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ADRIANA CHIARI MAGAZINE N. 16

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“Diversidade é chamar para<br />

o baile. Inclusão é convidar<br />

para dançar”.<br />

Uma tarefa revolucionária, já que somos constantemente<br />

treinados para nos comportar de forma<br />

padronizada. Uniformizados, robotizados, homogeneizados.<br />

Forçados a caber em fórmulas, tamanhos precisos,<br />

avaliações lineares. Isso me lembra uma música de<br />

Raul Seixas: “Eu calço é 37 / Meu pai me dá 36 / Dói,<br />

mas no dia seguinte / Aperto meu pé outra vez”.<br />

Repetimos comportamentos, muitas vezes sem nos<br />

questionar a validade deles.<br />

Incluir a comunidade trans é aceitar que cada<br />

ser humano tem o direito de ser quem é. É<br />

abandonar a ideia de tolerância e abraçar uma<br />

atitude de respeito. Tolerar é apenas conter a<br />

violência, respeitar é estar aberto para aprender<br />

com o outro e entendê-lo na sua integridade.<br />

Sobra pouco espaço para a humanidade, que é imprecisa<br />

por natureza. Basta olhar em volta para perceber<br />

como a diversidade é onipresente. Não existe<br />

ninguém igual a ninguém, nem mesmo gêmeos<br />

univitelinos.<br />

Cada ser humano é único<br />

e singular. É aí que está<br />

muito mais interessante<br />

quando a gente<br />

percebe o valor da<br />

diversidade. Não é<br />

preciso perseguir<br />

um padrão, caber<br />

num vestido, viver<br />

dentro de uma<br />

caixinha pré-fabricada.<br />

E não adianta<br />

apenas concordar<br />

com isso e declarar<br />

neutralidade. Não<br />

basta ser não transfóbico.<br />

É preciso<br />

ser antitransfóbico.<br />

Enquanto a inclusão da<br />

diversidade for apenas<br />

uma formalidade, ela não<br />

existe.<br />

41 www.adrianachiarimagazine.net

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