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1º Trimestre de 2013 – Elias e Eliseu – um ministério de poder para a Igreja<br />
- Não podemos, pois, justificar nossos fracassos espirituais querendo pôr a culpa no meio em que vivemos.<br />
Não adianta querer nos enganar com argumentos para explicar e querer que seja compreendida nossa<br />
mediocridade espiritual. Certamente não havia lugar mais difícil de se servir a Deus do que o palácio de Acabe<br />
e de Jezabel naqueles dias e, mesmo assim, Obadias é apontado como um servo que muito temia ao Senhor.<br />
Por isso, amados irmãos, sejamos fiéis ao Senhor, sejamos leais à Sua Palavra, deixando de tentar justificar<br />
nossas fraquezas pelo ambiente em que o Senhor nos colocou.<br />
IV - O POVO DE ISRAEL PASSA FOME DURANTE A LONGA SECA<br />
- Enquanto Elias e os cem profetas haviam sido devidamente sustentados pelo Senhor durante o período da<br />
estiagem, a Bíblia diz que “a fome era extrema em Samaria” (I Rs.18:2 “in fine”).<br />
- O povo de Israel não teve a mesma sorte dos profetas. Sobre eles, a seca significou fome e sede. Perto do<br />
final dos três anos e meio, nem mesmo os animais do rei tinham erva para se alimentar, de modo que Acabe e<br />
Obadias estavam à procura do que pudesse sustentar os cavalos e mulas do rei (I Rs.18:4).<br />
- Os ribeiros temporários, a exemplo do Querite, tinham secado e as fontes de água já estavam a rarear. A<br />
penúria era extrema, pois três anos e seis meses não chovia sobre Israel (cf. Lc.4:25; Tg.5:17). A situação, diznos<br />
o Senhor Jesus, era de “grande fome”.<br />
- Por que Deus deixou o povo de Israel passar esta situação? Seria Ele um Deus cruel e sanguinário, despido<br />
de misericórdia? Não, não e não! A seca tinha um propósito pedagógico e, pelas mesmas razões pelas quais<br />
Deus sustentou Seus profetas, também fez com que o povo de Israel passasse necessidades.<br />
- Elias e os cem profetas do Senhor precisam ser fortificados na fé, tinham de experimentar que o Senhor era o<br />
único Deus, que Ele, e não Baal, era quem fornecia a Israel o necessário sustento, quem detinha o controle<br />
sobre a natureza.<br />
- O povo de Israel tinha de aprender a mesma coisa, mas, enquanto os profetas já sabiam disso e foram<br />
providos por Deus, de forma milagrosa, para confirmarem esta sua convicção e crença, os israelitas, por sua<br />
vez, tinham de aprender que Deus é quem controla a natureza e não, Baal, e, para tanto, como eles adoravam e<br />
faziam sacrifícios a Baal, tinham de entender que Baal nada era, que Baal nada podia fazer contra a palavra<br />
proferida por um profeta do Senhor.<br />
- Assim, diante da atitude dos israelitas de adorarem a Baal, em vez de adorarem a Deus, não haveria outra<br />
maneira de eles saberem que Baal nada é mas que Deus era o verdadeiro “EU SOU”, senão passando fome e<br />
sede, a fim de que entendessem que os sacrifícios a Baal não tinham condão algum de trazer chuva ou orvalho<br />
sobre a face da Terra.<br />
- Enquanto que para os profetas do Senhor, o sustento diário confirmava o que eles já criam, ou seja, que Deus<br />
é o Criador e sustentador de Sua criação, para os israelitas, era fundamental eles terem a experiência de que<br />
Baal não era o fornecedor de prosperidade como estavam a acreditar.<br />
- Na mitologia fenícia, Baal tinha como inimigo a morte, ou seja, era o deus vinculado à vida. Segundo as<br />
crenças em voga, Baal seria morto na época em que as chuvas cessavam, mas os amigos de Baal ( o Sol,<br />
adorado como deus Shapsh e Asera, mãe de Baal, a deusa da fertilidade) conseguiam devolver-lhe a vida e a<br />
terra florescia novamente em virtude da cópula entre Baal e Asera. Para desmistificar esta crença, portanto, era<br />
indispensável que, durante mais de um ano, as chuvas não viessem, para mostrar que era mentira que Baal as<br />
trazia, mas, sim, que elas eram fruto da bênção do Senhor, o único e verdadeiro Deus.<br />
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