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RESERVA <strong>1500</strong><br />
CENÁRIO PROVA<br />
Durante muito tempo, sensivelmente até à<br />
década de 70 do século passado, a grande<br />
quantidade de verdes que se produziam<br />
eram vinhos tintos, ásperos, acídulos e<br />
de baixo teor alcoólico, consumidos no<br />
ano da produção, sem qualquer tipo de<br />
envelhecimento. Não desapareceram<br />
totalmente e ainda bem, pois continuam<br />
a dar imenso prazer em alguns<br />
momentos, por exemplo na companhia<br />
de uns rojões ou de uma lampreia.<br />
Mas foi a modernização das técnicas de<br />
produção e o investimento nos vinhos<br />
brancos que trouxe à região, nas décadas<br />
seguintes, maior proveito e fama, fruto da<br />
grande aceitação que estes vinhos com<br />
Os novos vinhos da Quinta de<br />
Azevedo são uma boa notícia<br />
para os apreciadores exigentes<br />
que procuram vinhos verdes<br />
com capacidade de evolução.<br />
grande frescura, aromas e acidez viva<br />
e equilibrada, mereceram por parte de<br />
um mercado cada vez mais alargado.<br />
O segmento de vinhos verdes mais<br />
fáceis de beber, mais competitivos em<br />
preço, produzidos por marcas de grande<br />
notoriedade está forte e desempenha um<br />
importante papel quer pela capacidade<br />
de atrair novos consumidores, quer pela<br />
penetração em mercados externos.<br />
Porém, os últimos anos têm<br />
testemunhado uma maior maturidade<br />
e exigência por parte de produtores e<br />
consumidores quando pensam em vinho<br />
verde, com o mercado a registar maior<br />
produção e um crescimento significativo<br />
das vendas de vinhos mais complexos,<br />
com menos gás e sabor mais persistente.<br />
Aposta nas capacidades<br />
da Alvarinho<br />
E é aqui que chegamos à Quinta de<br />
Azevedo e à evolução vitivinícola que tem<br />
protagonizado nesta viagem dos vinhos<br />
verdes, que começa nos solos minhotos<br />
e acaba no palato dos consumidores.<br />
A propriedade, localizada próximo de<br />
Barcelos, foi adquirida pela Sogrape em<br />
1980 como base da operação da empresa<br />
na região. Na altura, foi objeto de uma<br />
vasta intervenção ao nível vitivinícola<br />
e também do solar que, à sombra da sua<br />
torre construída no século XV, é hoje um<br />
dos locais de maior prestígio da Sogrape.<br />
Desde a vinha à adega, tudo foi feito<br />
na Quinta de Azevedo para melhorar a<br />
qualidade das uvas e do seu tratamento.<br />
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