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Revista 83 Clube Reserva 1500

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RESERVA <strong>1500</strong><br />

A VIDA NA VINHA<br />

que o Alvarinho e o Loureiro<br />

revelaram ao terroir e a<br />

sua complementaridade<br />

em blend, quer ao nível da<br />

harmonia, quer ao nível da<br />

estrutura e seriedade que<br />

o Alvarinho traz a estes<br />

vinhos, inclusive dandolhes<br />

capacidade de evolução<br />

em garrafa, uma qualidade<br />

que é cada vez mais<br />

procurada por apreciadores<br />

que não querem apenas<br />

vinhos verdes jovens mas<br />

também vinhos com um<br />

perfil aromático mais<br />

sofisticado, com mais<br />

aromas terciários.<br />

A Quinta de Azevedo<br />

serve ainda de exemplo<br />

para outra caraterística<br />

que se tem revelado tão<br />

importante: numa altura<br />

em que é fácil dizermos<br />

que ‘está tudo inventado’, a<br />

verdade é que continuamos<br />

a ser surpreendidos com<br />

vinhos que nos mostram<br />

inovações, mesmo quando<br />

a novidade é a recuperação<br />

de perfis antigos, entretanto<br />

esquecidos. Para que isso<br />

aconteça, é importante<br />

a existência de campos<br />

experimentais, onde se testam<br />

em pequenas quantidades o<br />

comportamento de diversas<br />

castas e a sua adaptação aos<br />

solos e a futuros vinhos. E<br />

os sócios do <strong>Reserva</strong> <strong>1500</strong><br />

sabem do que falamos, pois<br />

têm oportunidade de apreciar<br />

algumas destas experiências<br />

que aqui trazemos ao <strong>Clube</strong>.<br />

Os campos de ensaio são<br />

hoje ainda mais importantes,<br />

tendo em vista as alterações<br />

climáticas e a resposta e<br />

adequação das castas a<br />

este fenómeno que pode<br />

trazer grandes alterações à<br />

viticultura e que será, por isso,<br />

mais um dos desafios que<br />

esta atividade terá de vencer.<br />

A utilização de porta-enxertos tornou-se uma prática absolutamente necessária a partir da segunda metade<br />

do século XIX, quando a filoxera destruiu a esmagadora maioria dos vinhedos europeus. Quando finalmente<br />

se percebeu que a origem desta praga residia no ataque às raízes da videira, descobriu-se também que a única<br />

solução seria enxertar as castas europeias que já eram utilizadas em pés americanos, imunes a esta praga e que é<br />

ainda hoje a única forma de eliminar a ameaça da filoxera.<br />

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