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microesferas de quitosana/pluronic f127 por spray-drying: um ... - Ipen

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MICROESFERAS DE QUITOSANA/PLURONIC ® F127 POR<br />

SPRAY-DRYING: UM NOVO SISTEMA PARA<br />

ENCAPSULAMENTO DA TROXERRUTINA<br />

Igor M. Cavalcante 1* , Flávia <strong>de</strong> M. L. L. Costa 1 , M. L. C. Gonzaga 2 , Maria E. N. P. Ribeiro 1 , Said G. da C.<br />

Fonseca 3 , Ícaro G. P. Vieira 4 , Edy S. Brito 5 , Nágila M. P. S. Ricardo 1<br />

1* Departamento <strong>de</strong> Química Orgânica e Inorgânica da UFC, CX 12200 Fortaleza/Ceará -<br />

marques_igor@yahoo.com.br; 2 Departamento <strong>de</strong> Química da UVA – leonia_gonzaga@yahoo.com.br; 3 Departamento<br />

<strong>de</strong> Farmácia da UFC - said@ufc.br; 4 Parque <strong>de</strong> Desenvolvimento Tecnológico; 5 Embrapa Tropical Agroindústria –<br />

edy@cnpat.embrapa.br<br />

Chitosan/Pluronic ® F127 microspheres by <strong>spray</strong>-<strong>drying</strong>: a new encapsulation system for Troxerutin<br />

Troxerutin (trox) loa<strong>de</strong>d chitosan (Qt)/Pluronic® F127 microspheres (Mc) were prepared in three different pro<strong>por</strong>tions:<br />

Qt:Trox:F127 1:0:0, Qt:Trox:F127 25:5:4 and Qt:Trox:F127 10:5:4. These systems were referred as McQt, McQt-Trox<br />

5:1 and McQt-Trox 2:1, respectively, and characterized by DSC, X-ray diffraction and SEM. The drug release<br />

experiments were ma<strong>de</strong> in gastric simulated fluid (FGS) and intestinal simulated fluid (FIS). The absence of the<br />

endothermic peak that accompanied troxerutin crystal melting and the drug X-ray diffraction patterns indicates that a<br />

solid dispersion system was formed. The drug release profile of both Trox microspheres in acidic and alkaline media<br />

showed a fast liberation and the release was more sustained in alkaline medi<strong>um</strong>. The drug release profiles of McQt-Trox<br />

5:1 was more sustained than those from McQt-Trox 2:1, indicating that the first system can be used for oral<br />

administration of Trox in the treatment of chronic venous insufficiency.<br />

Introdução<br />

Quitosana (Qt) é <strong>um</strong> biopolímero natural obtido pela N-<strong>de</strong>sacetilação da quitina, quer seja<br />

<strong>por</strong> tratamento com bases fortes, quer seja <strong>por</strong> métodos microbiológicos. A <strong>quitosana</strong> tem sido<br />

extensivamente estudada em função <strong>de</strong> suas aplicações nas áreas biomédica [1], farmacêutica [2,3],<br />

alimentícia [4] e química [5]. Nas áreas química e biomédica, em particular, as ativida<strong>de</strong>s<br />

antit<strong>um</strong>oral [6], antimicrobiana [7,8], antimutagênica [9] e imuno-estimulante [10] da <strong>quitosana</strong> têm<br />

sido <strong>de</strong>monstradas.<br />

Na área farmacêutica ela tem sido estudada como matriz polimérica, especialmente na forma<br />

<strong>de</strong> <strong>microesferas</strong>, para liberação controlada <strong>de</strong> fármacos. Dentre as várias técnicas <strong>de</strong> produção <strong>de</strong><br />

<strong>microesferas</strong> [11], <strong>microesferas</strong> <strong>de</strong> <strong>quitosana</strong> preparadas pela técnica <strong>de</strong> <strong>spray</strong>-<strong>drying</strong> têm<br />

<strong>de</strong>spertado gran<strong>de</strong> interesse como sistemas mucoa<strong>de</strong>sivos <strong>de</strong> liberação <strong>de</strong> fármacos [12,13].<br />

Pluronic ® F127 é <strong>um</strong> copolímero tribloco <strong>de</strong> óxido <strong>de</strong> etileno (E) e óxido <strong>de</strong> propileno (P)<br />

cuja estrutura é E100P65E100. Os blocos <strong>de</strong> E constituem a <strong>por</strong>ção hidrofílica e o bloco <strong>de</strong> P a <strong>por</strong>ção<br />

hidrofóbica <strong>de</strong>sse surfactante. F127 possui <strong>um</strong>a varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>s biológicas, sendo usado


como componente <strong>de</strong> imunoadjuvantes, carreadores <strong>de</strong> fármacos e formulações micelares <strong>de</strong><br />

fármacos [14].<br />

Troxerrutina (Trox) é <strong>um</strong> bioflavonói<strong>de</strong> natural extraído originalmente da Aescul<strong>um</strong><br />

hippocastan<strong>um</strong> (castanha silvestre ou castanha das Índias) com ativida<strong>de</strong> antioxidante, efeitos <strong>de</strong><br />

proteção hepática [15] e normalmente utilizado no tratamento <strong>de</strong> varizes e hemorróidas.<br />

Visando unir as interessantes proprieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sses materiais, o presente trabalho tem como<br />

objetivo a obtenção e caracterização <strong>de</strong> <strong>um</strong> novo sistema encapsulante <strong>de</strong> troxerrutina para<br />

aplicações biomédicas.<br />

Experimental<br />

A <strong>quitosana</strong> (MV = 66 kDa e GD 83%) utilizada foi gentilmente cedida pelo PADETEC. A<br />

troxerrutina foi fornecida pela empresa Flora Brasil Ltda. Pluronic ® F127 foi obtido da BASF.<br />

Preparo das <strong>microesferas</strong><br />

Preparou-se <strong>um</strong>a solução a 1% <strong>de</strong> Qt em HCl 0,5%, adicionando-se F127 e Trox nas<br />

seguintes pro<strong>por</strong>ções Qt:Trox:F127 1:0:0, Qt:Trox:F127 25:5:4 e Qt:Trox:F127 10:5:4. As<br />

amostras foram <strong>de</strong>nominadas: McQt, McQt-Trox 5:1 e McQt-Trox 2:1, respectivamente. A<br />

produção das <strong>microesferas</strong> foi realizada em equipamento Mini Spray-Drier Büchi B-290 com os<br />

seguintes parâmetros experimentais: temperaturas <strong>de</strong> entrada e saída <strong>de</strong> 190 e 70 ºC,<br />

respectivamente, e taxa <strong>de</strong> aspiração <strong>de</strong> 95%.<br />

Determinação do teor <strong>de</strong> troxerrutina encapsulado<br />

O teor encapsulado foi <strong>de</strong>terminado em triplicata <strong>por</strong> espectroscopia UV/Vis<br />

(Espectrofotômetro Hitachi U-2000), após trituração e extração exaustiva das <strong>microesferas</strong> com<br />

fluido gástrico simulado. A leitura dos valores <strong>de</strong> absorbância <strong>de</strong> suas soluções aquosas foi<br />

realizada a 348 nm.<br />

Calorimetria exploratória diferencial (DSC)<br />

Os termogramas <strong>de</strong> DSC foram obtidos utilizando <strong>um</strong> equipamento Shimadzu DSC-50.<br />

Foram pesadas aproximadamente 5 mg das amostras em cadinhos <strong>de</strong> al<strong>um</strong>ínio e lacradas. As<br />

medidas foram obtidas sob taxa <strong>de</strong> aquecimento <strong>de</strong> 10 ºC/min e atmosfera <strong>de</strong> nitrogênio.<br />

Difração <strong>de</strong> raio-X<br />

Anais do 9 o Congresso Brasileiro <strong>de</strong> Polímeros


Os difratogramas das amostras foram obtidos utilizando <strong>um</strong> difratômetro Rigaku, mo<strong>de</strong>lo<br />

DMAXB, com <strong>um</strong>a velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 5º/min.<br />

Microscopia eletrônica <strong>de</strong> varredura (SEM)<br />

A morfologia das amostras foi observada utilizando-se <strong>um</strong> microscópio eletrônico <strong>de</strong><br />

varredura Philips XL-30 Holland. As micrografias das amostras cobertas <strong>de</strong> ouro foram feitas nas<br />

magnitu<strong>de</strong>s apropriadas.<br />

Liberação da troxerrutina ‘in vitro’<br />

Os testes <strong>de</strong> liberação foram feitos em fluidos gástrico simulado (FGS), pH=1,2, e intestinal<br />

simulado (FIS), pH=7,5, ambos sem enzima, preparados <strong>de</strong> acordo com o procedimento da USP<br />

XXIII. Foi utilizado <strong>um</strong> dissolutor Nova Ética, mo<strong>de</strong>lo 299. Amostras <strong>de</strong> <strong>microesferas</strong> contendo 36<br />

mg <strong>de</strong> Trox foram adicionadas a 900 mL <strong>de</strong> fluido, a 37 ºC, sob <strong>um</strong>a rotação <strong>de</strong> 60 rpm. Para<br />

<strong>de</strong>terminar a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Trox liberada, alíquotas <strong>de</strong> 5 mL eram retiradas periodicamente,<br />

filtradas através <strong>de</strong> membrana <strong>de</strong> 0,45 µm, e as medidas eram realizadas em <strong>um</strong> Espectrofotômetro<br />

Hitachi U-2000, a 273 nm. As alíquotas retiradas eram repostas com o correspon<strong>de</strong>nte fluido fresco.<br />

Os experimentos foram realizados em triplicata e as curvas <strong>de</strong> liberação foram re<strong>por</strong>tadas como a<br />

média aritmética das 3 corridas.<br />

Resultados e Discussão<br />

Determinação do teor <strong>de</strong> troxerrutina encapsulado<br />

Os teores <strong>de</strong> troxerrutina <strong>de</strong>terminados nas amostras McQt-Trox 5:1 e McQt-Trox 2:1<br />

foram, respectivamente, 14,47% e 24,51%, os quais estão em boa concordância com os valores<br />

teóricos (14,7% e 26,3%), <strong>de</strong>monstrando <strong>um</strong>a taxa <strong>de</strong> encapsulação <strong>de</strong> 98,4% e 93,2%,<br />

respectivamente. Os valores teóricos foram calculados consi<strong>de</strong>rando-se a mistura QT/F127/Trox<br />

como o único conteúdo das <strong>microesferas</strong>. Portanto, essa diferença entre os valores teóricos e<br />

experimentais para o conteúdo <strong>de</strong> Trox nas amostras <strong>de</strong>ve-se, principalmente, à presença <strong>de</strong><br />

<strong>um</strong>ida<strong>de</strong> nas <strong>microesferas</strong>, <strong>de</strong>tectada <strong>por</strong> DSC.<br />

Calorimetria exploratória diferencial (DSC)<br />

As curvas <strong>de</strong> DSC das amostras (Fig. 1) apresentam os seguintes eventos endotérmicos:<br />

F127 (57 ºC), Trox (81, 155 e 218 ºC), Qt (87 ºC), McQt (102 e 221 ºC), McQt-Trox 5:1 (52, 92 e<br />

224 ºC) e McQt-Trox 2:1 (48, 99 e 217 ºC). A presença <strong>de</strong> <strong>um</strong> evento em torno <strong>de</strong> 220 ºC nas<br />

Anais do 9 o Congresso Brasileiro <strong>de</strong> Polímeros


<strong>microesferas</strong>, inexistente na Qt, indica a fusão <strong>de</strong> <strong>um</strong>a estrutura polimérica altamente or<strong>de</strong>nada<br />

formada durante o processo <strong>de</strong> <strong>spray</strong>-<strong>drying</strong> [16].<br />

Observa-se que as <strong>microesferas</strong> McQt-Trox 5:1 e McQt-Trox 2:1 apresentam eventos em 52<br />

e 48 ºC, atribuídos à fusão do F127. A ausência do evento <strong>de</strong> fusão (155 ºC) da Trox em McQt-Trox<br />

5:1 e McQt-Trox 2:1 confirma que o sistema fármaco-carreador formou <strong>um</strong>a dispersão sólida.<br />

Difração <strong>de</strong> raio-X<br />

Os difratogramas das amostras (Fig. 2) mostram a ausência dos picos <strong>de</strong> difração referentes<br />

à Trox livre (7,4º, 13,6º, 17,8º, 19,9º, 24,0º e 25,8º) nas <strong>microesferas</strong>. Isto revela a total formação <strong>de</strong><br />

<strong>um</strong>a dispersão sólida entre o fármaco e a matriz polimérica, confirmando que a Trox presente está<br />

encapsulada. A discreta presença <strong>de</strong> dois picos em 19,2º e 23,5º nas <strong>microesferas</strong> <strong>de</strong> Trox, referente<br />

ao F127, cuja intensida<strong>de</strong> a<strong>um</strong>enta <strong>de</strong> McQt-Trox 5:1 para McQt-Trox 2:1, revela que parte do<br />

copolímero encontra-se cristalino, sem ter formado <strong>um</strong>a dispersão sólida com a matriz <strong>de</strong> <strong>quitosana</strong>.<br />

Isso po<strong>de</strong> ter acontecido pois, à temperatura <strong>de</strong> saída <strong>de</strong> 70 ºC, durante o <strong>spray</strong>-<strong>drying</strong>, o F127<br />

encontrava-se líquido, solidificando apenas após a formação das <strong>microesferas</strong>, assim parte <strong>de</strong>le<br />

cristalizou sem formar <strong>um</strong>a completa dispersão sólida com as <strong>microesferas</strong>.<br />

1 0 0 2 0 0 3 0 0<br />

T e m p e r a tu r a ( º C )<br />

Figura 1. Curvas <strong>de</strong> DSC dos sistemas (a) F127; (b) Qt; (c) McQt; (d)<br />

McQt-Trox 5:1; (e) McQt-Trox 2:1 e (f) Trox.<br />

(c)<br />

(a)<br />

(b)<br />

(d)<br />

(e)<br />

(f)<br />

Anais do 9 o Congresso Brasileiro <strong>de</strong> Polímeros<br />

1 0 2 0 3 0 4 0<br />

2 θ ( g r a u s )<br />

(f)<br />

(e)<br />

(d)<br />

(c)<br />

(b)<br />

(a)<br />

Figura 2. Difratogramas dos sistemas (a) McQt; (b) McQt-Trox 5:1; (c)<br />

McQt-Trox 2:1; (d) Qt, (e) Trox e (f) F127.


Microscopia eletrônica <strong>de</strong> varredura (SEM)<br />

As <strong>microesferas</strong> apresentam <strong>um</strong>a distribuição <strong>de</strong> tamanho heterogênea, diâmetro menor que<br />

5 µm, e <strong>um</strong>a superfície esférica irregular rugosa com <strong>de</strong>pressões. He, Davis e Ill<strong>um</strong> estudaram<br />

<strong>microesferas</strong> <strong>de</strong> cloridrato <strong>de</strong> <strong>quitosana</strong> <strong>de</strong> baixo grau <strong>de</strong> viscosida<strong>de</strong> que também apresentaram<br />

essas mesmas características morfológicas [12].<br />

Não se observa a presença <strong>de</strong> cristais <strong>de</strong> Trox nas micrografias das <strong>microesferas</strong>,<br />

confirmando a sua encapsulação.<br />

(a) (b)<br />

(c)<br />

(d)<br />

Figura 3. Micrografias das amostras: (a) McQt; (b) McQt-Trox 5:1; (c) McQt-Trox 2:1 e (d) Trox.<br />

Anais do 9 o Congresso Brasileiro <strong>de</strong> Polímeros


Fármaco liberado (%)<br />

100<br />

80<br />

60<br />

40<br />

20<br />

Liberação da troxerrutina ‘in vitro’<br />

Os perfis <strong>de</strong> liberação da Trox (Fig. 4) em ambos os meios revelam que sua liberação foi<br />

rápida, estabilizando-se em menos <strong>de</strong> 80 min. Sua liberação foi acompanhada <strong>de</strong> <strong>um</strong> “burst effect”,<br />

fenômeno no qual a maior parte do fármaco é liberada nos primeiros minutos <strong>de</strong> dissolução,<br />

observado principalmente para a amostra McQt-Trox 2:1. Tal com<strong>por</strong>tamento é observado<br />

com<strong>um</strong>ente para fármacos solúveis em água [17, 12]. No entanto essa liberação po<strong>de</strong> ser retardada<br />

quando as <strong>microesferas</strong> são compactadas na forma <strong>de</strong> comprimidos [18].<br />

Para as duas amostras, a liberação da Trox foi prolongada <strong>por</strong> mais tempo em meio básico<br />

(FIS) do que em meio ácido (FGS). Isso aconteceu, pois a <strong>quitosana</strong> é <strong>um</strong> polímero catiônico,<br />

solúvel apenas em meio ácido. Dessa forma, em FGS, as <strong>microesferas</strong> int<strong>um</strong>escem, fomam <strong>um</strong> gel e<br />

se dissolvem, facilitando a dissolução do fármaco.<br />

Observa-se também que em ambos os meios, a dissolução da Trox foi mais prolongada para<br />

o sistema McQt-Trox 5:1, no qual é maior o conteúdo da matriz polimérica Qt/F127. Este resultado<br />

é explicado <strong>um</strong>a vez que a matriz polimérica funciona como <strong>um</strong>a barreira para a difusão do<br />

fármaco.<br />

Em ambos os meios, o processo <strong>de</strong> dissolução até <strong>por</strong> volta <strong>de</strong> 60% é regido pela equação <strong>de</strong><br />

Higuchi [19]. Higuchi <strong>de</strong>screve o mecanismo <strong>de</strong> liberação dos fármacos como <strong>um</strong> processo <strong>de</strong><br />

difusão baseado na lei <strong>de</strong> Fick, na qual o conteúdo <strong>de</strong> fármaco liberado é diretamente pro<strong>por</strong>cional à<br />

raiz quadrada do tempo <strong>de</strong> dissolução. Dessa forma, a eficiência no retardamento da liberação da<br />

Trox foi avaliada utilizando o tempo <strong>de</strong> 60% <strong>de</strong> dissolução como parâmetro (Tabela 1). Tais valores<br />

confirmam que o sistema mais eficiente em retardar a liberação da Trox é o McQt-Trox 5:1.<br />

McQt-Trox 2:1 em FGS<br />

McQt-Trox 5:1 em FGS<br />

Fármaco liberado (%)<br />

0<br />

0<br />

0 10 20 30 40 50 60<br />

0 20 40 60 80<br />

(a) Tempo (min)<br />

(b)<br />

Tempo(min)<br />

Figura 4. Curvas <strong>de</strong> liberação da Trox das <strong>microesferas</strong> em (a) FGS e (b) FIS.<br />

100<br />

80<br />

60<br />

40<br />

20<br />

Anais do 9 o Congresso Brasileiro <strong>de</strong> Polímeros<br />

McQt-Trox 2:1 em FIS<br />

McQt-Trox 5:1 em FIS


Conclusões<br />

Tabela 1. Tempo <strong>de</strong> 60% <strong>de</strong> dissolução da troxerrutina<br />

Amostra T60 (min) em FGS T60 (min) em FIS<br />

McQt-Trox 2:1 3,59 4,66<br />

McQt-Trox 5:1 7,91 14,00<br />

Os resultados mostram que a troxerrutina foi eficientemente encapsulada nas <strong>microesferas</strong><br />

<strong>de</strong> Qt e F127. A formação <strong>de</strong> <strong>um</strong>a dispersão sólida entre <strong>quitosana</strong> e F127 na forma <strong>de</strong> <strong>microesferas</strong><br />

não é tão eficiente pela técnica <strong>de</strong> <strong>spray</strong>-<strong>drying</strong>.<br />

Os testes <strong>de</strong> dissolução in vitro sugerem que o sistema McQt-Trox 5:1 possa ser usado em<br />

formulações orais no tratamento <strong>de</strong> insuficiência crônica venosa.<br />

Agra<strong>de</strong>cimentos<br />

Os autores agra<strong>de</strong>cem ao PADETEC, ao Laboratório <strong>de</strong> Raios-X – UFC e ao CNPq pelo apoio a<br />

este trabalho.<br />

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