doçura, a acidez e os taninos. Dá prazer bebê-lo sozinho,<br />
mas também é muito gastronómico e acompanha bem<br />
carnes brancas ou peixes gordos.<br />
Miguel Pessanha<br />
Gostei muito da frescura do vinho, com estas notas<br />
balsâmicas e fumadas. Gostei muito. É um vinho excelente<br />
para acompanhar um peixe ou um peru com arroz de<br />
forno.<br />
Gil Regueiro<br />
É rubi claro na cor. Os aromas são de média intensidade,<br />
onde sobressai a fruta vermelha madura e o marmelo.<br />
Gostei ainda mais da boca, onde mostra volume, equilíbrio<br />
e uma excelente acidez que o torna muito longo e<br />
gastronómico e lembrei-me que acompanharia um bom<br />
frango assado com este vinho.<br />
Luís Cabral de Almeida<br />
68
RESERVA <strong>1500</strong><br />
A VIDA NA VINHA<br />
Pensar,<br />
plantar,<br />
esperar<br />
A plantação de uma vinha, que normalmente ocorre na Primavera,<br />
é um momento alto na vida de qualquer viticultor, uma vez que<br />
representa um enorme investimento para o qual é esperado o<br />
respetivo retorno e que envolve muitas decisões estruturais, como<br />
a escolha de castas, os porta-enxertos, preparação do terreno,<br />
fertilizações, entre outras.<br />
A natureza é como um<br />
romance clássico - obriganos<br />
a perceber que há coisas<br />
que demoram tempo a<br />
acontecer. Planear o cultivo<br />
de uma vinha é pensar<br />
com uma antecipação de<br />
muitos anos. A experiência<br />
permite utilizar os<br />
conhecimentos adquiridos<br />
e a ciência traz-nos todos<br />
os dias novas informações<br />
que levam o planeamento<br />
do cultivo da vinha para<br />
patamares de sofisticação<br />
cada vez mais elevados.<br />
O desenvolvimento natural<br />
das plantas, desde o seu<br />
início, crescimento, toda a<br />
aventura vegetativa anual,<br />
até ao seu esgotamento final<br />
tem ritmos que os técnicos<br />
conhecem e dominam, mas<br />
obedece a objetivos definidos<br />
e que estão relacionados<br />
com o produto final que se<br />
pretende levar até à mesa<br />
dos apreciadores, - ou seja, o<br />
vinho que gostamos de beber.<br />
E portanto é necessário<br />
conjugar estes dois ritmos;<br />
por um lado, a produção<br />
de uvas de qualidade e,<br />
70<br />
71
RESERVA <strong>1500</strong><br />
A VIDA NA VINHA<br />
Durante a plantação, é necessário dar à planta condições<br />
para enraizar, fornecendo água que leve às raízes os<br />
nutrientes que estão na terra. Nesta operação, aqui<br />
fotografada na Quinta de Azevedo, quando a planta é<br />
colocada na terra, esta é simultaneamente regada. Só<br />
ao fim de 3 anos será feita a primeira vindima da qual<br />
resultará um novo vinho.<br />
por outro, os gostos por<br />
parte de quem procura um<br />
vinho para beber. Saber<br />
prever esta procura é uma<br />
das formas de acautelar o<br />
enorme investimento que<br />
representa a plantação<br />
de vinha, que tem uma<br />
recuperação no longo prazo,<br />
até porque normalmente<br />
uma vinha é plantada para<br />
durar algumas décadas.<br />
Em função da natureza dos<br />
solos e da exposição solar do<br />
terreno, as castas podem ter<br />
comportamentos diversos. A<br />
escolha das castas é feita em<br />
função destas características,<br />
para além do aspeto que<br />
já referimos - o vinho que<br />
se pretende oferecer aos<br />
consumidores - e ainda<br />
tendo em conta variáveis<br />
regulamentares, como as<br />
castas autorizadas para<br />
vinhos com denominação<br />
de origem. E por vezes<br />
há até casos em que um<br />
produtor prefere sacrificar a<br />
denominação, privilegiando<br />
a produção de uma casta<br />
não regulamentada para<br />
uma região específica.<br />
Por isso é tão relevante<br />
o planeamento de uma<br />
nova vinha e as decisões<br />
sobre um grande conjunto<br />
de variáveis relacionadas<br />
entre si, desde o vinho<br />
que se pretende produzir,<br />
a preparação do terreno,<br />
no inverno, ou a decisão<br />
sobre a rega da vinha e os<br />
porta-enxertos a utilizar.<br />
Por exemplo na Quinta<br />
de Azevedo, a renovação<br />
vitícola de que foi alvo nos<br />
anos recentes levou em<br />
conta a grande adaptação<br />
O primeiro ano de uma nova vinha na Quinta de Azevedo.<br />
72<br />
73
RESERVA <strong>1500</strong><br />
A VIDA NA VINHA<br />
que o Alvarinho e o Loureiro<br />
revelaram ao terroir e a<br />
sua complementaridade<br />
em blend, quer ao nível da<br />
harmonia, quer ao nível da<br />
estrutura e seriedade que<br />
o Alvarinho traz a estes<br />
vinhos, inclusive dandolhes<br />
capacidade de evolução<br />
em garrafa, uma qualidade<br />
que é cada vez mais<br />
procurada por apreciadores<br />
que não querem apenas<br />
vinhos verdes jovens mas<br />
também vinhos com um<br />
perfil aromático mais<br />
sofisticado, com mais<br />
aromas terciários.<br />
A Quinta de Azevedo<br />
serve ainda de exemplo<br />
para outra caraterística<br />
que se tem revelado tão<br />
importante: numa altura<br />
em que é fácil dizermos<br />
que ‘está tudo inventado’, a<br />
verdade é que continuamos<br />
a ser surpreendidos com<br />
vinhos que nos mostram<br />
inovações, mesmo quando<br />
a novidade é a recuperação<br />
de perfis antigos, entretanto<br />
esquecidos. Para que isso<br />
aconteça, é importante<br />
a existência de campos<br />
experimentais, onde se testam<br />
em pequenas quantidades o<br />
comportamento de diversas<br />
castas e a sua adaptação aos<br />
solos e a futuros vinhos. E<br />
os sócios do <strong>Reserva</strong> <strong>1500</strong><br />
sabem do que falamos, pois<br />
têm oportunidade de apreciar<br />
algumas destas experiências<br />
que aqui trazemos ao <strong>Clube</strong>.<br />
Os campos de ensaio são<br />
hoje ainda mais importantes,<br />
tendo em vista as alterações<br />
climáticas e a resposta e<br />
adequação das castas a<br />
este fenómeno que pode<br />
trazer grandes alterações à<br />
viticultura e que será, por isso,<br />
mais um dos desafios que<br />
esta atividade terá de vencer.<br />
A utilização de porta-enxertos tornou-se uma prática absolutamente necessária a partir da segunda metade<br />
do século XIX, quando a filoxera destruiu a esmagadora maioria dos vinhedos europeus. Quando finalmente<br />
se percebeu que a origem desta praga residia no ataque às raízes da videira, descobriu-se também que a única<br />
solução seria enxertar as castas europeias que já eram utilizadas em pés americanos, imunes a esta praga e que é<br />
ainda hoje a única forma de eliminar a ameaça da filoxera.<br />
74<br />
75
PROVA Nº 807<br />
P<br />
ORTO SANDEMAN<br />
APITIV RESERVE<br />
O Sandeman Apitiv Reserve é um vinho<br />
que não está disponível no mercado<br />
de retalho. É produzido com uvas num<br />
estado de maturação relativamente<br />
evoluído, fermentando em cubas<br />
inox a temperaturas controladas.<br />
Já em Gaia, o vinho estagia em cascos de<br />
madeira de carvalho, sendo a sua evolução<br />
monitorizada ao longo dos anos. O lote<br />
final do Sandeman Apitiv Reserve é feito<br />
com vinhos entre os 4 e os 9 anos de idade.<br />
Sandeman Splash: um tónico<br />
para um dia de verão<br />
No final do dia, antes do jantar, encha<br />
um copo highball com pedras de gelo<br />
sobre o qual deita o Sandeman Apitiv<br />
Reserve. Acabe de encher com água<br />
tónica. Decore com uma rodela de limão.<br />
Ref. 807<br />
€14<br />
Preço unitário<br />
(c/IVA)<br />
Ficha técnica<br />
Álcool: 20%<br />
Acidez: 3,8 g/l<br />
(ácido tartárico)<br />
Açúcar: 120 g/l<br />
pH: 3,36<br />
77
RESERVA <strong>1500</strong><br />
PORTO SANDEMAN<br />
APITIV RESERVE<br />
Tem uma cor âmbar e aroma de casca de laranja, uva<br />
passa, toques de madeira bem casada, iodo, nuances<br />
medicinais, flores secas e frutos desidratados. A boca é<br />
suave, com notas de fruta desidratada e casca de laranja<br />
a voltar a surgir. É um vinho longo e persistente, a deixar<br />
o gosto dos frutos secos no final de boca. Ideal para<br />
acompanhar um foie gras no início de uma refeição ou<br />
para servir num cocktail.<br />
Beatriz Cabral de Almeida<br />
Límpido e brilhante, com aspeto dourado e orla em<br />
tonalidade de cobre. Mostra sinais de excelente evolução,<br />
com notas aromáticas de flores secas, mel e casca de<br />
noz. Tem também uma ligeira nota balsâmica fresca. Na<br />
boca, o ataque é doce, com notas expressivas de fruta de<br />
pomar bem madura. Acidez fina e bem integrada num final<br />
longo e equilibrado. Excelente vinho para acompanhar um<br />
queijo pouco curado e umas avelãs torradas.<br />
António Braga<br />
A cor é amarela dourada, muito atrativa. No nariz, mostra<br />
aromas de flores secas, ameixas brancas secas ao sol<br />
e algum figo combinado com frutos secos. Na boca<br />
transmite uma enorme sensação de frescura, fruto da sua<br />
acidez, que o torna um excelente acompanhamento para<br />
os aperitivos de qualquer refeição.<br />
Luís Cabral de Almeida<br />
78
PROVA Nº 808<br />
LOOM<br />
LONDON DRY GIN<br />
BOs ingleses usam a expressão ‘bloom’<br />
para exprimir a ideia do florescimento<br />
Ref. 808<br />
€24,50<br />
Preço unitário<br />
(c/IVA)<br />
no reino vegetal. Os apreciadores<br />
de gin usam a mesma expressão<br />
quando pedem uma bebida premium<br />
que os conduza imediatamente aos<br />
aromas de um jardim em flor.<br />
G&T COM<br />
MORANGOS<br />
Lave dois morangos, corteos<br />
em quartos e coloque-os<br />
no fundo de um balão de<br />
pé alto. Junte gelo, sobre o<br />
qual deite 50 ml de Bloom<br />
London Dry Gin. Mexa<br />
suavemente os morangos<br />
com o gin e acabe de<br />
encher com 200 ml de água<br />
tónica de qualidade.<br />
O Bloom London Dry Gin foi criado<br />
por Joanne Moore, uma das poucas<br />
mulheres que trabalha como mestre<br />
destiladora. Para a produção deste<br />
gin, escolheu três plantas, todas elas<br />
intensamente perfumadas: os pomelos<br />
(um citrino, do qual resultam as toranjas<br />
quando é cruzado com a laranjeira),<br />
a madressilva e a camomila.<br />
O Bloom é um London Dry Gin, o mais<br />
clássico e também mais conhecido<br />
tipo de gin, o que significa que todos os<br />
ingredientes têm de ser naturais, sem<br />
adição de corantes ou aromatizantes<br />
após o processo de destilação.<br />
Com aromas a verão e a frescura<br />
que convém para o tempo quente, o<br />
cocktail G&T com morangos é uma<br />
das melhores formas para apreciar<br />
toda a natureza botânica deste gin.<br />
81
SÓCIO<br />
“A partir de certa<br />
altura na nossa vida,<br />
o que interessa no<br />
vinho são as suas<br />
histórias”<br />
Formou-se em Física e Química na Universidade do<br />
Minho, onde obteve o grau de doutor em Física em 2012.<br />
É atualmente investigador de pós-doutoramento na<br />
mesma universidade centrando-se nos materiais<br />
inteligentes para aplicações tecnológicas avançadas.<br />
Em 2015 criou o blogue ‘No meu Palato’, onde relata as<br />
suas experiências com gastronomia e vinhos. É sócio<br />
do <strong>Clube</strong> <strong>Reserva</strong> <strong>1500</strong> desde 2016.<br />
Sócio nº2237<br />
Pedro<br />
Martins<br />
A inteligência<br />
dos materiais<br />
O progressivo contato com<br />
a ciência foi-me conduzindo<br />
para a investigação e<br />
hoje sou investigador de<br />
pós-doutoramento na<br />
Universidade do Minho,<br />
orientado para os materiais<br />
inteligentes e as suas<br />
aplicações tecnológicas<br />
avançadas. Materiais<br />
inteligentes são aqueles que<br />
utilizamos em função da sua<br />
resposta, que já é previsível.<br />
Por exemplo, os painéis<br />
‘touch’ dos telemóveis,<br />
nos quais sabemos que<br />
se pressionarmos com<br />
uma determinada força<br />
geramos uma resposta<br />
específica, pois o material<br />
responde dessa maneira.<br />
O meu trabalho não é<br />
exatamente sobre estes<br />
materiais táteis. Trabalho<br />
com materiais de natureza<br />
plástica, com capacidade<br />
de converter energia<br />
magnética em elétrica.<br />
Um exemplo concreto?<br />
Onde existe corrente elétrica<br />
existe também campo<br />
magnético. A nossa ideia<br />
na Universidade do Minho<br />
é procurar pontos onde<br />
existe corrente elétrica<br />
e aproveitar o campo<br />
magnético que ela gera. Por<br />
<strong>83</strong>
RESERVA <strong>1500</strong><br />
SÓCIO<br />
exemplo, os cabos elétricos<br />
de alta tensão geram<br />
um campo magnético. O<br />
que nós estamos a fazer<br />
é a transformar esse<br />
também a humidade e a<br />
probabilidade de chuva<br />
No Meu Palato<br />
Sempre gostei de comida e<br />
Experiência no <strong>Clube</strong><br />
começou da melhor<br />
maneira possível<br />
Quando me tornei sócio do<br />
<strong>Clube</strong>, a primeira revista<br />
Procuram o vinho com<br />
um propósito: vinho para<br />
uma determinada comida,<br />
vinhos para uma conversa<br />
com os amigos, conversas<br />
magnetismo, que está a<br />
de vinhos e inclusivamente<br />
que recebi anunciava uma<br />
que são frequentemente<br />
dispersar-se e a perder-se,<br />
de dar a minha opinião, por<br />
prova vertical de Barca<br />
sobre o próprio vinho,<br />
de novo em eletricidade.<br />
exemplo em plataformas<br />
Velha. Quando me inscrevi<br />
sobre os seus aromas. Ou<br />
Na rede elétrica perdem-se<br />
como o TripAdvisor. Em<br />
já não havia vagas para a<br />
seja, não tem de ser um<br />
cerca de 30% de energia que<br />
várias conversas que tive,<br />
prova no Porto nem para a<br />
vinho fácil; procuramos<br />
podem ser reaproveitados.<br />
algumas com chefs, várias<br />
de Lisboa, mas ainda fui a<br />
vinhos que geram conversa.<br />
Estes cabos elétricos são<br />
pessoas encorajaram-<br />
tempo da prova no Algarve.<br />
Talvez comece assim, na<br />
cobertos por um material<br />
me a ter uma plataforma<br />
Cruzei o país debaixo de<br />
faculdade, beber por beber.<br />
plástico, que serve de<br />
onde pudesse partilhar<br />
chuva, mas valeu a pena.<br />
Mas depois vai aparecendo<br />
proteção. Ora se esse<br />
as minhas opiniões<br />
Provei alguns dos melhores<br />
uma curiosidade pelo que<br />
vinhos da minha vida e,<br />
se está a beber. E a partir<br />
Os vinhos são como as pessoas. São crianças<br />
que depois crescem e amadurecem e, nesse<br />
processo, ganham sabedoria e complexidade.<br />
quando regressei ao norte,<br />
soube que ia ser pai. Não<br />
podia ter corrido melhor.<br />
As surpresas<br />
Quando um vinho aparece<br />
de certa altura torna-se um<br />
tema de conversa. O vinho<br />
é isto mesmo - histórias. É<br />
por isso que no meu blogue,<br />
para além de informação<br />
mais objetiva sobre o vinho,<br />
material for aquele que<br />
sobre comida e vinhos.<br />
no <strong>Clube</strong>, é como se tivesse<br />
a cor, aromas, paladar,<br />
estamos a desenvolver,<br />
Em 2015 criei o blogue<br />
um certificado de qualidade.<br />
tento sempre relacionar o<br />
estaremos ao mesmo<br />
‘No Meu Palato’, sobre<br />
Por exemplo, o branco da<br />
vinho com alguma coisa da<br />
tempo a manter a proteção<br />
gastronomia e vinhos.<br />
Herdade do Cebolal que foi<br />
minha vida, da família, ou<br />
do cabo e a reaproveitar<br />
vendido na última revista<br />
com alguma passagem de<br />
a energia, que podemos<br />
É também uma forma de<br />
do <strong>Clube</strong>, sendo de 1999,<br />
um livro. Já não faz sentido<br />
depois reintroduzir na<br />
organizar e de manter as<br />
branco e com aquela cor,<br />
falar do vinho só pelo vinho.<br />
rede. Neste momento<br />
estamos em contato com<br />
diversas empresas com<br />
vista à comercialização<br />
minhas notas de prova;<br />
utilizo-as para comparar<br />
vinhos que provei há<br />
alguns anos com provas<br />
talvez seja um vinho que a<br />
maioria das pessoas achava<br />
que já não estava bom<br />
para beber. Encomendei e<br />
O melhor vinho<br />
da minha vida<br />
O Barca Velha de 1965,<br />
destes materiais.<br />
posteriores; na altura<br />
adorei - é daqueles vinhos<br />
sem dúvida nenhuma,<br />
Inteligência dos materiais<br />
também nas vinhas<br />
Os sensores inteligentes<br />
também entram no<br />
mundo dos vinhos. Hoje<br />
já é possível controlar a<br />
maturação das uvas na<br />
vinha através de satélites<br />
descobri alguns aromas,<br />
passados alguns anos<br />
descubro outros e desta<br />
forma acompanho a história<br />
de cada vinho. Os vinhos<br />
são como as pessoas.<br />
São crianças que depois<br />
crescem e amadurecem e,<br />
nesse processo, ganham<br />
que nos levam a pensar<br />
de novo sobre vinhos<br />
brancos. São vinhos que<br />
não estamos à espera.<br />
A minha geração<br />
procura vinhos que<br />
geram conversa<br />
Vejo que muitas pessoas<br />
com aqueles aromas de<br />
farmácia e iodo, todo ele<br />
com uma complexidade e<br />
uma elegância enorme. E<br />
quando o provei, lembreime<br />
também daquilo que<br />
o Sr. Fernando Nicolau de<br />
Almeida deve ter pensado<br />
em 1965 quando fez este<br />
Cruzei o país de norte a sul, debaixo de chuva,<br />
para provar os Barca Velha. Quando regressei<br />
ao norte, soube que ia ser pai. Não podia ter<br />
corrido melhor.<br />
2018, estaria alguém a<br />
ou até de drones que têm<br />
sabedoria e complexidade,<br />
da minha geração, nascida<br />
vinho. Ele sabia que não<br />
bebê-lo e a apreciar a sua<br />
a capacidade de detectar<br />
mostrando as suas<br />
nas décadas de 80 e 90,<br />
o beberia passados 53<br />
grande qualidade. Isto é<br />
as diferentes cores das<br />
qualidades e, por vezes,<br />
já não querem apenas<br />
anos, mas provavelmente<br />
um gesto de uma grande<br />
uvas, podendo monitorizar<br />
também os seus defeitos.<br />
o vinho pelo vinho.<br />
imaginava que hoje, em<br />
generosidade e abnegação.<br />
84<br />
85
RESERVA <strong>1500</strong><br />
MAGNUNS<br />
Sete magnuns e<br />
uma jéroboam<br />
Um branco Alvarinho,<br />
quatro tintos e três<br />
Vinhos do Porto,<br />
todos em grande<br />
formato para quem<br />
quiser festejar com<br />
amigos ou - para<br />
os mais pacientes -<br />
apreciar os detalhes<br />
da sua evolução. As<br />
notas de prova são de<br />
João Afonso.<br />
Muros Antigos<br />
Alvarinho 2014<br />
(1,5 l)<br />
Sempre alguma tensão<br />
quando abrimos uma garrafa<br />
magnum da casta Alvarinho.<br />
Neste formato, além da<br />
complexidade que se forma<br />
com o decorrer do tempo,<br />
a casta entra na dimensão<br />
terpénica dos apetrolados.<br />
Com um aroma extremamente<br />
jovem o vinho está ainda<br />
alicerçado em notas intensas<br />
minerais num cenário cítrico<br />
que junta tisana de limonete.<br />
Contido e tenso e aguardando<br />
ainda por entrar na segunda<br />
dimensão terpénica. Na<br />
boca muito fino, macio e<br />
cremoso, alguma tarte de<br />
limão e tangerina, suave e<br />
profundo. Pode considerarse<br />
que está no início de<br />
carreira. Beber até 2030<br />
Mag020<br />
€24,5<br />
Preço unitário<br />
(c/IVA)<br />
1,5 l<br />
Quantidade<br />
mínima de<br />
aquisição<br />
1 unidade<br />
86<br />
87
RESERVA <strong>1500</strong><br />
MAGNUNS<br />
Duque de Viseu<br />
2014 (3 l)<br />
Num formato de 3 litros o vinho “anda”<br />
mais devagar que no formato Magnum.<br />
Este está tão jovem que parece que<br />
acabou de ser engarrafado. Todo<br />
seivoso e nervoso, frutos do bosque,<br />
vegetal de maceração, muito aroma<br />
primário ainda presente, discreta nota<br />
de cacau com alguma especiaria.<br />
Estilo mais contido, cerrado e com<br />
alguma exuberância. Na boca é um<br />
tinto mais delicado, de concentração<br />
mediana, todo em frescura e civilidade,<br />
taninos macios com especiaria fina<br />
muito interessante a mostrar futuro<br />
pela frente. Beber até 2025.<br />
Ficha técnica<br />
Castas: 55% Touriga Nacional,<br />
32% Tinta Roriz, 7% Alfrocheiro, 6% Jaen<br />
Álcool: 13%; acidez total: 5,36 g/l (ácido<br />
tartárico); açúcar: < 2 g/l; pH: 3,71<br />
Quinta da Fonte do<br />
Ouro <strong>Reserva</strong> 2015<br />
(1,5 l)<br />
Um Fonte do Ouro afastado da<br />
exuberância aromática de outras<br />
referências do mesmo produtor. Aqui<br />
sente-se o lado terroso, firmado e<br />
profundo; fruto negro sóbrio, cacau em<br />
pó, alguma caruma, austero e muito sério<br />
no aroma. Encanta e faz perguntas. Na<br />
boca segue o mesmo rumo, muita tensão<br />
e músculo, taninos domados a mostrar<br />
fibra de aço. Dengoso, suculento, denso,<br />
fresco e viçoso. Um tinto que fala do<br />
Dão a um alto nível. Beber até 2030.<br />
Ficha técnica<br />
Castas: Touriga Nacional, Tinta<br />
Roriz, Alfrocheiro e Jaen<br />
Álcool: 13%; acidez total: 5,8 g/l<br />
(ácido tartárico); pH: 3,62<br />
Mag021<br />
€72<br />
Preço unitário<br />
(c/IVA)<br />
3 l<br />
Quantidade<br />
mínima de<br />
aquisição<br />
1 unidade<br />
Mag023<br />
€19,5<br />
Preço unitário<br />
(c/IVA)<br />
1,5 l<br />
Quantidade<br />
mínima de<br />
aquisição<br />
1 unidade<br />
Sossego 2015<br />
(1,5 l)<br />
Extremamente jovem no approach<br />
aromático. Notas resinosas frescas<br />
a mostrar muita juventude, algum<br />
chocolate a apoiar os frutos de<br />
framboesas e morangos silvestres,<br />
alguma pimenta. Na boca uma<br />
presença de corpo mediano, mas<br />
com taninos muito saborosos a<br />
mostrar bom potencial de guarda.<br />
Num jantar de amigos sirva-o a<br />
acompanhar um assado de carne<br />
no forno. Beber até 2025.<br />
Ficha técnica<br />
Castas: 75% Aragonez, 15% Syrah,<br />
10% Touriga Nacional<br />
Álcool: 13,5%; acidez total: 4,6 g/l (ácido<br />
tartárico); açúcar: 2 g/l; pH: 3,71<br />
Herdade do Peso<br />
Ícone 2014 (1,5 l)<br />
Sempre que vejo as palavras “Herdade<br />
do Peso” evoco a imagem da calorosa,<br />
mimosa e multicultivada Vidigueira,<br />
região única, capaz de grandes feitos<br />
agrícolas. Este Ícone é “um” culminar<br />
destes feitos. Alguma tosta com<br />
chocolate e cacau a envolverem a<br />
geleia e compota de frutos negros, leve<br />
nougat e tabaco, num fundo avelanado<br />
e amendoado. Sedoso e denso na<br />
prova de boca, taninos achocolatados,<br />
muita matéria de prova, textura de<br />
veludo, porte elegante e charmoso.<br />
Tem tudo para crescer em garrafa e em<br />
Magnum vai tornar-se cada vez mais<br />
fino e preciso. Para beber até 2030.<br />
Ficha técnica<br />
Castas: 96% Alicante Bouschet, 4% Syrah<br />
Álcool: 14%; acidez total: 5,8 g/l (ácido<br />
tartárico); açúcar: 1,7 g/l; pH: 3,5<br />
Mag022<br />
€8<br />
Preço unitário<br />
(c/IVA)<br />
1,5 l<br />
Quantidade<br />
mínima de<br />
aquisição<br />
caixa com<br />
3 unidades<br />
Mag024<br />
€150<br />
Preço unitário<br />
(c/IVA)<br />
1,5 l<br />
Quantidade mínima<br />
de aquisição<br />
1 unidade<br />
88<br />
89
RESERVA <strong>1500</strong><br />
MAGNUNS<br />
Dona Antónia<br />
<strong>Reserva</strong> Tawny<br />
(1,5 l)<br />
Mag011<br />
€35<br />
Preço unitário<br />
(c/IVA)<br />
1,5 l<br />
Quantidade<br />
mínima de<br />
aquisição<br />
1 unidade<br />
Numa garrafa de 1,5 litros este vinho ganha<br />
imagem reforçada. Aqui não se coloca a<br />
questão do estágio, porque o vinho já o<br />
tinha feito antes de entrar em garrafa, mas<br />
sim o acontecimento de abrir uma garrafa<br />
de um belo Porto que serve uma festa de<br />
16 amigos. Este Dona Antónia consegue<br />
casar sensações de juventude aromática<br />
com notas mais respeitosas da idoneidade.<br />
Algum vinagrinho a trazer muita e boa<br />
frescura, o caramelo com laranja confitada<br />
e tarte de citrinos, amêndoa, toque de<br />
café, balsâmico de ervas aromáticas. Boca<br />
cheia e gorda, alguns taninos a dar secura<br />
ao conjunto doce. Belíssimo e comprido<br />
final cheio de sabor. Deve beber até 2<br />
meses após a abertura da garrafa. De<br />
preferência consumir no dia da abertura.<br />
Ficha técnica<br />
Castas: Touriga Franca, Touriga Nacional,<br />
Tinta Barroca, Tinta Amarela<br />
Álcool: 20%; acidez total: 4,28 g/l (ácido<br />
tartárico); açúcar: 109,9 g/l; pH: 3,33<br />
Sandeman<br />
Quinta do Vau<br />
Vintage 1999 (1,5 l)<br />
Ferreira<br />
Vintage 1978<br />
(1,5 l)<br />
De um ano sem história<br />
para contar, nunca existe<br />
grande expectativa. Por<br />
esta mesma razão, este<br />
vinho, foi o que maior prazer<br />
deu a provar. Uma enorme<br />
surpresa e um grande vinho.<br />
Sem se denunciar como um<br />
grande Vintage Clássico<br />
mostra uma tal limpeza e<br />
afinação que é um vinho a<br />
não perder. Já com algumas<br />
notas vidradas, pimenta,<br />
fruto de cereja e ameixa em<br />
passa, leve resina balsâmica,<br />
algum pinhão, altruísta e<br />
exótico. Ainda com tanino<br />
afirmativo na prova de boca,<br />
muita vida, extremamente<br />
seguro e fresco, longe da<br />
velhice está absolutamente<br />
encantador. Beber até 2025<br />
(com enorme prazer).<br />
Grande expectativa na abertura desta<br />
garrafa. Ano com muito tanino e cor, feito<br />
para durar, embora sem o perfume e finura<br />
das colheitas clássicas. Mais em força que em<br />
habilidade e, na verdade, o vinho mantémse<br />
uma força da natureza. Ainda com uma<br />
boa concentração e juventude de cor. Ainda<br />
não mostra ‘cabelos brancos’. Fruto fresco,<br />
algum em passa, licorados e um certo lado<br />
austero e fenólico a dar segurança. Boca<br />
cheio de vinho e sabor, excelentes taninos<br />
com bolo de frutos vermelhos, muita vida e<br />
estamina neste Vintage. Melhor até 2030.<br />
Mag026<br />
€562,5<br />
Preço unitário<br />
(c/IVA)<br />
1,5 l<br />
Quantidade<br />
mínima de<br />
aquisição<br />
1 unidade<br />
Ficha técnica<br />
Castas: Tinta Roriz, Touriga<br />
Nacional, Touriga Franca<br />
Álcool: 20%; acidez total: 3,98 g/l (ácido<br />
tartárico); açúcar: 102 g/l; pH: 3,6<br />
Mag025<br />
€36<br />
Preço unitário<br />
(c/IVA)<br />
1,5 l<br />
Quantidade<br />
mínima de<br />
aquisição<br />
1 unidade<br />
Duque de Viseu, Sandeman Vau Vintage,<br />
Ferreira Vintage 1978, Herdade do Peso<br />
Ícone, Sossego, Dona Antónia <strong>Reserva</strong><br />
Tawny: Fotografias de Sérgio Ferreira<br />
90<br />
91
RESERVA <strong>1500</strong><br />
UNIVERSO <strong>1500</strong><br />
Ateliers<br />
de prova<br />
e viagem<br />
ao Loire<br />
Os sócios aderiram aos ateliers de<br />
prova de vinho <strong>Reserva</strong> <strong>1500</strong> que aqui<br />
propusemos na última revista e que<br />
decorreram no Porto e em Lisboa.<br />
Cada atelier incluiu duas sessões, a<br />
primeira dedicada às técnicas essenciais<br />
da prova, como a deteção e identificação<br />
da cor, aromas, paladar e as suas<br />
componentes, e a segunda sobre a melhor<br />
maneira de harmonizar vinho e comida,<br />
de acordo com as suas caraterísticas.<br />
Os ateliers foram conduzidos por Raúl Riba<br />
D’Ave, diplomado da WSET, o nível máximo<br />
da maior escola de vinhos do mundo, e<br />
sócio gerente da Direct Wine, empresa que<br />
lidera a formação de vinhos em Portugal.<br />
Sócios no Vale<br />
do Loire<br />
O Domaine Bourillon, em<br />
Vouvray, e o Château La Grille,<br />
em Chinon, receberam a visita<br />
dos sócios do <strong>Clube</strong> <strong>Reserva</strong><br />
<strong>1500</strong>, que conheceram os<br />
seus proprietários e os vinhos<br />
que estão a produzir. Tudo<br />
isto na Viagem ao Vale do<br />
Loire que o <strong>Clube</strong> organizou<br />
em Abril e que incluiu, além<br />
de ‘visitas de estudo’ aos<br />
produtores, passeios nos<br />
castelos da região e um jantar<br />
que nos prepararam no<br />
Château De Pray, restaurante<br />
com uma estrela Michelin,<br />
com uma harmonização de<br />
5 pratos com 5 vinhos.<br />
92<br />
93
VINHOS EM STOCK<br />
Para adquirir alguns produtos apresentados em revistas<br />
anteriores que se encontram ainda disponíveis, os sócios deverão<br />
preencher o mesmo postal de encomenda que utilizam para os vinhos<br />
que fazem parte do Painel ou em www.reserva<strong>1500</strong>.com.<br />
Framingham<br />
F -Series<br />
Pinot Noir 2015<br />
Ref. 790<br />
€114<br />
Preço caixa<br />
(c/IVA)<br />
Wine Note<br />
2015<br />
Ref. 791<br />
€120<br />
Preço caixa<br />
(c/IVA)<br />
Cutty Sark<br />
Prohibition<br />
Ref. 797<br />
€22<br />
Preço unitário<br />
(c/IVA)<br />
Oportunidades<br />
Loimer Langenlois<br />
Gruner<br />
Branco 2015<br />
Ref. ST018<br />
€86,40<br />
Preço caixa<br />
(c/IVA)<br />
Avidagos<br />
Rosé <strong>Reserva</strong> 2016<br />
Ref. 786<br />
€57<br />
Preço caixa<br />
(c/IVA)<br />
Herdade do<br />
Cebolal<br />
1999<br />
Ref. 776<br />
€76,80<br />
Preço caixa<br />
(c/IVA)<br />
Quinta dos<br />
Carvalhais<br />
Branco Especial<br />
Ref. 0<br />
€90<br />
Preço caixa<br />
(c/IVA)<br />
1,5 l<br />
LÉXICO<br />
Balsâmico<br />
Conjunto de aromas nobres de<br />
madeira que lembram cedro,<br />
pinho, eucalipto ou sândalo.<br />
São aromas profundos que<br />
acrescentam ao vinho uma<br />
grande sensação de frescura.<br />
Encontram-se em vinhos tintos<br />
de grande qualidade, fruto de<br />
excelentes estágios na madeira<br />
ou das caraterísticas das<br />
próprias castas, como é o caso<br />
dos melhores Cabernet<br />
Sauvignon.<br />
MODO DE PAGAMENTO<br />
Todos os vinhos são vendidos em caixas de<br />
6 unidades exceto o Quinta dos Carvalhais<br />
Branco Especial que é vendido em caixas de<br />
3 unidades e o Cutty Sark que é vendido à<br />
unidade.<br />
Os produtos adquiridos online serão liquidados<br />
através de Paypal, cartão de débito/crédito ou<br />
referência multibanco. Os produtos adquiridos<br />
através de postal de encomenda serão liquidados<br />
através de cartão de crédito/débito, domiciliação<br />
bancária, transferência bancária ou cheque emitido<br />
à ordem de Grape Ideas S.A. Nestas duas últimas<br />
opções, remeter junto ao cupão da encomenda<br />
respetivamente o comprovativo da transferência /<br />
cheque. Para pagamento por transferência bancária<br />
utilizar a conta do Banco Comercial Português com o<br />
IBAN PT50 0033 0000 45436947775 05.<br />
94<br />
95
ASSINATURA PARA ENDOSSOS (VERSÃO EMPRESAS/UNIDADES DE NEGÓCIO) :: POSITIVO :: VERTICAL<br />
RESERVA <strong>1500</strong><br />
<strong>Reserva</strong> <strong>1500</strong><br />
ESTATUTOS DO CLUBE<br />
1 O <strong>Clube</strong> <strong>Reserva</strong> <strong>1500</strong> tem como missão<br />
proporcionar aos sócios a constituição<br />
de uma garrafeira composta por bebidas<br />
nacionais e estrangeiras, representativas<br />
das várias regiões produtoras do mundo.<br />
2 O <strong>Clube</strong> <strong>Reserva</strong> <strong>1500</strong> possibilita aos<br />
seus sócios o acesso privilegiado a<br />
vinhos da Sogrape, como por exemplo<br />
Casa Ferreirinha, Quinta dos Carvalhais<br />
e Herdade do Peso, bem como aos seus<br />
Vinhos do Porto e aguardentes. Os sócios<br />
têm também oportunidade de adquirir,<br />
a preços vantajosos, outros produtos<br />
de elevada qualidade, de proveniência<br />
nacional e estrangeira, geralmente<br />
de difícil aquisição através dos canais<br />
normais de distribuição ou mesmo<br />
inexistentes no mercado nacional.<br />
3 A garantia de qualidade é dada pela<br />
Sogrape. Em cada edição da revista<br />
um painel de provadores avaliará todos<br />
os produtos que são postos à disposição<br />
dos sócios.<br />
4 O número de sócios é limitado,<br />
garantindo deste modo um serviço<br />
de excelência, assim como o acesso a<br />
pequenas produções (como, por exemplo,<br />
no caso do Barca Velha).<br />
5 O <strong>Clube</strong> lança anualmente 3 edições<br />
da revista que envia aos seus sócios<br />
por correio, disponibilizando um painel<br />
de vinhos. Além deste painel,<br />
os sócios terão acesso a vinhos em<br />
stock, anunciados em cada revista.<br />
6 Através do website www.reserva<strong>1500</strong>.com,<br />
o <strong>Clube</strong> disponibiliza, além dos vinhos do<br />
painel, outros produtos nos intervalos da<br />
publicação das revistas.<br />
7 Tal como no caso das revistas,<br />
os produtos lançados através do<br />
website são um exclusivo para<br />
os sócios do <strong>Clube</strong>.<br />
8 As encomendas serão entregues<br />
em local escolhido pelo sócio no<br />
ato da encomenda, exclusivamente<br />
em território nacional.<br />
9 Os sócios são pessoas individuais.<br />
Compromisso dos sócios<br />
I No ato da inscrição, pagamento de<br />
jóia no valor de 500 euros. Após<br />
a inscrição, o <strong>Clube</strong> <strong>Reserva</strong> <strong>1500</strong><br />
enviará ao novo sócio uma garrafa de<br />
Barca Velha 2008 em caixa individual<br />
personalizada.<br />
II Compromisso de compra regular<br />
(quadrimestral) de produtos em<br />
campanha ou, como alternativa ou em<br />
complemento, de produtos em<br />
stock. Não é estabelecido qualquer<br />
valor mínimo.<br />
III As encomendas serão liquidadas através<br />
de cartão de crédito, de domiciliação<br />
bancária, ou através de cheque enviado<br />
juntamente com a ordem de encomenda.<br />
IV Os produtos adquiridos online serão<br />
liquidados através de pagamento via<br />
Paypal, cartão de crédito/débito ou<br />
referência multibanco.<br />
V Os produtos adquiridos não poderão<br />
ser usados para fins comerciais.<br />
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