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Ano V • nº 103<br />
11 a 25 de agosto de 2006<br />
<strong>R$</strong> 5,<strong>90</strong>
empoucaspalavras<br />
“J’aime Brasiliá”, proclamou, alto<br />
e bom som, o francês Patrick Martin,<br />
chef executivo da Le Cordon Bleu, a<br />
mais renomada escola de gastronomia<br />
do mundo, com sede na França e filiais<br />
na Inglaterra, Estados Unidos, Japão e<br />
Austrália. Na verdade, sua declaração<br />
de amor foi dirigida não à beleza<br />
monumental da capital brasileira, mas<br />
à excelência de nossa gastronomia.<br />
Em sua passagem meteórica pela<br />
cidade, no início do mês, Patrick<br />
arranjou um tempinho na agenda<br />
para conversar com nosso colunista<br />
Luiz Recena (leia nas páginas 6 e 7).<br />
Foi quando fez questão de registrar<br />
a “notável diferença” entre o cenário<br />
gastronômico que encontrou agora<br />
e o de quase dez anos atrás, quando<br />
veio negociar a implantação, em<br />
parceria com a Universidade de<br />
<strong>Brasília</strong>, da primeira filial da Le<br />
Cordon Bleu na América Latina<br />
(projeto que, infelizmente, ainda está<br />
para sair do papel).<br />
Aproveitou para fazer um elogio<br />
especial à colega brasiliense Mara<br />
Alcamim, do Zuu e do Universal<br />
Diner – o que só vem convalidar a<br />
eleição deste último como “o melhor<br />
dos melhores de 2006”, no 4º Prêmio<br />
<strong>Roteiro</strong> de Gastronomia. E confirma o<br />
acerto do caminho tomado na última<br />
década por aqueles – entre os quais<br />
humildemente nos incluímos – que<br />
ajudaram a fazer de <strong>Brasília</strong> um pólo<br />
gastronômico de primeira linha.<br />
Boa leitura.<br />
Maria Teresa Fernandes e<br />
Adriano Lopes de Oliveira<br />
Editores<br />
entrevista patrick martin<br />
águanaboca<br />
picadinho<br />
garfadas&goles<br />
graves&agudos<br />
objetosdodesejo<br />
acontecenosshoppings<br />
fazendomoda<br />
dia&noite<br />
queespetáculo<br />
verso&prosa<br />
ROTEIRO é uma publicação da Editora <strong>Roteiro</strong> Ltda | Setor Hoteleiro Sul, Brasil XXI, Business Center Park 1, Sala 1307 – Tel: 3217.0217 Fax: 3217.0200 |<br />
Redação roteirobrasilia@alo.com.br | Editores Adriano Lopes de Oliveira e Maria Teresa Fernandes | Produção Célia Regina | Capa Eduardo Branquinho |<br />
Diagramação Carlos Ferreira e Eduardo Krüger | Reportagem Adriana Romeo, Ana Cristina Vilela, Albert Steinberger, Alexandre Marino, Angélica Torres,<br />
Beth Almeida, Bianca Chiavicatti, Eduardo Oliveira, Greicy Pessoa, Heitor Menezes, Lúcia Leão, Luiz Recena, Marcos Magalhães, Reynaldo Domingos Ferreira,<br />
Ricardo Pedreira, Rodrigo Oliveira, Sérgio Amaral, Sérgio Moriconi, Solange Nunes, Susan Faria, Teresa Mello e Vicente Sá | Fotografia Débora Amorim,<br />
Eduardo Krüger e Sérgio Amaral | Diretor Comercial Jaime Recena (8449.9736) | Contatos Comerciais André Gil (9988.6676), Giselma Nascimento<br />
(9985.5881) e Bruna Chiavicatti (8475.3166) | Administrativo/Financeiro Daniel Viana e Rafael Oliveira | Impressão Gráfica Coronário<br />
6<br />
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luzcâmeraação<br />
“Quem é essa mulher<br />
Que canta sempre esse estribilho?<br />
Só queria embalar meu filho<br />
Que mora na escuridão do mar”<br />
(Chico Buarque e Miltinho)<br />
WARNER BROS
entrevista patrick martin<br />
POR LUIZ RECENA<br />
Patrick Martin esteve em <strong>Brasília</strong>, deu duas<br />
concorridíssimas aulas (*) e aproveitou para<br />
comer. Comer e elogiar. “É notável a diferença,<br />
o crescimento positivo do mercado local”,<br />
disse o francês, que aos 47 anos é vicepresidente<br />
e chef executivo da Le Cordon Bleu<br />
Internacional, a escola de gastronomia mais<br />
famosa do mundo. Sem escapar do clássico<br />
“j’aime Brasiliá”, o chef contou que freqüenta<br />
o Brasil e a capital dos brasileiros há muitos<br />
anos. “Conheço a cidade desde os tempos<br />
em que não havia quase nada e é notável<br />
o trabalho de busca de identidade que está<br />
ocorrendo aqui, uma cidade extraordinária,<br />
onde tudo pode acontecer”, contou Patrick.<br />
Uma prova? Um local? “O Zuu, Mara (Alcamim)<br />
é maravilhosa, com grande qualidade em suas invenções<br />
e fusões; é capaz de misturar a cultura brasileira às raízes<br />
clássicas da gastronomia”, proclama com entusiasmo.<br />
A seguir,os principais trechos da entrevista exclusiva<br />
concedida à <strong>Roteiro</strong>.<br />
6<br />
Um francês<br />
abençoa <strong>Brasília</strong><br />
EDUARDO KRÜGER
CORDON BLEU “É o guardião<br />
do patrimônio técnico e clássico<br />
da gastronomia, no mundo e<br />
também na França”, diz Patrick,<br />
com a responsabilidade de quem<br />
supervisiona 30 escolas e 25 mil<br />
estudantes no mundo inteiro. Ele<br />
chama atenção para o clássico e<br />
para a o apuro técnico. Pois é a<br />
partir do forte aprendizado desses<br />
dois elementos que todas as novas<br />
experiências podem ser tentadas. É<br />
lembrar a necessidade de aprender, e<br />
muito bem, o básico. Compara com<br />
a música: “É como aprender solfejo,<br />
é difícil, mas depois de aprendido<br />
pode-se experimentar qualquer ritmo”.<br />
A escola, portanto, é a garantia de<br />
qualidade. O passaporte para futuras<br />
viagens de qualidade. “É fundamental<br />
aprender as técnicas de cozinha,<br />
o ‘ponto’, do peixe, da carne, das<br />
aves e ovos; a base de cada molho;<br />
os acompanhamentos e misturas.<br />
Aprendido isso, a partir dessa base,<br />
você pode fazer o que quiser”, ensina<br />
o mestre, que resume: “O novo,<br />
as derivações são bem vindas, mas<br />
a partir da tradição e das técnicas<br />
clássicas. É preciso perpetuá-las”.<br />
AMÉRICA LATINA Patrick avisa:<br />
“É uma opinião muito pessoal”.<br />
As três cozinhas escolhidas na<br />
América Latina: Peru, México<br />
e Brasil. Da primeira, ele<br />
destaca a descoberta de<br />
um imenso e variado<br />
aproveitamento da<br />
batata. Da segunda, elogia a história,<br />
o tradicionalismo mantido até hoje<br />
e a “grande capacidade de produzir<br />
temperos diferentes e saborosos<br />
de um lugar para outro”. Mas a<br />
paixão é o Brasil. Destaques: “A<br />
riqueza, a variedade, as diferenças<br />
e a personalidade de cada uma<br />
das cozinhas regionais”. Minas,<br />
Nordeste, Rio, São Paulo... Patrick<br />
não economiza elogios: “É genial<br />
essa capacidade brasileira de unir ao<br />
clássico, ao fundamental, as inúmeras<br />
variações regionais, uma fusão entre a<br />
alta gastronomia e tradicional cozinha<br />
familiar, tirando e unindo o melhor de<br />
cada uma delas”, derrete-se. E fulaniza<br />
um elogio: o paulista Alex Atala,<br />
talvez o mais conhecido dos chefs<br />
brasileiros da atualidade. “É genial essa<br />
capacidade que ele tem de misturar<br />
as coisas clássicas com o tradicional e<br />
genuinamente brasileiro”.<br />
PROVOCAÇÃO E a cozinha da<br />
“desconstrução” , hoje com seguidores<br />
em todo mundo e uma trincheira<br />
fortíssima em Barcelona, na<br />
Espanha? “Uma resposta diplomática,<br />
tenho grandes amigos nessa área<br />
e fui muito próximo ao principal<br />
deles, o francês Hervé This. Ele se<br />
considerava um ‘cientista’, com sua<br />
gastronomia molecular, e, depois,<br />
com o construtivismo. Cada um<br />
com seus valores. Não dá para comer<br />
um enfeite, mas dá para fazer uma<br />
decoração que possa ser comida”.<br />
Diplomático e bom de dribles, esse<br />
Patrick Martin...<br />
UMA HOMENAGEM “A Monsieur<br />
Cointreau, o fundador. Graças a ele, a<br />
Fundação Cordon Bleu transformou-se<br />
no que é hoje, uma referência mundial<br />
em gastronomia, além de ser a guardiã<br />
da gastronomia francesa. Pela primeira<br />
vez nossa escola foi reconhecida pela<br />
Academia de Ciências da França,<br />
quer dizer, somos reconhecidamente<br />
um pilar da nossa cultura e da nossa<br />
civilização”, diz Patrick, para encerrar,<br />
definitivo: “Esse reconhecimento deixa<br />
claro: não somos moda, a Cordon<br />
Bleu é permanente, sólida, confiável”.<br />
Bom apetit!<br />
* Patrick Martin veio a <strong>Brasília</strong>, a convite<br />
do Centro de Excelência em Turismo da UnB,<br />
para dar duas aulas demonstrativas aos<br />
participantes do 2º Congresso Brasileiro de<br />
Gastronomia, na tarde do último dia 4, no<br />
Centro de Convenções Ulysses Guimarães. Em<br />
ambas, ele preparou uma entrada e um prato<br />
principal, explicando cada passo à platéia.<br />
Que, em seguida, pôde degustar as delícias<br />
elaboradas pelo chef francês.<br />
7
águanaboca<br />
A família Ribeiro<br />
aproveita a promoção no<br />
BSB Grill da Asa Norte<br />
Clientela renovada<br />
POR BETH ALMEIDA<br />
FOTOS EDUARDO KRÜGER<br />
Há quem esteja dando generosas<br />
folgas para a cozinheira, outros<br />
com agenda lotada nos horários das<br />
refeições, especialmente almoço e<br />
jantar. Tem até quem esteja fazendo a<br />
crônica gastronômica dos pratos que<br />
vem consumindo a preços reduzidos.<br />
Cada um a seu modo, muita gente<br />
está se esbaldando com a promoção<br />
da revista <strong>Roteiro</strong> que oferece 50% de<br />
desconto em quase 100 restaurantes<br />
da cidade. Mas não custa repetir: só<br />
usufrui da promoção quem tem o<br />
Cartão <strong>Roteiro</strong> de Vantagens, que vem<br />
encartado na revista e é válido por uma<br />
quinzena.<br />
Em algumas casas, o sucesso é tão<br />
grande que a promoção tem sido até<br />
reformulada. Foi o que aconteceu<br />
no Mormaii do <strong>Brasília</strong> Shopping,<br />
que tem lotado aos sábados com o<br />
rodízio de sushi a <strong>R$</strong> 14,<strong>90</strong> por pessoa.<br />
“Mudamos porque não poderíamos<br />
comprometer o bom atendimento<br />
da casa”, justifica Daniel Romão<br />
Lopes, um dos proprietários. Agora, a<br />
promoção vale apenas para o almoço.<br />
“E não sei dizer por quanto tempo”,<br />
alerta Daniel. Segundo ele, no último<br />
sábado de julho, pelo menos 400<br />
pessoas jantaram no Mormaii e outras<br />
300 estiveram no almoço. Ao todo,<br />
foram consumidos cerca de 100 quilos<br />
de peixes e frutos do mar.<br />
Autora de um blog cujo principal<br />
tema é a gastronomia, a servidora<br />
pública Vanessa Rodrigues Cordeiro foi<br />
a sete restaurantes apenas na primeira<br />
quinzena da promoção. “Gostei muito<br />
do prato do Oliver, mas o do Villa<br />
Borghese também me surpreendeu pela<br />
maciez do filé”, avalia. Seu blog, que<br />
já tem um ano e meio, anunciou aos<br />
amigos a promoção da <strong>Roteiro</strong> tão logo<br />
iniciada a temporada da comilança. “A<br />
promoção é super legal, porque permite<br />
que a gente vá a mais restaurantes<br />
e também dá a oportunidade de<br />
conhecer os restaurantes mais caros da<br />
cidade”, avalia Vanessa.<br />
Ela e o marido, Vinícius, também<br />
se esbaldaram na promoção do ano<br />
passado mas preferem não fazer planos.<br />
“Resolvemos sair para jantar, entramos<br />
no site, consultamos as promoções<br />
do dia, escolhemos o lugar e ligamos<br />
para os amigos”, resume. Os resultados<br />
das incursões estão em seu blog, no<br />
endereço blogdenosdois.zip.net.<br />
A PROMOÇÃO DA ROTEIRO também<br />
ganhou a adesão de alguns novatos,<br />
como Cristóvão Batista Ribeiro, que<br />
estreou levando a esposa e os dois<br />
Para 8 degustar estas e outras delícias com 50% de desc
No Café Cancun, o<br />
desconto é na feijoada<br />
do sábado, de <strong>R$</strong> 28,<strong>90</strong><br />
por <strong>R$</strong> 14,45<br />
Promoção do Prêmio <strong>Roteiro</strong> começa a<br />
movimentar bares e restaurantes da cidade<br />
filhos para jantar no BSB Grill, na<br />
primeira semana de agosto. “A idéia<br />
foi deles”, disse, referindo-se aos filhos,<br />
Diego e Daiane. Para Daiane, que é<br />
estudante de Psicologia, a promoção<br />
é especialmente interessante para os<br />
mais jovens, porque “os preços ficam<br />
mais acessíveis”. Também estreando<br />
no BSB Grill, Edson Souza descobriu<br />
um detalhe das regras de participação<br />
na promoção quando já estava no<br />
restaurante. É que o cartão que ele e<br />
a esposa tinham estava vencido. “Não<br />
sabia que tinha prazo de validade;<br />
ainda bem que aqui tem a revista para<br />
vender”, conta ele, que não ficou<br />
sabendo da promoção no ano passado.<br />
Segundo o gerente do BSB Grill da Asa<br />
Norte, Elinaldo de Nazaré Alves, já na<br />
primeira semana a casa comercializou<br />
uma quantidade expressiva de pratos<br />
nas noites de oferta. E o número tende<br />
a aumentar a cada semana, prevê.<br />
QUEM TAMBÉM ficou surpreso com a<br />
validade e a quantidade de cartões em<br />
cada revista foi o casal Paulo e Eunice<br />
Coutinho. “Não sabia que tinha prazo<br />
de validade e que vinham dois cartões<br />
em cada exemplar da revista”, explica<br />
Paulo, que na primeira semana de<br />
agosto levou a esposa para conhecer o<br />
recém inaugurado Concentração, na<br />
Asa Sul, e comprou duas revistas, ao<br />
invés de apenas uma. “No ano passado<br />
aproveitamos bastante, conhecemos<br />
diversos restaurantes novos e fomos<br />
mais aos locais que já conhecíamos,<br />
porque os preços ficam mais adequados<br />
ao nosso orçamento”, disse, enquanto<br />
degustava o excelente Camarão na<br />
Moranga, servido a <strong>R$</strong> 15,45. Ele<br />
calcula que, no ano passado, enquanto<br />
durou a promoção, almoçou fora todos<br />
os sábados e domingos e pelo menos<br />
uma vez por semana em dias úteis.<br />
Organizados, Tais Trench, Rômulo<br />
Trench e mais duas colegas de trabalho<br />
fizeram um roteiro para toda a primeira<br />
quinzena de agosto. “Na próxima terça,<br />
vamos ao Road House e, na sexta, ao<br />
Le Français”, adianta Rômulo. O grupo<br />
também escolheu o Concentração para<br />
começar o tour gastronômico.<br />
Bem, quem ainda não aproveitou<br />
deve se adiantar. Afinal de contas, a<br />
promoção vai só até 30 de outubro<br />
e são mais de <strong>90</strong> casas da cidade<br />
oferecendo o que têm de melhor. Ao<br />
longo da promoção, os fiéis comensais<br />
da <strong>Roteiro</strong> poderão também votar nos<br />
melhores da cidade para o Prêmio<br />
<strong>Roteiro</strong> de Gastronomia 2006, que<br />
mais uma vez contará com o voto direto<br />
dos brasilienses.<br />
onto, assine a <strong>Roteiro</strong> ou adquira um exemplar avulso9
águanaboca<br />
10<br />
O gostoso sabor<br />
que vem da<br />
grelha<br />
Sonoma se destaca<br />
no mix do Liberty<br />
Mall com muito<br />
charme, sofisticação<br />
e alta gastronomia
POR GREICY PESSOA<br />
FOTOS EDUARDO KRÜGER<br />
Imagine um espaço gastronômico<br />
de qualidade e aconchegante dentro<br />
de um shopping, compartilhando a<br />
praça de alimentação com redes de fast<br />
food. Esse foi o conceito que o chef<br />
Eduardo Nogueira, sua irmã, Carolina<br />
Nogueira, e o amigo Washington Fiúza<br />
imprimiram ao Sonoma Steak, no<br />
Liberty Mall. Eduardo está no ramo<br />
da gastronomia há 14 anos e Fiúza<br />
é o responsável pela decoração do<br />
restaurante.<br />
O Sonoma chama a atenção pelo<br />
charme, por uma arquitetura moderna,<br />
acompanhada de iluminação natural,<br />
compondo um ambiente clean e<br />
agradável. A cozinha é transparente,<br />
e a clientela pode observar o que<br />
os cozinheiros estão preparando,<br />
comandados pela chef paulistana Juliana<br />
Cestari. Cada detalhe é acompanhado de<br />
perto pela equipe do restaurante, o que<br />
faz a diferença e a excelência nos serviços.<br />
“Temos um almoço business<br />
durante a semana, ou seja, quem vem ao<br />
restaurante são as pessoas que trabalham<br />
próximo ao shopping. Se precisarem<br />
acessar a internet, basta trazer o laptop,<br />
pois a casa tem serviço de win-fi, que<br />
permite acessar a internet sem fio”,<br />
informa Eduardo.<br />
NOS FINAIS DE SEMANA, o público<br />
é composto mais por famílias e<br />
amigos. A cozinha é tradicional e<br />
prima pela simplicidade, aliada à<br />
sofisticação. A idéia é usar e abusar da<br />
grelha, produzindo pratos saborosos<br />
e saudáveis, sem frituras e gorduras.<br />
No cardápio, grelhados com carnes<br />
especiais fornecidas por Silvio Lazzarini,<br />
o número 1 do Brasil em carnes, além<br />
de frutos do mar e acompanhamentos<br />
clássicos e especiais.<br />
A carta de vinhos é composta por <strong>90</strong><br />
rótulos, dos quais nada menos do que<br />
60 custam abaixo de <strong>R$</strong> 60. São rótulos<br />
com preços acessíveis e com a garantia<br />
da renomada importadora Vintage.<br />
Outra inovação do Sonoma é que os<br />
vinhos podem ser servidos em ânforas<br />
de cerca de 2<strong>90</strong> ml, que substituem o<br />
vinho-taça. "As ânforas permitem que<br />
você possa degustar diferentes vinhos<br />
durante as refeições", explica Eduardo.<br />
Sabendo que o paladar do brasiliense<br />
é apurado e exigente, os proprietários<br />
do Sonoma pensaram em diferentes<br />
alternativas. Às segundas-feiras os<br />
clientes, além do cardápio tradicional,<br />
podem provar as robatas, espetinhos<br />
japoneses de legumes grelhados. Aos<br />
sábados, a atração é a feijoada. Mas<br />
engana-se quem pensou<br />
na tradicional feijoada,<br />
pois a do Sonoma é harmonizada<br />
com espumante e servida na mesa em<br />
panelinhas francesas vermelhas. O<br />
cliente sai do restaurante satisfeito, pois<br />
os ingredientes são selecionados e leves.<br />
A NOVIDADE MAIS ESPECIAL da casa é<br />
que este mês, todas as quartas-feiras, o<br />
cardápio será francês, criado pela chef<br />
paulistana Renata Braune, do Le Chef<br />
Rouge. Setembro será o mês das quartas<br />
italianas, outubro das espanholas e<br />
novembro das portuguesas. "Essa idéia<br />
de explorar os países é bem legal. São<br />
os grelhados com o aroma do mundo",<br />
destaca Renata Braune.<br />
O brasiliense poderá experimentar<br />
a culinária de diferentes países sem<br />
sair da cidade e – o melhor – ser bem<br />
servido, sem apertar o bolso e com a<br />
credibilidade assinada por profissionais<br />
renomados da gastronomia.<br />
Sonoma Steak<br />
Liberty Mall, segundo piso. De 2ª a 6ª, das<br />
12 às 15h30 e das 18 às 22h. Nos finais de<br />
semana, das 12 às 17h.<br />
11
águanaboca<br />
Comidinhas sertanejas<br />
Charque,<br />
mandioca, canjica,<br />
cuscuz, tapioca e<br />
um ambiente todo<br />
nordestino bem<br />
aqui na Asa Norte<br />
12<br />
POR TERESA MELLO<br />
FOTOS EDUARDO KRÜGER<br />
Maria Bonita, Lampião, Sinhá<br />
Flô, Cangaceiro, Boiadeiro, eles<br />
estão todos lá, no cardápio do café<br />
nordestino Fulô do Sertão, inaugurado<br />
no mês passado na Asa Norte. Aberto<br />
de terça a domingo, das 9 às 23h, o<br />
café oferece tapioca, canjica,<br />
cuscuz, sanduíches como o<br />
Sertanejo, feito com pão<br />
francês e carne moída<br />
temperada, pratos típicos<br />
em porções individuais e<br />
ainda petiscos, drinques<br />
e vinhos. E tem café da<br />
manhã aos domingos.<br />
“Fui criada comendo<br />
cuscuz e banana cozida”,<br />
lembra a chef de cozinha<br />
Marilene Mendes, nascida em<br />
Campina Grande, na Paraíba. Ao<br />
lado da filha, a administradora Paula<br />
Caricatti, ela saiu de uma lojinha de<br />
pastéis e tapioca para um espaço com<br />
20 mesas e sete funcionários na 404<br />
Norte, que recebeu paisagismo de<br />
Cláudia Rabello e assessoria da artista<br />
plástica Angela Maia.<br />
Referências nordestinas<br />
estão espalhadas pelo<br />
ambiente, onde a chita e os<br />
bonecos de pano integram<br />
o colorido das paredes,<br />
alegradas por leques, ou<br />
melhor dizendo, abanos<br />
feitos de palha. Balaios de<br />
Campina Grande foram<br />
transformados em lustres,<br />
uma toalha comprada em<br />
Salvador virou cortina. As
mesas ganharam lamparinas; no canto<br />
do jardim, uma rede. No camarote,<br />
montado num mezanino e com vista<br />
privilegiada, Dona Fulô e Seu Flozinho<br />
– bonecos em tamanho natural –<br />
tomam conta de tudo. No som, Geraldo<br />
Azevedo cantando Dia Branco.<br />
“A idéia foi trazer um pouco dessa<br />
raiz nordestina para cá, lembrar da casa<br />
acolhedora, da mesa farta, receber as<br />
pessoas na varanda como uma grande<br />
família, passar a alegria, a cor e a riqueza<br />
do povo nordestino”, explica Paula.<br />
Do cardápio, revestido de chita e<br />
com cordel na última página, o cliente<br />
pode pedir Bolinha de Gude, apelido<br />
bem-humorado para os bolinhos<br />
fritos de charque ou queijo. Para<br />
acompanhar, que tal provar um Nevada<br />
Verde Light? É um drinque feito com<br />
cachaça, gelo batido, limão, hortelã e<br />
adoçante. Custa <strong>R$</strong> 4,50. Se preferir<br />
com vodka, <strong>R$</strong> 6,50. Depois, você<br />
pode forrar o bucho com uma Colcha<br />
de Retalhos (é a dobradinha, que leva<br />
feijão branco, paio e cenoura e fica<br />
dois dias no tempero) ou, então, com<br />
o Danado de Bom (charque miudinha<br />
com mandioca derretida, servida em<br />
tigela de 400 ml e acompanhada de<br />
arroz, a <strong>R$</strong> 9) ou Baião de Quatro<br />
(arroz, feijão, charque e queijo).<br />
“Nossa base são o charque e a<br />
mandioca”, resume Marilene. “E aqui<br />
a canjica faz parte do cardápio, tem<br />
o ano todo”. A canjica também está<br />
presente no café da manhã, servido<br />
aos domingos, a partir das 9 horas, ao<br />
lado do bolo de fubá ou de mandioca,<br />
minitapioca, cuscuz, ovo, pão, queijo,<br />
suco, fruta, café e leite. Sai a <strong>R$</strong> 11,80<br />
por pessoa. E essa pessoa sai satisfeita.<br />
Muito.<br />
Fulô do Sertão – Café Nordestino<br />
404 Norte - Bloco B – Loja 16 (3201-0129)<br />
Qual será a melhor<br />
receita à base<br />
de arroz preto?<br />
Cultivada na Ásia há 4.000<br />
anos, essa espécie de arroz acaba<br />
de chegar a <strong>Brasília</strong> pelas mãos<br />
da nutricionista Rose Borella,<br />
dona da boutique de carnes<br />
Ready Beef, no Sudoeste. “Ele é<br />
mais rico do que o arroz integral<br />
comum”, garante Rose, que<br />
preparou uma promoção para<br />
tornar a novidade mais conhecida<br />
na cidade: é o Concurso Gourmet do<br />
Arroz Especial Exótico Preto – Crie<br />
e Assine seu Prato, que incentiva<br />
os apreciadores da culinária a<br />
desenvolver e testar suas receitas.<br />
“É um concurso para os amadores<br />
que gostam de gastronomia”,<br />
explica, acrescentando que cada<br />
participante receberá um quilo do<br />
arroz para preparar sua receita.<br />
PESQUISADO HÁ 10 ANOS<br />
por Cândido Ricardo Bastos,<br />
especialista em genética e<br />
melhoramento vegetal do Instituto<br />
Agronômico de Campinas, a<br />
espécie, batizada de IAC 600, tem<br />
em sua composição química apenas<br />
1,67% de gordura, enquanto<br />
o arroz integral possui 2,63%;<br />
9,71% de proteína pura (7,04% no<br />
integral) e 2,02% de fibra (1,42%<br />
no integral). Por enquanto, o<br />
cultivo no Brasil se resume a uma<br />
plantação em Pindamonhangaba.<br />
Daí, o preço ainda muito elevado<br />
do produto, comercializado em<br />
<strong>Brasília</strong> a <strong>R$</strong> 36 o quilo.<br />
Ainda segundo Rose, o arroz<br />
preto vai muito bem com saladas,<br />
carnes, aves e peixes, além de dar<br />
um colorido especial ao risoto.<br />
O cozimento é mais demorado:<br />
“São 25 minutos na pressão”,<br />
informa. E acrescenta: “Quero fazer<br />
da nossa casa um ponto tecnológico<br />
para lançamento de produtos novos<br />
na área de alimentos.”<br />
Os interessados em participar<br />
do concurso podem se inscrever,<br />
até o dia 20, na própria Ready<br />
Beef (SCLSW 303, Bloco C, loja<br />
2, fone 3039.4040) ou pelo site<br />
www.readybeef.com.br. A taxa de<br />
inscrição é de <strong>R$</strong> 200 e serão aceitos<br />
até 16 participantes, que testarão<br />
seus pratos em quatro oficinas a<br />
serem realizadas a partir do dia 21,<br />
sempre às segundas-feiras, das 19<br />
às 22h. O júri, formado por chefs e<br />
jornalistas especializados, vai eleger<br />
três vencedores, que terão prêmiossurpresa<br />
e suas criações incluídas no<br />
cardápio da Ready Beef.<br />
13<br />
DIVULGAÇÃO
águanaboca<br />
Café<br />
classe<br />
com<br />
14<br />
FOTOS DIVULGAÇÃO
Como reconhecer,<br />
preparar e degustar<br />
essa bebida que<br />
tanto pode ser<br />
popular quanto<br />
sofisticada<br />
POR ADRIANA ROMEO<br />
O hábito de preparar e tomar o<br />
bom e velho cafezinho está deixando<br />
de ser algo corriqueiro para se tornar<br />
uma arte no Brasil. Assim como o<br />
sommelier está para o vinho, o barista<br />
é o especialista em café. São muitas as<br />
semelhanças entre o café e o vinho, a<br />
começar pelo nome. A palavra café é<br />
originária da expressão árabe qahwa,<br />
que significa vinho. Quando o café<br />
foi levado para a Europa em meados<br />
do século XIV pelos mercadores<br />
venezianos, o café era considerado o<br />
“vinho da Arábia”.<br />
Ristretto, curto, espresso.<br />
Pequenas obras de arte.<br />
De que adianta um grão o perfeito,<br />
proveniente de uma boa terra, um<br />
bom plantio, uma boa colheita,<br />
um método de secagem especial,<br />
torra e moagem adequadas, boa<br />
armazenagem e embalagem, se na<br />
ponta da cadeia todo o trabalho é<br />
perdido por um café mal tirado para<br />
o consumidor?<br />
É aí que a mão o do barista faz toda a<br />
diferença, a, diz o italiano Antonello Monardo.<br />
“O barista não o pode melhorar um café ruim,<br />
mas pode extrair do grão nobre todo o potencial do bom<br />
café, ao mesmo tempo em que um excelente café pode<br />
se perder em mãos pouco hábeis”, sustenta. E o que para<br />
os leigos pode parecer frescura, para os amantes da boa<br />
Foi a partir da Europa que o café<br />
conquistou o mundo, desde a invenção<br />
da máquina de espresso na França até<br />
seu aprimoramento pelos italianos, que<br />
difundiram a bebida para outros países.<br />
A figura do barista também surgiu<br />
na Itália, há cerca de 70 anos. Ele é o<br />
profissional que reconhece os aromas<br />
e sabores do café, além de dominar a<br />
técnica e a arte para tirar um bom café<br />
espresso, na busca da xícara perfeita.<br />
Ao contrário do que estamos<br />
acostumados a ver, o café tirado nas<br />
cafeterias deveria ser escrito com “s”<br />
mesmo e não com “x”. O significado<br />
da palavra vem da Itália, da expressão<br />
"spremuto" (espremido, tirado sob<br />
pressão) e não do café extraído com<br />
rapidez, no sentido americano do<br />
“express".<br />
A jornalista Goreth Lopes hoje<br />
vive em Atenas, mas durante quatro<br />
anos compartilhou com a população<br />
de Roma a convivência diária com<br />
os baristas. “Isso é uma instituição<br />
italiana. É belíssimo ser barista. Na<br />
Itália, todos os dias de manhã, os<br />
italianos e não-italianos saem de<br />
casa para tomar um capuccino com<br />
um cornetto al bar e também um<br />
belo espresso. É um estilo de vida do<br />
italiano”, relata.<br />
xícara é pura técnica. té Isso inclui desde a compressão<br />
do pó, na hora de colocar na máquina, m até o<br />
tempo em que o café caf deve ser tirado.<br />
Um ristretto – ou curtíssimo –<br />
representa a parte mais nobre do café. caf<br />
É mais denso, mais forte e saboroso<br />
e o tempo de extração é de cerca<br />
de dez segundos. O curto (cerca<br />
de meia xícara) é uma derivação<br />
do ristretto, leva um pouco mais de<br />
tempo para ser tirado (cerca de 15<br />
segundos) e por isso é mais diluído. Já<br />
o espresso (uma xícara) é menos intenso<br />
que o curto, pois leva de 25 a 30 segundos<br />
para ser tirado da máquina. m<br />
O barista é ainda um descobridor de sabores e um<br />
artista na hora de preparar e criar receitas com o café,<br />
capaz de fazer de cada xícara uma pequena obra de arte,<br />
como os drinks criados pela barista Isabela Raposeiras.<br />
15
águanaboca<br />
Uma preocupação cada vez maior<br />
da indústria cafeeira está não só na<br />
busca do grão ideal, do blend exclusivo,<br />
mas também na qualificação daquele<br />
que vai levar o produto diretamente<br />
ao paladar do consumidor, afirma<br />
a consultora Isabela Raposeiras,<br />
considerada a rainha do ramo no país<br />
e fundadora da primeira Academia<br />
Brasileira de Barismo.<br />
Segundo ela, o interesse por um<br />
sabor mais elaborado cria uma espécie<br />
de novo ciclo do café, em que a<br />
qualidade é tão fundamental quanto<br />
a quantidade do produto ofertado<br />
ao mercado. “As fazendas que se<br />
dedicam ao cultivo de cafés gourmet já<br />
produzem entre 20 e 30% desse tipo<br />
diferenciado, mas ainda existe uma<br />
carência muito grande de profissionais<br />
brasileiros que realmente conheçam<br />
e saibam tirar o melhor do produto”,<br />
lamenta a especialista.<br />
Campeã do 1º Campeonato<br />
Nacional de Baristas em 2002 e<br />
primeira representante brasileira no<br />
campeonato mundial realizado em<br />
Oslo, na Noruega, Isabela está mais<br />
uma vez em <strong>Brasília</strong> para ensinar<br />
a arte de preparar o café na sexta<br />
e sétima versões de um curso para<br />
Grãos top de linha<br />
A indústria do café também<br />
passou a investir mais nos<br />
cafés especiais, superiores ou<br />
gourmet. Colocou no mercado<br />
interno safras premiadas e os<br />
blends (combinação de grãos gr<br />
16<br />
FOTOS DIVULGAÇÃO<br />
Isabela Raposeiras, a barista número 1 do país:<br />
poucos sabem tirar o melhor proveito do café<br />
formação de baristas. O sexto curso,<br />
realizado no shopping Pátio Brasil,<br />
termina neste final de semana (dia<br />
12). Já o sétimo, no Café Cassis<br />
Bonaparte Bluepoint, começa no dia<br />
30. São duas turmas (manhã e noite)<br />
com no máximo dez participantes<br />
cada uma. A iniciativa é do calabrês<br />
Antonello Monardo, que há dez anos<br />
adotou <strong>Brasília</strong> para difundir o gosto<br />
pelos cafés especiais.<br />
“O Brasil é o maior produtor<br />
do melhor grão de café do mundo,<br />
mas o brasileiro não tem o costume<br />
de consumir a parte melhor do que<br />
produz”, afirma. Segundo Antonello,<br />
diferenciados). A resposta desse<br />
mercado foi positiva e o consumo de<br />
cafés especiais vem aumentando ano<br />
a ano no Brasil.<br />
O preço de um bom café gourmet<br />
varia de <strong>R$</strong> 8 a <strong>R$</strong> 36 o pacotinho de<br />
250g – o que não espanta os amantes<br />
da boa xícara. Tanto que, segundo a<br />
Associação Brasileira de Cafés Especiais<br />
(BSCA), o consumo aumentou 15%<br />
no último ano, para uma produção<br />
estimada em 1 milhão de sacas de<br />
60 quilos. A produção total do café<br />
brasileiro, segundo a Companhia<br />
Nacional de Abastecimento<br />
(Conab), é de 40,62 milhões<br />
de sacas anuais, sendo<br />
que a espécie arábica<br />
corresponde a 76,4%,<br />
contra 23,6% da<br />
espécie robusta ou<br />
conillon.<br />
O que<br />
diferencia<br />
Antonelo Monardo, divulgador dos cafés especiais:<br />
o Brasil produz mas não consome o melhor grão<br />
essa cultura está mudando: “Antes,<br />
o cafezinho era servido de graça no<br />
restaurante, mas não era um bom café.<br />
Hoje o consumidor prefere pagar para<br />
desfrutar desse complemento”.<br />
Em sua avaliação, o interesse da<br />
indústria e do consumidor tem levado à<br />
necessidade de se investir na formação<br />
dos baristas. Inclusive, adianta, a idéia<br />
é criar a primeira escola permanente<br />
para a formação desses profissionais em<br />
<strong>Brasília</strong>.<br />
7º Curso de Barista de <strong>Brasília</strong><br />
De 30/8 a 2/9, no Café Cassis Bonaparte Bluepoint.<br />
Inscrições: 3272.1646 ou 3349.4650.<br />
Mais informações: www.monardo.com.br<br />
um café gourmet ou especial de<br />
um tradicional é a seleção dos<br />
grãos. Os produtos especiais<br />
são feitos com grãos 100%<br />
arábica, geralmente cultivados<br />
em áreas de grande altitude. Para<br />
a produção de um gourmet, o<br />
percentual de grãos defeituosos<br />
é muito baixo, uma vez que eles<br />
têm um tratamento diferenciado<br />
desde o plantio até o processo<br />
de embalagem. Já os cafés<br />
tradicionais contam também com<br />
grãos da espécie robusta, mais<br />
rústica e que não produz um sabor<br />
tão apurado.<br />
Além de conhecer bem o café,<br />
o que mais os baristas têm em<br />
comum? O amor por esse grão<br />
que é a cara do Brasil e por essa<br />
bebida que tanto pode ser popular<br />
como extremamente sofisticada,<br />
para agradar aos mais exigentes<br />
paladares.
Como comprar...<br />
Na hora de comprar um café no<br />
supermercado, a melhor dica é observar<br />
o selo da ABIC – Associação Brasileira das<br />
Indústrias de Café – no qual está indicada<br />
a qualidade do produto, se é tradicional,<br />
superior ou gourmet. Na embalagem<br />
também costuma constar a região onde<br />
o café foi produzido.<br />
Há ainda no mercado os cafés com o<br />
selo dourado da associação, premiados<br />
no Concurso Nacional ABIC de Qualidade<br />
do Café. São produtos que disputaram<br />
o título de excelência entre os melhores<br />
produtores brasileiros de cada Estado.<br />
Este ano, o resultado do concurso da<br />
safra 2006/7 será divulgado no dia 25 de<br />
novembro, em Guarapari (ES).<br />
Os premiados na 3ª Edição Especial<br />
dos Melhores Cafés do Brasil estarão à<br />
venda em abril do ano que vem. Outro<br />
selo de qualidade também bastante<br />
cobiçado na indústria do café é o da<br />
Associação Brasileira de Cafés Especiais<br />
(BSCA). São cafés que, de tão apurados,<br />
têm edição limitada, com número de<br />
série impresso no selo, tal qual um vinho<br />
reserva.<br />
Pesquisa da ABIC junto aos<br />
consumidores mostrou que 93% dos<br />
brasileiros tomam café regularmente.<br />
As estimativas da entidade constataram<br />
ainda que o consumo fora de casa,<br />
nas cafeterias, cresceu de 17 para 29%<br />
no ano passado, demonstrando o<br />
incremento do setor.<br />
... e como preparar<br />
• A água deve ser filtrada ou<br />
mineral e não pode ser fervida, para<br />
não queimar os óleos aromáticos.<br />
• O espresso bem tirado tem um<br />
creme cor de avelã, levemente tigrado.<br />
• O creme do espresso deve ter<br />
uma boa consistência, capaz de reter<br />
por alguns segundos o adoçante ou o<br />
açúcar e aderir à parede da xícara.<br />
• O formato da xícara também<br />
influencia na consistência e no sabor<br />
(ela deve ter o fundo ovalado ou um<br />
formato afunilado).<br />
• Outra dica é guardar na geladeira<br />
a embalagem do café depois de aberta.<br />
picadinho<br />
Da água...<br />
A Genuína Lindoya acaba de<br />
lançar a primeira água mineral<br />
em embalagem longa vida,<br />
própria para o consumo fora<br />
de casa, principalmente em<br />
situações de deslocamento.<br />
A nova embalagem, cujo<br />
formato prático facilita o<br />
transporte, é composta por<br />
camadas de papel, plástico e alumínio que<br />
impedem a entrada de luz, preservando<br />
todas as características do produto. À<br />
venda inicialmente nos mercados de São<br />
Paulo, Rio, Minas, Paraná, Mato Grosso e<br />
Mato Grosso do Sul.<br />
...para o vinho<br />
O restaurante O Convento, da Casa<br />
D’Itália, está de carta de vinhos novinha<br />
em folha, assinada por ninguém menos<br />
que o presidente da Associação Brasileira<br />
de Sommeliers (ABS <strong>Brasília</strong>), Antonio<br />
Duarte. E o melhor: com preços bem em<br />
conta. De cada dez clientes da casa, sete<br />
já consomem vinho, mas a restauratrice<br />
Christina Costa está decidida a melhorar<br />
ainda mais esse índice, diminuindo sua<br />
margem de lucro. Que sirva de exemplo<br />
para quem anda cobrando até 200% a<br />
mais na venda de vinho.<br />
Feijoada com Chandon<br />
Parece que a moda<br />
vai pegar mesmo.<br />
Depois do Sonoma,<br />
do Liberty Mall, agora<br />
é O Convento que<br />
lança uma feijoada<br />
harmonizada com<br />
espumante – no caso,<br />
o Chandon. Antonio<br />
Duarte explica por quê:<br />
“A acidez da bebida<br />
limpa a boca e quebra<br />
o peso dos ingredientes<br />
do prato”. A feijoada será servida até<br />
o final do mês nos almoços de sábado<br />
e – melhor ainda – a primeira taça será<br />
oferta da casa.<br />
É preciso harmonizar<br />
Para não perder a viagem: o mesmo<br />
O Convento e a ABS <strong>Brasília</strong> acabam de<br />
criar o seu Instituto Enogastronômico,<br />
para realizar cursos, jantares, degustações<br />
e outras atividades que estimulem “a<br />
arte de comer e beber com harmonia”,<br />
segundo Duarte. No primeiro curso,<br />
de “iniciação ao mundo dos vinhos”,<br />
informações sobre tipos de uva, história,<br />
terroir, elaboração da bebida, técnicas de<br />
degustação etc. O curso terá a duração de<br />
nove horas, em três dias, e custará <strong>R$</strong> 240.<br />
Inscrições: 3443.3104.<br />
Já que o assunto é vinho<br />
Os nossos continuam arrebanhando<br />
prêmios e mais prêmios no exterior.<br />
Senão vejamos: a Miolo ganhou<br />
quatro medalhas no 15º Vinoforum<br />
International Wine Competition<br />
2006, na República da Eslováquia,<br />
agora em julho. Destaque para<br />
o Lovara Cabernet Sauvignon<br />
2005, produzido na Serra Gaúcha,<br />
que levou ouro. No 3º Concurso<br />
Internacional de Vinos & Licores<br />
VINUS 2006 o ouro foi para um<br />
argentino de sotaque brasileiro: o<br />
Casa Valduga Mundvs Malbec 2002,<br />
produzido em Lujan de Cuyo, um<br />
dos melhores redutos de uva Malbec<br />
da região de Mendoza, sob controle<br />
e supervisão de enólogo da família Valduga.<br />
Já o Casa Valduga Espumante Brut 2002,<br />
elaborado pelo método champenoise, foi<br />
prata nas duas competições.<br />
Mais Dudu Camargo<br />
Incansável, o chef dá a largada em<br />
novo projeto, passando a comandar o<br />
restaurante da casa noturna Nix Dinner &<br />
Club, que acaba de abrir as portas na QI 9<br />
do Lago Sul e terá uma atração diferente<br />
a cada noite. Às 24h, quando começa<br />
a funcionar a pista de dança, a cozinha<br />
fecha e passa a ser servido um cardápio<br />
de petiscos e outras delícias criadas pelo<br />
chef. O projeto arquitetônico, de Sidney<br />
Quintela, é inspirado na sensualidade<br />
e no requinte. Uma curiosidade: Nix é<br />
a personificação da noite na mitologia<br />
grega. Uma deusa poderosa, capaz de<br />
encantar a todos com seu charme, mistério<br />
e poder de sedução.<br />
Imperdível<br />
De lamber<br />
os beiços o<br />
prato que o<br />
restaurante<br />
Diamantina, do<br />
Kubitschek Plaza,<br />
colocou na<br />
promoção do 5º<br />
Prêmio <strong>Roteiro</strong><br />
de Gastronomia,<br />
aos sábados. Um<br />
filé de badejo ao<br />
molho de uva, de <strong>R$</strong> 35 por apenas<br />
<strong>R$</strong> 17,50. O chef Donizete Silva<br />
caprichou. Mas atenção: o desconto<br />
só vale para os portadores do Cartão<br />
<strong>Roteiro</strong> de Vantagens.<br />
17
LUIZ RECENA<br />
garfadasegoles<br />
@alo.com.br<br />
garfadas&goles<br />
18<br />
Vamos branchar?<br />
O brasiliense adora um neologismo. Este, ouvi de<br />
impertinente senhorinha depois que o restaurante Herbs,<br />
do Blue Tree, propôs aos locais esse ato louvável de unir, aos<br />
domingos, a salvação da ressaca matinal do café da manhã a uma<br />
base mais leve, porém sólida, das comidinhas do almoço. Daí o<br />
brunch (pronuncia-se brânch, donde o neologismo...), soma de<br />
breakfast com lunch. Para quem já tinha o lanchar, ceder mais<br />
um pouco não deve doer.<br />
Idiomas atendidos, vamos ao que interessa: a vida recomeça<br />
com uma taça de espumante. Desde 1896 os ingleses fazem<br />
assim. Os gringos aperfeiçoaram e, hoje, Nova York aos<br />
domingos é um campeonato de brunch. Sim, claro: lá estará<br />
também nosso velho suco de laranja, com seu potássio infalível,<br />
que jamais errou a conjugação do verbo recuperar. Melhor mesmo é alternar os goles. E começar, sem pressa, a<br />
curtir a vasta e variada oferta: dez estações de comidinhas de café e almoço. Pães, sucos, frutas, frios, quentes,<br />
saladas, tapas, frutos do mar, grelhados, crepes, tapiocas, doces, tortas, café, tudo. E, ainda, os mini-empratados,<br />
surpresas que vão à mesa, criação do chef Cláudio Brodt. E o tempo: das onze e meia da manhã às cinco da<br />
tarde. Sem pressa. Não empurre. O prazer é calmo e se renova.<br />
Preços e opções<br />
O brunch do Herbs tem duas: a primeira sai a <strong>R$</strong> 60<br />
por pessoa. Crianças até cinco anos não pagam. De seis<br />
a dez pagam a metade. A segunda acrescenta mais<br />
<strong>R$</strong> 12 e libera o bar: além das águas e sucos, caipirinha,<br />
caipiroskas, cerveja Kaiser, vinho argentino tinto ou<br />
branco, espumante e uísque importado. Calculando-se<br />
o tempo disponível, a capacidade de recuperação de<br />
ressacas e a vontade de partir para outra, o resultado<br />
é bom. A relação é bem razoável. Mais do que isso é<br />
publicidade gratuita ou discurso em causa própria...<br />
Mas o cálculo resiste, e bem, a comparações com outras<br />
ofertas domingueiras, de preços únicos ou de cardápios.<br />
Intriga de letras<br />
Não convidem, nos próximos dias, para dividir a mesma<br />
tulipa, ou a mesma bolacha, dois dos mais famosos<br />
chopeiros da cidade. A culpa é do rato Sigmund, que<br />
saiu da toca e fez um estrago monumental. Preocupado,<br />
o cartunista Jaguar promete mandar flores. E, por via<br />
das dúvidas, um punhal também...<br />
Da Rosário<br />
Te cuida, Rosário! Se você olhar no espelho e perguntar se<br />
há chef italiano melhor do que você na cidade, a resposta<br />
pode estar a caminho. Importante empresário local<br />
garante a “importação”, para breve, de um chef italiano<br />
novinho em folha, diretamente da Itália. Seu fã clube<br />
continua com você.<br />
Mister Pent<br />
É um inglês. Há bom tempo por aqui, dedica-se a<br />
detectar detalhes e deslizes de atores da nossa vida<br />
gastronômica. Ligou para reclamar: não confiou no<br />
sotaque argentino da picanha do Corrientes 348. Parecia<br />
do Centro-Oeste. É recomendável mostrar a peça, com<br />
rótulo, na hora do pedido.<br />
Eleições 2006<br />
A carne é forte e pode render bons votos. Famoso pelo<br />
apetite, o deputado federal Sigmaringa Seixas, semana<br />
passada, destruía farto pedaço de assado e desenhava,<br />
com dois parceiros, detalhes da campanha para a<br />
reeleição. Local: BSB Grill da Asa Sul, cada vez mais<br />
procurado por quem precisa de eleitores.<br />
Dudu e Gil<br />
São dois dos melhores pizzaiolos da cidade. Estão<br />
sempre disputando os primeiros lugares nos<br />
concursos locais. Mas há quem reclame. Don Marco,<br />
do La Focaccia, informa: italianos de <strong>Brasília</strong> preferem,<br />
e fazem alarde disso, as pizzas da casa da Academia.<br />
É vero?<br />
Cometa Paixão<br />
Calma, românticos de plantão. Foi o gourmet e boa<br />
praça José Luiz Paixão que passou pela cidade. Rápido<br />
e eficiente, fez alegre palestra para uma boa platéia,<br />
respondeu a perguntas, disse adeus e foi-se embora.<br />
Voltou para seu esconderijo em Gramado-RS, onde,<br />
alquimista, mistura pessoas e idéias para um grande<br />
evento no ano que vem.<br />
Parece igual...<br />
Na primeira vez ele resistiu o que pôde. Não entendia<br />
o conceito. Não reconhecia o novo. Dobrada a<br />
ignorância, o sucesso foi total. Mas ele ficou com a<br />
pinimba e não renovou quando deveria. Volta agora<br />
com novo parceiro, mas na antiga idéia. Parabéns,<br />
cartão!<br />
...mas tem uma diferença<br />
O nosso não cobra juros nem anuidades. Muito<br />
menos comissões de parceiros.
Lasannha de pupunha e camarao<br />
(para 4 pessoas)<br />
Aos 33 anos, Cláudio Brodt é mais um apaixonado por <strong>Brasília</strong>, onde está há quase<br />
um ano e meio. De Bauru para São Paulo. Senac e estágio no Cantaloup, com Laurent<br />
Suadeau. Barcelona e Roma completam a viagem, agora curtida no Herbs, do Blue Tree.<br />
INGREDIENTES:<br />
• 400 gramas ( três<br />
bases) de pupunha<br />
• 800 gramas de<br />
camarão médio<br />
• Sagu de tapioca<br />
Molho:<br />
• 1 litro de creme<br />
de leite<br />
• 1 litro de caldo<br />
de tucupi<br />
• sal, cebolete<br />
MODO DE PREPARO:<br />
Descascar a base da pupunha, cortar com faca o mais<br />
fino possível (3mm), longitudinal. Grelhar na frigideira com<br />
azeite de oliva extra virgem. Temperar o camarão com sal e<br />
limão. Pimenta, se quiser. Reservar.<br />
Fazer a tapioca e o molho. Ferver a água. Quando<br />
estiver em ebulição, pôr o sagu de tapioca. Só ele, por 20<br />
minutos. Enquanto isso: reduzir o creme de leite à metade<br />
e o tucupi a 2/3. Juntar metade do tucupi ao creme de leite.<br />
Reservar a outra metade.<br />
MONTAGEM (em quatro pratos):<br />
No fundo: um pouquinho de molho com creme de leite.<br />
Intercalar com camarão e pupunha. Até três camadas. Em<br />
cima da última camada, pôr um camarão. À volta do prato<br />
espalhar bolinhas de tapioca. Finalizar com os molhos de<br />
creme de leite e tucupi.<br />
Tempo: uma hora, mais ou menos.<br />
OBS: a mesma receita pode ser feita substituindo-se<br />
o camarão por pato.<br />
Custo: <strong>R$</strong> 50 resolvem. Pode ficar mais caro, dependendo<br />
do tamanho do camarão.<br />
19<br />
FOTOS: DÉBORA AMORIM
graves&agudos<br />
Furacão jazzístico<br />
POR HEITOR MENEZES<br />
Verdadeiros apreciadores do jazz<br />
não podem ouvir uma dissonância que<br />
já saem puxando o cartão de crédito.<br />
Verdadeiros apreciadores do jazz sabem,<br />
faz tempo, que o estado atual da música<br />
que nos deu Louis Armstrong, Ella<br />
Fitzgerald e outros deuses – e tida como<br />
um dos fenômenos mais significativos da<br />
cultura mundial do século XX, segundo<br />
Eric Hobsbawn – se divide entre<br />
tradicionalistas e renovadores.<br />
Nada disso importa quando se<br />
sabe que a cidade vai abrigar mais um<br />
festival de jazz, dias 16 e 17 próximos.<br />
Nesses dois dias, vai ser possível<br />
imaginar que Nova Orleans (sem o<br />
Katrina) é aqui. O <strong>Brasília</strong> Jazz Festival<br />
2006 chega para matar a fome de<br />
música sofisticada e libertária, ainda<br />
que tão rápido quanto um furacão.<br />
QUEM CONFERIU O BJF em 2005, na<br />
Academia de Tênis, deve ainda trazer<br />
fresca na memória a acachapante<br />
apresentação do sax de Bob Wilber;<br />
dos uruguaios do Ensemble de Jazz<br />
Francês ou da La Creole Jazz Band,<br />
da Argentina. Este ano, a variação<br />
brasiliense do festival, iniciado em<br />
Belo Horizonte e que agora se estende<br />
por São Paulo, Rio de Janeiro, Recife<br />
e Curitiba, tem atrações que mantêm<br />
o nível, apesar da ênfase na vertente<br />
tradicional do jazz.<br />
A rodada dupla começa no dia<br />
16, na Sala Martins Penna, a partir<br />
de 21h. Na preliminar, o grupo vocal<br />
estadunidense The Perfect Gentlemen.<br />
Formado pelo tenor Phil Gold, os<br />
barítonos Dan Jordan e Tim Reeder e<br />
o baixo Jim Campbell, os cavalheiros<br />
20<br />
São dois dias que vão fazer você se sentir em<br />
Nova Orleans. E sem a ameaça do Katrina.<br />
mostram a perfeita força do som vocal,<br />
dos arranjos à capela, em repertório que<br />
passeia por diferentes estilos musicais<br />
ao longo de 100 anos de jazz e, ao que<br />
dizem, é capaz de agradar pessoas de<br />
todas as idades. As vozes e scats do<br />
quarteto já apareceram n’Os Simpsons,<br />
nos seriados Plantão Médico, Gilmore<br />
Girls, That 70’s Show e Blossom. O grupo<br />
também já acompanhou Neil Diamond,<br />
Rockapella, Johnny Carson e Bill Cosby,<br />
só para citar algumas referências.<br />
Ainda no dia 16, a segunda atração<br />
da noite é a Antigua Jazz Band, da<br />
Argentina. Se no ano passado o BJF<br />
trouxe os incríveis portenhos do La<br />
Creole Jazz Band, agora é a Antigua<br />
Jazz Band que vem mostrar como é o<br />
som que encantou Duke Ellington.<br />
Como? Dizem as escrituras que antes<br />
de morrer, em 1974, Ellington, um<br />
dos gigantes de todos os tempos, teve<br />
oportunidade de ouvir o Antigua Jazz<br />
Band e teria comentado: “Tivemos<br />
que percorrer o mundo todo para<br />
A americana Judy Carmichael<br />
e seu stride piano prometem<br />
repetir o sucesso do ano passado<br />
voltar a ouvir nossa própria música”.<br />
Referia-se à fidelidade com que a<br />
banda se dedicava à interpretação do<br />
jazz tradicional, recriando obras de Joe<br />
“King” Oliver, Louis Armstrong, Jelly<br />
Roll Morton e do próprio Duke.<br />
A ANTIGUA JAZZ BAND já tem 38 anos<br />
de serviços prestados à memória do<br />
jazz. A fidelidade dos arranjos remete<br />
às orquestrações originais, mas, calma<br />
lá, não estamos diante de dinossauros<br />
ou fósseis do jazz. O bacana de ver e<br />
ouvir nossos hermanos é que eles se<br />
desdobram em grupos, duos, trios, solos,<br />
várias formações dentro da orquestra.<br />
Dia seguinte, 17 de agosto, a rodada<br />
começa com o stride piano da americana<br />
Judy Carmichael. Uma das atrações do<br />
BJF do ano passado, a pianista volta<br />
à cidade para mostrar o estilo que<br />
consagrou Fats Waller, o próprio. Sua<br />
habilidade fez com que ganhasse elogios<br />
de Count Basie (é mole?) e até o apelido<br />
de “Stride”. O estilo fez a fama do<br />
LULA LOPES
Harlem nos anos 20 e 30. Dá vontade<br />
de subir no palco só para ficar olhando<br />
a mão esquerda da moça. Isto é jazz,<br />
reconhecido a quilômetros de distância.<br />
Na seqüência, os britânicos do Ray<br />
Gelato Giants – a banda que tocou no<br />
casamento de Paul McCartney com a<br />
modelo Heather Mills, em 2002 (que<br />
currículo!) – encerram a programação.<br />
Liderado pelo saxofonista Ray Gelato,<br />
o grupo já revirou a cena musical<br />
londrina e tem na rotina excursões pelo<br />
Reino Unido e Europa. No repertório,<br />
muito swing, bebop, standards e toda a<br />
atmosfera dourada que fez o jazz brilhar<br />
nos anos 40 e 50.<br />
Como dá pra ver, o BJF 2006 não<br />
tem fusion, avant-garde, jazz eletrônico,<br />
nada de modernidade. E nem precisa.<br />
Seu encanto seduz velhos e novos<br />
apreciadores, como toda grande arte que<br />
atravessa o tempo.<br />
<strong>Brasília</strong> Jazz Festival 2006<br />
16 e 17/8, a partir de 21h, na Sala Martins<br />
Penna do Teatro Nacional.<br />
Mais informações: www.jazzgerais.com.br<br />
A banda Ray Gelato Giants tocou no casamento de Paul McCartney<br />
DIVULGAÇÃO<br />
21
graves&agudos<br />
Erudição<br />
infantil<br />
A vida conturbada<br />
e a genialidade de<br />
Mozart na segunda<br />
edição do Concerto<br />
para Crianças<br />
POR SUSAN FARIA<br />
Conhecer a vida e a obra de um<br />
dos maiores gênios da música clássica,<br />
Wolfgang Amadeus Mozart, é um<br />
programa tentador e gratificante,<br />
sobretudo quando o espetáculo é criado<br />
para o entendimento das crianças,<br />
utilizando linguagem lúdica, recursos<br />
cênicos e muita criatividade. Essa<br />
oportunidade será oferecida na Sala<br />
Martins Penna do Teatro Nacional, dias<br />
26 e 27 próximos.<br />
Durante os 50 minutos do Concerto<br />
para Crianças apresenta Wolfgang<br />
Amadeus Mozart, baixinhos e adultos<br />
conhecerão a infância, a juventude e a<br />
vida adulta do compositor nascido há<br />
250 anos, em 27 de janeiro de 1756, em<br />
Salzburgo, na Áustria, e que começou<br />
a compor aos cinco anos de idade. No<br />
programa, Sonata para Cravo e Violino,<br />
a serenata em sol maior Eine Kleine<br />
Nacht Musik e trechos das óperas A<br />
Flauta Mágica e Mitridate, Ré Di Ponto.<br />
Marionetes e mamulengos enriquecem<br />
o trabalho, representando e interagindo<br />
22<br />
com o rico e divertido universo infantil.<br />
Mateus Ferrari, 27 anos, gaúcho<br />
de Porto Alegre radicado em <strong>Brasília</strong>,<br />
ator, roteirista e diretor, interpreta<br />
Mozart adulto e explica que pesquisou<br />
muito sobre a vida do compositor:<br />
“Mozart tinha personalidade forte, era<br />
objetivo, perspicaz e resolvia tudo com<br />
simplicidade.Teve amadurecimento de<br />
vida rápido”. Luana Proença interpreta<br />
o compositor em sua fase jovem. No<br />
elenco estão ainda Dani Néri e Cyntia<br />
Carla e os músicos Ana Cecília Tavares<br />
(cravo), Sidnei Maia (flauta traverso<br />
barroca), Ludmila Vinecka (violino) e<br />
Guerra Vicente (violoncelo).<br />
O Concerto para Crianças, que<br />
estreou no ano passado com Ludwig<br />
van Beethoven, foi visto por mais de<br />
seis mil crianças de seis a 11 anos de<br />
idade. A cada ano será apresentado um<br />
novo compositor, desde os clássicos<br />
Bach e Haydn e os românticos Liszt<br />
e Tchaikovsky até os compositores<br />
do século XX como Villa-Lobos e<br />
Cláudio Santoro. Os espetáculos são<br />
totalmente brasilienses e pretendem<br />
DÉBORA AMORIM<br />
despertar em adultos e crianças o<br />
interesse pela magia da música erudita.<br />
Além dos três espetáculos abertos<br />
ao público, o concerto será visto<br />
por alunos de 15 escolas do Distrito<br />
Federal, entre os dias 24 e 31. O<br />
espetáculo está sendo produzido desde<br />
janeiro e tem apoio de empresas de<br />
<strong>Brasília</strong> e do Fundo de Apoio à Cultura<br />
(FAC) do Governo do Distrito Federal.<br />
“A idéia de levar as escolas ao teatro<br />
deu certo. Nós buscamos as crianças em<br />
horário regular das aulas e o resultado<br />
tem surpreendido”, comenta a diretora<br />
musical, Naná Maris. Segundo ela,<br />
muitos alunos têm pedido aos pais para<br />
ouvir Beethoven.<br />
Na entrada da Martins Penna,<br />
será montada uma exposição de fotos<br />
e outra com 267 desenhos feitos por<br />
estudantes que assistiram ao primeiro<br />
Concerto para Crianças.<br />
Concerto Para Crianças Apresenta<br />
Wolfgang Amadeus Mozart<br />
26/8, às 17 e 20h; 27/8, às 17h. Sala Martins<br />
Penna do Teatro Nacional Cláudio Santoro.<br />
Ingressos a <strong>R$</strong> 16 e <strong>R$</strong> 8. Informações:<br />
3325.6239 ou 3325.6256.
Babando o Bambu<br />
O quarteto<br />
brasiliense<br />
comemora<br />
dez anos de<br />
estrada<br />
fazendo o<br />
que mais<br />
gosta: tocar<br />
POR VICENTE SÁ<br />
Vários shows pela cidade, um<br />
repertório modificado, novas<br />
performances no palco e um disco<br />
que já está sendo trabalhado. Não era<br />
de se esperar menos de quem nasceu<br />
apadrinhado pelo músico e compositor<br />
Carlos Malta e recebeu logo em seu<br />
primeiro ano de existência elogios de<br />
ninguém menos que Caetano Veloso.<br />
Ao ouvir um arranjo dos “meninos”<br />
para sua música Trilhos Urbanos, Caetano<br />
não parou de tecer elogios e previu<br />
um grande futuro para o quarteto.<br />
O Babando o Bambu já se<br />
apresentou em vários Estados e teve<br />
passagem marcante no Rio de Janeiro,<br />
onde foi cultuado pelo meio musical.<br />
É formado por quatro saxofonistas –<br />
Ricardo Barrenechea, Anderson Pessoa,<br />
Israel Colonna e Paulo Artigas – e<br />
suas principais marcas são os arranjos<br />
criativos, as performances divertidas e o<br />
repertório que se diferencia<br />
da mesmice das rádios.<br />
Um dos grupos musicais mais<br />
solicitados, hoje em dia, pelas casas<br />
noturnas da cidade, o Babando prefere<br />
teatros fechados onde possa trabalhar<br />
um som acústico. “Nosso trabalho<br />
tem melhor resultado em locais assim,<br />
mas também não deixamos de usar<br />
equipamentos quando em locais<br />
abertos ou grandes públicos”, explica<br />
Paulinho Artigas.<br />
A ALMA DO SAXOFONE é a palheta,<br />
feita de bambu. É em sua vibração,<br />
iniciada com o sopro e um simples<br />
toque de língua, que se origina o<br />
som do instrumento. E a palheta<br />
precisa estar sempre molhada. Daí o<br />
nome do grupo que nasceu na UnB<br />
em 1996, já gravou um CD, prepara<br />
outro e vai fazer shows no <strong>Brasília</strong><br />
Fashion Festival e no Sesc Garagem<br />
ainda este mês. Em outubro se<br />
apresenta no Clube do Choro<br />
pelo projeto Prata da Casa.<br />
“Nesse novo show nós mesclamos<br />
o repertório, misturamos coisas novas<br />
com algumas já conhecidas, tocamos<br />
Chico Buarque, Ernesto Nazareth,<br />
João Bosco, Hermeto Pascoal e Edu<br />
Lobo, além de músicas nossas, é claro.<br />
E teremos, aliás, como sempre tivemos,<br />
alguns músicos convidados para<br />
trabalhar e brincar com a gente<br />
no palco”, comenta Paulinho.<br />
Para se ter uma idéia da qualidade<br />
dessas brincadeiras, basta ver os<br />
músicos que normalmente tocam<br />
com o quarteto: Renato Vasconcelos,<br />
Daniel Baker, Romulo Duarte, Leander<br />
Motta e Oswaldo Amorim Filho, todos<br />
grandes nomes da cidade. Vai ser ou<br />
não vai ser uma ótima brincadeira?<br />
Programação<br />
22/8, às 20h – Sesc Garagem<br />
17/8, às 18h – <strong>Brasília</strong> Fashion Festival (hotel<br />
Blue Tree). Telefone de contato: 9221.1262<br />
DIVULGAÇÃO<br />
23
mexa-se objetosdodesejo<br />
Lá do<br />
fundo<br />
do baú ba<br />
Relicário remexe<br />
nas coisas da vovó<br />
POR MARIA TERESA FERNANDES<br />
FOTOS EDUARDO KRÜGER<br />
As mocinhas românticas do início<br />
do século XX, que mal podiam dar<br />
“selinhos” em seus “pretendentes”,<br />
tinham o hábito de usar relicários,<br />
caixinhas de prata penduradas em<br />
correntes que adornavam seus pálidos<br />
pescoços. Dentro das jóias, quase sempre<br />
carregavam a fotografia em preto e<br />
branco de seus amados ou um pequeno<br />
algodão embebido com seus perfumes.<br />
O tempo passou, as mocinhas<br />
viraram vovós e algumas de suas<br />
netas resolveram resgatar a tradição.<br />
Foi precisamente isso que aconteceu<br />
com as irmãs Patrícia e Anna Paula<br />
Ávila, donas da loja Relicário, recém<br />
inaugurada na 307 Sul. Colecionadoras<br />
de antiguidades, as duas apostam que<br />
24<br />
os objetos esquecidos nas caixas de jóias<br />
de família, como relicários e camafeus,<br />
têm tudo a ver com a onda vitoriana que<br />
invadiu a moda. “Queremos resgatar<br />
essa tradição super charmosa e cheia de<br />
personalidade”, diz Patrícia.<br />
Os camafeus, símbolos da<br />
paixão, eram considerados<br />
talismãs do amor na Itália antiga.<br />
Na loja das irmãs Ávila, eles<br />
ganharam gargantilhas de veludo<br />
que caem bem com babados e<br />
rendas. Custam a partir de <strong>R$</strong> 70. Já os<br />
relicários têm preços a partir de <strong>R$</strong> 30.<br />
Mas o saudosismo não está só nos<br />
pequenos objetos. Em 170 m 2 de loja,<br />
há também louças e móveis saídos do<br />
túnel do tempo. No térreo estão duas<br />
penteadeiras no estilo princesa e um<br />
cabideiro austríaco art decó, além dos<br />
aparadores e objetos de decoração.<br />
“Desenvolvemos um lugar<br />
aconchegante para que os visitantes se<br />
sintam à vontade. Às vezes, as pessoas<br />
entram na loja só para lembrar da avó<br />
ou por simples curiosidade”, explica<br />
a outra “neta”, Anna Paula. Ela tem a<br />
preocupação de estimular esse interesse,<br />
pois considera que as peças antigas<br />
brasileiras precisam ser valorizadas.<br />
“Salvo o que está nos museus, as coisas<br />
antigas estão se deteriorando; é preciso<br />
resgatar nossa história”, defende.<br />
Patrícia lembra que o estilo vintage<br />
está de volta. Usado para classificar as<br />
melhores safras de vinho, o termo inglês<br />
acabou servindo também para designar<br />
peças antigas. Misturadas com outros<br />
estilos ou com objetos modernos, dão<br />
um toque especial aos ambientes. É<br />
o caso das taças italianas de vinho e<br />
champanhe, em vidro colorido, com<br />
filetes em ouro e aplicação de figuras e<br />
design clássico. Na loja das irmãs Ávila,<br />
há vários jogos com taças custando<br />
a partir de <strong>R$</strong> 18.<br />
No capítulo "curiosidades",<br />
a Relicário tem nada menos que<br />
30 modelos de olhos gregos, uma<br />
tradição nascida na região do<br />
Mediterrâneo há dois mil anos.<br />
Na época, acreditava-se que qualquer<br />
pedra azul tinha o poder de neutralizar a<br />
inveja, transformá-la em energia positiva<br />
e ainda devolver os maus fluidos a quem<br />
desejasse mal ao dono do amuleto.<br />
Tempos depois, a pedra recebeu o<br />
desenho de um olho, mais precisamente<br />
a representação do olho de Alá, ou Deus.<br />
Patrícia explica que às vezes o vidro<br />
costuma rachar quando está “saturado<br />
de energia”. Sinal de que o amuleto<br />
cumpriu sua função. Tanto melhor para<br />
quem crê nesse tipo de coisa, e até para<br />
quem tem lá suas dúvidas mas pensa que<br />
proteção nunca é demais...<br />
Relicário – Artes e Antiguidades<br />
307 Sul – Bloco C (3242.2204)
SEGUNDA-FEIRA<br />
BABBO PIZZARIA (213 Norte – 3340.0020 / somente no jantar)<br />
• Pizza grande Wagner – de <strong>R$</strong> 31,40 por <strong>R$</strong> 15,70<br />
• Pizza grande margherita – d e <strong>R$</strong> 22,80 por <strong>R$</strong> 11,40<br />
• Pizza grande Portuguesa – de <strong>R$</strong> 24,60 por <strong>R$</strong> 12,30<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
BELINI PÃES E GASTRONOMIA (113 Sul – 3345.0777)<br />
• Crepe doce ou salgado – de <strong>R$</strong> 16,00 por <strong>R$</strong> 8,00<br />
CAMARÃO 206 (206 Sul – 3443.4841)<br />
• Camarão a Valenciana (serve 2 pessoas / somente no jantar) – de <strong>R$</strong> 57,<strong>90</strong> por<br />
<strong>R$</strong> 28,95<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cartão<br />
CHEZ LE PETIT PRINCE (212 Sul – 3245.6525)<br />
• Prato Quente – Ficelle Picarde; 1 Tarte aux fraises; 1 bebida (água, suco ou<br />
refrigerante); 1 cafezinho – de <strong>R$</strong> 23,80 por <strong>R$</strong> 11,<strong>90</strong><br />
• Prato Frio – Salada Niçoise; 1 Tarte aux fraises; 1 bebida (água, suco ou<br />
refrigerante); 1 cafezinho – de <strong>R$</strong> 29,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 14,95<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
CHOPPIZZA (213 Norte - 3272.1005)<br />
•Salada (Bouquet de folhas nobres ao pesto de manjericão, tomate,<br />
cenoura,mussarella de búfala, tomate seco, ervilhas e palmito) – de <strong>R$</strong> 24,00<br />
por <strong>R$</strong> 12,00<br />
•Talharim pomodoro c/ manjericão fresco – de <strong>R$</strong> 27,00 por <strong>R$</strong> 13,50<br />
•Pollo Grelhado ao molho de laranja – de <strong>R$</strong> 29,00 por <strong>R$</strong> 14,50<br />
•Strogonoff de filé mingnon – de <strong>R$</strong> 29,00 por <strong>R$</strong> 14,50<br />
•Picadinho ao molho roty – de <strong>R$</strong> 29,00 por <strong>R$</strong> 14,50<br />
•Picanha suína grelhada ao molho agridoce – de <strong>R$</strong> 29,00 por <strong>R$</strong> 14,50<br />
CONCENTRAÇÃO (209 Sul – 3242.3436 / somente no almoço)<br />
• Steak ao Poivre Vert – de <strong>R$</strong> 19,00 por <strong>R$</strong> 9,50<br />
• Steak à Diana – de <strong>R$</strong> 20,50 por <strong>R$</strong> 10,25<br />
DONA CILOCA (QI 11 Lago Sul – 3248.0078 / 102 Norte – 3327.7776)<br />
•Torta Mousse de Limão: fatia – de <strong>R$</strong> 5,00 por <strong>R$</strong> 2,50 / inteira – de <strong>R$</strong> 50,00<br />
por <strong>R$</strong> 25,00<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
DON ROMANO (QI 11 Lago Sul – 3248.0078 / 102 Norte – 3327.7776)<br />
• Polpettone alla Parmigiana – de <strong>R$</strong> 42,80 por <strong>R$</strong> 21,40<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
FORTUNATA (QI 9 Lago Sul – 3364.6111)<br />
• Risoto do Castelinho – de <strong>R$</strong> 22,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 11,45<br />
Forma de pagamento: dinheiro, cheque ou cartão de débito<br />
GORDEIXOS RESTAURANTE E PIZZARIA (404 Sul – 3323.8989, Sudoeste,<br />
Águas Claras e Taguatinga)<br />
• Filé à Gordeixos (serve 2 pessoas) – de <strong>R$</strong> 33,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 16,95<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
LAKE’S RESTAURANTE (402 Sul – 3323.1029)<br />
• Linguini ao frutos del mare – de <strong>R$</strong> 39,50 por <strong>R$</strong> 19,75<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
MANGIARE (208 Sul – 3244.<strong>90</strong>44)<br />
• Na compra de uma pizza grande ganhe outra do mesmo sabor grátis.<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
MONUMENTAL (201 Sul – 3224.9313)<br />
• Salsichão com salada de batatas – de <strong>R$</strong> 15,50 por <strong>R$</strong> 7,75 (somente no<br />
jantar)<br />
O GATTO (215 Sul – 3345.7853)<br />
• Picadinho do Gatto – de <strong>R$</strong> 29,80 por <strong>R$</strong> 14,<strong>90</strong><br />
OUTBACK (ParkShopping – 3234.7958)<br />
• Bloomin’onion (cebola gigante frita) – de <strong>R$</strong> 19,50 por <strong>R$</strong> 9,75<br />
PIZZA HUT (Pier 21 – 4002.4003)<br />
• 50% desconto em todas as pastas do cardápio (almoço, jantar e delivery)<br />
• 50% desconto em todas as saladas do cardápio (almoço, jantar e delivery)<br />
PIZZAIOLO (215 Sul – 3345.7878)<br />
• Prato Especial – de <strong>R$</strong> 39,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 19,95<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
PIZZARIA FORNO BENEDETTO (310 Norte – 3349.0169)<br />
• Prato Especial – de <strong>R$</strong> 19,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 9,95<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
Participantes da promoção 50% de desconto<br />
PEDACINHO PIZZAS (108 Norte – 3349.0010 e 105 Sul – 3443.0010)<br />
• Pizza Calabresa – de <strong>R$</strong> 29,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 14,95<br />
• Pizza Gostoso – de <strong>R$</strong> 29,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 14,95<br />
• Pizza Gogó – de <strong>R$</strong> 29,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 14,95<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque (somente delivery)<br />
PRALINÉ (205 Sul – 3443.74<strong>90</strong>)<br />
• Torta Média de Morango, bandeja de brigadeiros e bandeja de petit-fours<br />
salgados – de <strong>R$</strong> 100,00 por <strong>R$</strong> 50,00<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
READY BEEF (303 Sudoeste – 3039.4040)<br />
• Steak de Babuche ao molho de champignon – de <strong>R$</strong> 25,00 por <strong>R$</strong> 12,50<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
SECONDO VERCELLI (403 Sul – 3321.6546)<br />
• Peito de frango grelhado – de <strong>R$</strong> 26,09 por <strong>R$</strong> 13,05<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
SEVERINA FEIJÃO VERDE (201 Sul – 3224.6362)<br />
• Baião de 2x2 – de <strong>R$</strong> 27,00 por <strong>R$</strong> 13,50<br />
TAIYO (Hotel Manhattan – 3327.<strong>90</strong>42)<br />
• Sushi Momiji (serve 2 pessoas) – de <strong>R$</strong> 46,00 por <strong>R$</strong> 21,00<br />
TRATTORIA 101 (101 Sudoeste – 3344.8866)<br />
• Bucattini a matriciana – de <strong>R$</strong> 25,00 por <strong>R$</strong> 12,50<br />
• Fusilli mantecati – de <strong>R$</strong> 27,00 por <strong>R$</strong> 13,50<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque (somente no jantar)<br />
UNANIMITÀ (408 Sul – 3244.0666)<br />
• Braciola com molho rústico, arroz, purê de batata, feijão da vovó e saladinha<br />
caseira – de <strong>R$</strong> 27,00 por <strong>R$</strong> 13,50 (somente no almoço)<br />
• Picadinho de ponta de faca, arroz, ovo pochê, farofa e banana milanesa<br />
(serve 2 pessoas) – de <strong>R$</strong> 54,00 por <strong>R$</strong> 27,00 (somente no jantar)<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
VELOCE (QI 11 Deck Brasil – 3364.2477)<br />
• Frango Sabor <strong>Brasília</strong> – de <strong>R$</strong> 16,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 8,45<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
VILLA BORGHESE (201 Sul – 3226.5650)<br />
• Filetto <strong>Roteiro</strong> 2006 – de <strong>R$</strong> 44,00 por <strong>R$</strong> 22,00<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
VILLA TEVERE (115 Sul – 3345.5513)<br />
• Penne Mediterrâneo – de <strong>R$</strong> 48,50 por <strong>R$</strong> 24,25<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque (somente no jantar)<br />
WERNER RESTAURANTE (212 Sul – 3346.3720)<br />
• Escalopes ao Molho de Mostarda e Mel – de <strong>R$</strong> 32,80 por <strong>R$</strong> 16,40<br />
Forma de pagamento: dinheiro<br />
ZUU (210 Sul – 3244.1039)<br />
• Risoto de Cordeiro – de <strong>R$</strong> 54,00 por <strong>R$</strong> 27,00 (somente no almoço)<br />
TERÇA-FEIRA<br />
2º CLICHÊ (107 Norte – 3274.3032)<br />
• 50% em todas as cachaças e todos os petiscos<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
ARMAZÉM DO FERREIRA (202 Norte – 3327.8342)<br />
• Frigideirada do Ferreira – de <strong>R$</strong> 39,00 por <strong>R$</strong> 19,50<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
AZULEJARIA BAR (408 Sul – 3443.0698)<br />
• Espaguete mediterrâneo – de <strong>R$</strong> 27,00 por <strong>R$</strong>13,50<br />
BELINI PÃES E GASTRONOMIA (113 Sul – 3345.0777)<br />
•Risoto veneziano com filé mignon – de <strong>R$</strong> 38,00 por <strong>R$</strong> 19,00<br />
BSB GRILL (304 Norte – 3326.0976 / 413 Sul – 3346.0036)<br />
• Entrecôte completo – de <strong>R$</strong> 64,00 por <strong>R$</strong> 32,00<br />
CABANA DA ÁRVORE (Setor de clubes Sul, ao lado do Pier 21 – 3322.1448)<br />
• Buffet Regional – de <strong>R$</strong> 23,00 por <strong>R$</strong> 11,50 ( p/ pessoa)<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
CAFÉ SAVANA (116 Norte - 3347.9403)<br />
• Steak au Poivre – de <strong>R$</strong> 22,00 por <strong>R$</strong> 11,00<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque (somente no jantar)<br />
CAMARÃO 206 (206 Sul – 3443.4841)<br />
• Camarão a Valenciana – de <strong>R$</strong> 57,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 28,95<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cartão de débito (somente no jantar)<br />
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CHOPPIZZA (213 Norte - 3272.1005)<br />
•Salada (Bouquet de folhas nobres ao pesto de manjericão, tomate,<br />
cenoura,mussarella de búfala, tomate seco, ervilhas e palmito) – de <strong>R$</strong> 24,00<br />
por <strong>R$</strong> 12,00<br />
•Talharim pomodoro c/ manjericão fresco – de <strong>R$</strong> 27,00 por <strong>R$</strong> 13,50<br />
•Pollo Grelhado ao molho de laranja – de <strong>R$</strong> 29,00 por <strong>R$</strong> 14,50<br />
•Strogonoff de filé mingnon – de <strong>R$</strong> 29,00 por <strong>R$</strong> 14,50<br />
•Picadinho ao molho roty – de <strong>R$</strong> 29,00 por <strong>R$</strong> 14,50<br />
•Picanha suína grelhada ao molho agridoce – de <strong>R$</strong> 29,00 por <strong>R$</strong> 14,50<br />
CONCENTRAÇÃO (209 Sul – 3242.3436 / somente no almoço)<br />
• Filé Chateaubrian – de <strong>R$</strong> 21,60 por <strong>R$</strong> 10,80<br />
• filé ao molho de mostarda – de <strong>R$</strong> 21,60 por <strong>R$</strong> 10,80<br />
• filé ao molho de gorgonzola – de <strong>R$</strong> 19,60 por <strong>R$</strong> 9,8<br />
DON DURICA (201 Norte – 3326.1045)<br />
• Filé de frango ao molho de vinho e limão com purê de mandioquinha – de <strong>R$</strong><br />
28,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 14,45 ( Somente no jantar)<br />
• Filé a cavalo com arroz branco e fritas – de <strong>R$</strong> 29,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 14,95 (somente<br />
no jantar)<br />
FEITIÇO MINEIRO (306 Norte – 3272.3032)<br />
• Capivara Ecológica – de <strong>R$</strong> 13,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 6,95 (somente no jantar)<br />
FELICITÁ (306 Norte – 3274.5086)<br />
• Filé au Poivre com Tagliatelli All’ Alfredo (individual) – de <strong>R$</strong> 32,00 por <strong>R$</strong> 16,00<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
FORMIDABLE (Terraço Shopping)<br />
• Crepe de Trigo Sarraceno de filé mignon com mostarda dijon – de <strong>R$</strong> 19,<strong>90</strong><br />
por <strong>R$</strong> 9,95<br />
LA CHAUMIÈRE (408 Sul - 3242.7599)<br />
• Filet de Frango Gabriela com talharim – de <strong>R$</strong> 49,00 por <strong>R$</strong> 24,50<br />
• Filet Severin * lançamento exclusivo para a Revista <strong>Roteiro</strong> – de <strong>R$</strong> 65,00 por<br />
<strong>R$</strong> 32,50<br />
LAKE’S RESTAURANTE (402 Sul – 3323.1029)<br />
• Baby Especial com salada de folhas verdes e batata dourada com ervas – de<br />
<strong>R$</strong> 32,00 por <strong>R$</strong> 16,00<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
LE FRANÇAIS (405 Sul – 3225.4583)<br />
• Salade Paysanne – de <strong>R$</strong> 19,50 por <strong>R$</strong> 9,80<br />
• Poisson À L’armoricaine – de <strong>R$</strong> 41,80 por <strong>R$</strong> 20,<strong>90</strong><br />
• Steak au Poivre – de <strong>R$</strong> 39,60 por <strong>R$</strong>19,80<br />
• Crêpe Tropicale – de <strong>R$</strong> 13,50 por <strong>R$</strong> 6,80<br />
Forma de Pagamento: dinheiro ou cheque<br />
MORMAII SURF BAR ( Pontão do Lago Sul – 3364.6023 )<br />
• Anglet – de <strong>R$</strong> 17,80 por <strong>R$</strong> 8,<strong>90</strong> (Somente na loja do Pontão)<br />
MANGIARE (207 Sul - 3244.<strong>90</strong>44)<br />
• Na compra de uma pizza grande ganhe outra do mesmo sabor grátis.<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
O GATTO (215 Sul – 3345.7853)<br />
• Filé de linguado – de <strong>R$</strong> 33,60 por <strong>R$</strong> 16,80<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
OLIVER (Clube de Golfe – 3323.5961)<br />
• Risoto de Morango – de <strong>R$</strong> 44,00 por <strong>R$</strong> 22,00 (somente no jantar)<br />
PAPPAGALLO RESTAURANTE (314 Sul – 3346.0303)<br />
• Lasagna de Zuchini e Queijo Gorgonzola com Molho Matriciana – de <strong>R$</strong> 27,00<br />
por <strong>R$</strong>13,50 (somente no jantar)<br />
Forma de Pagamento: dinheiro ou cheque<br />
PATUÁ (Deck Brasil QI 11 Lago Sul – 3248.7231)<br />
• Filé Negro – de <strong>R$</strong> 19,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 9,95 (somente no jantar)<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
PEDACINHO PIZZAS (108 Norte – 3349.0010 e 105 Sul – 3443.0010)<br />
• Pizza Calabresa – de <strong>R$</strong> 29,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 14,95<br />
• Pizza Gostoso – de <strong>R$</strong> 29,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 14,95<br />
• Pizza Gogó – de <strong>R$</strong> 29,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 14,95<br />
Forma de pagamento: dinheiro, cheque, cartões e tickets – VR, TR, Sodexho<br />
Pass. O desconto só será válido para pizzas inteiras ou combinadas entre as<br />
citadas na promoção, somente para consumo na loja<br />
READY BEEF (303 Sudoeste – 3039.4040)<br />
• Steak de Babuche ao molho de champignon – de <strong>R$</strong> 25,00 por <strong>R$</strong> 12,50<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
ROADHOUSE GRILL (Setor de Clubes Sul – 3321.8535 / Terraço Shopping<br />
– 3034.8535)<br />
• Baby Back Ribs – de <strong>R$</strong> 29,50 por <strong>R$</strong> 14,75<br />
Forma de Pagamento: dinheiro ou cheque<br />
CAFE ELDORADO<br />
• Quiche com salada + Cappuccino São João – de <strong>R$</strong> 12,00 por <strong>R$</strong> 6,00<br />
SALSA (402 Sul – 3224.8852)<br />
• 50% nos grelhados<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
26<br />
SEVERINA FEIJÃO VERDE (201 Sul – 3224.6362)<br />
• Baião de 2x2 (tradicional da cozinha nordestina, o prato de arroz e feijão de<br />
corda com queijo de coalho e carne de sol) – de <strong>R$</strong> 27,00 por <strong>R$</strong> 13,50<br />
SHIRÔ (309 Norte – 3963.9966)<br />
• Combinado Shirô Especial sem ovas (18 peças) – de <strong>R$</strong> 31,00 por <strong>R$</strong> 15,50<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
SUSHI BRASIL (QI 11 Lago Sul – 3364.3939)<br />
• Combinado Salmão Super (48 peças) – de <strong>R$</strong> 83,50 por 41,25<br />
SUSHI SAN (211 Sul – 3345.1804)<br />
• Combinado p/ 1 pessoa (20 peças) – de <strong>R$</strong> 29,60 por <strong>R$</strong> 14,80<br />
TRULLI (201 Sul – 3322.4688 / 3225.4050)<br />
• Ragu de carne e espaguete na manteiga de ervas frescas – de <strong>R$</strong> 29,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong><br />
14,95 (cortesia uma taça de vinho tinto nacional e uma cesta de pães)<br />
VERCELLI (41O Sul – 3443.0100)<br />
• Frango a Kiev – de <strong>R$</strong> 23,94 por <strong>R$</strong> 11,97<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
VILLA BORGHESE (201 Sul – 3226.5650)<br />
• Filetto <strong>Roteiro</strong> 2006 – de <strong>R$</strong> 44,00 por <strong>R$</strong> 22,00<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
WERNER RESTAURANTE (212 Sul – 3346.3720)<br />
• Escalopes ao Molho de Mostarda e Mel – de <strong>R$</strong> 32,80 por <strong>R$</strong> 16,40<br />
Forma de pagamento: dinheiro<br />
YOUR’S (QI 11 Lago Sul – 3248.0184)<br />
• Surpresa da Semana – de <strong>R$</strong> 33,80 por <strong>R$</strong> 16,<strong>90</strong><br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
QUARTA-FEIRA<br />
BAR BRASÍLIA (506 Sul – 3443.4323)<br />
• Filé a palito – de <strong>R$</strong> 18,30 por <strong>R$</strong> 9,15<br />
BELINI PÃES E GASTRONOMIA (113 Sul – 3345.0777)<br />
• Torta frutas da estação – de <strong>R$</strong> 32 por <strong>R$</strong> 16,00<br />
BIER FASS (Pontão do Lago Sul – 3364.4041)<br />
• Filet de peixe ao molho de Champagne – de <strong>R$</strong> 29,60 por <strong>R$</strong> 14,80<br />
CAFÉ SAVANA (116 Norte – 3347.9403)<br />
• Steak au Poivre – de <strong>R$</strong> 22,00 por <strong>R$</strong> 11,00 (somente no jantar)<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
CAMARÃO 206 (206 Sul – 3443.4841)<br />
• Camarão a Valenciana – de <strong>R$</strong> 57,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 28,95 (somente no jantar)<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cartão<br />
CHEZ LE PETIT PRINCE (212 Sul – 3245.6625)<br />
• Prato Quente – Ficelle Picarde; 1 Tarte aux fraises; 1 bebida (água, suco ou<br />
refrigerante); 1 cafezinho – de <strong>R$</strong> 23,80 por <strong>R$</strong> 11,<strong>90</strong><br />
• Prato Frio – Salada Niçoise; 1 Tarte aux fraises; 1 bebida (água, suco ou<br />
refrigerante); 1 cafezinho – de <strong>R$</strong> 29,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 14,95<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
C’EST SI BON (408 Sul – 3244.6353)<br />
• Risoto Caravaggio – de <strong>R$</strong> 24,00 por <strong>R$</strong> 12,00<br />
CHOPPIZZA (213 Norte - 3272.1005)<br />
•Salada (Bouquet de folhas nobres ao pesto de manjericão, tomate,<br />
cenoura,mussarella de búfala, tomate seco, ervilhas e palmito) – de <strong>R$</strong> 24,00<br />
por <strong>R$</strong> 12,00<br />
•Talharim pomodoro c/ manjericão fresco – de <strong>R$</strong> 27,00 por <strong>R$</strong> 13,50<br />
•Pollo Grelhado ao molho de laranja – de <strong>R$</strong> 29,00 por <strong>R$</strong> 14,50<br />
•Strogonoff de filé mingnon – de <strong>R$</strong> 29,00 por <strong>R$</strong> 14,50<br />
•Picadinho ao molho roty – de <strong>R$</strong> 29,00 por <strong>R$</strong> 14,50<br />
•Picanha suína grelhada ao molho agridoce – de <strong>R$</strong> 29,00 por <strong>R$</strong> 14,50<br />
CONCENTRAÇÃO (209 Sul – 3242.3436 / somente no almoço)<br />
• Beef na tira – de <strong>R$</strong> 22,20 por <strong>R$</strong> 11,10<br />
• Beef de Choriço – de <strong>R$</strong> 22,60 por <strong>R$</strong> 11,30<br />
• Picanha maturada – de <strong>R$</strong> 22,60 por <strong>R$</strong> 11,30<br />
CREPE AU CHOCOLAT (210 Sul – 3443.2050 e 109 Norte – 3340.7002)<br />
• Toda quinzena um crepe diferente com 50% desconto.<br />
CREPERIA FLORIPA (312 Sul – 3445.2961)<br />
• Crepe de Strogonof de Frango – de <strong>R$</strong> 10,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 5,45<br />
• Crepe de Strogonof de Filet – de <strong>R$</strong> 12,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 6,45<br />
• 50% em todos os sucos naturais e de polpa<br />
DON PAPPE (307 Sul – 3244.4754)<br />
• Tornedor à moda de Roma com molho viriatto, guarnecido com um fino arroz<br />
italiano – e <strong>R$</strong> 26,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 13,45<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
DONA CILOCA TORTAS ARTESANAIS (303 Sudoeste – 3344-1155)<br />
• 50% de desconto em qualquer produto da linha de cafés acompanhado de<br />
uma mini quiche
• Torta de Chocolate com Crocante (Tutuca): fatia – De <strong>R$</strong> 5,00 por <strong>R$</strong> 2,50 /<br />
inteira – de <strong>R$</strong> 50,00 por <strong>R$</strong> 25,00<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
DUDU CAMARGO RESTAURANTE (303 Sul – 3323.8082)<br />
• Surpresa da Semana – de <strong>R$</strong> 38,60 por <strong>R$</strong> 19,30<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
FORMIDABLE<br />
• Crepe de Trigo Sarraceno de filé mignon com mostarda dijon – de <strong>R$</strong> 19,<strong>90</strong><br />
por <strong>R$</strong> 9,95<br />
FRED RESTAURANTE (405 Sul – 3443.1450)<br />
• Língua Boêmia – de <strong>R$</strong> 28,00 por <strong>R$</strong> 14,00<br />
GORDEIXO (306 Norte – 3273.8525)<br />
• Pizza Francesa – de <strong>R$</strong> 30,70 por <strong>R$</strong> 15,35<br />
LA CHAUMIÈRE (408 Sul - 3242.7599)<br />
• Filet de Frango Gabriela com talharim – de <strong>R$</strong> 49,00 por <strong>R$</strong> 24,50<br />
• Filet Severin * lançamento exclusivo para a Revista <strong>Roteiro</strong> – de <strong>R$</strong> 65,00 por<br />
<strong>R$</strong> 32,50<br />
LE FRANÇAIS (405 Sul – 3225.4583)<br />
• Omelette aux fines herbes – de <strong>R$</strong> 22,50 por <strong>R$</strong>11,30<br />
• Perdrix Aux Choux – de <strong>R$</strong> 32,60 por <strong>R$</strong> 16,30<br />
• Filet Mignon À La Dijonnaise – de <strong>R$</strong> 39,60 por <strong>R$</strong> 19,80<br />
• Crème Brûlée – de <strong>R$</strong> 13,50 por <strong>R$</strong> 6,80<br />
Forma de Pagamento: dinheiro ou cheque<br />
MANGIARE (208 Sul – 3244.<strong>90</strong>44)<br />
• Pizza Especial média de lingüiça suína – de <strong>R$</strong> 21,00 por <strong>R$</strong> 11,50<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
O GATTO (215 Sul – 3345.7853)<br />
• Medalhões de filé ao molho de queijo com cuscuz marroquino de frutas<br />
vermelhas - de <strong>R$</strong> 33,60 por <strong>R$</strong> 16,80<br />
OLIVER (Clube de Golfe – 3323.5961)<br />
• Camarão Bangkok – de <strong>R$</strong> 49,00 por <strong>R$</strong> 24,50 (somente no jantar)<br />
PATUÁ (Deck Brasil QI 11 Lago Sul – 3248.7231)<br />
• Filé Negro – de <strong>R$</strong> 19,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 9,95 (somente no jantar)<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
PIZZA CÉSAR (Asa Norte – 3347.0999, Asa Sul – 3242.2221, Lago Sul<br />
– 3366.3505, Sudoeste – 3341.1001, Guará – 3567.3030, Taguatinga<br />
– 3352.0500, Sobradinho – 3487.6262 e Gama – 3384.0202)<br />
• Na compra de uma pizza grande, leve uma pizza média com 50% de<br />
desconto: sabores Charge, Prestígio e Banana.<br />
RAPPEL (210 Norte – 3272.2426 e 306 Sul – 3244.2426)<br />
• Torta Brownie de chocolate, acompanhado de sorvete de maracujá. De <strong>R$</strong><br />
13,00 por <strong>R$</strong> 6,50<br />
SAN MARINO (209 Sul – 3443.5050)<br />
• Lombo à Brasileira – de <strong>R$</strong> 26,10 por <strong>R$</strong> 13,10<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
SCHLOB (309 Norte – 3033.1766)<br />
• Schublig – de <strong>R$</strong> 21,00 por <strong>R$</strong> 10,50<br />
SHIRÔ (309 Norte – 3963.9966)<br />
• Combinado Shirô Especial sem ovas (18 peças) – de <strong>R$</strong> 31,00 por <strong>R$</strong> 15,50<br />
TAIYO (Hotel Manhattan Plaza – 3327.<strong>90</strong>42)<br />
• Sushi Momiji (42 peças, serve 2 pessoas) – de <strong>R$</strong> 46,00 por <strong>R$</strong> 21,00<br />
Forma de pagamento: em dinheiro ou cheque<br />
TELE PIZZA GAROTINHO (Lago Norte – 3468.1777)<br />
• Rodízio de pizzas e crepes – de <strong>R$</strong> 29,80 por <strong>R$</strong> 14,<strong>90</strong><br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
TORTERIA DI LORENZA (115 Norte, 213 Norte, Sudoeste, <strong>Brasília</strong> Shopping,<br />
Terraço Shopping, 208 Sul, 211 Sul, 302 Sul e QI 11 do Lago Sul)<br />
• Toda quarta-feira uma torta diferente com 50% desconto<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
TORTERIA VILA CHOCOLATE (108 Sul – 3242.8585)<br />
• Torta Truffa de Morango (serve 10 pessoas) – de <strong>R$</strong> 45,00 por <strong>R$</strong> 22,50<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
TRULI (201 Sul – 3322.4688)<br />
• Ragu de carne e espaguete na manteiga de ervas frescas (cortesia, uma taça<br />
de vinho tinto nacional e uma cesta de pães) – de <strong>R$</strong> 29,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 14,95<br />
VARANDA DO FRED (QL 3, Cj. 1, casa 14, Lago Norte – 3577.3351)<br />
• Steak à Diana com risoto parisiense – de <strong>R$</strong> 30,00 por <strong>R$</strong> 15,00<br />
• Filé a la Marcelle com batatas sauté ou fetuccine – de <strong>R$</strong> 30,00 por <strong>R$</strong> 15,00<br />
VILLA BORGHESE (201 Sul – 3226.5650)<br />
• Filetto <strong>Roteiro</strong> 2006 – de <strong>R$</strong> 44,00 por <strong>R$</strong> 22,00<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
VILLA TEVERE (115 Sul – 3345.5513)<br />
• Pollo al Rosmarino com pasta al limone – de <strong>R$</strong> 34,55 por <strong>R$</strong> 17,28<br />
WERNER RESTAURANTE (212 Sul – 3346.3720)<br />
• Escalopes ao Molho de Mostarda e Mel – de <strong>R$</strong> 32,80 por <strong>R$</strong> 16,40<br />
Forma de pagamento: dinheiro<br />
QUINTA-FEIRA<br />
BACO PIZZARIA (309 Norte – 3274.8600 / 408 Sul – 3244.2292)<br />
• Berinjela ao forno à lenha – de <strong>R$</strong>19,70 por <strong>R$</strong>9,85 (somente no jantar)<br />
BELINI PÃES E GASTRONOMIA (113 Sul - 3345.0777)<br />
• Pizza média sabor margheritta – de <strong>R$</strong> 16,00 por <strong>R$</strong> 8,00<br />
CHOPPIZZA (213 Norte - 3272.1005)<br />
•Salada (Bouquet de folhas nobres ao pesto de manjericão, tomate,<br />
cenoura,mussarella de búfala, tomate seco, ervilhas e palmito) – de <strong>R$</strong> 24,00<br />
por <strong>R$</strong> 12,00<br />
•Talharim pomodoro c/ manjericão fresco – de <strong>R$</strong> 27,00 por <strong>R$</strong> 13,50<br />
•Pollo Grelhado ao molho de laranja – de <strong>R$</strong> 29,00 por <strong>R$</strong> 14,50<br />
•Strogonoff de filé mingnon – de <strong>R$</strong> 29,00 por <strong>R$</strong> 14,50<br />
•Picadinho ao molho roty – de <strong>R$</strong> 29,00 por <strong>R$</strong> 14,50<br />
•Picanha suína grelhada ao molho agridoce – de <strong>R$</strong> 29,00 por <strong>R$</strong> 14,50<br />
CONCENTRAÇÃO (209 Sul – 3242.3436 / somente no almoço)<br />
• Camarão na Moranga – de <strong>R$</strong> 30,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 15,45<br />
• Badejo Mediterrâneo – de <strong>R$</strong> 25,20 por <strong>R$</strong> 12,60<br />
• Salmão Grelhado – de <strong>R$</strong> 25,20 por <strong>R$</strong> 12,60<br />
• Salmão Belle Muniere – de <strong>R$</strong> 25,20 por <strong>R$</strong> 12,60<br />
DON GIOVANNI (QI 11 Lago Sul – 3248.4018)<br />
• Pizza de Aliche com mussarela de búfala – de <strong>R$</strong> 26,00 por <strong>R$</strong> 13,00<br />
• Pizza Frutti di Bosco – de <strong>R$</strong> 25,50 por <strong>R$</strong> 12,25<br />
• Calzone cru – de <strong>R$</strong> 28,00 por <strong>R$</strong> 14,00 (somente no jantar)<br />
DON ROMANO (QI 11 Lago Sul – 3248.0078 / 102 Norte – 3327.7776)<br />
• Pizza de Cuore di Carcciofi Grande – de <strong>R$</strong> 76,80 por <strong>R$</strong> 38,40; Média – de <strong>R$</strong><br />
57,60 por <strong>R$</strong> 28,80; Broto – de <strong>R$</strong> 38,40 por <strong>R$</strong> 19,20 (somente no jantar)<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
EL PASO TEXAS (404 Sul – 3323.4618 / Terraço Shopping – 3233.5197)<br />
• Chili Burritos – de <strong>R$</strong> 23,00 por <strong>R$</strong> 11,50<br />
FESTIM ENOGASTRONOMIA E CAFÉ (CA 05 Lago Norte – 3468.3409)<br />
• FESTIM Mediterrâneo de inverno – de <strong>R$</strong> 46,20 por <strong>R$</strong> 23,10 (somente no<br />
jantar)<br />
FORTUNATA (QI 09 Lago Sul - 3364.6111)<br />
• Pizza do Lisboa – de <strong>R$</strong> 17,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 8,95<br />
Forma de pagamento: dinheiro,cheque ou cartão de débito<br />
FRATELLO (103 Sul, 109 Norte, Terraço Shopping)<br />
• Pizza Original – de <strong>R$</strong> 22,00 por <strong>R$</strong> 11,00 (somente no jantar)<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
GORDEIXOS RESTAURANTE E PIZZARIA (404 Sul – 3323.8989 / Águas Claras e<br />
Taguatinga)<br />
• Pizza pepperoni grande – de <strong>R$</strong> 29,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 14,95<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
LA CHAUMIÈRE (408 Sul - 3242.7599)<br />
• Filet de Frango Gabriela com talharim – de <strong>R$</strong> 49,00 por <strong>R$</strong> 24,50<br />
• Filet Severin * lançamento exclusivo para a Revista <strong>Roteiro</strong> – de <strong>R$</strong> 65,00 por<br />
<strong>R$</strong> 32,50<br />
LE FRANÇAIS (405 Sul – 3225.4583)<br />
• Salade Paysanne – de <strong>R$</strong> 19,50 por <strong>R$</strong> 9,80<br />
• Saumon au Gingembre – de <strong>R$</strong> 41,80 por <strong>R$</strong> 20,<strong>90</strong><br />
• Filet au Beurre D’escargots – de <strong>R$</strong> 39,60 por <strong>R$</strong> 19,80<br />
• Crêpe Tropicale – de <strong>R$</strong> 13,50 por <strong>R$</strong> 6,80<br />
Forma de Pagamento: dinheiro ou cheque<br />
PATUÁ (Deck Brasil QI 11 Lago Sul – 3248.7231)<br />
• Filé Negro – de <strong>R$</strong> 19,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 9,95 (somente jantar)<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
PIZZA HUT (Shopping Pier 21 – 4002.4003)<br />
• 50% desconto em todas as pizzas tamanho grande (almoço, jantar e delivery)<br />
Forma de pagamento: cartões Visa e Mastercard, dinheiro ou cheque<br />
PIZZAIOLO (215 Sul – 3345.7878)<br />
• Pizza Monet – de <strong>R$</strong> 34,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 17,45<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
PIZZARIA FORNO BENEDETTO (310 Norte – 3349.0169)<br />
• Pizza Benedetto Fruto – de <strong>R$</strong> 31,70 por <strong>R$</strong> 15,85<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
QUERUBINA (308 Sul – 3443.8777)<br />
• Pizza Margherita Gourmet – de <strong>R$</strong> 24,00 por <strong>R$</strong> 12,00<br />
READY BEEF (303 Sudoeste – 3039.4040)<br />
• Steak de Babuche ao molho de champignon – de <strong>R$</strong> 25,00 por <strong>R$</strong> 12,50<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
TRATTORIA 101 (101 Sudoeste – 3344.8866)<br />
27
• Filé a Parmegiana com arroz ou batata – de <strong>R$</strong> 29,50 por <strong>R$</strong> 14,75<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque (somente no jantar)<br />
VILLA BORGHESE (201 Sul – 3226.5650)<br />
• Filetto <strong>Roteiro</strong> 2006 – de <strong>R$</strong> 44,00 por <strong>R$</strong> 22,00<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
WERNER RESTAURANTE (212 Sul – 3346.3720)<br />
• Escalopes ao Molho de Mostarda e Mel – de <strong>R$</strong> 32,80 por <strong>R$</strong> 16,40<br />
Forma de pagamento: dinheiro<br />
SEXTA-FEIRA<br />
BEIT KAHAMA (Quituart - QI 9 Lago Norte - 3244.8110 / somente no jantar)<br />
• Kafta (4 unidades) e arroz c/ lentilha – de <strong>R$</strong> 15,00 por <strong>R$</strong> 7,50<br />
• Carneiro a La Dolly – de <strong>R$</strong> 20,00 por <strong>R$</strong> 10,00<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
CAFÉ ENCONTRO (Quituart - QI 9 Lago Norte - 9984.0568)<br />
• Vinho do porto Messias (dose) – de <strong>R$</strong> 5,40 por <strong>R$</strong> 2,70 (somente no jantar)<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
CHUCRUTE (Quituart - QI 9 Lago Norte -3368.3633 / 9989.0946)<br />
• Goulash com Spätzle – de <strong>R$</strong> 22,20 por <strong>R$</strong> 11,10 (somente no jantar)<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
CONCENTRAÇÃO (209 Sul – 3242.3436 / somente no almoço)<br />
• Bacalhau ao forno – de <strong>R$</strong> 31 por <strong>R$</strong> 15,50<br />
• Frango à Parmegiana – de <strong>R$</strong> 22,60 por <strong>R$</strong> 11,30<br />
• Frango à Cubana – de <strong>R$</strong> 22,60 por <strong>R$</strong> 11,30<br />
DIAMANTINA RESTAURANTE (Hotel Kubitschek Plaza – 3329.3774 )<br />
• Xico Angu – de <strong>R$</strong> 28,00 por <strong>R$</strong> 14,00<br />
DONA CILOCA TORTAS ARTESANAIS (303 Sudoeste – 3344.1155)<br />
• Tortas de Nutella e Brigadeiro Fatia – de <strong>R$</strong> 5,00 por <strong>R$</strong> 2,50; Inteira – de <strong>R$</strong><br />
50,00 por <strong>R$</strong> 25,00<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
FESTIM ENOGASTRONOMIA E CAFÉ (CA 05 Lago Norte – 3468.3409)<br />
• FESTIM Mediterrâneo de inverno – de <strong>R$</strong> 46,20 por <strong>R$</strong> 23,10 (somente no<br />
jantar)<br />
GREEN’S (302 Norte – 3326.0272 / 202 Sul – 3321.5039)<br />
• Buffet de sopas (somente na 202 Sul), saladas do cardápio, grelhados<br />
Forma de pagamento: dinheiro<br />
HOTEL BLUE TREE ALVORADA (Restaurante Herbs - 3424.7000)<br />
• Chopp – de <strong>R$</strong> 6,00 por <strong>R$</strong> 3,00<br />
• Caipirinha – de <strong>R$</strong> 10,00 por <strong>R$</strong> 5,00<br />
• Happy Hour – das 18h às 21h30, todas as sextas e sábados, com música ao<br />
vivo. Caldos e canapés são por conta da casa até às 19h.<br />
L’AFFAIRE (Hotel Mercure – 3326.7130)<br />
•Sexta Casual Day: buffet com criações do chef Marcello Piucco – de <strong>R$</strong>50,00<br />
por <strong>R$</strong>25,00 (somente no almoço)<br />
LAS PAELLAS (Quituart - QI 9 Lago Norte - 3032.3237)<br />
• Paella Marinera – de <strong>R$</strong> 28,00 por <strong>R$</strong> 14,00 (somente no jantar)<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
LE FRANÇAIS<br />
• Omelette aux fines herbes – de <strong>R$</strong>22,50 por <strong>R$</strong>11,30<br />
• Coq au Vin de Bourgogne – de <strong>R$</strong> 32,60 por <strong>R$</strong> 16,30<br />
• Filet au Roquefort – de <strong>R$</strong> 39,60 por <strong>R$</strong>19,80<br />
• Crème Brûlée – de <strong>R$</strong> 13,50 por <strong>R$</strong> 6,80<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
MITSUBÁ (Hotel Naoum Plaza – 3322.4545)<br />
• Sushi e Sashimi especial para duas pessoas (cód. 8302) – de <strong>R$</strong> 60,00 por <strong>R$</strong><br />
30,00<br />
• Yaksoba de frango (cód. 6682) – de <strong>R$</strong> 29,00 por <strong>R$</strong> 14,50<br />
NATURETTO (405 Norte - 3201.6223)<br />
• Buffet (somente no jantar) – de <strong>R$</strong> 24,00 por <strong>R$</strong> 12,00<br />
NORTON GRILL (Hotel Meliá – 3218.5550)<br />
• Picanha baby com arroz Norton e pudim de leite caseiro de sobremesa – de<br />
<strong>R$</strong> 52,50 por <strong>R$</strong> 26,25<br />
OÁSIS (Quituart - QI 9 Lago Norte - 9912.0113)<br />
Carne de Sol Completa p/ 2 pessoas<br />
De <strong>R$</strong> 36,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 18,45 (somente no almoço)<br />
PATUÁ (Deck Brasil QI 11 Lago Sul – 3248.7231)<br />
• Filé Negro – de <strong>R$</strong> 19,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 9,95 (somente no jantar)<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
READY BEEF (303 Sudoeste – 3039.4040)<br />
• Steak de Babuche ao molho de champignon – de <strong>R$</strong> 25,00 por <strong>R$</strong> 12,50<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
SABOR MAR (Quituart - QI 9 Lago Norte -3368.6229)<br />
Bobó de Camarão – de <strong>R$</strong>28,00 por <strong>R$</strong>14,00 (somente no jantar)<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
28<br />
SÁBADO<br />
BAR E PIZZARIA DO BRÁS (107 Norte – 3347.4735)<br />
• Chopp – de <strong>R$</strong> 3,20 por <strong>R$</strong> 1,60<br />
• Salsichão Frankfurt – de <strong>R$</strong> 24,50 por <strong>R$</strong> 12,25<br />
• Eisbein com chucrute – de <strong>R$</strong> 24,50 por <strong>R$</strong> 12,25<br />
• 50% em todas as pizzas do cardápio, de todos os sabores e tamanhos<br />
(somente no jantar)<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
CAFÉ CANCUN (Shopping Liberty Mall – 3202.4466)<br />
• Feijoada – de <strong>R$</strong> 28,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 14,45 (somente no almoço/não inclui o buffet<br />
de sobremesa)<br />
CAFÉ ENCONTRO (Quituart - QI 9 Lago Norte - 9984.0568)<br />
• Licor Cointreau (dose) – de <strong>R$</strong> 5,80 por <strong>R$</strong> 2,<strong>90</strong> (somente no almoço)<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
DIAMANTINA RESTAURANTE (Hotel Kubitschek Plaza – 3329.3774)<br />
• Filé de Badejo ao molho de uvas – de <strong>R$</strong> 35,00 por <strong>R$</strong> 17,50.<br />
FESTIM ENOGASTRONOMIA E CAFÉ (CA 05 Lago Norte – 3468.3409)<br />
• FESTIM Mediterrâneo de inverno – de <strong>R$</strong> 46,20 por <strong>R$</strong> 23,10 (somente no<br />
jantar)<br />
RESTAURANTE HERBS (Hotel Blue Tree – 3424.7000)<br />
• Feijoada Blue Tree – de <strong>R$</strong> 42,00 por pessoa por <strong>R$</strong> 21,00 (somente no<br />
almoço)<br />
HOTEL BLUE TREE ALVORADA (Happy Hour das 18h às 21h30 – Restaurante<br />
Herbs – 3424.7000)<br />
• Chopp – de <strong>R$</strong> 6,00 por <strong>R$</strong> 3,00<br />
• Caipirinha – de <strong>R$</strong> 10,00 por <strong>R$</strong> 5,00<br />
MITSUBÁ (Hotel Naoum Plaza – 3322.4545)<br />
• Sushi e Sashimi especial p/ duas pessoas – de <strong>R$</strong> 60,00 por <strong>R$</strong> 30,00 (somente<br />
no jantar)<br />
• Yaksoba de frango – de <strong>R$</strong> 29,00 por <strong>R$</strong> 14,50 (somente no jantar)<br />
MORMAII SURF BAR (<strong>Brasília</strong> Shopping – 3327.6580)<br />
• Festival de sushis, saladas e pratos quentes – de <strong>R$</strong> 28,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 14,45<br />
(somente no almoço – sashimis não inclusos)<br />
PATUÁ (Deck Brasil QI 11 Lago Sul – 3248.7231)<br />
• Filé Negro – de <strong>R$</strong> 19,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 9,95 (somente no jantar)<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
SALSA (402 Sul – 3224.8852)<br />
• 50% no buffet de saladas<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
SEVERINA FEIJÃO VERDE ( 201 Sul – 3224.6362)<br />
• Baião de 2x2 – de <strong>R$</strong> 27,00 por <strong>R$</strong> 13,50<br />
THE FALLS (Hotel Naoum Plaza – 3322.4545)<br />
• 50% no chopp (somente no almoço)<br />
UNIVERSAL DINER (210 Sul – 3443.2089)<br />
• Chix Lemon – de <strong>R$</strong> 49,00 por <strong>R$</strong> 24,50 (somente no almoço)<br />
VARANDA DO FRED (QL 3, Cj. 1, casa 14, Lago Norte – 3577.3351)<br />
• Steak à Diana com risoto parisiense – de <strong>R$</strong> 30,00 por <strong>R$</strong> 15,00<br />
• Filé a la Marcelle – de <strong>R$</strong> 30,00 por <strong>R$</strong> 15,00<br />
DOMINGO<br />
BABBO PIZZARIA (213 Norte – 3340.0020)<br />
• Pizza grande Wagner – de <strong>R$</strong> 31,40 por <strong>R$</strong> 15,70<br />
• Pizza grande Margherita – de <strong>R$</strong> 22,80 por <strong>R$</strong> 11,40<br />
• Pizza grande Portuguesa – de <strong>R$</strong> 24,60 por <strong>R$</strong> 13,30<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
LE FRANÇAIS (405 Sul – 3225.4583)<br />
• Salade Paysann – de <strong>R$</strong>19,50 por <strong>R$</strong> 9,80<br />
• Filet à la Provençale – de <strong>R$</strong> 39,60 por <strong>R$</strong> 19,80<br />
• Omelette Norvegiènne (serve 4 pessoas) – de <strong>R$</strong> 51,00 por <strong>R$</strong> 25,50<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
PATUÁ (Deck Brasil QI 11 Lago Sul – 3248.7231)<br />
• Filé Negro – de <strong>R$</strong>19,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 9,95 (somente jantar)<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
VILLA TEVERE (115 Sul – 3345.5513)<br />
• Filetto alla parmiggiana – de <strong>R$</strong>35,00 por <strong>R$</strong>17,50 (somente no almoço - não<br />
válido no Dia dos Pais)<br />
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />
Para usufruir das promoções é indispensável a apresentação do<br />
Cartão <strong>Roteiro</strong> de vantagens (o cartão é de uso individual). Todas<br />
as informações acima são de responsabilidade dos restaurantes.<br />
O cartão não é cumulativo e não poderá ser retido pelo<br />
estabelecimento, podendo assim ser utilizado durante todo o seu<br />
prazo de validade.
DIVULGAÇÃO<br />
acontecenosshoppings<br />
Show de gala<br />
Cultura em Conjunto Premium traz Ney Matogrosso e Camila Pitanga<br />
POR LÚCIA LEÃO<br />
Um dos grandes nomes da música<br />
instrumental brasileira do momento<br />
está de volta à cidade que o revelou.<br />
E vem muito bem acompanhado. O<br />
bandolinista Hamilton de Holanda e o<br />
cantor Ney Matogrosso fazem show nos<br />
dias 23 e 24 pelo projeto Cultura em<br />
Conjunto Premium, na Sala Villa-Lobos<br />
do Teatro Nacional. E as<br />
duas noites contam<br />
com a participação<br />
mais que especial<br />
da atriz Camila<br />
Pitanga.<br />
Os<br />
homenageados<br />
desta segunda<br />
edição do<br />
30<br />
projeto em 2006 também não deixam<br />
por menos. O “bruxo” Hermeto<br />
Pascoal, um dos mestres inspiradores de<br />
Hamilton, vai ser lembrado nos shows,<br />
por seus 70 anos, completados em 22<br />
de junho. Mas a interação dos dois<br />
“monstros” da música instrumental<br />
brasileira não é de hoje. Eles já tocaram<br />
juntos e o virtuose compôs para o<br />
“mago” o choro moderno O Hermeto<br />
Tá Brincando.<br />
Bem antes disso, no começo da<br />
década de 80, quando Hamilton<br />
tinha apenas cinco anos e se<br />
apresentou com o irmão Fernando<br />
César no Clube do Choro de<br />
<strong>Brasília</strong>, Pernambuco do Pandeiro,<br />
músico que acompanhava Hermeto,<br />
batizou os garotos de Dois de Ouro,<br />
nome que carregaram por mais de<br />
duas décadas e apresentaram mundo<br />
afora.<br />
Já Ney Matogrosso<br />
escolheu o ícone brasileiro<br />
Carmem Miranda para<br />
prestar homenagem. Além<br />
dos rebolados e adornos<br />
inspirados na diva, Ney<br />
pegou emprestado o<br />
repertório da Pequena<br />
Notável para o CD<br />
Batuque, de 2001. Entre as<br />
canções escolhidas estão<br />
clássicos como O que que<br />
a baiana tem, de Dorival<br />
Caymmi (que, aliás, foi o<br />
homenageado da edição<br />
anterior), Tico-tico no<br />
Fubá, de Zequinha de Abreu e Eurico<br />
Barreiros, e O mundo não se acabou,<br />
de Assis Valente.<br />
Na edição de julho, mais de 2.500<br />
espectadores aplaudiram Hamilton,<br />
Maria Bethânia e Francisco Cuoco<br />
de pé. O projeto Cultura em Conjunto<br />
Premium faz sucesso desde que começou,<br />
em maio de 2005, sempre reunindo um<br />
grande músico e um ator famoso. Já<br />
passaram pelo palco da Sala Villa-Lobos<br />
as duplas Zélia Duncan e Tuca Andrada,<br />
Ed Motta e Giulia Gam, João Bosco e<br />
Danielle Winits, Dudu Nobre e Letícia<br />
Sabatella e Ivan Lins e Matheus<br />
Nachtergaele.<br />
Os ingressos são<br />
disputadíssimos ssimos e costumam<br />
esgotar bem antes dos dias<br />
das apresentações. ções. Para<br />
conseguir um, é preciso<br />
apresentar notas fiscais<br />
de compras<br />
feitas no<br />
Conjunto<br />
Nacional.<br />
Cada <strong>R$</strong> 200<br />
em compras<br />
dão direito a<br />
um convite,<br />
no limite de<br />
até dois por<br />
CPF. As trocas<br />
podem ser<br />
feitas até o dia<br />
22 no 1º piso<br />
da ala norte do<br />
shopping.
MAISUR MUSA<br />
Berço da civilização<br />
Quem nunca se<br />
viu fascinado diante<br />
das histórias dos<br />
faraós e múmias<br />
do antigo Egito?<br />
Ou das milenares<br />
pirâmides, com sua<br />
esfinge guardiã?<br />
Pois agora, <strong>Brasília</strong><br />
tem a oportunidade<br />
de matar um pouco essa curiosidade e<br />
desmistificar algumas lendas. O Conjunto<br />
Nacional traz o museu itinerante<br />
Mistérios do Antigo Egito, que fica na<br />
Praça da Gaivotas, no térreo, de 19 de<br />
agosto até 20 de setembro.<br />
São cerca de 100 peças da cultura<br />
egípcia, com 16 relíquias de 3.000<br />
anos e réplicas de múmias, bustos<br />
e artefatos com as mesmas medidas<br />
originais. A organização cronológica da<br />
exposição ajuda a remontar a história<br />
dessa civilização de 8.000 anos, que<br />
deu contribuições decisivas para o<br />
desenvolvimento de ciências como a<br />
medicina, matemática, arquitetura,<br />
agricultura e também das artes.<br />
Guias e monitores ajudam o<br />
visitante a entender melhor o<br />
significado, utilidade e origem<br />
das peças, em uma “aula” que<br />
dura de 45 minutos a uma hora.<br />
O ingresso para essa viagem no<br />
tempo custa <strong>R$</strong> 6. Estudantes<br />
ERNANI<br />
que apresentarem carteirinha pagam<br />
meia. Quem apresentar notas fiscais<br />
de <strong>R$</strong> 40 em compras no shopping<br />
ganha 20% de desconto. O ingresso<br />
dá direito a voltar quantas vezes<br />
quiser. Escolas também podem<br />
agendar visitas especiais à exposição.<br />
Papai motorizado<br />
Clássicos brasileiros<br />
Monteiro Lobato, um dos grandes<br />
ícones da literatura infantil brasileira,<br />
é o homenageado do mês da Cia Néia<br />
& Nando no Península Shopping.<br />
O pai da boneca Emília e de toda a<br />
turma do Sítio do Pica Pau Amarelo<br />
vai subir ao palco junto com seus<br />
personagens. É que um ator estará<br />
devidamente caracterizado como o<br />
pré-modernista, conversando com suas criações.<br />
Autores consagrados, como Maria Clara<br />
Machado, Irmãos Grimm e Andersen, já passaram<br />
pela série de homenagens do grupo. No Festival<br />
Monteiro Lobato vão ser apresentadas as peças<br />
Sítio no País das Maravilhas (dia 12), Deu confusão<br />
no Sítio (dia 19) e Emília Dançarina (dia 26). Os<br />
espetáculos serão sempre aos sábados, às 16h, na<br />
praça de alimentação, com entrada franca.<br />
No Terraço Shopping, também aos sábados,<br />
segue o festival Contos & Lendas, que traz para<br />
a criançada alguns mitos da cultura popular<br />
brasileira. No dia 12, tem O casamento do Sol e da<br />
Lua. Depois, O Baú da Vovó (dia19) e Ciranda da<br />
Vida (dia 26). Todas as apresentações serão às 18h,<br />
com acesso livre.<br />
Liquidação chique<br />
Já virou tradição. Para trocar a coleção<br />
outono-inverno pela primavera-verão, e seguindo<br />
a tendência do Q-Bazar de São Paulo e da Feira<br />
Hyppe do Rio, o <strong>Brasília</strong> Shopping promove o<br />
Fashion Bazar. Pelo terceiro ano consecutivo, as<br />
lojas vão liquidar o estoque do frio e abrir espaço<br />
para o calor. Na área externa do shopping, em<br />
frente à avenida W3, estandes das lojas oferecerão<br />
peças com desconto de até 70%, entre os dias<br />
16 e 20. O horário de funcionamento é o mesmo<br />
do shopping: de quarta a sábado, das 10 às 22h;<br />
domingo, das 12 às 20h.<br />
Este ano, além de ter um dia a mais, o Fashion<br />
Bazar ocorre paralelo ao <strong>Brasília</strong> Fashion Festival,<br />
evento patrocinado pelo centro de compras (leia<br />
na página 30). Também conta com mais lojas<br />
participantes e palestras gratuitas de especialistas<br />
em moda. Os convidados são a relações públicas<br />
do Fashion Rio, Lalá Guimarães, o editor do<br />
caderno Ela do jornal O Globo, Lula Rodrigues, e<br />
os estilistas Ronaldo Fraga e Giovani Frasson.<br />
Para matar a fome, os restaurantes e<br />
lanchonetes do shopping participam do evento<br />
com um cardápio especial, criado especialmente<br />
para o Bazar. E quem quiser conferir a tendência<br />
para o verão, basta passear pelo shopping e olhar<br />
as vitrines, que já vão estar com a nova coleção.<br />
O Dia dos Pais já passou, mas o concurso cultural do Taguatinga Shopping continua. Até o dia<br />
25, os filhos podem responder à pergunta “Por que seu pai merece uma moto?” e concorrer a uma<br />
“possante”.<br />
Os autores das quatro melhores frases com as palavras pai e moto vão para a grande final,<br />
dia 26. Cada um vai receber uma chave e quem conseguir ligar a moto leva a máquina para casa.<br />
Duas frases já foram escolhidas, uma no dia 4 e outra no dia 11 de agosto. As outras duas vão ser<br />
escolhidas nos dias 18 e 25.<br />
O concurso é uma promoção do Taguatinga Shopping em parceria com a rádio JK. Até o dia<br />
da final, um DJ da rádio vai tocar na praça de alimentação do shopping, de segunda a sexta-feira,<br />
das 17 às 19h, e aos sábados e domingos das 16 às 19h. A moto, avaliada em <strong>R$</strong> 7,5 mil, vai estar<br />
em exposição no local. Qualquer pessoa pode participar. É de graça.<br />
MAISUR MUSA<br />
31
fazendomoda<br />
Viva os festivais<br />
Duas grandes badalações vão dar um ar fashion à cidade<br />
POR MARIA TERESA FERNANDES<br />
Para provar que <strong>Brasília</strong> quer, mesmo, entrar para o circuito<br />
nacional da moda, neste mês de agosto estilistas novos e consagrados<br />
terão logo dois espaços para demonstrar seu talento: o <strong>Brasília</strong><br />
Fashion Festival, de 16 a 18, e o Capital Fashion Week, de 23 a 26. Com<br />
propostas muito semelhantes de inserção social, ambos prometem<br />
mexer com a economia da cidade, dando emprego temporário a cerca<br />
de 3.000 pessoas e desencadeando uma série de negócios entre os<br />
participantes. Sem contar a movimentação de um público estimado<br />
em mais de 30.000 convidados.<br />
O Hotel Blue Tree Park será cenário do <strong>Brasília</strong> Fashion Festival,<br />
em sua primeira edição. “Nossa proposta é trazer um evento com<br />
conteúdo que se preocupe em lançar <strong>Brasília</strong> no mundo da moda<br />
e também identifique talentos locais; é a moda como negócio, mas<br />
também como inclusão social”, explica Paula Santana, diretora do<br />
festival. Assim, nove jovens estilistas escolhidos nas feiras itinerantes,<br />
lojas de tecidos e ateliês das cidades satélites tiveram, desde julho, a<br />
consultoria do estilista paulista Jum Nakao, que deu uma mãozinha<br />
na concepção da coleção de cada um deles.<br />
Uma das escolhidas, a artesã e estilista Mariá Araújo, está muito<br />
feliz com a oportunidade de tornar seu trabalho conhecido não só<br />
na cidade, como em todo o país e até fora dele. Expositora da feira<br />
BSB Mix, Mariá está no ramo da moda há apenas dois anos, quando<br />
começou pintando camisetas para sua filha adolescente, Emanuelle.<br />
Hoje, a filha e o marido ajudam Mariá nos bordados que vão para as<br />
roupas elaboradas por três costureiras da equipe. “Minha inspiração<br />
vem da arquitetura da cidade em que vivo há dez anos”, diz a<br />
paraibana que já tem peças de seu trabalho sendo vendidas<br />
em butiques de São Paulo, Rio e Belo Horizonte.<br />
Outro estilista renomado, Ronaldo Fraga, foi incumbido de<br />
orientar quatro cooperativas de artesãs da periferia de <strong>Brasília</strong>:<br />
Companhia do Lacre, Etnia das Artes, 100% Cerrado e Paranoarte.<br />
As três primeiras têm apoio de instrutoras das Oficinas da<br />
Solidariedade, um programa social do governo do DF. Isaura<br />
Barbosa, coordenadora desse programa, será homenageada no BFF.<br />
“Muitas mulheres chegaram até nós com a auto-estima lá em baixo<br />
e dificuldades financeiras. Aqui elas aprenderam uma profissão e<br />
descobriram que é possível ter um trabalho digno e que pague as<br />
contas no final do mês”, diz Isaura Barbosa, para concluir: “é uma<br />
revolução silenciosa”.<br />
32<br />
Mariá Araújo, estilista novata que estréia no <strong>Brasília</strong> Fashion Festival<br />
EDUARDO KRÜGER
O CENTRO DE CONVENÇÕES Ulysses<br />
Guimarães será cenário do Capital<br />
Fashion Week, já em sua segunda edição.<br />
Também orientados pelo estilista Jun<br />
Nakao, seis novos talentos escolhidos pela<br />
organização terão seu trabalho exibido<br />
na mesma passarela de 30 grifes locais<br />
e nacionais: Tabatha Melo, Mila Petry,<br />
Romildo do Nascimento, Maísa Sousa<br />
e os trios Sandra Lima/Cristina Silva/<br />
Camylla Portela e Marina Francischetti/<br />
Jean Matos/Vanessa Cavalcante. Além<br />
dos novatos, dois estilistas apresenta dos<br />
no ano passado – Camila Prado e Luiz<br />
Kokay – participarão como convidados<br />
para mostrar a evolução de seus trabalhos<br />
em novas coleções.<br />
Um dos desfiles mais esperados é<br />
o da Apoena (em tupi-guarani, aquela<br />
que enxerga longe). A cooperativa reúne<br />
200 artesãs, costureiras e bordadeiras,<br />
e utiliza a moda como instrumento de<br />
cidadania e resgate social. Também pisa<br />
na passarela o Grupo <strong>Brasília</strong> de Moda<br />
– GBM. Na primeira edição, o, ano passado,<br />
o GBM compareceu com oito empresas.<br />
O retorno foi tão expressivo que este<br />
ano desfilarão 13 marcas do Grupo:<br />
Nyll, Jukaf, SummerShop, Setemares,<br />
Nagelamaria, Zinc, Avanzzo, Água da<br />
Ilha, 2 Tempos, Ki-Graça, Cool Cat,<br />
No Limits e Mix to Mix.<br />
Estão confirmadas também presenças<br />
das marcas Triton, Zoomp, Le Lis Blanc,<br />
Cori, Ortiga, Uma, Carmem Steffens<br />
e multimarcas como Amélie, Santa e<br />
VirgemMaria! Quem faz o desfile de<br />
abertura é a designer de jóias brasiliense<br />
Carla Amorim. Ao todo serão o 32 desfiles,<br />
distribuídos em duas salas com 43 metros<br />
de extensão e capacidade para 800<br />
convidados cada. A coordenadora Márcia<br />
Lima estima que 6.000 pessoas por dia<br />
visitem o Centro de Convenções Ulysses<br />
Guimarães. Deverão ser gastos <strong>R$</strong> 2,7<br />
milhões com a produção e o pagamento<br />
de fornecedores e de serviços. E os<br />
visitantes devem deixar na cidade<br />
cerca de <strong>R$</strong> 1 milhão.<br />
À parte a polêmica instalada sobre<br />
quem copiou quem, ou quem vai fazer<br />
mais pela moda da cidade, o certo é<br />
que, no final, todos saem ganhando:<br />
organizadores, participantes e o<br />
público consumidor.<br />
Croquis de Romildo do Nascimento (acima),<br />
estilista brasiliense escolhido para participar do<br />
Capital Fashion Week. Abaixo, vestido criado pela<br />
grife Apoena, outro destaque do mesmo festival.<br />
BBF e-music<br />
Marcelo D2, o rapper que tem um pé no<br />
samba, vai fazer uma ponta no <strong>Brasília</strong> Fashion<br />
Festival. Ele cantará seus sucessos enquanto<br />
desfila as roupas de sua grife, Manifesto<br />
33 1/3. Será, provavelmente, o desfile mais<br />
concorrido. No intervalo de cada um, o som<br />
dos novos talentos da cidade estará animando<br />
o público descolado que freqüenta eventos de<br />
moda. Saiba quem vai estar lá:<br />
• Orquestra Motown – a big band, com 10<br />
integrantes, busca resgatar o auge da música<br />
negra americana. Mestres como James Brown,<br />
Stevie Wonder, Marvin Gaye e Jackson Five<br />
fazem parte do repertório.<br />
• Senha Moral – formado por ex-membros<br />
das bandas Raimundos e Detrito Federal, o<br />
grupo mistura pop rock, hip hop e punk rock.<br />
• Ellen Oléria e banda – a cantora e<br />
compositora vem conquistando seu espaço.<br />
Sua música, que mistura ritmos como samba,<br />
funk, bossa, hip hop e pop, tem conquistando<br />
público e crítica.<br />
• Babando o Bambu – o quarteto de<br />
saxofones está na estrada há 10 anos. Conheça<br />
mais o grupo lendo a matéria de Vicente Sá na<br />
página 23.<br />
• Microbek – o som do grupo é uma<br />
mistura inusitada de música clássica com<br />
trance e techno. Enquadram-se na ambient<br />
music, derivada do lounge. A mensagem do<br />
estilo: relaxem e divirtam-se.<br />
• Lucy and the Popsonics – o estilo electro<br />
rock trash minimalista da dupla tem rendido<br />
bons frutos. Já têm um bom público por aqui e<br />
shows marcados em festivais no Rio de Janeiro<br />
e em Goiânia.<br />
• Resistores – apesar de o power trio ter<br />
apenas um ano de vida, seus integrantes já<br />
têm experiência, vindos de outras bandas. As<br />
letras tratam de assuntos polêmicos; a música,<br />
o bom e velho rock.<br />
• BSB.Girls – grupo feminino de breaking,<br />
estilo de dança de rua. As garotas procuram<br />
divulgar a cultura hip hop por meio de<br />
promoção de cursos e eventos, montagem de<br />
espetáculos e coreografias.<br />
• João Ninguém – Música esquisita, torta,<br />
que dá dor de cabeça. É assim que a banda se<br />
qualifica. O difícil é achar uma definição para<br />
o som, uma mistura que tem de rock a jazz<br />
fusion.<br />
• Banda 80 – essa é para quem viveu nos<br />
anos 80 e presenciou a explosão da new wave<br />
e do rock nacional. Cure, Smiths, Paralamas,<br />
Kid Abelha, Madonna... tudo estará lá. A<br />
nostalgia também confirmou presença.<br />
• Nonato Dente de Ouro e o Esquadrão<br />
de Ébano – o trovador promete muitas rimas<br />
num ritmo dançante.<br />
33
MARCOS HERMES<br />
diaenoite<br />
obrigado,gente<br />
A comemoração é em alto estilo. Afinal,<br />
João Bosco faz 60 anos, metade dos<br />
quais dedicados à música, que produziu<br />
memoráveis clássicos da MPB. Sua<br />
ética musical teve sempre uma única<br />
lei, parágrafo único: a invenção. Para<br />
comemorar tanto talento, João Bosco<br />
gravou seu primeiro DVD, o Obrigado,<br />
Gente. Estão lá, claro, os sambas da<br />
década de 70, em parceria com Aldir<br />
Blanc, os sucessos românticos dos anos<br />
80/<strong>90</strong>, como Memória da Pele, Desenho<br />
de giz, Papel Machê e muito mais. O show<br />
homônimo do aniversariante passará por<br />
<strong>Brasília</strong> no dia 25 de agosto, sexta-feira.<br />
Será na Sala Villa-Lobos e terá ingressos a<br />
<strong>R$</strong>80 e <strong>R$</strong> 40.<br />
34<br />
musasemandalas<br />
O artista plástico Ricardo Stumm<br />
rendeu-se à beleza das formas e da<br />
caligrafia chinesa ao criar sua nova<br />
série Mandalas, que exibe pela primeira<br />
vez na Casa Thomas Jefferson. São<br />
oito objetos de parede fundidos em<br />
alumínio e aplicados sobre madeira<br />
com texturas espontâneas trabalhadas<br />
pelo próprio artista. O metal recebe<br />
diversos tratamentos como pátinas, polimentos, escovações, mostrando as<br />
inúmeras possibilidades do material. Vinte esculturas da série Musas, trabalho<br />
iniciado em Barcelona, e que continua a ser desenvolvido no Brasil, também<br />
poderão ser apreciadas pelo público durante a mostra. Mulheres imaginárias,<br />
bailarinas ao vento. “Uma tentativa de desvendar os movimentos femininos,<br />
captando a leveza e sutileza que lhe são peculiares”, explica Stumm. Até 15 de<br />
setembro, de segunda a sexta, das 9h às 21h. Aos sábados, das 9h às 12h.<br />
casanova<br />
sobrevéus<br />
Seus trabalhos se valem de matéria conhecida – a geometria –,<br />
com referências a pedras e vegetais. Ao todo, 15 obras de nanquim<br />
sobre papel revelam a delicadeza e a feminilidade de Regina Pessoa,<br />
dublê de publicitária e artista plástica que exporá seu talento no<br />
Café Daniel Briand. As transparências, as linhas, revelam um tecido<br />
composto de realidades superpostas, véus sobre véus de uma artista<br />
que nasceu no Ceará mas mora em <strong>Brasília</strong> há mais de 30 anos:<br />
“sou uma brasiliense que nasceu no Ceará”. Com vernissage a 15 de<br />
agosto, Sobre Véus fica até 17 de setembro no café da 104 Norte. De<br />
terça a domingo, das 11 às 22h.<br />
A Referência Galeria de Arte inaugura novo espaço de exposições,<br />
agora na Asa Norte. Uma coletiva com trabalhos de Antônio<br />
Poteiro, Galeno, Fernando Velloso, Mônica Menkes, Marcelo Feijó,<br />
Tarciso Viriato, Pompéia, Diô Viana e Helder Rocha Lima marca a<br />
inauguração do local, no térreo do edifício América Office Tower,<br />
sala 103. A galeria vai funcionar de segunda a sexta, das 8h às 17h.<br />
Até setembro, a entrada é franca. Informações: 3361.3501.<br />
atosvisuais<br />
O artista plástico Rodrigo Pessoa, de <strong>Brasília</strong>, inaugura a nova temporada<br />
do Projeto Atos Visuais, na Galeria Fayga Ostrower, na Funarte. A mostra<br />
individual foi uma das selecionadas para a temporada 2006, pela comissão<br />
formada por Guilherme Bueno (RJ), Adolfo Montejo Navas (RJ) e Elyeser<br />
Szturm (DF). Na Dobra, novo trabalho de Rodrigo, consiste na ocupação<br />
de três paredes da galeria com um desenho-pintura quase instalação feita<br />
pelo próprio artista. Segundo ele, o trabalho faz parte de sua pesquisa<br />
sobre a relação da arte contemporânea com o espaço arquitetônico. De 10<br />
de agosto a 10 de setembro. Informações:3226.9228.<br />
DIVULGAÇÃO<br />
CLAUSEM BONIFÁCIO
traços<br />
Telas de alguns dos mais expressivos<br />
artistas nacionais das últimas décadas<br />
e suas “marcas registradas”. Assim é a<br />
mostra Traços do Acervo da Caixa, na<br />
qual o visitante poderá encontrar as<br />
inconfundíveis palmeiras de Tarsila do<br />
Amaral e os avantajados tipos dentuços<br />
de Heitor dos Prazeres (foto), entre<br />
outros ícones das artes plásticas. Na<br />
seleção, de 23 obras garimpadas do<br />
acervo da Caixa do Rio de Janeiro e três<br />
de <strong>Brasília</strong>, estão xilogravuras de artistas<br />
como Lasar Segall e Oswaldo Goeldi,<br />
serigrafias de Tomie Ohtake e raras telas<br />
de Cícero Dias. Galeria Principal do<br />
Conjunto Cultural. Até 21 de agosto,<br />
de terça a domingo, das 9h às 21h.<br />
Entrada franca<br />
concursodepiano<br />
Estão abertas, até 31 de agosto, as inscrições para o<br />
II Concurso de Piano Grieg-Nepomuceno. O vencedor<br />
receberá <strong>R$</strong> 10 mil. Podem participar jovens pianistas<br />
brasileiros e noruegueses nascidos entre 1978 e 1992.<br />
As audições, abertas ao público, serão realizadas entre<br />
17 e 21 de outubro, na Sala Martins Pena do Teatro<br />
Nacional. Em 2005, quando o concurso era aberto<br />
apenas a candidatos brasileiros, o júri classificou<br />
em primeiro lugar o paulista Leonardo Hilsdorf,<br />
de 17 anos – que nesta temporada, como parte<br />
da premiação, participa de concerto da Orquestra<br />
Sinfônica do Teatro Nacional. Dois residentes<br />
do Distrito Federal levaram o segundo e terceiro<br />
prêmios: Daniel de Vito, 20, e Fernando Calixto, 21.<br />
Regulamento no site www.noruega.org.br.<br />
santacroce<br />
Solidão, emigração e velhice. São esses os temas que envolvem<br />
os habitantes de uma vila siciliana chamada Santa Croce.<br />
Nascido da fusão de contos do autor Luiggi Pirandello, o<br />
espetáculo Santa Croce tem direção de Silvia Davini e, no<br />
elenco, Ada Luana, César Lignelli, Diego Bresani, Jonathan<br />
Andrade, Rodrigo Fischer e Taís Felippe. Teatro Plínio<br />
Marcos, da Funarte, de 17 a 27 de agosto. De quinta a sábado,<br />
às 21h, e domingo, às 20h. Ingressos a <strong>R$</strong> 10 e <strong>R$</strong> 5.<br />
cascudoparacrianças<br />
Um menino preguiçoso e sonhador conduz uma<br />
viagem incomum que tem <strong>Brasília</strong>, ou lugar<br />
nenhum, como destino. Essa é a história de<br />
Cascudo, comédia folclórica premiada em 2004<br />
na Mostra SESC. A peça é inspirada nos estudos<br />
de Luís da Câmara Cascudo, considerado o<br />
maior pesquisador da cultura popular brasileira.<br />
Direção de André Amaro. Até 27 de agosto, sextas<br />
e sábados, às 21h, e domingos, às 17h. Ingressos<br />
a <strong>R$</strong>20 e <strong>R$</strong> 10, na bilheteria do teatro, com<br />
uma hora de antecedência. Censura livre. O<br />
Caleidoscópio fica na quadra 102 do Sudoeste.<br />
Informações: 3344.0444<br />
35<br />
LUIS EUGÊNIO LEITE<br />
DIVULGAÇÃO
queespetáculo<br />
DALTON CAMARGOS<br />
Jogos de poder<br />
A deterioração dos<br />
valores da sociedade<br />
na nova peça dos<br />
irmãos Guimarães<br />
36<br />
estrelada pelo<br />
ator global Cauã<br />
Reymond<br />
POR ANA CRISTINA VILELA<br />
Canibalismo em pleno século XXI<br />
e, pior, logo ali no Centro Cultural<br />
Banco do Brasil? Não pode ser, ou<br />
pode? Bem... o fato se passa em altomar;<br />
logo, não pode ser em <strong>Brasília</strong>,<br />
que aqui não tem mar, ou tem? Se<br />
não tem de fato, terá, pode ter certeza.<br />
E quem traz cenas tão insólitas a<br />
<strong>Brasília</strong>? Os irmãos Fernando e<br />
Adriano Guimarães. Os dois dirigem<br />
a peça Em Alto-Mar, do dramaturgo<br />
polonês Slawomir Mrozek, que estará<br />
em cartaz no CCBB de 18 deste mês a<br />
3 de setembro, de quinta a domingo.<br />
Quem comparecer ao teatro poderá<br />
ver cenas de verdadeiro humor negro<br />
e ouvir diálogos rápidos e certeiros.<br />
Tudo começa com três amigos que há<br />
dias encontram-se numa embarcação<br />
perdida em alto-mar. Como não<br />
poderia deixar de ser, um dia acaba<br />
a comida e um dos três deverá servir<br />
de alimento aos outros dois. É aí que<br />
começa o jogo. Quem será a vítima e<br />
como será feita essa escolha?<br />
A situação criada por Mrozek<br />
– dramaturgo nascido em junho de<br />
1930 em Borzecin, na Polônia, e que<br />
começou na escrita como jornalista – é<br />
apenas o pano de fundo para entrarem<br />
em cena temas atuais, apesar de a peça<br />
ter sido escrita há mais de 40 anos. Nela,<br />
Mrozek, que também é cartunista, usa<br />
de ironia para falar da reação passiva das<br />
FOTOS: DALTON CAMARGOS
pessoas diante do domínio.<br />
Assim, Em Alto-Mar, considerada<br />
inicialmente uma tragicomédia e<br />
encenada hoje como uma comédia<br />
política (política em sentido mais<br />
amplo, das relações pessoais e dos<br />
jogos de poder), fala da deterioração<br />
dos valores e normas da sociedade e<br />
dos jogos desenvolvidos por aqueles<br />
que querem se manter no poder – seja<br />
ele qual for.<br />
Mrozek, que viveu os duros anos<br />
da Segunda Grande Guerra, teve<br />
uma boa escola desse jogo de poder e<br />
submissão, essência da peça. Essa força<br />
e a atualidade do texto é que levaram<br />
os irmãos Guimarães a escolher Em<br />
Alto-Mar. “Ele estava guardado na<br />
nossa caixinha, esperando a hora<br />
certa, e depois de passarmos muito<br />
tempo trabalhando com Beckett,<br />
autor conhecido por lidar com o ser<br />
humano, com as relações humanas,<br />
escolhemos Mrozek, que faz o<br />
mesmo”, conta Fernando.<br />
E O CANIBALISMO? Caso ninguém tire<br />
da cabeça dos irmãos Guimarães essa<br />
idéia fixa, poderá haver, sim, e quem<br />
vai se servir de alimento tão peculiar<br />
será o personagem de Cauã Reymond,<br />
parte do elenco da peça juntamente<br />
com os brasilienses Alessandro<br />
Brandão, Ana Paula Braga, Gabriel<br />
F. e Vanderson Maciel. O ator saiu<br />
direto da novela Belíssima – onde fazia<br />
o papel de Matheus e contracenava<br />
com Vera Holtz – para sua primeira<br />
experiência nos tablados. “Estou<br />
ansioso e inseguro, mas sempre fui<br />
decidido e por isso me entreguei ao<br />
projeto”, comenta.<br />
Apesar da insegurança, Cauã, que<br />
um dia fez as malas e foi para Nova<br />
York ter aulas de interpretação com<br />
Susan Batson, professora de atores<br />
como Nicole Kidman e Tom Cruise,<br />
está encarando o desafio de frente:<br />
“Estou aprendendo a ter controle<br />
sobre a história, que tem começo,<br />
meio e fim, o que não acontece na<br />
novela, em que a história é construída<br />
ao longo do tempo.”<br />
E por que os irmãos Guimarães<br />
escolheram Cauã para o papel? “Não<br />
tem muito como explicar, quando<br />
mexi no texto veio a imagem dele à<br />
minha cabeça”, explica Fernando,<br />
que se aproximou do ator por meio<br />
de Vera Holtz, sua mulher. O diretor<br />
ressalta o fato de haver um preconceito<br />
contra quem é de televisão e garante:<br />
“Não é uma experiência arriscada e é<br />
muito corajoso da parte dele encarar<br />
o teatro assim”.<br />
Para Fernando, “Cauã é um ator<br />
de fato, tem futuro e talento”, mas<br />
ele admite ser um grande desafio<br />
sair da linguagem da TV, com a qual<br />
o ator trabalhou até agora, e partir<br />
para a linguagem teatral. Também<br />
nisso os dois concordam: “Tem até<br />
a questão da voz, de não sair de<br />
cena”, complementa Cauã. Enfim,<br />
tem a estréia de Cauã, o texto de<br />
Mrozek, autor pouco conhecido em<br />
terras brasileiras, o humor negro, a<br />
embarcação à deriva, um provável<br />
canibalismo... e tem direção dos<br />
irmãos Guimarães. É ir e conferir.<br />
Em Alto-mar<br />
Direção: Adriano e Fernando Guimarães. Com<br />
Cauã Reymond, Alessandro Brandão, Ana<br />
Paula Braga, Gabriel F. e Vanderson Maciel.<br />
De 18/8 a 3/9 no teatro do CCBB. De quinta a<br />
sábado às 21h; domingo às 20h. Ingressos a<br />
<strong>R$</strong> 15 e <strong>R$</strong> 7,50. Mais informações: 3310.7087<br />
37
queespetáculo<br />
Novadança em dobro<br />
Festival inaugura edição de inverno com<br />
proposta de diálogo multidisciplinar<br />
POR ANGÉLICA TORRES<br />
Extrapolar a pura arte da dança com<br />
pesquisas as mais sofisticadas é uma<br />
preocupação constante de coreógrafos<br />
e bailarinos há pelo menos um século,<br />
e <strong>Brasília</strong> tem tido o privilégio de<br />
acompanhar as últimas movimentações<br />
dessa expansão ilimitada – e generosa,<br />
porque em geral são eventos com<br />
entrada franca.<br />
Se o Festival Internacional<br />
Novadança já colaborava para isso com<br />
uma edição anual em fevereiro, agora<br />
dobra a dose. De 23 a 27 próximos, o<br />
evento inaugura sua edição de inverno,<br />
no Teatro da Caixa, com o tema<br />
tecnologia como pano de fundo.<br />
Seus produtores, aliás, avisam que,<br />
a cada edição de inverno, o festival<br />
vai enfocar os diálogos possíveis entre<br />
dança, multiciências e multimídias.<br />
38<br />
E revelam o propósito ambicioso:<br />
atrair a presença de cientistas sociais,<br />
filósofos, psicólogos e demais curiosos<br />
às suas platéias.<br />
Para isso, a programação inclui um<br />
papo dos artistas com o público ao<br />
final de cada espetáculo e o seminário<br />
Dança x Máquina, para discussão e<br />
investigação das fronteiras entre corpo,<br />
mídia e ciências do conhecimento.<br />
Mais: a mostra Dançando para a<br />
Câmera, dos filmes vencedores da<br />
Mostra Competitiva de 2006 do<br />
Festival Internacional da Novadança<br />
O Festival de Inverno de 2006<br />
reúne trabalhos do Brasil, da<br />
Argentina e da Alemanha, e é, no<br />
mínimo, instigante para novos<br />
curiosos e certamente fascinante<br />
para os que acompanham o passoa-passo<br />
dos pesquisadores da dança<br />
contemporânea.<br />
SÁTIRO VALENÇA<br />
ESPETÁCULOS<br />
23/8, às 20h30: Cristian Duarte (SP) – Alta<br />
Necessidade (solo). Segundo a crítica,<br />
“a primeira cena do solo do bailarino e<br />
coreógrafo paulista qualifica como genial<br />
o seu processo de investigação”.<br />
24/8, às 20h30: Alexandre Nas (DF) – Como<br />
Você Quer?, trabalho multimídia sobre dança<br />
e novas tecnologias. Nas é cria da Cia. Alaya<br />
Dança, estudou em Londres e hoje coordena o<br />
Curso Seqüencial de Dança na Dulcina.<br />
25/8, às 20h30: Giovane<br />
Aguiar (DF) – Vertigem,<br />
solo baseado no livro Seis<br />
Propostas para o Próximo<br />
Milênio, de Ítalo Calvino.<br />
Giovane, diretor do Festival<br />
Internacional da Novadança<br />
desde 1996, é um incansável<br />
workshoper junto com<br />
bailarinos internacionais.<br />
26/8, às 20h: Fabiana Capriotti (Argentina)<br />
– El Alma Aquí no Hace Sombras en el Piso<br />
foi recém-apresentado em Buenos Aires pela<br />
bailarina, coreógrafa e professora de técnicas<br />
de improvisação e Composição Instantânea.<br />
27/8, às 20h: Christina Ciupke (Alemanha)<br />
– Rissumriss. De acordo com a crítica, o<br />
espetáculo dessa coreógrafa de Berlim leva<br />
o espectador a fruir ilusão e percepção<br />
simultaneamente.<br />
MOSTRA DANÇANDO PARA A CÂMERA<br />
23/8 – Em Outro Pé, de Dafne Michellepis<br />
(SP), baseado no argumento do espetáculo<br />
Roda Pé e na pesquisa da linguagem de<br />
dança contemporânea para crianças da<br />
Balangandança Cia.<br />
24/8 – De Água Nem Tão Doce, de Laura<br />
Virgínia (DF), baseado no conto homônimo<br />
de Marina Colasanti, como uma crônica do<br />
cotidiano.<br />
25/8 – Várzeas, de Ricardo Iazzetta e Rodrigo<br />
Araujo (SP), filmagem documental no<br />
campo de futebol de várzea, onde bailarinos<br />
retrabalham os movimentos originais.<br />
SEMINÁRIO CORPO x MÁQUINA<br />
26/8, sábado, às 10h<br />
Alejandro Gabriel Olivieri – Homem Pós-<br />
Orgânico – Discussão ético-filosófica do<br />
conceito de pós-humanidade e seus reflexos<br />
sobre o corpo humano, pelo pesquisador<br />
argentino, professor de Filosofia e<br />
coordenador do projeto Extensão Cinemateca:<br />
Cinema e Psicologia, no UniCeub.<br />
José Bizerril Neto – Corpo e Identidade na<br />
Pós-Modernidade – O Impacto da Tecnologia<br />
– discussão do uso social de inovações<br />
tecnológicas pelo professor de Psicologia do<br />
UniCeub.<br />
Alexandre Nas – Dança e Tecnologia – Reflexão<br />
sobre o diálogo entre as duas linguagens.<br />
DALTON CAMARGOS
verso&prosa<br />
A turma da pe<br />
Cronista baiano faz sucesso, por enquanto no Lago Norte,<br />
com histórias singelas sobre peladeiros de fim de semana<br />
40
lada<br />
POR RICARDO PEDREIRA<br />
Dizem que homem gosta é de homem. Esses caras na foto<br />
aí do lado, por exemplo, se gostam muito. É coisa de pele,<br />
mas eles alegam que é futebol. Formaram uma turma que<br />
joga pelada há 25 anos e um deles, que atende pelo nome de<br />
Gustavo Tapioca, resolveu colocar em livro crônicas com suas<br />
impressões e histórias a respeito do grupo.<br />
Corram às livrarias porque já está esgotando. Será<br />
traduzido para o inglês e o francês e já tem críticas<br />
garantidas no New York Times e no Le Monde. Aqui no<br />
Brasil, os editores das revistas semanais não sabem se<br />
colocam Uma Senhora Pelada – este é o nome da obra – na<br />
seção de best-sellers de ficção, não-ficção ou auto-ajuda.<br />
A verdade é que cabe em qualquer uma, dado seu caráter<br />
amplo, profundo e subjetivo.<br />
O livro tem orelha do senador Cristovam Buarque, que<br />
é amigo dos integrantes da turma. Foi exatamente num<br />
campo da UnB, da qual o candidato do PDT à presidência<br />
da República já foi reitor, que começou a pelada dos caras.<br />
Depois, alguns deles enriqueceram, compraram mansões<br />
no Lago Norte e hoje os jogos acontecem duas vezes por<br />
semana em gramados particulares.<br />
Dava para montar um ministério para o próximo<br />
governo – qualquer governo – com o pessoal. É gente<br />
graúda, embora haja um miúdo.Trata-se de grupo seleto<br />
e muito rigoroso na admissão de novos membros. Um<br />
ministro do Supremo Tribunal Federal, por exemplo, foi<br />
barrado depois de ter agido de forma considerada pouco<br />
adequada.<br />
O que menos importa para eles é o futebol, mesmo<br />
porque, segundo depoimentos isentos, grande parte<br />
apenas se esforça, talvez pela idade. O que vale é o<br />
encontro, a troca de energia. Nos sábados à tarde, depois<br />
do jogo, formam animada mesa de cerveja na Quituart, a<br />
feirinha do Lago Norte. Esse momento alegre já entrou no<br />
roteiro turístico de <strong>Brasília</strong> e tem levado ônibus de outros<br />
Estados ao local.<br />
Falando sério, a gente fica com inveja dos caras.<br />
Eles batem bola, tomam cerveja, jogam conversa fora e<br />
um deles ainda escreve um livro sobre tudo isso. Não<br />
é para menos que o chileno Heraldo Muñoz, que foi<br />
embaixador no Brasil e hoje preside o Comitê Contra<br />
o Terrorismo do Conselho de Segurança da ONU,<br />
declarou em coletiva à imprensa internacional:<br />
“A melhor coisa que me aconteceu no Brasil foi<br />
conhecer e participar da turma da pelada”.<br />
Tapioca é cronista de mão cheia, com texto de quem<br />
curte a vida, como o pessoal da pelada. O livro é uma<br />
divertida louvação à amizade. “Morrer é não estar nunca<br />
mais com os amigos”, diz Gabriel Garcia Márquez, citado<br />
pelo autor. Então, vida longa a Tapioca e ... do Lago Norte<br />
para o mundo!<br />
Uma senhora pelada<br />
Editora Primacor, 155 págs<br />
41
luzcâmeraação<br />
“Mãe coragem” de verdade<br />
POR SÉRGIO MORICONI<br />
De que maneiras se poderia falar<br />
sobre um dos períodos mais negros<br />
da história brasileira ou sobre épocas<br />
politicamente convulsionadas de<br />
um modo geral? Habitualmente, os<br />
criadores procuram escolher como<br />
protagonistas heróis e mártires<br />
diretamente envolvidos nos conflitos,<br />
como – para citar aqui um exemplo do<br />
cinema brasileiro – Lamarca, dirigido<br />
pelo mesmo Sérgio Rezende. Realizador<br />
de grandes produções, entre elas Guerra<br />
de Canudos e Mauá, o diretor desta<br />
vez escolheu um caminho diferente.<br />
Através da personagem de Zuzu Angel,<br />
preferiu trazer até nós uma visão íntima<br />
e particular dos anos de repressão e<br />
tortura no Brasil. Zuzu Angel, a estilista<br />
mineira que perdeu um dos filhos nos<br />
cárceres das forças de repressão, em sua<br />
luta para restaurar a verdade, acabaria<br />
por se transformar, ela própria, em<br />
mártir e símbolo da luta pela restauração<br />
das liberdades democráticas no país.<br />
42<br />
Pouco conhecida fora da cidade do<br />
Rio de Janeiro, Zuzu virou lenda ao<br />
botar a boca no trombone e denunciar<br />
o assassinato de seu filho nos porões<br />
da ditadura. Ativa, conseguiu fazer<br />
repercutir as violações aos direitos<br />
humanos no exterior porque aqui, no<br />
Brasil, a imprensa, acuada, fazia boca<br />
de siri. Rezende se baseou em episódios<br />
reais para construir o roteiro. Como<br />
aquele em que Zuzu consegue furar<br />
o cerco da segurança e entregar uma<br />
carta de denúncia ao Secretário de<br />
Estado americano, Henry Kissinger,<br />
que estava de passagem no Brasil.<br />
Tanta ousadia traria, obviamente,<br />
conseqüências. Cinco anos depois da<br />
morte do filho Stuart, em 1971, Zuzu<br />
sofreria o atentado que lhe custaria a<br />
vida. À época, os militares anunciaram<br />
sua morte como acidental. A abertura<br />
dos arquivos da ditadura nos anos <strong>90</strong><br />
revelaria, enfim, o que todos já sabiam.<br />
O desastre com seu carro na saída do<br />
Túnel Dois Irmãos, no Rio de Janeiro,<br />
havia sido provocado.<br />
O filme de Rezende é correto e<br />
honesto. É preciso mesmo escarafunchar<br />
as mazelas do passado para que não<br />
venham a ser repetidas. E elas estão lá,<br />
no filme, não apenas como pano de<br />
fundo, porque é o drama de Zuzu o que<br />
ocupa a tela inteira, mas principalmente<br />
em razão desses dramas – o contexto da<br />
confrontação da luta política, expresso<br />
nas figuras de Stuart (Daniel de Oliveira)<br />
e sua namorada (Leandra Leal), e o<br />
conflito da Zuzu Angel/mãe – estarem<br />
intestinamente imiscuídos. O filme de<br />
Rezende nos faz lembrar imediatamente<br />
de Desaparecido – Um Grande Mistério<br />
(Missing), de Costa-Gavras, sobre um<br />
cidadão norte-americano que enfrenta<br />
uma verdadeira via crucis para tentar<br />
encontrar o filho desaparecido no Chile,<br />
dias depois do golpe militar que depôs<br />
o presidente Allende. A abordagem do<br />
tema e o tratamento dado a ambas as<br />
obras são muito semelhantes.<br />
A jornalista Hildegard Angel se disse<br />
muito impressionada com a atuação de<br />
Patrícia Pillar no papel de sua mãe. Sem
dúvida, a atuação da atriz é impecável.<br />
Ainda assim, ficamos imaginando<br />
de que outras formas poderiam ser<br />
retratadas no cinema as inúmeras facetas<br />
de uma mulher que serviu de inspiração<br />
até para desfile de escola de samba.<br />
Apesar das várias cenas retrospectivas<br />
em flashback, cobrindo a infância dos<br />
filhos, Zuzu Angel se restringe quase que<br />
exclusivamente a narrar os episódios que<br />
cobrem o período entre as mortes de<br />
Stuart e da própria Zuzu. No entanto,<br />
o filme deixa entrever nas frestas<br />
aspectos interessantíssimos da<br />
personagem. O fato de uma estilista<br />
de moda, dona de uma butique no<br />
bairro de classe média alta de Ipanema,<br />
ter se lançado com tanta coragem<br />
numa cruzada heróica em busca do<br />
filho já demonstra, no mínimo, uma<br />
personalidade peculiar.<br />
Também o que não está no filme<br />
deixa claro que Zuzu Angel era mais<br />
do que uma personalidade peculiar.<br />
Interiorana de Curvelo, Minas Gerais,<br />
mudou-se para Belo Horizonte, onde<br />
conheceu o americano Norman Angel<br />
Jones, que se tornaria seu marido. Como<br />
isso se deu? Bem, o próprio Rezende, no<br />
material que distribuiu para a divulgação<br />
do filme, conta com um certo sabor de<br />
conto de fadas: um dia, umas primas<br />
entram no quarto de Zuzu dizendo que<br />
um gringo bonitão estava logo ali na sala<br />
conversando com o tio dela. Sem sequer<br />
querer vê-lo, ela sentencia que iria casar<br />
com ele. Alguns anos depois, várias<br />
reviravoltas na vida, Zuzu, já separada do<br />
marido, teria o seu nome reconhecido<br />
no mundo da moda internacional.<br />
Reconhecida no exterior, porque<br />
aqui no Brasil, numa típica atitude de<br />
mentalidades colonizadas, destilava-se<br />
um certo desdém pelo trabalho pioneiro<br />
em introduzir elementos tipicamente<br />
nacionais em suas criações.<br />
Apesar dessas informações também<br />
não estarem no filme, elas ajudam a<br />
fazer compreender e dar maior volume<br />
à personagem Zuzu Angel. Quando seu<br />
filho é preso, a estilista está no auge do<br />
sucesso profissional. Era igualmente um<br />
WARNER BROS<br />
Novo filme de Sérgio Rezende resgata uma das personagens mais singulares da<br />
cidade do Rio de Janeiro e faz um painel dos anos de chumbo da ditadura militar<br />
dos momentos mais cáusticos e cruciais<br />
da ditadura militar. A cena em que o<br />
advogado de Zuzu (Alexandre Borges)<br />
argumenta que não é possível conseguir<br />
um habeas corpus para o filho – quando<br />
ele ainda estava vivo – é reveladora. Não<br />
se está mais no “céu de brigadeiro”,<br />
se é que se pode dizer assim, do AI-1,<br />
quando, em 1966, essa possibilidade<br />
(do habeas corpus) ainda existia e a<br />
imprensa mostrava as asas fazendo<br />
denúncias contra a tortura, a ponto de<br />
o presidente Castelo Branco mandar<br />
fazer uma investigação sobre a existência<br />
da prática. Com o AI-5, ninguém tinha<br />
mais direito a nada e Zuzu Angel,<br />
impotente, como uma “mãe coragem”<br />
às avessas – fazendo aqui uma alusão à<br />
personagem de Brecht que se aproveita<br />
da guerra para tentar preservar os filhos<br />
– prefere enfrentar o leão de frente e<br />
paga caro por isso.<br />
Zuzu Angel<br />
Brasil/2006, 103 min. Direção: Sérgio Rezenda.<br />
Com Patrícia Pillar, Daniel de Oliveira, Luana<br />
Piovani, Alexandre Borges, Leandra Leal,<br />
Regiane Alves, Othon Bastos e Paulo Betti.<br />
43
luzcâmeraação<br />
O último Mitte<br />
Uma longa e bela reflexão sobre a morte, a política, o poder,<br />
POR REYNALDO DOMINGOS FERREIRA<br />
O principal trunfo do filme de<br />
Robert Guédiguian é a atuação genial,<br />
magnífica e inesquecível de Michel<br />
Bouquet no papel do ex-presidente da<br />
França François Mitterrand, também<br />
o último, como ele diz, da linhagem<br />
de De Gaulle. É preciso advertir,<br />
porém, que o filme não faz abordagem<br />
do governo Mitterand, deixando de<br />
apresentar figuras do seu Conselho<br />
de Ministros, como Jospin, Balladur,<br />
Chirac e Beregovoy. Narra apenas<br />
a relação de Mitterrand com seus<br />
assessores próximos – o médico, Dr.<br />
Jeantot (Philippe Fretun), e o jornalista<br />
Antoine Moreau (Jalil Lespert),<br />
escolhido, não se sabe porque, para<br />
escrever sobre os últimos dias de seu<br />
governo e de sua vida, já que estava<br />
ciente da morte próxima.<br />
Mas a morte, para Mitterrand, não<br />
era uma derrota, pois esperava por ela<br />
desde há algum tempo, em silêncio.<br />
Ele já que sabia que os homens de<br />
sua família, vinagreiros da região de<br />
Provence, produtora de conhaque,<br />
nunca passavam dos 80 anos. O pai<br />
morrera da mesma doença que ele<br />
sofria – câncer de próstata – sem se<br />
tratar. Criado sob forte influência<br />
do catolicismo, leitor de Charles<br />
Péguy, cujos versos sobre a magnífica<br />
44<br />
Catedral de Chartres cita de memória,<br />
Mitterrand caminha para a morte,<br />
como diria o nosso Aníbal Machado,<br />
olhando para a paisagem, a da<br />
Provence, onde foi enterrado.<br />
UMA DAS SEQÜÊNCIAS MAIS BELAS do<br />
filme é justo aquela em que o presidente<br />
da França, antecipando-se ao que viria<br />
depois, se estende no chão de pedra da<br />
capela de sua cidade natal para se sentir<br />
como morto, mas observando, com<br />
olhar de criança – talvez o momento<br />
mais brilhante da atuação de Michel<br />
Bouquet, que, como disse um crítico<br />
francês, não só interpreta Miterrand,<br />
mas faz esquecê-lo – os afrescos da<br />
cúpula, esmaecidos pela ação do tempo,<br />
sem restauração, e ouvindo, pela<br />
imaginação, a música de Bach.<br />
De Johann Sebastian Bach,<br />
Mitterrand diria também, mais<br />
tarde, ao jornalista – que não o vira<br />
deitado no chão de pedra da capela,<br />
mas do fato tomara conhecimento<br />
por intermédio do segurança Fleury<br />
(Philippe Le Mercier) – que um<br />
dia, regressando à sua cidade natal,<br />
Eisenach, na Alemanha, encontrara a<br />
mulher e duas filhas mortas, mas que,<br />
apesar disso, não se revoltara contra<br />
Deus, preferindo compor Jesus, Alegria<br />
dos Homens, justo a música que enaltece<br />
a cena da capela.<br />
Outro belo momento do filme é<br />
quando Mitterrand, viajando na cabine<br />
de um trem de luxo, diz ao jornalista<br />
Moreau, ao seu médico Jeantot e aos<br />
assessores que o acompanham, fazendo<br />
referência a Rimbaud, que todos os<br />
países têm suas cores características,<br />
não necessariamente as de suas<br />
bandeiras. “A cor da França é o cinza”,<br />
acrescenta, enquanto a fotografia, de<br />
Renato Berta, assume a tonalidade<br />
da cor por ele citada para mostrar,<br />
através da janela do trem, a paisagem<br />
dominada por árvores ressequidas<br />
pelo outono, próximo do inverno,<br />
prenunciador de sua morte.<br />
APESAR DO TEMA, da dimensão do<br />
personagem e de seu excepcional<br />
intérprete, o filme se ressente do roteiro<br />
– de Gilles Taurenne e Georges-Marc<br />
Benamou, autor do livro Le Dernier<br />
Mitterrand, em que se baseia – que<br />
joga com a imprecisão de alguns fatos,<br />
principalmente os relacionados com a<br />
vida particular do jornalista Moreau.<br />
Também o ator, Jalil Lespert, frio,<br />
distante, não personifica o jornalista<br />
que Mitterrand identifica, isto é,<br />
um tipo emocional, sentimental, a<br />
quem aconselha que permaneça mais<br />
indiferente aos acontecimentos, pois,<br />
a seu ver, o controle de sentimentos é<br />
imprescindível para o desempenho de
and<br />
o amor e a literatura<br />
sua profissão.<br />
Esses senões apontados são,<br />
contudo, irrelevantes se se considerar<br />
a importância do filme de Robert<br />
Guédiguian para o cinema francês, não<br />
muito afeito, por tradição, a abordar<br />
fatos e personagens da história recente<br />
do país, como o faz, com autoridade,<br />
o cinema americano. Do ponto de<br />
vista político, é importante notar que<br />
o diretor Guédiguian não deixa de<br />
imprimir sua posição em defesa da<br />
esquerda – tão desmoralizada pela<br />
corrupção desenfreada que promove<br />
principalmente aqui na América Latina<br />
– quando Mitterrand diz que, após seu<br />
governo, de postura digna, não poderia<br />
mais a direita dizer que a França não<br />
tinha condições de ter alternância de<br />
poder. Ou então quando, dias antes<br />
de transmitir o governo, num discurso<br />
para operários, ele, muito mal, afirma<br />
que a partir do momento em que<br />
se verifica que dinheiro só produz<br />
dinheiro, volta, com força, a luta de<br />
classes. Enfim, O Último Mitterrand é<br />
filme que precisa ser visto.<br />
O Último Miterrand<br />
(Le Promeneur du Champ de Mars)<br />
França, 2005, 116 min. Direção: Robert<br />
Guédiguian. Com Michel Bouquet, Antoine<br />
Moreau, Dr. Jeantot, Fleury, Anne Canturreau<br />
(Jeanne), Sarah Grappin (Judith), Genéviève<br />
Casile (Simone Picard)<br />
IMOVISION<br />
45
luzcâmeraação<br />
Outros raios d’ O Sol<br />
Documentário reaviva memória do jornal precursor da imprensa alternativa<br />
e que marcou época no período anterior à promulgação do AI-5<br />
POR SÉRGIO MORICONI<br />
Mais uma vez os anos 60, mais uma<br />
vez a ditadura. Lançado simultaneamente<br />
a Zuzu Angel, O Sol é mais um longametragem<br />
que fotografa o malfadado<br />
período dos governos militares e o<br />
contexto social brasileiro pós-golpe de<br />
64. Ainda que seu assunto principal seja<br />
o pioneiro jornal, muitas das questões<br />
ligadas ao ambiente político da época<br />
são apresentadas com igual ênfase pelas<br />
diretoras Tetê Moraes e Martha Alencar.<br />
Com pouco mais de cinco meses de vida,<br />
de setembro de 1967 a janeiro de 1968,<br />
O Sol teve a benção de acabar antes do<br />
AI-5, livrando-se, portanto, da inexorável<br />
censura. Quem não se deu conta de sua<br />
presença como encarte do Jornal dos<br />
Sports, pelo menos tomou conhecimento<br />
de sua existência através da canção de<br />
Caetano Veloso, Alegria Alegria.<br />
“Caminhando contra o vento, sem<br />
lenço, sem documento, no sol de quase<br />
dezembro, eu vou ... o Sol nas bancas de<br />
revista, me enche de alegria e preguiça”,<br />
diziam os seus versos. Curiosamente,<br />
não foram poucos os que se disseram<br />
decepcionados quando descobriram<br />
a menção quase subliminar ao novo<br />
jornal, já que consideravam muito<br />
mais poética a plácida imagem do que<br />
supunham ser nada mais do que o astrorei<br />
banhando uma banca de revistas<br />
com seu cálido calor matinal. No filme,<br />
o próprio Caetano diz não ter pensado<br />
nesse “outro” significado, embora – e<br />
Gilberto Gil afirmaria o mesmo até com<br />
mais ênfase – julgasse possível que essa<br />
referência pudesse estar de fato no seu<br />
subconsciente. E podia mesmo, já que<br />
sua namorada da época, Dedé Gadelha,<br />
era uma das estagiárias de O Sol.<br />
46<br />
No documentário, as diretoras Tetê Moraes e Martha Alencar dão amplo espaço para que todos os envolvidos<br />
na aventura de O Sol, como Gilberto Gil e Chico Buarque, falem à vontade<br />
CRISTINA GRANATO<br />
ZEKA ARAÚNO
MITOLOGIA À PARTE, o fato é que o<br />
jornal criado pelo artista gráfico e poeta<br />
Reynaldo Jardim para funcionar como<br />
uma escola de jornalismo não precisava<br />
de nenhum artifício para conseguir<br />
notoriedade. Jardim convidou um time<br />
de craques – Zuenir Ventura, Carlos<br />
Heitor Cony, Ana Arruda Calado,<br />
Márcio Moreira Alves e Otto Maria<br />
Carpeaux – para ser o staff principal<br />
do jornal. Do grupo de colaboradores<br />
posterior (eventuais ou não), muitos<br />
também conquistariam grande prestígio<br />
profissional. Ruy Castro, Henfil,<br />
Ziraldo, Daniel Azulay, Luiz Carlos<br />
Sá (o músico do grupo Sá Rodrix e<br />
Guarabira) e Claúdio Lysias são alguns<br />
deles.<br />
O documentário dá amplo espaço<br />
para que todos os envolvidos na<br />
aventura de O Sol falem à vontade,<br />
e faz o mesmo com Chico Buarque,<br />
Arnaldo Jabor, Hugo Carvana, Ítala<br />
Nandi, Fernando Gabeira, Orlando<br />
Senna, Luiz Carlos Maciel e uma<br />
infinidade de outros nomes de peso<br />
da cena brasileira cultural e política.<br />
Mas, apesar desses requisitos, o<br />
filme descamba um pouco para<br />
uma desnecessária e talvez um<br />
pouco excessiva auto-celebração<br />
geracional. Muitos dos ex-integrantes e<br />
colaboradores de O Sol se derramam<br />
em elogios mútuos, deixando entender<br />
que teriam sido os únicos guardiões<br />
de um jornalismo puro, ético e digno.<br />
Ítala Nandi, Hugo Carvana e Betty Faria são outros personagens do filme<br />
Reynaldo Jardim, criador do jornal, é hoje cidadão brasiliense<br />
Romantismo de lado, é difícil não dar<br />
o devido crédito ao genial Reynaldo<br />
Jardim.<br />
Criador do Caderno B do<br />
Jornal do Brasil, Jardim tinha já<br />
uma longa história como poeta<br />
quando entrou para o jornalismo.<br />
Foi um dos signatários do Manifesto<br />
Neoconcretista de 1959, ao lado de<br />
Lygia Clark, Lygia Pape, Amílcar<br />
de Castro, Franz Weissmann,<br />
Sérgio Camargo, Theon Spanudis e<br />
Ferreira Gullar. Depois, levaria essa<br />
sua experiência vanguardista para<br />
os suplementos culturais de vários<br />
jornais brasileiros, inclusive para o<br />
nosso Correio Braziliense. Reynaldo<br />
chegou a <strong>Brasília</strong> pelas mãos do<br />
jornalista Fernando Lemos, convidado<br />
para editar o caderno de cultura. A<br />
CRISTINA GRANATO<br />
chegada dele à redação provocou uma<br />
verdadeira revolução jornalística.<br />
De imediato, ele mudou o nome do<br />
caderno para ApArte, escrito assim<br />
mesmo, com o “a” maiúsculo.<br />
POETA DE ESPÍRITO absolutamente<br />
livre e democrático, não impunha sua<br />
opinião sobre nenhum dos jornalistas e<br />
instigava na equipe uma postura crítica<br />
e polêmica. Gostava de um jornalismo<br />
vibrante, que refletisse o movimento<br />
cultural local. Diariamente, convocava<br />
os jornalistas para uma reunião que<br />
resultava invariavelmente no desenho<br />
da capa do dia seguinte. Ele adorava<br />
isso. Perguntava para todos quais eram<br />
as pautas do dia, definia aquela que<br />
ele achava mais vibrante para uma<br />
capa e ali mesmo, na sala de reunião,<br />
já a desenhava. O período em que<br />
Reynaldo esteve à frente do caderno<br />
de cultura do Correio foi histórico. Ele<br />
imprimiu no ApArte uma ousadia de<br />
conteúdo e de forma que ainda não foi<br />
igualada. Reynaldo nunca mais deixaria<br />
<strong>Brasília</strong>, cidade onde vive até hoje. O<br />
saudoso Cláudio Lysias, Chico Dias e<br />
Bebé Prates, seus colegas no pioneiro<br />
jornal carioca, seriam outros que<br />
ajudariam a trazer para o sertão goiano<br />
alguns dos raios de O Sol.<br />
O Sol – Caminhando Contra o Vento<br />
Brasil, 2006, <strong>90</strong> min. Direção: Tetê Moraes e<br />
Martha Alencar. Com depoimentos de Adolfo<br />
Martins, Ana Arruda Callado, Carlos Castilho,<br />
Carlos Heitor Cony, Fernando Duarte, Reynaldo<br />
Jardim, Ricardo Gontijo, Ziraldo e Zuenir Ventura<br />
47<br />
VALDIR MESSIAS
luzcâmeraação<br />
Tragicamente atual<br />
Uma visão<br />
pessimista, quase<br />
sombria, sobre<br />
o desfecho<br />
do conflito<br />
árabe-israelense<br />
48<br />
POR REYNALDO DOMINGOS FERREIRA<br />
Por apresentar boas qualidades<br />
técnicas, com algumas excelentes<br />
interpretações e uma trilha sonora<br />
magistral, A Noiva Síria, do cineasta<br />
israelense Eran Riklis, recebeu diversos<br />
prêmios da Academia de Israel, além de<br />
várias distinções do Cinema Europeu<br />
e dos Festivais de Locarno, Montreal<br />
e Bangkok. O filme narra a história<br />
de Mona (Clara Khoury), jovem druza<br />
das Colinas do Golan, dominadas<br />
por Israel, que se compromete, por<br />
intermédio de um irmão residente em<br />
Damasco, a se casar com um astro da<br />
televisão síria, Tallel (Derar Sliman),<br />
que só conhece por fotografia.<br />
Mas existe um grave problema, que<br />
é o fato de ela saber que, ao atravessar a<br />
fronteira de sua cidade, Majdal Shams,<br />
jamais poderá voltar ao convívio de<br />
seus familiares. O dia do casamento,<br />
portanto, pode ser o mais feliz e, ao<br />
mesmo tempo, o mais triste de sua<br />
vida. O patriarca da família, Hammed<br />
(Makram Khoury) – pai também,<br />
na vida real, da atriz que interpreta o<br />
papel de Mona –, é um ativista político,<br />
posto sob liberdade condicional pelas<br />
autoridades de Israel. Ele corre o<br />
risco, porém, de ser preso novamente<br />
se comparecer às despedidas da filha,<br />
na fronteira com a Síria, já que existe<br />
proibição formal das autoridades<br />
israelenses a esse respeito.<br />
EUROPA FILMES
O primogênito, Hattem (Eyad<br />
Sheety), ausente há muitos anos,<br />
veio da Rússia com mulher, Evelyne<br />
(Evelyn Kaplun), e filho, mas foi mal<br />
recebido pela família, à exceção da<br />
mãe (Marlene Bajali) e da irmã Amal<br />
(Hiam Abbas). Esta é casada com<br />
Amin (Adnam Tarabshi), mas sonha<br />
em libertar-se das amarras das tradições<br />
druzas e estudar numa universidade<br />
de Israel. É ela quem procura criar<br />
condições para que Hattem e a mulher<br />
participem da cerimônia de casamento<br />
da irmã mais nova.<br />
O filho mais novo, Mawan (Ashraf<br />
Barhoun), vendedor, solteiro, que,<br />
ao que se diz com orgulho entre os<br />
anciãos da cidade, se aproveita de<br />
mulheres de várias nacionalidades<br />
– até judias – mas que sabe que, para<br />
casar, terá de escolher uma druza, é<br />
por isso o “queridinho” da família.<br />
Isso fica evidente principalmente<br />
no momento em que as autoridades<br />
sírias criam empecilhos para que<br />
o casamento se realize e Mawan<br />
ACADEMIA DE TÊNIS<br />
procura exercer seu fascínio sobre<br />
a francesinha Jeanne (Julie-Anne-<br />
Roth), da Cruz Vermelha, responsável<br />
pela intermediação entre as partes<br />
conflitantes, como elemento neutro.<br />
O roteiro, de Suha Araaf e Eran<br />
Rilkes, explora mais o perfil dos<br />
personagens, exigindo assim trabalho<br />
competente dos intérpretes, os<br />
quais, em sua maioria, apresentam<br />
desempenhos à altura. É preciso<br />
destacar, porém, as atuações de<br />
Makram Khoury, como o pai e, mais<br />
que tudo, a de Hiam Abbas, como a<br />
filha, Amal, que recebeu vários prêmios<br />
por esse seu trabalho, em Israel e no<br />
exterior. Além de ser uma mulher<br />
bonita, Hiam Abbas tem a postura das<br />
grandes atrizes trágicas – como Katina<br />
Paxinou – que vão se tornando cada<br />
vez mais raras no panorama mundial.<br />
A LINGUAGEM CÊNICA de Eran Rilkes é<br />
também digna de nota pela preferência<br />
por seqüências curtas, bem marcadas,<br />
com diálogos breves. A fotografia de<br />
Michael Wiesweg, com mudança de<br />
tonalidade para o documental, além da<br />
qualidade técnica que apresenta, tem o<br />
sentido de adequar a trama ao contexto<br />
político do filme, inspirado num<br />
documentário que Rilkes realizou sobre<br />
as fronteiras de Israel.<br />
Dentro do quadro de incertezas que<br />
se cria para que se realize o casamento,<br />
a caminhada de Mona em direção<br />
à fronteira pode ser interpretada<br />
como sinalização de que dificilmente<br />
também se encontrará solução para<br />
os problemas da região em que vivem<br />
árabes e judeus. O final é marcado<br />
principalmente pela excelência da<br />
música original do maestro Cyril<br />
Morin, executada pela Orquestra<br />
Sinfônica da Bulgária, sob sua regência,<br />
cuja gravação recebeu vários prêmios<br />
internacionais.<br />
A Noiva Síria (The Syrian Bride)<br />
França, Alemanha, Israel/ 2004, 97 min.<br />
Direção: Eran Rilkes. Com Hiam Abbas,<br />
Makram Khoury, Clara Khoury, Eyad Sheety,<br />
Ashraf Barhoun, Marlene Bajali, Evelyn Kaplun<br />
e Derar Sliman.<br />
PROGRAMAÇÃO DO CINE ACADEMIA PARA O PERÍODO DE 11 a 17 DE AGOSTO<br />
Informações de responsabilidade da rede Cine Academia (tel 3316.6811 / 3316.6373)<br />
CINE I - ZUZU ANGEL (14 anos).<br />
DIRETOR: SÉRGIO REZENDE (103<br />
MIN). 2ª a 6ª, 17:20, 19:30 e 21:40;<br />
Sáb., dom. e fer.,15:10, 17:20, 19:30<br />
e 21:40.<br />
CINE II - ELSA E FRED (12 anos).<br />
DIRETOR: MARCOS CARNEVALE (108<br />
MIN). 2ª a 6ª, 17:10,19:20 e 21:30;<br />
Sáb., dom. e fer.,15:00, 17:10, 19:20<br />
e 21:30.<br />
CINE III - A PROVA (12 anos).<br />
DIRETOR: JOHN MADDEN (100 MIN).<br />
2ª a 6ª, 17:10, 19:20 e 21:30; Sáb.,<br />
dom. e fer.,15:00, 17:10, 19:20 e<br />
21:30.<br />
CINE IV - FAVELA RAISING<br />
(ESTRÉIA).DIRETOR: JEFF ZIMBALIST /<br />
MATT MOCHARY (80 MIN). 2ª a 6ª,<br />
16:00, 17:40, 19:20 e 21:00; Sáb.,<br />
dom. e fer.,16:00, 17:40,19:20 e<br />
21:00.<br />
CINE V - EU, VOCÊ E TODOS<br />
NÓS (16 anos, ESTRÉIA). DIRETOR:<br />
MIRANDA JULY (<strong>90</strong> MIN). 2ª a 6ª,<br />
17:40, 19:40 e 21:40; Sáb., dom. e<br />
fer.,15:40, 17:40, 19:40 e 21:40.<br />
CINE VI - A GRANDE VIAGEM (livre).<br />
DIRETOR: ISMAEL FERROUKHI (108<br />
MIN). 2ª a 6ª, 17:10 e 21:30; Sáb., dom.<br />
e fer.,15:00 e 17:10. TRANSAMÉRICA<br />
(14 anos). DIRETOR: DUNCAN TUCKER<br />
(103 MIN). 2ª a 6ª, 19:20; Sáb., dom. e<br />
fer.,19:20 e 21:30.<br />
CINE VII - A NOIVA SÍRIA (livre).<br />
DIRETOR: ERAN RIKLIS (100 MIN).<br />
2ª a 6ª, 17:20 e 21:40; Sáb., dom. e<br />
fer.,15:20 e 17:20. CACHÉ (16 anos).<br />
DIRETOR: MICHAEL HANEKE (117 MIN).<br />
2ª a 6ª, 19:20; Sáb., dom. e fer.,19:20<br />
e 21:40.<br />
CINE VIII - MANUAL DO AMOR (14<br />
anos). DIRETOR: GIOVANNI VERONESI<br />
(110 MIN). 2ª a 6ª, 17:00; Sáb., dom.<br />
e fer.,14:50 e 17:00. O LIBERTINO (16<br />
anos). DIRETOR: LAURENCE DUNMORE<br />
(116 MIN). 2ª a 6ª, 19:10 e 21:30; Sáb.,<br />
dom. e fer.,19:10 e 21:30.<br />
CINE IX - O BUDA (14 anos). DIRETOR:<br />
DIEGO RAFECAS (110 MIN). 2ª a 6ª,<br />
17:20, 19:30 e 21:40; Sáb., dom. e<br />
fer.,15:10, 17:20, 19:30 e 21:40.<br />
CINE X - ESTAMIRA (10 anos, ESTRÉIA).<br />
DIRETOR: MARCOS PRADO (115 MIN). 2ª<br />
a 6ª, 17:00, 19:20 e 21:40; Sáb., dom. e<br />
fer.,14:40, 17:00, 19:20 e 21:40.<br />
OBS: SALA IV: SEXTA-FEIRA (11/08) E<br />
SÁBADO (12/08), PRÉ-ESTRÉIA DO FILME<br />
“OBRIGADO POR FUMAR” ÀS 22h:30.<br />
CINE ACADEMIA AEROPORTO<br />
CINE I - CLICK (livre, ESTRÉIA). DIRETOR:<br />
FRANK CORACI (105 MIN). 2ª a 6ª,<br />
17:20, 19:30, 21:40; Sáb., dom. e fer.,<br />
15:20, 17:20, 19:30 e 21:40.<br />
CINE II - A CIDADE PERDIDA (14 anos,<br />
ESTRÉIA). DIRETOR: ANDY GARCIA (143<br />
MIN). 2ª a 6ª, 15:40, 18:30 e 21:20;<br />
Sáb., dom. e fer., 15:40, 18:30 e 21:20.<br />
CINE III - VEM DANÇAR (10 anos).<br />
DIRETOR: LIZ FRIEDLANDER (108 MIN). 2ª<br />
a 6ª, 17:10, 19:20, 21:30; Sáb., dom. e<br />
fer., 17:10, 19:20 e 21:30.<br />
CINE IV - PAI, FILHOS E ETC (14 anos).<br />
DIRETOR: MICHEL BOUJENAH (98 MIN).<br />
2ª a 6ª, 17:20 e 19:20; Sáb., dom., e fer.,<br />
17:20 e 19:20. BONECAS RUSSAS (16<br />
anos). DIRETOR: CEDRIC KLAPISCH (132<br />
MIN). 2ª a 6ª, 21:20; Sáb., dom. e fer.,<br />
21:20.<br />
OBS: ESTACIONAMENTO GRATUITO<br />
POR QUATRO HORAS ,MEDIANTE<br />
APRESENTAÇÃO DO INGRESSO DO CINE<br />
ACADEMIA AEROPORTO DEVIDAMENTE<br />
CARIMBADO.<br />
CINE SOBRADINHO<br />
CINE I - PIRATAS DO CARIBE 2 – O<br />
BAÚ DA MORTE (12 anos, DUBLADO).<br />
DIRETOR: GORE VERBINSKI (158 MIN).<br />
2ª a 6ª, 15:20, 18:20 e 21:20; Sáb.,<br />
dom. e fer., 15:20, 18:20 e 21:20.<br />
CINE II - OS SEM-FLORESTA (livre,<br />
DUBLADO). DIRETOR: TIM JOHNSON<br />
(85 MIN). 2ª a 6ª, 15:40, 17:30;<br />
Sáb., dom. e fer., 15:40 e 17:30.<br />
A HORA DO RANGO (16 anos).<br />
DIRETOR: ROB MCKITTRICK (93 MIN).<br />
2ª a 6ª, 19:20 e 21:20; Sáb., dom. e<br />
fer., 19:20 e 21:20.<br />
CINE III - CARROS (livre). DIRETOR:<br />
JOHN LASSETER (128 MIN). 2ª<br />
a 6ª, 15:50; Sáb., dom. e fer.,<br />
15:50. SUPERMAN – O RETORNO<br />
(DUBLADO, 10 anos). DIRETOR:<br />
BRYAN SINGER (154 MIN). 2ª a<br />
6ª, 18:30 e 21:30; Sáb., dom. e<br />
fer.,18:30 e 21:30.<br />
CINE ACADEMIA CULTURA<br />
INGLESA<br />
O SOL – CAMINHANDO CONTRA<br />
O VENTO (livre,ESTRÉIA). DIRETOR:<br />
TETÊ MORAES / MARTHA ALENCAR<br />
(<strong>90</strong> MIN). 2ª a 6ª, 17:30, 19:30 e<br />
21:20; Sáb., dom. e fer.,17:30, 19:30<br />
e 21:20.<br />
OBS: SEXTA-FEIRA (11/08), NÃO<br />
SERÁ EXIBIDA A PRIMEIRA SESSÃO<br />
DO FILME “ O SOL – CAMINHANDO<br />
CONTRA O VENTO” ÀS 17h:30.<br />
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