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11 months ago

32º DIGITAL BUSINESS CONGRESS

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38 32º

38 32º Digital Business Congress NEW CYBERSECURITY OPPORTUNITIES & RISKS KNS: António Gameiro Marques Diretor-geral, Gabinete Nacional de Segurança (GNS) “A cibersegurança, tal como outras áreas, junta uma trilogia ganhadora: setor público, indústria e academia. Temos de apostar nela. Se no atual contexto do mundo real, o equilíbrio entre o físico e o virtual é ténue e se verificam ataques a dois dígitos, o que poderá vir a acontecer no futuro, com a implementação sucessiva de tecnologias disruptivas na nossa vida? Há muitas questões por responder” “O problema do talento é de dificil resolução e poderá, no futuro, ter consequências estratégicas, com a progressiva redução de funções essenciais do Estado, incluindo as de identidade soberana, que podem ficar nas mãos de empresas cuja estrutura acionista não controlamos. Isso é algo em que temos de refletir. É a minha posição, como convicto defensor das democracias liberais” “Quando cooperamos é poderoso, em prol da modernidade, da segurança coletiva. É absolutamente ganhador. Ter o compromisso das lideranças é também essencial, pois sem ele não conseguimos fazer nada. Tal como capacitar coletivamente, para superar adversidades, o que implica o empenho de todas as organizações e pessoas. Isto representa o nosso maior desafio” Carla Zibreira Digital Trust Business Unit Director, Axians “Em termos de cibersegurança, ainda há a ideia nas empresas de que é um custo e não um investimento. O que traz muito para cima da mesa a dificuldade de justificar o investimento que tem de ser feito, sem ter o respetivo retorno. Tem de se explicar a quem decide nas organizações, no sentido de perceber o impacto que estes ataques podem ter no negócio” “Há um fator que influencia diretamente o custo da segurança: as pessoas. Há falta de capacidade e talento nesta área. Também as vamos buscar ao IT e roubamos pessoas, o que se traduz num aumento dos valores dos salários. A tecnologia de per si não resolve nada, precisamos de pessoas com massa cinzenta por detrás. Mas é um negócio em crescimento. Há aqui uma oportunidade” “Temos de entender o minset de quem ataca, de ter sensibilidade ao risco e por isso temos piratas bons nas nossas equipas. Temos de ser malandros e o sucesso do que fazemos e das recomendações que damos aos nossos clientes está muito baseado na aproximação e conhecimento que adquirimos dessa forma”

Luís Antunes Professor Catedrático, Universidade do Porto Rui Shantilal Managing Partner, Devoteam Cyber Trust “A cibersegurança hoje tem uma importância muito grande porque nem a internet, nem os sistemas de informação, foram desenhados para serem seguros, mas para serem resilientes. Nunca esperámos um crescimento tão rápido e uma dependência tão rápida deste tipo de tecnologias. Quanto maior é a evolução, mais vulneráveis ficamos. Aqui, as academias têm uma grande responsabilidade” “Sempre houve uma grande pressão nas equipas de desenvolvimento para avançar com produtos, sem importar como. Na AP é claro que isso aconteceu. Mas o privado também não é exceção. Se houver problemas de segurança, resolve-se depois” “Um em cada cinco talentos no mercado nacional já trabalha do país para o exterior, pois são altamente atraentes para mercados onde o ordenado médio é mais alto. Ganham duas ou três vezes o ordenado que recebiam. Perante esta realidade, as empresas de TI e de cibesegurança ou se conseguem internacionalizar e começam a pagar valores iguais aos de lá fora, ou os seus clientes terão de pagar mais pelas soluções. E não vão querer. É um problema que tem de ser debatido” “Há outro elefante na sala: temos de pensar de forma estruturada em como conseguir dar benefícios fiscais para não perdermos o talento nacional. Esta é a realidade todos os dias em Portugal” “Os ataques resultam de um desafio intelectual, tudo começa aí. À data de hoje os grandes ataques são oportunistas. Algo se passou com algum recurso humano que fez alguma coisa mal. Gosto de avaliar o risco de fora, mas isso não é suficiente. Tem de se avaliar o risco de dentro. Porque, na maior parte das vezes, não estamos protegidos. Cibersegurança implica um conjunto de várias componentes” “Há uma parte dos cibertataques que ainda são oportunistas, mas há cada vez mais especializados em grandes empresas ou até setoriais. Sempre com o objetivo do lucro. Se os atacantes estão cada vez mais sofisticados e organizados, também teremos de estar. Neste momento o cibercrime continua a crescer e ainda vai à frente”

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