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32º DIGITAL BUSINESS CONGRESS

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34 32º

34 32º Digital Business Congress IS THE RECOVERY AND RESILIENCE PLAN TRANSFORMING THE PORTUGUESE DIGITAL LANDSCAPE? KNS: Pedro Dominguinhos Presidente da Comissão Nacional de Acompanhamento do PRR “Os dados mostram a necessidade de ir mais depressa nas PME. Até que ponto o PRR está alinhado com este diagnóstico? Portugal tem 650 milhões de euros e, se juntarmos a resiliência em termos de formação em STEAM, tem mais 200 milhões de euros. Estamos a falar de 850 milhões na área da digitalização. Com uma componente relevante de verbas destinadas à AP, seguindo-se a área do capital humano e depois os programas dirigidos às PME” “Nas PME, destaco projetos como os Digital Innovation Hubs, a Rede Nacional de Tests Beds, a internacionalização via e-commerce, os vouchers startup e o programa Coaching 4.0. ” “O desafio de 2023 é colocar os programas do PRR no terreno, para que as empresas possam beneficiar destes apoios. Estamos a falar de PME, que têm uma capacidade financeira mais reduzida. Este é um desafio fundamental e é algo que temos de acelerar. Até porque algumas destas metas e marcos são profundamente exigentes no tempo. Estamos perante um programa muito ambicioso, que exige um compromisso muito grande de todos” Armindo Monteiro Presidente, CIP – Confederação da Indústria Portuguesa “De quem é a culpa no atraso do PRR? O pecado original está na forma como foi construído. Logo desde o início houve uma tremenda falta de ambição. Trata-se de um investimento e por isso na Europa chamase Next Generation, mas em Portugal chama-se Plano de Recuperação. Se o PRR se aplicasse às empresas, na sua linguagem, o time to market já estava obsoleto. Hoje, não é elegível para a maioria das necessidades e prioridades das empresas” “Como é próprio das empresas, aproveitam sempre ao máximo o que é possível. O que esperamos é que, ainda com todos estes handicaps de base, que chegue rapidamente. Mas, para isso, é preciso que a administração do PRR confie mais nos seus agentes económicos. Há entidades portuguesas em quem se confia, que estão na esfera da AP, e outras em quem não se confia, que estão na esfera privada” “A transparência e a aplicação correta do PRR são requisitos. Este dinheiro não é gratuito, visa um investimento. Nas empresas, a procura ultrapassou várias vezes a oferta. É uma prova que os privados estão disponíveis para investir. Mas muito do que está neste momento a ser gasto na AP é em OPEX e não em CAPEX. O que é exigido ao privado não está a ser exigido ao público”

ECONOMICS IS ALL ABOUT DISRUPTION? YES, LET’S DEBATE HOW Victor Calvo-Sotelo General Director, DigitalES “Em Espanha temos o mesmo tipo de discussões. Com uma diferença, de em Portugal haver uma comissão independente para o acompanhamento da aplicação do PRR, que não temos. E deveríamos ter. Há muitas formas de colaboração entre o Estado e os privados, mas não uma entidade destas, que poderia ajudar, porque a quantidade de dinheiro é tão elevada, sabemos que o Estado poderá ter dificuldade em lidar com isso. Até pela complexidade da administração” “No ano passado, para evitar processos muito complexos, o governo apostou na simplificação para a atribuição dos fundos ao setor privado. Mas ainda não é suficiente. Continua a ser mais fácil dentro do setor público. Enquanto em Portugal a maior parte do dinheiro do PRR vai para o setor público, em Espanha vai para o privado. Mas, definitivamente temos de acelerar este ano” “Precisamos de fazer as coisas de forma diferente. Temos mais de um milhão de PME e no apoio a elas os organismos públicos terão de aplicar três mil milhões de euros para a sua transformação digital. Com a criação de um novo sistema de procurement, todo feito online e da forma mais simples possível. É uma das razões do sucesso” Ricardo Reis Professor de economia, titular da cátedra A.W. Phillips, London School of Economics “Há um ano e meio, estava otimista, porque as mudanças que estávamos a ter no mundo têm sido benéficas para Portugal. Incluindo a pandemia. O país tem oportunidades, mas tem de saber agarrá-las. Estes benefícios têm de se concretizar e não vejo dinâmica para os aproveitar. Isso vem do Estado, mas também das mudanças na configuração do mercado internacional, que exigem foco” “A elevada carga fiscal é um obstáculo ao crescimento económico. Não há ferramenta mais poderosa de um estado para afetar a economia do que a fiscalidade. Altera o retorno de todas as atividades económicas. A estabilidade fiscal é muito importante, porque é impossível poder planear sem isso e Portugal não o tem conseguido oferecer. Espero que melhore” “Temos de ganhar escala, virada para o mercado externo, em empresas e talento. Este é o desafio, para darmos o salto seguinte. É um grande foco a ter nos próximos tempos. O sucesso do PRR dependerá muito da qualidade da sua aplicação e isso não se vê nos planos e números. Tudo depende da capacidade de acompanhar a execução, testar, experimentar, aprender com o que correu bem e mudar. Corrigir rapidamente a qualidade da afetação de recursos é muito importante”

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