10 start ups CESAR cria Plataforma Integrada de Geração de Startups Fotografia Alcione Ferreira
Pesquisas realizadas pela Fundação Dom Cabral, nos anos de 2012 e 2014, respectivamente, revelaram as causas da mortalidade de startups brasileiras. O primeiro relatório constatou que os empreendedores brasileiros que tiveram suas empresas fechadas se escondem atrás de uma cultura de intolerância ao fracasso e deixam o insucesso ser um desestímulo para o empreendedorismo em série no Brasil. Mas por que essas empresas não conseguem se estabelecer no mercado? Quatro pontos foram destacados: falta de conexão do produto com uma necessidade concreta de mercado; dificuldade de montar um bom time; escassez de capital e falta de estratégias de negócios. 11 Já em 2014, a pesquisa foi focada em compreender características, comportamentos e atitudes de empreendedores de startups. Baseado nisso, ficou constatado que o número de sócios envolvidos é um fator de risco para a sobrevivência da startup; o volume de capital investido, anterior ao início das vendas, pode representar um risco à sobrevivência do negócio; e o local de instalação pode determinar as suas chances de sucesso. Observando esses cenários, o CESAR criou a Plataforma Integrada de Geração de Startups (PIGS). “Com os dados dessa pesquisa realizada pela Fundação, acrescentando o nosso aprendizado adquirido na aceleração de duas turmas de startups no CESAR.LABS, montamos a plataforma que vai começar a funcionar ainda neste segundo semestre”, afirma Filipe Pessoa, executivo chefe de empreendedorismo do CESAR. Ampliar a eficiência de geração de startups, atuando nos elos anteriores à aceleração propriamente dita, ou seja, nas fases de identificação das oportunidades de inovação e nas práticas de exploração é um dos objetivos do projeto, que é dividido em três fases. Na primeira, chamada de Observação, a meta é identificar oportunidades de inovação em segmentos de mercado ou cadeias de valor específicas. Em seguida será feita a fase de Experimentação, onde serão realizadas atividades de exploração e prototipação partindo dos briefings de inovação. Por fim, é a hora da Aceleração, onde será utilizada a metodologia já desenvolvida e testada pelo CESAR de forma intensiva em times de empreendedores para seu amadurecimento. Nesta etapa final do programa, as startups contarão com acompanhamento estruturado em mentorias, capital, consultorias especializadas e conexões. “Os times terão um período de até nove meses para chegar a um MVP (Produto Mínimo Viável) que gere demanda por parte dos clientes potenciais, cujas oportunidades de inovação foram identificadas e exploradas nas fases anteriores da plataforma”, explica Filipe. O programa também vai qualificar 80 potenciais empresários em métodos e processos de identificação e exploração de oportunidades de inovação, bem como em prototipação e validação de MVPs, além da criação de um documento metodológico contemplando as etapas de realização do projeto contendo exemplos ilustrativos da aplicação da metodologia.