Obra Completa - Universidade de Coimbra
Obra Completa - Universidade de Coimbra
Obra Completa - Universidade de Coimbra
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
IO PROLEG OMENOS. 17<br />
Toda a diíficuldadc pois se reduz a <strong>de</strong>terminar o peso absoluto <strong>de</strong> um vo-<br />
Iuniedagua , que seja perfeitamente igual ao volume do corpo, cujo peso espe-<br />
cifico se quer achar : Para isto recorremos a um principio , que nos ensina a<br />
IIydrostatica; a saber, que um corpo mergulhado em um fluido per<strong>de</strong> tanto<br />
do seu peso , quanto pesa o volume igual do fluido por elle <strong>de</strong>slocado.<br />
Supposto este principio, é claro que se <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> sabermos o peso <strong>de</strong> um<br />
corpo pesado no ar, o pesarmos <strong>de</strong> novo mergulhado n'agua , a differença<br />
entre estes dois pesos mostrará qual seja o <strong>de</strong> um volume dagiva igual ao do<br />
nicsino corpo. Supponliauios, que um pedaço <strong>de</strong> chumbo pesou no ar 24<br />
oitavas, e que mergulhado 11 agua mostrou ter <strong>de</strong> peso só 16 ; <strong>de</strong>vemos con-<br />
cluir , que a agua , que o chumbo <strong>de</strong>slocou , e cujo volume é perfeitamente<br />
igual ao do chumbo, pesa 8 oitavas. Logo teremos 8 : 24 : : 1 : x — Z.<br />
Para <strong>de</strong>terminarmos os pesos especificos servimo-nos da Balança hy-<br />
drostatica , e do Areometro <strong>de</strong> Nicolson.<br />
u." Dureza: K a força , com a qual as partículas minimas <strong>de</strong> um mi-<br />
neral preten<strong>de</strong>m conservar a sua primeira e própria figura , resistindo por<br />
isso a toda e qualquer força , que pretenda separal-as. Avalia-se este cara-<br />
cter pela proprieda<strong>de</strong>, que tem certos mineraes, <strong>de</strong> riscar outros, que são<br />
<strong>de</strong> uma dureza reconhecida; ou pela proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> serem riscados por<br />
elles: uns riscão, por exemplo, o quartzo transparente crystallizado, outros<br />
o aco, o vidro, ou vice-versa. Este methodo <strong>de</strong> avaliar a dureza dos mine-<br />
raes é o mais exacto; porque o scintillar com os golpes do fuzil, po<strong>de</strong> ser<br />
fallivel, em razão da maior ou menor cohesão das moléculas. O grêz (pedra<br />
<strong>de</strong> areia, ou pedra broeira), que sempre risca o aço mais duro, <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong><br />
scintillar com o fuzil no estado <strong>de</strong> friável. Os differentes gráos <strong>de</strong> dureza<br />
reduzem-se a duro , settii-duro, tenro, ou muito tenro , e então a tal ponto,<br />
que chegue a receber a impressão da unha.<br />
14-° Flexibilida<strong>de</strong>: E a proprieda<strong>de</strong>, que tem alguns mineraes, <strong>de</strong> se<br />
<strong>de</strong>ixarem dobrar sem quebrar: Se quando cessa a pressão, elles por si<br />
mesmos se restituírem ao seu antigo estado, serão elásticos: Quando alguns<br />
mineraes , sendo feridos , <strong>de</strong>spe<strong>de</strong>m soin , os <strong>de</strong>nominaremos sonoros.<br />
15.° Ductilida<strong>de</strong>: Aquelles mineraes, que se achatarem <strong>de</strong>baixo do mar-<br />
tello, ouse esten<strong>de</strong>rem em fio á fieira, conservando a figura adquirida em<br />
virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> qualquer das duas forças, lhe chamaremos malleavcis ou dúcteis.<br />
Deste numero são muitas substancias metallicas. Aquelles mineraes porém,<br />
que se quebrão em vez. <strong>de</strong> se achatarem , ou alongarem , são frágeis.