Obra Completa - Universidade de Coimbra

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t UNIVERSIDADE DE COIMBRA 

Biblioteca Geral 

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TABOAS 

MINERALÓGICAS 

PELO 

. r tsíécmuei (fyay.ona, 

Línte tle Prima da Faculdade de Filosofia na Universidade de Coinihrs. 

Seyunda Edição. 

COIMBRA, 

NA IMPRENSA DA UNIVERSIDADE. 

1U 3 5.

I 

AO LEITOR. 

IÔgo que fui encarregado de dar , ro curto espaço de um 

anno, as lições de Zoologia e Mineralogia a ouvintes, que entrão 

pela primeira vez no vastíssimo campo da Filosofia Natural; 

a escolha de um Compendio idoneo para as lições de Mineralogia 

foi um dos princ.ipaes objectos dos meus cuidados. 

Examinei com grande attenção todos quantos pude haver á 

mão , publicados pelos JVIineralogistas mais celebres , e que 

actualmente figurão com merecida dislincção na Llepublica das 

Letras. De todos porém nem um ÍÓ pude achar, que, ou por 

extenso, me não absorvesse também o tempo, que devo destinar 

para as lições de Zoologia; ou eirs razão do methodo , não suppozesse 

outros conhecimentos, que os meus ouvintes ainda não 

possuem. Movido pois somente pelo zêlo do Ensino Publico, me 

determinei a ordenar e publicar as seguintes Taboas, pelas 

quaes me persuado, que dentro de pouco tempo, e sem dependencia 

d'outros conhecimentos da Fysica e da Chymica, 

além dos que explico nos Prolegomenos , se poderáõ conhecer 

e differençar por caracteres de Classe, de Ordem e de Especie, 

eíc. 03 corpos mais notáveis e mais úteis do Reino Inorgânico. 

Vê-se pois, que o meu fim não foi o amor da gloria, mas só 

a facilidade da Inslrucção Publica sobre este importante ramo 

da Filosofia Natural. Se o efleito corresponder ás minhas intenções, 

nada mais Lerei que desejar. (*) 

l ôd-C âòar/ OiM. 

(*) Achando-se acabada a 1edição das Talioas Mineralógicas, rpie forão novamente 

nôpiadas pela Congregação da Faculdade de Filosofia para Compendio do i." Aimo , se 

mandou reimprimir a presente edição em 4.",

P R O L E G O M E N O S. 

^m-IPZ — 

§• I. 

A. Mineralogia é a parte tia Historia Natural, que ensina a conhecer os 

corpos inorgânicos, que existem no seio (la terra , ou á sua superfície : con- 

seguintemente são ohjecto da Mineralogia as Terras, as Tedras, os Saes, as 

Substancias combustíveis, os Metaes , e o proprio Ar, e a própria Agua. Se a 

Fysica se encarrega de calcular a acção reciproca das massas umas sobre as 

outras , classificando as propriedades e não os corpos ; e se a Chyroica faz co- 

nhecer as leis da Analyse e da Synthese: a Mineralogia distingue os corpos, 

que são realmente dilferentes , e approxima aquelles, que tem entre si re- 

lações ou numerosas, ou muito importantes : designando o lugar, que com- 

pete ás differentes especles de Mineraes nesta união , e cadêa de entes , 

chamada Natureza. 

S- ir. 

Todos os corpos da Natureza ou tem vida, e se chamão organizados; 

ou nao a tem , e se chamão inorgânicos. 

Os que tem vida , ou são dotados de faculdade voluntaria para o mo- 

vimento, de sensibilidade e de certa cavidade interna para receber os ali- 

mentos, donde se distribuo o chylo ; e são os animaes : ou são destituídos 

de faculdade voluntaria para o movimento , e de sensibilidade, e recebendo 

o succo nutriente por numerosos poros, o distribuem por uma grande quan- 

tidade de vasos ; e estes são os vegetaes. 

§. III. 

Os corpos organizados crescem por effeito de substancias transportadas 

para o seu interior, ou postas unicamente em contacto exterior com elles: 

sendo recebidas, ou todas, ou parte, por apparelhos, que tem a pro- 

priedade de as modificar, conduzir e fazer gyrar por todas as partes do 

;etal, assimilhal-as a essa» mesmas partes, depôl-as nos lugares

PROLEG OMENOS. 13 

convenientes, e concorrer para o seu crescimento. E como a substancia 

nutriente é levada para o interior, aonclecomeça a nutrição, e dahi se estende 

para todas as outras partes; por isso a este modo de crescer chania-se por 

intus-suscepção: e aos apparelhos destinados a modificar as substancias, que 

servem para o dito crescimento , dá-se o nome de órgãos. Como os animaes 

e vegetaes são providos dos ditos apparelhos, compete-lhes o nome commura 

de corpos organizados, c de nelies se observarem os ofíeitos de todas aquel- 

Ias fuucçóes, de cuja somma e complexo resulta a idêa da vida, a uns e 

outros pertence o nome de entes vivos. 

f, IV. 

Todos os mais entes, que não vivem nem morrem , formão-se e cres- 

cem de uma differente maneira da dos entes , dotados de vida e sujeitos á 

morte. Assim os Mineraes formão-se pelo ajuntamento de moléculas, reuni- 

das pela força das afinidades; e augmentão de volume em consequência de 

novas camadas, que vão vestindo as suas superfícies: consegui ntepi ente 

crescem por juxta-posicáo, ou aggregação; e como são destituídos de orgáos, 

chanião-se inorgânicos. 

Mineralia crescunt sine vita , et sine succo in vasis circulante. Wallei io. 

Lapides crescunt; vegetabilia crescunt et vivunt; anisnalia crescunt, vi- 

vunt ct senliunt, Linneo. 

§. V. . 

Dabi vem, que passando nós a fallar da divisão ou reino denominado 

inorgânico, vamos tratar da sciencia, a que dêmos o nome de Mineralogia. 

Porquanto aos entes e substancias mineralógicas, que ella comprehende, 

não competem as propriedades vitaes, só próprias do reino orgânico. 

§. VI. 

Os Mineracs podem comparnr-se uns com os outros em diversas consi» 

d era çó es, e dahi nascem os cinco ramos distinctos, em que podemos dividir 

a Mineralogia. 

i.°Oryctognosia. 2. 0 Chymica mineral. 3." Geognosia. 4." Mineralogia 

geografica. 5." Mineralogia economica. 

i." 

A Oryctognosia tem por objecto o conhecimento especial de cada uma 

das substancias mineraes simplices, paios seus caracteres exteriores e pro- 

priedades, arranjaadu-as par uma ordem systematica e natural.


A Cliymica mineral ensina a conhecer as differentes propriedades chy- 

micas dos diversos mineraes ou fosseis, e quaes stjão os principios consti- 

tuintes, de que se coinpoem. 

3.' 

A Geognosia faz conhecer o jazigo dos mineraes; isto é, a maneira 

como existem no seio da terra; as matérias, que os acompanháo; e as suas 

relações com a constituição fysica do Globo Terráqueo; sendo do seu parti- 

cular objecto os mineraes misturados. 

4' 

A Mineralogia geografica descreve os mineraes dos diversos paizes, 

arranjando-os pelas suas lociilidades. 

5.' 

A Mineralogia economica ensina os usos e utilidades dos mineraes. 

Por tanto a Mineralogia considera os mineraes ou em si mesmos; ou em 

relação ao Globo Terráqueo ; ou em relação ao homem , pela utilidade que 

lhe podem prestar. 

VII. 

Os mineraes ou são simplices, ou misturados: os simplices são aqtielles, 

que appresentão uma contextura homogenea , ainda que de ordinário 

sejão compostos de muitas terras, ou outras substancias, mas em moléculas 

imperceptíveis: os misturados são formados de uma aggregaçáo de mine raes 

simplices em parcellas distinctas, como são as grandes massas lapideas , a 

que se dá o nome de Kochas : estes são objecto da Geognosia; aquelles da 

Oryctognosia: e começando pela Oryctognosia , serão os mineraes simplices 

o nosso primeiro objecto. 

VI». 

Se a descripçáo dos mineraes simplices deve ser tirada dos seus differentes 

caracteres e propriedades as mais constantes, a fim de que pela sua reunião 

se possa com segurança reconhecer cada uma das substancias mineraes; 

nos os dividimos i." em Caracteres fysicos; a." em geometrieos; em 

«hymicos. 

IX. 

Caracteres fjrsicos. 

Caracteres fysicos são aquelles, para cujo conhecimento não é preciso

B PR OLEGOMEifOS. 

fazer mudança notável no estado da substancia , que os appresenta , p. por isso 

apparecem , sem que se altere a natureza dos mineraes. * 

1." Cor: Neste caracter deve examinar-se: a sua especie, a sua intensi- 

dade, ea eòr da superfície do mineral, comparada com a do seu interior; 

o reflexo ou còres, desenhos ou figuras, que appresenta; se os reflexos da 

luz são moveis, appareeendo e desapparecendo alternadamente; e a sua 

alteração. 

2." Brilhantismo, on reflexão dos raios da luz: Em quanto a' intensi- 

dade, pôde o mineral ser brilhante; muito brilhante; pouco brilhante ; 

baço, ou sem lustre. Em quanto á especie, ou évitreo; ou gordo; 011 de 

•cera; ou de seda; ou de madre pérola; 011 de diamante; ou metallico. O 

mineral recem-quebrado appresenta ás vezes certo brilhante particular, cuja 

observação é muito importante. 

3." Transparência : È a propriedade, que alguns mineraes tem , de 

•darem livre passagem aos raios da luz. Este caracter c de ordinário o resul- 

tado de uma combinação perfeita, mas nem sempre a opacidade é prova do 

contrario. Observando-se distinctamente os objectos a travez de um mineral, 

este tem o nome de diafano: percebendo-os só confusamente, semi-d ia fano : 

dando aoenas algum 1 passagem á luz, sem que esta pinte os objectos, translú- 

cido : e chama-se opaco aquelle, que inteiramente resiste á entrada da luz. 

/F." Rjfracção: Chama-se refracção ao desvio, que experimenta um 

raio da luz, passando obliquamente de um meio para outro de differente 

densidade. A refracção ou é simples ou dobrada: simples, quando se observa 

uma só imagem do objecto , visto a travez de duas faces de um mineral dia- 

fano: dobrada, quando a substancia do mineral diafano divide o raio da 

luz, que a penetra, em duas partes, obrigando-as a seguirem differentes 

caminhos, e offerecendo então ao observador duas imagens de um só objecto. 

5." Basnra : É o pó, que dá o mineral, raspando-se com a faca. Deve 

uotar-se se é da mesma ou de differente côr do mineral, e se a raspadura 

dá brilhante ao mineral sem lustro, ou baço. 

G.'' Inquinamento : Por esta palavra se entende o traço on nodoa , que 

o mineral deixa, esfregando-o por um papel , 011 entre os dedos. Observe-se 

se o ininerd é ou não iuquinante, e os differentes gráos de inquinamento. 

7.° Apegamnnto á lingtia: É a adherencia , que alguns corpos posto; 

na extremidade da Iingua contrahem com ella de maneira, que querendo-oJ

PROLEGOMENOS. 9 

despegar, se experimenta certa resistencia: este effeito provém da faculdade, 

que tem os corpos, de absorver a saliva, que humedece a lingua, e de 

entrar em contacto mais imniediato com este orgão. A força do dito apcga- 

mento pode ser muito forte , medíocre , fraca , ou muito fraca. 

8.° Unctuosidade: E a propriedade, que tem alguns mineraes, de 

appresentar uma superfície gorda ou unctuosa ao lacto. Diz-se por isso que 

um mineral é magro, quando é sècco ao tacto, e sem unctuosidade alguma ; 

pouco gordo , gordo , ou muito gordo, segundo o maior ou menor gráo, 

em que elle possuir esta propriedade. 

g.° Cheiro: Observe-se , se este por si se desenvolve; e pode ser bitu- 

minoso, alguma cousa sulfuroso, ou argilloso: Ou se é necessário desenvol- 

v'íl-o pela expiração, dirigindo-lhe o vapor do hálito; tal é unicamente o 

cheiro argilloso : Ou pelo attrito ; o qual faz appaiecer o cheiro urinoso, de 

alho, sulfuroso e o empyreumatico. 

10. 0 Sabor: Basta (commummente) applicar a lingua sohre algumas 

substancias mineraes, para conhecer o seu sabor , o distinguir o amargo do 

adstringente , do doce , etc. 

11." Temperatura : E o gráo de calor proprio de 11111 corpo: este cara- 

cter conhece-se pela sensação mais ou menos fria ; e cxperimenta-se tocando 

o mineral. 

12. 0 Peso: Peso especifico è o peso de uni corpo, comparado com o 

de outro de igual volume: sejão A e B dois corpos differeules ; ir.as ue vo- 

lume igual: se o primeiro pesar 2 onças , e o segundo 8 onças, diremos que 

o peso especifico de B relativamente ao corpo A é 4; porque 2 r -: 8*" r -:: 1 :4. 

Tem-se adoptado a agua pura para termo geral de comparação, tomando-se 

por unidade do peso especifico o peso de um volume qualquer de agua, 

igual ao volume de outro qualquer corpo, que com cila se compara ; por 

tanto depois de conhecido o peso absoluto de qualquer corpo , e o de um 

vol-ume igual d'agua pura, facilmente se determina o peso especifico do 

mesmo corpo , fazendo esta proporção : Opesoabsoluto do volume d agua 

tstá para o peso absoluto do corpo

IO PROLEG OMENOS. 17 

Toda a diíficuldadc pois se reduz a determinar o peso absoluto de um vo- 

Iuniedagua , que seja perfeitamente igual ao volume do corpo, cujo peso espe- 

cifico se quer achar : Para isto recorremos a um principio , que nos ensina a 

IIydrostatica; a saber, que um corpo mergulhado em um fluido perde tanto 

do seu peso , quanto pesa o volume igual do fluido por elle deslocado. 

Supposto este principio, é claro que se depois de sabermos o peso de um 

corpo pesado no ar, o pesarmos de novo mergulhado n'agua , a differença 

entre estes dois pesos mostrará qual seja o de um volume dagiva igual ao do 

nicsino corpo. Supponliauios, que um pedaço de chumbo pesou no ar 24 

oitavas, e que mergulhado 11 agua mostrou ter de peso só 16 ; devemos con- 

cluir , que a agua , que o chumbo deslocou , e cujo volume é perfeitamente 

igual ao do chumbo, pesa 8 oitavas. Logo teremos 8 : 24 : : 1 : x — Z. 

Para determinarmos os pesos especificos servimo-nos da Balança hy- 

drostatica , e do Areometro de Nicolson. 

u." Dureza: K a força , com a qual as partículas minimas de um mi- 

neral pretendem conservar a sua primeira e própria figura , resistindo por 

isso a toda e qualquer força , que pretenda separal-as. Avalia-se este cara- 

cter pela propriedade, que tem certos mineraes, de riscar outros, que são 

de uma dureza reconhecida; ou pela propriedade de serem riscados por 

elles: uns riscão, por exemplo, o quartzo transparente crystallizado, outros 

o aco, o vidro, ou vice-versa. Este methodo de avaliar a dureza dos mine- 

raes é o mais exacto; porque o scintillar com os golpes do fuzil, pode ser 

fallivel, em razão da maior ou menor cohesão das moléculas. O grêz (pedra 

de areia, ou pedra broeira), que sempre risca o aço mais duro, deixa de 

scintillar com o fuzil no estado de friável. Os differentes gráos de dureza 

reduzem-se a duro , settii-duro, tenro, ou muito tenro , e então a tal ponto, 

que chegue a receber a impressão da unha. 

14-° Flexibilidade: E a propriedade, que tem alguns mineraes, de se 

deixarem dobrar sem quebrar: Se quando cessa a pressão, elles por si 

mesmos se restituírem ao seu antigo estado, serão elásticos: Quando alguns 

mineraes , sendo feridos , despedem soin , os denominaremos sonoros. 

15.° Ductilidade: Aquelles mineraes, que se achatarem debaixo do mar- 

tello, ouse estenderem em fio á fieira, conservando a figura adquirida em 

virtude de qualquer das duas forças, lhe chamaremos malleavcis ou dúcteis. 

Deste numero são muitas substancias metallicas. Aquelles mineraes porém, 

que se quebrão em vez. de se achatarem , ou alongarem , são frágeis.


16.' Fosforescência: Ha certos mineraes, que esfregados um pelo outro, 

ou riscados com um corpo flexível , dáo na obscuridade uma luz fosfórica; e 

são fosforescentes pelo attrito ou collisão. Outros reduzidos a pó , e lançados 

sobre um corpo candente, ou expostos aos raios do sol , espalhão a mesma 

luz fosfórica de differentes cores ; e estes são fosforescentes pelo calor. Fi- 

nalmente alguns manifestao esta propriedade, quando secundem no maçarico. 

17. 0 Electricidade: Propriedade, que os Fysicos attribuem a certo 

fluido, que quando se accumula, a manifesta attrahindo e repellindo os 

corpos leves, exhalando um cheiro similhante aodofosforo, lançando faiscas 

e pontos luminosos , etc. etc. Tres sáo os meios de excitar a virtude electri- 

ca : i.° pelo attrito; i." pela communicação com tim corpo já electrizado; 

3.° pelo calor, cujo meio só tem lugar em certas substancias mineraes. Ha 

duas especies de electricidade: i. 1 uitrea ou positiva; :> resinosa ou ne- 

gativa; e ambas se adquirem pelo attrito. Estas duas especies de electrici- 

dade exercitão acções contrarias; de maneira que dois corpos sollicitados da 

mesma electricidade, ou seja vitrea, cu resinosa , repellem-se; e possuindo 

um a vitrea , outro a resinosa, attrahem-se mutuamente. 

Entre os corpos susceptíveis de receber a electricidade pelo attrito , 

alguns ha, que sendo simplesmente expostos ao fogo por pouco tempo, ou 

mergulhados em agua quente, adquirem a virtude electrica; dando, de um 

lado, signaes de electricidade vitrea , e do lado diametralmente opposto , 

da resinosa. 

A electricidade divide o Reino mineral cm tres grandes divisões, seguin- 

do, com pouca differenca, a ordem methodica geralmente adoptada para 

classificar os entes do mesmo Pveino. Tendo quasi todas as pedras e saes 

certo gráo de pureza, adquirem pelo attrito a electricidade vitrea; coin tanto 

que tenhão as superfícies polidas, porque o quartzo e o vidro tendo as super- 

fícies baças ou sem lustro, adquirem a electricidade resinosa. As substancias 

-inílammaveis propriamente ditas, á excepcão do diamante, adquirem a re- 

sinosa, e se chamão idio-elcctricas. Em geral os metaes possuem a proprie- 

dade conductora de electricidade; o que os faz ser electricos por communi- 

caçao , ou anelectricos: se bem que alguns sendo mineralizados, como

a 6 PROLEGOMENOS. 

A propriedade elec trica fornece caracteres úteis para a distincção dos 

mineraes. A electricidade por communicação pôde decidir da presença de 

um metal, misturado em quantidade sensivel com uma pedra, pondo-se o 

mineral sobre um pequeno isolador, mas que esteja em contacto com um 

conductor electrizado, se approximando-se-lhe o dedo, der faiscas ou pon- 

tos luminosos. — Podemos distinguir duas pedras (alias similhantes no aspe- 

cto) pela maior facilidade, com que uma d'ellas se electrizar pelo attrito; 

para o que tomando nós uma agulha de cobre terminada em duas bóias, e 

movei sobre um eixo; e tendo esfregado o mineral, e approximando-o a 

unia das bóias , decidiremos da força da electricidade pela distancia , em que 

a bóia começar a ser attrahida. 

Para determinar porém nos mineraes electrizados pelo calor as partes , 

cm que residem as duas especies de electricidade; tome-se um páo de lacre 

com um lio


to successivo ile laminas , parallelas aos seus planos , o que nos dá formas 

secundarias muito diversificadas; então deveremos servir-nos da divisão 

meclianica , quando esta poder ter lugar. Consiste a dita operação em pro- 

curar escrupulosamente as juncturas naluraes do cryslal (isto é, aquellas, 

que formão a separação do nucleo com as laminas sobrepostas), e rompera 

adherencia, que essas mesuias laminas tinhão contrahido com o nucleo: 

vindo a obter-se então por este meio a verdadeira fórma primitiva, caracter 

essencial para o conhecimento dos mineraes. 

Reduzem-se a seis as formas primitivas, que até hoje se tem observado: 

)."' o Parallelipipedo ; solido terminado por seis parallelogrammos, em que 

os lados oppostos são iguaes e parallelos : a.' o Octaedro ; solido terminado 

por oito faces iguaes , que são triângulos equiláteros: á. 1 Telraedro; solido 

terminado por quatro triângulos iguaes e equiláteros : 4- a Prisma hexaedro 

regular terminado por seis laces, sendo cada uma um quadrado, e sendo 

as bases poligonos iguaes e parallelos: 5." o Dodccaedro de planos rhombos 

todos iguaes e similhantes: 6.' o Dodecacdro de planos triangulares composto 

de duas pyramides direitas e reunidas base com base. 

II. Molécula integrante: O nucleo de um cryslal não é o ultimo termo 

da sua divisão meclianica; porque também pôde ser subdividido parallela- 

niente ás suas differentes laces, e algumas vezes por outras direcções mais. 

Os crystaes pequenos ou fragmentos de crystaes, ultimo termo desta subdivi- 

são , se chamão moléculas integrantes; das quaes não se tem achado mais de 

tres cspecies: i. a Tetraedra , ou a mais simples das pyramides: a. 3 o Prisma 

triangular, ou ornais simples de todos os prismas: 3." o Parallelipipedo, 

ou o mais simples dos solidos, que tem os seus lados parallelos dois a dois. 

III. Formas secundarias : São aquellas, que escondem o nucleo: seria 

nnpracticavel referir todas as formas secundarias dos mineraes. 

IV. Alterações da fórma primitiva: Tres são as mais notáveis: i . 1 

Truncatura. E um corte feito por um só plano; a."Bisselamento. É um corte 

ieito por dois planos, ou uma dupla truncatura, na qual juntando-se duas 

faces, formão um gume da feição de escopro: 3." Acuminacáo. É um corte 

!eito por mais de dois planos. 

V. Concreções: São formas, que resultão de certas circumstancias Io- 

caes. Iaes são os Stalactites; istoé, as concreções pendentes nas abobedas 

das cavidades subteraneas e formadas pelo deposito de moléculas lapideas, 

cjnduzidas pelas aguas, que transstidão pelo tecido laxo e poroso das mesmas


abobadasr: cujo deposito se faz lentamente, e á medida que as gottas, que 

ficão suspensas por certo tempo das abobadas , se Tao desunindo das molé- 

culas lapideas: e então estas, exercendo a sua attracção umas sobre as outras, 

e ligando-se , formão uma especie de anneisinbos, os quaes crescendo em 

diâmetro e pela união de muitos anneis em comprimento, formão uma espe- 

cie de cylindro com dimensões muito variadas. Quando a agua cáe das abo- 

badas sobre o terreno, fórma outros depositos, compostos de camadas, de 

ordinário onduladas, a que se dá então o nome de Stalagmites. 

VI. Incrustação: E uma concreção em fórma de crusta ou côdea, 

applicada sobre a superfície , ou interior de um corpo, umas vezes ôcca , 

outras com seu núcleo. 

VII. Pseiulomorpltosc: E uma concreção de fórma alheia da sua 

substancia, e que resulta das moléculas terreas encherem um espaço, que 

antecedentemente era occupado por um corpo da mesma fórma ou figura. 

A maior parte são denominadas Metrificações. 

VIII. Fractura : E o aspecto , que appresenta um mineral recem-que- 

brado ; cujo caracter pende da grossura das partes ligadas entre si, da sua 

coherencia, edo arranjamento irregular das suas moléculas. Estas tres circurn- 

stancias determinão differentes aspectos na fractura dos mineraes, e vem a ser: 

i.° Conchoidal, que é quando a superfície descuberta pela fractura appresenta 

cavidades arredondadas mais ou menos profundas, similliantes a impressões de 

conchas. Compacta., ou unida, quando todas as partes da superfície interior 

formão entre si continuidade. 3." Granulosa desigual, quando as moléculas 

no seu arranjamento formão pequenos grãos por toda a superfície. (Omilto as 

fracturas -vitrea e luzente, por já estarem explicadas 110 Brilhantismo.) Final- 

mente a fractura pôde ser ou longitudinal, sendo parallela ao eixo dos 

crystaes ; ou transversal, sendo perpendicular ao mesmo eixo. 

IX. Textura: É a disposição particular mais ou menos regular das 

moléculas integrantes de um mineral, cujo arranjamento existe independente 

da separação das suas partes , ou da fractura. As suas principaes modificações 

podem reduzir-se a sete: i. a Compacta,, que é uma textura verdadeiramente 

granosa, mas tão cerrada, que não se lhe podem distinguir os grãos: 2.* 

Laminar ou Laminosa, que offerece grandes laminas ou faces, tf examinada 

a inclinacão, que ellas tem umas sobre as outras, se pôde determinar a fór- 

ma primitiva: 3." Escamosa ou Lamellar, que appresenta laminasinhas á 

maneira de escamas inclinadas em todas as direcções: 4-" Folheada, que é

PROLEGOMENOS. 

cm camadas delgadas e separaveis: 5. a Stratiforme ou Schistosa, que é fo- 

lheada em folhas mais grossas e difíiceis de separar, e ordinariamente aspe- 

ras e sem lustre: 6. a Fibrosa, que consta de fibras ou filamentos como 

enfeixadas parallelamente : 7. 1 Hadiadai que é de fibras divergentes, par- 

tindo como de URI centro, e muitas vezes largas e achatadas. 

§. XL 

Dos caracteres chymicos. 

Os caracteres chymicos são aquelles, cuja tentativa occasiona ou a de- 

composição de um mineral, ou alteração sensivel na sua natureza, ou na 

composição das suas moléculas. E posto que no systema , que adoptamos, só 

se devião considerar essencialmente os caracteres fysicos e geometricos; 

com tudo devemos também ajuntar dos chymicos aquelles, que estão ao 

alcance do Mineralogista; os quaes se reduzem a dois: x. Fusibilidade 

pelo maçarico; 2.° Dissolubilidade pelos ácidos. 

1." De todos os maçaricos de differentes formas, compostos de muitos 

apparelhos, tem os Mineralogistas adoptado um simples tubo de vidro, ou 

ile metal, curvo em unia das extremidades, que termina em 11111 orifício 

muito pequeno; de maneira, que saindo delle o ar, dirigido sobre a cliam- 

111a de uma vela, produza 110 meio da eh a mm a unia especie de pyramide 

cónica de côr azul, e a extremidade da dita pyramide , formada pela cliain- 

111a , vá cair sobre um pequeno fragmento da substancia, que se quer ensaiar. 

Devemos observar então se o mineral é fusivel ou infusivel; se muda de 

còr; se crepita; se se divide em lascas; se se calcina. Fundindo-se , deve 

attender-se se dá vidro, ou se dá esmalte, 011 se degenera em escorias; qual 

e a sua còr; se fica cheio de bolhas; que cheiro exliala durante a fusão. Sendo 

o mineral pouco fusivel, pôde expòr-se á acção do maçarico, sustentado 

por uma tenaz pequena. Se ou for muito fusivel, ou necessitar de fun- 

dente, deve expòr-se o mineral na cavidade de um carvão. Porém se o 

fundente for susceptivel de ser absorvido pelo carvão, nesse caso use-se de 

uma colher de platina. Nesta operação devemos ter em vista: se o mineral 

se funde sem addição, ou se necessita de fundente; qual deve ser a natu- 

reza do fundente; qual deve ser o corpo, que ha de sustentar o mineral, 

ou sobre o qual se ha de fazer a fusão. 

2 - Dissolubilidade pelos ácidos. Para ensaiar qualquer mineral servi- 

mo-nos coinmummente dos ácidos nitrico, sulfurico, ou muriatico; c Ian-

PROLEGOMENOS. 

carulo em qualquer «Telles uma porção do mineral, observaremos: se fica 

inalteravel; se é atacado pelo acido; se faz ou não effervesccncia , e se esta 

é viva ou lenta; se deixa ou não residuo , e o aspecto do mesmo residuo. 

§. XII. 

A Oryctognosia, sciencia , que tem por objecto o conhecimento parti- 

cular de cada uma das substancias mineraes siinplices, comprehende quatro 

classes; i. a terras e pedras: 2. 1 saes: 3. a combustíveis não nietallicos: 4- a me- 

taes. Oinittitnos a 5. 1 classe , em que deverião entrar a agua , o ar , os ácidos, 

etc. etc. E é por esta razão, que restringindo a definição já dada de Minera- 

logia, só nos limitaremos á doutrina , que ensina a conhecer os corpos fos- 

seis ou mineraes, que formão a parte solida do Globo , por meio de caracte- 

res determinados por uma ordem systematica. E se reunimos também alguns 

caracteres e doutrinas, que em rigor pertencem a Geognosia, á Ciiymica mi- 

neral, e á economica, foi só com o fim de illustrar mais a sciencia, e fazer 

ver as suas utilidades. 

XIII. 

C L A S S E I. 

Terras e Pedras. 

Os Mineralogistas por muitos tempos fizerão das pedras e terras duas clas- 

ses distinctas ; mas como as pedras são compostas das differentes terras, en- 

trando muitas vezes alcalis, ácidos , combustiveis e metaes , como princípios 

accessorios; forão as duas classes reduzidas a uma só, á qual se deu o nome 

de Terras, ou Pedras, ou Terras e Pedras. 

Os antigos imaginarão a existencia de uma só terra primitiva : Becclier 

rejeitando esta idèa , admittio a terra vitrificavel, principio único da fixidez; 

a terra inílammavel, principio da itiflammabilidade; e a terra mercurial, 

principio gerador dos metaes: Stahl, da terra inílammavel fez o seu phlo- 

gisto; e refutando a mercurial, admittio a calcarea e a vitrificavel: Pott pro- 

poz mais as terras gypsosa e argillosa; mas sendo a gypsosa da mesma nature- 

za , que a calcarea, ficarão só as tres: vitrificavel, calcarea e argillosa. Depois 

do anno de 1787, em que o iminortal Lavoisier fez a grande revolução na 

Chymica , se considerarão como terras simplices só aquellas , das quaes nada 

mais se podia estrahir pelas operações cliymicas.


As terras lioje admittidas são dez: Silica , Zirconia , Aluniina , Glucina , 

Yttria , Magnesia , Baryta, Stroneia, Cal e Thorina. Destas fazem-se duas 

divisões; a primeira comprehende as terras propriamente ditas, e são sete: 

Sili'-a, Zirconia , Thorina , Alumiua, Glucina , Yttria e Magnesia ; são insípi- 

das, insolúveis e iufusiveis: a segunda, ou terras alcalinas, são tres: Baiyta, 

Stroncia e Cal; são acres, fusiveis, causticas e solúveis; propriedades com- 

In u ns aos alcalis. 

Forão as terras por muitos tempos reputadas, como substancias simpli- 

ces : Lavoisier e Pelletier pensarão, que poderião ser oxydos, principalmente 

a Baryta. Davy em 1807 applicando a electricidade voltaica á potassa e á so- 

da, descubrio serem estas substancias oxydos nieiallicos; e com o mesmo pro- 

cesso obteve igual resultado na Baryta , Stroncia e Cal. 

Todavia, como os metaes dos alcalis e das terras ainda se não acharão na 

natureza , e só são productos da arte, e em quanto as analyses das pedras e as 

experiencias não chegarem a maior ponto de perfeição, conservaremos esta 

antiga Classe, tractando das pedras como mineraes distinctos dos metaes. 

§. XIV. 

Sílica. 

Historia. A Silica faz a base das terras e pedras, que constituem o ge- 

nero Silicioso, chamadas n'outro tempo (seguindo-se a Pott) terras e pedras 

vitrificáveis. Mas é principalmente do crystal de rocha, quartzo lácteo e pe- 

trosilex, que se tira a Silica mais pura. 

Propriedades. A Silica pura é um pó branco áspero no tacto. ISao tem 

sabor, nem cheiro. E infusivel de si, ainda em fogo muito violento, e ani- 

mado pelo gaz oxvgenio. Com a agua em pouca quantidade faz pasta , como 

a alumina, mas não tem a qualidade plastica. E insolúvel 11a agua de 1000 

partes para baixo. E solúvel nos alcalis fixos pela via sècca , donde resulta, oa 

o vidro commum , se a Silica predomina , ou o vidro deliquescente , se pre- 

dominão os alcalis. É insolúvel nos ácidos directamente, á excepção do acido 

íluorico. Seu peso é 2,66. (Kirwan.) 

XV. 

Ztrconia. 

Historia. Klaprotli analyzou em 1789 uma pedra preciosa chamada 

Jargon da Ilha de Ceilão, e achou ser composta de o,3i5 de Silica, o,oo5 de 

Kickel e ferro , e de 0,680 de unia terra nova , a que deu o nome de Zirco- 

3


ília. Em 179a publicou o mesmo Auctor outra analyse de outra pedra preciosa 

da mesma Illia com o nome de Jacintho de Ceilão, na qual encontrou a 

mesma terra em grande proporção. Morveati ensaiando os differentes Jatin- 

thos, achou, que não só erão similliantes aos de Ceilão, mas que também 

continhão a mesma terra particular. 

Propriedades, A Zirconia obtem-se cm pó branco, fino, sem sabor, 

nem cheiro; o qual, segundo Henry , tem algumas vezes a aspereza da Siliça; 

e conforme Klaproth e Wolf, é positivamente áspero. E infusivel ao maçari- 

co: mas exposta ao fogo violento em um cadinho, entra em fusão imperfeita; 

adquire certa cór cinzenta com aspecto de porcelana e com muita dureza. 

Seu peso especifico 4,5. E insolúvel 11a agua, posto que attralie e retem quasi 

o,33 do seu peso , com a qual toma uma còr amarella com certo gráo tle trans- 

parência , o que a faz muito siinilhante á Gomma Arabica. Yauquelin An. de 

Çhyin. XXII. i58. 

$. XVL 

Thorina ou r Thora. 

Historia. Foi descuberta por Berzelio no deuto-fluate neutro de ce- 

rium de Finbo, e em algumas gadolinites. E muito rara: Berzelio só pôde 

obter 7 gramrne para verificar sua descuberta. Deu-se-lhe o nome dt; Thori- 

na , de Thor, antiga Divindade Scandinava. 

Propriedades. Branca, insípida , insolúvel na agua : absorve facilmente 

o acido carbonico da atmosphera, e o deixa sair a um calor vermelho. Dis- 

solve-se no acido muriatico (acido hydrocldorico) , quando tem sido muito 

aquecida. Suas dissoluções salinas tem um sabor puramente adstringente, e 

são precipitadas pelo oxalate de ammonia , sem que o sulpliate de potassa lhes 

cause mudança alguma. Estes dois caracteres bastão para a distinguir da Zir« 

conia , com a qual tem muita analogia. 

XVII. 

A lumina. 

Historia. Ainda - que os Alchiinistas tivessem descuberto , que o Alú- 

men era composto do acido sulfurico e de alguma terra , não poderão co- 

nhecer a natureza d'ella. Stahel e NeumaYin confundirão-na com a Cal. Geof- 

froy foi o primeiro que em 1727 mostrou , que a base do Alúmen era uma 

das partes constituintes das Argillas ordinarias. Margraf também em 17IÍ4 

mostrou, que a base do Alúmen era uma terra sui generis distincta das ou-


trás , e que dava o caracter ás Argillas. D'ahi vierão os nomes de Argilla pu- 

ra , Argilla base do Alúmen, etc. Morveau depois deu-lhe o nome de Alunii- 

na; porque se tira do Alúmen no estado de maior pureza com mais facilidade 

e abundaticia. 

Propriedades. E em pó branco , impalpavel (sendo pura), macio no 

tacto. Não tem cheiro, nem sabor. Pega-se fortemente á lingua , e este cara- 

cter subsiste ainda em muitas das suas combinações com outras teiras, em 

que ella predomina. Humedecida com a agua fórma unia pasta dúctil e 

cohesiva , susceptível de tomar todas as formas, que Uie quizerem dar, e 

dahi lhe vem a sua qualidade plastica , que as Argillas todas possuem em 

maior ou menor quantidade. E insolúvel na agua , pelo menos dissolve-se em 

muito pequena quantidade ; com tudo contrahe uma adherencia tal com 

uma porção deste liquido , que, ainda posto 110 calor de caiulescencia e por 

muito tempo , não o larga sem muita difficuldade. Não altera as còrcs azues 

vegetaes ; nem para vermelho, como os ácidos; nem para verde, como os al- 

calis. E dissoluvel nos alcalis fixos, e precipita-se pelos ácidos sem alteração. 

E infusivel em vidro perfeito , sendo bem pura , ainda em temperatura vio- 

lenta; mas uma corrente de gaz oxygcnio a faz entrar em princípios de fusão e 

de certa especie de esmalte. (Morveau.) Ko fogo diminue de volume quasi em 

proporção dos grãos de temperatura, que experimenta, e esta propriedade 

Iaz a base da escala do Pyrometro de Wedgwood. Ainda que a Aluniina não 

seja terra alcalina, entra em combinação com a maior parle dos ácidos, com 

os quaes fórma saes, pela maior parte iucrystallizaveis e como gelatinosos, etc» 

Peso especifico a,00. (Ivirwan.) 

§. XVIII. 

Glucina. 

Historia. Vauquélin em 1798 analvzou o Beryllo, 110 qual Haiiy pelos 

caracteres mineralógicos achava grande conformidade com a Esmeralda. A 

analyse de Vauquelin verificou a conjectura de Haiiy, descubrindo em am- 

bos os mineraes uma nova terra, a que deu o nome de Glucina , por formar, 

com os ácidos , saes de sabor doce e saccbarino. As experiencias de Vauquelin 

forão repetidas e confirmadas por Klaproth , etc. 

Propriedades. A Glucina extrahida do Beryllo é em pó branco, leve, e 

doce no tacto, sem sabor, nem cheiro, e com a propriedade (como a Alu- 

Runa) deadherir fortemente á lingua. É inteiramente infusivel; riem endu* 

3»

B 

PR OLEGOMEifOS. 

rece, nem se contrahe no fogo; o que a distingue da Alumina. 0 seu peso 

especifico 2,9(17. (Ekeberg.) 

§. XIX. 

Yti ria. 

Historia. Ekeberg deseubrio esta terra em 1797, analyzando um mi- 

neral descuberto em 1787 no Cantão de Ytterby na Suécia, e no qual Gadolin 

em 1794 tinha reconhecido a existencia da dita terra nova. YauqueIin em 

1800 verificou aquelles resultados, e quasi por esse mesmo tempo os verificou 

também Klaproth. O fóssil foi chamado Gadolinite por ser Gadolin o primeiro 

que o analyzára: mas Ekeberg deu á terra o nome de Yttria, do lugar aonde 

fôra achado. 

* 

Propriedades. Consistência: pó fino, branco, sem sabor, nem cheiro. 

Infusivel; insolúvel na agua, seja fria ou quente ; mas absorve e retem certa 

porção, que só perde a um calor vehemente, o qual também lhe faz perder 

o,33 do seu peso. Peso especifico 4)342. (Ekeberg.) 

§• XX. 

Magnesia-. 

Historia. Nos fins do Século XVIE e principio do XYIII começou-se a 

vender um pó branco , como remedio universal, e que se inculcava com o no- 

me de Magnesia branca, sem se declarar a sua preparação. Em ^07 Valentim 

em uma Dissertação De Magnesia alba publicou, que se podia obtòl-a calci- 

nando a lixivia , que fica da preparação do Nitrato de potassa. Em 1707 Sle- 

vogt deseubrio, que também se podia precipitar pela potassa d'agua mãi do 

Nitrato de potassa : mas em quanto d sua natureza nada se adiantou , suppon- 

do-se geralmente ser a cal. E apezar de Frederico Hoffman em 1722 obser- 

var, que o dito pó formara combinações differentes das da cal, só em 1735 é 

que Blak mostrou ser uma terra particular : descuberta esta , que foi confir- 

mada por Margraffio em 17 J9 , por Bergman em 177-j , e por Butini em 1779. 

Não se encontra pura , tira-se do sulpliato da Magnesia (sal de Epson.). 

Propriedades. Consistência : em pó branco, muito doce no tacto, sem- 

cheiro , nem sabor sensivel. Muda para verde as tinturas azues vegetaes, mais 

sensíveis aos reactivos, como são a infusão das pétalas das malvas (AIcea pur- 

púrea Linn .) e a das violas. É infusivel ao calor mais forte : com tudo Darcct 

observou , que em uma temperatura muito alta se conglutinava alguma cou- 

sa ; o que pacece indicar princípios de fusão. É quasi insolúvel 11a agua , exi-

PROLEG OMENOS. 

gindo 79 00 P ar ^s de agua para se dissolver. Kirwan. Alisorve lentamenle o 

acido carbonico da atmosphera , e effervesce então com os ácidos. Combina- 

se com o enxofre e fórma o sulphureto de Magnesia ; mas rião com o fosforo; 

no que se distingue das tres terras alcalinas: Baryta, Stroncia e Cal. Teso espe- 

cifico 2,3. (Kirwan.) 

XXI. 

Baryta. 

Historia. Foi descuberta por Scbeel em 1774 e extrabida do Spatbo 

pesado (Sulphato barytico). Gahn , analyzando este mineral cm 1775 , mo- 

strou ser composto de acido sulfúrico e da nova terra. Bergman confirmou as 

analyses dos dois Chymicos antecedentes, e deu á terra o nome de terra pesa- 

da. Morveau deu-lhe o de Barota, e Kirwan o de Baryta. 

Propriedades. Consistência : ou em massa aggrcgada e porosa , ou em pó 

de um branco acinzentado, segundo o rnethodo da extracção. Sabor: cáustico 

mais acre e mais picante, que o da cal. Cheiro: nullo, ou pouco sensivel. 

Acção sobre as côres azues vegetaes, como a da cal, mudando-as em verde. 

Fiisibilidade : posta no maçarico sobre um carvão entra em fusão (aquosa); e 

ferve formando globulos, que penetrão promptamente o carvão. No fogo or- 

dinário endurece , adquire certa còr verde-azulada interiormente , e não sa 

funde. Exposla ao ar (sendo pura) attrahe a humidade da atmosphera, perde 

a causticidade , attrahindo o acido carbonico , e augmenta 0,22 de peso, des- 

faz-se em pó branco , etc. Todos estes fenomenos são similhantes aos da ex- 

tincção da cal. Dissolubilidade: a agua fria dissolve o,o5 : a fervente o,5o. 

Peso especifico (Fourcroy.) 

XXII. 

Stroncia. 

Historia. Em 1787 Crawfort examinando e comparando a dissolução 

no acido muriatico de um fóssil achado em Stroncian no Condado de Argy- 

leshire em uma mina de chumbo, similhante á Baryta , suspeitou a existencia 

de uma terra nova. Kirwan examinou o mesmo mineral em 179¾, mas só pu- 

blicou as suas experiencias em 1795. Foi o Doutor Hope quem em 1792 deu 

C( )nta á Sociedade de Edimburgo das experiencias , que tinha feito sobre o 

'Iito mineral , e nas quaes achara a terra nova , a que chamou Strontite. Kla- 

proth examinou o mesmo fóssil em 1793, e achou os mesmos resultados, 

que achara o Doutor Hope, Pelletier, Vauquelin e Fourcroy repetirão estas 

21


analyses, e não só as confirmarão, mas conservarão também o nome de 

Stronciana, que Klaprotli lhe havia dado. IIoje por abbreviacáo dá-se-lhe o 

de Stroncia , segundo Davy, Gai-Lussac, Thenard, etc. 

Propriedades. Consistência : ou em massa porosa de côr branca acin- 

zentada, facilmente pulverizavel; ou em pó branco similhante ao da Baryta. 

Sabor acre e alcalino; muda paia verde as cores azues vegetaes, etc. Infusivel 

como a Baryta e Cal ao fogo ordinário. No maçarico penetra-se de luz, e fica 

cercada de uma ehainma tão branca e tão brilhante, que os olhos mal podem 

supportar o seu explendor. (Thompson.)— Solubilidade: lançando alguma 

agua sobre a Stroncia, ou esteja em massa aggregada, ou em pó, aquece, en- 

tumece, e reduz-se a pó fino, como a Cal e a Baryta. Se a agua for em 

maior quantidade , dissolve-se uma porção (menor que a baryta), que constitue 

o que se chama Agua de Stronciana. — 162." partes de agua fria tomão 1/ 

de terra. Aagua fervendo dissolve muito maior porção, e pela refrigeração se 

precipita em fórma de crystaes hyalinos. — Ash deseubrio em 1787 uma 

propriedade, que a distingue da Baryta , com quem tem muita analogia em 

quanto ás outras propriedades e caracteres ; e é a de tingir a chamma de ver- 

melho, ou de còr de purpura ; o que se verifica dissolvendo no alcohol os 

crystaes de Stronciana, e infiammando o mesmo alcohol. Peso especifico 

1,647. (Hassenfratz.) 

XXIII. 

Cal. 

Historia. ACal c uma das terras, cujo conhecimento é dos mais an- 

tigos; assim como também é das mais abundantes da Natureza. Porquanto 

só a Cal carbonatada fórma talvez a oitava parte da crusta exterior do globo; 

e as outras especies, ainda que menos abundantes, formão também massas im- 

inensas. Falconer, Wallerio , Monct, Laumont e outros fallão da existencia 

da Cal pura na Natureza, achada em lugares, cujas circumstancias (segundo 

la Grange) se reduzem á acção dos fogos subterrâneos, que tem calcinado a 

pedra calcarea. E porém certo, que a grande tendencia, que ella tem para se 

combinar com o acido darbonico, é argumento para a não admittirmos em 

estado de pureza permanente. Obtem-se pura ou pela via sêcca, calcinando o 

carbonato calcareo crystallizado ( Spatlio Calcareo ), 011 dissolvendo 110 acido 

niuriatico e precipitando-a pelo carbonato de soda (via húmida). 

Propriedades. Substancia branca, mediocremente dura, mas fácil de


reduzir a pó Hno, doce no tacto. Sabor alcalino, quente é urente, com sua 

cousticidade, que ccrroe e destroe até certo ponto o tecido das substancias 

animaes , a que o applicarmos. Muda para verde as cores azues vegetaes , que 

por fim faz passar para amarello. Pôde receber uma porção considerável de 

agua , sem se dissolver nem perder a fórma de pó sècco (Hydroto de Cal); com 

maior dose d'agua fórma o rjue se chama Leite de Cal; e em maior quantidade 

dissolve-se na proporção de 5oo partes dagua para uma de Cal, formando 

então a Agua de Cal. É infusivel no fogo mais violento ou dos nossos fornos, 

ou das melhores lentes. Peso especifico a,3. (Kirwan.) 

Esta Classe divide-se em quatro Ordens: i.' Pedras duras: 2. 1 Pedras 

unctuosas : 3. a Pedras argillosas : 4." Pedras salinas. 

§. XXIV. 

ORD I. 

Pedras duras. 

Os mineraes desta Ordem assemelhao-se um pouco entre si, náo nos 

seus princípios componentes, mas antes nas propriedades exteriores. São 

ásperos ao tacto : todos riscão, pelo menos , o vidro branco : o maior numero 

tem a dureza necessaria para scintillar. 

§. XXV. 

O R D. II. 

Pedras u/ictuosas. 

As pedras, que compoein esta Ordem , são (pela maior parte) doces , c 

ate unctuosas no tacto; e se esta propriedade algumas vezes não é sensível no 

mineral inteiro, sempre apparece no seu pó. Esta unctuosidade é differente 

fia que é própria das pedras argillosas , por ser a desta Ordem mais sapona- 

cea ' e nao f er a propriedade de formar com a agua uma pasta verdadeira- 

mente macia e unida. 

Estes caracteres são muito vagos e pouco importantes; mas isto procede 

de Kao haver na classificação das pedras um principio constante e certo. To-

B 


davia alem da analogia, que se nota nos caracteres exteriores das pedras un- 

ctuosas, póde-se com segurança recorrer á composição da maior parte. São 

todas compostas de sílica, dalumina e demagnesia ; e em algumas entra uma 

tão grande quantidade de magnesia, que se tornão infusiveis, não contendo 

ao mesmo tempo ferro bastante para auxiliar a fusão. 

§. XXVL 

O K D. III. 

Pedras argillosas. 

Todos os mineraes desta Ordem-são bastantemente tenros ; deixando-se 

raspar pelo ferro: opacos; fractura, deslustrada, e mesmo terrosa; espalhão 

muitas vezes pela expiração o clieiro argilloso. Estes os caracteres , que lhes 

são cominuns. 

São evidentemente misturados, e tendo pouca analogia entre si em 

quanto a composição ; donde resulta que as especies são estabelecidas arbi- 

trariamente; porém existem, e muito espalhadas na natureza ; e sendo a maior 

parte muito interessante , não só pela influencia na estructura do globo, mas 

também pelos usos, que tem nas artes, devem com razão fazer parte do 

systema mineralógico. 

$. XXVIL 

O R D. IV. 

Pedras salinas. 

Comprehendemos nesta Ordem aquelles mineraes, que sendo compostos 

essencialmente d'uma terra , combinada intimamente com um acido, são 

mais ou menos duros; não tem a prompta dissolução na agua; e não ínani- 

festão um sabor sensível c particular. 

É verdade, que para se estabelecer um methodo natural, é necessário 

recorrer á composição das substancias , e por conseguinte os mineraes desta 

Ordem deverião ser considerados verdadeiros saes de base terrea ; mas para 

conservar o methodo adoptado, fundado principalmente nos caracteres ex- 

ternos , os incluimos nesta Classe, formando a quarta Ordem, servindo como 

de -transição para a Classe dos Saes,


§. XXVIII. 

C L A S S E II. 

Saes. 

Cliamaremos Saes fosseis neutros a todos os mineraes , que sendo com- 

postos d um acido combinado com um alcali, ou com uma terra, ou com 

oxydos metallicos, possuírem as seguintes propriedades : i." prompta e fácil 

dissolução na agua; 2." sabor especifico; 3.* incombustibilidade perfeita; 

4. 1 maior disposição (em geral) para crystallizar, do que os outros mineraes. 

Desta Classe formão-se tres Ordens: 

1." Saes de base alcalina ; 

2." Saes de base terrea ; 

3. a Saes de base metallica. 

Os alcalis são tres: i.° Potassa (alcali fixo vegetal) ; 2.° Soda (alcali lixo 

mineral); 3." Anunonia (alcali volátil) (1). 

As terras, que unidas aos ácidos formão saes saborosos e solúveis, são a 

cal, alumina e a magnesia. 

As bases metallicas são os oxydos de ferro, cobre e zinco,; 

§. XXIX. 

C L A S S E III. 

Combustíveis não metallicos. 

O caracter chymico, que distingue os combustíveis, e sufficiente para 

os reunir, é a combustão , isto é, a propriedade de arderem, ou de se com- 

binarem immediatamente com o oxygenio. Esta propriedade é commum aos 

metaes, e aos combustíveis não metallicos; e só caracteres negativos é que 

separão estes últimos dos primeiros. 

(1) Entre os alcalis pode lioje contnr-se um novo, descoberto por Arfiedson . nopètalitc, 

e na spodttmcne (Trtphanc de Haiiy ), e chamado por Berzelius, Lilhion. A analyse do fetalU 

te > feita ultimamente por Arfredson , lhe mostrou o Lithion : depois Vauquelin confirmou a 

existência do mesmo alcali; e ultimamente Davy o reduzio a metal , o qual tem grande simi- 

lliança com os ostros metaes alcalinos, principalmente com o sodium. 

4


Os combustíveis não metallicos não tem a opacidade, nem o brilho, nem 

o peso dos metaes. Ardem mais facilmente do que elles ; e o producto de sua 

combustão é gazoso , ou liquido ; e sendo solido, é muito dissoluvel na agua. 

A sua combustão é acompanhada de chamma. Nestes caracteres diversificão 

mais, ou menos dos metaes. 

Dividimos estes mineraes em duas Ordens: 

i," Combustíveis compostos , dando fumo oleoso , quando se 

queimão. 

a. 1 Combustíveis simplices, que não dão fumo oleoso na com- 

bustão. 

§. XXX. 

C L A S S E IV. 

Metaes. 

A Classe dos metaes é a mais natural do reino inorgânico; e ainda que 

pertencem ás substancias combustíveis, tem propriedades muito importantes, 

em que differem: 

1.* Densidade ; pois são os corpos mais pesados da natureza. 

2. a Opacidade ; talvez sejão os únicos verdadeiramente opacos. 

3. a Brilhantismomuitovivo e particular. 

4." Malleabilidade e Ductilidade : Estendem-se em laminas 

pela percussão do martello , a que se chama Malleabili- 

dade; ou em fios pela fieira, que é propriamente a Du- 

ctilidade. 

5. a Tenacidade ; resistencia , que as moléculas de alguns me- 

taes offerecem á sua desunião: determina-se pelo peso , 

que é capaz de sustentar um fio de certo diâmetro, sem 

se romper. 

6/ Propriedade conduetora do calor: são os corpos, que o 

transmittem mais promptamente. 

7.* Dilatabilidade : á excepção da platina, são os mineraes 

mais dilataveis. 

8. a São os melhores cond.uctores da electricidade.

PROLEGOMENOS. 

g." Alguns são elásticos e sonoros. 

10. a Todos são susceptíveis de crystallizar depois da fusão e pelo 

esfriamento. 

11. a São solúveis nos differentes ácidos. 

Encontrão-se em dois estados : i.° no estado metallico; e chamáo-se me- 

taes nativos; a.° combinando-se com differentes substancias combustíveis, 

ou salinas , ou com o oxygenio; e então denominão-se mineralizados. 

Chama-se Ganga a substancia , que acompanha os mineraes metallicos 

nos seus jazigos. 

XXXI. 

Dividimos a Classe dos metaes em duas Ordens: i,* IMetaes Frágeis: 

2.* Metaes Dúcteis. 

O IL D. X. 

Frágeis. 

Os metaes frágeis não podem alongar-se pelas pancadas do martello, 

nem pela fieira; conseguintemente não são dúcteis, nem malleaveis. Redu- 

zem-se coin maior difficuldade (em geral) a regulo metallico. Todos se oxy- 

dão pelo contacto do ar. Alguns são susceptíveis de passar a estado d'acido 

por um excesso de oxydai ão. 

§. XXXII. 

O R D. IX. 

Dúcteis. 

Possuem as propriedades rnetallicas em maior gráo. Estendem-se em 

laminas tanto mais delgadas, quanto maior é a sua tenacidade. São muito 

oxydaveis, mas não passão ao estado dacido. Uns oxydão-se pelo simples 

contacto do ar, e não largão o oxygenio pela acção do fogo (Zinco; Estanho; 

Chumbo; Ferro; Cobre; Niccolo); o único, que sempre existe liquido, oxy- 

da-se pela acção do ar, e deixa desenvolver o oxygenio a um calorsufficiente 

(Mercúrio); os outros (Ouro; Prata; Platina) oxydão-se só pelos ácidos, ele- 

ctricidade , ou calor excessivo. 

§. XXXIII. 

Arsénico. 

0 Arsénico tem umrf còr media entre a branca do Estanho, e a cinzenta 

Jo Chumbo; e recem-quebrado é de còr negra brilhante. (Broig.) — Textura 

granosa, e ás vezes algum tanto IamelIosa ou escamosa. — No fogo arde com 

4 • 

27


uma charama azulada , e dá um Tapor branco e espesso com cbeiro de alhoj 

— Sabor adocicado. Peso especifico 8,3o8. (Bergman.)— Pela oxygenação 

torna-se acido arsenical, solúvel n'agua. 

XXXIV. 

Moljbdcno, 

Nao se encontra em a Natureza o Molybdeno no estado metallico: a arte 

também não tem podido reduzil-o completamente: apenas se pôde obter em 

grãosinhos negros , frágeis e quasi infusiveis. Peso especifico 6g63. (Blumen- 

baeh.) O acido sulfurico muda-o num pó còr d'azul d'anil carregado; e o 

acido nitrico muda este oxydo azul para o estado de um acido branco argen- 

tino , susceptível de crystallizar com o nome de acido inolybdico. 

§. XXXV. 

Scheelin ou Tungsieno. 

Tungsteno quer dizer pedra pesada; e dá-se-lhe o nome de Scheelin, 

porque Scbeel foi quem a descobrio. E um metal de côr branca acinzentada: 

duro e frágil: de grande esplendor. Peso 17,6. (Henry.) Ainda se não tem 

visto distinctamente no estado metallico, pelo que devemos procurar os ca- 

racteres genericos do seu oxydo. Este é insolúvel em todos os ácidos ; toma 

uma còr amarella de limão com o acido nitrico; fórma um acido particular, 

a que se dá o nome de acido Scheelico ou Tungstico; e com o ammoniaco 

fórma um sal neutro particular, chamado Tungstato dammoniaco. 

§. XXXVI. 

Titano Menak» (Broch.) 

Em 1791 Mr. Gregor persuadio-se ter achado o Titano em Manacanite; 

mas só em 1795 é que Klaproth confirmou a dita descuberta. Não se tem en- 

contrado no estado metallico; e pela arte só se tem reduzido a uma pelicula 

de còr vermelha de cobre, e que toma um bello polido. E quebradiço , muito 

refractario, e com muita tendencia para o oxygenio. E fácil de dissolver nos 

ácidos nitrico, muriatico e sulfurico; destes é precipitado por um alcali em 

fórma de pó branco e pela infusão da noz de galha em pó escuro de Kermes. 

- Detona vivamente com o nitro. Os alcalis não o dissolvem nem pela via hú- 

mida , nem pela via sêcca. "' - ; •:


§. XXXVII. 

Urânio. 

Foi descuberto por Klaprotli em 1789. Levatlo ao estado metallico é de 

tim cinzento carregado , alguma cousa brilhante. E tenro , deixando-se cortar 

á faca. Depois do Tellurio é o mais leve de todos os metaes, e pesa 6,44- 

Dissolve-se no acido nitrico, e no nitro-muriatico. O seu oxydo commúnica 

ao vidro uma còr alaranjada escura. E de difficil reducção, quasi infusivel ou 

muito refractario. 

§. XXXVIII. 

Mangancsio. 

É tão difficil de obter o Manganesio no estado metallico , que elle se torna 

quasi desconhecido. Sabe-se unicamente , que é um metal branco alguma 

cousa malleavel, quasi infusivel, e que de todos é o que tem mais affinidade 

com o oxygenio, de maneira que posto ao ar se converte muito depressa em 

um pó negro. Qs mineraes , que o contém, fundidos no macarico com o bó- 

rax e algum nitro, dão vidro roxo. As substancias lapideas, ou acidiferas, 

que contém o oxydo de Manganesio , tornáo-se escuras pelo contacto do ar., e 

muito mais pela acção do fogo, seja qual for a sua còr; ou seja branca , ou 

de rosa, ou cinzenta, ou amarella, etc. Peso especifico 6,85. 

§. XXXIX. 

Tellurio. 

Devemos a M. Muller a sua descuberta, e a Klaproth a sua confirmação. 

E branco brilhante. Lamelloso. Tenro. Muito frágil e muito fusivel. Sendo 

fundido e esfriando, cobre-se-lhe a superfície de uma crystallização radiada. 

É inquinante denegrido. Arde facilmente com chamma azul. O seu oxydo é 

branco e volátil. Peso 6,n5. Tem muita similhança com o antimonio; mas 

é menos pesado , é mais tenro, approxima-se mais á còr ila prata, o cheiro, 

que exhala no maçarico, é differente; e ultimamente o Tellurio é precipita- 

do das suas dissoluções pelo antimonio. 

§. XL. 

Cobalto. 

A côr do Cobalto é cinzenta de estanho pouco brilhante; mas exposto 

por muito tempo ao contacto do ar muda para roxo. E duro e frágil: grão

3o PR0LEG0MEN0S. 

serrado & fino. Possue a propriedade magnética. (Meli. Tassaert. e Vauquel- 

lin.) É o mais infusivel á excepção da platina. A sua fórma é o cubo. (Rome 

de Lisle.) Não se tem achado no estado nativo. Peso 8,538. A sua proprie- 

dade mais característica é a de communicar ao vidro , principalmente ao vi- 

dro alcalino, uma còr azul muito bella e muito pura. Do seu oxydo fórma-se 

a safra , e do vidro o esmalte. 

§. XLI. 

Antimonio. 

O Antimonio tem eôr argentina declinando para azulada. A textura é 

folheada ou radiada com direcção parallela ás faces de um octaedro regular, 

e ás de um dodecaedro rhomboidal. Frágil. Funde-se facilmente no maca- 

rico, exhalando um fumo esbranquiçado e um oxydo branco, o qual com- 

munica ao vidro uma còr alaranjada. E solúvel no acido nitrico , e no nitro- 

muriatico, e precipitado pelos alcalis em fórma de pó branco. Peso 6,7021, 

§. XLII. 

Bismutho. 

Tem uma còr branca de prata declinando para o avermelhado. Textura 

lamellosa. Frágil, soffrendo com tudo alguns choques antes de quebrar. Fun- 

de-se antes de se fazer candente. Dissolvido no acido nitrico, é precipitado 

pela agua pura em fórma de pó branco. (Branco de Hespanha.) Peso 9,822. 

§. XLIII. 

Chromio. 

Foi descuberto por Klaproth em 1797 , e quasi por esse mesmo tempo 

por Vauquelin. Còr cinzenta de chumbo. Textura compacta de grão fino 

muito frágil. Infusivel. O seu oxydo é verde de esmeralda. Fórma indetermi- 

nada. Eucontra-se na esmeralda e na Sinaragdite sobre as minas do chumbo 

vermelho, em muitos ferros litnoneux, sendo por isso Cliromites de ferro 

(Vauquellin); e também se tem tirado dos meteorilites. O oxydo do Chromio 

tractado com o acido nitrico toma a còr de um lindo vermelho-alaranjado, e 

adquire então as propriedades acidas , e se denomina acido chromico, o qu"al 

é susceptível de crystallizar em octaedro ou em agulhas pequenas delicadas c 

muito frágeis. Acha-se no chumbo vermelho, no ferro chromatado e 110 Ru-

PROLEG OMENOS. 

bi, e nunca ou só, ou em combinação alguma, em que elle foi me a base, 

mas sempre como principio accessorio de outros corpos, 

§. XLIV. 

Cerio. 

Em 1804 MM. Hisinger e Berzelio descubrírão este metal acliando-o 

em um mineral em Bastnaes na Suécia. Cronstedt julgou que era uma especie 

de Tungsteno. Klaproth denominou-o Cererio. Não podemos marcar com 

exacçáo as propriedades doCerio, por se não ter reduzido a estado metallico. 

Parece ser lamelloso , muito quebradiço, e de um branco cinzentado. Conhe- 

cem-se-lhe dois oxydos, um vermelho , outro branco , segundo o gráo de 

oxydacão. 

1.° Cerio oxydado vermellio. Cerite. Cerio oxydado silicifero. (Haiiy.) 

Cór de rosa pallida. Textura granosa de grão fino alguma cousa brilhante. O 

pó c cinzentado , mas torna-se vermelho pela calcinação. Infusivel. Peso 

4,53—4JJ)3. Solúvel no acido nitrico com desenvolvimento de gaz nitioso e 

acido carbonico. A dissolução é amarella, torna-se verde pela ebullicão-, pas- 

sando depois a vermelho. Precipitando-se depois pela potassa , obtein-se um 

oxydo metallico dc còr de tijolo. Contém Cerio oxydado, ferro oxydado, 

silica, cal carbonatada e algum mangancsio. {An. da Chymicn Tom. I.) 

2.° Cerio oxydado branco. Còr esbranquiçada. Solúvel nos ácidos, os 

quaes se tornão rosados, ou escuros còr de canella , pela nova quantidade de 

oxygenio, isto é , maior oxydacão. Sendoambos os oxvdos precipitados das 

suas dissoluções pelos prussiatos e pelos alcalis, tornão-se brancos, e pelo 

acido galhico, amarellados. 

§. XLV. 

Tantalo. 

O Tantalo foi descuberto em 1801 por Hatchett na Tantalite de Nevv- 

London no Connecticut em os Estados-Unidos. M. IIatchett chamou ao 

novo metal, que deseubrio nesta Tantalite, Colombium, em honra de Co- 

lomb. Logo depois fez a descuberta de Tantalite e Yttrontantalite da Suécia, 

e a do metal novo, que ellas contém, ao qual chamou Tantalum, nome tirado 

oa Mytliologia. Em 1809 o DoutorWollaston mostrou a identidade da Tanta- 

lite da America e da Suécia , e determinou a sua natureza. Yauquelin publicou 

38

32 ritOLEGOMENOS. 

depois duas analyses, uma do Tantalo, outra do Yttrotantalo da Suécia? 

Klaprotli publicou uma da Tantalite da Finlandia , e não reconhecendo no 

oxydo do Tantalo nenhumas das propriedades chymicas dos oxydos, inclinou- 

se a coiisideral-o como uma terra particular, que propunha se chamasse Tan- 

ta lo , ou terra Tantalea. Berzelio e Gahn examinarão de novo estes mina- 

raes em 1816, e mostrarão, que elles erão mais compostos, do que até 

então se tinha pensado , e que o oxydo do Tantalo era um verdadeiro acido. 

Um pouco antes desta ultima epocha descubrio-se nas montanhas, que se- 

parão a Baviera da Bohemia, um mineral, que ao principio foi tido por 

Sclieelin ferruginoso , mas que Gehelcn julgou ser a Tantalite, e só no atino 

de 1818 Leonard e Vogel publicarão uma analyse, que provou isto mesmo; 

o que foi ultimamente confirmado por uma nova analyse do Conde de Dunin- 

Borkowsky. Seria conveniente que se adoptasse o nome de Columbium, ou 

Colombium , para designar o metal, por ser mais antigo; mas o uso quasi que 

tem consagrado o nome de Tantalum. Novo Diccionario da Historia Natural, 

applicado ás Artes. Tom. XXXII. pag. 43a. 

§. XLVI. 

Selenio. 

Segundo Murray, e as experiencias de Bertholet Iunior, o enxofre con- 

tém hydrogenio; e pelas de Davy , referidas por Orfila , é composto de uma 

base desconhecida , e pequenas quantidades de oxygenio e hydrogenio. Esta 

base, segundo Berzelio, é o novo metal, que denominou Selenium. 

§. XLVII. 

Zinco. 

Os antigos fallárão da pedra calaminar. Dioscorides, do Pompholix , 

que é um oxydo de Zinco: elles sabião que a calamine unida ao cobre fazia 

o cobre amarello. Ignoramos porém se conhecião o Zinco, como regulo me- 

tallico. Paracelso lhe deu o nome. Tem unia cor branca um pouco azulada. 

Textura muito lamellosa. E um pouco malleavel: misturado com o cobre 

vermelho o muda em latão, ou cobre amarello. Arde facilmente com luz 

azul-verdoenga, espalhando frocos brancos muito leves. Peso 7,19,

PROLEGOMENOS. 33 

§. XLViir. 

Ferro. (Marte.) 

Còr cinzenta atirando para o azulado. Textura granosa, ou um tanto 

Tamellosa. Parece crystallizar em oclaedra. E duro, mas malleavel. Omais 

tenaz depois do ouro. Oxyda-se por todos os ácidos , pela agua e pelo ar. E 

attrahido pelo iman, e também pôde adquirir a virtude magnética. E o 

mais espalhado na Natureza, até nos reinos orgânicos. Peso 7,600. 

Tem sido questão entre os Mineralogistas a existencia do Ferro nativo 

na Natureza. Mangraf, Pallas , Adanson , Schreiber, Rubin de Celis e outros 

seguem a affirmativa: outros pensão ser um producto volcanico, ou aerolithe. 

§. XLIX. 

Estanho. (Júpiter.) 

Noestado metallico é branco atirando para o branco de Prata. Mais 

duro, mais dúctil e mais tenaz, do que o chumbo. Estala debaixo dos 

dentes : quando se dobra faz sentir um certo estridor. Aquecido ou esfregado 

communiea um cheiro proprio. E muito fusivel. Oxyda-se facilmente ao ar. 

Dissolve-se no acido nitrico-muriatico. Peso 7,296. 

A existencia do Estanho nativo ainda é Uin problema. Quist nas Memo- 

rias de Stockohn de 1766 diz ter visto o Estanho nativo. Nas Transacções Fi- 

losóficas refere-se o ter-se achado em fórma de laminas delgadas e Ilexiveis', 

de um branco brilhante e com bastante ductilidade para poder reduzir-se a 

laminas, nas minas de Cornouailles. 

§. L. 

Chumbo. (Saturno.) 

É de um cinzento livido, que se escurece facilmente ao ar. Esfregado 

éinquinante, e dá um cheiro desagradavel» Tenro. Muito flexível, mas 

não tenaz, nem elástico. Funde-se antes de candente. Oxyda-se prompta- 

mente. O oxydo aquecido a um certo gráo fórma o INIinio e o Lithargyro. 

O seu vidro é amarello. Uissolve-se nos ácidos, communicando-lhes um 

sabor doce. Peso x 1,352. 

2

B 


§. LI. 

JVicco lo. 

Foi descuberto por Cronstedt em 1761. Epouco conhecido no estado 

de pureza. Justi sustentou não ser um metal particular, mas sim uma liga 

de Cobre, Arsénico e Ferro; mas tanto os trabalhos de Cronstedt, inserido» 

nas Memorias d'Academia, de Stockolm em ij5i e iy54, como as novas ex- 

periencias, não deixão duvida alguma, que o Niccolo seja um metal parti- 

cular. Sua còr é de um branco brilhante, siniilhante ao da Prata. Reputou- 

se por algum tempo ser frágil; porém Vauquelin, Thenard e Richter mostrá- 

rão ser quasi tão malleavel, como a Prata. Possue, como o Ferro e Cobalto , 

a propriedade de adquirir o magnetismo polar. Peso 8,6()6. 

LII. 

Cobre. (Vénus.) 

E de um amarello avermelhado particular. O seu oxydo communica ao 

vidro do bórax a còr verde; e a azul á ammonia. Muito malleavel, Mais 

duro e mais elástico do que a Prata; o mais sonoro dos metaes. Dá pelo 

attrito um cheiro particular nauseativo. Liga-se com todos os melaes; porém 

com o mercúrio amalgama-se com diffieuldade. Com o Zinco íórma o La- 

tão; com o Estanho o Bronze. Peso 7,7880. 

§. LIIL 

Mercúrio; Azougue. (Mercúrio.) 

E a única substancia metallica, que conserva a sua fluidez na tempera- 

tura ordinaria, e só a perde a um gráo de frio de 39 ou 4o gráos abaixo de 

zero do Thermometro de Fahreneit. Braun foi o primeiro Fysico que em 

1759 o congelou em Petersbourg. Neste estado elle é malleavel e flexível, 

como o Estanho: conhecia-se que crystallizava em octaedra. E de um branco 

brilhante. Liquidosem molhar. Une-se ao Ouro, Prata, Estanho, Chumbo: 

e a esta operação natural, ou artificial chama-se amalgamação. Peso 13,568, 

sendo liquido; e no estado de solido 13,612. 

§. LIV. 

Prata. (Lua.) 

Còr branca e brilhante. Muito malleavel e muito tenaz. O mais sonoro 

depois do cobre. Tenro, Não se oxyda ao contacto do ar. Sustenta-se fun-


«lida por muito tempo, sem perder o brilho. Exposta ao foco de um espe- 

lho ardente, volatiliza-se. Não se vitrifica pelo vidro de chumbo; e é 

sobre esta propriedade que se funda o processo da copellaçáo. Dissolvida no 

acido nitrico, e precipitada pelo acido muriatico, dá a Prata Córnea; e 

pelo mercúrio, a Arvore de Diana. Peso 10,474- 

§. LV. 

Ouro. (Sol.) 

O Ouro reúne todas as qualidades metallicas em mais alto gráo , excepto 

a do peso. E de um amarello puro. Brilhantismo vivo. E pouco duro, 

porém o mais tenaz e o mais dúctil. Abaixo da Platina é o mais pesado. 

Exposto ao foco de um espelho ardente, volatiliza-se. Dissolve-se no acido 

nitro-muriatico. Precipitado pela ammonia dá o ouro fulminante, e pela 

dissolução de estanho a purpura de Cássio. Amalgama-se com o Mercúrio. 

Abaixo do Ferro e do Manganesio é o mais espalhado na Natureza. Seu 

peso 19,257. 

§. LVI. 

Platina. 

E o corpo mais pesado que se conhece. Branco acinzentado, simithante 

á cor de aço polido. Pode chamar-se infusivel no fogo mais activo das nossas 

fornalhas. Não se oxyda ao ar. Perde muito pouco do seu polido, quando 

se faz candente. Dissolve-se no acido nitro-muriatico. E muito malleavel e 

tenaz. Peso 23,286; e segundo Fourcroy 20,85o. 

$. LV1I. 

Palladio. 

Descuherto por Wollaston em 1802. E tirado da Platina granuliformei 

E branco de prata : mais duro e pesado que a prata. Muito dúctil. Dissol- 

ve-se no acido nitrico, e faz a dissolução vermelha. O sulphato de ferro 

precipita-o no estado metallico, e o prossiato de potassa em còr verde suja» 

Chenevix julgou que o Palladio era um amalgame de Platina e Mercúrio. 

Clovel tirou o Palladio de uma barra de ouro vindo do México, cujas pro- 

porções erão 22 de ouro e a de Palladio. forn, da Fysica Tom, LXXj 

pag. i83.

B 


LVIII. 

Rhodio. 

Wollaston descubrio tirando-o da Platina granuliforme em 1803. 

(Transacções Filosoficas.) Cinzento. Sea oxydo reduz-se facilmente a metal. 

E quasi infusivel. Muito fixo. Dissolve-se nos ácidos, e a dissolução é de còr 

de rosa , que se faz mais intensa pela addicão do muriato de estanho. Os 

alcalis precipitão-no em amarello. O prussiato de potassa não o altera. 

r §. LIX. 

Irídio. 

Descuberto por Tennant em 1804, e extrahido da Platina granulifor- 

me. Branco de còr de prata. Peso 19,500. (Wollaston.) Muito duro. Muito 

difficil de fundir. Insolúvel nos ácidos á excepção do nitro-muriatico. Os 

alcalis dissolvem-no e oxydão-no , e então o oxydo é solúvel nos ácidos. Os 

saes, que resultão do Iridio, tem differentes côres, principalmente aver- 

melha escura, a ronxa , a azul e a verde, segundo os diversos grãos de 

oxydação, e desta variedade de côres é que lhe veio o nome de Iridio. 

§. LX. 

Osm io. 

Descuberto por Tennant em 1804, e tirado da Platina granuliforme 

em oxydo pulverulento denegrido. Proust o tomou por Plombagina. Este 

oxydo é muito volátil. Tein cheiro forte similhante ao do rabão. Descotils, 

Fourcroy e Vauquelin o denominarão Ptne (volátil). Dissolve-se nagua, 

a qual dá sabor e cheiro forte. Desta dissolução é precipitado em um azul 

bonito pela infusão da noz de galha. Faz negras todas as substancias orga- 

nieas. E irreductivel. 

No Jorn. de Fysica Tom. LXVII. pag. 71. annunciou-se o novo metal 

achado na Platina com o nome de Vestium: mas esta descuberta não está 

confirmada.

TABOAS 

MINERALÓGICAS. 

3J-

39 TAfiOA 

I 

CLASSZ OKDEM 

I. X. 

Terras -Pedras 

e Ouras. 

Pedras. 

ESPECIE 

1. 

Gadolinite. 

II. 

Zircão. 

CÒR. 

Negra. 

Negracinzenta. 

Escura. 

Límpido, 

passando 

por todas 

as gradaçõesintermédiasatéiescura 

- avermelhada 

; 

e da verdoenga 

á 

cinzentaazulada.Vermelha. 

Vermelha 

alaranjada. 

TH IIÍ.SPV 

KEHCL A. 

Opaca; e 

só translúcida 

nas 

extremidades. 

Diafano. 

Transluido.Refracçãodobrada 

muito iu 

tensa. 

PFJO ESPECIFICO : 

FÓRMA : TEXTURA : 

FRACTURA: E OUTROS 

CARACTERES FYSICOS. 

4,0497. Haiiy. 

morpha. Fractura , 

conchoidal, vítrea e 

brilhante. Dura; risca 

quartzo. Scintillane. 

Obra sensivelmen- 

! schre a barra marietica,semterospóos 

magnéticos. Iiaiiy 

possue uma amostra , 

que parece crystallizar 

em prisma rhom- 

IioiJul inclinado. 

4,4- 

Fórma , prisma de 

quatro pianos, terminado 

por uma pvrami- 

Ie de quatro faces. 

Granuliforme. Superfície, 

Iiza1 sem estrias, 

luzente e oleosa. Fra 

ctura, ondeada, brilhante 

; algumas vezes 

lamellosa, e até conchoidal 

imperfeita. 

CARACTERES 

CHYMICOS. 

Ao maçarico crepita ; 

toma uma còr vermelha 

esbranquiçada e liça 

infusivel; e só alguns 

dos st-us pontos fuudem-se, 

fervendo. Piznda 

, e lançada no acido 

nitrieo diluído, converte 

se em gelêa espes- 

, de còr ciuzcntanmarellada. 

Composição: 

Ytti ia ....... =35. 

Silica = a5. 

Ferro — a5. 

Oxvdo de inanganesio 

.. . . = 3. 

Cal = v 

Agua e iteido 

carbonico . = 10. 

Vauquelin. 

Infusivel ao maçai-ico 

sem addição; a subsnecie 

a. a perde a còr no 

fogo. 

Differe da Granada 

e do Idocrase na fusibilidade; 

e das outras 

pedras 11a dureza , e 

por não terem nem o 

peso, nem a dobrada 

refrarção iutensa do 

Zircão. 

Composição: 

Subsp. i.» 

Zirconia .. = fi?. 

Oxydo de 

Ferro . . . = 1. 

Klaprotb. 

Subsp. í.* 

Zirconia . = 64 

até = (>5. 

Silica . . . . = 31 

até = 3 J. 

Ferro .. . . = %. 

Vauquelin nos 

Jacinthos de IixpaiUy.

STKOKTKI*: SussrKcir.3: VARIEDADES, 

Ytterbite. 

Subsp. I." Zircon-Jargon : Zircon; Brcwb: 

Jargon de Ctylan. Còr, límpida, 

variando do claro até ao escuro 

avermelhado; e do verdoengo ao 

cinzento-azulado. Fractura , ondeada 

, ou aspera. Fórma, prisma 

de quatro planos, terminado em 

uma pyramide de quatro faces , 

que coi respondem aos pianos do 

prisma. 

Subsp. ».» Zircon-Hyacinthr: Hyacinthc 

Bi och. Côr, vermelha-alaranjada, 

que se perde no fogo. Fórma (em 

geral), prisma de quatro planos, 

terminado por uma pyramide de 

quatro faces rhoniboidaes , que 

correspondem aos ângulos do 

prisma. Textura, lauiellosa. 

JAZIGO. 

Só se tem achado em 

Ytteihy na Suécia , em 

veios de feld-spatho, cortados 

por veios de mica; 

e disseminada em granito 

esbranquiçado, 

A primeira subspecie 

achi>-«e amontoada nas 

areias dos rios da Ilha 

de CeyIão. Tem-se en 

contrado uma variedade 

de còr ruiva , pouco 

transparente , em uma 

rocha , composta de 

grossos crystaes de feldspatho 

e amphibole. 

A segunda parece per. 

tencer, como a primeira, 

aos terrenos primitivos; 

is raras vezes exis 

no interior das rochas ; 

mas sim semeada nas 

areias dos rios, e em 

terrenos de alluvião 

bem como em algumas 

areias volcauicae, 

Usos. 

Desconhecidos. 

39 

Ai." Subsp. lapida 

se, e emprega-se para 

ornatos de luto. 

A a.» tem pouca esti 

mação em consequência 

de seu pequeno volume, 

polimento e brilho. 

Os Lapidarios costu 

jnao tirar a côr aos jacinthos 

pelo fogo , para 

dolosamente os Tenderem 

por ziicões-jargoes

4« 

I Cí.\5SE 

I. 

Terras 

e 

Pedras 

ORDEMÊSPECTE 

I. 

Pedras 

Duras 

III. 

Quartzo. 

DIVISA» 

I. 

Qtiartzo-prop 

rio. 

CÒR. 

Limpida. 

Còr de 

rosa. 

Roxa. 

Aventurinada. 

Ainarella. 

Ccir de 

leite. 

Azul. 

Cinzenta. 

Verde. 

Defumada. 

XeLTa 

Tit vsspt- 

HENCIA. 

Diafano. 

Transiu- 

;ído. 

Ojiaco. 

Retracçãodobrada, 

a 

qual se 

observa . 

olhando 

atravez 

de uma 

das faces 

da pyrainide, 

e o 

plano do 

prisma 

opposto 

a esta fa- 

Pnso ESPECIFICO: 

FÓRMA : TEXTURA: 

FFI ICTUK V : E OUTROS 

CARACTERES FYStC. 

a,58i3 

a,li7oi 

Crvstallizada a« 

mais das vezes en> 

pi ismas de fi planos, 

terminados em pv 

ramides de 6 faces 

Laminar. Ein pequenas 

massas arredondadas. 

Amorpha Fra 

etni a , conchoidal, 

vítrea , ondulada , 

brilhante. Duro ; risca 

o vidro. Sciiilll 

lante Desenvolvepe 

Ia scintillação o cheiro 

empyreumatico. 

TABOA 

CIK VCTERES 

cuy.nicos. 

Iiifusivel sem addição 

ao maça 

rico. 

Composição: 

i . a variedade. 

Sílica .... 9'} 

Argilla . . . 

Cal 

Quartzo hyalino 

roxo. 

Sílica . . . 97,5o 

Alumina 0,25 

Oxydo de 

feiro e de 

manganesio.... 

o, So 

Quartzo verde. 

Sílica .... o,85 

Fenooxydado 

. .. 0,08 

Agua.... 0,07 

M. Langier. 

O jogn de còres 

da Aventuriiia attribuia-sc 

ás Laminas 

de mica 

porém , segundo 

liomé de Lisle, é 

devido ás pequenas 

Laminas do 

mesmo quartzo , 

que refrangem a 

luz.

II. 4i 

STHOKYJIII: SUBSPECIES: V A:\IEDADKS. 

Var. J.* Quartzo liyalino , «em còr,crystallizado. 

Crystal de Rocha. 

Var. j.» Amorpho. Límpido. Quartzo comtnum. 

Var. 3.» Aventurina , com o fundo de còres 

variadas, roxa, amarei! 

cinzenta, verde e denegrida; deixando 

ver sobre estes differentes 

fundos , pontos , ou palhetas 

brilhantes, prateadas , ou douradas. 

Var. 4-" Olho de gato: com reflexos de 

madre-peroia e de cores muito 

variadas: resultado, talvez, do 

asbesto , de que este quartzo é 

penetrado. (¾!. CordierJ 

Var. 5 » Lácteo. Branco de leite. 

Var. 6.® Amarello. De um amarello claro. 

Topázio occidental. Topázio de 

Bohemia. 

Var. 7.» Verdoengo. 

Var. S.» Rosado. Algumas vezes de um 

rosado puro e bello , ou declinando 

para o amarello. Rubin) 

de Bohemia , ou de Silezia. 

Var. 9.» Roxo. Amethysta. 

Var. io. 1 Azul, De um azul um pouco som 

brio. Salira falsa. Saiira d 1 agua. 

Safira occidental. 

Var. 11.» Verde escuro. Prasio. Verde de 

azeitona, ou d'allio ; aspecto 

algumas vezes gordo. 

Var. 12.» Sinople.Quartzo kématoide; Haiiy. 

Jaspe comnium; Variedade vermelho 

; Bioch. Vermelho vivo 

de sangue. 

Var. 13.» Defumado. Còr de felugem. 

Var. 14,» Negro. 

Não fórm» montanhas, 

nem grandes camadas; 

inas entra na composição 

das Rochas , ou 

montanhas primitivas. 

As suas bètas encontrãose 

de ordinário nas montanhas 

de crystallização 

primitiva; como são, do 

Granito, Gneis, Schisto 

micuceo , Rochas com 

base de Arnphibole, e 

Feld-spatlio, etc. Acha 

se em fragmentos irregulares, 

ou em crystaes. 

Kxiste nas bètas de diversas 

naturezas; ou em 

mistura, ou crvstallizado 

nas suas cavidades. 

Encontra-se nos terrenos 

secundários, ou de 

sedimento; rnas eni menor 

abundancia. Fórma 

terrenos d'alluvião, e 

constitue a maior parte 

das suas aréas. Nos terrenos 

vulcânicos só apparece, 

ou cm concreções 

, ou em pequenos 

crystaes , forrando o interior 

de globos siliciosos. 

6 

Sendobem limpido, 

serve para vasos , jóias 

e candieiros de crystal. 

Emprega-se na composição 

do vidro em lugar 

d'arèa. Na de ceitos esmaltes. 

Entra na composição 

das pedras preciosas 

artiíiciaes.O líoxo 

emprega-se como pedra 

preciosa para a mieis e 

caixas. O Prasio toma 

um bello polido; cortase 

em laminas , e entra 

no fabrico dc trastes 

preciosos. O Lácteo 11a 

composição da porcelana 

transparente artificial.

4a TABO i 

CLASSE ORDEM ESPEGIE DIVISÃO Côa. TRANSPA- PESO ESPECIFICO: CARACTERES 

I. I. III. II. RENCIA. FÓRMA: TEXTURA: CHYMICOS. 

— - - 

FRACTURA: EOUTEOS 

CARACTERES YYSICOS. 

Terras Pedras Quar- Quar- ISranco Translú- 2,0499 Infusivel ao maçae 

Duras. tzo. tzo-Re- de lei- cido. 3,669-5 rico sem addição; 

Pedras. sinite. te. Opaco. Opaco. 

mas perde 0 bri- 

Bran- 

Amorpho. Fractura, lho. Com 0 bórax 

co-a- 

conchoidal. Aspecto, funde se sem inmarel- 

jluzente, como aresi- tumescência. 

lado. na. Pouco scintillan- Composição: 

Iiran - te. Ilisca 0 vidro. Subsp. 1.» 

eo-a- 

Sílica . = 98,75 

verme- 

Alumilhado. 

na . . — 0,1 

Cin- 

Oxydo 

zento. 

de fer- 

AZUIA- ro . . — o, I 

do. 

Escu- 

Subsp. a.» 

ro. 

Sílica . —90 

Agua . = IO 

Subsp. 3.» 

Sílica. —43,50 

OxytIo 

de fer- 

ro . . =r 47,00 

Agua . = 7,5o 

Klaproth. 

/ 

y 

„

SyjforrTMiA: SCBSPECIES: VARIEDADES. JAZIGO. Usos. 

Subsp. I.» Quartzo-Resinite Hydrophane 

Opala coinmum ;' Broeh. Oculuí 

mundi; Wall. Côr branca deleite 

Ainarellada. Avermelhada. Verdepomo. 

Amarella de íera, ou d« 

mel ; raras vezes vermelha de jacintho, 

ou de sangue. Poroso; 

mergulhado ein agua, ou em outro 

qualquer liquido quente, torna-se 

transparente. 

Subsp. a.» Quartzo-Resinite Opalino; 

Haiiy. Opala nobre. Brocb. De 

um branco-claro e azulado de 

leite; deixando distinguir as vivas 

cores do arco íris , observando-o 

de differentes aspectos. 

Subsp. 3." Quartzo-Resinite communi ; 

Haiiy. Semi-opala; Broch. Estructura, 

foliacea. Côr, d'ordinario 

escura de fuligem. Um pouco 

translúcido. 

Ach a-se nos t erreno 

de sedimento. F, inuitc 

commum nas rochas vol 

canicas e nos basaltos 

Fambem se encontra na. 

rochas crystallizadas 

como são as do granito 

edoporlido; principalmente 

nas bètas , que 

atravessâo estas rochas 

e que contém prata. 

i 

i 

I ' 

i ] ; 

43 

A i." Subsp. corta-se 

para fazer siuetes , etc. 

etc. 

A a.» tem estimação 

como pedra preciosa , 

em consequência das 

suas côres e reflexos; 

tinha .em outro tempo 

muito valor entre os 

Romanos.

44. TAROA 

Cl. \ SSE OilDEM ESPECIE DIVISÃO 

I. I. III. III. 

Terras 

e 

Pedras. 

Pedras 

Duras. 

Quartzo. 

Quartzo-Agata. 

CÒR. TRANSPA- 

Esbranquiçado.'Verdeclaro. 

Verde - 

escuro. 

Azulado. 

Louro. 

Alaranjado.Vermelho. 

DJ:I egrid).Mascludx 

Ridioso. 

RÊNCIA, 

Translucido. 

Opaco. 

PESO F.SPEC.: FOR- 

MA : TEJCC. : ET.T . 

CARACTERES 

CHY.UICOS. 

3,4835 Infusivel ao maça- 

3,667 rico;algumasSubspecies perdem a 

Fórm,, esferoidal. còr. 

Arredondada. Stalactitica.Concrecionada. 

Amorpha. 

PseudomorpUica. 

Text., compacta ; 

mais ou menos 

conchoidal. Escamosa 

Brilho , diverso. 

Duro; risca 

0 vidro. ScintilUnte.

VIII. 45 

i. a Qnartzo-Agata Cornalina. Còr dominante, 

vermelha , variando desde a de sangue á vermelha 

de carne; ou matizada damarello. 

Cominumtnente semi-diaphano. Fractura , 

perfeitamente chonchoidal, e muito liza. 

Subsp. a. a Quartzo-AgataSardónica; Haiiy. Còr, alaranjada, 

as inais das vezes alterada por uma 

tinta ainarella , ou còr de rosa , ou escura. 

Os lapidarios distinguem esta pedi a da Cornalina 

, por appresentar-se em maiores massas, 

e ser dividida em zonas distinttas. 

Subsp. 3." Quartzo-Agiita Heliotropo. Silex heliotropius; 

Broch. Jaspe sanguíneo de alguns minei 

alogistas. Còr, verde carregado, semeado 

de noíloas vermelhas vivas; perde as ccres 

no fogo. Fractura , conchoidal, ou escamosa. 

Muito translúcido ; e por isso não pode sei' 

jaspe. 

Subsp. 4." Quartzo-Aguta Prasio. SiIex Chiysoprasius; 

Broch. Còr, verde-pomo , ou verde d'alho, 

muito pouco variada; mas perde-a ao maçarico. 

Fractura, de cera, igual, ou escamosa. 

Dilfere do quartzo-prasio , por sei- a fractura 

deste vítrea ,

40 

CT VSSE 

I. 

] Terras 

! 

0 

I Pedras. 

OLIDEM 

I. 

Pedras 

Duras. 

EsrKCiE 

III. 

Quartzo. 

DIVISÃO 

IV. 

Quartzo-Jas- 

P e - 

CÔB. TR A ÍT SPA- 

Vermelho. 


Azul. 

ííoxo. 

Negro. 

Branco.Amarello. 

REHCIA. 

Opaco. 

Pnso ESPECIFICO: 

FÓRMA: TEXTURA: 

FRACTURA: EOUTROF 

CARACTERES FYSICOS 

2,3587 

a,816 

Ainorpho. Fractura 

, compacta e defc- 

!nstrada. Bisca 0 vidro. 

CoiHiuctor da 

electricidade. 

TABOA 

CARACTERES 

CIIYMICOS. 

Sem addição é infusivel 

ao maçarico 

; e só a Subsp. 

Porcelanite fandese 

em escoria negra. 

Composição : 

Subsp. 1 

Sílica ... 75 

Argilia . . ao 

Ferro ... 5 

Kirwan. 

Subsp. a. a 

Silica ... 75 

Magnesia 5 

Cal . ... 10 

Ferro . . .J 

Wiegleb. 

Subsp. 3.* 

Siíica . . . 60,73 

Aluniina . 27,35 

Ferro . . . a,5o 

Polassa . 3,66 

Magnesia 3,00 

M. Iíose.

VIII. 47 

SYKOKTMIA : SUBSI-ECIES: ,VAIUEDADES. JAZIGO. 

Subsp. i." Jaspe cominara. Umasvezes cie 

uma só còr ; sendo as princrjaes 

Variedades o Jaspe branco (talvez 

o GaIacUtes de Pliuio); o amarello; 

o vermelho, que differe do 

quartzo-sinople, por ter este a fractura 

vitrea; o azul d'alfazema ; 

o verde; o roxo; e o negro (Paragone 

dos Italianos). Outras vezes 

appresenta muitas cores reunidas 

, dispostas por mistura e 

nodoas. 

Var. 1." Jaspe listrado (rubanne; 

Broch. . Reúne muitas côres, 

mas dispostas em zonas , íittas, 

veios , íiodoas , ou pontos; 

donde resultao as Subvariedades. 

Jaspe Onvs ; composto 

de zonas, ou curvas 

concêntricas. Jaspe riscado; 

matizado ; manchado., etc. 

Var. a." -Jaspe Kgypticn; Broch.(V 

Caiiiao do Egypto.) Em pedaços 

arredondados , com desenhos 

formados cie zonas ou 

littas irregulares, mas que 

pouco a pouco se tornao concêntricas. 

Côr, de um escuro 

tirando para amarello, sobre 

uni plano amarello-Iouro. 

Subsp. 9.» Jaspe-Schistoso. Schisto Silicioso; 

Broch. Côr, varia do cinzento 

ao negro carregado. Duro. Infusivel. 

Textura, scliistosa , só visivel 

nas amostras mais volumosas. 

Fractura, direita, ou um 

pouco conchoidal; commummente 

atravessado de veios de quartzo 

branco. 

Subsp. j. a Jaspe Porcelanite. Jaspe Porcelana 

; Broch. ThcnnantiJe Porce- 

Ianite; Haiiy. Suas côres varião 

do cinzento de pérola ao cinzento-azulado; 

ou offerece todas as 

mudanças de vermelho de tijolo. 

Fractura, mais desigual, que 

conchoidal, e muito luzente. Per 

feitamente opaco. K um pouco 

fusivel eui escoria negra. 

O Jaspi- coinmmn e a 

i." Variedade encontrase 

em camadas grossas 

e continuas , atravessadas 

, de ordinário, por 

bètas, ou veios de quartzo 

, agatas, quartzoresinite, 

etc. , nos terrenos 

de sedimento , 

formando colliuas inteiras. 

A a." Variedade achase 

tambem em fragmentos 

dispersos e arredondados. 

liaras vezes em 

bètas nos terrenos de 

crystallizaçao. As camadas 

e as bètas do Jaspe 

contém muitas vezes 

argilía lithomarga, cal 

carbonatada , granadas, 

fc-rro suiiiirado, praia 

sulfurada, prata, ou 

bisniutlio nativos. 

A D." Subsp. acha-se, 

ou em fragmentos dispersos 

lios leitos dos 

rios; ou em rochas isoladas, 

formadas (talv ez) 

cia destruição de montanhas 

particulares, 

contendo (algumas vezes) 

o antracite entre as 

suas Iam nas. 

A 3. a Subsp. é pouco 

vulgar; encoutra-se 

princip;.imente nos lurar 

cs, oi.ile ha minas dc 

carvão fóssil em combustão. 

Parece ser unia 

alteração muito recente 

do Sciiisto argilloso. 

O Jaspe cm consequência 

uas suas elegantes 

côres e cie ser suscciitivel 

de um bello polido 

, serve para vasos, 

punhos d'ulfanges , cabos 

decutéllos, e para 

outros objectos de ornato.

43 

Cr. VSSE 

I. 

! Terras 

OltDEM 

I. 

I p 

Pedras 

Dax as. 

: Pedras. 

• 

ESPECIE 

IV. 

Pedra 

Pomes. 

V. 

Obsidiaua. 

CÒR. TRAMSPA- 

Branca-ciuzenta

yi. 

Sxiro - TMIA: SUBSPECIES: VARIEDADES. 

Lave virtreuse pumicee ; Haiiy. 

Subsp. t.« Pedra-Pomcs commum. Em 

massas, ou fragmentos disseminados 

; de textura fibrosa, com 

as fibras como de seda adherentes 

e entrelaçadas. 

Subsp. 2.» Pedra-Pomes Capillar. Lave 

treme capillaire ; Haiiy. Composta 

de filamentos vítreos , finos, co 

tuo cabellos, de côr verde-garrafa. 

Lave vitreuse obsidienne ; Haiiy. 

Pedra de Corvo do México. Agata negra da 

Islandia. 

Subsp. í.* Obsidiana vítrea. Coro muitas 

variedades de còres e textura. A. 

De nin negro vivo e puro , que se 

perde em parte no fogo. Translúcida 

nas extremidades, 011 opaca. 

Aspecto vitreo. B. Verdoenga; 

opaca, ou translúcida. Aspecto 

gordo , ou vitreo. C. Amarella, 

ou vermelha; opaca , como o Esmalte; 

M. Humboldt. D. Aventu 

rinada. De ordinário verdoenga 

dando um reflexo brilhante e de 

seda, observando-a perpendicu 

larmente ás suas camadas; mas na 

direcção transversal, aspecto simplesmente 

vitreo. 

Subsp. a.» Obsidiana côr de pérola. Còr, 

cinzenla-azulada , ou verdoenga 

como de inadre-perola. Opaca, 

ou translúcida. Muito frágil; 

quasi friável. Fractura aspera , ou 

granosa ; mas brilhante. Dá pela 

expiração o cheiro argilloso muito 

sensível. Ao maçarico entumece 

consideravelmente; ma» não se 

reduz em globos. 

JAZIGO. Usos. 

A 1.» Subsp. acha-se nas visi 

nhanças de alguns volcões, e nos 

terrenos de origem volcanica ; 

ou em pedaços disseminados; 

ou em fórma dc camadas distiu 

ctas, não compactas, mas compostas 

de fragmentos esfericos 

de diversas grandezas. Julgão 

alguns , que esta pedra tem origem 

aquosa. 

A a." Subsp. élançada, principalmente, 

pelo volcão da Ilha 

de Bourbon , e as suas visinhan- O seu mesmo 

ças são cobertas deste vidro vol- pó misturado 

canico em quasi todas as suas com a cal fórma 

irrupções. 

uma argainaca 

que endurece 

muito debaixo 

da agua. 

Acha-se, mais ordinariamente, 

nas montanhas e terrenos 

volcanicos em pedaços isolados ; 

em massas; ou em camadas. Os 

pedaços isolados são cominummente 

esfericos, enterrados nos 

terrenos d'aggtegação, ou espalhados 

11a superfície; ou envolvidos 

nas correntes de pedra- 

poines, ou das lavas. 

É possível que algumas Obsidianas 

não deváo a sua origem 

aos fogos volcanicos; mas segundo 

Broch, todos os lugares, 

onde ellas se encontrão , ou 

são actualmente volcanicos, ou 

mostrao indícios de terem soffrido 

em outro teinpo a fusão 

ignea. 

Reduzida a pó 

fino, tein o nome 

de Pouzzolana 

branca, ou 

Hapillo dos Italianos; 

serve para 

polir pedras, 

metaes , espelhos 

, marfim ; 

para preparar 

o pergamiuho, 

etc. 

A bella còr 

negra, opacidade 

e dureza 

da Obsitliaua 

vítrea, fuz com 

que se corte em 

laminas, jóias, 

etc. 

Serve 110 Perti 

para espelhos 

No México fazem 

delia instrumentoscortadores, 

corno cutelíos 

, e até na 

allias de barbear.

5o T AJBQ A. 

CLASSE 

X. 

Terras 

e 

Pedras. 

ORDEM 

1. 

Pedras 

Ouras. 

KSPECIE 

V I . 

Iletinite. 

Côa. TRANSPA- 

Cinzenta. 

Còr d'azeitona. 

Ou tendo todas 

as côres 

do jaspe , 

mas deslustradas. 

RÊNCIA. 

Opaca. 

OU SÓ 

translúcida 

na s extremidades. 

PESO ESPECIFICO: 


FRACTURA : E OUTROS 

CARACTERES FÍSICOS. 

2,3a 

a,fi4 

No Retinite de 

Mcissen, na 

Saxonia. 

Amorpli. Fractnra, 

conchoidal, com pequenas 

escavações 

Luzente; algumas vezes 

com brilhantismo 

gordo. Risca.o vidro. 

Scintillaii te. 

CLRACTERE» 

cu y MICOS. 

Ao maç tricô branqnea-se 

, dilata-se, e 

funde-se ein esmalte 

liranco cheio de bolhas. 

Na fractura imperfeitamenteconchoidal 

, differe da 

obsidíana: e. do guartzo-resinite 

, no brilhantismo, 

dureza e 

fusibiliilade. 

Composição; 

Varied. i.' 

Sílica .... o,j3 

Alumina . . o,IS 

Agua .... 0,09 

Klaproth. 

Varied. a.' 

Sílica .... 0,59 

Alumina . . 0,1 H 

Cal o,1 

Ferro .... o,o3^ 

Soda o,o3 

Klaproth. 

Varied. 3.» 

Silica .... 0,78 

• AIumina . . o,o3 

Ferro .... o,oa 

Soda .... o,o3 

Agtia 0,07 

M. Bergraan.

Vil. 5i 

SIMOTTTMII: SDBSFECIES : VARIEDADES. 

Pctrosilex résinite; Haiiy. Pierre de poix ; 

Broch. 

Varied. i.» Jíetinite de Mcissen, na Saxonia. 

Côr, amarellada, declinando 

para verde d'azeitona. Fractura, 

imperfeitamente conchoi 

dal; passando para a escamosa. 

Varied. »." Betinite de Planitz, na Saxonia. 

Còr, cinzenta-denegrida , passando 

ao verde escuro. Fractura 

, pouco brilhante; até escamosa 

, distinguindo-se-lhe na 

sua pasta alguns pontos lamellosos. 

Varied. 3.* iletinite de Cantai. Còr, verde 

d'azeitona. Fractura, aspera; 

mas luzente como o vidro. 

Textura , scliistosa: contendo 

algumas vezes çryjtaes de feldspatho. 

A i.« Varied. vem tia 

montanha de Gersebach, 

entre Freyberg e Meissen; 

alterna com úni 

porfido de base dè petrosilex, 

que ^passa á 

sienite: e o porfido é 

atravessado por bètai 

metalliforas: parece quê 

a sua origem é aquosa 

Os Mincralogistasi 

não concordão, se «i 

e 3." Variedades 

tem a origem aquosa f 

ou ignea. 

Dcscònhècidos.

C LiSSE 

I. 

Terras 

e 

Pedras. 

OFLDEM 

I. 

Pedras 

Duras. 

Í.SPECIE 

VII. 

Jade. 

CÔK. TRANSPA- 

Verde 

d'alho. 

Verdesoinhrio 

, e 

nebuloso.Verdepallido. 

RENG I A. 

Translúcido. 

Opaco. 

PESO ESPECIFICO : 



CARACTERES FÍSICOS 

CARACTERES 

CHVMICOS. 

TABOA 

Funde- se ao maçari- 

3,38 

co em vidro, ou 

malte branco. 

es- 

Amorplio. Fractura, Composição: 

escamosa. Brilho d Subsp. i.» 

cera. Mais duro qu Silica 53 

o quartzo. Muito te- Cal ia| 

naz. Aspecto oleoso. Alumina i 

Ferro oxydado 

Manganesio oxy- 

5 

dado a 

Soila 

Potassa 

io- 

Agua 

Saussure. 

Sub.,p. a. 

a 

a 

SiSioa 44 

Cal 4 

Aiumina 3o 

Ferro Ia' 

Soda ti 

Uin atoino de magne.sia 

e de potas 

sa. 

Saussure.

VIII. 

SYSOBTJIIA: SUBSPECIBS: VABIEDAUES. JAZIGO. Usos. 

Subsp. I.« Jade Nephritico. V. Pedra Nephritica. 

Còr, verde-pallido, ou 

verde d'azeitoua ; algumas vezes 

coui uma leve tinta delírio. Jluito 

translúcido. Difíicil ein quebrar. 

Adquiie pelo polimento o brilhantismo 

oleoso. Muito fusivel , com 

effervesceucia ; reduziudo-se a 

globo translúcido, ou transparente. 

Temos duas Variedades: A. 

Jade da Índia. Côr verde de azeitona 

, muito scintillaute: fi. Jade 

da China. Còr, esbranquiçada, 

não scintillaute; ambas com o 

nome de Jade oriental, ou Pedra 

Nephritica. 

Subsp. 3.» Jade Tenace; Haiiy. Jade de 

Saussure. Còr, mais verde. Polido, 

mais brilhante e menos gordo. 

Subsp. 3.» Jade Axinien. Pedra de machado. 

Pedra das Amazonas. Côr, 

verde mais sombrio e menos igual. 

Algumas vezes translúcido só nas 

extremidades. Polido menos brilhante. 

De mais difíicultosa fusão, 

jeduzindo-se ein esmalte negro 

sem effervesceucia. 

K desconhecido o jazigo 

da i.» Subspecie. 

A a. a encontra-se eni 

fórma de calbáos rodados 

sobie as margens do 

lago de Genebra ; bem 

como na montanha de 

Musinetet pei to de Turin; 

entrando na composição 

da mesma montanha 

, a qual é, principalmente, 

formada de 

serpentina. 

A3. a Subsp. acha-se nas 

areias e lodos transportados 

do rio das Amazonas; 

mas, segundo M. 

Humbo dt, ella é levada 

para es a parte d'Aineiica 

de erras desconhecidas. 

E figurada em fórma 

de machado, quasi 

polido, arma. de que 

se servi in os povos selvagens 

d'Anierica. 

53 

O Jade oriental tem 

sido reputado ccmo especifico 

contra a cólica 

nephritica. Na índia fazem-se 

delle alfaias de 

todas as especies. Na 

Polonia e na Turquia 

punhos d'alfanges , ca- 

Iios de cutellos, malhados 

e outros instrumentos 

cortadores. 

Os Índios trabalhão 

fsta pedra com muita 

delicadeza , apezar de 

ser muito duia. 

Será talvez mais tenra 

ao sair da sua mina ?

64 

I 

CLASSE OKDEM 

I. X. 

Terrss J Pedras 

Duras. 

Pedras. 

ESPECIE 

VXII 

Feldspatho. 

CÒB. 

Límpido. 

Branco. 

Brancu de 

madre pérola. 

Branco-ver 

doengo. 

Cinzento. 

Vermelho. 

Còr de carne.Vermelhoroxo. 


Azul. 

Negro. 

Aventurinado. 

T« VHSPA- 

REN CIA. 

Diáfano. 

Translúcido. 

Opaco. 

Refracção 

do. 

brada. 





a,43;8 

1,7043 

Fórma, crystalliza 

da. !-.aminar. Granulosa. 

Aniorpha. Fractura, 

lamellosa, ou 

compacta. Risca o vidro. 

Electriza-se pelo 

attrito com dificuldade,Pbosphorescente, 

sensivelmente, 

pelo attrito. Algumas 

vezes c magnético. 

TABOA 

CARACTERES 

CHYMICOS. 

Ao maçarico funde-se 

em esmalte 

branco; ou torna-se 

pulverulento e opaco, 

antes de fundirse. 


Silica 65 

Aluinina .... i5 

Cal .... a até 5 

Nas Subsp. Adular 

eVerde encontra-se 

de 

potassa .... 14 

As analyses diífereni 

nos seus 

resultados. 

Vauquelin.

IX 55 

Subsp. 

Subsp. 

Subsp. 

Subsp. 

Subsp. 

Subsp. 

Subsp. 

. SX3

SG TABOlt 

CHSSE 

I. 

OHDEM 

I. 

Terras Terras Pedra» Pedra» 

e 

Pedrus. 

Duras. 

ESPECIE 

IX. 

Amphigenio. 

X. 

Lazulite. 

t 

CÔR. TRANSPA- 

Cinzento. 

Esbranquiçado.Amareljado.Vermelho 

; segundoM. 

dc Breislak. 

RÊNCIA. 

Diafano. 

Translúcido. 

Opaco. 

Retracçãosimples. 





a,468. 

Fórma, em rrjstaes 

glohosos de a4 faces 

trapeziformes, lizas; 

no que differe da granada 

da mesma forma, 

na qual são estriadas 

: e por ser infusivel 

, não se pode confundir 

com a granada, 

nem com a Analcime. 

Arredondada. 

Amorpha. Fractura , 

aspera , ou ondeada. 

Hisca o vidro Scintitlantc. 

Azul-ee- Opaca. A ; 76 

leste. 

>,94 

Azul-purpurco. 

Amorpha. Textura , 

granosa , muito cerrada 

; algumas vezes 

um potjco lameilosa. 

Dura ; risca o vidro. 

Scintillaiite com dificuldade. 

CARACTERES 

CHYMICOS. 

Infusivel ao maçarico. 

Comppsição: 

Sílica 5fi 

Klaproth e Vauquelin. 


em esmalte; ou só 

muda de côr. Dissolve-se 

nos ácidos , formando 

geleia. 


Subsp. i 

Soda ai 

A estes princípios reputão 

essenciaes; e accessorios, 

que em alguns 

casos se encontroo, á 

cal e ao ferro. 

MM. Clement e 

Desorines. 

Differe dos mineraes 

azues de cobre, por 

não tomar a côr negra 

no fogo ; nem córar o 

auimoniaco d'azul.

X. S7 

SYICOKYMIA : SUESFF.CIF.S: VARIEDADES. JAZIGO. Usos. 

Leucitei Broch. Granada branca. Grauad; 

do Vesúvio. 

Tem duas formas primitivas; a saber , o 

cubo e a dodecaedra rliomboidal , donde 

Ibe vem o nome de Amphigone. Os seus 

crystaes são, de ordinário, muito regulares, 

e as faces muito limpas; algumas vezes tem 

os ângulos arredondados. 

Lftpis laznli. 

Subsp. I.* Lazufite aaul celeste. Lazulite 

Ontremer.Cò r, azul muito brilhante. 

Esta còr é roubada pelos ácidos 

mineraes , com quem o Lazulite 

fórma urra geleia espessa. Ao maçarico 

dá esmalte cinzento, ou 

branco. 

Subsp, a.» Lazulite de Klaproth. LazuIite; 

Broch. Còr, azul menos brilhante. 

Fractura , granosa , ou latnellosa. 

Infusivel ao maçarico ; e só muda 

a còr para cinzeuta-clara. Na sua 

composição só entrão Silica , Alumina 

e Oxydo de ferro; Klaproth. 

Differe do prusiato de ferro, por 

não ser a sua còr attacada pelos 

alcalis puros. 

Acha-se, d'ordinario 

entre os productos vulcânicos 

; ou nas lavas 

negras , compaçtas e du 

ras, conservando a sua 

transparência e solidez; 

ou nas lavas porosas e 

escorificadas , e neste 

caso os crystaes são 

brancos , opacos e friáveis. 

As lavas antigas 

contém os crystaes mais 

grossos ; e as modernas , 

ou as que sairão do vulcão 

com rapidez , os 

mais pequenos ; ou não 

existem.Encontra-se nos 

basaltos, a quem dá a 

dureza e o brilhantismo 

vítreo. F. raro nas rochas 

primitivas. M. Lelievre 

o observou em uma rocha 

granítica dos Pyreneos 

; e Dolomieu na 

ganga de uma mina d'our 

> do México. 

Encontra-se a i.» Sub 

sp. sempre em massas 

amorplias pouco volumosas, 

fazendo parte de 

differentes rochas primitivas 

; mormente das graníticas. 

E acompanhada 

db feld-spatha , ferro 

sulfurado , granadas e 

cal carbonatada. O mais 

"requente é achar-se em 

pedaços espalhados c 

rodados. 

O melhor vem da China, 

Pérsia, e principalnente 

da Grande-Bucharia. 

8 


O ser muito dura e 

compacta , susceptível 

ior isso de receber um 

lello polido ; a elegante 

côr azul, entrelaçada de 

veios, e marcada de pontos 

amarellos, semelhantes 

a palhetas d'ouro, a 

faz empregar para ornato 

de moveis preciosos: 

mas o seu principal 

uso é fornecer a beila 

còr azul celeste.

53 TA ROA 

I CLISSE 

I. 

)RDEM 

I. 

Terr .is 

'edras 

e 

' Pedras. 

3 uras. 

SsPE3IE 

XI. 

Mcsoty- 

P e - 

XII. 

Côa. ' FttVMSPA- 

RBJiCIA. 

íranca 

de pérola. 

Sranca 

de leite. 

Stilbite. Esbranquiçada;passandotambém 

Í 

escura, 

á aniarellada, 

e á 

vermelhariaranjada. 

Diafaua. 

Translúcida. 

Dpaca. 

IefVacçãodobrada. 

t 

Diafana. 

Translúcida.Refrac- 

çãosimples. PKSO ESPECIFICO: FÓRMA: 

TEXTURA. FavoruRv: R 

OUTROS C VR VCTERES 

FYSICOS. 

2,083. 

Fórma , crystallizada; sendo 

a mais geral 0 prisma de quatro 

planos principaes , terminado 

por uina acumulação de 

quatro faces , diversamente 

situadas em relação aos lados 

do prisma. Globuliforme. Amorpha. 

Textura, communimente 

radiada, com as massas 

compostas de fascículos aciculares, 

divergindo dum centro 

cotnmuin. Fractura , longitudinal 

, algumas vezes uni pouco 

lameltosa ; a transversal 

sempre vítrea. Brilho , muito 

vivo, de madre-perola. Pouco 

dura. Risca 0 vidro com dificuldade. 

Electriza-se pelo 

calor em dois pontos oppostos; 

propriedade,que perde, 

todas as vezes, quo a sua superfície 

se torna farinosa. 

2,5. 

Fórma, crystallizada. Arredondada. 

Textura,. Iamello >a. 

Fractura, aspera, em duas 

direcções; e muito IamelIosa, 

ein uma só. Brilhantismo de 

madre peroia. Risca a cal carbonatada 

, e mal risca 0 vidro. 

CARACTERES 

CHYMICOS. 

Funde-se ao maçarico 

com effervescencia 

e uma 

especie de pliosphorescencia, 

em 

esmalte esponjoso. 

O seu pó lançado 

110 acido nítrico, 

reduz-se , 

passadas algumas 

lioras, em geléa 

consistente. 

Composição: 

Siliea 5o 

Alumiiia . , 29 

Agua 10 

Vauquelin. 

No fogo torna-se 

branca, e dividese 

ein lascns. Ao 

maçarico incha 

considera velmen- 

Ia 1 antes de fundir-se; 

e dá depois 

um esmalte esponjoso 

com effervescencia 

e phosphorescencia. 

Não 

fórma gelía no acido 

nítrico; no 

que differe da Mésotype. 

Composição: 

Silica .... 5a 

Alumina . 

Cal

XT. 

SYITOHTMIA : SUBSFEÇIES: VAKIEDADES. JAZIGO, UÍOT. 

Var. I.* Mcsotype Zéolithe. Solida. 

Var. a. a Atlia-i e nas cavidades 

Mésotype Laumonite. Zculithe ef- de certas rochas, en- 

Jlorescrnte / Haiiy. Friável; dcsla chendo-as completamen 

zendo-se ao contacto do ar em pete em fórma de núcleo 

quenos fragmentos prismáticos, globoso , irregular e es- 

abertos em regos irregulares. triado do centro para a 

Var. 3." Mcsotvpe Ciocalite.. Còr, vermelha circumferencia : ou for- 

de tijolo; ou verinelha-alaranjada. rando as mesmas cavi- 

Iextura , radiada. 

dades dc crystaes prismáticos. 

As rochas , que 

a contém , pertencem 

(em geral) aos terrenos 

reputados vulcânicos. As 

.Uesnlj pes Zéolithes nunca 

se encontrão nas lavas 

novas. 

Ziolithe lainellcuse; Broch. V. Zéolithe 

nacrée. 

Var. i. a StiIbiteBranca. Còr, branca de 

pérola; de ordinário, muito brilhante. 

Com as folhas (as mais das 

vezes) dispostas em fórma de leque. 

Var. 3.' Stilbite Alaranjada. Em folhas 

d'um vermelho-alaranjado muito 

•vivo, c luzente. 

0 seu jazigo (muitas 

vezes) é o mesmo que o 

da Mésotype; mas também 

é frequente nas fendas 

das rochas primitivas. 

Ein qualquer dos 

casos appresenta-se em 

grupos, compostos de 

crystaes pouco volumosos, 

e reunidos (algumas 

vezes) em globos, e em 

pequenas massas arredondadas, 

í l 

I 

i 



I

Go TABOX 

CLASSF. 

I. 

OADEM 

I. 

Terras 

Pedras Pedras 

e 

Pedras. 

Ouras. 

F.SPEOIE 

XIII. 

Chabasie. 

Bose. 

Haiiy. 

XIV. 

Analcinie. 

XV. 

Meionite. 

CÔA. TRANSPA- 

Esbranquiçada 

; 

com uma 

leve tinta 

rosada. 

Límpida. 

Brancaopaca. 


carne ; 

inaís ou 

menos 

carregada. 

Brancacinzentada. 

RÊNCIA. 

Diafana. 

Translúcida.Retracçãosimples. 

Translúcida. 

Opaca. 

Translúcida. 



FRACTURA: EOUTROS 


Fórma , é , ordinariamente, 

em crystaes cúbicos 

inteiros, ou truncados 

sobre a maior 

jartedos seus ângulos, 

fractura , IameIlosa. 

Risca levemente o vidro 

branco. Não seelectriza 

pelo calor. 

pouco mais , 011 

menos. 

Fórma, crystallizada. 


compacta, de grão fino. 

Ondulada. Radiada. 

Fiactura , imperfeitamente 

lamellosa, quasi 

desigual. Riscao vidro. 

Electriza-se com difficuldade 

pelo attrito. 

CARACTERES 

CHYM1C0S. 

Ao maçarico dá um 

esmalte branco; intumescendo 

um pouco , 

antes de fundir-se. Não 

se.resolve em gelêa nos 

ácidos. E pbosphorescente 

sobre os carvões 

ardentes. 


em vidro branco seinidiafano; 

e dá uma luz 

phisphorica. 

Pôde haver casos , 

em que este mineral 

pareça confundir - se 

com a Stilhite e com a 

Mésotype; mas a Stilbite 

tem um aspecto de 

pérola bein notável, e 

os seus crystaes lascaose 

a um fogo brando: e 

a Mésotype electriza-se 

facilmente pelo Cllui : 

caracteres estes, que 

não convém á Analciine. 


com estrépito e intu- 

Fórma, prisma de 8 mescênciaconsiderá- planos, terminado em vel ; e dá um vidro 

pyramide de 4 faces esponjoso. 

Fractura, vitrea, em 

uma direcção ; e sensivelmente 

lamellosa, na 

que é parallela aos planos 

do prisma. Brilhantismo 

vitreo. Risca Q 

vidro.

XHr 61 

STHOMrMIA: SuBSFECIEt: VABIEDADES. JAZIGO. Usos. 

Zcolithe cubique; Broch. Zcolite dure; 

Doloui. 

Var. i. a Analcime Triipninte; Haiiy. Fórma, 

o ciilio , com uma acuminação 

de tres faces sobre cada angulo 

solido. 

Var. 2, a Analcime Trapezoidal ; Haiiy. 

Fórma , dodecaedra trapeziforme. 

Uilfere do Auiphigenio, pela sua 

fjsibilidade ; e da granada , pela 

menor dureza. 

Estas duas Variedades tem caracteres 

diversos; e por esta razão Ilauy 

pensa poder excitar-se alguma duvida 

sobre a sua identidade de 

especie. 

Var. 3. a Analcime Radiada. 

Var. /|. a Analcime Ainorpha. 

Acha-se em fórma 

de crystaes espalhados 

nas fendas de algumas 

rochas liasalticas: e no 

interior de globos da 

agata e do quartzo , disseminados 

nas mesmas 

rochas. 

Só se encontra nos 

productos dos volcões. 

Hyacinthe blanche de Somma; Romé-de-Lisle. Encontra-se 110 meio 

das lavas do Sorunia , 

Pódeconfundir-sena còr, fórma e fractura jiarte do monte Vesúvio. 

com a Mésotype; mas esta no acido nitrico Os seus crystaes , d'or- 

fórma uma gelía , propriedade, que não dinario , achão-se adlie- 

tem a Meiouite. Hiftere do Jaciutho na rentes a fragmentos de 

crystallizaçâo. 

cal carbonatada granosa. 



Desconhecidos.

74 

CLASSE 

I. 

Terras 

Pedras 

e 

Pedras. 

Duras. 

ORDEM 

l. XVI. 

| 

Pedra 

Cruciforme. 

XVII. 


Brancaciuzentada. 

Côr de 

leite. 

Axinite. Roxa. 

Verrie. 

Esbranquiçada. 

RÊNCIA. 

Translúcida. 

Opaca. 

Diafana. 

Translúcida. 

Opaca. 

Re fracçãosimples. 



FRACTURA: F. OUTROS 

CARACTERES FVSICOS. 

CARACTERES 

CUYMICOS. 

TABOA 

a,3333. Ao maçarico funde-se 

com efiervescencia em 

Fórma , em crystaes vidro branco transpa- 

prismáticos, sendo carente.da crystal um prisma Composição: 

de 4 planos, terminado 

por uinaacuminaçáo de 

Sílica 49 

4faces.Fractura ,trans- Aiiiiuina 16 

versal, aspera , quasi 

sem lustre; a longitudinal 

lamellosa. Bisca 

levemente o vidro. Pouco 

scintillante. A rasu- 

Klaproth. 

ra , lançada sobre os 

carvões ardente?, dá 

unia luz phosphorescente 

de cor amarellaverdoenga. 

3,io33 

3,ay56 

Fórma , prisma quadrangular. 

Amorpha. 

Fractura , vitrea , ou 

aspera , ou escamosa. 

Menos dura que o 

quartzo. Scintillante , 

dando cheiro empyreuinatico.Eléctricapelo 

calor. 


sem addição em vidro 

branco-vei doengo, ou 

esmalte cinzentado. F. 

com o bórax em esmalte 

de um verde d'azeitona. 

Composição: 

Alitiniua S' 

Cal 19 

Oxydo de ferro 14 

Oxydo de manganesio 

4 

Vauquelin.

XIII. 63 

SYNOMYMIA : SUBSPECIES: VABIEDADES. JAZIGO. Usos. 

Harmotone; Haiiv- Hyaeinthe ernciforme; 

Houie-de-Lisle. 

F.ncontra-se crystallizada de duas maneiras: 

o que dá origem as duas seguintes 

Variedades: 

A. Cruciforme. Km crystaes prismáticos 

encruzados; náo segundo a sua 

longitude, no que differe do Staurotido, 

mas segundo a largura, 

formando no encruzamento augu- 

Ios rectos. 

B. Simples. Em crystaes simplices, ou 

prismas de 4 planos, terminados 

ein acumiuaçáo de

; 64 TA 1 BOA 

CTLSSE 

I. 

ORDEM 

I. 

Terras Pedras Pedras 

e Duras. Duras. 

Pedras. 

F.SPERIE 

XVIll. 

Idocrasej 

Haiiy. 

Aploma. 

XIX. ' 

f 

CÔR. * TRAKSP.V- 

Escura. 

Alaranjada.Verdecarregado.Verde-ainarellado. 

REN CIA. 

Diafana. 

Translúcida. 

Opaca. 

Ilefracçãodobrada 

muito 

sensível. 

EscuraTranslúcarregacida.da. Opaca. 

Verde-ainarellada;jiassando 

á 

escura. 



Fr.\CTURA: E OUTROS 


3,4o() 

3,O8S3 

Fórma , prismatica ; 

superlicie polida e luzente. 

Fractura, vitrea 

Aspecto, gordo. Iiisca 

0 quartzo. Scintillante. 

Electriza-se pelo attrito. 

j 

CARACTERES 

CUYMICOS. 

Funde se ao maçarico, 

dando um vidro amareliado 

, que depois se 

torna negro. Differe da 

granada , por não ter 

esta 0 polido da Idocrase, 

sei' menos fusível, 

e por não dar ao 

maçarico vidro lioinogeneo, 

mas antes escoria 

negra-. 

Composição da Idocrase 

da Sibeiia. 

Cal 34 

Aluniina IFI,35 

Ferro oxydudo (>,5o 

" Klaproth. 

3:444* Funde-se ao maçarico 

em vidro denegrido. 

Fórma , dõdecaedra 

Differe da granada. por 

com faces rhontboi- 

serem as estrias das fadaes, 

estriadas parnlleces 

transversaes, por 

laineute ás pequenas 

não ter 0 brilho vítreo, 

diagonaes. Fractura , 

ou lamelloso da grana- 

desigual, ligeiramente 

da ; pela fórma primi- 

conchoidal, e quasi vitiva 

ser 0 cubo; pela 

irea em certos pontos. 

fusão ; e seu menor pe- 

Dura; risca 0 quartzo. 

so. E da Idocrase, pela 

Scintillante. 

fórma primitiva. 

I 

j 

é

XIV. 63 

SVMOMYMIA : SUDIFBOIBC VARIEDADES, 

Visuvienne; Brocli. Jacintho escuro 

dos VolcÕes. 

Suas formas secundarias são prismas 

direitos, muito curtos, tendo de 8 até i(i 

planos, terminados, d'ordinário, em grande 

numero de faces. 

A Variedade , a que Haiiy chama Enncacontaidre, 

deverá ter yo faces ; a saber, 

iCi planos 110 prisma, e 37 faces em cada 

um dos vértices. 

Aplome; Haiiy. Granada verde-amarellada 

de Schwarzenberg, na Saxonia ; Broch. 

JAZIGO. 

Existe de duas ma 

neiras; 1.» no meio das 

erupções volcauicas , e 

forrando as cavidades 

de rochas volcanicas , 

compostas de feld-spa 

tho, mica , talco e cal 

carbonatada ; acompanhando 

a granada , 

amphibole, etc.; a.* nos 

terrenos primitivos ; 

Pallas; M. Laxman; M. 

Champeaux. 

Nao se cophece exactamente 

o seu jazigo ; 

diz-se vir da Saxonia, 

e também da Sibéria. 

Uso». 

Os lapidarios de Na. 

polés o cortão , e lhe 

dão o nome de pedra 

preciosa , ou chrysolitlia 

do Vesúvio. 

Desconhecidos.

XV. 

SxaoirrMiA: SUBSPECIES : VARIEDADES. 

I.« Granada Nobre. Còr, vermelha. 

Vermelha-carmesiin muito viva 

Muitas vezes azulada. l)'ordinario 

crvstallizada. Transparente. 

Muito brilhante. 

Subsp. a a Granada Pyrope. Còr, vermelha 

de papoula; ou vermelha de san 

gue; algumas vezes matizada de 

côr de laranja. Nao se encontra 

crystallizada. Fractura, couclioi 

dal e vitrea. Transparente. 

Subsp. 3 » Granada commum. Côres muito 

variadas; verde d'alho, e suas 

gradações. Vermelha muito alaranjada, 

declinando para aniarella. 

Escura, tendendo para atuarella 

, vermelha, verde, e até para 

negra. Opaca; raras vezes transparente. 

Fractura, approximando 

se á aspera; menos vitrea do que 

as Subspecies precedentes; e menos 

dura do que a Granada Nobre. 

Subsp. 4.« Granada Mélanite. Mélanite ;' 

Broch. Còr, negra. Crystallizada 

em dodeeaedro rhomboidal. 

Subsp. 5." Granada Manganesiada. Manganesio 

Granatiformc; Broch. Còr, 

vermelha de jacintho carregada. 1 

Crystallizada em solido de 14 faces 

, e cada uma um trapézio 

Translúcida nas extremidades. Ao 

maçarico funde-se em um globo 

engro-verdoengo. Com o bórax 

dá um vidro verde d'azeitona ; e 

ajuntando-lhe um pouco de nitro 

dá a còr roxa. 

Acha-se commum- Cortadaepolidaserve 

mente disseminada em'para trastes d'ornato: é 

crystaes, ou em grãos:porém amenos estimaarredondados, 

mas não da das pedras precioem 

massas muito volu-Jsas. 

mosas: 1.° Nos terrenos! Reduzida a pó serve 

de crystallizaçao; epos-' para polir. 

to que existao na maior Na Alemanha e na 

parte das rochas primi- Bohemia , por ser muito 

tivas, são mais frequen- abundante, usao delia 

tes nas do gneis, serpen- como fundente nos tratina, 

talco, amphiboie,;bailios dos mineraes de 

etc. 

ferro. 

Encontrão-se também 

nas bètas, acompanhan 

do substancias inetalli 

cas, como são o ferro 

sulfurado, os mineraes 

d'estanho. 1° Nas pedras 

, que formão as 

camadas dos terrenos 

formados por sedimento 

; v. g. na cal carbonatada 

compacta , no 

jaspe. 3.° Livres, e como 

isoladas nos terrenos 

de alluvião; cuja formação 

parece 5er mais recente. 

4-° Nas lavas; e 

este jazigo é mais proprio 

da Granada Mélanite.

68 TA BOA" 

CLASSE 

X. 

Terras 

e 

Pedras. 

a 

OKDEM 

I. 

Pedras 

Duras. 

F.SPF.CÍE 

XXI. 

Staurotido. 

•kxu. 

Epidote. 

Côa. 

Escuro-cinzentado.Eseuroavermelhado. 

, 

Tm sspA- 

HESCIA. 

Translúcido. 

Opaco. 

Verde-car- Diafana. 

regado. |Traiiílu- 

Amarella- I cida. 

verdoenga. Opaca. 

Còr d'azei- Refructona. 

ç5o siin- 

Ciuzenta. pies, 

Roxa. 


FÒIIMA : TEXTUBA: 

Ffi ACTUEA : E OUTROS 


3,»8. 

Fórma , era prismas 

comprimidos de 4 ou 

ti lados simplices , ou 

reunidos em cruz. 

Fractura, aspera , 

uin pouco luzente nos 

crystaes escuros: mas 

deslustrada nos cin 

zentos. Mais duro que 

o quartzo. Pouco sciu 

tillante. 

3,45. 

A fórma mais ordinaria 

dos seus crystaes 

é um prisma de 6 ou 

8 planos, dos quaes 

4 são maiores. Este 

prisma é terminado 

por pequenas faces 

obliquas; e d'ordinario 

por uma face 

horizontal ; todas 

limpas, tendo um 

polido natural muito 

vivo. Amorpha. Textura 

, acicular. Fractura 

, transversal , 

aspera; na outra, lamellosa. 

Risca o vidro. 

Scintillaute. Não 

se torna electrica pelo 

calor ; mas só pelo 

attrito, e com difíi 

cidade. 

CARVCTRRBS 

CHYMICOS. 

Ao maçarico uao é 

exactamente fusivel; 

mas com calor muito 

forte cobre-se de um 

verniz uegro. 

Composição: 

Alumina .... 44 

Silica ....%. 33 

Cal 4 

Ferro i3 

Manganesio . . 

Vauqueliii. 


em uma escoria 

escura. Differe da 

actinote, por esta se 

fundir em esmalte 

cinzentado: da am 

phibole- verdoenga 

em ser a ICpidote 

menos dura, e a fra-j 

ctura menos vitrea : 

do asbesto duro verdoengo, 

por ser a 

rasura deste macia, 

e a da Epidote aspe 

ra. 

Composição: 

SiIica ... 37 ou 

Alumina . ai ou 28 

Cal .... 14 ou 31 

Ferro oxydado. 

11 ou 24 

São estas as substancias 

essenciaes da 

sua composição.

xvi; 

STHO»TMIA: SUBSPECIES : VAKIED ADES. 

• Schorl criieifomie i lloiné-cle-Lisle. 

Grenatite ; Broch. 

Varied. I.- 1 Staurotido Grenatite. Crystaes 

de um vermelho-escui o , formando 

prismas simples- de 4 ou planos 

, comnoumincnte translúcidos. 

Asseuielha-'e á granada , da qual 

diflei-e na fórma e na infusibili 

dade. 

Varied. a.* Staurotido Encruzado. Prismas 

inais curtos e mais opacos , de 

côr escura cai regada; encruzando-se 

dois a deus, ou (raras vezes) 

tres a tres, formando ângulos 

rectos, uu de 6o, e de iao g. 

Sehor1 Terl Í/K Daitphini ; Romé-de-Lisle. 

L i Raj onnante vilretue ; Broch. 

Suhsp. i.» F.pidofe Stralite. Côr, cinzenta, 

ou verde. Contcin feno, sem 

quantidade notável de manganesio. 

Subsp. a." EpidoteRoxa Côr, roxa. Opaca. 

Contém de uiangauesio Ia. 

JAZIGO. 

Pertence aos terrenos primitivos. 

A i." Var. acha»se mais 

pai ticularmente nas rochas micaceas. 

A a. J , ainda que mais 

vulgar, nao tem o seu jazigo 

tão bem determinado. Eueoutiou-se 

em crystaes isolados eui 

uma argilla micacea , que pai 

ceo produzida pela decomposição 

de íocha pi imitiva. Tem-se 

achado em rochas primitivas 

ua Hcspanha, nos Alpes e eui 

Cayeuua. 

Pertence aos terieuos primitivos 

, lítio eiitiando na estructuia 

das suas rochas, mas 

existindo ciystailizada nas suas 

feudas, penetrando com differeutes 

d.iecções as substancias, 

que enchem as suas bètas, como 

são a cal carbonatada , o 

quartzo , etc. As substancias , 

que mais ci mmuinnieute acomj 

anhâo a Epidote, sao o ferro 

oxvdulado, a axinite, o feldspatho 

aiiular e o asbesto. 

Uso». 



% 

. < 

i

JO T A BOA/ 

.CL VSSE 

I. 

GRDEM 

X. 

Terras ; Pedras 

e Duras. 

Pedras. 

ESPECIE 

XXIII. 

Tormalíua. 

CÒB. 

Negra. 

13ranca. 

AinareIla 

de mel. 

Verde, 

mais ou 

menos 

vivo. 

Azul-verdoeitgo 

Azul d'anil.Vermelha. 

TRAHSPA- 

REMCIA. 

Diafana. 

Translúcida. 

Opaca. 

Hefracção 

simples. 

Observando 

a luz na direcçãoperpendicular 

uo eixo, a 

pedra parece 

, d'oidi- 

Iiario1 transparente 

; 

na direcção 

parallela , 

opaca ; ainda 

quando a 

largura do 

prisma excede 

a sua altura. 




CVRACTERES FYSICOS. 

3,o8 

3,3ti 


Lenticular. Acicular. 

Amorpha. Fractura, 

conchoidal, vitrea. 

A Torinalina crystallizada 

tem nos dois 

vertices differente numero 

de faces. K mais 

dura , que a amphibi - 

Ie, com quem mais se 

assemelha , e menos 

do que o quartzo. 

Electriza-se pelo calor, 

e adquire os poios 

eléctricos; residindo 

a electricidade negativa, 

ou resinosa, no 

veitice de menor numero 

de faces ; e a 

positiva , ou vitrea , 

110 vertice opriosto. 

CARACTERES 

CHYMICOS. 

Funde-se facilmente 

ao maçarico , reduzindo-se 

(á excepção 

da Subsp. vermelha) 

em esmalte esbranquiçado. 

E por esta 

propriedade , bem 

como pela fractura 

itrea e faculdade de 

se eiectrizar pelo calor, 

que a TormaUna 

se distingue da pvroxene, 

da Spinellepleonaste 

, da epidote 

e da ampbibolesehorlica, 

mineraes 

estes, com quem 

mais poderia confundir-se. 


Subsp. 4.-1 

Silica 4° 

Alumina .... 3g 

Ferro Ia^ 

Manganesio . . a 

Agua ....... 4 

Vauquelin. 

Tormalina HubeUitr 

da Sibéria d'um vermelhc-roxo 

: 

Silica 41 

Aluinina 4° 

Mangancsio . . 7 

Sotla 10 

Sendo de côr rc 

denegrida : 

Silica 4^ 

Alumina .... 3o 

Oxydo de manganesio 

.... i3 

Soda 1 

Vauquelin.

XVII. 7* 

SraaaTMl*: SUBSPECIES : VABIEUADBS. 

Schorl; Broch. 

Subsp. J.* Torinalina crystallizada. As suas 

fúrtnas mais notáveis são : A. ToT in. 

crystall. Isogone Piisma de 9 planos 

com um vértice de 6 faces, 

outro de 3. B. Torni. crvstall. /#«pnire. 

Prisma de 9 planos com um 

vertice de 3 faces , outro de 7. 

Subsp. 3. 1 Tormaliiia Urauca ; Haiiy. Schorlo 

Kleetrieo ; iirnch. Sem côr. 

Subsp. 3.» Tormalioa Mellada. Côr, ama 

relia de mel. Peridoto do iirasil. 

Subsp. 4.» Tormaliiia Esmeraldiiia.- Torma- 

Iiua Verde;. Hairv. Esmeralda do 

Brasil. Côr, veide, mais ou menos 

viva. A de 11111 verde sombrio , vem 

do Brasil; e a de uni verde d'esmeruída, 

de CevlÃo. 

Subsp. 5.' Toimaliua Salii-inada. Tormalina 

Azul; Haiiy. Côr, azul-verdoengo. 

Saliia do Brasil. 

Subsp. 6. J Tormalina InJicoliche. Tormalina 

InJigo; Haiiy. Côr, azul d'ani!, 

algumas vezes muito sombrio. E de 

mais difíicultosa fusão. 

Subsp. 7.» Tormalina Rubelfite. Tormalina 

Apyra. Schorlo vermelho da Sibe 

ria. Côr, vermelha mais ou menos 

viva. Infusivel. E posto que esta 

Subspecie seja differente das outras 

11a còr e fusibilidade , pertenceiu- 

Ihe com tudo os inais caracteres ria 

Tormalina As aualyses desta pedra 

só differein segundo a intensidade 

da côr. 

Subsp. 8." Tornialina Schorlo. Schorlo Negro 

; Broch. Côr, perfeitamente 

negra. Negra-arruivada , como defumada. 

E amais coinmuin. 

JAZIGO. 

É própria dos terrenos 

de crystallização. 


de algumas rochas, 

mórmrnte nas talcosas; 

eé nas suas fendas 

e cavidades que se acha 

crystallizada. 

Apparece na maior 

parte das cadéas de 

montauhas primitivas; 

e em agulhas mui bel- 

Ias no Tirol, em uma 

rocha talcosa misturada 

de chi rite, mica e 

ampliihnle; em Freybci 

g; na Hespanha; 

110 Brasil e Ceylão em 

crystaes dispersos. As 

Tormalinas da Bohemia 

acompanhão as 

minas de estanho. 

Foi a Torinalina a 

primeira pedra, em! 

que se descohrio a' 

propriedade de se e!ectrizar 

pelo calor; descoberta 

, que sendo annunciada 

por Eemery 

em 1719, foi eonhimada 

por Aepinus eui 

70. 

A pedra vermelha , 

ou purpurina, que 

aquecida, ou esfrega 

da attrahia os coipos 

leves , de que falia Plínio 

, é muito natural 

que fosse aTornialina.

1 2 

• •. 

CMSSE 

I. 

TCM;) 

e 

Pedra--. 

• . . „ . — 

OBHEH 

I. 

Pedras 

Duras. 

FISPEUIE 

XXIV. 

Euclasé. 

XXV. 

Beryllo- 

• M 

CÔR. 

Verdemar, 

milito 

claro. 

Ftuwsrt 

BK ateu. 

Diafana. 

Hefracçãodoirada. 

Verd e- Diafano. 

brillian- Translúte. 

cido, 

Verde- Refracpallitlo. 

ção do- 

Verde- brada , 

azuiado. pouco 

Verde- sensível. 

ainarellado. 

Azul. 

Amarello 


— — a — — — 1 

PKSO iBSPKcrrreo: 

'FÓRMA : TEXTCRA: 

ITRACTUBA: K OUTROS 


3,o6. 

Fórma principal , unr 

prisma imperfeito de 

,j faces obliquangu- 

, com os termos 

do prisma muito complicados. 

Fractura, na 

direcção parai leia á 

pequena e grande dia. 

gonal do prisina , Ia- 

Kiellosa; e na transversal 

, ura pouco 

:J>nclioidal. Dura; risca 

o quartzo. Em uma 

só direcção, separa-se 

facilmente em Iaminas 

muito delgadas, 

e muito brilhantes. 

2,683 

2,72a 

a >775 

Fórma, prisma Iieaedro, 

d'ordinsrio 

com estrias longitudinaes. 

Fractura , ondeada 

, vitrea, brilhante. 

Eléctrico pelo 

attrito. Mais duro que 

o quartzo. 

CABACTKRES 

CHYMICOS. 

TABOA 

Ao maçarico perde a 

transparência ; funde 

se em esmalte branco. 

Composição: 

Silica 36 

Aluniina 13 

Gluciua 1S 

Ferro 3 

Perda aj« 

Vauquelin. 

A considerável perda 

ttribue-se á agua dai 

crystallização , cuja 

presença se mostra 

pela opacidade, que 

toma ao maçarico. Ou 

será devida a um alcali 

? 

Funde-se com difíiculdade 

ao maçarico sem 

addição ; e dá um esmalte 

branco, ou vi-, 

dro branco translúcido 

e um pouco escumoso, 


1.» Subsp, 

Silica . . 

Aluiiiina .'. . 

Glucina .... 

Cal 

Oxydo de ferro 

2." Subsp. 

Silica 

Cal 

Alumina.... 

Gluciua . . . • 

Oxydo do 

Chromio. . . 

Agua 

Vauquelin. 

.68 

i5 

14 

a 

64,5o 

1,60 

16 

i3 

3,a5

xvi n. 

SYMOMTMU; SIWIPSOIBI: VABIKIUD&Í, Ji ZIGO. Usos. 

HaumaVarladade defórma, que, sendi 

o crystal completo , deverá ter 78 faces ; It 

no prisma; e 3a em cada vertice, 

Subsp. 1.» Beryllo Agua Marina. Beryllo 

Nobre; Broch. Còr, verde-palhdo. 

Verde-azulado. Verde-amarellado. 

Azul. Amarello de mel. F.m crystaes 

muito acancllados nos planos , de 

maneira que os lados angulares 

do prisma algumas vezes não se 

conhecem. 

Subsp. a.» Beryllo Esmeralda. Esmeralda; 

Broch. Còr , verde-vivo e puro. 

Mais duro , que a Subsp. 1.« Estrias 

longitudinaes do prisma, pouco 

sensíveis. 

Foi conduzida do Peru 

por Domhey, 

Aeha-Be lambem na 

Província de Minas Geraes, 

no Brasil; donde 

tein vindo alguns crystaes 

, e um dolles de còr 

azul mui viva , analoga 

á da Sapliira, 

Ai.» Subsp. pertence 


arha-se em veios, atra-i 

vessando montanhas de 

granito. Sua ganga , ou 

é 0 quartzo, ou -a argilla 

Ierruginosa endurecida. 

Também se encontra em 

alguns terrenos de alluviio. 

Ojazigoda ».» Subsp. 

não é bemconhecido, e 

:>osto que algumas vezes 

se tenhão observado as 

Esmeraldas nas areias 

dos rios e em alguns 

terrenos de alluvião, M. 

-elievre encontrou uma 

Esmeralda em uma gan« 

ja gypsosa ; M. Sage em 

un globo de cal carbo» 

latada ; M. Galtzin em 

janga calcarea. F. de crer 

|ire estes lugares não 

.ejão os seus proprios 

azigos. 

IO 

Não é susceptível de 

ser lapidada. 

A agna marina emprega-se 

como pedra 

preciosa; mas tem pouco 

ralor, não só por ser 

muito vulgar , mas também 

por ser a menos 

dura e menos brilhante 

das pedras preciosas. 

A Esmeralda, sendo 

de um verde vivo, sem 

falha, e bem transparente, 

é muito estimada. 

í

74 TABOA 

CLASSE 

I. 

Terras 

e 

Pedra 

ORDKM 

I. 

Pedras 

Duras. 

ESPECIE 

XXVÍ. 

Topázio. 

XXVlI 

Distlie- 

CÔR. 

TRANSPA- 

RENCIA. 

Limpi-j Diafano. 

do. jTranslu- 

Ama- i eido. 

rello. j Refrac- 

Amarellopallido.Amarellorosado.Ainareíloavermelhado.Azulverdoen- 

V ermelho. 

Azul 

de saphira.Azulpallido.Amarellada.Verdoenga- 

Bran- 

cão dobrada. 

Diafana. 

Translúcida. 

Ii t* fracçãosimples. 


FÓRM V : TEXTUR\ : 



3,53i i 

3,564 

Fórma , prisma de base 

sensivelmente rliom 

boidal , com estrias 

longitudiimes. Globuliforme. 

Fractura, virea 

, 11a direcção parallela 

ao ei\o tio prisniu; 

e lamellosa,naperpendicular. 

Mais duro 

{fie o quartzo, e menos 

io que a Spiuelle. 

Uus são eléctricos 

pelo calor ; outros pelo 

attrito ; propriedade 

esta, que possuem ein 

alto gráo. 

3,517. 

Fórma, prisma achatado 

, composto de Iaminas 

parallelas ao eixo, 

e fáceis de separar. 

Gorda. Semidura ; a 

superfície das laminas 

é riscada pelo vidro ; e 

o mesmo vidro c riscado 

pelo gume das laminas. 

Adquire, indifferentemente, 

a electricidade 

resinosa , ou vitrea, 

seja qual for o 

polido ; donde lhe vem 

o nome Disthene. 

CAKACTBRBS 

CHYMICOS. 

Infusivei ao maçarico 

sem addição: com o bórax 

funde-se sem effervescencia. 

Os do Brasil 

aquecidos em um cadinho 

tornão-se verineUios 

de rosa ; e os da Saxoiii a 

íicão brancos. Reduzido 

jij , ee-te lançado por 

espaço de tres horas no 

xarope das violas, dãiiie 

a còr verde. 


Ahnnina . . . 4/ 011 5o 

Silica a8 ou 3o 

Acido fluorico 

17 ou 20 

Ferro o ou 4 

Klaproth e Vauquelin 

. 

Infusivel ao maçarico 

sem addição. Differe do 

talco, por ser este unctuoso. 

flexível e fusivel; 

e da mica, por ser esta 

eiartica e fusivel. 

Composição: 

Alumina ...... 55 

SiIica. 3(),2 

Cal 2;2j 

Magnesia .... 2 

Oxydo de ferro 6,65 

Agua e perda . 4>y 

Saussure.

XIX. 

SrxoxrMi*: SUUSPÍCIES: VARIEDADES, JAZIDO, Usos. 

Subsp. i.* Topázio cryntallizado. Vnriedades 

: A. Topázio PioctaMre, Prisma 

de 8 planos, terminado por vertices 

de differentcs faces. Adquire pelo 

calor as duas especies de electricidade 

; cin um topázio do Brasil 

observou Haiiyt que o vertice de 

seis faces mostrava a electricidade 

vitrea ; e o de dez, a resinosa: B. 

Topázio Monostiqnc. Prisma de 8 

planos, em que abaseé horizontal, 

e na margem com fileira de G pequenas 

faces obliquas. Eléctrico só 

pelo attrito. E proprio da Saxonia. 

Subsp. a. 3 Topázio Limpido. Electricopelo 

calor. Vem da Sibéria, 

Subsp. 3.' Topázio Amarello. Variedades: 

A. Amarello puro: B. Amarello pallido. 

Eléctrico pelo attrito. No fogo 

Iica branco. E da Saxonia: C. Topázio 

Açafroado. E da índia: D. 

Topázio Buivo. Avermelhado e còr 

de rosa. Estas ultimas còres são 

próprias dos Topázios do Brasil. 

Dá-se-ihes a còr vermelha, aquecendo-os 

fortemente, e serão assim os 

chamados Hubis do Brasil. 

Subsp. 4. a Topázio Verdoengo. Sendo de 

um amarello-verdoengo, é a chrysolitha 

de Saxonia : e sendo de um 

verde atirando para azul, chama-se 

(vulgarmente)agua marina oriental; 

Sapbira do Brasil; Beryllo deBuffon. 

Pertence aos terrenos 

primitivos e aos da mais 

antiga formação ; por 

isso que se acha nos granitos 

e minas d'estanho, 

crystallizado, nas bètas 

destas minas , ou empas, 

tado, e fazendo parte 

dos mesmos granitos. 

Também é proprio, 

como as outras pedras 

preciosas , dos terrenos 

d'alluvião , proximos 

dos primitivos; e das 

aróas d'alguns rios. 

Os do Brasil são envolvidos 

em uma pedra 

argillosa. 

63 

Sendo de um amare!-! 

Io puro, limpo e sem, 

falhas , tem algum valor 

; mas não aquelle, 

que tem o Topázio oriental 

, que vem a ser o 

Corindon Telesia- 

Cji aitite; Broch. V. Schorl b/eu. Arha-se nas rochas pri- Em consequência da 

mitivas, principalmente sua infusibilidade foi 

nas de talco , nas do empregado por Saussu-' 

gneis, etc., em fascícu- re para apoio nos enlos 

parallelos, ou, algusaios pelo maçarico. 

mas vezes, divergentes. 

E acompanhada do 

quartzo, da mica, da 

tormalina, do staurorido, 

etc.

CLISSB 

t 

- 

OADSH 

I. 

Terras Pedras 

e Duras 

Pçdras, 

ESPBCIB 

XXVIU. 

Chiysoberyllo; 

Broch. 

XXIX. 

Spiuelle. 

Côa. TBAWSPA- 

RRSCIA. 

Verde de Diafano. 

limão. Translú- 

Verde cido. 

d'azeiro- Refracna 

; pas- ção dosando, 

ou brada. 

ao cinzento-amarellado, 

ou ao 

brancoveriloengo; 

e com 

reílexos 

azulados 

e brancos 

de leito. 

, PRÁO ESPKCIFICFR: 

: FÓRMA : TRXTURA : 

FRACTURA: R OUTROS 

I CARACTERHS FYSICOS. 

3,79- 

Fórma, prisma de 8 

planos, com os vertices 

cobertos de muitas 

faces , formando 

Iim solido de o.i face.-. 

Granuliforme. Fractura, 

ondulada, vitrea, 

iiu lmnollosa na direcção 

parallela ao eixu 

dos seus crystaes pris 

maticos. Muilo duro. 

Eléctrico pelo attrito. 

CARACTRRM 

CUYMICOS. 

TABOJt 

Infusivel ao maçarico, 

Composição: 

Sílica .,..'... 18 

Aluinina .... 7(,3 

Cal Ii 

Oxvdo de ferro 1,5j 

Pcxda 3 

Klaprcíh. 

Verinelha-escarlata.Vermelha 


rosa. 

Verine- 

3,()558 In fusível ei na Iteravel 

Diafana- 

3,7t> 

ao maçarico sem ud- 

Translú- 

dieão. Com o bórax 

cida. Forma, octaedra. Tex- fuude-se sem effer? 

Opaca. tura , lamellosa Fra- vescencia; mormente 

Refrac- ctura , transversal , as Variedades muito 

ção sim- conchoidal- Brilhan- vermelhas. 

lha-ainarellada.Verinellia-roxa. 

Negra. 

ples. tismo, vítreo. Muito Composição: 

ura, mas é riscada Subsp. i .* 

pela saphira. 

Aluiniiia . .. 8A, í7 

Magnesia . . 8,78 

Acido Chroinico 

.... fi, 18 

Perda 1,57 

Vaucjuelin. 

Subsp. «.' 

Alumina.... f>8 

Maguesia. . . 11 


16 

Sílica...... s 

M. Descotils. 

i 

j'

XXft AT 77 

STKOXXMIA : SDBSPKQIBI : VABIEUADP.S, 

as no . . ,„-, • •• 

Cymnphane; Haiiy. Chrysobtryl ; Broch. 

Chiysolilhe opalisanle , chatuyanlc, ou 

oriental* Uts jouillicrs. 

Subsp. i." Spinelle Rubi. Còrmais ou mentis 

vermelha. Eslructura , sempre 

lainelltisa. As differentes côies dão 

7» 

CLASSE 

I, 

Terras 

e 

Pedras. 

ORDEM 

I. 

Pedras 

Duras. 

ESPECIE 

XXX. 

Corindon. 

CÔR. 

Côres dominantes: 

Azul, 

Amarella. 

Vermelha. 

Ká também: 

Branca. 

Roxa. 

Cinzenta. 

Denegt 

da ; e as 

gradações 

in 

termediasdestas 

cô- 

TnAitSPA- 

U EIf CIA, 

Diafano. 

Translúcido. 

Opaco. 

Be fracçãodobrada. 





3,87 

Fórma , hexaedra. Dodecacdra; 

formada de 

duas pyramides hexaedras 

unidas pela base. 

Rhoinhoidal. Ainor 

pho. Textura , cominummente 

lamellosa. 

E o mais duro dos mineraes, 

depois do diamante. 

Risca o quar 

tzo. Scintillante. Phos 

plioresceute pelo attrito. 

CARACTERES 

CUYMICOS. 

TABOA 

infusivel ao maçarico 

Coin o bórax funde-se 

sem effervesceucia. 

Composição: 

Coriudon Telesia pu 

ro. 


Ferro a 

Klaproth. 

Pôde

XXVII. 

Subsp. I.* Corinclon Telesia. Sapliira ; 

Broch. Possue as cures mais \i\as , 

maior puieza, transparência, du 

reza e peso. Textura , raras ve zes 

lamellosa. Fractura, conchoidal. As 

differentes côres fórmão as seguiu 

tes Variedades: A.CorindonTelesia 

Limpidii. V Saphira branca: B. 

CorindonTelesia í!ubi. Còr, vermelha 

muito viva. V. Rubi d< 

Oriente: C. CorindouTelesia Vermelho. 

Oinn vermelho, atirando 

para còr de leite. V. Rubi Calcedonico: 

1). Coiindon TeIesia Topázio. 

D i Itm amarello puro. V. 

Topázio Oriental : F.. ( uihid( 

Telesia Saphira. D'uui bello e vivo 

azul, ou azul d'anil. \. SajLira 

Oriental: F. Coriudon Tritvia Amethysta. 

D'um roxo vivo. \. Amethvsta 

Oriental. 

Muitas destas ròi es se reúnem algumas 

vezes em um sóciystal, appresentando 

um jogo ou reflexo de 

côres particnlhres, em razão do 

qual os lapidai ios lhe dão differen 

tes nomes: A. Coiinduu Telesia 

G\ rasol. Quando offerece reflexos 

d'uma leve tinta vermelha eazul sobre 

um fundo translúcido: ii. CorindonTelesia 

Radioso. Teinloreflexos 

de madre pérola muito vivos: C. 

Coriudon Telesia Estreitada. Appreseniando 

na direcção perpetitlicular 

reílc;:cs prateados , e dividindo- 

se em esíretla de seis raios. 

Subsp. 2 a Corindon Adamantino. Spatho 

Adauiautino ; Broch. A fórma mais 

ordiuai ia é a liexnedra , tendo na 

base zonas liexaedras concêntricas 

de diversas côres. Notão-se as seguintes: 

A. CoriudonAdainantino 

Amarellado. Acha-se eui Bengala. 

B Corinclon Adamantino.Cinzento. 

Com aspecto de madi c-perola c 

metallico. É proprio de Malabar: 

C. Corindon Adamantino Denegiido.Contendo 

interiormente pequenos 

grãos de ferro oxyduladu. \ e«n 

da China. 

A t. a hubsp. encontra-se 

IÍÍ.S areias dos 

legatos e nes terienos 

d'allu\ ião , pri xinios ás 


Achão-se também nas 

terras a gdlofenuginosas 

, que tnchem as fendas 

(!'algumas rr.cf. 

priniitivus: e segundo 

luagcllau, em uma arguia 

M-I de eiu.uj ecida 

A 2,-' SI i.sp. acha-se 

nas rocias graníticas, 

entra na sua composição 

a nuo eira do feldspatho. 

O que é proprio 

da índia, é, de ordinário 

, acompanhado cie 

feld-spatho translúcido, 

de mica , talco, grana 

da , zircão , ferro oxvdulado 

e quartzo. 

9' 

O Ccritdoii Telesia é 

pedia preciosa maisestimada 

em razão da sua 

duieza, brilhantismo e 

vivacidade de côres. O 

Fubi Oriental tem o pri 

uiciro lugar; a Saphira 

o segundo ; o Topázio 

Oriental o terceiro. 

Onomeda a.* Subsp. 

vem de se comparar ao 

diamante na dureza. 

Diz-se, que na China 

serve pura polir o diamante 

; e se isto não 

é exacto , pelo menos 

emprega-se paia poliras 

pedras duras. Refere-se 

também , que na China 

entra na composição da 

procel'ana;.o que adtnitte 

duvida em razão da sua 

extrema dureza,

8o TABOÀ. 

Cl. ASSE 

I 

Terras 

e 

Pedras 

OKDEM 

I. 

Pedras 

Duras. 

r.sPEcn 

X X X I . 

CÒR. 

Perido- j Amarelto.fa-verdoenga.Amarella-desmaiada. 


d'azeitona 

, com 

grada- 

XXXII. 

Pyroxene. 

çõesaverme- Ibadas, 

ou escuras. 

Negra. 


Azul. 

Branca. 

Cinzenta 

TRANSPA- 

RÊNCIA. 

Diafano. 

Translúcido.Refracçãodobrada. 

Translúcida. 

Opaca. 





3,4 j85. 

Fórma , crystallizada. 

Granuliforme. Amorplio. 

Textura , paral- 

Icla ao eixo do crystal, 

lamellosa. Fractura 

conchoidal, brilhante. 

K a menos dura d 

todas as pedras denominadas 

preciosas; risca 

o vidro; mas é taci! 

mente riscado peio 

quartzo e pela lima. 

CARACTERE» 

CtI YMICOt • 

Infusivel ao maçarico; 

só perde a còr , e torna-se 

escuro. Com o 

bórax funde-se sem effervescencia 

, e dá um 

vidro transparente de 

côr verdoenga. 


Subsp. i.« 

Silica 38 

Magnesia .... 3g,5 

Oxvdodeferro Iy 

Perda 3,5 

Subsp. a.» 

Silica 48 

Magnesia .... 3j 

Oxydo de ferro 1 2,5 

Caf 25 

Perda 3.2; 

3,22()5. Funde-se ao maçarico 

com difficuldadç; inas 

Fórma , prisma curto reduzida a fragmento, 

comprimido de f> ou 8 é de fácil fusão , e ter- 

planos, terminado poi mina em esmalte ne- 

duas faces obliquas. g 


longitudinal, lamellosa 

; transversal, aspera. 

Scintillaute. Itisca 

o vidro. A Pyroxeue, 

á excepção da bi anca, 

tem a rasura verde. 

Alguns crystaes fazem 

over a agulha magnética. 

ro - 

Composição: 

Subsp. i.* 

Silica 52 

Alutnina .... 3 

CaI 13 



Oxvdo de mangancsio 

.... i 

Perda 

Subsp. a. 

4 

a 

Silica 5o 

Cal 2.J 


Ferro oxydado 

Manganesio o- 

7 

xydado ... 3 

Alumina .... i5 

Perda 4 

Vauquelin

xXií. 

SVXOSYMU : SOESPBCIES : VARIEDADES. 

Subsp. i.« Poridoto crystallizado ; Haiiy. 

ChrysbUthc ; Broch, Prisma comprimido 

de 8 plauos, terminado por 

um vértice pvramidal, ou cuneiforme. 

Subsp. a. a Peridoto Oliyine. Olivine; Brocb. 

Peridoto Granulifornie ; Haiiy. V. 

Clirvsolitha dos volcôes. Amorplio. 

Em grãos, ou em massas volumosas 

arredondadas. Fractura , desigual 

,e até granosa. No acido nitrico 

perde a còr, e cora o acido d 

verde desmaiado. 

Subsp. i.« Pyroxene Augite. Silex Augites ; 

Broch.Conipete-Ihe a fórma descripta 

11a especie; e só ajuntaremos 

que os seus pequenos prismas são 

«'ordinário , muito limpos e claros; 

mas algumas vezes se misturão de 

maneira , que uma das extremidades 

appresenta um vértice de /\ 

faces; e a outra um angulo reintrante. 

Subsp. 2.» Pyroxene Coccolithe. Còr, ver- 

de , mais ou menos carregado.- 

Textura , lamellosa em duas differentes 

direcções, parecendo perpendiculares 

entre si. Fractura , 

granosa. Acha-se em massa , for 

mada pela reunião de pequenos 

grãos angulosos, e de um brilhantismo 

vitreo ; commuinmente translúcidos. 

JAZIGO. 

O ja/.igo da i. a Subsp. 

é pouco conhecido ; os 

iío cummereio vem do 

Levante. Tem-se achado 

em forma arredondada 

nos terrenos d'alluvião. 

A 2. a só se tem encontrado 

em fragmentos 

de differentes volumes, 

no basalto e entre outras 

rochas , cuja origem parece 

ser volcánica. Apparece 

lias lavas dalguns 

volcoesjbem como 

fazendo parte da massa 

de ferro nativo da Sibe 

ria , em fórma de grãos 

ile fractura vitrea , e de 

còramarella-verdoeng. 

A r.» Subsp. pertence 

mais particularmente 

aos terrenos volcanicos. 

Acha-se nas lavas eescorias 

mais recentes : e 

posto que muitos Mineralogistas 

pensem que a 

Pyroxene já existe nas 

rochas , que. fazem a 

matéria das lavas; é certo 

, que ella é menos 

abundante nas rochas 

que não são evidente 

mente volcanicas. 

A í.n Subsp. só se 

encontra nos terrenos 

primitivos. 

I 1 

Usos; 

A pouca dureza dos 

Peridotos e suas cores 

deslustradas fazem com 

qne tenlíão pouco valor; 

assim mesmo a I- a Subsp. 

tem uso de pedra preciosa. 

Desconhecidos.

CLASSE [ORDEM 

I- I I. 

Terras 

e 

Pedras. 

I 

Pedras 

Duras. 

ESPECIE 

XXXIII. 

Ampliibole. 

CÒR. 

Vegra. 

Escura. 

Verdecarregado. 

Verde de 

esmeralda.Verdepallido.Cinzentaverdoeng 

a - 

TIIASSP A- 

RE2SCIA. 

Opi 

PESO ESPEC.: FÓRMA 

TEXT. : FRAOT.: ETC. 

3,a5. 


Amorpha. Textura, acicular. 

Folheada. Laminar. 

Fractura , lamellosa 

ein uma direcção; 

desigual e aspera em 

outra. Risca o vidro. 

Pouco scintillante. Rasura, 

aspera; 110 que 

differe do asbesto rijo. 

Phosphorescente pelo 

attrito. Não se electríza 

pelo calor, nem pelo 

attrito; no que se distingue 

da tormaliua. A 

a. a Subspecie tem nc- 

:ão sobre a barra ma 

uetica. 

TAROA 

CARACTERES 

CH YMICOS- 


ao maçarico em esmalte; 

caracter este , 

que a distingue da 

epidote e da pyroxene. 


Amphihole Schorlica 


Silica 

Cal 10 

Alumina 8 

Magnesia 11 

Ferro oxydado . a3 

Mangauesio ... 1 

Agua 5 

Laugier. 

Amphibole SchorIica 

commum. 

Sílica 37 

Alumiua 22 

Magnesia 16 

Cal 

Ferro oxydado . i'i 

Kirwan. 

Amphibole Schorlica 

Basaltica. 

SiIica 58 

Alumina 27 

Magnesia 

Cal 

Ferro oxydado . 

Bergman. 

AmpliIbole Actinote. 

Sílica 5o 

Alumina 1 

Magnesia 19 

Cal 10 

Ferro oxydado . 11 

ChromIo 

Aguaeperda 5 ou 6 

Laugier.

XXIII. 

STJÍOJÍYMIA: SUBSPECIES : YAFIEDADES. 

Hornblbhd; Broch. 

Subsp. i.» Amphibole Seliorlica. Côr, negra; algumas vezes 

verde-garrafá carregado. Textura, mais lamellosa do 

que nas outras Subspeeies. Variedades: A. Amphibole 

Schorlica Crystallizada dodecaedra. Prisma de 

6 planos, terminado de cada lado por 3 faces rhom 

boidaes: B. Amphibole Schorlica Equi-different 

Prisma de 6 planos, terminado de um lado por 

4 trapézios, e do outro por dois pentágonos: C 

Amphibole Schorlica Commum. Hornblende Com 

muni ; Broch. Em crystaes limpos raras vezes isolados; 

mas sim em fascículos de prismas abertos em 

regos; ou de pequenas varetas negras , algumas ve 

zes divergentes: D. Amphihole Schoriica Basaltica 

Ilornblende Basaltica ; Broch. Superfície dos crys- 

taes, aspera sem lustre , e algumas vezes ferrugi-' 

nosa. Textura , mais lamellosa qué a da antecedente, 

e de mais difíicidtosa fusão. 

Subsp. 2. a Amphibole Hornblcnde. Em massa ; a qual sendo 

homogenèa,é muito tenaz ;edá um cheiro argilloso 

pela expiração. Côr, negra; ou verde-carregado 

muito puro. Textura, lamellosa, ou fibroso. Variedades 

: A. Ampliihole Hornblende Lamellar. Appre- 

seutando na fractura um grande numero de peque-, 

nas laminas entrelaçadas em differerites direcções 

B. Amphibole Ilornblcnde Acicular. Em massa com 

posta d'agulhas delicadas, formando uma textura 

fibrosa : C. Ampliibole Ilornblende Schistosa. Horn 

blende Schistosa ; Broch. Estructura geralmente 

schistosa, de folhas chatas , ou Curvas , e um 

pouco brilhantes. 

Subsp. 3. a Amphibole Actinote. La rríyonnatite ; Broch. Còrverde 

puro d'esTiierídda; ou verde-paílido : deve esta 

côr ao Chromio. FormA, ordinária ; èm longos pris- 

•mas muito delicados e níuito frágeis. Eracttira , 

transversal, mais IuZente do que a da Amphibole 

Schoilrca, coín quem mais se assemelha. Funde-se 

ao maçarico em esmalte cinzento, ©u amarellado. 

Variedades : A. Amphibole Actinote IIexaedre ; 

Iiaiiv. La rayonnante eoinrnune; Broch. Em longos 

prismas hexaedros d'um belío verde; envolvidos em 

um talco branco: B. Amphibole Actinote Acicular 

Haiiy. La rayonnanteasbestifot-tne; Broch.Em prismas 

delicados, reunidos em fascículos de fibras parallelas, 

ou divergentes: C. Amphibole Actinote Étale (ou 

de largos raios). Emvaretas largas, commummente, 

arqueadas, d'um cinzento verdoengo; brilhante vivo 

, e um pouco de madre-perola: D. Amphibole 

Actinote Fibrosa. Composta de fibras muito finas , 

muito frágeis, e fáceis de separar com a pressão 

dos dedos - rio que differe do asbesto. 

A i. a Subsp. encontra-se 

em fórma de va 

retas nos veios quartzosos 

, que atravessão 

os granitos e outras rochas 

primitivas ; ou entra 

na sua composição, 

Acha-se nos basaltos e 

nas producções volca 

nicas, mormente nas 

lavas escorificadas 

pulverulentas. 

Á2. A Subsp. c muito 

com mu tu nas monta 

nlms primitivas: entra 

na composição de mui- 

tas rochas; como são 

lis do granito, sienite 

porfido, etc. Algumas 

vezes em massas consideráveis. 

Sendo misturada 

com o feld-spatho 

dá ás rochas a 

estructura folheada. 

A 3." Subsp. é própria 

dos terrenos primitivos 

, particularmente 

das rochas ma* 

gnesiadas. Acompanha 

o talco , e algumas vezes 

as rochas micaceas. 

Acha-se com o ferro 

com o titânio, ètc. etc. 

Não se encontra nas 

montanhas secundarias. 

Empi 

ga-se algumas 

vezes 

como 

fundente 

nos 

trabalhos 

das 

minas de 

ferro.

ti 

j CL VF SII 

|J 1. 

II 

I 

s 

Z T BDEM 

1 

BI Terras Terras Vedras 

! p Duras. 

Pedras. 

ESPECIE 

X X X Í V. 

Basalto. 

XXXV. 

Gramiuatite. 

CÒR. i r VSSP A- 

Iiscuro, 

declinando 

para 

negro , 

ou verdoeugo, 

ou avermelhado 

,OLL 

cinzento. 

Sendo polido 

, OU 

mollvida, 

toma 

algumas 

vezes 

um aspectoazulado. 

IL [',.VCL V. 

Opaco ; 

OU SJ 

translúcido 

nas 

extremidades. 

Branca- Diafana. 

cinzenTranslitada.eida. Branca Opaca. 

de madre-perola.Averinelhada.Amarellada.Verdoenga- 

Cinzenta 


FÓHMI: TEXTURA : 

FRACTURA: E DUIROS 


3 

2,864 

Forma , cm massa mais 

ou menos volumosa , 

susceptivel de tomar 

urm.is determinadas , 

como são o prisma , a 

esfera , etc. Fractura , 

deslustrada; commu tumente 

de grão fino e 

utn pouco conchoidal. 

Rasura, cinzenta-elara. 

Mais duro que a cal 

carbonatada. Aigumas 

vezes scintillaute. Sonoro. 

Ohra sensivelmente 

sobre a agulha 

magnética. 

»>9 

3,2 

Fórma, prisma de longas 

varetas achatadas, 

compostas de fibras finas 

e parallelas. Em 

crystaes prismáticos acliatados,com 

os planos 

abertos em regos longitudinaes. 

Textura , fibrosa, 

ou radiada, com 

brilhantismo vitreo. 

Fractura,radiada e fibrosa 

na direcção longitudinal 

; aspera na 

transversal. Filamentos, 

duros e ásperos no 

tacto, no que differe do 

asbesto. Esfregada na 

obscuridade dá uma 

luz phosphorica. 

C ir, \CTERES 

CHYMICOS. 

TABO A. 


ein vidro ciuzentado, 

ou verdocngo , 

ou negro-opaco. 


Magnesia 2 

Oxydo de ferro . 2 j 

Bergnian. 

A grande quantidade 

de ferro oxydado-negro 

lhe dá a propriedade 

de attrahir. E 

osydando-se mais 0 

feiro pelo contacto 

!0 ar , e passando a 

oxydo vermelho, será 

talvez a causa da decomposição 

, que se 

observa na superfície 

do Basalto. 


em vidro brauco 

cheio de bolhas. 

Coinposiç. da Grammatite 

Vitrea. 

Silica 60 


Agua e acido 

carbónico ... 

Klaproth. 

-1

XXIV. 85 

SYSONIAIII: SUBSFECIES: VARIEDADES, JAZIGO, Usos. 

1 t 

Luve Iiihoide basaltirjue ; Haiiy. 

Ainda que esta pedra raras vezes appareça 

liomogenea, merece com tudo ser 

descripta no Systema Mineralógico. Variedades 

: 

A. Basalto Prismático. Com os planos 

dos prismas muito irregulares; e 

seu numero variado. 

B. Basalto Tabutaire. Etn laminas delgadas 

, pouco extensas , c comiuuiuuieiite 

de grossura desigual. 

C. Basalto Esferoidal. Eni fórma d'esfera 

de differente diâmetro; composta 

de camadas concêntricas ; ou 

de prismas dispostos em raios divergentes. 

Fórma montanhas , 

ordinariamente, de figura 

cónica, ou massas 

extensas ; interrompidas, 

e conio isoladas 110 

meio de terrenos de differente 

natureza. Achase 

nos veios de certas 

pedras, como é a cal 

carbonatada. 

Encontra-se também 

uos terrenos volcanicos, 

Tremolithei Broch. O seu jazigo mais ordinário 

é a cal carbonatada 

aluminifera de 

Haiiy; ou pedra calcarea 

granosa de Broch. Refere-se 

0 ter-se achado em 

uma ganga argiPosa. Em 

rocha composta de laminas 

de talco. Em fibras 

radiadas sobre um 

granito abundante de 

feld-spatho. Em estado 

fibroso e em prismas , 

na cal caibonatada granosa 

e na laincllar. 

Serve para calçar 1 uas 

e estiadas. Para a manufactura 

de garrafas e: 

redomas, peia facilidade, 

que tem em fundir-, 

se em vidro negro. \ 

Decomposto fertiliza,! 

muito as terras. Os Egypcios 

0 empregavão 110S1 

seus niónuineutos e estatuas. 

Entra , coiuo funden» 

te, nos trabalhos da» 

minas de ferro. 

Desco nhecidot. 

f 

t '

86 TABÕA 

CLASSE ORIIEM 

Terras 

e 

Pedras. 

Pedras 

Duras. 

!'.SPECIE 

XXXVI. 

Asbesto 

Côa. Tn srA- 

REX CI A. 

Branco 

de seda. 

BranCo amarchado. 


Verdoen- 

Sn- Cinzento. 

Escuro. 

\ T Opaco. 

e;/ro. 





2 .99 

0,68 

Fórma, prisma rliom 

lioida! 110 Asbesto driro; 

Iiaux f 1Textura1 fibrosa 

, composta de 

filamentos muito delicados 

, flexíveis 1 

lasticos, fáceis (I 

separar; 011 entrança 

dos ; ou de fibras 1 i 

jas, menos elasticas. 

Brilhante, de seda 

ou de madeira. Não 

risca o vidro. Rasura, 

macia no tacto. 

JZ pelas propriedades 

Ua elasticidade e 

rasura que o Asbesto 

differe da grammatite 

e tia uctinulc fibrosa 

CARACTERES 

CHYMICOS. 

Fm massa é de difficil 

fusão; mas em pequena 

quantidade de filamentos 

funde-se , e 

dá um vidro verdoen 

go ; ou esmalte branco: 

on cinzento-am 

rellado; ou negro. 

Mergulhado na agua 

absorve este liquido, 

com mais ou menos 

facilidade , segundo 

is differentes Subspecies. 

(iomposição: 

Subsp. 1.» 

Sílica SIJ 

Magnesia -j 

Cal 9 

Alumina 3 

c um pouco de 

feri o. 

M. Chenevix. 

Subsp. i.* 

Var. 2.» 

Silica 

47 

Cal 

Magnesia .... 

Ferro oxvdado 

SIanganesio . . . 

^ auquelin. 

Var. 3." 

Silica 3.J 

Alumina 43 

Cill y 

Oxvdo de ferro Iy 

Saussure 

J

XXVII. 

Var, 

Yar 

• Asbesto Amianto. Asbesto Fiexivel; 

IIaiiy. Km filamentos longos, íinos 

e muito flexíveis. Brilho de seda. 

I . a Asbesto Amiantoide. Amiantoidc; 

Haiiy. Km filamentos verdoengos, 

flexíveis e muito elásticos. Brilho , 

de seda muito vivo. Funde-se ao 

maearico em esmalte negro, 

a." Asbesto Amiantoide Capillar 

Em longos filamentos capillares 

de um verde d'azeitona carregado 

3. a Ashesto ^miantoide P Byssolithe. 

Byssolithc; Sanssure. Em filamentos 

de còr verde (!'azeitona, ou 

amarella de ferrugem , muito delicados 

, muito rijos e curtos 

enxeridos sobre a superfície de algumas 

pedras á maneira de musgo. 

JAZIUO. 

O Asbesto parece ser 

uma das peuras mais 

modernas de todas as 

que compoeni os terrenos 

primitivos. Ouanelo 

se encontra nas montanhas 

do granito, ou nas 

do gneis, é Scmj ie em 

veios ; loira as paiedes 

; n isturr.-se com 

os crystaes de differentes 

especies; penetra 

os, communicando- 

Ihes, dordiuaiio, um 

aspecto de seda, ou 

fibroso , sem lhes alterar 

a sua fórma. 

9' 

Os longos filamentos 

macios e flexíveis do 

Asbesto podem íiar-se ,. 

mistural-os coin o linho 

, e tecer panno, 

que sendo privado do 

fio vegetal por meio do 

fogo, ainda fica conservando 

a solidez e flexibilidade. 

Neste panno , feito 

do .Asbesto, os antigos 

envolvião os cadáveres 

para os queimar; com 

Subsp. a/ Asbesto Suberiforme. Asbesto 

tressé; Haiiy. Còr, cinzenta cuja; 

ou branca-amarellada. Textura, 

fibrosa, não de fibras pai allelas , 

mas entrançadas , formando muitas 

cavidades. Absorve mais agua. E 

o mais leve das Subspecies. Os 

antigos Mineralogistas lhe davão 

diversos nomes, segundo o sen 

differente modo d'existir: A. Carne 

fóssil; em fragmentos grossos e 

esponjosos: B. Cortiça fóssil; com 

textura de cortiça : C. Coiio fóssil. 

Membranoso c duro: O. Papel 

fóssil. Membranoso , delgado e 

muito fiexivel. 

Subsp. 3. 

Subsp. 

Subsp, 

a Asbesto Ouro. Asbesto commum; 

Broch. Cort approxiina-sc muitas 

vezes á verdoenga. Ein filamentos 

muito unidos. E o mais fusivel e o 

mais pesado. 

4. a Asbesto Ligniforme. Páo Fóssil; 

Broch. Côr dominante, ruiva, ou 

cinzentada. Filamentos, multo unidos.deira. 

Fractura, brilhante de ma- 

5. a fim de conservarem 

Peuetia o quartzo e 

as suas cinzas seui mistura. 

Fazia-se papel do Ar- 

a cal caibonatada ervs. besto, eni que se podia 

tallizada. Acompanha o escrever; o fogo lhe 

feld-spaT.o e algumas apagava a escripta , fi- 

bètas metallicas. cando o papel com a 

Só fórma camadas sua própria alvura. 

nos terrenos primitivos As mechas das alam- 

d'uma formação mais padas e candieiros per- 

recente. 

pétuos, ele que fallão 

j Acha-se também eis antigos , parece se 

[meio ilas rochas de ser- rião feitas elo Asbesto 

pentina e de steatites ; e alimentadas com oleo 

com asquaes tem muita de pelroleo. 

relação. 

Os povos da Córsega 

Encontra-se em fra- fazem entrar o Asbesto 

gmentos arredondados 11a composição doma 

em algumas rochas ar- louça , que fica mais 

gillosas, e nas de sclii- leve , nienos quebrailisto 

inicaceo ; Patrin. F. ça , e resiste mais ao 

muito .. es _ . . .Ihado • i ..,l . i 

tureza. 

foeo. 

Asbesto Compacto.Côr, d'ordinario, 

verde-cairegado. Differe da 

serpentina, por se dividir em filamentos 

mais ou menos delicados , 

e por ser fusivel.

-88 TABOA 

CL. VSSE 

I. 

Torras 

e 

Pedras. 

ORIVEM 

11. 

1'edras 

Unctuosas. 

ESPF.CIP 

1. 

Serpentina. 



d'alhr>. 

Cinzentaverdoenga, 

ou 

averme- 

Ilíada, 

ou ainarellnda.Brancavcrdoen- 

Veide de 

montanha. 

Verde denegrido. 

Estas coros 

, OU 

SJO uniformes 

; 

ou misturadas 

por 

veios, 

raios , 

nodoas, 

ou pontos. 

RENCI A. 

Translúcida 

, 

OU SÓ 

translúcida 

nas 


Opaca. 





2,J7 

2,70 

Amorpha. Textura 

compacta. Fractura . 

terrea ; algumas vezes 

escamosa, sem lustre. 

Ooce 110 tacto. Risca a 

cal carbonatada; e só 

por este caracter exterior 

é que se distingue 

da steatiic contmum. 

Rasura1 unctuosa. 

Algijmas Serpentinas 

.tem a propriedade . 

não só do fazer mover 

a agulha magnética , 

mas também de ter os 

pólos magnéticos. 

M. Huiuboldt. 

CARACTERES 

CHYMICOS. 

Infusivel ao maçarico: 

e não sondo pura , 

escoriíica-se. 

As analyses sao pouco 

exactas; porque 

poucas vezes se encontra 

a Serpentina pura. 

Na 1.» Subsp. Bayen, 

Kiivvan , Wiegleb e 

Cheiievix acharão 23 

até 38 de magnesia por 

100. M. Rose de Berlin 

•descobrio 0 Chroniio 

na Serpentina de Zoebiilz. 

Subsp. 2. a 


Aluinina .... 18 

Subsp. 3." 

Kirwa 11. 

Maguesia .... 38.54 

Alumina .... 6,66 

Ferro I5,O2 

Acido fluorico? 0,41 

W iegleb.

XXVI. 

i. a Serpentina Nobre. Còr, verde A i.» Sulispecie perd'alho, 

uniforme. Textura, gra-tence mais particularnosa 

de grão fino e cerrado. Fra-Jmente a uma formação 

ctura , variavel; algumas vezes mais antiga: é, d'ordi 

schistosa , susceptível de receber nario , acompanhada , 

uin polido brilhante. Translúcida.-ou misturada com a cz 

Dura. Menos doce no tacto , do carbonatada granosa , 

que a Subsp. 3, a Iconi quem alterna. Ra- 

Siibsp. a. a Serpentina commum. Matizada ras vezes se encontra a 

de muitas côres , dispostas em grandes elevações, 

veios , ou nodoas. Fractura, gra-] A a. a c 3. a Subspecies 

nosa de grão fino. Adquire, algu-Jachã 

mas vezes , uma dureza considerável. 

F. apenas translúcida nas 


Subsp. 3. a Ai." Subsp. cortada 

e polida serve para fazer 

caixas , vasos e outros 

objectos d'ornato; e tem 

na Italia os nomes dc 

Verde di prato ; Verde 

di sasa. Contendo granadas 

, e sendo cortadas 

e polidas coin a mesma 

pedra , formão nodoas 

vermelhas e transparen- 

o-se em massa , tes, que produzem uni 

em fragmentos arredon- bello effeito. 

dados ; ou também em A a." Subsp. tem os 

camadas extensas, for- mesmos usos. 

Serpentina OUar. Tale oUaire; mando montanhas in- A 3." Subsp. tirada de ' 

Haiiv. Pierre oUaire f Brocli. Còr, teiras nos terrenos d pouco tempo da mina 

cinzenta-verdoenga, algumas ve- transição. São mistura- possue muita molleza , 

zes avermelhada, ou amarellada. das , commummente e um tal gráo de tenaci- 

Branca-verdoenga. Verde de mon- com a steatite, talco ade, que dá lugar a 

tanha.Verde denegrido. Fractura asbesto , chiorite, mica cortar-se facilmente, fa- 

térrea , schistosa , ou desigual. granadas : c apezar zendo-se delia todas as' 

Grão mais grosso e menos susce não conterem, em ge especies de vasos de co-[ 

ptivel de polido luzente , do que ral, substancias metal inlia, que seccando," 

lias duas Subspecies precedentes. liças, tem-se encontrado endurecem , e resistem \ 

E difficil de quebrar. Opaca. Dá nellao o cobre nativo e ao logo, sem commu-l 

pela expiração o cheiro argilloso. camadas de ferro oxy. nicar gosto algum aos 

dttlado, 

alimentos. Serve para 

esfregar os vasos d'argilla, 

cobrindo-os Comoi 

d'um reboco unctuoso, 1 

fazendo-os menos absor-| 

ventes. Emprega-se como 

pedra refractaria na 

construcção 

fornalhas. 

das altas 

.1¾

Cl.ASSE I 

I. 

Terras 

e 

Pedras. 

i 

On nu si 

11. 

ESPECÍE 

XI. 

Pedras Steatite. Branca. 

Unctuo- 


sas. 

Vermelha. 

Amarella. 

E estas côresuniformementeespalhadas, 

ou dispostas 

em 

veios, nódoas 

, OU 

deudrites. 

CÔR. TBANSPA- 

RENCIA. 

Translúcida; 

ou 

só nas 


Opaca. 

PE«O ESPECIFICO : 

FÓRMA: TEXTORI: 

FKVCTIIBA: E OUTROS 


a,614. 


compacta, ou terrea. 

Fractura, escamosa , 

ou schistosa, sem lustre. 

Muito unctuosa. 

llisca-se pela unha; 

e corta-se pela faca, 

como 0 saído. Brilhantismo 

, gordo. 

CIR VCTERES 

Cn y.wicos. 

TABOA. 

Dif/lctiltosa de fundir 

ao maçarico; lorna-se 

branca, endurece, e 

reduz-se em esmalte, 

ou pasta branca. Differe 

do Talco, por 

não ter a estructura 

lamellosa, ou fibrosa; 

e da serpentina, na 

dureza. 

Composição: 

Subsp. I.» 

Alumina ag 

Ferro oxydado. 1 

Cal a 

Subsp, a. a 

Alumina 3 

Magnesia aa 


Agua 6 

Vauquelin.

XXVII. 9' 

SriíojíYMu: SvBsrECiEs: VARIEDADES. JAZIGO. Usos. 

Subsp. i.« Steatite Pagoditc. Talc glaphique 

Haiiv. V. Pedra de toucinho. Còr 

verde; com as suas differentes 

modificações. Vermelha de carne 

Cinzenta. Fractura, quasi schistosa 

em uma direcção; lascada 

em outra. Translúcida; algumas 

vezes muito brilhante, ou opaca. 

Muito unctuosa. Facil de cortar. 

Communica pelo attrito a electricidade 

vitrea á resina. 

Subsp. a.- 1 Steatite commutn. Tale steatite; 

Haiiy. V. Greda de Hespanha. 

Còr, hranca-amarellada. Verde. 

Vermelha ; e suas gradações. Textura, 

ou compacta e solida, ou 

terrea e friável: e neste caso differe 

da Chloritel por seu aspecto 

sem lustre, e por sua infusibilidade. 

Fractura , ora escamosa , 

ora terrea, ora um pouco chistosa. 

Translúcida só nas extremidades. 

Doce e até gorda ao tacto. 

Communica í resina a electricidade 

resinosa. 

Í I 

Ignora-se o jazigo da 

[.» Subsp. Amaiorparte 

das amostras vem da 

China. 

A a. a Subsp. encontrase 

ein montões , ou camadas 

pouco consideráveis 

, nas montanhas 

primitivas ; mormente 

nas de serpentina. Achase 

tainbem nas bètas de 

algumas minas d'estaiilio. 

E acompanhada , 

ou misturada com a 

mica, asbesto, quartzo, 

e até com a prata nativa. 

• 

I 

\ 

I 

í i I 

Na China usão da i.» 

Subsp. na factura das 

estatuas e dos seus Ídolos. 

A a." Subsp. serve 

aos Árabes de sabão 

nos seus banhos. 

Em consequência da 

propriedade de endurecer 

no fogo, sem desfigurar-se, 

fazem-se neste 

mineral fresco varias 

esculturas, que aquecidas 

, endurecem ; e depois 

polidas, recebem 1 

differentes côres com as 

dissoluções metallicas. 

Diz-se, que alguns 

povos selvagens comem 

a steatite, ou a misturão 

com os alimentos. 

( ? 

( j J

-9 2 TABOA 

11SSF. 

I. 

Terras 

e 

Pedras, 

ORDEII 

II. 

?edra 

Unctuosas. 

IiSPECIE 

III. 

Magnesite. 

IV. 

Talco. 

Còn. 

Branca. 

Cinzenta 

- ainarel- 

Iada ; 

salpicada 

de negro.Esbranquiçada.'Cinzenta-amarella-pal- 

Iida ; 

ou ro 

sada. 

Branoo. 


Am.irellado,Brancoavermelhado. 

PRANSPA- 

KEXCT V. 

Opaca. 

Diafano. 

Translúcido. 


FÓRMA: I 1 EXTUHA: 


CARACTERES FYSIUOS. 

1,6 

a,4 

Leinan. 

Amorpha. Textura, 

porosa ; ou terrea. 

Fractura, conchoidal, 

achatada ; passando á 

escamosa. Muito leve. 

Mais solida e mais tenaz 

do que a greda. 

Pouco unctuosa. Com 

ifficuldade fórma pasta 

com a agua , sem 

que primeiramente se 

pise e humedeça por 

muito tempo. 

CAR VCTF.RES 

CKYAIICOS. 

Ao maçarico não se funde 

, e só se CTiitrahe. 

Borrifando-a com algumas 

gottas d'acido sulfurico, 

obtem-se, passados 

8 ou lo dias, florescencias, 

ou crystaes 

de sulfato de magnesia 

no que se distingue d'algumas 

gredas e argillas. 

Apezar de conter o acido 

carbonico, não effervesceordinariamente 

nos ácidos concentrados. 

— Composição : 

Subsp. i- a Partes iguaes 

de Magnesia 

acido carbonico. 

Mitchell. 

Subsp. a.- 1 

Var. Silica 3o 

Magnesia . . . 

Agua 

Acido carbonico 

Klaproth. 

a,58 

Ao maçarico, as lami- 

a,S7 

nas apartão-se; inchao; 

e a extremidade funde- 

E susceptível de cryse em esmalte branco. 

stallizar em laminas Composição : 

hexaedras. Textura, Subsp. i." 

lamellosa , de laminas Silica 6a 

flexiveis, mas não ela- Magnesia ij 

sticas. Fibrosa. Aspe- AIuinina 

cto luzente; e com- Ferro oxydado . 3; 

miiiiiiiienle de madre- Agua 4 ou 6 

pérola, Doce e un- Vauquelin. 

ctuoso ao tacto, F. Differe o Talco da Chlo- 

riscado pela unlia. rite , por ser esta muito 

Pelo attrito commu- fusível; da steatite , sernica 

á resina a electripentina e argillas un 

cidade vitrea. ctuosas , pela textura 

compacta, fractura terrea, 

ou escamosa ; e da 

raagnesite, por ser esta 

opaca e pouco unctuosa

xxv 11 r. 93 

SRFOJFYMIA: SUBSTECIES: VARIEDADES. JAZIGO. Usos. 

Subsp. 1.* Magnesite de Mitehell. Magnésic 

Nutire; Broch. Côr, cinzcntaauiarellada 

; salpicada de negro. 

Superiicie1 desigual e sem lustre. 

Fractura, conchoidal, achatada; 

passando á escamosa , ou á terrea. 

Tenra. Uin pouco unctuosa. Apega-se 

Á lingua. 

Subsp. a." Msgnesite Plastica. Nao differe 

muito da precedente nos caracteres 

exteriores; mas sim na composição; 

contendo uma considerável 

porção de Silica. 

Var. Magnesite Ectime de nier; Brcch. 

Còr, esbranquiçada. Textuia, 

porosa. Algumas vezes muito leve. 

Infusivel. Não effervesco. 

Subsp. 1.» Talco Laminar. Talco coramum; 

Broch. V. Talco de Veneza. Côres: 

Branca de prata; passando a 

verde d'alho. Branca-avermelhada. 

Branca-amarellada. Em laminas 

muito delicadas e muito fiexiveis. 

É susceptível de crjstallizar. 

Subsp. 2. a Talco Endurecido. V. Greda dc 

ISrianeon. Côres : verde d'allio; < 

as que são próprias da i," Subsp. 

E menos flexivel e menos translúcido. 

Acha-se em mussa; com a 

estructura algumas vezes radiada. 

A 1.» Subsp. tem-se 

achado na Moraria cm 

uma rocha de serpentina 

, acompanhada da 

2. A Subsp. 

A 2. a Subep. encontra-se 

em differentes 

lugares : ou em massa ; 

ou em camadas superliciaes; 

atravessando a 

cal carbonatada compacta 

cinzenta; ou em 

veios nas collinas, compostas, 

] rincipalmento, 

de serpentina. 

A 1.» Subsp. acha-se 

em massas pouco consideráveis, 

nas rochas 

ile serpentina , acompanhando 

nactinote, a cal 

carbonatada; a steatite 

etc. etc. 

A 2. A Subsp. fórma 

grandes camadas nas 

montanhas da micaschistej 

do gneis e da serpentina. 

Conseguintemente 

pertence 0 Talco aos terrenos 

primitivos; e talvez 

também aos de transição. 

Sendo puro, não 

fórma camadas muito 

extensas. 

Fazem-se da 2.* Subsp. 

vasos para differentes 

Bns. Pôde empregar-se 

com vantagem nas fabricas 

de sulfato de magnesia 

por meio dos sulfuretos 

de ferro. Faz a 

base da porcelana, que 

se fabrica em Madrid. 

Sendo pura, oppoemse 

a vegetação , esterilizando 

as terras por 

muitos annos. 

F.mprega-se a 1.» e 

2. A Subspecies na preparação 

do pastel para 

a pintura, etc. etc. etc.

-94 TABOA 

| 

CLASSE 

I. 

Terras 

e 

Pedras. 

OEDF.M 

II. 

Pedras 

Unctuosas. 

ESPECIE 

V. 

JIica. 

j 

COR. TRAHS CA- 

RÊNCIA. 

Límpida. Diafana. 

Branca Translú- 

de pracida.ta. Opaca. 

Amarella 

de ouro. 

Verdoen- 

S"- 

Avermelhada. 

Cinzenta. 

Escura. 

Negra. 

Todas 

estas côres 

gozSo 

d'um brilhometallico. 

t 


FÓRSIA : TEXTURA : 


CARACTERES TYSICOS. 

S,65 

»>93 

Fórma, prisma hexaedro 

muito curto. Prisma 

recto com base 

quadrangular. Foliacea. 

Heinisplierica. Filamentosa. 

Escamosa. 

Textura , lamellosa , 

de laminas delgadas , 

ílexiveis, elásticas; de 

polido muito vivo, 

siiuilhante ao vidro. 

Quando as laminas 

incorporadas formão 

massas , ou crystaes, 

podem separar-se, e 

facilmente dividir-se. 

E riscada pela unha. 

Em massa não é unctuosa. 

Basura, cinzenta 

, sem lustre e 

muito doce no tacto. 

F^ por estes caracteres 

que a Mica se distingue 

do talco; da 

cal sulfatada em laminas 

delgadas ; do oxydo 

verde d'Uranio; 

do ferro micaceo; 

etc. 

? 

CARACTERES 

CUTMICOS. 


em esmalte cinzento , 

ou negro, segundo a 

côr da subspecie, que 

se expõem á experieucia. 

A Mica , conforme 

Vauquelin , parece ser 

essencialmente composta 

de silica e alumina 

na relação de 10:7. Elle 

não achou mais do que 

um centesimo de magnesia 

e sete centesimos 

de ferro. 

Composição: 

Kirwau 11a Mica sem 

còr: 

Magnesia 10 

Oxydo de ferro . 14

XXVII. 

SVHOHTIMIA : SUBSPBCIES : VARIEDADES. 

Subsp. i.» Mica Foliacea. V. Vidro, ou 

Talco dc Moseovia. Em grandes 

laminas , ou folhas. 

Subsp. a.* Mica JMmeIliforme. Em palhetas, 

ou muito finas; ou reunidas cm 

massa; ou semeadas nas rochas. 

Côres : branca de prata; ou amarella 

de ouro. 

Subsp. 3.» Mica Hemispherica. Em laminas 

de um branco argentino, convexas 

e concavas, postas umas por 

baixo das outras; augmentaudo 

em extensão, «te maneira que 

formão uma, ou mais pyramides. 

Subsp. 4." Mica Filamentosa. Em massa formando 

parallelipipedos: as .sua: 

laminasdividem-se parallelameute 

nas extremidades em filamentos 

delicados. 

A Mica não fórm; 

camadas , nem grandes 

massas isoladas; mas 

entra na composição 

de muitas rochas , que 

constituem os terrenos 

primitivos, ou de crystallização. 

Acha-se algumas vezes 

crystallizada nas fendas 

destas mesmas rochas , 

e nas cavidades dos 

veios, que as travessão 

Também é própria das 

ultimas rochas de ery 

stallizaçâo. 

Observa-se nos terrenos 

de sedimento e nos 

d'alluvião ; bem como 

nas areias distantes dos 

montes primitivos; sendo 

transportada para 

estes lugares em consequência 

da sua leveza. 

Encontra-se até nos 

terrenos volcanicos. 

E pois a Mica da mais 

antiga foi mação; inuito 

abundante ; e muito 

espalhada na natureza. 

9' 

Dividida em laminas, 

emprega-se em lugar de 

vidro para lanternas e 

vidraças ; e com muita 

vantagem para as janel- 

Ias das náos, por supportar 

o estrondo e commoção 

da artilharia, 

sem quebrar. 

Reduzida a pó Cno , 

tem os usos da areia.

9EAt 

XI. 

Pedras 

Unctuosas. 

ESPECIE 

V L 

Chlorite. 

CÒR. TRASSPA- 

REIF CIA. 

Verde de Opaca ; 

monta- OU so 

nha. translúci- 

Verde da nas exd'alho. 

tremida- 

Verde a- des. 

marellado.Acinzentada. 

Escura ; 

ou quasi 

negra. 





Amorpha ; em massa 

composta de muitas 

palhetas : ou grãos 

pequenos e luzentes, 

que facilmente cedem 

á pressão dos dedos: 

ou ein massa muito 

solida. Fractura, schistosa; 

passando também 

á escamosa; ou 

terrea. Rasura, doce 

ao tacto; algumas 

vezes unctuosa. Dá o 

cheiro argilloso pela 

expiração. 

CARACTERES 

CH YMICOS. 

TA ROA. 


em escoria , ou esmalte 

negro. 

Composição: 

Subsp. i.» 

Silica afi 

Alumina 18 

Magnesia 


Muriato de soda 

e de potassa . . 

Agua 

Vauquelin.

SYKOKTMIA : SuEsrEciEs: VARIEDADES. 

Talc chhrite ; Haiiy. 

Subsp. x.» Cblorite commum. Còr, verde 

(Talho muito carregado. Verdi 

d'herva. Cinzentada, Escura. Ama 

relia - avermelhada. Fórma , ou 

composta de Uin grande numero de 

prismas hexaedros, longos, delgados 

e encurvados; ou em massa mais 

Subsp. 

Subsp. 

ou menos solida, mas commnmmente 

terrea e friável (Chlorite terrcnse; 

Broch.). 

2.» Chlorite Schistosa. Còr, verde- 

escnro quasi negro.Em massamuito 

solida. Fractura, schistosa, de Ia 

minas curvas. Conserva neste estado 

palhetas brilhantes e os outros caracteres 

da Chhrite. 

3.» Chlorité lialdogée. Chhrite Zo- 

graphiqtte; Hauy. Terreverte ; Broch. 

Còr, verde muito puro; aiuda que 

mais ou menos carregado. Fractura, 

terrea, de grão fino. Menos brilhante 

do que as Subspecies precedentes. 

Facil de pulverizar. Muito unctuosa 

ao tacto. Segundo Meyer este mineral 

é formado de aluinina , silica , 

ferro e manganesio, não contendo 

potassa, nem magnesia. 

JAZIGO, 

A i." Subsp. encontra-se 

nos veios e nas 

cavidades das rochas p: 

mitivas , misturada com 

differentes crystaes, 

quem penetra e dá còr ; 

como são os do quartzo, 

da axiuite, doporfido, 

etc. etc. 

A a.» Subsp. fórraa 

grandes camadas nas 

montanhas de schisto 

argilloso, contendo cry' 

staes de quartzo , ferro 

ojcydulado octaedro, granadas, 

etc. etc. 

A 3.» Subsp. acha-se, 

de ordinário, em fragmentos 

arredondados 

nas cavidades de certas 

rochas: taes são as do 

basalto, do poríido, etc.; 

e até em algumas lavas. 

Usos. 

A 3.» Subsp., conhecida 

no commercio pelo 

nome de Terrede Verone, 

emprega-se como mateia 

colorante na pintura 

a oleo, e nos estuques. 

97

102 

CLASSE DRDKM SSPECTE CÔR. TRANSPA- PESO ESPEC.: FÓRMA: CARACTERES 

I. III. I. RÊNCIA. TEXT.: FRACT.: F.TC. CHY.lt ICOS. 

TABOA 

Terras Pedras Argilla. Branca Opaca. 

Subsp. t." Infusivel sem addição; 

e Argil- 

Pedras. losas. 

de neve. 

Branca-ai,3o5 

Bergman. 

algumas perdem a côr; 

outras do peso : e só a 

verine- Ou Subsp. 8." se funde a 

Ihada. i ,6fi_G diversos grãos deealor. 

Branea-a- Giuelin. Contrahe-se no fogo. 

marella- Dissolve-se nos ácida. 

Subsp. 4 ° dos cóm effervescen- 

Branca- 2,000 cia , ou sem ella. 

cin/.en- Klaproth. 

tada. 

Composição: 

Verinelha Subsp. 9.» 

de car- 2,fioo ; Subsp. 1.» 

ne. OU 

Amarclla 2,íl8o Alumina quasi pura, e 

d'ocre. Kirivan. só misturada com um 

Verde pouco de carbonato 

(!'azeito- Subsp. 1 o. a 

de cal e silica. 

na ; pas- Varia entre MM. Schreber e Frissando 

á 0,3TÍ2 clunann. 

cinzenta- e 

verdoen- 1,37a Subsp. 2. 3 

ga, ou Falironi. 

amarellacla. 

Fórma, em massa com- 

Cinzenta- pacta. Disseminada. 

azulada. Pulverosa. Fractura, Klaproth na Colly- 

Cinzenta terrea de grão fino. rite de Schemnitz. 

de fumo. Terrea desigual. Con- 

Denegri- choidal imperfeita. Ir- Subsp. 3.» 

da. regular. Schistosa. Fo- 

Estas dif- lhada. Inquinante- em 

ferentes differentes grãos. Des- Alumina .... 47 

côres faz-se n'agua facilmen- Ferro o,33 

perdem- te; e muitas das Sub- M. Rose. 

se no fo- species fórmão com ella 

K0 » J- 

uma pasta mais 011 me- Subsp.. 4-* 

toruão- nos dúctil. Pela maior 

se em parte pegão-seá língua 

um ver- com maior ou tnenor Alumina 23 

melho adherencia. UmasSub- Oxydo de fermais 

ou species magras e séc- ro 1,25 

menos cas, outras gordas e 

vivo. unctuosas no tacto. Klaproth. 

Tenra. Cheiro argilloso. 

Subsp. 5.» 


Cal 3 

I Vauquelin,

XXXI. 

SYJÍOJÍYMIA : SUBSPECIES : VARIEDADES. 

JAZIGO. 

JAZIGO. 

Subsp. i. a Argilla Nativa. Alumine puré; Brocli. Còr, 

branca de neve. Branca-amarellada. Composta 

de muitos pequenos crystaes prismáticos 

transparentes. Magra; ainda que doce no tacto. 

Lm pouco inquinante. Tem muito apego 

á lingua. Com difíiculdade fórma pasta na 

agua. Dá um cheiro argilloso. Effervesce algumas 

vezes nos ácidos; propriedade esta , que 

Kirwan attribue á combinação própria d 

Alumina com o acido carbonico: Saussure 

porém afílrma , que a Alumina não c capaz de 

formar carbonato solido. 

Subps. 2. A Argilla Collyrite; Emmerling. Branca. Muito 

tenaz. Betem por muito tempo a agua, e 

absorve-a com ruído; torna-se transparente á 

maneira das Opalas. Infusivel. Dissolve-se sem 

Subsp. 

effervescencia no acido nitrico. 

3. 3 Argilla Kaolint Terre à porcelaine; Broch. 

Feld~spat!i argiliforme ; Haiiy. De um bellt 

branco , algumas vezes declinando para ama 

rello, ou vermelho de carne: e neste caso 

toma no fogo uma tinta cinzenta, não podendo 

entrar por isso lio fabrico da boa porcelana. 

Eriavel. Magra , sendo pura. Difficul 

tosamente faz pasta na agua. Infusivel sem 

addição no fogo mais forte das nossas fornalhas, 

no qual ido adquire còr, nem solidez; 

e so endurece. 

Subsp. 4- a Argilla Cimolithet Cimolithe; Brocli. Còr, 

branea-cinzcnta de pérola: tornando-se um 

pouco vermelha com o contacto do ar. Tex 

tura , folhada. Tenra ; recebe a impressão da 

unha, Algumas vezes doce no tacto e gorda 

em algumas partes. Pouco inquinante. Pega-, 

se muito á lingua. No maçarico não se funde , 

torna-se branca. Esensivelmente misturada de 

grãos de quartzo. 

Subsp. 5. a Argilla Plastica. Còr, ou branca, que se 

conserva no fogo; ou cinzenta, que se torna 

branca lio fogo de porcelana; ou vermelha. 

Textura, compacta. Doce e quasi unctuosa no 

tacto. Sendo sècca, deixa-se polir pelos dedos. 

Liga-se com a agua , formando uma pastr 

tenaz, e adquirindo ás vezes algum transluzimento, 

Subsp. 6.® ArgillaLithomarge. Moelle de pierre, ou 

Lithomarge Broch. Còr, varia da branca 

á amarellada, á vermelha, á escura; com as 

mudanças intermedias a estas cores. Textura 

, terrea de grão fino. Doce e unctuos;r 

no tacto. Muito leve; e fácil de quebrar. 1 

A i . 

Adquire brilhantismo, sendo raspada. T 

a Subsp. encontra-se 

, ainda 

que raras vezes , 

em terrenos d'alluviao 

á flor da 

terra. 

Subsp. ?.. a Pertence 

aos terrenos 

secundários; mormente 

aos formados 

pelo grés; nos 

quaes se encontra 

em bètas e veios. 

Subsp. 3. a E própria 

dos terrenos 

primitivos, mormente 

dos graniti 

cos ; de cuja decomposiçãoprocede, 

quando estes 

terrenos abundao 

em feld-spatho , e 

são de fácil derregaçâo. 

Existe em 

grandes massas 

formando camadas 

, ou bètas: ou 

disseminada na rocha 

, de que se 

originou. 

Subsp. 4. a Não é 

bem conhecido o 

seu jazigo. 

Subsp. 5. a Pertence 

aos terrenos 

cindiuv iao , nos 

uaes fórma grandes 

massas; e raras 

vezes se encontra 

em outros: nos 

primeiros existe 

em camadas ; nos 

segundos em bètas. 

Subsp. (5. a Subsp. I. 

Encontra-sc 

, COUlmummeote 

, lias 

fendas d'a!gumas 

rochas primitivas, 

como as pc.ríidicas, 

serpentinicas 

e outras , forman-i 

cio ninhos; e daqui' 

A EM 

razão de ser um 

pr oducto mui raro 

na natureza , 

existir em pequena 

quantidade, não 

tem sido empregagado 

nas Artes. 

Subsp. 2.a AIunsMineralogistas 

reputão esta 

Subsp. idêntica á 

primeira; e a maior 

parte lhe não 

assignão usos: mas 

no caso de existir 

em abundancia , 

poderá extrahir-se 

com vantagem para 

a preparação do 

alúmen; sal este 

tão util na Medicina 

e nas Artes. 

Subsp. 3.® Emprega-se 

na manufactura 

da porcelana, 

da qual faz a 

base principal em 

razão da alumina 

nella contida. E i 

por isso o Kaolin a 

parte refractaria í 

da porcelana; eé' 

só pela addicão de 

um feld-spatho , i 

não decomposto e' 

fusivel, que elle 

fórma uma pasta' 

semi-vitrea escin-j 

tillante.E o mesmo 

feld-spatho que cm ' 

razão da sua fusi-! 

bilidade lhe fornece 

a coberta , ou 

vidrado, sem addiçao 

de substann 

alguma. 

Subsp. 4- a OsJ 

antigos attribuiãoj 

ta Subspeciejj 

virtudes mediras, ! 

que a cxperiencia j| 

io3

102 

• CL \SSE ORTIEII ESPECIE 

I. III. 

I 

I . 

I Terras Pedras 

, e Argil- 

I Pedras. losas. 

I. 

Argilla. 

CÔR. TR INRPA- PESO Espp.c.: FÓRMI: 

REA CIA. 

TEXT.: FRACT : ETC. 

Subsp. 7. 1 

CAII \CTERES 

CHYAIICOS. 

TABOA 

Siliea 51 

Alumina 

e uma porção de 

cal e inaguesia carbonatadas. 

Bergman em uma Argilla 

sinetica de IIampsbire, 

na Inglaterra. 

Subsp. 8.» 

Aluuiina .... 3a 

Ferro 4 

M. Gazeran em uma 

Argilla figulina de Paris. 

Subsp. 9.» 



Cal 1 


3 

Subsp. io.» 

Klaproth. 


Cal :. . 3 

M. Fabroni.

XXXII. 

SYNOITYMIA.: SUJSSPSGIES: VARIEDADES. 

apego d língua. Divide-se na agua, sem 

íoimai' pasta; no que tiiífere das Aigiilas 

plastica e íigulina.E infusivel «o maçarico. 

Subsp. 7. 3 Argilla Smectica.Terre à Jbnioti; BJ och. 

Côr, verde d'azeitona, passa .alo ao cinzento-verdoengo, 

ou amareilado. Textura, 

compacta. Fractui a, ou terrea de grão íiuo: 

ou conchoidal imperfeita; ou desigual; ou 

scliistosa. Gorda no tacto, Deixa-se polir 

pela unha. Tera pouco apego á língua. 

Desfaz-se promptamente na agua , mas 

reduz-se a partículas sem coherencia. 

Subsp. Argilla Figulina. De differentes côres, 

que no fogo se tornao em um vermelho 

mais ou menos vivo. E menos compacta 

e mais friável que a Subsp. 5. a ; e desfaz-se 

n'agua com mais facilidade, formando também 

uma pasta mui tenaz. Fractura, irregular, 

aspera, nunca folhada. Doce 110 tacto. 

Menos unctuosa do que a Subsp 7.» 

Algumas effervescem nos ácidos; 'outras 

nao'possuem esta propriedade. Emcon 

sequencia da cal e ferro, que contém , 

funde-se a um calor commummente muito 

inferior aquelle, que as Argillas supportão 

, sem se alterarem. 

Subsp. 9. 3 Argilla Folhada. ArgiUe schisteuse ; 

Broch. Côres, variadas. Textura, folhada; 

cujas folhas facilmente se separao pela 

accáo alternada da seccurae da humidade. 

Desfaz-se na agua, formando pasta: no 

que differe do schisto. Effervesce pouco 

no acido nítrico. AmolIece 110 fogo de 

porcelana; quasi se funde; e toma a côr 

escura ondeada de mármore. 

Subsp. io. a Argilla Leve.Côr, branca, ou brancacinzentada 

; com algumas sombras amarelladas. 

Sècca 110 tacto. Iiasura, muito 

fina ; porém muito dura e própria para 

polir a prata. Contém uma grande quantidade 

de silica extremamente dividida. 

Dificultosamente se desfaz 11a agua , com 

a qual não fórma pasta. Nao se funde 110 

fogo de porcelana; perde só um oitavo de 

seu peso : adquire grande dureza: contrahe-se, 

sem se tornar muito densa. Nao 

cfferyescc nos ácidos. 

JAZIGO. 

Ihe veio o chama 

r-se uitdulla 

de pedia, 

Subsp. 7. 3 Parece 

pertencer 

aos terrenos 

d'ailuviao; nos 

quaes fóima ca 

madas , mais ou 

menos superfície 

es. 

Sub>p. 8.® Pertence 

aos terrenos 

d'alluviao; 

nos quaes fórma 

camadas mais ou 

menos extensas, 

e raras vezes 

se encontra nos 

primitivos. Por 

tugal abunda 

neste pro.ducto 

Subsp. cj. a En 

coiiti a-se commum 

mente em 

alguns terrenossecundários 

; principalmente 

nos de 

carvão de pe 

dra ; cobrindo 

suas camadas. 

Subsp. 10. a Acha-se 

. d'ordinario, 

lios ter. 

ienos d" ali uv 

ião. 

io3 

depois irosti ou serem puramente 

cliimericas ; po-jl 

rém em alguns paizes einpregão 

esta substancia em 

lugar de sabão para lavai 

la as. 

Subsp. 5.* Fsta Argilla é 

muito refractaria; epelaj 

maior parte branqueia ao! 

fogo : por isso emprega-se 

na manufactura dos cachimbos 

brancos; donde 

lhe vem o nome d'Argilla 

pipe: e nas louças finas , a 

que se applica um vidro 

transparente ; como na lou- 

ça chamada de pó dc pedra. 

Serve na preparação dos 

cadinhos, retortas, etc., 

por serem vasos. próprios 

para soífrerem um gráo de 

calor muito elevado. 

Subsp. (). a Os alfaiates 

usa o muitas vezes da Varied. 

endurecida em lugar 

de giz ; mas o verdadeiro 

giz é o sabão dos montes, 

ou Argiila saponiformis de 

Brcch. 

ubsp. Usa-se nas 

Artes com o nome de terra 

Julonicat para tirar a parte 

orda ás Iaa s, 

Subsp. S. a Fntra naprearação 

da telha, tijolo , 

azulejo , faianças grossas 

para barrar fornos, lutos, 

ctc. Os esculptoi es servemse 

d'ella para modelar , y 

ser muito consistente ej 

plastica. 

Subsp. 9. 3 Sendo acompanhada 

de feiro pyritoso, 

usa-se com muita vantagem 

para a extracção do 

alu men. 

Subsp. 10 a Entra na manufactura 

das louças vermelhas 

e porosas ; as quaes 

servem somente para conservar 

a agua fresca.

102 TABOA 

Terras 

e 

Pedras. 

OSNF.LI ESPECIE Côa. TRAKSPA- 

111. II. UEKQIA. 

Pedras Mame. Branca. Opaca. 

Argil- Cinzenta 

losas. Cinzentaamarelda.Amarellada-çti- 

• 

Cinzentaazulada.Cinzentaverdoen- 

8 a - 

Escura-amarellada.Escurapallida; 

ou denegrida. 





CARACTERES 

CUYMICUS. 

Em massa; 


composta sem addição. Dissol- 

de partes pulverosas . e-se no acido nitrico 

soltas, ou couglutina- com effervescencia 

das. Fractura , compa muito viva. 

cta ; ou terrea; algumas Composição: 

vezes escamosa ; ou Silica 66 

scliislosa; e até con- Aluuiina 19 

choidal. Folhada. Um Cal 

pouco inquinante.Mui- M. de Gazeran em 

to tenra. Magra; e açpe- uma Mame argillosa 

ra no tacto. Rasura, friável verde , d 

-a - cinzentada. Montm ar tre. 

z-se dificultosamente 

na agua ; for- A Marne differe da 

argilla , pela pouca 

dureza , que adquire 

As partes argillosas, no fogo ; pela pouca , 

ilcareas e siliciosas , ou nenhuma ductilida- 

ue compoemaMarne, de , que adquire, sen 

ío de tal tenuidade , do humedecida com 

ue se tornão invisi- agua ; e por se fundir 

veis; e por isso não se promptameute. Dis- 

.era entre os ini- tingue-se das pedras 

calcareas, pelo considerável 

residuo , qu 

deixa , quando se dissolve 

no acido nitrico

XXXIII. io3 

SYKOKTMT.V: SUESPECIES : VAEIEPADES. 

Argile calcarifère; Haiiy. 

Subsp. i.» Marne Argillosa. Côres as mais 

ordinarias : Cinzenta. Vcrde-çujo 

mais ou menos carregado. Escnraamarcllada. 

Cinzenta e amarella , 

com manchas siinilhantes ás do mármore. 

Escura-verdoenga. Textura, 

ou compacta , ou folhada. Desfaz-se 

mais ou menos promptamente na 

agua, formando com ella uma pequena 

pasta. Variedades: A. Marne 

Argillosa Compacta. Solida; deixando-se 

cortar pela faca e riscar com a 

unha. Tem-se encontrado de côres 

cinzenta e verde-pallido. B. Marne 

Argillosa Folhada. Textura de folhas 

muito delgadas, tornando-se solidas 

pela seccura. Differe da argilia folhada 

, pela inaior fusibilidade e effervescencia. 

C. Marne Argillosa 

Friável. Desfaz-se facilmente ao ar; 

incha , e dilue-se na agua. 

Subsp. 2. J Marne Calcarea. Côr, branca. 

Cinzenta. Amarellada-çuja. Escurapallida. 

Algumas vezes dura ; mas 

commumniente desfaz-se, estando 

exposta ao ar, reduzindo-se a pó fino. 

Aspera no tacto. Nao se dilue, nem 

faz pasta na agua, não sendo anteriormente 

bein pisada. Variedades: 

A. Marne Calcarea Compacta. Textura 

, compacta; e só atravessada 

por fendas, que a dividem em fragmentos 

de fórma polyedrica muito 

regular. B. Marne Calcarea Friável. 

Tenra ; e as mais das vezes tão friável, 

que se reduz a pó entre os dedos. 

F. prompta em desfazer«se pela influencia 

dos meteoros atmospliericos. 

Encontr;>se nos terrenos 

secundários e nos 

tercearios. A Marne argillosa 

parece ser mais 

odema do que a calcarea: 

i."pela sua posição 

; sendo a calcarea 

situada (em geral) em 

maior profundidade do 

que a argillosa : pela 

natureza dos fosseis, qtie 

encerra; por isso que 

os ossos fosseis, que se 

encontrão nas calcareas, 

assemelhãe-se mais aos 

das espécies , hoje existentes 

, do que aquelles, 

que «íppartceni nas argillosas. 


da louça ordinaria. 

Serve de fundente em 

alguns trabalhos dosmineraes 

de ferro. 

E de gl ande importância 

na agricultura , e 

muito utilpara melhorar 

as terras: não se limi- 

tando unicamente a modificar 

a sua tenacidade, 

ou seccura, misturando 

as Mames argillosas com 

as terras compactas 

pouco soltas; e as Marnes 

caíeareas com as terras 

argillosas e mui tenazes; 

mas também absorvendo 

o gaz oxygenio 

da atmosphera; e dando 

acido carbonico aos 

vegetnes. 

Este bom effeito só ap 

parece , passados aquelles 

annos, que forem 

necessários para que os 

meteoros atmosphericos 

possão ter reduzido a 

pó a Marne.

ip4 

G X-A SSF 

1. 

OIIDE': 

JII 

ESPECIE 

IU, 

Tcr Pedras 

Argil- 

Ocre. 

Pedras. lusas. 

Coll. 

Vermelha 


sangue. 

Vermellia-escu 

ra. 

Vermelha-alaranjada. 

Amarella 

Escura. 

Escura-amarellada. 

TB íNSPA 

REXCIA, 

Opaca. 


FÓRMA-: TEXTURA: 



CARACTERES 

CHYMICOS. 

TABOA 

Amorpha. Textura I, 

Funde-se quasi intei 

compacta. Terrea.Schi- rainente a uma tem 

stosa. Fractura, unida. iperatura elevada. A 

Terrea , sem lustre. Ocre escura dá vidro 

Apego á língua. Muito escuro, escamoso. 

iuquinante. l)á pela ex- A Ocre amarella 

piração o cheiro argil- exposta ao fogo ad 

Ioso, muito sensível. jquire a còr vermelha 

Divide-se facilmente na e a vermelha fica d 

agua , tomando algu um vermelho mais 

mas vezes uma consis intenso. 

tencia pastosa. Aque- São as Ocres as 

cida, torna-se electrica argiljas , ou mames 

por comtnunicação , e coradas pelo ferro. 

adquire o inaguetisino Composição; 

polar. 

Suhsp. u. a 

Sílica 63 

Alumina 

Cal 

9 


M. Merat Guillot 

Suhsp. 3.* 

Sílica 

Alumina 


Agua 14 

Manganesio ... 20 

Klaproth na Ocre 

escura da Ilha de 

Chjrpre.

XXXIV. 

SYHOKYMIA: SUBSFECIES: VAHIEDADES. 

Argile ocreuse; Hauy. Argilla bohis; Wall. 

Subsp, i.» Ocre Vermelha. Côr, vermelha 

de sangue; algumas vezes um pouco 

alaranjada. Wuito inquinante. Pertencem 

para esta Subsp.: A. Lapis 

vermelho. Argile ocreuse rouge graphique; 

Haiiy. l)e uin vermelho escuro. 

Textura, (!'ordinário, schistosa. 

Fractura, sem lustre. Deixa sobre o 

papel traços vivos e perduráveis da 

mesma côr. Não deve confundir-se 

com o hematite: li. Bolo d'Armênia. 

Boi; Broch. SJais compacto, e de 

nm vermelho menos vivo: C. Terra 

de Lemnos. Côr, igualmente vermelha. 

Subsp. Ocre Amarella. sírgile ocreuse 

jatine; Haiiy. De um amarello mais 

ou menos vivo. E mais friável que 

a Subsp. i .a Torna-se vermelha no fogo 

Subsp. 3.» Ocre Escuta. De um escuro, 

tirando um pouco para o amarellado. 

Textura , compacta e fina. Fractura, 

unida; mas sem lustre. Nas 

grandes massas appresenta algumas 

fendas luzentes e muito escuras. F^xposta 

a fogo forte, adquire a superfície 

negra , granosa e brilhante , á 

maneira do ferro oxydulado. Com 

a temperatura mais elevada fundese 

em vidro escuro e escamoso ; mas 

em nenhum dos casos dá cheiro bitnminoso: 

caracter este, que junto 

á sua analyse a distingue da lignite 

terrea, chamada Terra de Coloniae 

Terra d'Ombrc. 

JAZIGO. 

AI.' Subsp. encontra 

se eui pequenas camadas, 

ou massas, no meio 

do schisto argilloso. 

A -A.® pertence aos terrenos 

de sedimento, de 

formação mais moderna: 

existe em camadas Iio- 

rizontaes , postas entre 

bancos d'areia , e precedidas 

de camadas de 

és e d'argilla figulina. 

A 3.' não tem jazigo 

bem determinado: diz-se 

que vem da Nocera , na 

Ombria; o que lhe faz 

dar o nome de Terra 

d'Ombre ; vem também 

da Uha de Chypre. A mais 

estimada 110 commercio 

chania-se terra d'Ombre 

fina da Turquia. 

14 

A i. a Subsp. serve para 

a manufactura do lápis. 

D'algumas das suas 

Variedades fazeni-se vasos 

porosos, os quaes 

conservão a agua, ou o 

vinho frescos, communicando-lhe 

ao mesmo 

tempo um sabor particular 

e agradavel. 

A 2.' emprega-se muitas 

vezes como tinta 

amarella , tal qual sáe da 

mina , mas comtr.umnieiite 

leva-se ao estado 

d'Ocre vermelha pela 

calcinação; tendo então 

o nome de vermelho de 

Prússia: serve para 

pintura e para polir os 

espelhos. Differe do vermelho 

dTnglaterra, que 

parece ser um oxydo pn 

10 de ferro: e o seu uso 

é dar o ultimo polimento 

ao ouro , á prata c ao 

aço. 

A 3.' serve na pintura; 

e applica-se sobre a porcelana.

í oô TABOA 

F. Oar>p.M ESPECIE Còr.. TRANSPA- 

III. IV. RÊNCIA. 

Pedras Schisto. Ciuzenta- Opaco ; 

Argil- azulada. OTL só 

. losas. Cinzenta translúde 

pero - cido nas 

la. extremi- 

Cinzenta- dades 

averme- delgalhada. 

das. 

Cinzentaverdoen- 

8 A - 

Cinzenta 

de fumo. 


d'alho. 

Verde - de 

montanha.Verde-çujo. 

Verdoen- • 

ga 

Amarella 

j d'ocre. 

Amarellada-verdoenga.Vermellia-escura. 

Averme. 

lhada. 

Todas estas 

côres 

são cujas. 

São espalhadasuniformemente 

em toda 

a massa; 

OU 

dispostas 

em 

nodoas, 

veios, fitas,dendrites, 

etc. 



FRACTUR V: E OUTROS 


Subsp. 4." 

5 ,733 

KiiHYau. 

Em massa. Disseminado. 

Em pedaços arredondados.Textura 

, lamellosa. 

Folhada. Schistosa 

; próxima á escamosa. 

Aspecto, baço ; 

ou um pouco luzente. 

Senii-duro; ou tenro. 

Rasura, cinzenta; ou 

branca ciuzentada.NJo 

faz pasta 11a agua: a 

). 3. a absorve-a 

ptamente. e em 

CARACTERES 

cu YAIICOS. 


em esmalte escuro , ou 

cinzento , ou amarellalo 

, sem lustre e cheio 

de bolhas ; ou em escoria 

escura e luzente. 

Sua composição chymica 

não está bcin determinada: 

póde-se afirmar 

, que o Schisto 

formado por uma 

mistura intima da sílica, 

alumina e ferro; á 

qual algumas vezes accrescem 

a cal, a roagnesia, 

o inauganesio 

e o betume. 

Subsp. a.» 

Sílica 38 

Alumina 26 

AIagnesia 8 

Cal 4 

Ferro 14 

e talvez misturado 

com um pouco de 

Noccol o. 

Itirvan no Schisto 

ardoise avermelhado 

da Ilha de Anglcsey. 

"í

XXXV. 

SYJÍONYMIA: SUBSPECIES : YAJRIEDADES. 

Subsp. i. a Scbisto Luzente. Côr, cinzenta-azulada. 

Cinzenta de pérola. Verdoenga. 

Amarellada-verdoenga.Composta de laminas 

curvas, ou franzidas, raras vezes 

perfeitamente planas. Brilho , de 

seda , na direcção das laminas. Não effervesce 

nos ácidos. Funde-se promptamente 

em esmalte cinzento, ou amarel- 

Iado cheio de bolhas. 

Subsp. i . a Schisto Ardósia. Argile schisteuse tabulaire 

e Argile schisteuse tègulairc; Haiiy. 

Côr, escura-azulada. Verdoenga. Avermelhada, 

etc. Formada de grandes folhas 

delgadas ; direitas; sonoras ; e fáceis 

de separar. Aspecto , sem lustre : 

algumas vezes um pouco luzente. Não 

effervesce. Funde-se facilmente em 

escoria luzente, 

Subsp. 3. a Schisto Argilloso. Côr mais ordinária, 

cinzenta-azulada ; encontra-se 

também escura carregada. Avermelhada. 

Amarella d'ocre. Verde-çujo. Verde 

d'alho, etc. Mais tenro , que a Subsp. 

2.° ; bem como as suas folhas sao mais 

grossas; menos solidas; e menos exten 

sas: dividindo-se em pequenos fj agmcntos 

rhomboidaes muito regulares. Chei 

ro argilloso muito sensível. Absorvi 

promptameníe a agua. Nao effervesce. 

Funde-se ao maçarico. 

Subsp. 4- a Schisto Coticule. Chisie à aiguiser. 

Broch. Argile schisteuse novaculaire , 

Haiiy. Côr, cinzenta-verdoenga. Cinzenta 

de fumo. Verde de montanha. Em 

massa. Fractura, nas grandes massas, 

schistosa; nos pequenos pedaços , approximando-se 

á escamcsa. Pouco brilhante. 

Mais ou menos translúcido nas 

extremidades. Umas vezes duro, outras 

tenro. Rasura, branca-cinzentada. Magro 

no tacto. Nao tem apego á lingua. 

Não effervesce. Funde-se em esmalte 

escuro; um pouco inchado. 

Subsp. 5. 2 Schisto Marnoso. (.ôr, ou negra, 

ou escura, contendo betume: r tem o 

nome de Schisto marnoso betuminoso 

Ou nmarellada , ou avermelhada, »p 

proximando-se ásmarnes. Muito tenro. 

Fractura , schistosa, de folhas planas 

ou curvas. Effervescenos ácidos. Fim 

de-se em escoria escura. 

JAZIGO. 

Ai.» Subsp. pertence 


não contendo em si resto 

algum de corpos organizados; 

mas commummente 

sulfuretos metal 

licos cm grãos disseminados 

; e algumas vezes 

atravessado por grandes 

bètas de differente 

natureza. 

A 2. A Subsp. acha-se 

em grandes camadas 

muito inclinadas, ou 

perpendiculares ao horizonte. 

Umas são próprias 

dos terrenos primitivos; 

outras dos secundários: 

e estas appresentão, 

commummente. impressões 

de plantas, peixes 

e crustáceos, contendo 

também crystaes de 

ferro sulfurado , e atravessadas, 

d'ordinário, de 

veios delgados de quartzo 

e cal carbonatada* 

Usos. 

A 2. A Subsp. emprea-se 

para cobrir os 

edifícios ; sendo porém 

necessário escolher 

folhas compa- 

ctas, e que possuâo a 

propriedade de não 

absorver a agua: caracter 

, que se conhece 

, se mergulhando 

por algum tempo neste 

liquido as mesmas 

folhas, ellas não augrnentaremconsideravelmente 

de peso. O 

Scliisto , sendo esponjoso, 

d; sli oe-se fácil 

mentè pela acção successiva 

das chuvas c 

do gelo. 

Corta-se em grandes 

laminas, para nel- 

Ias delinear letras e 

caractercs, que depois 

se querem apagar. 

A. /|- n •) cortada e 

A 3. a Subsp. pertenes-jamoiar cuíclc 

também aos terrenos j i i j ti os instrume 

mitivos e aos secunda- seu pó applier 

rios: fórma a base das mi- polir o aço. 

caschistes e de ou iras rochas 

folhadas : cobre as 

minas do carvão de pedra 

; e é carregado de 

betume. 

A 4- a Subsp. é própria 

cios terrenos primitivos, 

ompostos do Schisto 

argilloso; passa algumas 

vezes ao talco endurecido, 

appresentando até 

fíorescencias de magnesia 

sulfatada. 

A 5. a Subsp. acha-s< 

em grandes canmdas nas 

montanhas secundarias, 

postas sobre o grés ver 

melho. É misturada com 

o cobre e ferro pyrito 

sos : e possuo impressões 

de plantas e de peixes. 

ferve 1 

ous. 

O

Cl-JSSE 

I. 

Terras 

e 

Pedras 

ORKEM 

111. 

Pedras 

Argillosas. 

ESPECIE 

V. 

Ampelite. 


Negra ; 

mais ou 

m eu o s 

carregada. 

RÊNCIA. 



FRACTURA:E OUTROS 


Opaca. Amorpha. Textura , 

schistosa ; de folhas 

direitas , ou curvas. 

Ordinariamente sem 

lustie; algumas vezes 

brilhante. Rasura, negra. 

No ar floresce. 

CARACTERES 

TABOA., 

CHYMICOS. 

Ao maçarico torna-se 

branca, ou vermelha, 

ou amarella; cobrindo-se 

algumas vezes 

d'um leve verniz; mas 

não se funde. Não effervesce 

nos ácidos : 

no que se distingue 

do schisto marnoso 

betuminoso. 

Composição: 

Subsp. i.» 

Enxofre .... 

Carvão. . . 

Alumina . . 

Silica 

Ferro oxydado 

negro .... 

Sulfatos de ferro 

, cal e potassa 

, de cada 

um 

Agua 

28 

196 

ifio 

400 

i5 

64 

70 

Klaproth. 

Subsp. ».« 

Silica 64 


Carvão 11 

Ferro ...... 3 

Agua 

-AI. Wiegled. 

J

XXXVI. 

SYKOKYMIA : SUBSPSCIES : VARIEDADES. 

Subsp. i.» Ampelite Aluminosa. Schislc alumineux; 

Jiroch.Umas vezes sem lustre 

em qualquer das suas direcções ; 

outras luzente na direcção da fractura 

principal. Exposta ao ar, cobre-se 

de ílorescencia , a qual contendo 

os sulfatos de ferro e da alumina 

, tem utn sabor salgado e estitico. 

Torna-se vermelha 110 fogo. 

Subsp. a. a Ampelite Graphique. Schiste à dessiner; 

Broch. Argile schisteuse graphique; 

Haiiy. Tenra. Algumas vezes 

um pouco unctuosa. Sem lustre ; ou 

pouco brilhante ; approximando-se 

então a graphite. Textura , schistosa 

nos pequenos fragmentos. Fractura, 

quasi conchoidal. Ao maçarico torna-se 

branca, ou amarella. Floresce 

em certos casos como a Subsp. i 

produzindo do mesmo modo a alu 

mina e o ferro sulfatados. 

A i.» Subsp. faz parte 

das montanhas scliistosas 

secundarias, e até 

faz passagem insensivelmente 

aos Schistos Ardósia 

e Argilloso, assemelhando-se 

também a 

elles em ser atravessada 

de veios de quartzo 

cal carbonatada , ferro 

sulfurado, etc. etc. 

A a.» acompanha a i. ; 

Subspecie e os Schistos 

argillosos. Acha-se nas 

visinbauças das minas 

de carvão de pedra. 

Quando este mineral é 

unctuoso, brilhante e de 

fractura conchoidal, parece 

pertencer aos terrenos 

dos Scliistos primitivos 

: e sendo sem 

lustre, aos argillosos secundários. 

A i . a Subspecie é de 

muito interesse, ein con» 

sequencia da formação 

dos sulfatos de ferro e 

alumina. 

A a. a é empregada pelos 

pedreiros, carpinteiros 

, marceneiros e enta- 

Ihadores , para riscar : 

e sendo homogenea , ten 

ra e fina, serve para desenhar 

; tendo então o 

nome de pedra d'Italia,

I IO TAROA 

CLASSE! ORRE:.! 

I. 

Terras 

e 

Pedras. 

IV. 

Pedras 

Salinas. 

ESPECIE 

I. 

Stroneia 

sulfatada. 

II. 

Stroncia 

carbonatada. 

CÒR. 

Límpida. 

Esbranquiçada.Vermelha. 

Azulada. 

Cinzenta. 

Esbranquiçada.AinareIlada.Verdeponio. 

Verdoen- 

TRAITSPA- 

RENCIA. 

Diafana. 

Translúcida. 

Opaca. 

Refracçãodobrada. 

Translúcida. 


FÓRMA: TEXTURA : 



3,1)58 

3,58a 

Crystallizada, Fibrosa. 

Amorpha. Pseudomorphica. 

Textura, compacta. 

Lamellosa.Risca 

cal carbonatada. Depois 

de calcinada , excita 

sobre a lingua um 

sabor picante. 

3,6583 

3,G7S 

Fórma , prismatica 

Acicular. Estriada. Ris 

ca a cal carbonatada 

O seu pó . lançado nos 

carvões ardentes , 

pliosphorescente 

obscur idade. 

CARACTERES 

CHYMICOS. 


, corando de vermelho 

a parte azul da 

sua chamtna. Insolúvel 

no acido nitrico. 

Composição: 

Stroncia. ... 54 

Acido sulfurico 

Z1G 

Vauquelin. 

Subsp. 3. a 

Stroncia sulfatada. 

... 91,43 

Cal carbonatada 

8,33 

Ferro o,-2 3 

Vauquelin. 

Differe da baryta sulfatada, 

porque er.ta ;'.o 

maçarico dá á chamma 

a còr verde. 

Aquecida lentamente, 

incha; parece vegetar; 

e só as extremidades 

dos filamentos , que 

se formão , são um 

pouco fusíveis. 

Fundindo-se ao ínacarico 

, dá á chamma 

uma bella còr dc purpura. 

Dissolve-se no acido 

nítrico com effervescencia 

prompta. 

Composição: 

Stroneia fia 

Acido carbonico 3o 

Agua . 8 

Pelletier 

Differe da baryta carbonatada 

, por esta 

não formar vegetação 

!110 fogo ; fundir-st 

I - 

!facilmente ; c não mudar 

a còr da chamma.

XXXVII. 

SYKOKYHIA : SUESVECIES: VARIEDADES. JAZIGO. Usos. 

Strontianc sulfatée ; Haiiy. 

Subsp. i.« Stroncia Sulfatada Crystallizada. 

Côr , varia entre a azul, a vermelha 

e a de madre-perola. Fórma secundaria 

, o prisma. 

Subsp. 2. a Stroncia Sulfatada Fibrosa. Celestine; 

Broch. Côr, variando do 

azul celeste ao azulpallido cujo, ou 

ao cinzento. Em massa , composta 

de piisinas delicados , applicados 

uns contra os outros parallelamente. 

Subsp. 3. a A Stroncia Sulfatada 

acha-se mais particularmente 

com o enxofre e 

com o sulfato de cal. 

Stroncia Sulfatada Terrosa. Stroncia 

Sulfatada Amorpha. Em massas 

opacas. Fractura , compacta sem 

lustre ; e um pouco escamosa. 

Sirontianite ; Broch. Strontiane earbonatée ; Encontra-se em mas- 

Haiiy. 

sas , compostas de fibras 

convergentes ; notandose-Ihes 

algumas vezes 

crystaes, que são prismas 

hexaedrosregulares. 

Este mineral tem sido 

descoberto em Stroneian, 

na Escócia , em uma 

montanha de gneis. C 

veio, que a encerra , 

contém a baryta carbonatada 

, segundo Broch.; 

ou a sulfatada , segundo 

outros Mineralogistas ; 

o chumbo sulfurado , o 

ferro 

etc. 

sulfurado, etc. 



IIl

12 TA BOA 

CLASSE 

I. 

Terras 

e 

Pedras. 

ORDEU ESPECIE 

IV. III. 

Pedras 

Salinas. 

Baryta 

sulfatada. 

CÒR. 

1'R VNSpa- 

REN CL A. 

Limpida. Diafana. 

Verme- Translúlha. 

cida. 

Ainarel- Opaca. 

lada. Ilefrac- 

Côr d'a- ção dozeitona. 

brada. 

Azulada. 

Escura 

de castanha.Esbranquiçada.Brancabaça. 

Pr.so ESPECIFICO: 

FOHMA : TEXTURA: 

FRVCTURV: E OUTROS 


4,oS 

4,47 

l'órma , crystallizada. 

Rtn crista de gallo. 

Concrecionaila. Bacillar. 

líadiada. Textura, 

compacta. Lamellosa , 

com as laminas fáceis 

:le separar, e paralle 

las ás faces d'um prisa 

direito, cuja base 

o rlionibo. Bisca 

cal carbonatada. 

CAR VCTERES 

CHYMICOS* 

Funde-se ao maçarico: 

maior parte crepita; 

colora a chamma de 

verde; dá um esmalte 

branco; o qual dez ou 

Ioze horas depois da 

fusão reduz-se a pó: na 

Iingua manifesta um 

gosto muito sensivel 

d'ovos chocos. Este 

mesmo pó novamente 

calcinado , e elevado 

d'um lugar muito illuininado 

para outro escuro, 

dá uma luz avermelhada. 

Não effervesce 

nos ácidos. 


Baryta 75 

Acido sulfurico . a5 

Vauquelin e Thenard. 

Subsp. 3." 

Baryta fio 

Silica io 

Acido Sulfurico . 3o 

Klaproth.

XXXVIII. .J 1 

SYJÍOMY.MI.V : SUBSPECIES: VARIEDADES. JAZIGO. 

Spath pesant; Broch. 

Subsp. i.« Baryta Sulfatada Pura. Pode conter 

accidentahnente corpos heterogeneos , 

mas estes não lhe communicão um caracter 

constante eparticular. Variedades: 

A. Baryta sulfatada pura crystallizada. 

Spatho pesado testaceo de laminas direitas; 

Brocli. Em prismas rectos, ou 

oblíquos , muito deprimidos , ou muito 

comprimidos: B. Baryta sulfatada pura 

cristada ; llaiiv. Spatho pesado ein crista 

de gallo ; Broch. É um ajuntamento de 

laminas, ou prismas delgados, e como 

dentados lias extremidades: C. Baryta 

sulfatada pura bacillar; Haiiy. Spatho 

pesado em barra; Broch. Eni prismas 

alongados, acanellados profundamente: 

D. Baryta sulfatada pura fibrosa. Baryta 

sulfatada pura, corada pelo ferro; Klaproth. 

Còr. escura de castanha. Em 

forma de tubérculos. Textura, fibrosa, 

Subsp. 2.» Barvta Sulfatada Fétida.V. Pedra fétida. 

Textura , compacta; ou lamellosa: dando 

pelo attrito, ou pela acção do fogo, o 

cheiro do gaz hydrogenio sulfitrizado. 

Subsp. 3. a Baryta Sulfatada Granosa. Spatlio pesado 

granoso; Broch. Còr, branca; ou 

cinzenta; ou,tunarcllada. Textura, granosa 

; ou laminar. Distingue-se do mármore 

estatuarid, Jielo peso especifico^ 

Não fórma montanhas, 

nem grandes 

massas; erarasvezes 

se encontra em camadas. 

SI. Struve a 

observou nesta fórma 

entre bancos de 

schisto ferruginoso : 

e M. J. Esniark em 

camadas delgadas, 

alternando com o 

ferro spathico. 

Nas montanhas 

primitivas, nas d< 

transição, e nas secundarias 

fórma po- 

Emprega-se algumas 

vezes nos trabalhos 

metallurgicos, 

para facilitar a fusão 

de certas gangas metallicas. 

A Subsp. terrosa 

serve com preferencia 

nas fundições do 

cobre. 

Diz-se , que os 

Chinezes a fazem c 

Jtrar na composição 

d algumas porcelanas 

em lugar de feld- 

: spatho ; mas a porderosos 

veios, coincelana, que resulta, 

mumniente, ricos de ainda que tenha uma 

mineraes metallicos: 'pa&ta muito fina, 

como são o anti- cinzenta , mais fusimonio 

e o mercúrio vel e mais frágil. 

sulfurados ; algu- 

de fibras divergentes. Brilho exterior,] mas vezes o CIIHUI- 

gordo: E. Baryta sulfatada pura Radia ! bo; mais frequen- 

da; Haiiy. Spatho de Bolonha; Broch. temente o zinco, o 

A . Pedra de Bolonha. Em fórma de glo- ferro e o cobre sulbos 

tuberculosos ; 110 interior radiados' furados. E raro nas 

tio centro para a circumferencia ; c ru- montanhas 

gosos exteriormente em consequência das 

extremidades crystallizadas dos prismas 

delicados, que as compoetn : F. Baryta 

sulfatada pura concrecionada. Em fórma 

de pequenos tubérculos: ou estalactitigranitica: 

susceptível d'mn bello polimento: 

G. Baryta sulfatada compacta; Haiiy. 

Spatlio pesado compacto; Broch. Fractura, 

não lamellosa; e sem lustre: H. 

Baryta sulfatada terrosa. Spatho pesado 

térreo ; Broch. Em massa, composta de 

partes pulverulentas, d'utn branco sem 

lustre. Aspera no tacto ; mas possuindo 

o peso proprio da especíe. 

1¾

CIASSE 

I. 

ORDEM 

IV. 

Terras Pedras 

e 

Pedras. 

Salinas. 

ESPECIE 

IV. 

Baryta Esbranquicarboçada.natada. 

Branca-çu- 

J A - 

CÒR. TRANSPA 

REMCIA. 

Translúcida. 

PP.SO ESPECIFICO : 




4,»9- 


Sendo a mais conhecida 

a d'um prisma de 

seis planos, terminado 

por pyramides hexaedras. 

Textura, fibro- 

CARACTERES 

CHYMICOS. 

TA BOA. 

Ao maçarico scintilla; 

funde-se facilmente 

sem desembaraçar o 

aeido carbonico. 


nitrico: o qual 

sendo concentrado, 

não produz effervessa. 

Fractura transver-' cencia: mas sendo 

sal, ondeada ; algu- diluido, logo esta 

mas vezes escamosa. começa a apparecer, 

Aspecto gordo. Mais e continua até que o 

dura que a cal carbo- mineral seja de todo 

natada. ; dissolvido. Uma pequena 

quantidade d'alcool, 

junta a esta dissolução, 

dá á chamma 

deste liquido uma luz 

amareltada. 

Composição: 

Barvta fia 

Acido carbonico aa 

Agua 

Pelletier. 

ifi

XXXIX. I 

SYSOMTMIA : SUBSPECIES : VABIEDADES. 

Carbonato barytico. Barila aerada. Spatho 

pesado aerado. Withcrice; Broch. 

1 

JAZIGO. 

É pouco abundante 

na natureza; achando 

se só em veios e era massas 

pouco consideráveis. 

Foi descoberta na IngIa 

terra por WitIiering em 

uma bèta de chumbo 

sulfurado, que atravessa 

uma montanha estratiforme 

, composta de 

grés, schisto ferruginoso 

e carvão de pedra. 

Acompanha o zinco sulfurado 

e carbonatado 

a baryta sulfatada 

oceupando esta a parte 

inferior do veio, e a 

carbonatada a superior, 

Usos. 

Parece ter uma acção i 

muito poderosa sobre a 

economia animal. 

Empregava-se em al-|| 

gumas terras para ma-l, 

tar os ratos. 

Obra como um vio-|| 

lento vomitorio : sendo 

preparada artificialmente, 

tem pouco effeito, 

e só é emetica em gran- I 

de dose.

n6 TABO A. 

CLASSE 

X. 

Terras 

e 

Pedras. 

DRDEM ] 

IV. 

Pedras 

salinas. 

',SrF.CIE 

V. 

Cal carbonatada. 


.límpida. 

Iranca. 

isbranquiçada. 

Vermelha. 

De rosa 

pallida. 

Alaranjada.Amarellada.Verdesombrio. 

Amarella. 

Cinzenta. 

Negra. 

RÊNCIA. 

Diafana. 

Translúcida. 

Opaca. 

Hefracçãodobrada. 

PESO ESPECITICO : 

FÓRMV : TEXTURA: 

R RACTUH V : E OUTROS 


2,3 

3,8 

v órma, crystallizada. 

Dendritica. Concrecionada. 

Lenticular. 


Laminar. Latnellar. 

Fibrosa. Saccharoide. 

Ksponjosa. Pulverulenta. 

Fractura, muito 

variavel. Risca a cal 

sulfatada; e é riscada 

pela cal fluatada. 

Algumas Subspccies 

são phosphoricas pelo 

attrito; outras sobre 

os carvões. 

Algumas compactas 

e duras são scintillantes, 

sem que esta propriedade 

se possa attribuir 

ao quartzo, 

que é pouco sensivel 

nestas pedras. 

M. Gillet-Laumont. 

CARACTERES 

CU V MICOS. 

Muito pouco solúvel 

ia agua; não contendo 

este liquido acido 

carbonico em excesso, 

•11 gaz hydrogenio 

sulfurado. 

Reduz-se pela calcinação 

á cal viva, dotada 

de sabor acre, 

picante e cáustico. 


nitrico com effervescencia 

forte; em umas 

Subspeeies lenta , ou 

tardia em outras. 


Subsp. i.» 

Acido carbónico 34 

Agua Ii 

Bergin an.

XL. i i - 

SYJíOJí YMIi : SuCSPECIES: YAIlIJlDADUS. J AZL U O, Us 05, 

Subsp. i. a Cal Carbonatada Pura. Compreliende 

seguintes Variedades: 

as 

Var. i. a Cal Carbonatada Pura Crystallizada: A. I in 

jyramide de seis faces ; simples, ou dobrada : i>. 

Í£m prisma de seis faces : C. Km taboa de seis 

faces, com lados iguaes, ou desiguaes; ou arredondada, 

oti lenticular: D. Em pyramide de 

tres faces : simples, ou dobrada : E. Em liexaedro 

rhomboidul (spatho d'lslandia): F. Em cubo 

imperfeito: G. Em dodecaedra, ou prisma de 

seis planos pentágonos; terminado de cjida lado 

por tres faces pentagonas, etc. etc. 

Var. 2. A Subsp. i. A' variedade la- j 

minar da pi imeira • 

Subspecie e á seguiida 

.Suhsp. dãdifferentes 

pedras: se o nome demarforra 

as cavidades: more salino, maracha-se 

nas fendas; more branco, marnos 

espaços vasios; more estatual io. 

Empi egi>se com 

CalCarbonatada PuraAmorpha: A. Laminar. 

Textura, lamellosa, de grandes laminas, 

continuas, d'ordinario, transparentes: I>. La 

niellar. Na fractura appresenta facetas brilhan 

a Encontra-se 

em ma. 4 

sa ; e commummente 

nos veios de 

ou entre as camadas 

dos mármores, 

ou dos schistos calcar 

eos. 

Subsp. 2.a Parece 

pertencer exclusivamente 

aos 

terrenos de crytes. 

Dura, sendo homogénea; friável, quando:stallizaçao , d'ué 

produzida pela íiltraçuo da cal carbonatada ma foimaçao con-| 

atravez d'uma pedra esponjosa. 

temporanea á do 

Subsp. Cal Carbonatada Sacckaroide ; Haiiy. Pierre gneis, poríido, etc. 

ealeaire grenue; Broch. Còr, branca, ou cin- etc. , formando 

zenta, ou azul d'ardosia (mármore azul fer- bancos considerarete). 

Textura , granosa , brilhante. Aspecto 

d'assucar. Effervescencia muito prompta. 

Subsp. 3. a preferencia na escultura. 

Subp. 3. 

Cal Carbonatada Mármore. Fractura (em 

geral) sem lustre; compacta; susceptível de 

polimento brilhante. Cores muito variadas; 

a A vivacidade 

das côres 

dos mármores; a 

belleza do polimento, 

de que sáo 

[susceptíveis; sua 

lioniogeniedade; e 

serem inalteráveis 

na atmosphera , 

lhes dá a grande 

estima e frequente 

veis, muito espes-japplicaefío. 

sos, e até monta-' A maneira de 

nlias inteiras. jos polir differe se- 

Subsp. 3. a e 4- a gundí) as suas cô- • i 

O-I 

Tem com pouca jxs. Osmarmores 'CSj 

g. Marmoce negro liomogeneo ; negro, marcado differença o mes-|lu ancos perdem a 

de nodoas angulares negras e Iiraneas: negro , mo jazigo. Aclião-lsua alvura pela excom 

manchas e veios dîui amarello dourado r.seeni hancosespcs- j-osicão ao ar. Iimvermelho 

carregado, misturado de cinzento eisos , parallelos en- pão-se completa-1 

amarellu: amarello e vermelho : o verde é mais! tre si, ecommuin- mente, lavandoraro; 

liem como o encontrar-se d'unia só còr. [mente inclinados. 

• . I 

os com acmn mu-j 

Subsp. 4-* Cal Carbonatada Compacta; llaiiy. PedrajVVerner chama , i iíitlco ow genado | 

Calcarea Compacta; Broch. Còr , varia entre a 'em Geognosia, cal- diluído. 

branca-amarellada e a cinzenta , a escura e azu-j careo de transição 

lada. Textura, compacta, de grão Iino ; susce-!á cal caibonatada 

ptivcl de polimento. Fractura , unida, ou esca-jmármore; e calcamosa, 

e algumas vezes conchoidal; sem lustre,!reo secundário, ou 

DiITere do mármore, por ter as còres escuras ,'stratiforme , á cal 

eo polimento deslustrado. !carbonatada com- 

Subsp. 5. a Subsp j."Em- prega-se n a coii- 

sti ui cão dosedi- íicios ; e dá uma 

CMillei.te 

Subsp. 5." Sen- 

Cal Carbonatada. Oolieh. Cal Carbonatadalpacta. Incluem noidoduia i* compa- 

Globuliformc; Haiiy. Existe sempre ein massaslseu interior cami.--jcta pode iceeLer 

globosas, ou espheroidaes , cuja grossura variaidas ou deposito de mu bello polimendesde 

a d'uma ervilha até á da semente da ferro oxydado ver- to. 

papoila ; e d'ordinario conglutiuadas por umjmelho: zinco o\v-j Subsp. (">.» Ter., 

cimento calcareo. Estes globos, ou esplieroides ,'dado ou sulfurado: do grão íino 

não são regulares: sua fractura é compacta , ejmercurio sulfura- tevtura cerrada 

commummente escamosa ; não se lhes obser-Jdo: chumbo sulfu- coita-sepa KliflV- 

vando camadas concêntricas, nem estrias con-.rado: mangancsio, rentes obras ; porvergeutes. 

|etc. Nestas duas que resiste Cllllto

i8 

' CLASSE 

I. 

Terras 

e 

Pedras. 

OllDEM 

IV. 

Pedras 

Salinas. 

EsrEciE 

V. 

Cal carbonata' 

da. 

CÒR. 

TRVKSPA- 

REHCIA. 

PESO ESPECIFICO :. 




CARACTERES 

CHYMICOS. 

TABO A 1 

ú

XLI. 

SYIFONYMIA: SUBSPECIES : VARIEDADES. 

Subsp. 6. a Cal Carbonatada Grosseira (Pedra dos edifícios). 

Còr, branca; cinzenta; amarellada: 

porém qualquer destas côres é cuja. Textura, 

laxa, de grão ordinariamente grosso. Fractura, 

granosa, sem lustre. Pouco dura: não recebe 

polimento. 

Subsp. 7. 3 Cal Carbonatada Fibrosa. Textura, fibrosa, 

de longas fibras, muito delicadas ; mui adlierentes 

umas ás outras, formando uma massa 

densa: ou pouco aglutinadas e fáceis de separar. 

Acba-se era massas; ou esferas; ou cylindros 

irregulares. 

Subsp. 8. a Cal Carbonatada Arragonite. Côr, variando 

do branco de leite ao amarello-pallido ; ou ao 

verde-mar; ou ao azulado. Fórma, prismática; 

com os planos, d'ordinario, acanellado 

Fractura, perpendicular ao eixo, vitrea: na 

direcção do eixo, lamellosa. Mais dura que ; 

1.* Subsp. O seu pó algumas vezes é phosphc 

rescente sobre os carvões ardentes. 

Subsp. 9- a Cal Carbonatada Esponjosa ; Haiiy. Leite 

de montanha; Broch. Lac lunae. Agarico mi 

neral. Cor1 d'um bello branco. Gráo, muito 

fino. Muito tenra : leve: e inquinante. 

Subsp. io. a Cal Carbonatada Greda. Cal Carbonatada 

Cretosa; Haiiv. Côr, ordinariamente, branca; 

raras vezes cinzenta ; ou escura. Fractura 

terrea. Muito tenra. Leve. Inquinante. Magra; 

Com algum apego á lingua. 

Subsp. ii. a Cal Carbonatada Pulverulenta (Farinha 

fóssil). Côr, branca. Muito leve; assemelhandose 

ao algodão. Reduz-se a pó com a mais fraca 

pressão. 

Subsp. n. a Cal Carbonatada Concrecionada; Haiiy. 

Este mineral é essencialmente composto de 

camadas delgadas, umas vezes planas , outras 

vezes curvas, quasi parallelas, formadas pela 

matéria calcarea, que havendo estado em dissolução, 

se precipitou sobre differentes corpos, 

e suceessivamente os foi cobrindo. As camadas 

são muitas vezes compostas de fibras , ou varetas 

delicadas ; porém a fractura transversal 

«Testas fibras ou varetas é lamellosa ; no que 

differe da cal carbonatada fibrosa. Umas vezes 

opaco; textura, laxa e como carunchosa: outras, 

translúcido, compacto e susceptível de 

polimento. E é nestas differenças que se fundão 

as seguintes Variedades: 

Var. T. A Cal Carbonatada Concrecionada. Tufo. 

Superfície ondeada e muito liza. Textura , porosa, 

cellular , muito pouco dura. Deve a sua 

Subspecies de cal 

carbonatada lam- 

bem se encontra a' 

steatile, granadas, 

conchas, e outros 

corpos fosseis 111arínos. 

Subsp. 5. a Achase 

em bancos e 

massas consideráveis 

nos terrenos 

calcareos da terceira 

formação. Duabenton 

, Saussure , 

etc. sujipoem , que 

esta Subspecie resulta 

da cal caibonatada 

granulada 

pelo movimento 

das aguas. 

Subsp. 6. a Parece 

pertencer exclusivamente 

aos terrenos 

de sedimen 

to , muito afasta 

dos das cadeias das 

montanhas primitivas, 

e proximos 

ás d'alluviao. Não 

contém bètas, nem 

camadas metallicas, 

á excepção do 

ferro oxydado argilloso 

, ou calca 

reo. 

Subsp. 7. 8 Encontra-se 

em massa 

nos veios , ou entre 

camadas das 

montanhas schistosas 

e calcaieas. 

Subsp. 8. a Sua 

ganga é muito variada 

: aclia-s 

d'ordinario , sobre 

gangas argillo-feri 

uginosas, acorn 

pardiudas do quar 

zo sinople; da cal 

ulfatada ; e até de 

metaes. 

aos agentes d'at- 

111 os fera. Sendo 

tenra e porosa , 

estala 

da. 

com a gea- 

Subsp. S. a Fornece 

cal. 

excedente 

Subsp. 9.» Serve 

para branquear 

edifícios. 

Subsp. 10. a Emprega-se 

nas artes 

em lugar de lápis. 

Serve para limpar 

os metaes e vidros. 

Fornece o branco 

em todas as pinturas 

á tempera. 

De\e ser pura, 

privada da maior 

pai te d'areia , que 

contém. 

Subsp. ia. a Todos 

sabem ou a es 

•jão os usos do 

alabastro , e a estimação 

, que delle 

fazião os antigo6.

IIO 

I CLASSE 

I. 

Terras 

e 

Pedras. 

OUHEM 

IV. 

Pedras 

Salinas. 

ESPECIE 

V. 

Cal carbonatada. 

CÒR. TRVNSPA- 

KfcSCI A. 





CARACTERES 

CHYMICOS. 

TABOA

XLTI. Í2X 

SYIÍONTMIA: SUBSPECIES: VARIEDADES. 

origem a matéria calcarea , que ao precipitar-se 

envolveo lodo, areias, folhas e outros restos de 

corpos organizados, e por isso é impura. 

Var. a." Cal Carbonatada Concrecionada Incrustante. 

Textura , granosa, de grossos grãos. E sempre 

uin deposito da cal carbonatada sobre uni 

corpo estranho, amoldando-sc á figura do mesmo 

corpo. Se estas concreções se formarão sobre 

vegetaes, que tivessem um tronco cylindrico 

de volume sensível, representão os ossos 

longos dos animaes ; porque , destruindo-se 

com o tempo a planta , fica no interior uina 

cavidade semelhante á dos ossos longos. Estas 

concreções tein o nome muito impróprio de 

Ostéocoile. Este mesmo deposito tem lugar sobre 

os corpos inorgânicos , como pedras , metaes 

; e nos aqueductos. 

ar. 3.» Cal Carbonatada Concrecionada Pisolilhe. 

Concreção esferoidal; formada de camadas concêntricas 

muito distinetas; tendo quasi sempre 

por núcleo um grão d'areia ; ou outro qualquer 

corpo estranho. Grossura media, igual a d'uma 

ervilha. Còr , eommummente branca-çuja. Differe 

da -Oolithe, por ter esta uma textura compacta. 

Var. 4-* Cal Carbonatada Concrecionada Alabastro. 

Concreção em camadas parallelas , mas ondeadas 

: distinguiudo-se umas das outias na densidade 

, opacidade, ou translucidez. E susceptivel 

de ser cortada e polida. Textura , granosa, fibrosa 

, ou lainellar. Quando esta concreção tem 

côr amarella , avermelhada , ou ruiva ; e é formada 

de zonas distinetas, duras, compactas, 

e capazes por isso de receber polimento brilhante 

, tem o uouie de Alabastro oriental. 

IÔ 

JAZIGO. 

Subsp. Q." Encontra-se 

em camadas de 

pouca grossura, cobrindo 

as fendas das 

rochas calcareas. 

Subsp. io.« Acha-se 

em bancos espessos, 

ou em massas contínuas 

, longe dos terrenos 

primitivos, formando 

collirias, algumas 

vezes escarpadas. 

Não contém substancia 

metallica, mais do 

que os sulfuretos de 

ferro globoso.Encontrão-se 

conchas , e 

grande quantidade 

d'areia. 

Subsp. 11 Cobre, 

em fórma de rohoco 

delgado, as superfícies 

inferiores ou Iateraes 

dos bancos da 

cal carbonatada grosseira. 

Subsp. 12.» Os slalactites 

e os Alabastros 

formão-se nas 

indes cavidades 

ou cavernas , que 

amiudada mente 

encontrão nos terrenos 

calcareos. A maneira 

, como se formão 

, já está dita nos 

Prolegomeuos X 

n. V.

111 TAROA 

• CL VSSE 

I I. 

ORDEM 

IV. 

i Terras 

I 6 

i Terras Pedras 

Salinas. 

I Pedias. 

6 

Pedras 

Salinas. 

Pedias. 

! 

ESPECIE 

VI. 

Cal carbonatadaFétida. 

VIL 


Cinzenta. 

Branca; 

com differentesgradações. 

Cal car- Negra. 

bonata Escura. 

daBituminifera; Uauy. 

RÊNCIA. 

Opaca; 

raras vezestranslúcida 

nas extremidades. 

PESO' ESPECIFICO : 




A,5I 

Fórma , em massa , 

algumas vezes em prismas 

fasciculados , que 

se dividem em rhoinboides. 

Textura, com- 

pacta. Granosa. Lainellar. 

Isolada, adquire 

a electridade vitrea. 

Pelo attrito d'um corpo 

duro dá o cheiro 

fétido do gaz hydrogeuio 

sulfurizado. Risca 

a cal sulfatada. 

CARACTERES 

CU YMICOS. 

No fogo perde o cheiro 

e a còr; reduz-se á 

cal viva. 


nítrico com effervescencia 

proinpta. Deve 

a solidez á presença 

d'um hydrosulfure , 

cora quem é misturada 

; Broch. M. Napioni 

e outros Mineralogistas 

reputão este mineral 

como variedade 

do carbonato calcareo 

compacto cominum. 

Opaca. A,8o 


nítrico com efferves- 

Fórma, em massa. Texcenciaviva. Reduz-se 

tura , ou compacta de á cal pela calcinação. 

grão fino e cerrado , Um betume lhe dá 

susceptível de polimen- o cheiro e a còr. 

to ; ou lamellosa. Fractura, 

sem lustre. Pelo 

attrito adquire a electricidade 

resinosa : e 

é pelo mesmo attrito , 

ou pelo calor , que dá 

um cheiro bituiniuoso 

desagradável, o qual 

perde, bem como a 

còr, pela acção continuada 

do fogo , e fica 

branca.Risca a cal sulfatada.

XLIII, 123 

I SIMOBYMIA: SUBSPECIES: VABIEDADES. JAZIGO. Usos. 

Calcoreus Suillus. Pierre piiantc ; Broch. 

V. Pedra de porco. 

Chaux carbonatce bitumineuse ; Broing. 

Mármore negro de Dinant, de Namur, 

etc. etc. 

Tem o mesmo jazigo, Tem, com pouca dif- 

que tem a cal carbonaferença, os mesmos usos 

tada compacta. Acha-se da pedra calcarea com- 

em grandes ramadas , mum; e dá pela calci- 

Formando montanhas nação uma cal de excel- 

calcareas stratiformes ; leute qualidade. 

algumas vezes atravessadas 

de pequenos veio.-, 

de spatho calcareo. 

E d'uma " formação Contendo grande quan-! 

muito secundaria. Acha- tidade de betume , em-i 

se as mais das vezes em prega-se como combustí- 

massas, ou em aggrevel. Eneontrando-se em' 

gados , nos terrenos de grandes massas, calcina- 

carvão de pedra. se com lucro, porque 

parte do combustível, 

necessário para esta operação, 

è fornecido pelo 

betume, que este mine 

ral contém. Edificão-se 

casas com esta pedra ; 

e logo que a alvenaria 

está finda, mette-se lhe o 

fogo; o betume arde, e a 

pedra fica branca. Começão 

então as obras de 

carpintaiia , telhados , 

etc.

12.4 TABOA 

f I 

CL ISSE OEBEH 

IV. 

Terras Pedras Pedras 

e Salinas. 

Pedras. Pedras. 

ESPECIB 

VIU. 

Cal carbonatadaAluminifera; 

Haiiy. 

IX. 

Cal carbonatadaQuartzifera; 

Haiiy. 

CÒR. TRASSPA- 

RESCIA. 





Brancabrilhante.Esbranquiçada. 

Cinzenta. 

Opaca. 2,85 

Branca- Opaca. 

einzentada.Cinzentasombria. 

Amorplia. Textura , 

compacta. Granosa, limas 

vezes solida ; outras 

friável. Folheada; 

mormente sendo misturada 

com a mica. 

Fractura, sem lustre. 

Risca a cal sulfatada. 

Algumas amostras 

são phosphorescentes 

pelo attrito. 

C AR ACTRRES 

CHYMICOS. 

Dá a cal viva pela 

calcinação. 


nitrico com effervesceacia 

muito tardia ; 

e por este caracter se 

distingue da cal carbonatada 

saccharoije. 

com a qual muito se 

assemelha, quando a 

sua textura é friável. 

Fórma , crystallizada 

Pelo fogo reduz-se á 

cal viva. 

Dissolve-se com ef- 

era rhoinboidcinverso. fervescencia no acido 

Concrecionada. Amor- nitrico. 

pha. Textura, granosa. 

Escamosa. Fractura , 

brilhante; debaixo de 

certos aspectos. AIuitas 

vezes scintillaute. Kisca 

o vidro.

XLtY. 

STKONYMIA: SUBSPECIES: VARIEDADES. JAZIGO. Usos. 

Chatix carbonate* lente; Dolomie. Fierre 

calcaire grcnue ; Brocll. 

Grés calcaires-quartzeux. Grés dc Fontaine- 

Heau; Drapiez. 

Pcrtcnce aos terrenos A cal, que resulta da 

primitivos ; e íorina sua calcinação, tem uina 

massas, bancos, ou veios acção nociva á vegeta- 

consideráveis; contendo ção ; esteriliza as terras 

algumas vezes ferro , por muitos aunos. 

zinco e arsénico sulfurados, 

cobre ciuzeuto , a 

grammatite e a mica, 

etc. Acha-se em quasi 

todas as cadeias das 


Sendo crystallizada , Tem os usos communs 

ou concrecionada,achada cal carbonatada. 

se lio meio de certos 

bancos de grés nas cavidades 

cheias d'areia : 

esta areia contém, couimummente, 

unia grande 

quantidade de rhomboi- 

126 TABOA 

CLASSI 

I. 

OROTSM 

IV. 

Terras Pedras 

e 

Pedras 

Salinas 

EsrRciR 

X. 


Fer 

rifera; 

Haiiy. 

X L 

CÔR. THANSPA 

Branca 

de leite. 

Brancaargentina 

; ou 

de inadre-perola. 

Escura. 

Amarei* 

lada. 

Avermelhada 

; 

passandoalgumasvezes 

ao 

vermelho 


rosa; ou 

decarne; 

ou de 

sangue. 

CaI arse- Branca. 

niatada; 

Haiiy. 

RENCIA. 

Translúcida 

nas 


Opaca. 

Translúcida. 

Opaca. 





3,67a 


ou em rhomhoide perfeito 

de faces cylindricas, 

convexas, ou concavas. 

Em pyramidt 

dobrada , composta de 

duas pyramides de tres 

faces obtusas. Em pyramide 

simples de tres 

faces. Lenticular. Amorpha. 

Textura, la- 

minar. Lainellar. Folhada. 

Fractura , escamosa. 

Granulosa. Mais 

dura do que a cal carhonat 

ada. It asura, branca, 

ou cinzenta. 

CARACTERES 

CH YAIICOSA 

No acido nitrico, no 

fogo , e algumas vezes 

pelo simples contacto 

do ar , torna-se amarella 

, e até escura, e 

endurece. Nos ácidos 

faz uma effervesceucia 

muito lenta. 


Carbonato de cal 5o 

Oxvdo de ferro . . a a 

Oxydo de mauganesio 

a8 

Bergma n. 

As proporções destes 

dois oxvdos dissolvidos 

, como principios 

accessorios, são muito 

variadas; e quando ha 

maior excesso de ferro, 

então se* considera 

como mineral de ferro, 

e tem 0 nome de Ferro 

spathico. 

a,64 

Exposta ao fogo do 

maçarico espalha 0 

Fórma , em pequenos cheiro d*alho: não se 

crystaes aciculares , volatiliza inteiramen- 

translúcidos, reunidos te , e resta a cal pura. 

em facisculos d'um Dissolve-se no acido 

branco de leite, bri- nitrico sem efferveslhantes. 

Textura, fibrocencia.sa. Radiada. Fractura, Composição: 

brilhante. Brilhantis- Cal a5 

mo de seda. Tenra. Acido arsenical . . 5o 

Friável. 

Agua a4 

Klaproth.

X LV. 

SYMOEYMIA : SUBSPECIES : VABIEDADES. 

Chaux carbonatée brunissante ; Broing. Spath 

brunissant; Broch. Spath perle; Romé-de- 

Lisle. 

Pharmacolithe; Broch. Pedra envenenada. 

JAZIGO, 

Acha-se , ordinariamente 

, em veios; ou em 

massa; ou em pequenos 

crystaes coadunados em 

estalactites; sobre outros 

mineraes: e acompanhados 

de quartzo , cal 

carbonatada e lluatada; 

do chumbo, zinco , ferro 

, prata e cobre sulfurados. 

Este mineral é muito 

raro; tem-se achado na 

Alemanha , perto de 

Witticlien em Furstemberg, 

disseminado em 

pequenas massas sobre 

um granito. Também na 

França em massas fibrosas 

perfeitamente bran- 

Usos. 

12' 

Calcinada, e misturarada 

com areia, fórma 

uma argamaça excedente, 

podendo empregarcoin 

vantagem nas 

construcçoes, e outras 

quaesquer obras, feitas 

debaixo d'agua. 

Desconliecidos.

Ir 

' CLASSE 

X. 

Terras 

E 

Pedras. 

ORIIEM 

IV. 

Pedras 

Salinas. 

F.SPECIE 

XII. 

Cai Fluatada; 

Haúy. 

XIII. 

CÔR. TRAUSPA- 

Limpida. 

Vermelha. 

Roxa. 


Amarella. 

Escura. 

Roxa denegrida. 

Cal Phos- I.impida. 

Jihatada; Roxa. 

Hauy. Côr de 

rosa. 


Amarella- 

Terdoen- 

S a - 

Azul-verdoenga. 

Côr de laranja. 

Cinzenta. 

Denegri- 

REKCIA. 

Diafana. 

Translúcida. 

Opica. 

Refraeçãosimples. 

Diafana. 

Translúcida. 

Opaca. 

Refiac - 

cão simples. 

PESO ESPEcrrtco: 


FRACTURA: E ourros 


3,09, [o 

3,1011 


Concrecionada. Amorpha. 

Textura, lamellosa. 

Granosa. Mais dura 

do que a cal carbonatada 

; mas deixa-se 

riscar pelo ferro. 

3,0989 

3,3 


Granuliforme. Terrea. 

Textura , compacta , 

um pouco granosa. Lamellosa. 

Fractura, nas 

Subspecies prismaticas 

é lamellosa 11a direcção 

das bases: aspera ou 

vitrea na direcção das 

laminas. Mais dura do 

que a cal carbonatada 

e fluatada ; mas nao é 

scintillante. Algumas 

Subsp. sâo phosphoreseentes 

peio calor. 

CARACTERES 

CH YMICOS. 

TABÕA. 

Lançando algumas 

gotlas de acido sulfurico 

sobre 0 seu pó , 

levemente aquecido, 

desenvolve-se um vapor 

branco, picante, 

com a propriedade de 

corroer 0 vidro. No 

fogo crepita. Pela acção 

do maçarico funde-se 

em vidro transparente. 

Reduzida a 

pó, e lançada sobre 

um corpo candente, 

espalha umabella luz 

pliosphorica roxa. 

Composição: 

Cal *. 57 

Acido fluorico . ifi 

Agua 27 

Schèele. 

Nao effervesce no acido 

nitrico, coir.o a cal 

carbonatada ; nem 110 

acido sulfurico, como 

a cal fluatada; mas 

dissolve-se lentamente. 



Subsp. 1.* 

Cal 55 

Acido phosphorico 

45 

Klaproth. 

Subsp. a. a 

Cal 54i 

Acido pliosphorico 

451 

«Vauquelin. 

Subsp. 3.» 

Acido phospho- 

Silica A 

Acido fluorico 2,5 

Acido carbonico 1 

Acidomuriatico o,5 

Oxydodeferro 1 

Pelletier.

Xfc VI. 

SYSOHYMIA : SUBSPECIES: VARIEDADES. JAZIGO. Usos. • 

Fluor ; Broch. Spath vitreux; Romé-de-Lisle. 

Suhsp. I.» Cal Fluatadu Spathica. Spatho 

íluor; Broch. Sua fórina mais ordinária 

é o cubo: o octacdro é mais 

raro: e as formas intermédias entre 

o cubo e o octaedro são muito coininuus. 

Suas principaes còres são a 

roxa (falsa ametista): azul (falsa 

safira): verde (falsa esmeralda): amarella 

(falso topázio): còr de rosa 

(falso rubi). 

Subsp. a.» Cal FluatadaTerrosa. Fluorterreo; 

Broch. tem, d'ordinario, uma 

côr superficial arroxada. Textura, 

granosa, siinilhante á da cal carbonatada 

(Dolomieu), E composta de 

camadas parallelas, que parecera 

ter sido horizontaes. 

Subsp. 3.» Cal Fluatada compacta. Fluor 

compacto ; Broch. Escara ; ou cinzenta-verdoenga. 

Aspecto sem lustre. 

Subsp. i. a CalPhosphatada slpatite. Apatite 

comtnum; Broch. Em prismas curtos 

e troncados : límpidos: verdes: roxos: 

azulados. Pó pliosphorescente 

sobre os carvões ardentes. 

Subsp. i." Cal Pliosphatada Chrysolitho. 

Pierre d'asperge ; Broch. Em prismas 

mais alongados, terminados em .una 

pyramide aguda de seis faces. Côr, 

verde d'aspargo; ou verde-pallido: 

alaranjada: azul-verdoengo. O seu 

pó não é phosphorescente. 

Subsp. 3.» Cal Phosphatada Terrosa. Apatite 

terreuse; Broch. Em massa. Fractura 

, terrea, passando á desigual 

de grão fino; sem lustre. Côr, brancaatuarellada 

; ou cinzentada. Opaca. 

Pouco dura; commuminente friável. 

Magra; e aspera no tacto. Lançada 

sobre os carvões ardentes espalha 

uma luz amarelk-ycídoenga. 

Não fórina camadas, 

nem bancos consideráveis. 

Não entra, ordinariamente, 

lia composição 


Quasisempre existe 

em bètas de differentes 

épochas , acompanhando 

ou o estanho ; ou o 

chumbo , zinco , etc. 

Encontrão-se também o 

quartzo; a cal carbonatada 

e pliosphatada; 

e a baryta sulfatada. 

A Cal Phosphatada 

parece ter tido tres differentes 

formações : i. a e 

mais antiga , por isso 

que se encontra nas minas 

de estanho , acompanhada 

da cal fluatada , 

do quartzo, molybdeno, 

steatite, cobre pyritoso 

e arsenical, etc. a.» Em 

camadas ; ignorando-se 

as particularidades do 

seu jazigo. 3. a A des 

terrenos volcanicos. 

J 7 

Era consequência das 

côres variadas e vivas , I 

e do polimento, que recebe 

, emprega-se para 

vasos e outros trastes; 

d"ornato. Tira-se deste j 

mineral, por meio do! 

acido sulíurico , o acido 

iluorico , o qual serve 

para gravar sobre o vi-1 

dro; recebendo este gra»' 

vuras muito finas. Masaj 

Arte de gravar sobre o 

vidro parece ter sido já 

usada antes de 1700, 

tempo, em que não era 

conhecido o acido fluorico, 

nem as suas propriedades. 

A 3. a Subsp. serve 

para as construcções 

dos edifícios.

í 3 o TABOA 

Cu OKOEM 

Terras 

e 

Pedras. 

IV. 

Pedras 

Salinas. 

F.SPECIE 

XIV. 

Cal sulfatada 

Haiiy. 

CÒR , 

Li ni [>ida. 

Branca 

de neve, 

Esbranquiçada.Brancacinzentada; 

ou a 

marellada; 

ou averrne- 

1 liaria. 

Cinzenta. 

Azulada. 

Cinzenta 

de fumo. 

TRASSPA 

RF.HCLA. 

Diafana. 

Translúcida. 

Opaca. 

Refracçãodobrada. 


FÓRMA: TEXTUR Y: 



2,2642 

2,3117 



compacta. Lenticular 

Laminar. Fractura, la 

mellosa. Foliada. Escamosa. 

Granosa. Fibrosa. 

Terrea. 

A lamellosa é fiexivel 

; mas não elastica. 

Tenra; deixando-se 

riscar pela unha. 

CARACTERES 

Cll YMICOS • 

Ao maçarico não se 

reduz á cal viva ; mas 

funde-se em esmalte 

branco, que no fim de 

algum tempo cáe em 

pó. Não sendo misturada 

, não faz effervescencia 

nos ácidos: caracteres 

estes , que a 

distinguem da cal carbonatada; 

da fluatada; 

e da phosphatada: e o 

seu peso especifico não 

a deixa confundir com 

as especies da Baryta e 

Stroncia. 


Cal ! . . . 

Acido Sulfurico 

Agua 

Fourcroy. Bergman. 

Subsp. 2.» 

Var. i.» 

Cal 

Acido sulfurico. 

Agua ....... 

3a 

46 

2 2 

32 

3o 

38 

Kirwan. 

Este mineral necessita 

de 5oo partes d'agua 

para dissolver u 

ma.

XLY11. 

SYIVOX VJKXA : SUBSPECIES : VABIEDADES. 

Gypse ; Broch. V. Gesso. 

Subsp. i.» Cul Sulfatada Selenite. Límpida. Esbranquiçada 

; passando ao cinzento de fumo; ao amarei 

lado, etc. Mais ou menos diafana. Algumas vezes 

brilhante de madre-perola. Textura , folbea 

da ; um pouco fiexivel,mas sem elasticidade sen 

sivel. Amorpha: ou crystallizada em lentes; ou 

em taboas rhomboidaes, com as extremidades 

hisseladas: ou em primas de seis a oito planos, 

terminados por duas ou quatro faces, commummente 

, convexas ; raras vezes planas. 

Yariedades : A. Cal Sulfatada Selenite Ramosa. Em 

pequenos raminhos torcidos e reunidos: B. Cal 

Sulfatada Selenite Concrecionada. Em fórma de 

verdadeiros estalactites: C. CalSulfatada Selenite 

Acicular. Em agulhas delicadas. 

Subsp. 2. a Cal Sulfatada Gesso. Em massa ; com differentes 

texturas ; donde resultao as seguintes 

Variedades: A. Cal Sulfatada Gesso Laminar. Textura, 

lamellosa; algumas vezes de grandes laminas. 

Côr , de madre-perola e transparentes; ou 

d'um branco leitoso; tenras; mas susceptíveis de 

receber polimento muito vivo: li. Cal Sulfatada 

Gesso Niviforme. Em formas arredondadas 

pouco volumosas , compostas de pequenas palhetas, 

ou laminasbrancas de neve e de madreperola; 

assemelhanclo-se um pouco ao talco 

branco; mas menos unctuosas e mais fusíveis: 

C. Cal Sulfatada Gesso Fibroso (Gesso como de 

seda). Em massa, composta de fibras parallelas, 

direitas, ou curvas ; delicadas; serradas umas 

contra as outras; e assetinadas: D. Cal Sulfatada 

Gesso Compacto. Textura, granosa. Tenra; 

deixando-se cortar pela unha: e por estes dois 

caracteres se distingue da C»1 Carbonatada Saecharoide, 

com quem muito se assemelha. E 

susceptível de polimento. A esta Variedade , 

bem como á primeira , dá-se o nome de Alabas- 

tro Gypsoso: E. Cal Sulfatada Gesso Térreo, Com 

apparencia de greda. Inquinante ; porém com 

mais lustre, que a greda; passa muitas vezes 

ao Gesso nivijorme. 

JAZIGO. 

Subsp. 3. a Cal Sulfatada Grosseira (Pedra de engessar cedentes. Grao mais 

e de estucar).Textura, compacta , ou lamcllar; grosseiro ; contendo 

commummente de grossos grãos: misturada na sua massa, com- 

com argilla, areia, ou cal carbonatada: e neste; mummente, rettos de 

caso effervesce levemente no acido nitrico. E m a mm i fero s , aves , 

como se encontra as mais das vezes acompa- etc.; e nas camadas 

nhada do oxydo de ferro , por isso appresenta de marne argillosa , 

differentes côres; como são a branca-opaca; a ou calcarea, que o se- 

negra; avermelha; a azulada; ea amaréllaparão, também se cn-j 

çu j a. 

contrao vestígios de 

corpos organizados. 

Usos. 

A Cal Sulfatada per- O Gesso calcitence 

a tres differennado e humedetes 

époclias. Primeira: cido fórma uma j 

E a mais antiga , e pasta , que ser- 

parece acompanhar as ve para fazer] 

ultimas formações dos modelos. E uma j 

terrenos primitivos : das substancias' 

é, d'ordinario, bran mineraes muitoj 

ca. Textura , brilhan- interessante pete; 

granosa, ou lamel lo excedente ci- 

lar; e misturada com mento e boa ar-1 

a mica , serpertina gamaça , que 

feld-spatho ; não con- fornece. Serve) 

tendo corpos organi- para estuques. 

zados , marne , argil O compacto 

la , etc. 

emprega-se na 

A segunda forma architectura 

cão é própria deterre- esculptura com; 

nosdiversos; mas com o nome de Ala- 

especialidade dos calbastro gjpsoso: i 

careos; fazendo a pas- delle se fazem j 

sagem dos terrenos vasos e figuras, 

primitivos aos secun- por ser suscedários. 

Encontra-se 

frequentemente no 

meio , ou sobre o de-j 

clivio das montanhas! 

primitivas da ultimaj 

formação. Tem o grão 

fino; textura cerrada; 

ou fibrosa ; e muita 

vezes é corada, 

A terceira formação 

comprehende o Gesso 

, que se encontra 

nas planícies, ou sobre 

collinas secundarias, 

muito afastadas 

Ios terrenos primitivos 

; pertencendo poi 

isso a uma formação 

posterior ás ditas pre- 

: 

ptivel de poli- j 

mento e sei 

muito transiu-j 

eido : e desta i 

»pi iedade resuiton 

o empregarem 

os antigos 

a esta pedra, 

em lugar 

de vidro , nos 

seus Templos :' 

com o fim de; 

não penetrar 1 

nos mesmos 

Templos, maisj 

do que uma luz i| 

desmaiada 

mysteriosa.

C u S Ç E 

11. 

Saes. 

1,:1 

OBDEU 

I. 

Saes de 

Base 

alcalina. 

ESPECIB 

I. 

Potassa 

Nitratada. 

II. 

Soda Carbonatada. 

CÒR. TRAHSPA- 

Limpida. 

Bratiea 

de neve. 

Brancacinzentada. 

Branca amarellada. 

RES CIA. 

Semi-diafana.Translúcida. 

Branca. TranslúEsbrancida.quiçada.Ciuzentada.Amarellada. 


FÓRMV: TEXTURA : 

FRACTURI: E OUTROS 


Fórma, crystallizada 

em prismas de seis faces 

mal determinadas. 

Em llorescencia , composta 

de agulhas muito 

delicadas (salpètrc de 

koussage). Stalactitica. 


sendo em massa , conchoidal. 

Tenra. Commummente 

friável. Sabor, 

fresco; picante. 

CAR ACTERES 

CHYMICOS. 

TAÍ50A 

Funde-se ao maçarico. 

Detona. E muito 

solúvel n*agua. Cryslallizaartificialmente; 

e dá a seguinte 


Potassa 4í) 

Acido nitrico . . 33 

Fórma , crystallizada Muito solúvel n'agua. 

em octaedro de faces Floresce prompta- 

triangulares desiguaes. mente na atuiosphe- 

Pulverulenta. Sabor , ra. F.ffervesce nos 

saponaceo e urinoso. ácidos. Torna verde 

o xarope das violas. 

Crystallizada artificialmente 

contém : 

Soda ao 


Agua 64 

Bergman.

XLVIII. 

SYNOJtrMiA : SUBSFF.- 

CIF.S: VABIEDADES. 

Nitre natif ; Broch. Nitro. 

V. Salitre. 

Alcali mineral natif; 

Broch. N atron ; Kirvvan. 

JAZIGO. 

É muito abundante na Natureza; mas 

não fórma grandes massas; e só se encontra 

á superfície. Os lugares , em que mais 

constantemente se acha, são as muralhas 

e os terrenos, que encerrão a cal carbonatada, 

em cuja visinhança existem animnes, 

ou vegetaes em decomposição. As planícies 

cretosas dos paizes quentes e séccos; as 

areentas , que contém a cal carbonatada , 

são, d'ordinarío , cobertas de Nitro em 

florescência: porém raras vezes apparece 

nos terrenos argillosos, ou d'areia pura. 

Extrahido dos lugares , em que a Natureza 

o appresenta, eni pouco tempo alli se fórma 

outro de novo. Encontra-se também 

dissolvido n'agua d'algumas fontes. Pôde 

concluir-se: i.° que a Potassa Nitratada 

fórma-se espontaneamente: a.® que ella 

toma d'atmosphera algum dos seus princípios 

: 3.° que a cal favorece a sua producção. 

Acha-se em florescencias espessas na superfície 

de terras planas dos paizes quentes: 

e nos terrenos volcanicos, Observão-se 

as mesmas florescencias sobre as paredes 

das casas subterrâneas e outros lugares húmidos 

, mormente proxiinos do mar. Encontra 

se dissolvida nas aguas d'alguns lagos 

, pouco profundos, que existem em 

lugares áridos e arenosos; bem como nas 

aguas de certas fontes. 

Usos. 

O seu principal uso é; 

no fabrico da polvoraJ 

Etnprega-se na Docima- 1 

sia como fundente , ou ^ 

como oxydante. Sem 1 

na Tinturaria. Applica- j 

se na Medicina como 

diurético e refrigerante; 

mas em grande dose é 

irritante e purgativo. 

E muito útil nas Artes; 

principalmente nas 

fabricas do vidro, salioarias, 

branqueamento 

dos pannos,etc. Emprega-se, 

como fundente, 

nos ensaios chymicos. 

Os Egypcios conservavão 

neste sal, por espaço 

de 6o — jo dias , os 

cadaveres antes de serem 

embalsemados. Purificado 

, tem uso na Medicina, 

debaixo de diversas 

indicações. 

I

Y CLASSE 

II. 

Saes. 

OKDEM 

1. 

Saesde 

Base 

alcali- 

ESPECIE 

III. 

TRAKSPA- 

REHCIA. 

SodaMu- Límpida. Diafana. 

riatada. Esbran- [Translu- 

IV. 

Soda Boratada. 

H ul 

Verineliia. 

Azul. 


Arroxada. 

Escura. 

Amarellada. 

Limpida. 

Brancacinzentada.Verdoenga- 

Amarella-, 

da. 

ida. cida. 

Refrac 

çao sim 

pies. 

Semi-diafaua.Translúcida.Refrac- 

çãodobrada muito 

CODCIVP!. 

PF.SO ESPECIFICO : 

.FÓRMA : TEXTURA : 



Fórma, crystallizada; 

sendo a mais ordinaria 

o cubo. Amorpba. Textura, 

fibrosa. Fractura, 

vitrea, comniummerite 

lamellosa. Sabor 

salgado e agradavel. 

Fórma. prisma comprimido 

de muitos planos. 

Atnorpha. Fractuctura 

, ondulada ; ou 

conchoidal, e ás vezes 

lamellosa: e sendo este 

sal puro , tem a fractura 

vitrea. Brilho de 

cera. Tenra. Um pouco 

nnctuosa. Sabor,saponaceo, 

adoçado. 

CAR VCTERES 

CHYMICOS. 

141 TABOA 

E 3 

E solúvel n'agua, tanto 

fria, como quente. 

Aquecida ao maçari- 

co , ou lançada sobre 

os carvões ardentes, 

crepita. Crystallizada 

artificialmente, contém 

: 

Soda 5o 

A^-iilo muriatico 33 

Agua 17 

Kir .vau. 

Não effervesce nos 

ácidos. Córa de verde 

o xarope das violas. 


em uma massa esponjosa 

, que depois se 

torna em vidro branco 

. transparente. E 

muito mais dissoluvcl 

na agua quente . que 

11a fria: e crystalliza, 

dando o seguinte resultado 

: 

Soda 17 

Acido boracico . 34 

Agua........ 37 

Kirwan.

XLTX. i 

SYÔNTTTI V : SUBSPE- 

CIES: VARIEDADES* 

Sel de cnisine ; Brocli. 

V. Sal marino. 

Tinchal , ou Borax natif; 

Broch. V. Bwax. 

JAZIGO. 

É muito abundante na Natureza. Achase 

em dois differentes estados: i.° Em massa 

solida, as mais das vezes, muito volumosa 

; disposta em camadas espessas , su 

perficiaes , ou aprofundadas consideravelmente: 

a cal sulfatada acompanha , d'ordinario 

, a este sal: a argilla cinzenta , ou a 

vermelha fórina camadas, que alternâo com 

as camadas da Soda muriatada, contendo 

umas e outras restos de corpos organizados. 

•2. 0 Dissolvida n'agua d^dgumas fontes; de 

muitos lagos; e nas aguas de todos os mares. 

Existem fontes salgadas em muitos pai- 

zes , e até ein alguns, onde se não tem 

encontrado minas de Soda muriatada. Com 

as chuvas, augmentao em quantidade e 

intensidade. Algumas fontes produzem mais 

ou menos sal , segundo a maior ou menor 

pressão da atmosphera. Outras secção na 

presença de grandes frios , e augmentao 

com o calor; não influindo para estas differenças, 

nem a chuva, nem a seccura. 

Ainda que se nao achem minas de Soda 

muriatada , nem fontes salga-las nos terrenos 

de crystallizaçao, ou primitivos, mas 

só nos d'alluvião e de sedimento, não existem 

com tudo muito afastadas das altas 

cadeias primitivas, e dordinario se encon 

trao na sua base. 

No commercio conhecem-se differentes 

quantidades de Borax bruto: i. a Borax da 

índia. Em pequenos crystaes , reunidos por 

uma matéria gorda: 2. a Borax de Bengala. 

Em grossos crystaes arredondados. 3. a Bórax 

da China. Mais limpido e mais puro , 

que os precedentes. Todas estas qualidades 

uecessitao ser purificadas, antes de se applicarem 

aos seus usos. Parece que nao se 

encontra em massas solidas, nem em florescência; 

mas só em lagos pouco extensos, 

depositado nos seus lodos; ou dissolvida 

nas suas aguas. 

Usos. 

É um tempero agradavel 

e saudavel para o 

homem; bem como para 

a maior parte dos animaes 

herbívoros. 

As madeiras mergulhadas 

em agua, que 

tenha este sal em dissolução 

, íicao depois quasi 

incombustíveis. 

E antídoto de putrefacçao 

; e parece provável 

, que as columnas de 

vidro fóssil, nas quaes 

os Abyssinios fecha v ao 

os cadaveres seccos, fossem 

massas de Soda 

muriatada. 

Se em grande quantidade 

esteriliza os campos, 

em pequenas doses 

os fertiliza. 

Emprega-se em algumas 

artes chvmieas. Serve 

de verniz em muitas 

louças. 

Tem uso na AIedicina1 

como excitante , aite 

rante e purgativo. 

Tem uso na Docimasia 

para facilitar a fusão. 

Os Ourives e outros Artistas 

usâo deste sal na 

soldadura dos metaes 

em que trabalhão. Serve 

em algumas fabricas 

Emprega-se como fundente 

das tintas e do 

ouro, que se applica sobre 

a porcelana,

143 

ir. 

Saes. 

OfiDESI 

J. 


Base 

alcali- 

EsrEciE 

V. 

Soda Sulfatada. 

VI. 

AmmoniaAIurialada. 

Côa. 

Brancacinzentaiia. 

R« AKSI>A- 

IIEICIA. 

Diafana. 

Translú- 

cida. 

Brauea-a- Opaca, 

marellada. 

Cinzenta. 

Denegrida. 

Translúcida. 




CARACTERES 1'YSICOS. 

CARACTERES 

CUYMICOS. 

TAROA 

Fórina, crystallizada Floresce na atmosfe- 

em prismas de (i faces ra, perdendo pelo me- 

algumas tanto irregunos o,3 do seu peso. 

lares, terminando em Dissolve-se em tres 

uma acuminação de 3 partes d'agua fria; 

faces, postas sobre os ein menos do seu 

ângulos, ou sobre as peso , d'agua ferven- 

faces lateraes. Emmas te. Crystalliza , es- 

sa.Stalactitica. Terrea. friando , em crystaes 

Fractura conchoidal, prismáticos. Funde-se 

na fórma crysíalliza- promptamente ao mada: 

nas outras desigual çarico. Distingue-se 

de grão íiuo , com bri- facilmente da magnelhantismo 

vitreo. Sasia sulfatada , porque 

bor, salgado, amargo- a dissolução desta não 

so e desagradarei. lá precipitado algum 

pela addição da agua 

de cal, ou dos alca 

lis. Este sal, purificado 

, tem a seguinte 


Soda..' 

Acido sulfurico. 

i5 

Agua 58 

Bergman. 

Fórma , crystallizada É quasi inalteravel na 

(mas raras vezes) em atmosfera. Não crepi- 

pequenos crystaes mal ta sobre os carvões 

determinados. Em ca- ardentes. Volatiliza 

madas superSciaes , se 110 fogo , sem dei 

pulverolentas. StaIacti- xar residuo. No acido 

tica. Amorpha. Fractu- sulfurico desenvolve 

ra , mais ou menos vapores brancos d'a 

igual , de grão fino. ido muriatico.Tritu 

Sabor, amargo, pican- rada coin a cal,dá 

te c ominoso. cheiro d'amtnoniapu 

. Dissolve-se prom 

ptamente n*agua ,pro 

duzindo o frio. Pela 

evaporação crystalli 

za ein agulhas entre 

laçadas e flexíveis 

que analyzadas dão 

seguinte resultado: 

Ainmonia 4° 

Acido muriatico 5 

Agua 

Kirw an.

SYJÍONYMIA: SUBSRECIES: VAHIEDADES. JAZIGO, Usos. 

Sel de Gláuber natif; Broch. E mais vulgar em a Applica-se na Medici- 

Natureza , do que se na, corno purgante. 

pensou em outro tempo. 

Encontra-se em fórma 

terrea ; ou de florescência 

; ou dissolvida (o 

que c mais ordinário) 

em algumas aguas mineraes 

, e em alguns 

lagos. É commummente 

nas visinhanças das 

tninas de Soda muriatada, 

ou das fontes salgadas 

, que se aeha este 

sal. Raras vezes apparece 

crystallizada regularmente. 

Sel ammoniae natif; Broch. V. Sal axnmoniaco. 

E pouco abundante. 

Existe , principalmente, 

na proximidade dos 

Volcões ; sublimada nas 

fendas das lavas; ou envolvida 

com outras matérias 

voláteis. Wallerio 

refere, que este sal se 

acha na Pérsia misturado 

com a terra ; ou em 

florescencias sobre as rochas. 

Encontra-se também 

nas aguas de certos 

lagos da Toscana , e em 

algumas fontes d'Alemanha. 

_ 

\ J r 

Emprega-se na Tinturaria 

, para avivar certas 

côres. Serve na operação 

d'estanhar o ferro 

e o cobre. Emuito util 

para facilitar a soldadu-j 

ra. Applica-se na .Medicina 

, como excitante, 

diurético, diaforético, 

alterante e sialogogo.

38 TABOA 

OKDEM 

11. 


Base 

terrea. 

• 

ESPECIE 

I. 

AUimina 

Sulfatada. 

II. 


EsbranquiçadaBrancacinzentada.Brancaamarellada. 

RÊNCIA. 

Translúcida. 

Opaca. 

Magne- Limpida. TranslusiaSulEsbrancida.fatada.quiçada.Refracçãodobrada. 





CARACTERES 

CHYMICOS. 

Fórma, fibrosa, com- Funde-se ao maçarico: 

posta de pequenos fi- incha: muda-se ein 

lamentos capillares. massa esponjosa e 

Concrecionada. Amor- branca. Dissolve-se na 

pha. Fractura, fibro- agua; e os alcalis presa 

, quando a fórma o cipitao da sua dissolu- 

é também. Conchoidal ção uma terra branca. 

imperfeita, na concre- Pela evaporação, Crycionada. 

Aspecto exstalliza ein octaedros 

terior, sem lustro , ou regulares muito lim- 

pouco brilhante: no pos ; e dão a seguinte 

interior, com brilhan- Composição: 

tismo de seda, passando 

ao vitreo. Sabor adstringente 

e acido. 

Alumina 18 

Acido sulfurico . . 24 

Fórma, efflorescente 

em pequenas agulhas, 

ou crystaes capillares, 

que tendem á fórma 

prismatica. Concrecionada. 

Amorpha. 

Sabor muito amargo. 

Effloresce alguma cousa 

na atmosphera. Dissolvida 

, dá um precipitado 

branco , pela 

addição da potassa, ou 

da soda: e por este caracter 

6e distingue bem 

da soda sulfatada. Funde-se 

promptamente ao 

maçarico. É muito solúvel 

n'agua; e crystal- 

Iiza facilmente em prismas 

pouco alongados 

de 4 planos principaes, 

terminados por vcrtices 

de a , ou 4 faces. 

Este sal sendo puro , 

a sua Composição é a 

seguinte: 

Magnésio 19 

Acido sulfurico . . 33 

Agua 48 

Bergman.

LL 

SXKONYMIA: SUBSPECIES: VARIEDADES. JAZIGO, Usos. 

Alumine sulfatee alcaline ; Haúy. Altin natif; 

Broch. V. Alúmen. Pedra huine. 

Sel amer natif; Broch. Sel de Seillitz , Scl 

d'Angleterre; Romé de-Lisle. V. Sal amargo. 

Sal d'Epion. Vitríolo de Magnesia. 

Encontra-se, d'ordinario 

, em filamentos. 

Sobre os schistos € argillas, 

que contém sulfuretos 

de ferro , é que 

mais frequentemente apparece 

este sal: e ainda é 

mais frequente existirem 

os seus princípios naquelles 

mineraes , sem 

estarem combinados.Encontra-se 

também nos 

terrenos volcanicos, tentlo 

por ganga as lavas 

friáveis. 

Encontra-se, quasi 

sempre, ou efflorescente 

sobre argilla, schisto 

e lavas decompostas, 

sendo formada pela combinação 

dos seus princípios, 

favorecida pela acção 

do ar: ou dissolvida 

na agua d'algumas fontes 

; e na da maior parte 

das marinhas de sal commum. 

Serve na Tinturaria 

para avivar as còres: 

e como mordente , para 

as fixar nas lãas , sedas , 

pannos, algodões, etc. 

etc. Emprega-se na preparação 

dos couros: 

para limpar os metaes: 

no branqueamento dos 

pannos; ein outras muitas 

artes. Na Medicina, 

crystallizado, applícase 

como adstringente e 

alterante: e calcinado, 

como corrosivo. 

Applica-se na Medicina, 

como purgativo.

I ',O TA BOA. 

Cr.vssE 

11. 

ORDEM 

11. 

Saes. 

Saes 

Base 


terrea. 

III. 


JSase 

metallica. 

ESTECIE 

III. 

Cal Nitratada. 

I. 

Côa. TKAKSPA- 

Brancaciuzentada. 

Ferro Verde-claSulfataro.do.Verde-cinzento. 

Branco. 

Amarellado. 

REKCIA. 

Translúcida. 

Translúcido. 





CARACTERES 

CHYMICOS. 

Fórina , em efflores- Attrahe com facilidaceneia. 

Em filamende a humidade da 

tos amontoados, ma- atmosphera. Lançada 

cios como a seda. Cal- sobre carvões ardencinada,éphosphorestes 

, funde-se, detocente 

na obscuridade. nando lentamente; e 

Sabor, amargoso e deixa um resíduo bran- 

desagradavel. 

co , pulverulento, incapaz 

d'attrahir a humidade 

Crystalliza arteficialmente 

em prismas 

hexaédros, terminados 

em pyramides 

de seis faces. 

Fórma , em efflo- Effloresce ao ar. Mais 

rescencia. Capiller, dissoluvel em agua 

Amorpbo. Fractura, quente, que na fria; 

fibrosa. Lamellosa. e crystalliza pelo es- 

Conchoidal. Brilhanfriamento em crystaes 

tismo de seda ; algu- rhomboidaes, d'um 

mas vezes de cera. verde-claro, transpa- 

Sabor, muito adstrinrente, e appresentangente.do 

a refracção dobrada. 

A dissolução d'este 

sal produz um precipitado 

branco , com 

o muriato de baryta: 

azul-verdoengo, com 

os prussiatos alcalinos: 

e com o acido 

galhico, um pó negro 

muito fino, que é a 

base da tinta descrever. 

Asua composição 

é a seguinte : 

Oxydo negro de 

Í 

i 

ferro 2Í 

Acido sulfurico . 39 

Agua 38

LIL " «li 

SYSOHTMI.1 : SUBSPECIES: VARIEDADES. JAZIGO. Usos. 

Vitriol natij; Broch. V. Vitriolo verde. 

Caparroza verde. 

• 

É raro este sal, e até Concorre para a for- 

pouco abundante n'amação da potassa nitraquelles 

mesmos lugares, tada. 

aonde se encontra: e 

são estes as superfícies 

dos muros velhos , covas 

, ou rochas calcareas 

, próximas a substancias 

organizadas cm 

decomposição. Dissolvido 

na agua d'a)gumas 

fontes. Na inaior parte 

dos lugares , aonde se 

encontra a potassa nitratada 

, a quem, d'ordinario, 

acompanha, e 

parece formar-se da 

mesma fórma. 

Encontra-se , as mais Sendo purificado, of- 

das vezes, em eflloresferece ás artes da Pincencias 

; ou em crustas, tura eTinturaria muitas 

mais ou menos espes- côres, e uma grande 

sas , de textura fibrosa. parte das suas grada- 

Acha-se também na suções. Applica-se lia Meperfície 

dos schistos ardicina , como 

gillosos, ou d'outras gente, tonico 

minas , que contém sultogo.furetos de ferro , de 

cobre e de zinco. Raras 

vezes existe puro , mas 

commummente é mistuadstrin- 

e feblirado 

com a aluniina , 

zinco e cobre sulfatados.

i 

CLASSE 

XI. 

Saes. 

OKDEM 

111. 


liase 

metallica. 

ESPECIS 

11. 

Cobre 

Sulfatado. 

Ii r. 

Zinco 

Sulfatado. 

Côn. 

Azul-celeste. 

TRANSPA- 

RÊNCIA. 

Translúcido. 

Límpida. Diafano. 

Branca. TranslúBranra-acido.marellada 

, [lassando 

á 

cinzenta 

, ou á 

verde , 

ou á vermelha, 

i 

PESO ESPECI- 

FICO : FÓRMV: 

TEXTURA: FRA- 

CTURA: ETC. 

CARACTERES 

CUYMICOS. 

TAHOA 

Fórma, crystal- F.ffloresce levemente na 

lizada em rhom- atmosphera. Funde-se mui 

boide.Pulveru- promptamente ao maçarico; 

lenta.Concre- mudando a côr para Iirancacionada.Amora 

zu la da. Dissolve-se em 4 parpho. 

Fractura , tes d'agua fria , e em 2 d'agua 

conchoidal, bri- quente. O muriato de baryta 

lhante. Deixa so- iunto á dissolução produz um 

bre u ferro, sen- precipitado branco: os alcalis 

do um pouco iixos fazem precipitar d'ella 

molhado , tra- um pó cinzento declinando 

çosavermelha- para azul: a ammonia precidos 

de cobre. Sapita 0 cobre ein oxydo branbor, 

nauseativo, co-azulado; mas por unia 

acre e muito ad- nova addição deste alcali , 

stringente. torna logo a dissolver-se 0 

precipitado, ficando a dissolução 

com uma bella côr 

azul. 


O\vdo de cobre .... 3a 

Acido sulfurico 33 

Fórma, crystallizada 

em prisinas 

aciculares, 

Stalactitica. Amorpho.Fractura 

, fibrosa. 

Sabor, acido, 

muito adstringente. 

Pronst. 

F.ffloresce pouco ao ar. Exposto 

ao fogo, incha, desenvolve 

uma chamina brilhante, 

acompanhada de frocos 

brancos; e ultimamente reduz-se 

em escoria cinzenta. 

Não dá precipitado negro 

pela addição do acido ga- 

Iliico, 110 que se distingue 

do sulfato de ferro. Não é 

precipitado por outro qualquer 

metal. Dissolve-se em 

pouco mais de duas partes 

d'agua fria , e crystalliza em 

prismas de 4 lados, terminados 

em uma pyramide de 4 

faces. A Composição artificial 

dá 0 seguinte resultado: 

Oxvdo de zinco .... 20 

Acido sulfurico .... 4o

LIIL 14 3 

STHONYMIA : StiiisrEciES: VARIEDADES. XAZI GO. Usos. 

Vittiol de Chyprc. Calchante dos antigos Mineralogistas. 

V. Vjtriolo azul. Caparroza 

azul. 

Vitriol de Gostar. V. Vitriolo branco. Caparroza 

branca. 

E muito raro em a 

Natureza. Encontra-se 

dissolvido nas aguas 

das galerias das minas 

do cobre sulfurado. 

Quando porém as mesmas 

aguas se filtrão ao 

travez das terras, então 

apparece o cobre sulfatado 

nativo em camadas 

, pouco espessas e 

pouco extensas , sobre 

as paredes das galerias. 

E pouco vulgar. Tem. 

se observado em effloreseencias 

capillares, 

ou em stalactites sobre 

as paredes abertas das 

galerias, nas bètas do 

zinco sulfurado. 

As aguas, que contém , 

este sal, aproveitão-se. 

para extrahir delias o" 

cobre. 

Tem uso na Tintura-] 

ria; e na Medicina, como 

adstringente, excitante 

, corrosivo. 

E um veneno activo. 

Emprega-se na Tinturaria 

e na Pintura. 

Na Medicina tem frequente 

uso , exteriormente 

, como excitante 

e adstringente : em outro 

tempo applicava-se 

como eiuetico.

44 

CTASSE 

III. 

Combustíveis 

não 

Metallico 

s. 

OBDEM 

1. 

ESPECIE 

I. 

Combu- Carvão 

stíveis Mineral. 

Compostos. 

Côr. TRANSPA- 

RÊNCIA. 




CARACTERES FTSICOS. 

Negro. Opaco. 1,5 

,,,3 

Amorpho. Textura, 

compacta. Folheada. 

Schistosa. FVactura, 

conchoidal: ou direita 

, dividindo-se a 

massa em parallelipipedos 

muito regulares 

, com a superfície 

dos fragmentos (em 

alguma das Variedades) 

ornada de côres 

vivas e variadas. Pouco 

duro : algumas vezes 

friável: mas nunca 

tão tenro, que possa 

riscar-se com a unha. 

Quasi sempre brilhante. 

CARACTERES 

CHYMICOS. 

TABOA 

No fogo arde mui facilmente 

: desenvolve 

uma chamma branca: 

ou azulada: fumo espesso: 

cheiro bituminoso, 

mas não picante. 

Deixa, depois da 

combustão, algum resíduo 

ein fórina d'escoria 

leve, ou de um 

pó misturado d'escorias. 

Na destillação dá 

oleo empyreumatico , 

ainmonia, e algumas 

vezes acido sulfuroso, 

sem ammouia. Differe 

do anthracite, na facilidade 

, com que se 

queima; e no fumo, 

que desenvolve: do 

bitume asphalte , na 

solidez : do lignite , 

por não ser o producto 

fia sua destillação 

um licor acido e empyreumatico.

LIV. i45 

SOOJTMIJ: ScnspEciEs: 

V AKIELIADES. 

Hoville ; Haúy. Broch. Lithanthrax; 

Wall. V. Carvão 

dc pedra. Carvão de 

terra. 

Varied. 1.» Carvão Hlineral 

Compacto. IJoviUc compacte; 

Ilaiiy. Brong. IIoville 

dc Kilhenny; Brocli. 

Còr, negra um pouco 

acinzentada e deslustrada 

Fractura, conchoidal 

larga; ou direita de 

superfícies planas. Solido 

; mas não duro. Compacto 

: poiém muito leve. 

Arde promptamente 

com uma cliamma brilhante 

, sem produzir 

muito calor; deixando 

em residuo apenas o,o3 

do seu peso. Differe do 

lignite azeviche, por não 

dar na combustão cheiro 

picante e desagradavel. 

Varied. 1.' Carvão Mineral 

Gordo. Hoville grasse; 

Brong.Carbon Iamelleusey 

e Hoville schisteuse; Broch. 

Côr, negra. Negra-acinzentada. 

Brilhantismo, 

gordo. leve. Friável. 

Muito combustível. Ard 

com cliamma branca: incha 

: conglutina-se facilmente 

: deixa pouco 1 

siduo. Distillado , dá bitume 

e ammonia. 

Varied. 3."Carvão Mineral 

Secco. Hoville pieijonn 

et éelatante; Broch. Còr, 

negra menos carregada, 

approxiinando-se á cinzenta 

do ferro. Mais pesado; 

mais solido e menos 

combustível , que os 

JireceHentes. Arde co 

cliamma azulada: não índia 

: não se conglutina : 

não dá bitume, nem ammonia, 

mas só acido sulfuroso; 

e deixa mais residuo. 

JAZIGO. 

Acha-se ordinariamente em camadas com 

inclinações e direcções mui diversas: raras 

vezes em bètas. Nao se encontra nos terrenos 

primitivos , nem nos d uma formação 

muito recente. As camadas do Carvão Mineral 

alternão com camadas de grés micaceo 

e ferruginoso , e de schisto argilloso , que 

appresenta sobre as suas laminas impressões 

de jieixes e de vegetaes: alternão também 

em camadas de mame, cal carbonatada , 

argilla endurecida; e com as deuina esjiecie 

de poríido argilloso , fechando em si vegetaes 

petrificados. Existe algumas vezes nos 

terrenos basalticos , em camadas espessas e 

extensas. Das circuinstancias, que se obser- 

vão 110 seu jazigo, jióde concluir-se, que 

o Carvão Mineral é de uma formação contemporânea 

, ou jiosterioi- á existência dos 

corjios organizados. Da sua textura, e da 

maneira, coino delle parecera ter sido embebidas 

as camadas, que o envolvem , se 

infere que este cotnhustivel foi liquido e 

hoinogeueo , antes de depositar-se. Suas 

alterações successivas com certas camadas 

lapideas , guardando muitas vezes a mesma 

ordem: a uniformidade quasi geral da sua 

estructura , e de todas as circumstancias , 

(jue o acompanlião; tudo isto mostra , que 

as causas, a que é devida a sua origem, 

se renovarão jior muitas vezes lios mesmos 

lugares em circumstancias idênticas, e que 

forão quasi as mesmas por toda a parte. O 

estado finalmente, em que se encontrão os 

restos de corpos organizados nas camadas 

do Carvao Mineral, é uni claro indicio de 

que ellas se depositarão tranquillaniente. 

19 

É muito interessante 

pelos usos, que 

delle se faz. Para servir 

de combustível 

nos usos domésticos, 

é jireciso que seja partido 

em fragmentos 

de grandeza medíocre, 

e que arda facilmente 

, sem exhalar 

cheiro desagradavel. 

A a. a A ariedade emprega-se 

com vantagem 

nas forjas , Jiorque 

inchando e conglutinando-se, 

fórma 

por cima do ferro forjado 

uma esjiecie de! 

abobada, ciide o ca-j 

Ior se concentra. } 

Para os fornos de: 

grelhas, e jiara os de 1 

reverberio , é prefe- j 

rivel o carvão em fra-i 

gmentos grandes , e 

que arda com cham- 

111A. 

Pôde augmentar-se 

o numero das suas 

apjilicações, Jii ivando-o 

do bitume e do 

enxofre j*nruma esjiecie 

de caibonização, 

ou destillação. 

Do seu mesmo jió, 

misturado com argilla 

jiizada e humedecida, 

se fazem globos, 

ou laminas, que ardem 

, aindaque com 

menor velocidade.

i46 TABO A. 

CLASSE 

III. 

Combustíveis 

não 

Metal. 

Iicos. 

ORDEM 

I. 

CombustíveisCompostos. 

ESPECIE 

II. 

Situine 

Mineral. 


Esbranquiçado.Branco-ainaretlado. 

Negro. 

Escuro. 

Kscuro-denegrido. 

Escuro - averraelhado. 

RÊNCIA. 

Diafano. 

Translúcido. 

Opaco. 


FÓRMA: TEXTUK V: 


CARACTEHES FÍSICOS. 

°>7 

até 

i,ao5 

Fórma , ou em massa 

compacta: ou stalactiforme: 

ou de consistência 

liquida : ou 

oleosa: ou glutinosa : 

ou solida mui friável: 

ou compressível entre 

os dedos. Fractura, 

conchoidal e luzente : 

ou aspera sem lustre. 

Electriza-se pelo attrito. 

CARACTERES 

CHYMICOS. 

Arde facilmente, desenvolvendo 

um fumo 

espesso de cheiro particular 

mui activo e 

alguma cousa picante. 

Depois da combustão, 

deixa pouco, ou nenhum 

resíduo. Na destillação 

não dá ammonia: 

caracteres estes, 

que o distinguem 

do carvão mineral. 

. «

Varied. I. a Bitume Naphta.' Diturne liquide 

blanchairc; Haiiy. IVaphte; Broch. 

E perfeitamente fluido e diafano. 

Còr, branca, declinando para a 

amarella. Um pouco unctuoso. 

Nada á superfície d'agua. Espalha 

continuamente cheiro activo. 

Inflamma-se com a simples proximidade 

de outro corpo já inflam 

mado, antes de o tocar. Na combustão 

produz chamma azulada; 

fumo espesso; e não deixa residuo. 

Varied. Bitunie Petroleo. Ilitinne liquide 

brun ou noiratrc; Haiiy. Petrole ; 

Broch. Liquido; porém mais 

denso que o Bitume Naphta. Consistência 

, oleosa e unctuosa. Còr, 

escura-denegrida quasi opaca : algumas 

vezes escura-averraelhada. 

Cheiro forte e permanente. Seu 

peso especilico é também menor, 

que o da agua, porém excede 

alguma cousa o da Variedade i.« 

Muito combustível: quando arde, 

dá Iuino negro muito espesso : 

deixa pouco residuo. 

Varied. 3.» Biturue Glutinoso. Bilume MaIthe; 

Brong. Bitumc glutineux; 

Haiiy. Goudron mineral; Broch. 

V. Pez mineral. Bituuie dos 

Árabes. Negro. Aspecto, gordo. 

Consistência, viscosa: na presença 

do frio, quasi solida. Cheiro , 

jiropiio dos bitumes. Arde com 

cliamma; fumo abundante: deixa 

mais residuo: é mais pesado do 

que o Petroleo. 

Varied. 4• Bitume Solido ; Haiiy. Bitume 

Asplicilihc i Brong. Poix iriincrale 

scoriaeée; Broch. V. Bitume th* 

Judea. Negro. Opaco: algumas 

vezes translúcido nas extremidades; 

c declinando para còr avermelhada. 

Solido. Sccco c friável; 

bastando raspal-o com a unha 

paia o reduzira pó. Desenvolve o 

cheiro liituminoso só pela attrito, 

ou pelo calor.Seu peso especilico, 

excede o da agua. Na combustão, 

deixa, algumas vezes, de residuo 

15 por loo. 

As primeiras quatro 

Variedades são próprias 

dos terrenos de segunda 

e terceira formação e 

dos volcanicos. Dizem 

(jue o Bitume Naphta 

existe em abundancia na 

Pérsia , sobre as margens 

do mar Caspio , 

em terrenos marnosos 

e arenosos, desenvolvendo 

continuamente 

vapores muito odoríferos 

e muito inflammaveis. 

Também se acha 

em algumas fontes. 

O Petroleo fluetua 

sobre as aguas próximas 

aos terrenos caicareos, 

argillosos, arenosos e 

volcanicos; ou que nelies 

tem a sua origem. 

O mar, que banha as 

Ilhas volcanicas deCabo 

Verde, apparece ás vezes 

coberto deste bitume. 

A cal carbonatada 

é muitas vezes impregnada 

d'elle. 

O Bitume Solido , ou 

Asphalte , encontra-se 

muito particularmente 

na superfície do lago , 

chamado Asphaltites lia 

Judea ; é conduzido pelas 

fontes: accumula-se 

na superfície, e adquire 

consistência: os ventos 

arremeção para as 

margens , donde os habitantes 

o ajuntão, para 

o fazer entrar 110 commercio: 

fórma sobre o 

lago uma atmosphera 

com cheiro tão desagradável 

e tão activo, que 

se diz ser capaz de matar 

as aves, que nella 

voarem ; e que por esta 

' que o Iaô tem i 

nome de Mar-iuorto. 

147 

Os Persas servem-se 

da I.I Variedade para 

luzes. Misturada com 

alguma terra, empregase 

como combustível 

nos fogões, chaminés, 

e para calcinar a pedra 

calcarea. Entra na composição 

de alguns vernizes; 

e na dos fogos 

d'artificio, 

A a.» Variedade, nos 

paizes , em que abunda , 

usa-se delia em lugar 

de alcatrão: purificada, 

serve também para luzes. 

A 3. a tem os usos do 

pez vegetal, para calafetar 

os navios, brear 

os calabres e cordas. 

Entra na composição do 

lacre negro e de muitos 

vernizes, principalmente 

d'aquelle, com que 

se enverniza o ferro, 

para o defender da ferrugem. 

A 4.' dá pela destil- 

IarLu um olt-o , que serve 

para luzes. 

Os Egypcios serviãose 

da e 4- a Variedades 

para conservar os 

cadaveres ; de maneira 

que as Múmias achãose 

tão impregnadas destes 

bitumes, quechegão 

a peneti ar-lhe asubstan» 

cia óssea.

Cl. ASSE 

III. 

Combustíveis 

não 

Metallicos. 

OBDEH 

I. 


ESPECIE 

li. 

Bitume 

Mineral. 

CÔB. TRANSPA- 

REN CIA. 


FÓP.SIA : TEXTURA : 

FBAbTURA: F. OUTROS 


CARACTERES 

Ca Y.IIICOS. 

TABOA

LYI. i/ff) 

SVHOWYMIÍ: SUBSPECIES: VAUIEDADES. JAZIGO. Usos. 

Varied. 5.» Bitume Elástico. Escuro, matizado 

de verdoengo, especialmente 

no interior: ou avermelhado , 

tirando para côr de laranja. Alguma 

cousa translúcido nas extremidades. 

Facilmente compressível 

entre os dedos ; e elástico : 

também se encontra destituído de 

elasticidade, sendo demasiadamente 

molle, ou pelo contrario 

duro e frágil. Nada á superfície 

d'agua. Arde facilmente com 

chamina clara. Algumas vezes é 

misturado de substancias terreas , 

mas d'ordinario não excedem a 5 

por ioo do seu peso. 

O Bitume Naphta, pelo contacto do 

nr e da luz, torna-se escuro e espesso; 

parecendo passar ao estado do Petroleo. O 

Petroleo destillado , dá um oleo similhante 

á Naphta. Exposto ao ar, fica mais espesso 

, e passa á 3." Variedade. Todas estas 

transições provão a grande similhança , que 

ha, entre as variedades do Bitume, 

A 5.» Variedade foi 

descoberta no anno de 

1785 , perto de Castheton 

, ou Casteltown em 

Derbyshire, na Inglaterra 

, nas fendas dum 

schisto argilloso, sendo 

entresacliado por pequenos 

veios de chumbo 

sulfurado, e acompanhada 

, d'ordinario , 

da cal carbonatada, cal 

fluatada , e da baryta 

sulfatada. 

A substancia, que parece 

ter relações mais 

constantes com 0 Bitume, 

é a soda muriatada: 

quasi todos os paizes 

, que mais abundão 

em Bitume , contém ao 

mesmo tempo minas de 

sal gemma ; ou florescencias 

salinas ; ou foc» 

tes salgadas.

CLRASSE 

iii. 

Combustíveis 

não 

Metallicos. 

OBDBM 

I. 


ESPÉCIE 

III. 

Lignite. 

CÒB. THAKSPA- 

Negro; 

mais ou 

menos escuro. 

REKCIA. 

Opaco. 


FÓRMA : TEXTUR A : 


CARACTERES FYS1COS. 

Menor, que o dobro 

do peso especifico da 

agua: e ás vezes inferior 

ao simples peso 

d'ella. 

Amorpho.Textura, as 

mais das vezes lenhosa. 

Fractnra , compacta 

: d'ordinário resiniforme 

e conchoidal : 

outras vezes direita 

e brilhante. Fibrosa. 

Terrea. 

CARACTERES 

CHYMICOS. 

TABav 

Arde com chamma clara 

: não incha , nem se 

conglutina, como 

carvão mineral: não 

se derrete , coino 

bitume. Desenvolve 

na combustão cheiro, 

d'ordinario, acre 

fétido; mas algumas 

vezes mui agradavel 

C sempre differente do 

que produz o carvão 

mineral e o bitume. 

Deixa em residuo uma 

cinza pulverulenta similhante 

á das madeiras 

; mes commumtnente 

mais abundante 

e mais terrosa.

LVI!. 

SYXOSYMIA : SuBsrEciEs : VABIEDAUES. 

Varied. i.* Lignite Azeviche. Jnj et; Haiiy. 

Hoville piciforme; Broch. Côr, 

negra, muito carregada. Compacto. 

Solido. Duro: susceplivel de 

polimento mui lustroso, f ractura, 

ondeada e luzente. 

Varied. a." Lignite Friável. IIoviIIe limonense; 

Broch. Còr, negra; poré 

menos luzente do que a da Variedade 

i.» Superlicie sempre fendi 

da. Friável; facilmente divisivel 

em fragmentos cuhicos. Muitas 

•vezes se conhece na sua massa 

tecido dos vegetaes , que lhe derão 

a origem. 

Varied. 3.* Lignite Fibroso. Bois bituminetix 

COinmiin; Wern. Côr, parda : mais 

ou menos escura.Textura, perfeitamente 

lenhosa. Fractura longitudinal, 

fibrosa: e na transversal, 

muitas vezes se percebem as cantadas 

annuaes do lenho. É mais 

fácil de quebrar , do que a madeira. 

Cortado com a faca, adquire 

uma especie de brilho. 

Varied. 4 a Lignite Terroso. Bois bitumineux 

terreux; liroch. V. Terre dc 

Cologne. Còr, negra: ou escuradenegrida, 

mesclada de ruivo. 

Textura, granosa: mas algumas 

vezes lenhosa. FVactura e aspecto, 

terroso de grão liuo. Muito tenro; 

e ate friável. Macio ao tacto. Sendo 

raspado , faz-se luzente. Arde, 

dando fumo c cheiro desagradarei. 

AIuitas vezes contém restos 

de vegetaes. 

A I.» Varied. encontra-se 

em bancos pouco 

espessos, nas camadas 

marnosas , scliistosas , 

lcareas e areentas: 

observa-se-lhe, algumas 

vezes, o tecido lenhoso. 

A a." Varied. acha-se 

em camadas extensas e 

horizontaes , nas massas 

de saibro, que enchem , 

commummente, os val- 

Ies calcareos: ou também 

(mas raras vezes) 

no marne argilloso. 

A 3. a appresenta-se em 

grandes massas; porém 

mais frequente em 

massas pequenas, acompanhando 

as Variedade: 

precedentes: ou existindo 

sem ellas em pequenas 

camadas, entre bancos 

d'argilla, ou de saibro. 

A 4-' acha-se no meio 

dos terrenos secundários 

em proximidade das minas 

do carvão mineral: 

ou nos terrenos d'alluvião. 

Conseguintemente 

pertence o Iignite aos 

terrenos de formação 

mais reconte ; porque 

só se encontra nos depositos 

areentos, ou argillosos; 

e quasi nunca 

debaixo de camadas Iapideas; 

á excepção da 

cal carbonatada ordinaria, 

ou do basalto. A suti 

formação édifferente da 

do carvão mineral: e 

segundo Al. Voigt, não 

ha transição alguma entre 

estes dois combustíveis. 

151 

A í.» Varied., sendo 

cortada e polida, serve 

para objectos d'ornato; 

particularmentepara enfeites 

de luto. 

Aa a arde facilmente; 

mas espalha um cheiro 

tão desagradável, que 

não serve nos usos económicos 

; liem os saralheiros 

a einpregão 

nos trabalhos da forja ; 

mas pôde servir de combustível 

em algumas fabricas; 

e para fazer a 

cal. 

A 4- a é um bom combustivel: 

arde sem chamma 

, com facilidade , 

posto que lentamente : 

produz calor activo: e 

rleixa em residuo uma 

cinza muito fina, reputada 

por optimo estrume. 

Com esta mesma 

cinza os IIollandezes 

falsificão o tabaco , misturando-lha 

em pequenas 

do9es, para o tornar 

mais fino e inacio.

CLASSE 

I IH. 

Combustíveis 

não 

Metallicos. 

ORDEM 

I. 

ESPECIE 

IV. 

Combu- Turfa. 

stíveisCompostos. 

0 

CÔR. 

Negra deslustrada. 

Escura. 

9 

TRANSPA- 

RÊNCIA. 





CARACTERES 

CUYMICOS. 

TABOA 

Opaca, Amorpha. Textura, Depois de sècca, arde 

compacta. Esponjosa. com mais ou menos 

Fibrosa. 

facilidade. Deixa , depois 

da combustão , 

um residuo muito 

abuudaute.

LVl II. 

SYISOKTMIA : SUBSPECIES : VARIEDADES, 

JAZIGO. 

Tonrbe; Brong. Turfa; Wall. 

Varied. i. 1 A Turfa das alagoas ATurfa compacta ser- 

só se encontra nos terreve de coriiliiistivcl em 

Turfa das alagoas. Còr, escura. nos pantanosos; ou nos muitos usos econotnicos: 

Textura, esponjosa; muito tenra. Of- lugares , em que houve bem como na manufaferece 

algumas sub-variedades : A. depositos de aguas doctura tia cal, tijolo, te- 

Turfa Fibrosa. Composta de vegeces estagnadas. Acha-se lha , etc. : produz um 

taes fibrosos , apparentes. B. Turfa a pequenas profundida- fogo activo: arde bem e 

Papyracea. Formada de folhas, muides , c coberta de terra completamente, sem outo 

unidas umas ás outras. C. Turfa vegetal, areia , ou outro tro algum auxilio. Pôde 

dos lodos. Compacta Fractura, ter- qualquer terreno d'allu reduzir-se a carvão , ou 

rea ; sem vegetaes visíveis. D. Turfa vião.Suas camadas, con- pela suffocação, como 

Piciforme Compacta. Fractura, restantementehorizon- se faz aocarvão vegetal: 

sinosa e luzente. 

taes , 011 são homogé- ou pela destillação: po- 

Varied. 2.» Turfa Pyritosa.Turfa Vitriolica. neas ; ou ha no meio dei rém qualquer destes me- 

Mais compacta, e com localidade las, fiadas mais delgadas thodos tem inconvenien- 

mais profunda , do que a Variedade de lodo, de conchas dos tes. Emprega-se na con- 

1 « E coberta de bancos de greda , rios e de areia. Distinstrueção dos diques, 

saibro e argilla : contendo dentro guem-se, em geral, os introduzindo-a bem sèc- 

em si muitas conchas e pyrites. terrenos , que contém a ca entre dois muros de 

Varied. 3." Turfa Marinha. Composta de Turfa, pela elasticid» pedra solta , formando 

restos de vegetaes , lorinando cama- de, que lhes é própria ; 'assim paredões impenedas 

sub-mannas. 

especialmente estando tráveis á agua. 

húmidos.Quando a agua A i.» Variedade au- 

chega a penetral-os bem, gmenta a fertilidade dal- 

incháo , tomando uma guns terrenos. 

figura algum tanto con- Aa 

vexa : e d'ordinario , 

adquirem tal molleza , 

que se não pôde caminhar 

por elles , sem enterrar 

os pés. 

a não tem os mesmos 

usos: não seemprega 

como combustível , 

porque arde mal,e desenvolve 

11111 cheiro ingrato: 

queima-se porém, 

com o fim de extrahir 

da lixívia da sua cinza 

os sulfatos de ferro e 

d'alumina : da mesma 

cinza, misturada com a 

cal, faz-se uma excellente 

argamassa , para 

obras debaixo d'agua: 

também se tem feito uso 

delia, para adubar 

terras húmidas; porém o 

melhoramento é momentâneo 

, e as terras tornâo-se 

estereis, passado 

algum tempo. 

20

CLASSE 

III. 

ORDEM 

I. 

F.SPECIF. 

V. 

CoraCom- Alambre. 

bustibustíveisveis não ComMetallicos.postos. 

VI. 

Côa. TRASSPA- 

Atr.arelio. 

Còr de laranja.Branco-amarellado. 

Mellite. Amarello. 

Ainarelio 


Alaraujado-escuro. 

EF.SCIA. 

Diafano. 

Translúcido.Refracçãosimples. 

Diafano. 

Translúcido.Refracçãodobrada. 


FÓRMA : TEXTUR I : 



1,078 

Amorplio. Textura , 

compacta. Scbistosa. 

Fractura, conchoidal; 

e vitrea : susceptivel 

de polimento. Tenro. 

E 0 mineral, que mais 

sensivelmente se electriza 

pelo attrito; e 

que deu os primeiros 

fundamentos ao descobrimento 

da electricidade. 

CARACTERES 

CHYMICOS. 

TABO A. 

Arde com chamma 

amarellada : incha : 

desenvolve cheiro airadavel: 

deixa pouco 

residuo. Diffcre 

da resina copal; porque 

esta aquecida na 

extremidade d'uma 

Faca, arde , caindo 

em gotas , que se 

achatão na sua queda: 

e aquelle queimase 

com intumescência 

e uma especie de fervura 

; e quando se 

desune , resalta do 

plano, em que cáe. 

i,585 

Ao maçarico não dá 

chamma ; nem fumo; 

Fórma , crystallizada nem cheiro ; faz-se 

ein octaédro ; sendo a branco , e perde a 

sua base um quadrado. transparência; depois 

Fractura, conchoidal. muda para côr dene- 

Tenro. Adquire pelo grida: e por fim re- 

attrito a electricidade duz-se a cinza , sem 

resinosa , mas fraca , se haver fundido : 

pouco sensível, e con- nestas propriedades 

servando-a por pouco essencialmente diffe- 

tempo. 

re do alambre. 

Composição: 

Alumina 

Um acido analo- 

IFI 

go aos ácidos 

vegetaes 4& 

Klaproth.

LIX. 1 Di) 

* 

SYKOHYMIA: SUBSPECIES: VARIEDADES, JAZIGO. Usos. 

Succin ; Haúy. Broch. Karabé. V. Ambar 

amarello. Electrum dos antigos. 

Pierre de miei; Broch. Mellilithe; 

Pertence , exclusiva- Lapidado e polido , 

mente, aos terrenos da serve para differentes 

ultima formação. Acha- peças d'ornato. Entra na 

se em pequenas camadas composição dos verni- 

irregulares e interromzes brilhantes elásticos; 

pidas : ou em fragmen- que sendo applicados , 

tos dispersos. Acompa- por meio do fogo, sobre 

nha, dordiuario, o Ii- a superfície dos metaes, 

gnite ; e até adhere ás resiste muito ao calor e 

suas massas. Dizem ter- aos choques. Os seus 

se achado em grãos dis- vapores e o seu oleo , 

seminados no carvão extraindo pela distilla- 

mineral d'alguns paizes. çâo, tem a virtude cor- 

Encerra, algumas vezes, roborante , ou anodyna, 

em si insectos bem con- segundo a maneira coservados.mo 

se applica. 

E raro este combustivel. 

Tem-se achado na 

Suissa , acompanhado 

156 TABOA 

CI. V ssE ORDEM 

III. 11. 

Comhustiveis 

não 

Metallicos. 

CombustíveisSimplices. 

EsrEciE 

I. 

Graphite. 

II. 

Anthracite. 


RÊNCIA. 

Cinzento, Opaco. 

quasi 

com brilhometallico. 

Branco 

d'estanho. 

Negro-a- Opaco. 

cinzenta 

do, cora 

esplendor 

semi. 

metallico. 

Negro azulado;brilhante.Ncgrobaco. 


FÓRMA : I FXTI' R V : 



CARACTERES 

CHYMICOS. 

2,08 

Ao maçarico arde: 

2,26 

desenvolve o acido 

Amorphocarbonico: 

deixa em 

Em peque- residuo um oxvdo de 

nas laminas. Dissemi-' ferro avermelhado. 

nado. Fractura, schis- Coiu a addição do nitosa. 

Granulosa. Quasi tro, torna-se a com- 

compacta. Tenro. Inbustão mais promptii 

quinante; deixando 110 mais sensível. 

papel traços da sua Composição : 

própria còr ; e bem Carbouio 90 

assim sobre a louça. Ferro 9 

Anelec tricô. 

MM. Berthollet ; 

Monge. 

Amorpho. Ein massas 

globosas. Textura 

compacta. Folheada. 

Granosa. Facil de que 

brar; e ás vezes até 

friável. Áspero ao ta 

cto. Inquinante: dei 

xando sobre o papel 

um traço negro deslustrado: 

110 que differe 

do graphite, que < 

deixa brilhante; e tam 

bem na aspereza, pois 

que o graphite parece 

unctuoso, quando se 

apalpa. Rasura, muito 

negra. Aneleetrico. 

Arde com muita difculdade: 

11a combustão 

não desenvolve 

chamma branca: nem 

fumo uegro : nem 

cheiro biturainoso , 

ou sulfuroso : o producto 

é somente o 

acido carbonico. 

Composição: 

Carbonio .. . 72,05 

Sílica 13, ig 

Alumina 3,29 

Oxydodeferro 3,47 

Perda 8,00 

Dolomieu no Anthra 

cite da Tarantasia 

na Sabóia.

LX. .S7 

SYKOSYMI V : SUBSPECIES: 

VARIEDADES. 

Grapliite; Broch. Fcr carbuic; 

Haiiy. V. Plombagina. 

Varied. i.« Orapliite Laraellar. 

Ein laminas, ou 

palhetas rliomboidaes, 

ou liexagonaes; 

d'um branco d'estanho. 

Varied. 2.» Grapliite Granuloso. 

Em massas informes 

, compactas ; 

de te\tura granosa. 

Blenile charbonnense , ou 

Kohlenhlende; Bioch. Anthracolithe; 

Dehron. Hovillithe 

; Danbenton. V. Carvão 

de terra incombustível. 

Varied. i.« Anthracite Friável. 

Fan massa. Textura, 

granosa. Desfazse 

facilmente entre os 

dedos. Muito inquinante. 

Varie i. Anthracite Escamoso.l)ivide-se 

em lar 

gas escamas de superfície 

desigual, ondeada 

e brilhante. Inquinante 

em menor gráo. 

Varied. 3.» Authracite Folheado; 

Haiiy. Divisível 

em folhas de superfície 

designai, um 

pouco ondeada. 

Varied. 4.' Anthracite Globoso; 

Haiiy. Appresenta-se 

em pequenas 

massas globosas na 

cal carbonatada crystallizada. 

JAZIGO. Usos. 

Encontra-se nos terrenos primitivos: 

já formando parte das suas rochas ; já 

existindo dentro delias ein rins, ou 

em camadas; ou em pequenas bètas. 

Acha-se também em terrenos de trans 

ição. 

Encontra-se em camadas , ordinariamente, 

sinuosas, como as das rochas, 

com quem alterna : e também ein bètas. 

Apezar de parecer este coinbustivel tão 

proximo ao carvão mineral , alguns 

Mineralogistas se tem persuadido , que 

elle pertence aos terrenos primitivos: 

pelo contrario outros duvidão da existência 

do Anthracite nesta qualidade de 

terrenos, e parece, que alguns d'aqucl- 

Ies , ein que este mineral se tem encontrado^ 

que reputárão primitivos , são 

11a realidade de transição. Segundo as 

observações de Brochant e Dauhuisson 

, é abundante nos terrenos de transição 

da Tarantasia e de differentes 

partes dos Alpes: em outros paizes, 

nas montanhas de schisto argilloso de 

transição,acompanhado de impressões 

vegetaes: e Dauhuisson affirma, que 

estas impressões acompanlião quasi 

sempre as massas do Anthracite. Também 

setem achado cm terrenos secundários. 

F.mprega-se para fazer 

0 lápis: 0 seu LI-., 

misturado com gouiirta. 

fói ina 0 lápis de inferior 

qualidade. Usa-se também 

do seu mesmo pó 

para livrar 0 ferro da 

ferrugem , esfregande-o 

com elle: juntando-lhe a 

gordura , serve para un- 

Ur os eixos e rodas dentadas 

das maquinas , a 

fim de diminuiro attrito: 

amassado com argilla , 

faz uma pasta muito util 

para a manufactura de 

cadinhos, que resistem 

ás mudanças repentinas 

da temperatura. 

Pôde servir de tinta 

negra 11a pintura. Não 

contendo carvão vegetal, 

é incombustível ; 

mas tendo-o , arde , 

ajuntando-lhe dois terços 

de carvão.

158 TABOA 

CLASSE 

III. 

Combustíveis 

não 

MetaIlicos. 

1 O 

Or.DEM 

11. 

Com • 

liustiveissimplices. 

ESPECIE 

III. 

Enxofre. Amarello. 

Amarello 

de limão. 

Amarelloverdoen- 

COR. TRAKSFA- 

REKCIA. 

Diafano. 

Translúcido. 

Opaco. 

Refracçãodobrada 

em alto 

grão; e 

até sensível 

a 

travez*de 

duas facesparallclas. 

PESO ESPECIEICO: 

EÓR.IIA : TEXTURA: 



a,o33 

Crystallízado por diversas 

formas: d'ordinário 

, em octaédros 

alongados , rjiie tem 

por faces triângulos 

escalenos: muitas vezes 

são troncados os 

vertiees do octaédro ; 

ou algumas das suas 

arestas. Disseminado. 

Pulveroso. Textura, 

eompacta: ou radiada. 

Fractura , granosa. 

Conchoidal. Vítrea : 

commummente luzente. 

Friável. Rasura , 

côr de limão. Quando 

se aperta na mão por 

algum tempo, ou ainda 

mesmo tendo-o fechado 

nella , sem 0 

comprimir, estala , fazendo 

um estridor particular. 

Pelo attrito dá 

0 cheiro sulfuroso ; e 

adquire a electricidade 

resinosa : 0 mesmo vapor 

do Enxofre fundi 

do é electrico. (M. 

Storr.) 

CARACTERES 

CIITMICOS. 

Funde-se ao fogo; e 

arde facilmente com 

uma chamma azulada, 

espalhando cheiro 

suffocativo. O Enxofre 

puro tem sido reputado 

como substancia 

simples: nunca porém 

se encontra neste estado 

em a natureza. Segundo 

Davy é composto 

(1'itina base desconhecida 

e pequenas 

quantidades de oxygenio 

e hydrogenio Esta 

base , conforme Berze- 

Iio , é 0 novo metal 

Scleuio.

LXl. 

SYKOXYMIA : SUESTECIES: VAHIEDADES. 

Varied. I Enxofre Massiço. Em massa 

Textura, algumas vezes radiada 

Fractura , granosa desigual ; ou 

conchoidal; d'ordinario luzente. 

Varied. a." Enxofre Disseminado. Em fragmentos 

pequenos, ou impereepti 

veis , involvidos em differentes 

pedras e nas lavas decompostas. 

Varied. 3.« i'.nxofre Pulveroso. Em pó, 

sublimado á superfície de muitas 

lavas; ou encerrado cm algumas 

pedras. 

JAZIGO. 

O FInxofre tem dois 

differentes jazigos: i. 

nos terrenos de sedimento 

argillosos, uiarnosos 

e de scliisto argilloso 

, que cobre bancos 

de cal sulfatada ; ou 

alterna com elles. Acha 

então ein pequenos 

aggregados informes 

ou em crystaes ; ou em 

veios: é acompanhado 

d'argilla folheada , mar 

ue, cal carbonatada la 

minar, ou fétida ; de 

stroncia sulfatada, soda 

iuriatada , etc. Enconfra-se 

(raras vezes e em 

pequena quantidade) 

disseminado nas bètas 

dos terrenos primitivos: 

em estado pulveroso no 

silex: a superfície da terra 

em camadas. 

i." Nos terrenos volcanicos 

; aonde é muito 

commum sublimado em 

pequenos crystaes: ou 

em camadas: ou em pó 

nas fendas das lavas : 

outras vezes misturado, 

e como empastado com 

as lavas decompostas. 

Da propriedade, que 

tem o Enxofre, dc- se 

inflammar facilmente , 

resulta o einpregar-se 

para incendiar corpos 

menos combustíveis. Pôde 

haver casos, ein que 

uma forte percussão baste 

para o accender. E 

muito util nas artes r 

emprega-se no branqui-: 

mento dos pannos: na 

preparação da seda : entra 

110 fabrico da polvora. 

Dá pela combustão 

o acido sulfurico , mui 

frequentemente empreado 

nas manufacturas 

de curtir pelles: nas dos 

chapeleiros: e na Tinturaria. 

O Enxofre e o 

acido sulfurico tem muito 

uso na Chymica e na 

Pharmacia.

j 6o TABOA 

CLASSE 

III. 

Combustíveis 

não 

Metallicos. 

OKDEM 

II. 

Combustíveissimplices. 

EsrrciE 

IV. 

Diama 

te. 

CÒII. 

Limpido. 


rosa. 

Alaranjado. 

Amarello. 


Azul. 

Denegri- 

THASSPA- 

RENCIA. 

Diafano. 

Baras vezes 

semi 

diafano; 

ou só 

translúcido. 





3,5i 

3,53 

Crystallizado: sua fórma 

mais ordinaria é a 

espheroidal: tatnbem 

se encontra em octaédro: 

em aodecaédro 

e de 24 até 48 faces 

convexas; de maneira 

que as arestas , que 

separão , são pouco 

seusiveis. Fractura, lainellosa 

na direcção 

das laminas; e paral- 

Iela ás faces do octaédro. 

Adquire pelo attrito 

a electricidade vi 

trea; ou seja bruto , ou 

polido. Pbospliorescen 

te pelo calor. E o mais 

duro dos mineraes 

risca a todos; e só 

riscado pelo seu mesmo 

pó. Tetn um brilho 

intenso; resultante d 

obliquidade da superfície 

das suas faces, da 

sua densidade e da sua 

natureza combustível. 

CARACTERES 

CHYMICOS. 

O Diamante . exposto 

ao foco de uma lente, 

ou ao fogo violento 

das fornalhas, cobrese 

de uma pellicul» denegrida 

; dissipa-se depois 

inteiramente, sem 

deixar residuo: fazendo-o 

arder ein tubos 

d*ouro, dispostos de 

maneira, que possão 

receber o producto , 

que se desenvolver , 

obtem-se o gaz acido 

carbonico : aquecido 

com o ferro, dissipao 

Diamante , e o 

ferro couveite-se ein 

aço: destas experieneias 

pode concluir-se 

ser o Diamante o carbunio 

crystallízado.

LXII. 

SYHOMYMIA: SUBSPECIES: VABIEDAIIES. 

Adamas ; dos antigos. Ainda não é bem co 

nliecido o jazigo dos 

Diamantes: encontrãose 

, ordinariamente, em 

terrenos d'alluvião, quasi 

sempre no meio de um 

saibro ferruginoso, composto 

d'argilla, silex, e 

até de calháos: umas vezes 

quasi á superfície da 

terra , immediatamente 

por baixo da terra vegetal: 

outras a pouca profundidade, 

cobertos de 

algumas camadas de pedra 

, que parece ser 

gres. São proprios da 

índia e do Brasil. Acliaose 

tão dispersos na sua 

ganga, e envolvidos em 

uma crusta terrea tão 

adherente, que é difficil 

descobril-os. 

20 

Os antigos já fazião 

grande apreço dos Dia 

inantes; mas ignoravão 

a arte de os lapidar, que 

foi inventada era 1446 : 

consiste em os polir com 

a maior perfeição, e 

dar-lhes uma acertada 

combinação de facetas 

diversamente inclinadas 

; donde procede o 

considerável augniento 

do seu brilhantismo , e 

a belleza dos seus reflexos 

: o pó , que resulta 

da fricção dum Diamente 

bruto com outro, 

que serve aos lapidarios 

para os desbastar, 

a fim de Ilies dar as facetas 

, que pretendem. 

Emprega-se também o 

mesmo pó nos trabalhos 

da gravura em pedra 

fina. E bem sabida a 

grande estimação , que 

se dá aos Diamantes: o 

•aIor augmenta em 

uma progressão rapida , 

na razão do brilhantise 

da grandeza. Os 

que são refugados pelos 

lapidarios, servem aos 

vidraceiros para cortar 

o vidro. Os antigos usavão 

dos pequenos fragmentos 

angulosos dos 

Diamantespara executar 

mais delicadas gravuras.

l6a TABOA 

(JL vssE 

IV. 

ORDBM 

I. 

Metaes. Metaes. Metaes 

Frágeis. Frágeis. 

ESPECIE 

I. 

Arséni- Cinzento 

coMe- d'aço. 

tallico. Exposto 

II. 

ArsénicoSulfurado. 


ao ar, 

escure- 

ce , CO- 

brindose 

d'um 

pó dene- 

grido. 

Vermelho 

vivo. 

Vermelho-alaranjado.Amarello-brilhante. 

r 

RÊNCIA. 





Opaco. 5,7¾ 

5,76 

Translúcido. 

Opaco. 

Concrecionado. Amorpho. 

Fractura , granulosa. 

Escumosa, 

3,33 

3,45 

Fórma , em crystaes 

de figuras differentes; 

mas que pela maior 

parte se approximâo á 

prismatica. Em grandes 

ou pequenas laminas. 

Em pequenos 

globos conglutinados. 

Concrecionada. Amorpha.Textura, 

laminar; 

de laminas translúcidas. 

Granosa. Fractura, 

muitas vezes conchoidal 

brilhante. Pelo 

attrito adquire a electricidade 

resinosa. 

CARACTERES 

CHYMICOS. 

Ao maçarico volatiliza-se 

inteiramente em 

fórma de fumo branco, 

espalhando cheiro d'a- 

Iho muito forte. Quasi 

sempre coutem ferro: 

e algumas vezes pequenas 

quantidades de 

ouro, ou prata ein 

mistura. 

Fusivel. Volátil; em 

fórina de fumo branco: 

chamma azul: cheiro 

d'alho. 

Composição da 

1." Subsp.: 

Arsénico metallico 

75 

a. a Subsp.: 

Arsénico metallico 

57 

Enxofre . .... 43

LXIII. 

SOOKYMIA: SUBSPECIES: VARIEDADES. JAZIGO. Usos. 

Arsenic natif; Broch. Arsenic natif spéculaire; 

Wall. Arsenic testacé ; Dauhentoa. 

Subsp. i." Arsénico Sulfurado Vermelho. 

Rcalgar range ; Broch. Rubine d'arsenic 

; Dauhenton. Sandaraeh ; dos 

antigos. De um bello vermelho, 

declinando para alaranjado. Fractura 

, conchoidal brilhante. Ba 

sura, vermelha-alaranjada. 

Subsp. a.» Arsénico Sulfurado Amarello. 

Arsenic sulfure orpiment; Brong. 

Rcalgar jaune; Broch. Orpiment ; 

Kirivan. Còr, amarella de limão, 

viva e brilhante. Textura, lamellosa 

, com reflexos amarellos dourados; 

laminas tenras, translúcidas 

e flexíveis. Funde-se com 

cheiro d'al!io e de enxofre. 

Encontra-se só nas 

montanhas primitivas : 

não fórma bètas particulares 

; mas acompanha 

, d'ordinario, a prata 

sulfurada , o cobalto 

cinzento earsenical, o 

cobre cinzento , o ferro 

spathico, o niccolo arsenical. 

A i.« Subspecie achase 

, d'ordinario, sublimada 

nas fendas das 

lavas, e perto das bocas 

dos volcões. Existe também 

nas montanhas primitivas 

em massa: em 

veios: em crystaes : ou 

effloreseente nas bètas. 

A a. a Subsp. pertence 

mais ás montanhas estra 

tiformes , do que as piimitivas. 

Existe , ordinariamente, 

em massa. 

Acompanha também a 

i.« Subspecie. 

163 


dos espelhos metallicos: 

e na liga, chamada Cobre 

branco da China. 

A bella còr vermelhaalaranjada 

da i.» Subsp. 

faz com que se empregue 

na Tinturaria. Na 

Chinafazem delia vasos, 

em que lanção ácidos 

vegetaes d'infusão ; os 

quaes se tornão purgativos, 

Na Sibéria applicão-na 

nas febres intermittentcs. 

A a.- 1 Subsp. serve na 

Fintuia com o nome de 

Ouro-pimenta. Tinge de 

amarello i < madeiras 

brancas, dando-lhes o 

aspecto do buxo.

X 64 TABOA 

CL. VSSE 

IV. 

OKDEM 

I. 

Metaes, Metaes 

Frágeis. 

ESPECIE 

III. 

ArsénicoOxydado. 

IV. 

MolybdeuoSulfurado. 

CÒK. TK AK SP-V- 

Brancoacinzentado. 

KEX CIA. 

Translúcido. 

Opaco. 

PESO ESPECIPICO : 

FÓKMA : TEXTURA: 



3,70 

5 

Deborn. 

Fórina , prismatica. 

Acicular. Pulverulenta. 

Fractura, fibrosa. 

Terrea. Rasura , esbranquiçada. 

CARACTERES 

CHYMICOS. 

Funde-se: dissipandose 

inteiramente em 

fórma de fumo branco: 

espalhando cheiro 

d'allio muito forte. 

Solúvel em 70—80 

partes d'agua. Sabor, 

acido-adocicado. 

Cinzento Opaco. 

de chum- 

4j738 Volatiliza-se em fumo 

branco, com cheiro 

bo. 

Fórma, prisma de sulfuroso. O acido ni- 

seis faces equiangulas. troso muda-o em ura 

Lamellar. Textura, oxydo branco, que é 

lamellosa, de laminas 0 acido Molybdico. 

curvas, flexíveis, mas Composição: 

não elasticas. Inqui- Molybdeno .... 60 

nante. Unctuoso. Ane- Enxofre 40 

lectrico. Pelo attri- Klaproth. 

to adquire a electricidade 

resinosa: e 

communica á resina a 

electricidade vitrea. 

Confunde-se com 0 

graphite; mas distinguem-se 

pelos traços, 

que deixão sobre a 

louça branca: os do 

graphite são cinzentos 

; e os do Molybdeno 

Sulfurado yerdoengos.

LXIV. 

SviíORYMiA : ScBsrEciEs : VARIEDADES. JAZIGO. Usos. 

Arsénio oxydê natif; Broch. 'Arsenicum 

nativum álbum; Wall. 

Molybdcnc sulfure; Broch. Haiiy. Molybdènile; 

Kirwan. Sulfure de Molybdène; Daubenton. 

O Arsénico Oxydado A pequena quantida- 

nativo é muito raro: de , era que a natureza 

encontra-se em peque- appresenta o Arsénico 

na quantidade nas vi- Oxydado, não permitte 

sinhanças do Arsénico que delle se facão os 

metallico ; e d'a!gumas importantes usos, a que 

minas de cobalto. O é applicado o oxyde 

de fórma pulverulenta branco artificial na Tin- 

acha-se: ou em effloresturaria , Fabricas de vicencia: 

ou nas bètas das dro , etc. etc. 

•ninas d'Arsénico : ou 

sublimado pela acção 

dos fogos subterrâneos: 

ou nas fendas das montanhas 

volcauicas. 

Pertence, exclusivamente 

, aos terrenos primitivos; 

e entre estes, 

ás rochas mais antigas, 

como são as graníticas. 

Acompanha , muitas vezes 

, as minas d'estanho. 

Os mineraes, que lhe 

servem de ganga , são o 

schéeliu ferruginoso ; o 

quartzo; o arsénico metallico; 

a cal fluatada; a 

baryta sulfatada, etc. 

Tem-se . confundido 

por muito tempo com o 

graphite, ou plombagina 

; por isso talvez possa 

ter os mesmos usos, 

tanto na composição do 

lápis, como na dos cadinhos. 

Parece que os 

Fraucezes usão do seu 

pó , para polir o chumbo 

granulado.

CLVSSE 

IV. 

ORDEM 

I. 

Metaes. Metaes. Metaes Metaes 

Frágeis. 

Frágeis. 

ESPF.CXE 

V. 

Schéelin 

Calcareo. 

VI. 

Schéelill 

FeiTiigi. 

DOSO. 

VII. 

Titânio 

Oxydado. 


Esbranquiçado. 

Amarel- 

Iado. 

Escuro. 

Escurodenegrido. 

Vermelho-acinzentado: 

com uniaespecie 


brilho. 

RÊNCIA. 

Opaco. 

Sendo 

crvstallizado, 

é 

translúcido. 

• 

Opaco. 

Opaco. 

Nos fragmentosdelgados 

, e 

nos crystaesaciculares 

, 

translúcido. 





6,O66 

Fórma , octaédra. Amorpho. 

Textura, lamellosa. 

Superfície, 

um pouco gorda. Rasura 

, esbranquiçada. 

CARACTERES 

CHYMICOS. 

TABOA 


Insolúvel no acido nitrico; 

mas o seu pó 

torna-se amarellado. 

Composição: 

Acido schéeli- 

Cal 56, u 5 

Schéele. 

7,333 Ao maçarico é infusivel. 

Insolúvel no acida 

Fórma , prisma de 4 nitrico frio: porem pv 

planos, cujos ângulos 

s;ío substituidos 

por faces lineares. 

Lamelliforme. Auiorpho. 

Textura longitudinal 

, laminar. Fractura 

transversal, aspera, 

desigual. Rasura 

, roxa-sombria: ou 

escura-avermelhada. 

1 - 

Ia demora, tanto o seu 

pó , como o acido , 

tomão unia còr avermelhada. 


Acido schéelico 4^,9 

Oxydo de ferro 3L,I 

Perda aí,o 

Iílaproth. 

4,I8 

4,3 4 

Fórma , prismatica. 

Cylindroide. Reticular. 

Acicular. Amoraho. 

Textura, lamelar. 

.Fractura longitudinal 

, lamellosa: 

transversal, conchoidal, 

ou desigual. Duro, 

risca o quartzo. 

Rasura , vermelhaacinzentada. 

Ao maçarico , sem addição 

, é infusivel: 

com o bórax , dá um 

vidro amarellado pouco 

compacto.

LXV. 

SYKOKTMIA : SUBSPECIES: VAUIEDADES. 

Pierre pesante; Broch. Wolfram de couleur 

blancheEouué-de-Lisle. 

JAZIGO. Usos. 


primitivos da mais antiga 

formação: acompanha 

, d'ordinario , ao 

estanho; e parece ser 

delle contemporâneo. 

Wolfram; Broch. Sehéelin ferruginé; Haiiy. O seu jazigo é quasi 

0 mesmo , que 0 da Especie 

V. 

Ruthile; Broch. Titane ruthile; Brong. Titanite; 

Kirwan. 

Varied. i.« Titânio Oxydado Bacillar. Em 

grossos crystaes prismáticos, d'ordinario, 

abertos em regos ao comprido. 

Varied. 2.' Titânio Oxydado Reticular. Em 

prismas , ou agulhas delicadas , 

encruzando-se, como as íualhas 

duma redezinha. 


primitivos. 

Aí." Varied. acha-se, 

umas vezes , ein longos 

prismas , nas diversas 

gangas; como são 0 

quartzo eogranito: outras 

, em prismas curtos 

e sulcados , com os ângulos 

embotados, nos 

terrenos d'alluviáo, dos 

paizes primitivos. 

A 3.» Varied. acha-se, 

commummente, fechada 

entre laminas de 

quartzo transparente. 



Desconhecidos.

j 68 

CIISSE 

IV. 

Metaes. 

ORDEM 

I. 

Metaes 

Frágeis. 

F.SPECIE 

VIII. 

Titânio 

Mrnakanite. 

IX. 

Titânio 

Nigrine. 

X. 

Titânio 

Anatase. 

% - 

CÔR. 

Negro- acinzcntado:declinando 

para negro 


ferro. 

Arroxado.Amarello-esbranquiçado.Branco-amarellado. 

Escuro. 

Azul-denegridometalli- 

TRANSPA- 

RÊNCIA. 

Opaco. 

Translúcido. 

Opaco. 

Algumas 

vezes 

diafano. 

Opaco. 

Algumas 

vezes 

translúcido. 

PESO EsrECiPteo : 

FORMA: TEXTURA: 


CARACTERES PYSICOS. 

CARACTERES 

cn YMICOS. 

TÀBÔA 

4,427 

Ao maçarico, sem addição, 

infusivel. Nao 

Fórma , em massa. crepita. Dá ao vidro do 

Granuliforme. Textu- bórax uma côr verde, 

ra, um pouco laminar. que passa á escura. 

Fractura, lamellosa Composição : 

imperfeita: com bri- Oxydo de ^Tilho 

quasi metallico tânio ..... 4 5,2 5 

Acção fraca sobre s Oxydo de fer- 

barra magnética.Tenro 51 

ro. Quebradiço. -Silica 

Oxydo de man- 

3, )o 

ganesio ... 

Klaproth. 

0,23 

3,5i 

Crvstallizado. Amorpho. 

Fractura, lamellosa. 

Rasura , escura : 

raras vezes esbranquiçada. 

Pouco duro: 

fácil de quebrar. 

3,8 

Fórma , octaédra rectangular. 

Duro, risca 

o vidro. Anelectrico. 

Ao maçarico , sem 

addição, c infusivel: 

torna-se escuro: appresenta 

um começo 

de fusão nas extremidades. 


Titânio y/t 

Cal 18 

Silica 

AhiIgaard no 

Titânio Nigrine 

de Arendalt 


sem addição. Com 

bórax funde-se, appresentando 

diversas 

côres: taes são a verde 

; vermelha de jacintho; 

azul carrega 

da; segundo a intensidade 

de calor , que 

se lhe communica.

LXVI. 

SVKOVTMIX : SUESPKCIES : VÀEIEDADES. JAZIGO. Usos. 

Titane Oxgdi ferrifere ; Haiiy. Menakanite ; 

Broch. 

Titane siliceo-calcaire ; Haiiy. Nigrine ; 

Broch. 

Oisanitc ; Delaméth. Oetaedrite; Desaussure. 

Anatase; Haiiy, 

Tem-se achado no val- 

Ie de Menakan, na Cornouaihe, 

espalhado muito 

abundantemente em 

fórma de areia. 

Só se encontra nas 

rochas primitivas: e algumas 

vezes parece fazer 

delias uma parte. 

Encontra-se em pequenos 

crystaes, disseminados 

em algumas rochas 

primitivas: ou dispersos 

á superfície das 

fendas das mesmas rochas 

; misturados com 

outros crystaes. 

2Í 



Desconhecidos.

CTISSE 

IV. 

Metaes. 

OROEM 

I. 

Metaes 

Frágeis. 

F.SPECIE 

XI. 

Urânio 

Oxydado 

XII. 

Uraoio 

Oxydulado. 

CÒR. 

Tinxsp v- 

RENCIA 

Amarello. Translu- 

Verde. eido. 

Escuro Opaco. 

denegi 

do: com 

um brilhoalgumtantometallico. 


FÓRMA: TEXTUKV : 

FR vcruR v : E ouritas 


TABOA 

3,121 Infusivel. Solúvel no 

acido nitrico sem ef- 

Em prismas curtos com fervescencia:commu- fórma de laminas renicando-lhe uma côr 

ctangulares.Octaédros. amarella de limão. 

Prismas rectos de bases Partes eonstituentes : 

quadradas; cada uma Urânio oxydado, mis- 

delias rodeada de quatura lo com um poutro 

trapézios. Textura, co de cobre. 

laminar.Terrea. Muito 

frágil. Rasura, amarella: 

ou verdoenga. 

Klaproth. 

7,5 

Amorpho. Textura, fo 

lheada em urna só direcção. 

Granosa. Fractura, 

conchoidal. Duro. 

Rasura , escuradenegrida. 

CARACTERES 

CHYMICOS. 

Infusivel. Com o bo- 

• rax produz uma escoria 

cinzenta de appa- 

rencia terrea. Solúvel 

no acido nitrico, com 

effervescencia. 

• Composição : 

Urânio pouco 

oxydado . . 8o,3o 

Chumbo sulfurado 

.... 6 

Silica 5 

Oxydodeferro a,3o 

Klaproth.

§ 

LXYII. 

SYKONYMIA: SUBSPECIES: VABIEDADES. JAZIGO. Usos. 

Subsp. I.» Urânio Oxydado Micaceo. Urane 

micace; Broch. Chalkolith; Widenmatui. 

Em laminas rectangulares 

, dando origem a pequenos 

crystaes ; outras vezes coadunadas 

e divergentes á maneira de leque. 

Subsp. J.* Urânio Oxydado Pulverulento. 

Ocre d'urane; Broch. Amarello-verdoengo. 

Em pequenas massas. Fractura 

, terrea: ou em pó , á superfície 

de outros mineraes d'Uranio. 

Vrane noir; Broch. Peehblende ou Blende 

de pèz; Widenuiann. 

j 


primitivos. É pouco espalhado 

na natureza. 

Tem o mesmo jazigo 

da Especie precedente. 

» 

• « 

i 

f 

I 


Desconhecidos.

1 2.4 TABOA 

Cl.ASS E 

IV. 

Metaes, 

Ouimr.i 

I. 

Metaes 

Fra 

geis 

F.SPECIE 

XIII. 

AIanganesio 

Ale* 

talloide. 

XIV. 

MangancsioDeslustrado. 

Côa. TRAHSPA 

NEGROR 

com aspecto 


ferro. 

Branco: 

um poucoamarellado 

: 

quasi 

com o 

brilho da 

prata. 

Negro. 

Escuro. 

Escuro- 

Opaco. 

Opaco. 

PESO ESPECIFICOU 




CARACTEBES 

CHYMICOS. 

4,736 Infusivel ao maçarico 

sem addição. 

Crystallizado. Dissemi- Composição da i .* 

nado. Ainorpho. Tex- Varied.: 

tura , lamellar. Fibrosa. Oxydo amarello 

Radiada. F'acil de que- de Mangauebrar. 

Inquinamento, sio 44 

negro. Rasura, negra, Oxygenio .... 4 

sem brilho. 

2 


escuro ..... 3 

Carbonio ... i,5 

Silica 5 

Perda 4,5 

Cordier, e Beaunier 

no Manganesio 

do Piemonte. 

Em massa. Em fra- Ao maçarico é infusigmentos 

de diversas vel. Calcinado, tor- 

figuras. Disseminado. na-secscuro-denegri- Textura , compacta. do. Dá ao vidro do 

Terrea. Fractura, ou bórax uma côr arro- 

desigual de pequenos xada. 

grãos, passando tam- Composição: 

bém á fractura unida: Oxydo de AIangane- 

ou á conchoidal, sem sio, ein que a pro- 

lustre: ou terrenta.Duporção do oxygenio 

ro: a ponto de riscar varia de a5—5o 

o vidro: ou friável; eaté contendo, as mais 

pulverulento. Inqui- das vezes, i3—18 

nante em inaior grão de ferro: \ — 14 de 

do que a Especie pre- baryta. 

cedente.

LX Vl II. 

SRHOWTMIA : SUBSPECIES: VARIEDADES. 

Varied. i," Manganesio MetalIoide Calybino. 

Manganèse métalloide calybin; 

Brong. Manganèse oxide métalloide; 

Haúy. Alanganèse gris rayonnê ; 

Broch. Tem o brilho de ferro. Muito 

frágil: divisível em prismas 

rhoinboidaes. Sècco ao tacto. Umas 

vezes com textura fibrosa, ou 

radiada {Manganèse oxydé métalloide 

aciculaire; Haiiy.): outras de 

textura IameIiar (Manganèse gris 

Iamelleiix; Broch.). Pócle confundirse 

com o antimonio sulfurado ; ou 

com o ferro escuro fibroso: mas 

distingue-se do primeiro, na infusibilidade: 

do segundo, pela sua 

rasura negra. 

Varied. a.» Mangauesio Métalloide Argentino. 

Manganèse oxydc argentin; 

Haiiy. Eeitme de manganèse; Widenmann. 

Còr, branca: ou amarellada 

; com brilho quasi argentino. 

Em filamentos delicados e sinuosos: 

ou em pequenas massas , 

compostas de grãos, ou palhetas 

brilhantes: ou em finas camadas , 

cobrindo o ferro spathico. Quebrase 

entre os dedos. Rasura , macia 

ao tacto. 

JAZIGO. 

Encontra-se só nos 

terrenos primitivos em 

fragmentos arredondados: 

ou em bètas: ou em 

camadas. 

Manganèse terne ; Brong. 

Varied. iManganesio Deslustrado Compacto. 

Manganèse gris compacte ; 

Broch. Compacto em massas; ou 

fragmentos tuberculosos: ou den 

driticos. Fractura, unida: e d'ordinario, 

conchoidal, sem lustre. Duro. 

Algumas vezes faz mover a 

agulha magnética. 

Varied. i.' JIangauesio Deslustrado Terroso. 

Manganèse gris terrevx; Broch. 

Negro. Escuro-earregado. Escuroroxo. 

Textura, terrea. Mtiito I. j Acha-se , bem como 

a especie precedente , 

nos terrenos primitivos 

Também se encontra em 

fórma de deposites : d 

aggregados: e talvez de 

bètas, nos terrenos se 

cundarios : mormente 

nos leitos da cal carbonatada. 

ve. 

Excessivamente inquinante. Contém 

maior porção de ferro. 

Usos. 

>73 

Serve nas fabricas do 

vidro e de louça. Em 

pequena dóse tila ao vidro 

a côr amarella , que 

Ihe dão os combustíveis. 

Em maior quantidade 

faz o vidro roxo. Emprea-se 

na Pintura sobre 

a porcellana: na prepaaçao 

do acido uiuriatico 

oxygenado (ou extracção 

do Chloro),mui 

util para o branquimento 

dos pannos; e para 

dc-sinfectadores. Todos 

estes usos são proprios 

da F.specie XIV. 

A 2." Variedade da 

mesma Especie XIV, ou 

Manganesio deslustrado 

terroso , de Devonshire, 

conhecido pelo nome 

de Blaci-Ii ad, entra 

na composição da louça 

preta ingleza.

CLASSE 

IV. 

OBDEM 

1. 

Metaes. Metaes. 

FráFrágeis. ESPECIE 

X V . 

ManganesioLitiioide. 

XVI. 

ManganesioSulfurado. 

XVII. 

ManganesioPliosphatado. 

CÔB. TB vssr A- 

EESCIA. 

A còr varia 

entre 

o branco 

: o rosado: 

e o 

amarello. 

Cinzentodenegrido. 

Escuro. 

Opaco. 

Translúcido 

nas 



FÓBMV: TEXTUBA : 

FBACTURA : E OUTROS 


Em massas tuberculosas. 

Amorpho. Fractura, 

desigual: urnas vezes 

escamosa : outras 

lamellosa. Aspecto , Iapideo. 

Duro ; risca o 

vidro. Em geral é sem 

lustre; mas tem alguns 

poutos brilhantes. 

CARACTERES 

CHYMICOS. 

TAROA 


Auguientando de 

temperatura, faz-se 

mais escura a sua côr, 

qualquer que ella se- 

J a - 


Oxydo de Mangancsio 

.... 48 

Acidocarbonico 49 

Ferro 8 

ou mais. 

M. Lampadius em 

mineral de Manganesio 

de Kapuic. 

Opaco. 3,G5 

Infusivel ao maçari- 

Amorpho. Textura 

co. Ueduziilo a pó, e 

, lançado no acido sul- 

granosa.Fractura, desfurico diluido , desigual: 

granulosa : ou envolve rapidamente 

um pouco lamellosa: 0 gaz hydrogenio sul- 

fazendo apparecer 0 furado. 

brilho metallico. Rasu- Composição : 

ra , ainarella-verdoen- Manganesio pouga 

sem lustre: ficando co oxydado . . 85 

a parte raspada luzen- Enxofre i5 

te. Friável. 

Vauquelin. 

Escuro-averme- 

Iliado: 

declinando 

para negro. 

Opaco. 3, 95 

Amorpho. Textura , 

compacta: algumas vezes 

lamellosa. Fractura 

, sem lustre : ou 

luzente: quasi resinosa. 

Rasura, verinelhacarregada; 

passando 

para a escura. Pouco 

duro. 


facilmente em esmalte 

negro. Solúvel 110 acido 

nitrico. 


Oxydo de Manganesio 

.... \i 

Oxydo de ferro 3i 

Acido phosphorico 

27 

Vauquelin.

LXIX. 175 

SYHOKYMIA : SUBSPECIES : VARIEDADES. JAZIGO. Usos. 1 

Manganèse rouge ; Broch. 

Varied. i.* Mangancsio Lithoide Branco. 

Em massas turberculosas brancas. 

Varied. a. a Mangancsio Lithoide Rosado. 

Encontra-se a i.« Variedade 

na mina de Kapnic, 

na Transilvania , 

acompanhado do cobre 

cinzento ; chumbo , zinco 

e ferro sulfurados; 

quartzo, etc. etc. 

A Varied. 1.» acha-se 

também em Nagyag, na 

Transilvania , fazendo 

parte da ganga de tellurio 

aurifero. 

Manganèse Sulfure ; Brong. F.ncontra-se em Nag)ag, 

na Transilvania , 

associado ao tellurio 

aurifero em pequenos 

veios : ou em pequenos 

depósitos. Ha noticia de 

se ter achado em CornouaiUes; 

e dizem que 

existe nas minas de Guanaxuato; 

no México , 

unido ao tellurio. 

Fer phosphaté; Broch. 

< 

Encontrou-se na França 

, junto a Liinoges, 110 

meio dos granitos; e no 

mesmo veio de quartzo, 

que continha berjllos. 

Os Russianos fazem 

caixas da 2 a Os Russianos fazem 

caixas da 2 Variedade, 

Manganesio lithoide rosado, 

da mina d'Or- 

a Os Russianos fazem 

caixas da 2 Variedade, 


da mina d'Or- 

a Variedade, 


da mina d'Or- 

Ies, Ies, perto de EAatherin- 

bourg,bourg, lindas pela sua 

bella côr de rosa.

! 

CLASSE 

IV. 

.Metaes. 

ORDETW 

X. 

Metaes 

Frágeis- 

ESPECIE 

XVIII. 

Cobalto 

Arseuical. 

XIX. 

Cobalto 

Cinzento. 

Côr.. TR V-ÍSPA- 

Brancobrilhan 

- 

te: exposto 

ao 

ar, perde 

, algumas 

vezes, o 

brilbo, e 

declina 

para roxo. 

Branco, 

de brilhometallico 

; 

matizado 


cinzento. 

RES CIA. 

PRSO ESPECIFICO : 

FÓRMV: TEXTURA : 



Opaco. 7>7* 

Opaco, 

CAR VCTERF.S 

CHYMICOS. 

TABOA 

Exposto á chamma 

d'uma vela , deita 

Fórma, cubica. Oetaé- um fumo branco, e 

dra: ou outra derivada exliaia um cheiro 

d'alguma d'estas, com d'alho muito activo. 

diversas modificações. A'acção do maçarico, 

Concrecionada. Amor- augmenta este fumo: 

pho. Fractura, grano- e o fragmento, ensa 

, de grão fino e cersaiado por meio d'elrado. 

Frágil. 

Ie, fica sendo attrahivel 

pelo iman. Fundido 

cotn o vidro do 

bórax , communiea- 

Hie uma liella côr 

azul. Dissolve-se no 

acido nitrico, produzindo 

logo uma viva 

effervescencia.E composto 

de Cobalto , 

arsénico e ferro : algumas 

vezes contém 

prata e niccolo. 

6,33 

6,45 

Fórma, octaédra. Dodecaédra. 

Icosaédra. 

Amorpho. Textura , 

muito lamellosa : no 

que differe do Cobalto 

Arsenical. Os seus crystaes 

são brilhantes, 

limpos; e alguns assas 

volumosos. Duro. Scintillante; 

dando cheiro 

d'alho muito sensível. 

Klaproth. 

Ao maçarico reduzse 

em globulo denegrido 

e quebradiço; 

desenvolvendo cheiro 

d'allio muito forte. 

Comniunica ao vidro 

do bórax a belia còr 

azul. 


Cobalto.... 36,66 

Arsénico ... 49 

Enxofre.... 6,5 

Ferro 5,66 

Perda a,i8 

M. Tassaert no Cobalto 

Cinzento de Tunaberg.

LXX. 

SÍMOITYMIA : SUBSPECIES : VARIEDADES. JAZIGO. Usos. 

Cobalt arsenical; Brong. Haiiy. Encontra-se em bètas 

no granito: no gneis 

no sehisto argilloso: e 

também em terrenos 

de formação posterior 

mas nestes é mais raro 

Acompanha nas bètas 

differentes mineraes metal 

licos , especialmente 

os de bismutho , prata e 

cobre pyritoso.Tem por 

gangas o quartzo , a cal 

carbonatada, e algumas 

vezes a baryta sulfatada. 

Cobalt gris; Brong. Haiiv. Cobalt éclatant; 

Broch ? 

;> 

0 Cobalto Cinzento , 

que appresenta crystaes 

mais puros, brilhantes, 

e mais volumosos, é o 

de Tunaberg, na Suécia: 

aclião-se estes crystaes 

incluidos em cal carbonatada 

laminar, existente 

no interior de talco 

schistoso , a qual encerra 

também cobre pyritoso. 

O Cobalto Arsenical 

é um dos mineraes de 

Cobalto , com que se 

prepara a safra , que 

serve para dar a còr 

azul aos esmaltes grosseiros 

; e á louça ordinaria: 

e a bella tinta 

azul , chamada azul 

d'esmalte, que tem muito 

uso nas manufacturas 

de louça fina; de porcelana 

; de vidro; d'esmaltes 

finos; na pintura a 

fresco , etc. 

Tem os mesmos usos , 

que a Especie precedente: 

além disto é o mineral 

de Cobalto, de que 

Thenard se sérvio para 

obter a composição d'uma 

nova tinta azul, que 

pode empregar-se na 

Pintura a oleo e a colla 

(préstimo, que falta ao 

azul d'esmalte), e que 

por isso inteiramente 

suppre a tinta, chamada 

azul ultramarino (Outremer 

dos Francezes), preparada 

com o lazulithe, 

que é de um preço excessivo.

178 TABOA 

——— 

CLTSSE 

IV. 

OROEM 

I. 

I Metaes. Metaes 

Frágeis. 

ESPECJE 

XX. 

Cobalto 

Oxyda- 

X X I . 

Cobalto 

Arséniatado. 


Negro. 

Negro - azulado.Escuro-amarellado. 

Pardo. 

Cinzentoamarellado.Branco-amarellado. 

Amarello 

de palha. 

Vermelho 

- roxo. 


flor de 

pecegueiro. 

Cordero- 

RÊNCIA. 

Opaco. 

Translúcido. 

Opaco. 

Pnso ESPECIFICO : 




Máximo : 

a,4a 

Fórma , em mas 

sas terrosas : mais ou 

inenos compactas: aigumas 

vezes muito 

friáveis: 011 cellulares. 

Concrecionada. Fra 

ctura, terrea. Resinosa. 

Conchoidal. Pelo 

attrito d'um corpo 

solido adquire brilhantismo 

vivo e gordo. 

CARACTERES 

CHYMICOS. 

Ao maçarico é infusivel. 

Dá a còr azul 

muito sensível ao vidro 

do bórax. Insolúvel 

no acido nitrico. 

Contém (commumineute) 

ferro e arsénico. 

Fórma , acicular. Pul- Insolúvel no acido 

verulenta Textura , nitrico. Ao maçarico 

radiada. Fibrosa. Ter- sem addição é infurea. 

Frágil. Rasura , sivel : decompoem-se 

da mesma côr da ein parte: volatilizase 

o arsénico, e fica 

o Cobalto oxydado 

negro. Colora d'azul 

o vidro do bórax.

LXXI. »79 

SYKONYMIA : SUBSPECIES : VARIEDADES. JAZIGO. Usos. 

Cobalt oxydè noir; Haiiy. Cobalt terreux noir; 

Broch. 

Varied. i. a Cobalto Oxydado Mammilloso; 

Haiiy. Em massas com fórma de 

rins , ou de uvas. 

Varied. a.' Cobalto Oxydado Terroso. Cobalt 

terreux noir friable ; Broch. 

Consistência friável: ou pulverulenta. 

Varied. 3.' Cobalto Oxydado Vitreo. Cobalt 

terreux noir endurci; Broch. Em 

massa compacta: de fractura vitrea 

: ou cellular á maneira d'escoria. 

Varied. 4- a Cobalto Oxydado Escuro. Cobalt 

terreux brun ; Broch. Côr, escura: 

declinando para amarella, Fractura 

, terrea de grão lino. 

Varied. 5 "Cobalto Oxydado Amarello. Cobalt 

terreux jaune; Brocll. Cor, 

amarella de palha: passando á 

branca-ainarellada. 

Cobalt terreux rouge ; Broch. 

Varied. ICobalto Arseniatado Acicular. 

Fleurs deeobalt; Broch. F,m fórma 

d'agulhas, ou varetas delgadas, 

achatadas, roxas e brilhantes, 

divergindo d'um centro cotnmum. 

Varied. J. A Cobalto Arseniatado Pulverulento. 

Cobalt terreux rouge pulvé~ 

rulent; liroch. Còr, de flor de pecegueiro; 

passando ao vermelho 

de rosa ; ou ao branco-avermelhado. 

Textura , terrea , de grão 

fino. Encontra-se, dVrdinario , 

em camadas superliciaes muito 

delgadas: ou disseminado: raras 

vezes em massa. 

Existe, ordinariamente 

, misturado com as 

outras especies do Cobalto. 

No interior das 

suasmassasobservão-se, 

algumas vezes, nodoas 

avermelhadas do Cobalto 

Arseniatado. Em geral, 

tem quasi o mesmo 

jazigo e associações , 

que o Cobalto Arsenical. 

Os mineraes do Cobalto 

pertencem mais 

aos terrenos primitivos. 

Esta Especie encontrase 

em muitas minas da 

Saxonia e daThuringia ; 

tendo por ganga o quartzo 

branco, a argilla, a 

baryta sulfatada, a cal 

carbonatada ferrifera: 

ou outras substancias 

metallicas, especialmente 

mineraes de cobre. 

Apparece, com mais frequência 

, em fórma de 

efflorescencias á superfície 

d'outros mineraes 

de Cobalto; mormente 

do arsenical. Acompanha 

, muitas vezes, o 

niccolo arsenical , ou 

oxydado ; o bismutho , 

etc. 

O Cobalto Oxydado 

negro , sendo puro, é o 

mineral de Cobalto, de 

que se obtém o mais 

bello azul d'esmalte, e 

com maior facilidade. 

Não se faz uso deste 

mineral, por se não encontrar 

em quantidade 

sufliciente, para merecer 

o trabalho da lavra. 

T 

i 

i í 

i

1 2.4 TABOA 

CL.ASSE 

IV. 

ORDEM 

I. 

Metaes. Metaes 

Frágeis. 

ESPECIE 

XXII. 

Tellurio 

Nativo. 


REH CIA. 

Branco- Opaco. 

argentino. 

Branco 

de estanho.Amarellopallido.Cinzentosombrio. 





5,7Í5 

8 >y>y 

CrystalIizado em prismas 

curtos de (i ou 

4 faces. Eiu prismas 

aciculares. Lainelliforme. 

Ainorpho. Textura, 

lamellosa. Tenro: 

inuito frágil. Inquinamento, 

denegrido. 

CARACTERES 

CH YMICOS. 

Ao maçarico crepita: 

funde-se: arde facilmente 

com cliamma 

azul e viva: esfriaudo, 

cobre-se d'uina crystallização 

radiada. 

Seu oxydo é branco. 

Volátil; e desenvolve 

cheiro particular, que 

se assemelha ao do 

rabão. Por muitos destes 

caracteres, pôde 

coufundir-se coiu o 

antimonio ; mas differe 

, porque o Teliui 

io é inais tenro; 

sua còr approxiina-se 

mais á da prata; suas 

laminas (cTordinario) 

são inais pequenas ; o 

cheiro ao maçarico é 

diverso; e ultimamente 

o lellurio é precipitado 

das suns dissoluções 

pelo antimonio. 


Varied. i. 1 

Tellurio 9a,fi 

Ferro 7,2 

Ouro 0,2 

Varied. 2. A 

Tellurio 60 

Ouro 3o 

Prata 10 

Varied. 3.» 

Tellurio 45 

Oui-o 27 

Chumbo .... 19,5 

Prata 8,5 

Um átomo de enxofre. 

KJaproth.

LXXIIÍ. 

SYHONYMIA : SUBSPECIES : VARIEDADES. JAZIGO. Usos. 

Or blanc; Deborn. Silvanite; Kirwan. 

Varied. i. a Tellurio Nativo Ferrífero. Tellttre 

natif fcrri/ere et aitrifcre ; Haúy. 

Silvane natif; Broch. Km pequenas 

laminas d'uin branco d'estanho , 

declinando para amarellas , e de 

um brilho vivo. 

Varied. a. a Tellurio Nativo Graphico. Tel- 

Iure natif aurifere et argentifere 

graphique; Haúy. Silvane graphiquc; 

Broch. Ein agulhas prismaticas 

d'um branco d'estanho , dispostas 

de maneira, que representao letras. 

Varied. 3." Tellurio Nativo Plombifero 

Tellure natif aurifere et plombifere ; 

Haúy. Silvane blanc e Silvane Iamellcux; 

Broch. Côr, amarellada. 

Cinzeuta-sombria. Textura , lamellosa, 

de laminas um pouco 

flexíveis, mas não elásticas: reunindo-se 

(algumas vezes) em prismas 

hexaédros muito curtos. 

A 1." Varied. fórma 

pequenas bètas em uma 

montanha de transição, 

composta de cal carbonatada 

compacta , e 

grauwak , ein Fatzebay, 

na Transilvania. Segundo 

Patrin, acha-se também 

nas minas de Berezof, 

na Sibéria. 

A 2. a encontra-se em 

Offenbanya , na Ti ansilvania 

; acompanhada de 

cal carbonatada , ferro 

sulfurado , zinco sulfurado 

, cobre cinzento e 

oura nativo , em pedra 

arenosa , que fórma bètas 

em uma montanha 

porfidica, cuja base é 

composta de siénite e 

cal carbonatada granosa. 

A 3. a unicamente se 

tem achado em Nagyagt 

na Transilvania, associada 

ao quartzo , manganesio 

lithoide rosado, 

cal carbonatada , zinco 

sulfurado , cobre cinzento 

, pyrites auríferas 

, etc. 

Ainda que o Tellurio 

não tenha por ora uso 

nas artes, são interessantes 

as suas minas da 

a. a e 3." Variedades pelo 

ouro e prata, que contém 

: a 3. a Variedade 

basta ser exposta ao fogo, 

para deixar apparecer 

o ouro em pequenas 

gotas. 

1

CEASSE 

IV. 

ORDEM 

I. 

Metaes Metaes 

Frágeis. 

ESPECIE 

XXIll. 

CÔR. CÔR. 

TR VXSPA- 

REX CI A, 

AntimoBranco- Opaco. 

nioNaargenti-argentitivo. 110 : declinandoclinando 

para azu 

lado. 

XXIV. 

Antimo- Cinzento Opaco. 

nio Sul. de chum- 

furado. bo. 

Cinzento 

d'aço. 

Azulado. 


FÓRMA: TEXTUKV 



TA BOA. 

6,7021 Solúvel no acido nitrico 

: deixando um de 

Fórma, reniforme. A- posito esbranquiçado. 

morpho. Textura, la- Ao maçarico funde-se 

mellar: com as laminas facilmente: dando fu 

parallelas ás faces de mo, e um oxydo , que 

um octaédro regular communica ao vidro 

ou ás de um rhomboi- côr amarella. 

dal: ou confusamente Composição: 

dispostas e pequenas Antimonio . . 0,98 

Macio ao tacto. Tenro : Prata 0,01 

fácil de quebrar. Ferro 

Klaproth. 

0,0025 

4,I 

4,5 

Fórma , acicular: sendo 

as agulhas outros 

tantos prismas de 

planos , terminados 

por uma pyramide de 

4 faces ; e com brilho 

metallico muito 

vivo. Cyliudroide. Amorplio.Textura, 

com 

pacta. Lamellosa. Acicular. 

lladiada. Tão 

frágil, que basta carregar-lhe 

com a unha 

para o quebrar. Rasura 

, negra. Muito i 

uinante. Pelo attrito 

3á o cheiro sulfuroso. 

CARACTERES 

CHYMICOS. 

Funde-se mui facilmente 

ao maçarico 

lançando fuino bran 

co, e cheiro sulfuroso 

e até basta a simples 

chamma d'uma véla , 

para o fundir. 


1.* Variedade : 

Antimonio ... 74 

Enxofre .... 26 

Bergman. Proust. 

A 2." Variedade é 

mesmo Antimonio Sulfurado, 

misturado accidentalmente 

com c 

arsénico, ferro, prata, 

e alguma vezes com o 

ouro.

LXXIIÍ. 

SVIROIÍYMIA. : SUBSPECIES : VARIEDADES. JAZIGO. 

Subsp. Antimonio Nativo Arsenifero. Fórma, 

IamelIar: ou ondeada. Fractura, 

escamosa. Conchoidal. Appresenta 

facetas mais pequenas e 

mais brilhantes, do que as do Antimonio 

Nativo destituído d'arsenico. 

Exposto ao fogo, lança fumo 

branco e cheiro d'alho activo: 

basta a percussão, para lhe fazer 

cxhalar este cheiro , ainda que 

menos intenso. Composição: Antimonio 

e Arsénico , unidos no 

estado metallico : variando a 

quantidade do arsénico de 0,02 

até o,ifí. 

Antimoinc gris; Broch. V. Antimonio cru. 

Varied. i. a AntimonioSulfurado Puro. Comprehende 

as seguintes Sub-Variedades: 

A. De textura compacta: 

fractura, desigual e granosa: Antirnoine 

gris compacte ; Broch. E o 

menos commum. B. De textura 

lamellosa: Antimoine gris Iamel- 

Ieux ; Broch. C. De textura radiada 

: Antimoinc gris rayonné; Broch. 

Coniposto , ou de grossos cilindros, 

abertos em pequenos regos, 

e que na fractura longitudinal appresentao 

faces d'uni polido mui 

vivo : Antomoine sulfure cy lindroide; 

Haiiy.: ou de agulhas de 

mediana grandeza , reunidas em 

fascículos: Antimoine sulJuré aciculaire; 

Haiiy. Todas estas Sub- 

Variedades appresentao , muitas 

vezes, côres metallicas mui vivas 

e mui variadas. 

Varied. a. a Antimonio Sulfurado Capilla 

Haiiy. Antimoine en plumes ; Broch. 

Em prismas muito finos e muito 

friáveis, d'um cinzento sombrio, 

ou azulado; misturados- ou con 

glutinados. 

Varied. 3.» Antimonio Sulfurado Argentifero 

; Haiiy. Argentgris antimonial 

Ptonié-de-Lisle.Em crystaes prismáticos 

pouco distinctos, terminados 

ein vertices diedros : superíicic 

com estrias muito ficas. 

É muito raro o Antimonio 

Nativo: acha-se, 

em fórma de rins, 11a caí 

carbonatada spathica , 

em Sahlberg, na Suécia. 

Com ganga de quartzo, 

nas bètas d'iima montanha 

de gneis, em Aliemont, 

perto de Grenoble. 

O Arsenifero achase 

também na mina de 

Allemont. 

É a única Especie dos 

mineraes d'Antimonio , 

que se tem encontrado 

em massas , ou em bètas 

dVxtcnsao considerável. 

Pertence mais aos terrenos 

primitivos, que aos 

de formação posterior. 

Acha-se em bètas no 

gneis, no schisto argil 

Ioso, etc.; umas vezes 

só ; outras com differentes 

substancias: suas 

gangas mais frequentes 

são o quartzo e baryta 

sulfatada : também 

acompanhao o ferro sulfurado; 

o zinco sulfurado 

; a cal carbonatada 

e Auatadaj etc. 

Na mina d*ouro de 

Nagyag é associado ao 

tellurio nativo graphico 

e ao cobre cinzento. 

Usos. 

Da Especie XXlV, 

Antimonio Sulfurado, 

é que sc exti ahe o Antimonio 

, de que se faz 

uso nas Artes. 

Este metal entra 11a 

omposiçao da liga, de 

que sao feitos os espelhos 

dos telescopios : 

mistura-se ao estanho, 

para lhe dar maior dureza 

: combinado com 

quatro partes de chumbo 

(com pouco differença) 

fórma a liga , de que 

fazem os typos ou 

caracteres d'imprensa; 

e este é o seu maior con- 

sumo. 

Os oxydos d'Antimonio 

são empregados em 

varias manufacturas, na 

qualidade de matérias 

colorautes ; principalmente 

para darem as 

côres pardas, amarellas 

e alaranjadas. 

A Medicina faz grande 

uso de varias preparacos 

antimoniaes.

184 

CLASSE 

IV. 

Metaes. 

ORDEM 

I. 

Metaes 

Frágeis, 

ESPECIE 

XXV. 

AntimonioOxydado. 

XXVI. 

CÒR, 

Braueo 

de madre 

pérola. 

Amarellado. 

TRANSPA- 

RÊNCIA. 

Trauslucido. 

Opaco. 


FÓRMA : TEXTURA: 



CARACTERES 

CHYMICOS. 

TABGA 

Fórma, prismática. Solúvel no acido ni- 

Acicular. Pulverulentrico sem effervescenta. 

Amorpho. Textucia. Ao maçarico cre 

ra , lamellosa , cm pita: volatiliza-se iu 

uma só direcção. Mui- teiramente, ou em 

to tenro. Friável. Ra- parte: algumas vezes 

sura, branca. funde-se. 


Oxydo d'Antimonio 

0,86 

Silica 0,08 

Ferro o,o3 

Vauquelin no Antimonio 

Oxydado de 

Allemont. 

Antimo- Verme- Opaco. Fórma , acicular. No acido nitrico tornio 

Hy- lho-som- 

Amorpho. Textura, branco. Arde ...... 

dro- brio. 

fibrosa. Badiada. Mui-com chamma azula 

Sulfu- Côr de 

to friável; eaté pulve-jda. Ao maçarico voia 

rado. tijolo ; 

rulento. Rasura, da * 

com lustremetallico 

ou sem 

elle. 

Amarellado. 

:i: -~ — — r - J 

tiliza-se era fórma de 

còr da massa. fumo; dando um fra 

co cheiro d'enxofre. 


Varied. 1.» 

Antimonio . , . 0,67 

Oxygenio . . . 0,11 

Enxofre 

Klaproth em uma 

amostra 

dorf. 

de Hrauns

LXXIV. 

SYKOKYMIA : SUBSPECIES : VARIEDADES, JAZIGO, Usos. 

Antimoint Hane , e Ocre d'Antimoine; Broch. 

« 

Encontra-se guarne- Os usos são os mescendo 

cavidades , em mos ; mas só se empre- 

bètas de chumbo sulfuga com vantagem a Esrado 

: formando uma pecie XXIV. 

crusta sobre o Antimonio 

Nativo: em consistência 

terrosa á superfície 

, e na visinhança do 

Antimonio Sulfurado. 

Antimoine rouge ; Broch. 

Acompanha em vários 

lugares os outros mine- 

Varied. i.» AntimonioHydro-Sulfurado Aciraes d'Antimonio. 

cular ; Haúy. SouJre doré natij'; 

Romé-de-Lisle. Em pequenas agulhas 

de um vermelho-sombrio; com 

esplendor quasi metallico. 

Varied. 2." Antimonio Hydro-Sulfurado 

Amorpho. Kermès mineral; Roméde-Lisle. 

Côr de tijolo , sem lustre: 

algumas vezes amarellada. É misturada 

, d'ordinario, com pequenos 

ci-jstaes d'en.\ofre. 

: % 

I 

< ;,

I 86 TABOA 

CLVSSE 

IV. 

Oumui 

í. 


Frágeis. 

! ESPECIE 

XXVXt 

BisniuthoNativo. 

Côa. TRANSPA- 

RÊNCIA. 





Brancoamarellailo. 

Branco 

de prata, 

tirando 

para vermelho. 

Opaco. 9,0202 

Fórma , em massa. Em 

pequenas laminas disseminadas 

na ganga: 

on superíiciaes. Dendritica. 

Raras vezes 

crystallizado. Textura, 

lamellosa: com as laminas 

parallelas ás faces 

de um octaedro 

regular. Frágil; mas 

achata-se alguma cousa 

, antes de quebrar. 

CARACTERES 

CHYMICOS. 

Dissolve-se facilmente 

no acido nitrico , 

com effervescencia , 

espalhando uma nuvem 

verdoenga: é 

precipitado desta dissolução 

pela agua , 

em estado d'oxydo , 

em fórma de pó branco. 

F 1 Uiide-Se á cliamma 

d'uma véla. Exposto 

sobre um carvão 

, ao maçarico, 

volatiliza-se inteiramente, 

deixando uma 

especie de fumo esbranquiçado 

sobre 0 

carvão. Õ seu oxydo, 

era pequena quantidade 

, torna 0 vidro 

mais fusivel e mais 

liquido , sem lhe dar 

côr alguma.Era maior 

dóse dá-lhe uma tinta 

amarellada. Raras vezes 

se encontra puro; 

quasi sempre contem 

uin pouco de cobalto 

e arsénico.

LXXV: J 87 

SXICOBTUIA : SOBSPKCIES : VABIEDADES. 

Sitmuth natif; Broch. Haiiy. 

JAZIGO. 

Usos. 

Acha-se nas bètas das Emprega-se para dar 

montanhas primitivas , ao estanho maior dure- 

acompanhando , d'ordisem lhe diminuir a 

nário , os mineraes de alvura. Pode servir na 

cobalto, e com especia- soldadura: na copellalidade 

o cobalto arsenição da prata e ouro. Seu 

cal. Encontra-se tam- oxydo communica ao 

bém associado a muitas esmalte e ao vidro uma 

outras substancias me- côr amarella, semelhantallicas 

, como são o nicte á que lhe dá o chumcolo 

arsenical e oxydabo. O mesmo oxydo 

do ; o arsénico , e algu- bem lavado, junto ao 

mas vezes o chumbo ; o ouro na proporção de 

ferro e zinco sulfurados; uma decima quinta par- 

e prata nativa : servem- te , emprega-se na ctou- 

Ihe de gangas a cal carradura sobre a poreelbonatada 

, a baryta sullana. Applica-se na Mefatada 

, o quartzo comdicina, como antispasmum 

e o jaspe vern modico, nas convulsões 

lho. Dizem que se en- do estomago. 

contra Bismutho disseminado 

em Wacke (que 

segundo os Neptunistas 

pertence aos terrenos secundários) 

; mas Bro 

chant suppõe , que t 

Wacke, em que elle 

assim apparece, será em 

bètas.

CL. ISSE 

IV. 

Metaes. 

ORDEM 

1. 

Metaes 

Frágeis. 

F.SPECIE 

XXV Llí. 

Bismutho 

Sulfurado. 

XXIX. 


RÊNCIA. 

Cinzento jOpaco. 

de chumbo 

, tirandolevemente 

para amarello. 

Bismutho Amarello Opaco. 

Oxyda- verdoen 

do."Cinzentoamarellado. 

Amarello 

de palha. 





CARACTERES 

CUYMICOS. 

2 TABOAt 

6,I3I 

Xo acido nitrico, a 

frio , dissolve-se sem 

Amorpho. Dissemina- effervescencia : no 

do. Em pequenos crys- quediffere do Bismutaes 

prismáticos assotho e antimonio navelados. 

Textura, acitivos. Funde-se á simcular. 

Laincllar. Fraples chamma d'uma 

ctura , radiada: pas- vela: no que se dissando 

á latnellosa :ou á tingue do chumbo 

conchoidal. Alguma sulfurado. Ao maça- 

cousa inquinante. Muirico funde-se facilto 

teuro. Macio ao tamente , desenvolvencto.do 

cheiro sulfuroso: 

não se volatiliza de 

todo, como acontece 

ao antimonio sulfurado, 

com quem muito 

se assemelha. 


Bismutho 60 

Enxofre 40 

Esta 

Sage. 

Especie differe 

do Bismutho sulfuroso 

(Bismuth sulfurcux 

d'alguns MineralogistasFrancezes); 

o qual 

é o Bismutho Nativo 

, que accidentalmente 

contém um 

pouco d'enxofre; e 

que nem por isso sofre 

alteração sensivel 

nos seus caracteres. 

4,371 


nitrico com efferves- 

Amorpho. Pulverulencencia. Ao macarico 

to. FVaetura, ou des- reduz-se facilmente a 

igual de grão fino: ou Bismutho metallico. 

terrosa. Destituido de Distingue-se do nic- 

brilho metallico. Tencolo oxydado e do 

ro : as mais das vezes cobre carbonatado 

friável. 

verde pallido pela côr 

amarellada: emaisseguramentepelaprompta 

reduccão.

LXXVI. 

STKOKTMIA : SUBSPECIES: YAEIEDADES. JAZIGO. Usos. 

Galene de Bismuth; Broch. É mui raro : d'ordina- Os usos são os mesmesrio é acompanhado do mos , que os da Especie 

Bismutho Nativo; e tem antecedente. 

os mesmos jazigos , servindo-lhe 

quartzo. 

de ganga o 

Ocre dc Bismuth ; Broch, Esta Especie é mais 

rara ainda, que a precedente: 

encontra-se á superfície 

, ou na visinhanca 

do Bismutlio Nativo.

CLASSE 

IV. 

ORDEM 

II. 

Metaes. Metaes Metaes 

Dúcteis. 

ESPECIE COR. TRAKSPA- 

Zinco Calainina. 

II. 

Zinco 

Carbonatado. 

Cinzentoamarello-pallido. 

Amarello 


Avermelhado.Brancoaraarellado. 

Brancocujo. 

Amarel- 

Iado. 

ItEK CIA. 

Diafano. 

Translúcido. 

Opaco. 

Translúcido. 

Opaco. 





3,4 

3,5*3 

Crystallizado. EM pequenas 

massas arredondadas.Concrecionado. 

Amorpho. Textura 

, compacta. Lamellosa. 

Granosa. Radiada. 

Fractura ,lamellar. 

Desigual. Terrea. 

Muito electrico pelo 

calor. 

4: com pouca 

differença. 


Fractura, sendo 

amorpho, compacta : 

no concrecionado , vitrea. 

Aspecto, lapideo, 

similhante ao da Especie 

precedente. Pouco 

duro. Nao se electriza 

pelo attrito. 

CARACTERES 

CHI MICOS. 

2 TABOAt 

No acido nitrico reduz-se 

a gelea. Ao 

maçarico é infusivel: 

e não sofre mais alteração 

, que a de fazerse 

opaco e pulverulento: 

no que differe do 

mesotype, o qual se 

funde ao maçarico 

com effervescencia. 


Varied. i. a 

Oxydo de Zinco . 36 

Pelleti er. 

Varied. 3." 

Oxydo de Zinco 84 

Silica ji 


ArgiUa i 

Bergman. 

No acido nitrico 

quente dissolve-se 


Ao maçarico é infusivel. 

Composição: 

Zinco oxydado . yi 

Acido carbonico i3 

Agua i5 

M. ' Smithson no 

Zinco carbonatado da 

Carinthia.

LXXVIT. 

SYKOHYMIA : SUBSI-ECIES: VARIEDADES. JAZIGO. Usos. 

Zinc oxydé; Haiiy. Calamine; Broch. 

V. Calamina. 

Varied. i.« Zinco Calamina Lamelloso. Calamine 

lamclleiíse; Broch. F.in pequenos 

crystaes , que conimuinmentc 

são prismas mui comprimidos 

de seis planos , terminados por 

duas faces. Textura, lamellosa. Diafano 

e limpido. E o inais puro. 

Varied. a. a Ziuco Calamina Cambiante; 

Patrin. Em pequenas massas araarellas 

de inel, algum tanto arruivadas. 

Translúcidas. Compactas : 

interiormente cheias de sombras ; e 

sempre coin a superfície de furtacôres. 

Varied. 3. a Zinco Calamina Commum. Calarnine 

cornmune; Broch. D'ordinario 

em massas concrecionadas , cellulares 

, avermelhadas: ou compactas, 

brancas-amarelladas , susceptíveis 

de polimento. Impuro , em 

consequência do ferro , silica , argilla, 

e muitas vezes de outras substancias, 

com que o oxydo do Zinco 

se acha misturado. 

Acha-se nos terrenos 

de transição, formados 

de pedra d areia , ou de 

schisto , ou de cal carbonatada 

: nos secundários; 

e até nos d'alluvião 

: mas , segundo 

Werner, nunca nos primitivos. 

Eónnaporsi só 

camadas extensas no 

meio de outras camadas 

lapideas , ou metallicas : 

encontra-se associado a 

diversos mineraes de 

chumbo ; especialmente 

ao chumbo sulfurado ; e 

aos de cobre e prata : 

acha-se também misturado 

com o ferro terroso 

, com a cal carbonatada 

, quartzo e outras 

pedras siliciosas. 

O Zinco Calamina 

entra na confposição do 

latão ; e de outras ligas 

usadas nas Artes. Extrahese 

d'elle o Zinco 

em regulo, o qual entra 

im mediatamente na 

composição das mesmas 

ligas: é empregado na 

construcção das pilhas 

galvanicas : reduzido a 

laminas, serve para vários 

utensilios: entra 11a 

preparação dos fogos 

d'arlificio , por ter a 

propriedade de arder 

com chamma branca 

mui brilhante: pode servir 

em vez do estanho , 

para cobrir os vasos de 

cobre.O seu oxvdo branco 

sublimado pôde ser 

substituído com vantagem 

ao alvaiade na pintura 

a oleo ; por não ser 

funesto ã saúde dos Artistas 

, nem ter 0 inconveniente 

de atnarellecer 

ao ar. E applicado interiormente 

11a Medicina , 

como antispasmodico : e 

externamente, como dessecante. 

Zinc carbonate ; Haiiy, Brgng. Acha-se em camadas, Tem os mesmos usos , 

ninhos e veios , d'ordi- que a Especie antecenario 

, nos terrenos caldente.careos de transição : algumas 

vezes nos calcareos 

secundários: é raro 

nos mais recentes.

CLASSE ORDEM ESPECIE CÒR. 

IV. II. III. 

Metaes. Metaes Zinco Amarello. 

Du- Sulfura- Vermecteis. 

do. lho. 

Pardo. 

Negro; e 

com differentesgradaçõesdestas 

côres. 

IV. 

Ferro Ar- Côr d'essenical. 

tanho. 

TRAKSPA- 

REKCIA. 

Diafano. 

Translúcido. 

Opaco. 

Opaco. 

PESO ESPECIPICO : 




4,166 

Crystallizado; d'ordinário 

era dodecaédra 

de planos rhorabos , 

com as arestas , ou ângulos 

sólidos , substituídos 

por facetas: ou 

em tetraédra: ou octaédra 

, diversamente moiliíicados. 

Lamellar. 


Textura , quasi 

sempre lamellosa, com 

a superfície das laminas 

, muito brilhante: 

ou compacta: ou fibrosa. 

Mais tenro do que 

vidro ; pelo que se 

distingue do estanho 

oxydado.Rasura, acinzentada 

: ou escuraa 

vermelhada. 

CARACTERES 

CUY MICOS. 

I i AlBOA. 

No acido sulfurico 

desenvolve o cheiro 

muito activo do gaz 

hydrogenio sulfurado. 


funde-se a Igu mas 

ve/.es ein escoria : não 

produzch^mma azul, 

nein frocos brancos. 

As differentes analyses 

desta Especie mostrão, 

que na sua composição 

entra Zinco, 

ferro , enxofre e agua 

na proporção de 0,0.4 

até 0,06. Segundo 

Bergman é o ferro 

necessário , para que 

o Zinco se una ao enxofre. 

Em quanto ao 

estado , em que se 

acha o Zinco , conforme 

M. Guyton , é no 

de oxydação : e no 

estado metallico, segundo 

M. Proust. 

6,5a 

Ao maçarico desenvolve 

fumo branco com 

Crystallizado , d'ordi- cheiro d'alho actinario 

, em prismas vo: e converté-se em 

rhomboidaes. Bacillar. 11111 globulo de ferro 

Acicular. Disseminado. frágil. Pela sua dure 

Amorpho. Textura 7.a, scintillação com 

granosa, de grao filio cheiro forte 1'allio 

Fractura , desigual : textura granosa . dif- 

pouco brilhante. Scin fere do cobalto arse 

tillante: suas faisc^s nical e cinzento ; e da 

deixão um pequeno prata antimonial. 

rasto defumo branco, Composição: 

com cheiro d'alho mui- Ferro O1Jil 

to sensivel. Não tem Arsénico . . . 0,579 

acção alguma sobre a 

barra magnética. 

Lampadius.

LXXVIII. iíj 3 

SYKOMYMIA : SUBSVECIES : VARIEDADES. JAZIGO. Usos. 

Zinc sulfure y Haiiy. IIlenJe f Brocli. 

Varied. I.« Zinco Sulfurado Amarello. Blen- 

Je jaune; Brocli. Côr, amarella 

de topázio: ou de resina : ou 

de enxofre. Phosphorescente ao 

mais pequeno attrito: manifestando 

este fenomeuo até debaixo 

d'agua: e dando cheiro do gaz 

hydrogenio sulfurado. Contém 

d'acido fluorico o,o.j; Bergman 

em uma amostra de Scharsenberg. 

Varied. a. a Zinco Sulfurado Escuro. Illende 

brune ; Broch. Côr , escura-ruiva : 

ou avermelhada. 

Varied. 3.» Zinco Sulfurado Negro. Blende 

noire; Broch. Côr, negra: declinando 

, algumas vezes , para 

avermelhada. Opaco. Coutem 

maior porção de ferro, que as 

Variedades precedentes ; Bergman. 

Varied. 4 a Zinco Sulfurado Compacto. 

Zinc sulfure eoncrétioné; Haiiv- 

Côr, negra de ferro, passando 

á cinzenta, coin algumas partes 

amarelladas. Compacto. Textura , 

fibrosa. Fractura, conchoidal na 

direcção transversal. Rasura , escura 

avermelhada. Não é phosphorescente 

pelo attrito. Ao maçarico 

crepita: arde com chamma 

azul: dá cheiro d'enxofre. 

Pyrite arsénieale eommune .' Brocli. V. 

Mispickel. 

Varied. Ferro Arsenical Argentifero. Pjrite 

arsenical argentijère; Broch. 

Competem-Ihe todos os caracteres 

da Especie: á excepção de ser mais 

branca e conter prata, cuja proporção 

varia de I até iã por IOO. 

Acha-se quasi sempre 

fazendo parte das bètas 

metallicas, nas monta* 

ilhas primitivas e secundarias 

; e com mais frequência 

ainda nas de 

transição. Acompanha, 

d'ordinario , o chumbo 

e ferio sulfurados, o 

cobre pvritoso e o cinzento; 

a prata sulfurada; 

o ferro carbonatado 

e o oxydulado; e o estanho 

oxydado. Sua ganga 

mais commum é o quartzo; 

a cal carbonatada 

e a Anatada, e a baryta 

sulfatada. 

Parece pertencer aos 

terrenos primitivos ; 

acha-se, commummente, 

nas bètas das minas 

d'estanho : acompanha 

também as mina® 

de chumbo e zinco sulfurados, 

e do cobre pvritoso: 

tem por ganga o 

quartzo, a cal carbonatada 

e fluatada. Encontra-se 

também disseminado 

uus rochas. 

25 

Emprega-se na composição 

do latão : tirase 

delle o oxydo de 

Zinco, que serve para 

fabricar o sulfato de 

Zinco do commercio , 

ou vitríolo branco, usado 

na Pintura e na Pharmacia. 

Ila pouco tempo 

começarão também a 

ser lavradas as minas 

de-ta Especie, para cxtrahir 

delia o Zinco em 

regulo. 

O Ferro, que se extralie 

deste mineral . é 

sempre quebradiço: por 

cujo motivo o fim daj 

sua lavra é obter o arsénico 

oxydado. A \ a-j 

ried. Argentifera é I i j 

vrada na Saxonia eno! 

Chili , como mina de 

prata. 

1 

1 

l 

l

CLASSE 

XV. 

OEDEM 

II. 


Dúcteis. 

ESPECIE 

V. 

Ferro 

Sulfurado.* 


Còr de latão. 


bronze. 

Avermelhado. 

Cinzento 

d*aço. 

Escuro. 

KE NCI A. 





CARACTERES 

CU YMICOS. 

2 TABOAt 

Opaco. 4,IO 

Ao maçarico desen- 

4,74 

volve cheiro sulfuroso 

muito sensível: funde- 

Fórma, crystallizase , convertendo-se 

da. Laminar. Concre- por fim em uma escocionada. 

Dendritica. ria denegrida. 

Textura, compacta. Composição : 

Fibrosa. FVactura , Ferro no esta- 

vitrea. Desigual , asdo metallico 53 

pera de grãos de Enxofre .... 47 

differentes grossuras. M. Proust. 

Conchoidal. Radiada. Composição da 

Scintillante : dando Subsp.: 

cheiro sulfuroso. Ferro no estado 

metallico o,fi3i 

Enxofre .... 

Hatchett. 

o,36j

LXX1X. 

SyiroifYMiA: SUBSPECIES: VARIEDADES. 

Pyrite sulfure use ; Broch. 

aried. i. a Ferro Sulfurado Crystallizado. 

Pyrite martiale commune; Broch. 

Appresenta muitas diversidãd 

de formas: as mais frequentes são 

n cubica: dodecaédra com planos 

pentágonos irregulares: icosaédra 

de faces triangulares. OffereceSuh- 

Vnriedades: A. Km crystaes quasi 

cúbicos, com as faces um pouco 

convexas e cobertas d'estrias , dispostas 

de maneira , que as estrias 

duma são sempre perpendiculares 

ás estrias das faces adjacentes: Fer 

sulfure triglyplie ; Brong. B.Em laminas, 

as mais das vezes, grossas, 

denteadas na margem: Fersulfure" 

dentellé; Haiiy. Pj ri te en cré te de 

eoq; Romé de-Lisle. C; Ein arbo 

rizaçoes , ou dendrites : Fer sulfure 

dendroide; Haiiy. 

Varied. Ferro Sulfurado Concrecionado. 

Em fórma de stalactites , ou concreções 

cylindricas, ou globosas , 

ou mammillosas. 

Varied. 3." Ferro Sulfurado Radiado. Pyrite 

rayonné; Broch. Em massas, d'or 

dinario , isoladas , esfericas ; ou 

cvlindricas ; ou irregulares, mas 

sempre de contornos arredondados 

; superGcie aspera, pelos 

muitos ângulos solidos, que nelhi 

sobresáem: o interior fibroso: com 

as fibras , ou raios convergindo 

para o centro das massas esferoidaes 

; ou para o eixo d'aquellas 

que se approximao á fórma cvlindrica. 

Subsp. Ferro Sulfurado Magnético. Pyrite 

magnétique ; Broch. Côr, amarella 

Avermelhada. Escura. Fractura 

desigual e aspera. Faz mover a bar 

ra magnética: propriedade, qu< 

parece resultar de conter maior 

porção cie ferro, do que o Ferro 

Sulfurado Commum. 

JAZIGO. 

Usos. 

iip 

v 

«Wtrt-v 

O Ferro Sulfurad Lavra-se o Ferro Sul- 

encontra-se em toda furado para extraliir 

casta de terrenos; porér d'elle Iiao o ferro, que 

os seus jazigos difíerem seria de má qualidadi 

Igum tanto , segundo mas sim o enxofre: 

suas Variedades. O demara obter os sulfatos 

' ! C 1 1 - 

actura vítrea e aspera e ferro e de alumiua : 

aclia-se nas bètas rnetalli- ou para apioveitar o 

cas^ ou lapideas; ou em- ouro e a prata, que de 

pastadonasrochasprimi- mistura contém , ás vetivas. 

Encontra-se igualzes , accidentalmente. 

mente disseminado nas Do Ferro Sulfura- 

rochas secundarias ; e é o Magnético fazem- 

ntre estas, queordinase bons magnetes artifíriamente 

se observão os 

seus mais bellos crystaes 

cúbicos e dodecaédros. 

iaes. 

Além de acompanhar 

uitas substancias Iapideas 

e metalheas nos 

seus differentes jazigos, 

encontra-se também em 

randes massas; c em 

aètas possantes e puras, 

sem mistura de outras 

matérias. O Ferro Sulfurado 

Radiado acha-; 

nos schistos marnosos, 

nas argillas, greda, etc.; 

pertence pois mais particularmente 

aos terrenos 

de sedimento da ultima 

formação. Também 

encontra nas bètas do 

chumbo e da praia ; M 

Werner. O Ferro Sulfurado 

Magnético só s 

acha nos terrenos pri 

mitivos ; mormente em 

o schisto micaceo em camadas, 

misturado com 

o ferro sulfurado sin 

pies : é acompanhado do 

estanho, granadas, am 

phihole, 

nierlin 

etc.; M. Em

CEASSE 

IV. 

ORDEM 

II. 


Dúcteis. 

ESPECIE 

VI. 

Ferro 

Oxydulado. 

CÓS. THAN spi- 

KEXCLA1 


FÓRMA : TEXTUR V: 

FKACTUKA : E OUTROS 


Da còr do Opaco. 4, »4 

ferro me- 

4,y3 

tallico , 

inclinando 

um is 

\ezes para 

negro, 

outras 

vezes para 

còr de 

aço. 

Crystallizado em 

octaédro regular: ou 

em dodecaédro rhomboidal, 

cujas faces 

são estriadas paralle- 

Iamente á grande diagonal. 

F.m massa. Disseminado. 

Arenoso. 

Textura , compacta. 

Fibrosa: com as fibras 

paralielas: ou 

divergentes. Arenosa. 

Fractura, conchoidal. 

Granosa. Escamosa. 

Radiada. Rasura, negra. 

Exercita uma acção 

energica sobre a 

barra magnética. 

CARACTERES 

CHYMICOS. 

2 TABOAt 


sem addição : communica 

ao vidro do 

bórax uma còr verdeescura. 

É o ferro pouco 

oxydado: e propriamente 

um Deutoxydo, 

segundo Thénard. 

I- 

1 

( 

(

LXX X. '97 

SY.VOIÍYMIA : SuBsrcciEs: VAEIEDADES. 

Fer oxjdulé; Haiiy. Fer magnétique commune 

; Broch. * 

Varied. Ferro Oxydulado Iman. Fer oxjdidé 

aimantaire; Brong. V. Magnete. 

Pedra Iman. Pedra de 

cevar. E o Ferro oxydulado, em 

que se observa a virtude magnética 

no mais alto grão: attrahe 

com muita facilidade a limalha 

de ferro, e manifesta claramente 

pólos magnéticos. É amorpho: 

de textura compacta: ou granulosa 

: ou escamosa. Sua côr, d'ordinario, 

é negra, mais ou menos 

carregada ; mas tem, ás vezes , 

partes Iapideas misturadas, que 

o fazem esbranquiçado , ou pardo-avermelhado: 

e nesse caso é 

menos enérgico o seu magnetismo. 


primitivos: acha-se em 

bètas possantes: ou em 

camadas: ou entra na 

composição das st 

rochas: algumas vezes 

fórma montanhas inteiras. 

As rochas , que 

d'ordinario o coutem 

são as do gneis , do 

schisto micaceo, as ainphibolicas 

e as taleosas; 

e é nestas ultimas , q«e 

commummente se encontra 

disseminado em 

crystaes octaédros , ou 

dodecaédros muito regulares 

e volumosos. Os 

mineraes , que commummente 

o acompanhâo, 

são as granadas, 

cal carbonatada , o 

ferro arsenical, o ferro 

e cobre sulfurados. Segundo 

Werner, também 

se encontra nas 

rochas secundarias. O 

Ferro Oxydulado Arenoso 

fórma depósitos no 

fundo dos valles; ou 

margem dos rios; ou 

das rapidas e copiosas 

torrentes , parecendo , 

ue a lavagem o separou 

3as matérias terreas ou 

lapideas, que o enyol- 

Os mineraes d'esta 

Especie constituem um, 

objecto importantíssimo 

de mineração; particu-J 

larmente na Suécia 

Norwega, onde os 1 

em maior abundaueia ,' 

e são os que fornecem 

o melhor ferro em bar- 

, que se conhece. O 

seu producto , ordinariamente 

, é de 8o até 

90 por 100. O ferro de 

Oannemora, na Suécia, 

é com especialidade procurado 

pelos Inglezes 

para o fabrico do aço. 

AVariedade Iman fazse 

notável pelos usos, 

que resultão da sua 

grande virtude magnética.

W 

I9S TAROA 

CLASSK ORDEM ESPECIE 

IV. ii. vá. 

Metaes. Metaes Ferro Da còr Opaco, 

Dúcteis. Oligisto. do aço: 

algumas 

CÒK. XHAKSPA- PF.SO ESPECIFICO: 

vezes 

com brilho 

mui 

v.ivo. 

DESCIA. FÓRMA: TEXXUKA: 



CARACTERES 

CHYMICOS. 

5,oi 

\o maçarico sem ad- 

5,21 

dição é infusivel: uão 

dá fumo , nem cheiro. 

Crystallizado. Lami- Branquea o carvão , 

uar. Amorpho. Tex- sobre que é aquecido. 

tura, compacta. Es- Fundido com o bórax , 

camosa. FVactura , la- communica-lhe uma 

mellosa. Desigual. Vi- côr verde-escura : e 

trea. Frágil: mas com prolongada a acção do 

dureza capaz de riscar fogo , converte-se em 

o vidro. Attrahe a agu- escoria amarellada, ou 

lha magnética , porém de um verde-sombrio. 

com menor energia, 

do que a Especie precedente: 

não tem acção 

alguma sobre a 

limalha do ferro. Rasura 

, avermelhada. 

Deixa sobre o papel 

e sobre a porcellana 

traços cscuros-avermelhados.

LXXXI. '99 

Fer oligiste; Haiiy. Brong. Fer speculaire; 

Brocli. 

Varied. T. A Ferro Oligisto Compacto. Fer 

speculaire eommune; Bróch. Em 

massa: ou em crystaes solidos: 

duros : de textura compacta: 

fractura aspera. Sub-Variedades: 

A. Com a fórma de solido formado 

por seis pentágonos; seis 

triângulos isosceles; e doze triângulos 

escalenos : Fer oligiste binocentai 

re ; Haúy. B. Solido formado 

de duas pyramides liexaédras, 

truncadas muito perto da base r 

e oppostas base a base : Fer oligiste 

trapézien; Haúy. C. Duas pyramipes 

reunidas , e com rhombos cm 

lugar de ângulos solidos no sitio 

da reunião das pyramides: Fer 

oligiste'progressif ; Haúy. D. Solido 

rhomboidal muito obtuso, com 

os ângulos embotados: Fer oligiste 

lenticulaire; Brong. E. Em laminas 

, cuja superfície , d'ordinario, 

é coberta (!'estrias encruzadas: 

Fer oligiste laminaire; Haúy. 

Varied. Ferro Oligisto Especular. Fer 

oligiste speculaire; Brong. Em laminas 

frágeis com brilho d'aço 

polido: fractura vitrea. 

Varied. 3.® Ferro Oligisto Escamoso. Fer 

micacé; Broch. Em laminas delgadas 

: d'um polido brilhante : 

appticadas umas sobre as outras : 

algumas vezes idivergindo d'um 

centro: fáceis de quebrar, reduziudo-se 

a pequénas palhetas brilhantes 

e unctuosas. 

Ai.» Variedade é própria 

dos terrenos primitivos 

: apparece ein 

massas volumosas (stocks 

jacentes) , formando 

em alguns paizes montanhas 

inteiras: ou eui 

grandes camadas : ou 

em bètas possantes : os 

seus brilhantes e variados 

crystaes achão-se 

nas cavidades dos mencionados 

jazigos.. 

A a. a Variedade encontra-se 

nos terrenos volcanicos: 

forra as fendas 

e outras cavidades próximas 

á boca dos voicoes, 

nas quaes existe 

sublimado : apparece 

também entre" algumas 

lavas e escorias. 

Á 3. a Variedade raras 

vezes se acha em massas 

consideráveis: encontrase, 

d'ordinario , á superfície 

d'algumas rochas e 

de alguns mineraes de 

ferro : apparece também 

em pequenas bètas, 

nas rochas argillosas: é 

commum em quasi todas 

as minas de Ferro 

Oligisto Compacto. 

Os mineraes'desta Especie 

^particularmente 

os da primeira Variedade 

, fornecem exceilertte 

ferro, e em grande 

quantidade; e tem a 

vantagem de ser pouco 

despendioso o processo 

metallurgico , que se 

lies applica. Produzem, 

ordinariamente , 6o até 

70 por 100.

2 OO TABOA 

CLASSE 

XV. 

; Metaes. 

I 

OKDEM 

II. 

Metaes 

Ductei*. 

ESPECIE 

VIU. 

Ferro 

Oxydado. 



sangue. 

Côr de cereja.Vermellio-ama* 

rellado. 

Vermellio-escuro. 

Amarello. 

Verde-denegrido.Cinzentoavermelhado.Cinzentoamarellado. 

Cinzento» 

azulado. 

Escuro. 

Quasi negro. 

RÊNCIA. 

Opaco : 

ou translúcido 

SC 

nas extremidades. 





3 

5 

Em massa. Concrecio 

nado. Disseminado 

Geodico. Granoso. 

Pulverulento. Textura 

, compacta. Fibrosa. 

Schistosa. Terrea. 

Fractura, unida.Granosa,Conchoidal.Terrosa. 

Rasura, vermelha 

, mais ou menos 

viva: vermelha-ala- 

ranjada : amarella , 

mais ou menos carregada 

: escura: escura-avermelhada, 

ou 

amarellada : ou quasi 

negra. Ao fogo adquire 

o magnetismo polar. 

Algumas Variedades 

são unctuosas e 

inquinantes. 

CARACTERES 

CHYMICOS. 

Insolúvel no acido 

nitrico. Ao maçarico 

torna-se denegrido. 

Communica ao vidro 

do bórax a côr amarella 

, ou verde, mais 

ou menos intensas. 

Composição da 

Snbspecie i.«: 

Oxygenio . . . IY,5 

Bucholz no Ferro 

Oxydado Vermelho 

Compacto de Tocs 

chnitz, na Thuringia. 

Subsp. a.» (sendo 

pura): 

Ferro peroxydado 

85 

Agua ...... i5 

Accidentalmente contém 

silica, oxydo de 

manganesio, alumina, 

e algumas vezes também 

ferro pliosphatado. 

Berthier e Descotils. 

Subsp. 4-*: 

Alumina .... o,8o 

Silica o,o3 

Residuo eperda 

o, 13 

Tennant no Esmeril 

de Naxos.

i x x x n . ãò i 

SÍ-NOXYMI.V,: SuissrEciEs : VARIEDADES. 

Subsp. i." Ferro Oxydado Vermelho. Mine 

de Jer rouge; Broch. Fer hyperoxydè; 

Bouruon. Rasura, fina 

muito dura; mas sem aspereza: 

de còr vermelha: vermelha viva 

de saugue: vermelha-escura: vermelha-amarellada. 

NSo faz pasta 

com a agua. 

Varied. i." Ferro Oxydado Vermelho 

Luzente. Eisenrahm; Broch. Còr, 

vermelha viva; ou desmaiada. 

Aspecto, luzente: algumas vezes 

metallico. Unctuoso. Inquina os 

dedos de vermelho , cohrindo-os 

de pequenas palhetas brilhantes 

e muito adherentes. 

Varied. a. a Ferro Oxydado Vermelho 

Hcmatitico- Fer oxydê hematite; 

Haiiy. Hematites rouge; Broch. 

Còr, d'ordiuario , vermelha-escura. 

Textura, fibrosa, de fibras 

delicadas mui visíveis; ás vezes 

parallelas; mas coinmummente 

divergindo do centro para a circutnferencia, 

e com aspecto de 

seda. Rasura , vermelha; declinando, 

ás vezes, para outra còr; 

mas nunca para amarella. Solido. 

Compacto. Duro. Adquire pelo 

attrito um brilho qnasi metallico. 

Varied. 3." Ferro Oxydado Vermelho 

Compacto.í//neífc fer rouge compacte 

; Broch. Còr, vermelha muito 

viva. Textura, compacta. Fractura, 

unida: ou conchoidal. Rasura, 

sempre vermelha. 

Varied. 4- a Ferro Oxydado Vermelho 

Ocraceo. Ocre de fer rouge; Broch. 

Côr, vermelha muito viva. Fractura, 

terrea, sem lustre. Tenro: 

reduzindo-se facilmente a pó. 

Muito iuquinante; mas não unctuoso. 

A i." Variedade desta 

Subsp. apparecc, quasi 

sempre, ein fórma de 

crusta delgada, cobrindo 

outros mineraes de 

Ferro, especialmente o 

Ferro Spathico: e também 

se tem observado 

sobre o carvão mineral. 

A ?.. a e 3. a Variedades 

existem nas bètas , e em 

camadas, ordinariamente, 

nos terrenos primitivos 

; com especialidade 

nos de schisto micaceo: 

e ás vezes acha-se a 

a.» Varied. em quantidade 

tão considerável, 

que fórma a maior parte 

da massa da montanha. 

A 4- a Varied. acompanha, 

d'ordinario , as 

duas Variedades precedentes 

, e o Ferro Oligisto, 

2G 

A 5 a Variedade é 

muito boa mina de ferro, 

aindaque difficil de 

fundir: dá excellente 

guza; e o seu producto 

approxima-se a Co por 

100. Em consequência 

da sua dureza serve para 

brunir o ouro , prata e 

outros metaes. 

A Varied. 3. a é tombem 

objecto de lavra 

importante , e produz 

muito bom ferro. 

A Varied. 4- a é uma 

das minas de ferro mais 

fáceis de fundir: mas 

não se tem encontrado 

em abundancia sufficiente 

, para ser por si 

só objecto d'uma lavra 

aturrda. Fornece duas 

côres vermelhas, usadas 

nas Artes: tuna, a que 

podemos dar o nome de 

Vermelho da índia (rouge 

indien dos Francezes), 

e serve na Pintura: outra 

chamada Almagra , 

que serve também para 

pinturas grosseiras; para 

polir os espelhos e o 

ferro ; e que os Hespanhoes 

misturão com o 

tabaco, para lhe dar 

còr avermelhada.

CLASSE 

IV. 

OKDEM 

11. 


Dúcteis. 

ESPECIE 

VIII. 

Ferro 

Oxydado. 

COE. TRAHSPA- 

REKCIA. 

PESO ESPECIPICO: 

FUMRA: TEXTURA: 

FRACTURA: B OUTROS 


• 

CARACTERES 

CHX MICOS. 

TABO A.

LXXXI1I. ao3 

SYNONYMIA : SUBSPECIES : VARIEDAEES. 

Subsp. 2 * Ferro Oxydado Escuro. Fer oxydé rubigineux 

; Iíaiiy. Maie dc fer brune; Brocli. Fer hydraté; 

Daubuisson. Còr, escura carregada: ou 

quasi negra: ou tirando para amarellada. Aspecto 

lapideo: ou terroso. Basura, de côr amarei- 

Iada9 mais ou menos intensa. 

Varied. i. a Ferro Oxydado Escuro Fibroso. Hematite 

brune; Brocli. Còr, escura, quasi negra: 

ou escura-amarellada. Textura, fibrosa, com as 

fibras , d'ordinario , muito finas e muito cerradas. 

Compacto. Duro. Superficie, umas vezes coberta 

de um verniz negro: outras , appresentando 

côres vivas e variadas. Basura, escura-amarellada. 

Varied. 2. a Ferro Oxydado Escuro Compacto. Fer 

oxydé rubigineux massif; Iia iiy. Mine de fer brune 

compacte; Brocli. Còr, escura-carregada. Textura, 

compacta. Scliistosa: nunca fibrosa. Superfície, 

algumas vezes vermelha. Rasura, sempre 

amarclla-escura. 

Varied. 3. a Ferio Oxydado Escuro Etite. Fer oxydé 

geodique ; Haiiv. Fer renifor/ne; Broch. V. Pedra 

d'Águia. Em pedaços de figura próxima á esferica; 

ou á ovai; ou á parallelipidica ; compostos 

de camadas concêntricas; acamada exterior é 

escura, compacta e solida : sua rasura, arnarella-escura: 

as outras vão diminuindo de consistência 

até ao centro, que é terroso e amarellado: 

ou ôco, contendo núcleos livres de ocra 

amarella, pulverulenta. 

Varied. 4» a Ferro Oxydado Escuro Granuloso. Em 

massa composta de pequenos grãos arredondados, 

ou achatados e lenticulares , conglutinados 

por uma terra ferruginosa; Fcr argilicux grenu, 

ou lenticulaire; Brocli.: ou em globulos similhantemente 

conglutinados: ou soltos, cuja grandeza 

varia desde o tamanho de uma ervilha até o de 

milho miúdo; Fer pisiforme; Broch. Fer oxydé 

rubigineux globulijorme; Haiiy. Sao compostos 

estes globulos , pela maior parte , de camadas 

concêntricas; as exteriores, formadas de ferro 

oxydado, muito compacto, e de fractura luzente: 

as outras, diminuindo de densidade até ao 

centro; sendo o nucleo, commummente, terro- 

Pertence não só aos 

terrenos primitivos , 

mas também aos de 

mais recente formação. 

As Variedades 

i e 2. a são próprias 

das formaçoes primitivas 

: mas a 2. a 

pertence algumas vezes 

também ás secundarias: 

quasi sempre 

acompanhao uma á 

outra ; porém a i. a 

encontra-se em muito 

menor quantidade : 

achao-se ambas em 

camadas, eem bètas, 

acompanhadas do ferro 

spathico, do spatlio 

calcareo, do quartzo, 

etc. Junto a el- 

Ias é que apparece a 

5. a Varied. em massas 

de pequeno volume ; 

a qual serve de ganga 

a varias substancias 

metallicas , especialmente 

á prata nativa. 

A 3. a Varied. encontra-se 

disseminada 

em grande quantidade 

nas montanhas 

d'alluvião, e nas secundarias; 

quasi sempre 

nas camadas argillosas 

; e em algumas 

partes fórina consideráveis 

bancos. A 

4- a Varied. fórma camadas 

, e algumas 

de bastante possança 

nos terrenos secundários: 

outras vezes 

so e friável. 

Varied. 5. a enche as fendas dos 

terrenos calcareos , e 

FerroOxydado Escuro Ocraceo. Fer oxydé 

j também amplas ca^ i- 

rubigineux pulvérulcnt; Iíaiiy. Ocrede fer brune, 

Broch. Còr, amarella; mais ou menos escura; 

passando ao amarello d'ocra. Ein massa : ou disseminado. 

Fractura, terrea. Temo : ou friável. 

Um pouco inquinante. 

! 

[dades no interior delle*. 

A i. a Varied. 

é de mui fácil 

fusão; c posto 

que não dê boa 

guza , produz 

um ferro macio, 

que se converte; 

com facilidade 

em aço, a que 

por isso chamão 

aço natural: o 

seu producto 

anda de 

o 

4 

a 

5o por IOO. 

A Varied. 2. a 

é objecto de lavra 

importante, 

e produz muito 

bom ferro. O 

mesmo digo da 

3. a Varied. 

A maior parte 

do ferro da 

França provem i 

da 4- a Varied.;; 

e nem a sua 

lavra c difficil, j 

nem os proces-j 

sos metallurgi-i 

cos , que exige 

: mas o seu 

producto nao é' 

sempre abundante, 

e o fer-I 

ro é de má qua-j 

lidade , princi-| 

pai mente por! 

ser quebradi-! 

ço : ordinaria® 1 

mente dá 3o até 

4o por ioo.

CLISSE 

IV. 

Metaes. 

I 

OKDEM 

II. 

Metaes 

Dúcteis. 

ESPECIE 

VIII. 

Ferro 

Oxydado. 


1 

RÊNCIA. 





CARACTERES 

CUYMICOS. 

2 TABOAt

LXX XlY. 

SYXOXYMIA : SUBSPECIES : VARIEDADES. 

Subsp. 3.» Ferro Oxydado Terroso. É um resultado 

da mistura, ou da combinação da i. a ou 2. a 

Subspecie, com differentes terras; principalmente 

com a argilla, ou com a silica. 

Varied. i. a Ferro Oxydado Terroso Argilloso. Fer 

argileux; Broch. Côr, cinzenta-amarellada 

ou avermelhada. Escura-avermelhada. Vermelha 

de tijolo. Fractura, sem lustre, d'ordinario 

terrea. Tenro. Macio ao tacto. Pégase 

á lingua, Não effervesce nos ácidos. Ao 

maçarico é infusivel: faz-se denegrido. Sub 

Variedades : 

A. Ferro OxydadoTerroso Argilloso Commum. 

Fer argileux commune ; Broch. Em massas de 

differentes côres: algumas vezes com marca 

d'impressôes de vegetaes. Textura, a mais 

vulgar, terrea: mas também se encontr 

compacta e a schistosa. 

B. Ferro Oxydado Terroso Argilloso Bacillar. 

Fer oxydé rouge bacillaire; Haúy. Fer argileux 

scapiforme; Broch. Côr, passando por gradações 

insensíveis , desde a vermelha de 

cereja até á escura-vermelha carregada. É 

composto de longas varetas, delicadas, direitas 

, ou arqueadas ; unidas e parallelas ; 

fáceis de separar. 

Varied. 2.® Ferro Oxydado Terroso Limoso. Fe. 

Iimoneux; Broch. Em massas tuberculosas; 

Jieterogeneas : de textura compacta: offere 

cendo zonas sinuosas. Fractura , um pouco 

luzente. Resulta da mistura do oxydo d 

ferro, com diversas terras, cuja natureza e 

quantidade varíao. 

Varid. 3. a Ferro Oxydado Terroso Areento. Ci 

escura, misturada de vermelho e amarello 

de ferrugem. Fractura, granosa: luzente em 

alguns pontos. Aspera ao tacto. 

Subsp. 4- a Ferro Oxvdado Quartzifero. Fer oxydé 

quartzifere; Haúy. Esmeril; Broch. V. Esmeril. 

Côr, varia do cinzento-carregado ao 

cinzento-azulado. A's vezes um pouco translúcido 

nas extremidades. Fractura , granosa 

de grãos finos e cerrados. Scintillante. Muito 

duro: o seu pó risca todos os corpos, exce 

pto o diamante. Infusivel. Alguns fragmentes 

attrahem a agulha magnética. 

Pertence em parte 

aos terrenos secunda 

rios, em parte aos 

d'alIuviao. A i.* Varied. 

é própria dos secundários 

, e se acha , 

d'ordinario, ou alternando 

com as camadas 

de schisto argilloso 

e de schisto bituniinoso: 

ou no meio 

das camadas d'argilla, 

e principalmente na 

visinhança de fogos 

subterrâneos. A 2. a 

Varied. algumas vezes 

apparece era camadas 

extensas, alternando 

com o grés 

e argillas: porém o 

mais frequente é achar-se 

, tanto esía , 

como a 3. a Varied., 

nos terrenos d'alluvião; 

com a differe liça 

, que a 2. a se encontra 

nos lugares 

húmidos, logo imme- 

diatamente á primeira 

camada de terra , ou 

debaixo da relva: < 

3. a no meio das camadas 

do saibro, em 

bancos de pequena 

espessura; mas também 

mui proximos á 

superfície do terreno. 

A 4- a Subspecie não 

tem jazigo bem conhecido 

: tem-se encontradodisseminada 

em camadas de 

steatite endurecida 

misturada de talco 

commum. Em geral, 

suppoem-se, que este 

mineral é proprio dos 

terrenos de primeira 

formação, 

A i.» Varied. 

lavra-se em algumas 

partes, e 

produz ferro de ! 

boa qualidade. j 

A 2. a Snb-j 

Varied. do pei to \ 

de 3o a 4° por! 

ioo. 

A 3.» Varied. 

lavra-se; mas o 

ferro, que produz 

, tem o defeito 

de ser quebradiço. 

A 4» a Subsp. 

de grande 

préstimo nas Ar- 

tes , por causa 

da sua grande 

dureza ; em virtude 

da qual 

serve, depois de 

reduzida a pó, 

mais ou menos 

fino, para polir 

os metaes , as 

pedras preciosas 

, os vidros , 

te.

206 TABGA 

C I. A S SE 

IV. 

ORDEM 

11. 


Dúcteis. 

ESPECIE 

IX. 

Ferro 

Spathico. 

X. 

Ferro 

Phosphata- 

LXXXV. 

SYHO«Y.IIIA: SUBSPECIES : VABIBDADES. 

Fcr spathiqúe; Brong. Minedeferspathiquei 

Broch. 

Fer phosphaté ; Brong. 

Suhsp. i." Ferro Phosphatado Laminar. Em 

massas arredondadas, de côr azul 

hastantemente escura; compostas 

de laminas frágeis, e fáceis de 

separar; cada uma das quaes de 

per si é translúcida, líasura , azul' 

clara. 

Subsp. ».* Ferro Phosphatado Azulado. Fer 

azure; Haiiy. Fer terrena: bleu 

Broch. Bleu de Prussc natif, Romcde-Lisle. 

Côr, azul-desmaiado: ou 

azul-iinpuro. Pulverulento. Terroso. 

inquinante, Nos óleos torna 

se escuro. 

JAZIUO. 

Acha-se em bètas possantes 

nas montanhas 

primitivas: mormente 

nas do gneis puro, < 

do amphibole. É acom 

panhado do ferro escuro 

fibroso, ferro sulfurado, 

cobre pyritoso, 

cobre cinzento , quartzo 

, etc. Também se 

encontra em terrenos 

secundários; e ha poucas 

bètas, que o não 

contenhão. 

Acha-se sempre em 

pequenas massas; ou 

em globulos, d'ordinario, 

no meio das argil- 

Ias , que contém , ou 

contiverão substancias 

organizadas. Encontrase 

também disseminado 

na turfa; e em outros lugares 

pantanosos: nunca 

em massas consideráveis. 

Usos. 

O Ferro, que se tira 

desta Especie, converte 

se mui facilmente ein 

aço, por isso na Itirii 

lhe dão o nome de Stahtstein, 

Pedra d'aço, ou 

mina d'aco. 

F" pouco abundante: 

apenas se tem empregado 

como tinta grosseira.

ao8 TABOA 

! CHSSE 

IV. 

OKDEJI 

II. 


Dúcteis. 

KSPF.CIE 

XI. 

Ferro 

Chroínatado. 

XII. 

Ferro 

Arseniatado. 


RÊNCIA. 





CARACTERES 

CHYMICOS. 

Escuro-a- Opaco. 4,o3 

Ao maçarico , sem 

cinzen 

4,057 addição, é infusivel : 

tado: ou 

com o bórax funde-se: 

denegri- 

Em massa. Dissemi- communica ao seu vinado. 

Fractura, desidro uma côr verde 

gual : algumas vezes muito viva. 

um tanto lamellosa. Composição : 

Rasura , cinzenta-car- Oxydo de ferro 0,35 

regada. Não tem acção 

sobre a barra ma- 

Acido chromignética. 

Duro: fácil Alumina .... o,ao 

de quebrar: risca o 

vidro. Dá pela expiração 

o cheiro argilloso. 

Vauquelin. 

Verde Translúd'azeitocido.na-carregado 

: 

passando 

algi> 

mas vezes 

ao amarello: 

ou ao escuro. 

3 

Exposto ao ar decompoe-se 

facilmente, e 

Crvstallizado, ordi- torna uma côr eseuranariamente 

, em peavermelhada. Ao maquenos 

cubos perfeiçarico incha: desentos. 

Concrecionado. volve cheiro d'alho: 

Fractura , um pouco funde-se em glóbulo 

conchoidal. Pouco metallico cinzento , 

duro: passando a um pouco amarella- 

tenro. Rasura, amado.rellada. Composição : 

Ferro oxydado 45,5 

Acido arsénico 3i 

Oxydo dc co- 

Agua....... IO,5 

M. Chenevix. 

Também se encontra 

o Ferro Arseniatado , 

sem que entre o cobre 

na sua composição 

: o que foi analysado 

por M- Vauquelin 

, deu o seguinte 

resultado : 

Ferrooxydado 0,48 

Acido arsénico 0,18 

até otio 


0,02 

até o,o3

LXXXVÍt. 209 

SVKONYXIA ; SUBSPECIES : VARIEDADES. JAZIGO, Usos. 

Fer chramati ; Haiiy. Broch. Tem-se encontrado ein Extrahe-se do Ferro 

veios e em rins na ser- Chromatado 0 oxydo do 

pertina : em camadas cliromio, 0 qual fornece 

entre 0 porfído e a Wa- uma matéria colorante 

cke: disseminado em tal- d'um bello verde d'esco 

scliistoso: e em frameralda, muito solido, 

gmentos dispersos em e que resiste ao fogo: 

alguns valles. 

precioso nas manufacturas 

da porcellana , 

esmaltes, fabricas de vidro 

, etc. 

Fer arseniaté; Brong. Arseniate dc Jer ; 

Bournon. 

Foi achado nas minas 

de Mutzel, no Condado 

de Cornouailles , forrando 

com seus crystaes 

as paredes de pequenas 

bètas d'um quartzo ferruginoso, 

misturado de 

outras substancias metallicas. 

Em poucas mais 

parte* tem apparecido. 

• 

a 7

2.-10 TABOA 

G 

CLASSE 

IV. 

OBDEM 

II. 

Metaes 

Metaes 

Dúcteis, 

ESPECIE 

XIII. 

Estanho 

Oxydado. 

XIV. 

Estanho 

Sulfurado. 

CÔR. IT 

L RANSPA- 

Branco. 

Vermelho.Amarellado. 

Escuro. 

Denegrido. 

I RENCIA. 

Translúcido. 

Opaco. 


FÓHMA: TEXTURA : 



De côr 

d'aço: 

passando 

mais ou 

menos a 

côr de latão, 

ou 

de bronze. 

Opaco. 4,35 

CARACTERES 

CH YMIC05. 

FI>9 

Os mineraes desta Especie 

expostos ao ma- 

Crystallizado. Concreçarico sobre o carvão 

cionado.Granulifor- crepitão : fazem-se 

me. Amorpho. Textu- inais claros: eporfim 

ra, granosa. Fibrosa. reduzem-se , ainda 

Fractura , desigual. que difíicultosainen- 

Duro. Scintillante. Rate , a globulo metalsura 

, cinzenta. lico: excepto os da 

Variedade a. 1 , Cujn 

côr muda para vermelha-pardilha, 

e não 

se reduzem, nem se 

fundem,ainda mesmo 

com addição do bórax. 

Em massa. Disseminado. 

Fractura , granosa; 

de grãos com differentes 

grossuras: algumas 

vezes conchoidal , de 

pequenas cavidades : e 

em alguns fragmentos 

apparece um pouco lamellosa. 

Sendo raspado, 

adquire brilho metallico. 

Rasura , negra. 

Pouco duro: passando 

a tenro: facii de quebrar. 

Composição: 

Varied. i.» 

Estanho . . . 77,So 

Silica 0,75 

Oxygenio. . . ai,5o 

Klaproth. 

Varied. a. a 

Oxydo d'Esta- 

Ferro o,o5 

Este oxydo contém 

perto de 0,29 de Oxygenio. 

DescostUs. 

Ao maçarico desenvolve 

cheiro sulfuroso: 

funde-se facilmente: 

mas não se 

reduz. Da ao vidro 

do bórax a còr amarella. 


Cobre 36 

Substancias Iapideas 

s 

Klaproth. 

Í,

LXXXV11I. 2 11 

SYHOJTYMIA: SUBSPKCIES : VARIEDADES. JAZIGO. 

Etain oxydé; Haiiy. Mine d'Etain coinmune; 

Broch. 

Varied. i." Estanho Oxydado Crystallizado. 

Ent prismas de 4 planos , terminados 

por uma pyramide de 4 

faces: Etain oxydé pyramide; Brong. 

Em prismas, com facetas lineares, 

era lugar de arestas: Etain oxydé 

dioctaèdre ; Brong. 

Varied, 2." Estanho Oxydado Concrecionado. 

Mine d'Etain grenne ; Broch 

Em pedaços; ou globosos; ou reniformes 

; ou tuberculosos. Côr 

parda-clara.Textura , fibrosa; com 

apparencia de lenhosa. 


primitivos da mais antiga 

formação; principalmente 

ao granito, gneis, 

schisto mieaceo e porfido 

; no meio dos quaes 

se encontra em massas ; 

em bètas; em camadas ; 

e disseminado: acompanhâo-no 

o scheelin , o 

ferro arseniado, os topázios, 

o quartzo , a cal 

fluatada e pliosphatada, 

a amphibole , a mica 

branca e negra , a chlorite, 

etc.: e quasi nunca 

a cal carbonatada, a baryta 

sulfatada , o zinco , 

o chumbo, a prata , etc. 

Encontra-se também em 

grãos adherentes a diversas 

pedras; ou soltos 

á maneira d'areia denegrida, 

formando depositos 

muito extensos 

nos terrenos d'alluvião, 

que resultão da decomposição 


Etain pyritenx ; Broch. Etain ndfuri; Haiiy . Esta Especie é muito 

rara: só se tem achado 

em umabètade grossura 

quasi degpés,composta 

(na maior parte) de cobre 

pyritoso, em Wheai- 

Rock, no Condado de 

Cornouailles. 

Usos, 

É a única Especie dos 

mineraes d'Estanlio,que 

faz objecto de lavra, e 

que dá o Estanho do 

commercio. 0 ar e a 

humidade alterão muito 

menos a superfície d'este 

metal, do que a do ferro 

e cobre, e por isso é 

empregado na construcção 

de differentes utensílios 

: serve para estanhar 

vasos de cobre e ferro 

; destinados aos usos 

domésticos ; por não ter 

seu oxydo acção nociva 

sobre a economia 

animal, como tem os 

oxydos de cobre e de 

chumbo. Reduzido a folhas 

, entra na manufactura 

dos espelhos , 

amalgamando-se cotn 

mercúrio. Fundido com 

o cobre em diversas proporçoes, 

fórma o bronze 

e a liga , de que se 

fazem os sinos : entra 

também na preparação 

da lata. As suas dissoluções 

tem grande usò 

naTinturaria: avivao as 

cores de purpura , tiraradas 

do reino animal 

O Estanho muito oxydado 

, chamado potea 

d'Estanho , serve para 

polir.

2 ia TABO \ 

Cr. ASSE 

IV. 

OHDEM 

II. 

Metaes. Metaes. Metaes 

Dúcteis. 

F.SPECIE 

XV. 

Chumbo 

Sulfurado. 

XVI. 

Chumbo 

Sulfatado. 


Cinzentoazulado, 

como o 

Chumbo 

puro. 

RÊNCIA. 

Branco Diafano. 

de neve. TranslúBranco-acido.cinzentado. 

Branco aamarellado.Amarelloruivo. 





CARACTERES 

CHYMICOS. 

Opaco. 7,587 


funde-se depois, de- 

Fórma, octaédra. Prissenvolvendo cheiro 

mática: e outras deriva- sulfuroso: e por fim 

das da cuhica. Em mas- volatilizado todo o 

sa.DisseminadoAmor- enxofre , obtem-se o 

pho. Textura, lamello- globulo de Cbuinbo 

sa : dividindo-se facil- metallico. 

mente em cubo perfei- Composição : 

to. Granosa. Estriada. Chumbo . 6o até 8J 

Fractura , lamellar : Enxofre . i5 até aã 

raras vezes radiada. Contém accidental- 

Igual : ou um pouco mente prata, antimo- 

conchoidal. Basura , nio , ferro, etc. em 

perfeitamente negra. diversas proporções. 

Algum tanto inquinante. 

Varied. 3.» 

6,3 

Crystallizado em octaedro: 

ou em outras figuras 

, que se derivão 

d'est.i. Granuliforme. 

Amorpho. Fractura , 

compacta. Superfície 

lisa: com brilhantismo 

vitreo. Tenro: muito 

frágil. 

Antimonio .... o,ao 

Klaproth. 

Nao effervesce no 

acido nitrico. Reduzse 

4 simples chamma 

de uma véla. 


Chumbo oxydado 

0,71 

Acido sulfurico 0,25 

Agua ....... 0,0a 

Klaproth.

LXXX1X. 

SYSONYMIA : SURSTECIES: 

VARIEDADES, 

Plomb snlfuri; Haiiy, Galene; 

Broch. 

Varied. i.« Chumbo Sulfurado 

Laminar. Galène 

commune ; Broch.Textura 

, lamellosa. Superfície 

, algumas vezes es 

malfada de vivas côres. 

Varied. a.» Chumbo Sulfurado 

Compacto. Ploinb 

sulfure arçentifere ; Haiiy. 

Galène compacte; Broch. 

Quasi sempre*de côr mais 

clara , que a do Chumbo 

puro; e algumas vezes 

similhante á do aço. Tex 

tura, granosa ^ de grão 

fino e cerrado. De ordinário 

contém mais prata 

, do que as outras Variedades. 

Varied. 3.» Chumbo Sulfurado 

Estriado. Plomb sul 

furè antimonifere ; Haiiy. 

Textura , estriada e brilhante. 

Ploinb sulfati; Haiiy. Vitriol 

de Plomb natif; Broch. 

JAZIGO. 

Encontra-se em massas consideráveis, 

tanto nas montanhas primitivas 

, como nas secundarias; e com 

preferencia nas da cal carbonatada 

compacta ; aonde se acha em gran 

des bètas, ou era vastas camadas. 

Parece ter sido formado em todas 

asépochas: mas com mais abundância 

nos últimos tempos da formação 

geral ; por isso que são ma 

as suas minas nos terrenos secundários. 

E acompanhado fie muit 

astas de gangas; porém as mais 

frequentes são o quartzo, a baryta 

sulfatada , a cal carbonatada e Anatada 

: é também associado a muitos 

mineraes metallicos, com especialidade 

aos de zinco, prata, cobre 

e ferro.Tem-se achado o bitumenas 

bètas do chumbo Sulfurado: e este 

nas camadas do carvão mineral. 

Por multo tempo só foi conhecido 

o Chumbo Sulfatadodamina di-P.;ry, 

na Ilha de AngIesey; onde existe 

em pequenos crystaes brilhantes, 

accumulados , ou disseminados ein 

ferro oxydado escuro quartzoso, 

misturado de cobre pvritoso e sulfurado. 

Successivamente tem sido 

descoberto em muitas outras partes 

(mas em pequena quantidade) , 

acompanhando o Chumbo Sulfurado 

e outros mineraes de Chumbo, 

misturados de quartzo , de cal 

carbonatada crystallizada, de ferro 

oxydado, de cobre carbonatado 

e baryta sulfatada. 

Usos. 

a i. 

De todas as Especies de mineraes 

de Chumbo, é er.ta a 

mais abundante, e que faz 

objecto de lavra , com o fim 

de obter o Chumbo metallico: 

da mesma se extrahe também 

uma boa porção dc prata,que 

entra no cornmercio. 

Usa-sc -Tella para ajudar a 

fundir os mineraes de prata: 

e o chumbo , que resulta da 

fusão , serve para purificar 

immediatamente a mesma 

prata por via da copellacão. 

Reduzida a pó fino, emprega-se 

para envernizar a Iou-; 

ça ordinaria, 

A molleza , que c própria 

do Chumbo , a facilidade , 

com que este metal se 

funde, se granula, e se reduz 

a laminas de considerável 

grandeza , fazem que tenha 

uma immensidade dej 

applicaçoes interessantes, e 

geral mente conhecidas.Co mbinado 

com outros metaes , I 

fórma varias ligas,que prestão 

diversas utilidades. E 

empregado cm vários processos 

íretallurgieos.Os seus 

differentes oxydos , conhecidos 

pelos nomes de massicotc, 

fezes d'ouro , ou Iithargyrio, 

e zarcão , tem 

frequente uso na Pintura: e 

ainda mais o subcarbonato ; 

vulgarmente alvaiade. En-j 

trão os mesmos oxydos na 

composição do vidro, esmaltes, 

vidro da loura , falsas 

pedras preciosas , e de 

varias tintas.Fornece a base 

ao acetato, a que se dá o 

nome de assucar de Saturno, j 

util na Tinturaria, e applicado 

pela Medicina.

CLASSE 

XV. 

ORDEM 

II. 


Dúcteis. 

ESPECIE 

XVII. 

Chumbo 

Carbonatado. 

XVIII. 

Chumbo 

Arseniado. 

Côn. TR YBÍSPA- 

Branco. 

Amarello 

Azulado. 

Defumado. 

Negro. 

Amarellopallido.Amarelloverdoen- 

KEXCIA1 

Diafano. 

Translúcido. 

Opaco. 

Opaco. 

Raras vezestranslucido. 


FORMA: TEXTURA: 



5,77 

6,558 

Crystallizado. Acicular. 

Bacillar. Concrecionado. 

Em pequenas 

palhetas brilhantes. 

Amorpho. Fractura 

, conchoidal. Desigual 

, de grão miúdo. 

Escamosa. Fibrosa : 

d'ordiuario brilhante: 

e algumas vezes parece 

unctuosa. 

5,o46 

Acicular. Filamentoso: 

com os filamentos macios 

, e ordinariamente 

tortuosos. Uviforme. 

Pulverulento. Amorpho. 

Brilhantismo , 

gordo e vitreo,Tenro: 

friável. 

CARACTERES 

CUYMICOS. 

2 TABOAt 

F^ffervesce no acido 

nitrico diluido.- exposto 

aos vapores dos 

sulphuretos alcalinos 

inimediatainente ennegrece 

á superfície. 


e depoisreduz-se com 

facilidade. 



81 


MM. Westruuibe 

Klaproth. 

No acido nitrico não 

faz effervescencia sensivel. 

Ao maçarico 

reduz-se facilmente, 

espalhando vapores 

com cheiro d'alho. E 

composto de oxydo 

de Chumbo , unido 

ao oxydo do arsénico. 

Lelievre e Vauquelin.

XC. 

SYKOHUM: SuBSPseiBs: VARIEDADES. JAZIGO. Usos. 

Plomb carbonate e Plomb noir ; Brong. 

Subsp. i.* Chumbo CarJionalado branco. Plomb 

blanc; Broch. De côr branca-amarellada , 

ou grisalha. Diáfano: semidiafano: ou 

translúcido. 

Varied. iChumbo Carbonatado Branco Crystallizado. 

Plomb carbonate crystallisé; Brolig. 

Em pequenos crystaes de faces mui polidas, 

ordinariamente pequenos; cuja figura, 

pela maior parte, se approxima á octaédra: 

ou á de um prisma hexaédro , terminado 

em pyramides. 

Varied. 2. s Chumbo Carbonatado Branco Acicular. 

Plotnb carbonate aciculaire; Brong. Em 

agulhas finas, muito brilhantes: soltas, ou 

reunidas em fascículos : coberto, as mais 

das vezes, de um pó verde luzente , devido 

ao cobre malacliites. 

Varied. 3." Chumbo Carbonatado Branco Bacillar. 

Phmb carbonate bacillaire , Brong. 

Em varetas estriadas , e entrelaçadas em 

differentes direcções. 

Subsp. 3." Chumbo Carbonatado Amarello.Plomb 

carbonate massif ; Brong. Em massas compactas 

amarelladas: ainorphas; ou mammillosas: 

de fractura luzente: aspecto unctuoso. 

Effervesce vivamente no acido nitrico : 

no que se distingue do Chumbo oxydado. 

Subsp. 3. a O Chumbo Carbonatado, 

ainda que não seja 

raro , encontra-se nas 

'minas em pouca abunjdancia: 

acompanha os 


jChuinbo; com especialidade 

o Chumbo sulfu- 

Irado. A' superfície destes 

mineraes, ou nas suas 

cavidades, é que se encontra 

o Chumbo carbonatado 

negro. 

Chumbo Carbonatado Negro. Plomb 

noir; Brong. Opaco: de côr negra carregada: 

semeado d'alguns pontos brilhantes: 

muito inquinante (Mine de Plomb noir ; 

Broch.) : ou de còr negra-azulada (Mine de 

Piomb b/eu; Broch.) Pulverulento: ou em 

pequenos crystaes prismáticos ; ásperos na 

superfície. Reduz-se facilmente ao maçarico, 

exhalando algumas vezes cheiro sulfuroso. 

Plemb arstnié; Haiiy. Plomb verl arsenical ; 

Proust. 

Ainda é pouco conhecido: 

parece ter os mesmos 

jazigos , que tem 

os outros mineraes de 

Chumbo. Tem-se achado 

nas bètas do Chumbo 

sulfurado : tendo por 

ganga a cal fluatada, o 

quartzo , e o mesino 

Chumbo sulfurado : e 

em grãos reunidos i maneira 

de cacho. 

215

2 TABOAt 

CL ASSE 

IV. 

ORDEM 

II. 


Ducteis. 

ESPF.CIH 

XIX. 

Cliuntlio 

Oxydado. 

XX. 

Chtimbo 

Phosphatado. 

CÒR. TRAKSPA- 

REKCIA, 

Cinzento. Opaco. 

Amarello 

Vermelho. 

Escuro : 

coin as 

gradações 


côres inteuuedias. 

Verde: 

mais ou 

menos 

intenso. 

Amarello. 

Amarelloverdoen- 

Cinzentoescuro.Avermelhado.Roxoimpuro. 

Translúcido. 

Opaco. 





CARACTERES 

CUYMICOS. 

Amorpho. Pulverulen- Exposto sobre um 

to. Textura, terrosa: carvão á acção do 

ou compacta. Fractu- maçarico , reduz-se 

ra , desigual, de grão facilmente. 

miúdo: ou terrea: 011 Composição da 2.» 

lisa e conchoidal. Du- Variedade: 

: ou friável. 


Oxydo d'arseni- 

a a 

co 38 

Oxydo de ferro . 39 

Vauquelin. 

6,99 

6,94i 

Crystallizado , cTordinário 

, em prismas he 

xaédros perfeitos: ou 

cora os bordos substi-' 

tuidos por facetas inclinadas 

: ou terminados 

por uma pyramide.Eni 

crystaes summamen 

te pequenos, reunidos 

de modo, que imitao o 

musgo, e forrando pedras 

muito ferruginosas. 

Acicular. Mammilloso. 

Fractura, vitrea: 

desigual: de grão miudo:participando 

de escamosa. 

Algumas vezes 

um pouco conchoidal. 

Rrilhantismo, gordo 

no interior. Rasura , 

cinzenta: ou branca 

verdoenga. Tenro; fácil 

de quebrar. 

Não effervesce nos 

ácidos. Ao maçarico 

funde-se em globulo ; 

o qual pelo esfria 

mento torna uma su- 

perfície de muitos lados 

: e só se reduz 

coin a addição da 

potassa e carvão. 

Composição: 


o 

até 0,80 

Acido phospliorico. 

...... 0,18 

Acido 

até 0,19 

muriati- 

co . 

o,oil 

Klaproth. 

Composiç. daSubsp. 


Acido phosplio- 

0,7; 

rico ..... . . 0,09 


Agua. 

.... 0,07 

Laug ier.

Xtt - 

SY»OJ

218 TABGA 

CI- YSSE 

IV. 

ORDEM 

II. 


Dúcteis. 

i i 

E ,-.'T.CIE 

XXI. 

Chumbo 

Cbromatado. 

XXII. 

Chumbo 

Muriatado. 

XXIII. 

Chumbo 

Molybdatado. 


RÊNCIA, 

VermeTranslúlho-alacido.ranjadovivo.Vermelho dej.v 

cintho. 

Amarello-verdoengo. 

Ainarellado. 

Translúcido. 

Translúcido. 


EÓR.IIA: TEXTURA: 



CARACTERES 

CHYMICOS. 

6,026 Nao effervesce nos ácidos. 

Ao maçarico cre- 

Crystallizado em prispita um pouco: fundemas 

de 4 planos , esse c-m escoria denetriadoslongitudinalgrida. 

Dá ao vidro do 

mente: algumas vezes bórax a côr verde, 

terminados em pyra- no que se distingue 

mide. Em massa. Fra- da prata , mercúrio 

ctura , aspera: desi- e arsénico sulfurados. 

IU.I 1. Iiasura , amarei- Composição : 

a-alaranjada. Tenro : Chumbo oxydado 64 

quebradiço. 

Acido chromico . 36 

Vauquelin. 

6,O6 

Crystallizado em prismas 

de 4 , 8 , ou 16 lados 

simplices, ou com 

differentes modificações. 

Concrecionado. 

Fractura, lamellosa 

na direcção longitudinal 

: na transversal 

conchoidal. Superfície, 

pouco brilhante: 

no interior com brilho 

quasi diamantino. Rasura, 

alva, como de 

neve. Tenro. 


em um globulo: augmentando-se 

0 calor, 

volatiliza-se 0 acido, 

e ficão pequenos glóbulos 

de chumbo metallico. 



o,855 

Acido muriatio,o85 

Acido carboni- 

co 0,060 

Klaproth. 

5,486 E insolúvel no acido 

nitrico frio. Ao maça- 

Crystallizado , pela rico crepita fortemen- 

maior parte, em priste : funde-se em glomas 

dc 4 , ou 8 faces. bulo denegrido , se- 

Em octaedro perfeimeado de chumbo meto 

: 011 modificado. Latallico. Dá ao vidro do 

melliforme. Fractura, bórax uma còr bran- 

conchoidal, de pequeca-azulada.nas cavidades: algu- Composição : 

mas vezes approxi- Chundio .... 58,74 

mando-se á fractura Acido niolybdi- 

lamellosa. Superfície, co 28 

lisa e luzente : 0 inte- Oxygenio .... 4,7^ 

rior também lustroso, Carbonato de 

com brilho de cera. cal 

Tenro: fácil de que- Silica 

fbrar. 

Macquart. 

4,5o 

4

SYKOSTUIA : SUBSPBCIES : VABIEDADES . JAZIGO. Usos. 

Plomb chromaté ; Hauv. Plomb rouge; Broch. 

' ! H RÍT[ : . AIR:' • ! 

. • j •.; : . I • ' 

Plomi muriaté. Plomb corne ; Broch. 

. > / 

-T' >• > ' 1 '.1 /ÍII .1 TI' 

Plomb molybdaté; Haiiy. Plomb Jaune; 

Broch. 

2J9 

Tem-se achado na Sibéria nas mi- Os Tiussianas 

de ouro de Bérésof, disseminado nosempre- sobre ganga quartzusa , em uma bègao este mita 

de Chumbo sulfurado, e em caneral na Pinmadas 

delgadas e irregulares sobrt tora ; e pa- 

um scliisto ferruginoso e micaceo : gão-no por 

e algumas vezes em rins solitários alto preço. 

dentro de ninhos d'argilla. Pallas 

diz que também o descobrira 13 

legoas ao norte da dita mina; e 

observara os seus crystaes disseminados 

em bancos de argilla e de 

grés, que alternavão uns com outros. 

Foi achado pela primeira vez 

em Inglaterra, 11a mina de Chromford 

Levei, no Derbyshire; e em 

muito poucas partes inais tem apparecido. 

É das substancias mais 

raras nas Collecçocs mineralógicas. 

Foi descoberto este mineral nas 

minas de Chumbo de Bleyberg, 

na Carintliia, sobre uma pedra 

calcarea compacta : acompanha, 

algumas vezes, 0 Chumbo carbonatado 

; 0 oxydado terroso; 0 

phosphatado; e a cal fluatada. 

Í

220 TABGA 

i CLISSE 

XV. 

Metaes. 

I 

! 

OKDEM ! 

XI. 

Metaes 

Dúcteis. 

''.STECtE 

XXIV. 

Piccolo 

Arsenical. 

X X V . 


RÊNCIA. 

PESO ESPECrptco: 


•RACTURA : E OUTROS 


Ainarello- Opaco. 6,608 

averme- 

6,648 

1 liado. 

Vermelho 


cobre 

desmaiado. 

Niccolo Verde : 

Oxyda- mais ou 

do. menos 

•vivo. 

Amorpho. Textura, 

jranosa; coiumuronente 

de pequenos 

jrâos. Fractura , desigual 

: e algumas vezes 

conchoidal. Duro. 

Scintillante : desenvolvendo 

cheiro d'alho. 

.1' .< ri. ' W.' V. 

Opaco. Pulverulento. Amorpho. 

Textura , terrosa 

: algumas vezes 

compacta ; e neste 

caso a fractura é escamosa. 

Friável. Inquinante. 

Sécco ao 

tacto. 

CARACTERES 

CHYMICOS. 

Dissolvido no acido nítrico 

, deixa em pouco 

tempo um deposito . 

verdoengo. Ao maçarico 

desenvolve fumo 

e cheiro arsenical mui 

forte: funde-se depois 

Aposto que com alguma 

difhculdade) cm 

uma escoria misturada 

de alguns grãos 

metallicos. 


NiccoIo e arsénico ; 

contendo accessoriaraente 

ferro, enxofre 

, cobalto , e algumas 

vezes bismutho. 

Thenard. 

Ao maçarico, sem addição 

, não soffre mudança. 


bórax a côr vermelhaamarellada.Dissolvido 

na ammonia, dá- 

Ihe uma côr azul desmaiada 

e pouco permanente 

: no que se 

distingue do oxydo 

de cobre. Sua dissolução 

nos ácidos é 

verde.

xcm. i 

SYNOKTMIA: SVBSPECIES: VARIEDADES. JAZIGO. Usos. 

Nictel arsénico!; Haúy. Kiqifcrnickel; Broch. 

« 

% 

Pertence aos terrenos Na China fornece este 

primitivos e de transi- mineral a base da liga , 

ção: acha-se em massas a que chamão Cobre 

volumosas , formando branco. 

bètas: ou existindo nas 

da prata, do cobre e 

do cobalto : quasi sempre 

se encontra perto 

das minas deste ultimo 

metal, com quem parece 

ter muitas relações 

geologicas. Suas gangas 

, mais ordinarias , 

são o quartzo, a baryta 

«ulfatada, e a cal carbonatada 


Nickel oxydé; Haiiy. Ocre de Niekel; Broch. Acha se quasi sempre 

efflorescente; ou em 

fórma de crusta, cobrindo 

outros mineraes, 

com especialidade o Niccolo 

Arsenical, e algumas 

minas de cobalto: 

também se tem encontrado 

em veios delgados. 

i 

i 

i f 

| |

2.-22 TABOA 

CIASSE 

IV. 

OHDEM 

II. 


Dúcteis. 

ESPECIE 

XXVI. 

Cobre 

Nativo. 

XXVII. 

Cobre 

Sulfurado. 


RÊNCIA. 

PESO EspEcinco : 

—-— 




Ainarel- Opaco. Máximo 

lo-aver-, 

8,5844 

mel ha- 

Crystallizado em cubo 

do:porémexteriormente , 

muitas 

vezes é 

\erdoengo; 

ou 


Octaédro. Cubo-octaédro. 

Cubn-dodecaédro. Ramoso. 

Filaraenuô. Lainelliforme. 

Granuliforme. Concrecionado. 

Amorpho. E 

menos brilhante, que a 

platina , ouro e prata, porém 

mais que o estanho e 

chumbo: e sendo raspado, 

augmenta muito mais o seu 

brilhantismo. Na densidade 

c inferior á platina , ouro, 

jnercurio, chumbo e 

prata. Na dureza e na elasticidade 

excede a prata , 

ouro , estanho e chu/nbo: 

mas não a platina. É o mais 

tenaz dos metaes, áexcepção 

do ouro e ferro. De 

todos é o mais sonoro. Pelo 

attrito dá um cheiro pjrticular 

nauseativo. ' 

De còr Opaco. 4,81 

de ferro: 

5,338 

ou de 

Chumbo 

: algumas 

vezes 

vcrraea 

Ihado , 

quando 

tem mistura 


Cobre 

oxvdulado". 

Crystallizado em prisma 

hexaédro regular: ou com 


Em prismas de Ii lados. 

Em dodecaédro , composto 

de duas pyramides rectas 

hexaédras unidas pela 

base. Em massas ovaes, 

achatadas, com prominencias 

á maneira de escamas 

(Cuivre spicifortne ; 

Brong.): (Cuivre gris spiciforme; 

Haúy.). Amorpho. 


Fractura, conchoidal: raras 

vezes lamellosa.Tenro: 

fácil de raspar; mas não 

de cortar com a faca ; pois 

d'oi dinario se esmigalha , 

quando pretendem cortai-o 

com ella. A rasura é 

negra, e não muda de 

còr no acido nitrico. 

CARACTERES 

CU YMICOS. 

O seu oxydo dá 

sempre ao vidro 

do bórax a còr 

verde: e communica 

á amtnonia 

urna bella côr 

azul. 

Funde-se com a 

simples cliamma 

duma véla. Ao 

maçarico espalha 

cheiro sulfuroso : 

reduz-se com effervescencia 

em 

globulo metallico 

acinzentado. Dá a 

côr verde aovidro 

do bórax: e azul á 

ammonia. 


Cobre . . . 0,785 

Enxofre. . 0,185 

Ferro . . . 0,02 

Klaproth.

XCIV. 

STJOSTWH : SUBSPE- 

c i E s: VAKIF.DADES. 

Cuivre natif; 

Broch. 

Cuivre sulfure Haiiy. 

Cuivre vitreux ; Brocli. 

JAZIGO. TJios. 

Haiiy. O Cobre Nativo, ou 

entra 11a composição das 

rochas primitivas, e nas 

bètas, que atravessão as 

mesmas rochas-, ou tem 

uma formação mais recente 

e mais rara; constituindo 

0 que se chama Cobre 

concrecionado , ou de cemeutação. 

O Cobre neste 

estado , resulta das dissoluções 

dos sulfatos de Cobre 

, decompostos pelos 

corpos combustíveis. Suas 

gangas são 0 quartzo, 

cal carbonatada , cal fluatada, 

baryta sulfatada. 

Encontra-se também em 

fragmentos rodados nos 

terrenos d'alluvião. 

i. 

F. 0 mais puro e 0 mais 

rico dos mineraes de Cobre. 

Encontra-se em quasi 

todas as minas de Cobre 

dos terrenos primitivos : 

fórma bètas consideráveis 

, que também encerrão 

0 Cçbre oxydulado. 

Algumas vezes acha-se 

coberto de Cobre carbouatado 

verde fibroso. 

1 

1 

t 

Fahricão-se do Cobre' puro (chamado 

também Cobre de roseta)>muitos utensiliosl 

interessantes: reduzido a grandes laminas, j 

serve para forrar os navios: clVlle se fazem 

as chapas para a gravura: não só se cunlião 

moedas deste metal, mas também entra no 

fabrico das outras, ligando-se ao ouro e, 

prata, para lhes dar maior consistência. A, 

liga do Cobre com 0 estanho (e ás vezes! 

com um pouco de zinco e outros metaes)| 

em diversas proporções , mas predominando 

sempre 0 Cobre, fórma 0 bronzej 

e 0 metal dos sinos. Unido ao zinco em I 

proporções differentes, fórma diversas li-! 

gas, cuja côr se approxima mais ou menos; 

á do ouro ; como são 0 Tambaque, Pinchebeque 

e Latão. O Verdete, que tanto 

uso tem na Pintura e 11a Tinturaria, c\ 

uma combinação do Cobre com 0 acido! 

acetoso. 

O Cobre sulfurado faz parte das minas 

de Cobre da Silieria , que se lavrão para 

extrahir este metal. Esta mesma Especie 

éqne constitue as minas situadas nas montanhas 

da Costa Occidental da Africaao 

Norte do Cabo da Boa Esperança; e alli 

se extruhe d'ella também 0 Cobre metallico.

12.4 TÃBÒA. 

CLASSE 

IV. 

OKDEM 

II. 


Dúcteis. 

EsrECiF. 

XXVIII. 

Cobre 

Pyritoso. 


Còr de latão, 

tirando algumas 

vezes para 

còr d'ouro, 

ou para 

còr d'aço. 

Muitas vezes 

com a superfície 

iriada 

(V. Còr de 

peito de pombo).Avermelhada 

, ordinariamente 

com mistura 

de côres vivas.Vermelha. 

Roxa. Azul. 


Fusca : com 

a superfície 

quasi sempre 

matizada de 

roxo e vermelho. 

RÊNCIA. 


FÓRMA : TEXTU- 

RA : FRACTURA : 

E OUTROS , ETC. 

Opaco. 4,3I54 

Crystallizado em 

tetraédro : em 

cubo-tetraédro : 

em octaédro: em 

dodecaédro. Concrecionado.Amorplio.Fractura 

, aspera: ou 

conchoidal, de 

pequenas cavidades. 

Menos duro, 

que o Ferro sulfurado 

: e a sua 

còr amarella é de 

ordinário mais 

carregada, que 

a d'este mineral 

de ferro. Scintil- 

Iante: e até se 

corta com a faca 

Rasura. algumas 

vezes avermelhada. 

CARACTERES 

CHYMICOS. 

Ao maçarico crepita : 

dá cheiro sulfuroso : 

funde-se em glóbulo 

negro: continuando o 

fogo, toma pouco a 

pouco o brilho metallico. 


bórax a còr verde. E 

composto de cobre , 

ferro e enxofre: algumas 

vezes contém uma 

pequena quantidade 

de ouro , ou prata. O 

resultado médio das 

analyses do Cobre Pyritoso 

de Sainbel, perto 

de Leão , feitas por 

Gueniveau, é o seguinte 

: 

Enxofre 37 

Composição da Varied. 

: 

Cobre 58 

Oxygenio 5 

Klaproth no Cobre 

Pyritoso Hepático de 

Rudclstadt, na Silesia. 

i

XjEVr 

SYXOKYMIA : SUBSFECIXS : VARIEDADES. 

Ctuvrc pyritcux; Haiiy. Pyrite cuivrettse ; 

Broch. 

Varied. Cobre Pyritoso Hepático. Mitte de 

cuivre panachée ; Broch. Esta Variedade 

é que mostra no interior a 

còr avermelhada, misturada de outras 

côres vivas ; e na superfície , 

ordinariamente , a còr azul, com 

matiz roxo e vermelho. Rasura , 

avermelhada. TSo tenro , que se 

raspa com a unha. 

Acha-se nos terrenos 

de quasi todas as formações; 

porém com-maior 

abundancia nos mais 

antigos. Não é o mais 

rico , mas éo mais com 

mum dos mineraes de 

Cobre : fórma bètas 

mui multiplicadas epossantes 

: acompanha as 

outras especies de Cobre, 

o ferro spathico, o 

chumbo e zinco sulfurados. 

Encontrao-se 

algumas vezes , granadas 

e ouro, disseminadas 

no Cobre Pyritoso 

2 9 

As minas d'esta Especie 

são objecto de lavra 

interessante para obter 

o Cobre metallico. O 

Cobre Pyritoso decorapondo-se, 

produz, em 

certas circumstancias, o 

sulfato de Cobre (Vitríolo 

azul); e dá por 

meio da lavagem as chamadas 

aguas cementatorias, 

das quaes se precipita 

o Cobre puro em 

crustas granulosas , e ás 

vezes crystallizadas, a 

que chamão Cobre de 

cementação.

I9S 

GLVSSE 

IV". 

I 

Metaes. 

OBDESI' ESPECIE 

II. XXIX. 

Metnes 

Dúcteis. 

Cobre 

Cinzento. 

Cô*. TR VMSPÍ 

I RSSFCIA. 



FRVCTURA: E OUTROS 


Côr d'a Opaco. 4,8648 

ço, mais 

ou ntenos 

carregada:brilhante, 

ou deslustrada. 

Tetraédro: com diver- 

; modificações. Ein 

massa. Disseminado. 

Fractura, aspera, quasi 

granosa. Lisa. Conchoidal 

, de pequenas 

cavidades. Rasura, negra: 

tirando algumas 

vezes para avermelhada. 

Frágil. 

CARVCTERES 

CHYMICOS. 

TAROA 

Ao maçarico é ordinariamente 

pouco fusivel: 

crepita: dá um 

glohulo pardo quebradiço 

de difficultosa 

reducção. Communica 

ao vidro do 

bórax a côr amarellaavermelhada. 

Sua rasura 

, no acido nitrico, 

faz-se cinzenta, 

Compos. da Subsp. I.» 

Cobre 0,48 

Arsénico. ... 0,14 

Ferro o,255 

Enxofre .... 0,1 

Prata o,oo5 

Perda 0,0 


Cinzento Arseniado 

de Kraner, perto de 

Freyberg. 

Subsp. a.» 

Cobre .... 0,3775 

Antimonio . o,>200 

Ferro o,o3a5 

Enxofre . . . 0,2800 

Prata 0,0025 

Zinco o,o5oo 

Perda 0,037.1 


Cinzento Antimoniado 

Crystallizado de 

Kopnick,

XCV1. 

SYKOHTMIA : SUESPRCIES: VARIEDADES. 

Cuivre gris ; Haúy. Brocli. Argent gris ; 

Delaméth. 

Subsp. i.» Cobre Cinzento Arseniado. Ctiivre 

gris arseniê; Brong. Côr, d'aço 

clara; tirando, ás vezes, para côr 

de cumbo. Parece composto essen 

cialmente de Cobre, arsénico , ferro 

e enxofre. 

Subsp. J.» Cobre Cinzento Antimoniado. 

Cuivre gris antimonié ; Brong. Côr 

mais carregada , que a da Subsp 

i. a , approximando-se á do ferro. 

Riais duro; e tem a fractura mais 

brilhante, do que a dita Subspecie: 

mas a principal differença , que ha 

entre ambas , consiste em ser 

antimonio principio essencial da 

a.» , e não o arsénico; e em conter 

esta o ferro em muito menor pro 

porçao, que a i." 

Acha-se, quasi sempre, 

em bètas possantes, 

ordinariamente , ricas 

em diversos mineraes , e 

em crystaes mui per 

feitos , nas montanhas 

primitivas e de transição 

, mormente nas rochas, 

que tem por base 

o talco , steatite , ou a 

mica e o gneis. F., as 

mais das vezes, acompanhado 

do ferro spathico 

, do Cobre pyritoso , 

prata vermelha , zinco e 

chumbo sulfurados.Tem 

por ganga a cal carbo 

natada e fluatada , < 

quartzo, etc. 

Éa Especiedos mineraes 

de Cobre, que mais 

coinmummente se lavra, 

da que se tira mais 

lucro ; não só pelo Cobre 

, que d'ella se extrahe, 

mas também em razão 

da prata, que muitas 

vezes contém em 

quantidade tal, que se 

aproveita com interesse.

CLASSE 

IV. I 

Metaes. 

ORDEM 

II. 

Metaes 

Dúcteis. 

F.SPKCIE 

XXX. 

Cobre 

Carbonatado. 


Azul. 


RÊNCIA. 

Translúcido. 

Opaco. 

PESO ESPEC.: FÓRMA: 

TEXT.: FRACT.: ETC. 

3,57 

3,68 

Crystallizado , d'ordinário, 

em prisma rhomboidal, 

modificado por 

facetas diversamente 

situadas. Lamelliforme. 

Granuliforme. Fibroso. 

Concrecionado. 

Pulverulento. Pouco 

duro : fácil de raspar 

com a faca; se bein que 

susceptível de receber 

um bello polimento, 

quando é compacto , 

especialmente o verde. 

CARACTERES 

CHYMICOS. 

TABO A. 

Solúvel no acido nitrico 


Difficil de se fundir 

sem addição ; porém 

facilmente reductivel, 

com o bórax, 

ao qual communica 

uma bella côr verde. 

A mesma còr adquire 

a chamma, em que o 

seu pó é projectado. 

Sendodissolvido pela 

ammonia, toma a dissolução 

a côr azul. 

Composição da Subspecie 

1 

Cobre 5fi 


....... . a4 

Oxygenio .... 14 

Agua 6 

Klaproth 110 Co 

bre Carbonatado Aztil 

da Sibéria. 

Subsp. 2.» : 

Cobre ...... 58 


1S 

Oxygenio. .. . 11,5 

Agua i5,5 


Carbonatado Verde 

Concrecionado da 

Sibéria. 

Algumas analyses 

mostrão a presença de 

uma pequena porção 

de cal em ambas as 

Subspecies.

xcvi r. 

SYJÍOJTYMIA. : SUBSPECIES : VARIEDADES. 

Subsp. i, a Cobre Carbonatado Azul. Odvre carbonate 

bleu ; Haiiy. Cuivre azuré; Brong. Azur de cuivre ; 

Brocli. De côr azul. O seu pó é da mesma côr: 

e não a perde nos oleos: no que se distingue do 

ferro azulado. 

Varied. i.® Cobre Carbonatado Azul Badiado. Azur 

de cuivre rayonné; Broch. Crystallizado. Concrecionado. 

Superficial. Raras vezes em massa. Alais 

ou menos translúcido, ao menos nas bordas. Fractura 

, radiada: raras vezes lamellosa. 

Varied. 2. a Cobre Carbonatado Azul Terroso. V. 

Azul de Montanha. Azur de cuivre terreux; Broch. 

Disseminado. Superficial : raras vezes em massa. 

Composto de partes finas pulverulentas, muitas 

vezes coherentes. Opaco. Alguma cousa inquinante. 

Fractura , terrosa de grão miúdo : ás vezes 

lisa : e até um tanto conchoidal. 

Subsp. 2.» Cobre Carbonatado Verde. Cuivre mala 

chi te ; Brong. Malachite; Verd de cuivre ou cltrysocolle, 

e Fert de cuivre ferrugineux ; Broch. De 

côr verde. 

Varied. i. a Cobre Carbonatado Verde Fibroso. Ci 

r Vreinalachitesoyenx; Brong, Malachite fibreuse ; 

Broch. Em agulhas ou fibras translúcidas , com, 

lustre de seda ; reunidas por diversos modos: já 

em fascículos, já á maneira de musgo: outras 

OCobreCaibo- Esta Especie não 

untado, com es- constitue objecto 

pecialidade o ver-1particular de mi- 

de , encontra-se 

em toda a casta 

de terrenos, até 

nos d'alluviao , e 

nos schistos bituminosos 

; e quasi 

sempre acompanha 

os outros miueraes 

de Cobre. 

A Subsp. i. a achase 

associada á 2. a , 

ao Cobre cinzento 

, ao Cubre pyritoso, 

e forrando 

neração; porém Iavra-se 

algumas vezes 

de mistura com 


Cobre , a que é associada 

, para obter 

este metal. As pedras 

calcareas impregnadas 

de Cobre 

carbonatado 

azul, c que muitas 

vezes c ontém veias 

de quartzo e de 

ferro sulfurado 5 a 

vezes com aspecto de borlas mui delicadas , doj 

tamanho de nozes, ou maiores , cuja superfície! 

imita o veludo verde mais lustroso. 

Varied. 2. a Cobre Carbonatado Verde Concrecionado. 

V. Malachites. Malackite compacte; Brocli. 

Ern massas mammillosas, opacas ; compostas de 

camadas concêntricas, ou ondeadas e parallc-' 

las; com a superfície muitas vezes coberta de 

cobre carbonatado verde pulverulento; ou ornada 

de dendrites denegridos. 

Varied. 3.* Cobre Carbonatado Verde Pulverulento. 

Cuivre mal achite chrysocolle; Brong. Vertde cuivre, 

ou chrysocolle; Broch. Em massas coin apparencia 

de terra: ou em pó espalhado á superfície 

de outros mineraes de cobre, o que é mais frequente. 

A's vezes está misturado com substancias 

terreas , que Ibe dão uma côr desmaiada , e 

neste estado é conhecido pelo nome de Verde 

do Monte. 

Varied. 4 a as cavidades das que dão o nome dc 

minas d'estas e pedras d'Armênia 

outras especies de 

Cobre: mas quasi 

nunca apparece 

em quantidade 

considerável. 

Das differentes 

Variedades da 2, 

Cobre Carbonatado VerdeFerruginoso. 

Vert de cuivre ferrugineux ; Brocli. Em massa : ou 

disseminado: mais ou menos translúcido: muito 

frágil: fractura, terrea (Vert de cuivre ferrugineux 

terreux; Broch.): ou de fractura conchoidal e 

luzente ( Vert de cuivre ferrugineux scoriacé ; 

Brocli.). É uma simples mistura de Cobre Carbonatado 

. e de ferro oxvdado. 

u 

Subspecie, é a 2. a 

que enche por si 

só maiores espaços 

nas cavidades 

das bètas. A i. a 

Varied. acha-se 

á superfície do 

"!obre sulfurado, 

do Cobre cinzento 

e do ferro oxvdado 

limoso. A 

Varied. 3. a acompanha,d'ordinario, 

a 2. a ,o Cobre 

pyritoso, o cinzento 

e oxydado 

ferrífero. A 4- a CArmenite de Delam.) 

, são empregadas 

na preparação 

da tinta , chamada 

azul do monte 

artificial, usada na 

Pintura. Na mesma 

Arte se faz uso da 

Variedade 2." da 

Subsp. i. 

, 

que é uma substancia 

mui rara, 

tem quasi as mesma» 

associacoes» 

a com a 

denominação de 

cinzas azues nativas, 

A 2. a Varied. d.i 

Subsp. 2. a , quando 

apparece em 

porçoes de volume 

sufficiente , é cerada 

em laminas , 

das quaes depois 

de polidas se fazem 

trastes de muita 

estimação, em conequencia 

das lindas 

cores , e do 

lustre assetinado , 

que appresentão : 

éraro porém achar 

pedaços desta Variedade 

assas volumosos 

, que não 

tenha o defeito.

Cl.\ SSK 

IV. 

OBUEM 

II. 

.Metaes Metaes 

Ducteis. 

ESPECIE 

X X X I . 

Colire 

Oxydulado. 

XXXII. 

Cobre 

Phosphatado. 


Vermelho: 

mais 

ou menos 

vivo. 

RÊNCIA. 

Opaco, 

liaras vezestranslúcido. 

Exterior- Opaco. 

mente 

verdr.cn. 

go: ou 


Xo 

interior 

esmeraldino 

, 

com malhasnegras 

, OU 

verde-azuladoescaro. 





3,y5 

5,6 

Crystallizado em crystaes 

octaédros : cúbicos: 

cubico-octaédros: 

dodecaédros (Cuivie 

oxjdèronge; Broch.). 

Em filamentos capillares, 

de còr vermelha 

muito viva [Ctiwre oxydé 

rouge capillaire ; 

Broch.). Etn massa 

(Cllivre oxydé rouge 

compacte; Broch.). Pulverulento. 

Fractura , 

lisa : approximando-se 

um pouco á conchoidal. 

Imperfeitamente 

lamellosa.Granosa, de 

pequenos grãos. Térrea. 

Rasura, vermelha, 

frágil. 

3,51 

4,07 

Crystallizado, d : or

XCV1II. 

0 

! SYHOKTMIA : SUBSPECIES: VARIEDADE». JAZIGO. Usos. 

Cuivrc oxydult; Brong. Cuivre oxydé rouge 

\ Haiiy. JVIinedecuwre rouge; Broch. 

Varied. i. a Cobre Oxydulado Arsenifero. 

Cuivre oxydulé arsenifere ; Brong. 

Aquecido sobre carvão, espalha o 

cheiro arsenical muito sensivel. Dissolvido 

no acido nitrico , deixa um 

precipitado amarello , passadas al- 

gumas horas depois de feita a dissolução: 

o que tudo mostra, que 

esta Varied. contém o acido arsénico. 

Varied. a.* Cobre oxydnlado Ferrífero. 

Mme de Cuivre couleur de briqne; 

Broch. Em massa compacta: ou pulverulenta, 

de côr de tijolo deslustrada 

: infusivel ao maçarico: dá ao 

vidro do bórax a côr verde-impura. 

Contém ferro oxydrdo escuro em 

differentes proporções. 

; 

Cuivrtphosphatèi Broch. Brong. 

I > 

Encontra-se nas minas 

do Cobre Nativo : é, 

ordinariamente, acompanhado 

do Cobre Carbonatado 

verde e do ferro 

oxydado terroso. A 

I." Variedade acha-se 

nas minas de Cobre arse- 

niatado. 

* 

Encontra-se associado 

ao Cobre nativo , Cobre 

oxydulado , Cobre carbonatado 

verde e Chumbo 

carbonatado : tem 

por ganga o quartzo 

branco opaco e quartzo 

urais ou menos ferruginoso. 

O Cobre Oxydulado 

Ferrifero apparece , algumas 

vezes , em massas 

consideráveis , que 

são objecto da lavra particular.

CIASSE I ORDEM 

IV. II. 


Uucteis. 

F.SPECIE 

XXXIII. 

Cobre 

Muriatado. 

XXXIV. 

Cobre 

Dioptasio. 

CÒR. 

Verdepallido.Verdeclaro.Verdeescuro.Verdenegro. 

Verdeesmeraldiuo. 

TK A IT SPÍ 

REH CIA, 

Algum 

tanto 

diafano 

(quando 

é cry 

stallizado.) 

Opaco. 

D*ordina 

rio trans 

lúcido. 




CA R ACTERRS FYSICOS. 

3,5a 

Crystallizado em pequenos 

prismas de 4» 

ou 6 faces : ou em 

octaédros cuneiformes 

Arenoso. Amorpbo. 

Fractura , lamellosa. 

Fibrosa. Compacta. 

Terrea. Rasura , verde-desmaiada. 

Tenro 

3,3 

Fórma, a mais commum 

, dodecaédra. 

Textura , lamellosa. 

Risca o vidro. 

CARACTERES 

CUYMICOS. 

TAfeOA 


nitrico sem effervescencia 

: no que se 

distingue do Cobre 

carbonatado verde. 

I^xposto ao maçarico 

sobre um carvão , reduz-se 

promptaní2nte 

ao estado metallico, 

sein espalhar clieiro 

arsenical: no que se 

differença do Cobre 

arseniatado. O seu pó 

lançado na chaimna, 

dá-lhe uma côr em 

parte verde , e em 

parte azul. A animonía 

vertida sobre elle, 

toma immediatainente 

a côr azul muito 

viva. 


Varied. i." 

Cobre oxydado 

negro .... 0.76 

Acido muriatico 

0,11 

Agua o,i3 

Varied. i. a (sendo 

pura) 

Cobre oxydado 0,71 

Acido m uria tico 

0,11 

Agua 0,18 

Proust. 

Ao maçarico é infusivel: 

perde a bella côr 

verde, que se muda 

para acastanhada. Dá 

á chamma da vela 

uma côr verde-ainarellada. 

Composição: 


Calcarbonatada 0,4 

Silica. o,3 

Vauquelin.

xeix-. 

I SRHOHTMIA : SUESÍECIES : VARIEDADES. JAZIGO. Usos. jl 

I Cuivre muriuté; Broch. Brong. A i.» Variedade tem 

se encontrado em veios 

I Varied. I." Cobre Muriatado Massiço. Cui entre outras especies d 

I 

I 

I 

I 

vre muriaté massif ; Brong. En mineraes de Cobre; 

massas radiadas interiormente também associada á pra 

ou compostas de laminas entre ta sulfurada, e á muria 

laçadas; cujas cavidades, muita tada. 

| vezes, contém crystaes , que sâc A a.* pertence ao. 

I quasi sempre de côr mais carre terrenos d'alluvião: fo 

{ gada. Raras yezes em pedaços ar- achada pela primeira 

I 

I 

redoudados, de textura compa- vez no leito de um pe- 

cta. 

queno rio da Provincia 

(Varied. a.» Cobre Muriatado Pulverulento de I.ipes, o qual se per- 

I 

I 

I 

I 

Cuivre muriaté pulveru/enl; Haiiy de no deserto de Ataca- 

Brong. Em fórma d'areia mui ma, que separa o Chili 

fina, misturada de partículas do Perú, e por isso lhe 

quartzosas , e d'outra uatureza. derão o nome de atacamite. 

I Dioptast ; Haiiy. Cuivre dioptase; Brong. 

Emeraitdine; Delamétb. 

V- i 

: 

È 

I 

E pouco conhecido: 

em-se achado na Sibeia 

com o Cobre carbotatado 

verde. 

If 

jl 

I 

i!ll

34 TABGA 

)fi»EM 

XI. 

VIetaes 

íucteis. 

SSPECIE 

1 CXXV. 

Cobre 

Arseniatado. 

CÔB. !"RANSPA- 


Azul. 

?ardo. 

Amarello: 

CO 111 

differentesgradações 

d'estas 

côres. 

KEMCIA. 

iiafano. 

Translúcido. 

Opaco. 


FÓHMA: TEXTUBA : 

R HACTUBA: E OUTBOS 

CABACTEKES FYSICOS. 

CARACTERES 

CHYMICOS. 

a,5 48 ~)issolve-se no acido 

4,»8 

iitrico sem 'effervesceucia. 

A' chamma 

Crystallizado. La- Tuma véla crepita: e 

melliforme. Capillar. dá côr verde á cham- 

Mammilloso. Textuma. Communica á ainra 

, compacta. Fibrononia uma bella còr 

sa. Lamellosa. Radia- azul. Exposto ao mada. 

Dureza , diversa çarico sobre carvão , 

nas differentes Varie- funde-se : desenvolve 

dades , mas nenhuma vapores com cheiro 

delias risca o vidro. d'alho muito sensível: 

e deixa apparecer partículas 

de Cobre metallico 

nas partes do 

globulo fundido , que 

tocão o carvão. 


Varied. i. a 

Cobre oxydado o,49 

Acido arsénico o,i4 

Agua o,35 

Varied. a.» 


Acidoarsenico 0,21 

Agua....... o,21 

Varied. 3. a 

Cobre oxydado o,6o 


Varied. 4-" 

Cobreoxydado o,54 

Acido arsénico o,3o 

Agua 0,16 

Varied. 5." 

Cobreoxydado o,5i 

Acido a.senico 0,59 

Agua 0,18 

Varied. 6. a 

Cobreoxydado o,5o 


Agua 0,21 

Varied. 7.' 


Ferrooxydado 0,275 

Acido arsénico o,335 

Agua 0,12 

Chencvix.

SYMO«YMIA: SUBSPECIES: VARIEDADES. JAZIGO. 

Cuivre arséniaté ; Haúy. Brong. Cuivre arsenical; Broch. 

Varied. i. 1 Cohre Arseniatado Obtuso. Cuivre arséniaté 

obtus ; Broch. Crystallizado em octaedro obtuso 

divisível parallelamente ás suas faces. Côr , azulceleste; 

mais ou menos carregada: raras vezes c 

verde. Peso especifico 2,881. 

Varied. 1." Cobre Arseniatado Lamelliforme. Cuivre 

arséniaté lamelliforme ; Haúy. Broch. Em Iami 

nas; cujas duas grandes faces oppostas são 

hexagonas ; e cujas facetas lateraes são inclinadas 

alternadamente em sentido contrario. Còr . 

verde d'esmeralda. Peso especifico 2,548. 

Varied. 3." Cobre Arseniatado Agudo. Ctiivre arséniaté 

aigu; Broch. Em crystaes octaédros agudos 

tendo cada pyramide duas faces mais inclinadas 

do que as outras duas. Còr , 11a superfície , verde 

garrafa tão escura, que algumas vezes parece 

negra: no interior é mais clara. Pesoespecifico 

Varied. 4." Cobre Arseniatado Triedro. Citivre arséniaté 

triedre; Brong. Cttivre arséniaté prismatique 

triedrc; Broch. Em pequenos crystaes prismáticos: 

estriados transversalmente com as bases 

triangulares. Côr, verde-azulada: ás vezes coberta 

por uma côr superficial denegrida. Peso 

especifico , igual ao da Variedade precedente. 

Varied. 5, a Cobre Arseniatado Capillar. Cuivre arséniaté 

eapillaire; Haiiv. Brong. Composto de 

muitas agulhas capillares , reunidas com fraca 

adhereucia. Còr, verde: ou verde-amarellada : 

ou aiuarella-dourada. 

Varied. 6." Cobre Arseniatado Alammilloso. Cuivrt 

arséniaté mamelone ; Brong. Cuivre arséniaté fibreux; 

Broch. Em massas compactas mammillosas: 

de textura fibrosa. Ha nesta Variedade 

muita diversidade de côres; pois não só lhe 

competem quasi as mesmas da Variedade pre 

cedente, mas também a parda, a azulada, e até 

a branca âssetinada : estas còres são dispostas 

por camadas curvas, parallelas, e commummente 

concêntricas. Peso especifico 4,i5. 

Varied. 7.» Cobre Arseniatado Ferrifero. Cuivre arséniaté 

ferrifere mamelonné; Broch. Brong. Côr, 

azul-desmaiado: ou amarello-pardo: algumas 

vezes matizado de verdoengo. Fórma, mam< 

millosa ; com a superfície coberta de pequenos 

crystaes prismáticos tetraédros, de base rhom> 

hoidal, terminados em uma acuminaçao de 4 

faces. Peso especifico 3,4. 

As differentes Va 

edades do Cobre 

Arseuiatado acliaosc, 

ordinariamente, 

próximas umas 

outras , em bètas, 

que atravessão terrenos 

graníticos; nas 

quaes existem associadas 

ás outras 

pecies de Cobre, especialmente 

ao Cobre 

oxydulado, pyrituso 

, sulfurado 

carbonatado verde: e 

alem a'isso ao ferro 

oxydado escuro e arsénico 

sulfurado. A 

sua ganga mais frequente 

é o quartzo. 

O Cobre Arseniatado 

Ferrifero apparece 

também acompanhado 

do ferro arsenical 

r estanho oxydado.

36 TABGA 

I 

CLASSE 

IV. 

OltDEM 

II. 


Dúcteis. 

ESPECIE 

XXXVI. 

Mercúrio 

Nativo. 

XXXVII. 

Mercúrio 

Argentino. 

1 

CÔB. TRANSPA- 

RÊNCIA. 




CARACTERES FTSICOS. 

Branco. Opaco. Liquido : 

i3,568 

Solido: 

i5,6ia 

De còr de 

prata. 

Disseminado em globu- 

Ios no interior de vários 

mineraes. Na temperatura 

ordinaria dos nos. 

sos climas é liquido : 

mas passa ao estado solido, 

quando a temperatura 

desce a 3a grãos 

abaixo de zero do thermometro 

de Rianmur : 

ou a 4° abaixo de zero 

do thermometro centígrado 

: então adquire 

malleabilidade: e dadas 

as precisas condições , 

crystalliza em octaédro. 

É mui brilhante ; 

com esplendor propriamente 

metallico. 

Opaco. >4,199 

Crvstallizado em octaédro 

com as arestas trancadas. 

Em dodecaédro 

perfeito: ou de varias 

maneiras modificado. 

Lamellifonne : de laminas 

delgadas. Amorpho. 

Tenro: e frágil. 

Communica , pelo attrito 

, uma côr prateada 

ao cobre. A's vezes é 

molle, ou alguma cousa 

liquido: segundo as 

proporções dos seus 

princípios. 

CARACTERES 

CHYMICOS. 

Dissolve-se no 

acido nitrico 


Ao maçaricovolatiliza-seinteiramente, 

sem dar 

cheiro sensível. 

Ao maçarico volatiliza-se 

0 Mercúrio 

, e obtemse 

um botão da 

prata. 

Composição: 

(Sendo crystallizado) 

Mercúrio . 0,7a 

Prata ... 0,37 

Cordier.

Cl. 

STNONTMIA : SUBSPE- 

ciEs : VARIEDADES. 

Mercure natif; Haiiy. 

Broch. V. Azougue, 

JAZIGO. Usos. 

Acompanha as differentes 

especies de Mercúrio ; 

e com especialidade o Mercurió 

sulfurado; o qual 

lhe serve de ganga, assim 

como também o ferro oxydado, 

os schistos argillosos 

, o quartzo, o gres, 

etc. Ainda que d'ordinario 

exista disseminado em 

pequenos globulos líquidos 

, ás vezes mana pelas 

fendas das rochas , até 

parar nas suas cavidades , 

onde se ajunta em quan- 

tidade consideravel.Tanto 

esta como as outras especies 

de Mercúrio são mais 

próprias dos terrenos secundários 

, que dos primitivos. 

Mercure argenta!; Haiiy. Acompanha os outros 

Amalgamenatif ; Broch. mineraes de Mercúrio: 

mas sempre em pequena 

quantidade. Suas gangas 

são matérias argillosas: 

ou ferruginosas : ou o 

Mercúrio sulfurado. 

Muitos e mui importantes são os usos 

do Mercúrio. A propriedade, que tem de; 

se unir avidamente , por assim dizer, com 

o ouro e com a prata , dá lugar a que d'elle 

se use para separar estes metaes preciosos 

das differentes matérias, com que se achão 

misturados. Em virtude da mesma proprie-| 

dade e da facilidade, com que se volatiliza 

ao fogo, serve de intermedio para dourar 

e pratear os metaes. A amalgama de 10 

partes de mercúrio e uma de estanho, fornece 

o meio de applicar e fixar uma camada 

mui íina destes dois metaes sobre a superfície 

do vidro, de inodo que a luz seja 

por elle reflectida; o que constitue os espelhos. 

E empregado o Mercúrio na construcção 

dos barometros e thermometros. Na 

Cliymica é de grande préstimo para recolher 

fluidos elásticos, dissoluveis na agua. 

Os Anatomicos servem-se d'elle para as injecções 

mais delicadas e difficeis. As dissoluções 

deste metal são empregadas na Tinturaria. 

As suas diversas preparações pharmaceuticas 

ministrão á Medicina remedios 

de grande effícacia.

238 TABOA 

Ct VSSE 

IV. 

ORTIEM 

II. 


Dúcteis. 

KSPECIK 

XXXVIII. 

Mercúrio 

Sulfurado. 

XXXIX. 

Mercúrio 

Muriatado. 

Cu a. TltAKS- 

Vermelho: 

mais ou 

menos vivo. 

De côr de 

pérola. 

Cinzento : 

mais ou menosescuro 

: tirando 

algumas 

vezes para 

amarelloverdoengo: 

ou para al- 

vadio. 

P VKEK- 

CIA. 

PKSO ESPECIFICO : 

FÓRMA : TEXTUR A : 



Trans- (Sendo crystallizado) 

lúci io,ai8 

do. 

Opaco. Crystallizado , d'ordinario 

, em prismas 

h.exacdros: ou regulares: 

ou coin diversas 

modificações. Pulverulento. 

Textura , 

compacta. Lamellosa. 

Schistosa. Fibrosa. 

Terrosa. Fractura, diversa 

nas differentes 

Variedades. Rasura , 

vermelha: c as mais 

das vezes vennelhaviva. 

Translúcido. 

Opaco. 

I 

Crystallizado em pequenos 

crystaes dodecaédros: 

cubicos:ede 

outras figuras deriva 

das do cubo. EM crustasfiuas 

e superficiaes, 

commuminente maminillosas, 

formadas da 

reunião confusa de 

muitos crystaes pequenos. 

Macio. Tenro: 

e frágil, 

C VRACTF.BES 

CUYMICOS. 

Ao maçarico(sendo 

puro) volatiliza-se 

de todo: por este 

caracter se distingue 

dos outros mineraes 

vermelhos; 

excepto o arsénico 

sulfurado; mas differe 

d'este, em não 

exhalar cheiro ar- 

senical. 

Ao maçarico volatiliza-seinteiramente. 


Mercúrio oxydado 

. . 0,76 

Acido muriatico 

... 0,164 

Acido sulfurico 

«... 0,076 

Klaproth, | 

I

CII. 

SYHOSYMIA.: SuusrEciEs: VAKIEDADES. 

Mercun sulfure; Haiiv. Cinuabre e Mercure hepatique ; 

Broch. V. Cinahrio. 

Varied. 1." Mercúrio Sulfurado Compacto. Mercure 

sulfure compacte; Haúy. Brong. Em massa : de còr 

vermelha-escura. Fractura , commummente g 

nosa: algumas vezes lisa, quando a textura é 

muito deusa e compacta. 

Varied. a.» Mercúrio Sulfurado Laminar. Mereure 

sulfure laminaire; Haiiy. Leman. Em massas Iameliosas 

e brilhantes: de bella côr vermelha. 

Varied. 3.» Mercúrio Sulfurado Fibroso. Cinnabre fi 

breux; Broch. Côr, vermelha-viva. Textura, fibrosa: 

brilho de seda. 

Varied. 4 a Mercúrio Sulfurado Pulverulento. Mercure 

sulfure puiverulent; Haiiy. Brong. V. Vermelhão 

nativo. De consistência de terra: ou em pó mui 

fino: còr, vermelha-viva. 

Varied. 5 ' Mercúrio Sulfurado Hepático. Mercure 

sulfure bituminifere; Haiiy. Brong. Exposto ao 

fogo, exhala cheiro bituminoso: ao ar, perde o 

lustre, que lhe é proprio, e fica de còr dc ligado. 

Peso especifico 7,18 até 7,97. 

A, Em massa: ou disseminado. Côr, media entre 

a cinzenta do chumbo e a vermelha de cochenilha. 

Fractura, lisa: passando algumas vezes 

granosa de grão miúdo. Rasura, vermelha escura 

(Mercure Iiepatiqne compacte ; Brocli.). 

B. Em massa: de còr vermelha-escnra; tirando são a prata 

para côr de ferro. Fractura , em uma direcção carbonatado , 

schistosa, de laminas grossas e curvas: na direc-|e cinzento; o 

JAZIGO. Usos. 

Tein-se encontrado , 

aindaque raras vezes e 

em pequena quantidade 

em bètas e camadas no 

granito, porlido e outras 

rochas primitivas. 

Nas secundarias é mais 

abundante e frequente, 

com especialidade nos 

terrenos, que acompanhão 

as formações do 

carvão mineral, e nas 

iclias calcareas eon- 

chiferas; apparece, qua. 

si sempre, em Stokwerks, 

e em bètas irregulares, 

Temse achado 

também nos terrenos 

d'alluvião: e até em alguns 

, que se reputão 

volcanicos; onde tem 

apparec.ido em veias na 

argilla; e sublimado ein 

lavas antigas. As substancias 

metallicas, que 

d'ordinario o acompanhão, 

além das outras 

especies de Mercúrio , 

o cobre 

pvritoso 

anlimo- 

cão opposta, compacta e muito lisa (Mercurc lie- nio , chumbo e zinco 

patique Sehisteux ; Brocli.) sulfurados ; e o ferro 

oligisto, oxydado sulfurado. 

Mercure muriatí; Haúy. Mine de meraire cornéc ; 

Broch. 

Encontra-se era pequenas 

porções disseminado 

nas suas gangas 

: ou forrando as cavidades 

d'ellas ; as quaes 

são as mesmas , que as 

do Mercúrio Argentino. 

E um mineral raro. 

239 

As minas doesta 

Especie são 

as que fornecem 

quasi to 

do o Mercúrio 

, que entra 

no ctimmercio. 

Na 

Pintura fazse 

uso do MercúrioSulfurado 

, reduzido 

a pó: ainda 

que ordi- 

nariamentese 

prefere o cinahrioartificial 

por ser 

mais puro e 

de còr inaiS 

viva. Serve 

também para 

córar o lacre.

0n». Ksp 

II. XL. 

XLI. 

Pra ti 

Antimo- 

! nial. 

CÚH. 

Brancaresplandeeeute.Brancapardilha.Amarella 

d a. 

TRAJIS- 

P \N. 

Opaca. 

De côr Opa- 

da Praca.ta: Oll 

ilo estanho. 

A' 

superfi- j 

cie, mu:tasve7.esbraneaaniarel- 

Iada : 

cinzenta: 

ou denegrida 

: 

algum.? 

vezes de 

côres 

cambiantes. 

PESO ESPECÍFICO : 

FOIISI V: TEXTUEA : ETC. 

Sendo pura : 

10,474} 

Crystallizada em octaedro 

regular: ou modificado 

por diversas manei 

ras. Em cubo. Etn cubooctaédro. 

Ramosa. Filiforme. 

Capillar.Lamin ar. 

G ra n u losa. A m orph a. Su 

perior em ductilidade a 

todos os metaes, á excepção 

do ouro e platina: na 

tenacidade, inferior ao 

ouro, platina, ferro e 

cobre; e superior a todos 

os mais. Tenra: susceptível 

de se raspar com 

a faca. Fiexivel. Quando 

apparece deslustrada, recupera 

o seu brilhantismo 

por meio da raspadura 

e da pressão. Fractura, 

aspera. 

CAKACTHKES 

CH YMICOS. 

TABOA 

Dissoluvel no acido nitrico: 

sulfurico só a dissolve, sendo 

quente e concentrado. Exposta 

a uni fogo activo, funde-se ^ 

depois de ter chegado a fazer 

se candente : e augmentando 

temperatura, ferveevolatilizase. 

Raras vezes se acha pura 

o mais frequente é estar ligad 

coin outros metaes , especial 

mente com ouro, arsénico, co* 

bre e ferro; mas em pequenas 

proporções , que nao alterao 

sensivelmente os seus caractere-.SegundoKlaproth 

contém 

d'ordinario, de o,o3 até o,o5 

de ouro , ou de arsénico. Algumas 

vezes , ainda que mui ra 

ras, é muito maior a quanti 

dade de ouro ligada com 

Prata Nativa , de modo que 

ihe dá a côr de latao. 

9*44 

Funde-se ao maçarico com fa- 

Crystallizada , ordina 

ia mente , em prisma 

hexaédros arredondados 

, com estrias ao comprido. 

Granulosa. Amorpha. 

Fractura, huncllocilidade, 

volatilizando-se o an 

tiiiíonio- em fórma de fumo 

branco. Posta no acido nitrico, 

cobre-seem pouco tempo d'um 

emboço esbranquiçado , que é 

o oxydo de antimonio. — Comp. 

sa. Frágil: tenra. 

Prata 0,84 

Antimonio 0,16 

Klaproth na PratA Anti 

monial de Wolfach. 

Ha mineraes , que possuindo 

quasi os mesmos caracteres 

externos , que a Prata 

Antimonial, exhalao ao maçarico 

um cheiro d'alho activo . 

e mostrao pela analyse ser com 

postos de ferro , arsénico, pra 

ta e antimonio: Haúy lhes dá o 

nome de Argent antimoniale 

arsenifereetferrifere: Broch. e 

Brong. o de Argent arsenical: 

porém ainda nao é bem sabido 

estes mineraes devem constituir 

uma especie distincta ; 

e quando a constituao, qual 

deva ser o lugar, que lhes pertença 

em uin systema mineralógico.

CÍII. 24 I 

STMOHTMH : Sunspp.- 

CIES: VARIEDADES. 

Argent natif; Haúy. 

Brocli. Brong. 

Argent Antimonial ; 

Haúy. Broch. Brong. 

JAZIGO. 

Existe em bètas nos 

terrenos primitivos 

nos de formação posterior 

; mas nestes é mais 

rara : aeha-se também 

em fórma de ramificações 

á superfície de algumas 

pedras : outras vezes 

empastada nellas. As 

substancias, a que mais 

frequentemente se acha 

associada, são a cal carbonatada 

pura e ferrifera 

, a cal fluatada , a 

baryta sulfatada , o 

quartzo , differentes espccies 

de Prata mineralizada, 

com especialidade 

a Prata sulfurada , o 

chumbo, alguns mineraes 

de cobre, o ferro e 

zinco sulfurados ; 

outros metaes. 

Existe em algumas 

betas argentiferas, tendo 

por ganga , ordinariamente 

, a cal carbonatada 

e a baryta sulfatada 

: é um mineral raro, 

e encontra-se em pequena 

quantidade. 

Usos. 

A Prata Nativa constituo, cm algumaspartes 

, um rico objecto de mineração ; e 

ás vezes aproveita-se o ouro , que ella contém. 

De sobejo são conhecidos os usos deste 

precioso metal, assim 110 fabrico da moeda 

como recebendo formas diversíssimas da 

mão dos Ourives , ou sondo reduzida já a 

lio delicado , de que se servem os Bordadores 

e outros Artistas , já a folhas delgadíssimas 

, que applicadas convenientemente 

á superfície de outros corpos, os defendem 

docontacto do ar, elhes dãoo bello aspecto 

argentino. A combinação da Prata com o 

acido nitrico subministra á Cirurgia um medicamento 

importante, vulgarmente chamado 

pedra infernal, por causa da sua 

grande causticidajde. 

3i 

I

CLASSE 

IV". 

Metaes. 

OLSDSM 

II 

ESPECIE 

XLII. 

Prata Sulfurada. 

XLIII. 

Prata 

Vermelha. 

Côr,. TRAKSPA- 

Lívida: 

mais ou 

menos 

escura. 

Negra. 

Vermelha-viva. 

Verme- 

Ihadesmaiada.Vermelha-denegrida. 

KESCIA. 

Opaca. 

Translúcida. 

Opaca. 





TAR0.4 

M 1 


ao maçarico : e per- 

Crystallizada em cubo dendo ,pouco a pou- 

Em octaédro.Em cuhoco, o euxofie , dá por 

octaédro. Em dodecaé- Iim um glóbulo bridro 

de planos rliom- Inante de prata. Abos. 

Laminar. Ramoquecida lentamente a 

sa. Filiforme. Amor- um logo brando , 

pha. Algiun tanto mal- que não chegue a 

leavel: susceptível de lundil-a , mas que 

se cortar com a faca . apenas a faça amolle- 

mui brilhante nos cer, volatiliza-se 

lugares cortados de enxofre, eapparece a 

fresco. 

prata no estado metallico 

, debaixo da 

fórma de filamentos, 

ou de ramificações. 

Composição: 

Prata ....... o, 85 

Enxofre o,i5 

Klaproth. 

8,56 

Crystallizada de mui 

diversas formas; mas 

pela maior parte em 

prismasliexaédros perfeitos: 

ou terminados 

por acuminaçnes : ou 

em dodecaédros bipy-1 

rainidaes, cujas arestas 

e ângulos sólidos offerecem 


Granosa 

Amorpha. Frágil: fácil 

de raspar. Fractura , 

vitrea. Rasura , vermelha 

carmezim. 

CARACTERES 

CHYMICOS. 

Ao maçarico decrepita 

, espalhando um 

cheiro similhante ao 

de alho , mais on 

menos activo : continuando 

o fogo, obtem-se 

um botão branco 

de prata pura , ou 

quasi pura. 

Composição: 

Prata 0,6» 

Antimonio ... 0,18 

Enxofre .... 0,11 

Acido sulfúrico,sem 

agua 0,08 

Klaproth. 

Algumas vezes contém 

arsénico ; outras 

vezes ferro; e também 

se t?m encontrado 

com alguma porção 

dc 01110. Proust 

affirma haver mine. 

raes de Prata Vermelha 

, compostos dt 

prata , arsénico e enxofre 

sem antimonio

ClV. 

> 

STKOKTMIA : SussrsciEs: VARIEDADH. JAZIGO. Ut o

44 TABGA 

CI.ASSE 

XV. 

Or1DBM 

XI. 

Metaes. SIet a e: 

Du- 

Cteis. 

I 

ESPECIE 

XLIV. 

Prata 

Branca. 

XLV. 

Prata 

Muiiatada. 


Cinzenta 

mui clara 

; approxiinando-se 

umas vezes 

á côr 

de prata: 

outras á 

côr do 

aco. 

RÊNCIA. 

Opaca. 

Dc còr de Translú- 

pérola. cida , 

Cinzenta quando 

amarel- é pura. 

lada. 

Cinzenta; 

passando 

jiara vio- 

Iete; ou 

para iivida. 

Verdoenga 


Parda-avermelliada. 

PF.SO ESPECIFIC.: 

EORM.: TEXT.: 

ERACT.: E OUTROS 

CARACT. rysic. 

CABACTERES CHYMICOS. 

5,3*2 Funde-se ao maçarico: evapora-se 

em parte : e porlim 

Amorpha. Fra- 'apparece um globulo de 

ctura , lisa : rarasjPrata metallica. Parece ser 

vezes granosa , composta de Prata , anti- 

de grão miúdo. monio e enxofre; Broch. 

Tenra: fácil de Segundo algumas analyses, 

quebrar. contém, além destes, outros 

principios , sendo predominante 

o chumbo; e por 

isso alguns Mineralogistas 

putão Variedade do 

chumbo sulfurado: ha porém 

desconfiança de que 

as substancias submettidas 

a estas analyses não erão a 

verdadeira Prata Branca. 

4,748 

Crystallizada em 

cubo: ou em parallelipipedo.Amorpha. 

Mui 

tenra : de modo 

que se raspa com 

a unha, e se pôde 

enterrar nella 

um alfinete. 

Sendo esfregada com ferro 

ou zinco humedecidos pelo 

vapor do lialito, rapida 

mente se decompõe á superfície; 

e apparece a Pratano 

estado metallico no sitio , 

em que se practicou a fric 

çao. A Varied. i.« funde-se 

simples chamma d'u 

vela , soltando vapores de 

acido muriatico : pelo contrario 

, a não se funde 

ao maçarico, mas aggluti 

na-se, e deixa ressumbrar 

pequenos globulos de Prata 

Composição: 

Varied. i." 

Prata 

Acido muriatico . . 0,21 

Acido sulfurico . . 0,002 

Oxydo de ferro . . 0,06 

Alumina ....... 0,01 

Cal 0,0025 

Varied. 2.* 

Prata 0,2464 

Acidomuriatico . . 0,0828 

Argilla 0,6708 

Um pouco de Cobre. 

Klaproth.

CV. 

SYNONYMIA.: SUBSPF.CIES: VARIEDADES. 

Argent blanc ; Brong. Mine blanehe ricJic; 

• Broch. Plomb sulfure antimonifere et argentifere; 

LeuiaD. 

Os mineraes de Prata de còr denegrida: 

tecido, ordinariamente, cellular: fractur 

terrea: frágeis , e tenros , a que Erocliant, 

Bronguiart e outros Mineralogistas Francezes 

dao o nome dr Argent Noir, é provável, 

segundo o mesmo Brongniart, que 

sejão uma simples alteração da Prata Vermelha 

e da PrataBranca. Haiiy comprehende 

debaixo da denominação de Prata Negra 

(Argent Noir) tanto as substancias, a que 

Brongniart conservou este nome , como 

aquellas, que dominou Argent rouge (tigre: 

Í sem fazer distinrção entre umas e outras, 

diz também , que ellas talvez não sejão 

mais , que uma alteração da Prata Vermelha. 

JAZIGO. 

Encontra-se em massa: 

ou disseminada em 

bètas de chumbo sulfurado 

, que atçavessão o 

gneis : tem por ganga 

quartzo , ou a baryta 

sulfatada : é acompanhada 

da Prata vermelha, 

zinco sulfurado, e 

outros mineraes ; mas 

com especialidade do 

chumbo sulfurado. 

Argent muriaté; Haiiy. Brong. Argent cor- Apparece na visinhannée, 

ou muriaté; Broch. 

das outras especies de 

Prata: e d'orainario 

Varied. i.« Prata Muriatada Ordinária existe na parte superior 

Argent muriaté eominun ; Broch das bètas. É acompa- 

Brong. Translúcida , como a cera nhada, quasi sempre, 

ou pelo contrario , d'aspecto me da Prata sulfurada, Pra- 

tallico, quando a sua superfície tem ta negra, ferro oxyda- 

começado a decompôr-se. Interiordo escuro, e algumas 

mente , brilhante: com esplendor vezes da Prata nativa 

gordo. Dúctil. 

Prata vermelha, chum- 

Varied. 2.» Prata Muriatada Terrea. Argent bo sulfurado , quartzo , 

muriaté terreux; Broch. Brong. In barvta sulfatada c cal 

teriortnente, deslustrada. Quasi !carbonatada. 

friável. Alguma cousa unctuosa ao 

tacto. Fractura, terrea. 

Usos. 

É objecto de lavra , 

mas pouco frequente.

246 

OLRASSE 

IV. 

Metaes 

OBDP.:.I 

li. 

Metaes 

Dúcteis 

F.SPRCIE 

XLVI. 

Ouro Nativo. 

Côa. 

Amarello 

TRAMSPA 

REI CIA. 

Opaco. 


FÓRMA : TEXXUR A : 



Sendo puro: 

19^7 

Crystallizado em octaedro: 

ou em cubo; per 

feitos, ou diversamente 

modificados. F.m do 

decaédro rbcmboidai: 

ou trapeziforme. Ra 

moso. Capillar. Laminar. 

Ein grãos; ou palhetas 

Em pó. Amor- 

pho. Excede a todos os 

metaes em ductilidade 

e tenacidade (se bem 

que Sickingen o reputa 

menos tenaz , que o 

ferro , cobre , platina e 

prata): inferior em dureza 

ao ferro, platina, 

cobre e prata: mas superior 

ao estauho e 

chumbo. 

CARACTERES 

CHYMICOS. 

Insolúvel nos ácidos 

sulfurico e muriatieo: 

e inui pouco solúvel 

110 aciflo nitrico: dissolve-se 

na agua regia, 

ou acido nitroinuriatico 

(nitro-hy 

dro-chlorico) , e no 

acido muriatieo oxygenado 

(chlorico) 

Funde-se ao maçarico: 

porém é mui diflicil 

de volatilizar. O 

Ouro Nativo quasi 

nunca é perfeitamente 

puro : d'ordinario 

contem uma pequena 

porção de prata , ou 

cobre , e ás vezes ferro 

, platina , ou palladio.

CVÍ. 247 

Or natif; Haiiy. Broch. Brong. 

Varied. i.« Ouro Nativo Amarello-vivo. Or 

natif jattne d'or; Broch. Da côr (Io 

Ouio puro. De todas as Variedades 

é esta a mais pura , contendo 

apenas uma quantidade mui pequena 

de prata, ou de cobre, que não 

altera sensivelmente a côr do Ouro. 

K a mais commum. 

Varied. 2.» Ouro Nativo Amarello-desmaiado. 

Or natif de un jaune de laiton; 

Broch. De côr de latão claro; tirando 

ás vezes para veidoengo. E mais 

leve, que a Varied. precedente: 

contém sempre maior quantidade 

de prata, que ella: muitas vezes 

cobre: e algumas vezes também 

ferro. 

Varied. 3.» Ouro Nativo Amarello-pardinho. 

Or natif d'un jattne grisatre ; 

Broch. De côr media entre a de latão 

claro e a do aço: pouco liso: 

mais pesado, que a Varied. a." ; e 

menos que a I. 1 Sua côr é attribuida 

á presença d* platina , ou do 

palladio. 

Existe em bètas , e 

disseminado em rochas 

de formações differentes 

; com especialidade 

nas primitivas. Tem por 

gangas o quartzo (que é 

o mais vulgar) , o feld 

patho , a cal carbona 

tada e a baryta sulfata 

da. AcompauhSo-no diversas 

substancias metallicas 

; a saber: o ferro 

sulfurado , e prata vermelha 

, prata sulfurada, 

chumbo sulfurado e arsénico 

ferrifero: e menos 

frequentes vezesmi 

neraes de manganesio 

niccolo, cobalto cinzento 

, cobre malachites 

, etc. E talvez mais 

bundante o Ouro Nativo 

nos terrenos d'alluvião, 

existindo espalhado 

em grãos e palhetas, 

e ás vezes em pequenas 

massas , nas areias sili 

ciosas , argillosas e ferruginosas, 

que formão 

varias planices. Encontra-se 

também em palhetas 

nas areias de alguns 

rius. 

Todos conhecem os 

ultiplicados usos do 

Ouro: já cunhado em 

moeda : já trabalhado 

pelos Ourives: ou empregado 

pelos Douradores, 

Bordadores , etc. 

O oxvdo de Ouro , chamado 

purpura de Cassius1 

é usado na pintura da 

porcellana , e communica 

as mais bellas côres 

aos esmaltes , vidros e 

pedias preciosas artiíiciaes.

CL.ASSE 

IV. 

OBDEM 

II. 

.VIetaes. Metaes 

Dúcteis. 

F.SPECIE 

XLVII. 

Platina 

Nativa. 

CÔR. TRANSPI- 

Da côr do 

aço , tirando 

para côr 

de prata. 

(Sendo 

pura , é 

quasi 

de côr de 

prata; 

porem 

menos 

brilhante. 

RES CIA. 

Opaca, 


FÔBMA: TEXTUBA : 



15,6 

1 8,947 

(Sendo pura , 

30,98, 

segundo Borba : 

a3, 

segundo Kirw an.) 

Em palhetas e grãos 

angidosos, ou arredondados 

mui pequenos ; 

raras ve7.es chegando 

ao tamanho d'uma ervilha 

; e raríssimas vezes 

maiores: pela maior 

parte lisos e brilhantes: 

porém os de maior 

volume tem a superfície 

alguma cousa aspera 

e rugosa. E mais 

dura que a prata ; e 

algum tanto malleavel. 

Sendo pura , excede 0 

cobre em dureza , mas 

é inferior ao ferro: na 

opinião de uns, somen- 

te cede ao ouro em ductilidade: 

segundo outros, 

é menos dúctil á 

fieira que a prata ; e 

menos malleavel que 

a prata, cobre e estanho. 

CARACTERES 

CUYMICOS. 

TAROA 

Insolúvel nos ácidos 

nitrico , sulfurico e 

muriatico: dissolve-se 

na agua-regia , ou 

acido nitro-muriatico 

, e no acido muriatico 

oxygenado. Não 

se funde pelos meios 

ordinários sem addição. 

Os grãos de Platina 

Nativa não somente 

são misturados 

de muitas substancias 

heterogeneas , como 

particulas quartzozas, 

palhetas de ouro 

, grãos de ferro 

oxydado , e outras 

substancias metallicas 

e terreas ; mas além 

disso não existe nelles 

;jura a Platina , porém 

sim ligada com 

outros mui tos metaes; 

a saber, ferro, ouro, 

cobre, chumbo, irídio 

, osmio , rhodio 

e palladio.

CVIT. 

STSOKYMU : SnBsrE- 

CXES: VARIEDADES. 

Platine NatlJ; Broch. 

Brong. Platine natij 

ferrifere ; LLAIIY. 

JAZIGO. Usos. ( 

Encontra-se nas areia 

auríferas d'alguns rios 

e de alguns terrenos d< 

alluvião da America 

Vauquelin achou a Pla 

tina no mineral de cohrt 

cinzento de Cuadaleanal 

na Hespanha; mas é de 

presumir, que alli mesmo 

sejão bem raros tae.< 

mineraes platiniferos 

pois que tendo sido ensaiadas 

depois d'isso 

muitas amostras de cobre 

cinzento da mesma 

mina por sábios Chymicos, 

em nenhuma 

d'e!las appareceo um 

átomo de Platina. 

A Platina, em conseqnencia da sua infiisibilidade 

e inalterabilidade a tini gráo de 

fogo , que nenhuma outra meteria poderia 

supportar sem soffrer alteração, é de muito 

préstimo para construcção de vasos chymicos, 

que precisão de ser expostos a uma 

temperatura mui elevada: d'ella convém 

igualmente que sejão feita as pinças e colheres, 

de que usão os Mineralogistas nos 

ensaios por meio do maçarico, Os espelhos 

dos telescopios, feitos deste metal, são preferíveis 

aos que se constroem de qualquer 

das ligas metallicas , que se tem imagiuado, 

por não se embaciarem , nem se alterar o 

seu polimento. É mui própria também a 

Platina para a construcção de toda a casta 

de medidas , e preferível para este fim a 

todos os outros metaes, por ser de todos 

elles, não só o mais inalteravel, mas até o 

que menos se dilata com o calor. E susceptível 

de ser applicada á superfície dos instrumentos 

e utensílios metallicos, prestando-lhes 

assim um bello aspecto, e defendendo-os 

da oxydação: também se tem conseguido 

fixal-a sobre a porcellana. Tem já 

sido empregada em algumas obras d'Ourives, 

porém á custa de grande trabalho ; e 

alem disso tem o defeito de não ser tão brilhante 

como a prata. 

3a 

Í

XJO 

I N D E X. 

Ai ..Lambre 

Alumina 

Pag. 

i54 

18 

Argilla Folhada 

Leve . 

Arsénico . 

Arsénico Metallico 

Pag. 

ib. 

ib. 

27 

162 

Alumina sulfatada i38 

Sulfurado ib. 

Ammonia Muriatada i36 — Vermelho . i63 

Anipelite 108 

Amarello . . ib. 

Aluininosa 109 

Graphique ifo. 

Anipliibole g2 

Scliorlica 83 

• Hornblende . . . . ib. 

Jctinote ih. 

Amphigenio 56 

Analciine 60 

Anthracite i56 

. Friável 

Escamoso 

Folheado 

Globoso 

Antimonio 

Antimonio Hvdro-Sulfurado 

• Acicu- 

Iar . 

- Amorpho 

Nativo 

Arsenifero . . . 

Oxydado 

• Sulfurado 

Puro . . . . 

Capillar . . 

Argentifero . . 

Aploma 

Argilla 

Nativa 

Collyrite . . . . 

Kaolin 

Cimolithe 

Plastica 

ib. 

ib 

ib. 

3o 

184 

j 85 

ib. 

182 

i83 

184 

182 

i83 

ib. 

ib. 

G4 

98 

99 

ib. 

ib. 

ib. 

ib. 

Lithomarge 

Smectica 

ib- 

101 

Oxydado 164 

Asbesto 86 

Amianto 87 

Suberifornie ib. 

Commuin ib. 

Iiigniforme ib. 

Compacto ib. 

Axinitc 

62 

B. 

Baryta 

Baryta Carbonatada 

Sulfatada . . 

Pura 

Fétida 

Granos 

Basalto . 

Beryllo 

Agua Marina 

Esmeralda . 

Bismutho . . . . 

Bismutho Nativo 

Oxydado 

Sulfurado 

Bitume !Mineral 

Naphta 

Petroleo 

- Glutinos 

Solido 

• Elástico 

c. 

21 

n4 

112 

113 

ib. 

ib. 

84 

7* 

7* 

ib. 

3o 

186 

188 

ib. 

146 

»47 

ib. 

ib. 

ib. 

149 

Figulina ib. 

Cal . . . . 

Cal Arseniatada 

ai 

12S

Cal Carbonatada 

• Fluatada 

Nitratada 

Phosphatada 

Sulfatada 

Pura 

Crystallizada 

Amorpha 

Sacchnrotde 

Mármore 

Compacta . . 

. Oolithe . . 

- Grosseira . 

. Fibrosa . 

- Arraç;onite 

• Esponjosa . 

- Greda 

- Pulverulenta 

- Concrecionada 

Tufo 

• Incrustante 

- Pisolithe 

. 

- Alabas- 

• Fétida . 

• Bituminifera 

• Aluminifera 

• Quartzifera 

• Ferrifera . 

Spathica 

Terrosa . 

Compacta 

Apatite 

CrysoIitho 

Terrosa 

Selenite 

Gesso 

Grosseira 

Caracteres Chymicos . 

Fysicos . 

Gooinetricos . 

Carvão Mineral . . . . 

Compacto 

Gordo 

— — Sccco . 

Cerio . 

ChaLasie 

tro 

INDEX, 

Pag. 

116 

117 

ib. 

ib. 

ib. 

ib. 

ib. 

ib. 

»'9 

ib 

ib. 

ib 

ib. 

ib 

ib 

ib 

ib. 

ib. 

122 

ib. 

12/, 

ib. 

126 

128 

ib. 

129 

ib. 

140 

129 

ib. 

ib. 

ib. 

130 

131 

ih. 

ih. 

12 

• 44 

145 

ib. 

ib. 

3i 

Co 

Chlorite 

Chlorite Commum 

Baldogée : Zographique . 

Chromio 

Chrysoberyllo 

Chumbo 

Chumbo Arseniatado 

Carbonatado 

Branco Crystalll 

zado 

Acicular 

Bacillar 

Amarello 

Negro . . 

Chromatado 

IMolybdatado , . 

Muriatado 

• Oxydado . 

—, Terroso 

Jaspideo 

Phosphatado 

Arsenical 

Sulfatado 

Sulfurado 

Laminar 

Compacto 

Estriado 

Cinnahre . . . 

Cobalto 

Cobalto Arseniatado 

Acicular . 

Pulverulento 

Arsenical 

Cinzento 

Oxvdado 

- Mammilloso 

Terroso . 

- Vítreo . 

- Escuro . 

- Amarello 

Cobre 

Cobre Arseniatado 

Obtuso . . 

Lamelliforme 

Agudo 

• Triedro . 

• CapilIar . 

Mammilloso . 

• Ferrífero . - 

»5l 

Pag. 

96 

97 

ib. 

3o 

76 

33 

»i4 

ib. 

ai 5 

ib. 

ib. 

ib. 

ib. 

ib. 

ib. 

216 

•xi 7 

>b: 

216 

21 7 

212 

ib. 

215 

ib. 

ib. 

^ 

2 9 

178 

»79 

ib. 

176 

ib. 

178 

»79 

ib. 

ib. 

ib. 

ib. 

34 

234 

ib. 

235 

ib. 

ib. 

ib. 

ib. 

ib. 

-I

I Jf I) EX. 1 

Paff4 

Cobre Carbonatado ; 228 

Azul . . . . 229 

Radiado . ib. 

Terroso . ib. 

Ycnie . . . ib. 

Malachites ib. 

—— Jibroso . ib. 

r-—- Concrecionado 

. . ib. 

Pulverulento 

. . ib. 

, Ferruginoso 

. ib. 

Cinzento 226 

Arseniado . . . 227 

Aiilimotiiado . . ib. 

— Dioptasio s32 

Muriatado ib. 

— Massieo . . . 233 

Pulverulento . . ib. 

Nativo . . . . . . . 222 

Oxydulado 23o 

Arsenifero . . 231 

. Ferrífero . . . ib. 

T Pbosphatado 23o 

Pyritoso . . . . . . . 224 

Hepático . . . 225 

Sulfurado 222 

Combustiveis não Metallieos . . 

Corindon 7¾ 

Telesia 79 

. Adamantino . . . . . 'b- 

Corpos Inorganieos 5 

Organizados . . . . . 'b- 

Crystal de Rocha 4' 

Cyanite 

Cvmophane 77 

D. 

Diamante 

Disthene 74 

E. 

Ecume de mer . • 9 3 

Enxofre . i58 

- Massico »59 

Pag. 

Enxofre Disseminado 169 

Puiveroso ib. 

Epidote . 68 

Estanho • 33 

Estanho Oxydado . . . .210 

Crystallizado . . 211 

Concrecionado . ib. 

— Sulfurado . . . 210 

Euelase . 72 

F. 

Fehl-spatlio 54 

Coiiimum . . . . 55 

Adular ib. 

Opalino ib. 

Verde. . . . . . ib. 

Aventurinado . . . ib. 

Azul ib. 

Laminar ib. 

Ferro 33 

Ferro Arsenialado 208 

Arsenical 192 

Argentifero . . . ig3 

Chromatado 208 

Oligisto . 198 

Compacto. . . . 199 

Especular . . . . ib. 

Escamoso . . . . ib. 

Oxydado 200 

Vermelho . . . 201 

Luzente . ib. 

Hematitico ib. 

Compacto ib. 

Oeraeeo . ib» 

Escuro 2o3 

Fibroso . . ib. 

Compacto . ib. 

Etite . . . ib. 

Granuloso . ib. 

Ocraceo . . ib. 

Terroso . . . . 205 

Argilloso . , ib. 

Limoso . . ib. 

Areento . . ib. 

Quartzifero . . . ib. 

Oxydulado 196 

... Iuian . . . . . 197

Ferro Pbosphatado 

Laminar 

Azulado 

Spathico 

Sulfatado , 

Sulfurado 

-- Crystallizado 

— Concrecionado 

— Radiado 

Magnético 

G. 

Gadolinite 

Glucina . . . . 

Graminatite . 

Granada . 

Nobre . 

Pyrope 

Coiuuium 

Mélanite 

. 

Mangancsiada 

Graphite 

Idocrase 

Irídio . 

Lamellar . 

Granuloso 

Jade 

Nephritico. 

Tenaz 

Axinien 

. 

Jargon de Ceylan 

I. 

J. 

K . 

INDEX. 

Pag. 

aoG 

•207 

ib. 

206 

)4o 

»94 

195 

ib. 

ib. 

ib. 

38 

>9 

84 

66 

67 

ib. 

ib. 

ib. 

ib. 

156 

157 

ib. 

64 

36 

Sl 

53 

ib 

ib. 

Kupfernickel .221 

Lazulite 

Lignite. 

L. 

Azul celeste 

dc Klaproth 

39 

56 

57 

ib. 

i5o 

Lignite Azeviche 

Friável . 

Fibroso . 

Terroso. 

M. 

Magnesia . . . 

Magnesia Sulfatada. 

Magnesite 

de Mitchell 

Plastica . 

Manganesio . . 

Manganesio Deslustrado 

Compacto 

- Terroso 

Lithoide 

• Branco 

• Rosado 

Metalloide 

Calybino 

Argentino 

• Phosphatado 

• Sulfurado 

Marne 

• ArgiIlosa 

Calcarea , 

Meionite . . . . 

Mellite . . . . 

Menak . . . . 

Mercúrio . . . . 

Mercúrio Argentino 

Muriatado 

Nativo . 

Sulfurado 

Compacto 

Laminar 

. 

• Pulverulento 

• Hepático 

Mesotvpe . 

Zéolithe . 

Laumonythe 

• Croealite 

Metaes : Classe IV. 

Metaes Dúcteis . 

Frágeis . 

Mica . . . . . 

Foliaeea 

— Laiuclliforme 

253 

Pag. 

i5i 

ib. 

ib. 

ib.

a54 

RIica Hemispherica . 

Filamentosa 

Mineraes Mislnrados . 

Simplices . 

Mineralogia: Definição 

Mineralogia: Suas Divisões 

Molybdeno . . . . . 

Molvbdeno Sulfurado 

Niccolo 

Niccolo Arsenical 

——: Oxydado 

N. 

O . 

p. 

INDEX. 

Pag. 

95 

ib. 

7 

ib. 

5 

6 

28 

164 

34 

220 

ib. 

Obsidiana . . . . . . . . 48 

• Vitrea 49 

Còr de pérola . . . . ib. 

Ocre 104 

-r— Vermelha io5 

Amarella . . . . . . . ib. 

— Escura ib. 

Oryctognosia: que Classes comprehende 

. 16 

Osmio . . . . ' . . , , . . 36 

Ooro . . . . . . . . . . 35 

Ouro Nativo . . . . . . . »46 

Palladio 

Pedra Cruciforme . . . 

Pedra Pomes . . . . 

Commum . 

Capillar . 

Pedras Argillosas: Ord. 3.* 

Pedras Duras: Ord. i. m . 

Pedras Salinas: Ord. 4.* . 

Pedras Unctuosas: Ord. 2.' 

Peridoto 

Crystallizado 

• Olivine . . 

Platina . . 

Platina Nativa 

35 

62 

48 

' 

34 

240 

244 

ib. 

240 

242 

ib. 

132 

80 

81 

ib. 

4 o 

41 

ib. 

ib. 

ib. 

ib. 

ib. 

ib. 

ib. 

ib. 

ib. 

ib. 

ib. 

ib. 

ib. 

44 

45 

ib. 

ib. 

ib. 

ib. 

ib; 

ib. 

ib. 

ib. 

4f> 

4: 

ih. 

ih. 

ili. 

ib. 

42 

43 

ib. 

ib.

IN DK*. 

T. 

R . 

Retinite 

Pag. 

5o 

(le Meissen 

de Planitz 

> • • • 

ib de Cantai 

- 

ib 

Rhodio 

36 

Ruthile I 6 Talco 

s. 

7 

Saes: Classe a.* 

Selcnio 

Serpentina 

Nobre 

Commum 

Ollar . . . . . 

. 

. 

88 

89 

ib. 

ib. 

Schéelin 

28 

Schéelin CaIcareo . . . . . . 

Ferruginoso ib 

Schisto 

1 Laminar 

Endurecido 

Tantalo . . . . . . 

Tellurio 

Tellurio Nativo . . 

Ferrifero 

Graphico 

Plombifero 

Terras e Pedras : Classe 1.' 

Thorina ou Thtira 

Titânio . . . . 

Titânio Anatase . 

Menakanite 

Nigrine 

Oxydado 

. 

Baeillar 

Reticular 

Topasio 

Luzente . 

O^ 

107 

Crystallizado 

Limpido 

Ardósia ib 

Amarello 

Argilloso ib. - Yerdoengo . 

Cotieule . . ib. Tormalina . . . . . 

Marnoso ib 

Crystallizada 

Silica \\ 

Branca . 

Soda Boratada . . . . . . . i34 

Mellada . . 

Carbonatada . . . . . . i3 

Esmeraldina 

Muriatada i3.

a 56 

Vesnviana 

w. 

JVilheritc , . . . , 

Y. 

Ytterbite. a . . • • 

Yttria 

Pag. 

65 

TKDKX. 

ix5 

39 

2o 

z. 

Zinco . . . 

Zinco Calamina 

Lamelloso 

Cambiante 

Commum . 

Carbonatado 

Sulfatado . 

Sulfurado . 

Zircão . . • . 

Zircon-jargon . 

Zircon-Hyacinthe 

Zirconia . . .

- 

I

Obra Completa - Universidade de Coimbra

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