Carla Mirelle - Grupo de Estudos e Pesquisas

1 INTRODUÇÃO
IV Colóquio Internacional Educação e Contemporaneidade ISSN 1982-3657
Como parte das aspirações da disciplina de Laboratório para o Ensino de Língua
Portuguesa, ministrada pela Professora Esp. Mônica Maria Soares Rosário, o presente
trabalho é o resultado da análise empírica, realizada em campo e edificado a partir de
sucessivas observações de aulas de Português em diversas escolas públicas do estado de
Sergipe.
A metodologia do trabalho obedeceu à seguinte sequência: a princípio, os
discentes da disciplina adquiriram a autorização para observar aulas da escola através de
ofício emitido pela docente da disciplina. Em consulta com os coordenadores pedagógicos,
foram agendados os horários equivalentes às aulas desejadas e, por fim, os alunos partiram
para a análise propriamente dita. A pesquisa obedeceu, criteriosamente, ao limite da
observação, de forma que não coube aos graduandos o papel de interferir no andamento de
cada aula analisada.
Basicamente, os critérios pertinentes de atenção voltaram-se ao conteúdo, ao
interesse dos alunos, à maneira como as aulas são ministradas e à metodologia do docente,
entretanto, os resultados obtidos nos registros permitiram uma visão muito mais ampla do que
fora planejado inicialmente. Assim, uma vez concluídos os relatórios, tornou-se possível fazer
uma estatística percentual dos diversos registros levantados, bem como reunir um suporte
teórico que propiciou a confecção de sugestões pertinentes a serem aplicadas na sala de aula,
visando a uma melhor qualidade no ensino de língua materna.
2 OBSERVAÇÃO DE AULAS DE PORTUGUÊS EM ESCOLAS DE SERGIPE
A pesquisa reuniu 25 relatórios, organizados por acadêmicos, que cobriram os
acontecimentos de 68 aulas de Língua Portuguesa, distribuídas do 2º ano do Ensino
Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio, em escolas públicas e filantrópicas de Aracaju e em
cidades interioranas de Sergipe. Numa primeira leitura dos registros levantados, foram
identificadas diversas ocorrências comuns nas observações e, assim, tornou-se possível fazer
um levantamento de critérios a serem investigados. Como não houve, a princípio, um padrão
fixo a ser seguido, coube a cada observador a liberdade para selecionar os fatos mais
pertinentes de serem descritos.
Quanto ao critério aula diferenciada, apenas 17% apresentaram esta
característica; Já quanto a participação dos alunos na aula fora detectada em apenas 19%.
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