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11 months ago

32º DIGITAL BUSINESS CONGRESS

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44 32º

44 32º Digital Business Congress THE STATE OF THE NATION OF COMMUNICATIONS Luís Lopes CEO, Vodafone Portugal “A nossa indústria na Europa está fragmentada e os operadores têm uma subescala que tem de ser endereçada. Temos perto de 100 operadores e 600 MVNO. Há cinco vezes menos operadores e menos de metade dos MVNO em países como os EUA. O resultado prático desta fragmentação é que os investidores das telcos na Europa não olham para ele com especial apetite. É uma realidade” “O negócio que foi proposto e que está sob apreciação da AdC, de compra da Nowo pela Vodafone, tem como racional estratégico uma oportunidade de acelerar investimentos na Nowo, que tem uma rede de cabo já bastante desatualizada. Com mais vantagens para os clientes. Estamos há 30 anos no país e com uma visão de longo-prazo” “Há seis empresas, todas baseadas nos EUA, responsáveis por 50% de todo o tráfego que circula nas redes nacionais de telecomunicações. É um tráfego que vai exigir ainda mais investimentos em 5G e em capacidade e aqueles utilizadores da infraestrutura não pagam nada por usá-la. Este é um grande debate para a indústria, porque esta também deveria contribuir para a rentabilização do investimento. É urgente que se tome uma decisão nesta matéria” Miguel Almeida CEO, NOS SGPS “É evidente que o regulador tem uma narrativa que construiu com base em não factos e falácias, para levar a cabo uma agenda que é pessoal e ideológica. Todos sabemos isso. Era impossível levar a efeito essa agenda sem construir essa narrativa falsa, nomeadamente a dos preços. A concorrência do mercado faz-se por tudo. Há investimento, há serviços de nova geração, existe disponibilidade e há penetração e subscrição de serviços” “A explicação das motivações de entrada de novos operadores é de criação de valor económico para quem faz essa jogada. Em Portugal não há espaço para mais do que três operadores. Basta olhar para o resto do mundo e para a Europa. Porque só isso permite investimento e concorrência. Quem faz uma jogada entra, destrói e faz confusão, sai e ganha com isso. A curto-prazo, pode traduzir-se em preços mais baixos, porque é essencial para quem tem zero de quota. Mas deveremos ter visão de curto-prazo imediata, ou de médio e longo-prazo?” “Espero que o novo regulador tenha um perfil que convide ao diálogo. Historicamente esse diálogo produziu resultados, mas perdeu-se nos últimos seis anos. Espero que exista uma consciência do que é a missão da Anacom, sendo, quiçá, a mais importante, a de assegurar um ambiente concorrencial e sustentável nas telecomunicações. Que tem sido completamente ignorado”

CLOSING SESSION Ana Figueiredo CEO, Altice Portugal “Sempre dissemos que no futuro íamos assistir a mais movimentos de consolidações. Por isso não nos espanta esse movimento, seja em Portugal, seja na Europa. Somos um investidor de longo-prazo, estamos satisfeitos com a operação em Portugal. Temos crescimentos de receitas a dois dígitos. Estamos satisfeitos com o que temos feito e a nossa estratégia tem provado que é bem-sucedida” “Precisamos de previsibilidade e estabilidade regulatória para investir, porque o retorno é obtido a longo-prazo. O ambiente regulatório tem de nos ajudar, porque para rentabilizarmos o 5G como indústria, vamos ter de operar em parceira. Criando plataformas e utilizações. A abertura do ponto de vista regulatório tem de existir. Temos de saber como monetizar em cima do 5G. Este é um caminho que vai ser feito” “Nas big tech, a discussão está a ser feita a nível europeu. Não queremos que se transforme num imposto nem num financiamento público. Deve haver um diálogo, uma negociação, entre os operadores tecnológicos e os operadores de telecomunicações. Existe um desequilíbrio muito grande, de 1 para 10. O nosso nível e a nossa pressão regulatória é muito superior. Temos inúmeros deveres em todas as áreas que se traduz em mais investimento e maior estrutura de custos. Não queremos planos inclinados” João Galamba Ministro das Infraestruturas “É necessário o esforço coletivo de todos os atores do setor, a quem endereço desde já o meu apreço pelo importante contributo que deram ao setor e pelos benefícios que têm trazido a todos os portugueses. É necessário também um diálogo aberto entre regulador e regulados e entre estes e o governo. E é necessária uma separação adequada entre as políticas públicas que devem ser promovidas e prosseguidas pelo governo e as medidas regulatórias que cabem à Anacom” “Para o futuro, espero um setor onde haja lugar à crítica e ao diálogo construtivos, ao respeito institucional, à procura equilibrada de soluções para o desenvolvimento do setor e para a defesa dos consumidores, procurando sinergias e melhorando processos produtivos” “É nestas linhas que se deve desenhar e executar a política de comunicações de que o país necessita, com o envolvimento de operadores, autarquias e com o papel importante do regulador como fator de estabilidade do setor”

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