Exposição Bibliográfica Retrospectiva - Fundação Biblioteca Nacional

taumatúrgica numerosas figuras e escolas longamente soterradas
na memória dos sábios. Tal fenômeno arrancou de Emilio Castelar,
aliás seu perpétuo e ferrenho antagonista, a seguinte confissão:
«El saber que revela esta obra honraria de seguro, no a un
mozo en sus floridos anos, sino a una sociedad de benedictinos
que se transinitiera en largos períodos de tiempo el vínculo
secular de la ciência» (Em Garcia y Garcia de Castro, Menéndez
y Pelayo, pág. 99). Tampouco Azorin oculta seu assombro de
«cómo un hombre haya podido investigar tanto y escribir tanto»
(Em A B C, 1-VIII-1954).
Bonilla San Martin diria de Menéndez Pelayo, no ano de sua
morte: «Fué el génio de la raza que se cernió con potente vuelo
sobre todas las esferas de la erudición, de la crítica y de la
historia». E na mesma data escrevia em Nova York o erudito
norte-americano M.A. Buchanan: «It may be doubted whether,
for extensive and profound knowledge of European literature,
ancient and modern, Menéndez Pelayo has ever had a peer»
(Em The Nation. 20-VI-1912).
A pergunta, porém, surgia espontânea de todos: Como pode
um homem ler tanto? Porque era notório que Menéndez Pelayo
lia tudo, absolutamente tudo que analisava ou declarava ter lido.
A resposta, dava-a Clarín (pseudônimo de Leopoldo Alas) em
seu festivo estilo: «iCómo puede ser esto? ^Cuándo lee tanto
Marcelino? Que estudia mientras come, ya lo sabemos; pero esto
no basta. El problema no tiene solución si no admitimos también
que lee mientras duerme. Sí, lee mientras duerme, así como tantos
lectores, y algunos críticos, duerinen mientras leen» (Em Epistolado,
Madrid, 1953, p. 121).
Seu biógrafo Artigas aponta ainda outras respostas anedóticas:
que lia nas duas páginas do livro a um tempo; que tinha tão
prodigiosa retentiva que localizava de memória todos e cada um
dos volumes de sua biblioteca; e recordava com fidelidade as
páginas e linhas em que se achava tal ou qual sentença, etc. (Em
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