Expletive ele in European Portuguese Dialects - CLUL ...

EXPLETIVE ELE
IN
EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS

UNIVERSIDADE DE LISBOA
FACULDADE DE LETRAS
DEPARTAMENTO DE LINGUÍSTICA GERAL E ROMÂNICA
EXPLETIVE ELE
IN
EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
Ernestina Carrilho
Tese orientada por:
Ana Maria Martins
Knut Tarald Taraldsen
DOUTORAMENTO EM LINGUÍSTICA
(Linguística Portuguesa)
2005

Quel que soit le point de vue auquel nous considérons la
dialectologie, elle a une grande importance. En premier lieu,
elle sert à la glottologie générale, parce que, comme les
dialectes ont un développement plus libre et plus spontané que la
langue des lettrés […] on y peut plus facilement surprendre
l’action des forces vives du langage.
José Leite de Vasconcellos, Esquisse d’une dialectologie portugaise.
Nunca pude compreender bem a que propósito viria o nome
expletivo, talvez por me ater muito à significação latina EXPLERE,
encher. Se a oração já está plena, como é que ainda vem mais
enchimento? [...] Hoje que a ciência da linguagem investiga os fatos
sem deixar-se pear por antigos preconceitos, já não podemos levar
essas expressões à conta de superfluidades nem ainda atribuir-lhes
papel decorativo, o que seria contra-senso [nota omitida, EC], uma
vez que rareiam no discurso eloqüente e retórico e se usam a cada
instante justamente no falar desataviado de todos os dias.
Manuel de Said Ali, Meios de Expressão e Alterações Semânticas.

Table of Contents
Abstract xi
Resumo (Summary in Portuguese) xiii
Acknowledgements xxi
1. INTRODUCTION 1
2. EXPLETIVES, SUBJECTS AND BEYOND
2.0 Introduction 9
2.1 On the notion ‘expletive’ 10
2.2 Pure expletives and their associates 18
2.3 Non-overt expletives 21
2.4 Exceptional overt expletives 26
2.4.1 Some data 26
2.4.2 A V2 requirement in Icelandic 33
2.4.2.1 Platzack 1998: það satisfies a visibility condition on C 35
2.4.2.2 Holmberg 2000c: það checks a P-feature of C 38
2.4.3 A topic expletive in Finnish 39
2.4.4 A peripheral expletive in Romance 45
2.4.4.1 FP and overt expletives 46
2.4.4.2 Expletives as evidentiality markers (Uriagereka 2004) 48
2.4.4.3 Expletives and multiple specs in C (Silva-Villar 1998) 51
9

3. ON DIALECT SYNTAX: METHODOLOGICAL ISSUES 59
3.0 Introduction 59
3.1 On the study of non-standard syntax 59
3.2 The problem of data collection 65
3.3 This study: methodological options 74
4. OVERT EXPLETIVES IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS: DATA 77
4.0 Introduction 77
4.1 Sources 78
4.2 The distribution of expletive ele 81
4.2.1 Subject-like expletive in impersonal contexts 84
4.2.1.1 Semantically impersonal predicates 85
i. Natural predicates 85
ii. Existential verbs 86
iii. The verb ser ‘to be’ 90
iv. Other impersonal verbs 92
4.2.1.2 Clausal subject extraposition 94
4.2.1.3 Presentative constructions 95
i. Small clause complements and unaccusative verbs 96
ii. Other verbs 101
4.2.1.4 Subject wh-extraction contexts 101
4.2.1.5 Summary 103
4.2.2 Peripheral expletive 105
4.2.2.1 Peripheral to the subject 106
4.2.2.2 Peripheral in syntactically impersonal constructions 116
i. Third plural arbitrary null subject 116
ii. Impersonal se 118
4.2.2.3 Before preverbal adverbials 120
4.2.2.4 Before other peripheral constituents 125
i. Topics 125
ii. Clefts 129
iii. Affective Phrases 130
iv. Dislocated wh-phrases 131

4.2.2.5 In imperative sentences 132
4.2.2.6 In (negative) answers to yes-no questions 133
4.2.2.7 In question-tag 134
4.2.2.8 Before an independent phrase 135
4.2.2.9 In isolation 138
4.2.2.10 Summary 139
4.2.3 Postverbal expletive 141
4.2.3.1 Verb initial contexts 143
4.2.3.2 Preverbal subject contexts 146
4.2.3.3 Preverbal XP constexts 148
4.2.3.4 Summary 151
4.2.4 Geographical spread 150
4.3 Comparative data: expletive demonstrative pronouns and expletive ele 157
4.3.1 The distribution of “expletive” demonstratives: impersonal and
peripheral contexts
4.3.1.1 Impersonal contexts 158
4.3.1.2 Peripheral contexts 159
4.3.2 Demonstratives and the postverbal position 162
4.3.3 Summary 164
4.4 On the discourse functions of expletive ele 165
4.5 Summary 177
5. EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE SYNTAX 179
5.0 Introduction 179
5.1 The peripheral hypothesis revisited 181
5.2 The expletive and the left periphery 186
5.2.1 The postverbal expletive is peripheral to IP 186
5.2.2 Two different peripheral positions for expletive ele 193
5.3 The expletive and [Spec, IP] 209
5.4 On the phrasal status of expletive ele 220
5.5 Peripheral positions for expletive ele 223
5.5.1 Preliminaries 223
5.5.2 Views on the left periphery 227
157

5.5.3 The high position of peripheral expletive ele 236
5.5.4 The low peripheral position of peripheral ele 246
6. CONCLUSION 251
APPENDIX 265
REFERENCES 389

ABSTRACT
This dissertation investigates the status of expletive ele in non-standard European
Portuguese (EP). More specifically, it is concerned with the syntax of constructions
involving expletive ele, whose properties it attempts to explain, both at the syntactic and at
the discourse levels. The aim of this investigation is twofold: (i) to provide a
comprehensive account of overt expletive constructions in EP; (ii) to contribute to a better
understanding of the status and function of expletives in natural languages in general. The
research is developed within the Principles and Parameters framework of generative syntax
(Chomsky 1981) under its minimalist version (Chomsky 1993, 1995 and subsequent
work). The empirical support for this work has been drawn from the Syntactically
Annotated Corpus of Portuguese Dialects (CORDIAL-SIN) developed at Centro de
Linguística da Universidade de Lisboa.
Although it is usually assumed that Null Subject Languages (NSLs) like EP lack
overt subject expletives, expletive ele has been traditionally analyzed as an expletive
subject similar to those occurring in Non Null Subject Languages. This dissertation,
however, explores and consolidates recent ideas relating certain expletives to positions
other than the canonical subject position. More specifically, it is argued that expletive ele
relates to the structure of the sentential left periphery (in line with Platzack 1998 and
Holmberg 2000c for Icelandic expletive það; Holmberg and Nikanne 2002 for Finnish sitä;
Uriagereka 1992-2004 and Silva-Villar 1996-2004 for Romance NSLs overt expletives).
The empirical survey carried out in this investigation provides evidence for
distinguishing three distributional types of expletive ele: (i) impersonal ele; (ii) peripheral
ele; (iii) postverbal ele. It is argued that all types display discourse-related effects
connected to the illocutionary force assumed by a sentence. The proposal put forth in this
investigation thus relates expletives (i) and (ii) – which can be shown to be in general non
distinct – to a high [Spec, ForceP] peripheral position, relevant for the sentence
type/illocutionary force mapping (adapting Rizzi 1997, Haegeman 2002), and expletive
(iii) to a low peripheral [Eval 0 ] position activated by evaluative sentences (adapting Ambar
1997, 1999).
KEYWORDS:
expletive, left periphery, illocutionary force, Portuguese dialects, dialect syntax

RESUMO
O expletivo ele em Português Europeu dialectal
Esta dissertação tem como objecto de estudo o expletivo ele, característico de variedades
não-standard do Português Europeu (PE). Mais especificamente, a investigação aqui
apresentada centra-se sobre a sintaxe das construções que envolvem este expletivo,
procurando explicar as propriedades por elas manifestadas, quer no nível sintáctico quer no
domínio dos seus efeitos discursivos. Este estudo tem, no entanto, o duplo objectivo de não
só (i) caracterizar cabalmente os fenómenos associados à ocorrência de expletivos visíveis
em PE, como, concomitantemente, (ii) aprofundar o conhecimento sobre o estatuto e a
função dos expletivos nas línguas naturais em geral. A análise apresentada toma como
referência o quadro da Teoria de Princípios e Parâmetros (Chomsky 1981 e trabalhos
posteriores), na sua versão minimalista (Chomsky 1993, 1994, 1995 e trabalhos
subsequentes) e assenta em fundamentação empírica essencialmente proveniente do
Corpus Dialectal com Anotação Sintáctica – CORDIAL-SIN (em desenvolvimento no
Centro de Linguística da Universidade de Lisboa).
Os trabalhos que se ocupam de expletivos nas línguas naturais têm-se multiplicado
nas últimas décadas. Uma considerável parcela de investigação em linguística,
especialmente no domínio da sintaxe, tem assim procurado elucidar as propriedades de
certa forma enigmáticas que caracterizam estes elementos linguísticos. Desprovidos de
conteúdo referencial e de interpretação argumental, os expletivos têm em geral sido
considerados uma manifestação pura da sintaxe. Assim, a investigação sobre expletivos do
tipo daqueles que ocorrem em Inglês tem normalmente sido concordante na caracterização
destes elementos como um mero mecanismo estrutural que satisfaz um requisito de
visibilidade da posição estrutural de sujeito (tradicionalmente, [Spec, IP]).
Trabalhos recentes sobre expletivos de línguas diferentes do Inglês têm, no entanto,
sugerido que alguns expletivos podem operar fora do domínio de IP, tipicamente associado
à codificação sintáctica de uma proposição. Mais especificamente, têm sido propostas
análises que relacionam os expletivos de certas línguas naturais com posições dentro do
domínio de CP, tipicamente ligado à codificação de propriedades relevantes no plano
discursivo. Algumas dessas propostas mantêm no essencial a ideia de que os expletivos
correspondem a um mecanismo sintáctico meramente estrutural. Numa língua V2 como o
Islandês, por exemplo, o expletivo það apareceria numa posição de especificador de uma

projecção da periferia esquerda como meio de satisfazer um requisito de visibilidade
operante neste domínio (cf. Platzack 1998, Holmberg 2000c). No entanto, numa língua
orientada para o discurso, como o Finlandês, o expletivo sitä parece estar também
associado ao modo como a informação se distribui na frase, traduzindo propriedades
discursivas relacionadas com a noção de tópico. Holmberg e Nikanne 2002, por exemplo,
associam o expletivo à verificação de um traço [-Foc] de um núcleo F acima de IP, cujo
especificador corresponderia a uma posição de tópico. Não havendo movimento de outro
constituinte para esta posição de tópico, o traço [-Foc] de F teria de ser verificado por
inserção do expletivo sitä nessa posição.
Propostas deste tipo permitem alargar os horizontes dentro dos quais os expletivos
podem ser entendidos. Em especial, tornam mais plausível ainda a ideia de que os
expletivos visíveis das línguas de sujeito nulo não têm necessariamente de estar
relacionados com a posição de [Spec, IP]. Neste sentido, permitem também desenvolver
novas explicações para o facto de vários línguas românicas de sujeito nulo (entre as quais o
PE) apresentarem expletivos visíveis – explicações enquadradáveis numa linha de
investigação já esboçada em trabalhos recentes sobre os expletivos destas línguas
(Uriagereka 1992, 1995b e em especial 2004; Silva-Villar 1998, 2004).
A escolha do tópico desta dissertação foi pois em parte motivada pelo desígnio
geral de explorar uma nova abordagem à análise teorico-descritiva dos expletivos visíveis
numa LSN. Naturalmente, para esta escolha contribuiu também um desígnio de alcance
mais específico, o de procurar clarificar uma área relativamente obscura da linguística
portuguesa.
Enquanto fenómeno característico de variedades não-padrão da língua portuguesa,
o expletivo ele tem passado despercebido na maioria dos trabalhos de sintaxe teórica. Os
poucos estudos que o mencionam, no entanto, subscrevem em geral a ideia tradicional de
que ele desempenha em Português europeu o papel que it ou there desempenham em Inglês
ou que il representa em Francês. Ou seja, o expletivo ele tem, em geral, sido considerado
um sujeito expletivo. (A este respeito, Uriagereka 1992, 1995b, Martins 1993 e Raposo
1995 constituem notáveis excepções.) A investigação que agora se apresenta procura então
preencher esta lacuna e contribuir para um melhor conhecimento deste aspecto
característico de variedades não-padrão do PE.

A dissertação consta de seis capítulos.
A seguir a uma breve introdução, o capítulo 2 revela o enquadramento teórico deste estudo
sobre o expletivo ele e contextualiza este trabalho no quadro mais amplo da investigação
linguística sobre expletivos visíveis de línguas que permitem (e normalmente apresentam)
expletivos não-visíveis. Num primeiro momento, clarifica-se a noção de ‘expletivo’, opção
justificada pela ambiguidade terminólogica que normalmente envolve a palavra expletivo.
A sintaxe generativa especializou este termo no sentido de este designar especificamente
um elemento sintáctico que serve para preencher a posição do sujeito, e mais
especificamente ainda, um tipo particular dos elementos que servem esta função – os
designados “expletivos puros” do tipo de there em Inglês. Uma vez que a hipótese
subjacente à investigação aqui desenvolvida se baseia na ideia de que o expletivo ele do PE
não tem o estatuto de sujeito, facilmente se compreende que o termo expletivo seja aqui
usado num sentido mais lato.
Ainda assim, o capítulo 2 inclui uma breve caracterização dos “expletivos puros”
do tipo de there em Inglês, para que as suas propriedades possam no devido momento ser
comparadas com as do expletivo ele do Português.
No capítulo 2 são ainda revistas algumas conhecidas generalizações relativamente à
escassez de sujeitos expletivos nas línguas naturais. Além de ser relembrada a familiar
generalização empírica sobre a ausência de expletivos visíveis nas LSNs (Rizzi 1982,
Burzio 1986, Jaeggli e Safir 1989, i.a.), sublinha-se ainda o facto de mesmo certas línguas
de sujeito não-nulo (LSNN) permitirem a ausência de expletivos visíveis. Neste contexto, a
ocorrência de expletivos visíveis em línguas que de forma generalizada admitem sujeitos
nulos é sentida como bastante inesperada.
O capítulo 2 inclui, no entanto, extensa evidência para a recorrência e
complexidade dos contextos que envolvem expletivos “excepcionais”, i.e. expletivos que
ocorrem em (certas variedades de) línguas que permitem sujeitos nulos em geral ou apenas
sujeitos expletivos nulos. Variedades do Espanhol faladas no continente americano,
variedades do Catalão faladas nas ilhas Baleares e o Galego oferecem exemplos no quadro
das LSNs românicas; o Islandês, o Alemão e o Yiddish ilustram o caso de LSNNs que
normalmente têm expletivos não visíveis e que, no entanto, também apresentam expletivos
visíveis. A última parte do capítulo 2 apresenta algumas análises recentes para estes
expletivos “excepcionais”. Em comum, todas as análises encerram a sugestão de que estes

expletivos devem antes ser caracterizados como elementos da periferia esquerda, ainda que
possam diferir em relação à posição que propõem para o expletivo na estrutura dessa
periferia. Análises como as de Platzack 1998 e Holmberg 2000c defendem que numa
língua de V2, como o Islandês, o expletivo satisfaz um requisito de visibilidade numa
posição de Spec de uma projecção superior do domínio de C. Para uma língua de
proeminência do tópico, como o Finlandês, propôs-se que o expletivo sitä satisfaz um
requisito de visibilidade na posição característica do tópico, i.e. [Spec, FP] (Holmberg e
Nikanne 2002). No que diz respeito às línguas românicas, as propostas recentemente
apresentadas por Uriagereka 1992, 1995b, 2004 e Silva-Villar 1996, 1998, 2004 sugerem
também que o expletivo visível nestas línguas pertence ao domínio acima de IP, i.e. CP.
No capítulo 2, estas propostas são apresentadas e sumariamente comentadas, tendo em
conta as predicções que fazem em relação ao expletivo do Português. Mais precisamente,
mostra-se que estas propostas são adequadas no que diz respeito à identificação da
natureza estruturalmente periférica do expletivo ele, mas deixam por explicar outras
propriedades das construções que envolvem este expletivo – propriedades que o extenso
corpus de PE investigado neste trabalho torna visíveis.
No capítulo 3 desta dissertação discutem-se questões metodológicas. Na medida em que o
objecto em estudo consiste num fenómeno característico de variedades não-standard da
língua portuguesa, a abordagem aqui desenvolvida entra necessariamente no domínio da
sintaxe não-standard, mais precisamente da sintaxe dialectal.
Apesar de a sintaxe ser uma área tradicionalmente ignorada nos estudos dialectais,
alguns desenvolvimentos recentes da linguística (como a mundança conceptual operada
pela Teoria de Princípios e Parâmetros na sintaxe generativa) vieram incentivar o
aparecimento da sintaxe dialectal como um novo domínio de estudos linguísticos. A teoria
linguística manifesta hoje, também, o propósito de explicar a variação linguística em geral,
o que tem cada vez mais colocado a variação intra-linguística num lugar comparável
àquele que já era o da variação inter-linguística. A investigação comparativista assim
especializada torna-se prática corrente de novas abordagens aos estudos sintácticos, como
aquela que é desenvolvida pela sintaxe microparamétrica (cf., por exemplo, Black e
Motapanyane 1996). Neste sentido, muitos dos resultados e recursos disponibilizados pela

dialectologia tradicional têm vindo a ganhar um lugar efectivo também nos estudos de
sintaxe.
No domínio do Português, e especificamente do PE, a sintaxe dialectal é também
uma disciplina apenas incipiente. Um passo importante para o seu desenvolvimento foi a
disponibilização de um recurso de largo alcance, como o Corpus Dialectal com Anotação
Sintáctica – CORDIAL-SIN, desenvolvido no Centro de Linguística da Universidade de
Lisboa (http://www.clul.ul.pt/sectores/cordialsin/projecto_cordialsin.html) 1 . Na verdade,
num domínio em que as intuições do falante/investigador dificilmente servem para a
formulação de hipóteses iniciais de trabalho, torna-se indispensável o recurso a meios
alternativos de fundamentação empírica. Trabalhos dialectais de natureza descritiva podem
constituir também importantes indicadores de dados dialectais, mas, na sua ausência, resta
apenas o recurso à observação natural. Um corpus como o CORDIAL-SIN, constituído por
transcrições de excertos de fala espontânea ou semi-dirigida obtida em inquéritos
dialectais, constitui precisamente um instrumento privilegiado que permite obviar a muitas
das dificuldades inerentes à observação natural de dados dialectais.
A fundamentação empírica do trabalho aqui apresentado assenta sobretudo em
dados extraídos do CORDIAL-SIN (numa fase de desenvolvimento do corpus em que
integrava 200.000 palavras, correspondendo a dezassete localidades de Portugal
continental e insular), ocasionalmente complementados por dados de outras fontes, como
fala espontânea do quotidiano e escrita em jornais e romances. Na verdade, o que
inicialmente se concebeu como apenas um primeiro passo nesta investigação acabou por
constituir a sua principal base empírica. A riqueza e a complexidade das construções com
expletivos recolhidas neste corpus motivaram a exclusão de outros métodos de obtenção de
dados, inicialmente previstos, como o recurso ao levantamento sistemático de juízos de
falantes. Pontualmente, no entanto, recorre-se a intuições da autora sobre o seu dialecto
materno, que permite alguns tipos de construções não-standard com expletivos.
A colecção de dados assim obtida, essencialmente a partir do CORDIAL-SIN,
permite definir o quadro geral de distribuição dos expletivos visíveis, em especial do
1 Projecto finaciado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) e pelo fundo comunitário europeu
FEDER (PRAXIS XXI/P/PLP/13046/1998, POSI/1999/PLP/33275 e POCTI/LIN/46980/2002).

expletivo ele, em PE dialectal. O capítulo 4 desta dissertação apresenta uma descrição
exaustiva dessa distribuição. Num primeiro momento considera-se a distribuição sintáctica
de ele expletivo, de acordo com a qual se identificam três tipos de expletivo:
(i) um expletivo de tipo sujeito impessoal (mais especificamente, o expletivo que ocorre
nas construções impessoais em que as LSNNs obrigatoriamente apresentam um expletivo
visível: construções com predicados impessoais, extraposição de sujeito oracional e
construções apresentativas; são também considerados aqui os exemplos que envolvem
extracção de um sujeito qu-);
(ii) um expletivo periférico (que inclui diferentes instâncias do expletivo ele numa posição
visivelmente periférica, por exemplo, à esquerda de sujeitos pré-verbais ou de constituintes
periféricos, como tópicos e constituintes-qu deslocados);
(iii) um expletivo pós-verbal (que invariavelmente ocorre em adjacência imediata ao verbo
flexionado).
Os dados investigados permitem assim alargar a base empírica que tem sido
considerada em estudos anteriores, fornecendo evidência para o facto de o expletivo ele
ocorrer em construções mais diversificadas do que aquelas que são normalmente
analisadas. De modo significativo, a representatividade dos diferentes tipos no corpus
considerado revela que os contextos impessoais não são aqueles que apresentam mais
ocorrências do expletivo ele (apenas 39% do total). Mais significativamente, são os
contextos periféricos aqueles que apresentam um maior número de casos de ele expletivo
(55%). Apenas em 6% do total o expletivo corresponde a uma posição pós-verbal.
O capítulo 4 inclui ainda dados distribucionais comparativos com os pronomes
demonstrativos neutros, que também podem funcionar como expletivos. Desta comparação
resulta um contraste nítido entre os tipos (i) e (ii) acima identificados, por um lado, e o tipo
(iii), por outro. Enquanto os primeiros facilmente comutam com os demonstrativos,
podendo, portanto, surgir nos mesmos contextos, o último nunca pode ser substituído por
um demonstrativo.
Um dos aspectos fundamentais da análise proposta nesta dissertação assenta na
alegada importância do expletivo no plano discursivo. Nesse sentido, o capítulo 4
apresenta ainda os principais efeitos discursivos que podem ser correlacionados com a
presença de ele. Com base na evidência fornecida pelos dados do CORDIAL-SIN,

mostra-se que o expletivo de tipo (i) e (ii) actua como uma espécie de elemento reforçador
da força ilocutória que uma frase pode assumir, enfatizando o valor expressivo, o valor de
ordem, ou o valor assertivo de frases, respectivamente, exclamativas e interrogativas
não-standard (como as interrogativas retóricas), imperativas ou declarativas. O expletivo
de tipo (iii), por sua vez, manifesta o efeito de contribuir para o valor avaliativo das frases
em que ocorre.
A análise apresentada no capítulo 5 procura dar conta destes efeitos discursivos
manifestados pelo expletivo, tendo presentes as suas propriedades sintácticas.
Num primeiro momento a hipótese de que o expletivo ele é um elemento periférico
(já sugerida por Uriagereka 1992-2004 e Silva-Villar 1996-2004) é reavaliada à luz da
tipologia de expletivos delineada. Assume-se, de acordo com Uriagereka 2004, que o tipo
(i) deve ser em geral reinterpretado como representativo também do tipo (ii), ou seja, os
casos de expletivo ele aparentemente em posição de sujeito deverão ser antes analisados
como instâncias de um expletivo periférico que co-ocorre com um sujeito expletivo não
visível. Assim, a tipologia final consta efectivamente de dois tipos: (i) e (ii), por um lado, e
(iii), por outro (ou seja, expletivo periférico e impessoal vs. expletivo pós-verbal). A
reavaliação da hipótese mencionada passa então pela determinação do estatuto do
expletivo pós-verbal como um elemento da periferia esquerda da frase. Assim, uma parte
inicial do capítulo 5 é dedicada à demonstração de que o expletivo pós-verbal também
ocorre na periferia esquerda da frase. Além disso, demonstra-se ainda que os dois tipos de
expletivo não podem ser unificados. O quadro abaixo sintetiza alguns dos aspectos em
relação aos quais os dois tipos de expletivo exibem comportamentos distintos:
EXPL
PERIF/IMPESS
EXPL
PÓS-VERBAL
a. posição na periferia alta baixa
b. distribuição em contextos encaixados
menos
restrita
mais
restrita
c. adjacência ao verbo - +
d. substituição por demonstrativo + -
Quadro 1. Contraste entre expletivos periféricos/impessoais e ele pós-verbal

As diferenças expressas pelas alíneas c) e d) do quadro 1 são correlacionadas com uma
diferença fundamental relativa à posição estrutural destes expletivos: enquanto o expletivo
periférico/impessoal parece corresponder a uma categoria de tipo XP, o expletivo
pós-verbal corresponde antes a uma categoria de tipo X 0 .
Discursivamente, os dois tipos apresentam uma diferença significativa: enquanto o
primeiro tipo aparece correlacionado com diferentes valores ilocutórios (com um efeito
sempre reforçativo), o expletivo pós-verbal aparece unicamente correlacionado com um
valor avaliativo (expressivo).
Com base nestas diferenças, defende-se nesta dissertação que aquilo a que chamamos
expletivo ele é na verdade um elemento ambíguo na gramática do PE. Antes de mais,
alguns exemplos revelam que ele pode residualmente aparecer como sujeito, sugerindo-se
que nesse caso ele corresponda a um uso residual de tipo demonstrativo (a relacionar com
a forma acusativa do neutro demonstrativo -o). Este será portanto um caso a distinguir
daqueles que foram acima apresentados como expletivo periférico/impessoal e expletivo
pós-verbal. Em relação a estes, propõe-se uma distinção não só ao nível da sua categoria
(XP/X 0 ) como também das posições que ocupam na periferia esquerda da frase: assim,
enquanto os primeiros ocupariam um posição de Spec de uma projecção ForceP numa área
alta da periferia esquerda, o segundo ocuparia a posição de núcleo de uma projecção
EvaluativeP (adaptada de Ambar 1997, 1999) numa área mais baixa da periferia esquerda.
PALAVRAS-CHAVE:
expletivo, periferia esquerda, força ilocutória, Português dialectal, sintaxe dialectal

Acknowledgments
I would like to express my warm thanks to all the people who made this dissertation become real.
First of all, I would like to thank my national supervisor, Ana Maria Martins. From the
very beginning of this project, she has been a source of enthusiasm for exploring the sphere of
dialect syntax and the work here presented owes a lot to her insights into this domain. Needless to
say, I am very grateful for her readiness to comment on my work, for her comments, suggestions,
hints, patience, support, presence and friendship, and, above all, for her stimulating example.
I am also very grateful to my supervisor in Norway, Tarald Taraldsen. Having the
opportunity to discuss with him many of the ideas underlying this work has been a privilege. I
thank him especially for his enthusiasm for Portuguese expletives and for Portuguese grammar, but
also for his comments and many suggestions, and for pushing me to try harder on syntactic
explanation.
Many other people have contributed to this work in very different ways, at very different
moments. To some of them I am particularly indebted for their role in stimulating my interest in
syntax and in dialectology. Other people contributed in a more direct way to this work by
discussing some aspects of it with me, by providing me with some relevant references, or simply by
arranging circumstances so that this work could be improved and come to an end. My thanks go
especially to, in alphabetical order, Rosarío Alvarez, Manuela Ambar, Ernesto d’Andrade,
Manuela Barros Ferreira, Josef Bayer, Helena Britto, Elisabetta Carpitelli, Ana Castro, Ivo
Castro, Michel Contini, João Costa, Inês Duarte, André Eliseu, Charlotte Galves, Marc-Olivier
Hinzelin, Anders Holmberg, Georg Kaizer, Alazne Landa, Maria Lobo, Ana Cristina Macário
Lopes, Mar Massanells, Matilde Miguel, Antónia Mota, Christer Platzack, Eduardo Paiva Raposo,
Antonio Romano, João Saramago, Luisa Segura da Cruz, Luis Silva-Villar, Peter Svenonius, Juan
Uriagereka, Øystein Vangsnes, Gabriela Vitorino, Francisca Xavier.
All errors and misconceptions remain mine.
Part of the work presented in this dissertation has received finantial support from the
Research Council of Norway. Other institutions also contributed to this work, by offering the
optimal conditions for its development: Centro de Linguística da Universidade de Lisboa,
Departamento de Linguística Geral e Românica da Faculdade de Letras de Lisboa, and Institutt
for Lingvistikk, Det Humanistiske Fakultet, Universitet i Tromsø.
Last but not least, I have a warm word for colleagues, friends and relatives who have been present
– some of them vital – during these times:
Catarina, Maria, Sandra, André, Gabriela, João, Luisa and Manuela
Dominique, Michèle and Michele
Elisabetta, Francesca, Jeanine, Jean-Pierre, Mar, Maria, Sabrina and Tonino
Artur, Asya, Elli, Hanna, Ingveld, Marit, Patricia, Paula and Siri
Cristina, Dulce, Esperança and Rita
Anabela, Armanda, Celeste, João, Guilhermina, Madalena and Matilde
Rita, Amália, Zé Manel and Celeste Augusto
Cidália, Hermínia, Laura, Ana, Milu and Lila
Mana, Mãe, Pai and Zoca
João and Joãozinho
thanks!

1.
Introduction
This dissertation investigates a fairly unexpected topic: overt expletives in a null subject
language. For decades, expletives have called the linguists’ attention, and have encouraged
a huge amount of reasoning about natural language. Within the Principles and Parameters
framework of generative syntax (Chomsky 1981 and subsequent work), which is adopted
in this dissertation under its minimalist version (Chomsky 1993, 1994, 1995 and
subsequent work), they have become one of the most prolific topics in linguistic debate
and one central domain of evidence for syntactic argumentation.
As semantically vacuous pieces of language which behave much like a subject in
languages such as English or French, expletives like those in (1) below have essentially
been seen as a manifestation of syntax par excellence, the linguistic system’s response to a
purely syntactic requirement on the subject position.
(1) a. It is snowing. / Il neige.
b. It is true that I like the snow. / Il est vrai que j’aime la neige.
c. There is too much snow on the roof. / Il y a trop de neige sur le toit.
Expletives are generally pronoun or adverb-like (such as French il and English there,
respectively), and they are usually assumed to be non-referential (they have no reference,
neither intrisically nor contextually defined) and non-argumental, i.e. as they are not
arguments of a predicate, they do not bear any thematic role. In other words, they typically
occur as the subject of impersonal constructions (in the broad sense of Perlmutter 1983).
1

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
Linguistic discussion has essentially been focused on those expletives that usually
appear in languages disallowing any kind of empty subject position (i. e. non null subject
languages, NNSLs henceforth) – which is the case of English and French:
(2) a. *(I) like the snow.
b. *(J’) aime la neige.
In such languages, non-argumental subjects like those in (1) behave much like argumental
ones, such as those in (2): whichever the type of subject, this must be obligatorily overt.
Expletives appear then as the syntactic mechanism that permits a non-argumental subject
position to be visible in NNSLs. In other words, expletives correspond to a structural
device strictly connected with some visibility requirement on the subject position – they
indeed constituted very strong motivation for postulating the universal requirement that
says that every sentence must have a subject position (known as the EPP, for Extended
Projection Principle, cf. Chomsky 1982: 10).
Not surprisingly, overt expletives are typically absent from languages allowing
empty referential subjects in finite clauses (i.e. null subject languages, NSLs). This is
manifestly the case of European Portuguese (henceforth EP). The Portuguese counterpart
to (2) above shows in fact the possibility of dropping out the subject pronoun:
(3) (Eu) gosto de neve.
I like of snow
‘I like the snow.’
And, by the same token, non-argumental subjects are equally allowed to be non-overt:
(4) a. [-] Está a nevar.
is A snow-INF
‘It is snowing.’
b. [-] É verdade que gosto de neve.
is true that like-1SG of snow
‘It is true that I like the snow.’
c. [-] Há muita neve no telhado.
has much snow on.the roof
‘There are lots of snow on the roof.’
Actually, overt expletives tend to be absent from standard NSLs – hence, judgements on
overt expletives in these languages usually conform to the following pattern:
2

(4’) a. (*Ele) está a nevar.
EXPL is A snow-INF
b. (*Ele) é verdade que gosto de neve.
EXPL is true that like-1SG of snow
c. (*Ele) há muita neve no telhado.
EXPL has much snow on.the roof
1. INTRODUCTION
The correlation between NSLs and the lack of overt expletives has indeed become a well-
established empirical generalization relating to the constellation of null subject phenomena
(Rizzi 1982, 1986, Burzio 1986, Jaeggli and Safir 1989, i.a.).
Quite paradoxically, thus, this dissertation studies overt expletives in EP, a NSL.
Although the standard language normally lacks overt subjects in impersonal constructions
(see (4) above), it is true that some EP varieties do allow a subject-like overt expletive.
Grammarians, philologists and dialectologists have occasionally reported the use of such
expletive, with marginal and sporadic remarks on impersonal constructions involving an
overt subject (Leite de Vasconcellos 1901, Moreira 1913, Epifânio Dias 1918, Cunha and
Cintra 1984, Vilela 1995, Mateus et al. 2003). The expletive allegedly involved as the
subject of such constructions has a pronoun-like shape, actually homophonous to the
masculine third person singular subject pronoun: ele. It can be found in examples such as
the following:
(5) […] ele há marotos muito grandes na tropa!
EXPL has rascals very great in.the troops
(Camilo Castelo Branco, Corja, 24, apud Epifânio Dias 1918, 1933: 21)
‘… there are such rascals in the troops!’
(6) Ele haveria no mundo nada mais acertado.
EXPL have-COND.3SG in.the world nothing more rightful
(Miguel Torga, Contos da Montanha, 24, apud Cunha and Cintra 1984: 284)
‘There would have nothing so right in the world.’
(7) Ele há tanta mulher por aí!... (Fernando Namora, O Trigo e o Joio, 258, apud id.)
EXPL has so.much woman there
‘There are so many women anywhere!’
(8) Ele chove. (Leite de Vasconcellos 1901, 1987: 122)
EXPL rains
‘It rains.’
(9) Ele são horas. (ibid.)
EXPL are hours
‘It is time.’
3

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
(10) Ele choveu toda a noite. (Mateus et al. 2003: 283, fn. 5)
EXPL rained all the night
‘It has rained all night long.’
The neuter demonstrative pronouns isto ‘this’, isso, and aquilo ‘that’ are also mentioned as
expletive subjects:
(11) […] isto é noite […] (H.P., I, 406, apud Epifânio Dias 1918, 1933: 21) 1
this is night
‘… it is night…’
(12) Isto são dez horas já (Prestes, 125, apud id.)
this are ten hours already
‘It is already ten o’clock.’
The use of such expletives (both ele and the neuter demonstratives) is recurrently related to
some non-standard varieties of EP: to a “familiar style” (Said Ali 1927), to “informal
conversation” (Epifânio Dias 1918), to popular or popular-like varieties (Leite de
Vasconcellos 1901, 2 Cunha and Cintra 1984, Vilela 1995), to “more conservative/archaic
dialects” (Mateus et al. 2003).
It must be added however that even the so-called standard variety of EP may admit
an overt expletive in some controlled (impersonal) contexts. Mateus et al. 2003 notice the
presence of the expletive in frozen expressions (= “frases feitas”) such as in the following
examples (from Mateus et al. 2003: 283, fn.5):
(13) Ele há cada uma!
EXPL has such one
‘There are such things!’
(14) Tudo está mais caro: ele é o leite, ele é a fruta, ele é o peixe.
everything is more expensive EXPL is the milk EXPL is the fruit EXPL is the fish
± ‘Everything is getting more expensive: milk, fruit, fish.’
In fact, it is not uncommon to find expletive ele in spoken and even in written language, in
expressive uses which indeed involve either the existential verb haver (just like (13)
above) or a presentative enumeration using the verb ser, similar to the one found in (14):
1 See also Said Ali 1927, where the use of isto is instead equated to the adverb agora ‘now’.
2 It is not clear whether the use of ele has also been considered a regional feature of Southern dialects or not:
Leite de Vasconcellos includes a note about expletive ele among a couple of remarks on the popular syntax
from such dialects, but he adds no particular comment on the regional distribution of the expletive.
4

1. INTRODUCTION
(15) Afinal o que importa não é ser novo e galante
‘After all, it does not matter to be young and charming’
— ele há tanta maneira de compor uma estante!
EXPL has so.much way of arrange-INF a bookcase
(Mário Cesariny, Pastelaria [poem] in Cesariny 1991: 15)
‘There are so many ways of arranging a bookcase!’
(16) Ele há dias assim. (Isabel da Nóbrega, weekly newspaper Expresso, 25.10.2003)
EXPL has days like.that
‘There are such days.’
(17) Passa todas as semanas, e parecia em perda de criatividade e de bom gosto.
±is.on.TV every the weeks and seemed loosing of criativity and of good taste
Mas ele há “zappings” felizes. Este de Luís Osório foi-o, seguramente.
but EXPL has zappings happy this of Luís Osório was-CL.ACCUS surely
(newspaper, Público, 26.01.2003)
± ‘You can see it every week, and it seemed to be loosing criativity and good taste. But there
are indeed good “zappings”[name of TV program]. Surely, this one, by Luís Osório, was one
of them.’
(18) Elas acudiam com números de telefone: ele era para a ama que tinha ficado
they came with numbers of telephone EXPL was to the babysitter who had stayed
com o filho, ele era para a mãe, ele era «para uma grande amiga que é como se
with the son EXPL was to the mother EXPL was to a great friend who is as if
fosse minha irmã». (Alçada Baptista 1985: 158)
was my sister
± ‘They came with phone numbers: to the babysitter who was with their children, to their
mothers, to “some sister-like great friend”.’
(19) As imagens das operações militares […] invadiram as casas dos confundidos habitantes
the images of.the operations military invaded the houses of.the confused inhabitants
da capital. Ele eram os oficiais a dar ordens, ele eram os sargentos a berrar para
of.the capital EXPL were the officers A give-INF orders EXPL were the sergeants A shout to
as fazer cumprir, e eram os sapadores a instalar barreiras […].
them make-INF follow-INF and were the soldiers A install-INF barriers
(José Saramago 2004: 69)
±‘The images of the military operations […] invaded the capital’s confused inhabitants’
homes. The officers were giving orders, the sergeants were shouting to make people follow
them, and the soldiers were installing barriers […].’
In view of such impersonal examples, it becomes thus unsurprising that non-referential ele
has essentially been compared to those subject expletives which are obligatory in NNSLs
like English or French (see i.a., Cunha and Cintra 1984, Duarte and Matos 1984, Raposo
1992, Peres and Móia 1995, Duarte et al. 2002). But this obviously calls into question the
received view that NSLs lack overt expletives. If a NSL such as EP has indeed overt
5

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
expletive subjects, the very same kind of expletives that appear in NNSLs, then it is the
status of expletives itself that is challenged. 3
Alternatively, one might well entertain the hypothesis that what looks like an overt
expletive subject in NSLs is actually a different kind of linguistic element, whose status
must evidently be elucidated. Such an approach has already been suggested for Romance
NSLs’ expletives, including EP ele (Uriagereka 1992, 1995a, 1995b, 2004, Martins 1993,
Raposo 1995, Raposo and Uriagereka 1996, 2004, Silva-Villar 1998, 2004).
[...] I am not convinced that the expletive one gets in French is of the same
sort as the expletive in archaic dialects [Portuguese, Galician and Leonese,
EC], the French one being a consequence of the impossibility of pro-drop.
Uriagereka 1995b: 168
An analysis within the same spirit has been developed for overt expletives in a
topic-prominent NSL like Finnish (see Holmberg and Nikanne 2002).
As far as EP expletive ele is concerned, its characterization as a subject seems
indeed to be far from definite. Casual data including this expletive made me suspect so.
This suspicion was further strengthened by some additional observations included under
the article ele in the Novo Dicionário Aurélio:
Aparece, às vezes, como sujeito frásico de verbos impessoais ou unipessoais,
ao jeito do francês, do inglês e do alemão, uso ainda observável, sobretudo
na linguagem do povo, em Portugal […]. Tem, às vezes, caráter expletivo,
servindo para realçar o sujeito dantes expresso […]. Outras vezes, sem
perder esse caráter, apresenta-se (no falar lusitano) contaminado de
afetividade mais ou menos intensa e despido de qualquer conteúdo lógico.
AURÉLIO 1986: 623, s.v. ele
[Sometimes, it [ele] appears as the subject of impersonal verbs, like in French,
English and German, an usage which may be observed still today in popular
language in Portugal […]. Sometimes, it has an expletive character, and it is used to
reinforce a formerly expressed subject […]. In other cases, also as an expletive, (in
the European usage) it appears connected to some intense emotional involvement,
and deprived of any logic content. – my translation]
3 In fact, besides EP, the presence of overt expletives has equally been reported in other NSLs, such as Old
French, Catalan, Galician, American Spanish, Finnish, and Hebrew (Álvarez 1981, Álvarez et al. 1986,
Bakker 1995, Fernández Soriano 1999, Henríquez Ureña 1939, Holmberg and Nikanne 2002, Kany 1945,
Solà et. al. 2002, Toribio 1993, Uriagereka 1992, 1995a, 1995b, Vainikka and Levy 1999, i.a.).
4 These were mainly data casually found during dialectal inquiries and/or dialectal inquiries’ listening, and
other data that casually occurred in informal interactions with speakers from my hometown, Portalegre
(Northern Alentejo).
6
4

1. INTRODUCTION
Surely, this is a fairly vague characterization, which, needless to say, requires additional
clarification. But it already includes a clear suggestion for alternative ways of
understanding expletive ele in EP.
The starting point for this dissertation has thus been the need to clarify the status of overt
expletives in EP and, in a more general vein, to have a better understanding of the place of
such linguistic elements in NSLs and in language in general. Hence, the aim of this inquiry
is twofold: (i) to provide an account of overt expletive constructions in EP; and (ii) to
enlarge the linguistic debate about the nature and function of expletives in natural
language. To accomplish this, I will primarily rely on a comprehensive description of
expletives’ distribution in EP. This will be permitted by recent developments on empirical
sources for studying dialect syntax in EP. Namely, I will systematically consider expletive
constructions occurring in an ongoing project for a corpus of Portuguese dialects available
on the internet. The collection of data so obtained, combined with data drawn from other
occasional sources, will provide a general picture of the distribution of overt expletives in
non-standard EP, which in fact spread over a spectrum of constructions that goes well
beyond impersonals.
The approach taken in this dissertation, that of integrating non-standard data into
the description of grammar and into linguistic argumentation, reflects a recent tendency in
parametric syntactic theory: the empirical basis for linguistic research tends to be enriched
by (non-standard) data from dialects (see Roberge and Vinet 1989, Benincà and Poletto
1991, Benincà 1994, Black and Motapanyane 1996, Poletto 2000, a.o.). On the other hand,
this work explores a new approach to the study of linguistic variation, putting under
scrutiny the domain of dialect syntax.
The dissertation is organized as follows. Chapter 2 sets up the frame for building up our
understanding of expletive ele. In a first moment, it reviews the relevant knowledge about
expletives in general. First of all, it is the notion of ‘expletive’ that is elucidated and then a
general characterization of expletives is given. In a second moment, it is the interaction
between expletives and null subject properties that will be considered. Different cases of
overt expletives occurring in NSLs will be presented, which widen up the empirical ground
7

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
and permit us to study expletive ele in a more general perspective. Recent analyses for
some of these expletives will be briefly reviewed, some of which presenting specific
proposals that concern expletive ele.
Chapter 3 focuses on methodological considerations. The empirical foundations for
dialect syntax will be the main concern of this chapter. In particular, the role of naturalistic
data vs. introspection will be discussed and the methodological approach followed in this
study on expletives will be elucidated. This chapter will also include the presentation of the
corpus that serves as the main empirical source for this dissertation.
Chapter 4 presents the general description of the studied data. First, the distribution
of expletive ele will be considered. According to the syntactic context where the expletive
occurs, three different types of expletive ele constructions will be isolated. Considerations
on the geographical distribution of the different types of expletive constructions, which are
permitted by the nature of the data taken into account, will then have their place. Some
additional data on the expletive use of the neuter demonstrative pronouns isto ‘this’, isso
and aquilo ‘that’ will be also presented. Finally, the discourse functions of expletive ele
will be taken into account.
Chapter 5 is devoted to the syntactic analysis of expletive ele constructions in EP.
The development of such an analysis takes into account the predictions and results from
previous analyses concerning expletive ele, which are evaluated at the light of the new
empirical data considered in this dissertation. Although the proposal presented here to a
certain extent develops ideas already present in these analyses (namely, the idea that EP
expletives are different from NNSLs expletives, and the idea that EP expletives are related
to the left-peripheral space of the sentence), it departs from them in many respects.
The analysis put forth in this chapter builds on recent developments in the study of
the structure of the sentential left periphery in general and in EP grammar in particular, to
attempt to offer an explanation for both: (i) the discourse-related effects displayed by
expletive ele; (ii) the syntactic properties of expletive ele constructions.
8

2.0 Introduction
2.
Expletives, Subjects and Beyond
In this chapter, I review the theoretical background which underlies the present dissertation
and I attempt to place the study of EP expletive ele in the wider context of linguistic
research concerning overt expletives in NSLs and in NNSLs allowing for null expletives.
In a first moment, I will be concerned with the elucidation of the meaning of the
term expletive, which displays some ambiguity in current linguistic theory. Although
generative syntax has come to specialize this term to refer the specific notion of ‘syntactic
filler for the subject position’, and, even more, to a particular case of such syntactic filler
(“pure expletives” of the there-type), in this work, the term expletive is rather used in a less
restrictive sense that goes well beyond the notion of ‘subject filler’.
Nevertheless, a brief characterization of pure expletives is included in this chapter,
so that the properties displayed by expletive ele may be subsequently compared to those of
pure expletives.
This chapter also reviews some generalizations concerning the absence of expletive
subjects in natural language. Namely, it will be recalled that NSLs usually lack overt
expletives (cf. Rizzi 1982, Burzio 1986, Jaeggli and Safir 1989, i.a.) and it will be noted
that even NNSLs may in some cases allow for non-overt expletive subjects. In this context,
the presence of overt expletives in languages allowing for non-overt subjects (or only
non-overt expletive subjects) appears to be fairly exceptional.
9

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
The last part of this chapter includes evidence for the recurrence and complexity of
such exceptional overt expletives, presenting some examples from Romance NSLs and
from Germanic NNSLs. Some recent analyses of such expletives will be presented which
offer the suggestion that these are left-peripheral elements, rather than fillers for the subject
position. In particular, proposals concerning Romance NSLs’ overt expletives will be
discussed with respect to some of their implications for the analysis of expletive ele in EP.
It will be suggested that, although these proposals make the right predictions concerning
the peripheral status of this expletive, they appear to fail to explain other properties
displayed by expletive constructions in EP.
2.1 On the notion ‘expletive’
By the word expletive, linguists do not always mean exactly the same. In fact, the notion
‘expletive’ allows for a significant oscillation in its semantic extent, thus corresponding to
different degrees of a similar meaning. In this section, I will first sum up the main uses
which are most commonly found for this word and then elucidate the use that it will be
given in the present dissertation.
In general, the etymological meaning of the word (from the Latin EXPLERE ‘to fill
out’) is found in any of its uses, generally referring some sort of semantically vacuous
structural or syntactic “filler”. We may however distinguish between some fairly
permissive notions and a more restrictive meaning referring exactly to a type of subject
position filler.
The broadest notion of the word expletive (a fairly theory-neutral one) may be
retrieved in traditional and descriptive grammarians and in some syntactic generative
literature as well. Under this broad notion, expletive (as a synonym of pleonastic or
dummy) generally means any kind of linguistic item which does not contribute to the
propositional semantic content of a sentence. In the Portuguese grammatical tradition, for
instance, expletivo ‘expletive’ is a kind of umbrella word, which may refer to several
categories of words, all of them making allegedly no contribution to the propositional
content of the sentence where they appear (among the most usual, adverbs such as cá
‘here’, lá, ‘there’, bem ‘well’; the pronouns ele ‘he’ and isto ‘this’ – cf. Said Ali 1908,
10

2. EXPLETIVES, SUBJECTS, AND BEYOND
1930: 85; Cintra and Cunha 1984: 284; Bechara 1999: 597, among others). 1 Even in
generative syntax, a domain where the word expletive has come to be used in a more
restricted sense, we may find a fairly broad use of the word, usually combined with some
further specification: wh-expletive, expletive determiner, expletive negation.
In a more restricted sense, expletive usually means a particular type of subject. In
this respect, we may again distinguish between a more permissive use and a more
restrictive one. Accordingly, the (sub)types of subjects that we may consider as expletives
can vary a lot. Looking first at the more permissive use, expletive may equally apply to the
different kinds of subjects found in impersonal constructions in general, which are
illustrated in (1).
(1) a. It rains a lot in April.
b. It is evident that they are foreigners.
c. It was said that nobody should leave.
d. There are many issues here.
Thus, although the word is here specialized to specifically mean a subject, it generally
refers to any subject-like pronoun found in NNSLs in impersonal constructions in general
(i.e. in constructions involving no thematic subject). Expletives have accordingly been
characterized as follows:
[...] they are (i) morphologically identical to pro-forms (in English, two
relevant forms are it, identical to the third person neuter pronoun, and
there, identical to the nonproximate locative pro-adverb), (ii)
nonreferential (neither anaphoric/cataphoric nor exophoric), and (iii)
devoid of any but a vacuous semantic role [...].
Postal and Pullum 1988: 636
A fairly usual notion of expletive thus applies to elements that (i) have pronominal status;
and are otherwise characterized by their (ii) non-referentiality; and (iii) semantic vacuity.
Among the predicates involving such kind of subject, we find:
1 Sometimes, in the Portuguese grammatical tradition, the word expletivo is used with an additional meaning,
referring some kind of emphatic element. In this sense, the word expletivo usually corresponds to the
expression partícula/expressão de realce ‘emphatic particle/expression’ (cf. Said Ali 1930, Mattoso Câmara
Jr. 1968, 1978: 206).
11

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
(i) weather verbs and other natural predicates referring to atmospheric conditions, time,
distance, or general ambiance:
(2) a. It never snows in Lisbon.
b. It’s too dark in December.
c. It’s very cold outside.
d. It’s very late.
e. It’s her birthday next week.
f. It’s too far to North Pole.
g. It’s ten miles to the next town.
h. It’s too noisy here.
i. It smells good outside.
(ii) verbs such as appear, seem, turn out, happen, occur ..., when they take a clausal
complement:
(3) a. It appears (to me) that we need to make some changes.
b. It seemed (to me) that they had changed.
c. It turned out that she arrived late.
d. It happened that I wasn’t there.
(iii) adjectival predicates taking a clausal argument (such as likely, evident, possible,
important, useful...):
(4) a. It is likely that she’ll arrive next week.
b. It is easy to trust her.
c. It is important that you understand this.
(iv) the passive of verbs such as regret, believe, know,... which take clausal internal
arguments: 2
2 Some languages seem to be less restrictive than English with respect to the class of verbs involved in such
passive constructions. The following examples illustrate the impersonal passive with verbs involving no
clausal argument:
12
(i) Il sera procédé au réexamen de cette question. (French, cf. Kayne and Pollock 1978)
it be-FUT taken to.the reexamination of this issue
(ii) Es wurde die ganze Nacht getanzt (German)
it became the whole night danced
(iii) Det ble skutt på bjømene (Norwegian)
it became shot at the.bear
(iv) Der blev snakket om dig på møtet (Danish)
there became spoken about you at the meeting

(5) a. It is believed that he will win the race.
2. EXPLETIVES, SUBJECTS, AND BEYOND
b. It was regretted that such an accident had occurred.
(v) existential verbs and other verbs occurring in the so-called presentative construction
(non-transitive verbs taking an internal nominal argument which occurs in a postverbal
position):
(6) a. There are lots of people outside.
b. There exists a difference between the two of them.
c. There will now follow a short story.
d. There arrived a man.
Within the framework of the Principles and Parameters Theory, expletives in this sense
have been crucial to the introduction of an independent general principle stating that every
clause in natural language requires a subject – the Principle P (Chomsky 1981: 26), which
has come to be known as the Extended Projection Principle (usually abbreviated EPP).
[...] nonarguments can occupy the subject position, as in it is clear that S, I
expect [it to be clear that S]; in fact, the subject position must be filled by a
pleonastic element in structures lacking a θ-marked subject. It seems, then,
that the requirement that a clause have a subject is independent of the
Projection Principle. [...] I will henceforth refer to the Projection Principle
along with the requirement that clauses have subjects as the Extended
Projection Principle.
Chomsky 1981: 9-10
The set of elements referred to as expletives (in the sense under consideration at this
moment) appears thus linked to a general syntactic requirement, a subject visibility
constraint for some structural reason. Expletives would correspond then to a general
linguistic device which satisfies a generalized syntactic requirement on the subject
position.
There is even a more restrictive notion of such requirement and, accordingly, a
stricter meaning for expletive. In fact, not any kind of subject presented in examples (2)
through (6) above would qualify as an expletive in such strict sense. Some of these subjects
have indeed been argued to behave like arguments, rather than like non-arguments.
Consider, for instance, the following examples which include different types of subjects
representing those included in (2) to (6) above:
13

(7) It rains a lot.
EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
(8) It seemed improbable that we would arrive in time.
(9) There was a party here.
There seems to be no doubt that the subject in (7) and (8) is non-referential – cf. the
ungrammaticality of the related questions in (7’) and (8’):
(7’) *what rains?
(8’) *what seems?
However, these subjects have been argued to display some argument-like properties. For
instance, they behave like arguments with respect to control: unlike the expletive in (9) –
see the ungrammatical example in (12) –, the subject of (7) and (8) may in fact control the
subject of a non-finite adjunct:
(10) Iti rained after -i snowing.
(11) At first, iti seemed improbable that we would arrive at all, before -i becoming more likely
that we would just be very late. (adapted from Rothstein 2001: 69)
(12) *Therei was a party here after -i being a meeting.
Languages like Hungarian provide further evidence for this similarity with arguments: the
subject pronoun in a sentence like (13) may even be focused (example from Kiss 2002:
112).
(13) Számomra [FP csak az [VP volt nyilvánvaló [CP hogy Éva megbukik]]]
for.me only that.NOM was obvious that Eve fails
‘Only that was obvious for me that Eve would fail.’
Moreover, it has been argued that pronouns related to such subjects also appear in what
looks like an object position (cf. Postal and Pullum 1988, Authier 1991):
(14) a. I regret it that you couldn’t stay.
b. I blame it on you that we can’t go.
c. I would prefer it if you were not informed.
d. I hate it when you are late.
e. Beat it!
f. I like it here.
Such examples would call into question the established connection between expletives and
the EPP. That is, if these pronouns relating to object positions may qualify as expletives
then expletives may not be restricted to the subject position.
14

2. EXPLETIVES, SUBJECTS, AND BEYOND
Hence, if the relation EPP/expletives is to be maintained, we surely need a more
restrictive notion of expletive. Obviously, such notion must exclude cases such as (7), (8),
(13) and (14).
A major distinction has indeed been introduced among expletive subjects (latu
sensu) like those illustrated in examples (2) to (6). At least, so-called weather-it, the
subject of many natural predicates, has long been distinguished from truly expletive
subjects. The distinction is already present in Lectures on Government and Binding, where
“quasi-arguments” are treated as a class of arguments, thus clearly different from
non-argumental or expletive subjects:
It seems, then, that weather-it is similar to arguments in that it can control
PRO but unlike them in that it denotes no member of D [a domain of
individuals that serve as values of variables and a denotata], as a matter of
grammatical principle. Let us then distinguish two classes of arguments: true
arguments with potentially referential function – apart from conceptual
constraints (e.g., those that may bar thinking rocks) there may be elements of
D that they take as value or denotata – and quasi-arguments that lack any
such function as a matter of grammatical principle. Let us assume,
correspondingly, that one of the possible θ-roles is that of quasi-argument.
Chomsky 1981: 325
Although quasi-arguments have thus argument-like properties, it is a fact that at several
instances they appear paired together with so-called pure expletives:
There is a distinction between expletives that have Case and ϕ-features
and the “pure expletives” that lack these features: in English, it and there,
respectively. The distinction is neither clear nor sharp [my emphasis, EC],
but it is adequate for our limited purposes [deleted footnote, EC]. The
former satisfy all properties of the I-V head they check, erasing the
relevant features, and therefore bar associate raising. The latter do not
erase the -Interpretable features of the I-V head. Therefore, raising is
permitted, targeting this element; and it is required for convergence.
Chomsky 1995: 288
Expletives too must have the feature [person], since they raise; and pure
expletives of the there-type should have no other formal features, on the
simplest assumptions. In a framework that dispenses with categorial
features, as is reasonable on minimalist grounds, [person] plays the role
formerly assigned to D- or N-features.
Chomsky 2001a: 7
15

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
The distinction is thus stated in formal terms: quasi-arguments are ϕ-complete, having
their own [number] and [person] features (cf. Chomsky 1995, 2001), checking Case
features (Chomsky 1995) and bearing a (quasi-argument) θ-role (cf. Chomsky 1981); pure
expletives lack most of these formal features: they would only have the feature [person]
(cf. Chomsky 2001a).
As already suggested in Chomsky 1981, this long-standing distinction between
quasi-arguments and pure expletives has given place, in some analyses, to a sharper
opposition: so-called quasi-arguments have often been claimed to be indeed plain
arguments, bearing a θ-role (cf. Hoekstra 1983, Bennis 1986, Vikner 1995). Under such
view, the tripartition argument/quasi-argument/non-argument appears replaced by the
dichotomy argument/non-argument, where only pure expletives would qualify as
non-arguments. The fairly permissive definition of expletives that encompasses all the
subjects in examples (2) through (6) above then gives place to a stricter notion of expletive,
corresponding to English there-type subjects (i.e., only those illustrated in (6)).
Under this more restrictive notion of expletive, some of the examples in (14) above
would no longer be a problem for the connection expletive/EPP: given the argumental (or
quasi-argumental, hence different from non-argumental) characterization of weather-it, the
sort of idiomatic object-it in such examples (here repeated as (15)) would also qualify as an
argument, rather than as a pure expletive (see also Rothstein 1995 and Svenonius 2002).
(15) a. Beat it!
b. I like it here.
As for the remaining examples in (14) , repeated below as (16) , it may also be argued that
this object it is related to so-called extraposition it in examples such as (17) (repeated from
(4) above), which arguably must also be excluded from a more restrictive notion of
expletive.
16
(16) a. I regret it that you couldn’t stay.
b. I blame it on you that we can’t go.
c. I would prefer it if you were not informed.
d. I hate it when you are late.
(17) a. It is likely that she’ll arrive next week.
b. It is easy to trust her.
c. It is important that you understand this.

2. EXPLETIVES, SUBJECTS, AND BEYOND
The similarity of extraposition it and pure expletives is in part due to the relation that both
bear with an associate. Thus, pure expletives usually have a nominal associate, while
extraposition it has a clausal associate – the relation with the associate is marked as
super-coindexing in the following examples:
(18) a. [It] i is likely [that she’ll arrive next week] i .
b. [There] i arrived [a man] i .
In fact, even though the distinction between extraposition it and pure expletives is usually
less explicitly stated than the opposition between expletives and quasi-arguments, it is
clear that extraposition it behaves in most respects together with quasi-arguments.
Remember, for instance, from examples (11) and (13) above, the following characteristics:
(i) extraposition it, just like arguments and quasi-arguments, may control the subject of an
infinitive adjunct clause (remember example (11), repeated below as (19)); (ii) in a
language such as Hungarian, the extraposition subject may be focused (remember example
(20), repeated from (13) – example from Kiss 2002: 112).
(19) At first, iti seemed improbable that we would arrive at all, before —i becoming more likely
that we would just be very late. (adapted from Rothstein 2001: 69)
(20) Számomra [FP csak az [VP volt nyilvánvaló [CP hogy Éva megbukik]]]
for.me only that.NOM was obvious that Eve fails
‘Only that was obvious for me that Eve would fail.’
Furthermore, it has been suggested that the association of it to a clausal argument acts as a
kind of resumptive relation, in which case we must concede that extraposition it has
ϕ-features, and, consequently, differs from pure expletives. 3
It is thus not surprising that, under certain conditions, we may find a kind of
extraposition it in object position, as this behaves in several respects like a
(quasi-)argument. In fact, for those who reduce the tripartite typology
argument/quasi-argument/non-argument to the dichotomy argument/non-argument,
extraposition it, just like quasi-arguments, patterns together with arguments (cf. Hoekstra
1983, Bennis 1986, Vikner 1995).
To summarize, we have essentially distinguished three different extensions for the
notion ‘expletive’: (i) in a broader sense, expletive means different kinds of elements which
3 This seems to be the idea that underlies the classification of extraposition it as an anticipatory or cataphoric
pronoun (see Quirk et al. 1985).
17

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
are normally assumed not to contribute to the propositional meaning of a sentence, though
they serve as some sort of structural fillers; (ii) the “in-between” notion essentially
corresponds to different kinds of subjects, often distinguished from arguments:
quasi-arguments, extraposition it and pure expletives; 4 (iii) finally, under a more restrictive
notion, expletive would more precisely correspond to so-called “pure expletives”, i.e. those
subjects of the English there-type, which have a nominal associate.
In the present dissertation, I will not stick to this restrictive notion of expletive, but
rather admit some oscillation that goes beyond the intermediate notion of subject expletive.
In fact, it will be argued that what I am calling expletives in EP are not necessarily
structural fillers for the subject position.
2.2 Pure expletives and their associates
Pure expletives correspond to the most deficient type of expletives. To be legitimate
objects at the interpretative component of the linguistic system, they greatly depend on
their relation with an associate. The way expletives and associates are related has been a
matter of lively discussion during the last decades.
The relation between the expletive and the nominal associate was first considered a
chain-like relation (Chomsky 1981, Safir 1982, 1985, Burzio 1986), a hypothesis also
known as the “Case Transmission Hypothesis”. Consider the following example:
(21) There is a bird in the garden.
The expletive there is inserted in a Case and Agreement position, to satisfy the EPP in
[Spec, IP]; but since it has no θ-role – it is non-argumental –, it would not be a legitimate
object at LF. The associate (a bird in the present example) has a θ-role, but supposedly its
position is not Case marked. By the chain-like relation between there and the bird, this
nominal argument gets the Nominative Case assigned to the expletive. The head of the
chain is a Case position; as expected, the tail of the chain is a θ-marked position. Thus, the
chain-like relation expletive-associate represented in (21’) results in a legitimate object at
the interpretative component. In other words, a thematic associate is always required in
there expletive constructions.
4 As we have seen, such “expletives” may, in certain cases, appear in object position as well.
18

(21’) [There] i is [a bird] i in the garden.
2. EXPLETIVES, SUBJECTS, AND BEYOND
This has come to be known as a CHAIN (to be read “an expletive-associate chain”)
following Safir 1982, 1985. Besides thematic relations and Case, agreement is also to be
understood inside this CHAIN: the features of the associate are somehow associated with
the expletive, and, as a consequence, standard subject-verb agreement between the subject
(i.e. the expletive) and the verb reflects the agreement features of the associate: 5
(22) There {are/*is} birds in the garden.
The Case Transmission Hypothesis between expletive and associate appears further
reformulated in Chomsky 1986, by means of so-called expletive replacement by the
associate at LF. According to this new proposal, in expletive constructions, the argument
(associate) moves to the position of the expletive for its Case to be licensed. Thus, for an
expression like (21) above, the corresponding LF form would be:
(23) A bird is in the garden.
The expletive, which has Nominative Case, acts as a sort of placeholder for the subject, by
which it is replaced at LF. Since the expletive is not interpretable at LF, it does not need
Case (cf. Principle of Full Interpretation). This LF movement of the associate to subject
position is thus essentially driven by two requirements: (i) the argument needs Case to be
licensed; (ii) the semantically vacuous expletive needs to be eliminated (so that Full
Interpretation is satisfied).
Some properties of control have been invoked to support such a hypothesis: the
postverbal associate in expletive constructions seems to have exactly the same control
properties that it has in preverbal position in non-expletive constructions (cf. Chomsky
1995: 274):
(24) a. There arrived [three men]i last night [PROi without identifying themselves]
b. [Three men]i arrived last night [PROi without identifying themselves]
5
In fact, there seems to be some variation concerning this agreement relation. French il, for instance, behaves
differently (cf. Pollock 1983):
(i) Il {est/*sont} apparu des oiseaux dans le jardin
EXPL is are appeared some birds in the garden
Even in English, non-agreeing variants are quite frequent (cf. Meechan and Foley 1994). The following
examples are taken from Schütze 1999: 475 (cf. also Den Dikken 2000):
(ii) How many calories’s there in a Tic Tac?
(iii) There was fifty people at the party last night.
19

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
Subsequently, however, this expletive replacement hypothesis is reformulated as
adjunction of the associate to the expletive. Chomsky 1991 stipulates that there is an “LF
affix”, i.e. at LF it must have an NP adjoined to it to be interpretable. Thus, the principle of
Full Interpretation makes it necessary that an NP adjoins to there, otherwise it remains
unaffixed and an affix to which nothing has adjoined is uninterpretable. In Chomsky’s
1991 terms, we would then have the following LF structure for sentence (21):
(25) [ AGRSP [[ DP a bird]i there] is [ VP ti in the garden]]
Chomsky 1993 still retains the idea that adjunction to the expletive is required for it to
become an interpretable LF object. But, under the assumption that movement is motivated
by the need to check morphological features, it is proposed that the associate of the
expletive must raise in order to check features in [Spec, AgrSP] (a movement thus driven
by Greed). Checking involves here the noun’s φ-features (person and number) and its Case
features. φ-features are checked against AgrS itself and Case features are checked against
T, which in English adjoins to AgrS. As a consequence, the associate ends up adjoined to
the expletive, even if its movement has been motivated by feature checking. For Chomsky
1993, if there remains unaffixed at LF, it is still a legitimate object, so the derivation must
converge. However, in that case, the expletive receives no interpretation at LF, so the
derivation “converges as semigibberish” (p. 200).
Later on, Chomsky 1995 proposes a somewhat different approach to expletive
constructions, assuming a different background. First, there is a shift to the hypothesis that
the φ-features of DPs are [+ interpretable], even though these phrases continue to need to
check the Case features they bear. Second, there is no longer a place for the complex
AgrS/T, since Agr heads are dispensed with under this framework. Third, covert
movement is limited to movement of the formal features of heads, which must adjoin to a
functional head whose features they check. A functional head H attracts the formal features
of the closest head that H c-commands. Fourth, the EPP is no longer related to the
checking of strong Case features. Instead, it is proposed that T universally has a strong
D-feature that must be checked by any D category (or an EPP-feature, as in Chomsky
2001a). Finally, and most importantly, an expletive such as there is now hypothesized to
bear no semantic features neither Case features. Its only role is to satisfy the EPP: as a
category D, it can check the EPP feature of T (i.e. the D-feature of T). Alternatively, in
20

2. EXPLETIVES, SUBJECTS, AND BEYOND
Chosmky’s 2001 terms, the expletive has an uninterpretable feature [person]. Under
Match, the D-feature of the expletive (or its person feature) is deleted, together with the
D-feature (or EPP-feature) of T. However, in there-constructions, the ϕ-set of T remains
unchecked because the expletive has no additional features. Checking of Case and
agreement features in T is postponed until LF, at which point the formal features of the
associate may raise to check these features. LF associate raising is then conceived of as
adjunction of the associate’s formal features to T, as represented below:
(26) TP
tp
D T’
g tp
there T PredP
tu to
[φ, NOM] T DP Pred’
↑ g 4 5
| is a bird in the garden
| [φ, NOM]
| |
|_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _|
Differently, an expletive like it, which is assumed to have both Case and φ-features, can
check Case and agreement features in T, so that no further checking is required. Thus, such
expletive constructions don’t really need any nominal associate.
2.3 Non-overt expletives
In this section, it is the absence of overt expletives in natural language that will be under
inspection. First, I will consider the case of NSLs, about which it is generally assumed that
they lack overt expletives. Then, it will be shown that even some NNSLs may allow
expletives to be missing. A brief note on the status of null expletives will be included at the
end of this section.
As is well-known, it has often been observed that languages allowing null
referential subjects (such as Italian or EP) do not have overt expletives (Rizzi 1982, Burzio
1986, Jaeggli and Safir 1989, i.a.). Thus, since the sentences in (27), which include
referential null subjects, are both grammatical, then sentences in (28) through (30), which
involve different types of non-overt expletive subjects (cf. section 2.1 above), are equally
allowed.
21

(27) a. É arrivato alle due. (It)
is arrived at.the two
‘(He/it) has arrived at two o’clock.’
b. Não come carne. (PE)
NEG eats meat
‘(He/she/it) doesn’t eat meat.’
(28) a. Piove. (It)
b. Chove. (PE)
rains
‘It rains.’
(29) a. É venuto un altro studente. (It)
is arrived another student
‘There arrived another student.’
EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
b. Está um desconhecido à porta. (PE)
is a stranger at.the door
‘There is a stranger at the door.’
(30) É óbvio que não sabes a resposta. (PE)
is obvious that NEG knows-PRES.2SG the answer
‘It is obvious that you don’t know the answer.’
In fact, under the received view, overt expletives typically occur in NNSLs, such as
English or French, i.e. in languages which require that the subject position always be overt,
even if non-argumental. In this case, an overt expletive must obligatorily fill the subject
position. The relevant examples are presented in (31) below:
(31) a. *(He/She/It) doesn’t eat meat.
b. *(It) rained all night.
c. *(It) is very important that you don’t forget this.
d. *(There) are many taxis outside the station.
As already mentioned, thus, overt expletives appear essentially as the purely structural
device required by NNSLs to overtly fill a non-argumental subject position. In other
words, such subjects are strictly connected with some visibility requirement on the subject
position, a recurrent idea in linguistic theory, found under the EPP format of the Principles
and Parameters theory (including the minimalist approach).
Such correlation between NNSLs and obligatory overt expletives is however to be
seen as non-absolute. In fact, some languages disallowing null referential subjects
standardly allow (at least some kinds of) non-overt expletive subjects. This is a
well-documented phenomenon for some Germanic languages. Consider, first, the case of
22

2. EXPLETIVES, SUBJECTS, AND BEYOND
German: in this language, neither referential nor quasi-argumental subjects of weather
verbs may be omitted, as illustrated in the following examples:
(32) (Die Kinder spielen jeden Tag.) Das tun *(sie) im Garten.
(the children play every day) that do they in.the garden (ex. from Platzack 1996: 184)
(33) Gestern regnete *(es).
yesterday rained it
However, in extraposition and presentative constructions the expletive subject may well be
absent:
(34) Natürlich ist (es) gut, dass du gekommen bist.
of course is it good that you come are
(35) Gestern ist (*es) ein Junge gekommen.
yesterday is it a boy come
If we look at Icelandic instead, we find that, although extraposition subjects may be overt,
any type of expletive subject may be omitted in the corresponding positions, as illustrated
below:
(36) Í gær rigndi (*það).
yesterday rained it
(37) Að sjálfsögðu er (það) gott að þú ert kominn.
of course is it good that you are come
(38) Í gær hafði (*það) komið strákur.
yesterday has it come a boy
The same is true about Yiddish, even if quasi-arguments and extraposition expletives may
optionally be overt in this language (data adapted from Vikner 1995: 226):
(39) Nekhtn hot (es) gerēgnt.
yesterday has it rained
(40) Natirlekh iz (es) gut, vos du gekumen bist.
of course is it good that you come are
(41) Nekhtn iz (*es) gekumen a yingl.
yesterday is it come a boy
Remark that, as far as only some types of expletives may be optionally overt, this sort of
data may be taken as evidence for the differentiation of three types of subjects, all of them
subsumed under the broad notion of expletive subject (see section 2.1).
23

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
But, altogether, these data mainly support the generalization that requirements on
null subjects are less strict for expletive subjects than for argumental ones, which was
given formal content in Rizzi’s proposal on the licensing of null subjects (Rizzi 1986), in
particular in languages with rich subject-verb agreement (in line with Taraldsen’s
Generalization on null subject licensing by overt agreeement morphology – Taraldsen
1980). Most specifically, Rizzi proposes that null pronouns are subject to two separate
requirements as stated in (42), namely, (i) one bearing with its formal licensing; and (ii) the
other bearing with the null subject content identification.
(42) A null subject must be both licensed and identified.
The licensing requirement implies that a null subject must be governed by a rich Inflection
head, and the identification requirement is satisfied by the person-number features of Infl,
so that the null subject inherits these features’ values. Different combinations of the
[person]/[number] features’ values yield different types of null subject identification, as
represented in Table 1 below (adapted from Platzack 1996: 183):
[+person] [+number] referential NS
[–person] [+number] quasi-argumental NS
[–person] [–number] pure expletive NS
Table 1. Types of null subject’s identification
Thus, the following typology of null subjects may be sketched, relating to the different
conditions for the identification of the content of empty subjects:
i) referential NSs must be identified by the features [person] and [number];
ii) quasi-argumental NSs require identification by a [number] feature;
iii) pure expletive NSs need no feature identification at all.
Accordingly, languages may differ with respect to the type of null subjects they allow (cf.
Table 2 below). “Full” NSLs, such as Italian or EP, have referential, quasi-argumental and
pure expletive NSs. But, besides such typical NSLs, other languages equally allow null
subjects: quasi-argumental ones and expletives in the case of Icelandic, and only pure
24

2. EXPLETIVES, SUBJECTS, AND BEYOND
expletive subjects in the case of German. “Full” NNSLs, like French and English, do not
allow any kind of null subject. 6, 7
LANGUAGE Referential NS Quasi-argumental NS Expletive NS
Italian / EP � � �
Icelandic — � �
German — — �
French / Engl. — — —
Table 2. Typology of languages regarding null subjects
Such a typology of NSLs interestingly allows the following prediction about expletives in
natural language:
(43) Any language which is able to identify referential null subjects should also admit quasiargumental
and expletive null subjects.
In fact, natural languages seem generally to confirm the correlation between null subjects
and the absence of overt expletives.
Recently, Alexiadou and Anagnostopoulou 1998 propose a new theory about NSs and the
EPP which also makes the prediction that NSLs do not have expletives. Assuming that the
EPP is universal and is to be seen as a D-feature in I (following Chomsky 1995), these
authors propose that languages can check the EPP either by movement of XP (the
sentential subject) or by a nominal category of X 0 , i.e. an inflected verb endowed with
explicit person and number agreement. In other words, in some languages the AgrS
features on the finite verb are nominal enough to satisfy the EPP-feature, so that Vmovement
to AgrS is sufficient, while in other languages either a nominal argument has to
move to [Spec, AgrSP] or a nominal expletive must be inserted there. Accordingly, since
6
To be more precise, even these languages allow some sort of omnipresent null subjects in natural language:
highly context-dependent subjects such as the ones found in diary registers and notes, etc.
In other cases, the drop of the expletive is correlated to some familiar registers.
(i) – Faut pas pleurer. (Fr.)
needs NEG cry-INF ‘There’s no need to cry.’
(ii) –Y a que ça. (Fr.)
Y has but this ‘There’s nothing else than this.’
(iii) – Looks like a storm.
7
Full NNSLs constitute a fairly rare pattern in natural language. Cf. Gilligan 1987.
25

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
NSLs have verbal agreement features which can check the EPP feature, they do not have
overt nor covert expletives. 8
2.4 Exceptional overt expletives
Although NSLs standardly lack overt expletives, the use of expletive-like pronouns has
been documented in different NSLs, usually in non-standard (especially colloquial)
varieties. Similarly, it must be noted that even NNSLs which allow null expletive subjects
may, in some cases, show overt expletives. Conditions under which such overt expletives
may appear have been a matter of recent inquiry. In this section, I will present some
relevant data and discuss some recent proposals which try to account for the presence of
overt expletives in such languages.
2.4.1 Some data
Overt expletives are found in several languages which standardly have expletive null
subjects. Besides EP, for which more detailed data will be discussed in chapter 4, other
Romance NSLs equally provide evidence for overt expletives.
This is the case of different varieties of American Spanish, spoken in Santo
Domingo, Mexico, Colombia, and Caribbean dialects in general, as reported by Henriquez
Ureña 1939, Kany 1945, Uriagereka 1995b, Fernández Soriano 1999, i.a.. The reference
examples usually involve impersonal contexts as in sentences (44) to (46) (which include
an existential construction, a presentative construction and a clausal subject extraposition,
respectively):
(44) Ello hay dulce de ajonjolí?
EXPL has sweet of sesame.seed
‘Is there any sesame cake?’
(45) Ello llegan guagas hasta acá.
EXPL arrive-3PL buses there
‘There arrive buses there.’
(46) Ello es fácil llegar.
EXPL is easy arrive-INF
‘It is easy to get there.’
8
A similar idea is pursued in Picallo 1998, who argues that null expletives should be banned from NSLs by
economy principles.
26

2. EXPLETIVES, SUBJECTS, AND BEYOND
On the basis of recently collected data from Dominican Spanish, the expletive has however
been interpreted as a correlate of the lost of some null subject properties in this language,
namely the lost of strong Agr features (Toribio 1993, 2000, 2004).
Nevertheless, Henríquez Ureña 1939 extensively reports other kind of data on
expletive ello in Dominican Spanish, which extend far beyond expletive subjects, as also
pointed out in Hinzelin 2004:
(47) Ello veremos.
EXPL see-FUT.1PL
‘WE’LL SEE.’
(48) Ello, quizás no viene.
EXPL maybe NEG comes
‘Maybe, probably he’s not coming.’
(49) - ¿ Es usted verde, azul o rojo?
‘Are you green, blue or red [names of political parties]?’
- Ello, yo le diré; yo soy… santiaguero.
EXPL I to.you tell-FUT I am from Santiago
‘(Wait/You see,) I’ll tell you; I’m… from Santiago.’
(50) Ello… Así decían.
EXPL so said-3PL
‘(You see,) so they said.’
(51) - ¿ Vas al pueblo?
‘Do you go to the village?’
- Ello… [=eso dependerá]
‘We’ll see…/ It depends… [=that will depend]’
(52) ello sí
EXPL yes
‘Yes, surely.’
(53) ello no
EXPL no
‘No, never.’
In such examples, the expletive has been analyzed as expressing emphasis (example (47)),
an evasive or concessive meaning (examples (48) to (50)), hesitation (example (51)), or
emphatic assertion (examples (52) and (53)). Henriquez Ureña’s inquiry reports these
values for ello also in other Spanish varieties, including European Spanish, found as early
as 1630 in Maestro Gonzalo Correas’ Vocabulario.
During the 18th century the value of emphatic element has been
consolidated: it is usual in Moratín. It lasts for the 19th century, in some
writers from the romantic period such as Martínez de la Rosa, Larra and
Hartzenbusch. Just like in the 17th century, it [the expletive] may appear
27

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
with or without a pause. So it still exists in the popular spoken language from
Santander and from Santo Domingo, where the emphatic value may give
place to a concessive meaning. […]
All these uses have disappeared from the cultivated language, and the
pronoun has lost vitality in the spoken language, although it is still found in
literature. It subsists with an important part of its multiple functions only in
spoken language from Spain and from Antilles.
Henríquez Ureña 1939: 229, my translation
An expletive-like element is also found in some Catalan varieties, in particular in those
from the Balear Islands (Spitzer 1945, Corominas and Pascual 1980-1991, s.v. ell, ella,
DCVB, s.v. ell, Solà et al. 2002, i.a.). Again, besides impersonal contexts, ell is mainly
used as an emphatic element which appears at the beginning of exclamative sentences (as
an “exclamative particle”, Solà et al. 2002):
(54) Ell ha de ploure un dia o altre!
EXPL will rain a day or other
‘It will rain one of these days!’
(55) Ell aixó no acaba mai!
EXPL this NEG ends up never
‘This does not end up!’
In Galician, there is also ample evidence for the existence of an overt expletive (Carballo
Calero 1966, Álvarez 1981, 2001, 2002, Álvarez et al. 1986, Uriagereka 1995b, Uriagereka
2004, i.a.). Besides impersonal contexts, the expletive appears in Galician in a wide
spectrum of constructions, as described especially by Álvarez 2001 and 2002. The
impersonal contexts which include the overt expletive are fairly varied, involving weather
verbs and other natural predicates, existential sentences, constructions with impersonal ser,
and extraposition constructions:
28
(56) El chovía miudiño.
EXPL rained ± a little
‘It rained a little.’
(57) El era mediodía.
EXPL was midday
‘It was midday.’
(58) El hai máis ca antes.
EXPL has more than before
‘There is more than before.’
(59) E pois, el era unha vez un home que tiña catro fillos…
and then EXPL was a time a man who had four children
‘And then, once upon a time a man had four children.’

(60) Il é que vai frío.
EXPL is that goes cold
±‘It is that it’s cold.’
(61) Il é millor deixá-lo.
EXPL is better leave-INF him
‘It’s better to leave him.’
(62) El é certo que iso acontecéu.
EXPL is certain that that happened
‘It is certain that that has happened.’
2. EXPLETIVES, SUBJECTS, AND BEYOND
Álvarez 2001 reports the use of this expletive in other syntactically impersonal
constructions, involving indefinite se:
(63) Il cóntase que fixo diñeiro nas Américas.
EXPL is.said that made money in.the Americas
‘It is said that [he/she] had earned money in America.’
As often remarked in grammars and dictionnaries, some interrogative sentences have an
initial “interrogative el”, a well documented use for expletive el in Galician. According to
Álvarez 2001, el is essentially frequent in yes-no questions, but especially in those which
presuppose an answer in conformity to the speaker’s expectations:
(64) ¿ El tendes por aí un martelo que me poidades emprestar?
EXPL have there a hammer that to.me could lend
‘Do you have a hammer that you could lend to me?’
(65) ¿ El hai leite?
EXPL has milk
‘Is there any milk?’
Its meaning and function may parallel those of other modal phrases or words
- either emphatic ones such as va que, a que, (non é) verdade que, (non) é
certo que…, or others like seica, logo non… -, and this places el
simultaneously together with clausal modal words and with those markers
relating to the expression of the speaker’s position with respect to the
utterance. The fact that some of these forms may co-occur with el (el é
verdade que, el é certo que… […]) leads us to think that both constructions
are related, and, under this hypothesis ¿El viñeron teus pais? would be based
on ¿El (non) é certo que viñeron teus pais? and similar phrases.
Álvarez 2001: 22, my translation
A similar use is found in question-tags, which signal by themselves a confirmation request:
(66) ¿Xa te mollaches, el si?
already you wet EXPL yes
‘You are already wet, aren’t you?’
29

(67) No fixeches caso, ¿el non?
NEG take notice EXPL NEG
‘You ignored it, didn’t you?’
EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
(68) Aghora has tomar leite, ¿el has?
now have take-INF milk EXPL have
‘Now you have to take milk, haven’t you?’
Cases of initial el in yes-no questions including a disjunction between the existence and the
non-existence are also reported:
(69) Il hai ou non hai festa?
EXPL has or NEG has party?
‘Is there a party or not?’
(70) ¿ El ves ou quedaste?
EXPL come or stay
‘Do you come or do you stay?’
With respect to the initial el found in these and other interrogatives, Álvarez 2001 notes
that its function is not necessarily that of an “interrogative marker”. In some cases, it may
almost parallel some question focusing element (el que …? = ‘what is it that…?’; el
cando…? = ‘when is it that…?’):
(71) ¿ El que che passou?
EXPL what to.you happenned
‘What happenned to you?’
In other cases, it would rather correspond to the sort of “explicative-consequential
connector” that Álvarez 2001 presents as a diverse function for expletive el, as found in
example (73):
(72) Il que hora é, se fai o favor?
EXPL what hour is if do the favour
‘What time is it, please?’
(73) Porque non estou ben seguro aora si eran…, si eran dezaseis pares un afusal, si eran
dezaoito.
‘Because I am not so sure whether it was … whether an afusal was sixteen or eighteen pairs.’
Il por aí andaban.
EXPL by.there were
±‘It was something like that.’
Similar to the alleged “interrogative marker” value, Álvarez 2001 signals the use of the
expletive as a sort of exclamative marker:
30
(74) El tamém son ben caras! [as sardiñas]
EXPL even are very expensive the sardines
‘They [the sardines] are so expensive!’

2. EXPLETIVES, SUBJECTS, AND BEYOND
Yet another use of expletive el is reported by Álvarez 2001: as a phatic element, “which
allows the speech to flow, filling up the possible silence of the speaker or telling the hearer
that the channel continues open in such direction” (Álvarez 2001: 27, my translation).
(75) - Ai, mi má! | - Qué, fillo, qué? – respondélle a mai, que o conecera pola voz.
‘- Oh, my mother! | - What is it, son, what is it? – answered his mother, who had recognized him by
his voice.’
- El, Dominjo Dominjez está en casa?
EXPL D D is at home
‘- Eh… is Dominjo Dominjez at home?’
The data from Galician thus provide additional evidence for the presence of overt
expletives in a NSL. Just like data from Spanish and Catalan, the Galician data also lead us
to consider the spread of the overt expletive well beyond the usual contexts for expletives
in NNSLs.
We may still consider the case of another NSL: in Old French, some instances of
overt expletives are also found in impersonal constructions (Arteaga 1994, Bakker 1995,
Kaiser 2004, Arteaga and Herschensohn 2004, i.a.):
(76) Quant li jurz passet ed il fut anuit(i)et
when the day passes and EXPL was night.fallen
(77) Il i vont ci viel prestre
EXPL there go these old priests
(78) … ou il menjoient cent et cinquante toriaus.
where EXPL ate-3PL hundred and fifty bulls
(79) Issi poet il ben estre?
this can EXPL well be
(80) Si ot il assez en la place barons et chevaliers
thus has EXPL many in the place barons and knights
(81) N’a il soz ciel homme ne femme
NEG has EXPL under heaven man nor woman
However, as argued by Bakker 1995 and Arteaga and Herschensohn 2004, overt expletives
in Old French may be related not only to null subject properties but also to the verb-second
(V2) characterization of this language.
In fact, as it will be presented below, some “exceptional” overt expletives in
Germanic languages also seem to relate to some V2 requirement (see section 2.4.2 below).
As already mentioned above, Germanic languages such as German, Icelandic and Yiddish
31

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
behave much like NSLs with respect to expletive subjects. In fact, all these languages
require (at least some types of) non-overt expletives under certain conditions (more
precisely, in sentence-internal position) – cf. examples presented above, in section 2.3.
Contrast the following data (from Brandner 2004):
(82) a. Gestern kam (*es) ein Junge. (German)
yesterday came EXPL a boy
b. Í gær hafði (*það) komið strákur. (Icelandic)
yesterday has EXPL come a boy
c. Nekhtn iz (*es) gekumen a yingl. (Yiddish)
d. omdat ??(er) een jonge komt (Dutch)
because EXPL a boy come
e. *(there) came a boy (English)
f. at *(der) er kommet en dreng (Danish)
g. I dag har *(det) kommit månge lingvister hit (Norwegian)
TODAY have EXPL come many linguistis here
h. Idag har *(det) komit många lingvister hit (Swedish)
Pure expletives are thus necessarily non-overt in German, Icelandic and Yiddish, while in
other Germanic languages they must be overt. However, even those expletive NSLs (i.e.
German, Icelandic and Yiddish) require overt expletives in initial position, just like other
V2 Germanic languages:
(83) a. *(Es) ist ein Junge gekommen (German)
b. *(Es) iz gekumen a yingle (Yiddish)
c. *( það) hafði komið strákur (Icelandic)
d. *(Der) er kommet en dreng (Danish)
e. *(Det) har kommit en pojke (Swedish)
EXPL have (come) a boy (come)
Outside Romance and Germanic languages, we find additional examples of overt
expletives in other NSLs, such as Hebrew and Finnish (see Borer 1986, Schlonsky 1990,
Vainikka and Levy 1999, Holmberg and Nikanne 2002, Vilkuna 2003, i.a.). Although
32

2. EXPLETIVES, SUBJECTS, AND BEYOND
these languages differ both from “traditional” NSLs, they may not be considered NNSLs.
The relevant fact for our purpose is that in both Finnish and Hebrew expletive
constructions standardly show omission of the third person (expletive) subject, but
nevertheless may in some cases have overt expletives (data from Vainikka and Levy
1999):
(84) (Ze) nira she-Nurit amda lenaceax. (Hebrew)
EXPL seemed-3SG.M that-Nurit stood-3SG.F to win
‘It seemed that Nurit was about to win.’
(85) ( ? Se) on kyseenalaista, saako Liisa ylennyksen. (Finnish)
EXPL be-3SG questionable get-3SG.Q Liisa-NOM promotion-ACC
‘It is questionable whether Liisa will get a promotion.’
The […] examples with an overt expletive ze are perfectly fine in the
standard colloquial Hebrew […]. However, their status differs […] in that
the overt ze expletive is rarely used in the written language; Borer (1986, p.
382) characterizes the overt expletive as possible but “substandard”. Recall
that a similar situation obtains in Finnish, where a phonetically empty
expletive is usual in the written language, but where the subject expletive can
be phonetically realized as se ‘it’ in some spoken varieties of the language.
Vainikka and Levy 1999: 655
With respect to Finnish, besides the expletive se, which is the nominative form of the third
person singular non-human pronoun, another expletive may be found: sitä, corresponding
to the partitive form of the same pronoun:
(86) Sitä leikki lapsia kadulla. (example from Holmberg and Nikanne 2002: 71)
EXPL play children in.street
‘There are children playing in the street.’
On this expletive see section 2.4.3 below.
Now that we have expanded the universe of overt expletives in (expletive) NSLs, I will
review some different approaches that have been proposed to explain such expletives,
which will be presented in the following subsections.
2.4.2 A V2 requirement in Icelandic
Under the influential tradition on Germanic V2 phenomena that assumes V-to-C
movement (den Besten 1977, 1989, Koopman 1984, Holmberg 1986, Platzack 1986a,
33

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
1986b, 1987, Taraldsen 1986, Schwartz and Vikner 1989, Tomaselli 1990a, 1990b,
Roberts 1993, Vikner 1995, i.a.), overt expletives in a language such as Icelandic (as also
in Yiddish and German) have been argued to be restricted to [spec, CP] – a position which
most naturally is reached by preposed constituents that can diverge from the subject 9 . The
proposals that will be reviewed below both relate the Icelandic expletive það to the V2
properties of this language.
Platzack 1983 first referred to the Icelandic expletive það found in sentences like
(87) as an “expletive topic”, base-generated in [spec, CP].
(87) það hafa búið margir listamenn í Ósló. (Holmberg 2000c (3b))
EXPL have lived many artists in Oslo
A long tradition of studies on expletive constructions in Icelandic has preserved this
distinction between það and expletive subjects (see Zaenen 1983, 1985, Rögnvaldsson
1984, Sigurðsson 1989, i. a.). Holmberg 2000a reminds us of some of the arguments for
relating the expletive to a Spec position higher than IP:
[…] the primary motivation is that it explains why the expletive pronoun is
excluded whenever a category is moved to specCP (wh-movement or
topicalization), or in yes-no questions (where specCP must be empty,
perhaps because it is occupied by a question operator)[…] in a phase-based
framework there is an additional reason to place the Icelandic expletive in
specCP: Merge over Move will exclude the TEC if the expletive is part of the
lexical subarray out of which TP is constructed. The expletive must be
merged in a higher phase, that is after TP is completed, by assumption when
finite-C is merged.
Holmberg 2000a: 43-44
As Holmberg also observes, the main argument against merging the expletive as the Spec
of C, the fact that the expletive may co-occur with a complementizer in embedded
contexts, loses force when one considers an enlarged C-domain, along the lines of Rizzi
1997.
In what follows, I will consider first the account put forth in Platzack 1998 and then
that of Holmberg 2000c. Both of them have in common the fact that they straightforwardly
connect the expletive with an EPP-type visibility requirement in the C-domain.
9 The analyses differ with respect to the base position of the expletive, however. An alternative to the
merging of the expletive in a C-related position is the view that the expletive is generated in [spec, IP] and
then moved to the C-domain (Cardinaletti 1990, Vikner 1995, Jonas 1996).
34

2. EXPLETIVES, SUBJECTS, AND BEYOND
2.4.2.1 Platzack 1998: það satisfies a visibility condition on C
Assuming a split C-system as proposed by Rizzi 1997, Platzack (1998: 54) postulates a
Visibility Condition for the C-domain (VCC) – see (88) –, from which he derives some of
the differences relating to C (and accounting for V2 phenomena) among the Scandinavian
languages.
(88) The Visibility Condition on the C-domain (VCC): In a single derivation, every projection
within the C-domain must be visible at PF, i.e. it must host phonological features, but it
cannot have such feature in the specifier and the head.
The general proposal is that all Scandinavian languages contain at least two projections
within C (Force and Finitude, as proposed by Rizzi 1997), the differences among them
being derived from the different ways the VCC is satisfied, which depend on other
language specific C-properties.
Concerning expletives, the relevant examples are presented in (89) through (92)
(Platzack 1998: 86, (60) and (61)). Here, Swedish is representative of the other Mainland
Scandinavian languages (Norwegian and Danish), which pattern alike in this respect.
(89) a. Det har kommit många lingvister hit (Swedish)
EXPL have come many linguistis here
‘There have arrived many linguistis’
b .það hafa komið margir málvísindamenn hingað í dag (Icelandic)
EXPL have come many linguists here today
(90) a. Idag har det kommit många lingvister hit (Sw.)
today have EXPL arrived many linguists here
b. Í dag hafa (*það) komið margir málvísindamenn hingað (Ic.)
today have EXPL arrived many linguists here
(91) a. Det dansades på skeppet igår (Sw.)
EXPL was-danced on the ship yesterday
b. það var dansað á skipinu í gær (Ic.)
EXPL was danced on ship-the yesterday
35

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
(92) a. Igår dansades det på skeppet (Sw.)
yesterday was-danced EXPL on ship-the
b. Í gær var (*það) dansað á skipinu (Ic.)
yesterday was EXPL danced on ship-the
The fact that Mainland Scandinavian but not Icelandic allows for an overt expletive in
postverbal position in sentences like (90) and (92) would crucially derive from a
well-known difference: Mainland Scandinavian does not allow for null subjects while
Icelandic does, at least for non-argumental ones (a correlate of ‘Rich’ Agr in Icelandic, see
Holmberg and Platzack 1995). Thus, the similar distribution of expletives in examples (89)
and (91) only partially derives from a similar grammar in respect to C. More concretly: in
these examples, the expletive satisfies different requirements in Icelandic and in Mainland
Scandinavian. What both kinds of Scandinavian languages have in common is only the fact
that the C-system must include at least two projections, which fall under condition (88).
Mainland Scandinavian differs from Icelandic with respect to the features operative at
FinP: Swedish, Norwegian and Danish Fin have a strong EPP-feature, understood as a
subject requirement (since they are all NNSLs) and a strong finiteness ([finite]) feature
(which forces the verb to raise to Fin in a verb second language); Icelandic Fin lacks both
of these features. 10
Thus, the sentences above, which involve expletives, would be derived in the
following way: as for the Swedish examples in (90) and (92), the overt expletive satisfies
the strong EPP feature in Fin and the verb raises to Fin in order to check its strong
[finite]-feature. In accordance with the VCC stated in (88), Force is made visible by the
presence of the adverbial; the expletive, which is needed for EPP-checking, makes Fin
visible. 11 The main difference with the corresponding examples in (90) and (92) is that
Icelandic has a weak EPP-feature and a weak [finite]-feature in Fin. Nevertheless, the VCC
still applies to a minimum of two projections in C (just like in any other Scandinavian
language). Thus, the adverbial makes Force visible and the verb raises to Fin in order to
make it visible too. The relevant structure of these Icelandic examples is illustrated in (93).
10
The fact that [finite] is weak in Icelandic, a V2 language, may seem a weakness of this proposal. In
Platzack’s words “the suggested characterization of the C-domain is sufficient” (p.60) to account for the
Icelandic V2 properties.
11
There is a complication here, since the verb must leave Fin: under VCC the specifier and the head of a
projection within C may not be both overt. For this and other examples of the same kind (involving, for
instance, an Object fronted in [Spec,ForceP]), Platzack adopts an intermediate position μP (Pesetsky 1989,
Johnson 1991) within C, whose head is the target of the verb. Since these facts are irrelevant for my purpose
here, I will not develop them any further.
36

2. EXPLETIVES, SUBJECTS, AND BEYOND
(93) ForceP
ru
Í dag / Í gær Force’
ru
e FinP
ru
e Fin’
ru
hafa / var IP
The examples which are of particular relevance here are those in (89) and (91), repeated
here as (94) and (95).
(94) a. Det har kommit många lingvister hit (Swedish)
EXPL have come many linguistis here
‘There have arrived many linguistis’
b .það hafa komið margir málvísindamenn hingað í dag (Icelandic)
EXPL have come many linguists here today
(95) a. Det dansades på skeppet igår (Sw.)
EXPL was-danced on the ship yesterday
b. það var dansað á skipinu í gær (Ic.)
EXPL was danced on ship-the yesterday
Even if Icelandic does not have a strong EPP-feature, initial expletives are merged in
constructions like these. Under Platzack’s analysis, this derives directly from the VCC.
Both Fin and Force must be visible in Scandinavian languages. In Mainland languages,
there is a strong [finite]-feature in Fin that attracts the verb, and there is a strong EPP-
feature which derives the merging of the expletive in [Spec, FinP]. The expletive further
raises to [Spec, ForceP] in order to make it visible, in accordance with the VCC, as
represented in (96).
(96) ForceP
ru
Deti Force’
ru
e FinP
ru
ti Fin’
ru
har / dansades IP
In Icelandic, however, the expletive is directly merged in [Spec, ForceP], having no trace
in [Spec, FinP] (see (97)). The verb raises to Fin, in accordance with the VCC.
37

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
(97) ForceP
ru
það Force’
ru
e FinP
ru
e Fin’
ru
hafa / var IP
Thus, “Icelandic það is used to make a functional projection in the C-domain visible, i.e. a
consequence of VCC” (Platzack 1998: 86).
2.4.2.2 Holmberg 2000c: það checks a P-feature of C
A similar account concerning the initial expletive það is developped in Holmberg 2000c.
In this paper, V2 languages are characterized as having both a FV (FiniteVerb) feature and
a P-feature in C. The FV-feature attracts I containing a finite verb. The P-feature is a
phonological version of the EPP, as proposed in Holmberg 2000b. Specifically, this feature
requires Move or Merge of a phonological feature matrix to the specifier position of the
head carrying P. Thus, it turns out that in V2 languages, [Spec, CP] must always be overtly
filled.
In examples like (98) below, from Swedish (Holmberg’s (1a) through (1c)), the P-
feature can be checked by independent movement to [spec, CP], when a topic, focus or whelement
is fronted:
(98) a. I York har Per aldrig varit.
to York has Per never been
b. Aldrig har Per varit i York.
never has Per been to York
c. Har Per aldrig varit i York?
has Per never been to York
Holmberg’s main claim is that when this P-feature is not checked in the course of the
syntactic derivation, the closest visible category must be moved to [Spec, CP] at spell-out.
Alternatively, as turns out to be the case in Icelandic, an expletive can be merged to give
phonological content to [Spec, CP]. As in Platzack’s analysis, the proposal emphasizes the
differences between Mainland Scandinavian languages and Icelandic, which follow from
the fact that the former do not allow null subjects, while the latter does. A natural
38

2. EXPLETIVES, SUBJECTS, AND BEYOND
consequence is that “in Mainland Scandinavian the closest category is always the subject,
because either the subject is obligatorily moved to specIP, or a special expletive is merged
in specIP” (Holmberg 2000c: 1). Differently, in Icelandic, [spec, IP] is not necessarily
filled, since the pronominal Agr in the finite verb can check a D-feature in I (the standard
EPP, as a subject requirement). Thus, “if there is no DP in specIP, then P in C is checked
by movement of the next visible category down the tree. This can be an adverb, the
nonfinite verb, a verb particle, a PP, an adjective,...” (id: 2), as in (99). In this way, the
proposal closely relates the construction known as “Stylistic Fronting” to the checking of
this contentless P-feature at spell-out.
(99) a. Búið hafa margir listamenn í Ósló.
lived have many artists in Oslo
(Holmberg 2000c: 1 (3c))
b. Sennilega hafa búið margir listamenn í Ósló.
probably have lived many artists in Oslo
(id.: 2 (7a))
As in Platzack’s proposal, the initial expletive það crucially makes C visible in examples
like (87), repeated here as (100) – alternatively to movement of some constituent, the
expletive may be merged in order to check P before spell-out.
(100) það hafa búið margir listamenn í Ósló. (Holmberg 2000c (3b))
EXPL have lived many artists in Oslo
Thus, both Holmberg 2000c and Platzack 1998 account for the presence of a peripheral
expletive in Icelandic in terms of a sort of EPP feature in C (or in one of its projections)
closely dependent on the V2 properties of this language.
2.4.3 A topic expletive in Finnish
Finnish is another language where expletives appear to be independent from any subject
requirement as it is understood in standard NNSLs. Nevertheless, the expletive sitä is not
dependent on V2 requirements of the sort seen for Icelandic, since Finnish is not a V2
language. Holmberg and Nikanne 2002 (for the purposes of this subsection, H&N) rather
relate the presence of the expletive to a (quasi-)generalized requirement for the topic
position to be visible, which they conceive as the version of the EPP in Finnish, a topicprominent
language.
The proposal put forth by H&N crucially accounts for the obligatory presence of
the expletive sitä in sentences like (101), which contrast with (102).
39

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
(101) a. Sitä leikkii lapsia kadulla. (H&N (2a))
EXPL play children in.street
b. Sitä ovat nämä lapset jo oppineet uimaan. (H&N (3a))
EXPL have these children already learnt to.swim
(102) *Leikkii lapsia kadulla. (H&N (2c))
play children in-street
Since Finnish, as a NSL, allows for referential subject pro and for a “quasi-referential” null
subject in sentences such as (103), it is not expected that the expletive turns out to be
required in (101). 12
(103) Sataa (vettä). (H&N (1b))
rains (water)
H&N build especially on the properties of the specifier position of the higher Inflectional
node, F in their terms (for ‘finite’, roughly corresponding to standard AgrS), following
Holmberg and al. 1993. As they demonstrate, this Spec is not a privileged position for the
subject of the clause, but rather for the sentence topic, as in examples like (104) – “a
category in this position, when referential (i.e. except when it is an expletive), has the
discourse function of topic” (H&N 2002: 73).
(104) Tämän kirjan on kirjoittanut Graham Greene. (H&N (12b))
this book has written Graham Greene
Finnish is thus characterized as a topic-prominent language, i.e. a language which allows
an argument other than the subject to be externalized (the argument which functions as the
sentence topic).
The position of the expletive sitä, the partitive form of the third person singular
pronoun, is arguably [Spec, FP]. First, it can be preceded by at most one element, the sort
of constituent which can occupy [Spec, CP] (wh-phrases and contrastive constituents, as in
(105) – see Vilkuna 1995) or an head in C (see (107) below):
(105) a. Pihalla sitä leikkii lapsia (H&N (55a))
in.yard EXPL plays children-PART
‘IN THE YARD, it seems, there are children playing.’
12 As H&N point out, matters are more complicated with respect to null third person (referential) subjects: in
fact, these are not freely allowed. The account suggested invokes the postulation of a third person AgrS
which is not specified for number in Finnish (which would be further supported by the lack of a different
morphology for third PL and SG in spoken Finnish): assuming that expletives and quasi-referentials lack
number, then the null subject would be licensed in these cases. Still, the difference between (101) and (103)
is not expected.
40

2. EXPLETIVES, SUBJECTS, AND BEYOND
b. Nämä lapset sitä ovat jo oppineet uimaan (H&N (55d))
these children EXPL have already learnt to-swim
‘Look at these children, they have already learnt to swim.’
Furthermore, sitä always immediately precedes the head bearing the F-affix (subject
agreement in most cases) (see (106)), unless the head is itself moved to C (as in (107)).
(106) a. Sitä [F eivät] nämä lapset olisi ikinä oppineet uimaan
EXPL not-3PL these children have-COND ever learn-PTC to.swim
‘These children would never have learnt to swim.’ (adapted from H&N (56a))
b. *sitä nämä lapset [F eivät] olisi ikinä oppineet uimaan
EXPL these children not-3PL have-COND ever learn-PTC to.swim
(adapted from H&N (56d))
c. Nämä lapset sitä [F eivät] olisi ikinä oppineet uimaan
these children EXPL not-3PL have-COND ever learn-PTC to.swim
‘These children, they would never have learnt to swim’ (adapted from H&N (56b))
d. *Nämä lapset [F eivät] sitä olisi ikinä oppineet uimaan
these children not-3PL EXPL have-COND ever learn-PTC to.swim
(adapted from H&N (56e))
e. sitä [F olisivat] nämä lapset oppineet uimaan (adapted from H&N (56k))
EXPL have-COND.3PL these children learn-PTC to.swim
‘These children would have learnt to swim.’
(107) [C Olisivati] sitä [F ti ] nämä lapset oppineet uimaan
have-COND -3PL EXPL these children learn-PTC to.swim
‘These children WOULD have learnt to swim’ (adapted from H&N (56m))
As H&N argue, there is however no special need for the expletive to be in the Spec of an
overt head bearing subject agreement. In fact, it can precede other elements in sentences
where V-movement is optional (when [Spec, CP] or C is filled – see Vilkuna 1989, 1995,
Holmberg 1997):
(108) Milloin sitä nämä lapset olisivat uimaan oppineet? (H&N (59))
when EXPL these children would-have swim learned
‘When would these children have learned to swim?’
The only case where the expletive sitä can be in a position higher than [spec, FP] involves
an affix (the question particle -kö or the focus particle -hän).
(109) a. Sitäkö ovat teidän lapset jo kaikki käyneet uimassa? (H&N (60))
EXPL-Q have your children already all been swimming
‘Have your children already all been swimming?’
b. Sitähän ei nykyään puhuta vakoilusta.
EXPL-PRTCL not nowadays talk-PASS espionage-ABL
‘We don’t talk about espionage these days, do we?’
41

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
H&N argue that the fronting of the expletive is in these cases triggered by a version of the
‘Stranded Affix Filter’ of Lasnik 1981. When the sentence is headed by an expletive, sitä
can serve as a host for the particle, with the same reading as in cases where the finite verb
moves itself to host the affix (see (110), “pragmatically equivalent” to (109)a): in both
cases the event is focused.
(110) Ovatko sitä teidän lapset jo kaikki käyneet uimassa? (H&N (61a))
have-Q EXPL your children already all been swimming
Thus, H&N conclude that the expletive occupies [spec, FP], the topic position, when the
sentence does not have an overt topic.
H&N elaborate then a discourse-sensitive version of the EPP in Finnish, which,
they argue, correlates with a [-Foc] feature in F. Their assumption is that all arguments are
assigned a [±Foc] feature when entering the syntactic derivation (or, alternatively, some
arguments may have it inherently, as in the case of [-Foc] for weak pronouns and clitics).
[+Foc] crucially correlates with the information focus (in the sense of Vallduví and
Engdahl 1996), while [-Foc] qualifies an argument as part of the presupposition or
‘ground’ (Vallduví and Engdhal 1996). Assuming that [-Foc], an uninterpretable feature,
must move outside the predicate phrase in order to be checked, one possible way of
achieving this is movement of the [-Foc] argument to [spec, FP], satisfying the EPP in
Finnish. Crucially, the [-Foc] feature is checked outside the focus domain, which, for
H&N, is TP, the maximal projection of the predicate. (As H&N suggest, [-Foc] could also
be at work in other processes, such as Scrambling and Object Shift.) FP qualifies as the
presupposition domain. Thus, the idea that arguments which are not part of the information
focus must be moved out of the focus domain is here implemented in terms of a feature [-
Foc] being attracted by a feature [-Foc] in F, the EPP-feature.
H&N admit that languages vary with respect to the strenght of this EPP-feature. In
some languages, a weak [EPP] may allow for covert movement, but, in a language like
Finnish, the checking of a strong [EPP] involves overt movement of a constituent or,
alternatively, the merging of an expletive. This amounts to a requirement in Finnish for the
[Spec, FP] position to be filled (some exceptions occur though, see examples (114) below).
Yet, the subject does not have any privileged status regarding the checking of this
EPP-feature. As H&N state “[i]n Finnish, the generalization seems to be that the EPP can
be satisfied only by categories which are referential in a broad sense, including locative
42

2. EXPLETIVES, SUBJECTS, AND BEYOND
and temporal adverbials, but excluding sentence adverbials and manner adverbials” (H&N
2002: 81 – see (111) (=H&N (17)).
(111) a.Tänään leikkii lapsia kadulla.
today play children in.street
b.Tromssassa leikkii lapsia kadulla.
in.Tromsø play children in.street
c. Kirveen avulla murtautuu helposti taloon.
axe.GEN with.help break easily into.house
‘One can easily break into the house with the help of an axe.’
d. *Ehkä leikkii lapsia kadulla.
perhaps play children in.street
e. *Helposti murtautuu taloon kirveen avulla.
easily break into.house axe.GEN with.help
In addition, a null subject or an expletive can also satisfy the EPP-feature in Finnish. That
the insertion of the expletive is prevented by a null subject is shown in (113).
(112) Sitä leikkii lapsia kadulla. (H&N (2a))
EXPL play children in.street
(113) Miksi (*sitä) leikitte kadulla? (H&N (18))
why EXPL play-2PL on.street
‘Why are you playing in the street?’
Accordingly, the expletive sitä fulfills the requirement for a Spec in the presupposition
domain to be filled up. “Its function is just to overtly fill the specFP position in
constructions where there is no lexical filler of that position, that is, formally to check the
EPP-feature in F” (H&N 2002: 90). When no argument qualifies as presupposed, that is to
say, when no argument carries a [-Foc] feature, the merging of the expletive saves the
derivation, which otherwise would crash: a [-Foc] in F (the EPP in Finnish) must be
checked.
Matters are not so simple, however. Sentences like (114) (=H&N (19)), where an
expletive is optional, fail to be accounted for in such an approach to the EPP in Finnish.
43

(114) a. On ilmennyt ongelmia.
have appeared problems
b. Sattui onnettomuus.
occurred (an) accident
c. Tuli kiire.
came haste
‘We/they are in a hurry.’
d. Sataa vettä.
rains water
EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
e. Oli hauskaa että tulit käymään.
was nice that came-2SG visiting
‘It was nice that you came by.’
These examples arguably involve no category which could move to preverbal position (see
examples in (115)), i.e. they have no potential topic. Nevertheless, the expletive is not
required.
(115) a. *Ongelmia ilmeni. (H&N (26a))
problems appeared
b. *Onnettomuus sattui. (H&N (26b))
accident occurred
When another argument is added, this option is not available anymore:
(116) a. *Ilmeni ongelmia pian. (H&N (21))
appeared problems soon
b. Pian ilmeni ongelmia.
(117) a. *Sattui onnettomuus minulle. (H&N (22))
occurred accident to-me
b. Minulle saatui onnettomuus.
In order to account for cases such as (114), H&N have to weaken their theory (as they
acknowledge) by the following stipulation:
(118) The EPP-feature in F is optional in Finnish. (H&N (27))
Thus, if F is merged without the EPP-feature, the sentences in (114) are obviously
well-formed. The postverbal argument, which cannot have a presuppositional reading, is
[+Foc]. Consequently, it need not move out of the focus domain. In fact, it cannot move,
44

2. EXPLETIVES, SUBJECTS, AND BEYOND
since there is no movement trigger (see (115)). However, if another argument is added, a
derivation without the EPP-feature will crash (cf. (116)a and (117)a). An uninterpretable [-
Foc] feature remains unchecked, under H&N’s assumption that all arguments have a
[±Foc] feature and that at most one argument can be [+Foc]. Essentially, the optionality of
the EPP only plays a role in accounting for sentences like (114). Examples (116)a and
(117)a are equally ruled out if F is merged with the EPP-feature: both the [-Foc] feature of
F and the [-Foc] feature of one of the arguments will remain unchecked. As for the
examples in (115), since the EPP feature cannot be checked by an argument [+Foc], the
derivation crashes as well. What is crucial is the fact that in sentences (114) the
EPP-feature as proposed by H&N must not be invoked – hence the stipulation in (118) –,
even though the same sentences happen to (optionally) admit the expletive, in which case
the EPP-feature should be operative.
Summarizing the relevant facts: (i) in Finnish, a NSL, which arguably is topic-prominent,
(a version of) the EPP-feature is operative in a higher head of the sentence structure (F)
and it is conceived as a requirement for a [-Foc] feature in F to be checked by a [-Foc]
constituent; (ii) the function of the expletive sitä amounts to checking this discourse-
related EPP-feature. Since the EPP in Finnish needs not be checked by the subject, “sitä is
not an expletive subject but an expletive topic. It satisfies the requirement that a given
sentence-initial spec-position, namely SpecFP, be filled in sentences where, for whatever
reasons, that position is not filled by an argument” (H&N 2002: 96).
2.4.4 A peripheral expletive in Romance
The special status of the overt expletive in Galician (and EP) and in some other Romance
NSLs has also received some attention during the last decade. As mentioned in chapter 1,
the distinction between this kind of expletive and the subject expletive found in NNSLs is
already suggested by Uriagereka 1992, 1995b. The proposal put forth by Uriagereka 1988
(and subsequent work) for a functional projection FP above the IP space at several
instances has permitted a correlation between this projection and the availability of overt
expletives in Romance NSLs. The main claims of the proposals put forth by Uriagereka
1992, 1995b are reviewed in subsection 2.4.4.1. More recently, Uriagereka 2004 presents a
45

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
new proposal for the peripheral expletive in Western Iberian, correlating overt expletives
with evidentiality effects. This proposal will be presented in subsection 2.4.4.2. An
alternative account for expletives in Romance NSLs has been attempted by Silva-Villar
1998, 2004, which will be presented in section 2.4.4.3.
2.4.4.1 FP and overt expletives
The availability of overt expletives in Galician, EP and some Leonese dialects is one of the
properties Uriagereka 1992, 1995b correlates with the morphological and syntactic
realization of a functional projection above IP in these languages – FP in his terms (F
stands for ‘functional’ in Uriagereka 1988, for ‘Focus’ in Uriagereka 1992, 1995a, 1995b).
According to Uriagereka’s proposal, this FP projection would allow some
parametric variation with respect to its morphological and its syntactic strenght: strong in
Old Romance, the loss of this strength in some modern Romance languages would
correlate with some well-known differences among these languages (concerning not only
overt expletives, but also the position of clitics, the availability of inflected and personal
infinitives and recomplementation, for instance). Even if the [Spec, FP] position is taken as
a landing site for focused constituents, this “Focus” projection is to be distinguished from
other Focus positions that have been proposed for the structure of the left periphery of the
clause (Brody 1990, a.o.):
46
I associate half a dozen properties of medieval Romance dialects with F [...],
properties that have nothing to do with focalization proper. Spec F hosts
emphasis phrases, noncontrastive (aboutness) topics [...], overt expletives,
dislocated material in “CP recursion”, and even wh-phrases in
circumstances that would otherwise violate the Wh-Island Constraint,
whereas the head F is overtly realized as focusing pleonasms,
recomplementation, and the hosts of clitic placement and V-movement.
Languages with an active, morphological F exhibit these properties;
languages without it exhibit none of them; and languages with a residual,
nonmorphological F exhibit only some. [...] My view is that F syntactically
encodes a speaker’s or an embedded subject’s point of view. This is what
allows attribution of reference, loaded descriptions (e.g., epithets), emphasis,
and so on. We may think of F as a point of interface at LF between the
competence levels of syntax and the performance levels of pragmatics.
Uriagereka 1995b: 92

2. EXPLETIVES, SUBJECTS, AND BEYOND
Concerning overt expletives, the main claim of Uriagereka’s 1992, 1995b proposal is that
they are dependent on the Case licensing properties of a morphologically strong F. Thus,
under the assumption that the expletive ele, the nominative form of the third masculine
singular pronoun, needs Case, it is suggested that its Case is assigned by F, an extra source
of nominative (that is to say, a source of a sort of nominativus pendens). The crucial data
for Uriagereka are sentences like (119) (Uriagereka’s (17)a. and b., from Álvarez 1981),
where supposedly both the expletive and the postverbal argument need Case.
(119) a. O tia Gertrudes, ele está i a minha aboa? (Galician)
Hey aunt Gertrudes EXPL is there the my grandma
b. e il estaria iste coche na batalla do Marne? (Galician)
and EXPL could.have.been this carriage in.the battle of Marne
Under this account, the expletive is assigned Case in [spec, IP], under government by F,
assuming the proposal about barriers in Raposo and Uriagereka 1990. I assigns Case to the
postverbal subject. This would explain, Uriagereka claims, the ungrammatical status
ascribed to sentences where the expletive co-occurs with an overt preverbal subject, as in
(120):
(120) a. O tia Gertrudes, *ele a minha aboa está i? (Uriagereka’s 1995b judgement)
hey aunt Gertrudes EXPL the my.F grandma is there
b. *il iste coche estaria na batalla do Marne? (idem)
EXPL this carriage could.have.been in-the battle of Marne
[...] the overt expletive is apparently incompatible with subjects in the spec of
IP. This follows if the expletive starts out in this position, where it can get
Case from F.
Uriagereka 1995a: 167
These empirical facts seem however to run counter to some attested evidence for the overt
expletive co-occurring with a preverbal subject. Álvarez et al. (1986: 169) include the
following example, where, despite the fact that a parenthetical sentence occurs between the
subject and the verb, the overt expletive ele shows up immediately to the left of a
nominative subject pronoun:
47

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
(121) E el eu, a verdade sexa dita, coidei que era certo. (Galician)
and EXPL I the truth BE-SUBJ.3SG said thought that was right
European Portuguese data further confirm the order attested for Galician (see also below,
chapter 4):
(122) a. Ele os papéis também nunca mais virão... (from Aquilino Ribeiro, Terras do Demo)
EXPL the papers also never more come-FUT-3PL
b. Ele os lobos andam com fome (Leite de Vasconcellos 1928: 222)
EXPL the wolves go-3PL with hunger
Be that as it may, we could still maintain the Case-dependent correlation between the
projection of F and the overt expletive, assuming that the expletive gets its Case (if it needs
one) in [Spec, FP], which would be a natural Spec-Head Case licensing configuration
under early minimalist assumptions (under Uriagereka’s proposal that F is a Caseassigner).
In any case, [Spec, FP] is a position suggested for the expletive, at least in
examples like (123) (where que would fill the F position).
(123) ello que yo lo vi (Archaic Spanish)
EXPL that I it saw
‘Of course I saw it!’
This example is indeed taken to indicate “that the overt expletive may occupy the spec of
F, perhaps raising from the spec of IP” (Uriagereka 1995a: 160). Note, however, that in the
mentioned sentence, the pronoun yo ‘I’ would also be a natural candidate for [Spec, IP].
Thus, it seems that assuming the expletive is inserted in [Spec, FP] could be, in these cases,
a straightforward move that would avoid additional problems. That overt expletives can
occupy this position is also assumed in Uriagereka 1995a, Martins (1993: 62) and Raposo
(1995: 473), Raposo and Uriagereka 1996, 2004.
2.4.4.2 Expletives as evidentiality markers (Uriagereka 2004)
More recently, Uriagereka has put forth a more articulated proposal about overt expletives
in Western Iberian, on the basis of a more extensive data collection of expletives in
Galician (Uriagereka 2004).
As Uriagereka notes, such expletive looks like “standard” expletives (i.e. NNSLs’
expletives) in that it can apparently induce possible long-distance agreement with an
associate, as in (124):
48

2. EXPLETIVES, SUBJECTS, AND BEYOND
(124) El nasceron duas cuxas na granxa (=Uriagereka 2004 (1e))
EXPL were-born two calves in.the farm
‘There were born two calves in the farm.’
However, Uriagereka lists several peculiarities that make this expletive special:
(i) the overt expletive occurs in NSLs, which normally have null expletives;
(ii) differently from standard expletives, the overt expletive in Galician and in Western
Iberian does not induce a definiteness effect in its associate:
(125) […] i el era ben do meu gosto aquel caldo de calabozo doce que facía a señora
and EXPL was well of.the my taste that soup of pumpkin sweet that made the lady
Marcelina polo Outono (=Uriagereka 2004 (4b))
Marcelina by.the Fall
‘And there pleased me well that sweet pumpkin soup that Lady Marcelina would cook in the
Fall.’
(iii) the overt expletive behaves like standard expletives in inducing thetic interpretations
(cf. (126)) and being incompatible with categorical interpretations (cf. (127)):
(126) A: Que lle pasou á Xubenca? (=Uriagereka 2004 (5))
what to_her happened to_the X.
‘What happened to Xubenca?’
B: A Xubenca morreu, pobriña.
the Xubenca died poor thing
‘The Xubenca died, poor thing.’
B’: #El morreu [a Xubenca], pobriña.
EXPL died the Xubenca poor thing
‘There died the Xubenca, poor thing.’
(127) A: Que foi? (=Uriagereka 2004 (6))
what was
‘What happened?’
B: (El) morreu a Xubenca, pobriña.
EXPL died the Xubenca poor thing
‘There died the Xubenca, poor thing.’
B’: #A Xubenca morreu, pobriña.
the Xubenca died poor thing
‘The Xubenca died, poor thing.’
(iv) the overt expletive was widespread among other medieval Romance varieties,
correlating with “a variety of busy left-field effects”, such as the presence of evidentiality
markers as in (128), recomplementation structures, interpolation, verbal reduplication in
expressive contexts, among others.
49

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
(128) Seica che lles morreu a cuxa. (=Uriagereka 2004 (7a))
know-I-the you-know on-them died the calf
‘Apparently, you know, the calf died on them.’
Uriagereka 2004 points out two additional uses for expletive el in Galician: the “narrative
use” illustrated in (129) and (130), and the “inquisitive use” illustrated in (131):
(129) I el, ela foi a primeira muller que eu vin en coiros […] (=Uriagereka 2004 (8b))
and EXPL she was the first woman that I saw in leather
(from Alvaro Cunqueiro (1955) Merlin e Familia)
‘And so (it was that) she was the first woman I saw in the nude.’
(130) El é, meu señor Sinbad, que a segunda miña […] sempre me anda decindo si […]
(=Uriagereka 2004 (9b))
EXPL is my master Sinbad that the second of.mine always to.me walks saying if
(from Alvaro Cunqueiro (1961) Se o Vello Simbad volvese ás Illas)
‘And so it is, my master Sinbad, that the second child of mine always goes around telling
me that…’
(131) El non sementou leitugas e cabazo doce no meu saído […]?
(=Uriagereka 2004 (10b))
EXPL not planted lettuces and pumpkins sweet in_the my garden
(from Alvaro Cunqueiro (1961) Se o Vello Simbad volvese ás Illas)
‘Perchance he did not plant lettuces and sweet pumpkin in my garden?’
Uriagereka’s 2004 proposal for overt expletives in Western Iberian essentially builds on
the effects that el originates in this kind of sentences. In the narrative use, the presence of
the expletive would more or less correspond to a more expanded expression like el é in
(130) or even el é sabido ‘it is known’, el é certo ‘it is certain’; as for the interrogative use,
as Uriagereka points out, “questions with el have a ‘perchance’ pressupposition, they are
pressupposed information that requires confirmation” (p. 7). Thus, the proposal put forth
suggests that “el introduces a pseudo-cleft, which may be overtly realized” (ibid.) as in el é
que / el é sabido que.
50
A pseudo-cleft-introducing el should be able to co-occur with a null
pleonastic, much as it does with there in it is true that there is a God. In WI
we obtain el (é certo que) pro hay Deus, with optional copula, predicate, and
complementizer introducing the clause […].
The fact, then, that while Pro-drop languages normally have null expletives,
but despite overt el, WI is pro-drop, is not mysterious: in its normal (there)
role, the WI pleonastic is null; when overt (it role, clause associated) it
induces evidentiality of the sort studied in Etxepare 1998.
It is also expected that, unlike overt (e.g. French) expletives, and like null
Romance counterparts, WI el doesn’t induce a definiteness effect in its
associate: the pro pleonastic behaves as it does elsewhere in Romance in not
inducing definiteness effects – el has no bearing on this.

2. EXPLETIVES, SUBJECTS, AND BEYOND
The fact that el and variants were typologically widespread among medieval
Romance languages, correlating with a variety of ‘left-field’ evidentiality
effects (see Martins 1995[4]), speaks to whatever parameter is involved in
pragmatically ‘hot’ left-fields (Huang 1984) allowing for the realization of
evidential material in the matrix.
Finally the question for the categorical/thetic distinction is why sentences
involving el are unacceptable without the thetic interpretation. Suppose a
pleonastic forces the event quantification it signals to be essentially unary,
thus arguably incompatible with a categorical judgement.
Uriagereka 2004: 8
2.4.4.3 Expletives and multiple specs in C (Silva-Villar 1998)
Silva-Villar 1998 tries to unify several expletive constructions in EP, Galician and Leonese
under a suggestion for a Multiple Specs configuration in C. This study has the merit of
bringing up together a large amount of attested data (some of them for old varieties of
Romance), which are categorized into different kinds of expletive constructions, to be
distinguished from the expletive constructions found in NNSLs, according to Silva-Villar:
(i) “Single Expletive (subject) Construction (SEC)”; and (ii) “Multiple Expletive
Construction”, which allows for two variants: the “Multiple Subject Construction (MSC)”;
and the “Interrogative Expletive Construction (IEC)”.
The SEC corresponds to the common case of expletive constructions latu sensu in
NNSLs such as English or French: they involve atmospheric predicates (cf. (132)a-b),
existential impersonal verbs (cf. (132)c), and extraposition contexts (cf. (132)d) (selected
examples from Silva-Villar’s (8)-(10)).
(132) a. Êle já orvalha. (EP, from Leite de Vasconcellos 1928: 221)
EXPL already drizzle
‘It is already drizzling’
b. Ello moja mucho. (Leonese, from Penny 1994: 278)
EXPL soaks a lot
‘It is soaking wet’
c. Pois ele haverá castelhanos honrados? (EP)
thus EXPL have-FUT-3SG Castilians honest
‘Are there honest Castilians?’
d. Êle é certo que muitos se envergonham de... (EP)
EXPL is true that many SE shamed of
‘It is true that many people are ashamed of...’
51

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
Under the SEC, Silva-Villar also includes two examples involving “inversion contexts”
(i.e., presentative constructions), a kind of data which is “more scarce”, he acknowledges.
Note that both examples involve unaccusative verbs:
(133) a. El volveu a reina a Madrid? (19th-c. Galician)
EXPL come.back-PST.3SG the queen to Madrid
‘Did the queen come back to Madrid?’
b. Ello llegan guaguas hasta allí. (Dominican Spanish)
EXPL arrive-3PL buses until there
‘Buses go all the way to there’
The MSC consists of constructions where “the expletive pronoun and overt (or covert)
thematic subject surface together” (Silva-Villar 1998: 256). It includes, thus, expletive
constructions with a preverbal overt subject (cf. (134), see also (122), above) or with a null
subject (cf. (135)).
(134) a. Ele aquela mulher é muito bondosa. (EP)
EXPL that woman is very kind
b. Ele aqueles campos estão bem cultivados.
EXPL those lands are well farmed
(EP, from Leite de Vasconcellos 1928: 222)
(135) Ello vamos a gastar veintisiete riales. (18th-19th-c. Spanish)
EXPL go-1PL to spend twenty-seven reales
‘We are going to spend twenty-seven reales (quarters of peseta)’
Finally, the IEC comprises interrogative sentences headed by the expletive (selected
examples from Silva-Villar’s (21)-(22)):
(136) a. El sabedes cando chegarán? (Galician, from Alvarez and al. 1986: 291)
EXPL know-2PL when arrive-3PL
‘Do you know when they’ll arrive?’
b. El qué vos dixeron da xuntanza? (idem, ibid.)
EXPL what to.you said-3PL of.the meeting
‘What did they tell you about the meeting?’
c. Ele quantos estudantes vieram à festa? (EP)
EXPL how.many students came-3PL to.the party
‘How many students came to the party?’
The intended unification for the three kinds of expletive constructions seems however to
face several empirical problems. Silva-Villar’s proposal departs from the assumption that
all types of expletive constructions in EP, Galician and Leonese share the following
properties, which would distinguish them from expletive constructions in NNSLs:
52

2. EXPLETIVES, SUBJECTS, AND BEYOND
i. lack of “subject-verb inversion”, i.e. expletive-verb inversion;
ii. asymmetry matrix/embedded contexts;
iii. lack of non-finite expletive constructions;
iv. lack of raising.
The data Silva-Villar takes into account for this claim involve only the sort of atmospheric
or existential verb included in the SEC, but he assumes “the MSC and the IEC share their
basic properties with the SEC”. And he adds: “We will use this state of affairs to unify the
whole array of expletive constructions” (p. 261). Within his proposal, these properties
serve mainly to motivate the claim that the SEC is different from “standard” expletive
constructions in NNSLs (disregarding here the distinction between true expletives and
quasi-arguments, which are not distinguished in Silva-Villar’s work).
Let us first consider property (i). As for expletive-verb inversion, it is claimed that
the SEC patterns in this respect with other expletive constructions where there is an overt
(or covert) subject, that is to say, the expletive cannot invert itself with the verb. However,
the kind of sentences that Silva-Villar judges as ungrammatical sounds possible in the
varieties of EP that have the overt expletive:
(137) a. Haverá ele coisa melhor?
have-FUT-3SG EXPL thing better
‘Is there anything better?’
b. Haja ele dinheiro, ...
have-COND-3SG EXPL money, ...
‘If there is money, ...’
c. Voltará ele a nevar este ano?
turn-FUT-3SG EXPL A snow-INF this year
‘Will it snow again this year?’
In fact, there are some attested examples with the expletive inverted with the verb ser ‘to
be’ in impersonal constructions, as it will be shown in more detail in chapter 4 below:
(138) a. Seja ele ao fim do tempo que for (Guerreiro 1968: 351)
be-PRES.SUBJ. EXPL to.the end of.the time that be-FUT.SUBJ
±‘No matter what time it will take.’
b. Mas fosse ele ano de espiga grada, ... (from Aquilino Ribeiro, Terras do Demo)
but be-IMP.SUBJ EXPL year of grain great, ...
± ‘But if it was a good year for grain, ...’
53

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
Second, according to Silva-Villar, the SEC would be possible only in matrix contexts.
Once again, the sort of data he takes into account (those which involve impersonal verbs)
seems to allow for expletives in embedded contexts as well:
(139) a. Parece qu’ele vai botar água! (Dias 1982: 325)
seems that EXPL goes give-INF water
‘It seems that it is going to rain’
b. Parece qu’ele vai ser ano de milho. (ibid.)
seems that EXPL goes be-INF year of corn
± ‘It seems that it is going to be a good year for growing corn.’
(140) eu tenho a impressão (...) que ele que havia ainda lá disso. (CORDIAL-SIN, AAL21)
I have the impression that EXPL that had still there of.that
‘I have the impression that there was some of that there.’
(141) e quando êle assim me custa já tanto,
and when EXPL thus to.me be.difficult-PRE.SUBJ.3SG already so.much
não sei o que seria se abalasse... (Ribeiro 1927: 162)
NEG know-1SG what be-COND.3SG if go.away-IMP.SUBJ. 1/3SG
± ‘If it is already so difficult to me in this way, I don’t know what would happen to me if
he/she/I went away.’
The example in (141) involves an impersonal construction with a Dative argument
(Benefactive/Experiencer) where the overt expletive is also allowed – see data in chapter 4
below. As (140) shows, this sort of expletive may even be enveloped between several
instances of the complementizer in recomplementation contexts.
Presentative constructions with unaccusative verbs seem to pattern alike, the
expletive being also allowed in embedded contexts (in a cleft construction in (142)):
(142) (...) agora neste tempo, mais ou menos, Fevereiro, Março, é que ele ia
now in.this time more or less February March is that EXPL went-3SG
outra máquina (CORDIAL-SIN, AAL01)
another machine
± ‘It was now, at this time, February, March, that another machine was used’
Silva-Villar’s MSC shows a similar behavior with respect to embedded contexts:
54
(143) a.Se ele isso é assim... (Braga 1971: 171)
if EXPL that is in.this.way
‘If that is this way…’
b. Devem de estar a chigar qu’ele o sol já se pôs! (Paulino 1959: 168)
must-3PL of be-INF A arrive-INF that EXPL the sun already SE set-3SG
± ‘They must arrive in a while, because the sun is already set down!’

2. EXPLETIVES, SUBJECTS, AND BEYOND
c. Acho que ele o sol já se pôs.
believe1SG that EXPL the sun already SE set3SG
± ‘I think that the sun is already down’
This does not however entail that all the expletive constructions pattern alike when one
considers the lack of asymmetry between matrix and embedded contexts. At least, for the
constructions discussed by Silva-Villar, it seems that some IECs (those that correspond to
wh-embedded questions) fail to be allowed in an embedded context, as the contrast
between (144)a and (144)b-c shows:
(144) a. Não sei se ele os alunos já leram o livro.
NEG know-1SG if EXPL the students already read-PERF.3PL the book
‘I don’t know if the students have already read the book.’
b. *Não sei ele quantos estudantes vieram à festa.
NEG know-1SG EXPL how.many students came-3PL. to-the party
c. *Não sei ele quem veio à festa.
NEG know-1SG EXPL who came-3SG to-the party
As for property (iii) above, concerning the lack of non-finite expletive constructions,
Silva-Villar’s judgements seem not to match the sort of data that EP allows (the examples
in (145) correspond to the contexts invoked in his analysis):
(145) a. (Ainda é cedo)... para ele nevar outra vez.
still is early for EXPL snow-INF again
b. Por ele haver tanta desgraça ...
for EXPL have-INF so.much misfortune
In these impersonal constructions, the expletives seem to pattern with subjects in inflected
infinitive clauses in EP. Furthermore, the expletive can also co-occur with an overt subject
(in a MSC) in this context:
(146) a. ... para ele a Maria fazer isso.
for EXPL the Maria do-INF that
b. Por ele a Maria ter feito isso ...
for EXPL the Maria have-INF done that
At last, in what concerns raising, it is not clear that expletives in impersonal constructions
should not be able to raise, contrary to what Silva-Villar assumes:
55

(147) Ele parece haver muito trabalho.
EXPL seems have-INF much work
‘There seems to be a lot of work.’
EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
Consider also (148), involving a raising construction with a modal verb (cf. Gonçalves
1996).
(148) Ele deve haver para aí (...) alguns quarenta. (CORDIAL-SIN, PFT02)
EXPL must have-INF about some forty
‘There must be some forty (years).’
In short, the data presented above seem to weaken Silva-Villar’s attempt to unify all the
expletive constructions on the basis of properties (i)-(iv) above. It is clear that some of the
discussed data behave indeed in a way similar to expletive (or, more accurately, quasi-
argumental) constructions in NNSLs. In the absence of other kind of arguments, it is not
evident that the SEC and the other expletive constructions should be paired off.
In what follows, I will present the main line of Silva-Villar’s general proposal,
which clearly relates the overt expletive in EP with the periphery of IP – a move
substantiated at least by the sort of expletive constructions Silva-Villar includes under the
MSC and the IEC.
Concerning the position of the expletive, Silva-Villar first admits two options,
excluding [Spec, IP] on the basis of examples such as (134) above (repeated here as (149)),
where this position is supposedly occupied by the preverbal subject: “either [Spec, CP] (...)
or a higher (i.e. later) stage of the derivation” (p. 264), see (150)a and (150)b, respectively.
56
(149) a. Ele aquela mulher é muito bondosa.
EXPL that woman is very kind
b. Ele aqueles campos estão bem cultivados.
EXPL those lands are well farmed
(150) a. CP
ru
Exp ty
C TP
ru
T ...

2. EXPLETIVES, SUBJECTS, AND BEYOND
b. XP
ru
Exp ty
X CP
ru
ru
C TP
ru
ru
T ...
Both options are however discarded: (150)b is excluded because “no source for Case is
available”, and (150)a because “[Spec, CP] cannot be occupied by both the expletive and a
Wh-phrase at the same time” (ibid.). Nevertheless, a central role of C is assumed: “[...] the
root-embedded asymmetries already presented are a typical characteristic of the active role
of C. Finally, if the EPP and the Case-assigning feature can be satisfied independently and
by different lexical units, we are forced to provide an extra position beyond T for our
derivation. (...) Whatever the solution to the problem may be, we want a C-like stage but
we cannot have it” (ibid.). It is in this context that the Multiple Specs configuration in C is
suggested. Silva-Villar mainly builds on the condition that “multiple specifiers must have
the same distribution”, referring to the similar positions of subjects and expletives and of
wh-phrases and expletives in the following examples ((32) and (33) in his text):
(151) a. Ele sempre é grande. (EP)
EXPL always is big
‘It is always big’ (more accurately, ‘After all, it is big’)
b. O mundo é grande.
the world is big
c. Ele o mundo é grande.
EXPL the world is big
(152) a. I ónde hei ter eu a maus? (Gal.)
QM where have-1SG have-INF I the hands
‘And where do I have my hands?’
b. I el hei ter eu a maus (no bolso)?
QM EXPL... (in.the pocket)
c. I el onde hei ter eu a maus ?
QM EXPL where ...
However, further substantial support is not added and we are left with a final remark that
the expletives “surface in the structures discussed [...] as a consequence of a strong feature
57

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
of C. Verbs move to C to check a feature associated to the matrix (prosodic) domain. [...]
Since the strength of C is the agglutinant for all types of expletive constructions, they are
unified under the label of Complementizer Expletive Construction” (p. 267).
Tentative as Silva-Villar’s proposal may be, some observations to the general
approach are still in order here. First, although Silva-Villar 1998 assumes that the expletive
needs Case (just like in Uriagereka’s proposal), it is not clear how it gets Case as a second
specifier of C. To my knowledge, the properties of C as a Case assigner are far from
evident. Case checking typically operates within the IP domain – Case assignment within
the outer domain, as in Uriagereka’s proposal (see section 2.4.4.1 above), is rather
exceptional and, at least, it needs further motivation. Second, the non-comprehensive lack
of asymmetry between matrix and embedded contexts (seen in (139) through (144) above)
crucially undermines the role assigned to C, and consequently, the insertion of the
expletive within the strict projection of C. To conclude, as already noted above, the
similarity of the expletive constructions discussed is not evident, which raises significant
doubts on the intended unification under a single “Complementizer Expletive
Construction”.
From the approaches reviewed above, I will retain the main claim shared by both of them
about an above-IP position for overt expletives in EP.
58

On Dialect Syntax: Methodological Issues
3.0 Introduction
The object of this study consists of a phenomenon which is characteristic of non-standard
varieties, and in most cases absent from standard EP. Insofar as the investigation is focused
on data mainly drawn from EP dialects, the approach here developed may also be seen as
an approximation to the study of dialect syntax in EP.
In this chapter I discuss some methodological issues concerning dialect syntax in
general and the approach followed in this work in particular. After some introductory
remarks about the interplay between syntax and dialectology in linguistic studies, I will
discuss the importance of the different kinds of data that may constitute the empirical basis
for dialect syntactic studies.
In the last part of the chapter, the methodological options taken in this work will be
presented.
3.1 On the study of non-standard syntax
It is not my intention here to recapitulate the often mentioned divide between theoretical
linguistics and the study of linguistic variation. This is in effect a well-known split, still
highlighted in our days:
3.
59

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
At first sight, and often for some also in final analysis, linguistic variation,
while empirically evident, represents an element of disturbance, something
that seems to obscure the true perception of things, an obstacle to the
theorizing and abstraction required for the scientific understanding of facts.
This is so much so that the fundamental theoretical traditions in linguistics,
from Saussure to Chomsky, to post-generativism, to many functionalists
themselves (not Halliday, of course; but certainly Dik, or Givón up to a
certain extent, to name but two) who, despite their point of view – which
ought to make them particularly receptive to our problem – have more or
less systematically sought to eliminate all elements of variation from the
linguist’s scope, positing only that which is constant, invariable, underlying
the changing superficial realizations and independent from the speaker’s
actuation as a worthy object of study. And so, over the last thirty years there
has been a gradual dividing of competences within linguistic science. On the
one hand, we have real linguistics, general and theoretical linguistics, which
theorizes, searches for, and produces explanations – first class linguistics,
we might term it, which deals with language as used by a perfectly competent
native speaker in an ideal situation, language as a formal construct where
variety and elements of variation are systematically put to one side as
irrelevant. On the other hand, we have second class linguistics,
sociolinguistics and other fields of external linguistics (to use Saussure’s
term), which is left to take care of the bits and pieces of linguistic practice of
speakers in concrete situations where instability, variety, fluctuation,
diversity – variation in other words – reign supreme.
Berruto 2004: 294
My emphasis will go instead to the manifest interest in integrating the findings of the study
of linguistic variation into a larger theoretical frame, which, for the domain of generative
syntax, is relatively recent.
It is true that the study of syntax has only played a marginal role in traditional
dialectology. 1 Dialectologists have mainly been concerned with the study of phonological
and lexical variation, and it was for this purpose that data were systematically collected in
dialect surveys and linguistic atlases, which represent the main data source for traditional
dialectology. In fact, in the atlas projects all over the world no more than five percent of
published dialect maps involve syntactic data (Gerritsen 1991: 9, apud Cornips and
Jongenburger 2001: 1).
This neglect of syntax in dialect studies certainly owes much to the methodological
problems that syntactically oriented fieldwork raises. The classical method for
1
To this respect, Remacle’s (1952-60) insightful work on the syntax of the Walloon dialect of la Gleize is a
remarkable exception.
60

3. ON DIALECT SYNTAX: METHODOLOGICAL ISSUES
dialectological fieldwork is the interview, conducted with the help of a questionnaire
containing essentially naming questions and eventually completing questions (generally
organized according to semantic fields). It is naturally difficult to take this sort of approach
if one tries to obtain a specific syntactic construction. In most European atlases thus the
method used for eliciting syntactic properties has been the translation from the standard
language in oral interviews. This kind of elicitation raises, of course, several problems, the
most important of which seems to be the high risk of getting an answer influenced by the
standard construction (also worth mentioning is the fact that informants tend to get rapidly
exhausted of this kind of task).
The experiences of the Swiss German Dialect Atlas team with syntactically
oriented translation questions were quite bad, […] because either the
informants too often provided a literal translation from standard German
and getting the natural responses would have taken too much time, or the
informants often didn’t understand at all the task they were faced with.
Bucheli and Glaser 2002: 3
Furthermore, it must be noted that such a method is only conceivable (despite its
imperfections) for those areas whose varieties depend on different linguistic systems
(which is indeed the case of Italy, France or Switzerland, to refer some of the areas where
this method has been applied).
The situation of dialect syntax in Portuguese studies is not significantly different. The
major EP dialect surveys do not generally contemplate any kind of syntactic variation (cf.
Cintra 1971, 1983, Boléo 1942-1973, Boléo and Silva 1962). The questionnaire of the
linguistic atlas ALEPG explicitly states that it is “for pratical reasons” that it does not
include syntactic questions (Gottschalk, Barata and Adragão 1974).
However, although no comprehensive description of syntactic variation phenomena
may be found, there exist some sparse allusions to syntactically relevant variation
phenomena in EP.
61

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
Leite de Vasconcellos, who was pioneer for Portuguese dialectology, already points
out some aspects of syntactic variation in non-standard (popular and regional) varieties
(among which the reference to expletive ele, as mentioned in chapter 1 of this dissertation):
La syntaxe populaire ne diffère pas essentiellement de la syntaxe littéraire.
Cependant, il y a à remarquer plusieurs particularités, soit dans le langage
populaire général, soit dans les dialectes.
Leite de Vasconcellos 1901, 1987: 121
[Popular syntax does not essentially differ from literary syntax. However, there are
some remarkable particularities, either in popular language in general, or in dialects.
– my translation]
During the twentieth century, several dialect monographs presented to the Universities of
Lisbon and Coimbra collected a non-negligible amount of remarks on Portuguese dialect
syntax. 2 More recently, Casteleiro 1975 presents a concise collection of non-standard
syntactic constructions characteristic of inland Portuguese varieties.
Nevertheless, it may be stated that most of the time syntax and dialectology have
been pursuing different interests.
The general situation of dialect syntax has however changed in the last decades, a period
during which the convergence between syntactic theory and the study of linguistic
variation has become an explicit need.
In the late seventies, the international project Atlas Linguarum Europae (ALE)
already sketched this tendency and stated the interest for syntactic theory to count on a
comparative inquiry into dialect syntax (see Lehman 1980, Kruijsen 1983). A group of
Dutch syntacticians committed to this linguistic atlas have elaborated a questionnaire
oriented to the study of syntax (Weijnen and Kruijsen 1979). However, this syntactic
questionnaire has not been applied in most European linguistic domains and no ALE syntax
volume has been published.
It was the framework of the Principles and Parameters Theory of generative
grammar (Chomsky 1981 and subsequent work) that set the grounds for a renewal of the
interest in syntactic variation.
2
Several of these monographs were inspected in the survey of dialect syntax phenomena presented by
Carrilho and Lobo 1999.
62

3. ON DIALECT SYNTAX: METHODOLOGICAL ISSUES
[…] it was quickly realized that, through a systematic use of this notion
[parameter, EC], it had become possible to account for all the variation in
syntactic computations and do away completely with the notion of
language-specific rule system (Chomsky 1981).
Universal Grammar (UG) could be rethought of as a system of
principles and parameters. The former expressed linguistic invariance; the
latter were conceived as binary choice points expressing the range of
possible variation. A particular grammar could be seen as a specific
realization of UG under a particular set of parametric values.
Rizzi 2004a: 329
Since then, work in generative linguistics has been mainly comparative. The comparative
approach to languages similar in many respects, such as English and French or Italian and
French, has been fundamental to the construction of a theory of Universal Grammar
conceived in terms of invariant principles and parameters allowing for some linguistic
variation. Under such a model, differences between languages may reduce to the setting of
a small number of abstract parameters, having effects throughout the grammar.
Comparative work on the syntax of a large number of closely related
languages can be thought of as a new research tool, one that is capable of
providing results of an unusually fine-grained and particularly solid
character. [omitted footnote, EC] If it were possible to experiment on
languages, a syntactician would construct an experiment of the following
type: take a language, alter a single one of its observable syntactic
properties, examine the result to see what, if any, other property has changed
as a consequence of the original manipulation. If one has, interpret that
result as indicating that it and the original property that was altered are
linked to one another by some abstract parameter.
Kayne 1996: xii
Such a parametric approach after all displays an attractive potential to explain patterns of
variation also between closely related dialects. On the other hand, since linguistic variation
is taken to be highly constrained, the syntactic differences found among different dialects
constitute a challenging piece of evidence for linguistic theory. Closely related yet
different varieties of a language provide the sort of almost experimental empirical basis for
syntacticians to test their highly constrained hypotheses (see, a.o., work presented in
Benincà and Poletto 1991, Benincà 1994, Black and Motapanyane 1996, Roberge and
Vinet 1989).
63

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
One strategy which turned out to be very fruitful in the quest for parameters
has been the comparative study of very closely related grammatical systems,
the ideal case being the study of the microvariation across dialectal
varieties. […] So it is not surprising that an important trend of generative
dialectology of Romance and Germanic varieties flourished shortly after the
introduction of parametric models. This very fruitful development has
coexisted with the continuation of macro-comparative syntax, involving the
comparison of several languages quite distant historically and typologically
[…]. Both trends are needed and complementary in order to address
comparative issues at the finest grain possible while keeping the grand
picture of language diversity in sight.
Rizzi 2004a: 332
The situation of dialect syntax has thus considerably changed since the early eighties. As
an indication of this change, it is worth mentioning the fact that, over the last decade,
several national projects on the study of the syntax of dialects have been (independently)
established in different European countries, some of which are still ongoing: 3 the Syntactic
Atlas of Northern Italy (ASIS); the Syntactic Atlas of the Dutch Dialects (SAND); the
Syntactically Annotated Corpus of Portuguese Dialects (CORDIAL-SIN); the projects
English Dialect Syntax from a Typological Perspective; Swiss German Dialect Syntax; and
The Morphosyntactic Typology of Romani Dialects: Database Enhancement Project. 4
Thus, the situation of dialect syntax in current Portuguese studies is also changing. The
project CORDIAL-SIN has been conceived as a specific linguistic resource aiming at the
enhancement of research activity within this field. This still ongoing project started in
September 1999 and, since then, it has encouraged the development and publication of
several dialect syntactic studies (i.a., Martins 2000b, 2000c, 2003a, 2003b, forthcoming,
Carrilho 2001, 2003a, 2003b, 2003c, Costa et al. 2001, Costa and Pereira 2003a, 2003b,
Lobo 2001, forthcoming, Magro 2003, 2004, Pereira 2003a, 2003b). The present
dissertation is another outcome of this project. (Further details on this project will be given
in the next section.)
3
As presented at the ESF/SCH Exploratory Workshop on European Dialect Syntax, held at the University of
Padova, in September 2003.
4 Similar projects are also planned for other European linguistic areas, including Catalan, Scandinavian
languages, and languages spoken in the Balkan peninsula (cf. Rigau 2003, Platzack and Vangsnes 2003 and
Krapova 2003, respectively).
64

3.2 The problem of data collection
3. ON DIALECT SYNTAX: METHODOLOGICAL ISSUES
An important obstacle to the development of dialect syntax has been the absence of
collected data and of a simple method for obtaining syntactically relevant and
representative data in a short span of time. As mentioned above, traditional dialectology
methods could hardly apply to syntactic investigation specific purposes.
The data situation has however improved and continues to improve, as Kortmann
2002 notes for English dialect syntax. In particular, the fact that dialectological fieldwork
has come to involve more than only the specific answers to a questionnaire has largely
contributed to such an improved situation. In fact, dialectological sound recordings often
contain significant stretches of fairly natural spontaneous speech and syntactically relevant
annotations are often included by field workers in their notebooks. As Kortmann points
out, “in both types of material we run a much greater chance of encountering certain
constructions that are far less frequently found in the rather formal questionnaire-oriented
interview situation” (Kortmann 2002: 3). Emblematic of the need for a large collection of
such spontaneous data is the attention that dialect syntacticians have given even to dialect
speech collected for other purposes. Interviews conducted for oral history projects, for
instance, have been recently made available in the form of a computerized corpus of
English dialects (FRED) 5 , which has been developed by the English department at the
University of Freiburg.
A different move in dialect syntax has been the effort to collect new data
specifically oriented to dialect grammar issues.
There are currently two major models for this kind of data collection: One
large project is being planned in England (the Survey of Regional English
(SuRE); cf. Kerswil/Llamas/Upton 1999) whose aim it simply is to record as
much natural discourse material as possible, without following a strict
questionnaire method. The second type of project intends to collect data
specifically for the purpose of syntactic analyses, using elicitation
questionnaires. This method is currently being explored in Switzerland for
Swiss dialect syntax […] and in The Netherlands and Belgium for the SAND
project on Dutch and Flemish dialect syntax […].
Kortmann 2002: 3
To this respect, in fact, data collecting methods developed for the purpose of
syntactic atlases deserve more detailed consideration, for which see below.
5 The Freiburg English Dialect Corpus (cf. http://www.anglistik.uni-freiburg.de/institut/lskortmann/FRED/).
65

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
Before that, let us take a look at the data situation for Portuguese dialect syntax.
Several projects of dialect geography have been developed by the Research Group on
Linguistic Variation at Centro de Linguística da Universidade de Lisboa (see
http://www.clul.ul.pt/sectores/projectos.html#4), on the basis of tape-recorded
dialectological interviews, which for the most part include important stretches of
spontaneous speech produced by dialect informants. This material, collected from the
mid-seventies till now, constitutes an important source whose potential for dialect syntax
studies seems evident. However, it is also evident that such raw collection of data can
hardly have a straightforward use for dialect syntacticians. The project CORDIAL-SIN 6 ,
already mentioned above, aimed precisely at making available for researchers in general
(and especially for those interested in dialect syntax) a significant amount of spontaneous
and semi-directed speech excerpts drawn from these data. In this way, the empirical basis
for syntactic theory, and for dialect syntax in particular, could be enriched with already
collected – but unavailable – materials.
A team of five elements (researchers and post-graduate students) 7,8 coordinated by
Ana Maria Martins has been (and still is) commited to the selection, transcription,
annotation and publication of such material. The annotated corpus is freely available on the
internet(http://www.clul.ul.pt/english/sectores/cordialsin/projecto_cordialsin_corpus.html),
under four different formats: (i) verbatim orthographic transcripts; (ii) ‘normalized’
orthographic transcripts; (iii) morphologically tagged texts; (iv) syntactically annotated
texts 9 .
Verbatim orthographic transcripts include the marking up of phonetic and
morphological variants, and of generalized spoken language phenomena, such as
hesitations, filled and empty pauses, repetitions, rephrased segments, false starts, truncated
words, speech overlappings, unclear productions, etc. Normalized orthographic transcripts
6
This project is under development at Centro de Linguística da Universidade de Lisboa and it has been
funded by Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) and by European FEDER (PRAXIS
XXI/P/PLP/13046/1998, POSI/1999/PLP/33275 and POCTI/LIN/46980/2002).
7
Among which, the author of this dissertation.
8
In addition, the project counts on three consultants for specialized areas: Charlotte Galves, Anthony Kroch,
and João Saramago.
9
For methodological reasons, the syntactically annotated format will be available only at the end of the
project.
66

3. ON DIALECT SYNTAX: METHODOLOGICAL ISSUES
correspond to a simplified version of verbatim transcripts, automatically obtained through
elimination of the marked up features of spoken language and of phonetic transcriptions.
The ASCII versions of the normalized transcripts are the input for the tagging and the
syntactic annotation. See below for an illustration:
(i) verbatim ortographic transcript 10
Eu sei que aquilo que{fp} {PH|nu�=não} é por mal, sabe? Mas quem ouve… Vem cá
uma pessoa estranha, {PH|nu�=não} é, {PH|nu�=não} conhece e diz: "Ah, [AB|são] são
malcriados, os pescadores" (…).
(VPA15)
(ii) normalized ortographic transcript (ASCII version)
Eu sei que aquilo que não é por mal, sabe? Mas quem ouve... Vem cá uma pessoa
estranha, não é, não conhece e diz: "Ah, (...) são malcriados, os
pescadores" (...) .
(iii) morphologically tagged text 11
Eu/PRO sei/VB-P-1S que/C aquilo/DEM que/C não/NEG é/SR-P-3S por/P mal/ADV
,/, sabe/VB-P-3S ?/.
Mas/CONJ quem/WPRO ouve/VB-P-3S .../.
Vem/VB-P-3S cá/ADV uma/D-UM-F pessoa/N estranha/ADJ-F ,/, não/NEG é/SR-P-
3S ,/, não/NEG conhece/VB-P-3S e/CONJ diz/VB-P-3S :/. "/QT Ah/INTJ ,/,
(...) são/SR-P-3P malcriados/ADJ-P ,/, os/D-P pescadores/N-P "/QT
(...) ./.
10 On the conventions used in such verbatim transcripts and their relation to normalized transcripts, see
Normas de Transcrição, http://clul.ul.pt/sectores/cordialsin/manual_normas.pdf.
11 For detailed information on the tagset and application of each tag, see CORDIAL-SIN Manual de Anotação
Morfológica, at http://www.clul.ul.pt/sectores/cordialsin/manual_anotacao_morfologica.pdf.
67

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
(iii) syntactically annotated text 12
(IP-MAT (NP-SBJ(PRO Eu))
(VB-P-1S sei)
(CP-THT (C que)
(NP-2 (DEM aquilo))
(CP-THT (C que)
(IP-SUB (NP-SBJ *ICH*-2)
(NEG não)
(SR-P-3S é)
(PP (P por)
(ADVP (ADV mal))))))
(, ,)
(CP-QUE-CON (VB-P-3S sabe))
(. ?))
Such corpus may thus provide fast and systematic access to precise morphological and
syntactic information on a significant amount of data (aiming at 500,000 words) drawn
from sound recordings collected within the scope of several dialectological studies
(linguistic atlases, such as the Atlas Linguístico-Etnográfico de Portugal e da Galiza –
ALEPG, the Atlas Linguístico do Litoral Português – ALLP, the Atlas Linguístico e
Etnográfico dos Açores – ALEAç, and Segura da Cruz 1987).
At its present state, the corpus includes a geographically representative body of
spontaneous and semi-directed speech from 24 localities within the continental and insular
territory of Portugal (amounting to more than 300,000 words) – for the geographical
distribution of these locations, see Map 1 below.
12 For the current version of the CORDIAL-SIN Syntactic Annotation Manual, see
http:/www.clul.ul.pt/english/sectores/cordialsin/manual_syntactic_annotation_system.pdf.
68

3. ON DIALECT SYNTAX: METHODOLOGICAL ISSUES
Map 1. Geographical distribution of CORDIAL-SIN locations
1 VPA Vila Praia de Âncora
(Viana do Castelo)
2 CTL Castro Laboreiro
(Viana do Castelo)
3 PFT Perafita (Vila Real)
4 AAL Castelo de Vide, Porto da
Espada, São Salvador de
Aramenha, Sapeira, Alpalhão,
Nisa (Portalegre)
5 PAL Porches, Alte (Faro)
6 CLC Câmara de Lobos, Caniçal
(Funchal)
7 PST Camacha, Tanque (Funchal)
8 MST Monsanto (Castelo Branco)
9 FLF Fajãzinha (Horta)
10 MIG Ponta Garça (Ponta Delgada)
11 OUT Outeiro (Bragança)
12 CBV Cabeço de Vide (Portalegre)
13 MIN Arcos de Valdevez, Bade, São
Lourenço da Montaria (Viana do
Castelo)
14 FIG Figueiró da Serra (Guarda)
15 ALV Alvor (Faro)
16 SRP Serpa (Beja)
17 LVR Lavre (Évora)
18 ALC Alcochete (Setúbal)
19 COV Covo (Aveiro)
20 PIC Bandeiras, Cais do Pico
21 PVC Porto de Vacas (Coimbra)
22 EXB Enxara do Bispo (Lisboa)
23 TRC Fontinhas
(Angra do Heroísmo)
24 MTM Moita do Martinho
69

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
The importance of such linguistic resource appears fairly evident when one considers the
study of dialect syntax.
It is true that introspection (mainly under the format of grammaticality judgements)
has played a central role as the empirical basis for theoretical studies in generative syntax.
However, such type of data could hardly work for the study of non-standard syntax. In fact,
even if the linguist is familiar with different varieties of his native language, one could
hardly say to what extent he can produce reliable judgements about these varieties. To this
respect, it appears that only judgements on his native (or native-like) dialect may offer
some reliability.
One point which might be made is that this method [the introspective
method, EC] cannot be used to study any language or language variety not
known to the investigator, and since academic linguists are seldom
competent speakers of non-standard dialects or uncodified languages, can in
practice be used for describing only fully codified languages. This is not of
course to deny that those who have grown up as native speakers of a dialect
(for example, Peter Trudgill in Norwich […]) may have intuitions about its
structure; so also might non-native speakers who have developed an intimate
knowledge of the structure of a dialect (see J. Milroy 1981 for an example).
But descriptions of non-standard dialects generally use intuition as an aid to
focusing the investigation, rather than a basic method; […].
Milroy 1987: 76
Above all, introspection alone could hardly be a source of hypotheses-motivating data in
dialect syntax. In this context, thus, dialect corpora may be seen as important sources of
data, which are in fact essential, especially for the initial hypotheses-making step.
Observations often repeated with respect to the empirical basis of linguistic research in
general become even more accurate when referring to empirical methodologies applied to
the study of dialect syntax:
70
The advantage of working with a corpus is, of course, the enhanced
objectivity of the data and of all the research that is based on it. In
comparison with the other approaches, the possibilities for the researcher to
manipulate the data are minimized. Another great advantage is that a corpus
the researcher has not produced himself may be varied, heterogeneous, full
of surprises and a constant source of inspiration. Exposing oneself to
spontaneous data is, in fact, the safest way of discovering those categories of
a language that are peculiar to it and that the researcher did not expect.
Lehmann 2004: 201

3. ON DIALECT SYNTAX: METHODOLOGICAL ISSUES
This is so much so to the extent that comprehensive descriptive dialect syntactic studies are
often unavailable for certain languages – which is in fact the case of EP. Thus, large-scale
dialect data sources such as the CORDIAL-SIN for EP or the FRED for English provide
researchers with a valuable means to approach dialect syntax, which, of course, may be full
of surprises.
Even though I conceive such naturalistic data-based approach as the necessary first step
towards the study of dialect syntax, I do not neglect the role that complementary empirical
methods may play in further focusing the investigation. To this respect, methodologies
developed within the frame of recent syntactic atlases may be very helpful, even for dialect
syntactic studies with more limited purposes.
Elicitation of data, for instance by collecting grammaticality judgements, is
necessary in addition to corpora in order to be able (i) to examine sentence
types that rarely occur in spontaneous speech or (written and recorded)
corpora and (ii) to examine negative data that an observational study cannot
provide.
Barbiers and Cornips 2002: 8
Atlas projects usually involve oral and/or written elicitation methods, so that they may
collect relatively reliable, sufficient and comparable data in a limited span of time.
Elicitation in syntactic fieldwork may (and has) assumed several formats,
represented by different tasks. Barbiers and Cornips 2002 point out to an extensive list of
such tasks:
(i) Indirect grammaticality judgement task combined with a scale; e.g., the
subjects have to indicate how uncommon (highest value=1) or how common
(highest value=7) the variant is in their local dialect; heterogeneity is
assumed by providing several alternatives for one test sentence; (ii)
Discourse driven elicitation task (Buchelli & Glaser, this volume); a little
story or a relevant context precedes each sentence to create a discourse
situation; (iii) Translation task; (iv) Empty spots task; the subject has to fill
in the relevant (function) word(s) from his dialect; (v) Completion task; the
subject has to finish the sentence; (vi) Compliance tests (Greenbaum 1973);
the task is to transform a stimulus sentence in some way, for example, to
convert a statement into a question; (vii) Relative judgements; common
practice in generative research of the late 60s and early 70s. The subject is
not asked to give a judgement about one sentence but rather to compare the
71

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
acceptability of two or more sentences and (viii) Meaning questions; In this
task the subject is asked to provide the meaning of a sentence.
Barbiers and Cornips 2002: 9-10
The experience of data collection throuhg elicitation has however proven that this method
is not free from problems.
Every elicitation situation is artificial, because the subject is being asked for
a sort of behavior that is entirely different from everyday conversation (cf.
Schütze 1996: 3). Sociolinguistic research has clearly shown that the
response of subjects on direct judgement tasks (‘Is this a good sentence in
your dialect?’) often tends to reflect the form which they believe to have
prestige or obeys the learned norm, rather than the form they actually use
(Labov 1972: 213). A reasonable alternative is to use more indirect
elicitation tasks (e.g. ‘Do you encounter this sentence in your dialect?’)
Different levels of speech style (informal and formal) yield another
complicating factor for syntactic data elicitation.
id.: 8-9
To this respect, note, for instance, that the results obtained through elicitation data often
differ from those appearing in spontaneous speech. From the experience within the SAND
project, Cornips 2003 points out that speakers with a higher education are able to control
variation in elicitation procedures, which does not generally happen in spontaneous speech.
The degree of reliability varies among the different elicitation tasks, especially when one
considers the different written/oral nature of the means that are used. Both of them have
their disadvantages, but may in some cases serve specific purposes.
Data for the Italian ASIS project, for instance, has been collected, in a first phase,
through a questionnaire written in Italian, requesting translations into the informants’ own
dialect. In a second phase, informants were asked for grammaticality judgements on a
given set of sentences. The first questionnaire essentially aims “to define the characteristics
of the dialects with respect to syntactic phenomena that are most widely known and
investigated these days and typical of Northern Italy” (cf. ASIS Data collection webpage,
at http://asis-cnr.unipd.it/raccolta.en.html). The second-phase questionnaires further
“investigate in depth the syntactic areas identified as a result of both theoretical analyses
and the areas highlighted by the outcome of the general questionnaire” (ibid.). The sort of
written translation-asking questionnaire used by the ASIS project certainly permits to
obtain, within a short time span, a huge amount of almost costless data. Dialectology
72

3. ON DIALECT SYNTAX: METHODOLOGICAL ISSUES
fieldwork experience has however proven that such translation tasks may hardly be a
reliable method for variation studies, when not combined with other methods and/or
information available for the varieties/dialects to study. The same might be said of written
elicitation in general which also seems to raise a significant collection of problems.
Written elicitation methods induce numerous well-known task effects such
as: (i) repetition effect, i.e. the subjects repeat exactly the sentence offered to
them; (ii) sentences are rejected on the basis of lexical items, knowledge of
the world and context of the sentence; (iii) subjects give judgements on the
basis of interpretability rather than gramaticality; (iv) habituation effect:
when a given sentence type is offered repeatedly, acceptability tends to
increase; (v) order effect: the relative order in which test sentences are
presented to the subject has influence on the judgements; (vi) written forms
are unduly influenced by prescriptive educational practices. These task
effects have to be taken into account, both in the design of elicitation
methods and in the resulting analysis.
id.: 9
Oral elicitation, on the other hand, permits to elicit more natural data and to correct
possible misinterpretations. However, as Barbiers and Cornips (ibid.) note, “there is a high
risk that the subjects will accommodate i.e. adjust from the dialect towards the
standard-like varieties of more formal speech styles of the interviewer”. A possible
solution to this problem has been suggested by the Dutch SAND project practice: the
assistance of another dialect speaker(s) from the same community with the same social
characterization.
In fact, the SAND project experience seems to be in all respects exemplar. The phases of
planning the SAND data collection involved, as a first step, a comprehensive literature
study. A written questionnaire has been prepared on the basis of the syntactic phenomena
described in the dialect literature (just to have an idea, more than 1310 titles have been
identified). As Cornips and Jongenburger 2001 report, this questionnaire was carefully
prepared to provide insight into (i) the geographic distribution of syntactic variation; (ii)
the validity of each type of (written) elicitation; (iii) Dutch-speaking areas particularly
interesting with respect to syntactic variation. As such, this questionnaire served as the
input for the next phase, which consisted of oral fieldwork. Preparing the oral fieldwork for
the SAND project involved the consideration of an appropriate elicitation test for each
syntactic variable to be investigated. The results with respect to the usability of both the
73

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
written and the oral elicitation techniques used for this project are summarized in the Table
below (where ‘+’ means that the task is easy to perform; and ‘-‘ means that the task is
difficult to perform), adapted from Cornips and Jongenburger 2001: 61.
SETTING
TYPE OF TASK WRITTEN ORAL
repetition task inappropriate +
indirect grammaticality judgements
‘do you encounter?’
+ +
indirect grammaticality judgements
+ inappropriate
on 5-points-scale
translation task geographic area? +
empty spots test + inappropriate
completion task not used in SAND –
meaning questions +/– –
Table 1. Usability of elicitation tasks used by the SAND-project
From the experience of the SAND project, I would like to emphasize some aspects
concerning the reliability/workability of elicitation in dialect syntax studies: (i) though
useful, elicitation tasks are not without problems; (ii) the negative effects associated to
each elicitation task must be carefully evaluated; (iii) combining different types of data
collection methods may help obviating some problems; (iv) dialect syntax analysis requires
careful consideration of the relation between the collected data and the effects induced by
the method by means of which the data were obtained.
3.3 This study: methodological options
The investigation presented here constitutes a first step approach to EP dialect syntax. The
methodological options followed for the study of expletive ele were in part determined by
the type of data already available for EP dialects.
The preparatory study of the relevant literature was very short in time and in
results. In fact, as mentioned above, such literature does not abound for the EP domain and
for expletive constructions in particular. Some preliminary examples have been collected
from dialect monographs, grammars and specialized literature. These constitute however
an almost insignificant part of the data. Some additional examples have been also collected
from written novels reproducing regional spoken language.
74

3. ON DIALECT SYNTAX: METHODOLOGICAL ISSUES
The fundamental part of the data collection comes from CORDIAL-SIN transcripts,
which have been systematically inspected. This was, in a first moment, conceived as only
the first part of the data collection phase, which should be further detailed through the
adequate elicitation procedures. However, the relevance of CORDIAL-SIN for dialect
syntax has appeared as paradigmatic in the case of data on expletive ele. These data indeed
have proven to be extremely complex and numerous, so that no additional method could be
developed and applied within the scope of this dissertation.
The data thus provided by CORDIAL-SIN are representative on linguistic/syntactic
and in geographical terms. Furthermore, these data are also reliable with respect to the
uniform sociolinguistic characterization of the informants that have produced them. In fact,
given the origin of the spoken language CORDIAL-SIN excerpts (mainly, interviews for
traditional linguistic atlases), this corpus provides a fairly homogeneous sample with
respect to most social variables, such as socio-cultural background (age, occupation,
instruction…), autochthony and geographic mobility.
Negative effects of using corpus data, such as the risk of absence of certain
constructions, did not appear as significant when considering the specific object of this
investigation. In fact, the wide sprectrum of expletive constructions provided by
CORDIAL-SIN data went well beyond the initially expected results.
A major problem of this kind of data is however the absence of negative evidence,
which, whenever possible, I try to obviate by means of appealing to intuitive judgements
on my own native dialect (whenever possible checked with other speakers of the same
dialect). This approach has however to be seen as a first rough approximation to the use of
introspective methods, which I conceive as a natural – and required – specialization on the
main data collecting method here adopted. However, I am also convinced that the sort of
naturalistic data-based survey here presented cannot be avoided as an indispensable phase
preliminary to any kind of elicitation based data collection (for the purposes of this study
and for dialect syntactic studies in general).
The comprehensive description of the data inspected in this dissertation is presented
in the next chapter.
75

4.0 Introduction
4. Overt Expletives
in European Portuguese Dialects: Data
This chapter examines the distribution of overt expletives in non-standard EP, with special
focus on expletive ele. After a brief note on the origin of the data analyzed in this work
(section 4.1), I will first consider the syntactic environments where this expletive appears
(section 4.2). The observed data will make it clear that, in non-standard EP, expletive ele is
used in (i) impersonal constructions; (ii) different types of discourse-related peripheral
configurations; and (iii) quite marginally, in postverbal position. Such a division among
expletive constructions will be further substantiated by the differences found in the
distributive patterns of expletive ele vs. those of the neuter demonstrative expletives, which
will be considered in section 4.3.
The geographical distribution of the different syntactic types of expletive
constructions will be considered at the last part of section 4.2. This will allow us to
conclude for the irrelevance of space variation with respect to the areal spread of overt
expletives in EP dialects.
In section 4.4, the discourse effects of expletive constructions will be discussed,
which may seem a fairly unusual approach to take with respect to such constructions. As it
will become evident, however, differently from pure expletives in NNSLs, expletive ele in
EP has indeed some discourse import on the utterance where it occurs.
77

4.1 Sources
EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
The non-standard data I will present in this chapter mostly come from the corpus of
Portuguese dialects CORDIAL-SIN (see chapter 3). 1 From this corpus, I will consider
transcripts from seventeen locations, amounting to a corpus size of approximately 200,000
words (more precisely, 201,484 words). 2 These locations correspond to the points 1
through 17 on the map below. Occasionally, when necessary, data from locations more
recently integrated into the corpus will also be taken into account (marked A through D on
the map).
Map 1. Geographical distribution of the data from CORDIAL-SIN
Examples taken from CORDIAL-SIN will always be identified by a code corresponding to
(i) the location code; plus (ii) the number of the source file – for instance, “AAL01”. The
full list of the locations’ codes is given below, together with the corresponding points
represented on the map:
1 See the Appendix at the end of this dissertation for a complete list, where the examples are presented within
the relevant linguistic context.
2 Concordances on these data were generated using the program Concordance for Windows NT4.0/2000/XP
(Copyright © R.J.C. Watt 1999, 2000, 2002).
78

PT CODE LOCATION
4. OVERT EXPLETIVES IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS: DATA
1 VPA Vila Praia de Âncora
(Viana do Castelo)
2 CTL Castro Laboreiro
(Viana do Castelo)
3 PFT Perafita (Vila Real)
4 OUT Outeiro (Bragança)
5 COV Covo (Aveiro)
6 FIG Figueiró da Serra (Guarda)
7 MST Monsanto (Castelo Branco)
8 AAL Castelo de Vide, Porto da
Espada, São Salvador de
Aramenha, Sapeira, Alpalhão,
Nisa (Portalegre)
9 CVB Cabeço de Vide (Portalegre)
10 LVR Lavre (Évora)
PT CODE LOCATION
11 ALC Alcochete (Setúbal)
12 SRP Serpa (Beja)
13 PAL Porches, Alte (Faro)
14 ALV Alvor (Faro)
15 PST Camacha, Tanque (Funchal)
16 CLC Câmara de Lobos, Caniçal
(Funchal)
17 FLF Fajãzinha (Horta)
A MIN Arcos de Valdevez, Bade,
São Lourenço da Montaria
(Viana do Castelo)
B PVC Porto de Vacas (Coimbra)
C EXB Enxara do Bispo (Lisboa)
D MIG Ponta Garça (Ponta Delgada)
In addition to CORDIAL-SIN data, I also take into account expletive constructions drawn
from: (i) a collection of unpublished dialectal monographs presented to the University of
Lisbon; (ii) occasional productions in spontaneous, natural speech and in written texts
(journalistic and literary); and also (iii) the regionalist novel A Planície Heróica (published
in 1927), by Manuel Ribeiro 3 , which largely reproduces dialectal characteristics of the
Southern EP variety from Alentejo.
The analysis developed in chapter 5 is largely based on the data presented in this
chapter. As a complement to these naturalistic data, I will also make use of my own
linguistic intuitions and/or intuitions from other speakers (who evidently use expletive
constructions). However, whenever possible, this kind of data will be postponed until
chapter 5.
Before turning our attention to the data, a word is needed to clarify the status of expletive
ele in CORDIAL-SIN oral transcripts.
First of all, it must be acknowledged that identifying this expletive is not a trivial
task when transcribing dialectal spoken Portuguese. The difficulty greatly derives from the
phonetic weakness of the word ele, whose pronunciation standardly consists of the
close-mid front vowel [e] followed by the velarized lateral consonant [�]. Such
3 I am perfectly aware that the diverse nature of this latter source recommends some caution when
considering the examples it provides. As far as expletive constructions are concerned, the data seem however
very close to those obtained in naturalistic contexts, although by far much more frequent.
79

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
pronunciation [e�] displays, of course, important phonetic variation when we consider data
from different Portuguese dialects. Besides such variation, it is the generalized instability
of the velarized consonant that makes it difficult, in some cases, to identify the expletive
unambiguously. In fact, given the semantic vacuity of expletives, it is not always
unproblematic to recognize the pronunciation of an [e] (and other phonetic variants) as the
expletive ele (mainly where the context equally allows for words such as eu [the
nominative form of the first person singular pronoun], for instance, in optional subject
contexts, 4 or even the use of the vowel as a filled pause, transcribed as {fp}). Thus, the
expletive appears sometimes in CORDIAL-SIN transcripts as one of at least two
alternatives in dubious sequences, such as:
(1) Nunca (eu) /ele\ tinha visto fazer aquilo.
never I EXPL had seen do-INF that
(2) Olhe, (eu) /ele\ dei cabo aqui disto (com tanta coisa).
look I EXPL damaged here this with so.many things
(3) (…) Eu tenho lá. (Eu,) /Ele\ na minha casa, tenho lá.
I have there I EXPL in my house have there
(4) INF ({fp}) /Ele\ punha-se-lhe o eixo.
informant [filled pause] EXPL put-SE-to.it the axle
(5) Mas (ele) /eu\ os nomes disso é que eu (…) não me lembro.
but EXPL I the names of.that is that I NEG to.me remember
(6) Se (ele) /lhe\ alguém disser alguma coisa, (…) diga-lhe que foi à minha ordem
if EXPL to.him anybody say-FUT.SUBJ any thing tell-to.him that was to my order
(7) Agora quem não tem nunca (ele) /lhe\ pode comprar.
now who NEG has never EXPL to.him can buy
In other cases, it is the existence of the expletive itself that is dubious (then transcribed
inside parentheses, without alternative):
(8) Então, (ele) a gente vai à igreja e vê o Nosso Senhor morto, crucificado.
so EXPL the people goes to.the church and sees the Our Lord dead crucified
(9) E depois, (ele) em estando lêveda, acende-se o forno.
and after EXPL in be-GER leavened lights-SE the oven
(10) (Ele) estava a nevar, nevava muito
EXPL was A snow-INF snowed a.lot
In any case, this is the kind of problem that anyone dealing with (spontaneous) speech
transcription has to face. Several transcribers (and consultants for dialectal speech
4 As the result of diphtong [ew] reduction, the vowel [e] (and variants) may dialectally correspond to this
pronoun.
80

4. OVERT EXPLETIVES IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS: DATA
transcription) help to decide on such problematic cases in CORDIAL-SIN, which means
that more than a single transcriber has agreed on the transcription presented here.
Although the Appendix presents a comprehensive collection of all the instances of
expletive ele in CORDIAL-SIN transcripts (which naturally include many dubious cases),
for the purposes of this dissertation I consider only the examples where the expletive is
either entirely certain or highly accepted by different transcribers. This means that from the
dubious examples, I only retain those where the expletive is transcribed alone inside
parentheses (such as in examples (5)-(7) and (8)-(10)). Accordingly, second alternatives in
dubious sequences, such as those in examples (1)-(4) above, have also been disregarded.
I also ignore examples where not only the expletive but all the sequence where ele
appears is uncertain, such as in the following example:
(11) (Não.Ele era lá agora!)
NEG EXPL was LÁ now
4.2 The distribution of expletive ele
As mentioned in chapter 1 above, expletive ele is only sporadic in European Portuguese.
This intuitive observation is in fact confirmed by the incidence of overt expletive
constructions in the data observed, in particular in those from CORDIAL-SIN. If we
compare, for each CORDIAL-SIN location, the total of occurrences of the expletive with
the total amount of words, the scarcity of the former results unquestionable. This paucity
subsists if we consider the total of instances of ele (both expletive and referential): in this
case, however, in some localities, such as AAL, MST, OUT, LVR, ALC, the expletive
corresponds to about 50% of the total instances of ele (both referential and expletive).
81

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
total total of total
Location of words ele of expl. ele
VPA 12,300 37 5
CTL 8,696 68 7
PFT 8,916 60 8
AAL 13,819 51 29
PAL 9,288 51 7
CLC 8,813 37 1
PST 9,178 27 0
MST 11,448 52 25
FLF 8,561 35 2
OUT 9,863 100 53
CBV 15,763 70 7
FIG 7,160 17 7
ALV 12,320 89 21
SRP 14,423 37 8
LVR 13,789 26 13
ALC 14,787 79 35
COV 22,360 350 70
Total 201,484 1118 298
Table 1. Total of expletive ele in CORDIAL-SIN locations 5
It is true that the significance of this sort of values is only indicative, when one deals with
(apparently optional) syntactic phenomena. In fact, it might well be the case that precisely
the selected transcripts contained less (or more…) expletives than other pieces of
spontaneous speech. This is not a crucial point for the main goals of this work, however.
Insofar as expletive constructions do occur in the data, I am interested above all in
understanding the type of expletive constructions allowed by EP grammar, the regularities
they display and the conditions under which they appear.
Also, the fact that the incidence of expletives is asymmetric in the different
locations in the corpus (contrast, for instance, OUT, COV, ALC, MST, or AAL with PST,
CLC, or FLF) is not geolinguistically significant per se and may well be the result of
accidental circumstances in spontaneous speech. Anyway, I will come back to the
geographical spread of expletive ele constructions after I have presented the different types
of contexts where this expletive occurs.
5 The total of expletive ele does not include, as mentioned, expletives as second alternatives in dubious
sequences and expletives inside longer dubious sequences.
82

4. OVERT EXPLETIVES IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS: DATA
As already mentioned (see in particular chapter 1), expletive ele has typically been
referred as a non-standard phenomenon associated to certain impersonal contexts, namely
those involving weather and existential verbs and ser constructions (remember examples
(12) through (14) below, repeated from chapter 1).
(12) Elle ha marotos muito grandes na tropa!
EXPL has rascals very great in.the troops
‘There are such rascals in the troops!’
(13) Ele chove.
EXPL rains
‘It rains.’
(14) Ele são horas.
EXPL are hours
‘It is time.’
Contrary to our expectation, however, this correlation does not appear as particularly
significant within CORDIAL-SIN data. If a more significative relation was to be identified,
we should instead consider the distribution of expletive ele in impersonal contexts in
general rather than only in those created by ser, existential and weather verbs (see section
4.2.1 below).
Nevertheless, it must be said that impersonal contexts in general correspond to less
than a half of the total occurrences of this expletive in CORDIAL-SIN data, which
obviously means that the distribution of the expletive significantly spreads over other
type(s) of context. 6 In fact, only in 38.6 % of the occurrences in this corpus the expletive
corresponds to a likely subject in impersonal constructions (that is, 115 cases out of a total
of 298).
6 In a survey of unpublished dialectal monographs presented to the University of Lisbon, Carrilho and Lobo
1999 already report the occurrence of expletive ele in contexts other than impersonals. As seen in chapter 2,
some other studies have also taken this possibility into account (cf. Uriagereka 1992, 1995b, 2004,
Silva-Villar 1996, 1998, 2004).
83

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
61%
39%
Impersonal
Other
Figure 1. Distribution of expletive ele in CORDIAL-SIN:
impersonal constructions vs. other contexts
In what follows, I will consider in detail the syntactic distribution of expletive ele. First, I
will present the data concerning impersonal constructions where the expletive seems to
have subject-like properties, to turn then to other distributive patterns.
In the last part of this section, I will come back to the geographical distribution of
overt expletive constructions in CORDIAL-SIN, which I will consider in perspective with
the different syntactic contexts where expletive ele occurs.
4.2.1 Subject-like expletive in impersonal constructions
Under the label “impersonal constructions”, I consider several types of configurations,
most of them corresponding to well-known contexts for an expletive subject in NNSLs
(see chapter 2). Accordingly, besides self-evident cases involving semantically (and thus
syntactically) impersonal predicates, I will include in this section constructions where
impersonality derives from the syntactic configuration where (otherwise personal)
predicates appear. These mainly involve clausal subject extraposition and presentative
constructions. In this section, I will also consider the few examples where the overt
expletive occurs in subject wh-extraction constructions. Impersonal constructions resulting
from indefinite subject reference (arbitrary third person plural null subject or impersonal
se) will be postponed until section 4.2.2.2.
84

4. OVERT EXPLETIVES IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS: DATA
4.2.1.1 Semantically impersonal predicates
Most occurrences of expletive ele in impersonal contexts involve semantically impersonal
predicates, i.e. predicates which, by their meaning, have no argument occupying the
subject position. As is well known, this is the case of weather verbs and other natural
predicates, among others. In what follows, I will first take into account expletive
constructions involving this kind of predicate. Also, I will consider under this section
constructions including existential verbs, the verb ser ‘to be’ and other impersonal verbs
(or verbs occasionally used as impersonal).
i. Natural predicates
Typically, the expletive co-occurs with weather verbs such as chover ‘to rain’ and other
predicates referring natural phenomena, such as time, weather, place, distance, general
ambiance. These may correspond not only to simple verbs but also to different
combinations of a verb (ser ‘to be’, estar ‘to be’, parecer ‘to seem’, fazer ‘to do’, a.o.) plus
a noun, an adjective or an adverb referring the natural phenomenon. This is illustrated in
examples (15)-(20) below, for the CORDIAL-SIN data.
(15) (ele) estava a nevar. (PFT11)
EXPL was A snow-INF
‘It was snowing.’
(16) Inq: Amanhã chove?
‘Interviewer: Will it rain tomorrow?’
Inf: Ah, se chover era melhor, mas ele não chove amanhã. (MST11)
INTJ if rain-FUT.SUBJ was better but EXPL NEG rain-PRES3SG tomorrow
± ‘Informant: Oh, it would be better if it rains, but it won’t rain tomorrow.’
(17) Ele tem sido – da forma que eu tenho conhecido isto – todos os anos pior […]
EXPL has been the way that I have known this all the years worse
± ‘As far as I know, things are getting worse year after year.’ (PAL12)
(18) Há quem tenha uma ideia e há quem tenha outra. Ele é assim. (ALV36)
has who has one idea and has who has other EXPL is like.that
± ‘Some people have one ideia and others have a different one.Things are indeed like that.’
(19) Quando ele passa de um dia ou dois, (…) já é vendaval. (ALV45)
when EXPL goes.beyond one day or two already is gale
± ‘When it lasts more than one day or two, then it is a gale.’
(20) Ele podia ser aí (…) uns trezentos metros da minha. (COV23)
EXPL could be there some 300 meters from mine
± ‘It could be some 300 meters far from mine [=my house].’
85

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
This distribution of expletive ele is also frequently represented in local monographs:
(21) ainda ele faz frio no mês d’Abril! (Arronches, in Paulino 1959: 168)
still EXPL makes cold in.the month of April
‘It is still cold in April!’
(22) Ele está calor. (Odeleite, in Segura da Cruz 1969: 152)
EXPL is heat
‘It is hot.’
(23) Vou-me qu’ ele já é tarde (Terceira, in Dias 1982: 329)
leave-PRES.1SG becauseEXPL already is late
± ‘I’m leaving, because it is late.’
(24) Parece qu’ ele vai ser ano de milho (ibid.)
seems that EXPL will be-INF year of corn
± ‘It seems that it will be a good year for growing corn.’
The expletive appears together with other predicates of this kind in colloquial EP (see
example (25)) and in many written examples taken from A Planície Heróica (Ribeiro 1927,
henceforth).
(25) Ai ele é feriado? (female, Ribatejo, age c. 60y, low educ.)
INTJ EXPL is holiday
‘Oh, is it a holiday?’ [talking about a specific day in the week]
(26) mas não o alcancei que ele era longe (Ribeiro 1927: 121)
but NEG him reach-PRET.1SG because EXPL was far away
‘I didn’t reach him because it was far away.’
(27) ele já faz escuro (id.: 248)
EXPL already makes darkness
± ‘It is already dark.’
ii. Existential verbs
Existential verb haver, etymologically ‘to have’, behaves in EP fairly like impersonal
predicates. Accordingly, constructions with existential haver do not have any argument in
subject position. Nor is the postverbal argument in connection with this position. Consider,
for instance, example (28):
86
(28) Há muitos caminhos
has many ways
‘There are many ways.’

4. OVERT EXPLETIVES IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS: DATA
In such a sentence, in standard EP, the postverbal (plural) argument rather behaves as the
object – it does not agree with the third person singular verb and it pronominalizes as
accusative (see (29)a and (29)b, respectively).
(29) a. * ? Haviam muitos caminhos
had-3PL many ways
b. Há-os
has-them[CL.ACC]
Even though in some varieties of non-standard EP sentences like (29)a happen to be
produced, agreement between the postverbal argument and the verb is only exceptional in
CORDIAL-SIN data. In fact, in this corpus, sentences showing the agreement pattern
found in (30) do occur as a rule. 7 Also, the accusative status of the argument is confirmed
by the dialectal data (see example (31)). Expletive constructions thus may co-occur with
accusative pronominalized arguments, as in example (32):
(30) Havia uns sacos mesmo grandes […] (AAL10)
had-IMPERF.3SG some bags indeed big-PL
‘There were some very big bags…’
(31) As pias há-as quadradas (e) há outras redondas, não é? (OUT33)
the sinks has-them[CL.ACCUS] square and has others round NEG is
‘As for sinks, there are square ones and there are others that are round, isn’t it?’
(32) O tempo das quadrilhas já lá ia. Que êle houvera-as (...)
the time of.the gangs already LÁ went QUE EXPL had-them[CL.ACCUS]
±‘The time of the gangs was gone! They had existed...’ (Ribeiro 1927: 136)
Thus, when it appears in impersonal haver constructions, expletive ele behaves as a
quasi-argumental subject (see chapter 2): it agrees with the verb and it may receive
nominative Case – the argument of haver has its own accusative Case.
Let us now look at the structural environment where the overt expletive appears in
existential constructions. First of all, it must be noticed that expletive ele may occur in
embedded contexts (i.e., at least in existential constructions, ele is not limited to matrix
sentences, contrary to current assumptions – see, in particular, Silva-Villar 1998, 2004).
Examples (33) and (34) illustrate this possibility:
7 Verbal agreement with the postverbal argument of haver appears to be a rather urban phenomenon. It is not
unusual to find it produced by high-educated speakers (usually in informal, uncontrolled situations). In
CORDIAL-SIN data, examples that unambiguously show agreement between the argument (plural) and
haver don’t exceed half a dozen cases.
87

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
(33) Isso é o bucho. É o bucho da galinha. E é os ovários. E é o moela.
that is the stomach is the stomach of.the chicken and is the ovaries and is the gizzard
E… Que eu sei que (ele há) /ele é\ outra coisa que se tira, aquilo…(ALC31)
and QUE I know that EXPL has EXPL is other thing that SE takes out that
± ‘That is the stomach. It is the chicken’s stomach. And there are the ovaries. And there is
the gizzard. And… I know there is something else that you take out, that…’
(34) pois que préstimo teem agora as talhas, se êle não há já vinhas? (Ribeiro 1927: 28)
POIS what utility have now the ± tubs if EXPL NEG has still vineyards
± ‘So what is the utility of the tubs now, if there are no more vineyards?’
Example (35) equally shows an embedded context and, furthermore, it reveals that
expletive ele may occur between two instances of the complementizer que ‘that’, in a
recomplementation construction (also known as double complementizer construction):
(35) Mas olhe que eu, eu tenho a impressão (…) que ele que havia ainda lá disso. (AAL21)
but look that I I have the impression that EXPL that had still there of.that
± ‘But look, I have the impression that there was some of that there.’
This is a fairly unexpected position for an expletive: recomplementation constructions
result in a kind of topicalization, whereby the “sandwiched” constituent is made more
prominent (see Uriagereka 1992, 1995b), just like in the following example:
(36) Eu sei que aquilo que não é por mal, sabe? (VPA15)
I know that that[DEM] that NEG is for injury know-3SG
‘I know that it is not for injury, you know.’
Evidently, expressions which cannot become topics are not usually allowed in such a
position, as shown by example (37).
(37) *Acho que ninguém que fez isso por mal.
think-1SG that nobody that made that for injury
Thus, the expletive occurring in existential haver constructions seems to have the property
of becoming a kind of topic – at least, it may occur in a position which is typical of topics.
Although expletives in existential constructions behave in some respects like topics,
it is worth noting that they nevertheless co-occur with different kinds of peripheral
constituents, among which, topicalized and left-dislocated phrases (examples (38) and
(39), respectively). The expletive occupies, in this case, a position lower than that occupied
by topics:
88
(38) Olhe, aqui são fêtãos. Isso, ele há cá muito – os fêtãos. (FIG12)
look here are ferns that EXPL has here much – the ferns
± ‘Look, these are ferns. Those, there are many here [ferns].’

4. OVERT EXPLETIVES IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS: DATA
(39) Os tabuleiros, ele também os há de barro, não é? (OUT31)
the trays EXPL also them[CL.ACCUS] has of clay NEG is
± ‘As for trays, there are also some of them which are made out of clay, isn’t it?’
(40) Há algum tempo – agora não –, mas há algum tempo – agora tenho água
has some time now NEG but has some time now have-PRES-1SG water
em casa –, mas naquele tempo, (ele) havia uns canecos que era para vir
at home but in.that time EXPL had some mugs QUE was to come
à fonte, uns canecos de madeira, […] (COV13)
to.the fountain some mugs of wood
± ‘Some time ago – not now, but some time ago – now I have water at home –, but in that
time, there were mugs that we took to the fountain, some wooden mugs...’
Keeping in mind the topic-like behavior of expletive ele in examples involving
recomplementation, we might suppose that in examples (38) through (40), the expletive
still compares to a topic – in fact, EP allows for multiple topics (see Duarte 1987). Yet, in
other CORDIAL-SIN examples the expletive seems to differ from topics: in existential
constructions, expletive ele occurs below focused phrases like that in example (41), while
topics have to precede such phrases (see examples (42)).
(41) Até aqui nestes olivais, ele há ali semeada. (LVR10)
even here in.these olive_groves EXPL has there sownF
± ‘Even in these olive groves, there is [null object] sown.’
(42) a. *Até aqui nestes olivais, [essa erva]top há.
even here in.these olive_groves that grass has
b. [Essa erva]top, até aqui nestes olivais há.
that grass even here in.these olive_groves has
Other high positions occupied by discourse markers precede the expletive as well:
(43) É uma manta mas, afinal de contas, ele há um pano que não tem nome de manta. (PAL24)
is a cover but after all EXPL has a sheet that NEG has name of cover
± ‘This is a cover but, after all, there is a piece of cloth that is not called cover.’
Finally, in an example such as (44), the expletive is preceded by the neuter demonstrative
pronoun isto ‘this’, which also acts as an expletive (on the use of demonstratives as
expletives, see section 4.3 below):
(44) Isto, ele há coisas (…) … (COV24)
this EXPL has things
± ‘There are such things (…) …’
89

iii. The verb ser ‘to be’
EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
After considering natural predicates and existential constructions, let us turn now to
expletive constructions with the verb ser ‘to be’. The overt expletive especially occurs with
a particular use of ser, in presentative-like constructions, such as (45).
(45) a. São rosas.
are roses
‘These are roses.’
b. Sou eu.
am I
‘It’s me.’
In such sentences, ser behaves much like in presentational focus constructions (see Ambar
1997, 1999, Costa 1998a, a.o) or in cleft sentences (see Duarte 2000, Costa and Duarte
2001):
(46) - Quem comeu a maçã?
‘Who ate the apple?’
- Fui eu. / Foi o Adão. Presentational focus
was-1SG I / was-3SG the Adam
‘It was me.’ / ‘It was Adam.’
(47) a. Foi o Adão que comeu a maçã. Cleft
was-3SG the Adam that ate-3SG the apple
‘It was Adam who ate the apple.’
b. Fui eu que comi a maçã.
was-1SG I that ate-1SG the apple
‘It was me who ate the apple.’
In (45) as in both (46) and (47), ser occurs with a postverbal argument which standardly
controls verbal agreement. As such, this kind of sentence is fairly similar to presentative
constructions in general (see chapter 2 and section 4.2.1.3 below), with which it shares the
presentative meaning. An analysis which features a null expletive in preverbal subject
position could then also fit ser constructions, as follows:
(48) [[EXPL] i [são [rosas] i ]]
However, in ser constructions the postverbal argument has rather properties different from
those displayed by postverbal arguments in presentative constuctions in EP: it must carry
nominative case, even if it may never occur in subject preverbal position.
90

(49) a. São {elas / *-nas}.
are they / *them[CL.ACCUS]
b. Sou {eu / *-me}.
am I / *me
4. OVERT EXPLETIVES IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS: DATA
Furthermore, the sentences in (45) have no counterpart where the argument appears in
preverbal position:
(50) a. *Rosas são.
b. *Eu sou.
This obviously does not hold for presentative constructions in general, which usually admit
a preverbal subject variant and which hardly tolerate a postverbal argument showing overt
nominative case.
However, besides the presentative meaning, this type of ser construction has
something more in common with other presentative constructions in EP. As has been noted
(Costa 2001, Carrilho 2003a), presentative constructions with unaccusative verbs display
in non-standard EP the possibility of showing third person singular verbal inflection even
when the postverbal argument is plural. This is also recurrent in ser constructions, as the
CORDIAL-SIN data attest:
(51) INQ1 Umas couves?
Interviewer: Some cabbages?
INF Não, não. Ele não é as couves. (COV37)
Informant: no no EXPL NEG is the cabbages
‘Informant: No, no. It’s not cabbage’.
(52) A gente cá, eles empregam cá outro nome disto. […] Ele não é carochas. (ALC42)
the people here they use here other name of.this EXPL NEG is carochas
± ‘People here use a different name for this. It’s not carochas’.
(53) Chocos. A gente chama aqui… A nossa palavra aqui é choco. Mas ele é chocos.
cutllefishes the people calls here the our word here is cuttlefish but EXPL is cuttlefishes
(ALV27)
‘Cuttlefishes. We call it… The word we use is cuttlefish. But they are cutllefishes.’
In all these examples, ser displays singular morphology, even though the postverbal
argument (underlined in the examples) is plural.
Just like it happens in existential constructions, expletive ele in ser constructions
may be preceded by another expletive word, such as the neuter demonstrative aquilo ‘that’
in the following example:
91

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
(54) O borralho que ficava deixava-se (descontrolar) assim um bocadinho,
the embers that remained was allowed to lose control so.to.speak a little
senão aquilo ele era brasas que enchiam a boca do forno. (LVR35)
otherwise DEM EXPL was coals that filled up the door of.the coal.fire
± ‘We let the embers that were left (fall down), otherwise the entry of the coal fire was
stuffed with coals.’
iv. Other impersonal verbs
Expletive constructions may also involve other impersonal verbs (some of which are not
standardly impersonal but happen to be so in the kind of data here inspected).
First of all, we shall still consider examples involving the verb ser. In this section,
we present instances of impersonal ser that differ from those previously considered in
section 4.2.1.1.iii above. Two different cases were found in CORDIAL-SIN data. The first
one is illustrated in example (55), where ser has a single clausal argument (the embedded
clause que não vá lá fora). The meaning of this ser-construction is fairly that of an it
happens that… clause.
(55) "Se ele não for lá fora, se ele for que não vá lá fora,
if he NEG go-FUT.SUBJ-3SG abroad if EXPL be-FUT.SUBJ-3SG that NEG go-PRES.SUBJ-3SG abroad
dou-te dois contos". (COV11)
give-1SG-to.you two contos
‘If he does not go abroad – if it happens that he does not go abroad – I’ll give you two
contos.’
Remark that in this example the expletive appears inside an embedded if-clause.
The other case is shown in example (56), where the verb ser has a meaning similar
to that of the natural predicates examined in section 4.2.1.1.i above:
(56) Coitado do homem. Então estás a ver se lhe morrer o filho lá fora,
poor of.the man so are A see-INF if to.him[CL.DAT] die the son abroad
como ele é?! (COV12)
how EXPL is
‘Poor man! So, you see, if his son dies abroad, how will it be?’
This example might well have been considered in the mentioned section, as involving a
periphrasis of ser+adverb referring some general ambient conditions. The adverb
corresponds here to the wh-word which heads this exclamative question.
CORDIAL-SIN expletive ele examples include some other verbs which equally
allow for a subject referring to ambient conditions in general. The following do not
correspond, however, to impersonal verbs in standard EP:
92

4. OVERT EXPLETIVES IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS: DATA
(57) E depois, quando estar tudo na maior grandeza, olhe que há-de vir tudo
and then when be-INF everything in.the greater greatness look that will come everything
para baixo". Quer dizer, vir outra vez à miséria. Ele vai caminhando para isso. (PAL13)
down means come again to.the misery EXPL goes going to that
±‘And then, when everything is absolutely great, everything will come down, you see.
Things are going that way.’
(58) êle diz que chegara já o menino Joanito. (Ribeiro 1927: 171)
EXPL says that had.arrived already the boy Joanito
‘It is said that little Joanito had already arrived.’
(59) Então como é que é que isto ele é feito?! (ALV03)
so how is that is that this EXPL is done
± ‘So, how is it that this may happen?’
The last example was produced during a conversation about the money spent by fishers
and the increasing prices of their fishing tools. In this case, expletive ele co-occurs with
another expletive, the demonstrative isto ‘this’.
Constructions with the idiom fazer de conta ‘±simulate’ and with the verb
acontecer ‘to happen’, which are both standardly impersonal, also accept the overt
expletive in a subject-like position.
(60) Olhe, tinha umas cordas. (Olhe), ele faz de conta que o animal (…) estava aqui. (FLF41)
look had some ropes look EXPL simulate that the animal was here
‘Look, there were ropes. (Look), imagine that the animal was here.’
(61) Ele tem acontecido aqui cada uma em minha casa! (COV22)
EXPL has happenned here such one in my house
±‘There happen such things in my house!’
Acontecer also enters a different kind of impersonal construction, as illustrated in example
(62) which involves a dative argument (experiencer or benefactive):
(62) Ele tem-me acontecido aqui cada uma! (COV23)
EXPL has-to.me[CL.DAT] happenned here such one
±‘I have suffered such things here!’
The overt expletive equally appears in other dative impersonal constructions, both in
CORDIAL-SIN data and in the regionalist novel (where this expletive context is frequent):
(63) Agora, em abalando a senhora ainda quero (ter uma conversa), que ele
now EM go.away-GER the lady still want-1SG have a conversation ‘cause EXPL
falta-me aqui umas peças do tear, quero saber onde elas estão. (MST16)
miss-3SG-to.me here some pieces of.the loom want-1SG to.know where they are
‘Now, after you go away, I still want (to have a conversation), because some pieces of the
loom are missing, I want to know where they are.’
93

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
(64) É assim um peixe muito branco, (muito luzidio)… Ele parece-me que há
is so.to.speak a fish very white very glittering EXPL seems-to.me[CL.DAT] that has
duas raças, há uma que não cresce muito, é assim tamanho de um dedo e há
two species has one that NEG grows.up very.much is so.to.speak size of a finger and has
outros maiorzitos. (ALV019)
others bigger
±‘It’s a really white, (glittering) fish, so to speak… It seems to me that there are two
species of them: one that does not grow very much, which is so to speak the size of a
finger, and there are others a little bigger.’
(65) INF2 Ele vai-lhe calor? Vai-lhe calor (aí)? (CTL26)
Informant2 EXPL goes-to.you[CL.DAT] heat goes-to.you[CL.DAT] heat (there)?
± ‘ Is it hot for you? Is it hot there?’
(66) - Ele já me constava que vinha prior novo.Agora quando chegava é que não sabia.
EXPL already to.me[CL.DAT] was.said that came priest new now when arrived is that NEG knew
(Ribeiro 1927: 20)
‘I had already been told that a new priest would come. Now, what I didn’t know was when
he would arrive.’
(67) Que êle me conste, agora não há aí ninguém morto (...) (id.: 239)
QUE EXPL to. me[CL.DAT] is.said now NEG has there nobody dead
‘As far as I know, there’s nobody dead there now.’
(68) Que êle também não se lhe daria apartar-se do mundo (id.: 92)
QUE EXPL also NEG SE to.him/her[CL.DAT]occur-COND separate-INF-himself from.the world
± ‘He/she would appreciate to leave the world.’
(69) e quando êle assim me custa já tanto, não sei o que
and when EXPL in.this.way to.me[CL.DAT] is.difficult already so.much NEG KNOW-1SG what
seria se abalasse... (id.: 162)
be-COND if go-IMPERF.SUBJ-1/3SG
‘If it is already so difficult to me in this way, I don’t know what it would happen to me if
he/she/I went away…’
In all the examples presented so far, expletive ele behaves like the subject of an impersonal
predicate. The verb regularly shows third person singular inflection (which is compatible
with a third person expletive pronoun as the subject) and no other subject seems to be
available. We might well suppose then that expletive ele corresponds in these cases to the
sort of quasi-argument which usually appears as the subject of such impersonal predicates
(see chapter 2).
94

4. OVERT EXPLETIVES IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS: DATA
4.2.1.2 Clausal subject extraposition
Another type of impersonal construction involving an expletive subject is clausal subject
extraposition, as we have seen in chapter 2. The Portuguese data considered for the
purpose of this dissertation are fairly parsimonious with respect to overt expletive
extraposition constructions. In fact, there is a single example in the CORDIAL-SIN data,
which involves a non-standard extraposed clausal subject:
(70) Mas não quer dizer que não haja, mas (ele) /é\ é raro quando se vê. (ALV23)
but NEG means that NEG have-PRES.SUBJ.3SG but EXPL is is rare when SE sees
‘But it doesn’t mean that there isn’t [Null Object: that fish], but it is rare to see one of
them.’
Clausal subject extraposition usually takes a finite that-clause or an infinitival clause, as
seen in chapter 2. Example (71) from A Planície Heróica shows precisely the overt
expletive in infinitival subject extraposition:
(71) […] êle é sempre bom contar com êles. (Ribeiro 1927: 243)
EXPL is always good to.count with them
‘It is always good to count upon them.’
Differently, in example (70) above, the extraposed clause is a when-clause, which may be
analyzed as a free relative.
As for the general lack of overt expletives in clausal subject extraposition, this
should be interpreted as a correlate of the fact that clausal subject extraposition is itself
infrequent in the data.
4.2.1.3 Presentative constructions
The overt expletive ele is not so infrequent in presentative constructions, another type of
context which usually involves an expletive subject. As presented in chapter 2, these
constructions are identified by the postverbal position of an argument that otherwise fills
up the preverbal subject position. This subject position is then occupied by an expletive.
Some sort of mechanism relating the expletive and the postverbal argument accounts for
the subject properties of the latter (namely the fact that it usually agrees with the verb).
In the observed data, the overt expletive appears in such context essentially in
sentences involving unaccusative verbs or small clause complements. With transitive and
unergative verbs, expletive ele appears fairly exceptional.
95

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
i. Small clause complements and unaccusative verbs
In examples (72)-(74) below, expletive ele seems in fact to fill the sentence’s subject
position in small clause predicative constructions:
(72) Não há quem semeie; não há quem vá fazer esse serviço porque (…)
NEG has who sow-PRES.SUBJ NEG has who go-PRES.SUBJ do-INF that job because
ele está tudo muito caro e não há quem faça. (PAL11)
EXPL is everything very expensive and NEG has who do-PRES.SUBJ
‘There is not anyone who could sow; there is nobody who could do that job because…
everything is very expensive and there is nobody who could do it.’
(73) Eu vou-lhe explicar. A gente tira um enxame – chama aquilo um enxame;
I go-to.him[CL.DAT] explain-INF the people takes.out a swarm.of.bees calls that a swarm.of.bees
ele estava (…) o cortiço cheio de abelhas e a gente vê se elas estão em termos de
EXPL was the beehive full of bees and the people sees if they are able of
dar enxame. (COV37)
give-INF swarm.of.bees
± ‘I’ll explain it to you. We take a swarm of bees – we call that a swarm of bees; the
beehive is full of bees, we see if they are able to make a swarm.’
(74) - Ele vai estando tudo cada vez pior, que eu não sei onde a gente há-de chegar.
EXPL goes be-GER everything each time worse QUE I NEG know where the people will come
(Ribeiro 1927: 327/8)
±‘Everything is getting worse, I don’t know where we are getting at.”
(75) Pois se êle está tudo assim! (id.: 126)
POIS if EXPL is everything like.that
‘If everything is like that!’
In these examples, the expletive always precedes the inflected verb while the subject of the
small clause appears postverbally. The sentence’s subject position might as well be null
(see (76), for the relevant parts of these examples) or otherwise it could be filled by the
subject of the small clause (see (77)):
96
(76) a. … porque está tudo muito caro…
because is everything very expensive
b. … estava o cortiço cheio de abelhas…
was the beehive full of bees
c. Vai estando tudo cada vez pior…
goes be-GER everything each time worse
d. Pois se está tudo assim!
POIS if is everything like.that

4. OVERT EXPLETIVES IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS: DATA
(77) a. … porque tudoi está [SC -i muito caro]…
because everything is very expensive
b. … o cortiçoi estava [SC -i cheio de abelhas]…
the beehive was full of bees
c. Tudoi vai estando [SC -i cada vez pior]…
everything goes be-GER each time worse
d. Pois se tudoi está [SC -i assim]!
POIS if everything is like.that
As for unaccusative constructions, CORDIAL-SIN data also provide several examples
where the overt expletive appears in presentative constructions involving unaccusative
verbs such as vir ‘to come’, ir ‘to go’, passar ‘to pass’, aparecer ‘to appear’, among
others:
(78) Ele vem o dinheiro aí mas para donde é que vai o dinheiro? (CLC02)
EXPL comes the money there but to where is that goes the money
±‘Money is coming, but where does money go to?’
(79) […] eu estou com pressa. Que ele vem aí o meu filho e ele quer comer. (PFT01)
I am with hurry QUE EXPL comes there the my son and he wants to.eat-INF
‘I am in a hurry. My son is coming and he wants to eat.’
(80) Ele lá vinham os rapazes e as raparigas, levavam os tascos para aí para
EXPL LÁ came-3PL the boys and the girls took-3PL the tascos to there to
o meio do barro e acendiam a fogueira, cantavam. (OUT14)
the middle of.the clay.soil and lighted-3PL the fire sang-3PL
‘There came the boys and the girls, they threw the tascos away to the soil and they lighted
a fire, then they sang.’
(81) Depois, às vezes já se empeçam a ver, ele vem a chuva…(OUT55)
after sometimes alreadySE begin-3PL A see-INF EXPL comes the rain
‘Then, sometimes, we begin to see them, the rain comes…’
(82) Ele vai aí um tempo dos diabos. (Colos, in Guerreiro 1968: 351)
EXPL goes there a weather of.the devils
±‘There is such a bad weather.’
(83) Ele há-de vir i uma ventania qu’arrasa tudo... (Odeleite, in Segura da Cruz 1969: 153)
EXPL will come there a gale that ravages everything
‘There will come a gale that will ravage everything.’
(84) […] levantou-se tudo e abalou o povo tôdo p’rás alturas do Sêrro velho,
got up everything and went.away the people all to.the altitutesof.the Sêrro velho
que êle vinha um mar de lume da banda das Entradas lavrando por essas corgas
QUE EXPL came a sea of fire from.the side of.the Entradas plough-INF through those gorges
abaixo. (Ribeiro 1927: 121)
down
±‘Everyone got up and everyone went to the high places of Serro velho, because a sea of
fire was coming from the side of Entradas down through those gorges.’
97

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
(85) Ele entrou uma varejeira, mas eu tenho impressão que ela já saiu.
EXPL entered a blowfly but I have impression that she already left
(female, Ribatejo, c. 60 y, low education)
‘A blowfly entered here, but I have the impression that it has already left.’
Presentative constructions in EP significantly differ from canonical presentative
constructions in NNSLs such as English, especially in that they do not show any kind of
indefiniteness requirement on the postverbal argument. In fact, in the examples involving
an overt expletive, the argument that occurs postverbally may be a non-specific indefinite
(um tempo dos diabos, uma ventania, um mar de lume, uma varejeira, in examples (82)-
(85)) but in some cases it corresponds to a definite/specific expression (o dinheiro, o meu
filho, os rapazes e as raparigas, a chuva in examples (78)-(81)). This observation is true
for expletive constructions with unaccusative verbs (see examples above) and for those
involving small clauses as well (examples (72)-(75) above).
Presentative constructions involving an unaccusative verb and a definite postverbal
argument do not necessarily involve a narrow focus interpretation in EP. Indeed, such
sentences may very well introduce all new information, so that they could answer an outof-the-blue
question Que aconteceu? ‘What happened?’. The expletive constructions in
examples (78) to (81) above correspond in fact to such all-focus sentences. Consider, for
instance, example (79). After eu tenho pressa ‘I’m in a hurry’, the expletive construction
introduces the all-new information que ele vem aí o meu filho ‘my son is coming’. This
may be read as a justification for the previous sentence ‘I’m in a hurry’. The expletive
construction corresponds then to a whole piece of new information that is added to
discourse. It might well be the complement of acontecer, the same verb that we find in outof-the-blue
questions for all-new information diagnosis:
(86) […] eu estou com pressa. Acontece que ele vem aí o meu filho e ele quer comer.
I am with hurry happens that EXPL comes there the my son and he wants to.eat
‘I’m in a hurry. It happens that my son is coming and he wants to eat.’
Consider also the following example:
98
(87) Eu assentei assim em cima dum cavalete em tijolos, pus ali, eles bebiam a água,
I placed-1SG thus on of.a ±bench in bricks put-1SG there they drank the water
e depois eu limpava e ele saía por baixo a água. (ALC30)
and after I cleaned and EXPL went.out from the bottom the water
±‘I placed [null object: the sink] on a bench of bricks, I put it there, they [the animals]
drank the water, and then I cleaned it up and the water dropped from the bottom.’

4. OVERT EXPLETIVES IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS: DATA
In the expletive construction ele saía por baixo a água, the definite postverbal argument a
água ‘the water’ corresponds to information that has already been introduced in the
discourse universe (see, in the same example, eles bebiam a água ‘they drank the water’).
In fact, this definite nominal expression rather enters a whole block of new information,
which roughly means that ‘it happened that the water dropped from the bottom of the sink’.
A similar reading may be found in presentative expletive constructions involving a
small clause. Consider, for instance, example (73) above, here repeated as (88), for ease of
explanation:
(88) A gente tira um enxame […]; ele estava (…) o cortiço cheio de abelhas
the people takes.out a swarm.of.bees EXPL was the beehive full of bees
e a gente vê se elas estão em termos de dar enxame. (COV37)
and the people sees if they are able of give-INF swarm.of.bees
± ‘We take a swarm of bees […]; the beehive was full of bees, we see if they are able to
make a swarm.’
As a first piece of information, we have an SVO sentence (A gente tira um enxame),
involving a VP-focus or an all-focus sentence, both allowed by the SVO order in transitive
structures. Remark that the orders VOS or VSO in such transitive structures would not be
compatible with such focus structures, but rather involve focus on the subject or in both the
subject and the object, respectively (see Costa 2001). By contrast, the expletive
construction ele estava o cortiço cheio de abelhas, where the subject (o cortiço) of the
small clause [o cortiço cheio de abelhas] stays in a postverbal position, does allow an all-
focus reading. Thus, the definite postverbal argument o cortiço has not a focused reading.
Instead, it is the entire sentence that adds new information to the universe of discourse.
Before I proceed, allow me to add a couple of observations on the structure of
unaccusative expletive constructions. First, as we have already seen for expletive
constructions with ser ‘to be’ in non-standard EP, presentative constructions involving an
unaccusative verb or a small clause complement also admit some variation with respect to
verbal agreement: standardly, the inflected verb agrees with the postverbal argument (see,
for instance, example (80) above); however, occasionally, we find third person singular
verbal morphology combined with a plural postverbal argument (see also Carrilho 2003a).
It is true that the examined data on expletives are for the most part ambiguous with respect
to verbal agreement: most examples include a singular postverbal argument, which does
not allow us to unambiguously determine whether or not the third person singular
agreement on the verb is controlled by this singular argument. As an alternative, verb
99

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
agreement could be controlled by the expletive (depending thus on the expletive’s
agreement properties) or otherwise it may result from some kind of default agreement
(which would be allowed by third person singular morphology).
An unambiguous example has been collected in casual conversation:
(89) Ele anda aí umas constipações ruins. (female, Ribatejo, age c. 60y, low educ.)
EXPL goes there some colds bad
±‘There are some bad colds around.’
In this case, the postverbal argument is clearly plural while the verb displays third person
singular agreement.
Second, it must be observed that expletives in presentative constructions appear to
be allowed in embedded contexts. Indeed, in the examined data, the expletive ele appears
also in the free-relative part of a cleft construction – example (90) 8 – and in adverbial
when-clauses – examples (91) and (92):
(90) […] agora neste tempo, mais ou menos, Fevereiro, Março, é que ele ia outra
now in.this time more or less February March is that EXPL went-3SG other
máquina[…] (AAL02)
machine
±‘It was now, at this time, February, March, that another machine was used.’
(91) Nós, antigamente, cozíamos quando ele vinha o tempo de castanhas –
we in.the.past cooked when EXPL came-3SG the time of chestnuts
(que) também dávamos castanhas. (OUT32)
QUE also gave-1PL chestnuts
‘In the past, we used to cook [null object: the pig’s food] when was the chestnuts time – we
also used to give [them] chestnuts.’
(92) De vez em quando tem que se lhe dar uma mexidela.
‘You have to stir it every now and then’
E quando ele começa a vir aquela (…), quer dizer, a massa, (…) que ela lá dentro tem
and when EXPL begins A come-INF that mean-3SG the paste QUE it there inside has
aquela coalhada que daqui vai saindo… (MST01)
that curd which from.here goes getting out
±‘And when that paste begins to appear – inside, it has that curd that one gets from this…’
8 In this case, an“inverted é que pseudo-cleft” (Duarte 2000 and Duarte and Costa 2001).
100

ii. Other verbs
4. OVERT EXPLETIVES IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS: DATA
Although overt expletive presentative constructions mostly occur with unaccusative verbs
or with small clause complements, the observed data still present examples involving other
classes of verbs, such as the following:
(93) Mas eu tinha até coiso que ele que ainda funcionava, por ali assim, umas coisas
but I had even ‘coiso’ that EXPL that still functioned-3SG by there some things
dessas. (AAL22)
of.those
±‘But I actually had the impression that some of those things were still functioning, there.’
This example is peculiar in that, although the verb funcionar ‘to function’ is not an
unaccusative verb, it displays in this example the same kind of agreeement variation that
we have found with unaccusatives and presentative ser, above. The inflected verb shows
third person singular agreement (funcionava), despite the fact that the “subject” (the
postverbal argument umas coisas dessas) is plural. Thus, agreement between the verb and
the subject may not obtain when the latter occupies a postverbal position, even with an
intransitive verb.
This same example (93) also offers evidence for the presence of expletive ele in
recomplementation contexts.
As a side-note, notice that expletive ele already appears in presentative constructions in a
text from the sixteenth century (the present example involves a postverbal argument in a
dative construction):
(94) já lhe ele pruem os artelhos
already to.him/her[CL.DAT] EXPL itch-3PL the ankles
(Vicente. 1526. Clérigo da Beira. In Correia 1989: 11)
‘His/her ankles are itching.’
4.2.1.4 Subject wh-extraction contexts
Finally, let us examine yet another context where the overt expletive seems to occupy the
subject position. Consider the following examples:
(95) É aquelas correias grandes que ele nasce nas pedras. (ALV46)
is those “straps” big that EXPL ± grows in.the stones
‘That’s those big “straps” that grow from the stones.’
101

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
(96) Há outros que (ele) não prestam para nada. (COV36)
has others that EXPL NEG are.good for nothing
‘There are others that are good for nothing.’
These are sentences including relative clauses, where the wh-constituent que corresponds
to the subject of the relative (hence, sentences involving subject wh-extraction). In
standard EP, the order “relative pronoun – (negation) – inflected verb” obtains in such
relatives. In the dialectal examples presented above, however, this sequence is interrupted
by the expletive ele, which thus seems to occupy the otherwise non-overt subject position
internal to the relative.
A similar pattern seems to obtain in example (97) below, even though there is a
discourse reformulation, in this case, and the relative is not finished.
(97) Bem, há um ano que, às vezes, há vacas que ele não…
well has one year that sometimes has cows that EXPL NEG
Às vezes, têm um ano sem andar ao touro. (COV33)
sometimes have one year without ±approach to.the bull
‘Well, there is a year that there are sometimes cows which don’t… Sometimes they stay
one year without approaching the bull.’
For the expletive to be in [Spec, IP] in these examples, the relative subject must have been
extracted from its thematic position and not from the structural subject position filled up by
the expletive. Such an analysis for subject wh-extraction has indeed been proposed by
Rizzi 1982 for Italian and by Taraldsen 2002 for French and for Vallader, a Rhaeto-
Romance variety. The following examples illustrate the structure of such expletive
constructions in these languages (examples adapted from Taraldsen 2002: 31):
(98) [Quali ragazze]i credi [CP che [IP proexpl compreranno+I [VP ti tV quel libro]]]? Ital.
which girls think-2SG that buy-FUT-3PL that book
(99) [Qualas mattas]i crajast [CP cha [IP i cumpraran+I [VP ti tV quel cudesch]]]? Vallader
which girls think-2SG that EXPL have.bought that book
(100) [Quelles filles]i crois-tu [CP que [IP i vont+I [VP ti tV acheter ce livre-là]]]? French
which girls think-you that EXPL will buy this livre
If such an analysis is to be adopted for the expletive examples in non-standard EP, we will
have the following structures for the relevant aspects of (95) and (96), respectively:
(101) É [DP aquelas correias grandes [relativeCP quei [IP ele nascej [VP ti tj nas pedras]]]]
(102) Há [outros [relativeCP quei [IP ele não prestamj [VP ti tj [para nada]]]]]
102

4. OVERT EXPLETIVES IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS: DATA
Such expletive constructions would then resemble those seen in the previous section in that
the argument of the verb is not raised to [Spec, IP]. Furthermore, an example such as (95)
has something else in common with presentative constructions: the unaccusative verb
inside the relative clause, which shows third person singular morphology, does not agree
with the relative plural “subject” (co-referent to ‘those big straps’). In fact, this lack of
agreement shown by unaccusative verbs is fairly usual in presentative constructions, as has
been noted in section 4.2.1.3 above.
4.2.1.5 Summary
So far, we have considered examples where the overt expletive ele may occupy the subject
position, just like one could expect for a nominative expletive. Impersonal predicates,
clausal subject extraposition and presentative constructions – which are contexts where
expletives are usually needed in NNSLs – all admit the overt expletive ele in non-standard
EP. Moreover, this expletive also appears in a likely subject position in wh-extraction
contexts, which actually has also been argued to be a position for expletives (see Rizzi
1982, Taraldsen 2002).
Among impersonal constructions in the CORDIAL-SIN data, the overt expletive
mainly occurs with impersonal predicates. This kind of predicate is highly frequent in the
corpus; accordingly, overt expletives are equally frequent in such context. On the contrary,
extraposition constructions are slightly rare in the observed data, which makes it very
unlikely to find overt expletives in this type of construction: there is only one example of
such expletive construction in the CORDIAL-SIN data. Table 2 presents the total amount
of expletive ele in impersonal constructions and the figures for the different types of
impersonals. The corresponding percentages are represented in Figure 2.
103

Type Total
Impersonal predicates 86
Extraposition 1
Presentative 22
Wh-extraction 6
115
Table 2. Expletive ele in impersonal
constructions
EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
1%
19%
5%
75%
Figure 2.
Impersonal predicates
Extraposition
Presentative
Wh-extraction
In these contexts, the expletive does not seem to be obligatory, however. Of course, this is
not unexpected, given the NSL condition of EP. Thus, for each of the considered
constructions, the occurrence of expletive ele competes with a variant involving no overt
expletive. Some of the examples commented so far include both options – remember (16),
repeated here as follows:
(103) Ah, se chover era melhor, mas ele não chove amanhã. (MST11)
INTJ if rain-FUT.SUBJ was better but EXPL NEG rain-PRES3SG tomorrow
± ‘Oh, it would be better if it rains, but it won’t rain tomorrow.’
Consider also an additional example:
(104) É a estrela-da-manhã (…) e há a estrela… Bom, ele há várias estrelas, não é? (AAL92)
is the morning star and has the star good EXPL has several stars NEG is
± ‘That’s the morning star (…) and there is the star… Well, there are several stars, aren’t
there?’
In each of these examples, two different instances of the very same impersonal verb
(chover ‘to rain’, in the first example, and haver ‘[existential] to have’, in the second one)
behave differently with respect to the occurrence of the overt expletive: the first one has no
overt subject, while the second one is preceded by expletive ele.
Now, consider, for instance, the total of occurrences of the existential verb haver,
by far the most frequent among impersonal predicates occurring in overt expletive
constructions. If we look at the figures offered by the location where expletive
constructions with this verb are the most frequent (AAL), we find the following contrast:
the overt expletive occurs in less than 6% of the total of occurrences of existential haver,
i.e. it appears in only 8 cases out of a total of 137 occurrences of this verb. The picture just
104

4. OVERT EXPLETIVES IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS: DATA
sketched for existential haver constructions may be taken as representative of other
impersonal constructions as well: the overt expletive variant is by far the least usual.
To be more precise, the term variant, which I have been using just for ease of
exposition, needs some clarification. Above all, it must be noted that what I have been
calling variants do not actually seem to be linguistic objects equivalent in all respects.
Rather, as often occurs with seeming syntactic variation, so-called variants are indeed
assigned different values on the discourse plan. In fact, the overt expletive in EP does not
appear to be strictly optional on a pragmatic/discourse ground. For now, I will leave this
issue aside here to address it separately in section 4.4 below.
Concerning the structural environment where the overt expletive appears in
impersonal constructions, a couple of observations must be recalled: (i) expletive ele is not
bounded to independent/matrix contexts (as we have seen, it may occur in embedded
contexts, such as that-clauses, clefts, if- and when-clauses); (ii) the expletive may co-occur
with different kinds of peripheral constituents (topics, focused phrases), in which case it
appears in a position lower than those occupied by these elements; and (iii) quite
unexpectedly, the expletive appears in recomplementation structures, in a position
otherwise characteristic of topic elements. As will be seen in the next subsection, the
similarity between topics and expletives goes well beyond recomplementation structures.
4.2.2 Peripheral expletive
I will now consider a series of overt expletive sentences which manifestly differ from those
examined in the previous subsection. First of all, the examples under inspection now do not
necessarily involve an impersonal construction. That is to say, expletive ele also occurs in
non-impersonal contexts, where it appears combined with a subject. Additionally, the
expletive always appears in a left-peripheral position, preceding preverbal subjects but also
other types of peripheral elements. The peripherality of the position where the expletive
stays is thus the crucial characteristic that unifies all the examples presented in this
subsection: these will cover examples of (i) sentences involving a (preverbal) subject; (ii)
several constructions involving the left-periphery, namely (iia) topic constructions; (iib)
cleft constructions; (iic) affective constructions; (iid) other cases of preposing. Examples
where the expletive appears (i) in the periphery of imperative sentences; (ii) in answers to
105

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
yes-no questions; (iii) in isolation; or (iv) before an independent phrase which will be
treated as peripheral as well.
In the CORDIAL-SIN data, cases where the expletive is peripheral constitute the
larger part of the total of expletive constructions, that is, 54.7%, or more precisely, 163
occurrences out of a total of 298 (see Figure 3).
55%
6%
39%
Impersonal
Peripheral
Other
Figure 3. Distribution of expletive ele in CORDIAL-SIN:
peripheral constructions vs. impersonal constructions and other contexts
Accordingly, as represented in Figure 3, the total of peripheral expletive constructions goes
beyond the total obtained for impersonal expletives.
4.2.2.1 Peripheral to the subject
We will first look at examples where expletive ele appears in a position peripheral to the
preverbal subject position. The fact that the expletive co-occurs with a subject is not really
surprising: in chapter 2, we have seen that some languages indeed allow multiple subject
constructions (MSCs) where an expletive combines with a referential subject. It might well
be the case that expletive ele, which corresponds to nominative case morphology, enters
also in EP some sort of MSC. It must be noted however that, if this is really the case, such
alleged MSCs behave quite differently from those occurring in other languages. In fact, in
EP, such constructions do not seem to observe any kind of restriction on the type of verb
that is involved nor on the kind of co-occurring subject. They thus differ from so-called
106

4. OVERT EXPLETIVES IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS: DATA
Transitive Expletive Constructions, which usually involve transitive verbs and obey some
Definiteness Effect on the logical subject.
In fact, CORDIAL-SIN examples include different classes of verbs (see examples
(105) to (110) below), even intransitive ones, such as in (110):
(105) “Sapo, sapão, ele o castrejo virá ou não?” (CTL08)
toad big_toad EXPL the man from Castro Laboreiro will come or not
‘Toad, big toad [formulaic expression], will the man from Castro Laboreiro come or not?’
(106) Que ele eu gosto de socorrer (…) as pessoas, homem! (COV23)
QUE EXPL I like of help-INF the people man
‘I like to help people, man!’
(107) Tinham que estar (…) que ele os porcos não os vissem. (PFT13)
had-3PL QUE be-INF that EXPL the pigs NEG them[CL.ACCUS] see-IMPERF.SUBJ-3PL
‘They had to be in such a way that the pigs would not see them.’
(108) Ele (a) folha do pinheiro é em bico. (ALC19)
EXPL the leaf of.the pine-tree is in point
‘Pine tree leaves are pointed.’
(109) Então, quando (…) (ele) o pão está lêvedo, acende-se o forno. (OUT24)
so when EXPL the bread is leavened lights-SE the oven
‘So, when the bread dough is leavened, we light the oven.’
(110) Lá fui, lá vim para Cabrum, cheguei, ele lá dormi, […] (COV27)
LÁ went-1SG LÁ came-1SG to Cabrum arrived-1SG EXPL LÁ/there slept-1SG
±‘I went there, I came to Cabrum, I arrived, I slept there’.
As for the co-occurring subject, different types of expressions seem to be equally allowed.
Indefinite non-specific expressions are not very frequent as the subject of Portuguese
expletive constructions – see some examples below (where the indefinite is underlined):
(111) […] e depois vim para casa, vim experimentar – ele ninguém me era capaz
and after came-1SG to home came-1SG try-INF EXPL nobody to.me was able
de abrir a cabeça para meter aquilo cá na cabeça dentro, dentro da cabeça – […]
of open-INF the mind to put-INF that here in.to.the mind inside inside of.the mind
± ‘… and then I came home, I’ve come to try [that] – actually nobody could open my mind
to convince me of that – […]’ (LVR23)
(112) Se (ele) /lhe\ alguém disser alguma coisa, (…) diga-lhe que foi à minha ordem.
if EXPL to.him anybody say-FUT.SUBJ any thing tell-to. him that was to my order
‘If anybody says anything, you tell him that it was done under my orders’. (COV13)
(113) Ele uns precisam de milho, outros precisam de centeio, outros precisam de vinho
EXPL some need of corn others need of rye others need of wine
e eu, tenho de sobra, […] dou. (COV40)
and I have-1SG of surplus give-1SG
‘Some people need corn, others need rye, others need wine, and, as I have a surplus of all
these, I give some to them’.
107

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
(114) A charneca era nossa, era dos charnequenhos, que êle ninguém na queria
the moor was ours was of.the people.of.the.moor QUE EXPL nobody it wanted
p’ra nada. (Ribeiro 1927: 124)
for nothing
‘The moor was ours, of the people of the moor, because nobody wanted it.’
(115) Eu creei amizade ao sr. prior, que êle tudo se agrada dêle porque tem
I grew friendship to.the priest QUE EXPL everything SE pleases of.him because has
boas maneiras (id.: 277)
good manners
‘I became friend of the priest – everyone is pleased by him, because he has good manners’.
(116) Então, mas ele um ferrolho não é assim. (AAL89)
so but EXPL a bolt NEG is like.this
±‘But a bolt is not like this.’
In an example such as (117), the indefinite co-occurring with peripheral ele has a specific
reading (by means of the restrictor deles ‘of them’):
(117) Ele qualquer deles alguma vez havia de morrer. (AAL54)
EXPL any of.them any time would die
±‘Any of them would die one day.’
There are also some examples of generic bare NPs co-occurring with a peripheral
expletive:
(118) [- Se é paixão de mulher bote-a vossemecê p’ra trás das costas, - tornava ainda o
charnequenho.] – Que êle mulheres não faltam e a vida dá Deus Nosso Senhor uma só.
QUE EXPL women NEG are.missing and the life gives God Our Lord one only
±‘[If that is love for a woman, throw it away – the moor’s man insisted.] – There are many
women but only one life.’ (Ribeiro 1927: 167)
(119) [É verdade que havia ainda uma outra em perigo, a daquela desgraçada moça que se queria
perder e perdê-lo a êle, mas Nosso Senhor lhe acudiria, que a scisma havia de passar-lhe,]
que êle males de amores não matam ninguém. (id.: 312)
CONJ EXPL pains of love NEG kill nobody
‘[It is true that there was another one in danger, that of that unfortunate girl who wanted to
go mad and to make him go mad, but God would save her, her mania would go away,]
because love pains kill nobody.’
(120) [Bons tempos esses, ti’ João Lobeira! – relembrava o lavrador não sem uma pontinha de
mágoa,] que êle coisas passadas entristecem sempre. (id.)
QUE EXPL things past sadden always
± [That was a good time, uncle João Lobeira! – the farmer remembered not without a bit of
grief,] because past things always sadden people.’
Full DPs with a generic reading may equally be preceded by expletive ele when in a
preverbal position:
108

4. OVERT EXPLETIVES IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS: DATA
(121) - Ai, ele as mulheres são ruim gado! (Aquilino Ribeiro, Terras do Demo: 186)
INTJ EXPL the women are bad cattle
±‘Oh, women are such bad cattle!’
(122) Ele (a) folha do pinheiro é em bico. (ALC19)
EXPL the leaf of.the pine-tree is in point
‘Pine tree leaves are pointed.’
(123) (Pois, ele) a esgana, esgana e a sarna, pega. (ALC38)
POIS EXPL the rabies rabies and the itch is catching
‘Indeed, rabies – rabies and itch – is catching.’
(124) E ele o lagarto, em bem se vendo apertado, volta-se contra a gente. (CBV73)
and EXPL the lizard in FP SE see-GER hurted turns-SE agains the people
±‘And when the lizard is hurted, he turns on us’.
However, it is definite descriptions that mostly occur as subjects in peripheral expletive
constructions, not only in CORDIAL-SIN data, but also in other written or spoken sources:
(125) [Mas era (…) essa gente que tinha de dar de comer aos animais porque ao depois às seis
horas tinham que sair (…) para o trabalho] e já ele os animais tinham que ir comidos.
and already EXPL the animals had QUE go-INF eaten
(SRP02)
±‘[But it was that people that had to feed the animals because later on, at six o’clock, they
had to leave for work] and the animals had already to be fed.’
(126) Ele a minha nora teve (…) aquele miudito com quarenta anos. (COV01)
EXPL the my daugher-in-law had that child with forty years
±‘In fact, my daughter-in-law had that child when she was forty.’
(127) Mas ele o nosso governo não protege nada a agricultura.(COV14)
but EXPL the our government NEG protects nothing the agriculture
± ‘But our government doesn’t really protect agriculture.’
(128) E ele foi, (…) ele o Atalarico começou para o meu pai: "Ó Astrigildo" […] (COV29)
and he went EXPL the Atalarico began to the my father hey Astrigildo
‘And he went, Atalarico began to say to my father: “Hey Astrigildo”…’
(129) Ele o tear do pardo era muito largo. […] Porque (ele) aquele tear era mais largo
EXPL the loom of.the dun [cloth] was very wide because EXPL that loom was wider
que os meus e fui lá tecer a teia de pardo aqui para uma vizinha.
than the mine and went-1SG there weave-INF the tissue of.the dun here for a neighbour
(OUT21)
± ‘The loom for dun cloth was very wide, indeed. Because that loom was wider than mine
and I went there to weave this dun cloth for a neighbour of mine.’
(130) INQ1 Sim. Olhe, mas o rodízio, ele os rodízios têm uma pedrinha por baixo,
Interviewer yes look but the wheel [of the mill] EXPL the wheels have a little.stone below
onde gira? (OUT40)
where turns
±‘Interviewer: Yes. But do the wheels of the mill have a little stone below them where they
turn?’
109

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
(131) Bom, ele os ricos dantes pensavam que os pobres eram uns cães quaisquer.
well EXPL the rich in.the.past thought that the poor were any dogs whichever
(Escusa, in Baptista 1967: 200)
± ‘Well, in the past the rich thought that the poor were any sort of dogs.’
(132) Ele a brincadeira está torta. (Colos, in Guerreiro 1968: 351)
EXPL the game is wrong
± ‘The game is wrong.’
(133) Devem de estar a chigar qu’ele o sol já se pôs!
must-3PL be-INF A arrive-INF because EXPL the sun already set
(Arronches, in Paulino1959: 168)
‘They must be arriving, because the sun has already set down.’
(134) Ai, qu’ ele o bitcho diz que come a gente
INTJ QUE EXPL the worm says that eats the people
‘Oh, they say that the worm eats us.’
(135) [Vinha a gente co’o bornal atouchadinho de bons coelhos e lebres,]
que êle a lebre não faz tão bom ensopado como um coelho... (Ribeiro 1927: 124)
QUE EXPL the hare NEG makes so good stew as a rabbit
‘[People came with lots of good rabbits and hare,] – [to tell the truth] hare does not make as
good a stew as rabbit.’
(136) Ele os papéis também nunca mais virão... (Aquilino Ribeiro, Terras do Demo: 297)
EXPL the papers also never more will.come-3PL
± ‘Also, the documents won’t never come.’
(137) Ele os lobos andam com fome (Leite de Vasconcellos 1928: 222)
EXPL the wolves are with hunger
± ‘Wolves are hungry.’
In the following examples, the expletive precedes the subject a gente, literally ‘the people’,
which has a pronominal use (cf. Nascimento 1989, Lopes 1999, Menuzzi 1999, Pereira
2003b):
(138) Que êle a gente vê caras, não vê corações! (Ribeiro 1927: 213)
QUE EXPL the people sees faces NEG sees hearts
± ‘[Indeed,] We see faces, we do not see hearts!’
(139) As folhas saíam e a azeitona ficava ali, em cima dum pano limpo, que era para despois
the leaves went.away and the olive remained there upon of.a cloth clean QUE was for after
(de) já estar limpa para ele a gente pôr dentro duma canastra. (ALC17)
of already be-INF clean for EXPL the people put inside of.a basket
± ‘Leaves were thrown away and olives were kept there, on a clean cloth, to be put inside a
basket.’
(140) Êl a jante sampre faz cada asneira! (Ervedosa do Douro, in Azevedo 1928-29: 160)
EXPL the people SEMPRE makes such mistake
± ‘Indeed, people do such mistake!’
110

4. OVERT EXPLETIVES IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS: DATA
Other pronouns equally appear as the subject in this kind of expletive constructions:
(141) Ele eu fui aí a (…) uma boda, aí abaixo (COV14)
EXPL I went there to a marriage there down
‘I went down there to a marriage.’
(142) Que ele eu gosto de socorrer (…) as pessoas, homem! (COV23)
QUE EXPL I like of help-INF the people man
‘I like to help people, man!’
At first glance, examples where the third person singular masculine pronoun is repeated are
ambiguous: though we may admit that the sequence ele ele corresponds to a repetition of
the third person referential subject, it may well be the case that one of the instances of ele
(namely, the more peripheral one) is actually the expletive (compare with the above
examples involving the expletive plus a subject pronoun). However, if it really were a
repetition, CORDIAL-SIN transcripts should have it marked up (as [RP| …], following the
CORDIAL-SIN transcription norms), which is not the case in the examples (143)-(144)
below. 9 I thus take these and similar examples to include an overt expletive.
(143) Mas ele ele tem outro nome. (AAL96)
but EXPL he has other name
±‘But he has other name (I’m sure)…’
(144) Ele ele disse que era (…) de São João da Madeira, homem! (COV21)
EXPL he said that was from São João da Madeira man
‘(It is true that) he said that he was from São João da Madeira, man!’
In some cases, the subject pronoun is a neuter demonstrative:
(145) Parece impossível, (…) mas ele aquilo lá foi feito e ninguém deu por isso. (AAL34)
seems impossible but EXPL that there was done and nobody perceived that
‘It seems impossible but that was really done and nobody perceived that.’
(146) Pois olhe ele isso, disto (…) dos fiadeiros, era uma alegria, até se faziam bailes. (OUT14)
POIS look EXPL that of.this of.the fiadeiros[spinners’ party] was a joy even were.done balls
±‘Look, about the fiadeiros, it was such a joy. There were even balls.’
(147) s’ele isso é assim; (Quadrazais, in Braga 1971: 171)
if EXPL that is like.that
± ‘If that is like that.’
(148) Ele isto é um bitcho... (Ervedosa do Douro, in Azevedo 1928-29: 160)
EXPL this is a worm
±‘This is a worm…’
9 The prosodic information available to the transcriber makes it possible to clearly identify such repetitions
and/or reformulations.
111

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
A singular (though uncertain) case is the following one, where peripheral expletive ele co-
occurs with an impersonal expletive – the demonstrative aquilo ‘that’ is used here as an
expletive subject in an existential impersonal construction (on the use of demonstratives as
expletives, see section 4.3 below):
(149) INF1 […] Porque há um buraco na parte (do lado) de trás.
Informant 1: Because there is a hole in the back.
INF2 (Ele aquilo) há um buraco no forno do lado de lá de trás do forno. (LVR35)
informant2EXPL that has a hole in.the oven of.the side of there of back of.the oven
‘Informant2: There is indeed a hole in the back side of the oven.’
A similar context is reported in a dialectal monograph: in the yes-no question in example
(150), ele precedes the demonstrative isto ‘this’ used as the expletive subject of the verb
ser ‘to be’ in a cleft construction:
(150) Ele isto é assim que se corta aqui o centeio? (Quadrazais, in Braga 1971: 169)
EXPL this is like.this that SE cuts here the rye
±‘Is it like this that people cut the rye here?’
Besides the contexts seen so far, where expletive ele precedes a preverbal overt subject, in
other examples the referential subject co-occurring with the expletive is non-overt. In such
cases, the expletive may thus precede the inflected verb:
(151) Ele boto-lhe assim a água ao meu. (MST35)
EXPL put-1SG-to.it thus the water to.the mine
‘I put water in mine like this.’
(152) Bom, agora veio um senhor – que ele não sei bem o nome dele –, já tem aí uma
well now came-3SG a man QUE EXPL NEG know-1SG well the name of.him already has there a
casa no Porto Santo. (PST07)
house in.the Porto Santo
‘Well, a man came now – I don’t know exactly his name; he already has a house in Porto
Santo.’
(153) Ele nunca me olhava a nada, nunca tinha medo nenhum! (ALV25)
EXPL never me ±was.frightened-1SG to nothing never had-1SG fear none
±‘I was never frightened by anything, I was never afraid of anything!’
(154) Ele voltámos lá todos a ver […] (COV32)
EXPL went.back-1PL there all A see-INF
‘We all went back there to see…’
(155) […] eram todos amigos e ele andavam lá a serrar […] (COV29)
were all friends and EXPL were-3PL there A saw-INF
‘They were all friends and they were sawing there.’
(156) (Porque não), ele não se acreditavam! (COV29)
because NEG EXPL NEG SE believed-3PL
±‘(Because they didn’t), they didn’t believe!’
112

4. OVERT EXPLETIVES IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS: DATA
(157) (…) esses não morreram. Ele escaparam. (COV32)
those NEG died-3PL EXPL escaped-3PL
±‘Those didn’t die. In fact, they escaped.’
(158) Tinham de combinar era os dias das cozeduras e as horas, para ele desencontrarem-se
had-3PL of settle-INF was the days of.the bakings and the hours to EXPL diverge-3PL
umas das outras. (EXB27)
one from another
±‘They had to agree on the days and the hours for baking, in order not to be there at the
same time.’
Examples where the expletive precedes a third person singular verb deserve some
additional comments. Given the above examples, ele appears in this case as ambiguous
between an expletive in a (masculine) third person null subject sentence and a referential
pronoun in a non-expletive construction. See example (159), for instance:
(159) O campo corta-se donde em donde (…) para ele ficar assim um bocadinho raro, para ele
the field cuts.of-SE here and there to EXPL/it be like.this a bit thin to EXPL/it
produzir, para alevantar. (OUT44)
produce to grow
±‘We cut off [the trees in] the field, here and there, so that it becomes less dense, so that it
may produce [more trees], so that trees may grow.’
In this example, ele occurs in two purpose infinitive clauses, where it may well correspond
to a referential pronoun, correferring to the phrase o campo ‘the field’:
(160) O campoi corta-se (…) para elei ficar assim um bocadinho raro, para elei produzir …
On the other hand, it is also conceivable that ele act here as an expletive co-occurring with
a null subject inside the purpose clause (see other examples of overt expletives in purpose
clauses below):
(161) O campoi corta-se (…) para ele [-]i ficar assim um bocadinho raro, para ele [-]i produzir …
Other ambiguous examples are (162) and (163):
(162) INF Mas naquele tempo que nós fomos, o gelo dava por aqui. O ‘snow’, o ‘snow’. […]
Até foi bonito, porque não havia sementeiras não havia batatas. Senão aquilo queimava
tudo.
‘Informant: But in that time when we went [there], the ice was high like this. The snow, the snow. It
was beautiful, because there weren’t any sown lands, there weren’t any potatoes [sown].
Otherwise, that would have burned everything.’
INQ1 Queimava tudo.
‘Interviewer1: It would have burned everything.’
INF Ui Jesus! Ele ainda queimou muitas coisas. (VPA43)
Informant INTJ Jesus EXPL still burned many things
±‘Informant: Gee, Jesus! In fact, it has burned many things.’
113

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
(163) INQ1 E aquelas coisas que elas têm, é os?…
‘Interviewer: And those things that they [cows] have, it is the… ?’
INF É os chavelhos.
‘Informant: It’s the chavelhos [name for horns].’
INQ1 Só lhe dão esse nome ou dão-lhe outros nomes?
‘Interviewer1: Do you only use that name or do you have other names for that?’
INF Ou paus. Depois chamam: "É os paus"; "é os chavelhos".
‘Informant: Or paus [another name for horns]. So they call: “It is the paus”; “It is the chavelhos”.
(Ele) não tem mais nome nenhum que é este. (ALC23)
EXPL NEG has more name none that is this.one
‘It has no other name except this one.’
In these examples, ele also allows alternative readings regarding its referential status: both
(162) and (163) may involve an overt expletive before a null subject, or else, they may
have ele as a subject. However, the status of such subject is not completely clear: in (162),
as a subject, ele may be correferential to o gelo / o ‘snow’ ‘the ice / the snow’, but, on the
other hand, it may be a parallel of the neuter demonstrative aquilo ‘that’, which occurs just
before, in Senão aquilo queimava tudo ‘Otherwise that would have burned everything’. In
example (163) ele does not correfer exactly to a previous phrase. Indeed, the possible
candidates (os chavelhos/os paus ‘the horns’, aquelas coisas ‘those things’) are all plural.
It is then possible that ele displays a use similar to that of the neuter demonstrative seen in
the previous example. Remark however that the verb ter may have an existential
interpretation in some dialects (namely on the data from the location where (163) was
produced, Alcochete). If this is the case in the referred example, ele may then correspond
to an expletive subject in an impersonal construction (the meaning of the sentence being,
then, ‘There is no other name, except this one’).
Nevertheless, there are cases where the expletive is unambiguous, such as in
example (164).
(164) Se ela (…) tiver mestra, larga aqueles ovitos; se ele não tiver mestra, não
if she have-FUT.SUBJ queen.bee releases those little.eggs if EXPL NEG had queen.bee NEG
larga nada.(COV37)
releases anything
‘If it[the hive] has a queen bee, it releases those little eggs; if it doesn’t have any queen bee,
it doesn’t release anything.’
In this example, the subject of tiver ‘have-FUT.SUBJ’ should be a feminine pronoun, just
like it appears in the previous sentence, since the pronoun antecedent is the feminine noun
colmeia ‘hive’. Thus, ele has to be taken as a peripheral expletive, which co-occurs with a
null subject, inside an if-clause.
114

4. OVERT EXPLETIVES IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS: DATA
Other unambiguous case involves the use of third person as a way of addressing the
interlocutor. In the following example, the expletive appears as the first element in a
yes-no question, only preceded by the pragmatic marker e, which introduces the question:
(165) E ele sabe o que nós cá também fazemos? (COV07)
and EXPL know-3SG what we here also do
‘And do you know what we also do here?’
Some other examples involving third person subjects are the following:
(166) Até se punha e pode pôr – até pôr… Ele pode pôr um (…) comedouro de cimento.
even SE put and can put even put EXPL can put a feeding.trough of cement
(ALC30)
±‘We even put and we can put – we can even put… We can put a feeding trough in
cement.’
(167) Quem sabe lá que carne é aquela! […] Ele não sabe! (COV14)
who knows LÁ what meat is that EXPL NEG knows
‘Who knows what kind of meat is that! We don’t know!’
These examples involve third person singular null subjects with indefinite reference, which
in standard EP would require the presence of the impersonal clitic se (pode pôr-se and não
se sabe). (This and other standard constructions involving impersonal reference of the
subject will be addressed below, in section 4.2.2.2.)
So far in this section, we have considered cases where expletive ele occupies a peripheral
position before a subject. I have concentrated on the syntactic characterization of the
contexts where such expletive occurs, from which the following generalizations may be
drawn:
(i) peripheral expletive ele obeys no special requirement regarding the type of verb
entering the expletive construction (the expletive appears in sentences with
unaccusative verbs, intransitives, predicatives, etc.);
(ii) peripheral expletive ele shows no constraints regarding the type of subject with which
it co-occurs (namely, regarding its specificity and grammatical shape).
Furthermore, although most examples involve independent/matrix contexts, this peripheral
expletive also appears in some embedded contexts (purpose infinitives, degree clauses, ifand
when-clauses – see examples (139), (107), (112) and (109), respectively).
In the following subsections, other peripheral contexts for the overt expletive ele
will be inspected. In some cases, they will compare to those seen in this subsection in that
115

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
they involve predicates that require an argumental subject. However, this will not be
necessarily so, since peripheral expletive ele may also appear combined with some
peripheral element in impersonal constructions.
4.2.2.2 Peripheral in syntactically impersonal constructions
In this section, I will consider examples where expletive ele appears as a peripheral
element in syntactically impersonal constructions, namely those involving (i) third person
plural arbitrary null subject; and (ii) indefinite se. Differently from the impersonal
constructions seen above in section 4.2.1.1, these constructions regularly involve verbs that
require argumental subjects. It is the non-referential meaning of such subjects that creates
the syntactic context for the impersonality of these constructions. 10 Hence, in both of them,
the subject position is arguably not vacant, so that, once again, the overt expletive may not
be analyzed as a subject. It appears however in a preverbal position, which leads us to
consider it as a left-peripheral element.
i. Third plural arbitrary null subject
Let us first consider constructions where the subject is an antecedentless third plural null
subject. It is well-known that this kind of null subject allows an arbitrary reading (see, i.a.
Rizzi 1986). Thus, the subject in an example such as (168) is usually interpreted as
arbitrary, if no antecedent is available for it.
(168) Estão a bater à porta.
are-3PL A knock-INF at.the door
‘Someone is knocking at the door.’
If a more fine-grained classification of arbitrary meaning is taken into account (cf. Cinque
1988, Pesetsky 1995), we may distinguish in EP third person plural null subject sentences
the different types of readings that have been subsumed under the label ‘arbitrary’: (i)
vague existential reading (not temporally anchored); (ii) specific existential reading
(temporally anchored); (iii) inferred existential reading; (iv) corporate reading; (v)
universal reading.
10 On this broad sense of impersonality, cf. Fernández Soriano and Táboas Baylín 1999: 1725-1744.
116

4. OVERT EXPLETIVES IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS: DATA
(169) a. Enviaram-te um questionário. (i)
sent-3PL-to.you a questionnaire
b. Estão a bater à porta. (ii)
are-3PL A knock-INF at.the door
c. Estiveram aqui a comer. (iii)
were-3PL here A eat-INF
d. Subiram os impostos. (iv)
raised-3PL the taxes
e. Em França falam francês. (v)
in France speak-3PL French
At first glance, the overt expletive ele seems to occur in arbitrary third person plural null
subject sentences in general, without any restrictions on their semantics. A (vague)
existential reading is explicitly present in example (170): here, the expletive ele appears in
an unfinished sequence (marked [AB|…] in CORDIAL-SIN transcripts), which then is
rephrased as an explicit existential construction.
(170) Ah, [AB|consta, ele dizem] há quem diga [AB|que] que é diferente uma coisa da outra.
INTJ is.said EXPL say-3PL has who say-PRES.SUBJ that that is different one thing from the.other
‘Well, it is said, people say… there are people who say that, that one thing is different from
the other.’ (AAL56)
Other expletive examples seem to admit the generic/universal reading as well. In the
following examples, for instance, the meaning ‘people always…’ seems to be preferred to
the existential meaning ‘there are people who…’.
(171) Há uma que faz mal ao gado que não me lembra o nome dela. (…) É a tal erva, uma
espécie de erva-dos-lagartos.
±‘There is one that is bad for the cattle whose name I don’t remember. It is that plant, a sort of
‘erva-dos-lagartos’.’
Ele dão-lhe outro nome –[…]– mas é que eu não me lembro (do) nome dessa erva, agora.
EXPL give-3PL-to.it other name but is that I NEG remember of the name of.that plant now
‘People give it another name – […] – but I really don’t remember the name of that plant
now.’ (AAL95)
(172) Depois ata-se com uma ('rafa'), ou com um junco, ou com um cordel.
±‘Then we tie it with a piece of raffia, or with rush, or with a string.’
Agora já nem (ele) apanham isso. Já não há juncos. (ALC16)
now already not.even EXPL catch-3PL that already NEG has rushes
‘Now people don’t [even] catch that anymore. There is no more rush.’
Accordingly, the subject interpretation appears to be incompatible with the existence of a
single individual satisfying the description. Thus, both examples do not seem to be
felicitous when continued by sentences such as a Maria chama-lhe … ‘Maria calls it…’ or
a Maria não apanha isso ‘Maria does not catch that’, respectively.
117

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
Although the observed naturalistic data do not give us positive information on overt
expletives in corporate value arbitrary constructions, this may well result from an accident
inherent to this kind of data. Indeed, such combination appears as possible when we
consider informants’ judgements:
(173) Ele subiram os impostos.
EXPL raised-3PL the taxes
‘They have raised the taxes.’
As for the peripherality of the expletive, these examples show that (i) expletive ele
precedes the third person plural inflected verb, but it does not manifest subject properties,
such as verbal agreement control; (ii) it may be preceded by other elements, such as
adverbs (agora ‘now’) and focus words (já nem ‘not even more’).
Note also that, just like we have seen for other kinds of expletive, ele may also
appear in an embbedded clause – in this case, a temporal when-clause, where the expletive
appears below the wh-word:
(174) INQ1 Portanto, já há quantos anos é que isso não se faz cá? Já há quantos?
‘Interviewer: So, how many years are there that that is not done anymore? How many years?’
INF Oh! Isso já há muitos anos. Ainda eu era garota quando ele deixaram de...
INTJ that already has many years still I was little.girl when EXPL stopped-3PL of
Deixaram depois de usar estas coisas todas. (MST19)
stopped-3PL after of use-INF these things all
‘Informant: Oh, There are many years. I was still a little girl when people stopped… People
stopped using all these things.’
ii. Impersonal se
Looking now at impersonal se constructions, it must be said that the examples where the
overt expletive appears seem to display a universal interpretation, rather than the
existential one. See the following examples:
(175) Agora a reforma da Casa do Povo também nunca pode ser muito grande
now the retirin. pension from.the Casa do Povo also never may be very big
porque ele não se desconta muito – poucachinho dinheiro. (AAL33)
because EXPL NEG SE deduct a lot little money
‘Now, the pension from Casa do Povo may not be very big even, because people do not
pay a lot – only a little sum of money.’
118

4. OVERT EXPLETIVES IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS: DATA
(176) INQ1 Não costuma pôr lá um ovo para elas irem, se habituarem a ir àquele sítio?
±‘Interviewer1: Don’t you use to put an egg there [in the nest], so that they[the chicken] get used to
go to that place?’
INF Não. Ele nunca lá se põe ovos nenhuns. Põe-se é o caixote […] (ALC31)
no EXPL never there SE put eggs any puts-SE is the box
‘Informant: No. People never put any eggs there. What people put there is the box.’
(177) Então, ele comprava-se ovelhas. (COV24)
so EXPL bought-SE sheep
‘So, people bought sheep.’
The same is true of data other than those from CORDIAL-SIN:
(178) [talking about the size of a font in a printed text]
– Não sei se se vê bem…
‘- I don’t know whether people see it well…’
– Ele vê-se…
EXPL sees-SE
‘As for seeing, people see it… [but…]’ (female, Lisbon, age c.40y, high educ.)
(179) Não é que não se coma.Ele come-se...(female, Lisbon, age c.30y, high educ.– on the radio)
NEG is that NEG SE eat-PRES.SUBJ EXPL eats-SE
±‘It is not the case that people don’t eat it. As for eating, people eat [it].’
(180) – Mudou o rumo à minha vida.
‘[This] has changed the course of my life.’
- Ele nota-se. (female, Lisbon, age c.30y, high educ. – on the radio)
EXPL notices-SE
‘People notice it.’
Some of the above CORDIAL-SIN examples (namely (176) and (177)) unambiguously
correspond to non-agreeing se constructions, that is, the (plural) direct object does not
agree with the verb, which shows third person singular agreement. Remark however that
the overt expletive equally appears in regular agreeing se constructions, such as in the
following example:
(181) O que é que ele já se usam pouco, agora. (MST26)
± but EXPL already SE use-3PL little now [ploughs]
‘Only, they are little used now.’
Just like arbitrary third person plural null subject sentences, se constructions do not have a
vacant subject position for the expletive to stay there. Whether we assume that [Spec, IP]
contains se (or its trace) (cf. Raposo and Uriagereka 1996, Martins 2003) or any other
element relating to the clitic (Burzio 1986, Roberts 1987, Cinque 1988), the relevant fact is
119

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
that this position is unavailable for expletive ele, which thus must be in a left-peripheral
position. 11
4.2.2.3 Before preverbal adverbials
Let us consider now a different peripheral context for expletive ele: in the examples
presented in this subsection, the expletive precedes some adverbial element occurring in a
preverbal position which may precede a preverbal subject. As examples (182) through
(186) illustrate, expletive ele may be found before different adverbs occurring in initial
position (temporal adverbs and, in example (186), a speaker-oriented adverb):
(182) Ele agora já ninguém costuma cozer. (OUT32)
EXPL now already nobody uses to bake_bread
‘Now nobody uses to bake bread anymore.’
(183) Tenho dois filhos na França e eu, se estivesse boa, (é que ele) hoje estava
have-1SG two sons in.the France and I if was good is that EXPL today was
ao pé deles, não estava aqui. (FIG24)
near them NEG was here
‘I have two sons in France and, if I was well, today I would be near them, I would not be
here.’
(184) INQ1 Olhe, e em relação ali à, às ovelhas, portanto, a lã é tratada aqui ou, ou vem um
colaborador?
‘Interviewer: Look, as for sheep, is the wool prepared here or does any collaborator come?’
INF Não, a lã não é tratada aqui.
‘Informant: No, the wool is not prepared here.
Ele agora vem o comprador, depois vende a lã a peso e (depois) levam.
EXPL now comes the buyer after sells the wool by weight and (then) take-3PL it
‘The buyer comes now, then he sells the wool by weight and (then) this is taken.
A lã é amanhada nas fábricas. (MST05)
The wool is prepared in factories.’
(185) INQ2 Então e antigamente o que é que se fazia em vez destes, destes?…
‘Interviewer2: So in the past what did people make instead of these, of these?…’
INF [AB|Antigamente] Ele antigamente, (…) estes coisos aqui, (…) estes coisos que eles
in the past EXPL in the past these things here these things that they
fazem aqui, esta 'chupa', era de fazer o covato mais pequenino. (ALC03)
make here this chupa was of making the hole smaller
±‘In the past, these things here, these things that they make here, this chupa, this was for
making smaller holes.’
11 See, however, Duarte and Matos 1984: 525, where expletive ele is considered to be able to stay in subject
position, as a result of the fact that in third plural arbitrary null subject sentences and in impersonal se
constructions the subject θ-role is absorbed by verbal agreement or by se, respectively.
120

4. OVERT EXPLETIVES IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS: DATA
(186) Ele realmente, os brócolos estão uns rijos. (female, from Ribatejo, age c. 60y, low educ.)
EXPL actually the broccoli are some stiff
‘Actually, some broccoli are stiff.’
In other examples, the expletive precedes NPs or PPs which are used as adverbials:
(187) "Ah, que tanta sorte e tal! Agora tu, ele [NP qualquer dia] o lobo vem e"… (CTL13)
INTJ how much luck and so now you EXPL one day the wolf comes and
‘Oh so much luck! Now you, one of these days the wolf comes and…’
(188) Já estão amarelinhos. Mas aqueles não lhe faço nada.Aqueles, conforme os ponho,ficam lá.
± [Speaking of cheese]‘They are already yellow. But I do nothing to those. They stay just like I put
them there.’
Porque ele [PP ao fim de oito dias] levantam tudo, não é? (MST01)
because EXPL at.the end of eight days raise everything NEG is
‘Because, after eight days, they all raise, isn’t it?’
(189) No tempo das vinhas, depois (…) começa então… Ele [PP em Março], começa a gente (…)
in.the time of.the vineyards after begins then EXPL in March begins the people
a tratar da terra […] (MST30)
A prepare-INF of.the land
‘During the vineyards’ time, after that, we begin then… In March we begin to prepare the
land.’
(190) Tu sabes bem que ele [PP em Paçô] eles viram para aquele lado e a gente encaminhava
you know well that EXPL in Paçô they turn to that side and the people turned
logo para este lado. (COV28)
immediately to this side
‘You know well that at Paçô they turn to that side and we immediately turn to this side.’
(191) E eu, às vezes, vou lá, (…) nem levo nada disso e elas não me mordem; e se mordem
and I sometimes go-1SG there not.even take nothing of.that and they NEG me bite-3PL and if bite-3PL
– (ele) [PP às vezes], mordem-me na cara –, não ligo nada àquilo! (COV37)
EXPL sometimes bite-3PL-to.me in.the face NEG mind nothing to.that
‘And sometimes I go there, I don’t even take anything of that and they don’t bite me; and if
they bite me – they sometimes bite my face… – , I don’t mind that!’
Adverbial clauses may also be preceded by the expletive:
(192) E depois sai a mestra; só sai uma. […] E vai lá para dentro e a gente tira-a daquele sítio e
vai levá-la para longe…
‘And then the queen bee leaves; only one leaves. […] And it goes inside and we take it from that
place and we take it to far from there…'
Sim, porque (ele) […] se for todas, (…) elas ganham (uma corrente) (…) para o
mesmo.
yes because EXPL if be-FUT.SBJ all they create a chain to the same
‘Yes, because if they all leave, they make a chain flying to the same hive.’ (COV37)
121

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
(193) E eu passei por lá – andava à caça –, ele quando alevanta um (…)… "Já andam a tirar
and I went by there was-1SG hunting EXPL when takes.off one already are A take-INF
as perdizes"! Atirei ao gavião, ao tal gavião. (FIG34)
the partridges shot-1SG to.the sparrowhawk to.the such sparrowhawk
‘And I went there – I was hunting –; when one takes off… “They are already taking the
partridges!” I shot the sparrowhawk, to that sparrowhawk.
(194) Então olhe, (ele) como agora vai vir o 'maternário' aí, (…) as minhas vacas vão ser
so look EXPL since now will come the veterinary there the my cows will be
registadas em nome do meu filho. (COV39)
registered under the name of my son
‘So, look, since the veterinary will come now, (…) my cows will be registered under the
name of my son.’
The examples seen above involve all some referential subject. Similarly, in impersonal
constructions, the overt expletive may also be found in a position peripheral to adverbials.
See below some examples on impersonal se and third plural null subject arbitrary
constructions:
(195) Ele aqui nem se diz nublado. Eu cito-lhe até a palavra que aqui se emprega: "nuvrado".
EXPL here not.even SE says nublado I tell-1SG-to.you even the word that here SE uses nuvrado
(AAL69)
‘We do not even call it “nublado” here. I’ll tell you the word that we use here: “nuvrado”.’
(196) Ah, isso é o trigo, que ele quando se quer tirar a sêmea, que se quer o trigo
INTJ that is the wheat QUE EXPL when SE wants take.out the bran QUE SE wants the wheat
melhor, peneira-se duas vezes e depois amassa-se a sêmea à parte. (OUT25)
better sifts-SE twice and after kneads-SE the bran aside
‘Oh that is wheat – actually when you want to take out the bran, if you want better wheat,
you sift twice and then you knead the bran separately.’
(197) E depois, (ele) em estando lêveda, acende-se o forno. (OUT23)
and after EXPL in be-GER leavened lights-SE the oven
‘And then, when it is leavened, we light the oven.’
(198) INQ1 Mas e comem-se, também?
‘Interviewer1: But you also eat them?’
INF1 Comem.
‘Informant1: Yes, you do.’
INF2 Comem. Dantes… Ele antigamente, comiam. (OUT04)
eat-3PL long.ago EXPL in.the.past ate-3PL
‘Informant2: You do. Long ago… In fact in the past, you ate them.’
Other examples extend over the kind of constructions seen in section 4.2.1.1 above, i.e.
constructions with semantically impersonal predicates:
(199) Que ele, ainda hoje, há essa tradição, cá. (AAL20)
QUE EXPL even today has that tradition here
‘In fact, even today, there is that tradition here.’
122

4. OVERT EXPLETIVES IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS: DATA
(200) INQ2 Trasfegar, fazer a trasfega, não, não se diz aqui?
‘Interviewer2: Don’t you say here “to decant, to make the decanting”?
INF Bem, alguns dizem. Não, nós aqui não. Ele aqui é passar o vinho a limpo. (PFT39)
± well some say-3PL no we here NEG EXPL here is pass-INF the wine to clean
‘Informant: Well, some people say that. No, here we don’t say so. Here, what we say is “to
make the wine clean”.’
(201) Por causa disso é que eu não concordo muito com isso.
‘It is because of that that I don’t agree with that.’
[…] Que ele enquanto não chega lá a tal enxadinha a cavar e a escolher aquilo tudo bem
QUE EXPL while NEG arrives there that hoe A dig-INF and A choose-INF that all well
e a deitar para trás para (se) secar com o sol, cá para mim não vai. (AAL28)
and A throw-INF to back to SE dry with the sun CÁ to me NEG goes
±‘To me, it won’t go until you begin to dig with that hoe and to choose well all that and to
throw that back away to dry under the sun.’
(202) Daqui para cima (…) é tudo roca. (Ele aqui) /Eu, aqui,\ (…) é um pauzinho
from.here up is everything spindle EXPL here I here is a little.stick
para cima, pronto. (OUT16)
up that’s it
‘From here up all this is the spindle. (±Well, here) /As for me, here\, this is a little stick up,
that’s it.
Besides CORDIAL-SIN data, this kind of context is equally found in monographs and in
occasional naturalistic data:
(203) Deixa cá ver: ele hoje está isto pior. (male, Portalegre, age c.60 y., normal educ.)
let here see-INF EXPL today is this worse
‘Let me see: today it is worse.’
(204) Ele hoje está muito frio. (female, Portalegre, age c. 60y, low educ.)
EXPL today is very cold
‘Today is very cold.’
(205) Ele agora não chove (Nisa, in Carreiro 1948: 73)
EXPL now NEG rains
‘Now, it doesn’t rain.’
(206) Ele hoje não chove. (Colos, in Guerreiro 1968: 351)
EXPL today NEG rains
‘Today, it does not rain.’
(207) Ele onte trovejou. (Terceira, in Dias 1982: 325)
EXPL yesterday thundered
‘Yesterday it thundered.’
(208) Ele por ora no é preciso. (Quadrazais, in Braga 1971: 176)
EXPL by now NEG is needed
‘By now, it is not needed.’
123

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
It seems possible that expletive ele precedes the neuter demonstrative isto ‘this’, which
itself precedes an adverbial, as in the following example. Although the expletive is
uncertain in this examples, it is nevertheless highly admitted by transcribers:
(209) E (ele) isto no fim do mês que vem, em Abril, isto era Inverno – o Inverno (dura)
and EXPL this in.the end of.the month that comes in April this was Winter the Winter lasts
estes meses atrás e agora –, e depois diz ele assim: […](COV31)
these months back and now and after says he thus
‘And at the end of next month, in April, this was the Winter – the Winter (lasts) the last
months and now – and then he says thus:’
Just like in the expletive constructions seen in previous sections, the expletive appears in a
position peripheral to adverbial elements in independent/matrix contexts and in embedded
sentences as well – see example (190) above, repeated as (210):
(210) Tu sabes bem que ele [PP em Paçô] eles viram para aquele lado e a gente encaminhava
you know well that EXPL in Paçô they turn to that side and the people turned
logo para este lado. (COV28)
immediately to this side
‘You know well that at Paçô they turn to that side and we immediately turn to this side.’
Such peripheral expletive may, however, be preceded by other elements, such as the
connectors occurring in the following examples:
(211) A gente pegou, dá-lhe até uma molhadela para que fique molinho, mas ele,
the people took gives-to.it even a wetting to that become-PRES.SUBJ soft but EXPL
estando eles bons, não precisam. (OUT55)
be-GER they good NEG need
[speaking of grafting] ±‘We took/joined [that], we even wet it so that it becomes soft, but
when they are good, they don’t need it.’
(212) Sim, porque (ele) […] se for todas, (…) elas ganham (uma corrente) (…) para o mesmo.
yes because EXPL if be-FUT.SUBJ all they create a chain to the same
‘Yes, because if they [bees] all leave, they make a chain flying to the same hive.’
(COV37)
We also find a hanging topic preceding the pre-adverbial expletive – see example (187)
above, repeated here as (213):
(213) "Ah, que tanta sorte e tal! Agora tu, ele qualquer dia o lobo vem e"… (CTL13)
INTJ how much luck and so now you EXPL one day the wolf comes and
‘Oh so much luck! Now you, one of these days the wolf comes and…’
As a side-note, remark that the presence of the expletive before an adverbial preceding a
preverbal subject seems to be known very early in the history of Portuguese (in the
124

4. OVERT EXPLETIVES IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS: DATA
following example, the expletive occurs internally to an if-clause, just like already seen in
some examples above): 12
(214) E se ele per uentura esta uinda nõ fur chanthada... 13
and if EXPL by chance this vineyard NEG be-FUT.SUBJ planted
[Most. Chelas, 1296 in Martins 2001: 375]
‘And if by chance this vineyard won’t be planted…’
4.2.2.4 Before other peripheral constituents
Another series of examples where the expletive appears in a peripheral position involves
different types of constituents that occur in the left periphery of the sentence, such as
topics, affective, exclamative phrases and clefts. Expletive ele appears there in a position
peripheral to all these peripheral elements. In this subsection, we will also consider cases
where the expletive precedes a dislocated wh-phrase, for which, however, the evidence
provided by the observed data is fairly meager. 14
In the following paragraphs I will consider these types of peripheral constituents in
turn. The expletive preceding the peripheral element may appear in the different types of
constructions seen so far, namely, in (semantically or syntactically) impersonal
constructions and in constructions involving a referential subject as well.
i. Topics
The expletive may precede different types of topics. More specifically, it appears before
topicalized or left-dislocated phrases and before hanging topics as well. As is known, these
topic constructions all involve a functional structure ‘topic-comment’. The connection
between the topic and the comment may be considered to essentially rely on the notion of
‘aboutness’ (cf. Reinhart 1982, Duarte 1987): the comment is interpreted as some
information about the topic, and the topic is taken as the element about which the comment
12
However, it is generally assumed that overt expletives in Romance NSLs “showed up no earlier than the
16 th C.” (Silva-Villar 2004: 8) (cf. also Ureña 1939).
13
This example was brought to my attention by Ana Maria Martins (p.c.).
14
Remember that most examples were drawn from naturalistic data collected during dialectal interviews,
which means that, most of the time, the informant answers to questions from interviewers rather than making
himself questions (which thus rarely occur).
125

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
is construed. In topicalization and in left-dislocation, the connection between the topic and
the comment is also fairly syntactic, since the topic is syntactically connected with a
position inside the comment (an empty category in the case of topicalization, a pronoun –
clitic or not – in the case of left dislocation) (see Duarte 1987). As for hanging topics, this
connection between the topic and the comment is, on the syntactic side, fairly weak. The
positions occupied by both types of topics also differ: it is normally assumed that the
position for hanging topics is a fairly high one, higher than that occupied by topicalized
and left dislocated elements. Since the expletive may precede not only topicalized and leftdislocated
constituents, but hanging topics as well (see examples below), the position it
occupies must be fairly high in the left-periphery.
(215) INQ Mas, cada família, chama sempre o mesmo, é sempre a mesma pessoa que vem para
aquela família ou, ou, ou este ano vem um, para o ano vem outro?
‘Interviewer: But, does each family always call the same person? Is it the same person that comes
to that family or does one person come this year and does another one come next year?’
INF Não, não, não. Ele, [HTa nós], também, o meu sabia-os matar e
no no no EXPL to us also the mine knew-them slaughter and
depois, ultimamente, até os matavam os outros. (OUT34)
then lately even them slaughtered the others
‘No, no, no. Also, as for us, my husband could slaughter them [the pigs], and then, lately,
even other people slaughtered them.’
In the example above, the hanging topic a nós is not syntactically related to any specific
position inside the comment. In the following examples, however, the hanging topic is
rephrased or repeated by a full referential DP in the comment sentence (there is thus, in
this case, some referential connection between the topic and a constituent inside the
comment):
(216) Mas é que (ele), [HT essa dita massa]i, depois de [a massa]i se estar fabricando, é que vai
but is that EXPL that paste after of the paste SE be-INF making is that goes
aparecendo […] o chorrilho […]. (SRP32)
appearing the ± water
±‘But as for that paste, it is after the paste is made that the water begins to appear […]’
(217) (Ele), [HT o porco]i, [o porco]i quando é pequenino tem uns poucos de nomes. (ALC29)
EXPL the pig the pig when is young has some few names
‘As for the pig, when the pig is still young, it has several names.’
In example (218) below, the topic preceded by the expletive ends up rephrased as an
expanded phrase and the expletive is dropped out:
126

4. OVERT EXPLETIVES IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS: DATA
(218) Mas [AB|o, ele [HT o da Pecuária]] o doutor da Pecuária,(…) eu queixava-me, às vezes, os
but the EXPL the of.the Breeding the doctor of.the Breeding I complained myself sometimes the
lavradores, coitados, (…) que andavam três, quatro, cinco vezes ou seis vezes a vaca ao
farmers poor that took three four five times or six times the cow to.the
touro.
bull
‘But, the man from the Breeding, the doctor from the Breeding, I complained [to him] that
the poor farmers had to take the cow to the bull three, four, five and six times.’ (COV33)
In this case, we may consider that the topic is not exactly a hanging one: in fact, the topic
phrase is referentially connected to a vacant position in the comment sentence. The verbal
predicate queixar-se ‘to complain’ selects an argument that is not overtly realized inside
the comment (queixar-se a alguém ‘to complain to someone’). Thus the topic, though not
categorically connected with such a position, is co-referential to it.
The same kind of categorial mismatching is found in other topic expletive
constructions, both from CORDIAL-SIN data and the regionalist novel. In example (219),
the topic is a nominative pronoun, which is referentially connected to its oblique form
inside the comment:
(219) Olhe que aquilo no livro! E ele [eu]i, o homem leu aquilo diante [de mimi]! (COV18)
look that that in.the book and EXPL I the man read that before me
‘Look, that was in the book! And me, the man read that before me!’
In the example below, the element connected with the topic, i.e. the clitic lhe ‘to.him’,
appears under a dative form, while the topic is a lexically focused DP:
(220) (...) Atirei a muitos, mas errei muitos, que êle [T até o mais valente]i [lhe]i tremem as
shot to many but failed many QUE EXPL even the more brave to.him tremble-3PL the
pernas quando se dá fé dum diabo dêsses. (Ribeiro 1927: 124)
legs when SE perceive of.a devil of.those
± ‘I shot many, but I failed many times; even the bravest man has his legs trembling when
he perceives such a bad animal.’
Example (221) below requires some additional comment:
(221) […] quase sempre lhe deitam açúcar. Bom, (ele) /eu\, o senhor Amadeu e a senhora, é raro.
almost always to.it put sugar good EXPL I the MisterAmadeu and the wife is rare
‘[they] almost always put some sugar on it. Well, as for Mister Amadeu and his wife, that
is not usual.’ (MST01)
The alleged topic o senhor Amadeu e a senhora ‘mister Amadeu and his wife’ appears to
be referentially connected to some non-overt material in the comment. If such comment
consisted only of the overt part é raro ‘is rare’, no such connection would be possible.
However, we may consider that this sort of hanging topic is nevertheless connected to the
127

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
comment, as far as this means that ‘it is rare [that they do that]’. In this case, they would
then rephrase the hanging topic.
In other examples, the topic is in fact a topicalized phrase, that is, a phrase that has
moved out from the comment sentence, in which there is an (argumental) gap (marked in
the following examples). The connection is thus in this case also a categorial one:
(222) Haver… Ele [a fome]i não havia [-]i! (VPA06)
have-INF EXPL the hunger NEG had
‘As for existing, the hunger didn’t exist!’
(223) Ele [isso]i aqui a gente chamava [-]i um (…)… Não era gancho, era… Parece que era o
EXPL that here the people called a NEG was hook was seems that was the
pernil que a gente chamava a isto. (ALC30)
pernil that the people called to this
‘That, we called a … It was not hook, it was… It seems that it was the pernil what we
called this.’
(224) Que êle [ co’o filho da minha mãe]i não manga [-]i nenhum cachorro!
QUE EXPL with the son of.the my mother NEG scoff no dog
‘At the son of my mother no dirty dog scoffs!’
(Ribeiro 1927: 213)
(225) - charnecas é como o outro que diz, que êle [da charneca]i só há o chão [-]i! (id.: 243)
moors is like the other that says QUE EXPL of.the moor only has the ground
± ‘Moors is a way of saying; there is only the ground of the moor!’
The expletive appears in the same kind of context also in occasional data collected in
naturalistic conditions:
(226) Ele [frio]i não está [-]i. (female, Ribatejo, age c.60y, low educ.)
EXPL cold NEG is
‘Cold it is not.’
(227) Taxi-driver: - Vamos pela Miguel Bombarda?
‘Shall we go by Miguel Bombarda Avenue?’
Passenger: - Não sei. Tenho alguma pressa. Tenho de lá estar às 10h.
‘I don’t know. I am in a hurry. I have to be there at ten o’clock.’
Taxi-driver: - Bem, ele pelo tempo dá... [>> pelo trânsito já não sei]
well EXPL for.the time does
‘Well, as for the time we have, it will do.’ [>> as for the traffic, I don’t know…]
In the last example, which has been collected during a taxi ride, the expletive precedes a
contrastive non-exhaustive topic: the taxi-driver says that it is possible to reach the
destination before the time referred by the passenger but when he says that, he is
considering only the time left for the ride. Although he does not add anything else, the
128

4. OVERT EXPLETIVES IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS: DATA
passenger may understand that if he takes other factors into account (e.g. the traffic), he
possibly could not say that.
ii. Clefts
Cleft constructions may also include expletive ele in a peripheral position. The expletive is
present in different types of clefts, where it always precedes the member that occurs in first
place, be it the cleft constituent (cf. example (228)) or the relative clause (example (229)):
(228) Ele depois de vir do lago é que se amaçava. (FLF17)
EXPL after of come-INF from.the lake is that SE struck-3SG
‘It was after it comes from the lake that we struck the flax.’
(229) Ele quem se casa são eles! (COV13)
EXPL who SE marries are they
‘They are who will marry!’
If we assume an analysis for EP clefts such as that proposed in Duarte 2000 and Duarte
and Costa 2001, the expletive appears as peripheral to a peripheral constituent in clefts like
that illustrated in (228) and in the examples that follow:
(230) Mas (ele) /eu\ os nomes disso é que eu (…) não me lembro. (ALC04)
but EXPL I the names of.this is that I NEG me remind
‘But what I don’t remember are its names.’
(231) ('Houvia' ele) muitas ervas dessas que se fazia chá, mas ele o nome dela é que eu não sei.
had EXPL many plants of.these that SE made tea but EXPL the name of.it is that I NEG know
‘There were many plants of those with which we made tea, but what I don’t know is their
name.’ (ALC44)
According to these authors, the structure for such cleft constructions (‘é que inverted
pseudoclefts’, after their terms) would be:
(227’) [Ele [IP [ADVP depois de vir do lago]i [IP pro [I’ é [FP [ti] [F’ té [SC [CP OPi que se amaçava ti]
[ADVP ti]]]]]]]]
(229’) [ele [IP [DP os nomes disso]i [IP pro [I’ é [FP [ti] [F’ té [SC [CP OPi que eu não me lembro ti]
[DP ti]]]]]]]]
(230’) [ele [IP [DP o nome dela]i [IP pro [I’ é [FP [ti] [F’ té [SC [CP OPi que eu não sei ti] [DP ti]]]]]]]]
The cleft phrase is thus analyzed as an adjunction to IP. Accordingly, the expletive which
precedes it must occupy a position peripheral to such adjunction position.
In other clefts, such as that illustrated in (229), the expletive would not be so high
in the periphery. According to Duarte 2000 and Duarte and Costa 2001, the free relative in
such clefts occupies the subject position of a copular sentence:
129

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
(228’) [Ele [IP [ quem se casa] [I’ são [FP [eles] [F’ tsão [SC [DP trelative] [DP tcleft]]]]]]]
Nevertheless, the expletive that appears before the free relative would still be in the
left-periphery, just like in other examples where it precedes an overt subject (see
subsection 4.2.2.1 above).
iii. Affective Phrases
The overt expletive is also found in the left periphery before a different type of fronted
phrases: so-called “affective” phrases (Raposo 1995, after Klima 1964). Among these, we
may consider the following examples which include a focus operator like até ‘even’, nem
‘not even’:
(232) Que ele até com um pau se malha. (MST37)
QUE EXPL even with a stick SE threshs
± ‘Actually we thresh even with a stick.’
(233) êle até o Zé Estrudes estava já noivo! (Ribeiro 1927: 184)
EXPL even the Zé Estrudes was already engaged
‘Even Zé Estrudes was already engaged!’
(234) e êle nem mouco se ficava. (id.: 251)
and EXPL not.even deaf SE became
± ‘And people didn’t even become deaf.’
Other cases of affective phrases involve fronted QPs:
(235) Vai-se lá, compra-se um porco, ou compra-se uma marrã. Estão gordos, é um porco ou
uma marrã.
‘We go there, we buy a pig, or we buy a sow. They are fat; it is a pig or a sow.’
Mas isso, isso (ele) tanto faz! (LVR18)
but that that EXPL so.much does
‘But that, it’s all the same to me!’
(236) ele alguma coisa fez... (Odeleite, in Segura da Cruz 1969: 153)
EXPL some thing made…
± ‘It occurred something…’
Such affective phrases have been argued to move to a functional projection FP in the
C-domain, which would be present in Western Iberian languages such as Portuguese,
Galician and Leonese (Uriagereka 1992, 1995a, 1995b, Raposo and Uriagereka 1996 and
subsequent work).
Assuming that such affective phrases occupy the Spec position of an FP projection
above IP, then the expletive shall be in a position peripheral to [Spec, FP].
130

4. OVERT EXPLETIVES IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS: DATA
The same may be said about examples (237) through (240) below, where the
expletive precedes the focus words sempre and lá, which also have been analyzed as
[Spec, FP] elements (cf. Martins 1993, 1994a).
(237) Está bem, ele lá tem que haver alguém que domine isto; (Escusa, in Baptista 1967: 197)
is well EXPL LÁ has QUE have-INF someone that dominates this
‘All right, there must be someone who dominates this.’
(238) Êl sampre há cada burro! (Ervedosa do Douro, in Azevedo 1928-29: 160)
EXPL SEMPRE has each ass!
± ‘There is indeed such ass!’
(239) Mas, óra!, êle sempre foi assim tôda a vida […] (Ribeiro 1927: 244)
but INTJ EXPL SEMPRE was like.this all the life
‘But, well, it has been like this all my life…’
(240) […] ele sempre há mulheres que nasceram com a felícia toda
EXPL SEMPRE has women that were.born with the happiness complete
(Aquilino Ribeiro, Terras do Demo: 324)
‘Indeed, there are women that were born very fortunate.’
iv. Dislocated wh-phrases
Another case where the overt expletive is peripheral to other peripheral constituents
corresponds to wh-movement contexts. In all the examples below, expletive ele precedes
some wh-phrase moved to the left periphery.
Although expletives do not abound in this kind of context in the CORDIAL-SIN
data, monographs and other written sources provide some examples:
(241) Ele quem foi que pôs aqui o arroz?
EXPL who was that put here the rice
‘Who put the rice here?’
(242) Ele qu’home é este? (Germil, in Peixoto 1968: 176)
EXPL what man is this
‘What man is this?’
(243) Ele onde é o seu quartel, sr. prior? (Ribeiro 1927: 74)
EXPL where is the your quarters mister priest
‘Where are your quarters, Father?’
CORDIAL-SIN data provide only the following example, where the expletive (which is
uncertain) precedes a wh-word in a rhetoric question:
(244) Não sendo no Natal, (ele) quem é que os come?! Ninguém. (OUT50)
NEG be-GER in.the Christmas EXPL who is that them eat nobody
‘If it is not by Christmas, who will eat them?! Nobody.’
131

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
Other wh contexts involve exclamative sentences rather than questions:
(245) A gente, quando era pequena, sabe Deus a fome {pp} ele como apurava! (OUT08)
the people when was young knows God the hunger [pause] EXPL how ± hurted
±‘God knows how hunger was hurting, when we were young!’
(246) Ah, pois, se forem habituados, (ele) que remédio têm! (OUT32)
INTJ POIS if be-FUT.SUBJ used EXPL what remedy have-3PL
±‘Oh, indeed, if they are used to it, they cannot choose!’
4.2.2.5 In imperative sentences
Two examples of imperative sentences also include the overt expletive ele. The expletive
appears in these examples immediately before the verb:
(247) Ó senhora Gabriela, ele desculpe de lhe eu dizer. (COV35)
INTJ hey Ms Gabriela EXPL forgive-PRES.SUBJ-3SG of to.you I say
‘Ms Gabriela, please forgive that I say it to you.’
(248) INF2 Quer passar por lá (para ver)?
‘Informant2: Do you want to go there (to see it)?’
INF1 Ele vamos embora! (FIG27)
EXPL go-PRES.SUBJ-1PL away
±‘Informant1: Let’s go!’
Remark that in these sentences the inflected verb is not an imperative form but a
subjunctive one, which is in fact a suppletive mode for imperative sentences. (In the
imperative, verbs have inflected forms only for 2nd persons, plural and singular.)
As is well known, subjects are usually absent in imperative sentences (see Mateus
et al. 2003: 457, for European Portuguese). If an overt expression refers to the subject, it
usually corresponds to a vocative, such as the expression ó senhora Gabriela in example
(247). Thus, we might suppose that the expletive is in these examples a [Spec, IP] subject
element. However, as far as the syntax of imperative sentences is concerned, it seems to be
a matter of consensus that the verb ends up in the C-domain (see, a.o., Platzack and
Rosengren 1997, Zanuttini 1997, Bennis 2001). Assuming such an analysis thus implies
that the overt expletive, which precedes the imperative verb, is itself in the left periphery,
in a position that is peripheral to the peripheral position occupied by the verb.
132

4. OVERT EXPLETIVES IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS: DATA
4.2.2.6 In (negative) answers to yes-no questions
Yet another peripheral context for the overt expletive is found in answers to yes-no (YN)
questions (more specifically, in negative ones). Although the CORDIAL-SIN data do not
include a substantial amount of such examples, this type of context may be illustrated by
examples taken from dialectal monographs:
(249) – Vás à vila? – El não! (Arronches, in Paulino 1959: 168)
go-PRES.2SG to.the villageEXPL NEG
‘– Are you going to the village? – No!’
(250) – Quès vender a burra? – Ele nã. (Escusa, in Baptista 1967: 206)
want-PRES.2SG sell-INF the donkeyEXPL NEG
‘– Do you want to sell the donkey? – No!’
(251) – Atão a i auga nu) falha?! – Êl não! (Ervedosa do Douro, in Azevedo 1928-29: 160n)
so the water NEG misses? EXPL NEG
‘– So isn’t the water missing? – No!’
(252) – Vás trabalhar? –Ele não! (Colos, in Guerreiro 1968: 351)
go-PRES.2SG work-INF EXPL NEG
‘– Are you going to work? – No!’
The negative word não corresponds to the minimal negative answer to YN-questions in
EP, which would be realized in a peripheral position to IP (on the subject, cf. Martins
1994a, 1994b). In the examples above, the expletive precedes such negative word,
resulting in an emphatic answer (see below, section 4.4).
In the following answer, the adjacency between the expletive and the negative word
is broken by a peripheral clause, which acts as a pressupositional marker at the discourse
level.
(253) – Ele qu’ê saiba não. (Terceira, in Dias 1982: 325)
EXPL that I know-PRES.SUBJ-1SG NEG
‘No, as far as I know.’
Remark that the corresponding non-expletive answer is possible in EP:
(254) Que eu saiba, não.
The effect of the expletive seems to be that of adding some emphasis. In example (255)
below, expletive ele also appears in an answer which is already emphatic in its
non-expletive version: as an expansion of the minimal answer não, this answer includes the
reinforced negation não senhora and a negated form of the verb:
133

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
(255) – el na senhora na fui! (Arronches, in Paulino 1959: 153)
EXPL NEG NEG was
± ‘No, I was not.’
A few examples appear in CORDIAL-SIN data with a similar emphatic effect:
(256) INQ2 Mas lá para cima para onde? Para Montes de Alvor?
‘Interviewer2: Where up there? To Montes de Alvor?’
INF Ele não. Da parte (…) da praça que chamam a praça de Alvor […] (ALV01)
EXPL NEG from the side of_the place that call-3PL the place of Alvor
‘Informant: NO! From the side of the place that is called the place of Alvor…’
(257) INF E eu, não era por desfazer, mas diz que era muito linda em pequenina!
± ‘Informant: People say that I was very beautiful when I was a child!’
INQ Ainda agora é.
‘Interviewer: You are beautiful even now.’
INF Ele não. Eu agora já…. Já tenho levado muitos contratempos para criar
EXPL NEG I now already already have suffered many drawbacks to take care
sete filhos. (MIN15)
seven children
± ‘Certianly I am not. I have suffered many drawbacks to take care of seven children.’
(258) INQ2 Nunca, nunca usava assim uma coisa, assim, de madeira?
‘Interviewer2: Did you ever use a thing like this, in wood?’
INF (Ele não). (MIN37)
EXPL NEG
‘Informant: (No!)’
4.2.2.7 In question-tag
In a sole example, the expletive appears as part of a question-tag, a context for expletives
also found in Galician data (see chapter 2):
(259) Mas esse já conhecem, ele já? (OUT40)
but that already know-3PL EXPL already
‘But you already know that one, don’t you?’
This question-tag does not include a negation, even though question-tags after an
affirmative sentence are usually construed with a negation – see examples in (260) (from
Mateus et al. 2003: 478):
(260) a. Vocês lembram-se, não se lembram?
you remember [that] NEG SE remember
‘You remember that, don’t you?’
134

4. OVERT EXPLETIVES IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS: DATA
b. Vocês lembram-se, não é verdade?
you remember [that] NEG is true
c. … , não é assim?
NEG is thus
c. … , não é?
NEG is
c. … , não?
NEG
Example (259) has the particularity of including the adverb já, which may be repeated in
the tag, together with the negative word:
(261) Mas esse já conhecem, não já?
but that already know-3PL NEG already
It is however worth noting that some speakers still allow another strategy for question-tag
formation, namely one including the confirmative word pois instead of the negative word:
(262) Mas esse já conhecem, pois já?
but that already know-3PL POIS already
Similarly to this confirmative word, thus, the expletive enters the question-tag in example
(259), dispensing with the negative word. 15
4.2.2.8 Before an independent phrase
Under this subsection, I will consider examples where the expletive is not necessarily
integrated within a sentence, but is nevertheless in a peripheral position – peripheral, in this
case, to a phrase with which the expletive creates a prosodic unit. The nature of the phrases
that appear preceded by ele is fairly heterogeneous. Their category is not uniform and they
may have diverse syntactic functions. It appears however that the prosodic unit formed by
the expletive and the phrase that follows it acts almost always as an independent sequence,
either as some sort of unfinished/abandoned fragment or as an appositive or parenthetical
element. Examples (263) and (264) below illustrate the fragment context, where the
expletive precedes a phrase marked by non-concluding intonation:
15 Remember from chapter 2 that the possibilities for an expletive in question-tags in Galician seem to be
fairly varied (“..., el non?”, “..., “..., el si?”, “..., el V?” in the examples presented in that chapter).
135

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
(263) INQ Portanto, com esse copo… Isso é mais antigo do que o, a?… (AAL43)
‘Interviewer: So, with this cup… That is older than the, the?…’
INF Não, o copo é mais… Bem, mais antigo, ele isto… Sabe a vantagem que há […] ?
no the cup is more… well older EXPL this… know-3SG the advantage that has
‘Informant: No, the cup is more… Well, older, this… Do you know what advantage there
is […]?
(264) Podiam estar até dois ou três dias, que (ele) naquele tempo… (OUT35)
might be-INF even two or three days because EXPL in.that time
‘They might be even two or three days, because in that time…’
In the following examples, on the other hand, the expletive phrase appears as an apposition
to a previous utterance.
(265) INF Bem, isso sempre foi moagem eléctrica,
‘Informant: Well, that was always electric mill,’
INQ Sempre foi moagem eléctrica.
‘Interviewer: It was always electric mill.’
INF ele ali o de Porto da Espada. (AAL22)
EXPL there the.one of Porto da Espada
‘Informant: the one of Porto da Espada.’
(266) Têm mesmo pombo (…) para comer. Está aí tantos, aí!
‘They have even pigeons to eat. There are so many there, there!’
Às vezes, é ao rebanho deles ali, ele a passearem lá! (ALC32)
sometimes is to.the flock of.them there EXPL A walk-INF there
‘Sometimes there are flocks of them there, walking there!’
In example (267) the expletive and the phrase form a parenthetical sequence:
(267) E depois (…) começou como ontem a nevar e a saraivar e a chover, e a mulherzinha,
coitada,
and then began-3SG like yesterday A snow-INF and A hail-INF and A rain-INF and the woman
poor
(…) – ele roupinhas fracas! – veio por aí fora, chegou aqui acima arreganhou. (COV22)
EXPL clothes thin came from there arrived here up chilled
±‘And then, it began to snow, to hail and to rain like yesterday, and the poor woman – her
clothes were thin! – came from there, when she arrived up here, she chilled.’
Others examples have the expletive preceding a fairly independent phrase (a clause, in
example (268)):
(268) "O André foi fazer a presa". "A presa"?
‘ “André went for the dam.” “The dam?” ’
136
"Pois, ele como vomecê diz que já tinha dado (a) ordem". (CBV17)
POIS EXPL as you say that already have given the order
‘Yes, as you say that you have already given the order.’

4. OVERT EXPLETIVES IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS: DATA
(269) A gente era pobre, ele meu amigo! (MIN35)
the people were poor EXPL my friend
‘We were poor!’ [+ exclamative expression]
(270) INQ1 […] Mas é uma dor muito grande, não é?
‘Interviewer1: […] But it is a hard pain, isn’t it?
INF Oi, (ele) dor?! Eu até me atirava a Cristo e ao padre, quanto mais! (OUT48)
INTJ EXPL pain I even myself throw to Christ and to.the priest ±even more
±‘Informant: Oh, pain? I could even throw myself to Christ and to the priest, imagine!’
Even in examples (271) through (273), where the phrase preceded by the expletive seems
to have some syntactic connection to what is previously said, there is however a prosodic
break (marked by a comma, a pause {pp} or an interruption [AB| …]) before the expletive,
which thus makes the expletive plus the following material look as a fairly independent
phrasal unit.
(271) O meu pai e os outros começavam {pp} ele a botar tudo abaixo aos homens.
the my father and the others b egan [empty pause]EXPL A demean to.the men
(COV29)
± ‘My father and the others began…{pp} to demean the men.’
(272) Pôs-mas cá, (ele) uma senhora, aqui, em cima; (OUT48)
put-to.me.them here EXPL a woman here upstairs
‘She put them here – it was a lady – here, upstairs.’
(273) […] puxava-se, metia-se o chambaril [AB|dentro dos ten-] ele entre o pé e os
pulled-SE put-SE the ±hook inside the sin- EXPL between the foot and the
tendões, […] (EXB28)
sinews
‘[…] we pulled that, we put the hook inside the sin-, between the foot and the sinews[…]’
Besides the CORDIAL-SIN data, the regionalist novel also provides several examples of
this kind of context for the overt expletive:
(274) Deixemo-nos de histórias, sr. compadre prior, que êle uma boa pinga... (Ribeiro 1927: 25)
because EXPL a good ±wine
‘Let’s leave stories aside, my pal, because a good wine…’
(275) A sua lida durava todo o tempo da aceifa, êle domingos e dias santos, desde o romper
the his work lasted all the time of.the harvest EXPL sundays and hollidays from the beginning
da manhã até ao pôr do ar do dia, […] (id.: 89)
of.the morning till the sunset
‘His work lasted all the harvest time, sundays and hollidays, from sunrise till sunset.’
137

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
(276) […] abri léguas de charneca arrebentando com trabalhar, êle de dia e de noite, êle à
I dug miles of moor break-GER with work-INF EXPL of day and of night EXPL to.the
chuva e à estorreira do sol, […] (id.: 123)
rain and to.the heat of.the sun
‘I dug miles and miles of moor, working till I dropped, all day and night, under the rain and
under the heat of the sun.’
(277) Nêsses casos é que vossemecê há-de ouvir mais falatórios, êle tudo contra o casmurro
in.those cases is that you will heard more talks EXPL everyone against the stubborn
do pai (id.: 115)
of.the father
‘It is in those cases that you will heard more talks, everyone against his stubborn father.’
4.2.2.9 In isolation
Finally, I shall mention two cases where the expletive appears in isolation in the
CORDIAL-SIN data:
(278) Isto aqui é uma… Ai, ele! Eu 'desqueceu-me' o nome disso. (ALC03)
this here is a INTJ EXPL I forgot the name of.that
± ‘This is a… Oh! There now! I forgot its name.’
(279) INF1 Eles não vêm para cá por a gente usar preto daquela maneira, eles não vêm para cá,
mas é aquele respeito que a gente tem às nossas famílias. Sequer um ano, que não é uma
coisa que não se ande.
‘Informant1 [talking about wearing black clothes after some relative’s death] They won’t come
back just because we wear black. They won’t come back, but it is a kind of respect that we have
towards our family. At least one year, we can wear black.’
INQ Pois claro. Pois.
‘Interviewer: Of course, yes.’
INF2 Ai ele! (TRC62)
INTJ EXPL
INF1 Um ano de preto pelas suas famílias, ah senhora, credo! Mas há muita gente já que
não quer.
‘Informant1: One year wearing black for their families, my god! But there are many people who
don’t want to do that.’
In both examples the expletive occurs in an exclamative utterance, combined with the
interjection ai!. Remark that this use of the expletive seems to bear some similarity with
other exclamative expressions which include a demonstrative, such as: olha (que) esta!
‘look (that) thisFEM’, olha que isto! ‘look that this’, isto agora! ‘this now!’). These
expressions all appear to involve some deictic interpretation (allowed by the
demonstrative) relating to the general speaking situation.
138

4.2.2.10 Summary
4. OVERT EXPLETIVES IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS: DATA
In this section, we have seen that, besides impersonal constructions presented in section
4.2.1, expletive ele significantly appears in a wide spectrum of different constructions
involving the left periphery. Moreover, in the examples we have examined, the overt
expletive is itself a peripheral element, which stays in a position that may precede other
elements occurring in the left periphery. Thus, as we have seen, expletive ele appears in a
peripheral position (i) before preverbal subjects; (ii) in third plural arbitrary null subject
constructions and in impersonal se constructions; (iii) before peripheral adverbials;
(iv) before other peripheral elements (topics, clefts, affective phrases, dislocated wh-
phrases); (v) in imperative sentences; (vi) in answers to yes-no questions; (vii) in a
question-tag; (viii) before independent phrases; and (ix) in isolation.
Not unexpectedly, when one considers the corpus data from CORDIAL-SIN, these
constructions are not equally represented – see Table 3 below, where the figures for the
different peripheral constructions are provided. Figure 4 on next page shows the
corresponding percentages.
Type Total
Subject 68
Syntact. Impers. Const. 17
Adverbials 34
Other Peripheral 22
Imperative 2
Yes-No Answers 1
Question-Tag 1
Independent Phrase 17
In isolation 1
163
Table 3. Expletive ele in peripheral
constructions
139

13%
21%
EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
1%
10%
1%
1% 1%
10%
42%
Subject
Syntact. Impers. Constr.
Adverbials
Other Peripheral
Imperative
Independent Phrase
In isolation
YNAnswer
Question-tag
Figure 4. Expletive ele in peripheral constructions
While expletives peripheral to subjects and to peripheral constituents are relatively
frequent (85 and 56 cases, respectively) 16 , expletives in question-tags or in isolation are
quite rare – in fact they are only sporadically represented. 17 I do not take such a contrast as
particularly significant, since it may well result from the fact that the different types of
constructions are not equally represented in the naturalistic data of the corpus. Evidently,
the total of tags or that of answers to YN questions in this corpus is by far less significant
than the total of sentences featuring a preverbal subject. It turns out thus that the contrast
found in expletive constructions may well be a correlate of such asymmetry. Indeed, when
one compares the data in monographs, the “gap” seems to be overriden. (And the same is
true if we take into account colloquial data.) Nevertheless, it is the fact that expletives may
appear in the range of constructions enumerated above that is relevant for the purposes of
this work.
The data presented so far corroborate in part the empirical basis for some previous
insights into the subject of overt expletives in EP (see chapter 2). Furthermore, they also
permit us to enlarge such empirical support. Besides the fairly known cases of overt
16 Here, I take together the data where the expletive is peripheral to a subject and those in syntactically
impersonal constructions (arbitrary null subject and impersonal se) as peripheral to the subject (thus, the total
amount of 85, i.e. 68 plus 17). Correspondingly, preverbal adverbials are considered together with other
peripheral elements.
17 The CORDIAL-SIN subcorpus considered here includes only one answer to YN questions. Besides the
data from monographs, there are however some sporadic cases of expletives in such contexts in other data
from CORDIAL-SIN (see examples (257) and (258) above).
140

4. OVERT EXPLETIVES IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS: DATA
expletives before a preverbal subject, we have now an important amount of data on
expletives occurring in the periphery of varied peripheral elements. Quite importantly,
expletive ele also appears in answers to YN questions, in question-tags, and it may even
precede some independent phrases or constitute by itself an independent (expressive)
utterance.
In some of these contexts, namely those involving a preverbal subject or some
preposed adverbial, expletive constructions may also occur in embedded contexts. The
other peripheral contexts present expletive ele only in matrix/independent contexts.
Just like the expletive constructions seen in section 4.2.1, the examples examined in
this section significantly differ from their corresponding non-expletive counterparts. That
is to say, the presence of the expletive does not seem to be strictly optional, but, instead,
adds some value on the pragmatic/discourse plan, as already suggested above. As
mentioned then, the development of this issue is postponed to section 4.4.
4.2.3 Postverbal Expletive
Although most cases of overt expletive constructions in EP dialects involve impersonal
constructions or left peripheral positions, there exists still a different pattern of distribution
for non-referential ele. As will become evident, all the data considered in this section
present such expletive in an immediately postverbal position, such as in examples (280)
through (283):
(280) Seja ele trigo ou cevada ou aveia. (PAL22)
be-PRES.SUBJ-3SG EXPL wheat or barley or oats
± ‘Be it wheat or barley or oats.’
(281) Alecrim. Aí na estrada também há. Em primeiro era só nalgum jardim ou cá…
‘Rosemary. There is that also near the road. Long ago there was that only in gardens or here…’
(Por aí) nas estradas, nas barreiras das estradas há ele. [ALEPG, Arraiolos 2 side1: 521] 18
there in.the roads in.the sides of.the roads has EXPL
± ‘There, near the roads, on the flanks of the roads, there is [rosemary].’
(282) Que importa a casa? Haja ele saúde… (female, Beira, age c.80y, low educ.)
what matters the house have-PRES.SUBJ-3SG EXPL health
‘What matters the house? Since there is health…’
(283) Dantes é que era frio. Agora não é ele nada! (female, Portalegre, age c.70y, low educ.)
long.ago is that was cold now NEG is EXPL nothing
‘Long ago it was cold. Now this is nothing!’
18 I owe this example to Gabriela Vitorino.
141

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
That ele has in these examples no referential content seems to be an uncontroversial issue.
Echo questions repeating these expletive constructions become awkward when the wh-
expression o quê ‘what’ replaces ele, as can be observed in (284):
(284) a. *seja o quê trigo ou cevada ou aveia??
b. *nas barreiras das estradas há o quê?? 19
c. *haja o quê saúde??
d. *agora não é o quê nada??
This resistance to interrogative focussing is thus taken as a diagnosis for non-referentiality.
The behavior of ele as a referential pronoun is sharply different, even if referring to a
[-human, -animate] entity. This is shown by the pair stimulus plus echo question in (285).
(285) S: estivesse ele [o relógio] certo(, não teria chegado atrasada.)
be-IMPERF.SUBJ-3SG it [the clock] right NEG would.have arrived late
‘If the clock was right, ( I would not have arrived late.)’
EQ: estivesse o quê certo??
The postverbal position is however a slightly unusual context for expletives in EP dialects,
which mostly appear in preverbal (peripheral or/and impersonal) contexts. 20 Within the
totality of the observed CORDIAL-SIN data, the incidence of expletive ele in a position
following the verb is considerably sparse, as may be observed in Figure 5. In fact, out of a
total of 298 expletive constructions, only 20 correspond to postverbal expletive examples.
19
This echo question is possible as a repetition of a sentence with an overt object, such as (i):
(i) nas barreiras das estradas há alecrim.
Remark, however, that in the expletive sentence in (281) the object is null, as standardly permitted in EP.
Nevertheless, the expletive may co-occur with an overt object (see (ii) below); the corresponding echo
question would then be unambiguous and equivalent to (284)b with respect to the status of the expletive (cf.
(iii)).
(ii) nas barreiras das estradas há ele alecrim
(iii) *nas barreiras das estradas há o quê alecrim??
20 In other Romance NSLs, expletives seem to be unknown in this kind of context. Remark however the
following Catalan example, for which I do not have any further information:
“A Mallorca, en frases negatives és freqüent posar la partícula ell darrera el verb: ‘¿ Que vendré? – No, no
vendràs ell, tu!’ ” (DCVB, IV: 701).
‘In Mallorca, in negative sentences it is usual that the particle ell occurs after the verb: ‘¿ QUE
come_FUT.1SG? – No, NEG come_FUT.2SG ell, you!’
142

4. OVERT EXPLETIVES IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS: DATA
55%
6%
39%
Impersonal
Peripheral
Postverbal
Figure 5. Distribution of expletive ele in CORDIAL-SIN:
postverbal ele vs. peripheral and impersonal constructions
As a slightly impressionistic note, I may add that data from other sources tend to
corroborate this contrast: postverbal expletives appear to be everywhere less common than
the expletive types seen in previous sections.
In what follows, I will consider postverbal expletive constructions in three different
subsections: (i) the first one includes those sentences where the verb appears as the initial
element (where, thus, the expletive appears as a second position); (ii) the second one
considers those examples where the subject appears before the verb; and, finally, (iii) the
last one includes postverbal expletive constructions where some phrase different from the
subject appears before the verb.
4.2.3.1 Verb initial contexts
Postverbal expletive constructions where the verb appears in initial position, immediately
followed by the expletive, involve predicates of two different types: (i) impersonal
predicates, where, thus, there is no (overt nor null) argumental subject – hence, where the
subject position could, in principle, be filled by a nominative expletive; (ii) non-impersonal
predicates requiring an argumental subject, for which there must be a position available – a
necessarily postverbal position for overt subjects in such V1 structures.
Let us firstly consider the first type, which is illustrated by the following data
(examples (286) and (288) are repeated from (282) and (280) above, respectively).
143

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
(286) Que importa a casa? Haja ele saúde… (female, Beira, age c.80y, low educ.)
what matters the house have-PRES.SUBJ-3SG EXPL health
‘What matters the house? Since there is health…’
(287) – Não está muito cansada ? (female, Trás-os-Montes, age c.80y, low educ.)
‘Aren’t you tired?’ [for the vintage]
- Haja ele uvas!
have-PRSBJ-3SG EXPL grapes
± ‘Till there are grapes!’ [I can go to the vintage]
(288) Seja ele trigo ou cevada ou aveia. (PAL22)
be-PRES.SUBJ-3SG EXPL wheat or barley or oats
± ‘Be it wheat or barley or oats.’
(289) Seja ele ao fim do tempo que for (Colos, in Guerreiro 1968: 351)
be-PRES.SUBJ-3SG EXPL to.the end of.the time that be-FUT.SUBJ
± ‘Be it after any time.’
(290) […] ou seja ele o que for. (male, Quarteira, age c. 50y, high educ.)
or be-PRES.SUBJ-3SG EXPL what be-FUT.SUBJ
±‘… or be it what might be.’
(291) Ou que seja (…) isso, o caramelo. Mas a gente diz é (…): "Um bocado de gelo" –
or QUE be-PRES.SUBJ-3SG that the caramelo but the people says is “a piece of ice”
seja ele um bocado de caramelo. (SRP03)
be-PRES.SUBJ-3SG EXPL a piece of caramelo
± ‘Or, it may be that, caramelo. But what we say is “a piece of ice” – it may be a piece of
caramelo.’
(292) INF […] Se for macho, passa a borrego até fazer um ano, (o) que seguiu para os dois anos,
passou o borrego a malato (…) e passou a borrega a malata. […]
‘Informant: If it is a male, it becomes a borrego till it has not one year; when it grows till two years,
the borrego is called malato (…) and the borrega becomes malata.’
INQ1 E depois dos dois anos?
‘Interviewer: And after two years?’
INF Dos dois anos, ovelha! E seja ele macho, passar a carneiro! (SRP30)
of.the two years ovelha and be-PRES.SUBJ-3SG EXPL male become-INF carneiro
‘Informant: After two years, ovelha! And if it is a male, it becomes carneiro!’
The above examples involve thus impersonal verbs, more specifically, existential haver ‘to
have’ and presentative ser ‘to be’. All these expletive constructions share the property that
the verb appears under a (present) subjunctive form. As is well known, root subjunctive
clauses often require verb movement above the subject position, also known as
V-(to-I-)to-C movement (Rizzi 1982, Ambar 1988, 1992), just like it happens in sentences
(293) and (294):
(293) Lance o agricultor trigo ou cevada ou aveia…
throw-PRES.SUBJ-3SG the farmer wheat or barley or oats
±‘If the farmer throws wheat or barley or oats…’
144

4. OVERT EXPLETIVES IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS: DATA
(294) Apanhemos nós alecrim, …
pick-PRES.SUBJ-1PL we rosemary…
±‘If we pick some rosemary…’
Thus, we may well admit that the subjunctive expletive examples seen above all involve V
movement to C as well. In that case, since the verbs in question do not have an argumental
subject, we might suppose that postverbal expletive ele stands in the canonical subject
position, as an expletive subject – which would make such examples in some sort similar
to those examined in section 4.2.1.1. This is not however easily tenable: the fact is that
postverbal expletives extend far beyond subjunctive constructions involving impersonal
verbs. Firstly, with this kind of verbs, they also appear in non-subjunctive contexts, such as
those in (295) and (296):
(295) Era, era. Era ele nas eiras! (TRC70)
was was was EXPLin.the threshingfloors
±‘Indeed it was. It was in the threshingfloors!’
(296) INQ1 […] E para levar… Para levar coisas? Por exemplo, se não fosse para levar pessoas?
‘Interviewer1: […] And to carry… to carry goods? For instance, if it was not to carry people?’
INF1 Era ele numa carroça! (MIG14)
was EXPL in.a cart
‘Informant1: It was in a cart!’
This would not be a problem, if we could derive a peripheral position for the verb, but,
furthermore, postverbal expletives in V1 constructions also appear in non-impersonal
constructions, as mentioned above. Thus, they may co-occur with an argumental subject in
both subjunctive and non-subjunctive clauses. This subject (underlined in the examples
below) appears in postverbal position. The sequence verb-expletive however is never
interrupted:
(297) A cozinha é como aqui assim, e aqui é uma sala, e aqui é (…) um quarto onde eu durmo
‘The kitchen is like here, and here is a living-room, and here is the bedroom where I sleep’
e tem mais (…) dois quartos […] para, às vezes, (vir ele) gente de fora, […].
(COV02)
and has more two bedrooms to sometimes come-INF EXPL people from outside
±‘and there is two bedrooms more to receive people that sometimes come here, […]’
145

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
(298) […] fosse ele o Inacinho um cavador, pobre como Job,
be-IMPERF.SUBJ-3SG EXPL the Inacinho a digger poor like Job
‘if/even if Inacinho was a digger, as poor as Job’
e me viesse dizer hoje: larga o homem de Aris, não era preciso que mo repetisse três
vezes.”
‘and if he came saying to me: leave the man from Aris, it would not be necessary that he repeat that
to me three times.’ (Aquilino Ribeiro, Terras do Demo, pp. 294-295)
(299) Foi ele pequena a confusão! (female, Portalegre, age c. 70y, low educ.)
was EXPL small the tumult
±‘The tumult was not small at all!’
4.2.3.2 Preverbal subject contexts
Postverbal expletives are equally found in sentences where the verb does not appear in
initial position. In this section, I look over the few cases where the verb is preceded by the
subject.
Let us consider the first example, in the following sequence:
(300) INF3 E de que é que se faz um arrocho?
‘Informant3: And what is an arrocho made of?’ [arrocho= curved stick used to help tying the burden
on a donkey]
INF1 De um pau direito.
‘Informant1: A straight stick.’
INF2 Direito, que torto ele já está feito.
‘Informant2: A straight one; if curved, then the arrocho is ready.’
INF1 Torto, ele já está feito.
‘Informant1: If it is a curved one, it is ready.’
INF3 Direito, não é? É, sim senhor.
‘Informant3: A straight one, isn’t it? Yes, it is.’
[…]
INF3 Porque o… Porque o…[…] O torto já é ele (ali) torto. Agora, estando
because the because the the curved one already is EXPL there curved now be-GER
direito, faz-se o arrocho. (OUT10)
straight make-3SG-SE the arrocho
‘Informant3: Because the… because the… The curved stick is already curved (there). Now,
if it is straight, we make an arrocho from it.’
The sequence o torto já é ele (ali) torto is thus taken as a postverbal expletive construction,
for which the non-expletive counterpart would be: o torto já é (ali) torto. The phrase o
torto ‘the curved one/ the curved stick’ stands as the preverbal subject. It is true that ele,
which I take here as an expletive, could perhaps allow a referential pronoun reading. One
146

4. OVERT EXPLETIVES IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS: DATA
should then suppose that it refers back to the masculine subject meaning ‘the curved stick’.
The same might be said about the following example, which is taken from a monograph:
(301) O nosso compade Joã Ceguinhe vai ele stande rique e a gente pobre…
the our pal João Ceguinho is EXPL be-GER rich and the people poor
(Escusa, in Baptista 1967: 208)
±‘Our pal João Ceguinho is almost rich and we are almost poor.’
Such examples would, in that case, compare to those EP constructions that involve a
postverbal emphatic pronoun correferential to the subject, as in the following example:
(302) [A pastora]i levou [ela]i o rebanho para a pastagem.
the shepherdess moved she the flock.of.sheep to the pastures
±‘It was the shepherdess herself/by herself who moved the flock of sheep to the pastures.’
Both constructions are not equivalent at all, however. For the purposes of this section,
allow me to simply note that the postverbal presence of ele would equally be possible if the
subject is not a masculine third person singular, as the following example illustrates: 21
(303) INQ2 Como é que faziam? Que cestas é que faziam? De que feitios?
‘Interviewer2: How did you make? What kinds of baskets did you make? In what shapes?’
INF (…) Oh, faziam cestas de duas asas, faziam de quatro asas, cestas pequeninas,
grandes, […] É. Faziam muito lindas. […]
‘Oh, they made two handled, four handled baskets, small baskets, big ones, […]. This was so. They
made such beautiful baskets.’
Eu tinha (ele) um irmão, que trabalha de carpinteiro também (…).
I had EXPL a brother that works as carpenter also
±‘Even me – I had a brother, who works as a carpenter, [>> who also made them]...’
Também em rapazito novo, quando andava com as ovelhas. Quando andava com as
ovelhas (…) por lá, tinha vagar… (PFT17)
‘Also when he was a young boy, when he went out with sheep. When he was out there with sheep, he
had time…’
Also, a sentence corresponding to (301) where the subject is feminine would allow the
presence of postverbal ele as well:
(304) A nossa amiga Joana vai ele estando rica e a gente pobre…
theFEM ourFEM friendFEM Joana is EXPL be-GER richFEM and the people poor
±‘Our friend Joana is almost rich and we are almost poor.’
As a side-note, it may be pointed out that such postverbal expletive seems to be already
found in sixteenth century Portuguese:
21 Remark that ele is not even correferential to the direct object, which would be a possibility to consider in
the present example, where um irmão ‘a brother’ is masculine (I thank Juan Uriagereka for calling my
attention to this fact). Indeed, examples with a feminine direct object equally allow postverbal ele:
(i) Eu tinha ele uma irmã...
I had EXPL a sister
See also in the next subsection example (312).
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EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
(305) Damião Dias ou alguém // lhe houv’ele o negro alvalá.
Damião Dias or someone to.him had EXPL the black warrant
(Vicente. 1533. Romagem de Agravados. in Carrilho 1990: 17)
± ‘Damião Dias or someone else had obtained the black warrant for him.’
4.2.3.3 Preverbal XP contexts
Finally, in this section, I will take into account those postverbal expletive constructions
where the verb is preceded by a phrase different from the subject.
Consider the CORDIAL-SIN examples in (306) through (312):
(306) INQ Mas os senhores e os de Nisa compreendem-se perfeitamente?
‘Interviewer: But do you and the people from Nisa understand each other perfectly?’
INF Ah, a gente compreende, pois. Isso compreendemos ele bem! (AAL79)
INTJ the people understand-3SG POIS that understand-1PL EXPL well
‘Informant: Oh, yes, we understand each other. That we understand well!
(307) INQ1 Uma outra, assim compridinha.
‘Interviewer1: Another one, which is quite long.’
INF2 Eu não me lembro disso.
‘Informant2: I don’t remember that.’
INQ1 Diz que faz bem aos olhos.
‘Interviewer1: They say that it is good for the eyes.’
[…]
INF2 Ah, bem aos olhos faz ele tudo, (…) quando não haver pouca sorte. (PAL28)
INTJ good to.the eyes makes EXPL everything when NEG have-INF bad luck
±‘Informant2: Oh, everything is good for the eyes, when you do not have bad luck.’
(308) INQ: Tem assim umas florzinhas rosas, muito pequeninas... e que cheira bem. Às vezes até
se... que se queima. Às vezes queima-se, em casa, para cheirar bem.
‘Interviewer: A plant that has some rose litlle flowers, very little… that smells good. You may burn
it inside to have a good smell.’
INF: Alecrim. Aí na estrada também há. Em primeiro era só nalgum jardim ou cá...
‘Informant: Rosemary. There is that also near the road. Long ago there was that only in gardens or
here…’
(Por aí) nas estradas, nas barreiras das estradas há ele. [ALEPG, Arraiolos 2 side1: 521]
there in.the roads in.the sides of.the roads has EXPL
± ‘There, near the roads, on the flanks of the roads, there is [rosemary].’
(309) INF1 (…) Desta urze há muita grande e há 'riaga' também muito grande.
‘Informant1: There is a very high heather of this and there is also very high ‘riaga’[=name of
plant].’
148
INF2 Pois. Há aí… Às vezes aparece ele aí cada 'riaga'! (OUT09)
POIS has there sometimes appears EXPL there such ‘riaga’
‘Informant2: Yes. There is there… Sometimes we find such a ‘riaga’!’

4. OVERT EXPLETIVES IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS: DATA
(310) Olhe que este linho está bem fininho. […] Pois eu, ao passar o dedo, fica-me (ele) /eu\
look that this flax is very thin POIS I A.the slide-INF the finger stays-to.me EXPL I
o coiso cheio (…) de arestas. (OUT13)
the thing full of edges
±‘Look, this flax is very thin. And, despite that, when I slide my finger over it, it becomes
full of edges.’
(311) INF1 Mas aqui se tratavam muito era bacorinhos. Bacorinhos. "A porca teve tantos
bacorinhos"!
± ‘Informant1: But here we called them bacorinhos. Bacorinhos. “The sow gave birth to x
bacorinhos”!
INQ2 E quando eram um bocadinho maiores já eram?…
‘Interviewer2: And when they were a bit older, they were…?’
INF1 Aí já eram (ele) marrõezinhos. (MIG10)
there already were EXPL marrõezinhos
± ‘Informant1: Then they were already marrõezinhos.’
(312) As pias há-as quadradas (e) há outras redondas, não é? […] Eu tenho-as aí…
‘As for sinks, there are some of them square and some rond, isn’t it? I have some there…’
[…] Ele aqui debaixo tenho ele assim umas pias para os pequeninos, para lá comerem,
EXPL here under[this] have-1SG EXPL thus some sinks to the small.ones to there eat-INF-3PL
± ‘Here, under this, I have some sinks for the small ones, for them to eat there.’ (OUT33)
These examples show different kinds of preverbal phrases co-occurring with a postverbal
expletive in constructions with both impersonal and non-impersonal verbs. Take, first, the
expletive example (306) isso compreendemos ele bem. The first position demonstrative
(isso ‘that’) appears to be here the direct object of compreendemos ‘understand-PRES-
1PL’. 22 In the case of example (307), the preverbal position is more complex: bem aos
olhos ‘good to the eyes’ includes part of the verbal predicate fazer bem, lit. ‘to make good’,
and its complement aos olhos ‘to the eyes’. In other examples, the preverbal phrase
corresponds to an adverbial – the adverb aí ‘there’ in example (311), and the adverbial
phrase aqui debaixo ‘down here’ in example (312) (which is itself preceded by a peripheral
expletive); in examples (308) and (309), the initial phrase corresponds to an adverbial PP;
and finally, in example (310), the verb is preceded by the topic eu and the adverbial
infinitival clause ao passar o dedo ‘when I slide my finger [over it]’.
Remark that such initial position does not seem homogeneous on a purely
informational level either: if in some examples the preverbal element appears to be
22 In fact, the neuter demonstrative isso may appear as rather awkward as referring back to os de Nisa ‘those
(people) from Nisa’, that has a human reference. Remark however that such neuter forms often appear
connected to a human reference, as tudo in the following example:
(i) E deram lá uma carne que ele achou-se tudo doente (COV14)
and gave3PL there a meat that EXPL foundSE everyone sick
149

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
somewhat topical (see examples (306), (307) and (311)), in other cases it may correspond
to new information, as seems to be the case in example (312).
inside a cleft:
Example (313) below is rather different in that the postverbal expletive occurs
(313) A gente o que chama (ele) um enxame grande é assim com um cortiço aquase
the people what calls EXPL a swarm of bees big is thus with a beehive almost
cheio de abelhas. (COV37)
full of bees
‘What we call a big swarm of bees is a beehive almost full of bees.’
In this case, the verb is preceded by the relative pronoun required by this type of clefting
(which is itself preceded by the topic a gente).
As for the subject position, which is necessarily postverbal in the constructions
under discussion in this subsection, one point may be stated: the subject always appears in
a post-expletive position in the observed examples. Remember the relevant expletive
constructions:
(307)’ bem aos olhos faz ele tudo
(309)’ às vezes aparece ele aí cada ‘riaga’
(310)’ pois eu, ao passar o dedo, fica-me ele o coiso cheio de arestas
Intuitively, it is possible to note that the subject cannot intervene between the verb and the
expletive:
(307)’’ *bem aos olhos faz tudo ele
(309)’’ *às vezes aparece aí cada ‘riaga’ ele
(310)’’ *pois eu, ao passar o dedo, fica-me o coiso ele cheio de arestas
Similarly, in the examples involving a referential null subject, the corresponding overt
subject would be possible only in a post-expletive position, as illustrated below:
(306)’ isso compreendemos (*nós) ele (nós) bem
(312)’ ele aqui debaixo tenho (*eu) ele (eu) assim umas pias para os pequeninos
Additional examples that further substantiate this description come from monographs and
casual production:
(314) Aqui está ele um buréque... (Escusa, in Baptista 1967: 145)
here is EXPL a hole
± ‘Here is a hole.’
150

4. OVERT EXPLETIVES IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS: DATA
(315) Farta d’uma pessoa tar enlojada tá ele a gente! (female, Beira, age c.80y, low educ.)
bored of a person be-INF at_ home is EXPL the people
±‘We are bored of being at home!’
(316) Havia de ser pouco difícil!... Assim sabe ele Deus! (male, Portalegre, age c.30y, high
educ.)
would be-INF a.little difficult thus knows EXPL God
±‘It would be so difficult! This way, it is already!’
(317) Só ver a injecção me custa ele! (male, Portalegre, age 35y, high educ.)
only see-INF the injection to.me is.difficult EXPL
± ‘Only the fact that I see the injection is already difficult to me!
(318) Quero ver se me deito cedo, assim às 11. Bem, 11 horas devem ser ele agora...
want-1SG see-INF if me go.to.bed early thus at 11 well 11 o’clock must be-INF EXPL now
± ‘I want to go to bed early, near eleven o’clock. Well, it must already be eleven
o’clock…’
(319) Dantes é que era frio. Agora não é ele nada! (female, Portalegre, age c.70y, low educ.)
long.ago is that was cold now NEG is EXPL nothing
± ‘Long ago, it was cold. Now, this is nothing.’
4.2.3.4 Summary
In this section, we have looked at examples where the expletive occurs in a rather unusual
position, immediately after the inflected verb (or a verbal complex, as in (318)). For the
ease of presentation, we have considered these examples under three different types,
namely (i) those which present the verb in first position; (ii) those where the verb is
preceded by the subject; and finally (iii) those where the verb is preceded by a phrase
different from the subject. Since the total amount of data for postverbal expletive
constructions is fairly limited, we are not allowed to ascribe any particular significance to
the distribution of the examples over the three patterns (for which nevertheless you can see
Table 4 and Figure 6 below).
151

Type Total
Verb initial 8
Preverbal Subject 3
Preverbal XP 9
20
Table 4. Expletive ele in
postverbal position
EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
40%
45% Verb initial
15%
Figure 6
Preverb Subject
Preverb XP
The postverbal position of the expletive is thus what the three types most evidently have in
common. In all of them, the sequence verb-expletive may not be interrupted. Additionally,
when we compare these data to the expletive constructions seen in the previous sections, a
worth noting difference is also the fact that postverbal expletives seem to be limited to matrix
contexts. The examples we have considered do not include any embedded contexts and these
appear to significantly degrade postverbal expletive constructions, as illustrated by the
following intuitive data:
(320) ? *Dizem que era ele numa carroça.
say-3PL that wasEXPL in.a cart
‘They say that it was in a cart.’
(321) ? *Dizem que a pastora vai ele estando rica…
say-3PL that the shepherdess is EXPL be-GER rich
‘They say that the sheperdee is almost rich…’
(322) ? *Dizem que nas barreiras das estradas há ele
say-3PL that in.the sides of.the roads has EXPL
‘They say that on the flanks of the roads, there is [rosemary].’
(323) ? *Dizem que bem aos olhos faz ele tudo
say-3PL that good to.the eyes makes EXPL everything
‘They say that everything is good for the eyes.’
Also significantly, most of the examples included in this section seem to correspond to
exclamative or optative sentences, a fact that will be further developed below, in section 4.4.
152

4.2.4 Geographical Spread
4. OVERT EXPLETIVES IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS: DATA
After having considered the syntactic distribution of expletive ele as found essentially in
CORDIAL-SIN data, let us now take a look at the geographical distribution in this corpus of
the three types of expletive constructions presented above.
First, I will consider how the three main types are represented in each CORDIAL-SIN
location. The data are represented in Table 5 below. Figure summarizes the relative
proportions for each type of expletive construction in each CORDIAL-SIN location
considered.
CTL VPA PFT FIG OUT COV MST AAL CBV
Impersonal 5 2 4 4 15 16 13 14 3
Peripheral 2 3 3 3 33 48 12 14 4
Postverbal 0 0 1 0 6 6 0 1 0
Total 7 5 8 7 53 70 25 29 7
ALC LVR SRP ALV PAL CLC PST FLF Total
Impersonal 11 6 3 13 5 1 0 1 116
Peripheral 23 7 3 7 0 0 0 1 163
Postverbal 1 0 2 1 2 0 0 0 20
Total 35 13 8 21 7 1 0 2 298
Table 5. Types of expletive ele in the CORDIAL-SIN locations
153

154
Impersonal
Peripheral
Postverbal
38%
48%
13%
11%
61%
EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE
29%
PFT
OUT
MST
0%
CTL
0%
49%
28%
52%
71%
48%
43%
60%
68%
9%
FIG
0%
COV
AAL
3%
VPA
0%
23%
40%
57%
49%

4. OVERT EXPLETIVES IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS: DATA
57%
54%
30%
CBV
0%
LVR
0%
ALV
5%
Figure 7. Expletive constructions types in
CORDIAL-SIN locations
43%
46%
65%
66%
25%
29%
0%
38%
ALC
3%
SRP
PAL
31%
37%
71%
155

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE
Data from the different locations corroborate the general picture we had already sketched
above: peripheral expletive constructions are generally predominant, closely followed by
impersonal constructions. In fact, in some few locations the latter are even more frequent
than the former (in CTL, FIG, ALV, PAL). In view of such a fairly uniform distribution,
no particular geographical contrast seems to be found between peripheral and impersonal
expletive constructions.
As for postverbal expletive constructions, which are by far less generalized, they
never appear as the most frequent type in any location and they do not occur in all the
observed locations. The contrast between those which show such expletive constructions
and those which do not seems not to be geographically motivated, however. In fact, when
we look at the geographical distribution of such locations, we find that this type of
expletive construction is equally spread over the north as over the center and the south, on
the coast as in the inland – see Map 2:
156
Map 2. Distribution of postverbal expletive constructions in CORDIAL-SIN

4. OVERT EXPLETIVES IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS: DATA
As for the insular points, it is worth remembering that the observed data only provide very
few examples of expletive constructions. Thus, in this case, the lack of postverbal
expletives must be interpreted at the light of the general lack of expletive constructions in
the locations considered in this area. 23
4.3 Comparative data: expletive demonstrative pronouns and expletive ele
In this section, the distribution of expletive ele will be compared to that of the neuter
demonstrative pronouns, which may also appear in non-argumental positions. Such
comparison will in some respects provide further evidence for a typology of expletive ele
along the lines sketched in the previous section.
4.3.1 The distribution of “expletive” demonstratives: impersonal and
peripheral contexts
Just like expletive ele, the neuter demonstrative pronouns isto ‘this’, isso and aquilo ‘that’
may also be found in some non-argumental, semantically vacuous positions, as in the
following example, referred in Leite de Vasconcellos (1911, 1959: 291, n.1):
(324) aquillo naturalmente foram para casa das Gansosas (Eça de Queiroz)
that naturally went-3PL to house of_the Gansosas
±‘Naturally, they went to Gansosas’ house.’
In fact, such use is rather frequent in colloquial EP, even in the speech of high-educated
speakers (cf. Brauer-Figueiredo 1995, where constructions involving expletive aquilo are
considered style-marked rather than social-marked).
In what follows, I will briefly consider the general distribution of the neuter forms
of the demonstrative pronouns, when they appear in non-argumental positions, for which I
will take as reference the distributional contexts presented for expletive ele. As will be
23 This seems however to be accidental in the data considered. In fact, insular data more recently integrated to
CORDIAL-SIN provide more examples of expletive constructions, even postverbal ones, like in the
following example:
(i) A senhora quer ele os cestos é à moda antiga, não é? (PIC01)
the lady wants EXPL the baskets is after.the fashion old NEG is
±‘It is after the old way of doing how the lady wants to know how the baskets were made, isn’t it?’
157

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE
shown, the represented contexts broadly correspond to impersonal and peripheral
constructions. Data will essentially be taken from CORDIAL-SIN. 24
4.3.1.1 Impersonal contexts
The neuter demonstrative pronouns may be found in different impersonal constructions,
just like expletive ele. The examples presented below illustrate impersonal contexts
involving: (i) the verb ser (exs. (325) and (326)); (ii) existential haver (exs. (327) and
(328)); (iii) clausal subject extraposition (ex. (329)); and (iv) presentative construction (ex.
(330)).
(325) É que, por exemplos, (…) um comerciante chega ali – até mesmo esses comerciantes de
frutas, que estão ali na praça –, se não tiverem facturas,
‘It is so because, for instance, a trader arrives there – even those fruit traders, those who sell in the
market -, if they do not have invoices,’
aquilo é uma multa, logo (…) uma coisa (forte). (AAL06)
that is a fine LOGO a thing great
±‘they have to pay a fine, a big one.’
(326) (…) E assim é que é, mas aquilo era um chiadeiro enorme. (AAL42)
and like.this is that is but that was a creaking huge
‘And that is this way that it should be, but it was a huge creaking.’
(327) Estivemos ali em Moscavide, à entrada de Lisboa, à espera (…) que aquilo houvesse
were-1PL there in Moscavide at.the entrance to Lisbon waiting that that have-IMPERF.SUBJ
a revolta, mas não houve. (AAL73)
the revolt but NEG had
‘We were there, in Moscavide, at the entrance into Lisbon, waiting that the revolt
(effectively) took place, but it didn’t.’
(328) Há cardos. Aquilo há cardos. (AAL75)
has thistles that has thistles
±‘There are thistles. There are thistles.’
(329) Que isso era muito difícil de aparecer uma maçaroca mesmo roxa. (AAL17)
QUE that was very difficult of appear-INF an ear.of.corn even violet
±‘It was difficult that an all violet ear of corn appears’.
(330) Quando aquilo já estava a palha toda tirada, a gente agarrava (...) numa giesta […]
(AAL10)
when that already was the straw all taken.out the people held in.a genista
‘When the straw was actually all taken out, we held a stick of genista …’
24 For completeness, I should consider the distribution of each of the neuter demonstratives per se. Although
I suspect that some regularity may be found in the distributional patterns of each of these demonstratives, it
would take me too far from the purposes of this section to consider it here. Thus, I will present the general
distribution of isto, isso and aquilo as a whole, leaving that issue aside here.
158

4. OVERT EXPLETIVES IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS: DATA
Examples involving weather predicates seem to be equally possible:
(331) Aquilo choveu toda a noite.
that rained all the night
‘It rained all night long.’
Remark that the use of the neuter demonstrative with a natural predicate is found very
early in the history of Portuguese. Huber 1933 notes the following example in Old
Portuguese: 25
(332) Esto era ora de noa (Graal 1, apud Huber 1933, 1986: 194)
this was hour of noa
± ‘It was the ninth hour.’
4.3.1.2 Peripheral contexts
Just like expletive ele, the neuter demonstrative pronouns isto, isso and aquilo also appear
in peripheral positions before a preverbal subject and before peripheral phrases. Examples
(333) to (337) below illustrate this point – in example (333) the demonstrative precedes a
preverbal overt subject, in example (334) it appears before an adverbial clause, and in
examples (335) and (336) before a topic and a cleft, respectively.
(333) Aquilo o forno levava ali três ou quatro tabuleiros, não é, até três ou quatro fregueses, […]
that the oven took there three or four trays NEG is till three or four customers
(AAL18)
±‘The oven took three or four trays, isn’t it, so three or four customers…’
(334) Aquilo se calha aparecer guarda-fiscal no caminho, sim, na estrada – não é? – eles vão
that if happens appear-INF fiscal.guards in.the way yes on.the road NEG is they go
ver aquilo. (AAL06)
see-INF that
±‘If some fiscal guard happens to appear in their way, yes, on the road – isn’t it? – they
will see that.’
(335) Aquilo o carneiro, o carneiro tira-se é os 'grões'. (ALC26)
that the sheep the sheep takes.out-SE is the testicles
±‘As for sheep, what we do is to take out the testicles.’
(336) Quer dizer, isso um carpinteiro é que pode dizer todos esses nomes […] (LVR26)
mean that a carpenter is that can tell all those names
‘I mean, a carpenter is the one who can tell all those names…’
25 I owe this example to Ana Maria Martins.
159

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE
These pronouns may equally appear in syntactically impersonal constructions, like in the
following third plural arbitrary null subject construction (here embedded in a
recomplementation structure):
(337) Mas se soubesse que isto (...) que não nos tiravam (...) o valor ao dinheiro ou assim
but if know-IMPERF.SUBJ that this that NEG to.us take.away the value to.the money or
like.that
qualquer coisa, […] eu, agora, vendia algumas propriedades (...) (AAL27)
some thing I now sold some properties
‘But if I knew that they would not take the value of our money or anything like that, now, I
would sell some properties.’
Furthermore, it may be noted that the sort of imperative sentences that may include
expletive ele seems to admit the use of the demonstrative isso as well. Remember example
(248) from section 4.2.2.5, here repeated as (338):
(338) INF2 Quer passar por lá (para ver)?
‘Informant2: Do you want to go there (to see it)?’
INF1 Ele vamos embora! (FIG27)
EXPL go-PRES.SUBJ-1PL away
±‘Informant1: Let’s go!’
The corresponding sentence including isso appears to be equally possible:
(339) Isso vamos embora!
that go-PRES.SUBJ-1PL away
Intuitively, the use of this demonstrative in colloquial EP seems to be quite tolerated in
some imperative sentences:
(340) Isso tragam lá o bolo!
that bring-PRES.SUBJ-3PL LÁ the cake
± ‘Bring the cake!’
(341) Isso cala-te já!
that shut.up-IMPERAT.2SG-you right.now
± ‘Shut up right now!’
CORDIAL-SIN data provide the following example:
(342) "Olhe, isso ponha de parte, agora vamos a experimentar isto". (PAL08)
look that put-PRES.SUBJ-3SG aside now go-PRES.SUBJ-1PL A try this
±‘Look, put that aside, now let’s try this.’
This example has been produced during a conversation about medicines. The informant is
reporting the speech of a pharmacist to a pacient who goes to the pharmacy complaining
that the medicine he has been taking does not seem to have any effect. The imperative
160

4. OVERT EXPLETIVES IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS: DATA
sentence isso ponha de parte shows the expletive demonstrative in first position and a
subjunctive verbal form for third singular person addressing the hearer. Remark that the
direct object of the transitive verb ponha ‘put’ is here null, as allowed by EP grammar (cf.
Raposo 1986, Duarte 1987). Its reference would be retrieved from the linguistic or
situational context. However, some ambiguity is allowed by this example: alternatively,
isso could correspond to a topic direct object, contrasting with isto ‘this’ in the subsequent
clause.
Other peripheral contexts where the neuter demonstratives also seem to compare to
expletive ele are independent phrases (see above, section 4.2.2.8):
(343) {Isto, aquilo, isso} como vomecê diz que já tinha dado a ordem…
this that as you say that already have given the order
‘As you say that you have already given the order.’
(344) A gente era pobre, {isto, aquilo, isso} meu amigo! (MIN35)
the people were poor this that my friend
‘We were poor!’ [+ exclamative expression]
In fact, as an exclamative expression, the combination of the demonstrative with the phrase
meu amigo, as in (344), is even more usual in colloquial EP than that involving expletive
ele.
As seen so far, thus, demonstrative pronouns may parallel the expletive ele in most
peripheral contexts where this is used. However, there are some other peripheral contexts,
where demonstratives do not seem to be allowed or else they result in a construction
different from that involving ele.
In fact, when one tries to combine a demonstrative expletive in a question-tag, the
result is fairly awkward. Contrast example (345) below, with the example (259) from
section 4.2.2.7, here repeated as (346):
(345) *Mas esse já conhecem, {isto, isso, aquilo} já?
but that already know3PL this that already
‘But you already know that one, don’t you / do you?’
(346) Mas esse já conhecem, ele já? (OUT40)
but that already know-3PL EXPL already
‘But you already know that one, don’t you?’
The remaining peripheral uses we have seen for expletive ele, that is, in isolation and in
answers to YN questions (sections 4.2.2.6 and 4.2.2.9 above, respectively), all seem to
admit a demonstrative:
161

(347) -Vais trabalhar? – Isso não!
go-2SG to work that NEG
‘Are you going to work? Not that!
EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE
(348) Isto aqui é uma… Ai, isto! Eu esqueci-me do nome disso.
this here is a INTJ this I forgot the name of.that
± ‘This is a… Oh! This now! I forgot its name.’
However, in these cases, the result involves some deictic or anaphoric meaning.
Accordingly, the different demonstratives are not equally possible:
(347)’ Vais trabalhar? – *{Aquilo, isto} não!
(348)’ Isto aqui é uma… Ai, {*aquilo, *isso}! …Eu esqueci-me do nome disso.
In example (347), the required demonstrative, isso, is the only one that can anaphorically
refer to what the interlocutor has asked. Therefore, the other neuter demonstratives are
both excluded. As for example (348), the demonstrative isto is the most likely to deictically
refer to the speaker’s general environment. Remark that the use of isso would instead refer
to the object that the speaker is trying to name, just like in the phrase o nome disso ‘the
name of that’.
4.3.2 Demonstratives and the postverbal position
Finally, let us consider the behavior of demonstrative pronouns in the postverbal contexts
where expletive ele may be found (see section 4.2.3 above). First, it must be noted that in
the observed data, isto, isso and aquilo do not appear in such contexts. In fact, all the
instances of postverbal neuter demonstratives correspond to argumental readings, either as
postverbal subjects (see example (349)) or as direct objects (see examples (350)).
(349) Vai aquilo para uma banheira […] (PST13)
goes that into a bathtub
‘That is put into a bathtub …’
(350) a. Cá não usam isso! (ALC12)
here NEG use-3PL that
‘Here they don’t use that!’
162
b. Os nossos velhos […] diziam que, de facto, que havia aquilo. (CTL37)
the our old.people said that in fact that had that
‘Our parents […] said that, in fact, there was that.’

4. OVERT EXPLETIVES IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS: DATA
Moreover, when we try to change postverbal expletive ele for a neuter demonstrative in
some of the sentences seen above in section 4.2.3, the result is strongly ungrammatical:
(351) O torto já é {ele, *isto, *aquilo, *isso} ali torto.
the curved.one already is EXPL this that there curved
(352) Eu tinha {ele, *isto, *aquilo, *isso} um irmão, que trabalha de carpinteiro também (…).
I had EXPL this that a brother who worked as carpenter also
(353) Isso compreendemos {ele, *isto, *aquilo, *isso} bem.
that understand-1PL EXPL this that well
(354) Bem aos olhos faz {ele, *isto, *aquilo, *isso} tudo…
well to.the eyes makes EXPL this that everything
(355) Ele aqui debaixo tenho {ele, *isto, *aquilo, *isso} assim umas pias para os
EXPL here under.this have-1SG EXPL this that thus some sinks to the
pequeninos
small.ones
(356) Fosse {ele, *isto, *aquilo, *isso} o Inacinho um cavador…
be-IMPERF.SUBJ-3SG EXPL this that the Inacinho a digger
(357) Foi {ele, *isto, *aquilo, *isso} pequena a confusão!
was EXPL this that small the confusion
The only (apparent) exceptions are examples involving impersonal predicates, which seem
to admit postverbal neuter demonstratives. However, in this case, the neuter demonstrative
rather induces a deictic interpretation, roughly referring the general situation of speech.
(The demonstratives allowed in such sentences relate to the speaker or to the hearer
viewpoint, isto and isso, respectively.)
(358) Seja {ele, isto, # aquilo, ? isso} trigo ou cevada ou aveia.
be-PRES.SUBJ-3SG EXPL this that wheat or barley or oats
(359) Seja {ele, isto, # aquilo, ? isso} ao fim do tempo que for
be-PRES.SUBJ-3SG EXPL this that to.the end of.the time that be-FUT.SUBJ
(360) ou seja {ele, isto, # aquilo, ? isso} o que for.
or be-PRES.SUBJ-3SG EXPL this that what be-FUT.SUBJ
Since these subjunctive sentences involve V movement above IP (see section 4.2.3.1
above), the demonstrative may thus appear as a subject, standing in the canonical subject
position. The same may be said about example (361), which admits the demonstrative isto
as a sort of ambient subject (just like so-called ‘ambient it’ in English sentences denoting
time, distance, or atmospheric conditions, such as in It was very chilly in my bedroom, cf.
Quirk et al. 1985).
163

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE
(361) Dantes é que era frio. Agora não é {ele, isto, # aquilo, # isso} nada.
long.ago is that was cold now NEG is EXPL this that nothing
In example (362), however, the demonstrative would induce a referential meaning, and it
would be analyzed as the direct object, rather than the subject.
(362) Por aí nas estradas, nas barreiras das estradas há {isto, aquilo, isso}.
there in.the roads in.the sides of.the roads has this that
± ‘There, near the roads, on the flanks of the roads, there is this/that.’
Remember that the corresponding expletive ele example involved a null object (example
(363) is repeated from (281) above):
(363) Alecrim. […] (Por aí) nas estradas, nas barreiras das estradas há ele.
‘Rosemary. […] there in.the roads in.the sides of.the roads has EXPL.
± ‘Rosemary. […] There, near the roads, on the flanks of the roads, there is [rosemary].’
If we include an overt object, then there will be again a sharp contrast between expletive
ele and the neuter demonstrative pronouns:
(364) Por aí nas estradas, nas barreiras das estradas há {ele, *isto, *aquilo, *isso} alecrim.
there in.the roads in.the sides of.the roads has EXPL this that rosemary
± ‘There, near the roads, on the flanks of the roads, there is rosemary.’
4.3.3 Summary
In this section, we have looked at the distribution of the neuter demonstrative pronouns isto
‘this’, isso and aquilo ‘that’ when they appear in non-argumental positions. The
comparison between their distribution and that of expletive ele permits us to draw the
following observations:
(i) in impersonal contexts and in most peripheral contexts, expletive ele may
alternate with a neuter demonstrative pronoun;
(ii) in postverbal position, the demonstratives are not allowed and only expletive ele
may appear there.
From this asymmetry, it results that a sharp division may be drawn between
impersonal and peripheral expletives on the one hand, and postverbal expletives on the
other.
164

4. OVERT EXPLETIVES IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS: DATA
4.4 On the discourse functions of expletive ele
Although the focus in the previous sections has been on the syntactic distribution of
expletive ele, I have observed at several junctures that the expletive examples under
inspection do not correspond exactly to their non-expletive counterparts in EP. In
particular, more than their propositional meaning, which remains fairly the same, it is the
non-propositional meaning of the overt expletive examples that differs from the
corresponding non-expletive sentences. Accordingly, it may now be supposed that so-
called expletive ele is not really an expletive word, but that it rather plays a role on the
discourse plan, as already suggested in Carrilho 2001, 2003b and 2004.
In this section, I will try to elucidate the different discourse effects that appear
correlated to the presence of the expletive in non-standard EP.
In standard EP, the expletive is relatively tolerated in emphatic impersonal constructions in
colloquial registers. It is not uncommon to find it in the speech of high-educated speakers
or even in writing (literature, newspapers…) – such expletive always adds a colloquial
emphatic flavor:
(365) Ele há tanta maneira de compor uma estante! (Mário Cesariny. 1991: 15, ‘Pastelaria’)
EXPL has so.many ways of arrange-INF a bookcase
‘There are so many ways of arranging a bookcase!’
(366) Ele é tanta a fita que tem de se ouvir que… eh pá!...
EXPL is so.much the tape that has of SE listen that INTJ…
[newspaper, Expresso, 25.10.2003]
± ‘There are so many tapes that we have to listen to that… well…’
Such emphasis most often appears related to exclamative sentences:
(367) Ele há coisas! (Terceira, in Maia 1965: 61)
EXPL has things
‘There are such things!’
(368) Pois se êle está tudo assim! (Ribeiro 1927: 126)
then if EXPL is everything like.that
‘If everything is like that!’
(369) Que êle a gente vê caras, não vê corações! (id.: 213)
que EXPL the people sees faces NEG sees hearts
±‘We see faces, we don’t see hearts!’
(370) - Que êle a gente não sabe quem lhe quere bem nem quem lhe quere mal! ( id.: 248)
que EXPL the people NEG knows who to.him likes nor who to.him dislikes
± ‘We don’t know who likes us nor who does not!’
165

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE
(371) - Ai, ele as mulheres são ruim gado! (AquilinoRibeiro, Terras do Demo: 186)
INTJ EXPL the women are bad cattle
±‘Oh, women are such bad cattle!’
(372) Ele ainda não viera o Inverno! (CTL48)
EXPL yet NEG had.come3SGv the Winter
±‘Winter had not come yet!’
(373) Ele ele disse que era (…) de São João da Madeira, homem! (COV21)
EXPL he said that was from São João da Madeira man
‘(It is true that) he said that he was from São João da Madeira, man!’
(374) Que ele eu gosto de socorrer (…) as pessoas, homem! (COV23)
CONJ EXPL I like of help the people man
‘I like to help people, man!’
(375) Ele nunca me olhava a nada, nunca tinha medo nenhum! (ALV25)
EXPL never ± avoided anything never had fright/fear any
‘I never avoided anything, I never was afraid!’
(376) Quem sabe lá que carne é aquela! […] Ele não sabe! (COV14)
who knows lá what meat is that! EXPL NEG knows
‘Who knows what kind of meat is that! We don’t know!’
(377) (Porque não), ele não se acreditavam! (COV29)
because not EXPL NEG SE believed
‘(Because not), they don’t believed [in that]!’
(378) INQ1 Vão no mesmo baile aqui?
Interviewer: Do you go to the same ball?
INF1 E foi ruim (a) /à\ noite! Ele era velhas e tudo! (OUT43)
Informant1: And was bad (the) /to.the\ night! EXPL was old women and everything!
±‘The night was bad [ironic]! Even old women danced!’
In the last example, the final sequence e tudo has lost its literal meaning (‘and everything’).
It rather acts as an emphasizer for affirmative sentences (the counterpart for negative
sentences being nem nada ‘nor anything’).
In some cases, the exclamative reading is mainly dependent on some lexical means,
such as intensifiers like tanta ‘so many’ in example (366) above or cada ‘such’ in the
following examples:
(379) Ele há cada um! (Colos, in Guerreiro 1968: 351)
EXPL has such one
± ‘There are such people!’
(380) Êl a jante sampre faz cada asneira! (Ervedosa do Douro, in Azevedo 1928-29: 160)
EXPL the people sempre makes such mistake
‘We make such mistakes!’
166

4. OVERT EXPLETIVES IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS: DATA
In examples (381) and (382) it is the indefinite uma ‘a_FEM’ that is used as a sort of
intensifier:
(381) Pois olhe ele isso, disto (…) dos fiadeiros, era uma alegria, até se faziam bailes. (OUT14)
so look EXPL that of.this of.the fiadeiros[spinners’ party] was a joy, even were.done ball
±‘Look, about the fiadeiros, it was such a joy. There were even balls.’
(382) E deram lá uma carne que ele achou-se tudo doente. (COV14)
and gave3PL there a meat that EXPL foundSE everyone sick
‘And they gave such a meat there that everyone got sick.’
More precisely, the indefinite correlates to an elliptical degree word – tal ‘such’ – which is
responsible for the exclamative nature of such sentences.
(383) … era uma alegria [tal], até se faziam bailes.
was a joy such , even were.done ball
In the second example, the elliptical degree word is itself associated to the degree-clause.
(384) E deram lá uma carne [tal] que ele achou-se tudo doente.
and gave3PL there a meat such that EXPL foundSE everyone sick
Note that the overt expletive is in this case inside the dependent degree-clause.
Other examples include other indefinites or intensifiers, such as alguma vez, ‘some
time’, muito ‘very’ or nada ‘nothing/not at all’ in the following examples:
(385) Ele qualquer deles alguma vez havia de morrer. (AAL54)
EXPL any of.them any time would die
± ‘Any of them would die one day.’
(386) (Não. Ele era lá agora)! Ele o tear do pardo era muito largo. (OUT21)
Not EXPL was lá now EXPL the loom of.the dun [cloth] was very large
‘No. It wasn’t so! The loom of the dun was indeed very large.’
(387) Mas ele o nosso governo não protege nada a agricultura.(COV14)
But EXPL the our government NEG protects nothing the agriculture
± ‘But our government doesn’t really protect agriculture.’
In other cases, the exclamative value is amplified by lexical means such as the focussed
phrase até o Zé Estrudes in the following example:
(388) êle até o Zé Estrudes estava já noivo! (Ribeiro 1927: 184)
EXPL even the Zé Estrudes was already engaged
‘Even Zé Estrudes was already engaged!’
The examples involving postverbal expletive ele seem to bear some resemblance to
exclamative sentences. In some cases, the exclamative force of such expletive
constructions is already marked by prosodic means:
167

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE
(389) Dantes é que era frio. Agora não é ele nada! (female, Portalegre, age c.70y, low educ.)
long.ago is that was cold now NEG is EXPL nothing
‘Long ago it was cold. Now it is nothing!’
(390) Era, era. Era ele nas eiras! (TRC)
was was was EXPLin.the threshingfloors
±‘Indeed it was. It was in the threshingfloors!’
(391) INQ1 […] E para levar… Para levar coisas? Por exemplo, se não fosse para levar pessoas?
‘Interviewer1: […] And to carry… to carry goods? For instance, if it was not to carry people?’
INF1 Era ele numa carroça! (MIG14)
was EXPL in.a cart
‘Informant1: It was in a cart!’
Other examples reveal an evaluative value, which appears marked by lexical means (such
as the adverb bem ‘well’ and the indefinite cada ‘such’ in the following examples):
(392) INQ Mas os senhores e os de Nisa compreendem-se perfeitamente?
‘Interviewer: But do you and the people from Nisa understand each other perfectly?’
INF Ah, a gente compreende, pois. Isso compreendemos ele bem! (AAL79)
INTJ the people understand-3SG POIS that understand-1PL EXPL well
‘Informant: Oh, yes, we understand each other. That we understand well!
(393) INF1 (…) Desta urze há muita grande e há 'riaga' também muito grande.
‘Informant1: There is a very high heather of this and there is also very high ‘riaga’[=name of
plant].’
INF2 Pois. Há aí… Às vezes aparece ele aí cada 'riaga'! (OUT09)
POIS has there sometimes appears EXPL there such ‘riaga’
‘Informant2: Yes. There is there… Sometimes we find such a ‘riaga’!’
In fact, in all these examples, the exclamative force and/or evaluative value would also be
evident, even if the expletive was not present:
(394) Agora não é nada!
(395) Era nas eiras!
(396) Era numa carroça!
(397) Isso compreendemos bem!
(398) Às vezes aparece aí cada ‘riaga’!
In other examples, however, it seems that it is the presence of the expletive that adds some
exclamative/evaluative value to the sentence:
168

4. OVERT EXPLETIVES IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS: DATA
(399) INQ: Tem assim umas florzinhas rosas, muito pequeninas... e que cheira bem. Às vezes até
se... que se queima. Às vezes queima-se, em casa, para cheirar bem.
‘Interviewer: A plant that has some rose litlle flowers, very little… that smells good. You may burn
it inside to have a good smell.’
INF: Alecrim. Aí na estrada também há. Em primeiro era só nalgum jardim ou cá...
‘Informant: Rosemary. There is that also near the road. Long ago there was that only in gardens or
here…’
(Por aí) nas estradas, nas barreiras das estradas há ele. [ALEPG, Arraiolos 2 side1: 521]
there in.the roads in.the sides of.the roads has EXPL
± ‘There, near the roads, on the flanks of the roads, there is [rosemary].’
(400) INQ2 Como é que faziam? Que cestas é que faziam? De que feitios?
‘Interviewer2: How did you make? What kinds of baskets did you make? In what shapes?’
INF (…) Oh, faziam cestas de duas asas, faziam de quatro asas, cestas pequeninas,
grandes, […] É. Faziam muito lindas. […]
‘Oh, they made two handled, four handled baskets, small baskets, big ones, […]. This was so. They
made such beautiful baskets.’
Eu tinha (ele) /era\ um irmão, que trabalha de carpinteiro também (…).
I had EXPL was a brother that works as carpenter also
±‘Even me – I had a brother, who works as a carpenter, [>> who also made them]...’
Também em rapazito novo, quando andava com as ovelhas. Quando andava com as
ovelhas (…) por lá, tinha vagar… (PFT17)
‘Also when he was a young boy, when he went out with sheep. When he was out there with sheep, he
had time…’
(401) INQ1 Uma outra, assim compridinha.
‘Interviewer1: Another one, which is quite long.’
INF2 Eu não me lembro disso.
‘Informant2: I don’t remember that.’
INQ1 Diz que faz bem aos olhos.
‘Interviewer1: They say that it is good for the eyes.’
[…]
INF2 Ah, bem aos olhos faz ele tudo, (…) quando não haver pouca sorte. (PAL28)
INTJ good to.the eyes makes EXPL everything when NEG have-INF bad luck
±‘Informant2: Oh, everything is good for the eyes, when you do not have bad luck.’
(402) Olhe que este linho está bem fininho. […] Pois eu, ao passar o dedo, fica-me (ele) /eu\
look that this flax is very thin POIS I A.the slide-INF the finger stays-to.me EXPL I
o coiso cheio (…) de arestas. (OUT13)
the thing full of edges
±‘Look, this flax is very thin. And, despite that, when I slide my finger over it, it becomes
full of edges.’
(403) As pias há-as quadradas (e) há outras redondas, não é? […] Eu tenho-as aí…
‘As for sinks, there are some of them square and some rond, isn’t it? I have some there…’
[…] Ele aqui debaixo tenho ele assim umas pias para os pequeninos, para lá comerem,
EXPL here under[this] have-1SG EXPL thus some sinks to the small.ones to there eat-INF-3PL
± ‘Here, under this, I have some sinks for the small ones, for them to eat there.’ (OUT33)
169

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE
If we exclude the expletive in all examples (399)-(403), their exclamative/evaluative value
disappears and the resulting sentences are not equivalent to their expletive counterparts:
(404) Por aí nas estradas, nas barreiras das estradas há.
(405) Eu tinha um irmão …
(406) Bem aos olhos faz tudo.
(407) Ele aqui debaixo tenho assim umas pias para os pequeninos…
Many instances of expletive ele in EP data appear thus closely related to the exclamative
force of a sentence, which is a fairly well-known use for overt expletives in other Romance
NSLs, such as Catalan or Galician (see chapter 2).
However, other types of sentences seem to equally allow the overt expletive, even
if the data on these contexts are not so abundant. In the CORDIAL-SIN corpus, a pair of
examples illustrates the use of expletive ele in imperative sentences, as seen above in
section 4.2.2.5:
(408) Ó senhora Gabriela, ele desculpe de lhe eu dizer. (COV35)
INTJ hey Ms Gabriela EXPL forgive-PRES.SUBJ-3SG of to.you I say
‘Ms Gabriela, please forgive that I say it to you.’
(409) INF2 Quer passar por lá (para ver)?
‘Informant2: Do you want to go there (to see it)?’
INF1 Ele vamos embora! (FIG27)
EXPL go-PRES.SUBJ-1PL away
±‘Informant1: Let’s go!’
Just like in exclamative sentences, where the expletive contributes to expressing the
evaluative/exclamative value, the expletive seems to reinforce here the pragmatic value of
the sentence. In this case, it is the direction value of the imperative that results amplified.
Remark that the expletive may co-occur with other words that strengthen the value of the
imperative, like já, mesmo or lá:
(410) Ele vamos {já, lá, mesmo} embora!
On the contrary, if we try to combine the expletive with an expression that weakens the
directive force of the imperative (cf. Mateus et al. 2003: 460), then the result is fairly
awkward:
170

4. OVERT EXPLETIVES IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS: DATA
(411) # Ele vamos embora {se não se importam, por favor}!
if you don’t mind please
Thus, in imperative sentences, expletive ele still has an emphatic function similar to that
found in exclamative sentences.
Looking now at interrogative sentences, it must be noted that the expletive does not
seem to appear in genuine information questions. That is, the kind of interrogatives that
includes the expletive rather corresponds to Obenauer’s 2004 notion of “non-standard
questions”: those “interrogative wh-constructions which are not interpreted as simple
requests for the value(s) of the variable bound by the wh-quantifier” (p.1). Among these,
Obenauer considers: (i) surprise/disapproval questions; (ii) rhetorical questions; and (iii)
“I-can’t-find-the-value-of-x” questions, which are illustrated below:
(412) Mas que é que estás a comer? (S/D Q)
but what is that are A eat-INF
‘But what (on earth) are you eating?’
(413) Que é que posso fazer? (Rh Q)
what is that may do-INF
‘What may I do?’
(414) Mas qual é que é o nome disso? (cfv Q)
but what is that is the name of_this
‘But what is its name?’
The presence of the expletive in wh-questions has the effect of excluding the “standard
request” reading. In the observed data, expletive questions conform to these types – see
below example (415), as a surprise/disapproval question, and example (416) below, as a
rhetorical question:
(415) Ele qu’home é este? (Germil, in Peixoto 1968: 176)
EXPL what man is this
‘What man is this?’
(416) Não sendo no Natal, (ele) quem é que os come?! Ninguém. (OUT50)
NEG be-GER in.the Christmas EXPL who is that them eat nobody
‘If it is not by Christmas, who will eat them?! Nobody.’
If we consider questions including “aggressively non-D-linked” wh-phrases (like who the
hell in English, ou que raio/que diabo in EP) (Pesetsky 1987), the effect of the expletive is
quite clear. In fact, in simple root questions, this type of wh-phrase allows two
interpretations: (i) a genuine information request, as in (417); (ii) a non-standard question
171

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE
in Obenauer’s sense, i.e. an interrogative which is not interpreted as a simple information
request (in this case, a rhetorical question), as in (418).
(417) - Que raio de gente come estes bolos?
what “the hell” people eat these cakes
‘Who the hell eats these cakes?’
- As crianças.
the children
‘Children do.’
(418) - Que raio de gente come estes bolos?
what “the hell” people eat these cakes
‘Who the hell eats these cakes?’
- Ninguém.
nobody
‘Nobody does.’
Now, if we add an expletive at the beginning of this “wh-the hell” question, we obtain the
following contrast: interpretation (i), i.e. the genuine information request interpretation is
no longer available (cf. (419)). Only the rhetorical question interpretation continues to be
possible (see (420)):
(419) – Ele que raio de gente come estes bolos?
EXPL what “the hell” people eat these cakes
‘Who the hell eats these cakes?’
- # As crianças.
the children
‘Children do.’
(420) – Ele que raio de gente come estes bolos?
what “the hell” people eat these cakes
‘Who the hell eats these cakes?’
- Ninguém.
nobody
‘Nobody does.’
Thus, the presence of the overt expletive does not seem to be allowed in genuine
interrogatives. To be more precise, only those questions that share some
exclamative/expressive force, as it seems to be case of all Obenauer’s “non-standard
questions”, do indeed permit the overt expletive (on the relation between rhetorical
question / exclamative sentences, see Benincà 1995: 129 and Mateus et al. 2002: 481).
Summarizing to this point, then, we have seen that the overt expletive appears in EP
in exclamative sentences and in interrogatives, just like overt expletives in other Romance
NSLs (more precisely, in exclamative sentences in Catalan dialects, and in both
172

4. OVERT EXPLETIVES IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS: DATA
exclamative and interrogative sentences in Galician, as illustrated in chapter 2). In
interrogatives, the expletive exclusively appears in expressive questions (e.g. rhetorical
questions or surprise/disapproval questions). Thus, in both exclamatives and interrogatives,
expletive ele appears to reinforce the (expressive) pragmatic value of these sentence types.
Besides exclamative and interrogative sentences, the expletive is also found in imperative
sentences in EP data. As we have seen, in this case, the effect seems to be a similar one:
that of reinforcing a pragmatic value dependent on the sentence type. Thus, in imperative
sentences, it is the direction value that is emphazised.
But overt expletive ele is not confined to expressive and imperative sentences in the
observed data. In fact, it also occurs in declarative sentences. The discourse effect it
displays in such sentences is what will occupy us now.
In many declarative examples, the expletive appears to have also an emphasizing
function, that of reinforcing the assertive value of the sentence where it occurs. Thus, those
declaratives where the expletive appears have in most cases an emphatic affirmative
reading.
(421) Ele houve a maioria absoluta nos Açores. Mas na Madeira João Jardim
EXPL had theF majority absolute in.thePL Azores But in.theF Madeira João Jardim
já leva 32 anos de seguida… (newspaper, O Diabo 17/10/2000)
already stays 32 years uninterrupted
± ‘(Indeed) there was the absolute majority in the Azores. But in Madeira João Jardim has
already stayed for 32 uninterrupted years’
(422) Passa todas as semanas, e parecia em perda de criatividade e de bom gosto.
±is.on.TV every theF weeks and seemed loosing criativity and of good taste
Mas ele há “zappings” felizes. Este de Luís Osório foi-o, seguramente.
but EXPL has zappings[TV program’s name] happy.This of Luís osório was-CL.ACCUS surely
(newspaper, Público, 26/01/2003)
± ‘You can see it every week, and it seemed to be loosing criativity and good taste. But
there are good “zappings”. Surely, this one, by Luís Osório, was one of them.’
Remark that in examples (421) and (422) the presence of ele, which effectively adds
something to the sentence, might well be compared to that of some stance adverbs or
adverbial expressions which act as reinforcers (e. g. realmente, de facto ‘in fact’,
efectivamente ‘effectively’, mesmo ‘indeed’). Thus, sentences in (423) and (424) are not
very dissimilar from the expletive constructions above.
173

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE
(423) Houve {de facto, efectivamente, realmente, mesmo} a maioria absoluta nos Açores.
(424) Mas há {de facto, efectivamente, realmente, mesmo} “zappings” felizes.
The expletive appears, in these cases, to help contrasting the sentence where it occurs. The
contrast, independently obtained, by means of the word mas ‘but’, becomes more evident
by the presence of the expletive, which reinforces the assertion where it is included.
In other cases, there is no contrastive connection involved in expletive
constructions, though the emphatic role is maintained:
(425) Ele há dias assim. Só de reflexão… [newspaper, Expresso, 25/10/2003]
EXPL has days like.that only of reflection
± ‘There are suh days. Only for thinking…’
(426) Ele há casos. (male, Lisbon?, high educ., c. 50-60y, during a public presentation)
EXPL has cases
‘There are some cases.’
In the following example, which is a fragment from a song, the emphasis resulting from
the presence of the expletive seems to go along with the repetition of the existential
construction:
(427) Ele há gente que vive de si / Ele há vícios de que a gente se ri /
EXPL has people who live by themselves EXPL has vices of which the people laughs
Todos me falam nunca os conheci /(…)/ Ele há músicos qu’eu nunca ouvi/
Everybody CL.DAT.1SG speak never CL.ACC.3PL met EXPL has musicians who I never heard
Ele há estilistas qu’eu nunca vesti / Ele há críticas que eu nunca percebi /
EXPL has fashion.designers who I never dressed EXPL has critiques that I never understood
e até managers de quem não recebi / Os meus sentidos pêsames
and even managers from whom NEG received the my felt condolences
[‘Sentidos pêsames’, GNR’s song]
± ‘There are people who live by themlseves/ there are vices at which we laugh/ Everybody
speaks to me I have never met them/ There are musicians who I have never heard / There are
fashion designers whose clothes I have never dressed / There are critiques that I have never
understood / and even managers from whom I have not received / My condolences’
Also in CORDIAL-SIN data, where examples of expletive existential constructions
abound, ele frequently occurs in utterances that involve some sort of enumeration, obtained
by means of repeating the existential construction. In examples (429) through (431), the
expletive construction closes the sequence with a kind of culminating reading.
(428) Ele há o sete-estrelas; há o cacheiro. (AAL93)
EXPL has the Pleiades has the Orion
± ‘There is Pleiades, there is Orion.’
174

4. OVERT EXPLETIVES IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS: DATA
(429) […] havia aí o Ferro de Engomar e eram Os Charquinhos e ele ainda havia um
had there the Ferro de Engomar and were Os Charquinhos and EXPL still had one
outro, que eu não me recordo (…) … (AAL72)
other that I NEG me.DAT remember [speaking about restaurants’ names]
± ‘There was the Ferro de Engomar and there was Os Charquinhos and there was still
another, whose name I don’t remember...’
(430) É a estrela-da-manhã (…) e há a estrela… Bom, ele há várias estrelas, não é?
Is the morning star and has the star… good, EXPL has several stars, not is(AAL92)
± ‘That’s the morning star (…) and there is the star… Well, there are several stars, aren’t
there?’
(431) Porque isto (…) é assim; esta questão (…) de chá, de doenças, disto e daquilo,
Because this is like.this this issue on tea on illness on this and on that
de muita coisa – ele (…) há cura para tudo. (PAL08)
on many thing EXPL has cure for everything
± ‘Because it is like this; this issue (…) on tea, on illness, on many different things… there
is a cure for everything.’
Emphasis is present in many other expletive existential examples in CORDIAL-SIN data,
which could normally be paraphrased by sentences involving emphatic
expressions/constructions, such as é verdade que ‘it is true that…’, de facto ‘in fact’, etc.
or a sort of verb topicalization involving the repetition of the main verb in its infinitival
form in a topic position (cf. Bastos 2001, Nunes 2004). See the following examples:
(432) Mas, ele havia muita fome, naquele tempo. (VPA06)
But EXPL had much hunger in.that time
± ‘But there was a lot of hunger in those times.’
(433) Bem, ele há diversos. (FIG33)
Well EXPL has several
± ‘Well, there are several.’
(434) Ele havia antigamente. (LVR13)
EXPL hadIMPER long_ago
± ‘Long ago, there was [that, null object]’
Sentence (434), for instance, could be paraphrased by those in (435)):
(435) a. De facto, havia antigamente.
b. É verdade que havia antigamente.
c. Haver, havia antigamente.
to.have had long_ago
± ‘As for existing, long ago there existed [that].’
In other cases, displaying a similar emphatic reading, the expletive appears in emphatic
affirmative answers. In the following example, which has been produced as an answer to a
question about the existence of a specific type of tree, the overt expletive co-occurs with
175

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE
two instances of the same verb – a strategy available in EP to produce emphatic affirmative
answers (see Martins 2004).
(436) Ele há, há. (LVR05)
EXPL has has
The neutral answer would involve a single inflected verb form (há) (cf. Martins 1994a,
1994b, 2004).
In such formally neutral answers, it is also possible to find the expletive. In that
case, the neutral reading disappears and the answer becomes emphatic – see the following
example, produced in the context of a buyer-seller dialogue:
(437) – Brócolos, não tem? [Don’t you have broccoli?]
broccoli NEG have3S
– Ele havia. (male, Lisbon (but from Alentejo?), age c. 60y, grocer)
EXPL had.
± ‘There was some.’
Similarly, the occurrence of the overt expletive in negative answers to yes-no questions
seems to have the same effect (see section 4.2.2.6 above):
(438) – Vás trabalhar? –Ele não! (Colos, in Guerreiro 1968: 351)
go-PRES.2SG work-INF EXPL NEG
‘– Are you going to work? – No.’
(439) INQ2 Nunca, nunca usava assim uma coisa, assim, de madeira?
‘Interviewer2: Did you ever use a thing like this, in wood?’
INF (Ele não). (MIN37)
EXPL NEG
‘Informant: (No!)’
Here, by means of the expletive, the otherwise neutral negative answer becomes an
emphatic answer. Thus, expletive ele has the effect of turning neutral answers into
emphatic (negative or affirmative) answers.
In declarative sentences, the effect of the expletive is also akin to that of an
emphatic element. In fact, a general reinforcement of the assertive value of the utterance
where it occurs seems to be obtained. To the extent that such reinforcement indicates how
much the speaker stands for the truth of the statement he makes, the expletive seems in fact
to compare to evidentiality markers (more precisely, strong evidentiality markers), as
already suggested by Uriagereka 2004 (see chapter 2).
176

4.5 Summary
4. OVERT EXPLETIVES IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS: DATA
This chapter essentially presented the data which serve as the empirical basis for this
investigation. The occurrence of expletive ele in non-standard EP was discussed, taking
into account data from EP dialects (drawn from CORDIAL-SIN) and, occasionally other
naturalistic and written data.
These data permitted us to establish (i) the syntactic distribution of expletive ele in
EP; (ii) the geographical spread of the different types of expletive constructions; (iii) some
comparative aspects with related constructions, namely with expletive constructions
involving neuter demonstrative pronouns; and finally (iv) the discourse effects displayed
by the presence of the overt expletive.
As for the syntactic distribution of expletive ele, it was shown that this expletive
appears not only in impersonal constructions traditionally involving expletives, but, also
importantly, in peripheral positions involving a wide spectrum of constructions. Quite
unexpectedly, expletive ele is also found in postverbal position. These three types of
expletive constructions were shown to display no relevant asymmetries when it comes to
their areal distribution in Portugal.
The typology thus sketched appears to be further confirmed by the comparison with
expletive constructions involving demonstratives: both impersonal and peripheral
expletives allow demonstrative substitution, while this is totally impossible with postverbal
ele. This contrast was then taken as additional evidence for distinguishing this third type of
expletive constructions.
Finally, on the discourse plan, expletive ele was shown to display a generalized
emphatic effect, which essentially bears on the pragmatic effect of the different types of
sentences.
177

178
EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE

Expletive ele in European Portuguese syntax
Just as investigation of unfamiliar and diverse languages is regularly
illuminated by what is already known about other languages, so the
investigation of unfamiliar and diverse structures within a single language is
regularly illuminated by what is already known about other structures within
that language.
Pesetsky and Torrego 2001: 355
5.0 Introduction
Uriagereka’s and Silva-Villar’s recent proposals concerning expletives in Romance NSLs
(on which see chapter 2) naturally offer significant predictions about overt expletive
phenomena in EP. Now that we have extensively observed a collection of data on EP
expletive ele (see chapter 4), I will reconsider such proposals and try to accommodate the
new empirical facts offered by EP to the main predictions allowed by such analyses. As
will be argued below, neither of these approaches may satisfactorily capture the complex
behavior of expletive ele in non-standard EP. In this sense, in the present chapter, I will
mainly concern myself with clarifying the status of this expletive and discussing its place
in the grammar of EP. While I agree with Uriagereka’s and Silva-Villar’s common idea
that overt expletives in Romance NSLs are fundamentally peripheral to the IP-domain
(thus belonging to the CP-domain), I will argue that peripheral expletive ele cannot receive
the unified treatment proposed in both analyses. I will thus elaborate on the peripheral
5.
179

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
status of the expletive, to present an alternative proposal attempting a comprehensive
treatment of expletive ele in EP.
Such proposal will be developed in three steps: first, I will focus on the leftperipheral
status of expletive ele, to show that EP data on this overt expletive are best
accounted for if we allow it to occupy more than a single position in the left periphery.
Concomitantly, it will have to be conceded that in some residual cases ele may occupy an
IP-internal subject position. Then, I will concentrate on the expletive’s categorial
characterization, to conclude that ele cannot be reduced to a single category. Finally, I will
consider the interplay of expletive ele with different EP constructions involving the leftperiphery,
to help finding the precise place(s) for this expletive in the left-peripheral space.
In special, the proposal developed in this chapter will attempt to account for the expletive’s
non-homogeneous characterization with respect to its (i) positions; (ii) categories; and (iii)
interpretive effects at the discourse level.
The chapter is organized as follows. In section 2, I reconsider Uriagereka’s and
Silva-Villar’s proposals at the light of the new EP data on expletive ele. In section 5.2, I
evaluate the expletive’s position within the left periphery. It will be shown that expletive
ele may occupy different left-peripheral positions. Section 5.3 deals with some residual
cases where the expletive resists a peripheral analysis. Relating the form ele to a neuter
demonstrative pronominal form, it will be proposed that this form may occupy the
canonical subject position. In section 5.4, the dual characterization of expletive ele in terms
of structural category will be discussed. Some evidence will be considered which permits
us to clearly distinguish the behavior of postverbal ele as an X 0 , therefore isolated from
other instances of expletive ele, which rather behave as XPs. In section 5.5, the role and the
place of expletive ele in EP syntax will be discussed. The account presented here will
consider recent proposals on the characterization of the left-periphery, together with the
characterization of the relevant peripheral constructions in EP.
Besides the naturalistic corpus data presented in the previous chapter, I will also
consider, in this chapter, data from my own intuitive judgements on my native dialect
(often confirmed by other speakers’ judgements) – on the covenience of combining both
types of data, see chapter 3.
180

5. EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE SYNTAX
5.1 The peripheral hypothesis revisited
Uriagereka’s and Silva-Villar’s proposals about expletives in Romance NSLs essentially
share the idea that these expletives differ from NNSLs’ expletives in that the former do not
have to do with the canonical [Spec, IP] subject position but rather relate to the space
above IP, i.e. to the C-domain. In particular, Uriagereka 2004’s proposal is very explicit
about the prediction that the overt expletive should be able to co-occur with a NSL regular
null expletive 1 , such as in example (1) (see chapter 2): 2
(1) el (é certo que) proexpl hay Deus
EXPL is certain that has God
‘(It is certain that) God exists.’
If we consider now the EP data on expletive ele, we might try to evaluate the validity of
such prediction. Remember, from chapter 4, that we found expletive ele (i) in impersonal
contexts, thus, at least apparently, in “standard” expletive constructions; but also (ii) in
peripheral positions in constructions which are not necessarily impersonal; and, finally,
(iii) in postverbal position, also combined with predicates which are not necessarily
impersonal. The three types are illustrated below, for ease of exposition:
(2) a. Ele não é carochas. (ALC42)
EXPL NEG is carochas
± ‘It’s not carochas’.
b. […] ele não chove amanhã. (MST11)
EXPL NEG rain_PRES_3SG tomorrow
‘… it won’t rain tomorrow.’
c. Bom, ele há várias estrelas, não é? (AAL92)
good EXPL has several stars NEG is
‘Well, there are several stars, aren’t there?’
(3) a. Ele a minha nora teve (…) aquele miudito com quarenta anos. (COV01)
EXPL the my daugher-in-law had that child with forty years
±‘In fact, my daughter-in-law had that child when she was forty.’
b. Haver… Ele a fome não havia! (VPA06)
have_INF EXPL the hunger NEG had
± ‘As for existing, the hunger didn’t really exist!’
1 On recent proposals to eliminate null expletives, see chapter 2. Since the discussion about the existence of
such expletives is beyond the scope of this dissertation, I will not dwell on this issue. With Uriagereka, I will
assume the traditional view that NSLs include null expletives on a pair with null referential pronouns.
2 Such an idea is also compatible with Álvarez (2001: 22) considerations referred to in chapter 2 (see p.29 of
this dissertation).
181

(4) a. Era ele numa carroça! (MIG14)
was EXPL in.a cart
‘It was in a cart!’
EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
b. […] bem aos olhos faz ele tudo […] (PAL28)
good to.the eyes makes EXPL everything
±‘…everything is good for the eyes…’
At first glance, when we consider the impersonal expletive examples in (2), we might well
admit that Uriagereka’s hypothesis is essentially right. In fact, each of those examples
seems to allow a combination of a “regular” non-overt expletive with expletive ele in a
more peripheral position.
(5) a. Ele (é certo que) proexpl não é carochas.
EXPL NEG is carochas
b. […] ele (é certo que) proexpl não chove amanhã.
EXPL NEG rain_PRES_3SG tomorrow
c. Bom, ele (é certo que) proexpl há várias estrelas, não é?
good EXPL has several stars NEG is
On the interpretive side, an analysis along the lines of Uriagereka’s proposal seems to be
compatible with the effect of the expletive in these EP sentences: ele appears here to
reinforce the assertive value of the sentence, thus acting as a sort of (strong) evidentiality
marker.
Such expletive would in fact parallel the cases where ele occurs in sentences with a
referential null subject, which were presented in section 4.2.2.1 in the previous chapter (see
(6) below, for an example).
(6) Ele voltámos lá todos a ver […] (COV32)
EXPL went.back-1PL there all A see-INF
‘We all went back there to see…’
Hence, it is conceivable that, in such impersonal sentences, expletive ele does not stay in
the canonical subject position, which would be occupied by a regular expletive subject.
In this way, impersonal expletive constructions would parallel those examples
where the expletive overtly appears in a peripheral position; for instance, before a
referential preverbal subject (like in example (7)a) or before some peripheral elements
(like in example (7)b):
(7) a. Ele (é certo que) [ SUBJECT a minha nora] teve (…) aquele miudito com quarenta anos.
EXPL the my daugher-in-law had that child with forty years
182

5. EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE SYNTAX
b. Haver… Ele (é certo que) [ TOPIC a fome] proexpl não havia!
have_INF EXPL the hunger NEG had
Just like in examples (5)a through (5)c above, a strong evidentiality reading is obtained in
these examples by means of the presence of the expletive.
Under such a hypothesis, the examples presented in chapter 4 under section 4.2.1,
i.e. those where the expletive occurs in impersonal contexts, would better qualify as
examples of peripheral expletives, just like the examples considered under section 4.2.2. In
fact, such expletives occurring in impersonal constructions may also precede other
peripheral elements, in which case their peripheral position results unambiguous (see
example (7)b above).
Thus, we might have a unified understanding of both impersonal and peripheral expletive
ele as the same peripheral element relating to the expression of evidentiality, as in
Uriagereka’s recent proposal.
Such an analysis would also be consistent with the idea pursued by Silva-Villar that
Romance NSLs’ expletives uniformly relate to the C-domain.
However, when we consider the third type of expletive construction presented in
chapter 4, i.e. constructions involving postverbal ele, such as those in examples (4) above,
it is hard to maintain such a unified account. At first sight, it is not evident why such
postverbal expletive should be paired off with peripheral expletives. First, it remains to be
seen whether the expletive, which appears after the verb, is still in a left peripheral
position. Besides its distinctive postverbal position, the effect displayed by postverbal ele
at the discourse level does not seem to be exactly the same displayed by the peripheral
expletive. In fact, postverbal ele may hardly introduce the sort of pseudo-cleft proposed for
peripheral expletive constructions under Uriagereka’s analysis:
(8) a. # Era ele (é [certo] que) numa carroça!
was EXPL in.a cart
b. # […] bem aos olhos faz ele (é [certo] que) tudo […]
good to.the eyes makes EXPL everything
Indeed, the corresponding strong evidentiality reading does not seem to be allowed in such
postverbal ele sentences.
This sort of contrast between postverbal ele and the overt expletive in
peripheral/impersonal contexts is in fact reminiscent of the distinction already considered
in the previous chapter, under section 4.3, on the basis of the expletive’s behavior towards
183

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
demonstrative substitution. Recall that, just like here, we concluded then that postverbal
ele should be distinguished from the expletive occurring in impersonal and in peripheral
contexts.
Hence, the main objection to both Uriagereka’s and Silva-Villar’s accounts lies on
the fact that both analyses attempt a unified treatment of overt expletives in Romance
NSLs, leaving no place for the dissonant postverbal expletive which occurs in EP dialects
data.
Before proceeding, I would like to point out an additional complication. As will become
clear below, the state of affairs described above for expletive ele in impersonal
constructions also deserves further discussion. Even though the examples presented in (2)
certainly admit an analysis along the lines of Uriagereka 2004’s proposal (i.e., the
expletive may be there a peripheral element, as represented in examples (5)), such an
account may not be generalized to all instances of expletive ele in impersonal contexts.
Recall, for instance, the following examples already presented in chapter 4:
(9) […] agora neste tempo, mais ou menos, Fevereiro, Março, é que ele ia outra
now in.this time more or less February March is that EXPL went-3SG other
máquina […] (AAL02)
machine
±‘It was now, at this time, February, March, that another machine was used.’
(10) pois que préstimo teem agora as talhas, se êle não há já vinhas? (Ribeiro 1927: 28)
POIS what utility have now the ± tubs if EXPL NEG has still vineyards
± ‘So what is the utility of the tubs now, if there are no more vineyards?’
(11) Nós, antigamente, cozíamos quando ele vinha o tempo de castanhas –
we in.the.past cooked when EXPL came-3SG the time of chestnuts
(que) também dávamos castanhas. (OUT32)
QUE also gave-1PL chestnuts
‘In the past, we used to cook [null object: the pig’s food] when was the chestnuts time –
we also used to give [them] chestnuts.’
(12) De vez em quando tem que se lhe dar uma mexidela.
‘You have to stir it every now and then’
E quando ele começa a vir aquela (…), quer dizer, a massa, (…) que ela lá dentro tem
and when EXPL begins A come-INF that mean-3SG the paste QUE it there inside has
aquela coalhada que daqui vai saindo… (MST01)
that curd which from.here goes getting out
±‘And when that paste begins to appear – inside, it has that curd that one gets from this…’
(13) Mas olhe que eu, eu tenho a impressão (…) que ele que havia ainda lá disso.
but look that I I have the impression that EXPL that had still there of.that
± ‘But look, I have the impression that there was some of that there’ (AAL21)
184

5. EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE SYNTAX
Such examples clearly show the overt expletive in different embedded contexts – besides
that-clauses, as in (13), also adverbial clauses, such as if and when-clauses in (10) and
(11)-(12), respectively, and the (free) relative part of a cleft, in (9). However, the proposal
put forth by Uriagereka essentially predicts that the peripheral expletive shall occur as a
root/matrix phenomenon.
The same data equally call into question Silva-Villar’s proposal, which crucially
relies on the supposed matrix/embedded contexts asymmetry in expletive constructions
(see chapter 2, section 2.5.4.3 above).
More importantly, there are cases of impersonal constructions where the expletive
does not appear as the leftmost peripheral element:
(14) Olhe, aqui são fêtãos. Isso, ele há cá muito – os fêtãos. (FIG12)
look here are ferns that EXPL has here much – the ferns
± ‘Look, these are ferns. Those, there are many here [ferns].’
(15) Os tabuleiros, ele também os há de barro, não é? (OUT31)
the trays EXPL also them[CL.ACCUS] has of clay neg is
± ‘As for trays, there are also some of them which are made out of clay, isn’t it?’
(16) Até aqui nestes olivais, ele há ali semeada. (LVR10)
even here in.these olive_groves EXPL has there sownF
± ‘Even in these olive groves, there is [null object] sown.
In examples (14) and (15), a topic constituent (respectively, a topicalized and a left
dislocated phrase) occurs before the overt expletive. In example (16), it is a focused phrase
that precedes ele.
It thus appears that the position occupied by the expletive in the left periphery is not
as clearly defined as the proposals put forth by Uriagereka and by Silva-Villar
independently predict. At least, we have some evidence that the expletive does not always
behave in the same fashion with respect to the position of other peripheral elements.
Discussion of this point will however be postponed to section 5.3 below.
To summarize: Uriagereka’s and Silva-Villar’s proposals seem to be essentially right in
analysing the overt expletive in Romance NSLs as an element peripheral to IP. As the EP
data may confirm, at least some cases of expletive ele have to be analysed as peripheral
elements. This appears to be uncontroversial for expletives occurring in positions
peripheral to preverbal subjects or to other peripheral elements. Following Uriagereka’s
185

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
analysis, at least some impersonal constructions would also count as instances of
peripheral expletives.
However, the EP data presented in chapter 4 do not allow us to fully endorse such
proposals. In particular, these data provide evidence that expletive ele does not behave in a
uniform fashion in several respects, thus resisting a uniform peripheral analysis. First, a
sharp contrast has been found between expletives occurring in postverbal position and the
other types of expletives (peripheral and/or impersonal ones). Second, even non-postverbal
expletives may display different behaviors with respect to their peripheral status. More
precisely, while some expletives appear as clearly (the most) peripheral elements in the
sentence, there are other instances of preverbal expletive ele occurring in necessarily less
peripheral positions, namely, after different types of periphery-related elements, such as
topics or focused phrases. Importantly also, at least some types of overt expletives in EP
may appear in embedded contexts, which is not predicted under Uriagereka’s and Silva-
Villar’s approaches.
In the remainder of this chapter, I will reconsider the peripheral status of expletive
ele together with the discourse effects it displays to attempt to provide a comprehensive
account of its place in EP grammar. In the next section, I will begin by elucidating the
peripheral status of the postverbal expletive.
5.2 The expletive and the left periphery
5.2.1 The postverbal expletive is peripheral to IP
In the previous section, we have considered Uriagereka’s hypothesis that overt expletives
in impersonal constructions occupy a left peripheral position, just like it unequivocally
happens in constructions involving an overt expletive before a preverbal subject or some
peripheral constituent. Although not all cases of expletives may indeed conform to such an
analysis (for more on this point, see below section 5.3), it was suggested above that
impersonal constructions could in general allow a peripheral overt expletive. However, the
question now arises whether postverbal expletives like those in (4) above, here repeated as
(17), may also be analyzed as left peripheral elements.
186

5. EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE SYNTAX
(17) a. Era ele numa carroça! (MIG14)
was EXPL in.a cart
‘It was in a cart!’
b. […] bem aos olhos faz ele tudo […] (PAL28)
good to.the eyes makes EXPL everything
±‘…everything is good for the eyes…’
Since the expletive occurs after the verb, at least three scenarios seem possible, depending
on the verb position: (i) the verb stays in the IP-domain, raising not higher than I and the
expletive is necessarily in a position below I; (ii) the verb raises to the C-domain, while the
expletive stays in the IP-domain (in which case, [Spec, IP] would be a natural candidate for
the expletive’s position); (iii) the verb raises to the C-domain high enough for the expletive
to be equally in a C-related position. In this section, I will discuss some evidence
suggesting that the postverbal expletive is in fact a peripheral element.
In an example such as (17)a the expletive is only preceded by the inflected verb.
For the expletive to be in the periphery, this verb form should naturally also be in a
peripheral position. While this is not easily seen in this sentence, we may, for instance,
consider the following examples, where the expletive is preceded by a subjunctive verb
form:
(18) Seja ele trigo ou cevada ou aveia. (PAL22)
be-PRES.SUBJ-3SG EXPL wheat or barley or oats
± ‘Be it wheat or barley or oats.’
(19) Seja ele ao fim do tempo que for (Colos, in Guerreiro 1968: 351)
be-PRES.SUBJ-3SG EXPL to.the end of.the time that be-FUT.SUBJ
± ‘Be it after any time.’
In this case, it is fairly uncontroversial to assume that such subjunctive forms undergo
raising to a position in the C-domain (traditionally, V(-to-I)-to-C movement) – see Rizzi
1982, Ambar 1988, 1992, a.o.. Thus, if the verb occupies such a peripheral position, it
might well be the case that the expletive also stays in the C-domain. In particular,
examples (20) and (21), where a lexical subject appears after the expletive, may suggest
that ele occurs above the standard subject position, i.e. [Spec, IP].
(20) Venda ele a Maria essas ovelhas e verá…
sell-PRES.SUBJ.3SG EXPL the Maria those sheep and see-FUT.3SG
‘If Maria sells those sheep, she will see…’
(21) Tivesse ele o pastor trazido as ovelhas da serra...
have-IMPERF.SUBJ.3SG EXPL the shepherd brought.back the sheep from.the mountain
‘If only the shepherd had brought the sheep back from the mountain…’
187

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
The same might be said about the expletive occurring in the following infinitival
exclamative sentence:
(22) Vender ele a Maria estas ovelhas!
sell-INF EXPL the Maria these sheep
±‘Maria selling these sheep!’
Likewise, other peripheral elements may precede postverbal ele. In example (17)b above,
the sequence bem aos olhos clearly has topic-like properties. This sentence occurs within a
sequence where the interviewer asks the informant the name of a certain plant. To help the
informant finding the answer, the interviewer adds a piece of information about the
relevant plant: ‘it is good for our eyes’, as transcribed in (23). The initial part of the
expletive construction which occurs after this sentence thus picks up this information
already introduced to the discourse universe.
(23) INQ1 Diz que faz bem aos olhos.
‘Interviewer1: They say that it is good for our eyes.’
[…]
INF2 Ah, bem aos olhos faz ele tudo, (…) quando não haver pouca sorte. (PAL28)
INTJ good to.the eyes makes EXPL everything when NEG have-INF bad luck
±‘Informant2: Oh, everything is good for the eyes, when you do not have bad luck.’
Peripheral elements acting as topics may thus precede postverbal ele. In this case, however,
we have no additional cues for relating the expletive to the periphery: the postverbal
indefinite subject tudo ‘everything’ acts here as an information focus, and, as such, it may
stay in a regular postverbal position inside IP, assuming with Costa (2000b: 203) the
generalizations in (24) and (25) below (see also Costa 1998a, 2000a):
(24) The focus set of constituents of a sentence is the prosodically most prominent constituent
plus everything it c-commands. [based on Reinhart 1995]
(25) The prosodically unmarked most prominent constituent is the rightmost one, following the
recursion pattern of a language. [adapted from Cinque 1993, Zubizarreta 1998, Nash 1995]
Other C-related elements, such as dislocated affective phrases in Raposo’s sense, may also
appear before postverbal expletive ele:
(26) [Muitas azeitonas] comeram ele os pastores!
many olives ate EXPL the shepherds
±‘The shepherds ate many olives!’
188
(27) [Muitas noites] passaram ele os pastores na serra!
many nights passed EXPL the shepherds in.the mountain
± ‘The shepherds passed many nights at the mountain!’

(28) [Muito] berraram ele as ovelhas!
a lot bleated EXPL the sheep
± ‘The sheep bleated a lot!’
5. EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE SYNTAX
If we assume Raposo’s analysis of such sentences, as involving verb movement to a C-
related position (F in his terms) with the postverbal subject in the canonical [Spec, IP]
position (see, for instance, Raposo 2000: 276), then, we would have evidence for saying
that the expletive is peripheral to IP.
Conversely, if we try to include a postverbal expletive in affective constructions involving
a preverbal subject, as in (29)-(31), the result is strongly ungrammatical:
(29) *Muitas azeitonas os pastores comeram ele!
many olives the shepherds ate EXPL
(30) *Muitas noites os pastores passaram ele na serra!
many nights the shepherds passed EXPL in.the mountain
(31) *Muito as ovelhas berraram ele!
a lot the sheep bleated EXPL
Assuming Raposo’s analysis (ibid.), the verb would stay, in this case, in I, inside IP. The
impossibility of having the postverbal expletive in such affective sentences would then
count as additional evidence for the peripheral status of this expletive.
To substantiate this hypothesis, we may additionally refer to a standard test
involving an IP delimiter, such as the adverb provavelmente ‘probably’ (Belletti 1990,
Cinque 1999). Assuming that this adverb appears immediately above IP, the relative
position of postverbal ele with respect to such IP-delimiter would count as evidence for the
characterization of this expletive as an IP or a CP-related element. Thus, if ele occupies a
C-related position, it is expected that it appears before the adverb; on the contrary, if the
expletive is to be related to the IP-domain, then we expect that ele may occur below the
adverb. Contrast then the following data:
(32) a. ? A Maria fez / sabe ele provavelmente isso.
the M did knows EXPL probably that
b. *Provavelmente a Maria fez / sabe ele isso.
c. *A Maria provavelmente fez / sabe ele isso.
189

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
(33) a. ? Isso fez / sabe ele provavelmente a Maria.
that did knows EXPL probably the M
b. *Provavelmente isso fez / sabe ele a Maria
c. *Isso provavelmente fez / sabe ele a Maria
Although the contrast is not very sharp, there seems to be a difference between the (a)
examples, on the one hand, and examples (b) and (c) in (32) and (33). Thus, the (b) and (c)
examples where the expletive would occupy a position below the adverb provavelmente
are sharply ungrammatical, which may indicate that the expletive cannot stay in a position
inside IP. On the contrary, in examples (32)a and (33)a the expletive seems to be allowed
in a position preceding the adverb, as it would be expected for a periphery-related element.
The odditty of these examples is perhaps due to some interpretive incompatibility between
the meaning of the adverb provavelmente and the discourse effect of the expletive in
postverbal position.
Finally, let us consider yet another test to examine the position of the postverbal
expletive with respect to IP. I will begin by recalling a well-known way of identifying the
subject position inside IP. For this purpose, Costa 1996, 1998a, 2000a at several instances
invokes sentences including the adverb bem ‘well’, which is assumed to mark the left edge
of the VP, thus providing a reliable diagnosis for identifying the subject position with
respect to VP. For instance, in the following examples, (34)d, which sharply contrasts with
(34)a-c, provides evidence for saying that the postverbal subject occurs in the [Spec, VP]
position, i.e. immediately below the adverb bem:
(34) a. *Bem comeu o Paulo maçãs. (= Costa 2000a: 99 exs.(21)a-d)
well ate the Paulo apples
190
b. *Comeu o Paulo bem maçãs.
ate the Paulo well apples
c. *Comeu o Paulo maçãs bem.
ate the Paulo apples well
d. Comeu bem o Paulo maçãs.
ate well the Paulo apples
‘Paulo ate apples well.’

5. EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE SYNTAX
Such postverbal subject position receives the information focus reading, also shared by the
rightmost element, the complement maçãs: it thus corresponds to an answer to a question
like (34’):
(34’) Quem comeu bem o quê?
who ate well what
Conversely, in the preverbal subject counterpart of sentence (34)d, the subject o Paulo
bears no such focus reading:
(35) O Paulo comeu bem maçãs.
the Paulo ate well apples
‘Paulo ate well apples.’
In this case, the (non-focused) subject may be in [Spec, IP]. 3
Now, if we try to combine the adverb bem in postverbal ele constructions, we
obtain the following contrast:
(36) a. Os cães comeram ele bem os ossos.
the dogs ate EXPL well the bones
±‘Dogs ate the bones well!’
b. *Os cães comeram bem ele os ossos.
the dogs ate well EXPL the bones
As expected, the expletive may not appear below the adverb, i.e. in a VP internal position,
as illustrated by (36)b. On the contrary, it is allowed in a position before the adverb. This
thus clearly indicates that the expletive occupies a position outside the VP. But, if the
preverbal subject os cães stays in [Spec, IP], then the expletive has to stay below that
position, which seems to run counter other kind of evidence pointing to the left peripheral
status of this expletive.
We shall however consider an additional example:
(37) Os ossos comeram ele os cães bem.
the bones ate EXPL the dogs well
In this case, the subject appears after the verb (and the postverbal expletive) and still before
the adverb bem. Remark that the subject has here a neutral interpretation with respect to
focus, i.e. the subject does not have the information focus reading characteristic of post-
3 But see Barbosa 1995, 1997, 2000 arguments for a peripheral position of preverbal subjects in EP, much
like it has been argued for languages such as Greek and Spanish (see Alexiadou and Anagnostopoulou 1998
and Ordoñez 1997, a.o.).
191

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
bem subjects. 4 Thus, assuming Costa’s analysis, such preverbal subject could in principle
occupy the standard subject position, [Spec, IP] for our purposes. Importantly, then, the
expletive must precede such preverbal subject, which appears to indicate its peripheral
position outside the IP-domain – contrast the following examples with (37) above.
(38) a. *Os ossos comeram os cães ele bem.
the bones ate the dogs EXPL well
b. *Os ossos os cães comeram ele bem.
the bones the dogs ate EXPL well
However, we may not rely so confidently on this test. At least for sentences like (37), we
may admit that the subject occurring before the adverb might be in another position
available for the subject of a transitive verb: [Spec, vP]. This would naturally leave us with
a possible expletive position inside IP, which does not seem to be compatible with the
result obtained from other tests seen above. A natural move would then be to try to fill up
such [Spec, vP] with some material different from the subject. In the following examples,
this will be done by means of a floating quantifier. Assuming Sportiche 1988 and much
subsequent work, quantifier float would be derived by movement of the DP os cães out of
the QP headed by the quantifier todos ‘all’ in these examples.
(39) a. Os cães têm ele comido todos bem os ossos.
the dogs have EXPL eaten all well the bones
b. Na rua têm (ele) os cães (*ele) comido (*ele) todos bem os ossos.
in.the street have EXPL the dogs eaten all well the bones
The position of the quantifier would then mark, in this case, the base position of that QP,
i.e. the subject base position, which I assume to be [Spec, vP].
Thus, example (39)b in particular seems to be clear enough: the DP os cães moves
to [Spec, IP], and the floating quantifier stays in [Spec, vP]. Since the only possible
4
Contrast with the following examples:
(i) Os ossos comeram (ele) bem os cães.
(ii) Comeram ( ?? ele) bem os cães os ossos.
The non-expletive variants of these sentences correspond to sentences which typically present an information
focus reading on the subject (i), or both on the subject and the object (ii). In (i) the expletive does not seem to
interfere with such a reading. The oddity of the expletive in (ii) may perhaps have to do with some
incompatibility between multiple foci and the effect of postverbal ele. Remark that such multiple foci VSO
structures most naturally appear as answers to multiple-wh interrogatives, like (iii), which does not seem to
be an appropriate context for postverbal expletive constructions:
(iii) Quem comeu bem o quê?
who ate well what
192

5. EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE SYNTAX
position for the expletive appears before the DP os cães, we are again provided with
additional evidence that the expletive pertains to the above IP-space.
The left peripheral status of postverbal expletive ele results thus uncontroversially
confirmed by the different tests considered in this section. Furthermore, it must be recalled
that the sort of discourse-related effect displayed by this expletive (as a kind of
evaluative/exclamative marker – see chapter 4, section 4.4) fits better the sphere of the left
periphery than the usually proposition-related domain of IP.
Having thus determined the left-peripheral nature of this expletive, it remains now
to be decided whether postverbal ele may be paired up with so-considered “peripheral”
and/or “impersonal” expletives.
5.2.2 Two different peripheral positions for expletive ele
Let us then formulate the question whether all types of expletives isolated in chapter 4 can
reduce to a single expletive. In order to evaluate such a hypothesis, I will compare the
behavior of peripheral/impersonal and postverbal expletives with respect to the following
aspects: (i) relative position in the periphery; (ii) verb adjacency; (iii) distribution in matrix
vs. embedded contexts; (iv) demonstrative substitution; (v) discourse effect.
Let us begin by looking at the space that peripheral/impersonal and postverbal
expletives may occupy in the left periphery. We have seen in chapter 4 that peripheral
expletives may precede different kinds of peripheral elements, such as initial adverbials
(see examples (40) and (41)), topics (examples (42) and (43)), dislocated affective phrases
(example (44)), clefts (example (45)) and dislocated wh-phrases (example (46)):
(40) Ele agora já ninguém costuma cozer. (OUT32)
EXPL now already nobody uses to bake_bread
‘Now nobody uses to bake bread anymore.’
(41) Ele aqui nem se diz nublado. (AAL69)
EXPL here not.even SE says nublado
‘We do not even call it “nublado” here.’
(42) Olhe que aquilo no livro! E ele [eu]i, o homem leu aquilo diante [de mimi]! (COV18)
look that that in.the book and EXPL I the man read that before me
‘Look, that was in the book! And me, the man read that before me!’
(43) Haver… Ele [a fome]i não havia [-]i! (VPA06)
have-INF EXPL the hunger NEG had
‘As for existing, the hunger didn’t exist!’
193

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
(44) Que ele até com um pau se malha. (MST37)
QUE EXPL even with a stick SE threshs
± ‘Actually we thresh even with a stick.’
(45) Ele depois de vir do lago é que se amaçava. (FLF17)
EXPL after of come-INF from.the lake is that SE struck-3SG
‘It was after it comes from the lake that we struck the flax.’
(46) Não sendo no Natal, (ele) quem é que os come?! Ninguém. (OUT50)
NEG be-GER in.the Christmas EXPL who is that them eat nobody
‘If it is not by Christmas, who will eat them?! Nobody.’
In all these examples, the expletive appears as the leftmost peripheral element occurring in
a fairly “crowded” periphery. Thus, so-called peripheral ele seems to occupy a reasonably
high position within the left periphery, namely a position that may precede the sort of
dislocated topic in (42). Remark that in this example of topic construction, the connection
between the topic eu and the element to which it is linked inside the comment – de mim –
is not strongly marked syntactically (namely their categorial characterization is not the
same), which makes us think of a fairly high position for this topic. Similarly, if we share
Obenauer 2004’s idea that non-standard questions are encoded “through dedicated
“higher” FPs [functional projections] of the left periphery” (Obenauer 2004: 18), again we
would have the expletive in a higher peripheral position, since it may occur before a whphrase
in a rhetorical question, as in (46).
In another example, however, the expletive appears “sandwiched” between a
preverbal adverbial (nominal) phrase and a higher hanging topic.
(47) "Ah, que tanta sorte e tal! Agora tu, ele qualquer dia o lobo vem e"… (CTL13)
INTJ how much luck and so now you EXPL one day the wolf comes and
‘Oh so much luck! Now you, one of these days the wolf comes and…’
Naturally, even if the expletive is peripheral to the (peripheral) adverbial, it occurs in this
case lower than the hanging topic (which is normally assumed to occupy a fairly high
position in the left periphery – cf. a.o. Benincà & Poletto 2001).
It is however true that we may find the expletive below other peripheral elements.
Remember, in particular, the following CORDIAL-SIN examples:
(48) Olhe, aqui são fêtãos. Isso, ele há cá muito – os fêtãos. (FIG12)
look here are ferns that EXPL has here much – the ferns
± ‘Look, these are ferns. Those, there are many here [ferns].’
194
(49) Os tabuleiros, ele também os há de barro, não é? (OUT31)
the trays EXPL also them[CL.ACCUS] has of clay NEG is
± ‘As for trays, there are also some of them which are made out of clay, isn’t it?’

5. EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE SYNTAX
In this case, topicalized and left-dislocated phrases may be followed by expletive ele.
In the following example, the expletive occurs below a dislocated affective phrase:
(50) Até aqui nestes olivais, ele há ali semeada. (LVR10)
even here in.these olive_groves EXPL has there sownF
± ‘Even in these olive groves, there is [null object] sown.
These examples, however, share the peculiarity of involving impersonal predicates, i.e.
predicates which have a vacant subject position. In the next section, we will take a closer
look at this type of non-peripheral examples to conclude that they may instantiate a rather
different grammatical element in EP.
Thus, for the purposes of this subsection, we may put such examples aside and
conclude that peripheral/impersonal expletive ele most often occurs in a relatively high
position in the left periphery of the sentence.
As for the postverbal expletive, its behavior seems to be slightly different. We have
seen above that topics and affective phrases do occur in a position preceding the postverbal
expletive:
(51) INQ1 Diz que faz bem aos olhos.
‘Interviewer1: They say that it is good for the eyes.’
[…]
INF2 Ah, bem aos olhos faz ele tudo, (…) quando não haver pouca sorte. (PAL28)
INTJ good to.the eyes makes EXPL everything when neg have_INF bad luck
±‘Informant2: Oh, everything is good for the eyes, when you do not have bad luck.’
(52) Muitas azeitonas comeram ele os pastores!
many olives ate EXPL the shepherds
±‘The shepherds ate many olives!’
(53) Muitas noites passaram ele os pastores na serra!
many nights passed EXPL the shepherds in.the mountain
± ‘The shepherds passed many nights at the mountain!’
Interestingly, if we try to force the postverbal expletive (thus, necessarily accompanied by
the verb) into a pre-topic or pre-affective position, these peripheral constituents lose their
topic/affective readings. Consider, for instance, the following sentences:
(54) Comeram ele muitas azeitonas os pastores!
ate EXPL many olives the shepherds
(55) Passaram ele muitas noites os pastores na serra!
passed EXPL many nights the shepherds in.the mountain
195

(56) Berraram ele muito as ovelhas!
bleated EXPL a lot the sheep
EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
Although the expletive seems to be possible in such sentences, the phrases muitas
azeitonas, muitas noites, and muito are no longer interpreted as dislocated affective
phrases. Instead, the word order found in such sentences appears to manifest the
information articulation found in their non-expletive counterparts (on such information
articulation, see Costa 1998a, 2000a, 2000b):
(57) Comeram muitas azeitonas os pastores.
ate many olives the shepherds
(58) Passaram muitas noites os pastores na serra.
passed many nights the shepherds in.the mountain
(59) Berraram muito as ovelhas.
bleated a lot the sheep
In (54) just like in (57), muitas azeitonas has a neutral object reading and os pastores is a
focused subject; in (55) just like in (58), muitas noites has a neutral object reading and both
the subject os pastores and na serra have foci readings; finally, in (56) just like in (59), the
subject as ovelhas is focused.
Hence, from the comparison between postverbal ele and peripheral/impersonal
expletives with respect to the positions they may occupy in the left periphery, we may
conclude that these types of expletives manifest a dissimilar behavior: while peripheral
(and thus peripheral-like impersonal) expletives most often appear in high left peripheral
positions, postverbal ele is not allowed in such positions, occurring instead in a lower
peripheral position.
The examples seen above partly illustrate another difference separating
peripheral/impersonal expletives and postverbal expletive ele: their position with respect to
the verb position. From those examples we may infer that the peripheral/impersonal
expletive has a relatively loose relation with the verb: as ele occurs in the periphery,
several phrases may intervene between the expletive and the verb; naturally, the expletive
always precedes the inflected verb. As for postverbal expletives, the connection with the
verb is of a different kind. As the label “postverbal” indicates, these expletives always
occur after the verb, and, more importantly, adjacency between the inflected verbal form
and the expletive is always required:
196

5. EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE SYNTAX
(60) Bem aos olhos (*ele) faz (ele) tudo (*ele)!
good to.the eyes makes EXPL everything
(61) Isso (*ele) compreendemos (ele) bem (*ele)!
that understand EXPL well
(62) Muitas azeitonas (*ele) comeram (ele) os pastores(*ele)!
many olives ate EXPL the shepherds
(63) Muitas noites (*ele) passaram (ele) os pastores (*ele) na serra!
many nights passed EXPL the shepherds in.the mountain
(64) Muito (*ele) berraram (ele) as ovelhas (*ele)!
a lot bleated EXPL the sheep
We have thus verb adjacency as another important difference between
peripheral/impersonal and postverbal expletives: while this is an obligatory requirement for
the latter, the former do never comply with such a requirement.
Now, we will look at the distribution of these expletives in embedded contexts. As all the
examples seen above illustrate, both peripheral/impersonal and postverbal expletives occur
in matrix/independent contexts. As for embedded contexts, we may remember some data
from chapter 4 (see also section 5.1 above):
(65) […] agora neste tempo, mais ou menos, Fevereiro, Março, é que ele ia outra
now in.this time more or less February March is that EXPL went-3SG other
máquina […] (AAL02)
machine
±‘It was now, at this time, February, March, that another machine was used.’
(66) pois que préstimo teem agora as talhas, se êle não há já vinhas? (Ribeiro 1927: 28)
POIS what utility have now the ± tubs if EXPL NEG has still vineyards
± ‘So what is the utility of the tubs now, if there are no more vineyards?’
(67) Nós, antigamente, cozíamos quando ele vinha o tempo de castanhas –
we in.the.past cooked when EXPL came-3SG the time of chestnuts
(que) também dávamos castanhas. (OUT32)
QUE also gave-1PL chestnuts
‘In the past, we used to cook [null object: the pig’s food] when was the chestnuts time –
we also used to give [them] chestnuts.’
(68) De vez em quando tem que se lhe dar uma mexidela.
‘You have to stir it every now and then’
E quando ele começa a vir aquela (…), quer dizer, a massa, (…) que ela lá dentro tem
and when EXPL begins A come-INF that mean-3SG the paste QUE it there inside has
aquela coalhada que daqui vai saindo… (MST01)
that curd which from.here goes getting out
±‘And when that paste begins to appear – inside, it has that curd that one gets from
this…’
197

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
(69) Mas olhe que eu, eu tenho a impressão (…) que ele que havia ainda lá disso.
but look that I I have the impression that EXPL that had still there of.that
± ‘But look, I have the impression that there was some of that there’ (AAL21)
Besides the impersonal constructions illustrated by these examples, peripheral expletives in
non-impersonal constructions are also allowed in different types of embedded contexts:
(70) As folhas saíam e a azeitona ficava ali, em cima dum pano limpo, que era para
the leaves went.away and the olive remained there upon of.a cloth clean QUE was for
despois (de) já estar limpa para ele a gente pôr dentro duma canastra. (ALC17)
after of already be-INF clean for EXPL the people put inside of.a basket
± ‘Leaves were thrown away and olives were kept there, on a clean cloth, to be put inside
a basket.’
(71) Tinham que estar (…) que ele os porcos não os vissem. (PFT13)
had-3PL QUE be-INF that EXPL the pigs NEG them[CL.ACCUS] see-IMPERF.SUBJ-3PL
‘They had to be in such a way that the pigs would not see them.’
(72) Se (ele) /lhe\ alguém disser alguma coisa, (…) diga-lhe que foi à minha ordem.
if EXPL to.him anybody say-FUT.SUBJ any thing tell-to. him that was to my order
‘If anybody says anything, you tell him that it was done under my orders’. (COV13)
(73) Então, quando (…) (ele) o pão está lêvedo, acende-se o forno. (OUT24)
so when EXPL the bread is leavened lights-SE the oven
‘So, when the bread dough is leavened, we light the oven.’
(74) Tu sabes bem que ele em Paçô eles viram para aquele lado e a gente encaminhava
you know well that EXPL in Paçô they turn to that side and the people turned
logo para este lado. (COV28)
immediately to this side
‘You know well that at Paçô they turn to that side and we immediately turn to this side.’
Contrasting with the peripheral/impersonal expletive’s behavior, however, postverbal ele
seems to have a more constrained distribution in non-matrix contexts.
As we have seen in chapter 4, under section 4.2.3.1, this expletive may occur in
dependent subjunctive clauses involving verb movement to the C-domain, as in the
following example:
(75) […] fosse ele o Inacinho um cavador, pobre como Job,
be-IMPERF.SUBJ-3SG EXPL the Inacinho a digger poor like Job
‘if/even if Inacinho was a digger, as poor as Job’
e me viesse dizer hoje: larga o homem de Aris, não era preciso que mo repetisse três
vezes.”
‘and if he came saying to me: leave the man from Aris, it would not be necessary that he repeat that
to me three times.’ (Aquilino Ribeiro, Terras do Demo, pp. 294-295)
Another example corresponds to a peripheral gerund adjunct clause, also involving verb
movement to the C-domain (cf. Lobo 2001, 2003):
198

5. EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE SYNTAX
(76) Querendo (ele) /eu\ – por exemplo –, querendo (ele) /eu\ fazer uma teia de sacos,
want-GER EXPL I for example want-GER EXPL I make-INF a tissue for sackcloth
tira-se-lhe a estopa… (OUT12)
take.out-SE-to.it the tow
‘If one wants to make a tissue for sackcloth, one has to take the tow from it.’
Remark that this type of clauses does not seem to display a uniform behavior with respect
to the peripheral expletive:
(77) *Ele fosse o Inacinho um cavador, […] não era preciso que mo repetisse três vezes.
(78) Ele querendo fazer uma teia de sacos, tira-se-lhe a estopa…
Another example of postverbal ele in embedded contexts in the CORDIAL-SIN data
involves a free relative within a cleft construction:
(79) A gente o que chama (ele) um enxame grande é assim com um cortiço aquase
the people what calls EXPL a swarm of bees big is thus with a beehive almost
cheio de abelhas. (COV37)
full of bees
‘What we call a big swarm of bees is a beehive almost full of bees.’
In this case, the peripheral expletive would also be allowed to occur internally to the free
relative:
(80) a. A gente o que ele chama um cortiço…
b. O que ele a gente chama um cortiço…
Remark that postverbal expletives are equally allowed in non-embedded wh-clauses, like in
the question in the following example:
(81) INF 1 Chegou aqui, a mulher: “Ah”! – com as pernas (todas de rojo) às costas do homem.
Diz: “Ó Arquibaldo”! Disse: “Que é”? “Acode a esta mulher que ela morre”.
‘Informant 1: The woman arrived here: “Ah”! – the man was carrying her on his back, her legs
trailing along the ground. He said: “Hey Arquibaldo”! The other said: “What is it?” “Help this
woman because she is dying”.
INF2 E quem era ele?
and who was EXPL
‘And who was she?’
INF1 Era a de Riba de Agualva!
‘She was the woman from Riba de Agualva!’
As we have seen in chapter 4, in interrogatives, a peripheral expletive must precede the
wh-word:
199

(82) a. *E quem ele era?
b. E ele quem era?
EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
The interrogative in (81) deserves careful consideration. As it stands, it seems quite
uncontroversial to say that such interrogative corresponds to a standard wh-question. At
least, the main informant (INF1) understands it as a standard interrogative, since he
answers to it with the relevant new information. Thus, the postverbal expletive seems to
differ from the peripheral one in that the latter is restrained to non-standard questions, as
discussed in chapter 4, section 4.4. However, we shall also consider examples like the
following, which involve a non-impersonal predicate:
(83) Quem { comerá, comeu } ele estes bolos?
who eat-FUT-3SG eat-PERF-3SG EXPL these cakes
(84) a. *Quem ele {comerá, comeu} estes bolos?
b. Ele quem {comerá, comeu} estes bolos?
As already mentioned above, the peripheral expletive must precede the wh-word. As for
the interrogative interpretation, there seems to be a difference between (83) and the
question in (81). The presence of the postverbal expletive in (83) appears to block the
standard wh-question reading: this interrogative would then be interpreted as a rhetorical
question (especially, when including the verb inflected for the Future) or as a
surprise/disapproval question (in particular, when the verb is inflected for the Perfect).
Thus, just like the peripheral expletive, postverbal ele also appears to induce a
non-standard question reading, contrary to what is suggested by example (81). I would like
to suggest that the crucial difference which plays a role here is the impersonal nature of the
verb involved in the question considered in (81). As will be discussed below, in section
5.3, impersonal predicates display some peculiarities with respect to the position of the soconsidered
expletive. Discussion of this point is thus postponed to that section. For the
purposes of this subsection, it would be more accurate to discard example (81), while
maintaining that postverbal expletives are allowed in wh-questions, as (83) independently
confirms.
Returning to embedded contexts, it must be noted that postverbal ele seems to be
excluded from that-clauses:
(85)
200
? *{Dizem, acho} que bem aos olhos faz ele tudo.
say-3PL think-1SG that good to.the eyes makes EXPL everything
‘{They say, I think} that everything is good for the eyes.’

(86)
(87)
(88)
(89)
(90)
(91)
5. EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE SYNTAX
? *Sabemos que muitas azeitonas comeram ele os pastores.
know-1PL that many olives ate EXPL the shepherds
‘They say that the shepherds ate many olives.’
? *Dizem que muitas noites passaram ele os pastores na serra!
say-3PL that many nights passed EXPL the shepherds in.the mountain
‘They say that the shepherds passed many nights at the mountain.’
? *Dizem que muito berraram ele as ovelhas!
say-3PL that a lot bleated EXPL the sheep
‘They say that the sheep bleated a lot.’
? *Dizem que era ele numa carroça.
say-3PL that wasEXPL in.a cart
‘They say that it was in a cart.’
? *Dizem que a pastora vai ele estando rica…
say-3PL that the shepherdess is EXPL be-GER rich
‘They say that the shepherdess is almost rich…’
? *Dizem que nas barreiras das estradas há ele
say-3PL that in.the sides of.the roads has EXPL
‘They say that on the flanks of the roads, there is [rosemary].’
Remember, however, that these were perfect contexts for a peripheral/impersonal
expletive:
(92) Tu sabes bem que ele em Paçô eles viram para aquele lado e a gente encaminhava
you know well that EXPL in Paçô they turn to that side and the people turned
logo para este lado. (COV28)
immediately to this side
‘You know well that at Paçô they turn to that side and we immediately turn to this side.’
(93) Acho que ele a pastora vai estando rica…
think-1SG that EXPL the shepherdess is be-GER rich
‘I think that the shepherdess is almost rich…’
(94) Dizem que ele era numa carroça.
say-3PL that EXPL was in.a cart
‘They say that it was in a cart.’
From the facts presented above, we may conclude that peripheral/impersonal expletives
and postverbal ele also differ in their distribution in embedded contexts: while the former
do not display any significant asymmetry opposing matrix and embedded contexts, the
distribution of the latter is much more restrained in embedded contexts than in matrix
sentences.
Before comparing the interpretive effects of these two types of expletives, let us recall
another distinctive feature already discussed in chapter 4: the behavior of
201

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
peripheral/impersonal expletives versus that of postverbal ele with respect to alternation
with a neuter demonstrative pronoun. As we have seen, while peripheral and impersonal
expletives may normally be commuted into neutral demonstrative pronouns (see examples
(95) through (101), where a demonstrative occurs in contexts usual for impersonal and
peripheral ele), postverbal expletives do not admit such a substitution, as illustrated by
examples (102) and (103):
(95) (…) E assim é que é, mas aquilo era um chiadeiro enorme. (AAL42)
and like.this is that is but that was a creaking huge
‘And that is this way that it should be, but it was a huge creaking.’
(96) Há cardos. Aquilo há cardos. (AAL75)
has thistles that has thistles
±‘There are thistles. There are thistles.’
(97) Que isso era muito difícil de aparecer uma maçaroca mesmo roxa. (AAL17)
QUE that was very difficult of appear-INF an ear.of.corn even violet
±‘It was difficult that an all violet ear of corn appears’.
(98) Quando aquilo já estava a palha toda tirada, a gente agarrava (...) numa giesta […]
when that already was the straw all taken.out the people held in.a genista
‘When the straw was actually all taken out, we held a stick of genista …’ (AAL10)
(99) Aquilo o forno levava ali três ou quatro tabuleiros, não é, até três ou quatro fregueses, […]
that the oven took there three or four trays NEG is till three or four customers
±‘The oven took three or four trays, isn’t it, so three or four customers…’ (AAL18)
(100) Aquilo o carneiro, o carneiro tira-se é os 'grões'. (ALC26)
that the sheep the sheep takes.out-SE is the ‘grões’
±‘As for sheep, what we do is to take out the testicles.’
(101) Quer dizer, isso um carpinteiro é que pode dizer todos esses nomes […] (LVR26)
means that a carpenter is that can tell all those names
‘I mean, a carpenter is the one who can tell all those names…’
(102) Bem aos olhos faz {ele, *isto, *aquilo, *isso} tudo…
good to.the eyes makes EXPL this that everything
(103) Isso compreendemos {ele, *isto, *aquilo, *isso} bem.
that understand-1PL EXPL this that well
Thus, as far as demonstrative substitution is concerned, the evidence is also fairly
compelling for a distinction between peripheral and impersonal expletives on the one hand,
and the postverbal expletive on the other.
Finally, let us reconsider the discourse effects of these two types of expletives. As seen in
chapter 4, the peripheral/impersonal expletive has the generalized effect of reinforcing the
202

5. EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE SYNTAX
pragmatic value of the sentence where it appears. In fact, we have seen that in exclamative
sentences like those in (104), it is the expressive value that is emphasized by the expletive:
(104) a. Ele nunca me olhava a nada, nunca tinha medo nenhum! (ALV25)
EXPL never ± avoided anything never had fright/fear any
‘I never avoided anything, I never was afraid!’
b. Quem sabe lá que carne é aquela! […] Ele não sabe! (COV14)
who knows LÁ what meat is that EXPL NEG knows
‘Who knows what kind of meat is that! We don’t know!’
c. Ele tem-me acontecido aqui cada uma! (COV23)
EXPL has-to.me[CL.DAT] happenned here such one
±‘I have suffered such things here!’
Similarly, in imperative sentences allowing the expletive, it is the command value of the
imperative that is strenghtened. Accordingly, as shown in chapter 4 (section 4.4), the
expletive may co-occur with other imperative reinforcers (such as já, lá, mesmo), but it
may not be combined with mitigation expressions (such as se não se importam ‘if you
don’t mind’, por favor ‘please’):
(105) a. Ele vamos {já, lá, mesmo} embora!
EXPL go-PRES.SUBJ-1PL JÁ LÁ MESMO away
b. # Ele vamos embora {se não se importam, por favor}!
EXPL go-PRES.SUBJ-1PL away if you don’t mind please
In interrogative sentences, the expletive appears rather related to exclamatives. In fact, it
appears to reinforce the expressive value shared by the type of questions where it is
allowed: non-standard questions, i.e. questions which do not really search for the value of a
variable (for instance, rhetorical questions, as in (106)).
(106) Não sendo no Natal, (ele) quem é que os come?! Ninguém. (OUT50)
NEG be-GER in.the Christmas EXPL who is that them eat nobody
‘If it is not by Christmas, who will eat them?! Nobody.’
In declarative sentences, in turn, it is the assertive value of the utterance that is
emphasized, the expletive acting as a sort of strong evidentiality marker. In fact, with such
expletive constructions the speaker appears to indicate that he strongly stands for the truth
of the statement he is making. In this sense, such sentences are easily followed by a
question-tag. Although a tag may pragmatically act as a real confirmation request for the
content of the sentence which it follows, another type of tags may actually signal the
“speaker confidence in the content for which confirmation is being requested” (see, for
instance, Fraser 1996: 177-178). Thus, the tag in example (107) below appears to be
203

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
consistent with the expletive construction that precedes it, in that both the expletive and the
tag-question signal that the speaker is relatively confident of what he is saying.
(107) Bom, ele há várias estrelas, não é? (AAL92)
good EXPL has several stars NEG is
‘Well, there are several stars, aren’t there?’
To the same effect, consider the following contrast:
(108) A: Os cães comeram os ossos, não foi?
‘A: The dogs ate the bones, didn’t they?’
B: Não(, não comeram).
no NEG ate-3PL
‘No, they didn’t.’
(109) A: Ele os cães comeram os ossos, não foi?
‘A: EXPL + The dogs ate the bones, didn’t they?’
B: # Não(, não comeram).
no NEG ate-3PL
The contrast between the responses in (108) and (109) seems in effect to confirm that the
expletive reinforces the assertive value of a declarative sentence. In fact, if we add a tag to
a non-expletive sentence, as in (108), the confirmation request may be interpreted as a real
request that the addressee confirms the content of the previous sentence (although, it may
also alternatively signal the speaker’s confidence in that content). Accordingly, a negative
answer may be given by the addressee. In contrast, however, the tag after the expletive
construction in (109) appears to allow only the strong confidence signal effect. Thus, a
negative response would not be felicitous in such context (at least, the speaker would not
expect it), which might be the corollary of the effect of the peripheral expletive.
As for the postverbal expletive, its discourse effect seems to be slightly different.
As will become clearer below, the postverbal ele appears to induce a particular pragmatic
value. Consider, again, the following declarative sentence, with an assertive pragmatic
value:
(110) Os cães comeram os ossos.
the dogs ate-3PL the bones
‘The dogs ate the bones.’
If we add a peripheral expletive to this sentence, its pragmatic value does not seem to be
changed. Quite on the contrary, the assertive value results reinforced, as we have seen
above.
204

5. EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE SYNTAX
Now, if we try to add a postverbal expletive to sentence (110), the assertive value
appears to be no longer available. Accordingly, a question-tag after such expletive
construction would originate a non-felicitous example, as in (111):
(111) Os cães comeram ele os ossos, # {não foi, não comeram}?
the dogs ate-3PL EXPL the bones NEG was NEG ate-3PL
We may confirm such a behavior with some attested CORDIAL-SIN examples, which in
fact do not seem to allow for a question-tag: 5
(112) Bem aos olhos faz ele tudo, # {não é, não faz}?
good to.the eyes makes EXPL everything NEG is NEG makes
(113) Ele aqui debaixo tenho ele assim umas pias, # {não é, não tenho}?
EXPL here under[this] have-1SG EXPL thus some sinks NEG is NEG have-1SG
Remark that such question-tags would be felicitous, if the expletive was not present:
(114) Bem aos olhos faz tudo, {não é, não faz}?
good to.the eyes makes everything NEG is NEG makes
(115) Ele aqui debaixo tenho assim umas pias, {não é, não tenho}?
EXPL here under[this] have-1SG thus some sinks NEG is NEG have-1SG
Assuming with Costa 2002 and Duarte apud Costa 2002 that the impossibility of such
question-tag may indicate the non-assertive value of the sentence to which the tag is added,
I take then this resistance to receiving a tag as an indication that postverbal expletive
constructions do not involve any assertive value.
In fact, constructions including postverbal ele rather compare to exclamative
sentences. Recall, for instance, the following example:
5
An apparent counter-example comes from CORDIAL-SIN data transcribed more recently (not included in
the subcorpus considered for the present work):
(i) A senhora quer ele os cestos é à moda antiga, não é?
the lady wants EXPL the baskets is after.the fashion old NEG is
±‘It is after the old way of doing how the lady wants to know how the baskets were made, isn’t it?’
Since this sentence involves a peculiar way of clefting (cf. Costa and Duarte 2001’s “basic
semi-pseudocleft”), and the expletive appears inside the part corresponding to a free relative (compare (ii)), I
would not pair off this case with those considered above, which involve matrix contexts.
(ii) [Como] a senhora quer os cestos é à moda antiga
how the lady wants the baskets is after the old way of doing
Remark that the tag after the cleft does not repeat the verb occurring inside the free relative but the verb ser
‘to be’ from the cleft construction:
(iv) Como a senhora quer os cestos é à moda antiga, {não é, # não quer}?
205

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
(116) Às vezes aparece ele aí cada 'riaga'! (OUT09)
sometimes appears EXPL there such ‘riaga’
‘Sometimes we find such a ‘riaga’!’
In this case, the postverbal expletive does not change the value of the sentence. Remark
that, if the expletive was not present, this sentence would equally qualify as an exclamative
– the exclamative value is here essentially dependent on the use of the indefinite cada
‘literally, each’. The postverbal expletive, thus, is not incompatible with such a value. On
the contrary, constructions which have been argued to be exclamative or evaluative, like
Raposo’s “affective” constructions (see Ambar 1999, Costa 2002), easily accept the
postverbal expletive:
(117) Muitas flores recebeu ele a Maria!
many flowers received EXPL the Maria
Other exclamative sentences involving the expression of an evaluation by the speaker (see
Ambar 1999: 42) also admit postverbal ele:
(118) a. Linda casa comprou ele a Maria!
beautiful house bought EXPL the Maria
b. Isso sabe ele a Maria!
that knows EXPL the Maria
As already noted above, in affective / exclamative sentences which allow either a
postverbal or a preverbal subject, the expletive is only possible when the subject occurs
postverbally: 6
(119) Muitas flores a Maria recebeu (*ele)!
(120) Linda casa a Maria comprou (*ele)!
Exclamative / evaluative sentences involving a postverbal subject thus generally appear to
allow a postverbal expletive.
In other exclamative sentences, postverbal ele equally appears to be generally
allowed. Its effect in exclamative sentences seems to be merely emphatic: it only reinforces
6 Exclamatives which do not involve a quantified expression or an evaluative element in the dislocated
phrase, as (118)b, seem to be more strict with respect to the subject position, to the extent that they usually
require a postverbal subject. Accordingly, in a sentence like (i) the exclamative/evaluative value seems to be
lost, resulting in an assertive utterance:
(i) Isso a Maria sabe(, não sabe?)
that the Mary knows NEG knows
206

5. EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE SYNTAX
an expressive value already manifested by the sequence where it appears. In this sense,
postverbal ele bears some resemblance to the peripheral expletive occurring in exclamative
sentences, modulo a different position.
In sentences which do not present such expressive import by themselves, the effect
of the postverbal expletive seems however to be that of adding precisely such exclamative
or evaluative value, as we have seen above. Thus, in the following CORDIAL-SIN data,
the expressive force of the relevant sentences is allegedly dependent on the presence of
postverbal ele.
(121) Dantes é que era frio. Agora não é ele nada! (female, Portalegre, age c.70y, low educ.)
long.ago is that was cold now NEG is EXPL nothing
‘Long ago it was cold. Now it is nothing!’
(122) Era, era. Era ele nas eiras! (TRC70 )
was was was EXPLin.the threshingfloors
±‘Indeed it was. It was in the threshingfloors!’
(123) INQ1 […] E para levar… Para levar coisas? Por exemplo, se não fosse para levar pessoas?
‘Interviewer1: […] And to carry… to carry goods? For instance, if it was not to carry people?’
INF1 Era ele numa carroça! (MIG14)
was EXPL in.a cart
‘Informant1: It was in a cart!’
(124) INF: Alecrim. Aí na estrada também há. Em primeiro era só nalgum jardim ou cá...
‘Informant: Rosemary. There is that also near the road. Long ago there was that only in gardens or
here…’
(Por aí) nas estradas, nas barreiras das estradas há ele. [ALEPG, Arraiolos 2 side1: 521]
there in.the roads in.the sides of.the roads has EXPL
± ‘There, near the roads, on the flanks of the roads, there is [rosemary].’
(125) INQ1 Uma outra, assim compridinha.
‘Interviewer1: Another one, which is quite long.’
INF2 Eu não me lembro disso.
‘Informant2: I don’t remember that.’
INQ1 Diz que faz bem aos olhos.
‘Interviewer1: They say that it is good for the eyes.’
[…]
INF2 Ah, bem aos olhos faz ele tudo, (…) quando não haver pouca sorte. (PAL28)
INTJ good to.the eyes makes EXPL everything when NEG have-INF bad luck
±‘Informant2: Oh, everything is good for the eyes, when you do not have bad luck.’
(126) Olhe que este linho está bem fininho. […] Pois eu, ao passar o dedo, fica-me ele
look that this flax is very thin POIS I A.the slide-INF the finger stays-to.me EXPL
o coiso cheio (…) de arestas. (OUT13)
the thing full of edges
±‘Look, this flax is very thin. And, despite that, when I slide my finger over it, it becomes
full of edges.’
207

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
(127) As pias há-as quadradas (e) há outras redondas, não é? […] Eu tenho-as aí…
‘As for sinks, there are some of them square and some rond, isn’t it? I have some there…’
[…] Ele aqui debaixo tenho ele assim umas pias para os pequeninos, para lá comerem,
EXPL here under[this] have-1SG EXPL thus some sinks to the small.ones to there eat-INF-3PL
± ‘Here, under this, I have some sinks for the small ones, for them to eat there.’ (OUT33)
A related context where postverbal ele may also appear corresponds to non-standard
(expressive) questions. As mentioned above, in a sentence like (83), here repeated as (128),
the postverbal expletive seems to have the effect of blocking a true question interpretation,
rather reinforcing the expressive reading of the rhetorical / surprise-disapproving question:
(128) Quem { comerá, comeu } ele estes bolos?
who eat-FUT-3SG eat-PERF-3SG EXPL these cakes
We may thus conclude that with respect to their effect at the discourse level,
peripheral/impersonal expletives and postverbal ele must also be distinguished: while the
latter appear essentially related to an expressive pragmatic value, which they may reinforce
or create by themselves, the former act as reinforcers of other pragmatic values besides the
expressive one, namely in assertions and commands.
Summing up: I have begun this subsection by considering the hypothesis that all types of
expletive ele may reduce to a single category. However, when we compare the behavior of
peripheral, impersonal and postverbal expletives in EP dialects, as it was done in this
subsection, we find significant and systematic differences which lead us to distinguish
peripheral/impersonal ele, on the one hand, and postverbal ele, on the other. In this
subsection we discussed evidence on: (i) the position of the expletive in the left periphery;
(ii) its position with respect to the inflected verb; (iii) its distribution in embedded contexts;
and (iv) alternation between an expletive and a neuter demonstrative pronoun. The main
differences between both types of expletives are summarized below in Table 1:
208
PERIPHERAL/
IMPERSONAL
EXPL
POSTVERBAL
EXPL
position in the periphery high low
distribution in embedded contexts
less
restricted
more
restricted
verb adjacency - +
demonstrative substitution + -
Table 1. Contrasting peripheral/impersonal expletives with postverbal ele

5. EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE SYNTAX
Another difference between these two types of expletives concerns their effect on the
discourse level. While peripheral/impersonal ele acts as a kind of reinforcer for different
pragmatic values in different sentence types (namely, the expressive value of certain
exclamatives and non-standard questions, the command effect of imperatives and the
assertive value of declaratives), postverbal ele is more strictly connected with expressive
utterances. More specifically, it may act as a sort of evaluative marker, to the extent that
this kind of expressive value may be dependent on the presence of a postverbal expletive.
Finally, there is an additional argument for maintaining that we cannot subsume all cases
of expletive ele into a single unit: the peripheral expletive may co-occur with postverbal
ele in the same sentence, as in (129), which would be unexpected if they were members of
a single class.
(129) As pias há-as quadradas (e) há outras redondas, não é? […] Eu tenho-as aí…
‘As for sinks, there are some of them square and some rond, isn’t it? I have some there…’
[…] Ele aqui debaixo tenho ele assim umas pias para os pequeninos, para lá comerem,
EXPL here under[this] have-1SG EXPL thus some sinks to the small.ones to there eat-INF-3PL
± ‘Here, under this, I have some sinks for the small ones, for them to eat there.’ (OUT33)
Given the evidence discussed in this subsection, we may thus conclude that, just like the
peripheral/impersonal expletive, postverbal ele is also to be related to the left periphery of
the sentence in EP; and that the former and the latter may not be subsumed into a single
category, a point to which I will return in section 5.5 below.
5.3 The expletive and [Spec, IP]
So far, there is ample reason to adhere to the idea that overt expletive ele in EP is in fact
very different from NNSL’s subject expletives. In fact, the evidence presented in the
previous sections points out to an expletive relating to positions in the left periphery, which
actually fits well the characterization of an element bearing some discourse-related import.
Although in chapter 4 we have presented some examples of expletive constructions
as corresponding to “regular” expletive contexts, i.e. constructions where the expletive
could in principle occupy the subject position (see above section 4.2.1 “Subject-like
expletive in impersonal constructions”), we subsequently admitted that such expletives
209

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
might well correspond to peripheral-like expletives occurring in the periphery of a null
expletive subject, as proposed by Uriagereka 2004 (see section 5.1 above). Thus, just like
overtly peripheral expletives, the expletive occurring in impersonal constructions may
occupy a position different from the structural subject position (for the purposes of the
present work, we may take such subject position as simply [Spec, IP]). As for postverbal
ele, section 5.2.1 above also provides evidence that this expletive cannot occupy the
subject position either, rather pertaining to the C-domain.
In this subsection however we will discuss some cases which seem to complicate such an
analysis. In fact, as we have already noted above (see in particular section 5.1), the
peripheral analysis does not extend to all instances of expletive ele without problems.
Let us consider then the first set of problematic examples. These correspond to cases where
some peripheral element appears to the left of the expletive, as in the following examples:
(130) Olhe, aqui são fêtãos. Isso, ele há cá muito – os fêtãos. (FIG12)
look here are ferns that EXPL has here much – the ferns
± ‘Look, these are ferns. Those, there are many here (ferns)’
(131) Os tabuleiros, ele também os há de barro, não é? (OUT31)
the trays EXPL also them has of clay NEG is
± ‘As for trays, there are also some of them made out of clay, isn’t it?’
(132) Há algum tempo – agora não –, mas há algum tempo – agora tenho água
has some time now NEG but has some time now have-PRES-1SG water
em casa –, mas naquele tempo, (ele) havia uns canecos que era para vir
at home but in.that time EXPL had some mugs QUE was to come
à fonte, uns canecos de madeira, […] (COV13)
to.the fountain some mugs of wood
± ‘Some time ago – not now, but some time ago – now I have water at home –, but in that
time, there were mugs that we take to the fountain, some wooden mugs...’
(133) Até aqui nestes olivais, ele há ali semeada. (LVR10)
even here in.these olive_groves EXPL has there sownF
± ‘Even in these olive groves, there is [null object] sown.
Thus, as we have already mentioned, expletive ele may be preceded by topicalized
constituents, clitic left dislocated phrases, sentence initial adverbials and dislocated
focused phrases, which typically occur as left peripheral elements. As suggested above,
wh-questions may also present a similar pattern, with the dislocated wh-phrase before the
expletive:
210

5. EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE SYNTAX
(134) ? Em que olivais ele há essa erva?
in which olive_groves EXPL has that plant
Hence, different kinds of peripheral elements may in fact precede this otherwise peripheral
expletive.
A simple way to derive this word order would naturally be to assume that the
expletive stays in [Spec, IP]. Since these examples all involve impersonal predicates (more
precisely, existential haver), there is no available argument which may occupy such subject
position. [Spec, IP] would then be a good candidate position for the expletive – ele would
in that case stay in a position otherwise filled up by a null expletive.
A compelling argument to consider these cases of expletive ele as different from
the cases of peripheral expletives relies on the possible (and attested) co-occurrence of
both types of expletive:
(135) Isto, ele há coisas (…) … (COV24)
this EXPL has things
± ‘There are such things(…) …’
(136) O borralho que ficava deixava-se (descontrolar) assim um bocadinho,
the embers that remained was allowed to lose control so.to.speak a little
senão aquilo ele era brasas que enchiam a boca do forno. (LVR35)
otherwise DEM EXPL was coals that filled up the door of.the coal_fire
± ‘We let the embers that were left (fall down), otherwise the entry of the coal fire was
stuffed with coals.’
In these CORDIAL-SIN examples, the neuter demonstrative would act as a peripheral
expletive occurring before the (expletive) subject position in impersonal constructions. 7
Ele would then occupy such subject position. In particular, the fact that both peripheral
isto/aquilo and ele may co-occur provides strong evidence for claiming that they
correspond in fact to different positions in the sentence. I leave these cases here for now to
return to them only after presenting a second set of alleged problematic examples.
As I have already mentioned in section 5.1 above, some examples call into question
Silva-Villar’s assumption that expletive ele is banned from embedded contexts. Likewise,
such examples appear to compromise the prediction allowed by Uriagereka’s proposal that
7
The reverse order would be equally possible:
(i) Ele isto há coisas
(ii) Ele aquilo era brasas...
Such possibility would in fact confirm that, just like peripheral ele, (truly) impersonal expletives may also
alternate with a neuter demonstrative pronoun (see section 4.4).
211

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
the peripheral expletive occurs essentially as a root/matrix phenomenon. Below, I recall
some of these examples:
(137) […] agora neste tempo, mais ou menos, Fevereiro, Março, é que ele ia outra
now in.this time more or less February March is that EXPL went-3SG other
máquina […] (AAL02)
machine
±‘It was now, at this time, February, March, that another machine was used.’
(138) pois que préstimo teem agora as talhas, se êle não há já vinhas? (Ribeiro 1927: 28)
POIS what utility have now the ± tubs if EXPL NEG has still vineyards
± ‘So what is the utility of the tubs now, if there are no more vineyards?’
(139) Nós, antigamente, cozíamos quando ele vinha o tempo de castanhas –
we in.the.past cooked when EXPL came-3SG the time of chestnuts
(que) também dávamos castanhas. (OUT32)
QUE also gave-1PL chestnuts
‘In the past, we used to cook [null object: the pig’s food] when was the chestnuts time –
we also used to give [them] chestnuts.’
(140) De vez em quando tem que se lhe dar uma mexidela.
‘You have to stir it every now and then’
E quando ele começa a vir aquela (…), quer dizer, a massa, (…) que ela lá dentro tem
and when EXPL begins A come-INF that mean-3SG the paste QUE it there inside has
aquela coalhada que daqui vai saindo… (MST01)
that curd which from.here goes getting out
±‘And when that paste begins to appear – inside, it has that curd that one gets from this…’
(141) Parece qu’ ele vai ser ano de milho (Terceira, in Dias 1982: 325)
seems that EXPL will be-INF year of corn
± ‘It seems that it will be a good year for growing corn.’
In fact, it becomes clear from such examples that expletive ele may occur embedded in
that-clauses (example (141)), in free relatives inside cleft constructions (see example
(137)), and in different adverbial clauses (when-clauses in (139) and (140), and an if-clause
in example (138)).
In all these examples, expletive ele appears below the complementizer (que and se)
or other material belonging to the C-domain (wh-words, such as quando). Remark however
that the above sentences all involve impersonal predicates. Thus, just like for the first set of
examples examined in this subsection, it is conceivable that the expletive may fill here the
canonical subject position, which otherwise would be vacant. This, of course, would
weaken the peripheral expletive hypothesis, to the extent that the number of cases of nonperipheral
(and non-postverbal) ele would be substantially increased. But, on the other
212

5. EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE SYNTAX
hand, it would support a generalization disallowing peripheral expletives from embedded
contexts. The facts about expletive ele in embedded contexts are not so simple, however.
First, note that the expletive occurring with impersonal verbs, such as existential
haver in the example below, may in fact occur in an embedded position which overtly
differs from the subject position:
(142) Mas olhe que eu, eu tenho a impressão (…) que ele que havia ainda lá disso. (AAL21)
but look that I I have the impression that EXPL that had still there of.that
± ‘But look, I have the impression that there was some of that there.’
In this example, ele is “sandwiched” between two instances of the complementizer que in a
recomplementation structure. This context naturally leaves the expletive in a peripheral
position, assuming, as seems uncontroversial, that both instances of the complementizer
appear inside the C-domain. Recall that such recomplementation structures at several
instances have served as evidence for positing an enlarged structure for the left periphery
of (at least certain) embedded clauses (formerly, CP-recursion). Work by Uriagereka and
Uriagereka and Raposo, for instance, often suggests that the availability of such structures
in certain Romance languages depends on the syntactic and morphological properties of an
extra C-related head, F in their terms (cf. Uriagereka 1992, 1995a, 1995b, 2004, Raposo
and Uriagereka 1996, 2004).
Such “sandwiched” position of the expletive is itself peculiar in that this is a
position usually occupied by topical elements, among which we may find subjects:
(143) Eu sei que aquilo que não é por mal, sabe? (VPA15)
I know that that[DEM] that NEG is for injury know-3SG
‘I know that is not for injury, you know.’
Thus, in examples like (142), either ele corresponds to an (expletive) overt subject of an
impersonal verb which has moved to a topic-like position or otherwise this element may be
analyzed as a case of peripheral ele which happens to occur between two instances of the
complementizer.
The hypothesis that a peripheral expletive may in fact appear in embedded contexts
is not so unconceivable. We know that (at least certain) embedded sentences may allow the
same kind of peripheral elements as matrix ones. Among Germanic languages, for
example, Verb-second phenomena in embedded contexts have often been related to the
availability of CP-recursion (cf. Vikner 1995, Holmberg and Platzack 1995) or of an
expanded structure of the C-domain (cf. Holmberg 2000a). In asymmetric V2 languages
213

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
such as German and Danish, which generally have V2 as a property of matrix clauses,
some subordinate clauses like those in (144) and (145) may display V2 in embedded
contexts (examples from Roberts and Roussou 2002: 146).
(144) Er glaubt [diesen Film haben die Kinder gesehen]. (Ge)
he thinks this film have the children seen
‘He thinks that the children have seen this film.’
(145) Vi vet [at denne bog har Bo ikke læst]. (Da)
we know that this book has Bo not read
‘We know that Bo has not read this book.’
In these languages, such possibility seems to be restrained to a limited group of verbs,
among which epistemic verbs (as other declarative-type verbs). However, so-called
symmetrical V2 languages, such as Icelandic and Yiddish, exhibit in subordinate clauses a
matrix-like pattern regarding the position of the inflected verb, i.e. the inflected verb must
appear as the second overt constituent also in embedded clauses (Diesing 1990,
Rögnvaldsson and Thráinsson 1990, Santorini 1989, 1992, Thráinsson 1986, a.o.).
Assuming that the verb is in C (or in a C-related position) when in a second position,
naturally some additional C-structure is needed below the complementizer in embedded
clauses displaying V2 effects, such as in the following Icelandic examples:
(146) Prófessorinn sagði að í gær hefði einhver lokið ritgerðinni. (ex. from Vangsnes 2002: 47)
professor.the said that yesterday had someone finished thesis.the
(147) Ég spurði hvort þegar hefði Maria lesið þessa bók. (= Cardinaletti & Roberts 2002 (1c))
I asked whether already had Mary read this book
(148) sú staðreynd að þegar hefur Maria lesið þessa bók. (= Cardinaletti & Roberts 2002 (1d))
the fact that already had Mary read this book
(149) bókin sem þegar hefur Maria lesið. (= Cardinaletti & Roberts 2002 (1e))
book.the that already had Mary read
As these examples illustrate, in such languages embedded V2 is not sensitive to the nature
of the selecting predicate, with the correlate that all kinds of embedded clauses can be V2.
Hence, different kinds of embedded clauses may have the enlarged C-structure required for
V2 to occur.
Returning to EP facts, we may also observe that finite embedded clauses, such as
those where a recomplementation structure is found, may allow other phenomena usually
214

5. EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE SYNTAX
related to the C-domain, such as topicalization (see Duarte 1987, 1996) 8 , as illustrated by
the following examples (from Duarte 1996: 328 (3a-b)):
(150) Juro-te que, piscina, não sabia que tinha.
swear-1SG_to.you that swimming pool NEG knew-1SG that had-3SG
±‘I swear that I didn’t know that he/she/it had a swimming pool.’
(151) Podes crer que, a esse político, nunca darei o meu voto.
can-2SG believe-INF that to that politician never give-FUT.1SG the my vote
‘You can believe it that Iwill never give my vote to that politician.’
Thus, in structural terms, having a peripheral expletive in embedded contexts in EP could
in principle be straightforward.
In fact, some CORDIAL-SIN examples cast no doubt about the peripheral status of
the expletive occurring in some embedded contexts. In the following example, for instance,
the neuter demonstrative pronoun occurring in a recomplementation structure may not be
analyzed as an impersonal subject, since the embedded clause involves a third plural
arbitrary null subject:
(152) Mas se soubesse que isto (...) que não nos tiravam (...) o valor ao dinheiro ou assim
but if know-IMPERF.SUBJ that this that NEG to.us take.away the value to.the money or like.that
qualquer coisa, […] eu, agora, vendia algumas propriedades (...) (AAL27)
some thing I now sold some properties
‘But if I knew that they would not take the value of our money or anything like that, now, I
would sell some properties.’
Yet another example displays the expletive in an embedded context where it follows the
complementizer but appears before (i) a preposed adverbial; and (ii) a preverbal overt
subject:
(153) Tu sabes bem que ele em Paçô eles viram para aquele lado e a gente encaminhava
you know well that EXPL in Paçô they turn to that side and the people turned
logo para este lado. (COV28)
immediately to this side
‘You know well that at Paçô they turn to that side and we immediately turn to this side.’
Thus, assuming that such embedded clauses allow for a fairly extended C-projection would
leave a natural space for placing a peripheral expletive.
Concerning the discourse effect of an expletive occurring in such an embedded
context, it must be noted that, after all, the strong evidentiality marker analysis (à la
Uriagereka) could still be maintained. In fact, in the examples presented above, those
including a clearly peripheral expletive (i.e. those where no impersonal predicate occurs
8 Under Duarte’s analysis embedded topicalization is however analysed as IP-adjunction.
215

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
inside the embedded clause) involve the verb saber ‘to know’ (the ambiguous example
(142) involves a similar predicate, ter a impressão ‘lit. have the impression’). Such verb
(like ter a impressão) implies the existence of a claim to truth (i.e. an assertion) in its finite
complement. The expletive appears to be equally possible in embedded clauses depending
on other assertive predicates (cf. Torrego and Uriagereka 1993):
(154) Eu disse-te que ele em Paçô eles viraram para aquele lado.
I said-1SG to.you that EXPL in Paçô they turned-3PL to that side
‘I told you that at Paçô they turned to that side.’
(155) Eu acho que ele em Paçô eles viraram para aquele lado.
I think-1SG that EXPL in Paçô they turned-3PL to that side
‘I think that at Paçô they turned to that side.’
In such assertive complements, the effect of the peripheral expletive would
straighforwardly follow: just like peripheral ele in declarative main clauses, it would
emphasize an assertive value.
There are however other examples which include peripheral expletive ele in nonassertive
embedded contexts:
(156) Tinham de combinar era os dias das cozeduras e as horas, para ele desencontrarem-se
had-3PL of settle-INF was the days of.the bakings and the hours to EXPL diverge-3PL
umas das outras. (EXB27)
one from another
±‘They had to agree on the days and the hours for baking, in order not to be there at the
same time.’
(157) As folhas saíam e a azeitona ficava ali, em cima dum pano limpo, que era para
the leaves went.away and the olive remained there upon of.a cloth clean QUE was for
despois (de) já estar limpa para ele a gente pôr dentro duma canastra. (ALC17)
after of already be-INF clean for EXPL the people put inside of.a basket
± ‘Leaves were thrown away and olives were kept there, on a clean cloth, to be put inside a
basket.’
(158) INQ1 Portanto, já há quantos anos é que isso não se faz cá? Já há quantos?
‘Interviewer: So, how many years are there that that is not done anymore? How many years?’
INF Oh! Isso já há muitos anos. Ainda eu era garota quando ele deixaram de...
INTJ that already has many years still I was little.girl when EXPL stopped-3PL of
Deixaram depois de usar estas coisas todas. (MST19)
stopped-3PL after of use-INF these things all
‘Informant: Oh, There are many years. I was still a little girl when people stopped… People
stopped using all these things.’
(159) Se (ele) /lhe\ alguém disser alguma coisa, (…) diga-lhe que foi à minha ordem.
if EXPL to.him anybody say-FUT.SUBJ any thing tell-to. him that was to my order
‘If anybody says anything, you tell him that it was done under my orders’. (COV13)
216

5. EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE SYNTAX
A problem for considering the expletive occurring in such embedded clauses (inflected
infinitival purpose clauses, an interrupted when-clause and an if-clause) as a peripheral
expletive seems to be the fact that these clauses usually don’t allow the sort of enlarged C-
domain seen above for that-clauses (but see the Icelandic example (149) above, which
involves a relative clause, just like it may be argued for when-clauses as in (158) – more
precisely, when-clauses would involve a free relative – cf. Móia 2001). Accordingly, they
usually don’t allow topicalization:
(160) *… para, os turnos, os aldeãos poderem cumprir…
( in order) to the turns the peasants may follow
± ‘…so that the peasants may follow their turns…’
(161) *… quando, estas coisas, deixámos de usar…
when these things stopped-1PL of use-INF
± ‘…when we stopped using these things…’
However, if we consider constructions with indefinite se, which arguably would involve
positions peripheral to IP (cf. Raposo and Uriagereka 1996), then we may consider that
such embedded clauses must also involve some peripheral structure after para, se and after
the wh-word. More precisely, the agreeing DP in such se-constructions, which Raposo and
Uriagereka argue occupies a peripheral (in fact, topic) position when it appears before the
verb, may in fact occur in preverbal position in such embedded constructions:
(162) … para essas salsichas se comprarem no talho …
to those sausages SE buy-INF-3PL at.the butcher.shop
‘…so that people buy those sausages at the butcher shop…’
(163) … quando essas salsichas se compravam no talho …
when those sausages SE bought-3PL at.the butcher.shop
‘… people bought those sausages at the butcher shop…’
(164) … se essas salsichas se comprassem no talho …
if those sausages SE buy-IMPERF.SUBJ.3PL at.the butcher.shop
‘… if people could buy those sausages at the butcher shop…’
Such possibility of having peripheral elements inside embedded clauses headed by para,
quando and also se certainly opens the space for a peripheral ele in an analogously
enlarged periphery.
In that case, we may again hypothesize a uniform analysis for peripheral and
impersonal ele, also in embedded contexts: if a peripheral expletive may generally be
allowed in such contexts, there seems to be no special reason for postulating an impersonal
expletive just in case the involved predicate happens to be impersonal. Just like for matrix
contexts, we may still maintain that in impersonal embedded clauses a peripheral expletive
217

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
occurs in the periphery of the embedded clause, while the subject position is filled up by a
null expletive.
If such an analysis may be maintained, then, the second set of problematic
examples which we have considered does not in fact challenge the peripheral analysis
adopted for peripheral/impersonal expletives in EP.
A problematic set of examples still remains, however. Recall from the beginning of
this subsection that we find instances of non-postverbal expletive ele in matrix contexts in
positions after peripheral constituents. Recall examples (130)-(133) above, repeated below
for ease of discussion:
(165) Olhe, aqui são fêtãos. Isso, ele há cá muito – os fêtãos. (FIG12)
look here are ferns that EXPL has here much – the ferns
± ‘Look, these are ferns. Those, there are many here (ferns)’
(166) Os tabuleiros, ele também os há de barro, não é? (OUT31)
the trays EXPL also them has of clay NEG is
± ‘As for trays, there are also some of them made out of clay, isn’t it?’
(167) Há algum tempo – agora não –, mas há algum tempo – agora tenho água
has some time now NEG but has some time now have-PRES-1SG water
em casa –, mas naquele tempo, (ele) havia uns canecos que era para vir
at home but in.that time EXPL had some mugs QUE was to come
à fonte, uns canecos de madeira, […] (COV13)
to.the fountain some mugs of wood
± ‘Some time ago – not now, but some time ago – now I have water at home –, but in that
time, there were mugs that we take to the fountain, some wooden mugs...’
(168) Até aqui nestes olivais, ele há ali semeada. (LVR10)
even here in.these olive_groves EXPL has there sownF
± ‘Even in these olive groves, there is [null object] sown.
Given the characterization of EP as a language allowing for multiple topics (see Duarte
1987, 1996), one could think of contexts such as those in (165) through (167) as involving
multiple topics. However, as it has been noted, in main clauses topics occur to the left of
affective phrases such as that in (168) (cf., for instance, Raposo and Uriagereka 1996:
763-764). This would of course preclude such topic interpretation for ele in the last
example.
Instead, it seems to me that an analysis involving the subject position as the real
position for this expletive is to be prefered. The fact that the verbs involved essentially
correspond to impersonal verbs would allow us to consider this expletive as a
quasi-argumental subject, having in fact some properties which differ from those of pure
subject expletives. In this sense, this would not mean that EP, despite being a NSL, does
218

5. EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE SYNTAX
have expletives, since ele would not qualify, even in this case, as a true subject expletive
(cf. distinction between quasi-arguments and pure expletives in chapter 2).
On the other hand, the possible alternation between an overt quasi-argumental
subject and its null corresponding subject would be an interesting correlate, in a NSL, for
the alternation found in NNSLs between an overt expletive (i.e. quasi-argument) and
another pronoun drawn from the demonstrative paradigm (cf. Cabredo Hofherr 2004):
(169) Il / ça pleut (French)
EXPL that rains
(170) Es / das regnet (German)
We might even consider the possible relation between the form ele in EP and other
demonstratives. As is well known, in other Iberian languages, ello corresponds to a neuter
demonstrative (cf. Álvarez 2000). In EP, we find the corresponding accusative form in
sentences like those in (171), whose usual subject counterpart is a neuter demonstrative
pronoun (cf. Matos 1985):
(171) a. O Pedro é um homem honesto porque a mãe o obrigou a sê-lo.
the Pedro is a man honest because the mother him obliged A be it
‘Pedro is a honest man because his mother has obliged him to be so.’
b. O assunto é com o João e sempre o foi.
the issue is with the João and always it was
‘The issue concerns João and it always did so.’
c. O Pedro comprou todos os artigos expostos e a Maria disse-o a toda a gente.
the Pedro bought all the articles exposed and the Maria told it to all the people
‘Pedro bought everything that was exposed and Mary told that to everyone.’
Remark that some uses of ele in dialectal data often seem to correspond to a neuter
demonstrative use. In the following examples, for instance, ele could hardly be interpreted
as a masculine pronoun – in fact no masculine antecedent seems to be available in the
preceding context:
(172) INF Os molhos despois era carregados. Fazia-se aqui um monte – chamava-se um relheiro
–, depois calculava-se ali outro, fazia-se outro para o relheiro. Depois vinha-se por ali fora,
outra parte, outro relheiro, que era para ficar para os carros depois pegarem dali e levar
para a eira.
‘Informant: The sheaves were carried after. We made here a pile – it was called relheiro – and then
we counted on another sheaf, we made it for the relheiro. After, we came along working in other
parte, we made another relheiro, so that the charts might take them from there to the
threshingfloors.’
Que ele nunca ficava espalhado; nunca ficava espalhado! [ALC07]
QUE ELE never was spread never was spread
‘ That was never spread over the floor; it was never spread!’
219

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
(173) INF (…) Também lá temos uma 'agibreira'. Está lá acima no alto.
‘Informant: We also have a algibreira [fem.]. It is high up.
INQ2 E a cor do fruto qual é?
‘Interviewer2: And what is the colour of its fruit?’
INF (Até) /Então\ ele deitava assim umas bagazitas, mas ninguém ligava… (FIG14)
even then ELE produced thus some little berries but nobody took care of that
‘It produced some little berries, mas nobody took care of that…’
5.4 On the phrasal status of expletive ele
In this section, we will reconsider the expletive’s non-homogeneous behavior, which will
be correlated with its plural phrasal status. Some differences between
peripheral/impersonal ele and postverbal ele, which were discussed in subsection 5.2.2
above, will be argued to correlate with an important difference in the phrasal status
manifested by expletive ele: while peripheral/impersonal ele behaves like a phrase,
postverbal ele shows properties typically associated to heads. In this sense, this section will
be a natural extension of section 5.2.2 above, in that it will provide an additional argument
for distinguishing between two types of expletive ele.
From the differences between peripheral/impersonal expletives and postverbal ele
seen above, I will recall here those corresponding to: (i) demonstrative substitution; (ii) the
expletive’s position with respect to the inflected verb.
Let us reconsider first the expletive’s behavior with respect to what we have called
demonstrative substitution. As presented in chapter 4, section 4.3, and recalled in section
5.2.2 above, expletive ele may be commuted into a neuter demonstrative pronoun (isto
‘this’, isso or aquilo ‘that’). The relevant fact for the distinction of more than one single
type of expletive is the non-universality of such possibility. In fact, only in certain contexts
may this commutation give place to a felicitous result. Remember the contrast, here
illustrated as follows:
(174) {Ele, aquilo} a Maria trouxe o livro.
EXPL that the Mary brought the book
(175) {Ele, isto, isso} há muitas opções.
EXPL this has many options
220

5. EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE SYNTAX
(176) A Maria trouxe {ele, *isto, *isso, *aquilo} o livro.
the Mary brought EXPL that the book
As these examples show, only the peripheral/impersonal expletive in (174) and (175) may
successfully be substituted by a demonstrative. Such a substitution is never allowed in
postverbal contexts as the one illustrated in (176). Now, considering the phrasal status of
expletive ele, such behavior may be taken as evidence for identifying the phrasal
characterization of peripheral/impersonal ele.
It seems fairly uncontroversial to assume that demonstratives correspond to phrasal
units in a syntactic tree, usually originating in a specifier position (cf. Giusti 1993, Brugè
1996, Bernstein 1997, a.o.). Under such an assumption, it straightforwardly follows that
those instances of expletive ele which allow for demonstrative substitution must also
correspond to phrasal units. In this sense, it may be assumed that peripheral/impersonal ele
corresponds to an XP. As for postverbal ele, however, its phrasal status may not be decided
on the basis of the impossibility of demonstrative substitution. Indeed, although such
impossibility may result from the diverse phrasal status of postverbal ele and
demonstratives, it may also be the case that this impossibility derives from any other
substantial difference bearing no connection with their phrasal characterization.
Let us then consider another distinction between peripheral/impersonal ele and the
postverbal expletive. Concerning their position with respect to the inflected verb, we have
seen, in section 5.2.2 above, that while peripheral/impersonal ele displays no need for verb
adjacency, postverbal ele necessarily occurs in the position that immediately follows the
verb. This is illustrated in (177) below.
(177) a. Ele (nesse dia) (a Maria) trouxe o livro.
EXPL in.that day the Mary brought the book
b. Ele (aqui) há muitas opções.
EXPL here has many options
c. A Maria trouxe ({*também, *mesmo}) ele o livro.
the Mary brought also indeed EXPL the book
As (177)c illustrates, the linear adjacency between the inflected verb and the expletive
cannot be disrupted. As such, this adjacency requirement may correlate with the structural
status of postverbal ele. Remark that the same sort of requirement is found when one
considers the syntactic relation holding, for instance, between a stem and its affix(es). In
221

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
this case, two (or more) different X 0 categories are involved, and end up forming a
complex head derived in the syntax. Although in the case of the sequence verb–postverbal
expletive we do not have evidence for a unique morphological word, these elements do
form a unit on the prosodic level. Accordingly, no pause may disrupt this sequence, and
sandhi phenomena regurlarly obtain between both elements – see (178).
(178) a. A Maria trouxe (*//) ele (//) o livro.
b. A Maria fe[z] ele isso.
the Mary did EXPL that
b’. *A Maria fe[S] ele isso.
Remark that, in this respect, postverbal ele sharply differs from the peripheral/impersonal
expletive. For instance, in the following example, the expletive occurs as an independent
prosodic unit in initial position, since it appears separated from the subject by an empty
pause, represented by “{pp}” in CORDIAL-SIN transcripts:
(179) Ele {pp} eu fui aí a (…) uma boda, aí abaixo (COV14)
EXPL I went there to a marriage there down
‘I went down there to a marriage.’
Recall also that CORDIAL-SIN data provides us with some examples where ele appears in
isolation (after an interjection), thus inequivocally as an independent prosodic unit:
(180) Isto aqui é uma… Ai, ele! Eu 'desqueceu-me' o nome disso. (ALC03)
this here is a INTJ EXPL I forgot the name of.that
± ‘This is a… Oh! I forgot its name.’
Peripheral ele thus appears to have phrase-like properties also at the prosodic level.
Differently, postverbal ele displays some properties which, on the phonological level, have
been argued to be characteristic of clitic elements (cf. Zwicky 1985, Cardinaletti and
Starke 1996, 1999): they cannot be independent prosodic units, but rather form a single
prosodic unit with the preceding verb form, under adjacency; they are involved in
phonological processes such as sandhi. I will thus take these facts as evidence for the clitic
character of postverbal ele. As a (phonological) clitic, the postverbal expletive is a
prosodically defective word, which may not be assigned lexical stress. Consequently, it
must attach to an adjacent word at PF, more precisely to the inflected verb which precedes
it – since its direction of attachment is thus from right-to-left, postverbal ele corresponds to
an enclitic element. This evidently explains why this expletive may never appear in the
initial position of the sentence, differently from peripheral ele.
222

5. EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE SYNTAX
Turning back to the postverbal expletive’s phrasal status, we may take its clitic
nature and the requirement of adjacency to the inflected verb, which corresponds to an X 0
category, as indicating the X 0 status of postverbal ele (cf. Cardinaletti and Starke 1999 on
the characterization of clitic pronouns – and, expectedly, also other clitic categories – as
heads).
As a head, postverbal ele thus contrasts with peripheral/impersonal ele which in
turn behaves like phrases. The XP status of the latter is, in fact, compatible with most of
their syntactic properties, already presented above in this chapter and in chapter 4. Recall,
for instance, the ability to appear in recomplementation structures: this is usually a
property of phrases, which, as we have seen, is also displayed by peripheral ele (see
example (13) above).
Thus, we arrive at a dual characterization of expletive ele in terms of its phrasal
status, which provides us with an additional argument for distinguishing between two
different types of expletive ele in EP: peripheral/impersonal ele, on the one hand, which
9, 10
have phrase-like properties, and postverbal ele, on the other, behaving as a clitic head.
5.5 Peripheral positions for expletive ele
5.5.1 Preliminaries
From what has been said so far, we are naturally led to formulate the question whether socalled
“expletive” ele may really be considered an expletive, given what we know about
expletives in natural languages. It is a fact that the cluster of properties displayed by this
9 This argument would however lose force within a framework where the notions ‘head’ and ‘phrase’ have no
inherent real status, like the one proposed by Carnie 2001, who defends that the phrasal status of a given
phrase marker is rather determined by its behavior than the other way around. I leave open this issue, while
for the purposes of this work I follow the standard assumption that such notions are indeed primitives in
syntactic theory.
10 Remark that this dual status of expletive ele concerning its phrase structure characterization is to be
distinguished from Chomsky 1994, 1995’s view that pronominal clitics qualify both as minimal and maximal
syntactic categories, X 0 /XP (cf. Chomsky 1995: 249). In fact, when considering expletive ele, we
systematically find two different behaviors correlating with differences in the type of construction involved.
Thus, expletive ele occurring in peripheral and impersonal constructions consistently differs from expletive
ele entering constructions where it must occur postverbally. Namely, the former systematically behaves like a
non-clitic phrasal entity, while the latter systematically behaves like a clitic non-phrasal head. Such a
behavior thus clearly differs from that of pronominal clitics which arguably behave both like a phrase and
like a head in any type of construction: “[U]nder the DP hypothesis, clitics are Ds. Assume further that a
clitic raises from its θ-position and attaches to an inflectional head. In its θ-position, the clitic is an XP;
attachment to a head requires that it be an X 0 (on fairly standard assumptions).” (Chomsky 1995: 249)
223

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
element in EP dialects would make it a fairly special expletive. It seems to me that the
most striking of them would be the dual phrase structure status at which we arrived in the
previous subsection. Expletives in natural languages usually qualify as XP categories – or,
at least, it is a defining property of expletives to be inserted in a Spec position, which
uncontroversially qualifies as an XP position (see chapter 2). If, on the one hand, this is a
characterization compatible with the phrasal status of peripheral/impersonal ele, on the
other, it seems hard to understand how head-like postverbal ele would compare to
expletives in general. Thus, I will leave constructions involving postverbal ele aside for a
while, to first have a further look at peripheral/impersonal ele constructions. Postverbal ele
will concern us in subsection 5.5.4 below.
Indeed, there is still another question, which seems hard to avoid when comparing
(peripheral/impersonal) expletive ele to other expletives. This question concerns the
associate of the expletive. Pure expletives normally have an associate, 11 as in the following
example (where underlining marks the associate):
(181) There is a child in the street.
The postverbal arguments in the Icelandic and Finnish examples below seem to behave
alike:
(182) a. Það hafði einhver nemandi fallið á prófinu. (Ic.) (ex. from Vangsnes 2002: 52)
EXPL had some student flunked on exam.the
b. Sitä leikkii lapsia kadulla. (Fin.) (ex. from Holmberg and Nikanne 2002: 75)
EXPL play children in-street
Associates thus roughly correspond to phrases that in the non-expletive counterparts of
these sentences may appear in the position occupied by the expletive:
(183) a. A child is in the street.
b. Einhver nemandi hafði fallið á prófinu.
c. Lapsia leikkii kadulla.
Remember that under the usual analysis of expletive constructions, merging the expletive
into a Spec position satisfies a requirement otherwise fulfilled by movement of a phrase.
Although this phrase is usually taken to be the associate in the expletive construction (as it
11
Although the expletive occurring in impersonal passives may be pointed out as an exception (cf. chapter
2).
224

5. EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE SYNTAX
happens in examples in (183) w.r.t. those in (181) and (182)), it must be noted that in
languages such as Icelandic and Finnish a phrase different from a postverbal argument
(even if non-argumental) may move to the relevant Spec to satisfy the requirement
otherwise fulfilled by the expletive. 12 Recall from chapter 2 the following Finnish
examples, where temporal and locative adverbials appear in such a position:
(184) a.Tänään leikkii lapsia kadulla.
today play children in-street
b.Tromssassa leikkii lapsia kadulla.
in-Tromsø play children in-street
The same may be illustrated for Icelandic:
(185) Í gær hafði einhver nemandi fallið á prófinu.
yesterday had some student flunked on exam.the
In fact, it might be thought that the relation expletive-associate is not as tight in Finnish
and Icelandic as it is in English. A significant difference between expletives in these
languages consists in the fact that the English expletive is inserted within the IP-domain,
where propositional relations are encoded, while Finnish and Icelandic expletives arguably
appear outside this domain. Recall from chapter 2 that the relation expletive-associate
typically illustrated for English appears as a sort of escape hatch to legitimate the expletive
at the interpretative component, in compliance with the Principle of Full Interpretation.
Furthermore, other relations between the expletive and the associate (involving Case and
agreement) typically concern the IP-domain. Thus, it might be supposed that such
expletive-associate relation is not applicable to outside-IP expletives, such as the Finnish
and the Icelandic ones. Likewise, this relation would not concern the peripheral expletive
ele in EP.
In this section, we shall turn to the main question which still remains to be
answered: where does expletive ele stay? Or, to put the same question differently: which
position does expletive ele occupy? In fact, sections 5.1 and 5.2 above only supply a partial
answer to this question: expletive ele occupies a position within the sentential left
12 This possibility seems to be allowed in English sentences such as (i), where the phrase down the hill would
occupy the same position as the expletive in (ii) (see Hoekstra and Mulder 1990 – but see Chomsky 2004: 15
on a different view, doubting that locative inversion may target the subject position in English):
(i) Down the hill rolled the baby carriage.
(ii) There rolled a baby carriage down the hill.
225

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
periphery. The following subsections will further develop and substantiate this incipient
answer.
Before proceeding, recall again the case of other peripheral expletives, such as
those occurring in Icelandic and in Finnish. As seen in section 2.5.2, Icelandic það has
been argued to specifically appear in a (high) Spec position within the C-domain, where it
would satisfy a V2-related visibility structural requirement (cf. Platzack 1998, Holmberg
2000c), bearing no additional import. At first sight, such an explanation may not carry over
to EP expletive ele, since such a V2 requirement would hardly be operative in a non-V2
language like EP. Hence, it seems reasonable to entertain the idea that EP ele must be a
different kind of peripheral expletive. In fact, differently from what is normally assumed
for the Icelandic expletive, it is not the case that expletive ele has no semantic/pragmatic
import. Quite on the contrary, as it has been demonstrated above, EP expletive ele indeed
has an effect on the discourse level (see chapter 4, in special section 4.4).
Such discourse-related expletive in an arguably discourse-oriented language 13 thus
seems to be somewhat reminiscent of the kind of expletive found in Finnish. In fact, sitä,
which may be considered a “topic expletive”, rather operates on a discourse-related level in
Finnish, a topic prominent language. Remember that the position occupied by this
expletive qualifies as a topic position, where sitä is inserted to check a [-foc] feature
(Holmberg and Nikanne 2002, on which see chapter 2, section 2.5.3). In EP, however, the
discourse effects relating to expletive ele do not seem to depend on such a straightforward
relation to the informational structure of the sentence. This point will be further developed
in subsection 5.5.3 below, where I will formulate a specific proposal concerning the
position occupied by peripheral ele. Before moving on, however, some words about
current views on the structural space above IP (where the expletive’s position is to be
found) are still in order.
13 On the characterization of EP as a discourse-oriented language, see Duarte 1987, 2001 and Costa 1998a.
226

5.5.2 Views on the left periphery
5. EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE SYNTAX
Over the last decades, a substantial amount of linguistic inquiry within the Principles &
Parameters framework has addressed issues concerning the syntactic codification of
discourse properties. The left peripheral space of the sentence, i.e. the area immediately
above IP, has been taken as the domain par excellence where such discourse properties
appear codified. 14
Just like the lower IP and VP projections have come to stand for different domains,
each containing several different projections (see Pollock 1989, Larson 1988, Hale and
Keyser 1993, Pesetsky 1995, and Chomsky 1995, a.o.), the former CP projection has been
split into more than a single projection since the late eighties (Rizzi and Roberts 1989,
Laka 1990, Culicover 1991, Uriagereka 1992, 1995b, Martins 1993, 1994a, Rizzi 1997,
a.o.). That such left-peripheral C-domain contains information linking the propositional
content of the clause to discourse seems to be a matter of generalized consensus. However,
there is currently considerable dissent with respect to the internal organization of this
domain. Two alternative views may be contrasted: (i) on the one hand, an approach
defending a minimal CP-structure, which assumes that the same projection may encode
different values (Uriagereka 1992, 1995a, 1995b and subsequent work, Zubizarreta 1998;
see also Martins 1994a, Costa 1998a, 1998b, Duarte 1996, 1997); (ii) on the other hand, a
different approach suggesting that the C-domain is composed of several functionally
specialized projections, which make this domain a much richer space than traditionally
assumed (Rizzi 1997, Cinque 1997: 225n25, Ambar 1997, 1999, a.o.).
The approach to the interface between discourse and grammatical form mediated by
CP thus differs along similar lines. According to the the first approach, a single projection
within the C-domain may be dedicated to several discourse values:
[…] I do accept the empirical fact that discourse affects configurations.
Hence, as a consequence of the ground-rules I set up for myself, I am
virtually forced to posit a syntactic category that encodes
information-theoretic issues. […] I have not found any conclusive evidence
that there are separate functional categories to express matters of topic,
14 This is not meant to imply that all discourse-related properties must be encoded within the left periphery.
As is well known, notions as Focus, with undeniable discourse import, have been convincingly separated
from the structure of the left periphery (cf. Cinque 1993, Zubizarreta 1998, Costa 1998a, 2000b). In a
different vein, Belletti 2001, 2002 argues for what she calls the “clause internal periphery” immediately
above VP, where discourse properties would also allegedly be codified (I thank Tarald Taraldsen for bringing
this to my attention).
227

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
focus, emphasis, contrast, etc. All of these have an aspect in common: they
encode the point of view of a speaker or some other subject, in a manner to
be clarified immediately. I therefore assume that one category alone serves
as an all-purpose device to encode a point of view.
I will call the category in question “F”. Uriagereka (1988) borrows
the insight behind this category from Chomsky (1977). I explicitly took F to
merely stand for “functional”, and in other places I used F as a mnemonic
for a “further” projection, or “focus” with the vague import of emphasis,
contrast, information-encoding device, etc. All I mean is this: F encodes
point of view. The claim is that all information theoretic operations need to
be mediated through a point of view. That is, when emphasis appears in a
sentence, someone is responsible for that emphasis. Old or new information
is old or new for someone.
Uriagereka 1995b: 155
[…] although it is indeed possible that there are further functional
projections to host a variety of clause-peripheral elements […], it is not
clear that any projections other than F are actually needed.
[…] We may think of F as a point of interface at LF between the
competence levels of syntax and the performance levels of pragmatics. It is
due to this interface that a number of elements may end up in F, even if they
perform different grammatical functions there.
Uriagereka 1995a: 93
This view thus makes use of an essentially double-headed structure of CP, as represented
in (186)a, although some enlargement of this structure has been admitted in order to host
topics above FP, as in (186)b (cf. Raposo and Uriagereka 1996: 767-777):
(186) a. CP
ru
C’
ru
C FP
ru
F’
ru
F IP
4
228

5. EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE SYNTAX
b. CP
ru
C’
ru
C TopP 15
ru
Top’
ru
Top FP
ru
F’
ru
F IP
4
On the other hand, analyses of the C-domain developed within the second approach have
proposed and multiplied functional projections especially dedicated to single discourse
notions, such as Focus and Topic (Brody 1990, Hoekstra 1992, Puskas 1996, Rizzi 1997,
Kiss 1998, a.o.). Such discourse categories have thus been integrated into the clausal
architecture as functional features, heading distinct functional projections. These peripheral
projections thus create an enlarged space to which the relevant constituents can move to
satisfy checking-related requirements on those functional features. Such an approach to the
structure of CP, significantly developed after Rizzi’s 1997 initial cartography of the left
periphery, and further pursued in subsequent work (a.o., Poletto 2000, Poletto and Pollock
2000, Benincà 2001, Benincà and Poletto 2001, Rizzi 2001a, 2001b), in fact integrates a
more general “cartographic” program for clause structure (cf. Cinque 2002, Belletti 2004,
Rizzi 2004b).
Under Rizzi’s initial proposal, the C-domain includes two basic systems: (i) the
first one providing the upper and lower bounds for this domain, encoding relationships
between CP and the higher structure or the articulation of discourse, on the one hand, and
between CP and the “inside”, i.e. the IP embedded under it, on the other; and (ii) a second
system relating to the informational articulation of topic-comment and of focuspresupposition,
traditionally involving the left periphery. The crucial heads to the former
system are Force and Finiteness, encoding respectively the specification of Force or clausal
15 The authors alternatively admit an adjunction type analysis for topicalization: “Alternatively, we might
adopt Duarte’s (1987) proposal that topics adjoin to a maximal projection – IP in her analysis [for the
embedded contexts with which Raposo and Uriagereka 1996 are concerned at this point, EC], FP in ours”
(Raposo and Uriagereka 1996: 767, n.25).
229

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
Type of a sentence and the relationship to certain properties of the verbal system of the
clause. Such Force-Finiteness system is taken as the essential (and ubiquitous) part of the
C-domain, while the second system, including the Topic and Focus heads, is assumed to be
present in a structure only if needed, i.e. if some topic or focus phrase appears in the left
periphery. When activated, such Topic-Focus system appears “sandwiched” in between
Force and Finiteness, which gives the following basic structure:
(187) ForceP
ru
Force’
ru
Force TopP*
ru
Top’
ru
Top FocP
ru
Foc’
ru
Foc TopP*
ru
Top’
ru
Top FinP
ru
Fin’
ru
Fin IP
4
230
Several dedicated positions split the single head C, including positions
indicating the Force of the following clause and its Fin(itness). As
extensively discussed in Rizzi (1997) and related work, between Force and
Fin various other CP internal positions are identified: crucially a Focus
position surrounded by (possibly iterated) Topic positions. Processes of
Focalization and Topicalization are thus analyzed as involving movement of
a phrase to the dedicated position in the left periphery [omitted footnote,
EC]. In this view, the different interpretations of the peripheral constituent
either as a topic or as a focus with respect to the following sentence, is an
automatic reflex of the derived configuration. Under the general idea that a
relation which closely recalls an agreement relation, and which is often
assimilated to it, is established between the head of a phrase and the
constituent filling its Spec [omitted footnote, EC], a focus head and the
phrase in its specifier will share the focus feature/interpretation; an identical
relation will account for the topic interpretation of a phrase in the specifier
of the topic projection. These by now fairly standard assumptions provide a
very simple and straightforward way of expressing the mechanisms granting

5. EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE SYNTAX
the possible different interpretations related to different configurations. The
interpretation as focus or topic of an element in the left periphery is an
automatic consequence of it filling the specifier of different heads. A simple
conclusion of the sort could not be as easily drawn in a CP projection not
internally analyzed and split in the different positions discussed in the
references quoted. The relation between syntax and the interpretative
interface (LF) is expressed in an optimally simple way: the interpretation is
read off the syntactic configuration.
Belletti 2002: 1
Somewhat reacting to the weakness of the topic recursivity allowed by Rizzi’s initial
model (indicated with an asterisk “*” in the structure above), Benincà and Polleto 2001
further propose a more detailed analysis for the Topic-Focus system. Adopting the general
view that functional projections have specialized properties and host different types of
elements, as also proposed in Cinque 1999 for the IP layer, their proposal for the Topic-
Focus space includes “a finite set of distinct FPs [functional projections] each of which can
be labelled on the basis of the type of element it can host” (Benincà and Poletto 2001: 1).
A crucial difference with respect to Rizzi’s initial system is the impossibility for topics to
occur below Focus phrases (following Benincà 2001) 16 . The crucial point supporting such
a claim has to do with the operator-like behavior of all the projections that occur lower that
Rizzi’s higher Topic projection, namely the fact that “their trace behaves as a variable
being sensitive to weak crossover” (id.: 2), following Benincà’s 2001 arguments. The
Topic-Focus system is thus depicted as a space including two different “fields”, “a higher
Topic field hosting non-operator elements, and a lower Focus field hosting operator-like
elements” (ibid.), which constitute “two sets of contiguous and semantically related
projections, one for Topics and the second for Focus projections” (ibid.). The map that
Benincà and Poletto 2001 sketch for the Topic-Focus system may thus be represented as
follows (slightly adapted from Benincà and Poletto 2001: 34 (58)):
(188)
[Hang. Topic [Scene Sett. [Left disl. [List interpr. [ [ CONTR. CP1 adv/obj [ CONTR. CP2 circ.adv. [ INFORM. CP ]]]
|_____FRAME_______| |_____ THEME _____|
|_______________TOPIC________________| |______________ FOCUS_________________|
16 On a similar vein, Haegeman 2002: 148, 151 suggests, on the basis of English data, that the lower topic
position proposed by Rizzi 1997 might not be universally available.
231

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
Since Rizzi’s Topic-Focus system appears sandwiched between the Force and the
Finiteness projections, we may thus conceive that Benincà and Poletto’s 2001 model
should also be included between an upper ForceP and a lower FinitenessP, as sketched in
(189):
(189) ForceP
ru
Force’
ru
Force ...
Topic Field
...
...
Focus Field
...
FinP
ru
Fin’
ru
Fin IP
4
More accurately, however, the higher part of the Topic field in (188), i.e. those projections
corresponding to the Frame, have been considered as positions higher than ForceP, thus
yielding the following representation, according to Poletto (2002: 1):
(190)
[Hang. Topic [Scene Sett. [ForceP [Left disl. [List [ContrastiveFocus [Information Focus [FinP [IP]]]]]]]]]
Anyway, although a Topic “subfield” may be found higher than Force in such a
representation, there is still a Topic-Focus system between Force and Finiteness.
Other extensions of the CP domain have further expanded what one might call the “Force
field”. To refer but a few examples, Poletto and Pollock 2000 and Obenauer 2004, for
instance, independently elabore on the Force of interrogatives, while Haegeman 2002,
2004 expands Rizzi’s ForceP on the basis of the internal structure of adverbial clauses. If
we look more closely at Obenauer’s work on non-standard interrogatives, for instance, we
232

5. EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE SYNTAX
are led to a high CP structure where dedicated projections correlate to the wh-phrases
occurring in such non-standard questions 17 :
I analyzed the initial appearance of bare wh-phrases in SDQs [i.e.
‘surprise/diasapproval questions’] as occupancy of a higher FP [functional
projection], namely SDP (mnemonic label). Recall that SDP is one of the 3
dedicated FPs (cf. RP [RhetoricalP], cfvP [‘I-can’t-find-the-value-of-x’P])
whose Specs are “higher”landing sites for wh-phrases.
Obenauer 2004: 16
The positions for these wh-phrases thus appear higher than the projection of Force, as
represented below:
(191) a. SDP
ru
SDP’
ru
SD
...
ForceP
ru
Force’
ru
Force ...
4
A different expansion of the “Force field” may be found in Haegeman’s (2002, 2004) work
on adverbial clauses. By and large, one of Haegeman’s relevant proposals concerning the
higher CP-positions consists in splitting up Rizzi’s 1997 ForceP, so that subordinate
17
The non-standard interrogatives taken into account in Obenauer’s 2004 analysis are: (i)
“surprise/disapproval questions” (SDQs); (ii) “rhetorical questions” (RQs); and (iii) “ ‘I-cant’-find-the-valueof-x’
questions’ (cfvQs), here illustrated by some examples drawn from Bellunese (a group of dialects
spoken in the region of Belluno – Northern Veneto):
(i) Cossa sé-tu drìo magnar?! (ex. (8) of Munaro and Obenauer (1999) apud Obenauer 2004: 2)
what are-cl behind eat
‘What on earth are you eating?!’ (SDQ)
(ii) U-tu che i sielde chi? (id.: 5, ex. (51))
want-cl that cl chooseSUBJUNCT who
‘There is no one they can/could choose/worth to be chosen.’ / ‘It is clear who they (will)
choose.’ (RQ)
(iii) Andé l’à- tu catà? (id.: 6, ex. (60))
where cl have-cl found
‘Where (the hell) did you find it?’ (cfvQ)
233

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
clauses may count with two different heads (and respective projections), namely Sub and
Force. In other words, Force (in Rizzi’s terms) is here divided into a head that serves to
subordinate the clause and another head that encodes ‘force’ or clause type, as also
proposed in Bhatt and Yoon 1992 18 , in Alexiadou 1997: 74-78 or Roussou 2000: 79.
The structural hierarchy which I elaborate splits up the CP domain into
three components (i) the subordinating head Sub, (ii) the lower area, the Finfield
or extended projection of Fin […], and (iii) the Force field, which
contains ‘Force-related’ projections.
Haegeman 2002: 162
Haegeman further elaborates on an alleged dependency of topicalisation and focalisation
on Force, so that in her terms the “Force field” actually contains Topic and Focus
projections. 19
In this subsection, we have thus seen how a fairly inflated structure of the left periphery
has come to closely encode specific pragmatic features, resulting in a much more detailed
mapping between syntax and discourse. In particular, besides focus/presupposition and
topic/comment articulations, other pragmatic notions have gained a space within the left
periphery. This is the case of several aspects relating to speech acts systems, like those
involved in the projections proposed by Obenauer 2004. 20
The proposal for the position(s) of expletive ele that I will put forth in the following
subsections will in part appeal to an enlarged structure of the left periphery. This is not
meant however to imply that I adhere to the view that different projections can do best than
18 Cf. Rizzi 1977, note 6, mentioning Bhatt and Yoon’s “distinction between type markers (our force heads)
and simple subordinators, heads which make a clause available for (categorial) selection independently of its
force. If this proposal is combined with ours, a tripartite system would result (subordinator, force,
finiteness).”
19 Furthermore, to account for such dependency, Haegeman proposes to assign a Force feature to Focus and
to Topic, “which will require checking in (hence the presence of) Force” (Haegeman 2002: 163). The
relevant heads are represented below (adapted from Haegeman 2002: 162 (73)):
(i) (Sub) Force Top[+FORCE]* Focus[+FORCE] […]
As an alternative to this feature checking proposal, Haegeman proposes “that there is a lower head in the CP
domain whose presence is required to license the projection of the Force field, i.e. FocusP, TopP and ForceP”
(ibid.). Such lower head is ultimately identified as Force, as represented below:
(ii) (Sub) Top* Focus Force […] (adapted from Haegeman 2002: 164 (74)).
20 Exploring this same philosophy, Speas 2004 strongly suggests the syntactic codification of pragmatic
features relating to evidentiality and logophoricity.
234

5. EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE SYNTAX
a single one in syntactic structures, and in the structure of the left periphery in particular.
More generally, it does not mean that I conceive that syntactic structure necessarily mirrors
(all) discourse properties. In fact, on a purely conceptual ground, I would rather be
sympathetic to a division of labour between the syntactic encoding of discourse properties
and interface strategies governing such properties of language use, along the lines
suggested in Reinhart 1995.
Suppose we observed, empirically, that a certain structure S is associated
with a set U of possible uses. This could, in principle be explained in three
ways: a. The properties necessary for U are directly encoded in S, through
the computational system, as syntactic features, as specific structural
configurations, or as specific conditions on derivations. b. There is no direct
relation between the syntactic properties of S and U. Rather, the set U is
determined solely by the systems of use. c. There are some interface
strategies associating S and U, using independent properties of the CS, and
of the systems of use.
Most likely, all three options exist, in fact, governing different aspects
of the relations of structure and use. But the one actually favoured in
syntactic practice is the first – that of syntactic encoding. Many of the
properties now encoded in the syntax got there in order to guarantee the
correct interface with the systems of use. […] Although lists of features (like
any lists) may not be an optimal theoretical choice, they are still more
explicit and precise than the vacuous narratives that one sometimes finds in
discourse theory. […]
Keeping in mind that we cannot know in advance what belongs
where, I will focus here on the division of labour between the first and the
third options above: which properties necessary for language use are
directly encoded in the CS and which are governed by interface strategies.
Reinhart 1995: 1
Working out an account for the interface strategies involved in the use of expletive
constructions is however beyond the scope of the present dissertation. The more modest
goal of this work is to propose effective syntactic codifications for expletive ele
constructions. In a sense, I will then essentially be exploring the first option enumerated by
Reinhart, at least for the time being.
In the following subsections, we will thus look more closely at the structure that may be
involved in EP expletive constructions. In order to elucidate these diverse and till now
fairly unfamiliar structures in EP, we will consider not only what we already know about
other structures within this language, but also what we know about related structures in
other languages. The first approximation to this purpose has already been presented in
235

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
section 5.2 above. In that section, we determined that both peripheral/impersonal ele and
postverbal ele occupy a position within the left periphery of the sentence. Furthermore, we
concluded that peripheral/impersonal ele and postverbal ele must stand in different
(peripheral) positions. Now that we have briefly inspected what we know about the left
peripheral space, we will turn to the EP facts, to concentrate again in expletive
constructions in this language.
5.5.3 The high position of peripheral expletive ele
In this subsection, we will be concerned with peripheral expletive ele constructions like the
one illustrated in (192), which, as suggested above, may in general be paralleled by so-
considered impersonal ele constructions, as found in (193):
(192) Ele o tear do pardo era muito largo. (OUT21)
EXPL the loom of.the dun [cloth] was very wide
± ‘The loom for dun cloth was indeed very wide.’
(193) Há quem tenha uma ideia e há quem tenha outra. Ele é assim. (ALV36)
has who has one idea and has who has other EXPL is like.that
± ‘Some people have one ideia and others have a different one. Things are indeed like that.’
Naturally, I exclude from the scope of this subsection, the cases discussed in section 5.3
above, which were argued to involve a quasi-argumental subject.
In the introduction to this section (cf. 5.5.1 above), it was suggested that, to the
extent that peripheral/impersonal ele is related to certain discourse effects, the EP expletive
could be compared to the Finnish expletive sitä, which has been connected to specific
discourse-related requirements (as presented in chapter 2 of this dissertation). The
similarity between the EP and the Finnish expletives does not go far beyond this threshold,
however. In fact, while the Finnish expletive relates to a discourse level involving the
distribution of information in the sentence (i.e. the level relevant for notions such as focus-
presupposition or topic-comment), the Portuguese expletive seems to be out of the scope of
such level.
This may not seem evident, at first sight, we must concede. Consider, for instance,
example (192) above. The expletive construction in question involves a preverbal subject,
which is preceded by the expletive. In a non-expletive construction, such preverbal subject
would normally correspond to a (non-marked) topic reading in EP (cf. Duarte 1987, 1997,
236

5. EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE SYNTAX
Martins 1994a, Costa 1998a). Thus, the phrase o tear do pardo ‘the loom for dun cloth’
would establish the entity for which the comment era muito largo ‘was very wide’ is
relevant, which in Kuroda’s 1972 terms would result in a categorical judgement
corresponding to the topic-comment articulation. At first glance, we might speculate that
the expletive has the effect of creating a ‘detopicalizing’ effect on the preverbal subject.
That is, just like the Finnish expletive, it would become itself a kind of topic, while the
remaining sequence would correspond to a sort of thetic judgement. Such a speculation
would of course face a serious problem when we consider the distribution of peripheral ele,
as presented in chapter 4: in EP, this expletive may precede different kinds of topics and in
no way they seem to loose their topic readings. Furthermore, the example just considered
above provides additional evidence for discarding such speculation. In fact, the expletive
construction in question occurs as an answer to a question about the dimensions of the
loom:
(194) INQ Mas o tear era igual ou era mais largo?
‘Interviewer: But the loom had the same width or was it wider?’
INF (Não. Ele era lá agora!) Ele o tear do pardo era muito largo. (OUT21)
no EXPL was LÁ now EXPL the loom of.the dun [cloth] was very wide
± ‘(No. Sure it wasn’t!) The loom for dun cloth was indeed very wide.’
In such answer, the expletive does not seem to affect the regular distribution of
information: o tear do pardo has a topic reading allowed by reference to it in the preceding
question (as o tear – in a wider context, the loom is actually the topic of the conversation at
that moment of the interview); era muito largo actually acts as the piece of new
information which answers the question. Thus, if we tried to transpose the analysis
proposed by Holmberg and Nikanne 2002 for Finnish expletive sitä to expletive
constructions in EP, we would face serious difficulties: in an expletive construction like the
one in (194), there is in fact a part of the sentence which is [+focus] (namely, era muito
largo) and, consequently, there is already some [-focus] element (namely, o tear do
pardo). Consequently, there would be no point in inserting expletive ele, if this expletive
was to be related to such [-focus] feature checking. We must thus conclude that expletive
ele does not affect the distribution of information properly, but rather operates within a
different discourse-related domain.
In fact, we may recall, from the last part of chapter 4 above, the sort of discourse
effects displayed by peripheral expletive ele. The corpus of examples considered in this
work led us to conclude that the most generalized effect of this expletive is a sort of
237

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
emphasis on the pragmatic value of the sentence where the expletive appears. Thus, in
sentences like those in (195) through (197) the expletive would reinforce an expressive
value (in the exclamative in (195)), a command value (in the imperative in (196)) or an
assertive value (in the declarative in (197)):
(195) Ele nunca me olhava a nada, nunca tinha medo nenhum! (ALV25)
EXPL never ± avoided anything never had fright/fear any
‘I never avoided anything, I never was afraid!’
(196) INF1 Ele vamos embora! (FIG27)
EXPL go-PRES.SUBJ-1PL away
±‘Informant1: Let’s go!’
(197) É a estrela-da-manhã (…) e há a estrela… Bom, ele há várias estrelas, não é?
Is the morning star and has the star… good, EXPL has several stars, not is(AAL92)
± ‘That’s the morning star (…) and there is the star… Well, there are several stars, aren’t
there?’
In a sense, emphasis always implies a certain degree of involvement of the speaker. The
presence of the speaker is self-evident in expressive acts like those typically expressed by
exclamatives (even if the expletive is not present). In imperatives and in declaratives, the
expletive appears in contexts where there is a strong involvement of the speaker. In this
sense, in assertive acts, the expletive looks like a strong evidentiality marker, to the extent
that it indicates the speaker’s strong commitment as to the truth of the statement he is
making. 21 In a related way, the peripheral expletive occurring in interrogatives displays the
particular effect of forcing a non-standard question reading. Thus, expletive ele occurs in
interrogative questions sharing the expressive value of exclamatives, like the rhetorical
question in the following example:
(198) Não sendo no Natal, (ele) quem é que os come?! Ninguém. (OUT50)
NEG be-GER in.the Christmas EXPL who is that them eat nobody
‘If it is not by Christmas, who will eat them?! Nobody.’
These facts about the discourse effects displayed by peripheral ele already suggest a
particular syntactic codification for this expletive in the left periphery. Remember from the
previous section that many structural analyses for this periphery include a space dedicated
to the encoding of aspects relating to the force of a sentence (cf. Rizzi 1997 and subsequent
work developed within the cartographic approach). It would thus be fairly natural to find a
21 Thus, expletive constructions of the sort analyzed here would correspond to a possible means of codifying
evidentiality in syntactic structure, as suggested by Uriagereka 2004 (cf. Rooryck 2001, Speas 2004 for
discussion of other issues concerning the syntactic coding of evidentiality). For the issue of evidentiality in
general, see Chafe and Nichols 1986.
238

5. EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE SYNTAX
place for expletive ele within that space. The speaker commitment found in expletive
constructions would accordingly be explained, assuming Haegeman’s 2002 proposal: 22
I propose that the presence of the functional head Force […] directly
correlates with what is referred to as ‘illocutionary force’, the fact that the
speaker takes on the proposition as part of a speech act (assertion,
prediction, question, etc.).
To be licensed, Force, being about speaker commitment, must be
anchored to a speaker or a potential speaker.
Haegeman 2002: 159
As I understand this proposal, this is not necessarily incompatible with the view that the
sentential force, following Chierchia and McConnell-Ginet 1990 (the one relevant for
clause typing), must be distinguished from the illocutionary force resulting from the use of
a sentence as a speech act (Searle 1965). We may well take this Force projection to
“correlate with the illocutionary force” without assuming that it directly encodes the force
that a sentence assumes in a particular speech act.
Hence, let us suppose that the high left-peripheral position where
peripheral/impersonal ele is inserted is in fact [Spec, ForceP]. Then, let us see how this
proposal would work for the sort of data that we may found in EP. In the following
paragraphs, I will begin by evaluating this proposal with respect to main clauses (naturally
involving different types of sentences). Expletives in embedded clauses will be discussed
at the end of this subesection.
First of all, let me say that we need not assume that the head Force is present in any
sentence. The proposal specifically concerns emphatic sentences resulting from the use of
the expletive ele. In this case, in fact, I am proposing that a projection headed by Force
must be present and that the expletive occupies its Spec position.
When we look at the expletive constructions in examples (192) and (193) above,
their syntactic structures appear quite straightforward: there is a projection ForceP (whose
Spec is filled by the expletive) in the left periphery of an unmarked preverbal subject
sentence (which we may assume to correspond to IP):
22 Remark that the speaker commitment generally associated to expletive constructions could in part explain
the stylistic variation correlated to the use of this linguistic means: expletive constructions appear most
frequently in non-formal / less formal styles, normally associated to the expression of some
expressivity/emotivity. In standard EP, the most tolerated uses of this expletive bear precisely on some
expression of speaker commitment.
239

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
(199) [FORCEP [Ele] [ FORCE 0 [IP o tear do pardo era muito largo] ] ]. (OUT21)
EXPL the loom of.the dun [cloth] was very wide
± ‘The loom for dun cloth was indeed very wide.’
(200) [FORCEP [Ele ] [ FORCE 0 [IP proexpl é assim] ] ]. (ALV36)
EXPL is like.that
± ‘Things are indeed like that.’
In exclamative and imperative sentences like those illustrated in (195) and (196), the
expletive construction would involve the same sort of visibility for the ForceP projection,
without affecting the internal structure of the remaining sentence. Such an analysis could
of course be compatible with the idea that Force may correspond to the different types of
sentential force, independently from our assumptions about the way this is codified in
syntactic structure (either by means of positing different Force 0 features for the different
sentential types (e.g. [+excl], [+int], [+imp]) or by assuming that different configurations
in the remaining structure yield the different sentence types). We may then speculate that
what the expletive does with respect to the discourse value of the sentences where it
appears is to limit the spectrum of possible illocutionary forces that may be assumed by a
given clause type. To clarify: it is well known that each clause type may assume different
values of illocutionary force, given the appropriate context. For instance, a sentence
formally associated with the force of asking, such as the interrogative Could you open the
window?, may (in fact, usually does) have the illocutionary force associated with ordering.
For another example, a declarative sentence does not necessarily correlate to an assertion: I
want you to do this job today would normally correspond to a command, an illocutionary
force typically associated to imperatives. What I am suggesting is that the expletive in
[Spec, ForceP] in fact forces a special (or perhaps a very limited set of) illocutionary force
for each clause type. Accordingly, declarative sentences including a peripheral expletive
may hardly assume a command value such as the one illustrated above. That is, a sentence
such as (201) would preferably be read as an assertion:
(201) Ele (eu) gostava que fizesses este trabalho hoje.
EXPL I would like that do-IMPERF.SUBJC this work today
Similarly, (202) could hardly express a request, while its non-expletive counterpart
corresponds to a usual way of asking for a coffee.
240

(202) Ele (eu) queria um café.
EXPL I want-IMPERF a coffee
5. EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE SYNTAX
Thus, we could conjecture that the expletive in [Spec, ForceP] induces the following
correspondances: declarative sentence-assertion, exclamative-expressive act, interrogative-
expressive act, imperative-command. In fact, I am treating the sort of interrogative
sentences where the expletive may appear as exclamatives, following suggestions in
Benincà 1995: 129 and Mateus et al. 2002: 481 (recall that the expletive only appears in
non-standard interrogatives, such as the rhetorical questions, surprise/disapproval questions
and “I-can’t-find-the-value-of-x” questions pointed out by Obenauer 2004). The result of
this “selection” among the potential illocutionary forces assumed by a sentence is
somewhat emphatic for the selected assertive/expressive/command value.
In structural terms, such an analysis would correctly predict the sort of interactions
that the expletive may display within the left periphery. Recall from chapter 4 (see also
sections 5.1 and 5.2 of the present chapter) that the peripheral expletive may co-occur with
other left-peripheral elements, which it normally precedes. I repeat here some examples to
ease the exposition:
(203) Ele agora já ninguém costuma cozer. (OUT32)
EXPL now already nobody uses to bake_bread
‘Now nobody uses to bake bread anymore.’
(204) Que ele até com um pau se malha. (MST37)
QUE EXPL even with a stick SE threshs
± ‘Actually we thresh even with a stick.’
(205) Haver… Ele a fome não havia! (VPA06)
have-INF EXPL the hunger NEG had
‘As for existing, the hunger didn’t exist!’
(206) Olhe que aquilo no livro! E ele eu, o homem leu aquilo diante de mim! (COV18)
look that that in.the book and EXPL I the man read that before me
‘Look, that was in the book! And me, the man read that before me!’
Thus, adverbials, focalized phrases, topicalized phrases and other topic constituents
occurring in the left periphery all appear after the peripheral expletive. This, of course, is
correctly predicted if the expletive occupies the Spec position of ForceP, above other
projections within the left periphery. It seems to me that the present proposal for the syntax
of peripheral expletives would essentially be compatible with most current analyses for
these peripheral elements in EP. As for topicalization, for instance, which is illustrated in
example (205), we could either analyze it as adjunction to CP or IP (see Duarte 1987,
241

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
1996) or treat this construction as movement to a Spec position within a dedicated Topic
projection (see Ambar 1997, 1999), in any case the expletive would necessarily find its
place in a higher projection within the C-domain, as proposed above. Such higher
projection would equally be compatible with a lower FP position whose Spec receives the
kind of focalized phrase found in example (204) (cf. Uriagereka 1992, Martins 1994a,
Raposo 1995, Raposo and Uriagereka 1996, 2004). The relative order with respect to the
expletive is correctly derived.
Consider now the case of interrogative sentences involving a wh-phrase. The
peripheral expletive precedes the wh-phrase, which also may be argued to move to the left
periphery (cf. Ambar et al. 1998, Ambar 2000, and also Uriagereka 1992, 1995b, Raposo
and Uriagereka 1996, 2004). 23 In an example like the following, the expletive has been
argued to force a non-standard question reading (for instance, surprise/disapproval):
(207) Ele que livro estás a ler?
EXPL what book are A read-INF
‘What (kind of) book are you reading?!’
If we extended Obenauer’s analysis to EP data, we would have the wh-phrase in nonstandard
questions staying in a higher Spec position than the one it occupies in standard
interrogatives – in fact, a position higher than Force in Obenauer’s proposal. In our terms,
the non-standard wh-phrase could in non-expletive constructions move to [Spec, ForceP] to
legitimate some feature relating to a possible/necessary expressive illocutionary force
[+expressive]. In expletive constructions, no wh-movement would be required since the
insertion of the expletive would legitimate the [+expressive] feature in question. This
would then be a case in EP expletive constructions where expletive ele would act much
like “regular” IP expletives: the expletive is inserted in a Spec position as an alternative to
movement of a phrase to that same Spec, for some feature to be checked.
A major problem for this analysis would be the fact that expletive ele also appears
in a significant variety of embedded clauses. Some examples are repeated below:
(208) Mas olhe que eu, eu tenho a impressão (…) que ele que havia ainda lá disso.
but look that I I have the impression that EXPL that had still there of.that
± ‘But look, I have the impression that there was some of that there’ (AAL21)
23 But see Barbosa’s 2001 arguments for analyzing wh-constructions in Romance as IPs.
242

5. EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE SYNTAX
(209) Tu sabes bem que ele em Paçô eles viram para aquele lado e a gente encaminhava
you know well that EXPL in Paçô they turn to that side and the people turned
logo para este lado. (COV28)
immediately to this side
‘You know well that at Paçô they turn to that side and we immediately turn to this side.’
(210) pois que préstimo teem agora as talhas, se êle não há já vinhas? (Ribeiro 1927: 28)
POIS what utility have now the ± tubs if EXPL NEG has still vineyards
± ‘So what is the utility of the tubs now, if there are no more vineyards?’
(211) Nós, antigamente, cozíamos quando ele vinha o tempo de castanhas –
we in.the.past cooked when EXPL came-3SG the time of chestnuts
(que) também dávamos castanhas. (OUT32)
QUE also gave-1PL chestnuts
‘In the past, we used to cook [null object: the pig’s food] when was the chestnuts time –
we also used to give [them] chestnuts.’
(212) As folhas saíam e a azeitona ficava ali, em cima dum pano limpo, que era para
the leaves went.away and the olive remained there upon of.a cloth clean QUE was for
despois (de) já estar limpa para ele a gente pôr dentro duma canastra. (ALC17)
after of already be-INF clean for EXPL the people put inside of.a basket
± ‘Leaves were thrown away and olives were kept there, on a clean cloth, to be put inside
a basket.’
The first problem raised by such subordinate contexts concerns the co-occurrence of the
expletive with a subordinator of the type represented in (208) - (210) (que ‘that’ and se ‘if’).
These are a typical complementizer and a subordinating conditional conjunction,
respectively. They would thus most likely appear as Force heads, if we characterize Force
as in Rizzi 1997. However, such an analysis would yield the wrong word order ele –
complementizer/conjunction:
(213) … [FORCEP [ele ] [ que [ … ] ] ].
In fact, this is not a real problem, since we may well conceive of an additional projection,
in fact, more directly connected to subordination, as independently proposed by Bhatt and
Yoon 1992, Alexiadou 1997, Roussou 2000 and Haegeman 2002. Following Haegeman
2002, I will call the head of such projection “Sub” as a mere mnemonic.
(214) … [SUBP que [FORCEP [ele ] [ FORCE 0 [ … ] ] ].
Thus the order complementizer/conjunction – ele is correctly derived. Similarly, other
embedded clauses such as relatives (and free relatives like the one in (211)), may equally
243

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
involve the projection of Sub. 24 Peripheral expletive ele could thus provide evidence for
separating the heads Force and Sub.
A second (apparent) problem has to do with the presence of a head such as Force
(and consequently, its projection) in embedded contexts. Remember that we have related
the projection of Force to the expression of illocutionary force. This typically corresponds
to a property of main clauses. However, some embedded clauses include the expletive,
even when we don’t expect ForceP to be projected in embedded domains. In fact, it may be
argued that there are embedded clauses that allow for a ForceP projection. This seems
fairly uncontroversial for those embedded clauses that depend on assertive predicates like
those illustrated in (208) and (209). As for adverbial clauses, I speculate that the presence
of the expletive correlates with important differences that have independently been isolated
with respect to their structure. Namely, it has beed argued that a major distinction may be
drawn between peripheral and central adverbials (Haegeman 2002, see also Lobo 2003):
internally, the structure of the former group is essentially root-like (except for the presence
of a subordinator), while the structure of the latter is truncated. Thus, peripheral adverbials
like the one illustrated in (210) could without problems allow for a complete structure for
the left periphery, which would make the presence of the overt expletive fairly
understandable.
Remark, furthermore, that recomplementation, which involves an expanded
periphery, may be found, although quite unexpectedly, in the periphery of inflected
infinitival clauses headed by para in CORDIAL-SIN data from the Azores (S. Miguel):
(215) INQ2 E aquilo, quando ela está a começar a dar semente dá um quê?
‘Interviwewer 2: And when it begins to produce seeds, what does it produce also?’
INF1 (Ele) quando está a começar, a gente aqui usam: se é um pé para dar semente, a gente
deixam aquele pé para dar semente. Não mexem nele. (…)
‘Informant1: Well, when it begins [producing seeds], people here use to – if it is a stem for seeds,
we use to leave that stem for seeds. We don’t touch it.’
INF3 Para semear a couvinha.
‘Informant3: To plant the cabbage.’
INF1 Para (ele) para dar a semente, para ele para a gente tirar a couvinha, tem que colher…
in order to EXPL to give the seed in order to EXPL to we have the cabbage, have to catch
24 I am following here a suggestion formulated in Haegeman 2002: 159, n.31: “relative pronouns need not be
taken to move to the specifier of ForceP, as proposed in Rizzi (1997), but they could target the specifier of
Sub.”
244

5. EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE SYNTAX
Thus, although the extensive inspection of the correlation between peripheral expletives
and adverbial clauses is outside the reach of this dissertation, it is worth noting that even
adverbial clauses may not be a problem for the proposal presented here concerning the
peripheral position of peripheral/impersonal ele.
In this subsection I have proposed that the peripheral/impersonal expletive ele makes
visible the projection of Force in the C-domain, which is assumed to mediate the mapping
between the sentential force and the illocutionary force that a sentence may have as a
speech act. Relating this expletive to the Force projection permits us to straighforwardly
account for the discourse effects displayed by this expletive in EP, which were argued to
operate at the level of the illocutionary force assumed by a sentence. Furthermore, the high
peripheral position posited for this projection (following Rizzi 1997, and many others after
him) allows the correct predictions with respect to the interaction of this expletive with
other peripheral elements: peripheral ele may precede different kinds of phrases occurring
in the left periphery, like preposed adverbials, topics, dislocated affective phrases,
dislocated wh-phrases. The presence of such a peripheral expletive in embedded contexts
was further related to the availability of Force, which was thus assumed to differ from an
additional subordinating head Sub, following Bhatt and Yoon 1992, Alexiadou 1997,
Roussou 2000 and Haegeman 2002.
The proposal put forth for EP data could, in principle, be extended to overt
expletives found in other Romance NSLs (cf. data summarized in chapter 2). Galician, for
instance, seems to largely conform to the EP pattern, with the expletive being connected to
illocutionary values relating to expressivity in exclamative and interrogative clause types,
but also (strong) assertion in declarative clause type. In Catalan dialects allowing for the
expletive, however, ell would only legitimate the expressive force related to exclamative
sentences – hence ell is currently understood as an “exclamatory particle”.
In a wider context, peripheral/impersonal expletive ele and the other Romance overt
expletives would instantiate a discourse-related expletive occurring in the left periphery.
Although ele may be connected to other discourse-related expletives, such as Finnish sitä
(Holmberg and Nikanne 2002) 25 , the discourse domain where these expletives are relevant
is clearly distinct: while Finnish-type expletives have some import for the distribution of
25
Or, si and e in Old Italian, which were argued to be CP expletives, relating to Topic and Focus (Poletto
2002).
245

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
the information in the sentence (thus relating to notions such as Topic and Focus), the EP
expletive bears a role in the expression of the Force assumed by a sentence.
5.5.4 The low peripheral position of postverbal ele
Finally, let us turn now to constructions involving postverbal ele, like those repeated below
in (216).
(216) a. Era ele numa carroça! (MIG14)
was EXPL in.a cart
‘It was in a cart!’
b. […] bem aos olhos faz ele tudo […] (PAL28)
good to.the eyes makes EXPL everything
±‘…everything is good for the eyes…’
As discussed in section 5.4 above, postverbal ele displays a set of properties that easily
make him behave like a head, despite its homophony with peripheral/impersonal expletive
ele analyzed in the previous subsection. The proposal that I will put forth for this instance
of non-referential ele has thus to differ from that of peripheral/impersonal ele in a radical
way: while the latter occupies a Spec position, the former must appear in a head position.
Furthermore, peripheral/impersonal ele and postverbal ele also differ with respect to the
position they occupy within the left periphery. This seems fairly evident in an example
where the two forms of ele co-occur:
(217) As pias há-as quadradas (e) há outras redondas, não é? […] Eu tenho-as aí…
‘As for sinks, there are some of them square and some rond, isn’t it? I have some there…’
[…] Ele aqui debaixo tenho ele assim umas pias para os pequeninos, para lá comerem,
EXPL here under[this] have-1SG EXPL thus some sinks to the small.ones to there eat-INF-3PL
± ‘Here, under this, I have some sinks for the small ones, for them to eat there.’ (OUT33)
The first one corresponds to the higher expletive in the structure of the left periphery –
occupying a position that we have identified as [Spec, ForceP] in the previous subsection:
(218) ForceP
ru
Ele Force’
ru
Force ...
4
aqui debaixo tenho ele assim umas pias para os pequeninos ...
246

5. EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE SYNTAX
Now remember that we have indentified postverbal ele as a peripheral element (cf. section
5.2.1 above). Thus, it must find a (head) position within the left periphery, above IP:
(219) ForceP
ru
Ele Force’
ru
Force .. .
...
aqui debaixo tenho ele ...
IP
4
Recall from chapter 4 and from section 5.2.2 that this postverbal ele may be preceded by
constituents with a topic reading like in the example (216) above. This, of course, places
the postverbal expletive in a position below the position for topics.
Regarding the discourse effects involved in postverbal ele constructions, it has been
noted in chapter 4, under section 4.4, that this expletive appears exclusively related to
sentences involving a certain evaluative/expressive value. Accordingly, question-tags do
not apply successfully to such constructions, a result that may be taken as a sign of the lack
of assertive force (cf. section 5.2.2 above).
(220) Os cães comeram ele os ossos, # {não foi, não comeram}?
the dogs ate-3PL EXPL the bones NEG was NEG ate-3PL
(221) Ele aqui debaixo tenho ele assim umas pias, # {não é, não tenho}?
EXPL here below have EXPL thus some sinks
Importantly, exclamative sentences involving the expression of an evaluation by the
speaker (see Ambar 1999: 42) and sentences involving dislocated affective phrases (in the
sense of Raposo 1995) also admit postverbal ele:
(222) a. Linda casa comprou ele a Maria!
beautiful house bought EXPL the Maria
b. Isso sabe ele a Maria!
that knows EXPL the Maria
247

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
c. Muitas flores recebeu ele a Maria!
many flowers received EXPL the Maria
I will essentially capitalize on this evidence to propose that postverbal ele may appear as
the head involved in the expression of such evaluative/expressive value. Ambar 1997, 1999
provides us with some insights into the structure of such sentences:
Suppose we assume that there exists a projection in the syntactic
representation of the sentence where EVALUATIVE-LIKE elements are licensed
(checked) sitting above IP but below CP, as in (46):
(46) [CP [C’ [EvaluativeP [Evaluative’ [TopicFocusP [TopicFocus’ [IP ]]]]]]]
Assume that the features of E(valuative)P have to be checked against
evaluative features of lexical items. If EP is projected, then the appropriate
lexical constituent […] has to raise to it for checking reasons.
Ambar 1999: 43
Hence, if we adapt Ambar’s (1997, 1999) proposal concerning these constructions, we
have already found a place for postverbal ele within the (low) left-periphery. Suppose then
that postverbal ele appears as the morphological head Evaluative and that the constituents
headed by evaluative words (such as muitas flores, linda casa) move to the Spec position
of this projection (as proposed by Ambar 1997, 1999). Then, in constructions like those in
(222) we will have to say that the verb also raises to the head position of this head, as
represented below:
(223) EvalP
ru
Linda casa Eval’
ru
Eval IP
ty 5
comprou ele a Maria
Although the subject may appear between the evaluative phrase and the verb in this kind of
construction if no expletive occurs, as in example (224), the postverbal ele counterparts to
these sentences do not allow for such word ordering (cf. ):
(224) Linda casa a Maria comprou!
beautiful house the Maria bought
(224’) *Linda casa a Maria comprou ele!
Such impossibility would straightforwardly derive if we assume that the expletive must be
in Eval as in (223).
248

5. EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE SYNTAX
Moving the verb up to Eval does not seem however to be a reasonably economical
measure. If the [evaluative] features of the head may be checked by movement of a phrase
into its Spec, how come does the verb raise up to Eval? At this point, I will suggest that it
is the clitic nature of postverbal ele (cf. section 5.4 above) that requires that another head
be moved to Eval, so that postverbal ele becomes a legitimate object.
Postverbal expletive constructions involving no phrase preposing would thus only
involve movement of the verb to legitimate clitic ele:
(225) EvalP
ru
Eval’
ru
Eval IP
ty 5
era ele nas eiras
Other postverbal ele constructions involving no formally evaluative phrase may also result
in an evaluative construction by means of the same structure:
(226) EvalP
ru
os cães Eval’
ru
Eval IP
ty 5
comeram ele os ossos
As for the example in (217), which also involves a peripheral expletive, the structure above
would have to combine to ForceP:
(227) ForceP
ru
Ele Force’
ru
Force EvalP
ru
4 Eval’
aqui debaixo ru
Eval IP
ty 5
tenho ele assim umas pias...
Finally, we may add that the fact that this construction appears much more restricted in
embedded contexts must be connected to the fact that in this case the sort of illocutionary
force allowed by the syntactic codification results necessarily expressive. Peripheral
249

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
expletives, on the other hand, were argued to also correlate to assertive values, by and large
involving a wider distribution in embedded contexts.
250

6.
Conclusion
This dissertation investigates the status of expletive ele in non-standard European
Portuguese. More specifically, it is concerned with the syntax of constructions involving
expletive ele, whose properties it attempts to explain, both at the syntactic and at the
discourse levels.
In this final chapter, I will first present a summary of the motivation behind the
choice of this topic and report on the main findings of this dissertation. Then, I will discuss
their significance for our understanding of specific areas of Portuguese grammar, in
particular, and of the properties of grammar in general. In a wider context, I will present
some of the new perspectives that have been opened by the research underlying the present
work, pointing out to new avenues for future research.
The status of expletive ele in non-standard EP is investigated in this dissertation from the
perspective of the syntactic properties and discourse effects displayed by the constructions
where ele occurs. The aim of this investigation was twofold: (i) to present a comprehensive
account of overt expletive constructions in EP; and, concomitantly, (ii) to contribute to a
better understanding of the status and function of expletives in natural language in general.
This research is developed within the Principles and Parameters framework of generative
syntax (Chomsky 1981 and subsequent work), under its minimalist version (Chomsky
251

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
1993, 1994, 1995 and subsequent work). The empirical basis for this work has been
provided by the Syntactically Annotated Corpus of Portuguese Dialects (CORDIAL-SIN),
a linguistic resource recently developed at Centro de Linguística da Universidade de
Lisboa and especially conceived for the enhancement of dialect syntax.
Expletives have motivated torrents of linguistic discussion for the special and mysterious
status they have in languages in general. To paraphrase Georg Kaiser’s words at the
closing session of a recent workshop on Expletives in Romance and Germanic Languages 1 ,
expletives seem to be nothing in language – and, to this extent, this dissertation would be
about nothing. However, it is precisely because they appear to bear on nothing else but
grammar that they are so fascinating.
Linguistic research on expletives of English-type languages has explored this aspect
almost to its limits. Expletives have thus been seen as pure manifestations of syntax, since
they appear to be related to purely syntactic designs, such as satisfying a structural
visibility requirement on a specific syntactic position (traditionally, the subject position).
More recently, it has been argued that, in some other languages, expletives may be
operative outside the structural domain traditionally connected to a proposition, i.e. IP,
where English-type expletives seem to belong. More precisely, expletives have also been
located within the domain which typically relates to the interface with discourse, i.e. CP.
What the precise role of the expletive is, in this case, still appears to me to be an open
question. Proposals have been made which tend to compare the function of CP-expletives
to the usual role of IP-expletives: both would serve some sort of visibility requirement,
either by means of checking an EPP-feature on the inflectional head within the IP domain,
or by checking an analogous “P-feature” on a given projection in the left periphery (cf.
Platzack 1998 and Holmberg 2000c, on Icelandic expletive það). Incursions into a
discourse-oriented language revealed that the EPP feature checked by expletives may not
only vary with respect to the position where it appears but also assume a somewhat related,
but still different, shape (cf. Holmberg and Nikanne 2002 on Finnish sitä, which is argued
to check a [-Foc] feature).
Such proposals thus widen up the limits within which expletives may be
understood. In particular, it seems to me that they pave the way for new approaches to the
1 Held at the University of Konstanz (Germany), 11-13 November 2004.
252

6. CONCLUSION
fact that overt expletives occur in several Romance NSLs, which till now has remained
fairly unexplained, despite the significant insights brought up by some recent studies (cf.
Silva-Villar 1998, 2004, and Uriagereka 1992, 1995b and especially 2004).
The choice of the subject of this dissertation was thus in part motivated by the fairly
general design of exploring a new approach to the analysis of overt expletives in a NSL.
Naturally, this choice was also motivated by a more specific design, that of elucidating a
fairly obscure area in Portuguese linguistics.
As a non-standard language phenomenon, expletive ele has not been given almost
any attention in theoretical syntactic work. The few studies that mention it, however, most
often conform to the traditional view that ele plays in EP the role that it or there play in
English or il plays in French. That is, expletive ele is most often seen as an expletive
subject. (Remarkable exceptions are however found in Uriagereka 1992, 1995a, 1995b,
2004, Martins 1993, Raposo 1995, Raposo and Uriagereka 1996, 2004, Silva-Villar 1998,
2004.) This dissertation thus attempts to fill up this gap and contribute to a better
understanding of this aspect of non-standard EP.
Chapter 2 reveals the theoretical environment for this approach to the study of expletive ele
and places this dissertation in the wider context of the linguistic research concerning overt
expletives in languages which allow for null expletives.
First of all, it is the notion of ‘expletive’ itself that is elucidated. This move is
plainly justified by the terminological ambiguity characteristic of the word expletive.
Generative syntactic research has specialized this term for the specific notion of ‘syntactic
filler for the subject position’, and, even more, for a particular case of such syntactic filler
(“pure expletives” of the there-type, which correspond to nothing else than the feature that
they must check in the subject position). Given the hypothesis underlying this dissertation
that EP expletives instantiate a different type of non-subject expletive, such a specific
notion could not serve the purposes intended here. In this work, the term expletive is rather
used in a less restrictive sense that goes beyond the notion of ‘subject filler’.
Nevertheless, a brief characterization of “pure” expletives is given in chapter 2, so
that the properties displayed by expletive ele may be subsequently compared to those of
pure expletives. Besides their lack of features, it is the dependency of pure expletives on
their associate that is strengthened here.
253

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
Furthermore, chapter 2 reviews some generalizations concerning the absence of
expletive subjects in natural language. Above all, besides reviewing the well-known
empirical generalization that NSLs usually lack overt expletives (cf. Rizzi 1982, Burzio
1986, Jaeggli and Safir 1989, i.a.), it underlines the fact that even NNSLs may allow for
non-overt expletive subjects. In this context, it seems to be a fairly unexpected property of
natural language that those languages where subjects may normally be non-overt display
overt expletive subjects.
To this respect, chapter 2 includes evidence for the recurrence and complexity of
so-considered exceptional overt expletives, i.e. expletives that occur in (varieties of)
languages allowing for non-overt subjects in general or for non-overt expletive subjects in
particular. American Spanish varieties, Catalan varieties from the Balear Islands and
Galician provide examples from Romance NSLs; Icelandic, German and Yiddish illustrate
the case of NNSLs allowing for non-overt expletive subjects which nevertheless may use
overt expletives. The last part of chapter 2 presents some recent analyses of such
exceptional overt expletives. All of them strongly suggest that these expletives are best
characterized as left-peripheral elements, even though they vary as to the position they
propose for the expletive in the structure of the left periphery. It is argued that in a Verb-
second language like Icelandic the expletive það satisfies a visibility requirement on a high
Spec position within the C-domain ([Spec, ForceP] for Platzack 1998 and [Spec, CP] for
Holmberg 2000c). In a Topic-prominent language like Finnish, expletive sitä is argued to
satisfy a kind of visibility requirement on the Topic position, [Spec, FP]. According to the
proposal put forth by Holmberg and Nikanne 2002, this expletive would check a [-Foc]
feature of F when no constituent is moved to [Spec, FP]. Concerning Romance NSLs’
overt expletives, recent analyses also propose that they are to be related to the space above
IP. The proposals put forth by Uriagereka 1992-2004 and by Silva-Villar 1996-2004 are
presented and briefly discussed with respect to some of their implications for the analysis
of expletive ele in EP. Specifically, it is suggested that these proposals make the right
predictions concerning the peripheral status of this expletive, but fail to explain other
properties displayed by expletive constructions, as they appear in the data inspected in this
investigation.
254

6. CONCLUSION
Insofar as the subject of this study consists of a phenomenon of non-standard language, the
approach here developed specifically explores the field of dialect syntax, here focused in
EP dialects.
Although syntax has traditionally been a neglected domain in dialect studies, recent
developments in linguistics (such as the conceptual shift operated by the Principles and
Parameters framework in generative syntax) have paved the way for this still emerging
field of linguistic studies. Insofar as one of the aims of linguistic theory today is to provide
a principled way for explaining language variation in general, the place of intralinguistic
variation may well be compared to that of crosslinguistic variation. To this extent, the
comparative approach, which has been fundamental to the development of the Principles
and Parameters framework, has gained a new dimension. In particular, it permitted the
development of new approaches to the study of syntax, such as the one represented by
microparametric syntax. From the comparison between different but related languages we
have then turned to the consideration of different varieties within a single language. Data
from non-standard varieties tend today to have a place in the study of Universal Grammar
in all aspects similar to that formerly exclusive to standard varieties.
The field of dialect syntax is only emerging in the domain of the EP language.
Syntax has almost always been absent from Portuguese dialect studies, which in general do
not include more than some sparse descriptive observations on certain aspects of
Portuguese syntax. An important step to the enhancement of this new field has been
achieved with the development of the Syntactically Annotated Corpus of Portuguese
Dialects (CORDIAL-SIN), at Centro de Linguística da Universidade de Lisboa. This widespectrum
linguistic resource, which is available on the internet
(http://www.clul.ul.pt/english/sectores/cordialsin/projecto_cordialsin.html), provides
researchers with a significant amount of data (aiming at 500,000 words) drawn from
dialectal (atlases-oriented) interviews. The importance of such a resource appears fairly
evident when one envisages the study of dialect syntax. If introspection and grammaticality
judgements have played a central role with respect to the empirical basis for theoretical
studies in generative syntax, one may well wonder how this kind of data could work for
non-standard syntax. Even if the linguist is familiar with different varieties of his language,
one could hardly imagine the degree of reliability of his judgements with respect to these
varieties. To this respect, it appears that only judgements on his native (or native-like)
dialect may offer some reliability. Since introspection alone may hardly be a source for
255

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
making hypotheses in dialect syntax, the role of dialect descriptions including syntactic
relevant information is thus evident. Likewise, natural observation may be seen as an
important source of hypotheses-motivating data. In the absence of any comprehensive
descriptive syntactic studies for EP dialects, CORDIAL-SIN represents the source par
excellence of non-standard naturalistic data. In this context, it constitutes an essential
means to approach the initial hypothesis-making step of dialect syntax.
The initial empirical basis for the work presented in this dissertation has thus
mainly been a collection of data drawn from CORDIAL-SIN at its state of 200,000 words.
Expletive constructions were collected from a total of seventeen locations in Portugal
(Azores and Madeira Archipels included).
This natural first step in the study of any non-standard EP issue has in fact provided
the main empirical basis for the investigation here presented. The collected data have
proven to be amply rich and complex, so that other methods for obtaining data (such as
judgements’ testing), which were initially previewed, have been postponed for future
evaluation. Instead, the analysis here presented counted with the author’s judgements on
her own native-dialect (occasionally validated by judgements from other speakers of the
same dialect).
Chapter 3 of this dissertation discusses and develops these issues on dialect syntax
methodology.
The collection of data drawn from CORDIAL-SIN, occasionally combined with data from
other sources (such as daily spontaneous speech, and written sources like dialect
monographs, newspapers and novels), provides a general picture of the distribution of
overt expletives, in special of expletive ele, in non-standard EP.
Chapter 4 of this dissertation presents a comprehensive description of the
distribution of expletive ele in these data. Expletive constructions are first considered from
the perspective of the syntactic distribution of expletive ele. On the basis of such
distribution, three different types of expletive ele have been identified:
(i) so-considered subject-like expletive (specifically, the expletive occurring in all
the constructions which involve an obligatory expletive subject in NNSLs: constructions
with impersonal predicates; constructions with clausal subject extraposition; presentative
constructions; and also in constructions involving subject wh-extraction);
256

6. CONCLUSION
(ii) peripheral expletive (which includes different instances of expletive ele
occurring in an overtly peripheral position, namely before preverbal subjects and other
peripheral constituents);
(iii) postverbal ele which invariably occurs immediately after the inflected verb
(allowing for a certain degree of variation with respect to the preverbal position, which
may be empty or occupied by a phrase).
The data investigated in this dissertation thus significantly permit us to widen up
the traditional empirical basis upon which expletive ele has been analyzed. Interestingly,
these data provide strong evidence suggesting that the spectrum of distribution of expletive
ele goes well beyond impersonal constructions, i.e. those contexts where expletive ele
could be analyzed as a subject. In fact, the inspected data favor the hypothesis that
expletive ele may behave as a non-subject expletive.
Importantly, in CORDIAL-SIN data, impersonal contexts do not correspond to the
most frequent context for expletive ele: this corresponds instead to peripheral constructions
(55% cases of peripheral expletives vs. 39% of impersonal ones). Among the three types of
expletives, postverbal ele is much less frequent (only 6% of the total occurrences). Neither
of these types of expletive ele shows any significant correlation with spatial distribution.
Comparative data with respect to the syntactic distribution of the neuter
demonstrative pronouns isto ‘this’, isso, and aquilo ‘that’ further substantiates a distinction
between peripheral and impersonal ele, on the one hand, and postverbal ele, on the other:
while demonstratives share the distributional properties of the former, they may never
appear in the same position where postverbal ele occurs.
One important tenet of the analysis here presented is the discourse-related import of
EP expletive ele. In the last part of chapter 4, the discourse effects displayed by this
expletive are discussed. Briefly, it is argued that the effect of expletive ele by and large
operates at the level of the illocutionary force that a sentence may assume as a speech act.
On the basis of the empirical data provided by EP dialects, it is shown that peripheral and
impersonal expletive ele act as a kind of reinforcer of the expressive, command or assertive
value that exclamatives or non-standard interrogatives, imperatives and declaratives,
respectively, may assume. Postverbal ele in turn is shown to have the effect of adding a
particular evaluative (expressive) value to any sentence where it occurs.
The account of expletive ele in EP dialects presented in this dissertation is thus
based on this background of data, which has permitted to enlarge the empirical basis of
257

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
previous studies on the subject of overt expletives in Romance NSLs (namely Uriagereka
1992, 1995b, 2004 and Silva-Villar 1996, 1998, 2004).
The analysis developed in chapter 5 is in line with the basic idea underlying both
Uriagereka’s and Silva-Villar’s work: overt expletives in Romance NSLs must be
distinguished from NNSLs-type expletives – the former are clearly not dependent on any
kind of visibility requirement on the subject position inside the IP-domain; more precisely,
Romance NSLs’ overt expletives are essentially elements pertaining to the C-domain.
Chapter 5 thus restates this peripheral hypothesis, which underlies the present work.
The analysis here presented further assumes Uriagereka’s 2004 suggestion that expletives
corresponding to the “impersonal” and “peripheral” types are basically undistinct. That is,
expletives in impersonal constructions should rather be interpreted as peripheral expletives
co-occurring with an empty expletive subject. Accordingly, peripheral/impersonal
expletive ele will most of the time be treated as undistinct.
Besides direct evidence from the attested data, which indicates the peripheral status
of expletive ele, several syntactic tests are presented which also confirm that expletive ele
occupies a position within the left periphery. In special, the peripheral status of postverbal
ele is put under scrutinity, so that we are led to conclude that this expletive also occupies a
position peripheral to IP.
The contrast between peripheral/impersonal ele, on the one hand, and postverbal
ele, on the other, is further substantiated in this chapter. Although both of them occupy a
space in the left periphery, it is demonstrated that they must be distinguished, on the basis
of their different behavior with respect to the following aspects, in part summarized in
table 1 below: (i) mobility in the periphery; (ii) distribution in embedded contexts; (iii)
verb adjacency; (iv) demonstrative substitution; (v) discourse value.
258
PERIPHERAL/
IMPERSONAL
EXPL
POSTVERBAL
EXPL
position in the periphery high low
distribution in embedded contexts
less
restricted
more
restricted
verb adjacency - +
demonstrative substitution + -
Table 1. Contrasting peripheral/impersonal expletives with postverbal ele

6. CONCLUSION
The differences concerning the aspects (iii) and (iv) are further correlated with a
significative difference in the expletive’s phrasal status: it is argued that
peripheral/impersonal ele corresponds to an XP category, while postverbal ele has head-
like properties.
The discourse value of expletive ele seems to be invariable in the case of postverbal
ele (which is argued to be connected with the evaluative/expressive value of the sentence
where it occurs) and allows for a certain degree of variation in the case of
peripheral/impersonal ele (which in fact may reinforce the expressive, command or
assertive values of exclamatives and non-standard interrogatives, imperatives and
declaratives, respectively).
On the basis of such differences, it is argued that what has been called “expletive ele” is in
fact an ambiguous element in EP grammar. First of all, the instances of
peripheral/impersonal ele and postverbal ele must be distinguished from cases where ele
appears to behave more like a typical subject. These are suggested to correspond to
residual uses where ele would have a neuter demonstrative reading.
While postverbal ele significantly differs from traditional expletives, namely by its
alleged X 0 character, peripheral/impersonal ele behaves much like expletives in natural
language in that it occupies a Spec position. The latter seems in fact to correspond to the
sort of expletive investigated by Uriagereka and Silva-Villar. It may be characterized as a
peripheral element which actually occurs high in the structure of the left periphery, as it
may precede several peripheral elements, such as topics, dislocated wh-phrases, or
dislocated affective phrases. Given its XP nature, this position must correspond to a Spec
position. On the discourse plan, this expletive is argued to display not only the evidentiality
reading pointed out in Uriagereka 2004, but also other effects on the pragmatic level, all of
them in complementary distribution. Namely, it is argued that this expletive serves as a
general reinforcer of the pragmatic value that different sentence types may assume.
Specifically, this reinforcement may result in an emphatic effect on the expressive or
command value of exclamatives and non-standard interrogatives or of imperatives,
respectively. Concerning the declarative type sentence, it is argued that the strong
evidentiality effect pointed out by Uriagereka may in fact be derived from the possibility of
reinforcing the assertive value that may be associated to declarative sentences.
259

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
Accordingly, it is proposed that this peripheral/impersonal expletive ele makes
visible the projection of Force in the C-domain, which is proposed to mediate the mapping
between the sentential force and the illocutionary force that a sentence may have as a
speech act. The presence of such a peripheral expletive in embedded contexts was further
related to the availability of Force in such embedded contexts. The co-occurrence of
expletives and subordinating elements was taken as evidence for positing a subdivision
between Force and an additional subordinating head Sub, following Bhatt and Yoon 1992,
Alexiadou 1997, Roussou 2000 and Haegeman 2002.
Although the naturalistic data are much scarcer with respect to postverbal ele, the
analysis could count on the author’s introspective judgements on her native dialect, which
includes this kind of expletive. It is thus suggested that postverbal ele corresponds to the
morphologically overt counterpart of an Evaluative head (cf. Ambar 1997, 1999) occurring
in the low periphery.
This dissertation thus contributes, first of all, to a better knowledge of an area almost
unknown in Portuguese linguistics. On a fairly descriptive move, different constructions
were inspected which all involve some form of “expletive” ele. Although, in most cases,
the expletive proved to straightforwardly combine with structures which have been
independently analyzed in the domain of Portuguese linguistics, some new aspects of EP
grammar have been suggested by the present investigation:
260
(i) non-referential ele does not generally correspond to an overt expletive subject
comparable to those of NNSLs;
(ii) non-referential ele behaves as an ambiguous element in EP grammar;
(iii) non-referential ele is a grammatical element with discourse-related import,
correlated to structural positions in the left periphery of the sentence;
(iv) the discourse effect of this element operates at the level of the illocutionary
force assumed by sentences in use;
(v) the form ele may also correspond to a neuter demonstrative-like pronoun, to
correlate with the accusative form of a demonstrative clitic -o (studied by Matos
1985);
(vi) the head Eval involved in exclamative-avaliative clauses, which was
independently proposed by Ambar 1997, 1999, may be morphologically filled
up with (postverbal) ele;

6. CONCLUSION
(vii) emphasis on the pragmatic value that a sentence assume may be structurally
encoded in the high periphery of the sentence.
The implications of the last point have a more general scope, which goes beyond the
sphere of Portuguese grammar. The main proposal put forth in this dissertation, that
ForceP is to be related to the encoding of pragmatic values and that expletive ele occupies
a position within that projection, in fact develops and gives new content to ideas recently
entertained in syntactic research:
(i) to the extent that dedicated positions in the left periphery have been proposed to
bear special relations to discourse-relevant notions, the specific effects
correlated to the EP expletive widen up the limits within which the interface
discourse-syntax must be discussed;
(ii) although the proposal presented in this work makes use of a split CP system,
from which it uses a dedicated position to encode aspects relating to specific
discourse-related notions (namely, the projection ForceP relating to
illocutionary force), it is suggested that some syncretism may be involved in the
characterization of such a projection: in fact, an element staying in that
projection is argued to be involved with different illocutionary values and,
especially, it may be correlated to the syntactic codification of different
discourse notions, such as (but not exclusively) evidentiality (the present
proposal thus dispenses with postulating a dedicated position within the left
periphery dedicated to the encoding of evidentiality, contra Speas 2004);
(iii) with respect to our understanding of expletives in natural language, the present
dissertation reinforces the idea that expletives are not exclusively related to the
[Spec, IP] position, but may in certain languages occur in the C-domain;
moreover, it is suggested that besides those positions related to the articulations
of topic and focus, expletives may also be connected to other pragmatically
related positions, specifically, in the case of EP, positions relevant for the
codification of illocutionary force.
The proposal put forth for EP data could, in principle, extend to overt expletives found in
other Romance NSLs (cf. data summarized in chapter 2). Galician, for instance, seems to
largely conform to the EP pattern, with the expletive being connected to illocutionary
261

EXPLETIVE ELE IN EUROPEAN PORTUGUESE DIALECTS
values relating to expressivity in exclamative and interrogative clause types, but also
(strong) assertion in declarative clause type. In Catalan dialects allowing for the expletive,
however, ell (which is currently understood as an “exclamatory particle”) would only
legitimate the expressive force related to exclamative sentences.
Many questions raised by the present investigation deserve to be addressed in more detail,
which however would be beyond the scope of this dissertation. I only single out a couple
of them, which to my mind appear as pivotal.
The first question concerns other manifestations of the structural projection of
ForceP. It is argued in this dissertation that ForceP is the locus of codification for interface
relations mapping clause type and illocutionary force. One knows that such a mapping is
far from simple in natural language. Nevertheless, it was proposed that expletive ele could
make some connections between clause type and illocutionary force become stronger, to
the extent that it has the effect of emphazising a given illocutionary value for each sentence
type. A natural question then arises concerning the type of elements that (may) stay within
this projection. It is conceivable that expletives may in fact be an alternative to movement
of other constituents. It was suggested that such a possibility could be instantiated by
rhetorical questions, with wh-phrases in such questions moving to [Spec, ForceP] when no
expletive is present. A natural move now would be to try to further elucidate the content of
ForceP in other alternatives to the expletive constructions here analyzed, in the sort of nonstandard
data here considered as in data from standard EP.
A different though related question concerns the possible connection between the
two types of expletive ele. The analysis here proposed distinguishes between
peripheral/impersonal ele and postverbal ele in terms of both their structural positions and
their discourse effects. It must however be acknowledged that, though different, in a sense,
the discourse effects displayed by both types of ele are related. In fact, they are both
connected to illocutionary force, although the peripheral/impersonal expletive may be
related to several values while postverbal ele only relates to some expressive (namely
evaluative) value. The question relating to the preceding one thus concerns the way how
the codification of certain illocutionary values (or only of certain sentence types?) may be
spread along the structure of the left periphery. A different question is the relation that may
262

6. CONCLUSION
be established between the Force projection and lower positions relating to the same effect,
among which EvaluativeP.
Hopefully, the present dissertation further illustrates how syntax and dialectology may
combine to elucidate those obscure constructions often ignored in the study of (a)
language. Here, just like anywhere else in linguistics, one has to face the unavoidable
tension between descriptive adequacy and explanatory efficiency.
[…] the search for descriptive adequacy seems to lead to ever greater
complexity of rule systems, varying among grammatical constructions and
across languages, whereas the search for explanatory adequacy leads to the
conclusion that language structure is largely invariant.
Chomsky 2000: 92.
263

APPENDIX – CONTENTS
1 SUBJECT-LIKE EXPLETIVE ELE IN IMPERSONAL CONSTRUCTIONS....... 271
1.1 CONSTRUCTIONS INVOLVING SEMANTICALLY IMPERSONAL PREDICATES................ 271
1.1.1 Meteorological verbs................................................................................................. 271
CORDIAL-SIN .................................................................................................................................271
Monographs.......................................................................................................................................272
1.1.2 Other natural predicates ( referring a natural phenomenon – time,
weather, place, distance, general ambiance) ............................................................. 272
CORDIAL-SIN .................................................................................................................................272
Monographs.......................................................................................................................................274
A Planície Heróica.............................................................................................................................275
1.1.3 Existential verbs........................................................................................................ 276
CORDIAL-SIN .................................................................................................................................276
Monographs.......................................................................................................................................285
A Planície Heróica.............................................................................................................................285
1.1.4 The verb ser .............................................................................................................. 287
CORDIAL-SIN .................................................................................................................................287
A Planície Heróica.............................................................................................................................296
1.1.5 Other impersonal verbs ............................................................................................. 297
CORDIAL-SIN .................................................................................................................................297
Monographs.......................................................................................................................................300
A Planície Heróica.............................................................................................................................300
1.2 CLAUSAL SUBJECT EXTRAPOSITION.......................................................................... 302
CORDIAL-SIN .................................................................................................................................302
A Planície Heróica.............................................................................................................................302
1.3 PRESENTATIVE CONSTRUCTIONS .............................................................................. 302
1.3.1 Small clause complements........................................................................................ 302
CORDIAL-SIN .................................................................................................................................302
A Planície Heróica.............................................................................................................................304
1.3.2 Unaccusative verbs ................................................................................................... 304
CORDIAL-SIN .................................................................................................................................304
Monographs.......................................................................................................................................307
A Planície Heróica.............................................................................................................................308
1.3.3 Other verbs................................................................................................................ 308
CORDIAL-SIN .................................................................................................................................308
1.4 SUBJECT WH-EXTRACTION CONTEXTS ...................................................................... 310
CORDIAL-SIN .................................................................................................................................310
2 PERIPHERAL EXPLETIVE ELE ............................................................................... 312
2.1 PERIPHERAL TO THE SUBJECT ................................................................................... 312
2.1.1 Before an overt pronominal subject .......................................................................... 312
CORDIAL-SIN .................................................................................................................................312
Monographs.......................................................................................................................................315
2.1.2 Before a DP subject................................................................................................... 315
CORDIAL-SIN .................................................................................................................................315
Monographs.......................................................................................................................................322
A Planície Heróica.............................................................................................................................322
2.1.3 Indefinite subject....................................................................................................... 323
CORDIAL-SIN .................................................................................................................................323
Monographs.......................................................................................................................................325
A Planície Heróica.............................................................................................................................325
2.1.4 Expletive subject....................................................................................................... 326
CORDIAL-SIN .................................................................................................................................326
Monographs.......................................................................................................................................327
2.1.5 Null subject ............................................................................................................... 327
269

270
CORDIAL-SIN .................................................................................................................................327
Monographs.......................................................................................................................................338
2.1.6 Arbitrary 3 rd p. pl. null subject .................................................................................. 339
CORDIAL .........................................................................................................................................339
2.1.7 Impersonal se in syntactically impersonal constructions .......................................... 340
CORDIAL-SIN .................................................................................................................................340
Monographs.......................................................................................................................................345
A Planície Heróica.............................................................................................................................345
2.2 PERIPHERAL TO PREVERBAL ADVERBIALS................................................................ 345
2.2.1 In referential subject contexts ................................................................................... 345
CORDIAL-SIN .................................................................................................................................345
2.2.2 In syntactically impersonal constructions ................................................................. 353
CORDIAL-SIN .................................................................................................................................353
2.2.3 In semantically impersonal constructions ................................................................. 355
CORDIAL-SIN .................................................................................................................................355
Monographs.......................................................................................................................................359
2.3 BEFORE OTHER PERIPHERAL CONSTITUENTS ............................................................ 359
2.3.1 In referential subject contexts ................................................................................... 359
CORDIAL-SIN .................................................................................................................................359
Monographs.......................................................................................................................................365
A Planície Heróica.............................................................................................................................365
2.3.2 In syntactically impersonal constructions ................................................................. 366
CORDIAL-SIN .................................................................................................................................366
Monographs.......................................................................................................................................366
A Planície Heróica.............................................................................................................................367
2.3.3 In semantically impersonal constructions ................................................................. 367
CORDIAL-SIN .................................................................................................................................367
Monographs.......................................................................................................................................368
A Planície Heróica.............................................................................................................................368
2.4 IN IMPERATIVE SENTENCE ........................................................................................ 370
2.5 HEADING A PHRASE................................................................................................... 370
CORDIAL-SIN .................................................................................................................................370
A Planície Heróica.............................................................................................................................374
2.6 IN ISOLATION............................................................................................................. 376
CORDIAL-SIN .................................................................................................................................376
2.7 IN ANSWERS TO YES-NO QUESTIONS........................................................................ 376
CORDIAL-SIN .................................................................................................................................376
Monographs.......................................................................................................................................377
2.8 IN QUESTION-TAG...................................................................................................... 377
CORDIAL-SIN .................................................................................................................................377
3 POSTVERBAL EXPLETIVE ELE .............................................................................. 378
3.1 VERB INITIAL CONTEXTS........................................................................................... 378
CORDIAL-SIN .................................................................................................................................378
Monographs.......................................................................................................................................381
A Planície Heróica.............................................................................................................................381
3.2 PREVERBAL XP CONTEXTS ....................................................................................... 382
CORDIAL-SIN .................................................................................................................................382
Monographs.......................................................................................................................................385
3.3 PREVERBAL SUBJECT CONTEXTS............................................................................... 385
CORDIAL-SIN .................................................................................................................................385
Monographs.......................................................................................................................................387

1 Subject-like expletive ele in impersonal constructions
1.1 Constructions involving semantically impersonal predicates
1.1.1 Meteorological verbs
CORDIAL-SIN
(1)
INQ1 Mas agora ainda está bom para as batatas, ou não?
INF1 Está, está.
INQ1 Ou é muito tarde?
INF1 Não, {PH|nu�=não} é tarde. Mas [AB|mas {PH|nu�=não} {PH|nu�=não}] veio agora
quando {PH|nu�=não} havia de vir. Havia de vir já antes, repartida.
INF2 Não, agora [AB|ainda] ainda havia de vir muita (água). (Agora faz bem).
INF3 Mas olha que [AB|{PH|nu�=não} há] {PH|nu�=não} {PH|aj=há} muitas águas. (…)
INF1 Eh! Como ele vai haver? Ele {PH|nu�=não} tem chovido nada. Mas diziam-nos os
antigos, diziam assim: [AB|se-] ainda se que {PH|nu�=não} chova em todo o ano, se chover
em Abril e Maio, que chegava bem.
[CTL48]
(2)
E eu, está claro, um dia disse assim: "Ai, ó Almira, tu {PH|nu�=não} te demores a ir
{CT|p�=para o} forno que {fp} é preciso acarrar a água". Que ela, ela a{fp} ladrona, botase
à… {fp} Se vou acarrar a água, tenho que ir buscá-la à fonte, e ela cá faz a fateixa. (Ele)
estava a nevar, nevava muito, eles {PH|nu�=não} {PH|pu�d��u=puderam} ir. Eu peguei e
digo: "Bem". (Depois) dizia-me ela: "Vai buscar a água. Vai buscar a água, que é preciso.
Vem outro freguês para cozer". Ela (o que) queria era que me eu desandasse.
[PFT11]
(3)
INQ1 Amanhã chove?
INF Ah, se (chover) /chovera\ era melhor, mas ele {PH|nu=não} chove amanhã.
INQ2 Desde, desde aquela altura que esteve sempre o tear aqui, agora, é?
[MST11]
(4)
INQ2 Olhe, e como é que ela caía? Como é que?…
INF [AB|Primei-] Primeiramente começou a cair em coisa pouca aquelas pastinhas.
Parecia pastinhas de algodão. {pp} Aquela coisa pouca, aquela coisa pouca, e volta e meia
a 'rajar' mais e a 'rajar', até que chegou a pontos {fp} tapou-se tudo. A gente já deixava de
ver os terrenos, de se vermos uns {PH|�z=aos} outros, já começou a cair aqueles 'trojões'
271

grandes já eles diziam: "Tal não é os 'trojões' de neve que já cai"! Pareciam pastas de
algodão, já quase tamanho da mão de um homem! (É que eles) /Aquilo\ {fp} a ficarem
(ligados) um {PH|�=ao} outro, um homem chega a pontos que o campo põe-se tudo
direito. Não se sabe por onde é que um homem há-de passar e as ruas não se conhecia
nada.
INQ1 Por exemplo, quando se cai diz que?…
INF {IP|ta=Está} a chover neve.
INQ1 Não se diz doutra maneira? Caiu um grande?…
INF Nevoeiro. {pp} Pois.
INQ1 Não é, não é nevão?
INF Não. (A gente, pois), "neve". "Choveu muita neve". "(Ele) choveu muita neve". "Os
terrenos estão tapados de neve". Pois.
[SRP03]
272
(5)
MONOGRAPHS
Iele tchobe tanto! (Soajo, in Pereira 1970: 194)
(6)
El choverá hoije? (Ervedosa do Douro, in Azevedo 1928/29: 160)
(7)
mas atão ele chove? (Nisa, in Carreiro 1948: 73)
(8)
Ele vai chover. (Arronches, in Paulino 1959: 168)
(9)
S’ele não chove, é’ma desgraça pegada. (Colos, in Guerreiro 1968: 351)
(10)
Tã si ele chover já nã vás... (Odeleite, in Segura da Cruz 1969: 153)
1.1.2 Other natural predicates ( referring a natural
phenomenon – time, weather, place, distance, general ambiance)
CORDIAL-SIN
(11)
INF Toda a minha vida, {pp} ouvi falar {pp} que o mundo, {pp} antes dos dois mil anos,
que acabava. E muita gente diz: "{PH|na=Não} acaba". Ele tem sido – da forma que eu
tenho conhecido isto – todos os anos pior, todos os anos pior, todos os anos pior. E as

coisas, como os profetas diziam, assim tem ido. {fp} Sim, [AB|tem-se ido] tem-se ido {pp}
passando. {fp} E então, quer dizer, o mundo, {pp} [AB|isto (…)] isto, isto {PH|na=não}
acaba. Mas isto {PH|n��=não} teve nem princípio nem fim. Mas quero dizer o seguinte: é
de nossa vida – {pp} bem, eu {pp} penso nisto [AB|porque os outros] {pp} porque tenho
ouvido dizer – a nossa vida acaba. {pp} Ou seja em fome, ou seja em guerra, ou seja lá
como for, acaba. E depois, o passar disto; e depois, vem outra geração {pp} fazer vida
novamente. É claro. E esta vida que nós estamos aqui, agora – que há mil e tantos anos,
bem, que temos esta vida – virá outra {pp} doutra família, [AB|doutra] doutra geração,
formar isto novamente. E isto vai-se aproximando. Tudo quanto os profetas disseram e
escreveram, aquilo {pp} [AB|tem] tem-se aproximado tudo.
[PAL12]
(i)
Eu {PH|nu�=não} (o) encontro, tenho que eu [AB|ag-] aguentar. Pois (se) eu
[AB|{PH|nu=não}, {PH|nu=não}] {PH|nu�=não} acho pessoal.
INQ Pois, pois.
INF Tenho que eu aguentar a coisa.
INQ Claro.
INF (A gente) /Ele\ {IP|�ta=está} assim desta maneira. (Depois) /Pois\ no campo, ninguém
quer saber do campo. A vida agrícola, ninguém quer saber dela.
[MST06]
(12)
INF Cá no Algarve é assim. Uma pessoa, a gente é pobre aqui. Juntar para umas casinhas,
ah! Corri o arrasto, nada ganhei. E (daqui ele) /daquilo\ também só dava andar do arrasto.
(Bom), andei a contramestre. {pp} Ganhava mais que uma parte {pp} e sempre
{PH|�f�vur�si�=favorecia}, além de ajuntar mais que um camarada. Sempre vinha uns
patacos. Os outros ganhavam uma parte, eu ganhava duas. Quer dizer, comia igual a eles e
aquela parte era para forrar. Se desse para eles, também davam para mim. Por exemplo,
ganhava num ano dez ou doze contos, ou quinze contos, ou dez ou doze – não era nada –
ou quinze contos, que ganhava-se pouco, agora é que ganham mais. Quer dizer, com os dez
ou doze contos comia igual a eles {pp} e podia forrar cinco ou seis num ano; {CT|p�=para
o} outro ano forrava sete ou oito, e para o outro ano… E assim forrado, já dava mais que
uma parte, que uma parte só. E também andei em enviados, também dava mais uma parte e
fui ajuntando os períodos. Há quem tenha uma ideia e há quem tenha outra. Ele é assim. A
gente tem uma ideia que há-de chegar, e tem umas casas para morar; e outros {PH|n��=não}
têm, a gente {PH|n��=não} pode (vir-lho dar). Agora quem {PH|n��=não} tem nunca (ele)
/{PH|l�=lhe}\ pode comprar.
INQ Pois é.
[ALV36]
(13)
INQ1 E às vezes há aí uns períodos que costumam ser ou em Agosto ou em Setembro …
em que o mar está muito bravo…
INF1 (…) Quando o mar {IP|ta=está} bravo, dizem assim: "Eh! Que maresia que está aí"!
(Tal e qual).
273

INQ1 Pois. Mas um período, aí uma semana, em Setembro ou Agosto…
INF1 Isso é vendaval. Já se chama vendaval.
INF2 Já se chama vendaval.
INF1 Quando ele passa de um dia {pp} ou dois, [AB|já] já é vendaval. O mar
{IP|ta=está}… "[AB|{IP|ta=Está} i-] {IP|ta=Está} aí um vendaval".
INF2 Quando deixa do mar para aqui, [AB|já] já é um vendaval.
INQ1 Mas estas são umas que dão todos os anos, regularmente.
[ALV45]
274
(14)
INF1 Fui levá-lo {PH|�=ao} caminho da Lomba. Ia eu para baixo, ia o meu filho para
cima,
INQ2 Pois.
INF1 de {PH|l��valu=levar o} outro. Viemos ambos os dois para cima, disse: "Olha, sabes
onde estás"? "Sei que estou no caminho da Lomba". "Olha que tu {PH|nu�=não} te percas
agora"!
INQ1 Pois.
INF1 Que era pertinho. Ele podia ser aí [AB|um{fp}] {pp} uns trezentos metros da minha.
INF2 Era já pertinho!
INF1 Disse: "Olha que tu {PH|nu�=não} te percas"! "{PH|nu�=Não} perco". Eu fui lá leválo.
Ele tem-me acontecido aqui cada uma! Que ele eu gosto de socorrer [AB|quem {fp}] as
pessoas, homem!
INQ1 Pois. Claro.
[COV23]
(15)
INF Olhe, aqui em cima, aonde está uma cruz, foi um cunhado desta senhora que está aqui,
que é o Ático… [AB|Ele quando] Ele fez-se uma…(Ele) /Ele lá\ formou-se uma trovoada
muito grande! Eu até andava com as vacas a mais um tio meu aqui nesta costeira aqui. E
depois [AB|fez-se aque-] armou-se aquela trovoada. E o rapaz andava lá longe, perto da
Albergaria com o gado e uma irmã minha que está na Macieira e uma velhota que morreu
– que até era coxa duma perna – ali [AB|de] de Lugar e um rapaz que morreu [AB|que era]
que era Atilano – também era mais pequenito, mais ou menos como (é) este –, e (ele) o
rapaz era maior – já tinha os dezassete anos –, e abalou adiante: "Txó, txó, txó, txó"!
Quando " txó, txó, txó", o gado encarreirava todo atrás daquela pessoa. Tal e qual, tal e
qual atrás daquela pessoa, que aquilo é… [AB|Ca-] Caminhava! (Tal e qual).
[COV32]
MONOGRAPHS
(16)
ainda ele faz frio no mês d’Abril! (Arronches, in Paulino 1959: 168)
(17)
Ele está calor. (Odeleite, in Segura da Cruz 1969: 152)

(18)
vou-me qu’ele já é tarde. (Terceira, in Dias 1982: 329)
(19)
Parece qu’ele vai ser ano de milho. (Terceira, in Dias 1982: 325)
(20)
Parece qu’ele vai botar água! (Terceira, in Dias 1982: 325)
(21)
A PLANÍCIE HERÓICA
Mas, p’ra’qui estou eu a badalar, e a minha Felizarda lá sòzinha má-los moços na aceifa!
Deixa-me ir que êle é já quasi meio-dia. (p.69)
(22)
O tempo das quadrilhas já lá ia. Que êle houvera-as, de uma pessôa se benzer, quando tudo
era andorrial e charneca brava, dando batida aos montes das herdades, que são baixinhos e
é só tirar as telhas para se lhes entrar dentro,e saindo à frente dos almocreves que abalam
de noite para estar com pouco sol em Beja, e êle são bôas quatro horas bem andadas de
jornada. (p.136)
(23)
O mais era tudo charneca pegada. Por essas ribeiras abaixo, p’rá Madruga, p’ra Balfanado;
p’ros Louriçais, p’ra Val Travessos, p’ra qualquer banda que uma pessôa se vol/tasse era
um mato fechado, um ninheiro de zorras e de lobos que até chegavam às vinhas, e um vi eu
ao poço dos Fontainhas que lhe joguei um tiro, mas não o alcancei que êle era longe.
(pp.120-1)
(24)
Havia-os, mais remediados, que tinham trazido burros e machinhos para as trouxitas e para
sentirem menos o caminho, que êle era longe, lá pr’o cabo do mundo nessas serras
escondidas; mas quási tudo jordaneava a pé. (p.128)
(25)
O pároco via as pobres árvores vencidas [...]. Era a vida! Mas êle fazia-se tarde e o sr.
Joaquim Castilho largou. (p.118)
(26)
- Vossemecê reparou quem era? – inquiriu o pároco, inquieto.
- Eu não sr., que o bruto ia zunindo que nem um raio, e êle já faz escuro. Mas aquilo por
força era maltês, que êle dês que a guarda abalou, até há já p’rá’í quadrilhas! (248)
275

276
(27)
- Lá p’ra semente já chega e sobra... – E admirando-se muito: - Ora o nosso compadre
prior! Ele até parece mentira, que há dois dias ainda vossemecê estava todo teimoso e nem
queria nem à mão de Deus Padre que lhe falassem nisso! Que êle não podia deixar de ser.
(p.173)
1.1.3 Existential verbs
CORDIAL-SIN
(28)
INQ1 Mas agora ainda está bom para as batatas, ou não?
INF1 Está, está.
INQ1 Ou é muito tarde?
INF1 Não, {PH|nu�=não} é tarde. Mas [AB|mas {PH|nu�=não} {PH|nu�=não}] veio agora
quando {PH|nu�=não} havia de vir. Havia de vir já antes, repartida.
INF2 Não, agora [AB|ainda] ainda havia de vir muita (água). (Agora faz bem).
INF3 Mas olha que [AB|{PH|nu�=não} há] {PH|nu�=não} {PH|aj=há} muitas águas. (…)
INF1 Eh! Como ele vai haver? Ele {PH|nu�=não} tem chovido nada. Mas diziam-nos os
antigos, diziam assim: [AB|se-] ainda se que {PH|nu�=não} chova em todo o ano, se chover
em Abril e Maio, que chegava bem.
[CTL48]
(29)
INF Mas, ele havia muita fome, naquele tempo. A fome, minha senhora… [AB|Nós
passá… A ver…] Ele a fome {PH|nu�=não} havia! Havia muita comida com abundância,
mas {PH|nu�=não} se podia comer. Olhe, as batatas vinham, iam {CT|pa=para a} panela
desta cor, com tona e tudo. Peixe, o peixe, {PH|saw��au�=salgavam-no} assim [AB|num
{pp}] num cabaz.
[VPA06]
(30)
INF E [AB|essas, essas, essa, essa] esse peixe chegou a vir dentro do nosso portinho.
Cargas e cargas! Daí, desse ano, {PH|nu�=não} apareceu mais aqui uma.
INQ1 Foi para despedida.
INF Para onde é que foi [AB|essa, essa, essa] essa espadilha?
INQ2 Pois, pois…
INF [AB|Lá… Ela emi-, Ela] Ele há espadilha no mar. Há, porque uma pessoa às vezes
vai{fp} à sardinha – [AB|vai à] vai à sardinha {CT|kw��=com as} peças, com aquelas
redes – ainda (vem) /vêm\ algumas. Mas assim tanta porção, nunca vi na minha vida!
Tenho sessenta e [AB|qua-] sete anos, nunca, desde aí.
[VPA53]

(31)
INQ Portanto há cinquenta anos que isto não funciona.
INF2 Ai, já [AB|que isto funci-]. Ou mais. Oh, isto já funciona há mais de cento e tal anos.
INQ Não. Que deixou de funcionar há cinquenta anos.
INF2 Ah{fp} que deixou de funcionar, (ele) deve haver {CT|p�a�i=para aí}
[AB|alguns{fp}] alguns quarenta. {pp} Para aí quarenta anos.
INF1 Eu {PH|nu�=não} sei. Eu quando o comprei, [AB|já] eu já estava… Eu comprei as
casas, a ela.
INF2 Eu ainda era novita quando comecei…
[PFT02]
(32)
INF1 Pois é, agora é tudo assim. Ah, dizem que é tudo, mas ainda {PH|nu�=não} é bem
tudo. A gente vai a Vila Real, a igreja está {RC|ch-=cheia} [AB|re-]. Outro dia fui lá –
cheiinha de gente!
INF2 Está cheia [AB|mas vai lá p-] mas vai lá povo [AB|para]{fp} para vinte igrejas como
aquela.
INF1 [AB|Chei-] E então ele há muitas. Lá há{fp} mais do que uma e que duas, é pelo
menos três – que eu conheço-as, já estive nelas todas três – e está tudo cheiinho. E tudo
vai, o mais de tudo, {pp} vai, tudo vai à comunhão.
[PFT24]
(33)
INQ Pelo menos, eles perguntaram-nos, a gente perguntou e não, disseram que por ali já
não havia.
INF Talvez fosse as {PH|ta�z=tais} azenhas. As azenhas é que (naturalmente) não havia.
Agora, os moinhos é outra coisa. É que uma azenha tem uma roda muito grande e coisa; e
um moinho é uma (da) coisa… Cai a água assim, de frente {pp}
INQ Pois.
INF e{fp} faz moer as mós. {pp} Faz rodar, faz...
INQ Pois, mas a gente, amanhã, pode lá perguntar outra vez mas não… Não sei.
INF É boa! Mas olhe que eu, {pp} eu tenho a impressão [AB|que] que ele que havia ainda
lá disso.
[AAL21(Sapeira)]
(34)
E ainda fui ali algumas duas vezes à Central procurar [AB|por a, por] {CT|p�=por a}
encomenda – [AB|por a, por a, por a] por a encomenda dos fusos. Afinal, dá-se o caso...
E{fp} dizia-me assim [AB|o{fp}] o homem da Central: "Não, não há lá nada, amigo
Albino, não há lá nada". [AB|Não há] (Ele) não há lá nada, mas havia! Paguei cento e
setenta escudos [AB|de] de estar lá uma coisa tão pequena, uma caixinha assim, de estar lá
só, parece-me, cinco ou seis dias. Digo assim: "Olha{fp} já (me abala). Jurei de nunca
mais"! [AB|Com um ca-] Têm custado a gastar. Eu vou-os gastando assim, agora…
[AAL46]
277

278
(ii)
INQ1 Olhe, como é que se chama aí uma terra que fica aí durante um ano sem ser
trabalhada?
INF Embraviada.
INQ2 Como?
INQ1 Não, mas é de propósito.
INF {fp} Sendo de propósito, {PH|a��vez��=às vezes} (ou) /ele\ não há aí [AB|quem]
quem a fabrique {pp} e depois a terra embraviou-se.
[AAL61]
(35)
INF Tanta coisa, {pp} tanta coisa que a gente viu. (Depois) /Pois\ havia aí o Ferro de
Engomar e {PH|���i�=eram} Os Charquinhos e ele ainda havia um outro, {pp} que eu não
me recordo [AB|mas era]… (Parece-me) que eram três {pp} restaurantes. E era para ali
que vinha a estúrdia… A estúrdia de Lisboa {pp} era precisamente para esses, Quebra-
Bilhas e companhia. [AB|Como é] Ah, era o Ferro de Engomar. Havia um restaurante
também ali em Benfica que era o Ferro de Engomar.
[AAL72]
(36)
(iii)
INQ E além do, da lua e do sol, de noite, da lua, de, o que é que se vê de noite no céu?
INF As estrelas.
INQ Há uma que, que é a que aparece…
INF É a estrela-da-manhã [AB|e há] e há a estrela… Bom, ele há várias estrelas, não é?
INQ Então diga lá as que conhece.
INF Conheço!? É por ouvir dizer! Conheço: há a estrela-popular; há a estrela-da-manhã;
[AB|há a estrela] há o sete-estrelas. Bem, ele (há lugar) que há [AB|tantas] {pp} tanta
estrela!
[AAL92]
(37)
INQ1 Olhe, e a, e no Verão vê-se assim a, a, no céu assim uma coisa branca, parece uma
nuvem mas é de estrelas. Vê-se de noite.
INF De noite, {pp} uma coisa branca?
INQ2 É quando o céu…
INQ1 Esbranquiçada. Parece uma nuvenzinha.
INQ2 Quando a noite está toda limpa, a, a gente vê assim…
INF [AB|É o carrei-] É o carreiro-de-santiago.
INQ2 Mas espere. E há outra que estão assim, que são três, três estrelinhas juntas… Não
dá um nome?
INF {fp} Ele há o sete-estrelas; há o cacheiro.
INQ2 Diga?
INQ1 O quê?
INF Cacheiro, não é?
INQ1 Cacheiro?
INQ1 Não sei qual é essa. [AAL93]

(38)
(39)
INF Conheço a salva-brava. Conheço a pimpinela. Conheço erva-de-são-roberto. Conheço
a das sete sangrias. {pp} Conheço a salva-brava. {pp} Bom, em ervas… [AB|erva] Ervacidreira.
{pp} Ah, ele há tanta qualidade de erva! Conheço a erva-das-sete-sangrias. Ele há
muita qualidade de ervas que a gente…
INQ Há aquela… Depois é ervas e… Macela, também conhece?
INF Ah, conheço a marcela.
[AAL95]
(40)
INQ E aquelas árvores que estão aí perto dos rios, que têm assim os ramos a cair assim
para dentro da água?
INF Bom, isso próximo dos rios {pp} pode haver freixo, pode haver a faia, [AB|pode
haver] pode haver o choupo.
INQ Sim.
INF [AB|Há o] Há o amieiro. Ele há [AB|tant- isso, ess-]... Isso [AB|é tudo] é tudo árvores
que {IP|t��=estão} à roda das ribeiras.
INQ E o salgueiro?
INF Há o salgueiro.
[AAL97]
(41)
INF Por acaso, {pp} tenho-me defendido {pp} daquilo que sei. {pp} Assim, uma doença,
[AB|um, um{fp}] um chá, uma coisa. Porque isto [AB|é muito] é{fp} assim; esta questão
[AB|de{fp}] {pp}, de chá, {pp} de doenças, disto e daquilo, de muita coisa – {fp} ele
[AB|há] há cura para tudo. O que é preciso é a gente dar com elas. Agora, muitas vezes, é
entregarmo-nos {pp} só às mãos do doutor. Não. Isto {PH|n�=não} é condenar o doutor.
INQ Pois.
[PAL08]
(42)
INF2 O pano? É uma manta.
INF1 É as tais mantas.
INF3 Não é.
INF2 Não.
INF1 É uma manta.
INF2 É uma manta. E depois (…).
INQ1 Olhe, quando, quando se monta um cavalo…
INF1 É uma manta mas, afinal de contas, ele há um pano que {PH|n�=não} tem o nome de
manta.
INF2 {IP|ta=Está} bem, mas [AB|a gente aqui] a gente aqui nunca tem isso.
INQ1 Como é que é?
INF2 Isso é na tropa, isso é na tropa.
INF1 Não me recordo. Não me recordo.
INF2 Na tropa é que têm.
279

INQ1 Suadouro, um suadouro.
[PAL24]
280
(43)
INF Olhe, aqui é o {PH|�f�t��w�=fêtão}.
INQ É o?…
INF Aqui são fêtãos. {pp} Olhe, aqui são fêtãos. Isso, ele há cá muito – {pp} os fêtãos.
INQ E… E uma coisa que é parecida com o fêtão, mas que é mais nos poços que aparece?
[FIG12]
(44)
INQ1 Olhe, no, no café onde a gente foi, estava lá um empalhado que é assim um muito
grande, que tem duas orelhinhas, estava assim com as asas abertas…
INF Hum…
INQ2 Parece um mocho também mas é muito grande.
INQ1 Maior do que o mocho.
INF {fp} Bem, ele há diversos.
INQ1 Nunca ouviu falar no bufo?
INF No bufo? {fp}
INQ1 Diga?
[FIG33]
(45)
INQ1 E as lindas, os marcos costumavam ter umas pedrinhas por baixo?
INF1 Os marcos {PH|���e�j�=eram} metidos na terra. Uma pedra assim comprida, aí
[AB|suponhamos] suponhamos ao coiso desta bengala.
INF2 (Então) é de pedra desta. Ele há aí pedra… Há aí pedra (…/ADJ).
INF1 (…) Era pois destas pedras assim {fp} bravas. E então {pp} {PH|���e�j�=eram} uns
marcos [AB|e era].
[CBV01]
(46)
INQ1 E dava algum nome àquele vinho que ainda era doce, quando ainda nem… Nos
primeiros dias?
INF [AB|O, o pa-] O palheto ou{fp} água-pé, [AB|ou{fp}, ou qual-] ou qualquer coisa
assim. Ele havia tantos nomes assim nesse feitio.
INQ1 Não havia nada que chamasse o mosto?
INF Ah! O mosto, [AB|ah, isso era o] isso era o{fp} bagaço, a parte do bagaço. Quando
era [AB|aquele{fp}] aqueles restos do bagaço {pp} – sim, aquilo tem mesmo o nome de
bagaço –{fp} é que é que {fp} chamavam-{PH|l�=lhe} o mosto.
[CBV31]
(47)
INQ1 E na, e aquela de São Pedro de vir, de vir a corça também contavam qualquer coisa,
não contavam?

INF Pois contavam. [AB|Isso já, at-] Até (ele) {CT|p�a�i=para aí} há livros já feitos disso.
{pp} (Essa coisa). Uns chamam (…). {pp} Contavam que{fp} tinha sido {pp} um eremita
qualquer que ali viveu, e
[MST03]
(48)
Quem sofre muito dos intestinos, ainda pode beber um bocadinho de linhaça, mas (ela já
aparece pouco). Mas vão à farmácia, sempre há.
INQ Pois, pois.
INF Ainda compram a linhaça{fp} – linhaça, umas malvas {pp} – [AB|para] para quem
sofre dos intestinos. Que até é muito bom! [AB|Mas para… muito] Era muito aplicada a
maça {fp}… Aquela linhaça, muito aplicada [AB|{CT|pa�=para as} {CT|pa�=para as}]
{CT|pa�=para as} pneumonias de antigamente. (Que ele) /Aquilo\ {PH|nu�=não} havia
injecções, {PH|nu�=não} havia nada. [AB|Era só cu-] Era só curada [AB|{CT|ku�=com
os}] {CT|ku�=com os} (beberes) /barbeiros\! {fp} Nós tínhamos que (operar com)
/procurar\ aquelas coisinhas todas {pp}. Tinha muito préstimo, a linhaça. Então não tinha!
[MST17]
(49)
INQ Pois. Então, quando o senhor acabar, quando o senhor já não puder trabalhar, quem é
que trabalha aqui?
INF1 Ah! Fica fechado. (Ele) {PH|nu�=não} há cá ninguém quase que trabalhe.
INF2 Ninguém. {pp} Fica logo fechado.
INF1 Quem é que há-de trabalhar?
INF2 Ninguém aprende a arte.
[MST24]
(50)
INQ1 Uma árvore parecida ao sobreiro mas que não dá cortiça?
INF É azinheira. Há a azinheira [AB|e há a c-] e há o [AB|c-] carvalho. O carvalheiro.
[AB|É u, é uma es-] É tipo de azinheira [AB|entre] entre o chaparro e a azinheira. Chamase-{PH|l�=lhe}
os carvalheiros.
INQ2 Também dá boleta?
INF Dá boleta também. Aí {CT|p�=para o} norte há muito. {CT|p�=Para o} norte há muito
disso.
INQ2 Mas dá outra… Mas dá uma outra coisa. Além das boletas dá umas coisas, umas
bolas assim redondas… O carvalheiro, não dá? Umas, umas… Aquilo não presta para
nada, não é fruto. É uma coisa que…
INF Pois. Mas, {IP|p��=espere} aí… Ele há, há. Eu já tenho visto. Já vi. Deita uma
bolazinha.
INQ2 Rhum-rhum.
INF Mas isto {PH|n��=não} é… Isso é o… Há outro{fp}… Cá na nossa área não há disso.
Isso é (um pouco) [AB|o tal] o tal de carvalho, a madeira de carvalho, que há muito boa,
muito boa, no norte.
INQ2 Ah! Duma árvore grande.
281

INF Que é no norte é que há muito. Até aí – a senhora conhece melhor isto que eu, com
certeza… {fp} E há uma árvore que é… Ali [AB|em{fp} c-] no coiso, [AB|na] em
Portalegre, lá na praça, em Portalegre, há lá uma árvore (montes de grande)!
[LVR05]
282
(51)
INQ Portanto¸ é milho e depois?…
INF Grão, e fica a terra… Arranca-se aquilo, fica a terra {fp} sem uma erva, sem nada; mal
aparece umas ervazitas, que é isso que o gado lá vai comer – (aquelas folhas daquelas
coisas); e depois para (se) semear trigo ao depois logo ali em Setembro. (Pois é assim).
Chama-se-{PH|l�=lhe} isso 'barbeto'.
INQ Sim senhor. Olhe e nunca acontecia, por exemplo, deitarem para lá uma erva, para
uma, para uma terra de, semearem erva para o gado lá ir comer de propósito?
INF Sim senhora. [AB|Chamam-lhe (…)]
INQ Chamam-lhe o quê?
INF Isso é mesmo próprios. É mesmo próprios. (Semeiam). Até aqui nestes olivais, ele há
ali semeada. {fp} Chama-se-{PH|l�=lhe} (a) essa erva, chamam-se-{PH|l�=lhe}: azevém!
[LVR10]
(52)
INQ1 Olhe, aquele… Há bocadinho falou-me naqueles que iam à frente, a levar o
rebanho…
INF O boi… É os da guia. Chamam-{PH|l�=lhe} os bois da guia.
INQ1 O boi da guia. Só nos, nas, nos bois é que há isso?
INF É. [AB|Nesses m-] Nesses tipos que [AB|têm {pp}] têm gado bravo {pp} é que
{PH|�te�e�nu�=têm os} bois {CT|p�a=para a} guia mesmo. (Que é onde estão que estão
acostumados)…
INQ1 Da guia? Mas portanto, nos carneiros?… Nos carneiros não há nunca?
INF Hum…
INQ1 Não se via nada?
INF Ele havia antigamente. (Ele… Eu) /Ele eu\ vou-{PH|l�=lhe} dizer uma coisa:
antigamente havia, mas ele (deixou)… Há é 'emparadeiros'. O que é os 'emparadeiros'? É:
isso era uma ovelha. Isso era nas {RC|orde-=ordenhas}. Nas ordenhas das ovelhas é que
havia uma ovelha que chamavam-{PH|l�=lhe} a 'emparadeira', que ia sempre {PH|�=ao}
lado… A gente vai aqui; {fp} é o aprisco – é o coiso das cancelas (onde as ovelhas vão)
metidas dentro…
INQ1 Sim, sim, sim. Chamava-se o aprisco?
INF Um aprisco. E depois ia, a gente ia aqui {fp} a ordenhar as ovelhas e ia a outra, ia a
acompanhar.
[LVR13]
(53)
INF Esses é os gamos, os veados. Mas, ele há aqui umas coisas… Olhe, o que a gente cá
usou, o que se viu cá, houve cá muitos e ainda houve – aqui há poucos anos ainda havia – é
desta {RC|c-=cor}. Assim malhados. Quer dizer, estes, (não sei), podem ser a mesma
coisa, (que é) do mesmo tipo, mas…
INQ1 Mas tinham assim os cornos muito grandes?

INF Estes têm. Têm, sim senhor. (As corças) – os veados! Os veados!
[LVR31]
(54)
INQ Olhe, os carros que se, que se parecem mais com estas carretas de cá, são os do
Alentejo ou são os dali da zona de Sintra? Se o senhor já tem reparado…
INF Aquilo, os carros para ali {PH|ko��pa�i�s�=comparam-se} mais com o Alentejo.
INQ Os daqui é os que dão mais com os do Alentejo…
INF [AB|Porque] Bem, mas a gente aqui, também há poucos que se dê com o Alentejo. O
carro do Alentejo é muito diferente deste daqui.
INQ É?
INF É. E de Sintra também {pp} é outro modelo. Palmela também é outro modelo.
INQ Ai é?
INF É.
INQ Tantos modelos.
INF É. Palmela tinha… Aquela carroça minha, em Palmela faz-se muito daquele modelo.
Mas 'houvia' cá um homem – já morreu –, [AB|em] cá em Alcochete, que era carpinteiro,
isso não 'houvia' aí nenhum que fizesse uma carroça tão jeitosa daquele feitio como aquele.
Mas de Palmela, [AB|é] aquele feitio é o mesmo mas, o que é, é: aqui era mais engraçado –
{pp} aquelas 'falés' que o homem fazia. É.
INQ Mas porque é que era?
INF (Ele) 'houvia' aqui dois tipos de carroça: 'houvia' [AB|daquela] daquela minha e
'houvia' outra que era só os varais e era os taipais corridos, {pp} aparafusados [AB|às f-] às
'fueiras', e era toda corrida. {PH|n��=Não} tinha caixa. 'Houvia' assim. Ainda há aí carroças
dessas. Ainda há aí.
INQ Que é no género dessa que está aqui desenhada, aqui neste sítio?Essa que já esteve a
ver há bocadinho. Já a perdi outra vez. Não era assim, não? Não.
[ALC10]
(55)
INQ2 Olhe, e aquela parte que a galinha tem aqui assim por baixo?…
INF Isso é o papo.
INQ2 E aquelas partes lá de dentro, que, que quando se mata uma galinha também?…
INF Ah! E [AB|tem] tem os ovários. Tem os ovários. Tem…
INQ2 Sim. Aquela parte para onde vai a comida?…
INF É. E tem o… Isso [AB|é o] é o bucho. É o bucho da galinha. E é os ovários. E é o{fp}
moela. E… Que eu sei que (ele há) /ele é\ outra coisa que se tira, aquilo… Mas aquilo tudo
tira-se da galinha e tudo se come.
INQ2 Pois. Está bem.
[ALC31]
(56)
Ela e ele, {PH|su�po��muz=suponhamos}, ela estava dentro duma casa – porque temos
mais que uma, duas, três casas –, e às vezes tinha que ir fazer qualquer coisa numa casa e
ele sabia que ela que estava e ele {PH|nu�=não} entrava lá. Há algum tempo – agora não –,
mas há algum tempo – agora tenho água em casa –, mas naquele tempo, (ele) havia uns
canecos {pp} que era para vir à fonte, uns canecos de madeira, e ele depois (dizia) /dizer\:
283

"Eu quero beber". E ela ia-{PH|l�=lhe} buscar a água para beber e ele {PH|nu�=não}
pegava da mão dela.
[COV13]
284
(57)
INF1 Fomos lá comprar ovelhas. (Eu) /Ele\ {PH|nu�=não} tinha nenhumas e fui lá comprar
umas ovelhas. Fui lá comprar umas ovelhas a mais ele e lá tudo correu bem. Viemos,
saímos de lá, [AB|ch-] viemos ficar a Reiriz. Chegamos lá a uma loja, nem tinha pão,
nem… Só tinha figos! E nós mortos de fome! Diz o homem assim… Ele pediu o (…/N)
para guardar o gado; trazíamos algumas cinquenta reses, e era ovelhas. Diz ele assim: "E
agora"? O outro para mim: "E agora"? Diz ele: "Ó senhor, ai" – diz ele – "ele
{PH|nu�=não} há [AB|u-] uma corte" – aqui é um curral; noutro lado é umas cortes [AB|é
um] – "para meter o gado"? Diz ele: "Há aqui". Mas a gente duvidou duns gajos que lá
estavam.
[COV24]
(58)
INF1 "{fp} Empresta-nos quatro mantas que o meu companheiro vem doente e está muito
mal [AB|e eu] e você veja lá se (sabe)"… Diz ele assim: "Olhe, eu {PH|nu�=não} posso
mas o meu irmão pode". O homem, o rapaz depositou quatro contos e trouxe quatro
mantas. Depositou quatro… Como fossem eles duvidar de a gente fugir com a roupa.
INQ2 Pois, pois.
INQ1 Pois claro.
INF2 Então?!
INF1 Isto, ele há coisas [RP|há coisas]… E eu sem… Ia eu sem e ia ele sem comer! Chega
lá, oiçam, diz assim: "O senhor [AB|{PH|nu�=não}] {PH|nu�=não} tinha aí nada para se
comer"? Diz ele: "Não". "(Então,olhe), faça-nos aí {fp} ferver um bocadito de água e pôr-
{PH|l�=lhe} açúcar" {pp} – porque eu era para eu beber.
[COV24]
(59)
INQ1 Ah, e como é que se chama isso?
INF (Há destino) para os tabuleiros. Formas. Umas formas. Há umas de barro, há outras de
alumínio.
INQ1 Mas o tabuleiro é a mesma coisa que a forma?
INF Os tabuleiros, ele também os há de barro, não é? E {PH|�aju�=há-os} de alumínio.
INQ2 Ah, mas isto era outra coisa, não era?
INF {fp} Mas também os folares tanto os fazemos… Eu tenho aí umas latas, assim em
redondo. Mas também a minha nora tem-nos em de alumínio assim sobre o comprido; é
chamado tabuleiros. {pp} É conforme calha.
[OUT31]
(60)
INQ Chama-se a isso desfazer o porco ou desmanchar?
INF Desfazer os porcos. Desfazer, nós dizemos desfazer os porcos.
INQ Desfazer.

INF Depois tira-se-{PH|l�=lhe} (ele) à parte: a linguiça, vai para um lado; o salpicão, que é
o lombo, vai para outro; os presuntos, vai para outro; a espádua, vai para outro. Quer dizer,
[AB|depois, na] aqui até costumamos… Agora já não, mas – porque eu ele já há muito
tempo que {PH|nu�=não} crio porcos –, mas nós costumávamos: partia-se o porco ao
meio… Às vezes, até andava a gente a ver qual era o que tinha o toucinho maior – Agora
quem é que quer o toucinho? – e o que tinha mais unto! Que eu ainda tenho ali taças de não
sei já de quando. E já dei algumas [AB|para, {CT|p��=para o}] {CT|p���=para os} cães do
gado. Depois comprei (ainda) um porquinho em Bragança e ao fim arrependi-me e nem lhe
comi a carne gorda, [AB|nem, nem] nem o (toucinheiro), nem nada, pronto, [AB|{PH|j�=e
o}] {PH|j�=e o} unto ainda aí está. {fp} Mas antigamente, ele sabia mesmo bem essa carne
gorda: {CT|�kum�=com uma} salada {pp} e pão de centeio era mesmo boa.
[OUT35]
MONOGRAPHS
(61)
Iel ind’há munta giente que num sabe lei (Soajo, in Pereira 1970: 194)
(62)
Bom, ele não há homens para trabalhar (Escusa, in Baptista 1967: 201)
(63)
Ele há cada um! (Colos, in Guerreiro 1968: 351)
(64)
Ele há coisas! (Terceira, in Maia 1965: 61)
(65)
Bamos qu’iel’ié por i algu)a menina... (Soajo, in Pereira 1970: 194)
(66)
... e ele é uma cerca velha / com os tanganhos à porta
(Odeleite, in Segura da Cruz 1969: 153)
(67)
Ele tinha mai campo pra levar... [=Havia espaço para mais]
(Odeleite, in Segura da Cruz 1969: 153)
(68)
A PLANÍCIE HERÓICA
Leva-se para o quintal uma talha ou duas, pois que préstimo teem agora as talhas, se êle
não há já vinhas? (p. 28)
285

286
(69)
- Um homem com olho para enregar aí meia légua duma folha sem lhe errar a diferença
dum palmo. Isto é modo de falar, bem entendido, que êle já não há fartura de terra como
havia d’an/tes. (pp. 65/66)
(70)
Mas vá que êle haja aqui pouca devoção, como vossemecê diz, quem é que tem a culpa
d’isso? (p.116)
(71)
- Isto é como quem arranca dentes! – exclamava o lavrador encantado. – Num dia
desbasta-se um montado. Mas êle há aí árvore que parece que tem raízes nas profundas dos
infernos e dá que fazer. (p.118)
(72)
- Sim, lá bom foi p’ra quem teve sorte... – continuava o velho – Que êle nunca mais torna a
haver um tempo assim. (...) E se êle fosse só isto? (p.122)
(73)
Ele havia tornas da comedorias, quasi ametade que se não comera e tinha que ser rebatida
em moeda. (p.126)
(74)
O tempo das quadrilhas já lá ia. Que êle houvera-as, de uma pessôa se benzer, quando tudo
era andorrial e charneca brava, dando batida aos montes das herdades, que são baixinhos e
é só tirar as telhas para se lhes entrar dentro,e saindo à frente dos almocreves que abalam
de noite para estar com pouco sol em Beja, e êle são bôas quatro horas bem andadas de
jornada. (p.136)
(75)
Ela estava crente que entre a moça e o padre prior qualquer coisa havia, porque as vozes
eram muitas e êle não há fumo sem fogo. (p.274)
(76)
Estava o mundo perdido, e esperassem-lhe p’la pancada que êle ia haver ali o bom e o
bonito! (p. 288)
(77)
O que ela é, é uma moça de truz, e quem a levar não vai mal servido... Ele não há por aí
muitos que lhe quadrem, não! (p.328)

1.1.4 The verb ser
(78)
CORDIAL-SIN
INQ1 Não sabe o que é a francela?
INF [AB|A 'pran'] Isso! [AB|e-] Era isso.
INQ1 Como é que é?
INF Uma 'pracela' ou {PH|n�=não} sei quê, ou uma francela ou… Ele era qualquer coisa
assim. A minha mãe toda a vida fez queijo. (Mas eu) já me {PH|n�=não} recordo.
[AAL85]
(iv)
INF1 Sendo uma pipa grande, lhe chamam a pipa, mas (estas) /esta\ chama-se é cartolas –
ele são mais (…)...
[PST06]
(79)
(80)
INQ2 Fica muito para dentro depois da estrada ou fica mesmo à beirinha da estrada?
INF Quer dizer, [AB|o] o prédio, assim o prédio, [AB|o] é um olival assim muito grande
mesmo. [AB|E ele, ou mais{fp}] Não sei o sítio onde é que ele anda. Mas quer dizer, nas
Rasas anda.
INQ1 Pois, pois.
INF O sítio das Rasas, ele, ou mais aqui ou mais ali, ele anda. Eu sei que ele que anda nas
Rasas.
INQ2 Tem um rebanho grande, é?
INF É. [AB|Ele se-] Ele é muito. {pp} Ele são muitas ovelhas.
INQ1 Já sabemos que ontem foram tosquiadas.
[MST02]
(81)
INQ2 Foi a sua mãe que o mandou fazer? Ou foi a sua mãe…
INF Este já foi a minha avó. Que (a) minha avó ficou viúva muito nova. E ficou [AB|com]
com quatro filhas {pp} e só um filho. E o filho apenas começou a ganhar pão foi-se
embora. Nunca mais quis saber. E elas, coitadas, passaram muita miséria. E tinham então
dois teares. {fp} (Ele) eram dois teares. [AB|Trabalhav-] Minha mãe trabalhava num {pp}
e a minha avó trabalhava noutro. E depois começou
[MST14]
(82)
INF1 Bom, mas eles {CT|p�a�ki=para aqui} vieram alguns meninos a fazer esse serviço.
Eles sabem onde ele está. (Porque) /Que\ ele estava (metido) aqui no tear.
INF2 Eu não.
INF1 Bom! Agora {PH|nu�=não} foi nenhum.
INF2 (…)
287

INF1 Bom, mas ele {PH|nu�=não} foi nenhum. [AB| Mas eles r-, r-] Aqui {PH|nu�=não}
está. Ele tem de estar nalgum lado. Eles de cá {PH|nu�=não} abalaram, sem os (levar)
/levarem\, não abalavam de cá.
[MST16]
288
(83)
INQ2 E isto aqui é onde põem as coisas em cima?
INF Ele era isto aqui. Isto aqui chamávamos nós o {PH|t���d�ru=chedeiro}.
INQ2 E neste carro, já não chamam chedeiro?
INF Pois, neste carro {pp} chamamos-{CT|lu=lhe um} (carroço).
[MST29]
(84)
INQ1 Não. Quando já estava pronta, diz que já estava quê? Quando ela tinha chegado até à
altura dos quatro dedos, diz que já estava quê?
INF1 [AB|Já est-] Pronto, já estava boa [AB|para] para tender.
INQ1 Não dizem que estava finta?
INF1 Já {IP|�tav�=estava} finta. Por isso, {IP|�tav�=estava} a fintar. Já {IP|�tav�=estava}
finta. Ia-se acender o forno. Quando o pão chegava àquele limite dali, ia-se acender o
forno. {CT|p��=Para o} forno querem saber {pp}
INQ1 Rhum-rhum!
INF1 as ferramentas que se usavam?
INQ1 Sim senhora. Como é que faziam?
INF1 Primeiro era o forcado para meter a lenha lá para dentro. [AB|E ace-, e tira-]
Acendia-se, não era? Era o forcado. Depois era o esborralhador, que era um pau {pp}
comprido, para se espalhar {pp} a lenha por todos os cantos do forno. Quando o forno
{IP|�tav�=estava} branco, é porque já estava quente. O tecto do forno todo branquinho! Aí
de assim já tinha que ser o rodo {pp}, para puxar as brasas todas {CT|p�a=para a} boca do
forno. O borralho que ficava deixava-se (descontrolar) assim um bocadinho, senão aquilo
ele era brasas que {CT|e���i��w�n�=enchiam a} boca do forno. Era o rodo para puxar. Depois
havia as barbas. {pp} Era sempre umas calças de cotim, velhas, atado ali de assim
[AB|num{fp}] numa vara, não era?…
[LVR35]
(85)
INQ1 E ainda sabe?… Ainda sabe palavras de alemão?
INF Não. Palavras de alemão, isso (não) é (mui) difícil{fp} (um) fulano {pp} procurar
{fp}assim uma ideia.
INQ1 Já não se lembra?
INF Pois{fp}.
INQ2 Como é que se diz bom dia, em alemão?
INF Eles lá{fp} bom dia, (ele é) em alemão é {FR|��t��ta�="guten tag"}, {pp}
{FR|��t��ta�="guten tag"}.
[SRP01]

(86)
INQ1 Olhe, e como é que se chama assim a porção de trigo que um, que um ceifador?…
INF [AB|A porção] A porção de trigo chama-se-lhe… {fp}
INQ1 Que agarra com a mão?
INF {fp} Que a mão… É a mancheia.
INQ2 Olhe, e isso é num, num ceifador, não é?
INF Sim senhor.
INQ2 Mas uma, uma ceifadeira?
INF Ceifadeira, pois, que é (o) ceifador… Pois claro, (ele é uma) ceifadeira porque é em
fêmea…
INQ2 Mas as mulheres, a mancheia das mulheres é mais pequenina?
INF Mais pequena, sim.
[SRP14]
(87)
INF Nós aqui, {fp}(ele) /eu\ é a mesma coisa. Há umas abelhas pretas {pp}, isso então
ainda (é) pior.
INQ É aquelas da terra, ou não? É as que fazem o ninho nas, na terra?
INF Eu sei lá onde é que elas… Não, não. Isso são os abelhões.
INQ Ai não? Ai esses são os abelhões.
INF [AB|Estas abe-] Estas abelhas pretas são perigosas.
[FIG36]
(88)
INQ E em cima de quê é que peneirava? Não se punha um…
INF1 Uma masseira e{fp} uma cernideira.
INQ Diga: e uma?…
INF1 Cernideira.
INQ Sim senhor. E depois quando, quantos… O que é que caía para a masseira?
INF1 A farinha. Então o que é que (ele) há-de ser?
INQ E o que é que ficava dentro da… O que é que ficava dentro…
INF1 O farelo.
[FIG25]
(89)
INQ1 E aquela coisa onde estava preso o, o, o burro?
INF O burro? Isso era a vara. Era a vara [AB|e ele, e ele, e o, e a]. (Ele) era uma vara e
[AB|tinha] tinha {CT|p�=para o} burro pôr ali {fp}os tirantes, com a coelheira, engatavase
os tirantes e o burro puxava.
INQ1 E onde é que os alcatruzes despejavam a água?
INF {CT|p�=Para o} {PH|�t��ku=tanque}.
INQ1 Era directamente para o tanque?
INF {CT|p�=Para o} {PH|�t��ku=tanque}. Andava à roda e ia despejando {CT|p�=para o}
tanque. {pp} Depois, do tanque, é que era transportadas despois {CT|pa�=para as} terras.
Largava-se lá do tanque, vinha por o rego, punha-se a travadoira e regava-se {CT|k�=com
a} pá [AB|e co-] ou com o cabaço. Antigamente era assim.
[ALC04]
289

290
(90)
INQ1 Como é que se chama?
INF [AB|Mula-] 'Mulares', a gente chama é{fp}…
INQ1 Já não é canga?
INF {PH|n��=Não} é canga. É engatar. É engatar [AB|a] a parelha. Mas ainda 'houvia' uma
parelha… Ainda há parelhas lá {CT|p�=para o} Alentejo {pp} que é também de canga.
INQ1 Ai sim?
INF É também tal e qual como os bois. {pp} Tal e qual como os bois. Andam uma de cada
lado e a vara {PH|�=ao} meio do carro e {PH|�l�vi�=levam} a canga também em cima do
pescoço. E despois os cangalhos [AB|enfi-] {PH|i��fii�=enfiam} em cima dum molim – um
molim! [AB|Que é]
INQ1 Aqui não há?
INF Aqui não há. Aqui {PH|n��=não} se usa isso. O molim [AB|é{fp}, é para] é como a
espécie da coelheira.
INQ1 Rhum-rhum.
INF Tem um enfeito aqui em cima, assim comprido, e aquilo é enfiado pela cabeça.
INQ1 Pois.
INF E depois [AB|o] isto e (aquilo) /aqui\ {PH|tr��ba�i�=trabalham} {fp} em cima daqui.
Só com uma besta! Agora {CT|k��=com as} duas é isto, tal e qual. [AB|É, é{fp}] É tal e
qual como (é) aí. O que é, é: ele [AB|não é de-] não é deste género dos bois. É{fp} mais
'embaloado'. É assim isto redondo.
INQ1 Olhe, e quando se leva os animais só assim com uma corda a puxar, como é que se
chama essa corda?
[ALC09]
(91)
INQ1 Está tudo a acabar. É o moinho…
INF Acaba tudo. {fp} Aqui, agarrado aqui, (isso juntava-se) /se juntava\ sempre gente aí a
fazer fornos de carvão. 'Houvia' aí dois homens que vendiam carvão com duas parelhas de
mulas {pp} – como esses carros lá do Alentejo –, 'houvia' aí dois: ele era o Arnaldo e era
o… – chamava-se Aretino. Tinha uma parelha de mulas cada um e {PH|���davi�=andavam}
sempre a carregar carvão aí da charneca, para venderem aqui em Alcochete.
{PH|���davi�=Andavam} à roda da vila a vender às sacas e tinham casas a vender mesmo de
propósito {PH|��=aos} quilos.
INQ2 Rhum-rhum!
INF Isso acabou tudo!
INQ2 Rhum-rhum!
INQ1 Pois.
INF E {PH|n��=não} se vê já um homem aqui perto fazer um forno de carvão – {pp}
mesmo dentro da charneca. {PH|n��=Não} se vê. Já{fp}, agora, mesmo o carvão {pp}, se
há algum, é lá {CT|p�=para o} Alentejo {pp}! Que {IP|ta=está} aí dois carvoeiros:
{fp}aquele ali nem tem carvão, aquase nunca tem; e {IP|ta=está} aí outro ali… {pp} É
mesmo pouco que vem para aí. {pp} É mesmo pouco que vem para aí!
[ALC20]

(92)
INQ1 Pois. Mas senhor Anselmo, ainda voltando à comida, essa comida que preparavam
não lhe chamavam nome nenhum? Não lhe diziam, olhe, ou por exemplo: "Está na hora de
ir levar"…
INF "O comer {PH|��=aos} porcos".
INQ1 Comer. Não lhe davam outro nome? Nem a lavagem, nem?…
INF Ou o lavagem. {pp} (…) (Ele é): "Vamos dar o {PH|l��va�=lavagem} {PH|��=aos}
porcos"!
INQ1 Lavagem?
INF O {PH|l��va�=lavagem}.
INQ1 O lavagem.
INF Mas isso é {fp}, (–ai –, é) quem tinha um porco ou dois dentro [AB|dum] dum
pocilgo. "Eu (vou dar)"… "Vou tratar dos {RC|po-=porcos}". "Vou dar o
{PH|l��va�=lavagem} {PH|��=aos} porcos".
[ALC30]
(v)
INQ2 Não, esta não é verde. É assim preta e maior que a mosca vareja. E, e tem mesmo
pêlo. É como, é como…
INF Não conheço.
INQ1 Há assim no campo…
INQ2 Não conhece?
INQ1 Qualquer coisa que seja o besouro, ou assim, não conhece?
INF O besouro [AB|não tem a-] não tem pêlo.
INQ2 Não tem pêlo?
INF [AB|O besouro] O besouro anda a arrastar pelo chão mas [AB|é{fp}] é como a
carocha.
INQ1 Ah!
INF A casca dele [AB|é como a] é como a carocha. O que é, é maior.
INQ1 Sim.
INF Tem a cabeça maior e tudo {PH|ka=que a} carocha. Mas esse, esse o besouro, {fp}
avoa, mas ele é rente {PH|�=ao} chão. Abre as asas e depois [AB|é ren-] é rente
{PH|�=ao} chão; não anda a avoar pelo ar.
INQ2 Mas o besouro tem asas também?
INF Tem. Abre as asas e avoa daqui para ali.
[ALC40]
(93)
(94)
INQ2 Aquilo anda no meio da água, assim umas coisas. Sabe como é que se chama isso?
São pretos.
INF Pretos? {pp} Conheço esse bicho, mas não sei o nome.
INQ2 Peixe-sapo, não é?
INF É… Peixe-sapo, não é.
INQ2 Não?
INF É um{fp}…
291

INQ2 Peixe-cabeçudo?
INF A gente cá, eles empregam cá outro nome disto.
INQ1 Mas não é aqui na água do Tejo, é nas outras águas.
INF {fp}Ele é [AB|dos{fp}, é dos, é dos, dos, é dos, dos, dos]
INQ2 Mas conhece as poças?
INQ1 Das poças do sapo?
INF das poças. [AB|Das águas] Das águas podres é que está isso.
INQ2 Exacto.
INF Das águas podres é que {IP|ta=está} esses bichos.
INQ1 Isso, isso.
INF Ele não é carochas. É{fp}…
INQ2 Não. Tem este rabinho comprido e…
INF Tem o rabo comprido e anda sempre [AB|a, ca] a coiso.
INQ2 Sim.
INF É… Como é que se chama o nome?
INQ2 Colherzinha, também não?
INF Douradinha não é.
INQ2 Hã?
INF Douradinha não é!
[ALC42]
292
(95)
INF1 E nós {pp}, a sacrificar, vamos à isca. A minha mulher é como vê a trabalhar. E
trabalha de noite e de dia! E de noite também. Levanta-se às cinco horas da manhã {pp}
para ajudar a vida, {CT|pa=para a} gente {fp} resgatar a vida. E {IP|t��w�=estão} a
atravessar a vida {pp} do pobre… E fazer mal ao estado! (Ele) é o estado… [AB|O rio] O
estado, ele pode pagar {PH|��=aos} quinhentos escudos por ano… Vá que ele pague a um
conto e quinhentos. A um conto e quinhentos, a gente, se calhar a coisa bem… A gente
[AB|pode-] podemos (pôr) /perder\ as nossas artes – vê tanta arte que a gente tem aí…
Tantos contos réis (que) {IP|tavu�=estavam} aí já empregados. {PH|n��=Não} julgue o
senhor, uma arte destas já custa quase três contos. Quase. Este anzolinho está – não havia
de estar mas está… {IP|�tav�=Estava} a seis escudos, o ano passado, seis e quinhentos,
[AB|este a-], agora {IP|ta=está} a vinte nove escudos! Uma madeixa de sedela destas {pp}
{IP|�tav�=estava} {fp} [AB|a cen- a, a nov-] a oitenta {pp} e cinco escudos – há quatro
anos! Subiu, subiu.
[ALV03]
(96)
INQ Olhe, aqui, aqui a maior parte das pessoas trabalham na, na pesca. Mas há algumas…
INF A maior parte é pescadores, exactamente. É pescadores… E é claro, a classe da gente
nova {pp} {IP|ta=está}-se a ocupar dos hotéis, muitos (é) empregados de hotéis. Mas
assim já mais {pp} de quarenta anos, de trinta e tal, já vai tudo pescadores. Não quer dizer
que um ou dois rapazes, ou cinco ou seis ou dez ou doze, ou quinze ou vinte, {PH|n��=não}
(tenham) /têm\ o seus empregos de ofício…
INQ Pois.

INF É claro, em escritórios, (e coiso). Mas, quer dizer, a maior parte – a maioria – das três
partes – (uma tira-se pela outra) –, o ofício é [RP|é], a maior parte, é pescador. Traineiras,
às vezes há um (desarrumo), vêm {CT|pa�=para as} lanchinhas {pp} para pescar. A gente
aqui, produz-se também peixe [AB|que vai {CT|p a=para a}{fp}] que vai {CT|p a=para
a} Alemanha, vai para Itália e vai para Lisboa, e vai [AB|para] para Setúbal. Daqui vai
besugos, vai fanecas. E consome peixe pelos arredores, porque Alvor consome muito
peixe. Não é só o valor que dá, também, para contribuições do estado [AB|e
{CT|p a�=para as}], (ele) é a área que satisfaz com o peixe. De Inverno, às vezes{fp}, a
gente atira-se com um pedacinho de tempo. As traineiras, às vezes, não apanha peixe, as
coisas (dão) mal. (Mas também) há pouca pesca e a gente, às vezes (astreve-se a mal).
Temos uma barra muito má, muito ruim. Ninguém olha. Salva-vidas, não temos em Alvor!
Porque (ele) havia-se de ter um salva-vidas com quarenta cavalos para ir{fp} ajudar a
gente. Além disso, temos e {PH|n��=não} fazem caso de ir lá. Que um barquinho de
borracha não serve.
[ALV04]
(97)
INQ Olhe e um parecido com a cavala, mas tem os olhos mais pequeninos?
INF1 Sarda.
INF2 Sarda.
INF1 Exactamente, é a sarda. {pp} A sarda é (bestial). Ele é um peixe {pp}, é gordo {pp},
mas é um peixe que num instante faz-se mole.
[ALV018]
(98)
INQ1 Um só é um?…
INF1 Chocos. Chocos. A gente chama aqui {fp}… A nossa palavra aqui é choco. Mas ele
é chocos. A gente, cá, o Algarve é choco. Chocos. Chama-se chocos.
INQ2 Pois. Quando eles são muito pequeninos, como é que lhe chamam?
INF1 A gente chama-se aqui choquinho. Choquinhos pequeninos.
INQ2 Pois. Olhe e aquela espécie de perninhas que ele tem, como é que se chama
aquelas…
INF1 {fp} É as campainhas. A gente chama as campainhas. Os raios com as campainhas.
INF2 Tinha aí muito disso.
[ALV27]
(99)
Agarrei-me então à agricultura, fiz {fp} uma quinta, olhe, dacolá daquesses, em direcção
daquele posto de{fp} telefone, [AB|naquele] naquele corte que tem aquela… Chamam
aquilo…
INQ1 Não estou a ver. Aonde?
INF {fp} Aqui à nossa frente.
INQ1 Aqui mesmo?
INF À frente daquele meu bocado grande, em cima, cá em cima. {PH|nu�=Não} tem na
frente{fp} daquele bocado grande, {PH|nu�=não} tem ali uma [AB|u-, u-]?…
INQ1 Umas couves?
293

INF Não, não. Ele {PH|nu�=não} é as couves. As couves é ainda mais para cima. É [AB|cá
fo-] lá fora da parede, {PH|nu�=não} tem ali
INQ1 Sim.
INF um [RP|um]?… Chamam a gente aquilo uns carrasqueiros.
[COV11]
294
(100)
INF Começou a conversar, diz ela assim: "Olhe"… {IP|�tiv�=Estive} eu a contar-
{PH|l�=lhe}, que era só aquele filho e que tinha só aquele filho [AB|e{fp} que] e que é que
havia de ser de mim a ({PH|�majl�=mais a}) minha mulher que era uma mulher doente – e
é. E aonde diz ela assim: "Mas {PH|nu�=não}, então eu que faço"?! Mas ela ouviu, ouviu,
ouviu e eu tanto {PH|l�=lhe} pedi, e ela, diz ela assim: "Olhe, você vai hoje embora"? E eu
disse: "Não, senhora Berenice". "Você onde é que vai ficar"? Disse: "Olhe, eu fico aqui
nessa pensão da senhora Bernardete". Diz ela assim: "Olhe, você logo quando for dez e um
quarto ou dez menos um quarto apareça aqui, que eu, eu digo-{PH|l�=lhe} qualquer coisa".
Eu já fiquei todo contente! Já [AB|a minha] o meu coração parece que ficou mais à
vontade.
INQ2 Pois.
INF Depois {pp} eu fui para dentro e [AB|e o meu] a minha comida estava lá e o padre
ainda estava a comer. Diz a{fp} cachopa: "Então"? Disse: "Olha, foi assim, assim". "Já
{PH|nu�=não} vai lá fora. {pp} Você vai ver que o seu filho {PH|nu�=não} vai lá fora".
Digo assim: "Se ele {PH|nu�=não} for lá fora, se ele for que {PH|nu�=não} vá lá fora, doute
dois contos". Diz ela: "Estão ganhos". Digo eu assim: "Pois [AB|e-, e eu] e eu que tos
dou já"! Diz ela: "Não, não. Você, logo, então, ela mandou-o lá ir, você logo vai lá".
[COV11]
(101)
INF Ela ouviu, ouviu, ouviu e virou-se para ele e diz assim: "Olha, ou tu obedeces a este
pedido, ou nunca mais aqui tornas". Ela para ele: "Ou tu obedeces a este pedido, ou nunca
mais aqui tornas. Coitado do homem. Então {IP|taz=estás} a ver se {PH|l�=lhe} morrer o
filho lá fora, como ele é"?! Morria a gente nossa lá fora!
INQ1 Claro.
INQ2 Pois.
[COV12]
(102)
INF2 Aquilo são como {PH|��sukr�=açúcar}!
INF1 Ah!
INF2 Como quem come {PH|��sukr�=açúcar}!
INQ1 Pois é.
INF1 Mas (ele), meu amigo…
INF2 Doces! E então é um vinhinho que {PH|nu�=não} tem remédio, {PH|nu�=não} tem
nada.
INQ1 Pois, pois.
INF1 Nada! É só próprio da videira!

INF2 Se quiser, {fp} quem for doente pode-o beber! [AB|É só] Ele é só da videira!
INF1 Pode, pode, pode. {fp} É próprio de…
INF3 É só da videira.
[COV29]
(vi)
INQ2 Também lhes chamam enxame, a esses pequeninos?
INF1 Enxame, mas é pequenino.
INQ1 Pois.
INF1 E os outros são enxames bons. A gente o que chama (ele) um enxame {pp} grande é
assim com um cortiço aquase cheio de abelhas.
INF2 (Ele é).
INF1 E as abelhas só duram, ou dizem que duram… {PH|nu�=Não} duram mais que dois a
três meses.
[COV37]
(103)
INQ1 Que nome é que o senhor dá a estes?
INF3 {fp} Há aí muitas terras que lhe dão muitos nomes.
INF1 Pois há.
INF2 (Põe lá).
INQ2 Não mas aqui.
INQ1 Aqui.
INF3 Para os lados de Parada {pp} chamam-lhe…
INF1 Níscaros.
INF3 Não.
INF1 Há níscaros.
INQ1 Há uns, há uns que são míscaros.
INF3 Há aí uns que são níscaros. Mas chamam-lhe… Tem um espécie de um… {fp} É
ninhos ou… Ele é assim uma espécie, eu não sei…
INQ2 Mas aqui?
INQ1 Aqui?
INQ2 Aqui comem-se ou não?
INF1 Nós comemos.
INF2 Comem-se.
INQ2 E então, comem o quê?
INQ1 Sim.
INF1 'Cardelas'. Chamamos-lhe 'cardelas'.
[OUT06]
(vii) Excl
INF E depois nós no tear, nos nossos teares, [AB|temos a] a lançadeira é só assim
pequenina e chega alevantarmos para correr o fio para ir outra vez por a teia afora, mas
aquela não. Eu estava habituada a fazer com a minha, não é, e não com aquelas grandes, e
chegava (e truz). Ia lá a outra já doente e tudo – a tia Augusta, coitada: "Não é assim! Isso
mal meto eu! {PH|nu�=Não} se levanta a lançadeira"! Pronto, mas eu estava educada no
outro tear.
INQ Mas o tear era igual ou era mais largo?
295

INF (Não. Ele era lá agora)! Ele o tear do pardo era muito largo. Eu ainda teci teias de
pardo no meu tear mas era estreito, para fazerem calças. {pp} Olhe que um ano eu estava a
tecer – chamam-{CT|l�=lhe a} carvalha –, dia dois de Maio, e uma grande nevada a cair e
eu a tecer pardo, (ele aqui) num{fp}… Porque (ele) aquele tear era mais largo que os meus
e fui lá tecer a teia de pardo aqui para uma vizinha.
[OUT21]
296
(104)
INF Depois de se amassar na masseira, {pp} (em) /ele\ estando assim já um pouco enxuta,
corta-se aos rolos [AB|e] e dá-se assim… {fp} Por exemplo, (ele) é esta a margem e o pão
vira-se para aqui, vira-se para ali, vira-se para aqui, fazem-se assim uns rolinhos. Depois
põe-se na esquina da masseira três ou quatro rolos, conforme a gente quiser, depois tapa-se
{CT|ku�=com um} lençol, depois {PH|ku�=com} uma outra roupa em cima, depois leveda.
[OUT22]
(105)
INQ1 Vão no mesmo baile aqui?
INF1 Oh! Oh!
INQ1 Hum!
INF1 E foi ruim (a) /à\ noite! Ele era velhas e tudo!
INQ2 Hum!
INQ1 É assim é que é!
INF1 E eu é porque não me foram chamar, senão também dançava.
[OUT43]
A PLANÍCIE HERÓICA
(106)
- Sim, lá bom foi p’ra quem teve sorte... – continuava o velho – Que êle nunca mais torna a
haver um tempo assim. (...) E se êle fosse só isto? (p.122)
(107)
Ora se é por via de mim, não quero já saber de nada, seja o que Deus quiser, que o que tem
de ser tem muita força e êle não é o primeiro caso que se dá. (p.240)
(108)
-Lá p’ra semente já chega e sobra... – E admirando-se muito: - Ora o nosso compadre
prior! Ele até parece mentira, que há dois dias ainda vossemecê estava todo teimoso e nem
queria nem à mão de Deus Padre que lhe falassem nisso! Que êle não podia deixar de ser.
O que lhe dão os lavradores, careiro como tudo está, mal lhe chega para tapar a cova dum
dente, e lá co’a cainçalha miùda não pode vossemecê contar com coisa nenhuma, que nem
lhes chega o pano p’rás mangas. (p.173)

(109)
- Ora!, - replicou o sacristão –não há meada que se não desenleie nem teia que se não
desteça. Contractos fazem-e e desfazem-se, e quando um homeme não pode co’a
carga,arreia!
- Que quere vossemecê dizer?
- Quero dizer que se o ofício lhe não quadra, / ponha o ofício de banda. Pelo interêse que
êle lhe dá! Êle é o que se vê mais hoje...
Aquêle ultrage que tantas vezes recebia ali o sacerdócio, qualificado de ofício,[...] (p.245)
1.1.5 Other impersonal verbs
CORDIAL-SIN
(110)
INF1 Agora, em abalando a senhora ainda quero (ter uma conversa), que ele falta-me aqui
umas peças do tear, quero saber onde elas estão.
INQ Agora espere aí só um bocadinho.
INF1 [AB|Houve] Bem que eles {CT|p�a�ki=para aqui} vinham brincar [AB|pá-]
{CT|pa�ki=para aqui}, (por) isso é que me faltam aqui as coisas do tear. Eu quero aqui
saber de uma caixa que aqui andava [AB|e um] e um caneleiro.
[MST16]
(111)
INF E depois aquilo então {fp}, aquela lã vinha fiada, [AB|só] só fiada e (preparava)
aquelas maçarocas. {fp} Minha mãe já {PH|nu�=não} fazia mais nada. E vinha trazê-las.
[AB|Estav-] Estava (um homem) {pp} {CT|ku�=com um} tear – {pp} também cá estava na
vila. E o tear era doutra maneira. {PH|nu�=Não} era como este. Era mais grande. Era um
tear grande e tinha pentens e tudo como este. O que é que ele já me {PH|nu�=não}... Eu
lembra-me ainda de lá ir de garota mas {PH|nu�=não} dou conta já (de como ele urdia).
Eles tinham uma{pp}… Chamam-lhe uma urdideira. {pp} Mas {PH|nu�=não} era como a
nossa. Era uma coisa (era) (coisinha) à roda. Era uma coisa assim quase mais pequena do
que isto, {pp} mas era: {fp} tocavam aquilo à roda e aquilo andava à roda.
[MST19]
(112)
INF2 [AB|No nosso, no n-] Aqui, foi uma coisa horrível, horrível. Mas esta noite como
faz algo de fumo!
INF1 [AB|Mas depois]
INQ2 É por causa do vento. É o vento.
INF2 Ele vai-lhe calor? Vai-lhe calor (aí)?
INQ2 Vai muito.
INF2 Então passe outra vez o pote aí.
INQ2 Acho melhor. Antes que me queime as pernas. [CTL26]
297

298
(113)
INF E aquela mulherzinha dizia: "Ai meninas! Isto {pp} há-de vir esse tempo; (há-de vir
essa) grande grandeza. E depois, quando estar tudo na maior grandeza, olhe que há-de vir
tudo para baixo". Quer dizer, vir outra vez à miséria. Ele vai caminhando para isso. Pelo
menos, os campos {fp} [AB|na-] já {PH|n�=não} produzem nada, já {PH|n�=não}
produzem nada. [AB|E is-] A fome tem que vir. E de maneira: "Olhe, há-de vir tempo {pp}
que as mulheres {pp} hão-de andar com os homens, como os galos {PH|���d��j�=andam}
com as galinhas". Realmente. E é assim. "Olhe, {PH|n�=não} há-de se conhecer os homens
das mulheres"! Pois, muitas vezes, {PH|n�=não} se conhece. Vão aí, {fp} (vêm) {fp}
quatro,
[PAL13]
(114)
INF1 (…).
INF2 Olhe, tinha umas cordas. (Olhe), ele faz de conta {CT|ku=que o} animal [AB|d-]
{IP|�tav�=estava} aqui.
INF1 [AB|E, E] Vinha uma corda [AB|vi-]…
INQ1 Sim.
INF2 E tinha umas cordas a chegar a uma canga o pescoço do animal – {IP|ta=está}
entendendo?
INF1 Eu vou num instante ao palheiro buscar uma para ver.
INF2 Olhe, [AB|uma] uma daqui, outra dali. (E) uma por um lado do animal e a outra pelo
outro.
[FLF41]
(viii)
INF1 Eu escalo ela. Depois de ela (estar) escalada, alanho. Faço o lanho nela. Salgo. Deixo
de um dia para o outro, para deitar [AB|aquela{fp}] aquela moira fora, deitar aquele
sangue fora. Depois lavo-{PH|l�=lhe} bem lavado para deitar aquele sal. E depois pego
[AB|na-] no peixe, ponho dentro de um saco de plástico e ponho no frigorífico. [AB|Que é
para{fp}]
INQ1 E quanto tempo é que dura? Quanto tempo é que dura assim?
INF1 ({fp} Dura) /Ele dura\ bastante tempo [AB|para ela, para, {CT|pa=para a} cavala]. A
cavala sendo gorda, {pp}ela dá um ranço. Então, {pp} para não dar esse ranço, ela
{IP|ta=está} no frigorífico.
[CLC10]
(115)
INF1 Bem, tem que ter uma percentagem, a gente sabe disso, as coisas estão caras, eles
também… Um homem já ganha nove ou dez contos. A gente sabe bem disso. Mas as
coisas é tudo normal. [AB|Aumenta este] {fp} Foram aumentados cem, {IP|ta=está} a
vinte nove escudos os anzóis, {CT|p��=para o} mês que vem está a trinta, {CT|p�=para o}
outro mês… Então como é que é que isto ele é feito?!
INF2 E não há!

INF1 [AB|E não] E não há que se (fechem). {PH|n��=Não} pode ser assim. A gente
conhece que têm que ganhar. Eles estão ali… Eu ganhar da minha vida e eles ganharam da
deles! Mas não poderá ser assim tudo à barrigada. Que mais tarde quem tem fome morre.
{fp}E a coisa prolonga-se pelo lado do mal… Sempre a gente explorar o outro, matar o
outro, (explorar, explorar)!
[ALV03]
(116)
INQ Olhe e o caboz, o que é?
INF1 O caboz? Pois o caboz é um peixinho que nunca cresce muito. É sempre pequeno, é
sempre pequeno.
INF2 É sempre do mesmo tamanho.
INF1Quer dizer, isso já se sabe, ao nascer é mais pequeno. Há no rio, há nas pedras e há lá
fora. Variamente, há por todo o mar, o caboz. Mas o que não cresce é mais daquela conta.
[AB|Aí com]
INQ E é bom para comer?
INF1 [AB|Aí] É bom para comer. {pp} É bom para comer, mas o que é, a gente, (olha),
como é pequenino… É assim um peixe muito branco, (muito luzidio)… Ele parece-me que
{pp} há duas raças, há uma que não cresce muito, é assim tamanho de um dedo e há outros
maiorzitos. Mas que ele é bom para comer, é. Nos rios é que cresce mais um bocadinho.
[AB|Na] Fora da barra nunca crescem muito.
[ALV019]
(117)
INF Cá no Algarve é assim. Uma pessoa, a gente é pobre aqui. Juntar para umas casinhas,
ah! Corri o arrasto, nada ganhei. E (daqui ele) /daquilo\ também só dava andar do arrasto.
(Bom), andei a contramestre. {pp} Ganhava mais que uma parte {pp} e sempre
{PH|�f�vur�si�=favorecia}, além de ajuntar mais que um camarada. Sempre vinha uns
patacos. Os outros ganhavam uma parte, eu ganhava duas. Quer dizer, comia igual a eles e
aquela parte era para forrar.
[ALV36]
(118)
INF1 Uma senhora de Agualva veio a caminhar – vinham a caminhar – da Felgueira para
cima. E chegou ali diante – adiante daquelas nossas terras –,
INQ1 Rhum-rhum.
INF1 a mulher reganhou. Um senhor de Agualva trouxe-a às costas até aqui a minha casa.
INF2 Ainda era perto.
INF1 [AB|E ele tem] Ele tem acontecido aqui cada uma em minha casa! Chegou aqui, a
mulher: "Ah{fp}"! – com as pernas (todas de rojo) às costas do homem. Diz: "Ó
Arquibaldo"! Disse: "Que é"? "Acode a esta mulher que ela morre".
[COV22]
(119)
INF1 Fui levá-lo {PH|�=ao} caminho da Lomba. Ia eu para baixo, ia o meu filho para
cima,
INQ2 Pois.
299

INF1 de {PH|l��valu=levar o} outro. Viemos ambos os dois para cima, disse: "Olha, sabes
onde estás"? "Sei que estou no caminho da Lomba". "Olha que tu {PH|nu�=não} te percas
agora"!
INQ1 Pois.
INF1 Que era pertinho. Ele podia ser aí [AB|um{fp}] {pp} uns trezentos metros da minha.
INF2 Era já pertinho!
INF1 Disse: "Olha que tu {PH|nu�=não} te percas"! "{PH|nu�=Não} perco". Eu fui lá leválo.
Ele tem-me acontecido aqui cada uma! Que ele eu gosto de socorrer [AB|quem {fp}] as
pessoas, homem!
INQ1 Pois. Claro.
[COV23]
300
(120)
INF1 E a gente, se tiver mestra, pronto!, já pode tirá-lo embora que é um enxame; se
{PH|nu�=não} tiver mestra, que {PH|nu�=não} tenha mestra lá, [AB|já {PH|nu�=não}] já
aquilo (mal anda). Já pode [AB|levá-] deixá-las lá estar que [AB|que no pa-] no prazo daí
de um quarto de hora elas passam todas outra vez {CT|pa=para a} mãe.
INQ1 Outra vez para o mesmo.
INF1 {CT|pa=Para a} mãe!
INQ1 Para a mãe.
INF1 Chama-se a mãe…
INQ2 É o… Aquela é a mãe, a primeira?
INF1 É [AB|aque-] a primeira. E se for enxame é [AB|o] o que se tira.
INQ1 Pois.
INF1 Se não, elas fogem logo, logo, imediatamente.
INQ2 Olhe, e às vezes não aparece um enxame pequeno?
INF1 Aparece [AB|um {fp}] um enxame fora, na terra [AB|ou] ou numa árvore ou em
qualquer sítio, já tenho agarrado muitos desses. É, ele aparece. E a gente vai (em torno)
das abelhas, mas {IP|ta=está} lá uma mestra.
INQ2 Rhum-rhum.
INF1 Porque se {PH|nu�=não} ({PH|ti�v�l�=tiver a}) /{PH|ti�v�l�=estiver a}\ mestra, ele
{PH|nu�=não} (fogem) /foge\.
INQ1 Pois.
[COV37]
MONOGRAPHS
(121)
Ele já só falta um mês (Nisa, in Carreiro 1948: 73)
(122)
A PLANÍCIE HERÓICA
- Ele já me constava que vinha prior novo. Agora quando chegava é que não sabia. (p.20)

(123)
E olhando o scenário em volta, tão desolado e penhascoso, lembrava-se que deviam ser
assim os êrmos onde os velhos santos anacoretas tinham gasto, à força de contemplação do
céu, suas memórias das coisas do mundo. Que êle também não se lhe daria apartar-se do
mundo. (p.92)
(124)
Abalára pela manhã sem almoçar, e êle nem à merenda nem à ceia! Uma coisa assim! Por
fim lembraram-se de que podia estar para os Cardeais, êle diz que chegara já o menino
Joanito. (p.171)
(125)
- Seja muito bem aparecido, sr. José Mingorra. Então que novidades traz?
O sacristão fazia rodar nas mãos calejadas o grosso abeirão de charnequenho.
- Que êle me conste, agora não há aí ninguém morto, mas não sei se àmanhã se poderá
dizer o mesmo. (p.239)
(126)
E por um dever de caridade, como pároco e porque era bom de natureza, preguntou com
um apêrto no coração, pelo estado de saúde da sua filha Conceição. Ele já lhe constára que
a rapariga passava mal, mas os males na mocidade tão depressa véem como vão... (p.314)
(127)
- Mas o que lá vai, lá vai, que águas passadas não moem moínhos, e o que a gente quere é
saúde e a ajuda de Nosso Senhor.
- Ele até parece que foi milagre, compadre! (p.329)
301

1.2 Clausal subject extraposition
302
(128)
CORDIAL-SIN
INQ É, é. Tem aqueles buraquinhos aqui assim…
INF2 Agarra-se nos barcos.
INF1 Agarra-se sim, agarra-se… Mas aqui é pouco, lá na costa norte é que há mais. Mas
não quer dizer que não haja, mas (ele) /é\ é raro quando se vê. E é a lampreia.
[ALV23]
(129)
A PLANÍCIE HERÓICA
E assim Deus me ajude e p’la luz dêstes que a terra hade comer, que é por lhe querer a
vossemecê como a filho, e p’ra que não aconteça alguma desgraça à outra que lá tenho, que
estou já por tudo e não queria dobrar as unhas sem os deixar amparados e com o seu
conchêgo de vida, p’ra vossemecês e p’ra quem Deus Nosso Senhor cá mandar, que êle é
sempre bom contar com êles. (p.243)
1.3 Presentative constructions
1.3.1 Small clause complements
CORDIAL-SIN
(130)
INF Não há quem semeie; {pp} não há quem vá fazer {pp} esse serviço {pp} porque
{pp} [AB|o{fp}] {pp} ele {IP|ta=está} tudo muito caro {pp} e não há quem faça.
Mesmo pagando o dinheiro, {pp} não há quem queira ir fazer. {pp} Só porque querem
trabalhar aí [AB|nas] nas coisas, {pp} nas obras, {pp} aí na construção. {fp}
{PH|t���ba�e�j�=Trabalham} mais do que trabalhavam aí no campo. {pp} Mas
consideram eles {pp} o trabalho aí nas obras. Consideram aquilo um emprego [AB|d-]
de estado.
[PAL11]
(ix)
INQ O que é que ele fazia com as cardas?
INF {CT|ku��=Com as} cardas? [AB|Era para] Era para cardar a lã. Cardava então.
[AB|Aque-] Aquela lã também tinha uma carda: uma mais grossa {pp} e outra mais
fina. Passava-a primeiro [AB|{PH|�p���=pela}] {PH|�p���=pela} carda mais grossa {pp}
e depois passava-a [AB|{PH|�p���=pela}] {PH|�p���=pela} carda… Ficava aquela lã toda

cardada. Mas (aquilo) /é que ele\ ficava toda muito linda, muito linda, a lã! A que ia
apanhando, tornava a cardar.
[MST18]
(131)
INQ1 Mas, portanto, chama uma sobreira?
INF Não. Ainda é um sobreiro.
INQ1 Ainda é um sobreiro.
INF As sobreiras são aquelas sobreiras – chama-{PH|l�=lhe} a gente… Já {IP|ta=está} o
nome de sobreiro para sobreira, que é aquelas árvores mais velhas, muito grossas, muito
grossas, muito grossas e já com cortiça, já… (Se calhar), já {PH|l�=lhe} tiram pouca
cortiça porque (ele) começa [AB|a] a árvore a {IP|ta�=estar} velha… [AB|Aqui à] Aqui
à Amoreira, no caminho de Vendas Novas {pp}, há ali uma, mesmo logo à ponta do
olival. Se passarem por aquela estrada, quando vão para lá é vão ver.
INQ1 Quando formos para Vendas Novas passamos…
INF Vão? Vão.
[LVR01]
(132)
INF1 Eu vou-{PH|l�=lhe} explicar. A gente tira um enxame – chama aquilo um
enxame; {fp} ele {IP|�tav�=estava} [AB|o cort-] o cortiço cheio de abelhas e a gente vê
se elas estão em termos de dar enxame. Bate, bate, bate assim noutro e põe um cortiço
aquase sem nada. É como está a senhora{fp} Gabriela e o cortiço está ali assim; e a
gente põe aquilo no chão, o outro, com a boca encostada um {PH|�=ao} outro, e começa
a bater no que {PH|�t��j�n�z=tem as} abelhas: tumba, tumba, tumba, tumba, e as abelhas
começam a correr {CT|p�=para o} cortiço sem nada. Quando elas estão para dar mestra!
E depois sai a mestra; só sai uma.
[COV37]
(133)
INF1 Grijós!
INF2 Grijós!
INF1 Grijós!
INF2 Grijós!
INQ1 Grijós!
INQ2 Ah, grijós!
INF2 Grijós!
INF1 São grijós, que eles os porcos são doidos por eles.
INF2 E eu?! Eu também bem gostava… {fp} Olha{fp}, agora não, mas nalgum
tempo…
INF3 [AB|E…] E comendo uma porção deles, põe-se a gente quase…
INF2 Emborracha. {pp} Emborracha a gente.
INQ1 Olhe, mas também são assim, parecem uma…
INQ2 São uns que parecem batatas?
INF1 Pois.
INF3 Sim.
INF2 É. Isso emborracha a gente com eles.
303

INQ2 Parecem batatas.
INF1 Olhe, são tal e qual como os…
INQ2 Nunca vi.
INF1 Conhecem o dente do alho, não é?
INQ2 Sim.
INF1 Assim (essa) espécie, pois (ele) são assim quase os grijós.
INF2 Eles emborracham a gente, comendo muitos.
[OUT08]
304
(134)
A PLANÍCIE HERÓICA
- Eu êste ano também não fiz coisa capaz em feiras. Em Aljustrel é que vendi umas
rezes, quási à má cara, que os diabos dos marchantes faziam-se
- Ele vai estando tudo cada vez pior, que eu /não sei onde a gente hade chegar.
(pp.327-8)
(135)
Tome, vossemecê, muito cuidado ti’João Lobeira, disse um que p’los modos me
conhecia, não seja caso que se lhe apanhe a espingarda, e vá parar à cadeia ainda por
cima. E lá se me foram com a lebre, que a mamaram à minha custa, os
desavergonhados! Pois se êle está tudo assim! (p.126)
1.3.2 Unaccusative verbs
CORDIAL-SIN
(136)
INQ2 Pois, pois, agora o que há.
INF1 {IP|ta=Está} (a ver)? [AB|Es-, essa] Essa escravidão [AB|que o-] que os governos
{IP|t��w�=estão} a fazer, (hem)! Esse negócio [AB|de], o negócio do mando! Vamos
assim, é o negócio do mando! Ele vem o dinheiro aí mas para donde é que vai o
dinheiro? Ninguém vê. [AB|O] O desgraçado {pp} [AB|não vê, não] não vê o dinheiro.
Esse é o negócio do mando.
[CLC02]
(137)
INF1 Mas {PH|nu�=não} está a chover? Está a chover, (está).
INQ1 Está, está.
INF1 Ai Jesus!
INF2 Deixe chover {CT|p�a�i=para aí}.
INF1 Nós deixamos, deixamos, {PH|k�=(ca) /que\} {PH|nu�=não} podemos removê-la.
INF2 Sim. Mas a gente dizia que…
INF3 (Ai), faz falta.

INF2 Pois, a gente dizia que {PH|nu�=não} chovia [AB|mas]…
INF1 Ele ainda {PH|nu�=não} {PH|�i�����=viera} o Inverno!
INF2 Mas agora é que vai vir.
INF1 [AB|Há-de vir quando] Vem quando faz mais mal.
INF2 É.
INF3 Agora ainda não faz mal. {fp}
[CTL48]
(138)
INF1 Ela lá depois lá compõe. Ela está a perceber, está a perceber…
INQ Isto aqui é que eu não sei como é que é.
INF2 [AB|E isto é] E isto é o pio que ia piar os milhos e {PH|a=a} tábua [AB|te-] {pp}
tem que chegar mais aqui adiante um bocadinho.
INF1 (Que) a tábua é esta…
INF1 Mas {fp} depois elas lá compõem que eu estou com pressa. {fp} Que ele vem aí o
meu filho e ele quer comer. [AB|A, a tábua era com-] Por exemplo, [AB|o] esta tábua, o
pau {pp} era aquele que vinha assim, e {PH|a=a} tábua era pregada {pp} em cima do
pau.
INF2 Em cima do pau…
[PFT01]
(139)
Quando era [AB|no] no segundo – que era para ver se deitava mais algumas ervas
bravas, algumas coisas para, sim, para a terra ficar mansa, por completamente
irrompida, assim barrada, como lhe {PH|���m��j�=chamam}, não é?... E de forma que,
depois, quando era {CT|p��=para o} ano, aí ao São Miguel, ao São Miguel, aí [AB|à]
em Fevereiro, agora neste tempo, mais ou menos, Fevereiro, Março, é que ele {pp} ia
outra máquina – outra máquina ou à mão {fp} – abria-se outra vala, tudo assim alinhado
e{fp} plantava-se [AB|o] o bacelo, como a gente lhe chama, o bacelo.
[AAL02]
(140)
INQ Olhe, e quando está muito vento, como é que se diz?
INF Cá no nosso sítio, é um {PH|e�d��va�='andaval'} de vento [AB|é um, é um]. Ainda
esta noite, ele passou um grande [AB|a-] {pp} ar de vento. {PH|n�=Não} sei se foi {pp}
toda a gente que o ouviu, mas houve [AB|uma] uma hora ou hora e meia que foi uma
grande {PH|��d��va�='andaval'} de vento, esta noite.
[AAL74]
(141)
INQ1 Olhe, como é que chama a isto que vai saindo do…
INF1 O soro.
INQ1 O soro.
INF1 É o soro.
INQ1 E isto…
INF1 E depois coze-se, minha senhora. Depois coze-se e até se faz requeijão. Por
exemplo, aquele {pp} soro – este é {CT|p��=para os} porcos, que está mais sujo, mas
305

aquele ainda {IP|ta=está} limpinho. A gente, agora, se o puser a cozer, fica requeijão.
[AB|Fica] Fica aquela coalhada {pp} rija, que {PH|l�=lhe} chamam requeijão.
INQ1 Como é que faz? Põe a cozer e deixa ficar lá a ferver?
INF1 [AB|Põ-] A gente [AB|põe {CT|�=ao}] põe {CT|�=ao} lume… Não, não se pode
deixar porque (ele pega-se) /apega-se\. De vez em quando tem que se {PH|l�=lhe} dar
uma mexidela. E quando ele começa a vir aquela{fp} [AB|o, o], quer dizer{fp}, a
massa, [AB|que lá dentro] que ela lá dentro tem aquela coalhada que daqui vai saindo.
INQ1 Pois.
INF1 (E depois) /Depois\ a gente, quando já está a vir assim acima, já se {PH|nu�=não}
mexe. Deixa-se ferver {pp} e depois fica então aquele requeijão assim mesmo duro,
assim bom. É bom mesmo! Que há pessoas que até gostam muito {pp} de requeijão.
[MST01]
(142)
INF A selha é em cimento. E{fp} tive lá uma pia em pedra, mesmo em pedra. Sabe do
que era? Era dum guarda-loiça, dum {RC|guarda-co-=guarda-copos}, dum lava-copos.
INQ2 Ah! Pois. É o dezasseis.
INQ1 Pois, pois.
INF Tinha o buraco por baixo.
INQ2 Claro.
INF Eu assentei assim em cima dum cavalete em tijolos, {pp} pus ali, eles
{PH|����ii�=bebiam} a água, e depois eu limpava e ele saía por baixo a água.
INQ1 Pois claro.
INF Era uma pia, mas era em pedra! Era isso [AB|dum, dum] dum lava-copos.
[ALC30]
306
(143)
INF Ele vem aí um senhor aqui vender roupas – {pp} é lá [AB|de] de Vilar Formoso.
Até fica, em vindo, sempre em minha casa. Mas (como ele) começou por aí a andar
[AB|a] a vender roupas, mantas, cobertores e{fp}… E depois, um dia à noite, chega aí,
mais a mulher [AB|e dois fi-] e dois miuditos, e [AB|di-] pediu [AB|para {PH|l�=lhe}
dar de] se {PH|l�=lhe} dávamos (bebida) /comida\ – mas que dormiam no carro, mas se
{PH|l�=lhe} dávamos comida –, [AB|se] se {PH|l�=lhe} vendíamos pão e{fp} batatas e
vinho.
[COV07]
(144)
INF Por exemplo, [AB|eu] eu metia quatro ou cinco espadadeiras, que eu ainda as meti
muita vez, mesmo aqui. [AB|E] E depois: {fp} "Ó senhora Arteia, 'dai-nos' os tascos"?
"Dou". Ele lá vinham os rapazes e as raparigas, {PH|l��vav��w�nu�=levavam os} tascos
para aí {CT|p��=para o} meio do barro e acendiam a fogueira, cantavam. E se houvesse
castanhas, até assavam castanhas e bebiam a pinga. Depois contavam 'lhonas'. Olhem,
(ele) /inda\ fazem-me lembrar o…
INQ1 'Lhonas'?
INF Sim, 'lhonas', quer dizer, histórias. Histórias, não é? Histórias {pp} e adivinhas e
assim umas coisas para fazer rir as pessoas. Que o meu ele era… O meu era um deles,
coitadinho. [OUT14]

(145)
INQ1 E aquilo que se prepara para dar ao porco, é preciso cozer aquilo e misturar a?…
INF Bem, {fp} há-os que… Ele agora já ninguém costuma cozer. Nós, antigamente,
cozíamos quando ele vinha o tempo de castanhas – (que) também dávamos castanhas.
Vinha o tempo [AB|de, de eng-] de engordar os porcos {CT|p���=para os} matar, ou
dois meses antes, cozia-lhe a gente vianda: batatas e castanhas, beterraba ou assim essas
coisas.
[OUT32]
(146)
INF [AB|De{fp}, por exemplo, {fp} esta] Por exemplo, [AB|esta é{fp}] (além) aquele
campo é todo meu, por exemplo,
INQ2 Sim.
INQ1 Sim.
INF este campo todo. Eu semeio e depois [AB|ela] ele medra, vai medrando, medrando,
medrando, medrando. Depois, é arrarado. Arrara-se. O campo corta-se donde em donde
[AB|para f-] para ele ficar {pp} assim um bocadinho raro, para ele produzir, para
alevantar.
INQ1 Rhum-rhum.
INF Depois, se a gente precisa [AB|para o{fp}] para assoalhar {pp} uma casa ou para
qualquer coisa, depois a gente vende… Vende… A gente, (ele) vêm compradores…
Agora, vieram para aí, {pp} cortaram tudo. (Havia) /Haviam\ muitos pinhais aqui e
vieram pessoas aí a cortar… Pagam-nos, {PH|n�=não é}?
INQ1 Pois.
INF E cortaram e (ele) levam para madeira {pp} para a Espanha e para donde calha.
INQ2 Rhum-rhum.
[OUT44]
(147)
INQ1 Ai, tapa tudo, isso fica tudo debaixo da terra.
INF2 Fica tudo.
INF1 [AB|Depois] Tudo debaixo da terra!
INQ1 Ah, não sabia!
INF1 Depois, às vezes já se empeçam a ver, ele vem a chuva…
INQ1 Rhum-rhum.
INF1 Empeçam-se a ver, a gente vai lá dar uma voltinha.
INQ1 Rhum-rhum.
INF1 E tapa-se. E também se podem {pp}… Pode também (isto) depois daqueles
montões endurecerem a terra.
[OUT55]
(148)
MONOGRAPHS
Ele vai aí um tempo dos diabos. (Colos, in Guerreiro 1968: 351)
(149)
Ele há-de vir uma trovoada, nã demora nada. (ibid.)
307

308
(150)
Ele há-de vir i uma ventania qu’arrasa tudo... (Odeleite, in Segura da Cruz 1969: 153)
(151)
A PLANÍCIE HERÓICA
Havia noite que se abrasava o céu com fogo, e um ano, logo passada a feira de Santa
Maria, vossemecê hade estar lembrado, lavrador, seria p’la meia noite, levantou-se tudo
e abalou o povo tôdo p’rás alturas do Sêrro velho, que êle vinha um mar de lume da
banda das Entradas lavrando por essas corgas abaixo... (p.121)
(152)
Quando adrega andar por aí pranto-me parvo a olhar p’rás portas e cuido que lá estão
dentro ainda, aquêles que eu aí conheci. Mas é uma scisma, que êle já lá vai tudo, já lá
vai tudo... (p.156)
(153)
O sr. João Custódio estava concertado na grande herdade dos Falcões. Pastoreava gados
desde moço pequeno e fôra ajuda do ti’Zé Charuto, um velho revelho que já lá ía há um
rôr d’anos e que sabia a história de Carlos Magno e dos dôze Pares de França, da
princeza Magalona, da Branca-Flôr e outras histórias que êle contava muito bem
contadas. Aprendera-as também, mas enganava-se, não encarreirava já com elas, porque
quási que não falava com pessôa nenhuma, raro ia ao povo e já ninguem fazia caso
disso. Ele ía tudo agora com um pensar diferente e algum caso de que se falava era
coisa dos papeis. (169)
1.3.3 Other verbs
(154)
CORDIAL-SIN
INF Chama-se rio cá mais abaixo, não é? [AB|ma-] Mas é (a) ribeira de Marvão.
INQ Pois.
INF Mas eu tinha até{fp} coiso que ele que ainda {pp} funcionava, por ali assim, umas
coisas dessas.
INF Pois, não sei.
[AAL22]

(155)
(156)
INF1 Era, pois. Mas foram para ir pôr uma filha {CT|p�=para o} Berardo, que era
{CT|p�=para o} pé da Bertília, (isso aí) perderam-se aí nos salgueiros, [AB|atrás do]
atrás do (Sarroeiro). E perderam-se [AB|e o t-, e o ma-].
INF2 Pois, pois, pois, pois. Era tudo na serra.
INF1 Pois. E o Ascânio, do Benvindo, deu com eles no Cuco Mau, [AB|naqueles ca-]
nos calhaus grandes.
INF2 Pois foi.
INF1 Ali depois já estavam ambos os dois a gritar. Quer dizer, um já {PH|nu�=não}
falava, e o outro a gritar. O genro a gritar e ele já {PH|nu�=não} falava.
INF2 Já {PH|nu�=não} estava o Berardo.
INF1 Estava, ele estava o Berardo; (ele) /quem\ não estava era o Bernardim! Lá o
Ascânio, do Benvindo, pegou-{PH|l�=lhe} às costas e trouxe-o para aqui, para minha
casa. Lá o aqueci, lá arranjei, esteve cá desde a tarde até {PH|�=ao} outro dia de manhã.
E o meu filho [AB|naquela n-], à{fp} noite foi {PH|l��valu=levar o} outro à Macieira –
que é aqui abaixo; esta sabe bem –, {pp} à Macieira.
[COV23]
(157)
INF Eu já tenho 'ouvisto' dizer… E (ele) disse-me logo [AB|um tipo {pp}] um tipo
[AB|que tra-] que {IP|ta=está} no grémio, disse-me: "Ó Ápio! Eu tenho [AB|li-] lido
vários livros". E disse-me (…): {fp} "Ó Ápio! O período do tempo dará outras coisas
{pp} que a gente {PH|n��=não} imagina. Assim como acaba com umas, nasce outras". E
eu {IP|�to=estou} convencido que é.
[ALV47]
(158)
INF Depois tira-se-{PH|l�=lhe} (ele) à parte: a linguiça, vai para um lado; o salpicão,
que é o lombo, vai para outro; os presuntos, vai para outro; a espádua, vai para outro.
Quer dizer, [AB|depois, na] aqui até costumamos… Agora já não, mas – porque eu ele
já há muito tempo que {PH|nu�=não} crio porcos –, mas nós costumávamos: partia-se o
porco ao meio… Às vezes, até andava a gente a ver qual era o que tinha o toucinho
maior – Agora quem é que quer o toucinho? – e o que tinha mais unto! Que eu ainda
tenho ali taças de não sei já de quando. E já dei algumas [AB|para, {CT|p��=para o}]
{CT|p���=para os} cães do gado. Depois comprei (ainda) um porquinho em Bragança e
ao fim arrependi-me e nem lhe comi a carne gorda, [AB|nem, nem] nem o (toucinheiro),
nem nada, pronto, [AB|{PH|j�=e o}] {PH|j�=e o} unto ainda aí está. {fp} Mas
antigamente, ele sabia mesmo bem essa carne gorda: {CT|�kum�=com uma} salada
{pp} e pão de centeio era mesmo boa.
[OUT35]
309

1.4 Subject wh-extraction contexts
310
CORDIAL-SIN
(159)
INQ1 Pois. E umas que parecem até um chicote, que são assim compridas?
INF3 Oh! Eu sei o nome disso e agora não me recorda.
INF1 São alforrecas.
INF3 Parece umas correias.
INQ1 Também há umas que parecem umas correias.
INF1 Umas correias. A gente chama gamões. É aquelas correias grandes que ele nasce
nas pedras. A gente chama gamões.
INQ2 Gamões?
INF1 Gamões. E o mar tem [AB|várias] várias ervas, várias plantas, igual. O mar tem
{pp} ginjas.
[ALV46]
(160)
INF Aqui, ia-se para ali trabalhar, era à semana. Quando chegava {PH|�=ao} sábado, se
não precisasse de todos, despedia. Ficava lá só com aqueles que ele entendia.
INQ1 Pois.
INF E aqui a trabalhar dentro das fazendas, também aquase sempre era à semana. E
{PH|l��vavi�=levavam} depois mais do que uma semana, conforme o trabalho que lá
'houvia'. [AB|Nunca, nunca] E aqui [AB|só se f-, só] só ia por um dia [AB|quando era
assim à {pp}] quando era algum fazendeiro mais pequenino, que era trabalho pouco, ia
um dia ou dois. {fp}
INQ1 E então esses que iam um dia ou dois, dava-lhe algum nome, a esses
trabalhadores que vão só por um dia ou dois?
INF (Ele) o nome que ele se dava [AB|é] era dois trabalhadores.
INQ2 E eram pagos?
INQ1 Jornaleiros não?…
INF Não. [AB|Jornaleiro é{fp} é o] O jornaleiro [AB|não] não se emprega aqui.
[ALC34]
(x)
INQ1 Olhe, e uma vaca que nunca pega?
INF1 Que nunca pega é maninha.
INQ1 Dão-lhe algum nome?
INF1 É maninha.
INQ1 Rhum-rhum.
INF1 Rhum-rhum. É maninha.
INQ1 E a que um ano não pegou? Os outros pega mas há um ano que não pega?
INF1 Bem, há um ano que, às vezes, há vacas que ele não… Às vezes, têm um ano sem
andar {PH|�=ao} touro.
INQ1 Rhum-rhum.

INF1 Mas lá vem que (ele) às vezes pega; outras vezes anda mais desencarreirada mas
pega. Olhe, eu costumo, aqui {fp} no meu curral, quando vem [AB|uma tou-] uma vaca
(e) anda mais que uma vez ou duas, pôr-{PH|l�=lhe} um bocado de aguardente na boca.
[COV33]
(161)
INQ1 Olhe, e o galo que é bom para cobrir as galinhas, diz-se que é bom quê?
INF É um [RP|um] galo bom. É um galo bom. Há outros que (ele) {PH|nu�=não}
prestam para nada. [AB|{IP|ta=Está} aí] Nós temos aí uns garnisés, só
{PH|ku�bri��w�n��=cobriam as} garnisés, e as galinhas {PH|nu�=não}… Iam para cima
delas, {PH|nu�=não} faziam nada. E a gente foi obrigados {pp} a matá-los; porque eles,
esses, os garnisés, podem mais que estes grandes.
[COV36]
(162)
INF1 É o pau de zimbro que nós lhe 'chamemos' aqui. Nunca ouviste falar?
INQ1 Pau de zimbro.
INF2 Já sei.
INF1 Pau de zimbro.
INQ2 Pau de zimbro.
INF1 Diz que é muito bom [RP|muito bom] para esfregar uma besta que estivesse com
dores de barriga. Revoltam-se muita vez. (Estão incomodadas) e assim, tinham dores de
barriga, e a gente socorria a quem tivesse esse pau, que havia… Cá dantes havia-o. E
ainda haverá {PH|�ke�jnu=quem o} tenha. Mas {pp} agora quem sabe lá quem (ele) é? E
passavam-lhe pelo peito [AB|do] do bicho.
INQ1 Pois.
INQ2 É engraçado.
INF1 É o tal pau de zimbro.
[OUT05]
(xi)
INF Eu também lhe disse: "Olhe, os senhores merecem louvores. Os senhores merecem
louvores". Seis filhos! {PH|nu�=Não} se vê agora.
INQ1 Pois não.
INF Onde é que se vê agora? Um e dois e e!… Um e é um pau! Onde é que ele… [AB|
Os me-] Eu não tenho mais netos.
[OUT15]
(163)
INF2 Eu tenho ali o assador.
INF1 Ele também tem um. Com uns buraquinhos. A labareda assim se coisa por baixo e
a gente {pp} faz assim e assam-se. Viram-se.
INQ Rhum-rhum.
INF1 E quem (ele) /lhe\ quiser fazer uma fogueira, {pp} com muita lenha,
INQ Sim.
INF1 a gente põe-lhe lá; põe a lenha e põe as castanhas em cima, assam-se também na
mesma.
[OUT42]
311

2 Peripheral expletive ele
2.1 Peripheral to the subject
2.1.1 Before an overt pronominal subject
312
(164)
CORDIAL-SIN
{PH|m���da�e�=Mandaram}-{PH|l�=lhe} arrumar a camioneta ali ao lado. {pp} [AB|Que]
{PH|m���da�e�=Mandaram}-no parar; e tudo a passar, cada um para um lado, para o
outro, e (vêem) ali os indivíduos a coiso, a roubarem o homem.
{PH|ro�ba�i�=Roubaram} tudo quanto tinha. {PH|ro�ba�i�=Roubaram(-{PH|l�-lhe})} tudo
quanto lá tinha.
INQ Imagine.
INF Não {PH|l��va�i�=levaram} a carga da camioneta, nem a camioneta, mas dinheiro,
relógio; tudo, tudo quanto tinha, levou tudo. {PH|l��va�i�=Levaram} tudo.
INQ Parece que nas cidades e nos sítios grandes é mais fácil agora.
INF {IP|ta=Está} a ver? Ali num sítio daqueles! Parece impossível, [AB|mas com-] mas
ele aquilo lá foi feito {fp} e ninguém deu por isso.
[AAL34]
(165)
INQ1 Mas tem picos essa que a gente está a dizer…
INF1 Tem picos, tem. [AB|O esfru-] A gente aqui [AB|é] chama-lhe o esfrunhador. Sei
lá.
INF2 Ah, (é essa mesmo).
INF1 Mas ele, ele tem outro nome.
[AAL96]
(166)
INQ1 Olhe, aquele… Há bocadinho falou-me naqueles que iam à frente, a levar o
rebanho…
INF O boi… É os da guia. Chamam-{PH|l�=lhe} os bois da guia.
INQ1 O boi da guia. Só nos, nas, nos bois é que há isso?
INF É. [AB|Nesses m-] Nesses tipos que [AB|têm {pp}] têm gado bravo {pp} é que
{PH|�te�e�nu�=têm os} bois {CT|p�a=para a} guia mesmo. (Que é onde estão que estão
acostumados)…
INQ1 Da guia? Mas portanto, nos carneiros?… Nos carneiros não há nunca?
INF Hum…
INQ1 Não se via nada?
INF Ele havia antigamente. (Ele… Eu) /Ele eu\ vou-{PH|l�=lhe} dizer uma coisa:
antigamente havia, mas ele (deixou)… Há é 'emparadeiros'. O que é os 'emparadeiros'?
É: isso era uma ovelha. Isso era nas {RC|orde-=ordenhas}. Nas ordenhas das ovelhas é
que havia uma ovelha que chamavam-{PH|l�=lhe} a 'emparadeira', que ia sempre

{PH|�=ao} lado… A gente vai aqui; {fp} é o aprisco – é o coiso das cancelas (onde as
ovelhas vão) metidas dentro…
[LVR13]
(167)
INF Ora, aquilo que vendem é aquela carne que vem de fora e {PH|nu�=não} é como a
de cá! Vem [AB|con-] congelada, vem lá de fora, vem… Quem sabe lá que carne é
aquela!
INQ2 Claro.
INF Ele {PH|nu�=não} sabe! Ele {pp} eu fui aí a [AB|um] uma boda, aí abaixo, {pp} a
(…/NPR). E deram lá uma carne que ele achou-se tudo doente.
INQ2 Ah!
INQ1 Ah, veja lá!
INF Sabe? Tudo o que lá foi achou-se doente. Achou-se mal porque a carne… Bem, eu
até só tirei um bocadito, ele, por acaso, eu {PH|nu�=não} me achei mal, mas houve
pessoas…
[COV14]
(168)
INQ2 Isso já lá vai quantos anos, senhor, senhor Arquibaldo?
INF Ah, isso já vai {pp} lá perto de duzentos anos. Duzentos anos, não, porque [AB|o
outro] o homem morreu já se recusava. Ora o homem já morreu quando foi [AB|o
ciclone] um ciclone muito grande…
INQ1 Sim.
INF Que ele nós {RC|fo-=fomos}… Olhe que eu fui a mais [AB|um] um primo meu
buscar o caixão a Gatão, {CT|p�=para o} homem ir {CT|pa=para a} sepultura. E olhe
que a gente vinha um atrás outro adiante, com o caixão {PH|�=ao} ombro. E quando tal,
caiu um pinheiro, {fp} que o vento jogava o pinheiro abaixo.
INQ1 Sim.
INF E a gente, depois, vinhamos aqui acima a chegar à Felgueira e depois então… Foi
no tempo do minério! As senhoras recordam-se do minério?
[COV18]
(169)
INF1 "Você, nós vamos ver se conseguimos a virar-lhe o carro. Se lhe nós conseguir a
virar o carro, muito bem; se lhe {PH|nu�=não} conseguir a virar o carro, você vai para
baixo {CT|pa=para a} povoação para onde a mim. {CT|pa=Para a} minha casa"!
INQ1 Pois.
INF1 O homenzito, coitado, lá…
INF2 E ele donde era, Arquibaldo?
INF1 Ele {pp} ele disse que era [AB|de] {pp} de São João da Madeira, homem!
INQ1 Rhum-rhum!
INF2 Muito longe, muito longe!
INF1 São João da Madeira! Depois eu andei lá mais o meu filho e ele e 'andemos' e
{PH|vi�remulu='viremos' o} carro e depois ele botou-o a trabalhar e o homem (já) {pp}
queria-nos pagar.
[COV21]
313

314
(170)
INF1 Fui levá-lo {PH|�=ao} caminho da Lomba. Ia eu para baixo, ia o meu filho para
cima,
INQ2 Pois.
INF1 de {PH|l��valu=levar o} outro. Viemos ambos os dois para cima, disse: "Olha,
sabes onde estás"? "Sei que estou no caminho da Lomba". "Olha que tu {PH|nu�=não} te
percas agora"!
INQ1 Pois.
INF1 Que era pertinho. Ele podia ser aí [AB|um{fp}] {pp} uns trezentos metros da
minha.
INF2 Era já pertinho!
INF1 Disse: "Olha que tu {PH|nu�=não} te percas"! "{PH|nu�=Não} perco". Eu fui lá
levá-lo. Ele tem-me acontecido aqui cada uma! Que ele eu gosto de socorrer [AB|quem
{fp}] as pessoas, homem!
INQ1 Pois. Claro.
INQ2 Pois claro.
INF1 Gosto de socorrer as pessoas que é pecado, homem! Eu não tenho {RC|peca-
=pecado}. Então e se morresse um homem ou morresse uma mulher ou morresse uma
pessoa e{fp} eu…
INF2 E a gente em {PH|l�=lhe} podendo valer…
INQ1 Pois claro.
INQ2 Pois claro. Pois.
INF1 Podendo-{PH|l�=lhe} valer e {PH|nu�=não} {PH|l�=lhe} acode?!
[COV23]
(171)
INF1 E depois, (começou a fazer), a minha mulher chegou à noite, diz assim: "Ó
Arquibaldo, olha que {pp} eu nunca mais vou às uvas à Lomba". "Então porquê"?
"Olha, foi assim, assim, ele o velho do (Quelho)". [AB|An-] Até estava cá um filho a
servir aqui em minha casa. Um filho, nos princípios da minha vida {PH|nu�=não}
tinha{fp}… Pronto! Trazia-o… (Que eu) precisava de um criadito para me guardar o
gado; o meu filho era pequenito! E eu disse: "{PH|nu�=Não} tornas lá mais!
{PH|nu�=Não} tornas lá mais"! "{PH|nu�=Não} torno, Arquibaldo, {PH|nu�=não} torno
mais, que ele eu (é que) tive vergonha e ele a fazer mangação de nós"! "{IP|ta=Está}
bem"! Hoje, queria que ele fosse vivo e dizer-lhe assim: "Olha, tenho o dobro, três
dobros do vinho a mais que a ti"!
[COV30]
(172)
INQ1 E a parte de fora da roda, como é que lhe chamava?
INF A parte de fora?
INQ1 Onde tinha aquele ferro. Aquele ferro que se punha à volta da roda.
INF Então isso é… Era o rodado. Era o rodado {pp} em ferro. {pp} Era o rodado em
ferro. {pp} Mas (ele) aquilo só chamava-se o aro – o aro!
INQ1 Portanto, o rodado o que é que era?
INF O rodado é aquele conjunto todo, mas só o ferro é o aro. É o aro [AB|da] da roda.
Só o ferro! – o arco. O arco é o aro [AB|da] da roda. {pp} [ALC12]

(173)
INF Porque o meu era muito engraçado (com histórias). Contava-lhe coisas, não é?
[AB|E{fp}] Mas depois{fp}, tocavam às almas – tocam aqui às almas neste sino –, iam
a tocar às almas, o meu fazia-os rezar, rezava e fazia-os rezar tudo. Mas olhe que hoje já
não se dá isso.
INQ2 Rhum-rhum.
INF Hoje já não se dá isso. E é assim. Pois olhe ele isso, disto [AB|da] dos fiadeiros, era
uma alegria, até se faziam bailes.
INQ1 Portanto os fiadeiros não era para fiar o linho?
INQ2 Não.
INF Não era [AB|para queimar] para queimar os tascos que deitava o linho {pp} é
{PH|�k����w�nu�=que eram os} fiadeiros.
[OUT14]
(174)
MONOGRAPHS
Ele isto é um bitcho... (Ervedosa do Douro, in Azevedo 1928-9: 160)
(175)
s’ele isso é assim; (Quadrazais, in Braga 1971: 171)
2.1.2 Before a DP subject
(xii)
CORDIAL-SIN
Eu nasci em 19. Porque o meu pai, o meu falecido pai, foi {CT|pa=para a} guerra de 14.
E foi daqui, [AB|fo-] foi mobilizado {pp} em 16. Em 16 foi ele mobilizado. [AB|E, e
eu, ele] A guerra acabou em 18 {pp}, e eu nasci em 19, mas {IP|�tiv�=estive} um ano
[AB|sem me, sem, sem,] sem baptizar, sem registar.
[VPA04]
(176)
Espreitou por o buraco da fechadura. E ela que tinha na borralheira? {CT|kma�li=(Como
ali) /Como há ali\} no (…/N) – chamava-lhe eles a borralheira – {fp} tinha um sapo.
Então estava a picar o sapo {CT|ku�=com um{fp}} garavato – um garavato que é
daquilo; chamam-lhe eles garavato um pau daqueles. ({fp}) Picava o sapo e dizia assim:
"Sapo, sapão, ele o castrejo virá ou não"? E estava [AB|ca- naquela{fp}] naquilo –
naquela festa – {CT|ku=com o} sapo.
[CTL08]
(177)
Quando eles vinham {CT|p���=para os} matarem, não era preciso andar atrás deles. Eu
chamava só: "Pequerruchos, pequerruchos, pequerruchos". E eles então vinham
315

{CT|p��=para o} quintal. Chegavam, {fp} mas os homens {PH|nu�=não} estavam lá.
Tinham que estar {pp} [AB|que] que ele os{fp} porcos {PH|nu�=não} os
{PH|�vis i =vissem}. {fp} Agarrava logo um numa perna, outro noutra, outro no rabo,
outro [AB|na-]{fp} nas orelhas – toca para cima do banco. Às vezes, (ele) até botava
pouco sangue, porque aquilo era de súbito.
[PFT13]
316
(178)
INQ E o caracol tem aqui por cima o quê? Um…
INF {fp} O caracol traz a casa atrás.
INQ Olhe, aqui… Aqui estão três quê? Estão três…
INF E [AB|em bem] em bem {PH|l�=lhe} partindem a casa, eles morrem. Porque (ele)
/{fp}\ os gajos são criados dentro da casa. {pp} Em {PH|l�=lhe} faltando a casa,
morrem.
[CBV72]
(179)
INQ1 Eles nuns sítios chamam bicha-cadela, gata, gata-bichaneira… Mas pode ser a
rapa…
INQ2 Bicha-tesoura.
INQ1 Bicha-tesoura.
INF [AB|Pode ser, po-]
INQ1 Mas aqui conhece pela…
INF Pode ser [AB|ou-] outra qualidade de bicho que eu não {IP|�to=estou} visto nele. E
como {PH|n��=não} estou visto nele… Eu tenho sido sempre um observador de quando
vejo um bicho, {pp} inspeccioná-lo… {fp} Eu {CT|ku�=com os} lagartos pegava até
muito com eles. {fp}E{fp} ele o lagarto, {pp} em bem se vendo apertado, volta-se {pp}
contra a gente.
INQ2 Rhã-rhã.
[CBV73]
(180)
INQ É o calmeiro.
INF {IP|t��w�=Estão} {PH|�=ao} calmeiro. Recolhem-se {CT|p�=para o} calmeiro. Dali
das nove e meia, dez horas até às seis, seis e tal da tarde, {IP|t��w�=estão} {PH|�=ao}
calmeiro. Depois, cá está, {IP|t��w�=estão} todas essas horas sem comer – {pp} porque é
de Verão, não há estes dias (de pôr lã) e aquela coisa toda e comer – e depois lá se tem
que se andar de noite para elas encherem a barriguita. {pp} Que é luxo que isso já não
se faz! E sabe porque é que não se faz? É muito simples. É uma coisa muito simples.
Todo o Verão… {fp} Dantes {PH|n��=não} havia mais nada senão só o trigo {pp} e
cevadas, e pronto. Hoje {pp} já não é assim. Hoje, em todo o Verão, mesmo na força do
Verão, há terrenos {pp} próprios, com sementeiras, com coisas, para (ele) os animais
irem comer. {pp} Verde! (Durante um tempinho têm de estar sempre arrincando). Tem
esses que largam de cevadas, largam de pastagens de terras [AB|do] do arroz, enfim…
[LVR15]

(181)
INQ1 E essa estrela da manhã não chamam outra, doutra maneira qualquer? Estrelaboieira,
ou outro nome assim?
INF Bom, isso quem tem esse hábito de chamar a estrela-boieira é propriamente quem
lida com esses gados, que aquilo era um relógio que eles tinham. Que ela nasce ali às
quatro horas da manhã, regulavam-se [AB|quando] quando não havia relógios. Saíam à
rua, se o ar estava limpo e se ela já vinha fora, (diziam): "Já cá está a estrela-boieira, que
são horas de dar de comer aos bois". É essa a razão que esses se regulavam por essa
estrela. Mas era [AB|esse] essa gente que tinha de dar de comer {PH|�z=aos} animais
porque ao depois às seis horas tinham que sair [AB|{CT|p�a=para a}] {CT|pr�=para o}
trabalho e já ele os animais tinham que ir comidos. Darem aquelas rações.
INQ1 Olhe. Pois. E há umas estrelas que aparecem… sempre todas juntas, umas ao pé
das outras, não há?
INF Há. [AB|Essas] Essas miudinhas [AB|que] que (se) chama a gente: "é o seteestrelas".
[SRP02]
(xiii)
INQ1 E não há mais nenhum bicho que se chame escaravelho, sem ser o da batata?
INF Não, sem ser o da batata.
INQ1 É só o da batata, esse nome?
INF Só o da batata. Por qualquer coisa, até se chama {pp} a uma pessoa que seja muito,
[RP|muito,] quer-se dizer, muito aborrecida, diz-se-lhe: "Pareces o escaravelho da
batata". Porque ele, a gente está sempre a {CT|�ej�talu= (deitar o) /deitar-lhe o\} veneno
e ele sempre a aparecer!
[CTL36]
(182)
INF1 Eu por mim digo, [AB|se m-] {fp} se me entrasse, como {PH|�diz�=dizem} que
(entram) /entro\, o fim do mundo – eu, por mim, {PH|nu�=não} devo lá chegar – mas,
que dizem que: "Queres {pp} ser desta lei, ou queres aquela, ou queres a lei de Deus"?,
eu preferia {pp} que me matassem mas queria a lei de Deus, {PH|nu�=não} queria cá…
Então, (ele) a gente vai à igreja e vê o Nosso Senhor morto, crucificado. Viveu e morreu
{pp} por os pecadores e {PH|a=a} gente {fp} {PH|nu�=não} há-de querer essa lei? Eu
quero, quero sim senhor.
[PFT24]
(183)
INF Não senhor. {fp} Em se acabando de colher, prontos! Se fica às vezes algum, fica.
INQ Mas antes não se fazia voltar, portanto, não se costumava ver?
INF Não. {pp} (Ele) a gente começa a colher e [AB|aquilo] aquilo, ele (o) que vai (é) às
linhas. {pp} [AB|Va-] Vai uma pessoa ou duas em cada linha, por aí fora, por aí fora.
Chegava {CT|�=ao} cabo da linha voltam para outra. [AB|Acaba-se] Acaba-se-lhe de
chegar {CT|�=ao} fundo, {CT|�=ao{fp}} acabamento da vinha, pronto! {pp}
{IP|ta=Está} a vinha colhida.
[MST35]
317

318
(184)
INQ1 Nunca se punham uns panos?
INQ2 Uns panos.
INF Nada. [AB|Aceirava-se a] Aceirava-se a oliveira {pp} por baixo…
INQ1 Enceirava-se? Aceirava-se?
INF "Aceirava-se" [AB|é, é] é tirar as ervas. Aquilo chama-se o aceirar. E despois
varria-se. {pp} Varria-se tudo para fora da capota [AB|da] da oliveira. Depois a oliveira
deixava cair [AB|a, a] as folhas, ou a azeitona, e folhas e tudo que ia batido; despois
aquilo ia tudo varrido {CT|p�=para o} monte. Depois ia {fp} mandado ao vento, com
um crivo. {pp} Enchia-se o crivo e mandava-se assim {PH|�=ao} vento. As folhas
{PH|s��ii�=saíam}…
INQ1 Ah! Claro!
INQ2 Não sabia que se fazia assim.
INF {fp} As folhas {PH|s��ii�=saíam} e a azeitona ficava ali, em cima dum pano limpo,
que era para despois (de) já estar limpa para ele a gente pôr dentro duma canastra.
[ALC17]
(185)
INQ1 E o que é que se come? Assa-se a pinha e o que é que se come?
INF {fp}Assa. {fp} Come-se os pinhões. {pp} Tira-se os pinhões, bate-se com um
martelo ou com uma pedra e tira-se aquilo lá de dentro. O pinhão. [AB|O p-, o p-] O
pinhãozinho, o pinhãozinho. E chama-se o pinhão.
INQ1 A folha do pinheiro não é como a das outras árvores.
INF Não. Ele (a) folha do pinheiro é em bico. {fp}[AB|É um] É um bico.
INQ1 E como é que chama àquela coisa quando está?…
INF É o pico.
INQ1 O pico.
INF Chama-se o pico. Cá a gente é pico.
[ALC19]
(186)
INQ1 Olhe, uma doença que os cães têm às vezes que é muito perigosa, que têm de ser
vacinados?…
INF É sarna.
INQ1 Mas uma outra que os cães?…
INF [AB|E da] E depois há [RP|há] outra que é a…
INQ1 Que é mais perigosa.
INF Que é a… Que é a coisa. Que é a{fp}…
INQ2 Olhe, quando o cão começa a babar-se todo?…
INF É a{fp} esgana. Esgana.
INQ1 Ainda há uma outra!
INQ2 Quando ele está a babar-se todo, assim…
INF É esgana. {pp} É a esgana.
INQ2 E o cão está a morder?
INF Quando ele se está a babar (de) todo, (aí), e a cair {CT|p�=para o} chão, é a esgana.
É da garganta.

INQ2 Que até tem… Olhe, antigamente até se matavam. Para eles não morderem,
porque aquilo pegava-se. Eles mordiam ao dono.
INF (Pois, ele) a esgana, esgana e a sarna, {pp} {fp} pega.
INQ1 Mas a sar-, a sarna é na pele.
INF [AB|A sa-, a sa-, a sa-] A sarna é da pele, pega. Inté pega à gente!
INQ1 Sim.
INF E a esgana é da garganta. Começa o cão a deixar de comer {pp} e começa a mirrarse,
(e) morre. Mas, sendo vacinado a tempos e a horas, salva.
[ALC38]
(187)
É claro, há pessoas mais {pp} judias que outras, judeus que outras. Era muito judeu e
não se queria crer em nada. Ele um dia teve umas falas com uma mulher e a mulher diz
assim: "Deixa estar que há-de pagares"! Diz ele assim: "Há-de pagar eu? Pago sim. Dizse
que és bruxa mas comigo {PH|n��=não} tens entrada. {PH|n��=Não} há bruxas; nem
há bruxos nem há bruxas". E ele andou, andou – porque ele o homem saiu de casa {pp}
a umas tantas horas da noite {pp} –, e o homem saiu de casa [AB|e se-, e o] e sentiu um
empurrão. Sentiu um empurrão: "Mas o que é isto? Mas o que é isto? Mas então o que é
isto"? (As palavras não eram ditas), levar chapadas da cara! Deram-{PH|l�=lhe} tantas e
tão poucas que até um empurrão {PH|l�=lhe} deram, foi contra uma porta {pp} e ficou
estendido. {PH|�fo�e�=Foram} dar com ele (estando) /estendido\ quase morto.
[ALV48]
(188)
INF A minha mulher guarda [AB|as ove-] as vacas no monte – as senhoras quando
chegarem ali, olhem por aquela (barra lá) para fora, elas lá andam. Ela anda lá com elas.
[AB|O{fp}] É eu e o meu filho e a minha nora. [AB|Veio] Temos lá um netito, ainda vai
fazer {CT|p�=para o} dia vinte e nove deste mês nove anos.
INQ1 Ah! Pois.
INQ2 Ainda é pequenino! Anda a estudar?
INF Olhe quando a minha [RP|a minha] {RC|no-=nora}… Hã?
INQ2 Anda a estudar?
INF Anda. Oh, anda a estudar?! Anda na escola. Ele a minha nora teve [AB|aquele]
aquele{fp} miudito com quarenta anos.
INQ1 Ah! Que giro!
INF E casou-se {CT|ku=com o} meu filho [AB|com {pp}] com vinte.
INQ2 Hi!
INF Já ninguém contava com ele – que viesse nada…
[COV01]
(189)
INQ2 Então mas há cá coisas que eles… Eles mandam vir de fora coisas que se
produzem cá e que eles, que os homens têm aí todos os anos!
INF E melhor que lá!
INQ2 Pois.
INQ1 Claro.
INF Olhe, {PH|su�po��muz=suponhamos}, o vinho, fruta, {fp} o leite…
INQ2 Pois.
319

INF Então cá é o melhor!
INQ2 Claro!
INF Cá é o melhor!
INQ1 Claro!
INF Mas ele o nosso governo {fp} {PH|nu�=não} {PH|pru�tu��=protege} nada a
agricultura.
INQ2 Pois não.
INQ1 Pois não.
INF E a agricultura está em baixo. Olhe, o lavrador {pp} – lembre-se duma coisa –, o
lavrador {fp}, para meu entender é isto: só está a fazer agora {pp} para consumo dele.
INQ2 Pois, pois.
INF [AB|E quem é] E ele (têm) /tem\ que mandar vir de fora para manter o outro povo
que {PH|nu�=não} trabalha.
INQ2 Claro.
[COV14]
320
(190)
INF {PH|�=Ao} ombro! Olhe como eu sou a mais esta senhora e{fp} botamos um pau,
e o caixão entre nós, e outro aí atrás e levamos assim acolá, ali abaixo à Lomba, à cova.
Que ele dizia que ele nos… Dizia (aquilo). Ele uma vez a ler, ali atrás com as vacas, eu
era rapazote pequeno, e ele disse {PH|�=ao} (acaso) – que diziam lá no livro – que
havia de haver uma guerra – não! [AB|que havia{fp}] –, que os homens que haviam de
voar mais alto que os passaritos. O livro lá, ele {PH|nu�=não} se constavam aviões –
nunca ninguém fala (em) aviões. E o livro dizia que [AB|o{fp}] os homens que haviam
de voar mais alto que os passaritos. E quando nós visse [AB|estas t-] estas serras todas
cortadas, de estradas e tudo do homem, que o mundo que era um paraíso – e já está! –,
que ele que o mundo que durava pouco.
INQ1 Ah!
INF Que a terra que havia de ser pólvora, {pp} a água que havia de ser gás {pp} [AB|e
a, e o] e as pedras ser enxofre.
INQ1 Hum!
[COV18]
(191) DP
INF1 E eu mais o meu pai – eu era pequenino, mais ou menos como este, mas nunca
mais me esqueceu –, e o meu pai foi a pôr um moinho {pp} de água que nós temos lá
em baixo. Ele foi levar o milho, um saco de milho, e eu também levei um bocadito – o
que eu podia! –, e fomos lá, e depois o meu pai era muito amigo com eles e veio até lá.
E ele foi, [AB|esse{fp}] ele o Atalarico começou {CT|p�=para o} meu pai: "Ó
Astrigildo" – onde estava o velho do Atamante, aquele, o tal que eu vos já falei que
tinha uns livros muito bons…
INQ1 Sim.
INF2 Tinha, tinha.
INF1 Também lá estava esse homem. E o sogro desta. O sogro? Pois, era o sogro!
[COV29]
(192)
INF Olhe, aqui em cima, aonde está uma cruz, foi um cunhado desta senhora que está
aqui, que é o Ático… [AB|Ele quando] Ele fez-se uma…(Ele) /Ele lá\ formou-se uma

trovoada muito grande! Eu até andava com as vacas a mais um tio meu aqui nesta
costeira aqui. E depois [AB|fez-se aque-] armou-se aquela trovoada. E o rapaz andava lá
longe, perto da Albergaria com o gado e uma irmã minha que está na Macieira e uma
velhota que morreu – que até era coxa duma perna – ali [AB|de] de Lugar e um rapaz
que morreu [AB|que era] que era Atilano – também era mais pequenito, mais ou menos
como (é) este –, e (ele) o rapaz era maior – já tinha os dezassete anos –, e abalou
adiante: "Txó, txó, txó, txó"! Quando " txó, txó, txó", o gado encarreirava todo atrás
daquela pessoa. Tal e qual, tal e qual atrás daquela pessoa, que aquilo é… [AB|Ca-]
Caminhava! (Tal e qual).
[COV32]
(193)
(194)
INF Pois eu ao passar o dedo, fica-me (ele) /eu\ o coiso cheio [AB|de te-] de arestas.
Chamamos-{PH|l�=lhe} arestas [AB|ao] ao que cai, assim mais fino – arestas.
INQ1 Pois, principalmente é a parte do linho junto à raiz, exactamente.
INF E aquilo {fp} (ele) o linho está dentro [AB|da] daquela caninha, [AB|da] da cana
do linho, não é? É espécie duma caninha, porque fica dentro.
INQ1 Pois, pois.
INF E depois, maça-se e depois esfrega-se e é que se espada.
INQ1 Sim senhor.
INF Depois a gente (ele) {fp} o linho fino é conforme o quiserem. Até podem assedá-lo
três ou quatro vezes para ser… Quanto mais assedarem, mais fino quando (se coze).
[OUT13]
(195)
(196)
INQ Mas o tear era igual ou era mais largo?
INF (Não. Ele era lá agora)! Ele o tear do pardo era muito largo. Eu ainda teci teias de
pardo no meu tear mas era estreito, para fazerem calças. {pp} Olhe que um ano eu
estava a tecer – chamam-{CT|l�=lhe a} carvalha –, dia dois de Maio, e uma grande
nevada a cair e eu a tecer pardo, (ele aqui) num{fp}… Porque (ele) aquele tear era mais
largo que os meus e fui lá tecer a teia de pardo aqui para uma vizinha.
[OUT21]
(197)
INF [AB|Depois de] Então, quando [AB|o, o] (ele) o pão está lêvedo, acende-se o forno.
Depois, quando o forno está já quase rojo, finge-se outra vez para o estrado – da
masseira para o estrado. Parte-se às… Conforme a gente quiser os pães de grandes. Põese
lá…
[OUT24]
(198)
INF1 Não. Mas esse é diferente. Esse é eléctrico. É diferente.
INF3 Este é de… É a electricidade. Mas esse já conhecem, ele já?
INQ2 Gostávamos de saber os rodízios? Sim.
321

INQ1 Sim. Olhe, mas o rodízio, ele os rodízios têm uma pedrinha por baixo, onde gira?
INF1 Têm, uma joguinha. Uma joguinha que é donde é que ele se põe a boqueja e ao
depois é que ele anda.
INF2 É onde tem o [AB|o, o]…
INF3 (Pois, isso)…
INF1 A senhora também já sabe do moinho!
[OUT40]
322
(199)
MONOGRAPHS
Êl a jante sampre faz cada asneira! (Ervedosa do Douro, in Azevedo 1928-9: 160)
(200)
Iel’a fertuna ié pauca... (Soajo, in Pereira 1970: 166)
(201)
Ele o dinhêr só é de cem escudes pra cima. (Escusa, in Baptista 1967: 197)
(202)
Bom, ele os ricos dantes pensavam que os pobres eram uns cães quaisquer.
(Escusa, in Baptista 1967: 200)
(203)
Ele a brincadeira está torta. (Colos, in Guerreiro 1968: 351)
(204)
Devem de estar a chigar qu’ele o sol já se pôs! (Arronches, in Paulino 1959: 168)
(205)
Ai, qu’ele o bitcho diz que come a gente
(206)
Iel’o home já sabe disso... (Quadrazais, in Braga 1971: 171)
(207)
A PLANÍCIE HERÓICA
eu não sei p’ra que é que êstes fomenicas forram quanto alcançam – tornou o velho. –
Que êle a terra que lá teem é serra brava que não vale dez réis de mel coado, pior que
quantos arrifes p’r’ái há. (p.89)
(208)
E a caça que eu sei lá! Vinha a gente co’o bornal atouchadinho de bons coelhos e lebres,
que êle a lebre não faz tão bom ensopado como um coelho... (p.124)

(209)
Que êle a gente vê caras, não vê corações! (p.213)
(210)
- Que êle a gente não sabe quem lhe quere bem nem quem lhe quere mal! (p.248)
2.1.3 Indefinite subject
(211)
CORDIAL-SIN
INF E depois, morreu a mãe. {pp} Morrendo a mãe, {PH|fi�ka��i�=ficaram} os dois, {pp}
um que estava a casa do pai, do padrinho, e outro estava {pp} a casa [AB|da, {pp} da]
da mãe. [AB|A] A rapariga é que estava a casa da mãe; o rapaz é que foi para casa do
padrinho. E depois, pensou ele, {PH|pe��sa�i�=pensaram} eles os dois, depois que
{PH|mu��e�i�=morreram} {pp} o pai deles os dois, o pai e a mãe,
{PH|��u��ta�i�s=(ajuntaram-se) /ajuntarem-se\} os dois irmãos. O outro veio lá de casa do
padrinho – o{fp} padrinho também faleceu, de qualquer maneira –,
{PH|��u��ta�i�s=ajuntaram-se} os dois. {fp} Estandem juntos os dois, lá
{PH|pe��sa�i�=pensaram} eles {pp} a fazer o seguinte: a fazerem {pp} um assinado,
[AB|um, um] (um assinado) à maneira de um testamento, um assinado qualquer, {pp}
para quando… Ele qualquer deles alguma vez havia de morrer. Ou um ou outro, não
era? Até, por acaso, podia-se dar o caso de (morrer) /morrerem\ no mesmo dia. Mas
não, {PH|n�=não} se deu. Ora, {PH|n�=não} se dando, e morreu – (e [AB|f-] lá
{PH|fi�z����j�=fizeram}) /e foi lá {PH|fi�z����j�=fazerem}\ a tal escritura {fp}, assinada
pelos dois –, morreu {pp} a rapariga primeiro. {fp} Ele, com o desgosto, lá foi ao
acompanhamento [AB|da, da] da irmã e tal e tal.
[AAL54]
(212)
INQ1 É aquele destas portas, aquele que desce. Mas há…
INF Pois, ainda tem o que tem de cima.
INQ1 Parecido com aquele, portanto, que corre assim numas coisas, mas que faz um
corte ali.
INF Esse {PH|n�=não} sei; esse {PH|n�=não} sei como é.
INQ1 Não é o ferrolho?
INF Então, mas ele um ferrolho não é assim. O ferrolho não é assim! Cá, um ferrolho é
dum portão. {pp} Mas não é assim que se fecha!
[AAL89]
(213)
INQ Portanto, aquilo que dá s-, uva é a cepa?
INF É a cepa.
INQ Olhe, e às vezes não costuma pôr assim uns arames altos para fazer uma…
INF [AB|Isso é para] Isso é para fazer um{fp} caramachão.
323

INQ Caramanchão.
INF Caramachão, pois, que [AB|abri-] é para fazer sombra e aí a gente cá chama uma
parreira.
INQ É isso que eu quero que o senhor me diga.
INF É. A gente, a gente cá chama [AB|uma] uma parreira. Tem então os cachos das
uvas pendurados.
INQ Olhe, e quando está aquilo tudo, aquele campo é um campo de quê?
INF É uma vinha – {pp} uma fazenda! (Ele) qualquer nome destes [AB|se] se emprega.
{pp} [AB|Em vinha] Se [AB|tem] tem cepas, é uma vinha, {pp} que tem lá vinha.
[AB|E se tem, e se {PH|n��=não}] E se {IP|ta=está} nua para semear outras searas, uma
fazenda.
[ALC15]
324
(214)
INQ1 É ditados que se dizem. Era só para saber se aqui também se dizia?
INF1 [AB|E às vezes até podem] Às vezes, até pode ser verdade mesmo.
INQ2 Pois.
INF1 Às vezes, até pode ser verdade. Que há coisas que a gente {pp} diz e que ouve-as
contar e depois diz assim: "Ah, isso {PH|n��=não} pode ser"! E mais tarde {pp} acredita
nelas.
INQ1 Pois.
INF1 Que eu ainda {pp} aqui há uns anos ouvi [AB|uma, uma] uma conversa, {pp} e
depois vim para casa, vim experimentar – ele ninguém me era capaz de abrir a cabeça
para meter aquilo cá na cabeça dentro, dentro da cabeça – e eu {pp}: "Não pode ser!
Isto é impossível"! E vim experimentar e deu resultado. É, {pp} por exemplos – as
senhoras podem até pensar que isso que é mentira também –, {pp} aqui temos plástico,
plástico, ponho uma pouca de água dentro, ato, depois ponho-o em cima dumas brasas,
aquece a água e {PH|n��=não} queima o plástico.
[LVR23]
(215)
Vim por lá e disse {PH|�=ao} padre, (diz) o padre: "Agora vai estar três dias em sua
casa! {pp} Três dias"! [AB|E se houver]
INQ2 Que é para compensar.
INF É. "E se houver alguma… Se (ele) /lhe\ alguém disser alguma coisa, [AB|diga]
diga-lhe que foi à minha ordem. {pp} Deixe lá estar a Senhora de Fátima".
[COV13]
(216)
INF Vêm outros que querem: "Olha, eu precisava de um alqueire de centeio". Eu dou-
{CT|lu=lho} dado. "Eu precisava de (lhe pedir) um alqueire de milho". Eu dou-
{CT|lu=lho} dado. "Eu precisava de vinho". Eu dou-{CT|lu=lho} dado. Ora bem,
aquela gente recompensa e diz assim: "(Bom) {fp}, fulano precisa, temos que lá ir
ajudá-lo". E vêm-me dar. Quer dizer, eu pago sem sentir.
INQ1 Pois.
INF Em dinheiro corrente, aquase nunca pago. Nunca pago!
INQ1 Pois, pois, pois.

INF Nunca pago. Porque depois vêm-me ajudar mas é gente mais pobre… Ele uns
precisam de milho, outros precisam de centeio, outros precisam de vinho {pp} e eu,
tenho de sobra, {pp}
INQ2 Dá.
INQ1 E dá.
INF Dou.
[COV40]
(217)
MONOGRAPHS
Ele uma [pulga] fugiu là prò cerro. (Colos, in Guerreiro 1968: 351)
(218)
A PLANÍCIE HERÓICA
Ou então porque a terra tem medo ainda, não levante o compadre prior José Dias a
cabeça da cova, por riba do muro. Que êle tudo lhe tinha respeito! (p. 63)
(219)
- charnecas é como o outro que diz, que êle da charneca só há o chão! – e que mal
soletrei duas letras em moço pequeno, que êle tudo se me varreu já (p.243)
(220)
É um transtorno que um padre tem p’rá sua vida. Que êle um padre devia poder casar...
(p.177)
(221)
- Se êle fosse só isto? (...) Enfim já quero que se pagasse uma renda jeitozinha, que êle
cada um tam/bém precisa, seja pobre ou rico. (pp.122/123)
(222)
A charneca era nossa, era dos charnequenhos, que êle ninguém na queria p’ra nada.
(p.124)
(223)
- Se é paixão de mulher bote-a vossemecê p’ra trás das costas, - tornava ainda o
charnequenho. – Que êle mulheres não faltam e a vida dá Deus Nosso Senhor uma só.
(p.167)
(224)
Agora já me não dá tantas fezes o ir-se vossemecê da nossa casa. Que êle o que me
ralava mais era o meu compadre prior abalar sem govêrno nenhum e ver-se sòzinho e
desamparado, sem ninguém que lhe quisesse e o aconselhasse p’ra seu bem. (p.175)
325

326
(225)
- Sòzinho?
- Ele, por enquanto, de portas a dentro não está ninguém. (...) Mas êle, o que se rosna é
que o padre andou por Beja a tramar a saída da guarda, para apanhar a casa e ajuntar-se
depois co’a moça do sacristão. (p.200)
(226)
Essa é que foi a desgraça, que êle um e outro são duas crianças, e muitas graças não ter
acontecido coisa pior (p.213)
(227)
Aquilo, p’los modos, o pai desconfiára ou dera fé de qualquer coisa e assanhára-se e
viera tomar as contas ao deriço, que êle tudo à boca cheia o dizia que era o soberbo do
homem que não queria dar a moça ao padre. (p.250)
(228)
Não é mistério nenhum, que êle tôda a gente o diz. (p.276)
(229)
Eu creei amizade ao sr. prior, que êle tudo se agrada dêle porque tem boas maneiras
(p.277)
2.1.4 Expletive subject
(230)
CORDIAL-SIN
INQ1 De meter o pão. Portanto, o problema de meter o pão no forno com o forno muito
quente qual era?
INF1 Queimava.
INQ1 Queimava o pão?
INF1 Porque a farinha, conforme caía lá, {pp} ficava preta. Pois. {IP|�tav�=Estava}
quente demais {CT|p��=para o} pão, não era?
INQ1 Rhã- rhã!
INF1 E depois [AB|o] metia-se o pão; se o pão {IP|�tav�=estava} branco e se não
ganhava cor, havia uma (porta) em madeira, ou uma lata…
INF2 Lá do lado de trás, do forno.
INF1 [AB|Até m-] Até mesmo com o mexerico dava para segurar.
INQ1 Essa porta? Tapava-se um bocadinho…
INF1 Para tapar… Para tapar. {pp} E se o pão {IP|�tav�=estava} a ganhar cor demais, ia
lá atrás. Porque há um buraco na parte (do lado) de trás.
INF2 (Ele aquilo) há um buraco no forno do lado de lá de trás do forno. Aquilo [AB|é
ta-] ou é tapado ou é destapado, conforme. Punha-se-{PH|l�=lhe} um tijolo…

INF1 Então, [AB|abri-] ia-se lá, tirava-se-{PH|l�=lhe} o tijolo. Era assim um trapo
grande e com um tijolo; a gente puxava pelo trapo, tirava o tijolo, que era {CT|p��=para
o} forno arrefecer mais depressa.
INQ1 Rhã-rhã!
[LVR35]
(231)
MONOGRAPHS
Ele isto é assim que se corta aqui o centeio? (Quadrazais, in Braga 1971: 169)
2.1.5 Null subject
(xiv)
CORDIAL-SIN
INF Mas naquele tempo que nós fomos, o gelo dava por aqui. O {FR|si�n�='snow'}, o
{FR|si�n�='snow'}.
INQ1 Pois, pois.
INF Como caiu aqui há dias. Vocês, {PH|nu�=não} caiu lá em Lisboa?
[...]
INF Bem, aquilo, para nós {pp}, bonito [AB|{PH|nu�=não}] {PH|nu�=não} há nada.
[AB|Mas] Mas naquela ocasião foi bonito. Caiu – sabe porque é que caiu… Até foi
bonito, porque {PH|nu�=não} havia sementeiras, {PH|nu�=não} havia batatas. Senão
aquilo queimava tudo.
INQ1 Queimava tudo.
INF Ui Jesus! Ele ainda queimou [AB|mu-, m-] muitas (coisas).
INQ1 As árvores, não?
INF Não, as árvores não. [AB|Agora est-] Frutos, frutos. Mas agora está tudo, agora
{PH|nu�=não}… Por aqui {PH|nu�=não} era muito frio. Mas havia farrapas que era isto!
Pedaços de farrapas, daquelas (…). Ai que alegria!
[VPA43]
(xv)
INF1 Mas essa água é dum senhor [AB|de{fp}] de Lisboa. Veio aqui [AB|umas, umas]
umas máquinas por conta [AB|de] do governo {pp}; (veio e) andaram aí a experimentar
a água. Mas depois condenaram a água, que a água diz que era muito salgada. {pp}
Condenaram, a água. {pp} Bom, agora veio um senhor – que ele {PH|n��=não} sei bem
o nome dele –, {pp} já tem aí uma casa no Porto Santo. É um homem, um senhor muito
rico, tem [AB|um bocadi-] um bocadinho de fazenda e agora{fp} tem andado aí a
explorar a água.
[PST07]
(232)
327

INF Depois começaram a vir os de ferro, a gente começou a comprar. Comprámos
depois (…). Agora os de ferro, isto já há muitos anos {pp} que [AB|cá] a gente os cá
usa.
INQ2 Pois.
INF O que é que ele já se usam pouco, agora. Porque os homens velhos [AB|já] já vão
acabando e estes já não precisam de trabalhar. Agora só as máquinas é que trabalham.
[MST26]
328
(233)
INF {fp} Aquilo{fp}, se a gente (…): "Bom, o vinho ainda {IP|ta=está} doce"! {fp} A
gente depois bota-{PH|l�=lhe} a água {pp} no pio. Bom{fp}, [AB|a gente depois
também] {pp} há{fp} assim uns preparos para ver [AB|quando] quando já tem a água.
O vinho também é pesado. Bom, eu {PH|nu�=não} o peso. Ele boto-{PH|l�=lhe} assim a
água {CT|�=ao} meu. {fp} Boto-{PH|l�=lhe} a que me parece. Mas assim as casas ricas
têm {PH|n��si�=assim} um (pesador), que é para pesarem, {pp} para verem a coisa da
água, se tem ou {PH|nu�=não} tem.
[MST35]
(234)
INQ E o que é que se dá ao porco para ele engordar?
INF Para engordar, há [AB|'diferentas'] 'diferentas' comidas, conforme o{fp} dono
queira o tempo em que ele leve a engordar. Pode ser com farinhas próprias, só de uma
qualidade, que seja milho, como pode ser o milho feito em farinha, como pode ser a
fava, só por si, deitada de molho para não escaldar {pp} a boca. Porque chega a pontos
que faz doer o dente {PH|�=ao} animal. É um bocadinho deitada de molho, (ele) /aí\
torna-se mais macio, o animal come mais – ouviu? Como pode ser o 'gramijo', como
pode ser com (a) cevada, como pode ser com um{fp} trigo [AB|que] que {fp} seja ruim,
que tenha muitas {PH|i�p�u�ez��=impurezas}, que não seja aceitado no celeiro – que
mandam fazer em farinhas, juntamente, aquelas sementilhas e aquilo desfaz aquilo tudo,
trás!
[SRP33]
(235)
INQ1 E aquelas coisas que elas têm, é os?…
INF É os chavelhos.
INQ1 Só lhe dão esse nome ou dão-lhe outros nomes?
INF Ou paus. Depois chamam: "É os paus"; "é os chavelhos". (Ele) não tem mais nome
nenhum que é este. Estes dois nomes pode-se empregar: ou chavelho ou pau.
INQ2 Pronto. Mas ainda tem outro nome.
INQ1 Tem outro nome, que é assim menos bonito, não?
INF Quê?
INQ1 Outro nome.
INF Não tem mais nome…
INQ1 … Não?
INQ2 Não…
INF Não tem mais nome nenhum, [AB|que é] que é chavelho e que é pau.
[ALC23]

(xvi)
INQ1 E como é que lhe chama? É um cangalho ou é uma canga?
INF [AB|Isto é] {fp} Isto que {IP|ta=está} aqui é uma canga. {fp} Isto aqui é o
cangalho. É o cangalho.
INQ1 Não. Só… Pois. Se for para um animal só?
INF É um cangalho.
INQ1 Também?
INF Pois.
INQ1 Então e se for para muares é diferente. É igual àquele?
INF [AB|Se for] Se for para 'mulares', é diferente.
INQ1 É aquele que a gente viu hoje de manhã?
INF Pois, (ele) é diferente. Para 'mulares' é diferente.
INQ1 Como é que se chama?
INF [AB|Mula-] 'Mulares', a gente chama é{fp}…
INQ1 Já não é canga?
INF {PH|n��=Não} é canga. É engatar. É engatar [AB|a] a parelha. Mas ainda 'houvia'
uma parelha… Ainda há parelhas lá {CT|p�=para o} Alentejo {pp} que é também de
canga.
[ALC09]
(xvii)
INQ1 Aqui não faziam queijo mesmo com uma coisa que se apanha no campo?
INF Não.
INQ1 Para fazer isso. Para… Essa coisa que se põe no leite…
INF (No) /O\ quê? Esteve aí um cá, {IP|�tev=esteve} aí {fp} duma casa aí que tinha
umas cabras, e (ele) fazia-{PH|l�=lhe} queijos em casa a mulher, mas [AB|era] era
como isto que eu {IP|�to=estou} a dizer.
INQ1 Pois.
[ALC27]
(236)
INQ2 E não havia assim umas coisas redondas de pedra?
INF Não. A gente aqui não usava isso, de pedra. {fp} Era um comedouro, {pp} tinha
uma divisão {PH|�=ao} meio, uma tábua: desta parte aqui era a água e daqui era o
comer. E despois eles já {PH|kum��savi�=começavam} [AB|a] a roer aquilo e a coisa, a
gente agarrava, fazia em cimento, {pp} para eles beberem a água. {fp} (A gente) às
vezes inté era duma cova mesmo do chão, fazia-se o cimento e punha-se ali a água, que
eles bebiam.
INQ1 E essa do cimento, dava outro nome ou não?
INF Não. Era [AB|uma] uma caixa de cimento. {pp} Até se punha e pode pôr – até
pôr… Ele pode pôr um [RP|um] comedouro de cimento.
INQ1 Pois. E não havia nada a que soube-, a que chamassem pia?
INF Uma pia? Pia chamava-se mas era uma pia de dar água {PH|�=ao} gado. Uma pia
para (darem-{PH|l�=lhe}) /dar ele\ água. Por exemplo, ou cavalos [AB|ou {pp}] ou
{PH|a=às} vacas [AB|ou]. "Vai (ali) levar à pia"! [AB|E ou-] E outros é uma selha!
[ALC30]
329

330
(237)
A sardinha {IP|ta=está} doente. Ela tem (aquele destino). A ova {PH|l�=lhe} aperta,
abrem, a sardinha anda com a cabeça em cima e dirige-se do mar fora, vem à cá à borda
de água, mesmo à borda de água. É onde (é que) eles fazem a matança. (Morre tantos)
centos de sardinha, os primeiros dois meses. Se uma traineira durante um ano pára um
mês e meio, quando calha hoje, já não param amanhã; pára (a) outra. {CT|pa=Para a}
reparação, (pois ele paravam) /pois eles paravam\ dois meses. Todas iguais! Para a ova
sair e se criar. "Porquê"? O mar é grande, a gente diz que não faz falta, mas (temos)…
Há abundância.
[ALV09]
(238)
Quando quis orientar a minha vida – porque nada tinha, é claro, as coisas são assim, e
eu fui um escravo –, eu cheguei [AB|a d-] a me deitar ao mar, de noite, ir daqui {pp} a
remo. Ia-me deitar além à barra, de noite, ao mar, com água pelos peitos, nu, {pp} para
vencer a maré, para vencer a vida, para não voltar para trás, por causa que a maré não
deixava a gente seguir. Porque {PH|n��=não} tinha-se motores, {PH|n��=não} tinha nada.
Cheguei a ir nu. Chegava de fora da barra, dentro do (Hugo), a tremer com o frio,
[AB|quase] quase a rilhar com a frieza. A gente chegávamos ao (Hugo), que
{PH|n��=não} tinha medo nenhum. Pois, e agora, agora, a pessoa já vai mais {pp} tendo
mais tremor, mais medo! Ele nunca me olhava a nada, nunca tinha medo nenhum! E
mesmo… {fp} Então, que eu, eu andei vários anos aqui à vela, {PH|�=ao} dia. Ia
{PH|�=ao} dia. Mas o senhor agora pode perguntar, pode calhar ali, ou pode perguntar a
qualquer pessoa: (o tio) Aprígio, o rapaz que está lá abaixo, que já foi contramestre.
[ALV25]
(239)
INF Foi mesmo assim! "Olha lá! Assim, olha, eu vou dar à tua sobrinha, {PH|nu�=não}
é? Ah, pois, então?! Pois dou à tua sobrinha"?! Quer dizer que o meu filho nem nunca
teve nada do pai nem da mãe. Faz de conta que nem tem pai nem mãe. Com tanto que
eu trabalhei! Comecei a minha vida sem nada e hoje sou um grande lavrador, e agora
(dar pão e árvores que tenha)… "Olha"… Eu disse-{PH|l�=lhe} assim: "Olha, menina,
um dia, um dia – se eu o desse –, um dia eu [AB|e a, e a] e a tua sogra éramos uns cães
ali na casa. Tu e o teu homem eram os criados e eles é que {PH|��r�nu�=eram os}
patrões. Ouviste? E então assim, deixai-me morrer e deixai {PH|mu��el�=morrer a{fp}}
velha e depois vocês dai-o, vendei-o, dai-o a quem vocês quiserem porque nada disso
me incomoda".
INQ2 Pois.
INQ1 Rhum-rhum.
INF "Mas agora {PH|nu�=não} dou! {PH|nu�=Não} dou {fp}! O que é meu é
{CT|p�=para o} meu filho, pronto"!
INQ1 Claro.
INF E ela foi e (ele) aborreceu-se toda e eu{fp}… A comida que estava diante de mim,
mandei com ela {PH|�=ao} chão, parti tudo – parti louça, (parti tudo) – e fui
{CT|pa=para a} cama. Meti-me no meu quarto… [AB|Só esta-{fp}] A cozinha é como

aqui assim, e aqui é uma sala, e aqui é [AB|um] um quarto onde eu durmo e tem mais
[AB|um, um] dois quartos para {pp} {CT|pa�=para, às} vezes, INQ1 Ó cãozinho!
INF – ele {PH|nu�=não} faz mal nenhum – [AB|para] {CT|pra�=para, às} vezes, (vir
ele) gente de fora, que eles, às vezes, ficam lá. E depois, [AB|passando] passando ali
dois – dois anos, dois anos e pouco – vem ela com o miudito.
[COV02]
(240)
INQ1 E não é raspado?
INF É raspado {CT|kum�=com uma} faca.
INQ1 Com o quê? Com uma faca.
INF Com uma faca. Com uma faca é ali todo raspadinho! {PH|nu�=Não} se conhece um
cabelinho, {PH|nu�=não} se conhece nadinha! Ficam, ficam… Em tempo, antes de o
meu sobrinho andar a estudar, aquilo era {fp}… Aquilo era queimado a carqueja, às
vezes, ainda ficava uns cabelos grandes e (aquilo tudo)!
INQ2 Pois, pois, pois.
INF Agora não senhor. Porque agora vem aí gente grande – ele traz gente grande a
minha casa e (é muito). E ele sabe o que nós cá também fazemos? É botar presuntos
{PH|�=ao} fumeiro.
INQ2 Ah!
[COV07]
(xviii)
INF Põe-se em cima. Tem em cima… {fp}O grão, (têm ele em {RC|ci-=cima}).
Chamam aquilo a moega. E [AB|tem] tem uma quelha, assim [AB|como a] como a mão
e tem aqui um… Chamam aquilo o tramelo. E depois aquilo bate na mó e treme com
aquilo e aquilo vai para baixo. Vai à{fp}…
INQ1 Vai caindo. O grão.
INF Se ele vai caindo? O grão vai caindo.
INQ1 Rhum-rhum.
INF E cai para dentro [AB|do] do olho da mó e depois a mó é que mói o outro – (aquele
que cai).
[COV05]
(241)
INQ2 Então mas há cá coisas que eles… Eles mandam vir de fora coisas que se
produzem cá e que eles, que os homens têm aí todos os anos!
INF E melhor que lá!
INQ2 Pois.
INQ1 Claro.
INF Olhe, {PH|su�po��muz=suponhamos}, o vinho, fruta, {fp} o leite…
INQ2 Pois.
INF Então cá é o melhor!
INQ2 Claro!
INF Cá é o melhor!
INQ1 Claro!
INF Mas ele o nosso governo {fp} {PH|nu�=não} {PH|pru�tu��=protege} nada a
agricultura.
331

INQ2 Pois não.
INQ1 Pois não.
INF E a agricultura está em baixo. Olhe, o lavrador {pp} – lembre-se duma coisa –, o
lavrador {fp}, para meu entender é isto: só está a fazer agora {pp} para consumo dele.
INQ2 Pois, pois.
INF [AB|E quem é] E ele (têm) /tem\ que mandar vir de fora para manter o outro povo
que {PH|nu�=não} trabalha.
INQ2 Claro.
INF Que {PH|nu�=não} trabalha na terra, {PH|nu�=não} acha? E se ele protegesse a
agricultura, na vez de vir de fora, gastava o de cá.
INQ2 Pois claro.
INQ1 Então, mas é evidente. Exactamente! Pois.
INF Ah! Eu acho! Então a gente criava… Olhe lá, as farinhas {pp} – bem, que eu
{PH|nu�=não} compro; [AB|mas] compro pouco –, mas {fp}as farinhas se estivessem
baratas, criava-se porcos, criava-se vacas, {pp} criava-se vitelas.
[COV14]
332
(242)
INF Ora, aquilo que vendem é aquela carne que vem de fora e {PH|nu�=não} é como a
de cá! Vem [AB|con-] congelada, vem lá de fora, vem… Quem sabe lá que carne é
aquela!
INQ2 Claro.
INF Ele {PH|nu�=não} sabe! Ele {pp} eu fui aí a [AB|um] uma boda, aí abaixo, {pp} a
(…/NPR). E deram lá uma carne que ele achou-se tudo doente.
INQ2 Ah!
INQ1 Ah, veja lá!
INF Sabe? Tudo o que lá foi achou-se doente. Achou-se mal porque a carne… Bem, eu
até só tirei um bocadito, ele, por acaso, eu {PH|nu�=não} me achei mal, mas houve
pessoas… Eu quando vi aquela carne e fui a prová-la, disse: "Não, não. Eu
{PH|nu�=não} quero"! Comi lá um bacalhauzito, mas aquilo nem prestou!
[COV14]
(243)
INF Ora, aquilo que vendem é aquela carne que vem de fora e {PH|nu�=não} é como a
de cá! Vem [AB|con-] congelada, vem lá de fora, vem… Quem sabe lá que carne é
aquela!
INQ2 Claro.
INF Ele {PH|nu�=não} sabe! Ele {pp} eu fui aí a [AB|um] uma boda, aí abaixo, {pp} a
(…/NPR). E deram lá uma carne que ele achou-se tudo doente.
INQ2 Ah!
INQ1 Ah, veja lá!
[COV14]
(xix)
INF Ora bem, uma pessoa foi pagar um dinheirão e {PH|nu�=não} comeu nada!
INQ2 Pois.

INF Pch, {PH|nu�=não} presta para nada! {PH|nu�=Não} presta para nada! E se a
agricultura estivesse mais desenvolvida, os adubos… A gente vai comprar os adubos
caros, ah, [AB|a o que] o que a gente vende!… Então, uma vaca, a gente agora quer
vender uma vaca, então e ele se ele {PH|nu�=não} {IP|ti�v�r=estiver} registado,
{PH|nu�=não} a pode vender.
[COV14]
(xx)
INF1 Olhe, eu uma vez fui [AB|à] à coisa [AB|fui à{fp}]. Então, ele comprava-se
ovelhas. Íamos ele ali {PH|�=ao} Castro de Aire {pp} – não sei se as senhoras sabe o
que (são)?
INF2 Ao Castro, pois.
INQ1 Sei.
INQ2 Sei, sim senhora.
INF1 [AB|A{fp}] A Castro de Aire e eu fui mais o Asdrúbal a{fp} comprar… (Mal
compra-se) – conheces o Bernardino?
INF2 Sei, sei. As senhoras {PH|nu�=não} conhecem mas a gente aqui conhece.
INF1 Fomos lá comprar ovelhas. (Eu) /Ele\ {PH|nu�=não} tinha nenhumas e fui lá
comprar umas ovelhas. Fui lá comprar umas ovelhas a mais ele e lá tudo correu bem.
Viemos, saímos de lá, [AB|ch-] viemos ficar a Reiriz. Chegamos lá a uma loja, nem
tinha pão, nem… Só tinha figos! E nós mortos de fome!
[COV24]
(244)
INF1 Outra vez, fui {PH|�=ao} conselho de família do meu primo de Cabrum – [AB|do]
do Benigno.
INF2 Sim.
INF Foi quando morreu o Bernardo.
INF2 (…)
INF1 [AB|E] E depois cheguei a Santa Cruz, olhe que de Santa Cruz para riba, já
{PH|nu�=não} rompia carro nenhum.
INF3 Com neve! Olha a neve [AB|onde] onde ela chegou!
INQ1 Santa Cruz?…
INF1 Santa Cruz. Ali para cima donde vocês {RC|fi-=ficaram} [AB|fi-].
INQ2 Sim.
INQ1 Sim, sim. Eu sei. Eu sei onde é que é Santa Cruz.
INF1 Pois. Ali era uma camada de neve por aí fora, ai Jesus! Nós vínhamos cinco – que
o conselho de família são cinco, vínhamos cinco –, viemos a pé. Até Santa Cruz viemos
de carro, de Santa Cruz para cima viemos a pé. E eu queria vir embora, eles
{PH|nu�=não} me deixaram: "Não. Vais para Cabrum, vais ficar a mais nós", que eles
era tudo de Cabrum, só eu é que era (ainda) lá de cima. Lá fui, lá vim para Cabrum,
cheguei, ele lá dormi, e {PH|�=ao} outro dia quando era de dia – dia já, sol alto, para aí
às oito horas –, saí de Cabrum – olhe que a neve dava-me pelo peito! {pp} Sabe? Olhe
que a neve… Vinha assim com umas botas como estas e a neve metia aqui por baixo
[AB|desta] da coisa, chegava-me até por cima do joelho.
[COV27]
333

334
(245)
INF1 Também lá estava esse homem. E o sogro desta. O sogro? Pois, era o sogro!
INF2 Pois era, pois era.
INF1 O teu sogro. E estavam lá todos a conversar, eram todos amigos e ele andavam lá
a serrar – a serrar madeira para esteios {CT|pa=para a} vinha! E depois diz ele assim:
"Ó Astrigildo" – {CT|p�=para o} meu pai –, "Ó Astrigildo! Vocês porque é que não
prantam videiras aqui"? "Ai, aqui {PH|nu�=não} dá", dizia o sogro desta – porque este, o
sogro desta, tinha muitas quintas.
[COV29]
(246)
INF1 E depois: "Oh, aqui {PH|nu�=não} dá! Ó senhor Atalarico, aqui {PH|nu�=não} dá".
Dizia (ele): "Ah, burros! Ah, burros! Olha que aqui dava vinho bom. Vocês é que
{PH|nu�=não} prantam. Vocês 'sendes' uns burros"! O meu pai e os outros começavam
{pp} ele a botar tudo abaixo {PH|�z=aos} homens. Mas agora eu gostava que esses
homens ainda (fossem) /fosse\ vivos.
INQ2 Pois.
INQ1 Pois.
INF1 Para {PH|�velu=ver o} vinho e agora… (Porque não), ele {PH|nu�=não} se
acreditavam!
INF2 Ah, pois não!
[COV29]
(247)
INF E depois o rapaz vinha, veio aquela faísca {pp} matou setenta cabeças de gado
donde ele estava! E ele morreu na frente do gado – tão longe como está aqui a Gabriela
de mim –, ele caiu assim {pp} com o pauzito na mão, o chapéu caiu e o gado começou a
morrer todo em carreira até lá cima. O que estava dum alto para cá, {PH|nu�=não}
escapou uma. O que estava do alto para trás e eles que vinham de trás, esses
{PH|nu�=não} morreram. Ele escaparam. Mas tudo o que estava do alto… Eu queria que
as senhoras vissem. É logo aqui em cima.
INQ1 Ah!
INF Morreu tudo! Lá está! Olhe que foi em 1919! 19 ou 29, {PH|nu�=não} estou bem
certo,
INQ1 Rhum-rhum.
INF que o rapaz morreu. Sabe? E aquilo morreu tudo. Setenta cabeças de gado!
[COV32]
(248)
INF Morreu tudo! Lá está! Olhe que foi em 1919! 19 ou 29, {PH|nu�=não} estou bem
certo,
INQ1 Rhum-rhum.
INF que o rapaz morreu. Sabe? E aquilo morreu tudo. Setenta cabeças de gado!
INQ1 Que horror!
INF Porque depois até… Eu, eu era pequeno, como este, e depois fui dos primeiros que
lá cheguei. Porque aquilo vinha só… Depois começou a vir só uma cabeça de gado,

outra, outra, outra, começou tudo a gritar. Porque os dueiros {PH|nu�=não}
apareciam!… {fp} Ele voltámos lá todos a ver, eu a mais [AB|esse Beni-, Benigno]
esse senhor Benigno que era daqui, metemos lá a (Maçoiros). Fomos os primeiros a
chegar lá. Chegamos lá, o rapazinho estava assim caído com o pau na mão direita, o
chapéuzito assim, e ele [AB|d-] a deitar sangue pela boca, pelos ouvidos, pelo nariz, a
deitar sangue, e ele assim caídinho e o gado todo estendido atrás: era um para aqui,
outro para acolá, todo caído. Isso foi horrível! Isso foi (uma coisa)!
[COV32]
(xxi)
INF1 Chamei {fp}… Veio cá o médico. Era um de Vale de Cambra, que era o Atílio e
viu-o. Viu-o… Chamei-o e diz ele assim: "Ó Arquibaldo" – chamou-me cá fora –, "Ó
Arquibaldo, {pp} eu vou dar um remédio aqui {PH|�=ao} teu irmão mas olha que isso
(é capaz de) {PH|nu�=não} ({PH|l�=lhe}) valer nada. Olha que {pp} os 'impulmões' dele
estão como é… Tudo em ferida! E agora, olha, eu vou-{PH|l�=lhe} receitar isto. [AB|Se
os] Os 'empulmões' dele estão assapados: se eles abrirem {pp}, temos homem; se ele
[AB|{PH|nu�=não} se a-] {PH|nu�=não} abrir, amanhã até às três horas ele morre".
[COV35]
(249)
INF1 E há que… E a gente, quando, às vezes, bate, bate e {PH|�pas��w�n�z=passam as}
abelhas e {PH|nu�=não} vê {PH|p��sal�=passar a} mestra, {PH|nu�=não} a vê passar
{CT|p�=para o} outro cortiço,
INQ2 Sim.
INF1 sabe o que eu faço? Um lenço preto, desses das mulheres, [AB|da] na cabeça, ou
um pano qualquer preto, ponho-o no chão, [AB|da, da] da que eu bati {fp} à colmeia
para lá, sim, [AB|da-] daquelas que {PH|�for��w�n�z=foram as} abelhas,
INQ2 Sim.
INF1 volto-a com a boca para baixo, e se ela tiver mestra, põe assim umas coisinhas,
uns ovinhos, compridinhos, umas coisinhas, e a gente toca-{PH|l�=lhe} e aquilo saem
tudo em água. Que ela… Eu chamo aquilo varejar, {pp} sabe? Chamo àquilo varejar. Se
ela [AB|tiver] tiver mestra, larga aqueles ovitos; se ele {PH|nu�=não} tiver mestra,
{PH|nu�=não} larga nada.
INQ2 E chama-se àquilo varejar?
INF1 Varejar.
[COV37]
(250)
(251)
INF1 E a gente, se tiver mestra, pronto!, já pode tirá-lo embora que é um enxame; se
{PH|nu�=não} tiver mestra, que {PH|nu�=não} tenha mestra lá, [AB|já {PH|nu�=não}] já
aquilo (mal anda). Já pode [AB|levá-] deixá-las lá estar que [AB|que no pa-] no prazo
daí de um quarto de hora elas passam todas outra vez {CT|pa=para a} mãe.
INQ1 Outra vez para o mesmo.
INF1 {CT|pa=Para a} mãe!
335

INQ1 Para a mãe.
INF1 Chama-se a mãe…
INQ2 É o… Aquela é a mãe, a primeira?
INF1 É [AB|aque-] a primeira. E se for enxame é [AB|o] o que se tira.
INQ1 Pois.
INF1 Se não, elas fogem logo, logo, imediatamente.
INQ2 Olhe, e às vezes não aparece um enxame pequeno?
INF1 Aparece [AB|um {fp}] um enxame fora, na terra [AB|ou] ou numa árvore ou em
qualquer sítio, já tenho agarrado muitos desses. É, ele aparece. E a gente vai (em torno)
das abelhas, mas {IP|ta=está} lá uma mestra.
INQ2 Rhum-rhum.
INF1 Porque se {PH|nu�=não} ({PH|ti�v�l�=tiver a}) /{PH|ti�v�l�=estiver a}\ mestra, ele
{PH|nu�=não} (fogem) /foge\.
INQ1 Pois.
INF1 A mestra é a que, se for preciso, foge… Porque (tendo) /{IP|�t��du=estando}\ mais
que uma mestra num cortiço, (ele) {PH|nu�=não} se dão.
INQ2 Pois.
INF1 Uma tem que sair com as abelhas. Se o dono lá vai e bate-as {pp} e tira-
{CT|l�=lhe a} mestra, pronto, ela {PH|nu�=não} foge. Se um homem não… Se [AB|o
me-] o dono – o dono ou uma pessoa qualquer –{PH|nu�=não} vá lá tirá-las, elas {pp}
saem – com licença –, fogem com qualquer {fp} punhado de abelhas. Fogem e saem
estes pequeninos que a senhora está a acabar de dizer.
[COV37]
(252)
INF É assedado. Por exemplo, se quiser {pp} tirar o linho fino, faz-se desta maneira:
{pp} asseda-se duas vezes, tem que ser duas vezes assedado. [AB|Tira-se o] Asseda-se
o linho e tira-se-{CT|l�=lhe a} estopa. Fica a estopa. Querendo (ele) /eu\ – por exemplo
–, querendo (ele) /eu\ fazer uma teia de sacos, tira-se-{CT|l�=lhe a} estopa… Tira-se a
estopa para (ele) tapar os sacos e o linho é [AB|para] para urdir, não é? Mas quando se
quer fazer uma teia de linho fino, tira-se-{CT|l�=lhe a} estopa, fica aquele linho e
depois fazem-se estrigas – {pp} ou até nem se podem fazer, querendo. Põe-se assim
num crivo, outra assim em cruz – um assim, outro assim, como se põe sempre o linho –,
e depois até se ata às dúzias antes [AB|de o] de o assedar, até o atamos assim [AB|ao] ao
espadar. E depois então, {fp} a gente, {pp} querendo então fazer o linho fino, volta-se a
assedar.
[OUT12]
(253)
INF Por exemplo, [AB|eu] eu metia quatro ou cinco espadadeiras, que eu ainda as meti
muita vez, mesmo aqui. [AB|E] E depois: {fp} "Ó senhora Arteia, 'dai-nos' os tascos"?
"Dou". Ele lá vinham os rapazes e as raparigas, {PH|l��vav��w�nu�=levavam os} tascos
para aí {CT|p��=para o} meio do barro e acendiam a fogueira, cantavam. E se houvesse
castanhas, até assavam castanhas e bebiam a pinga. Depois contavam 'lhonas'. Olhem,
(ele) /inda\ fazem-me lembrar o…
INQ1 'Lhonas'?
336

INF Sim, 'lhonas', quer dizer, histórias. Histórias, não é? Histórias {pp} e adivinhas e
assim umas coisas para fazer rir as pessoas. Que o meu ele era… O meu era um deles,
coitadinho.
[OUT14]
(xxii)
INQ Sim. Portanto, as cardas servem para?
INF Para cardar a lã.
INQ Pois.
INF Eu ainda fiei… Ainda 'fiemos' aqui oh, oh, oh… Porque o senhor Arcádio, (ele) era
daqui de Outeiro – já morreu, morreu o ano passado – e (ele) trouxe para cá muita
fiadeira da lã, mas era outras qualidades de lã. Enfiávamos aquela lã no meio [AB|como
um] – numas máquinas –, no meio de dois fios brancos. E (aí) /ele\ ganhávamos bem
dinheiro nessas máquinas.
[OUT22]
(254) [‘a massa’]
(xxiii)
INQ1 Quando se põe o fermento na massa, tem que se, para ela ficar lêveda, diz-se que
a massa está ali a, a quê?
INF A dormir. {IP|ta=Está} a dormir duas horas ou assim.
INQ A dormir.
INF Conforme o fermento que se {PH|l�=lhe} mete. Se (se) {PH|l�=lhe} mete muito
fermento, {pp} ele leveda mais depressa, acorda mais depressa, não é? Se (se)
{PH|l�=lhe} mete pouco, (pronto), dorme mais.
INQ1 Ah que engraçado! Ah!
INF Olhe, nós, na casa dos meus pais, numa ocasião, foram lá cozer [AB|uns] uns
padeiros de Bragança.
INQ1 Vai dizer outra coisa.
INF Nunca (eu) /ele\ tinha visto fazer aquilo. E amassaram só com o fermento inglês. E
amassaram com água fria, foram-se embora para Bragança, e só depois ao outro dia é
que vieram a acender o forno.
[OUT26]
(xxiv)
INQ1 E as tabafeias como é que são?
INF Até tenho aqui isto um pouco inchado de tanto chouriço encher este ano. Enchi
para a minha nora, três vezes, tabafeias; linguiças, por duas vezes; chouriças, por duas
vezes. Para a minha irmã, na mesma. Aqui à vizinha, igual. E para mim também. Olhe,
(eu) /ele\ dei cabo aqui disto (com tanta coisa).
INQ1 E como é que são as tabafeias?
INF As tabafeias são{fp}: bota-se carne a cozer – de porco e galinhas – e depois {pp}
corta-se o pão para uma caldeira, depois coze-se aquela carne bem cozidinha, pica-se
logo ali (ele picadinha) /em picadinho\, bota-se por cima do pão. Quando a água fica
[AB|bem a-] bem adubadinha, bota-se-{PH|l�=lhe} pimento e alho, amolece-se aquelas
sopas, mexe-se, mexe-se e enchem-se.
[OUT39]
337

338
(255)
INF [AB|De{fp}, por exemplo, {fp} esta] Por exemplo, [AB|esta é{fp}] (além) aquele
campo é todo meu, por exemplo,
INQ2 Sim.
INQ1 Sim.
INF este campo todo. Eu semeio e depois [AB|ela] ele medra, vai medrando, medrando,
medrando, medrando. Depois, é arrarado. Arrara-se. O campo corta-se donde em donde
[AB|para f-] para ele ficar {pp} assim um bocadinho raro, para ele produzir, para
alevantar.
INQ1 Rhum-rhum.
INF Depois, se a gente precisa [AB|para o{fp}] para assoalhar {pp} uma casa ou para
qualquer coisa, depois a gente vende… Vende… A gente, (ele) vêm compradores…
Agora, vieram para aí, {pp} cortaram tudo. (Havia) /Haviam\ muitos pinhais aqui e
vieram pessoas aí a cortar… Pagam-nos, {PH|n�=não é}?
INQ1 Pois.
INF E cortaram e (ele) levam para madeira {pp} para a Espanha e para donde calha.
INQ2 Rhum-rhum.
[OUT44]
(256)
INF1 Olha uma lagartixa, olha, além.
INQ Ah, pois é!
INF2 É da qualidade que quer!
INQ Uma lagartixa que vai além.
INF1 [AB|E] E pega, corta-se [AB|com três g-, com, com três gro-, com] com dois
gromos; fica com duas gemas.
INF2 Ah, coitadinha!
INQ Sim.
INF2 Olhem acolá, filhos, (ele) não vêem uma lagartixa?!
INF3 Eu vi.
INF2 ({PH|nu�=Não}) viste?
INF1 E coloca-se. Com a navalha corta-se o bravo, por exemplo, aqui assim. Cavaca-se
o que se lhe mete, escavaca-se e depois aí mete-se-lhe a puia.
INQ Sim.
INF1 E mete-se-lhe depois um 'refia'.
[OUT54]
(257)
MONOGRAPHS
Os irmês o que terminérim? Forimno a matar pa le terérim nas bolinhas[de ouro]. E ele
matarim-no. (Escusa, in Baptista 1967: 211)

2.1.6 Arbitrary 3 rd p. pl. null subject
(258)
CORDIAL
INQ Quando há uma trovoada, como é que se chama aquela luz?
INF {fp} A gente dá-{PH|l�=lhe} cá uns poucos de nomes. É um
{PH|�r��l��p�du=relâmpago}, é uma faísca, é um{fp} corisco, é um raio, (é… Enfim,)
diversos nomes.
INQ Mas é tudo a mesma coisa?
INF Ah, [AB|consta, ele dizem] há quem diga [AB|que] que é diferente {pp} uma coisa
da outra. Que há aí algumas que são diferentes. [AB|Agora, se] Agora eu é que
{PH|n�=não} sei se são diferentes nem se {PH|n�=não} são.
[AAL56]
(259)
INQ Olhe, e há uma outra que, que faz mal ao gado, quando, quando o gado come, até
parecido com a…
INF [AB|Há] Há uma que faz mal ao gado {pp} que não me lembra o nome dela. [AB|É
É erva, é uma, uma] É a tal erva, uma espécie de erva-dos-lagartos. [AB|Ele dão-
{PH|l�=lhe}] Ele dão-{PH|l�=lhe} outro nome – que faz muito mal {pp} ao gado, que
está às vezes no meio do feno, que eles até têm medo de gadanhar aquele feno – mas é
que eu {PH|n�=não} me lembro (do) /o\ nome dessa erva, agora.
[AAL95]
(xxv)
INQ Está tudo abandonado, não é?
INF1 É. E qualquer dia é só, olhe, carvalhos ou{fp} pinheiros ou giestas.
INF2 É, é. Vai ser uma segunda Angola, vai. (Pessoal {PH|nu�=não} há, os novos
também já não estão para aturar coisas)…
INF1 Então, pois {PH|nu�=não} estão para estarem a aturar isto.
INF2 [AB|Anda, anda] Anda a estudar muita malta, aqui, a estudar.
INF1 Oh! Então!
INF2 É tudo a estudar, tudo a estudar.
INF1 É estudar, é! (Não) /Ele\ haviam de {PH|l�=lhe} dar mas era uma enxada para
irem {CT|pa=para a} serra cavar alqueves!
INF2 É, é.
INF1 {PH|nu�=Não} era estudar [AB|Era para] para [AB|se]
INQ Pois.
INF1 estarem assentados! O trabalho que há-de fazer um, estão ali uma dúzia deles!
INQ Rhã-rhã.
INF2 Quer passar por lá (para ver)?
INF1 {fp} Vamos embora. Ele, [AB|qu-] se lá quisesse ir ver {fp}…
INQ Não, não vou, não vou. Não é preciso ir ao moinho. Não, não, obrigado.
INF1 Não? Vamos embora, então. Vamos.
339

INQ Obrigado. Ó senhora Ascensão, diga-me o que eram… A senhora disse: "Haviam
de andar por lá a cavar o alqueve". O que era o alqueve?
[FIG27]
340
(260)
INQ1 Portanto, já há quantos anos é que isso não se faz cá? Já há quantos?
INF Oh! Isso já há muitos anos. Ainda eu era garota quando ele deixaram de...
Deixaram depois de usar estas coisas todas. Isto não. Isto ainda {PH|nu�=não} há muitos
anos, que ([AB|eu]) /ele\ foi quando eu deixei de tecer. {pp} É como digo, já há-de
haver… Foi quando cá veio o senhor Américo Tomás. {pp} Eu parece-me que [AB|a
casa d-] reformaram até a Casa do Povo o outro ano adiante {pp}. Há oito… Deve haver
uns nove, dez anos, {pp} que eu deixei de tecer.
[MST19]
(261)
INQ1 O que são as voltas?
INF É aquelas vides que a gente deixa para dar assim a volta, que é para arrebentar os
'pompos'para dar os cachos das uvas. {pp} E o atarraque é cortado com uma tesoura,
[AB|e fi-] assim deste tamanho {pp}, {PH|�=ao} lado da volta. Nasce também…
INQ1 Portanto, a volta é aq-, são os nozinhos da videira?
INF [AB|A{fp}] A volta é a videira. {pp} Dá-se assim a volta, espreme-se {pp} e
depois ata-se {PH|�=ao} tronco do braço da videira. Depois ata-se com uma ('rafa')
/{PH|��af�=ráfia}\, ou com um junco, ou com um cordel. Agora já {PH|ni�=nem} (ele)
{PH|��p��i�=apanham} isso. Já não há juncos. Agora é com cordéis, compreende, e{fp}
('rafa') /{PH|��af�=ráfia}\. Depois aquilo é atado {PH|�=ao} tronco [AB|da, da] da
videira.
[ALC16]
2.1.7 Impersonal se in syntactically impersonal constructions
(262)
CORDIAL-SIN
Eles mesmo, lá na Caixa, é que é que foi que me {PH|e�si�na�e�=ensinaram} {pp} aquela
coisa; portanto, {IP|to=estou} a descontar {CT|pa�=para as} duas. Agora a reforma da
Casa do Povo também nunca pode ser muito grande porque ele não se desconta muito –
poucachinho dinheiro.
[AAL33]
(xxvi)
INQ Como é que chamava?
INF Era uns cocões.
INQ E, e nos cocões o que é que entrava?

INF ({fp}) /Ele\ punha-se-{PH|l�=lhe} o eixo. De cima dos cocões, amarrados
{CT|kum�=com uma} coisa {fp} – pelo eixo, que (era) /é\ o que enfiava assim nas
rodas.
[MST28]
(263)
INQ2 E o lugar onde dorme o pastor quando anda no campo com o gado?
INF É a barraca dele.
INQ1 Este funcionava…? A rede, perguntaste a rede?
INF Chama-se a barraca [AB|e chama-se o ap-, e chama] e chama-se o aposento dele.
INQ2 Ah, isso é a rede?! Eu julguei que era a malhada.
INQ1 Uma rede, uma rede, ou então uma vedação que se faz no meio das, do, quando se
quer que o gado, que o, que as ovelhas não saiam dali daquele sítio? Ou até para as
proteger de…
INF (Ele) faz-se uma tapada.
INQ1 Uma tapada?
INQ2 Uma tapada. Que é como? Que é com?…
INF Uma tapada com arame.
[ALC26]
(264)
INQ1 Olhe, o sítio onde as galinhas vão pôr o ovo?
INF Isso pode-se pôr aí dum caixote
INQ2 E como é que se chama?
INF [AB|u-] uma mancheia de palha e{fp} [AB|ali] dali é que elas vão pôr.
INQ2 Portanto, dão nome a esse sítio?
INF É só caixote, (a) esse sítio. [AB|Ali {PH|�=ao}] A gente diz assim: "Eh! (Olha), lá
{IP|ta=está} aquele canto do caixote, onde a galinha põe os ovos".
INQ1 Não costuma pôr lá um ovo para elas irem, se habituarem a ir àquele sítio?
INF Não. Ele nunca lá se põe ovos nenhuns. Põe-se é o caixote, que elas quando vêem
o caixote vão logo lá.
INQ2 Pois.
INQ1 Mas assim um ovo, a imitar um ovo ou um ovo velho, um ovo goro.
INF Não. Nunca lá se põe ovos porque elas, {pp} quando é a primeira vez de lá ir o
ovo, tem que (não) lá {IP|ta�=estar} (novo) /não ovo\ nenhum, que é por causa de elas
não se acostumarem a picar e a comer.
[ALC31]
(265)
INQ1 Como é que o senhor, como é que o senhor encontra?
INF Ah, encontra-se bem. A gente arranja… Eu até tenho aí umas cacheirazinhas
preparadas para isso. E a gente vai com a cacheirazinha com um bico dum lado e tem
uma cacheirazinha do outro lado.
INQ1 Uma cacheira? O que é uma cacheira?
INF Uma cacheira? Pode ver uma. É aquilo que {IP|ta=está} além naquela, naquela…
Aqueles paus que {IP|t��w�=estão} além no coiso.
INQ1 Ali?
341

INF Pois. Mas aquelas são preparadas logo para isso. Depois a gente bate assim, onde
{IP|ta=está} a túbara, toca a oco.
INQ1 Então mas o senhor bate no campo todo?
INF Todo. Vou sempre batendo.
INQ1 Ou só bate nalguns sítios?
INF Troz-troz-troz-troz-troz! Troz-troz-troz-troz-troz! (Ele) acha-se. Mas eu agora já
não uso isso assim. Sabe porquê? Porque eu não oiço.
INQ2 Ah!
INF Já não oiço. (Oiço muito)…
INQ1 Pois, pois.
INF [AB|Ma-] Agora já eu usei outra técnica: é {CT|ku�=com um} pau {CT|ku�=com
um} biquinho {pp}, onde a gente vê aqueles altozinhos: "Oh, uma túbara"! Ali
{IP|ta=está} um outro altozinho, {fp} uma túbara. Porque donde {IP|ta=está} a túbara, a
terra {IP|ta=está} macia, vai abaixo.
[LVR24]
(266)
INQ1 Olhe, e assim nas noites de claridade no Verão costuma aparecer uma, u-, uma
coisa que vai de lado a lado do céu, assim branca…
INF Os raios?
INQ1 Não. São muitas estrelas juntas, é assim parece leite, tudo branco… São
caminhos.
INF [AB|Um] Um caminho. É. Chama-lhe a gente a estrada-de-Santiago {pp}.
INQ2 De?…
INF Estrada-de-Santiago {pp}.
INQ1 Olhe, e, e depois há outra coisa que é uma estrela que as pessoas se servem para
se orientar. Sabe como é que se chama?
INF Chama-lhe a gente [AB|a{fp}] a estrela-do-marinheiro. {pp} É a guia do
marinheiro.
INQ1 Diga.
INF [AB|Quando] Quando deixar de ver aquela estrela, também [AB|dei-] ele deixa-se
(de) regular no mar.
INQ1 E como é que?… O que é que aquela estrela indica?
INF Do norte {PH|�=ao} sul {pp}.
[SRP02]
342
(267)
De Inverno, às vezes{fp}, a gente atira-se com um pedacinho de tempo. As traineiras, às
vezes, não apanha peixe, as coisas (dão) mal. (Mas também) há pouca pesca e a gente,
às vezes (astreve-se a mal). Temos uma barra muito má, muito ruim. Ninguém olha.
Salva-vidas, não temos em Alvor! Porque (ele) havia-se de ter um salva-vidas com
quarenta cavalos para ir{fp} ajudar a gente. Além disso, temos e {PH|n��=não} fazem
caso de ir lá. Que um barquinho de borracha não serve.
[ALV04]
(268)
INQ1 Mas o orvalho é água e às vezes aparece uma coisa que é?… A cobrir também as
coisas…

INF1 Pois. Pois, é a neve. A neve juntamente {CT|ku=com o} orvalho. Porque a neve
faz água. Desde a hora que a neve derrete, é água. O gelo, o senhor põe o gelo, desde a
hora que ele derreteu, o gelo, {pp} torna-se em água. Portanto, o que é que cai é a neve
e da neve faz água. Ou a orvalheira. A orvalheira já não é (ele) o branco. (Ele diz-se):
"Água de Verão, cai orvalheira" – quando vinham tempos do mar. {pp} Molhado, só!
Não é frio mas é molhado.
[ALV39]
(269)
INF E depois iam muito homens, muitos que andavam no minério, por aí abaixo – a
chover! – e eles eram para mim e para [AB|um] mais um primo meu que vínhamos com
o caixão – mas nem à mão o podíamos trazer, {PH|tr��zi�muzu='trazíamos-o'}
{PH|�=ao} ombro, um atrás, outro adiante –, (diz assim): "Ó homem, vocês [AB|vão]
vão-se botar a matar por quem já morreu"? Porque aquilo era: volta e meia caía um
pinheiro, da banda diante da gente, outros [AB|a b-], às vezes, da banda de trás, e a
gente… Meu amigo, o homem tinha que ir {CT|pa=para a} cova… Lá viemos. Fomos
só quatro pessoas [AB|ao], quatro homens a levá-lo [AB|à co-, à{fp}], o homem, à cova.
{pp} {PH|�=Ao} ombro!
INQ2 Pois, pois.
INQ1 Rhum-rhum.
INF {PH|�=Ao} ombro! Olhe como eu sou a mais esta senhora e{fp} botamos um pau,
e o caixão entre nós, e outro aí atrás e levamos assim acolá, ali abaixo à Lomba, à cova.
Que ele dizia que ele nos… Dizia (aquilo). Ele uma vez a ler, ali atrás com as vacas, eu
era rapazote pequeno, e ele disse {PH|�=ao} (acaso) – que diziam lá no livro – que
havia de haver uma guerra – não! [AB|que havia{fp}] –, que os homens que haviam de
voar mais alto que os passaritos. O livro lá, ele {PH|nu�=não} se constavam aviões –
nunca ninguém fala (em) aviões. E o livro dizia que [AB|o{fp}] os homens que haviam
de voar mais alto que os passaritos. E quando nós visse [AB|estas t-] estas serras todas
cortadas, de estradas e tudo do homem, que o mundo que era um paraíso – e já está! –,
que ele que o mundo que durava pouco.
[COV18]
(270) [início de ficheiro]
INF1 Olhe, eu uma vez fui [AB|à] à coisa [AB|fui à{fp}]. Então, ele comprava-se
ovelhas. Íamos ele ali {PH|�=ao} Castro de Aire {pp} – não sei se as senhoras sabe o
que (são)?
INF2 Ao Castro, pois.
INQ1 Sei.
INQ2 Sei, sim senhora.
INF1 [AB|A{fp}] A Castro de Aire e eu fui mais o Asdrúbal a{fp} comprar… (Mal
compra-se) – conheces o Bernardino?
INF2 Sei, sei. As senhoras {PH|nu�=não} conhecem mas a gente aqui conhece.
INF1 Fomos lá comprar ovelhas. (Eu) /Ele\ {PH|nu�=não} tinha nenhumas e fui lá
comprar umas ovelhas.
[COV24]
343

344
(271)
INF Agora aqui{fp}, então, isto pertence tudo à roca, não é? Daqui para cima [AB|é, é]
é tudo roca. (Ele aqui) /Eu, aqui,\ [AB|é] é um pauzinho para cima, pronto. É amparo de
pôr o manelo. Por exemplo, agora, a gente tem a estriga, {fp} põe-na assim na mão,
começa assim com um pouquinho, zás, zás, zás, zás, zás, zás, enrosca, enrosca até que
se enrosca. Depois de {IP|�ta�=estar} enroscado, bate-se isto. Vai-se assim
{CT|�kum�=com uma} mão e{fp} uma parte bota-se para acá, outra para alá, vai-se
{CT|ku=com o} cartapaço, (ele) põe-se por cima…
[OUT16]
(272)
INQ Aqueles, os, os liços são aquilo onde passa?…
INF Onde {PH|�pas��w�nu�=passam os} fios. Eu também os faço, os liços. Fiz muitos.
{pp}
INQ E, e…
INF Fazem-se do próprio linho, os liços. Os liços são fiados com linho bom, bom!
Linho puro! E depois de fiado, {fp} (ele) encama-se dois fios e depois passa-se-
{PH|l�=lhe} cera e depois é que se fazem… Porque também tenho o pau de fazer os
liços.
INQ Também é uma arte que sabe fazer.{pp} Já ninguém sabe fazer os liços.
INF Pois. Eu sei. Eu já há bem tempo que (eu) o não fiz, mas se me puser a fazê-los, sei.
Sei-os fazer.
[OUT19]
(273)
INQ1 E aquilo que se prepara para dar ao porco, é preciso cozer aquilo e misturar a?…
INF Bem, {fp} há-os que… Ele agora já ninguém costuma cozer. Nós, antigamente,
cozíamos quando ele vinha o tempo de castanhas – (que) também dávamos castanhas.
Vinha o tempo [AB|de, de eng-] de engordar os porcos {CT|p���=para os} matar, ou
dois meses antes, cozia-lhe a gente vianda: batatas e castanhas, beterraba ou assim essas
coisas. Mas agora já tudo ele se está a dar de cru. E é bem melhor, que não é tanto o
trabalho [AB|e{fp}] e não se come carne…
INQ1 Claro. Mas e eles comem na mesma?
[OUT32]
(274)
INF1 Não. Mas esse é diferente. Esse é eléctrico. É diferente.
INF3 Este é de… É a electricidade. Mas esse já conhecem, ele já?
INQ2 Gostávamos de saber os rodízios? Sim.
INQ1 Sim. Olhe, mas o rodízio, ele os rodízios têm uma pedrinha por baixo, onde gira?
INQ2 Gostávamos de saber os rodízios? Sim.
INQ1 Sim. Olhe, mas o rodízio, ele os rodízios têm uma pedrinha por baixo, onde gira?
INF1 Têm, uma joguinha. Uma joguinha que é donde é que ele se põe a boqueja e ao
depois é que ele anda.
INF2 É onde tem o [AB|o, o]…
INF3 (Pois, isso)…
INF1 A senhora também já sabe do moinho!
[OUT40]

(275)
MONOGRAPHS
ele nunca se soube quem foi! (Arronches, in Paulino 1959: 168)
(276)
ele nunca se soube quem o matou. (S.Jorge, in Faria 1007: 38)
(277)
Ele vê-se tanta gente...” (Terceira, in Maia 1965: 61)
(278)
ele nunca se soube quem roubou! (Terceira, in Dias 1982: 325)
(279)
pâ qu’ele se no perca o preço da Redenção (Quadrazais, in Braga 1971: 169)
(280)
A PLANÍCIE HERÓICA
Amanhã vou eu ao monte levar uma cevada e era boa ocasião de decidirmos isso, se o
compadre prior sempre quere o barrinho, mesmo p’ra governo do lavrador, que êle
vai-se passando o tempo. (132)
(281)
Pois conservava-se, está bem de ver, e começava a fazer pela vida, que êle até não se
falava agora noutra coisa senão no derriço do padre prior com a filha do José Mingorra.
(199)
2.2 Peripheral to preverbal adverbials
2.2.1 In referential subject contexts
CORDIAL-SIN
(282)
INF1 Foi o seguinte… {pp} Até foi uma sorte! Que a minha mulher… {pp} (Fomos a)
/Temos\ uma propriedade lá em cima; e costumamos ir levá-las lá, [AB|todos os] quase
todos os dias. E{fp} já até há quem lhe diga às vezes: "Ah, que tanta sorte e tal! Agora
tu, ele qualquer dia o lobo vem e"… Porque ele, enquanto tiver que matar, mata. {pp} E
345

se {PH|nu�=não} podem sair os animais para fora, ele [AB|{PH|nu�=não} é]
{PH|nu�=não} é: chega e agarra um e foge. Mata sempre, {pp} o lobo.
[CTL13]
346
(283)
INQ1 E também costumam a comer com açúcar isto, ou não?
INF1 Também é bom! Com açúcar {fp}! O requeijão é bom!
INQ1 Pois, depois de cozido.
INF1 Depois de cozido, é muito bom com açúcar! Há pessoas que comam com açúcar,
outras sem açúcar. Mas (ele) /eu\, por acaso, quem cá costuma a comer quase sempre
lhe deitam açúcar. Bom, (ele) /eu\, o senhor Amadeu e a senhora {pp}, é raro {pp}.
{PH|nu�=Não} comem. Mas, por exemplo, têm um sobrinho – diz que é médico – e
assim mais pessoas, gostam muito. E, às vezes, quando estão, eu já tenho feito, já tenho
'fazido'. {pp} E é bom.
[MST01]
(284)
INQ2 Quer dizer, mas todos os dias não, não costuma virar ao contrário? Quer dizer…
INF1 Não. Até que {pp}, por exemplo aqueles, como é para casa, no dia anterior até
costumam levar um bocadinho de soro, que é {CT|p��=para os} passar. Que é para eles
{fp}… Não é para se porem como são aqueles que além estão no meio.
INQ1 Ah pois!
INF1 Já estão amarelinhos. Mas aqueles não {PH|l�=lhe} faço nada. Aqueles, conforme
os ponho, ficam lá. Porque ele ao fim de oito dias levantam tudo, não é?
INQ1 Pois, pois.
INF1 [AB|{PH|nu�=Não}, {PH|nu�=não}] Daqueles {PH|nu�=não{fp}} faço nada.
Conforme estão, eles ao sábado, se vierem no sábado, levam-nos conforme estão. O que
é que se {PH|l�=lhe} tiram as formas. Já vão desenformados.
[MST01]
(285)
INQ1 Olhe, e em relação ali à, às ovelhas, portanto, a lã é tratada aqui ou, ou vem um
colaborador?
INF Não, a lã {PH|nu�=não} é tratada aqui. Ele agora vem o comprador {pp}, depois
vende a lã {pp} a peso e (depois) levam. A lã {pp} é amanhada nas fábricas.
[MST05]
(286)
INF Depois começa a gente as (cavas) das vinhas. Se já estão podadas, a gente começa
{fp} então a cavá-las. E depois quando é {CT|p�=para o} mês de Maio, a gente
esborralha-as. [AB|E p-] No tempo das vinhas, depois [AB|começa a{pp}] começa
então… Ele em Março, começa a gente [AB|a ca-] a tratar da terra{pp}: (a meter)
batata, ou{fp} a amanhá-las, ou a cavá-las ou{fp} amanhá-las {CT|kum��=com umas}
máquinas, ou{fp} (de toda) /de qualquer\ maneira. Depois semeia-as a gente. Quando é
ali por o fim de Março, vai a gente semeando. Depois muda a gente para outras coisas,
para estes trabalhos que assim vão aparecendo. Que é preciso a gente {pp} continuar a
(fazê-los). [MST30]

(xxvii)
INQ1 O milho, depois, como é que se debulhava?
INF O milho depois, se a gente quer, leva-o para uma eira. Logo além está uma {pp}
[AB|cá] cá na quinta. Aqui atrás [AB|da ga-] daquesta quinta, {CT|pra�i=para aí}, está
outra. A gente leva-o para uma eira e tem a gente um mangual ou um pau. Ainda
{PH|nu�=não} viu o mangual? Já? [AB|(Depois dá-lhe a gente uma)]
INQ2 Eu cá não vi.
INQ1 Ah, aqui ainda não.
INF [AB|Dá-lhe a gente] Eu tenho lá. (Eu,) /Ele\ na minha casa, tenho lá. Tem lá a
gente assim… Malha. [AB|Até] Que ele até com um pau se malha. A gente assim
{CT|ku�=com um} pauzinho pequeno: tuca-tuca-tuca. A gente malha.
[MST37]
(xxviii)
INQ Pois. Olhe, e quando faziam o trato, como é que… Havia alguma… Como é que
era?
INF {PH|nu�=Não} havia. Quando a gente fazia o trato: "Bom, a terra é tua, mas
[AB|dás-me] dás-me tantos alqueires". Mas era só aquele ano. {CT|p��=Para o} outro
ano, se se tornava a fazer, (fazia) /fazia-se\. Se {PH|nu�=não} tornava a fazer, já
{PH|nu�=não} fazia. [AB|M-] Bom, mas aquele ano tinha que pagar a renda. Se
{PH|nu�=não} pagava a renda, {PH|nu�=não} a tornava a fazer. E {PH|nu�=não}
{PH|l�=lhe} podia dar nada {PH|�=ao} senhorio. Mas ele depois a terra já nunca mais…
Nem me arrendava aquela nem mais nenhuma já.
[MST40]
(287)
INQ E é sempre de… E é de cá? Sempre trabalhou por cá? E sempre no moinho?
INF1 Olhe, eu [AB|t-] tenho pena em aqui estar.
INQ Rhum-rhum.
INF1 Tenho dois filhos na França e eu, se estivesse{fp} boa, (é que ele) /aquele\ hoje
estava {PH|�=ao} pé deles, {PH|nu�=não} estava aqui.
INQ Pois.
INF1 Se {PH|nu�=não} fosse este filho meu {pp},
INF2 (Está melhor a gente aqui).
INQ Também.
INF1 eu já tinha até desertado, nem estaria cá neste lugar, aqui onde estou, senhor.
[FIG24]
(288)
INQ O gavião é m-, é mais pequeno ou é maior do que o, do que o peneireiro?
INF É capaz de ser… A diferença não deve ser muito grande, mas é capaz de ser maior.
INQ Rhum-rhum.
INF Porque eles, se (se) der o caso, chegam aí e apanham uma galinha pequena…
INQ Rhum-rhum.
INF Andam aí galinhas pequenas e eles {pp} fazem uma baixada e…
INQ E apanham.
347

INF (Quando querem)…
INQ Sim senhor.
INF Quando foi? Aqui há um tempo, lá em cima na serra sentia-se perdizes {fp} bravas
e coisa {pp}. E eu passei por lá – andava à caça –, ele quando alevanta um [AB|um
{fp}]… "Já andam a tirar as perdizes"! Atirei ao gavião, ao tal gavião. {fp} Quando
deixou uma perdiz – {fp} já levava uma perdiz!
[FIG34]
348
(289)
INQ E a essas chamava-se um 'barbeto'?
INF Um 'barbeto'. As que tinham sido tratadas – que já tinha sido semeadas! {fp}
INQ Mas é, será o mesmo que noutros sítios chamam o alqueve, ou não?
INF Bom, o alqueve chama-se {fp}… Isto há umas pequenas diferenças – ele cá na
gente, cá na nossa linguagem… {fp} Um alqueve é dentro dum chaparral. {pp}
Portanto, [AB|terras] terras de mato são alquevadas. [AB|Hoje, hoje]
INQ E portanto deixam só, só para?…
INF Hoje já é tudo é passado à grade {pp} com tractores. Mas chama-se-{PH|l�=lhe}
um alqueve à mesma. Enquanto isso o 'barbeto' já é outra maneira: chama-se terra que
deu uma seara.
[LVR10]
(290)
INF [AB|Esses, esses] Esses coisos é modernos. (Isso) é moderno.
INQ2 É?
INF É.
INQ2 Então e antigamente o que é que se fazia em vez destes, destes…?
INF [AB|Antigamente{fp}] Ele antigamente, [AB|e-, estes] estes coisos aqui,
[AB|estes, estes] estes coisos que eles fazem aqui, esta 'chupa', era de fazer {pp} o
covato mais pequenino.
INQ1 Rhum-rhum.
INF {PH|vi��avi�=Viravam} {PH|�=ao} contrário, {PH|f��zii�=faziam} assim, mais
pequenino. {pp} Agora isto que está aqui {pp}, isto que {IP|ta=está} aqui [AB|é uma, é
uma], a gente chamava cá uma 'sachadeira'.
[ALC03]
(291)
INQ1 As, os relheiros ainda é no campo?
INF É.
INQ1 Ou é já na, na eira?
INF Faz-se do campo. Há um que {IP|ta=está} ceifado. Faz-se uns relheiros
{CT|p��=para os} pássaros não entrar com ele. E despois, carrega-se despois
{CT|ku�=com um} carro {CT|pa=para a} eira, aonde {IP|ta=está} a debulhadeira para
debulhar.
INQ1 Mas olhe, senhor Anselmo, quando anda a ceifar… Veja lá se eu digo bem que
pode ser dou-…
INF Não.
INQ1 Eu estar-lhe a dizer o uso de outra terra.

INF Não. Bem, deixe estar que o uso, [AB|(eu {PH|l�=lhe} digo)] pode dizer doutra
terra que eu despois digo cá desta.
INQ2 Pois. Exactamente.
INQ1 Pois. Mas olhe, na, noutras lá mais por baixo para o Alentejo, as pessoas andam a
ceifar, pegam nisto e depois põem no chão. E depois vai um… Não! Não põem nada. E
depois atam-lho com o próprio mi-, trigo, fazem assim que é para poder caber mais na
mão.
INF Pois. É. Não. [AB|Eles] Ele lá {CT|p�=para o} Alentejo, quando {PH|���di�=andam}
a ceifar, conforme vão ceifando, e vão fazendo os molhos.
INQ1 Exacto.
INF E aqui não.
INQ2 Rhum-rhum.
INQ1 Aqui põe-se logo no chão?
INF Aqui é do chão… Despois de {IP|ta�=estar} do chão ali dois dias é que vai-se
depois atar.
[ALC07]
(xxix)
INQ1 As pás servem para quê?
INF As pás era para mandar [AB|o{fp}] o pão {CT|p�=para o} vento.
INQ2 Rhum-rhum.
INQ1 Isso não era com a forquilha?
INF Isso é primeiro. De primeiro {pp} é [AB|a f-] a forquilha a tirar a palha. Despois de
aquilo {IP|ta�=estar} já a palha fora, {IP|ta=está} tudo junto e {IP|ta=está} o trigo com
a moinha, que é{fp} aquela coisa mais miudinha. Depois aquilo é mandado {PH|�=ao}
vento. Aquilo sai tudo fora. Fica ali o trigo…
INQ1 Também se diz mandar ao vento?
INF Pois.
INQ2 E aí já não usa a forquilha?
INF Aí já não é a forquilha porque (ele aqui) [AB|já nã-] já {PH|n��=não} pega. É
{CT|kum�=com uma} pá.
INQ1 E depois com…
INF A gente chamava-se cá 'pás de pejo'.
[ALC08]
(292)
INQ Mas a gente, a gente estava…Pois esse de Porto da Espada sei que arranjou,
portanto, fez, tinha, mas já, já é mais antigo.
INF Bem, isso sempre foi moagem eléctrica,
INQ Sempre foi moagem eléctrica.
INF ele ali o de Porto da Espada. [AB|Ele isso] (Ele) /Ali,\ ali até nem passava o rio,
não passava nada. Que ele até ali ainda não é bem… Sim, é o rio mas [AB|ch-] chamase
a ribeira de Marvão. O rio (em) depois começa (aqui) /que{fp}\…
[AAL22]
349

350
(293)
INQ1 Portanto, o senhor sabe aqui que fala duma maneira diferente, por exemplo de,
das pessoas aqui dos Montes de Alvor, ou das pessoas ali de Portimão…
INF Pois, nós falamos… É claro, isto aqui há {pp} [AB|t-] três tons de fala: há na
baixa… Eu é que fui criado na baixa, mas eu não sei. Eu não me responsabilizo à minha
fala; não sei, quer dizer, [AB|não] significa que a minha fala não oiço. Mas ele, às
vezes, eu cheguei a Lisboa e diziam que eu não tinha fala de Alvor. E posso ter tal
bastante. Mas aqui a baixa é mais carregado; no meio {pp} é menos carregado e lá para
cima parece outra fala. E a gente temos de ter estas…
INQ2 Mas lá para cima para onde? Para Montes de Alvor?
INF {fp}Não. {fp} Da parte [AB|da praça de] da praça que {PH|���mi�=chamam} a
praça de Alvor para cima já tem outro tom de fala. E somos três tons de fala. Aqui em
baixo é que é mais carregado. E nós, mesmo que tenham outro tom de fala, mas vai
buscar sempre {pp} o carregado porque nós estamos habituados aqui.
[ALV01]
(294)
INF Ora, aquilo que vendem é aquela carne que vem de fora e {PH|nu�=não} é como a
de cá! Vem [AB|con-] congelada, vem lá de fora, vem… Quem sabe lá que carne é
aquela!
INQ2 Claro.
INF Ele {PH|nu�=não} sabe! Ele {pp} eu fui aí a [AB|um] uma boda, aí abaixo, {pp} a
(…/NPR). E deram lá uma carne que ele achou-se tudo doente.
INQ2 Ah!
INQ1 Ah, veja lá!
INF Sabe? Tudo o que lá foi achou-se doente. Achou-se mal porque a carne… Bem, eu
até só tirei um bocadito, ele, por acaso, eu {PH|nu�=não} me achei mal, mas houve
pessoas… Eu quando vi aquela carne e fui a prová-la, disse: "Não, não. Eu
{PH|nu�=não} quero"! Comi lá um bacalhauzito, mas aquilo nem prestou!
[COV14]
(295)
INF1 O meu pai começou a chorar e a dizer assim: "E{fp} os meus filhos"? Diz ele
assim: "Eu {PH|nu�=não} quero saber dos teus filhos. Empresto-te o dinheiro e"… Mas
ele queria era as terras.
INQ2 Pois.
INF1 Eu já era um rapazinho com os meus dezasseis anos {pp} – mas era novito! Ele
com dezasseis anos era novo, naquele tempo. Um homem com dezasseis anos… Eu
tinha catorze anos e ainda ia {CT|pa�=para as} festas descalço, homem.
[COV20]
(296)
INF1 O (de) Tondela chegou ali… Chegou e disse {CT|p�=para o} meu pai – falava
assim –: "Ó Astrigildo, vamos embora"? E o meu pai: "Vamos. O senhor abade"… O
meu pai: "O senhor abade, então {PH|nu�=não} pode ir de carro até Santa Cruz"? "Não,
Astrigildo, {PH|nu�=não} vou. O melhor caminho ia pagar e o mais mau caminho então
ia a pé?! Então, olha, o dinheiro que… Vou por aí fora. Vamos [AB|mais] mais tu na

conversa e vamos embora". E veio mais nós até Santa – até Santa Cruz, até Paçô! Tu
sabes bem que ele em Paçô eles viram para aquele lado e a gente encaminhava logo
para este lado.
INF2 Sei. É!
[COV28]
(xxx)
INF Olhe, aqui em cima, aonde está uma cruz, foi um cunhado desta senhora que está
aqui, que é o Ático… [AB|Ele quando] Ele fez-se uma…(Ele) /Ele lá\ formou-se uma
trovoada muito grande! Eu até andava com as vacas a mais um tio meu aqui nesta
costeira aqui. E depois [AB|fez-se aque-] armou-se aquela trovoada. E o rapaz andava lá
longe, perto da Albergaria com o gado e uma irmã minha que está na Macieira e uma
velhota que morreu – que até era coxa duma perna – ali [AB|de] de Lugar e um rapaz
que morreu [AB|que era] que era Atilano – também era mais pequenito, mais ou menos
como (é) este –, e (ele) o rapaz era maior – já tinha os dezassete anos –, e abalou
adiante: "Txó, txó, txó, txó"! [COV32]
(297)
INQ1 Olhe, e uma vaca que nunca pega?
INF1 Que nunca pega é maninha.
INQ1 Dão-lhe algum nome?
INF1 É maninha.
INQ1 Rhum-rhum.
INF1 Rhum-rhum. É maninha.
INQ1 E a que um ano não pegou? Os outros pega mas há um ano que não pega?
INF1 Bem, há um ano que, às vezes, há vacas que ele não… Às vezes, têm um ano sem
andar {PH|�=ao} touro.
INQ1 Rhum-rhum.
INF1 Mas lá vem que (ele) às vezes pega; outras vezes anda mais desencarreirada mas
pega. Olhe, eu costumo, aqui {fp} no meu curral, quando vem [AB|uma tou-] uma vaca
(e) anda mais que uma vez ou duas, pôr-{PH|l�=lhe} um bocado de aguardente na boca.
[COV33]
(298)
INF1 Eu vou-{PH|l�=lhe} explicar. A gente tira um enxame – chama aquilo um
enxame; {fp} ele {IP|�tav�=estava} [AB|o cort-] o cortiço cheio de abelhas e a gente vê
se elas estão em termos de dar enxame. Bate, bate, bate assim noutro e põe um cortiço
aquase sem nada. É como está a senhora{fp} Gabriela e o cortiço está ali assim; e a
gente põe aquilo no chão, o outro, com a boca encostada um {PH|�=ao} outro, e começa
a bater no que {PH|�t��j�n�z=tem as} abelhas: tumba, tumba, tumba, tumba, e as abelhas
começam a correr {CT|p�=para o} cortiço sem nada. Quando elas estão para dar mestra!
E depois sai a mestra; só sai uma.
INQ1 Pois.
IN1F E vai lá para dentro e a gente tira-a daquele sítio e vai levá-la para longe… Sim,
porque{fp} (ele)
INQ2 Pois.
351

INF1 se for todas, [AB|elas ga-] elas ganham (uma corrente) [AB|para] {CT|p�=para o}
mesmo. E a gente [AB|mo-] muda-as – como eu tenho-as aqui em baixo, naquela quinta
que temos em baixo –, e muda-as para onde (não possam)… Nós tivemo-las mais para
baixo, {CT|pa=para a} quinta que eu disse. Mudo-as para lá e elas começam a trabalhar
e ali estão até… E criam-se ali colmeias [AB|e fi-] e fica ali o coiso.
[COV37]
352
(299)
INF1 E as abelhas só duram, ou dizem que duram… {PH|nu�=Não} duram mais que
dois a três meses.
INQ1 Ai é?
INF1 Porque a abelha, durante aquele tempo, ela cria-se. E depois, essa doença que veio
é disso: porque veio e as velhas morrem, [AB|e a] e depois elas [AB|fazem uma] têm
criança. Criança é: (é) /ele\ o que {RC|faz-=fazem}… Chamam criança é: [AB|nos
próprios] na própria cera, aquilo fica fechado e (ele) ali naqueles buraquinhos cria como
uns bichinhos; e aqueles bichitos é as abelhas.
INQ2 Rhum-rhum.
INF1 E aquilo cria; de três em três meses, aquelas abelhinhas saem novas e as velhas
morrem; mas {PH|�fik��w�n��=ficam as} novas, nunca morrem.
[COV37]
(300)
INQ2 Não lhe faz reacção?
INF1 Não senhor! E há outros que ficam logo {fp}… Eu não, {PH|nu�=não} ligo nada
àquilo.
INQ2 Pois é.
INF {PH|nu�=Não} ligo nada àquilo. [AB|Elas] Parece que elas até me conhecem. Olhe
que eu vou para lá… A gente tem um peneiro – chama àquilo um peneiro: é uma rede,
INQ1 Sim.
INF1 mas que {PH|nu�=não} passa – e, com uma saca, mete aquilo na cabeça, põe um
chapéu por cima e a gente vê-as e{fp} está a ver. E eu às vezes vou lá, [AB|nem] nem
levo nada disso e elas {PH|nu�=não} me mordem; e se mordem, (ele) às vezes, mordemme
na cara {fp}… {PH|nu�=Não} ligo nada àquilo!
INQ2 Não dói nada!
INF Nada! (…)
[COV37]
(301)
INF1 Tanto é que as vacas, as minhas vacas agora já estão registadas no nome do meu
filho.
INQ1 Pois.
INF1 Sabe porquê? Porque eu estou a receber a tença e eles {PH|nu�=não} me
{PH|�dav��w�nu=davam o} {fp} subsídio das vacas.
INQ1 Se o tivesse?
INF2 É{fp} verdade.
INF1 E assim pu-lo no meu filho, e o meu filho agora recebe a tença das vacas, sabe?
INQ1 Pois. Sim senhor.

INQ2 Pois.
INF1 Então olhe, (ele) como agora vai vir o 'maternário' aí, [AB|vai, vai] as minhas
vacas vão ser registadas em nome do meu filho.
INQ1 Pois, pois.
INF1 E ele pergunta: "E então, mas o{fp} seu pai"? Virou para mim, eu disse: "Eu deias
{PH|�=ao} meu filho".
[COV39]
(302)
INQ1 E aquilo que se prepara para dar ao porco, é preciso cozer aquilo e misturar a?…
INF Bem, {fp} há-os que… Ele agora já ninguém costuma cozer. Nós, antigamente,
cozíamos quando ele vinha o tempo de castanhas – (que) também dávamos castanhas.
Vinha o tempo [AB|de, de eng-] de engordar os porcos {CT|p���=para os} matar, ou
dois meses antes, cozia-lhe a gente vianda: batatas e castanhas, beterraba ou assim essas
coisas. Mas agora já tudo ele se está a dar de cru. E é bem melhor, que não é tanto o
trabalho [AB|e{fp}] e não se come carne…
[OUT32]
(303)
INF1 A gente cortou, pronto, cortou. A gente (vai-lhe) /vai\ cortar à vinha, traz [AB|um]
um enxerto que é este, que é este já o enxerto verdadeiro. Rachou-o aqui, aqui assim,
rachou-o até a este ponto.
INQ1 Rhum-rhum.
INF1 E aqui escavacou-se dum lado e doutro.
INQ1 Dum lado e doutro.
INF1 Dum lado e doutro, bem escavacadinho, a ficar muito, muito coiso. A gente
pegou, dá-{PH|l�=lhe} até uma molhadela para que fique molinho, mas ele, estando eles
bons, não precisam. A gente colocou-o ali, no meio, ele entrou para baixo e fica ali fixe.
[OUT55]
2.2.2 In syntactically impersonal constructions
CORDIAL-SIN
(304)
INQ Quando há ainda umas maiores, uma coisa ainda mais carregada do que a neblina,
portanto, que nós, que se deixa de ver o sol, diz-se que está?
INF [AB|Isso já são] Já está o céu nublado. São nuvens: {fp} "{fp} [AB|Hoje] Hoje há
nuvens; hoje {IP|ta=está} o céu nublado". Ele aqui nem se diz {PH|nu�bladu=nublado}.
Eu cito-lhe até a palavra que aqui se emprega: " {PH|e�nu�v�adu=nuvrado}". O pessoal
aí, o corrente é : "Ah, o céu hoje está {PH|e�nu���adu=nuvrado}; {fp} hoje está
{PH|e�nu�v�adu=nuvrado}".
[AAL69]
353

354
(305)
INQ1 O milho, depois, como é que se debulhava?
INF O milho depois, se a gente quer, leva-o para uma eira. Logo além está uma {pp}
[AB|cá] cá na quinta. Aqui atrás [AB|da ga-] daquesta quinta, {CT|pra�i=para aí}, está
outra. A gente leva-o para uma eira e tem a gente um mangual ou um pau. Ainda
{PH|nu�=não} viu o mangual? Já? [AB|(Depois dá-lhe a gente uma)]
INQ2 Eu cá não vi.
INQ1 Ah, aqui ainda não.
INF [AB|Dá-lhe a gente] Eu tenho lá. (Eu,) /Ele\ na minha casa, tenho lá. Tem lá a
gente assim… Malha. [AB|Até] Que ele até com um pau se malha. A gente assim
{CT|ku�=com um} pauzinho pequeno: tuca-tuca-tuca. A gente malha.
[MST37]
(306)
INQ2 Inventam aquelas bombas horríveis, como a bomba atómica e aquela coisa toda…
INF É! Aquelas bombas. Olhe lá, e diz que [AB|se cair] se cair uma bomba atómica em
Lisboa que a gente aqui que também morre.
INQ1 Claro. Tudo!
INQ2 Claro.
INF Então, está a ver?
INQ1 Aqui e até em Espanha.
INF Então, quer ouvir: {IP|ta=está} provável [AB|que] que o mundo acabe.
INQ2 Pois. Pode ser que o homem tome juízo.
INF Porque ele {PH|nu�=não} se compõe. Ele {PH|nu�=não} se compõe. Em todas as
nações há [AB|estas, estas] estas poucas-vergonhas. (Onde) /Ainda\ ele {pp} há
INQ1 É. Andam sempre a embirrar uns com os outros.
INF algum tempo nunca se constava disto! Lembra-me, já do meu tempo, a guerra de
14.
INQ1 Pois.
INF Em 14, foi aquela guerra grande
INQ1 Sim.
INF [AB|na, na] na França. Um primo meu andou lá desde o princípio {PH|�=ao} fim.
[COV19]
(307)
INQ E há um… Não há um que, que se peneira segunda vez e que serve para fazer
um?…
INF Ah, isso é o trigo, que ele quando se quer tirar a sêmea, que se quer o trigo melhor,
peneira-se duas vezes e depois amassa-se a sêmea à parte. E também sabe bem, a
sêmea, {pp} sempre dá o gosto ao trigo.
[OUT25]
(xxxi)
(308)
INF Depois de se amassar na masseira, {pp} (em) /ele\ estando assim já um pouco
enxuta, corta-se aos rolos [AB|e] e dá-se assim… {fp} Por exemplo, (ele) é esta a

margem e o pão vira-se para aqui, vira-se para ali, vira-se para aqui, fazem-se assim uns
rolinhos. Depois põe-se na esquina da masseira três ou quatro rolos, conforme a gente
quiser, depois tapa-se {CT|ku�=com um} lençol, depois {PH|ku�=com} uma outra roupa
em cima, depois leveda.
INQ E não se faz uma cruz?
INF Faz-se-lhe uma cruz também.
INQ E o que é que se diz aí?
INF Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. (Ámen). É isso que nós fazemos.
Faz-se sempre uma cruz. E depois, (ele) em estando lêveda, acende-se o forno. Roja-se
com lenha. Há [AB|uns ro-] uns paus para ranhar os ladrilhos. (Chamamos-{PH|l�=lhe})
ladrilhos [AB|ou ro-] ao chão do forno. Eu também tenho aí um forno, bem grande.
{pp} [AB|E{fp}] E depois em estando rojo e o pão lêvedo, varremos o forno, bem
varrido…
[OUT23]
(309)
INQ2 Mas olhe e de que tamanho são essas baguinhas?
INF2 São pequeninas.
INQ2 É muito pequenino?
INF2 É.
INQ2 E pretinho?
INF2 [AB|Há os] Há-os em maiores e há-os pequeninos.
INQ2 Ah! Se calhar, é…
INQ1 Mas e comem-se, também?
INF1 Comem.
INF2 Comem. Dantes… Ele antigamente, comiam.
INQ1 Mas não se põe na aguardente ou põe-se?
INF1 Põe.
INF2 Põe. Eu pus este ano.
INQ1 Ai sim?
INF2 'Apanhemos', pus, {pp} e com canela.
[OUT04]
2.2.3 In semantically impersonal constructions
(310)
CORDIAL-SIN
INQ2 Não há nada que o senhor diga trasfegar?
INF [AB|Engarrafar, (depois é)] Hã?
INQ2 Trasfegar, fazer a trasfega, não, não se diz aqui?
INF Bem, alguns dizem. Não, nós aqui não. Ele aqui é passar o vinho a limpo. Ou
engarrafar ou passar a limpo. [AB|Quando a gente di-] Como agora, vou ter uma pipa
dele engarrafado, agora tenho lá outra {pp}
[PFT39]
355

356
(xxxii)
INQ Aqui há bom mel?
INF1 É bom o mel, porque aqui é natural.
INQ E onde é que se compra?
INF1 Olhe, agora, já {PH|aj=há} quem venda. Agora, já {PH|aj=há} quem venda. Mas
antigamente só havia aqui um senhor que é que tinha muitas abelhas. Mas agora já
vende{fp}…
INQ Qualquer pessoa.
INF1 Vende qualquer pessoa.
INF2 (Ele hoje é pouco para)… [CTL11]
(xxxiii)
INQ Mas a gente, a gente estava…Pois esse de Porto da Espada sei que arranjou,
portanto, fez, tinha, mas já, já é mais antigo.
INF Bem, isso sempre foi moagem eléctrica,
INQ Sempre foi moagem eléctrica.
INF ele ali o de Porto da Espada. [AB|Ele isso] (Ele) /Ali,\ ali até nem passava o rio,
não passava nada. Que ele até ali ainda não é bem… Sim, é o rio mas [AB|ch-] chamase
a ribeira de Marvão. O rio (em) depois começa (aqui) /que{fp}\…
[AAL22]
(311)
INQ E, mas essa, essa das papas dos, portanto, de fazer papas de milho nos Santos,
ainda, ainda se lembra de comer ou o senhor já…?
INF1 Então, mesmo hoje ainda se faz.
INQ Ah, ainda é normal?
INF2 Olhe, deitamos nós um (pacote só para)…
INF1 {fp} Deixe lá ver que em depois fica lá tudo, homem. Fica uns dum lado e depois
não se entende.
INF2 Então vá.
INF1 {fp} Que ele, ainda hoje, há essa tradição, {pp} cá. [AB|Nós] {fp} Bem, nós cá,
no tempo da minha mãe, quando nós éramos miúdos, (era) sempre as papas do dia dos
Santos. Era sempre o almoço do dia dos Santos era papas.
[AAL20(Sapeira)]
(312)
INQ Tanto faz mais às mondas como também deve fazer mal à, à planta.
INF Pois. Pois, [AB|eu não concordo com] eu não concordo com a monda química (…).
Pelo menos nas vinhas, só com Ervax é que eu ainda já tenho aí feito. Mas o Ervax
[AB|não] não mata todas as ervas. Mata só aquelas ervas mais (manhosas). Aquelas
ervas mais (manhosas) é aquelas que a gente ainda aproveita {CT|p�=para o} gado e
que não fazem tanto mal.
INQ Pois.
INF Pois, {fp} havia de matar mas era as bravas. As que mata as bravas mata as
parreiras! Ah, já {IP|ta=está} a ver que aquilo também não…{fp} Por causa disso é que
eu não concordo muito com isso.
INQ Pois.

INF Que ele enquanto não chega lá a tal enxadinha{fp} a cavar e a escolher aquilo tudo
bem e a deitar para trás para (se) secar com o sol, {fp} cá para mim não vai. E isso custa
muito dinheiro.
[ AAL28 (Sapeira)]
(313)
INQ1 Portanto, ainda há esse nome de ajuda?
INF Pois. Ainda há esse nome de ajuda. [AB|E, e tem… {fp} Das, da] Das cabras, às
vezes, também tem um [RP|um] rapazito atrás para ajudar {PH|�=ao} homem – que é o
que chamavam só… Esse nome é o ajuda. Mas é: às vezes [AB|não] {pp} tem, outras
vezes {PH|n��=não} tem.
INQ2 E o que é que fazia o 'descontra-moiral'?
INF O 'descontra-moiral' é abaixo do moiral. É o que mandava também da manada do
gado.
INQ2 Mas eram as manadas muito grandes? São três pessoas…
INF Ah, era então! (Ele) ali [RP|ali]… Aqui desta herdade aqui da barroca, era
{PH|��=aos} duzentos bois!
INQ2 Ah!
INF {pp} Vacas, [AB|era] era às duzentas! Aquilo era uma casa {PH|�mu�t�=muito}
rica!
[ALC21]
(314)
INQ2 E um carneiro capado, dão-lhe algum nome?
INF É um carneiro que já {IP|ta=está} capado. "Olha, aquele carneiro já {IP|ta=está}
capado".
INQ2 E isto é o que se?… É o… Isto é o quê?
INQ1 É o que se tira.
INQ2 E o que se tira quando se corta, quando se capa o, tem algum nome?
INF Aquilo o carneiro, o carneiro tira-se é os 'grões'. Os 'grões', é torcidos. (…) Aquilo
{PH|n��=não} se tira. E é metidos para dentro. Depois é atado com um cordel.
INQ2 Ah! Sim, senhor. Olhe, e quando há… Quando vai o rebanho, há um carneiro que
vai à frente, chamam-lhe algum nome? Que vai a conduzir o rebanho. Vai a guiar o
rebanho, quando…
INF Ah, (ele) às vezes é o… Chama-se a guia. É a guia.
INQ1 É uma ovelha ou é um?…
INF É uma ovelha ou um carneiro. Pode ir {fp} à frente {fp} e chamar a guia (porque)
vai a guiar os outros todos.
[ALC26]
(xxxiv)
INF Ah, o pinga-azeite? [AB|É muito] É muito poucos. (Encontra-se) /Encontram-se\ às
vezes dois, três, e passa-se semanas sem se ver nenhum pinga-azeite, que anda sempre
aí a apanhar o peixinho do rio. É um passarinho azul, muito bonito. [AB|Acho que] Ele,
até, parece-me que {PH|n��=não} tem rabo. {pp} O pássaro (que se vê além) sem rabo é
aquele. {pp} Há o maçarico-real e há o maçarico-marreco, o maçarico pequeno. {pp}
INQ1 Um é o real, e o outro é o?…
[ALV32]
357

358
(xxxv)
INQ1 Agora já não, já não há casas cobertas com palha, pois não?
INF Não. (Ainda) /Ele\ lá [AB|no] no Covo ainda…
INQ1 Ainda há?
INF Não. Já acabou. Ainda o ano passado lá havia uma, lá um palheiro lá (donde digo).
(O telhado que tem agora) é telha.
INQ2 Então e aqui também era? Aqui neste?…
INF Era. Tem outra casita. Olhe, acolá era a cozinha e aqui era [AB|outra, outra] outra
casita que era melhor, mais melhorzita [AB|d-] do que o coiso.
[COV18]
(315)
INF Olhe que eu cheguei a romper três num ano! Num Inverno, três! E uma vez, eu
mais um velhote – que [AB|é, é padri-] era padrinho do homem desta senhora que
esteve aqui,
INQ1 Sim.
INF que era o tio Benigno – e depois já tínhamos rompido duas, já andávamos com as
outras – umas pequeninas, só aqui assim por cima das costas, pequeninas, só aquela
coisita por cima, o outro já tinha acabado tudo. E ali em baixo, onde eu andei com as
vacas hoje, mais para cá um bocadito – nunca me isto esquece; quando me chego lá
lembra-me –, éramos quatro que lá andávamos: três e (ele) /eu\ quatro. E (ele) isto – no
fim do mês que vem, em Abril – isto era Inverno – o Inverno (dura) estes meses atrás e
agora –, e depois diz ele assim: "Eh, rapazes" – (começava) – "Eh, rapazes! Acabou o
Inverno"! "Estou a cortar aqui assim (e isto está mal). Ah, o tempo frio acabou"!
Agarrou-se a nós e partiu-nos as palhoças todas.
[COV31]
(316)
INQ1 E o que é que lhe aconteceu a essa roca? Acabou-se.
INF Sei lá. A casa era lá para cima, aquilo (…)…
INQ2 Rhum-rhum.
INQ1 Olhe, como é que a senhora chama a esta parte de cima, que fica para cima da
roca? Ou não tem nome nenhum? Se não tiver nome nenhum…
INF Aqui é o roquilho. Aqui no meio é o roquilho.
INQ1 No meio? A parte mais grossa? Ou, ou é esta, este, esta rodela?
INF Aqui, aqui, aqui esta parte é o roquilho, assim.
INQ1 A parte da barriga.
INF Agora aqui{fp}, então, isto pertence tudo à roca, não é? Daqui para cima [AB|é, é]
é tudo roca. (Ele aqui) /Eu, aqui,\ [AB|é] é um pauzinho para cima, pronto. É amparo de
pôr o manelo. Por exemplo, agora, a gente tem a estriga, {fp} põe-na assim na mão,
começa assim com um pouquinho, zás, zás, zás, zás, zás, zás, enrosca, enrosca até que
se enrosca. Depois de {IP|�ta�=estar} enroscado, bate-se isto. Vai-se assim
{CT|�kum�=com uma} mão e{fp} uma parte bota-se para acá, outra para alá, vai-se
{CT|ku=com o} cartapaço, (ele) põe-se por cima…
[OUT16]

(317)
MONOGRAPHS
Êl sampre há cada burro! (Ervedosa do Douro, in Azevedo 1928-9: p.160)
(318)
[penar cá em baixo para se estar bem lá em cima] Está bem, ele lá tem que haver
alguém que domine isto; isso até aí está de acordo (Escusa, in Baptista 1967: 197)
2.3 Before other peripheral constituents
2.3.1 In referential subject contexts
(319)
CORDIAL-SIN
INF Bem, ele, uma pessoa, para desengatar [AB|se {PH|nu�=não} tiver f-]… Uma
pessoa, quando afundeia o barco, [AB|nes-] {CT|kw�=com a} âncora, bota {pp}
[AB|uma] um filame, um filame {pp} de corda, agarrado à unha [AB|e com uma] e com
uma bóia. Se o ferro encaixou e {PH|nu�=não} solta, que no barco {PH|nu�=não} solta,
[AB|vai-] apanha-se [AB|aquela] aquela boinha {pp} e puxa-se por o filame. Ela já
desencaixa.
[VPA27]
(320)
INF {fp} Isso é uma{fp}… Chamam-lhe aqui (assim) a abelha do gado. Isso, o gado,
{pp} em bem… Essa mosca persegue muito os animais é, mais ou menos, {pp} dentro
de Abril e Maio – é que é [AB|o pio-] o pior mês para isso. Isso {pp} quando dá nos
animais, não há diabos que segurem o animal. Ele o animal o que quer é fugir.
[CBV71]
(321)
INF Não senhor. {fp} Em se acabando de colher, prontos! Se fica às vezes algum, fica.
INQ Mas antes não se fazia voltar, portanto, não se costumava ver?
INF Não. {pp} (Ele) a gente começa a colher e [AB|aquilo] aquilo, ele (o) que vai (é) às
linhas. {pp} [AB|Va-] Vai uma pessoa ou duas em cada linha, por aí fora, por aí fora.
Chegava {CT|�=ao} cabo da linha voltam para outra. [AB|Acaba-se] Acaba-se-lhe de
chegar {CT|�=ao} fundo, {CT|�=ao{fp}} acabamento da vinha, pronto! {pp}
{IP|ta=Está} a vinha colhida.
[MST35]
(xxxvi)
INF2 (Isso é verdade, é).
INQ Parece que já está tudo, aquilo que o senhor sabe e… fora o resto.
359

INF2 [AB| A vida tem sido] Muito dura a gente! Muito dura a gente! (A) /Ele\
trabalhar toda a vida nisto, muito a gente dura!
[MST25]
360
(322)
INQ2 Pois. Mas nem tudo, nem toda essa massa se aproveita, pois não?
INF Aproveita-se toda.
INQ1 Então, mas há uma parte que fica molhada.
INF [AB|É, a ma-, a massa] A massa aproveita-se toda, agora…
INQ2 Mas há uma parte do coalho que não se aproveita.
INF Mas… Pois{fp}! Mas é que (ele) essa dita massa, depois de a massa se
{IP|ta�=estar} fabricando, é que vai aparecendo {pp}
INQ2 O quê?
INF o chorrilho – que se chama o chorrilho. {pp} É que enquanto a massa está ali,
[AB|que {PH|n��=não}] que {PH|n��=não} se está mexendo, {PH|n��=não} tem água
nenhuma separada. A água só se vê despois de a gente a fabricar. {pp} Quando se está
fazendo os queijos é que a água começa a aparecer.
[SRP32]
(323)
INF1 Ele depois de vir do lago é que se amaçava. Amaçava-se bem amaçado. E
estendia-se na rua…
INQ1 Amaçava-se com o quê?
INF1 {CT|ku��=Com a} maça. [AB|Um] Um pau assim grosso numa ponta e a outra
ponta delgadinha. A gente pegava e 'dia' batendo {CT|p��=para o}… Olha, assim
{CT|ku�ma=como a} senhora está pegando. Mas aqui era mais grosso. [AB|Esta ponta]
Esta ponta grossa…
[FLF17]
(324)
INQ2 Olhe, e o que é um leitão?
INF Um leitão? É um porco pequenino.
INQ1 É o mesmo que o bácoro?
INF É. (É) um leitão.
INQ2 Ou é só quando já está, quando é para matar?
INF (Ele), o porco, o porco quando é pequenino {pp} tem uns poucos de nomes.
INQ2 Pois, é isso que a gente quer.
INQ1 Ah! Então diga lá.
INF [AB|É] É leitão, é bácoro e é marrã. Todos estes nomes ele tem, {pp} quando é
pequenino.
[ALC29]
(325)
INQ2 Olhe, é assim uma coisa, assim como esta?
INF É. [AB|isto é-, isto era] Isto que está aqui {pp} era como a gente fazia cá: metia-se
(…), um pernil aqui e outro daqui; e depois era aqui atado a corda, aqui à escada.
INQ1 E como é que se chama isto?
INF Isto aqui {fp}era o [RP|o]… Ai!

INQ2 Chambaril?
INF Hum… Ele isso aqui a gente chamava um [RP|um]… Não era gancho, era…
Parece que era o pernil que a gente chamava a isto. Pois.
INQ1 Chambaril não?
INF Chambaril? Não era {RC|cha-=chambaril}.
INQ1 Não.
INF "Traz lá o pau{fp} do pernil"! {pp} Era este pau.
INQ2 O pau de pernil?
INF Rhum. Porque{fp} este pau {pp} é que era de entalar dentro dos 'perniles' das
pernas do porco.
[ALC30]
(326)
INF Aqui, ia-se para ali trabalhar, era à semana. Quando chegava {PH|�=ao} sábado, se
não precisasse de todos, despedia. Ficava lá só com aqueles que ele entendia.
INQ1 Pois.
INF E aqui a trabalhar dentro das fazendas, também aquase sempre era à semana. E
{PH|l��vavi�=levavam} depois mais do que uma semana, conforme o trabalho que lá
'houvia'. [AB|Nunca, nunca] E aqui [AB|só se f-, só] só ia por um dia [AB|quando era
assim à {pp}] quando era algum fazendeiro mais pequenino, que era trabalho pouco, ia
um dia ou dois. {fp}
INQ1 E então esses que iam um dia ou dois, dava-lhe algum nome, a esses
trabalhadores que vão só por um dia ou dois?
INF (Ele) o nome que ele se dava [AB|é] era dois trabalhadores.
INQ2 E eram pagos?
INQ1 Jornaleiros não?…
INF Não. [AB|Jornaleiro é{fp} é o] O jornaleiro [AB|não] não se emprega aqui.
INQ1 Não?
INQ2 Mas esses que trabalhavam um dia ou dois, não eram pagos à semana?
INF Não. Recebiam logo o dinheiro [AB|assim que, que] à noite.
[ALC34]
(327)
INQ1 Olhe e uma, uma erva que servia para fazer chás, contra a sarna?
INF Uma erva que serve para fazer chás?
INQ1 Sim. Tomava-se chá contra a sarna.
INF Isso há{fp} aí muitos…
INQ2 Essa pergunta é qual?
INQ1 Esta. Está aqui explicado, como explicação.
INF [AB|Há um, há{fp}] ('Houvia' ele) muitas ervas dessas que se fazia chá, mas ele o
nome dela é que eu não sei.
[ALC44]
(328)
A minha mulher {PH|nu�=não} queria que ele casasse com ela. Vai [AB|e, e] e ele disseme
aquilo e eu fui-me enfiar na cama, que estivemos a conversar eu mais ela, e eu disselhe:
"Olha, {PH|nu�=não} adianta nada; o Arquimedes vai casar com a Beatriz". "Ai, e o
que ela fez"! "Pscht, cala-te! Tu também {PH|nu�=não} eras uma criada de servir? E
361

{PH|nu�=não} te querias casar e {PH|nu�=não} te casaste? Então deixa-o lá.
{PH|nu�=Não} quero que {PH|l�=lhe} digas nada. (É) à vontade dele, e se é à vontade…
E ele quer {fp} aquela, muito bem. Se quisesse outra, era a mesma coisa, pronto! É à
vontade deles. Ele quem se casa são eles"!
INQ1 Pois.
INF "{PH|nu�=Não} somos nós, pronto"! Vai {pp}, e ele foi combinou a mais {fp}o
sogro – que hoje é sogro dele – combinou, naquele tempo, dar-{PH|l�=lhe} cinquenta
contos, {pp} à filha, e ele casar com ela.
[COV13]
(329)
INF Olhe que o homem leu isso lá diante de mim e eu nunca mais me [AB|esq-] passou
de ideia. Eu já era um rapazote aí com os meus onze (dos) doze anos ou treze. E ele
disse que havia de haver uma guerra {fp} em Portugal, que há-de ser vencida pelos
homens de sessenta anos [AB|em{fp}] no Campo de Ourique em Lisboa, que já
{PH|nu�=não} havia de haver (era) mocidade nenhuma.
INQ1 Ai, meu Deus!
INF Que os homens de sessenta anos que é que haviam de fazer uma guerra! E que as
mulheres, nestas aldeias, quando vissem um homem – quer dizer, cá como os
'aciprestes', quer dizer, como os padres – e quando vissem um homem que haviam de
dizer assim: "Louvado seja o Senhor, lá vem um homem"!
INQ2 Meu Deus!
INF Olhe que aquilo no livro! E ele eu, o homem leu aquilo diante de mim!
INQ2 Pois, pois, pois, pois.
INF Diante de mim e um tio meu, dois tios meus. E eu era miudito fiquei com aquilo na
ideia, depois [AB|bem queria] bem andei até às voltas dos sobrinhos dele a ver se lhe
caçava esse livro. De coiro, hoje, {PH|nu�nu=não o} dava antes que me dessem
cinquenta contos.
[COV18]
362
(330)
INF1 Sabe? [AB|Quem me deu] Quem me deu essa coisa foi [AB|o] o doutor
'maternário' da Pecuária de Aveiro. (Por causa que) os meus bois eram da Pecuária;
agora já [RP|agora]… Eram da Pecuária, eram meus! Foi sempre [AB|com] do meu
dinheiro. Mas [AB|o, ele o da Pecuária] o doutor da Pecuária, {fp} [AB|não houve-] eu
queixava-me, às vezes, os lavradores, coitados, [AB|que] que andavam três, quatro,
cinco vezes ou seis vezes a vaca {PH|�=ao} touro. E depois eu dizia… Queixei-me um
dia {PH|�=ao} doutor: "Ó senhor doutor! Aquilo {PH|nu�=não} está bem. Os homens
queixam-se [AB|que] que as vacas que {PH|nu�=não} pegam e como é que vai ser"? Diz
ele assim: "Tu que é que {PH|l�=lhe} fazes"? "Ó senhor doutor, {PH|nu�=não} faço
nada. Ponho-{PH|l�=lhe} o boi e{fp} pronto"!
[COV33]
(xxxvii)
INF1 E as abelhas só duram, ou dizem que duram… {PH|nu�=Não} duram mais que
dois a três meses.
INQ1 Ai é?

INF1 Porque a abelha, durante aquele tempo, ela cria-se. E depois, essa doença que veio
é disso: porque veio e as velhas morrem, [AB|e a] e depois elas [AB|fazem uma] têm
criança. Criança é: (é) /ele\ o que {RC|faz-=fazem}… Chamam criança é: [AB|nos
próprios] na própria cera, aquilo fica fechado e (ele) ali naqueles buraquinhos cria como
uns bichinhos; e aqueles bichitos é as abelhas.
[COV37]
(331)
INF1 Não, não senhor. Não é o veneno da… Mesmo das 'cardelas'… As 'cardelas' não
são nada venenosas, nem os níscaros dos pinheirais, nem… Já tem morrido gente,
também, já eu tenho 'ouvisto' no rádio e até oiço contado por aqui: "Olha, morreu {pp}
[AB|u-, u-] uma família quase em tal sítio com os tais níscaros dos pinheirais {fp} e
assim". Mas não é porque…
INF2 "Uma família em tal sítio, tal (assim) [AB|uma]"… O meu não me dá a comer
desses do pinheiral.
INQ1 Ai não?
INF1 Não é porque eles são…
INF2 Não. E as 'cardelas'… {fp} Bem, ele{fp} eu é que (isto) sou teimosa e vou a elas e
lá escaldo-as muito {pp} e coisa.
INF1 Eu como-as sem esse (comprimido). {pp} Para comer a 'cardela' {fp}…
INF2 Mas os níscaros [AB|não mos deixa ir a] não me deixa ir a eles, porque depois a
urina é tal e qual como eles. A urina amarela, amarela, amarela!
INF1 É.
INF2 Ele depois uma vez comeu e disse assim: "A mim não me tragas mais que eu não
te quero cá mais isso em casa". É verdade! A urina é tal e qual como eles. Uma urina
amarela!
[OUT07]
(332)
INQ1 Mas não vêm para fora da terra, ficam lá dentro então?
INF3 Não, não. [AB|T- Botam] Botam uma flor.
INF2 Não. Botam a florzinha branca. Dão um pezinho e uma flor branca.
INF3 Uma flor branca.
INF1 [AB|Estão sempre] Estão sempre [AB|na] na terra.
INF2 Mas todos [AB|{PH|nu�=não}, {PH|nu�=não}] {PH|nu�=não} saem para fora.
INQ2 Pois.
INF2 Está tudo ali… Só que a gente os escava muito fundo… A gente, quando era
pequena, sabe Deus a fome {pp} ele como apurava! E andava sempre a saber deles {fp}
e bem que os mamava e {fp} marchava.
INF1 Eu também andei contigo…
INF2 Não tinha o lombo que tenho hoje!
[OUT08]
(333)
INQ1 Cozinhados. Pois. Será o nabo?
INF Quando é com o polvo,
INQ1 Sim.
363

INF no Natal, que é quando eles se comem… É quando eles se comem é na véspera do
Natal. No Natal mesmo! Quase ninguém… Não sendo no Natal, (ele) quem é que os
come?! Ninguém.
INQ1 É que os come. Pois.
INF Já são próprios para isso.
[OUT50]
364
(334)
INF Eles abraçaram-me (logo ali), tanto ele como ela, e beijaram-me.
INQ1 O mundo é muito mais pequenino que o que a gente pensa.
INF É verdade. [AB|E en-] E então uma criança das mais pequeninas {pp} foi-me a
dizer adeus. {pp} Pronto, beijou-me, foi-me a dizer… Falava tanto! Ai, que (ele) /eu\ se
eu gostei da garota! E ao ir-se embora, lá {PH|l�=lhe} esqueceu qualquer coisa: "Olhe,
minha senhora, ainda se me esquecia uma coisa: {PH|nu�=não} {PH|l�=lhe} disse para
passar muito bem a Páscoa. Passe muito bem a Páscoa"! Ora a garota! Ora esta! Todos
tão educados, os meninos!
INQ1 Que engraçado!
[OUT15]
(335)
INQ1 E aquilo que se prepara para dar ao porco, é preciso cozer aquilo e misturar a?…
INF Bem, {fp} há-os que… Ele agora já ninguém costuma cozer. Nós, antigamente,
cozíamos quando ele vinha o tempo de castanhas – (que) também dávamos castanhas.
Vinha o tempo [AB|de, de eng-] de engordar os porcos {CT|p���=para os} matar, ou
dois meses antes, cozia-lhe a gente vianda: batatas e castanhas, beterraba ou assim essas
coisas. Mas agora já tudo ele se está a dar de cru. E é bem melhor, que não é tanto o
trabalho [AB|e{fp}] e não se come carne…
INQ1 Claro. Mas e eles comem na mesma?
INF Ah, pois, se forem habituados, (ele) que remédio têm!
INQ2 E ficam à mesma bons?
INF Ficam melhores, até.
[OUT32]
(336)
INQ É um homem especial? É sempre o mesmo?
INF {fp} Não. Sempre o mesmo, não. Olhe, [AB|o] o meu, que Deus tem, [AB|matou]
aqui aos vizinhos, {PH|m��tav�luz=matava-lhos} a todos. {pp} Ha! (Ai, eu) /Ele eu\!
Bem, [AB|há muit-] há várias pessoas que {PH|�mat��w�nu�=matam os} porcos,
{PH|nu�=não} é? Mas [AB|{PH|nu�=não}] {PH|nu�=não} é toda a gente [AB|que] que
sabe.
INQ Mas, cada família, chama sempre o mesmo, é sempre a mesma pessoa que vem
para aquela família ou, ou, ou este ano vem um, para o ano vem outro?
INF Não, não, não. Ele, a nós, também, o meu sabia-os matar e depois, ultimamente,
até os {PH|m��tav��w�nuz=matavam os} outros.
[OUT34]

(337)
Ele quem foi que pôs aqui o arroz?
(338)
MONOGRAPHS
Ele qu’home é este? (Germil: 176)
(339)
ele quem foi que pôs aqui o saco (Quadrazais, in Braga 1971: 171)
A PLANÍCIE HERÓICA
(340)
Lá um ou outro caso ninguém no pode evitar, já se deixa ver, que êle onde está o mel aí
estão as abelhas. (p.115)
(341)
(...) Atirei a muitos, mas errei muitos, que êle até o mais valente lhe tremem as pernas
quando se dá fé dum diabo dêsses. (p.124)
(342)
O que havia de fazer já está feito. Que êle, quando uma pessôa chega a esta desgraça,
sem ter nada, o melhor é o diabo levar-nos, Deus Nosso Senhor nos perdôe. (p.154)
(343)
Enleadas de bacoreiras, pois que hade ser? Que êle cada vez mais são mais as zorras
nêste excomungado povo! (p.210)
(344)
Esta Catrina Amoja, rascôa de Beja que tanto escandalizava o povo, tomára-a o padre
Dionísio por diligências dum bom paroquiano das hortas, o que pudera alcançar para
um remedeio, que êle andando tudo na lida das suas casas, ninguém se encontrava que
quisesse ir servir para a casa do padre prior. (p.249)
(345)
- Sr. prior, eu cá o que tenho a dizer, digo logo, que êle, graças a Deus, sapos não tenho
na língua, nem sou homem de reservas. (p.239)
365

366
(346)
Lá porque o pobre do padre não tinha onde cair morto, o dia d’amanhã ninguém no vira
ainda, que êle casa, vissem como tivera artes de a alcançar, e terra tinha-a quanta
quisesse do sr. lavrador Joaquim dos Cardeais que engraçára com êle (p.235)
(347)
Que êle co’o filho da minha mãe não manga nenhum cachorro! (p.213)
(348) cleft
Só o que sei é que rompi charneca até aos quintos infernos, que êle aqui há trinta anos o
que havia mais era mato bravo, e sameava-se só à roda do povo e das herdades, como
vossemecê bem sabe. (p.120)
(349)
Ele onde é o seu quartel, sr. prior? (p.74)
2.3.2 In syntactically impersonal constructions
CORDIAL-SIN
(350)
Depois havia senhorios que semeavam aí vinte e trinta moios, era vinte ou trinta
(quinteiros) que metiam. Depois aquilo era tudo debulhado assim nos ('vais'), tudo
assim com gado, tudo à roda. {fp} Aqui arranjava um bocado. Ou andava aqui {fp} o
gado a talhar naqueste… {fp} [AB|Alimp-] Moíam aqueste, estendiam logo além outro,
que era {CT|p�=para o} gado nunca parar. Quando moíam naquele, os homens andavam
aqui a limpar aqueste; depois moíam naquele, estendiam outro – ou aqui, ou noutro lado
–, passava o gado para aquele, limpavam aquele. Era sempre assim.
INQ1 E como é que chamava a cada bocado que se punha ali para debulhar? Que n-,
que não se punha a seara toda, de uma vez…
INF Ah{fp} pois! {fp} (Ele ainda lá ficava). Bom, (que ele aquilo) {PH|nu�=não} se
punha toda.
INQ1 Como é que se chamava a cada bocado que se punha na eira, ant-, para começar a
debulhar?
[MST33]
MONOGRAPHS
(351)
O Santo mais festejad’aqui? Ele agora já nã festejom santes nenhuns, nem resguardom
nada!... (Odeleite, in Segura da Cruz 1969: 152)

(352)
A PLANÍCIE HERÓICA
Ainda me lembra, nos bons tempos, as festas que se faziam tôdos os anos, que até se
juntavam moios de trigo, e mais êle então colhia-se pouco. (p.50)
(353)
- Lobos! Diga-me vossemecê cá! Ele só por obra dum acaso se pilhava um ladrão
dêsses.
(354)
Berraria o velho, mas ora!, de chacutinas ninguém morria, e êle nem mouco se ficava.
(p.251)
2.3.3 In semantically impersonal constructions
CORDIAL-SIN
(355)
INF Mas, ele havia muita fome, naquele tempo. A fome, minha senhora… [AB|Nós
passá… A ver…] Ele a fome {PH|nu�=não} havia! Havia muita comida com
abundância, mas {PH|nu�=não} se podia comer. Olhe, as batatas vinham, iam
{CT|pa=para a} panela desta cor, com tona e tudo. Peixe, o peixe,
{PH|saw��au�=salgavam-no} assim [AB|num {pp}] num cabaz.
[VPA06]
(356)
INQ1 E também costumam a comer com açúcar isto, ou não?
INF1 Também é bom! Com açúcar {fp}! O requeijão é bom!
INQ1 Pois, depois de cozido.
INF1 Depois de cozido, é muito bom com açúcar! Há pessoas que comem com açúcar,
outras sem açúcar. Mas (ele) /eu\, por acaso, quem cá costuma a comer quase sempre
lhe deitam açúcar. Bom, (ele) /eu\, o senhor Amadeu e a senhora {pp}, é raro {pp}.
{PH|nu�=Não} comem. Mas, por exemplo, têm um sobrinho – diz que é médico – e
assim mais pessoas, gostam muito. E, às vezes, quando estão, eu já tenho feito, já tenho
'fazido'. {pp} E é bom.
[MST01]
(357)
INQ1 A marrã, já com filhos?
INF Não. Pode ser uma marrã sem ter filhos.
INQ1 Então…
INF É uma marrã à mesma.
INQ1 Então diga lá.
367

INF Por exemplos, quando a gente vai matar um {RC|p-=porco}, {PH|�vajmu�=vamos}
[AB|à, ao, ao] à engorda, (ao campo,) em casa do lavrador. Tem lá porcos – engordou
durante o Inverno – e é agora neste tempo, já foi no mês passado, geralmente é sempre
ali em Janeiro, {pp} e alguns é em Fevereiro, mas é quase sempre (ali no mês do
Natal)… Vai-se lá, compra-se um porco {pp}, ou compra-se uma marrã.
{IP|t��w�=Estão} gordos, {pp} é um porco ou uma marrã. Mas isso, isso (ele) tanto faz!
INQ1 Tanto faz. É um porco ou uma marrã. A fêmea do porco é a marrã?
INF (Pois. Pois). A marrã. Pois.
[LVR18]
368
MONOGRAPHS
(358)
Ele agora não chove (Nisa, in Carreiro 1948: 73)
(359)
Ele hoje não chove. (Colos, in Guerreiro 1968: 351)
(360)
Ele onte trovejou. (Odeleite, in Segura da Cruz 1969: 153)
(361)
ele por ora no é preciso (Quadrazais, in Braga 1971: 176)
(362)
ele alguma coisa fez... [Aconteceu alguma coisa]
(Odeleite, in Segura da Cruz 1969: 153)
[verbo fazer impessoal com o sentido de “acontecer”]
A PLANÍCIE HERÓICA
(363)
Pois sim sr., sr. prior, sim sr., pela minha parte já sabe que da melhor vontade. E estou
que não hade ser preciso falar a muita gente, que êle aí na aldeia, graças a Deus, há
pouca pobreza que necessite de escola. (p.49)
(364)
- E a respeito de caça, ainda mata o seu coelhinho? – preguntava o lavrador gostando de
o ouvir. – Que êle agora pouca caça há. (p.126)
(365)
Nêsses casos é que vossemecê hade ouvir mais falatórios, êle tudo contra o casmurro do
pai, e da banda dos pombinhos já se vê, que o merecem quási sempre, que êle aqui,
como lhe eu disse a vossemecê, é coisa rara haver poucas-vergonhas e quando uma

moça deixa a casa dos pais por via dum rapaz é por se / quererem bem e p’ra se
encasalarem p’ra toda a vida. (pp.115/6)
(366)
- Esta é uma dos diabos! – arremetia o aldeão. – Que êle ou não há Deus, ou então não
olha cá p’ra baixo, Nosso Senhor me perdôe! (p.123)
(367)
- Que êle, por enquanto, não ha nada que se veja! (p.199)
(368)
Bebedanas ! Que êle dês que se foi a guarda é um desassossêgo nêste povo! (p.248)
(369)
- charnecas é como o outro que diz, que êle da charneca só há o chão! – e que mal
soletrei duas letras em moço pequeno, que êle tudo se me varreu já (p.243)
(370)
Mas, óra!, êle sempre foi assim tôda a vida e nem por isso as igrejas fecharam nem
deixou de haver gente cristã. (p.244)
(371)
... Mas aquilo por força era maltês, que êle dês que a guarda abalou, até há já p’rá’í
quadrilhas! (p.248)
(372)
E muito contente e azougado, gritou para as mulheres que assassem uma lingüiça, que
êle com a ralação da tarde tirára-se-lhe a vontade e não comera com jeito. (p.173)
(373)
E voltava aos bons tempos da charneca, que êle, p’ra quem fôra caçador como o tio
João Lobeira, dava pena ter acabado de tôdo o mato. (p.123)
(374)
- Pois se o trigo lh’o deram a vossemecê!... Ele com pouco mais de outro tanto já lhe
chegava p’ro barrinho que lhe quere dar o lavrador dos Cardeais. (p.146)
(375)
- Ora, mas não é a mesma coisa, e quando êle assim me custa já tanto, não sei o que
seria se abalasse... Nem eu sei o que faria! (p.162)
(376) cfr.
... e tinham pena dos Mingorras, que êle bem certo é o que se diz – quem para o mal
alheio não é, não espere no seu ninguém ao pé. (p.287)
369

2.4 In Imperative Sentence
370
(377)
INF2 Quer passar por lá (para ver)?
INF1 Ele vamos embora! [AB|Ele que-] Se lá (queres) /quisesses\ ir ver {fp}…
INQ Não, não vou, não vou. Não é preciso ir ao moinho. Não, não, obrigado.
INF1 Não? Vamos embora, então. Vamos.
INF2 (…)
INQ Obrigado.
[FIG27]
(378)
INF1 Porquê? Ó senhora Gabriela, ele desculpe de {PH|l�=lhe} eu dizer.
INQ1 Não, não. Diga, diga.
INF1 Mas {pp} {PH|nu�=não} faz bem a ninguém.
INQ1 Pois não. É péssimo. Só faz mal.
INF1 {PH|nu�=Não} faz bem. Olhe que a morte do meu irmão foi o tabaco.
INQ2 Rhum-rhum.
INF1 Olhe que o meu irmão fumava, naquele tempo, sete onças de tabaco por semana.
INQ1 Hi!
INF1 Sete livros de papel! {pp} Até fumava de noite!
[COV35]
2.5 Heading a phrase
CORDIAL-SIN
(379)
INQ Portanto, com esse copo… Isso é mais antigo do que o, a…?
INF {fp} Não, o copo é mais{fp}… Bem, mais antigo, ele isto… Sabe a vantagem que
há, a diferença que há? Porque todo este que é torneado, {pp} minha senhora, que é
torneado ao torno, {pp} os gajos {PH|��plike�=aplicam} o copo. {pp} E todo esse que é
feito à mão, {pp} quer dizer, já [AB|não] não {PH|��plike�=aplicam} o copo.
[AAL43( Sapeira)]
(380)
INQ Mas a gente, a gente estava…Pois esse de Porto da Espada sei que arranjou,
portanto, fez, tinha, mas já, já é mais antigo.
INF Bem, isso sempre foi moagem eléctrica,
INQ Sempre foi moagem eléctrica.
INF ele ali o de Porto da Espada. [AB|Ele isso] (Ele) /Ali,\ ali até nem passava o rio,
não passava nada.
[AAL22]
(381)
INQ1 As árvores, não?

INF Não, as árvores não. [AB|Agora est-] Frutos, frutos. Mas agora está tudo... Agora
{PH|nu�=não}… (Ele não)... Por aqui {PH|nu�=não} era muito frio. Mas havia farrapas
que era isto! Pedaços de farrapas, daquelas (…). Ai que alegria!
[VPA43]
(382)
Porque a água quando chegava aquele sítio voltava {CT|p�=para o} ribeiro. "Eu
{PH|n��=não} quero lama dentro do ribeiro. Se lá cair a lama para dentro do ribeiro,
vocês depois têm que a ir tirar". "Pode largar a água à vontade". Eu tiro a rolha, a água
vai. E {PH|k��m�si�=começam} eles assim: "Eh! Eh pá, (olha lá a) /já lá a\ água que
vem"! Bem, a terra, uma foi {CT|p�=para o} ribeiro, outra foi para fora. É claro.
(Aquilo era uma base de conversa). "Eh pá! Essa é boa! Então a nossa terra daqui parece
muito mais alto! Essa é boa! Então, hem? Então {PH|n��=não} viam vocês"?! Bem {pp},
quando foi à noite, chegou o patrão. Foi logo a ver do Ângelo que era [AB|o{fp}] o
guarda. "Então, Ângelo, então [AB|quem tem andado] o que é que andou o pessoal a
fazer"? "Uns foram para aqui, outros foram para além, outros foram para outro lado, e
tal. O André foi fazer a presa". "A presa"? "Pois, ele como vomecê diz que já tinha dado
(a) ordem". "Onde é que ele {IP|ta=está}"? "{IP|ta=Está} lá na casa lá em baixo". "Vai
lá chamá-lo". {pp} Eu em vez de ir lá para o lado donde ele me chamou, não. Fui assim:
à roda havia ali uma capoeira, fui à roda da capoeira.
[CBV17]
(383)
INQ1 Portanto e… Olhe, e se é um rebanho muito pequenino, com muito poucas
ovelhas, como é que chama aqui?
INF {fp} Isso, quando é mais pequenino, a gente diz é: "{fp}Uma mancheia de
ovelhas"!
INQ2 Não lhe chama outra coisa?
INF Não. Mas também {PH|i��pr��i�=empregam}, se quiserem, um rebanho. É
pequenino, mas é: "(Ele) mais pequenino"; "é um rebanho mais pequenino".
[ALC22]
(384)
INQ1 Isso. Portanto, um é pombo. E se for a, a fêmea é uma?
INF É uma pomba.
INQ1 E um filho deles?
INF (É um) pombinhos. Pombinhos.
INQ1 Dão só esse nome ou dão outro nome?
INF Não. Só uso só esse nome. Pombinho. "Olha aquele pombinhozinho"!
INQ1 Quando acaba de nascer?…
INF E depois [AB|tem ou-] tem outro nome que dá-se: é os borrachos.
INQ2 E esses também se costuma ter junto das casas?
INF Tem! Então, {IP|ta=está} aí tantos!
INQ2 Assim para comer?
INF {IP|ta=Está} aí tantos que têm [AB|que, e-] esses pombos.
INQ2 Mas sem ser de correio? Pombos para, para comer?
371

INF Têm mesmo pombo [AB|para] para comer. {IP|ta=Está} aí tantos, aí! Às vezes, é
{PH|�=ao} rebanho deles ali, ele a passearem lá!
INQ1 E o sítio onde eles estão quando?…
INF É um pombal.
[ALC32]
372
(385)
INF1 Ele era vizinho dela! É ali de Agualva! Eram vizinhos! E vinham da feira de Vale
de Cambra.
INQ1 Ah!
INQ2 Ah!
INF2 Cá há algum tempo era tudo a pé!
INF1 A pé! A pé, para cima! Ora, a senhora faça uma ideia…
INQ1 Claro!
INF2 Pois era. Foi.
INF1 A pé! E depois [AB|um, um] começou como ontem a nevar e a saraivar e a
chover, {pp} e a mulherzinha, coitada, {fp} [AB|quem já{fp}] – ele roupinhas fracas! –
veio por aí fora, chegou aqui acima arreganhou.
INF2 Descalças. Descalças. Diz que há algum tempo era tudo descalço!
[COV22]
(386)
INF2 Aquilo são como {PH|��sukr�=açúcar}!
INF1 Ah!
INF2 Como quem come {PH|��sukr�=açúcar}!
INQ1 Pois é.
INF1 Mas (ele), meu amigo…
INF2 Doces! E então é um vinhinho que {PH|nu�=não} tem remédio, {PH|nu�=não} tem
nada.
INQ1 Pois, pois.
INF1 Nada! É só próprio da videira!
[COV29]
(387)
INF2 Aquilo são como {PH|��sukr�=açúcar}!
INF1 Ah!
INF2 Como quem come {PH|��sukr�=açúcar}!
INQ1 Pois é.
INF1 Mas (ele), meu amigo…
INF2 Doces! E então é um vinhinho que {PH|nu�=não} tem remédio, {PH|nu�=não} tem
nada.
INQ1 Pois, pois.
INF1 Nada! É só próprio da videira!
INF2 Se quiser, {fp} quem for doente pode-o beber! [AB|É só] Ele é só da videira!
INF1 Pode, pode, pode. {fp} É próprio de…
INF3 É só da videira.
INQ1 Mas, realmente, pois, os antigos também não sabiam essas coisas, sabiam outras.

INF2 (Ele) /Era\ sim, pois era.
INQ1 Pois.
INF2 Pois também não.
[COV29]
(388)
INF1 E depois, (começou a fazer), a minha mulher chegou à noite, diz assim: "Ó
Arquibaldo, olha que {pp} eu nunca mais vou às uvas à Lomba". "Então porquê"?
"Olha, foi assim, assim, ele o velho do (Quelho)". [AB|An-] Até estava cá um filho a
servir aqui em minha casa. Um filho, nos princípios da minha vida {PH|nu�=não}
tinha{fp}… Pronto! Trazia-o… (Que eu) precisava de um criadito para me guardar o
gado; o meu filho era pequenito! E eu disse: "{PH|nu�=Não} tornas lá mais!
{PH|nu�=Não} tornas lá mais"! "{PH|nu�=Não} torno, Arquibaldo, {PH|nu�=não} torno
mais, que ele eu (é que) tive vergonha e ele a fazer mangação de nós"! "{IP|ta=Está}
bem"! Hoje, queria que ele fosse vivo e dizer-lhe assim: "Olha, tenho o dobro, três
dobros do vinho a mais que a ti"!
[COV30]
(389)
INF1 E depois: "Oh, aqui {PH|nu�=não} dá! Ó senhor Atalarico, aqui {PH|nu�=não} dá".
Dizia (ele): "Ah, burros! Ah, burros! Olha que aqui dava vinho bom. Vocês é que
{PH|nu�=não} prantam. Vocês 'sendes' uns burros"! O meu pai e os outros começavam
{pp} ele a botar tudo abaixo {PH|�z=aos} homens. Mas agora eu gostava que esses
homens ainda (fossem) /fosse\ vivos.
INQ2 Pois.
[COV29]
(xxxviii)
INQ É um homem especial? É sempre o mesmo?
INF {fp} Não. Sempre o mesmo, não. Olhe, [AB|o] o meu, que Deus tem, [AB|matou]
aqui aos vizinhos, {PH|m��tav�luz=matava-lhos} a todos. {pp} Ha! (Ai, eu) /Ele eu\!
Bem, [AB|há muit-] há várias pessoas que {PH|�mat��w�nu�=matam os} porcos,
{PH|nu�=não} é? Mas [AB|{PH|nu�=não}] {PH|nu�=não} é toda a gente [AB|que] que
sabe.
INQ Mas, cada família, chama sempre o mesmo, é sempre a mesma pessoa que vem
para aquela família ou, ou, ou este ano vem um, para o ano vem outro?
[OUT34]
(390)
INQ E penduram-no aonde?
INF Põem-no, às vezes, por uma trave para baixo. Outras vezes arranjam, [AB|um{fp}]
{pp} por exemplo, um pau e põem-lhe assim [AB|um] {pp} um canamão para cima, no
focinho [AB|e, e, e espe-], e põem um pau à beira [AB|du-] duma esquina e fica ali a
escorrer. Outras vezes, com… O meu fazia assim: tinha aí umas cornagens das crias e
(ele) prendia-o assim ao canamão e prendia-o assim {CT|ku=com o} cornal [AB|à] à
trave. Ficava assim um dia. Depois eram desfeitos, {pp} para o outro dia em que se
373

matavam ou para outro [AB|quando ele]… Podiam estar até dois ou três dias, que (ele)
naquele tempo…
INQ Chama-se a isso desfazer o porco ou desmanchar?
INF Desfazer os porcos. Desfazer, nós dizemos desfazer os porcos.
[OUT35]
374
(391)
INQ1 E como é que são as tabafeias?
INF As tabafeias são{fp}: bota-se carne a cozer – de porco e galinhas – e depois {pp}
corta-se o pão para uma caldeira, depois coze-se aquela carne bem cozidinha, pica-se
logo ali (ele picadinha) /em picadinho\, bota-se por cima do pão. Quando a água fica
[AB|bem a-] bem adubadinha, bota-se-{PH|l�=lhe} pimento e alho, amolece-se aquelas
sopas, mexe-se, mexe-se e enchem-se.
[OUT39]
(392)
INF Quando uma mulher anda doente… {pp} Eu sabia{fp} a pessoa porque tinha
andado até ao meio-dia à beira da tal pessoa,
INQ1 Sim.
INF a vindimar. E eu fui depois da parte da tarde {pp} a desmontar. Aquilo (ele) lá
subiu pela perna acima, ou sei lá como foi…
INQ1 Pois.
INF Foi mesmo (uma ruim). Deu-me mesmo {PH|�=ao} pé das partes. E uma senhora
de Paçó diz: "Olha, se sabes (donde) uma mulher que ande doente e tal, (daquele
derrame), vai lá, que {PH|nu�=não} tenha arreceio, que te dê [AB|as] as bragas dela –
[AB|as ca-, as] as calças, não é? –
INQ1 Pois. Sim.
INF que não se importe… {pp} {IP|�tav��w�=Estavam} alagadinhas mesmo. [AB|A
senho-] Pôs-mas cá, (ele) uma senhora, aqui, em cima; 'pôse-as' cá, {pp} logo eu
adormeci até.
[OUT48]
(393)
INQ1 Pois. Mas é uma dor muito grande, não é?
INF Oi, (ele) dor?! Eu até me atirava a Cristo e ao padre, quanto mais! E mordeu-me
em dois sítios. Depois, pus cá [AB|as] as cuecas [AB|da mu-] da senhora, ligadas,
porque senão depois manchava a outra roupa, não é?
[OUT48]
(394)
sequer o que seja um padre! Que êle dezasseis anos sem prior... (p.24)
A PLANÍCIE HERÓICA
(395)
Deixemo-nos de histórias, sr. compadre prior, que êle uma boa pinga... (p.25)

(396)
Onde é que estava uma herdade que se vendesse? Se êle nem um ferragealito, nem uma
parede velha, nem um chaparrinho em pé! (p.45)
(397)
A sua lida durava todo o tempo da aceifa, êle domingos e dias santos, desde o romper
da manhã até ao pôr do ar do dia, quando não metiam pela noite adeante em havendo
lua, que se enxergasse. (p.89)
(398)
Aqui não se trata ninguém mal. Estas joldas ajustam-se por um tanto em dinheiro e mais
as comedoiras, êle tantos alqueires de farinha e de grãos, tantos arrates de toicinho,
tantas canadas d’azeite e o resto; (p.89)
(399)
Assim que deram em dar terra – que a davam de graça, sim sr., por uns poucos de anos!
– o povo ala-se nos matos, êle vá de queimar, arrotear, desmoitar... Ardia tudo! (p.121)
(400)
E se não são os pegos da ribeira que teem mão no fogo, que êle aceiros nem pensar
nisso, ardia aí tudo, que não se lhe aproveitava nada.
(401)
Pensar eu, sr. prior, que desde que me entendo há um rôr d’anos, ando aí a afocinhar na
terra, e que abri léguas de charneca arrebentando com trabalhar, êle de dia e de noite,
êle à chuva e à estorreira do sol, e que chego a esta idade que nem um cão cansado, sem
ter um palmo de chão que se diaga meu, senão a cova que me hade comer! (p.123)
(402)
Viu-se, como os outros, agrilhoado a essa terra, atormentado pela febre da seara, com
suas quezílias e desesperos, êle das canseiras nos amanhos, da labuta nas ceifas, nas
eiras, nas debulhas, e das ânsias da cobiça, das raivas dos lucros, enfrenizado e
enlouquecido na barafunda e no atordoamento infernal que era a vida ali. (p.133)
(403)
Tempos êsses de reboliço e desassossêgo, êle do temor das quadrilhas de ladrões, êle
dos bons sustos dos lobisomens, alvcjões, almas do outro mundo e bruxas. (p.137)
(404)
Na bocada duma quelha, despertou-os a chafranafra dum magote de homens que iam
num sêrro vigiando a marcha vagarosa duma debulhadora arrastada por juntas de bois.
- Ele com tanto engenho agora e nem por isso se come o pão melhor e mais barato –
considerou o charnequenho olhando a máquina. (...) Diz que há grandes fortunas p’r’aí,
grandes casas... (p.155)
375

376
(405)
Abalára pela manhã sem almoçar, e êle nem à merenda nem à ceia! Uma coisa assim!
Por fim lembraram-se de que podia estar para os Cardeais, êle diz que chegara já o
menino Joanito. (p.171)
(406)
Padre Dionísio ficou espantado da extensão e largueza da horta, estendida por um vale
abaixo, viçòsazinha e fresca do plantío e do arvoredo frondoso, êle figueiras,
nespereiras, alfarrobeiras e amendoeiras; êle árvores de pomar de tôda a casta, seu
bocado de bacêlo, um grande meloal, e o hortejo/miùdo para a panela, só por graça, que
o legume é que reinava mais, e colhiam-se famosas semeaduras de grãos de muito bom
cozer. E flores! Pois havia flores! (p.261/2) [narrador / visão de João lobeira?]
(407)
Nêsses casos é que vossemecê hade ouvir mais falatórios, êle tudo contra o casmurro do
pai, e da banda dos pombinhos já se vê, que o merecem quási sempre (p.115/6)
(408)
Agora um pobre, êle careiro como tudo se pôs, não podia assujeitar-se à despeza d’ir à
cidade p’ra casa/mento ou baptizado, ou mandar vir o padre p’ra um defunto. (p.117)
2.6 In isolation
CORDIAL-SIN
(409)
INF Isto aqui é uma… {pp} Ai, ele! Eu 'desqueceu-me' o nome disso. [AB|É de eles] É
de eles [AB|é] bicarem.
INQ1 Rhum-rhum.
INF [AB|Esses, esses] Esses coisos é modernos. (Isso) é moderno.
INQ2 É?
INF É.
[ALC03]
2.7 In answers to Yes-No Questions
(410)
INQ2 Mas lá para cima para onde? Para Montes de Alvor?
INF Ele não. Da parte (…) da praça que chamam a praça de Alvor […]
[ALV01]
CORDIAL-SIN

(411)
MONOGRAPHS
Ele qu’ê saiba não. (Terceira DIAS 325)
(412)
el na senhora na fui! (Arronches, in Paulino 1959: 153)
(413)
el não!
(414)
Vás à vila? El não! (Arronches, in Paulino 1959: 168)
Quès vender a burra? - Ele nã. (Escusa, in Baptista 1967: 206)
(415)
-Atão a i auga nu) falha?!- Êl não! (Ervedosa do Douro, in Azevedo 1928-9: 160n)
(416)
-Vás trabalhar? –Ele não! (Colos, in Guerreiro 1968: 351)
(417)
Ficas aqui um bocado? – Ele nunca. (não) (Colos, in Guerreiro 1968: 366)
2.8 In question-tag
(418)
CORDIAL-SIN
INF1 Não. Mas esse é diferente. Esse é eléctrico. É diferente.
INF3 Este é de… É a electricidade. Mas esse já conhecem, ele já?
INQ2 Gostávamos de saber os rodízios? Sim.
INQ1 Sim. Olhe, mas o rodízio, ele os rodízios têm uma pedrinha por baixo, onde gira?
[OUT40]
377

3 Postverbal expletive ele
3.1 Verb initial contexts
378
(419)
CORDIAL-SIN
INQ Pois, pois. Sim senhor. Olhe, portanto, quando o, quando eles andam a deitar
aquilo na terra, diz que estão, a deitar o trigo para a terra, diz que estão a quê?
INF1 À mão-cheia. [AB|Quando a gente jo-]
INQ À mão-cheia é o quê?
INF2 Semear à mão-cheia.
INF1 Assim, é à mão-cheia. Conforme vai jogando, joga à mão-cheia.
INF2 Seja trigo, seja cevada (…).
INF1 Seja ele trigo ou cevada ou aveia.
INQ Hã?
INF1 Seja trigo ou cevada ou aveia. Joga-se à mão-cheia.
INF2 Semeia-se à mão-cheia.
INF1 E quando é o rego, é à linha.
INQ Mas isso é para o, só para o trigo?
[PAL22 (ALTE)]
(420)
INQ1 E, e depois quando a água fica, fica coalhada, como é que se lhe chama? Já não se
chama água, pois não?
INF Não. [AB|Quando, quando] Dês que fica coalhada, a gente chama-lhe gelo.
INQ1 E quando aparece assim?…
INQ2 Chamam-lhe o quê?
INF Gelo.
INQ1 Nos tanques e na, na, por cima das folhas…
INF Isso chama-lhe a gente coalhada.
INQ1 Como é que se chamam esses bocados de gelo?
INF Esses bocados, chama-lhe a gente: "É um bocado de gelo" – água coalhada.
INQ1 Não lhe chamam doutra maneira?
INF Não.
INQ1 Caramelo?
INF Ou que seja [AB|o ca-, o cara-] isso, o caramelo. Mas a gente diz é (…): "Um
bocado de gelo" – seja ele um bocado de caramelo. {pp} Isto tanto [AB|se] se aplica
duma maneira como se aplica doutra. Pois. Qualquer das maneiras que uma pessoa diga
para outra, percebe o que é – o que quer dizer aquilo [AB|que se-] {pp}. Que seja: "Um
bocado de caramelo", como seja: "A água está coalhada".
[SRP03]
(421)
INQ2 Portanto, primeiro é borreguinho, depois é borrego…
INF Borreguinho quando nasce e ali enquanto é pequenino, a gente: "Ai, o borreguinho!
Ai, o borreguinho! Ai, o borreguinho"! Ao depois, vai-se desenvolvendo, a gente já
começa a alomear a um borrego.

INQ2 Depois já passa a quê?… Passa a um borrego ou?…
INF Mais ou menos, já [AB|pa-] passa {fp}a borrego, até,
{PH|su�po��mu��=suponhamos {fp}}, até a passar [AB|u-] uma Primavera por cima.
Passou uma Primavera por cima, [AB|passa a] se for fêmea, passa a borrega.
INQ2 Borrega?
INF Borrega – ouviu? –, até a fazer um ano. Se for macho, passa a borrego até fazer um
ano, (o) que seguiu {CT|pr��=para os} dois anos, passou o borrego a malato {pp}
[AB|e] e passou a borrega a malata. As duas letras são iguais. Só a diferença é o da
palavra ser dita um para macho, e outro para fêmea.
INQ1 E depois dos dois anos?
INF Dos dois anos, ovelha! E seja ele macho, passar a carneiro!
[SRP30]
(xxxix)
INQ2 E não havia assim umas coisas redondas de pedra?
INF Não. A gente aqui não usava isso, de pedra. {fp} Era um comedouro, {pp} tinha
uma divisão {PH|�=ao} meio, uma tábua: desta parte aqui era a água e daqui era o
comer. E despois eles já {PH|kum��savi�=começavam} [AB|a] a roer aquilo e a coisa, a
gente agarrava, fazia em cimento, {pp} para eles beberem a água. {fp} (A gente) às
vezes inté era duma cova mesmo do chão, fazia-se o cimento e punha-se ali a água, que
eles bebiam.
INQ1 E essa do cimento, dava outro nome ou não?
INF Não. Era [AB|uma] uma caixa de cimento. {pp} Até se punha e pode pôr – até
pôr… Ele pode pôr um [RP|um] comedouro de cimento.
INQ1 Pois. E não havia nada a que soube-, a que chamassem pia?
INF Uma pia? Pia chamava-se mas era uma pia de dar água {PH|�=ao} gado. Uma pia
para (darem-{PH|l�=lhe}) /dar ele\ água. Por exemplo, ou cavalos [AB|ou {pp}] ou
{PH|a=às} vacas [AB|ou]. "Vai (ali) levar à pia"! [AB|E ou-] E outros é uma selha!
INQ1 Sim. Mas a pia?…
INF Eu já lá tive uma pia em pedra {pp} para dar {pp} a água. E eu já tive uma selha.
Selhas então, já lá (vão) /há\… Já se partiu algumas três!
[ALC30]
(422)
INQ1 Olhe e uma, uma erva que servia para fazer chás, contra a sarna?
INF Uma erva que serve para fazer chás?
INQ1 Sim. Tomava-se chá contra a sarna.
INF Isso há{fp} aí muitos…
INQ2 Essa pergunta é qual?
INQ1 Esta. Está aqui explicado, como explicação.
INF [AB|Há um, há{fp}] ('Houvia' ele) muitas ervas dessas que se fazia chá, mas ele o
nome dela é que eu não sei.
[ALC44]
(423)
INF E ela foi e (ele) aborreceu-se toda e eu{fp}… A comida que estava diante de mim,
mandei com ela {PH|�=ao} chão, parti tudo – parti louça, (parti tudo) – e fui
379

{CT|pa=para a} cama. Meti-me no meu quarto… [AB|Só esta-{fp}] A cozinha é como
aqui assim, e aqui é uma sala, e aqui é [AB|um] um quarto onde eu durmo e tem mais
[AB|um, um] dois quartos para {pp} {CT|pa�=para, às} vezes,
INQ1 Ó cãozinho!
INF – ele {PH|nu�=não} faz mal nenhum – [AB|para] {CT|pra�=para, às} vezes, (vir
ele) gente de fora, que eles, às vezes, ficam lá. E depois, [AB|passando] passando ali
dois – dois anos, dois anos e pouco – vem ela com o miudito. E (este)… Eu
{PH|�vi�z=via-os} andar… Todos os quinze dias iam para Vale de Cambra, com a
médica – chamavam-{PH|l�=lhe}) a Basilissa, que era a que… Bem, quando uma
mulher fica grávida,
INQ1 Pois.
INF ela cuida daquilo para {pp} coiso.
[COV02]
380
(424)
INF1 Olhe, eu uma vez fui [AB|à] à coisa [AB|fui à{fp}]. Então, ele comprava-se
ovelhas. Íamos ele ali {PH|�=ao} Castro de Aire {pp} – não sei se as senhoras sabe o
que (são)?
INF2 Ao Castro, pois.
INQ1 Sei.
INQ2 Sei, sim senhora.
INF1 [AB|A{fp}] A Castro de Aire e eu fui mais o Asdrúbal a{fp} comprar… (Mal
compra-se) – conheces o Bernardino?
INF2 Sei, sei. As senhoras {PH|nu�=não} conhecem mas a gente aqui conhece.
INF1 Fomos lá comprar ovelhas. (Eu) /Ele\ {PH|nu�=não} tinha nenhumas e fui lá
comprar umas ovelhas. Fui lá comprar umas ovelhas a mais ele e lá tudo correu bem.
Viemos, saímos de lá, [AB|ch-] viemos ficar a Reiriz. Chegamos lá a uma loja, nem
tinha pão, nem… Só tinha figos! E nós mortos de fome!
[COV24]
(425)
INF1 E depois fomos lá ficar {pp} {PH|�=ao} curral onde ficou o gado. Saímos de
manhã cedo. Olhe, comemos [AB|aí às] para aí às duas horas da tarde e só comemos
{PH|�=ao} outro dia {pp} para aí às dez horas do dia, ou onze horas. Viemos ficar à
Macieira. Viemos ficar…
INF2 Às Macieiras.
INF1 À Macieira, à Macieira. {PH|nu�=Não} é Macieiras. É a Macieira.
INF2 Sim.
INF1 Ali abaixo do São Macário.
INF2 Sei.
INF1 Ali [AB|àquele] à povoação. Mas encontra-se gente boa.
INQ2 Pois.
INF1 Chegamos lá, eu já não podia caminhar. Eu já não podia caminhar com a fome! E
depois, chegamos lá, à noite, já eram ele {fp} já umas dez horas da noite, chegamos
lá… Eu vinha com uma febre, com uma dor-de-cabeça e febre, pronto! {fp} Vinha
doente, pronto! Depois digo eu assim para ele:"Olha, ficamos em qualquer sítio;
{PH|nu�=não} se solta as ovelhas; [AB|eu já] eu {PH|nu�=não} caminho mais". Vai,

fomos lá bater à porta duma pessoa, dum homem, e ele disse: "Olhe, (é que) eu estou
casado há pouco; {PH|nu�=não} tenho roupas para vos deitar. Olhe, a responsabilidade
do gado eu tomo, que eu meto-o onde está o meu. Mas eu {PH|nu�=não} tenho roupas
para vos deitar".
INF2 Nalgum tempo havia miséria!
[COV24]
(426)
INF É assedado. Por exemplo, se quiser {pp} tirar o linho fino, faz-se desta maneira:
{pp} asseda-se duas vezes, tem que ser duas vezes assedado. [AB|Tira-se o] Asseda-se
o linho e tira-se-{CT|l�=lhe a} estopa. Fica a estopa. Querendo (ele) /eu\ – por exemplo
–, querendo (ele) /eu\ fazer uma teia de sacos, tira-se-{CT|l�=lhe a} estopa… Tira-se a
estopa para (ele) tapar os sacos e o linho é [AB|para] para urdir, não é? Mas quando se
quer fazer uma teia de linho fino, tira-se-{CT|l�=lhe a} estopa, fica aquele linho e
depois fazem-se estrigas – {pp} ou até nem se podem fazer, querendo.
[OUT12]
(xl)
INF A gente, e coisa… Mas se (se) ver que a gente que é para mal… {pp} Porque
{PH|aj=há} vezes que pessoas que, {pp} mesmo por vezes, podem querer assaltar uma
pessoa [AB| ou{fp}esp-] ou espancá-la e o cão [AB|pode (aí)] pode auxiliar [AB|o]
{pp} o dono.
INQ2 Rhum-rhum.
INQ1 Claro.
INF E {PH|aj=há} cães porque {PH|aj=há} cães que se atiram
INQ2 Pois.
INF às outras pessoas {pp}
INQ2 Rhum-rhum.
INF para se (defenderem) /defender ele\ o{fp} dono.
[OUT46]
MONOGRAPHS
(427)
Seja ele ao fim // do tempo que for (Colos, in Guerreiro 1968: 351)
A PLANÍCIE HERÓICA
(428)
Seremos uns brutos, mas em franqueza, pareça êle mal louvor em boca própria, em
franqueza não queremos meças com ninguém. (p.111)
381

3.2 Preverbal XP contexts
382
(429)
CORDIAL-SIN
INQ E assim parecido com Alpalhão não há nada?
INF Parecido com Alpalhão, [AB|eu que{fp}] que eu (acho) /ache\ é Montalvão.
Montalvão é que é assim um bocadinho parecido aqui com Alpalhão. Se (houver aí)
/{PH|o�v��i=houverem}\ de falar mais mal, talvez (seja) /sejam\ ainda eles, {pp} [AB|os
de, os de{fp}] os de Montalvão.
INQ Parece-se muito com isto?
INF Parece-se com isto.
INQ Mas mais diferente daqui qual é?
INF O mais diferente daqui? {pp} Deve de ser Nisa. Nisa deve de ser o mais diferente
daqui.
INQ Mais diferente que os de Portalegre?
INF {fp} Mais diferente e bem mais. Bem, os de Portalegre {PH|�fali�=falam} melhor do
que nós, não é?
INQ Mas os senhores e os de Nisa compreendem-se perfeitamente?
INF Ah, a gente compreende, pois. Isso compreendemos ele bem.
[AAL79 (Alpalhão)]
(430)
INQ1 E há uma que é assim cor-de-laranja,
INF2 Pois. Isso é pequeno.
INQ1 comprida.
INF2 Pois.
INQ1 Mas como é que se chama essa que é cor-de-laranja? Que é assim a modos que
amarela?
INF2 [AB|É o ja-] É o nabo {pp} e há [AB|o na-] o{fp} rabanete.
INQ1 Uma outra, assim compridinha.
INF2 Eu {PH|n��=não} me lembro disso.
INQ1 Diz que faz bem aos olhos.
INF2 Hã?
INQ1 Diz que faz bem aos olhos.
INF2 Ah, bem aos olhos faz ele tudo, [AB|quando {PH|n��=não} haver] quando
{PH|n��=não} haver pouca sorte.
INQ2 Os coelhos comem essa, que você quer.
INQ1 É.
INF2 Os coentros?
INQ2 Os coelhos gostam muito de comer isso.
INF2 Os coelhos comem tudo. O coelho come tudo seja o que for.
[PAL28 (Alte)]

(431)
INF1 [AB|E ele tem] Ele tem acontecido aqui cada uma em minha casa! Chegou aqui, a
mulher: "Ah{fp}"! – com as pernas (todas de rojo) às costas do homem. Diz: "Ó
Arquibaldo"! Disse: "Que é"? "Acode a esta mulher que ela morre".
INF2 E quem era ele?
INF1 Era a de riba de Agualva! E era o gordo, o peru que queria a tua cunhada, {pp} é
que a trouxe às costas!
INF2 Ah! (Isso era). Ai!
[COV22]
(432)
INF1 [AB|E] E depois cheguei a Santa Cruz, olhe que de Santa Cruz para riba, já
{PH|nu�=não} rompia carro nenhum.
INF3 Com neve! Olha a neve [AB|onde] onde ela chegou!
INQ1 Santa Cruz?…
INF1 Santa Cruz. Ali para cima donde vocês {RC|fi-=ficaram} [AB|fi-].
INQ2 Sim.
INQ1 Sim, sim. Eu sei. Eu sei onde é que é Santa Cruz.
INF1 Pois. Ali era uma camada de neve por aí fora, ai Jesus! Nós vínhamos cinco – que
o conselho de família são cinco, vínhamos cinco –, viemos a pé. Até Santa Cruz viemos
de carro, de Santa Cruz para cima viemos a pé. E eu queria vir embora, eles
{PH|nu�=não} me deixaram: "Não. Vais para Cabrum, vais ficar a mais nós", que eles
era tudo de Cabrum, só eu é que era (ainda) lá de cima. Lá fui, lá vim para Cabrum,
cheguei, ele lá dormi, e {PH|�=ao} outro dia quando era de dia – dia já, sol alto, para aí
às oito horas –, saí de Cabrum – olhe que a neve dava-me pelo peito! {pp} Sabe? Olhe
que a neve… Vinha assim com umas botas como estas e a neve metia aqui por baixo
[AB|desta] da coisa, chegava-me até por cima do joelho. A neve por baixo das botas! E
nevoeiro junto!
INF3 Nalgum tempo eram colmadas, agora já não!
INQ1 Agora já não …?
INF3 Agora já não.
INF1 Nevoeiro junto! Não. Agora…
INF3 Até este Inverno (nevou ele) /não 'veu' ele\ nenhum.
INF1 Não. Nevoeiro junto – está a ouvir?–, ia o nevoeiro junto e eu por ali fora… E eu
caminhava assim um bocadito…
[COV27]
(433)
INQ2 Também lhes chamam enxame, a esses pequeninos?
INF1 Enxame, mas é pequenino.
INQ1 Pois.
INF1 E os outros são enxames bons. A gente o que chama (ele) um enxame {pp}
grande é assim com um cortiço aquase cheio de abelhas.
INF2 (Ele é).
INF1 E as abelhas só duram, ou dizem que duram… {PH|nu�=Não} duram mais que
dois a três meses.
[COV37]
383

384
(434)
INQ2 Mas ela é tão pequenina, como é que consegue pôr-se por baixo?
INQ1 Ela não se pode estar por baixo.
INF1 [AB|É peque-] É pequena {pp} onde é que é pequena! [AB|Que há ur-] Desta urze
há muita grande e há 'riaga' também muito grande.
INF2 Pois. Há aí… Às vezes aparece ele aí cada 'riaga'!
INQ2 Ai há?
INF1 E há 'riaga' também muito grande. A 'riaga' é branca e tem ela também a ramagem
mais branca que esta.
[OUT09]
(435)
INF {fp} Depois antes de ir então… Antes até de o espadar, desde que sai do
maçadeiro, nós {PH|��f�����mu�u=esfregamo-lo} com as mãos, muito bem
esfregadinho, que é para que o tasco caia. Depois, põe-se [AB|na] na fiteira; por
exemplo, está aqui a fiteira, a gente agarra aqui [AB|no, no] no linho: "zás, zás" – Eu
gostava tanto de espadar! Gostava. Eu gosto de tudo do linho! –, até que cai o tasco
deste lado. Depois vira-se {pp} {CT|p�u=para o} outro. Depois vira-se ele o que tenho
na mão para baixo. Tem que se virar umas quantas vezes até que fica só a febra. Cai o
tasco e, depois de cair o tasco, fica aquelas mãozinhas de febra que parecem cabelos.
Assim, muito amorozinho.
INQ Não há nada a que chame estriga?
INF Estriga, depois eu já {PH|l�=lhe} vou dizer. Depois é assedado.
[OUT12]
(436)
INQ1 É aquela parte do linho que fica junto à raiz, o tasco?
INF {fp} É à raiz e a tudo. {pp} E a tudo lá para cima.
INQ1 E a tudo.
INF Olhe que este linho está bem fininho.
INQ1 Pois está.
INQ2 Rhum-rhum.
INF Pois eu ao passar o dedo, fica-me ele o coiso cheio [AB|de te-] de arestas.
Chamamos-{PH|l�=lhe} arestas [AB|ao] ao que cai, assim mais fino – arestas.
INQ1 Pois, principalmente é a parte do linho junto à raiz, exactamente.
INF E aquilo {fp} (ele) o linho está dentro [AB|da] daquela caninha, [AB|da] da cana do
linho, não é? É espécie duma caninha, porque fica dentro.
[OUT13]
(xli)
INQ2 Portanto, o fiadeiro era a fogueira que se fazia com os tascos?
INF Pois é{fp}. Era a fogueira {CT|ku�=com os} tascos. Pois (é isso) /é ele assim\.
INQ1 Ah! Está bem!
[OUT14]

(437)
INQ1 E é, e é alguma coisa assim, que pareça isto, assim? [mostra uma imagem]
INF {fp} As pias {PH|�aj��=há-as} quadradas (e) há outras redondas, não é? Conforme
(é) /ele\… Eu tenho-as aí… Que eu também ainda criei [AB|uns] uns leitões assim,
{pp} ainda fiz umas quantas criações. E tenho… Ele aqui debaixo tenho ele assim umas
pias {pp} {CT|p��=para os} pequeninos, para lá comerem, assim compridas, [AB|e são]
e são assim largas.
[OUT33]
MONOGRAPHS
(438)
Aqui está ele um buréque... (Escusa, in Baptista 1967: 145)
3.3 Preverbal subject contexts
CORDIAL-SIN
(439)
INQ2 Como é que faziam? Que cestas é que faziam? De que feitios?
INF [AB|Faziam ce-] Oh, {PH|f��ziu=faziam}{fp} cestas de duas asas,
{PH|f��ziu�=faziam} de quatro asas, cestas pequeninas, grandes, para {pp} as mulheres,
as raparigas (fazerem {PH|n�=a}) /fazer na\ meia. {PH|f��ziu=Faziam} de {pp} diversas
madeiras, de cor… É. {PH|f��zi u =Faziam} muito lindas. É umas madeiras que havia,
ficavam amarelinhas. Eu tinha (ele) um irmão, que trabalha de carpinteiro também
[AB|era]. {fp} Também em{fp} rapazito novo, quando andava com as ovelhas. Quando
andava com as ovelhas [AB|no] {pp} por lá, tinha vagar… Fazia-se rocas {CT|pa�=para
as} mulheres (fiarem) /fiar\. {fp} A gente de primeiro [AB|{PH|nu�=não}] {PH|nu�=não}
estava a ver televisão. A gente agora {pp} tem a televisão, passa o tempo na televisão.
[PFT17]
(xlii)
INQ1 Olhe, às vezes, assim nos currais e isso, há uma coisa que corre, como é que se
chama?
INF Isso {PH|n�=não} sei como se {PH|���mej=chama}.
INQ2 Não tem esse fecho-pedreiro, aqui?
INF Agora assim como aquele além, é o fecho-pedreiro. A minha (tem) /tem ele\
/{PH|�t��j��=tem-na}\. [AB|Tem]
INQ1 É aquele destas portas, aquele que desce. Mas há…
INF Pois, ainda tem o que tem de cima.
[AAL89]
385

386
(440)
INQ1 Olhe, esta é uma que dá, que aparece, que tem as patas verdes e o bico comprido.
INF {fp} É o coiso. É [AB|a] a tarambola. Não é, uma tarambola?
INQ2 Talvez.
INQ1 Olhe, eu acho que tem outro nome.
INF Há a tarambolas [AB|e há os] e há as coisas.
INQ2 Que também aparece nas lagoas, assim nas albufeiras e isso…
INF Pois, pois. Aparece nisso. {fp} A gente chama-lhe mais é tarambolas, as
tarambolas, mas…
INQ1 Não é a mesma coisa que a galinhola?
INF A galinhola, {pp} isso é no mato – a galinhola.
INQ1 Ai, a galinhola é no mato?
INF É. E também ele dá muito ares a esse a galinhola. E isto é… Isto é abibes.
INQ1 Exactamente.
INF Então, e a galinhola também é assim naquele género, não é?
INQ1 É.
INF Mas… Também é daquele género, pronto, (como isso).
INQ1 Pois.
INF E pode ser até que seja, mas como {IP|�ta=está} [AB|aga-] agachada.
INQ1 Agachada não se vê bem.
INF Pois.
INQ2 Pois é.
INF Esse é que eu não sei (o) que é (ele).
INQ1 Ah! Sabe, sabe!
INQ2 Sabe!
[LVR32]
(441)
INF Cá no Algarve é assim. Uma pessoa, a gente é pobre aqui. Juntar para umas
casinhas, ah! Corri o arrasto, nada ganhei. E (daqui ele) /daquilo\ também só dava andar
do arrasto. (Bom), andei a contramestre. {pp} Ganhava mais que uma parte {pp} e
sempre {PH|�f�vur�si�=favorecia}, além de ajuntar mais que um camarada. Sempre
vinha uns patacos. Os outros ganhavam uma parte, eu ganhava duas. Quer dizer, comia
igual a eles e aquela parte era para forrar. Se desse para eles, também davam para mim.
Por exemplo, ganhava num ano dez ou doze contos, ou quinze contos, ou dez ou doze –
não era nada – ou quinze contos, que ganhava-se pouco, agora é que ganham mais. Quer
dizer, com os dez ou doze contos comia igual a eles {pp} e podia forrar cinco ou seis
num ano; {CT|p�=para o} outro ano forrava sete ou oito, e para o outro ano… E assim
forrado, já dava mais que uma parte, que uma parte só. E também andei em enviados,
também dava mais uma parte e fui ajuntando os períodos. Há quem tenha uma ideia e há
quem tenha outra. Ele é assim. A gente tem uma ideia que há-de chegar, e tem umas
casas para morar; e outros {PH|n��=não} têm, a gente {PH|n��=não} pode (vir-lho dar).
Agora quem {PH|n��=não} tem nunca (ele) /{PH|l�=lhe}\ pode comprar.
INQ Pois é.
INF Sim, quem {PH|n��=não} tem nunca pode comprar. E as ideias {PH|n��=não} são
iguais. Há quem diga assim: "{fp} Ah, isto é comer e beber enquanto são novos. E a
gente (cada qual tem a sua ideia)". E eu digo então: "Comer e beber é depois de ir mais

{CT|pa=para a} idade". Sendo novos, forramos e depois quando se chegar à idade mais
avançada, já {PH|n��=não} se pode trabalhar, temos então é que comer e beber…
[ALV36]
(442)
INF3 E de que é que se {PH|�faj=faz} um arrocho?
INF1 De um pau direito.
INF2 Direito, que torto ele já está feito.
INF1 Torto, ele já está feito.
INF3 Direito, não é? É, sim senhor.
INF1 Já {PH|nu�=não} (é) preciso.
INF3 Porque o… Porque o…
INF2 O Augias sai com cada uma!
INF3 [AB|O torto já] O torto já é ele, (ali) torto. Agora, {pp} estando direito, faz-se o
arrocho.
INQ Torto já é ele.
INF2 Pois.
INF3 É, sim senhor. Agora uma sobrecarga é feita de cabedal.
[OUT01]
MONOGRAPHS
(443)
O nosso compade Joã Ceguinhe vai ele stande rique e a gente pobre… Com’é qu’ele
arranjô isto?” (Escusa, in Baptista 1967: 208)
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