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R$ 5,90 - Roteiro Brasília

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Ano V • nº 103<br />

11 a 25 de agosto de 2006<br />

<strong>R$</strong> 5,<strong>90</strong>


empoucaspalavras<br />

“J’aime Brasiliá”, proclamou, alto<br />

e bom som, o francês Patrick Martin,<br />

chef executivo da Le Cordon Bleu, a<br />

mais renomada escola de gastronomia<br />

do mundo, com sede na França e filiais<br />

na Inglaterra, Estados Unidos, Japão e<br />

Austrália. Na verdade, sua declaração<br />

de amor foi dirigida não à beleza<br />

monumental da capital brasileira, mas<br />

à excelência de nossa gastronomia.<br />

Em sua passagem meteórica pela<br />

cidade, no início do mês, Patrick<br />

arranjou um tempinho na agenda<br />

para conversar com nosso colunista<br />

Luiz Recena (leia nas páginas 6 e 7).<br />

Foi quando fez questão de registrar<br />

a “notável diferença” entre o cenário<br />

gastronômico que encontrou agora<br />

e o de quase dez anos atrás, quando<br />

veio negociar a implantação, em<br />

parceria com a Universidade de<br />

<strong>Brasília</strong>, da primeira filial da Le<br />

Cordon Bleu na América Latina<br />

(projeto que, infelizmente, ainda está<br />

para sair do papel).<br />

Aproveitou para fazer um elogio<br />

especial à colega brasiliense Mara<br />

Alcamim, do Zuu e do Universal<br />

Diner – o que só vem convalidar a<br />

eleição deste último como “o melhor<br />

dos melhores de 2006”, no 4º Prêmio<br />

<strong>Roteiro</strong> de Gastronomia. E confirma o<br />

acerto do caminho tomado na última<br />

década por aqueles – entre os quais<br />

humildemente nos incluímos – que<br />

ajudaram a fazer de <strong>Brasília</strong> um pólo<br />

gastronômico de primeira linha.<br />

Boa leitura.<br />

Maria Teresa Fernandes e<br />

Adriano Lopes de Oliveira<br />

Editores<br />

entrevista patrick martin<br />

águanaboca<br />

picadinho<br />

garfadas&goles<br />

graves&agudos<br />

objetosdodesejo<br />

acontecenosshoppings<br />

fazendomoda<br />

dia&noite<br />

queespetáculo<br />

verso&prosa<br />

ROTEIRO é uma publicação da Editora <strong>Roteiro</strong> Ltda | Setor Hoteleiro Sul, Brasil XXI, Business Center Park 1, Sala 1307 – Tel: 3217.0217 Fax: 3217.0200 |<br />

Redação roteirobrasilia@alo.com.br | Editores Adriano Lopes de Oliveira e Maria Teresa Fernandes | Produção Célia Regina | Capa Eduardo Branquinho |<br />

Diagramação Carlos Ferreira e Eduardo Krüger | Reportagem Adriana Romeo, Ana Cristina Vilela, Albert Steinberger, Alexandre Marino, Angélica Torres,<br />

Beth Almeida, Bianca Chiavicatti, Eduardo Oliveira, Greicy Pessoa, Heitor Menezes, Lúcia Leão, Luiz Recena, Marcos Magalhães, Reynaldo Domingos Ferreira,<br />

Ricardo Pedreira, Rodrigo Oliveira, Sérgio Amaral, Sérgio Moriconi, Solange Nunes, Susan Faria, Teresa Mello e Vicente Sá | Fotografia Débora Amorim,<br />

Eduardo Krüger e Sérgio Amaral | Diretor Comercial Jaime Recena (8449.9736) | Contatos Comerciais André Gil (9988.6676), Giselma Nascimento<br />

(9985.5881) e Bruna Chiavicatti (8475.3166) | Administrativo/Financeiro Daniel Viana e Rafael Oliveira | Impressão Gráfica Coronário<br />

6<br />

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42<br />

luzcâmeraação<br />

“Quem é essa mulher<br />

Que canta sempre esse estribilho?<br />

Só queria embalar meu filho<br />

Que mora na escuridão do mar”<br />

(Chico Buarque e Miltinho)<br />

WARNER BROS


entrevista patrick martin<br />

POR LUIZ RECENA<br />

Patrick Martin esteve em <strong>Brasília</strong>, deu duas<br />

concorridíssimas aulas (*) e aproveitou para<br />

comer. Comer e elogiar. “É notável a diferença,<br />

o crescimento positivo do mercado local”,<br />

disse o francês, que aos 47 anos é vicepresidente<br />

e chef executivo da Le Cordon Bleu<br />

Internacional, a escola de gastronomia mais<br />

famosa do mundo. Sem escapar do clássico<br />

“j’aime Brasiliá”, o chef contou que freqüenta<br />

o Brasil e a capital dos brasileiros há muitos<br />

anos. “Conheço a cidade desde os tempos<br />

em que não havia quase nada e é notável<br />

o trabalho de busca de identidade que está<br />

ocorrendo aqui, uma cidade extraordinária,<br />

onde tudo pode acontecer”, contou Patrick.<br />

Uma prova? Um local? “O Zuu, Mara (Alcamim)<br />

é maravilhosa, com grande qualidade em suas invenções<br />

e fusões; é capaz de misturar a cultura brasileira às raízes<br />

clássicas da gastronomia”, proclama com entusiasmo.<br />

A seguir,os principais trechos da entrevista exclusiva<br />

concedida à <strong>Roteiro</strong>.<br />

6<br />

Um francês<br />

abençoa <strong>Brasília</strong><br />

EDUARDO KRÜGER


CORDON BLEU “É o guardião<br />

do patrimônio técnico e clássico<br />

da gastronomia, no mundo e<br />

também na França”, diz Patrick,<br />

com a responsabilidade de quem<br />

supervisiona 30 escolas e 25 mil<br />

estudantes no mundo inteiro. Ele<br />

chama atenção para o clássico e<br />

para a o apuro técnico. Pois é a<br />

partir do forte aprendizado desses<br />

dois elementos que todas as novas<br />

experiências podem ser tentadas. É<br />

lembrar a necessidade de aprender, e<br />

muito bem, o básico. Compara com<br />

a música: “É como aprender solfejo,<br />

é difícil, mas depois de aprendido<br />

pode-se experimentar qualquer ritmo”.<br />

A escola, portanto, é a garantia de<br />

qualidade. O passaporte para futuras<br />

viagens de qualidade. “É fundamental<br />

aprender as técnicas de cozinha,<br />

o ‘ponto’, do peixe, da carne, das<br />

aves e ovos; a base de cada molho;<br />

os acompanhamentos e misturas.<br />

Aprendido isso, a partir dessa base,<br />

você pode fazer o que quiser”, ensina<br />

o mestre, que resume: “O novo,<br />

as derivações são bem vindas, mas<br />

a partir da tradição e das técnicas<br />

clássicas. É preciso perpetuá-las”.<br />

AMÉRICA LATINA Patrick avisa:<br />

“É uma opinião muito pessoal”.<br />

As três cozinhas escolhidas na<br />

América Latina: Peru, México<br />

e Brasil. Da primeira, ele<br />

destaca a descoberta de<br />

um imenso e variado<br />

aproveitamento da<br />

batata. Da segunda, elogia a história,<br />

o tradicionalismo mantido até hoje<br />

e a “grande capacidade de produzir<br />

temperos diferentes e saborosos<br />

de um lugar para outro”. Mas a<br />

paixão é o Brasil. Destaques: “A<br />

riqueza, a variedade, as diferenças<br />

e a personalidade de cada uma<br />

das cozinhas regionais”. Minas,<br />

Nordeste, Rio, São Paulo... Patrick<br />

não economiza elogios: “É genial<br />

essa capacidade brasileira de unir ao<br />

clássico, ao fundamental, as inúmeras<br />

variações regionais, uma fusão entre a<br />

alta gastronomia e tradicional cozinha<br />

familiar, tirando e unindo o melhor de<br />

cada uma delas”, derrete-se. E fulaniza<br />

um elogio: o paulista Alex Atala,<br />

talvez o mais conhecido dos chefs<br />

brasileiros da atualidade. “É genial essa<br />

capacidade que ele tem de misturar<br />

as coisas clássicas com o tradicional e<br />

genuinamente brasileiro”.<br />

PROVOCAÇÃO E a cozinha da<br />

“desconstrução” , hoje com seguidores<br />

em todo mundo e uma trincheira<br />

fortíssima em Barcelona, na<br />

Espanha? “Uma resposta diplomática,<br />

tenho grandes amigos nessa área<br />

e fui muito próximo ao principal<br />

deles, o francês Hervé This. Ele se<br />

considerava um ‘cientista’, com sua<br />

gastronomia molecular, e, depois,<br />

com o construtivismo. Cada um<br />

com seus valores. Não dá para comer<br />

um enfeite, mas dá para fazer uma<br />

decoração que possa ser comida”.<br />

Diplomático e bom de dribles, esse<br />

Patrick Martin...<br />

UMA HOMENAGEM “A Monsieur<br />

Cointreau, o fundador. Graças a ele, a<br />

Fundação Cordon Bleu transformou-se<br />

no que é hoje, uma referência mundial<br />

em gastronomia, além de ser a guardiã<br />

da gastronomia francesa. Pela primeira<br />

vez nossa escola foi reconhecida pela<br />

Academia de Ciências da França,<br />

quer dizer, somos reconhecidamente<br />

um pilar da nossa cultura e da nossa<br />

civilização”, diz Patrick, para encerrar,<br />

definitivo: “Esse reconhecimento deixa<br />

claro: não somos moda, a Cordon<br />

Bleu é permanente, sólida, confiável”.<br />

Bom apetit!<br />

* Patrick Martin veio a <strong>Brasília</strong>, a convite<br />

do Centro de Excelência em Turismo da UnB,<br />

para dar duas aulas demonstrativas aos<br />

participantes do 2º Congresso Brasileiro de<br />

Gastronomia, na tarde do último dia 4, no<br />

Centro de Convenções Ulysses Guimarães. Em<br />

ambas, ele preparou uma entrada e um prato<br />

principal, explicando cada passo à platéia.<br />

Que, em seguida, pôde degustar as delícias<br />

elaboradas pelo chef francês.<br />

7


águanaboca<br />

A família Ribeiro<br />

aproveita a promoção no<br />

BSB Grill da Asa Norte<br />

Clientela renovada<br />

POR BETH ALMEIDA<br />

FOTOS EDUARDO KRÜGER<br />

Há quem esteja dando generosas<br />

folgas para a cozinheira, outros<br />

com agenda lotada nos horários das<br />

refeições, especialmente almoço e<br />

jantar. Tem até quem esteja fazendo a<br />

crônica gastronômica dos pratos que<br />

vem consumindo a preços reduzidos.<br />

Cada um a seu modo, muita gente<br />

está se esbaldando com a promoção<br />

da revista <strong>Roteiro</strong> que oferece 50% de<br />

desconto em quase 100 restaurantes<br />

da cidade. Mas não custa repetir: só<br />

usufrui da promoção quem tem o<br />

Cartão <strong>Roteiro</strong> de Vantagens, que vem<br />

encartado na revista e é válido por uma<br />

quinzena.<br />

Em algumas casas, o sucesso é tão<br />

grande que a promoção tem sido até<br />

reformulada. Foi o que aconteceu<br />

no Mormaii do <strong>Brasília</strong> Shopping,<br />

que tem lotado aos sábados com o<br />

rodízio de sushi a <strong>R$</strong> 14,<strong>90</strong> por pessoa.<br />

“Mudamos porque não poderíamos<br />

comprometer o bom atendimento<br />

da casa”, justifica Daniel Romão<br />

Lopes, um dos proprietários. Agora, a<br />

promoção vale apenas para o almoço.<br />

“E não sei dizer por quanto tempo”,<br />

alerta Daniel. Segundo ele, no último<br />

sábado de julho, pelo menos 400<br />

pessoas jantaram no Mormaii e outras<br />

300 estiveram no almoço. Ao todo,<br />

foram consumidos cerca de 100 quilos<br />

de peixes e frutos do mar.<br />

Autora de um blog cujo principal<br />

tema é a gastronomia, a servidora<br />

pública Vanessa Rodrigues Cordeiro foi<br />

a sete restaurantes apenas na primeira<br />

quinzena da promoção. “Gostei muito<br />

do prato do Oliver, mas o do Villa<br />

Borghese também me surpreendeu pela<br />

maciez do filé”, avalia. Seu blog, que<br />

já tem um ano e meio, anunciou aos<br />

amigos a promoção da <strong>Roteiro</strong> tão logo<br />

iniciada a temporada da comilança. “A<br />

promoção é super legal, porque permite<br />

que a gente vá a mais restaurantes<br />

e também dá a oportunidade de<br />

conhecer os restaurantes mais caros da<br />

cidade”, avalia Vanessa.<br />

Ela e o marido, Vinícius, também<br />

se esbaldaram na promoção do ano<br />

passado mas preferem não fazer planos.<br />

“Resolvemos sair para jantar, entramos<br />

no site, consultamos as promoções<br />

do dia, escolhemos o lugar e ligamos<br />

para os amigos”, resume. Os resultados<br />

das incursões estão em seu blog, no<br />

endereço blogdenosdois.zip.net.<br />

A PROMOÇÃO DA ROTEIRO também<br />

ganhou a adesão de alguns novatos,<br />

como Cristóvão Batista Ribeiro, que<br />

estreou levando a esposa e os dois<br />

Para 8 degustar estas e outras delícias com 50% de desc


No Café Cancun, o<br />

desconto é na feijoada<br />

do sábado, de <strong>R$</strong> 28,<strong>90</strong><br />

por <strong>R$</strong> 14,45<br />

Promoção do Prêmio <strong>Roteiro</strong> começa a<br />

movimentar bares e restaurantes da cidade<br />

filhos para jantar no BSB Grill, na<br />

primeira semana de agosto. “A idéia<br />

foi deles”, disse, referindo-se aos filhos,<br />

Diego e Daiane. Para Daiane, que é<br />

estudante de Psicologia, a promoção<br />

é especialmente interessante para os<br />

mais jovens, porque “os preços ficam<br />

mais acessíveis”. Também estreando<br />

no BSB Grill, Edson Souza descobriu<br />

um detalhe das regras de participação<br />

na promoção quando já estava no<br />

restaurante. É que o cartão que ele e<br />

a esposa tinham estava vencido. “Não<br />

sabia que tinha prazo de validade;<br />

ainda bem que aqui tem a revista para<br />

vender”, conta ele, que não ficou<br />

sabendo da promoção no ano passado.<br />

Segundo o gerente do BSB Grill da Asa<br />

Norte, Elinaldo de Nazaré Alves, já na<br />

primeira semana a casa comercializou<br />

uma quantidade expressiva de pratos<br />

nas noites de oferta. E o número tende<br />

a aumentar a cada semana, prevê.<br />

QUEM TAMBÉM ficou surpreso com a<br />

validade e a quantidade de cartões em<br />

cada revista foi o casal Paulo e Eunice<br />

Coutinho. “Não sabia que tinha prazo<br />

de validade e que vinham dois cartões<br />

em cada exemplar da revista”, explica<br />

Paulo, que na primeira semana de<br />

agosto levou a esposa para conhecer o<br />

recém inaugurado Concentração, na<br />

Asa Sul, e comprou duas revistas, ao<br />

invés de apenas uma. “No ano passado<br />

aproveitamos bastante, conhecemos<br />

diversos restaurantes novos e fomos<br />

mais aos locais que já conhecíamos,<br />

porque os preços ficam mais adequados<br />

ao nosso orçamento”, disse, enquanto<br />

degustava o excelente Camarão na<br />

Moranga, servido a <strong>R$</strong> 15,45. Ele<br />

calcula que, no ano passado, enquanto<br />

durou a promoção, almoçou fora todos<br />

os sábados e domingos e pelo menos<br />

uma vez por semana em dias úteis.<br />

Organizados, Tais Trench, Rômulo<br />

Trench e mais duas colegas de trabalho<br />

fizeram um roteiro para toda a primeira<br />

quinzena de agosto. “Na próxima terça,<br />

vamos ao Road House e, na sexta, ao<br />

Le Français”, adianta Rômulo. O grupo<br />

também escolheu o Concentração para<br />

começar o tour gastronômico.<br />

Bem, quem ainda não aproveitou<br />

deve se adiantar. Afinal de contas, a<br />

promoção vai só até 30 de outubro<br />

e são mais de <strong>90</strong> casas da cidade<br />

oferecendo o que têm de melhor. Ao<br />

longo da promoção, os fiéis comensais<br />

da <strong>Roteiro</strong> poderão também votar nos<br />

melhores da cidade para o Prêmio<br />

<strong>Roteiro</strong> de Gastronomia 2006, que<br />

mais uma vez contará com o voto direto<br />

dos brasilienses.<br />

onto, assine a <strong>Roteiro</strong> ou adquira um exemplar avulso9


águanaboca<br />

10<br />

O gostoso sabor<br />

que vem da<br />

grelha<br />

Sonoma se destaca<br />

no mix do Liberty<br />

Mall com muito<br />

charme, sofisticação<br />

e alta gastronomia


POR GREICY PESSOA<br />

FOTOS EDUARDO KRÜGER<br />

Imagine um espaço gastronômico<br />

de qualidade e aconchegante dentro<br />

de um shopping, compartilhando a<br />

praça de alimentação com redes de fast<br />

food. Esse foi o conceito que o chef<br />

Eduardo Nogueira, sua irmã, Carolina<br />

Nogueira, e o amigo Washington Fiúza<br />

imprimiram ao Sonoma Steak, no<br />

Liberty Mall. Eduardo está no ramo<br />

da gastronomia há 14 anos e Fiúza<br />

é o responsável pela decoração do<br />

restaurante.<br />

O Sonoma chama a atenção pelo<br />

charme, por uma arquitetura moderna,<br />

acompanhada de iluminação natural,<br />

compondo um ambiente clean e<br />

agradável. A cozinha é transparente,<br />

e a clientela pode observar o que<br />

os cozinheiros estão preparando,<br />

comandados pela chef paulistana Juliana<br />

Cestari. Cada detalhe é acompanhado de<br />

perto pela equipe do restaurante, o que<br />

faz a diferença e a excelência nos serviços.<br />

“Temos um almoço business<br />

durante a semana, ou seja, quem vem ao<br />

restaurante são as pessoas que trabalham<br />

próximo ao shopping. Se precisarem<br />

acessar a internet, basta trazer o laptop,<br />

pois a casa tem serviço de win-fi, que<br />

permite acessar a internet sem fio”,<br />

informa Eduardo.<br />

NOS FINAIS DE SEMANA, o público<br />

é composto mais por famílias e<br />

amigos. A cozinha é tradicional e<br />

prima pela simplicidade, aliada à<br />

sofisticação. A idéia é usar e abusar da<br />

grelha, produzindo pratos saborosos<br />

e saudáveis, sem frituras e gorduras.<br />

No cardápio, grelhados com carnes<br />

especiais fornecidas por Silvio Lazzarini,<br />

o número 1 do Brasil em carnes, além<br />

de frutos do mar e acompanhamentos<br />

clássicos e especiais.<br />

A carta de vinhos é composta por <strong>90</strong><br />

rótulos, dos quais nada menos do que<br />

60 custam abaixo de <strong>R$</strong> 60. São rótulos<br />

com preços acessíveis e com a garantia<br />

da renomada importadora Vintage.<br />

Outra inovação do Sonoma é que os<br />

vinhos podem ser servidos em ânforas<br />

de cerca de 2<strong>90</strong> ml, que substituem o<br />

vinho-taça. "As ânforas permitem que<br />

você possa degustar diferentes vinhos<br />

durante as refeições", explica Eduardo.<br />

Sabendo que o paladar do brasiliense<br />

é apurado e exigente, os proprietários<br />

do Sonoma pensaram em diferentes<br />

alternativas. Às segundas-feiras os<br />

clientes, além do cardápio tradicional,<br />

podem provar as robatas, espetinhos<br />

japoneses de legumes grelhados. Aos<br />

sábados, a atração é a feijoada. Mas<br />

engana-se quem pensou<br />

na tradicional feijoada,<br />

pois a do Sonoma é harmonizada<br />

com espumante e servida na mesa em<br />

panelinhas francesas vermelhas. O<br />

cliente sai do restaurante satisfeito, pois<br />

os ingredientes são selecionados e leves.<br />

A NOVIDADE MAIS ESPECIAL da casa é<br />

que este mês, todas as quartas-feiras, o<br />

cardápio será francês, criado pela chef<br />

paulistana Renata Braune, do Le Chef<br />

Rouge. Setembro será o mês das quartas<br />

italianas, outubro das espanholas e<br />

novembro das portuguesas. "Essa idéia<br />

de explorar os países é bem legal. São<br />

os grelhados com o aroma do mundo",<br />

destaca Renata Braune.<br />

O brasiliense poderá experimentar<br />

a culinária de diferentes países sem<br />

sair da cidade e – o melhor – ser bem<br />

servido, sem apertar o bolso e com a<br />

credibilidade assinada por profissionais<br />

renomados da gastronomia.<br />

Sonoma Steak<br />

Liberty Mall, segundo piso. De 2ª a 6ª, das<br />

12 às 15h30 e das 18 às 22h. Nos finais de<br />

semana, das 12 às 17h.<br />

11


águanaboca<br />

Comidinhas sertanejas<br />

Charque,<br />

mandioca, canjica,<br />

cuscuz, tapioca e<br />

um ambiente todo<br />

nordestino bem<br />

aqui na Asa Norte<br />

12<br />

POR TERESA MELLO<br />

FOTOS EDUARDO KRÜGER<br />

Maria Bonita, Lampião, Sinhá<br />

Flô, Cangaceiro, Boiadeiro, eles<br />

estão todos lá, no cardápio do café<br />

nordestino Fulô do Sertão, inaugurado<br />

no mês passado na Asa Norte. Aberto<br />

de terça a domingo, das 9 às 23h, o<br />

café oferece tapioca, canjica,<br />

cuscuz, sanduíches como o<br />

Sertanejo, feito com pão<br />

francês e carne moída<br />

temperada, pratos típicos<br />

em porções individuais e<br />

ainda petiscos, drinques<br />

e vinhos. E tem café da<br />

manhã aos domingos.<br />

“Fui criada comendo<br />

cuscuz e banana cozida”,<br />

lembra a chef de cozinha<br />

Marilene Mendes, nascida em<br />

Campina Grande, na Paraíba. Ao<br />

lado da filha, a administradora Paula<br />

Caricatti, ela saiu de uma lojinha de<br />

pastéis e tapioca para um espaço com<br />

20 mesas e sete funcionários na 404<br />

Norte, que recebeu paisagismo de<br />

Cláudia Rabello e assessoria da artista<br />

plástica Angela Maia.<br />

Referências nordestinas<br />

estão espalhadas pelo<br />

ambiente, onde a chita e os<br />

bonecos de pano integram<br />

o colorido das paredes,<br />

alegradas por leques, ou<br />

melhor dizendo, abanos<br />

feitos de palha. Balaios de<br />

Campina Grande foram<br />

transformados em lustres,<br />

uma toalha comprada em<br />

Salvador virou cortina. As


mesas ganharam lamparinas; no canto<br />

do jardim, uma rede. No camarote,<br />

montado num mezanino e com vista<br />

privilegiada, Dona Fulô e Seu Flozinho<br />

– bonecos em tamanho natural –<br />

tomam conta de tudo. No som, Geraldo<br />

Azevedo cantando Dia Branco.<br />

“A idéia foi trazer um pouco dessa<br />

raiz nordestina para cá, lembrar da casa<br />

acolhedora, da mesa farta, receber as<br />

pessoas na varanda como uma grande<br />

família, passar a alegria, a cor e a riqueza<br />

do povo nordestino”, explica Paula.<br />

Do cardápio, revestido de chita e<br />

com cordel na última página, o cliente<br />

pode pedir Bolinha de Gude, apelido<br />

bem-humorado para os bolinhos<br />

fritos de charque ou queijo. Para<br />

acompanhar, que tal provar um Nevada<br />

Verde Light? É um drinque feito com<br />

cachaça, gelo batido, limão, hortelã e<br />

adoçante. Custa <strong>R$</strong> 4,50. Se preferir<br />

com vodka, <strong>R$</strong> 6,50. Depois, você<br />

pode forrar o bucho com uma Colcha<br />

de Retalhos (é a dobradinha, que leva<br />

feijão branco, paio e cenoura e fica<br />

dois dias no tempero) ou, então, com<br />

o Danado de Bom (charque miudinha<br />

com mandioca derretida, servida em<br />

tigela de 400 ml e acompanhada de<br />

arroz, a <strong>R$</strong> 9) ou Baião de Quatro<br />

(arroz, feijão, charque e queijo).<br />

“Nossa base são o charque e a<br />

mandioca”, resume Marilene. “E aqui<br />

a canjica faz parte do cardápio, tem<br />

o ano todo”. A canjica também está<br />

presente no café da manhã, servido<br />

aos domingos, a partir das 9 horas, ao<br />

lado do bolo de fubá ou de mandioca,<br />

minitapioca, cuscuz, ovo, pão, queijo,<br />

suco, fruta, café e leite. Sai a <strong>R$</strong> 11,80<br />

por pessoa. E essa pessoa sai satisfeita.<br />

Muito.<br />

Fulô do Sertão – Café Nordestino<br />

404 Norte - Bloco B – Loja 16 (3201-0129)<br />

Qual será a melhor<br />

receita à base<br />

de arroz preto?<br />

Cultivada na Ásia há 4.000<br />

anos, essa espécie de arroz acaba<br />

de chegar a <strong>Brasília</strong> pelas mãos<br />

da nutricionista Rose Borella,<br />

dona da boutique de carnes<br />

Ready Beef, no Sudoeste. “Ele é<br />

mais rico do que o arroz integral<br />

comum”, garante Rose, que<br />

preparou uma promoção para<br />

tornar a novidade mais conhecida<br />

na cidade: é o Concurso Gourmet do<br />

Arroz Especial Exótico Preto – Crie<br />

e Assine seu Prato, que incentiva<br />

os apreciadores da culinária a<br />

desenvolver e testar suas receitas.<br />

“É um concurso para os amadores<br />

que gostam de gastronomia”,<br />

explica, acrescentando que cada<br />

participante receberá um quilo do<br />

arroz para preparar sua receita.<br />

PESQUISADO HÁ 10 ANOS<br />

por Cândido Ricardo Bastos,<br />

especialista em genética e<br />

melhoramento vegetal do Instituto<br />

Agronômico de Campinas, a<br />

espécie, batizada de IAC 600, tem<br />

em sua composição química apenas<br />

1,67% de gordura, enquanto<br />

o arroz integral possui 2,63%;<br />

9,71% de proteína pura (7,04% no<br />

integral) e 2,02% de fibra (1,42%<br />

no integral). Por enquanto, o<br />

cultivo no Brasil se resume a uma<br />

plantação em Pindamonhangaba.<br />

Daí, o preço ainda muito elevado<br />

do produto, comercializado em<br />

<strong>Brasília</strong> a <strong>R$</strong> 36 o quilo.<br />

Ainda segundo Rose, o arroz<br />

preto vai muito bem com saladas,<br />

carnes, aves e peixes, além de dar<br />

um colorido especial ao risoto.<br />

O cozimento é mais demorado:<br />

“São 25 minutos na pressão”,<br />

informa. E acrescenta: “Quero fazer<br />

da nossa casa um ponto tecnológico<br />

para lançamento de produtos novos<br />

na área de alimentos.”<br />

Os interessados em participar<br />

do concurso podem se inscrever,<br />

até o dia 20, na própria Ready<br />

Beef (SCLSW 303, Bloco C, loja<br />

2, fone 3039.4040) ou pelo site<br />

www.readybeef.com.br. A taxa de<br />

inscrição é de <strong>R$</strong> 200 e serão aceitos<br />

até 16 participantes, que testarão<br />

seus pratos em quatro oficinas a<br />

serem realizadas a partir do dia 21,<br />

sempre às segundas-feiras, das 19<br />

às 22h. O júri, formado por chefs e<br />

jornalistas especializados, vai eleger<br />

três vencedores, que terão prêmiossurpresa<br />

e suas criações incluídas no<br />

cardápio da Ready Beef.<br />

13<br />

DIVULGAÇÃO


águanaboca<br />

Café<br />

classe<br />

com<br />

14<br />

FOTOS DIVULGAÇÃO


Como reconhecer,<br />

preparar e degustar<br />

essa bebida que<br />

tanto pode ser<br />

popular quanto<br />

sofisticada<br />

POR ADRIANA ROMEO<br />

O hábito de preparar e tomar o<br />

bom e velho cafezinho está deixando<br />

de ser algo corriqueiro para se tornar<br />

uma arte no Brasil. Assim como o<br />

sommelier está para o vinho, o barista<br />

é o especialista em café. São muitas as<br />

semelhanças entre o café e o vinho, a<br />

começar pelo nome. A palavra café é<br />

originária da expressão árabe qahwa,<br />

que significa vinho. Quando o café<br />

foi levado para a Europa em meados<br />

do século XIV pelos mercadores<br />

venezianos, o café era considerado o<br />

“vinho da Arábia”.<br />

Ristretto, curto, espresso.<br />

Pequenas obras de arte.<br />

De que adianta um grão o perfeito,<br />

proveniente de uma boa terra, um<br />

bom plantio, uma boa colheita,<br />

um método de secagem especial,<br />

torra e moagem adequadas, boa<br />

armazenagem e embalagem, se na<br />

ponta da cadeia todo o trabalho é<br />

perdido por um café mal tirado para<br />

o consumidor?<br />

É aí que a mão o do barista faz toda a<br />

diferença, a, diz o italiano Antonello Monardo.<br />

“O barista não o pode melhorar um café ruim,<br />

mas pode extrair do grão nobre todo o potencial do bom<br />

café, ao mesmo tempo em que um excelente café pode<br />

se perder em mãos pouco hábeis”, sustenta. E o que para<br />

os leigos pode parecer frescura, para os amantes da boa<br />

Foi a partir da Europa que o café<br />

conquistou o mundo, desde a invenção<br />

da máquina de espresso na França até<br />

seu aprimoramento pelos italianos, que<br />

difundiram a bebida para outros países.<br />

A figura do barista também surgiu<br />

na Itália, há cerca de 70 anos. Ele é o<br />

profissional que reconhece os aromas<br />

e sabores do café, além de dominar a<br />

técnica e a arte para tirar um bom café<br />

espresso, na busca da xícara perfeita.<br />

Ao contrário do que estamos<br />

acostumados a ver, o café tirado nas<br />

cafeterias deveria ser escrito com “s”<br />

mesmo e não com “x”. O significado<br />

da palavra vem da Itália, da expressão<br />

"spremuto" (espremido, tirado sob<br />

pressão) e não do café extraído com<br />

rapidez, no sentido americano do<br />

“express".<br />

A jornalista Goreth Lopes hoje<br />

vive em Atenas, mas durante quatro<br />

anos compartilhou com a população<br />

de Roma a convivência diária com<br />

os baristas. “Isso é uma instituição<br />

italiana. É belíssimo ser barista. Na<br />

Itália, todos os dias de manhã, os<br />

italianos e não-italianos saem de<br />

casa para tomar um capuccino com<br />

um cornetto al bar e também um<br />

belo espresso. É um estilo de vida do<br />

italiano”, relata.<br />

xícara é pura técnica. té Isso inclui desde a compressão<br />

do pó, na hora de colocar na máquina, m até o<br />

tempo em que o café caf deve ser tirado.<br />

Um ristretto – ou curtíssimo –<br />

representa a parte mais nobre do café. caf<br />

É mais denso, mais forte e saboroso<br />

e o tempo de extração é de cerca<br />

de dez segundos. O curto (cerca<br />

de meia xícara) é uma derivação<br />

do ristretto, leva um pouco mais de<br />

tempo para ser tirado (cerca de 15<br />

segundos) e por isso é mais diluído. Já<br />

o espresso (uma xícara) é menos intenso<br />

que o curto, pois leva de 25 a 30 segundos<br />

para ser tirado da máquina. m<br />

O barista é ainda um descobridor de sabores e um<br />

artista na hora de preparar e criar receitas com o café,<br />

capaz de fazer de cada xícara uma pequena obra de arte,<br />

como os drinks criados pela barista Isabela Raposeiras.<br />

15


águanaboca<br />

Uma preocupação cada vez maior<br />

da indústria cafeeira está não só na<br />

busca do grão ideal, do blend exclusivo,<br />

mas também na qualificação daquele<br />

que vai levar o produto diretamente<br />

ao paladar do consumidor, afirma<br />

a consultora Isabela Raposeiras,<br />

considerada a rainha do ramo no país<br />

e fundadora da primeira Academia<br />

Brasileira de Barismo.<br />

Segundo ela, o interesse por um<br />

sabor mais elaborado cria uma espécie<br />

de novo ciclo do café, em que a<br />

qualidade é tão fundamental quanto<br />

a quantidade do produto ofertado<br />

ao mercado. “As fazendas que se<br />

dedicam ao cultivo de cafés gourmet já<br />

produzem entre 20 e 30% desse tipo<br />

diferenciado, mas ainda existe uma<br />

carência muito grande de profissionais<br />

brasileiros que realmente conheçam<br />

e saibam tirar o melhor do produto”,<br />

lamenta a especialista.<br />

Campeã do 1º Campeonato<br />

Nacional de Baristas em 2002 e<br />

primeira representante brasileira no<br />

campeonato mundial realizado em<br />

Oslo, na Noruega, Isabela está mais<br />

uma vez em <strong>Brasília</strong> para ensinar<br />

a arte de preparar o café na sexta<br />

e sétima versões de um curso para<br />

Grãos top de linha<br />

A indústria do café também<br />

passou a investir mais nos<br />

cafés especiais, superiores ou<br />

gourmet. Colocou no mercado<br />

interno safras premiadas e os<br />

blends (combinação de grãos gr<br />

16<br />

FOTOS DIVULGAÇÃO<br />

Isabela Raposeiras, a barista número 1 do país:<br />

poucos sabem tirar o melhor proveito do café<br />

formação de baristas. O sexto curso,<br />

realizado no shopping Pátio Brasil,<br />

termina neste final de semana (dia<br />

12). Já o sétimo, no Café Cassis<br />

Bonaparte Bluepoint, começa no dia<br />

30. São duas turmas (manhã e noite)<br />

com no máximo dez participantes<br />

cada uma. A iniciativa é do calabrês<br />

Antonello Monardo, que há dez anos<br />

adotou <strong>Brasília</strong> para difundir o gosto<br />

pelos cafés especiais.<br />

“O Brasil é o maior produtor<br />

do melhor grão de café do mundo,<br />

mas o brasileiro não tem o costume<br />

de consumir a parte melhor do que<br />

produz”, afirma. Segundo Antonello,<br />

diferenciados). A resposta desse<br />

mercado foi positiva e o consumo de<br />

cafés especiais vem aumentando ano<br />

a ano no Brasil.<br />

O preço de um bom café gourmet<br />

varia de <strong>R$</strong> 8 a <strong>R$</strong> 36 o pacotinho de<br />

250g – o que não espanta os amantes<br />

da boa xícara. Tanto que, segundo a<br />

Associação Brasileira de Cafés Especiais<br />

(BSCA), o consumo aumentou 15%<br />

no último ano, para uma produção<br />

estimada em 1 milhão de sacas de<br />

60 quilos. A produção total do café<br />

brasileiro, segundo a Companhia<br />

Nacional de Abastecimento<br />

(Conab), é de 40,62 milhões<br />

de sacas anuais, sendo<br />

que a espécie arábica<br />

corresponde a 76,4%,<br />

contra 23,6% da<br />

espécie robusta ou<br />

conillon.<br />

O que<br />

diferencia<br />

Antonelo Monardo, divulgador dos cafés especiais:<br />

o Brasil produz mas não consome o melhor grão<br />

essa cultura está mudando: “Antes,<br />

o cafezinho era servido de graça no<br />

restaurante, mas não era um bom café.<br />

Hoje o consumidor prefere pagar para<br />

desfrutar desse complemento”.<br />

Em sua avaliação, o interesse da<br />

indústria e do consumidor tem levado à<br />

necessidade de se investir na formação<br />

dos baristas. Inclusive, adianta, a idéia<br />

é criar a primeira escola permanente<br />

para a formação desses profissionais em<br />

<strong>Brasília</strong>.<br />

7º Curso de Barista de <strong>Brasília</strong><br />

De 30/8 a 2/9, no Café Cassis Bonaparte Bluepoint.<br />

Inscrições: 3272.1646 ou 3349.4650.<br />

Mais informações: www.monardo.com.br<br />

um café gourmet ou especial de<br />

um tradicional é a seleção dos<br />

grãos. Os produtos especiais<br />

são feitos com grãos 100%<br />

arábica, geralmente cultivados<br />

em áreas de grande altitude. Para<br />

a produção de um gourmet, o<br />

percentual de grãos defeituosos<br />

é muito baixo, uma vez que eles<br />

têm um tratamento diferenciado<br />

desde o plantio até o processo<br />

de embalagem. Já os cafés<br />

tradicionais contam também com<br />

grãos da espécie robusta, mais<br />

rústica e que não produz um sabor<br />

tão apurado.<br />

Além de conhecer bem o café,<br />

o que mais os baristas têm em<br />

comum? O amor por esse grão<br />

que é a cara do Brasil e por essa<br />

bebida que tanto pode ser popular<br />

como extremamente sofisticada,<br />

para agradar aos mais exigentes<br />

paladares.


Como comprar...<br />

Na hora de comprar um café no<br />

supermercado, a melhor dica é observar<br />

o selo da ABIC – Associação Brasileira das<br />

Indústrias de Café – no qual está indicada<br />

a qualidade do produto, se é tradicional,<br />

superior ou gourmet. Na embalagem<br />

também costuma constar a região onde<br />

o café foi produzido.<br />

Há ainda no mercado os cafés com o<br />

selo dourado da associação, premiados<br />

no Concurso Nacional ABIC de Qualidade<br />

do Café. São produtos que disputaram<br />

o título de excelência entre os melhores<br />

produtores brasileiros de cada Estado.<br />

Este ano, o resultado do concurso da<br />

safra 2006/7 será divulgado no dia 25 de<br />

novembro, em Guarapari (ES).<br />

Os premiados na 3ª Edição Especial<br />

dos Melhores Cafés do Brasil estarão à<br />

venda em abril do ano que vem. Outro<br />

selo de qualidade também bastante<br />

cobiçado na indústria do café é o da<br />

Associação Brasileira de Cafés Especiais<br />

(BSCA). São cafés que, de tão apurados,<br />

têm edição limitada, com número de<br />

série impresso no selo, tal qual um vinho<br />

reserva.<br />

Pesquisa da ABIC junto aos<br />

consumidores mostrou que 93% dos<br />

brasileiros tomam café regularmente.<br />

As estimativas da entidade constataram<br />

ainda que o consumo fora de casa,<br />

nas cafeterias, cresceu de 17 para 29%<br />

no ano passado, demonstrando o<br />

incremento do setor.<br />

... e como preparar<br />

• A água deve ser filtrada ou<br />

mineral e não pode ser fervida, para<br />

não queimar os óleos aromáticos.<br />

• O espresso bem tirado tem um<br />

creme cor de avelã, levemente tigrado.<br />

• O creme do espresso deve ter<br />

uma boa consistência, capaz de reter<br />

por alguns segundos o adoçante ou o<br />

açúcar e aderir à parede da xícara.<br />

• O formato da xícara também<br />

influencia na consistência e no sabor<br />

(ela deve ter o fundo ovalado ou um<br />

formato afunilado).<br />

• Outra dica é guardar na geladeira<br />

a embalagem do café depois de aberta.<br />

picadinho<br />

Da água...<br />

A Genuína Lindoya acaba de<br />

lançar a primeira água mineral<br />

em embalagem longa vida,<br />

própria para o consumo fora<br />

de casa, principalmente em<br />

situações de deslocamento.<br />

A nova embalagem, cujo<br />

formato prático facilita o<br />

transporte, é composta por<br />

camadas de papel, plástico e alumínio que<br />

impedem a entrada de luz, preservando<br />

todas as características do produto. À<br />

venda inicialmente nos mercados de São<br />

Paulo, Rio, Minas, Paraná, Mato Grosso e<br />

Mato Grosso do Sul.<br />

...para o vinho<br />

O restaurante O Convento, da Casa<br />

D’Itália, está de carta de vinhos novinha<br />

em folha, assinada por ninguém menos<br />

que o presidente da Associação Brasileira<br />

de Sommeliers (ABS <strong>Brasília</strong>), Antonio<br />

Duarte. E o melhor: com preços bem em<br />

conta. De cada dez clientes da casa, sete<br />

já consomem vinho, mas a restauratrice<br />

Christina Costa está decidida a melhorar<br />

ainda mais esse índice, diminuindo sua<br />

margem de lucro. Que sirva de exemplo<br />

para quem anda cobrando até 200% a<br />

mais na venda de vinho.<br />

Feijoada com Chandon<br />

Parece que a moda<br />

vai pegar mesmo.<br />

Depois do Sonoma,<br />

do Liberty Mall, agora<br />

é O Convento que<br />

lança uma feijoada<br />

harmonizada com<br />

espumante – no caso,<br />

o Chandon. Antonio<br />

Duarte explica por quê:<br />

“A acidez da bebida<br />

limpa a boca e quebra<br />

o peso dos ingredientes<br />

do prato”. A feijoada será servida até<br />

o final do mês nos almoços de sábado<br />

e – melhor ainda – a primeira taça será<br />

oferta da casa.<br />

É preciso harmonizar<br />

Para não perder a viagem: o mesmo<br />

O Convento e a ABS <strong>Brasília</strong> acabam de<br />

criar o seu Instituto Enogastronômico,<br />

para realizar cursos, jantares, degustações<br />

e outras atividades que estimulem “a<br />

arte de comer e beber com harmonia”,<br />

segundo Duarte. No primeiro curso,<br />

de “iniciação ao mundo dos vinhos”,<br />

informações sobre tipos de uva, história,<br />

terroir, elaboração da bebida, técnicas de<br />

degustação etc. O curso terá a duração de<br />

nove horas, em três dias, e custará <strong>R$</strong> 240.<br />

Inscrições: 3443.3104.<br />

Já que o assunto é vinho<br />

Os nossos continuam arrebanhando<br />

prêmios e mais prêmios no exterior.<br />

Senão vejamos: a Miolo ganhou<br />

quatro medalhas no 15º Vinoforum<br />

International Wine Competition<br />

2006, na República da Eslováquia,<br />

agora em julho. Destaque para<br />

o Lovara Cabernet Sauvignon<br />

2005, produzido na Serra Gaúcha,<br />

que levou ouro. No 3º Concurso<br />

Internacional de Vinos & Licores<br />

VINUS 2006 o ouro foi para um<br />

argentino de sotaque brasileiro: o<br />

Casa Valduga Mundvs Malbec 2002,<br />

produzido em Lujan de Cuyo, um<br />

dos melhores redutos de uva Malbec<br />

da região de Mendoza, sob controle<br />

e supervisão de enólogo da família Valduga.<br />

Já o Casa Valduga Espumante Brut 2002,<br />

elaborado pelo método champenoise, foi<br />

prata nas duas competições.<br />

Mais Dudu Camargo<br />

Incansável, o chef dá a largada em<br />

novo projeto, passando a comandar o<br />

restaurante da casa noturna Nix Dinner &<br />

Club, que acaba de abrir as portas na QI 9<br />

do Lago Sul e terá uma atração diferente<br />

a cada noite. Às 24h, quando começa<br />

a funcionar a pista de dança, a cozinha<br />

fecha e passa a ser servido um cardápio<br />

de petiscos e outras delícias criadas pelo<br />

chef. O projeto arquitetônico, de Sidney<br />

Quintela, é inspirado na sensualidade<br />

e no requinte. Uma curiosidade: Nix é<br />

a personificação da noite na mitologia<br />

grega. Uma deusa poderosa, capaz de<br />

encantar a todos com seu charme, mistério<br />

e poder de sedução.<br />

Imperdível<br />

De lamber<br />

os beiços o<br />

prato que o<br />

restaurante<br />

Diamantina, do<br />

Kubitschek Plaza,<br />

colocou na<br />

promoção do 5º<br />

Prêmio <strong>Roteiro</strong><br />

de Gastronomia,<br />

aos sábados. Um<br />

filé de badejo ao<br />

molho de uva, de <strong>R$</strong> 35 por apenas<br />

<strong>R$</strong> 17,50. O chef Donizete Silva<br />

caprichou. Mas atenção: o desconto<br />

só vale para os portadores do Cartão<br />

<strong>Roteiro</strong> de Vantagens.<br />

17


LUIZ RECENA<br />

garfadasegoles<br />

@alo.com.br<br />

garfadas&goles<br />

18<br />

Vamos branchar?<br />

O brasiliense adora um neologismo. Este, ouvi de<br />

impertinente senhorinha depois que o restaurante Herbs,<br />

do Blue Tree, propôs aos locais esse ato louvável de unir, aos<br />

domingos, a salvação da ressaca matinal do café da manhã a uma<br />

base mais leve, porém sólida, das comidinhas do almoço. Daí o<br />

brunch (pronuncia-se brânch, donde o neologismo...), soma de<br />

breakfast com lunch. Para quem já tinha o lanchar, ceder mais<br />

um pouco não deve doer.<br />

Idiomas atendidos, vamos ao que interessa: a vida recomeça<br />

com uma taça de espumante. Desde 1896 os ingleses fazem<br />

assim. Os gringos aperfeiçoaram e, hoje, Nova York aos<br />

domingos é um campeonato de brunch. Sim, claro: lá estará<br />

também nosso velho suco de laranja, com seu potássio infalível,<br />

que jamais errou a conjugação do verbo recuperar. Melhor mesmo é alternar os goles. E começar, sem pressa, a<br />

curtir a vasta e variada oferta: dez estações de comidinhas de café e almoço. Pães, sucos, frutas, frios, quentes,<br />

saladas, tapas, frutos do mar, grelhados, crepes, tapiocas, doces, tortas, café, tudo. E, ainda, os mini-empratados,<br />

surpresas que vão à mesa, criação do chef Cláudio Brodt. E o tempo: das onze e meia da manhã às cinco da<br />

tarde. Sem pressa. Não empurre. O prazer é calmo e se renova.<br />

Preços e opções<br />

O brunch do Herbs tem duas: a primeira sai a <strong>R$</strong> 60<br />

por pessoa. Crianças até cinco anos não pagam. De seis<br />

a dez pagam a metade. A segunda acrescenta mais<br />

<strong>R$</strong> 12 e libera o bar: além das águas e sucos, caipirinha,<br />

caipiroskas, cerveja Kaiser, vinho argentino tinto ou<br />

branco, espumante e uísque importado. Calculando-se<br />

o tempo disponível, a capacidade de recuperação de<br />

ressacas e a vontade de partir para outra, o resultado<br />

é bom. A relação é bem razoável. Mais do que isso é<br />

publicidade gratuita ou discurso em causa própria...<br />

Mas o cálculo resiste, e bem, a comparações com outras<br />

ofertas domingueiras, de preços únicos ou de cardápios.<br />

Intriga de letras<br />

Não convidem, nos próximos dias, para dividir a mesma<br />

tulipa, ou a mesma bolacha, dois dos mais famosos<br />

chopeiros da cidade. A culpa é do rato Sigmund, que<br />

saiu da toca e fez um estrago monumental. Preocupado,<br />

o cartunista Jaguar promete mandar flores. E, por via<br />

das dúvidas, um punhal também...<br />

Da Rosário<br />

Te cuida, Rosário! Se você olhar no espelho e perguntar se<br />

há chef italiano melhor do que você na cidade, a resposta<br />

pode estar a caminho. Importante empresário local<br />

garante a “importação”, para breve, de um chef italiano<br />

novinho em folha, diretamente da Itália. Seu fã clube<br />

continua com você.<br />

Mister Pent<br />

É um inglês. Há bom tempo por aqui, dedica-se a<br />

detectar detalhes e deslizes de atores da nossa vida<br />

gastronômica. Ligou para reclamar: não confiou no<br />

sotaque argentino da picanha do Corrientes 348. Parecia<br />

do Centro-Oeste. É recomendável mostrar a peça, com<br />

rótulo, na hora do pedido.<br />

Eleições 2006<br />

A carne é forte e pode render bons votos. Famoso pelo<br />

apetite, o deputado federal Sigmaringa Seixas, semana<br />

passada, destruía farto pedaço de assado e desenhava,<br />

com dois parceiros, detalhes da campanha para a<br />

reeleição. Local: BSB Grill da Asa Sul, cada vez mais<br />

procurado por quem precisa de eleitores.<br />

Dudu e Gil<br />

São dois dos melhores pizzaiolos da cidade. Estão<br />

sempre disputando os primeiros lugares nos<br />

concursos locais. Mas há quem reclame. Don Marco,<br />

do La Focaccia, informa: italianos de <strong>Brasília</strong> preferem,<br />

e fazem alarde disso, as pizzas da casa da Academia.<br />

É vero?<br />

Cometa Paixão<br />

Calma, românticos de plantão. Foi o gourmet e boa<br />

praça José Luiz Paixão que passou pela cidade. Rápido<br />

e eficiente, fez alegre palestra para uma boa platéia,<br />

respondeu a perguntas, disse adeus e foi-se embora.<br />

Voltou para seu esconderijo em Gramado-RS, onde,<br />

alquimista, mistura pessoas e idéias para um grande<br />

evento no ano que vem.<br />

Parece igual...<br />

Na primeira vez ele resistiu o que pôde. Não entendia<br />

o conceito. Não reconhecia o novo. Dobrada a<br />

ignorância, o sucesso foi total. Mas ele ficou com a<br />

pinimba e não renovou quando deveria. Volta agora<br />

com novo parceiro, mas na antiga idéia. Parabéns,<br />

cartão!<br />

...mas tem uma diferença<br />

O nosso não cobra juros nem anuidades. Muito<br />

menos comissões de parceiros.


Lasannha de pupunha e camarao<br />

(para 4 pessoas)<br />

Aos 33 anos, Cláudio Brodt é mais um apaixonado por <strong>Brasília</strong>, onde está há quase<br />

um ano e meio. De Bauru para São Paulo. Senac e estágio no Cantaloup, com Laurent<br />

Suadeau. Barcelona e Roma completam a viagem, agora curtida no Herbs, do Blue Tree.<br />

INGREDIENTES:<br />

• 400 gramas ( três<br />

bases) de pupunha<br />

• 800 gramas de<br />

camarão médio<br />

• Sagu de tapioca<br />

Molho:<br />

• 1 litro de creme<br />

de leite<br />

• 1 litro de caldo<br />

de tucupi<br />

• sal, cebolete<br />

MODO DE PREPARO:<br />

Descascar a base da pupunha, cortar com faca o mais<br />

fino possível (3mm), longitudinal. Grelhar na frigideira com<br />

azeite de oliva extra virgem. Temperar o camarão com sal e<br />

limão. Pimenta, se quiser. Reservar.<br />

Fazer a tapioca e o molho. Ferver a água. Quando<br />

estiver em ebulição, pôr o sagu de tapioca. Só ele, por 20<br />

minutos. Enquanto isso: reduzir o creme de leite à metade<br />

e o tucupi a 2/3. Juntar metade do tucupi ao creme de leite.<br />

Reservar a outra metade.<br />

MONTAGEM (em quatro pratos):<br />

No fundo: um pouquinho de molho com creme de leite.<br />

Intercalar com camarão e pupunha. Até três camadas. Em<br />

cima da última camada, pôr um camarão. À volta do prato<br />

espalhar bolinhas de tapioca. Finalizar com os molhos de<br />

creme de leite e tucupi.<br />

Tempo: uma hora, mais ou menos.<br />

OBS: a mesma receita pode ser feita substituindo-se<br />

o camarão por pato.<br />

Custo: <strong>R$</strong> 50 resolvem. Pode ficar mais caro, dependendo<br />

do tamanho do camarão.<br />

19<br />

FOTOS: DÉBORA AMORIM


graves&agudos<br />

Furacão jazzístico<br />

POR HEITOR MENEZES<br />

Verdadeiros apreciadores do jazz<br />

não podem ouvir uma dissonância que<br />

já saem puxando o cartão de crédito.<br />

Verdadeiros apreciadores do jazz sabem,<br />

faz tempo, que o estado atual da música<br />

que nos deu Louis Armstrong, Ella<br />

Fitzgerald e outros deuses – e tida como<br />

um dos fenômenos mais significativos da<br />

cultura mundial do século XX, segundo<br />

Eric Hobsbawn – se divide entre<br />

tradicionalistas e renovadores.<br />

Nada disso importa quando se<br />

sabe que a cidade vai abrigar mais um<br />

festival de jazz, dias 16 e 17 próximos.<br />

Nesses dois dias, vai ser possível<br />

imaginar que Nova Orleans (sem o<br />

Katrina) é aqui. O <strong>Brasília</strong> Jazz Festival<br />

2006 chega para matar a fome de<br />

música sofisticada e libertária, ainda<br />

que tão rápido quanto um furacão.<br />

QUEM CONFERIU O BJF em 2005, na<br />

Academia de Tênis, deve ainda trazer<br />

fresca na memória a acachapante<br />

apresentação do sax de Bob Wilber;<br />

dos uruguaios do Ensemble de Jazz<br />

Francês ou da La Creole Jazz Band,<br />

da Argentina. Este ano, a variação<br />

brasiliense do festival, iniciado em<br />

Belo Horizonte e que agora se estende<br />

por São Paulo, Rio de Janeiro, Recife<br />

e Curitiba, tem atrações que mantêm<br />

o nível, apesar da ênfase na vertente<br />

tradicional do jazz.<br />

A rodada dupla começa no dia<br />

16, na Sala Martins Penna, a partir<br />

de 21h. Na preliminar, o grupo vocal<br />

estadunidense The Perfect Gentlemen.<br />

Formado pelo tenor Phil Gold, os<br />

barítonos Dan Jordan e Tim Reeder e<br />

o baixo Jim Campbell, os cavalheiros<br />

20<br />

São dois dias que vão fazer você se sentir em<br />

Nova Orleans. E sem a ameaça do Katrina.<br />

mostram a perfeita força do som vocal,<br />

dos arranjos à capela, em repertório que<br />

passeia por diferentes estilos musicais<br />

ao longo de 100 anos de jazz e, ao que<br />

dizem, é capaz de agradar pessoas de<br />

todas as idades. As vozes e scats do<br />

quarteto já apareceram n’Os Simpsons,<br />

nos seriados Plantão Médico, Gilmore<br />

Girls, That 70’s Show e Blossom. O grupo<br />

também já acompanhou Neil Diamond,<br />

Rockapella, Johnny Carson e Bill Cosby,<br />

só para citar algumas referências.<br />

Ainda no dia 16, a segunda atração<br />

da noite é a Antigua Jazz Band, da<br />

Argentina. Se no ano passado o BJF<br />

trouxe os incríveis portenhos do La<br />

Creole Jazz Band, agora é a Antigua<br />

Jazz Band que vem mostrar como é o<br />

som que encantou Duke Ellington.<br />

Como? Dizem as escrituras que antes<br />

de morrer, em 1974, Ellington, um<br />

dos gigantes de todos os tempos, teve<br />

oportunidade de ouvir o Antigua Jazz<br />

Band e teria comentado: “Tivemos<br />

que percorrer o mundo todo para<br />

A americana Judy Carmichael<br />

e seu stride piano prometem<br />

repetir o sucesso do ano passado<br />

voltar a ouvir nossa própria música”.<br />

Referia-se à fidelidade com que a<br />

banda se dedicava à interpretação do<br />

jazz tradicional, recriando obras de Joe<br />

“King” Oliver, Louis Armstrong, Jelly<br />

Roll Morton e do próprio Duke.<br />

A ANTIGUA JAZZ BAND já tem 38 anos<br />

de serviços prestados à memória do<br />

jazz. A fidelidade dos arranjos remete<br />

às orquestrações originais, mas, calma<br />

lá, não estamos diante de dinossauros<br />

ou fósseis do jazz. O bacana de ver e<br />

ouvir nossos hermanos é que eles se<br />

desdobram em grupos, duos, trios, solos,<br />

várias formações dentro da orquestra.<br />

Dia seguinte, 17 de agosto, a rodada<br />

começa com o stride piano da americana<br />

Judy Carmichael. Uma das atrações do<br />

BJF do ano passado, a pianista volta<br />

à cidade para mostrar o estilo que<br />

consagrou Fats Waller, o próprio. Sua<br />

habilidade fez com que ganhasse elogios<br />

de Count Basie (é mole?) e até o apelido<br />

de “Stride”. O estilo fez a fama do<br />

LULA LOPES


Harlem nos anos 20 e 30. Dá vontade<br />

de subir no palco só para ficar olhando<br />

a mão esquerda da moça. Isto é jazz,<br />

reconhecido a quilômetros de distância.<br />

Na seqüência, os britânicos do Ray<br />

Gelato Giants – a banda que tocou no<br />

casamento de Paul McCartney com a<br />

modelo Heather Mills, em 2002 (que<br />

currículo!) – encerram a programação.<br />

Liderado pelo saxofonista Ray Gelato,<br />

o grupo já revirou a cena musical<br />

londrina e tem na rotina excursões pelo<br />

Reino Unido e Europa. No repertório,<br />

muito swing, bebop, standards e toda a<br />

atmosfera dourada que fez o jazz brilhar<br />

nos anos 40 e 50.<br />

Como dá pra ver, o BJF 2006 não<br />

tem fusion, avant-garde, jazz eletrônico,<br />

nada de modernidade. E nem precisa.<br />

Seu encanto seduz velhos e novos<br />

apreciadores, como toda grande arte que<br />

atravessa o tempo.<br />

<strong>Brasília</strong> Jazz Festival 2006<br />

16 e 17/8, a partir de 21h, na Sala Martins<br />

Penna do Teatro Nacional.<br />

Mais informações: www.jazzgerais.com.br<br />

A banda Ray Gelato Giants tocou no casamento de Paul McCartney<br />

DIVULGAÇÃO<br />

21


graves&agudos<br />

Erudição<br />

infantil<br />

A vida conturbada<br />

e a genialidade de<br />

Mozart na segunda<br />

edição do Concerto<br />

para Crianças<br />

POR SUSAN FARIA<br />

Conhecer a vida e a obra de um<br />

dos maiores gênios da música clássica,<br />

Wolfgang Amadeus Mozart, é um<br />

programa tentador e gratificante,<br />

sobretudo quando o espetáculo é criado<br />

para o entendimento das crianças,<br />

utilizando linguagem lúdica, recursos<br />

cênicos e muita criatividade. Essa<br />

oportunidade será oferecida na Sala<br />

Martins Penna do Teatro Nacional, dias<br />

26 e 27 próximos.<br />

Durante os 50 minutos do Concerto<br />

para Crianças apresenta Wolfgang<br />

Amadeus Mozart, baixinhos e adultos<br />

conhecerão a infância, a juventude e a<br />

vida adulta do compositor nascido há<br />

250 anos, em 27 de janeiro de 1756, em<br />

Salzburgo, na Áustria, e que começou<br />

a compor aos cinco anos de idade. No<br />

programa, Sonata para Cravo e Violino,<br />

a serenata em sol maior Eine Kleine<br />

Nacht Musik e trechos das óperas A<br />

Flauta Mágica e Mitridate, Ré Di Ponto.<br />

Marionetes e mamulengos enriquecem<br />

o trabalho, representando e interagindo<br />

22<br />

com o rico e divertido universo infantil.<br />

Mateus Ferrari, 27 anos, gaúcho<br />

de Porto Alegre radicado em <strong>Brasília</strong>,<br />

ator, roteirista e diretor, interpreta<br />

Mozart adulto e explica que pesquisou<br />

muito sobre a vida do compositor:<br />

“Mozart tinha personalidade forte, era<br />

objetivo, perspicaz e resolvia tudo com<br />

simplicidade.Teve amadurecimento de<br />

vida rápido”. Luana Proença interpreta<br />

o compositor em sua fase jovem. No<br />

elenco estão ainda Dani Néri e Cyntia<br />

Carla e os músicos Ana Cecília Tavares<br />

(cravo), Sidnei Maia (flauta traverso<br />

barroca), Ludmila Vinecka (violino) e<br />

Guerra Vicente (violoncelo).<br />

O Concerto para Crianças, que<br />

estreou no ano passado com Ludwig<br />

van Beethoven, foi visto por mais de<br />

seis mil crianças de seis a 11 anos de<br />

idade. A cada ano será apresentado um<br />

novo compositor, desde os clássicos<br />

Bach e Haydn e os românticos Liszt<br />

e Tchaikovsky até os compositores<br />

do século XX como Villa-Lobos e<br />

Cláudio Santoro. Os espetáculos são<br />

totalmente brasilienses e pretendem<br />

DÉBORA AMORIM<br />

despertar em adultos e crianças o<br />

interesse pela magia da música erudita.<br />

Além dos três espetáculos abertos<br />

ao público, o concerto será visto<br />

por alunos de 15 escolas do Distrito<br />

Federal, entre os dias 24 e 31. O<br />

espetáculo está sendo produzido desde<br />

janeiro e tem apoio de empresas de<br />

<strong>Brasília</strong> e do Fundo de Apoio à Cultura<br />

(FAC) do Governo do Distrito Federal.<br />

“A idéia de levar as escolas ao teatro<br />

deu certo. Nós buscamos as crianças em<br />

horário regular das aulas e o resultado<br />

tem surpreendido”, comenta a diretora<br />

musical, Naná Maris. Segundo ela,<br />

muitos alunos têm pedido aos pais para<br />

ouvir Beethoven.<br />

Na entrada da Martins Penna,<br />

será montada uma exposição de fotos<br />

e outra com 267 desenhos feitos por<br />

estudantes que assistiram ao primeiro<br />

Concerto para Crianças.<br />

Concerto Para Crianças Apresenta<br />

Wolfgang Amadeus Mozart<br />

26/8, às 17 e 20h; 27/8, às 17h. Sala Martins<br />

Penna do Teatro Nacional Cláudio Santoro.<br />

Ingressos a <strong>R$</strong> 16 e <strong>R$</strong> 8. Informações:<br />

3325.6239 ou 3325.6256.


Babando o Bambu<br />

O quarteto<br />

brasiliense<br />

comemora<br />

dez anos de<br />

estrada<br />

fazendo o<br />

que mais<br />

gosta: tocar<br />

POR VICENTE SÁ<br />

Vários shows pela cidade, um<br />

repertório modificado, novas<br />

performances no palco e um disco<br />

que já está sendo trabalhado. Não era<br />

de se esperar menos de quem nasceu<br />

apadrinhado pelo músico e compositor<br />

Carlos Malta e recebeu logo em seu<br />

primeiro ano de existência elogios de<br />

ninguém menos que Caetano Veloso.<br />

Ao ouvir um arranjo dos “meninos”<br />

para sua música Trilhos Urbanos, Caetano<br />

não parou de tecer elogios e previu<br />

um grande futuro para o quarteto.<br />

O Babando o Bambu já se<br />

apresentou em vários Estados e teve<br />

passagem marcante no Rio de Janeiro,<br />

onde foi cultuado pelo meio musical.<br />

É formado por quatro saxofonistas –<br />

Ricardo Barrenechea, Anderson Pessoa,<br />

Israel Colonna e Paulo Artigas – e<br />

suas principais marcas são os arranjos<br />

criativos, as performances divertidas e o<br />

repertório que se diferencia<br />

da mesmice das rádios.<br />

Um dos grupos musicais mais<br />

solicitados, hoje em dia, pelas casas<br />

noturnas da cidade, o Babando prefere<br />

teatros fechados onde possa trabalhar<br />

um som acústico. “Nosso trabalho<br />

tem melhor resultado em locais assim,<br />

mas também não deixamos de usar<br />

equipamentos quando em locais<br />

abertos ou grandes públicos”, explica<br />

Paulinho Artigas.<br />

A ALMA DO SAXOFONE é a palheta,<br />

feita de bambu. É em sua vibração,<br />

iniciada com o sopro e um simples<br />

toque de língua, que se origina o<br />

som do instrumento. E a palheta<br />

precisa estar sempre molhada. Daí o<br />

nome do grupo que nasceu na UnB<br />

em 1996, já gravou um CD, prepara<br />

outro e vai fazer shows no <strong>Brasília</strong><br />

Fashion Festival e no Sesc Garagem<br />

ainda este mês. Em outubro se<br />

apresenta no Clube do Choro<br />

pelo projeto Prata da Casa.<br />

“Nesse novo show nós mesclamos<br />

o repertório, misturamos coisas novas<br />

com algumas já conhecidas, tocamos<br />

Chico Buarque, Ernesto Nazareth,<br />

João Bosco, Hermeto Pascoal e Edu<br />

Lobo, além de músicas nossas, é claro.<br />

E teremos, aliás, como sempre tivemos,<br />

alguns músicos convidados para<br />

trabalhar e brincar com a gente<br />

no palco”, comenta Paulinho.<br />

Para se ter uma idéia da qualidade<br />

dessas brincadeiras, basta ver os<br />

músicos que normalmente tocam<br />

com o quarteto: Renato Vasconcelos,<br />

Daniel Baker, Romulo Duarte, Leander<br />

Motta e Oswaldo Amorim Filho, todos<br />

grandes nomes da cidade. Vai ser ou<br />

não vai ser uma ótima brincadeira?<br />

Programação<br />

22/8, às 20h – Sesc Garagem<br />

17/8, às 18h – <strong>Brasília</strong> Fashion Festival (hotel<br />

Blue Tree). Telefone de contato: 9221.1262<br />

DIVULGAÇÃO<br />

23


mexa-se objetosdodesejo<br />

Lá do<br />

fundo<br />

do baú ba<br />

Relicário remexe<br />

nas coisas da vovó<br />

POR MARIA TERESA FERNANDES<br />

FOTOS EDUARDO KRÜGER<br />

As mocinhas românticas do início<br />

do século XX, que mal podiam dar<br />

“selinhos” em seus “pretendentes”,<br />

tinham o hábito de usar relicários,<br />

caixinhas de prata penduradas em<br />

correntes que adornavam seus pálidos<br />

pescoços. Dentro das jóias, quase sempre<br />

carregavam a fotografia em preto e<br />

branco de seus amados ou um pequeno<br />

algodão embebido com seus perfumes.<br />

O tempo passou, as mocinhas<br />

viraram vovós e algumas de suas<br />

netas resolveram resgatar a tradição.<br />

Foi precisamente isso que aconteceu<br />

com as irmãs Patrícia e Anna Paula<br />

Ávila, donas da loja Relicário, recém<br />

inaugurada na 307 Sul. Colecionadoras<br />

de antiguidades, as duas apostam que<br />

24<br />

os objetos esquecidos nas caixas de jóias<br />

de família, como relicários e camafeus,<br />

têm tudo a ver com a onda vitoriana que<br />

invadiu a moda. “Queremos resgatar<br />

essa tradição super charmosa e cheia de<br />

personalidade”, diz Patrícia.<br />

Os camafeus, símbolos da<br />

paixão, eram considerados<br />

talismãs do amor na Itália antiga.<br />

Na loja das irmãs Ávila, eles<br />

ganharam gargantilhas de veludo<br />

que caem bem com babados e<br />

rendas. Custam a partir de <strong>R$</strong> 70. Já os<br />

relicários têm preços a partir de <strong>R$</strong> 30.<br />

Mas o saudosismo não está só nos<br />

pequenos objetos. Em 170 m 2 de loja,<br />

há também louças e móveis saídos do<br />

túnel do tempo. No térreo estão duas<br />

penteadeiras no estilo princesa e um<br />

cabideiro austríaco art decó, além dos<br />

aparadores e objetos de decoração.<br />

“Desenvolvemos um lugar<br />

aconchegante para que os visitantes se<br />

sintam à vontade. Às vezes, as pessoas<br />

entram na loja só para lembrar da avó<br />

ou por simples curiosidade”, explica<br />

a outra “neta”, Anna Paula. Ela tem a<br />

preocupação de estimular esse interesse,<br />

pois considera que as peças antigas<br />

brasileiras precisam ser valorizadas.<br />

“Salvo o que está nos museus, as coisas<br />

antigas estão se deteriorando; é preciso<br />

resgatar nossa história”, defende.<br />

Patrícia lembra que o estilo vintage<br />

está de volta. Usado para classificar as<br />

melhores safras de vinho, o termo inglês<br />

acabou servindo também para designar<br />

peças antigas. Misturadas com outros<br />

estilos ou com objetos modernos, dão<br />

um toque especial aos ambientes. É<br />

o caso das taças italianas de vinho e<br />

champanhe, em vidro colorido, com<br />

filetes em ouro e aplicação de figuras e<br />

design clássico. Na loja das irmãs Ávila,<br />

há vários jogos com taças custando<br />

a partir de <strong>R$</strong> 18.<br />

No capítulo "curiosidades",<br />

a Relicário tem nada menos que<br />

30 modelos de olhos gregos, uma<br />

tradição nascida na região do<br />

Mediterrâneo há dois mil anos.<br />

Na época, acreditava-se que qualquer<br />

pedra azul tinha o poder de neutralizar a<br />

inveja, transformá-la em energia positiva<br />

e ainda devolver os maus fluidos a quem<br />

desejasse mal ao dono do amuleto.<br />

Tempos depois, a pedra recebeu o<br />

desenho de um olho, mais precisamente<br />

a representação do olho de Alá, ou Deus.<br />

Patrícia explica que às vezes o vidro<br />

costuma rachar quando está “saturado<br />

de energia”. Sinal de que o amuleto<br />

cumpriu sua função. Tanto melhor para<br />

quem crê nesse tipo de coisa, e até para<br />

quem tem lá suas dúvidas mas pensa que<br />

proteção nunca é demais...<br />

Relicário – Artes e Antiguidades<br />

307 Sul – Bloco C (3242.2204)


SEGUNDA-FEIRA<br />

BABBO PIZZARIA (213 Norte – 3340.0020 / somente no jantar)<br />

• Pizza grande Wagner – de <strong>R$</strong> 31,40 por <strong>R$</strong> 15,70<br />

• Pizza grande margherita – d e <strong>R$</strong> 22,80 por <strong>R$</strong> 11,40<br />

• Pizza grande Portuguesa – de <strong>R$</strong> 24,60 por <strong>R$</strong> 12,30<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

BELINI PÃES E GASTRONOMIA (113 Sul – 3345.0777)<br />

• Crepe doce ou salgado – de <strong>R$</strong> 16,00 por <strong>R$</strong> 8,00<br />

CAMARÃO 206 (206 Sul – 3443.4841)<br />

• Camarão a Valenciana (serve 2 pessoas / somente no jantar) – de <strong>R$</strong> 57,<strong>90</strong> por<br />

<strong>R$</strong> 28,95<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cartão<br />

CHEZ LE PETIT PRINCE (212 Sul – 3245.6525)<br />

• Prato Quente – Ficelle Picarde; 1 Tarte aux fraises; 1 bebida (água, suco ou<br />

refrigerante); 1 cafezinho – de <strong>R$</strong> 23,80 por <strong>R$</strong> 11,<strong>90</strong><br />

• Prato Frio – Salada Niçoise; 1 Tarte aux fraises; 1 bebida (água, suco ou<br />

refrigerante); 1 cafezinho – de <strong>R$</strong> 29,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 14,95<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

CHOPPIZZA (213 Norte - 3272.1005)<br />

•Salada (Bouquet de folhas nobres ao pesto de manjericão, tomate,<br />

cenoura,mussarella de búfala, tomate seco, ervilhas e palmito) – de <strong>R$</strong> 24,00<br />

por <strong>R$</strong> 12,00<br />

•Talharim pomodoro c/ manjericão fresco – de <strong>R$</strong> 27,00 por <strong>R$</strong> 13,50<br />

•Pollo Grelhado ao molho de laranja – de <strong>R$</strong> 29,00 por <strong>R$</strong> 14,50<br />

•Strogonoff de filé mingnon – de <strong>R$</strong> 29,00 por <strong>R$</strong> 14,50<br />

•Picadinho ao molho roty – de <strong>R$</strong> 29,00 por <strong>R$</strong> 14,50<br />

•Picanha suína grelhada ao molho agridoce – de <strong>R$</strong> 29,00 por <strong>R$</strong> 14,50<br />

CONCENTRAÇÃO (209 Sul – 3242.3436 / somente no almoço)<br />

• Steak ao Poivre Vert – de <strong>R$</strong> 19,00 por <strong>R$</strong> 9,50<br />

• Steak à Diana – de <strong>R$</strong> 20,50 por <strong>R$</strong> 10,25<br />

DONA CILOCA (QI 11 Lago Sul – 3248.0078 / 102 Norte – 3327.7776)<br />

•Torta Mousse de Limão: fatia – de <strong>R$</strong> 5,00 por <strong>R$</strong> 2,50 / inteira – de <strong>R$</strong> 50,00<br />

por <strong>R$</strong> 25,00<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

DON ROMANO (QI 11 Lago Sul – 3248.0078 / 102 Norte – 3327.7776)<br />

• Polpettone alla Parmigiana – de <strong>R$</strong> 42,80 por <strong>R$</strong> 21,40<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

FORTUNATA (QI 9 Lago Sul – 3364.6111)<br />

• Risoto do Castelinho – de <strong>R$</strong> 22,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 11,45<br />

Forma de pagamento: dinheiro, cheque ou cartão de débito<br />

GORDEIXOS RESTAURANTE E PIZZARIA (404 Sul – 3323.8989, Sudoeste,<br />

Águas Claras e Taguatinga)<br />

• Filé à Gordeixos (serve 2 pessoas) – de <strong>R$</strong> 33,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 16,95<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

LAKE’S RESTAURANTE (402 Sul – 3323.1029)<br />

• Linguini ao frutos del mare – de <strong>R$</strong> 39,50 por <strong>R$</strong> 19,75<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

MANGIARE (208 Sul – 3244.<strong>90</strong>44)<br />

• Na compra de uma pizza grande ganhe outra do mesmo sabor grátis.<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

MONUMENTAL (201 Sul – 3224.9313)<br />

• Salsichão com salada de batatas – de <strong>R$</strong> 15,50 por <strong>R$</strong> 7,75 (somente no<br />

jantar)<br />

O GATTO (215 Sul – 3345.7853)<br />

• Picadinho do Gatto – de <strong>R$</strong> 29,80 por <strong>R$</strong> 14,<strong>90</strong><br />

OUTBACK (ParkShopping – 3234.7958)<br />

• Bloomin’onion (cebola gigante frita) – de <strong>R$</strong> 19,50 por <strong>R$</strong> 9,75<br />

PIZZA HUT (Pier 21 – 4002.4003)<br />

• 50% desconto em todas as pastas do cardápio (almoço, jantar e delivery)<br />

• 50% desconto em todas as saladas do cardápio (almoço, jantar e delivery)<br />

PIZZAIOLO (215 Sul – 3345.7878)<br />

• Prato Especial – de <strong>R$</strong> 39,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 19,95<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

PIZZARIA FORNO BENEDETTO (310 Norte – 3349.0169)<br />

• Prato Especial – de <strong>R$</strong> 19,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 9,95<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

Participantes da promoção 50% de desconto<br />

PEDACINHO PIZZAS (108 Norte – 3349.0010 e 105 Sul – 3443.0010)<br />

• Pizza Calabresa – de <strong>R$</strong> 29,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 14,95<br />

• Pizza Gostoso – de <strong>R$</strong> 29,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 14,95<br />

• Pizza Gogó – de <strong>R$</strong> 29,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 14,95<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque (somente delivery)<br />

PRALINÉ (205 Sul – 3443.74<strong>90</strong>)<br />

• Torta Média de Morango, bandeja de brigadeiros e bandeja de petit-fours<br />

salgados – de <strong>R$</strong> 100,00 por <strong>R$</strong> 50,00<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

READY BEEF (303 Sudoeste – 3039.4040)<br />

• Steak de Babuche ao molho de champignon – de <strong>R$</strong> 25,00 por <strong>R$</strong> 12,50<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

SECONDO VERCELLI (403 Sul – 3321.6546)<br />

• Peito de frango grelhado – de <strong>R$</strong> 26,09 por <strong>R$</strong> 13,05<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

SEVERINA FEIJÃO VERDE (201 Sul – 3224.6362)<br />

• Baião de 2x2 – de <strong>R$</strong> 27,00 por <strong>R$</strong> 13,50<br />

TAIYO (Hotel Manhattan – 3327.<strong>90</strong>42)<br />

• Sushi Momiji (serve 2 pessoas) – de <strong>R$</strong> 46,00 por <strong>R$</strong> 21,00<br />

TRATTORIA 101 (101 Sudoeste – 3344.8866)<br />

• Bucattini a matriciana – de <strong>R$</strong> 25,00 por <strong>R$</strong> 12,50<br />

• Fusilli mantecati – de <strong>R$</strong> 27,00 por <strong>R$</strong> 13,50<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque (somente no jantar)<br />

UNANIMITÀ (408 Sul – 3244.0666)<br />

• Braciola com molho rústico, arroz, purê de batata, feijão da vovó e saladinha<br />

caseira – de <strong>R$</strong> 27,00 por <strong>R$</strong> 13,50 (somente no almoço)<br />

• Picadinho de ponta de faca, arroz, ovo pochê, farofa e banana milanesa<br />

(serve 2 pessoas) – de <strong>R$</strong> 54,00 por <strong>R$</strong> 27,00 (somente no jantar)<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

VELOCE (QI 11 Deck Brasil – 3364.2477)<br />

• Frango Sabor <strong>Brasília</strong> – de <strong>R$</strong> 16,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 8,45<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

VILLA BORGHESE (201 Sul – 3226.5650)<br />

• Filetto <strong>Roteiro</strong> 2006 – de <strong>R$</strong> 44,00 por <strong>R$</strong> 22,00<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

VILLA TEVERE (115 Sul – 3345.5513)<br />

• Penne Mediterrâneo – de <strong>R$</strong> 48,50 por <strong>R$</strong> 24,25<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque (somente no jantar)<br />

WERNER RESTAURANTE (212 Sul – 3346.3720)<br />

• Escalopes ao Molho de Mostarda e Mel – de <strong>R$</strong> 32,80 por <strong>R$</strong> 16,40<br />

Forma de pagamento: dinheiro<br />

ZUU (210 Sul – 3244.1039)<br />

• Risoto de Cordeiro – de <strong>R$</strong> 54,00 por <strong>R$</strong> 27,00 (somente no almoço)<br />

TERÇA-FEIRA<br />

2º CLICHÊ (107 Norte – 3274.3032)<br />

• 50% em todas as cachaças e todos os petiscos<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

ARMAZÉM DO FERREIRA (202 Norte – 3327.8342)<br />

• Frigideirada do Ferreira – de <strong>R$</strong> 39,00 por <strong>R$</strong> 19,50<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

AZULEJARIA BAR (408 Sul – 3443.0698)<br />

• Espaguete mediterrâneo – de <strong>R$</strong> 27,00 por <strong>R$</strong>13,50<br />

BELINI PÃES E GASTRONOMIA (113 Sul – 3345.0777)<br />

•Risoto veneziano com filé mignon – de <strong>R$</strong> 38,00 por <strong>R$</strong> 19,00<br />

BSB GRILL (304 Norte – 3326.0976 / 413 Sul – 3346.0036)<br />

• Entrecôte completo – de <strong>R$</strong> 64,00 por <strong>R$</strong> 32,00<br />

CABANA DA ÁRVORE (Setor de clubes Sul, ao lado do Pier 21 – 3322.1448)<br />

• Buffet Regional – de <strong>R$</strong> 23,00 por <strong>R$</strong> 11,50 ( p/ pessoa)<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

CAFÉ SAVANA (116 Norte - 3347.9403)<br />

• Steak au Poivre – de <strong>R$</strong> 22,00 por <strong>R$</strong> 11,00<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque (somente no jantar)<br />

CAMARÃO 206 (206 Sul – 3443.4841)<br />

• Camarão a Valenciana – de <strong>R$</strong> 57,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 28,95<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cartão de débito (somente no jantar)<br />

25


CHOPPIZZA (213 Norte - 3272.1005)<br />

•Salada (Bouquet de folhas nobres ao pesto de manjericão, tomate,<br />

cenoura,mussarella de búfala, tomate seco, ervilhas e palmito) – de <strong>R$</strong> 24,00<br />

por <strong>R$</strong> 12,00<br />

•Talharim pomodoro c/ manjericão fresco – de <strong>R$</strong> 27,00 por <strong>R$</strong> 13,50<br />

•Pollo Grelhado ao molho de laranja – de <strong>R$</strong> 29,00 por <strong>R$</strong> 14,50<br />

•Strogonoff de filé mingnon – de <strong>R$</strong> 29,00 por <strong>R$</strong> 14,50<br />

•Picadinho ao molho roty – de <strong>R$</strong> 29,00 por <strong>R$</strong> 14,50<br />

•Picanha suína grelhada ao molho agridoce – de <strong>R$</strong> 29,00 por <strong>R$</strong> 14,50<br />

CONCENTRAÇÃO (209 Sul – 3242.3436 / somente no almoço)<br />

• Filé Chateaubrian – de <strong>R$</strong> 21,60 por <strong>R$</strong> 10,80<br />

• filé ao molho de mostarda – de <strong>R$</strong> 21,60 por <strong>R$</strong> 10,80<br />

• filé ao molho de gorgonzola – de <strong>R$</strong> 19,60 por <strong>R$</strong> 9,8<br />

DON DURICA (201 Norte – 3326.1045)<br />

• Filé de frango ao molho de vinho e limão com purê de mandioquinha – de <strong>R$</strong><br />

28,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 14,45 ( Somente no jantar)<br />

• Filé a cavalo com arroz branco e fritas – de <strong>R$</strong> 29,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 14,95 (somente<br />

no jantar)<br />

FEITIÇO MINEIRO (306 Norte – 3272.3032)<br />

• Capivara Ecológica – de <strong>R$</strong> 13,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 6,95 (somente no jantar)<br />

FELICITÁ (306 Norte – 3274.5086)<br />

• Filé au Poivre com Tagliatelli All’ Alfredo (individual) – de <strong>R$</strong> 32,00 por <strong>R$</strong> 16,00<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

FORMIDABLE (Terraço Shopping)<br />

• Crepe de Trigo Sarraceno de filé mignon com mostarda dijon – de <strong>R$</strong> 19,<strong>90</strong><br />

por <strong>R$</strong> 9,95<br />

LA CHAUMIÈRE (408 Sul - 3242.7599)<br />

• Filet de Frango Gabriela com talharim – de <strong>R$</strong> 49,00 por <strong>R$</strong> 24,50<br />

• Filet Severin * lançamento exclusivo para a Revista <strong>Roteiro</strong> – de <strong>R$</strong> 65,00 por<br />

<strong>R$</strong> 32,50<br />

LAKE’S RESTAURANTE (402 Sul – 3323.1029)<br />

• Baby Especial com salada de folhas verdes e batata dourada com ervas – de<br />

<strong>R$</strong> 32,00 por <strong>R$</strong> 16,00<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

LE FRANÇAIS (405 Sul – 3225.4583)<br />

• Salade Paysanne – de <strong>R$</strong> 19,50 por <strong>R$</strong> 9,80<br />

• Poisson À L’armoricaine – de <strong>R$</strong> 41,80 por <strong>R$</strong> 20,<strong>90</strong><br />

• Steak au Poivre – de <strong>R$</strong> 39,60 por <strong>R$</strong>19,80<br />

• Crêpe Tropicale – de <strong>R$</strong> 13,50 por <strong>R$</strong> 6,80<br />

Forma de Pagamento: dinheiro ou cheque<br />

MORMAII SURF BAR ( Pontão do Lago Sul – 3364.6023 )<br />

• Anglet – de <strong>R$</strong> 17,80 por <strong>R$</strong> 8,<strong>90</strong> (Somente na loja do Pontão)<br />

MANGIARE (207 Sul - 3244.<strong>90</strong>44)<br />

• Na compra de uma pizza grande ganhe outra do mesmo sabor grátis.<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

O GATTO (215 Sul – 3345.7853)<br />

• Filé de linguado – de <strong>R$</strong> 33,60 por <strong>R$</strong> 16,80<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

OLIVER (Clube de Golfe – 3323.5961)<br />

• Risoto de Morango – de <strong>R$</strong> 44,00 por <strong>R$</strong> 22,00 (somente no jantar)<br />

PAPPAGALLO RESTAURANTE (314 Sul – 3346.0303)<br />

• Lasagna de Zuchini e Queijo Gorgonzola com Molho Matriciana – de <strong>R$</strong> 27,00<br />

por <strong>R$</strong>13,50 (somente no jantar)<br />

Forma de Pagamento: dinheiro ou cheque<br />

PATUÁ (Deck Brasil QI 11 Lago Sul – 3248.7231)<br />

• Filé Negro – de <strong>R$</strong> 19,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 9,95 (somente no jantar)<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

PEDACINHO PIZZAS (108 Norte – 3349.0010 e 105 Sul – 3443.0010)<br />

• Pizza Calabresa – de <strong>R$</strong> 29,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 14,95<br />

• Pizza Gostoso – de <strong>R$</strong> 29,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 14,95<br />

• Pizza Gogó – de <strong>R$</strong> 29,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 14,95<br />

Forma de pagamento: dinheiro, cheque, cartões e tickets – VR, TR, Sodexho<br />

Pass. O desconto só será válido para pizzas inteiras ou combinadas entre as<br />

citadas na promoção, somente para consumo na loja<br />

READY BEEF (303 Sudoeste – 3039.4040)<br />

• Steak de Babuche ao molho de champignon – de <strong>R$</strong> 25,00 por <strong>R$</strong> 12,50<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

ROADHOUSE GRILL (Setor de Clubes Sul – 3321.8535 / Terraço Shopping<br />

– 3034.8535)<br />

• Baby Back Ribs – de <strong>R$</strong> 29,50 por <strong>R$</strong> 14,75<br />

Forma de Pagamento: dinheiro ou cheque<br />

CAFE ELDORADO<br />

• Quiche com salada + Cappuccino São João – de <strong>R$</strong> 12,00 por <strong>R$</strong> 6,00<br />

SALSA (402 Sul – 3224.8852)<br />

• 50% nos grelhados<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

26<br />

SEVERINA FEIJÃO VERDE (201 Sul – 3224.6362)<br />

• Baião de 2x2 (tradicional da cozinha nordestina, o prato de arroz e feijão de<br />

corda com queijo de coalho e carne de sol) – de <strong>R$</strong> 27,00 por <strong>R$</strong> 13,50<br />

SHIRÔ (309 Norte – 3963.9966)<br />

• Combinado Shirô Especial sem ovas (18 peças) – de <strong>R$</strong> 31,00 por <strong>R$</strong> 15,50<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

SUSHI BRASIL (QI 11 Lago Sul – 3364.3939)<br />

• Combinado Salmão Super (48 peças) – de <strong>R$</strong> 83,50 por 41,25<br />

SUSHI SAN (211 Sul – 3345.1804)<br />

• Combinado p/ 1 pessoa (20 peças) – de <strong>R$</strong> 29,60 por <strong>R$</strong> 14,80<br />

TRULLI (201 Sul – 3322.4688 / 3225.4050)<br />

• Ragu de carne e espaguete na manteiga de ervas frescas – de <strong>R$</strong> 29,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong><br />

14,95 (cortesia uma taça de vinho tinto nacional e uma cesta de pães)<br />

VERCELLI (41O Sul – 3443.0100)<br />

• Frango a Kiev – de <strong>R$</strong> 23,94 por <strong>R$</strong> 11,97<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

VILLA BORGHESE (201 Sul – 3226.5650)<br />

• Filetto <strong>Roteiro</strong> 2006 – de <strong>R$</strong> 44,00 por <strong>R$</strong> 22,00<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

WERNER RESTAURANTE (212 Sul – 3346.3720)<br />

• Escalopes ao Molho de Mostarda e Mel – de <strong>R$</strong> 32,80 por <strong>R$</strong> 16,40<br />

Forma de pagamento: dinheiro<br />

YOUR’S (QI 11 Lago Sul – 3248.0184)<br />

• Surpresa da Semana – de <strong>R$</strong> 33,80 por <strong>R$</strong> 16,<strong>90</strong><br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

QUARTA-FEIRA<br />

BAR BRASÍLIA (506 Sul – 3443.4323)<br />

• Filé a palito – de <strong>R$</strong> 18,30 por <strong>R$</strong> 9,15<br />

BELINI PÃES E GASTRONOMIA (113 Sul – 3345.0777)<br />

• Torta frutas da estação – de <strong>R$</strong> 32 por <strong>R$</strong> 16,00<br />

BIER FASS (Pontão do Lago Sul – 3364.4041)<br />

• Filet de peixe ao molho de Champagne – de <strong>R$</strong> 29,60 por <strong>R$</strong> 14,80<br />

CAFÉ SAVANA (116 Norte – 3347.9403)<br />

• Steak au Poivre – de <strong>R$</strong> 22,00 por <strong>R$</strong> 11,00 (somente no jantar)<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

CAMARÃO 206 (206 Sul – 3443.4841)<br />

• Camarão a Valenciana – de <strong>R$</strong> 57,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 28,95 (somente no jantar)<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cartão<br />

CHEZ LE PETIT PRINCE (212 Sul – 3245.6625)<br />

• Prato Quente – Ficelle Picarde; 1 Tarte aux fraises; 1 bebida (água, suco ou<br />

refrigerante); 1 cafezinho – de <strong>R$</strong> 23,80 por <strong>R$</strong> 11,<strong>90</strong><br />

• Prato Frio – Salada Niçoise; 1 Tarte aux fraises; 1 bebida (água, suco ou<br />

refrigerante); 1 cafezinho – de <strong>R$</strong> 29,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 14,95<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

C’EST SI BON (408 Sul – 3244.6353)<br />

• Risoto Caravaggio – de <strong>R$</strong> 24,00 por <strong>R$</strong> 12,00<br />

CHOPPIZZA (213 Norte - 3272.1005)<br />

•Salada (Bouquet de folhas nobres ao pesto de manjericão, tomate,<br />

cenoura,mussarella de búfala, tomate seco, ervilhas e palmito) – de <strong>R$</strong> 24,00<br />

por <strong>R$</strong> 12,00<br />

•Talharim pomodoro c/ manjericão fresco – de <strong>R$</strong> 27,00 por <strong>R$</strong> 13,50<br />

•Pollo Grelhado ao molho de laranja – de <strong>R$</strong> 29,00 por <strong>R$</strong> 14,50<br />

•Strogonoff de filé mingnon – de <strong>R$</strong> 29,00 por <strong>R$</strong> 14,50<br />

•Picadinho ao molho roty – de <strong>R$</strong> 29,00 por <strong>R$</strong> 14,50<br />

•Picanha suína grelhada ao molho agridoce – de <strong>R$</strong> 29,00 por <strong>R$</strong> 14,50<br />

CONCENTRAÇÃO (209 Sul – 3242.3436 / somente no almoço)<br />

• Beef na tira – de <strong>R$</strong> 22,20 por <strong>R$</strong> 11,10<br />

• Beef de Choriço – de <strong>R$</strong> 22,60 por <strong>R$</strong> 11,30<br />

• Picanha maturada – de <strong>R$</strong> 22,60 por <strong>R$</strong> 11,30<br />

CREPE AU CHOCOLAT (210 Sul – 3443.2050 e 109 Norte – 3340.7002)<br />

• Toda quinzena um crepe diferente com 50% desconto.<br />

CREPERIA FLORIPA (312 Sul – 3445.2961)<br />

• Crepe de Strogonof de Frango – de <strong>R$</strong> 10,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 5,45<br />

• Crepe de Strogonof de Filet – de <strong>R$</strong> 12,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 6,45<br />

• 50% em todos os sucos naturais e de polpa<br />

DON PAPPE (307 Sul – 3244.4754)<br />

• Tornedor à moda de Roma com molho viriatto, guarnecido com um fino arroz<br />

italiano – e <strong>R$</strong> 26,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 13,45<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

DONA CILOCA TORTAS ARTESANAIS (303 Sudoeste – 3344-1155)<br />

• 50% de desconto em qualquer produto da linha de cafés acompanhado de<br />

uma mini quiche


• Torta de Chocolate com Crocante (Tutuca): fatia – De <strong>R$</strong> 5,00 por <strong>R$</strong> 2,50 /<br />

inteira – de <strong>R$</strong> 50,00 por <strong>R$</strong> 25,00<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

DUDU CAMARGO RESTAURANTE (303 Sul – 3323.8082)<br />

• Surpresa da Semana – de <strong>R$</strong> 38,60 por <strong>R$</strong> 19,30<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

FORMIDABLE<br />

• Crepe de Trigo Sarraceno de filé mignon com mostarda dijon – de <strong>R$</strong> 19,<strong>90</strong><br />

por <strong>R$</strong> 9,95<br />

FRED RESTAURANTE (405 Sul – 3443.1450)<br />

• Língua Boêmia – de <strong>R$</strong> 28,00 por <strong>R$</strong> 14,00<br />

GORDEIXO (306 Norte – 3273.8525)<br />

• Pizza Francesa – de <strong>R$</strong> 30,70 por <strong>R$</strong> 15,35<br />

LA CHAUMIÈRE (408 Sul - 3242.7599)<br />

• Filet de Frango Gabriela com talharim – de <strong>R$</strong> 49,00 por <strong>R$</strong> 24,50<br />

• Filet Severin * lançamento exclusivo para a Revista <strong>Roteiro</strong> – de <strong>R$</strong> 65,00 por<br />

<strong>R$</strong> 32,50<br />

LE FRANÇAIS (405 Sul – 3225.4583)<br />

• Omelette aux fines herbes – de <strong>R$</strong> 22,50 por <strong>R$</strong>11,30<br />

• Perdrix Aux Choux – de <strong>R$</strong> 32,60 por <strong>R$</strong> 16,30<br />

• Filet Mignon À La Dijonnaise – de <strong>R$</strong> 39,60 por <strong>R$</strong> 19,80<br />

• Crème Brûlée – de <strong>R$</strong> 13,50 por <strong>R$</strong> 6,80<br />

Forma de Pagamento: dinheiro ou cheque<br />

MANGIARE (208 Sul – 3244.<strong>90</strong>44)<br />

• Pizza Especial média de lingüiça suína – de <strong>R$</strong> 21,00 por <strong>R$</strong> 11,50<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

O GATTO (215 Sul – 3345.7853)<br />

• Medalhões de filé ao molho de queijo com cuscuz marroquino de frutas<br />

vermelhas - de <strong>R$</strong> 33,60 por <strong>R$</strong> 16,80<br />

OLIVER (Clube de Golfe – 3323.5961)<br />

• Camarão Bangkok – de <strong>R$</strong> 49,00 por <strong>R$</strong> 24,50 (somente no jantar)<br />

PATUÁ (Deck Brasil QI 11 Lago Sul – 3248.7231)<br />

• Filé Negro – de <strong>R$</strong> 19,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 9,95 (somente no jantar)<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

PIZZA CÉSAR (Asa Norte – 3347.0999, Asa Sul – 3242.2221, Lago Sul<br />

– 3366.3505, Sudoeste – 3341.1001, Guará – 3567.3030, Taguatinga<br />

– 3352.0500, Sobradinho – 3487.6262 e Gama – 3384.0202)<br />

• Na compra de uma pizza grande, leve uma pizza média com 50% de<br />

desconto: sabores Charge, Prestígio e Banana.<br />

RAPPEL (210 Norte – 3272.2426 e 306 Sul – 3244.2426)<br />

• Torta Brownie de chocolate, acompanhado de sorvete de maracujá. De <strong>R$</strong><br />

13,00 por <strong>R$</strong> 6,50<br />

SAN MARINO (209 Sul – 3443.5050)<br />

• Lombo à Brasileira – de <strong>R$</strong> 26,10 por <strong>R$</strong> 13,10<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

SCHLOB (309 Norte – 3033.1766)<br />

• Schublig – de <strong>R$</strong> 21,00 por <strong>R$</strong> 10,50<br />

SHIRÔ (309 Norte – 3963.9966)<br />

• Combinado Shirô Especial sem ovas (18 peças) – de <strong>R$</strong> 31,00 por <strong>R$</strong> 15,50<br />

TAIYO (Hotel Manhattan Plaza – 3327.<strong>90</strong>42)<br />

• Sushi Momiji (42 peças, serve 2 pessoas) – de <strong>R$</strong> 46,00 por <strong>R$</strong> 21,00<br />

Forma de pagamento: em dinheiro ou cheque<br />

TELE PIZZA GAROTINHO (Lago Norte – 3468.1777)<br />

• Rodízio de pizzas e crepes – de <strong>R$</strong> 29,80 por <strong>R$</strong> 14,<strong>90</strong><br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

TORTERIA DI LORENZA (115 Norte, 213 Norte, Sudoeste, <strong>Brasília</strong> Shopping,<br />

Terraço Shopping, 208 Sul, 211 Sul, 302 Sul e QI 11 do Lago Sul)<br />

• Toda quarta-feira uma torta diferente com 50% desconto<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

TORTERIA VILA CHOCOLATE (108 Sul – 3242.8585)<br />

• Torta Truffa de Morango (serve 10 pessoas) – de <strong>R$</strong> 45,00 por <strong>R$</strong> 22,50<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

TRULI (201 Sul – 3322.4688)<br />

• Ragu de carne e espaguete na manteiga de ervas frescas (cortesia, uma taça<br />

de vinho tinto nacional e uma cesta de pães) – de <strong>R$</strong> 29,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 14,95<br />

VARANDA DO FRED (QL 3, Cj. 1, casa 14, Lago Norte – 3577.3351)<br />

• Steak à Diana com risoto parisiense – de <strong>R$</strong> 30,00 por <strong>R$</strong> 15,00<br />

• Filé a la Marcelle com batatas sauté ou fetuccine – de <strong>R$</strong> 30,00 por <strong>R$</strong> 15,00<br />

VILLA BORGHESE (201 Sul – 3226.5650)<br />

• Filetto <strong>Roteiro</strong> 2006 – de <strong>R$</strong> 44,00 por <strong>R$</strong> 22,00<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

VILLA TEVERE (115 Sul – 3345.5513)<br />

• Pollo al Rosmarino com pasta al limone – de <strong>R$</strong> 34,55 por <strong>R$</strong> 17,28<br />

WERNER RESTAURANTE (212 Sul – 3346.3720)<br />

• Escalopes ao Molho de Mostarda e Mel – de <strong>R$</strong> 32,80 por <strong>R$</strong> 16,40<br />

Forma de pagamento: dinheiro<br />

QUINTA-FEIRA<br />

BACO PIZZARIA (309 Norte – 3274.8600 / 408 Sul – 3244.2292)<br />

• Berinjela ao forno à lenha – de <strong>R$</strong>19,70 por <strong>R$</strong>9,85 (somente no jantar)<br />

BELINI PÃES E GASTRONOMIA (113 Sul - 3345.0777)<br />

• Pizza média sabor margheritta – de <strong>R$</strong> 16,00 por <strong>R$</strong> 8,00<br />

CHOPPIZZA (213 Norte - 3272.1005)<br />

•Salada (Bouquet de folhas nobres ao pesto de manjericão, tomate,<br />

cenoura,mussarella de búfala, tomate seco, ervilhas e palmito) – de <strong>R$</strong> 24,00<br />

por <strong>R$</strong> 12,00<br />

•Talharim pomodoro c/ manjericão fresco – de <strong>R$</strong> 27,00 por <strong>R$</strong> 13,50<br />

•Pollo Grelhado ao molho de laranja – de <strong>R$</strong> 29,00 por <strong>R$</strong> 14,50<br />

•Strogonoff de filé mingnon – de <strong>R$</strong> 29,00 por <strong>R$</strong> 14,50<br />

•Picadinho ao molho roty – de <strong>R$</strong> 29,00 por <strong>R$</strong> 14,50<br />

•Picanha suína grelhada ao molho agridoce – de <strong>R$</strong> 29,00 por <strong>R$</strong> 14,50<br />

CONCENTRAÇÃO (209 Sul – 3242.3436 / somente no almoço)<br />

• Camarão na Moranga – de <strong>R$</strong> 30,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 15,45<br />

• Badejo Mediterrâneo – de <strong>R$</strong> 25,20 por <strong>R$</strong> 12,60<br />

• Salmão Grelhado – de <strong>R$</strong> 25,20 por <strong>R$</strong> 12,60<br />

• Salmão Belle Muniere – de <strong>R$</strong> 25,20 por <strong>R$</strong> 12,60<br />

DON GIOVANNI (QI 11 Lago Sul – 3248.4018)<br />

• Pizza de Aliche com mussarela de búfala – de <strong>R$</strong> 26,00 por <strong>R$</strong> 13,00<br />

• Pizza Frutti di Bosco – de <strong>R$</strong> 25,50 por <strong>R$</strong> 12,25<br />

• Calzone cru – de <strong>R$</strong> 28,00 por <strong>R$</strong> 14,00 (somente no jantar)<br />

DON ROMANO (QI 11 Lago Sul – 3248.0078 / 102 Norte – 3327.7776)<br />

• Pizza de Cuore di Carcciofi Grande – de <strong>R$</strong> 76,80 por <strong>R$</strong> 38,40; Média – de <strong>R$</strong><br />

57,60 por <strong>R$</strong> 28,80; Broto – de <strong>R$</strong> 38,40 por <strong>R$</strong> 19,20 (somente no jantar)<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

EL PASO TEXAS (404 Sul – 3323.4618 / Terraço Shopping – 3233.5197)<br />

• Chili Burritos – de <strong>R$</strong> 23,00 por <strong>R$</strong> 11,50<br />

FESTIM ENOGASTRONOMIA E CAFÉ (CA 05 Lago Norte – 3468.3409)<br />

• FESTIM Mediterrâneo de inverno – de <strong>R$</strong> 46,20 por <strong>R$</strong> 23,10 (somente no<br />

jantar)<br />

FORTUNATA (QI 09 Lago Sul - 3364.6111)<br />

• Pizza do Lisboa – de <strong>R$</strong> 17,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 8,95<br />

Forma de pagamento: dinheiro,cheque ou cartão de débito<br />

FRATELLO (103 Sul, 109 Norte, Terraço Shopping)<br />

• Pizza Original – de <strong>R$</strong> 22,00 por <strong>R$</strong> 11,00 (somente no jantar)<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

GORDEIXOS RESTAURANTE E PIZZARIA (404 Sul – 3323.8989 / Águas Claras e<br />

Taguatinga)<br />

• Pizza pepperoni grande – de <strong>R$</strong> 29,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 14,95<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

LA CHAUMIÈRE (408 Sul - 3242.7599)<br />

• Filet de Frango Gabriela com talharim – de <strong>R$</strong> 49,00 por <strong>R$</strong> 24,50<br />

• Filet Severin * lançamento exclusivo para a Revista <strong>Roteiro</strong> – de <strong>R$</strong> 65,00 por<br />

<strong>R$</strong> 32,50<br />

LE FRANÇAIS (405 Sul – 3225.4583)<br />

• Salade Paysanne – de <strong>R$</strong> 19,50 por <strong>R$</strong> 9,80<br />

• Saumon au Gingembre – de <strong>R$</strong> 41,80 por <strong>R$</strong> 20,<strong>90</strong><br />

• Filet au Beurre D’escargots – de <strong>R$</strong> 39,60 por <strong>R$</strong> 19,80<br />

• Crêpe Tropicale – de <strong>R$</strong> 13,50 por <strong>R$</strong> 6,80<br />

Forma de Pagamento: dinheiro ou cheque<br />

PATUÁ (Deck Brasil QI 11 Lago Sul – 3248.7231)<br />

• Filé Negro – de <strong>R$</strong> 19,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 9,95 (somente jantar)<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

PIZZA HUT (Shopping Pier 21 – 4002.4003)<br />

• 50% desconto em todas as pizzas tamanho grande (almoço, jantar e delivery)<br />

Forma de pagamento: cartões Visa e Mastercard, dinheiro ou cheque<br />

PIZZAIOLO (215 Sul – 3345.7878)<br />

• Pizza Monet – de <strong>R$</strong> 34,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 17,45<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

PIZZARIA FORNO BENEDETTO (310 Norte – 3349.0169)<br />

• Pizza Benedetto Fruto – de <strong>R$</strong> 31,70 por <strong>R$</strong> 15,85<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

QUERUBINA (308 Sul – 3443.8777)<br />

• Pizza Margherita Gourmet – de <strong>R$</strong> 24,00 por <strong>R$</strong> 12,00<br />

READY BEEF (303 Sudoeste – 3039.4040)<br />

• Steak de Babuche ao molho de champignon – de <strong>R$</strong> 25,00 por <strong>R$</strong> 12,50<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

TRATTORIA 101 (101 Sudoeste – 3344.8866)<br />

27


• Filé a Parmegiana com arroz ou batata – de <strong>R$</strong> 29,50 por <strong>R$</strong> 14,75<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque (somente no jantar)<br />

VILLA BORGHESE (201 Sul – 3226.5650)<br />

• Filetto <strong>Roteiro</strong> 2006 – de <strong>R$</strong> 44,00 por <strong>R$</strong> 22,00<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

WERNER RESTAURANTE (212 Sul – 3346.3720)<br />

• Escalopes ao Molho de Mostarda e Mel – de <strong>R$</strong> 32,80 por <strong>R$</strong> 16,40<br />

Forma de pagamento: dinheiro<br />

SEXTA-FEIRA<br />

BEIT KAHAMA (Quituart - QI 9 Lago Norte - 3244.8110 / somente no jantar)<br />

• Kafta (4 unidades) e arroz c/ lentilha – de <strong>R$</strong> 15,00 por <strong>R$</strong> 7,50<br />

• Carneiro a La Dolly – de <strong>R$</strong> 20,00 por <strong>R$</strong> 10,00<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

CAFÉ ENCONTRO (Quituart - QI 9 Lago Norte - 9984.0568)<br />

• Vinho do porto Messias (dose) – de <strong>R$</strong> 5,40 por <strong>R$</strong> 2,70 (somente no jantar)<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

CHUCRUTE (Quituart - QI 9 Lago Norte -3368.3633 / 9989.0946)<br />

• Goulash com Spätzle – de <strong>R$</strong> 22,20 por <strong>R$</strong> 11,10 (somente no jantar)<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

CONCENTRAÇÃO (209 Sul – 3242.3436 / somente no almoço)<br />

• Bacalhau ao forno – de <strong>R$</strong> 31 por <strong>R$</strong> 15,50<br />

• Frango à Parmegiana – de <strong>R$</strong> 22,60 por <strong>R$</strong> 11,30<br />

• Frango à Cubana – de <strong>R$</strong> 22,60 por <strong>R$</strong> 11,30<br />

DIAMANTINA RESTAURANTE (Hotel Kubitschek Plaza – 3329.3774 )<br />

• Xico Angu – de <strong>R$</strong> 28,00 por <strong>R$</strong> 14,00<br />

DONA CILOCA TORTAS ARTESANAIS (303 Sudoeste – 3344.1155)<br />

• Tortas de Nutella e Brigadeiro Fatia – de <strong>R$</strong> 5,00 por <strong>R$</strong> 2,50; Inteira – de <strong>R$</strong><br />

50,00 por <strong>R$</strong> 25,00<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

FESTIM ENOGASTRONOMIA E CAFÉ (CA 05 Lago Norte – 3468.3409)<br />

• FESTIM Mediterrâneo de inverno – de <strong>R$</strong> 46,20 por <strong>R$</strong> 23,10 (somente no<br />

jantar)<br />

GREEN’S (302 Norte – 3326.0272 / 202 Sul – 3321.5039)<br />

• Buffet de sopas (somente na 202 Sul), saladas do cardápio, grelhados<br />

Forma de pagamento: dinheiro<br />

HOTEL BLUE TREE ALVORADA (Restaurante Herbs - 3424.7000)<br />

• Chopp – de <strong>R$</strong> 6,00 por <strong>R$</strong> 3,00<br />

• Caipirinha – de <strong>R$</strong> 10,00 por <strong>R$</strong> 5,00<br />

• Happy Hour – das 18h às 21h30, todas as sextas e sábados, com música ao<br />

vivo. Caldos e canapés são por conta da casa até às 19h.<br />

L’AFFAIRE (Hotel Mercure – 3326.7130)<br />

•Sexta Casual Day: buffet com criações do chef Marcello Piucco – de <strong>R$</strong>50,00<br />

por <strong>R$</strong>25,00 (somente no almoço)<br />

LAS PAELLAS (Quituart - QI 9 Lago Norte - 3032.3237)<br />

• Paella Marinera – de <strong>R$</strong> 28,00 por <strong>R$</strong> 14,00 (somente no jantar)<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

LE FRANÇAIS<br />

• Omelette aux fines herbes – de <strong>R$</strong>22,50 por <strong>R$</strong>11,30<br />

• Coq au Vin de Bourgogne – de <strong>R$</strong> 32,60 por <strong>R$</strong> 16,30<br />

• Filet au Roquefort – de <strong>R$</strong> 39,60 por <strong>R$</strong>19,80<br />

• Crème Brûlée – de <strong>R$</strong> 13,50 por <strong>R$</strong> 6,80<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

MITSUBÁ (Hotel Naoum Plaza – 3322.4545)<br />

• Sushi e Sashimi especial para duas pessoas (cód. 8302) – de <strong>R$</strong> 60,00 por <strong>R$</strong><br />

30,00<br />

• Yaksoba de frango (cód. 6682) – de <strong>R$</strong> 29,00 por <strong>R$</strong> 14,50<br />

NATURETTO (405 Norte - 3201.6223)<br />

• Buffet (somente no jantar) – de <strong>R$</strong> 24,00 por <strong>R$</strong> 12,00<br />

NORTON GRILL (Hotel Meliá – 3218.5550)<br />

• Picanha baby com arroz Norton e pudim de leite caseiro de sobremesa – de<br />

<strong>R$</strong> 52,50 por <strong>R$</strong> 26,25<br />

OÁSIS (Quituart - QI 9 Lago Norte - 9912.0113)<br />

Carne de Sol Completa p/ 2 pessoas<br />

De <strong>R$</strong> 36,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 18,45 (somente no almoço)<br />

PATUÁ (Deck Brasil QI 11 Lago Sul – 3248.7231)<br />

• Filé Negro – de <strong>R$</strong> 19,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 9,95 (somente no jantar)<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

READY BEEF (303 Sudoeste – 3039.4040)<br />

• Steak de Babuche ao molho de champignon – de <strong>R$</strong> 25,00 por <strong>R$</strong> 12,50<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

SABOR MAR (Quituart - QI 9 Lago Norte -3368.6229)<br />

Bobó de Camarão – de <strong>R$</strong>28,00 por <strong>R$</strong>14,00 (somente no jantar)<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

28<br />

SÁBADO<br />

BAR E PIZZARIA DO BRÁS (107 Norte – 3347.4735)<br />

• Chopp – de <strong>R$</strong> 3,20 por <strong>R$</strong> 1,60<br />

• Salsichão Frankfurt – de <strong>R$</strong> 24,50 por <strong>R$</strong> 12,25<br />

• Eisbein com chucrute – de <strong>R$</strong> 24,50 por <strong>R$</strong> 12,25<br />

• 50% em todas as pizzas do cardápio, de todos os sabores e tamanhos<br />

(somente no jantar)<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

CAFÉ CANCUN (Shopping Liberty Mall – 3202.4466)<br />

• Feijoada – de <strong>R$</strong> 28,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 14,45 (somente no almoço/não inclui o buffet<br />

de sobremesa)<br />

CAFÉ ENCONTRO (Quituart - QI 9 Lago Norte - 9984.0568)<br />

• Licor Cointreau (dose) – de <strong>R$</strong> 5,80 por <strong>R$</strong> 2,<strong>90</strong> (somente no almoço)<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

DIAMANTINA RESTAURANTE (Hotel Kubitschek Plaza – 3329.3774)<br />

• Filé de Badejo ao molho de uvas – de <strong>R$</strong> 35,00 por <strong>R$</strong> 17,50.<br />

FESTIM ENOGASTRONOMIA E CAFÉ (CA 05 Lago Norte – 3468.3409)<br />

• FESTIM Mediterrâneo de inverno – de <strong>R$</strong> 46,20 por <strong>R$</strong> 23,10 (somente no<br />

jantar)<br />

RESTAURANTE HERBS (Hotel Blue Tree – 3424.7000)<br />

• Feijoada Blue Tree – de <strong>R$</strong> 42,00 por pessoa por <strong>R$</strong> 21,00 (somente no<br />

almoço)<br />

HOTEL BLUE TREE ALVORADA (Happy Hour das 18h às 21h30 – Restaurante<br />

Herbs – 3424.7000)<br />

• Chopp – de <strong>R$</strong> 6,00 por <strong>R$</strong> 3,00<br />

• Caipirinha – de <strong>R$</strong> 10,00 por <strong>R$</strong> 5,00<br />

MITSUBÁ (Hotel Naoum Plaza – 3322.4545)<br />

• Sushi e Sashimi especial p/ duas pessoas – de <strong>R$</strong> 60,00 por <strong>R$</strong> 30,00 (somente<br />

no jantar)<br />

• Yaksoba de frango – de <strong>R$</strong> 29,00 por <strong>R$</strong> 14,50 (somente no jantar)<br />

MORMAII SURF BAR (<strong>Brasília</strong> Shopping – 3327.6580)<br />

• Festival de sushis, saladas e pratos quentes – de <strong>R$</strong> 28,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 14,45<br />

(somente no almoço – sashimis não inclusos)<br />

PATUÁ (Deck Brasil QI 11 Lago Sul – 3248.7231)<br />

• Filé Negro – de <strong>R$</strong> 19,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 9,95 (somente no jantar)<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

SALSA (402 Sul – 3224.8852)<br />

• 50% no buffet de saladas<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

SEVERINA FEIJÃO VERDE ( 201 Sul – 3224.6362)<br />

• Baião de 2x2 – de <strong>R$</strong> 27,00 por <strong>R$</strong> 13,50<br />

THE FALLS (Hotel Naoum Plaza – 3322.4545)<br />

• 50% no chopp (somente no almoço)<br />

UNIVERSAL DINER (210 Sul – 3443.2089)<br />

• Chix Lemon – de <strong>R$</strong> 49,00 por <strong>R$</strong> 24,50 (somente no almoço)<br />

VARANDA DO FRED (QL 3, Cj. 1, casa 14, Lago Norte – 3577.3351)<br />

• Steak à Diana com risoto parisiense – de <strong>R$</strong> 30,00 por <strong>R$</strong> 15,00<br />

• Filé a la Marcelle – de <strong>R$</strong> 30,00 por <strong>R$</strong> 15,00<br />

DOMINGO<br />

BABBO PIZZARIA (213 Norte – 3340.0020)<br />

• Pizza grande Wagner – de <strong>R$</strong> 31,40 por <strong>R$</strong> 15,70<br />

• Pizza grande Margherita – de <strong>R$</strong> 22,80 por <strong>R$</strong> 11,40<br />

• Pizza grande Portuguesa – de <strong>R$</strong> 24,60 por <strong>R$</strong> 13,30<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

LE FRANÇAIS (405 Sul – 3225.4583)<br />

• Salade Paysann – de <strong>R$</strong>19,50 por <strong>R$</strong> 9,80<br />

• Filet à la Provençale – de <strong>R$</strong> 39,60 por <strong>R$</strong> 19,80<br />

• Omelette Norvegiènne (serve 4 pessoas) – de <strong>R$</strong> 51,00 por <strong>R$</strong> 25,50<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

PATUÁ (Deck Brasil QI 11 Lago Sul – 3248.7231)<br />

• Filé Negro – de <strong>R$</strong>19,<strong>90</strong> por <strong>R$</strong> 9,95 (somente jantar)<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

VILLA TEVERE (115 Sul – 3345.5513)<br />

• Filetto alla parmiggiana – de <strong>R$</strong>35,00 por <strong>R$</strong>17,50 (somente no almoço - não<br />

válido no Dia dos Pais)<br />

Forma de pagamento: dinheiro ou cheque<br />

Para usufruir das promoções é indispensável a apresentação do<br />

Cartão <strong>Roteiro</strong> de vantagens (o cartão é de uso individual). Todas<br />

as informações acima são de responsabilidade dos restaurantes.<br />

O cartão não é cumulativo e não poderá ser retido pelo<br />

estabelecimento, podendo assim ser utilizado durante todo o seu<br />

prazo de validade.


DIVULGAÇÃO<br />

acontecenosshoppings<br />

Show de gala<br />

Cultura em Conjunto Premium traz Ney Matogrosso e Camila Pitanga<br />

POR LÚCIA LEÃO<br />

Um dos grandes nomes da música<br />

instrumental brasileira do momento<br />

está de volta à cidade que o revelou.<br />

E vem muito bem acompanhado. O<br />

bandolinista Hamilton de Holanda e o<br />

cantor Ney Matogrosso fazem show nos<br />

dias 23 e 24 pelo projeto Cultura em<br />

Conjunto Premium, na Sala Villa-Lobos<br />

do Teatro Nacional. E as<br />

duas noites contam<br />

com a participação<br />

mais que especial<br />

da atriz Camila<br />

Pitanga.<br />

Os<br />

homenageados<br />

desta segunda<br />

edição do<br />

30<br />

projeto em 2006 também não deixam<br />

por menos. O “bruxo” Hermeto<br />

Pascoal, um dos mestres inspiradores de<br />

Hamilton, vai ser lembrado nos shows,<br />

por seus 70 anos, completados em 22<br />

de junho. Mas a interação dos dois<br />

“monstros” da música instrumental<br />

brasileira não é de hoje. Eles já tocaram<br />

juntos e o virtuose compôs para o<br />

“mago” o choro moderno O Hermeto<br />

Tá Brincando.<br />

Bem antes disso, no começo da<br />

década de 80, quando Hamilton<br />

tinha apenas cinco anos e se<br />

apresentou com o irmão Fernando<br />

César no Clube do Choro de<br />

<strong>Brasília</strong>, Pernambuco do Pandeiro,<br />

músico que acompanhava Hermeto,<br />

batizou os garotos de Dois de Ouro,<br />

nome que carregaram por mais de<br />

duas décadas e apresentaram mundo<br />

afora.<br />

Já Ney Matogrosso<br />

escolheu o ícone brasileiro<br />

Carmem Miranda para<br />

prestar homenagem. Além<br />

dos rebolados e adornos<br />

inspirados na diva, Ney<br />

pegou emprestado o<br />

repertório da Pequena<br />

Notável para o CD<br />

Batuque, de 2001. Entre as<br />

canções escolhidas estão<br />

clássicos como O que que<br />

a baiana tem, de Dorival<br />

Caymmi (que, aliás, foi o<br />

homenageado da edição<br />

anterior), Tico-tico no<br />

Fubá, de Zequinha de Abreu e Eurico<br />

Barreiros, e O mundo não se acabou,<br />

de Assis Valente.<br />

Na edição de julho, mais de 2.500<br />

espectadores aplaudiram Hamilton,<br />

Maria Bethânia e Francisco Cuoco<br />

de pé. O projeto Cultura em Conjunto<br />

Premium faz sucesso desde que começou,<br />

em maio de 2005, sempre reunindo um<br />

grande músico e um ator famoso. Já<br />

passaram pelo palco da Sala Villa-Lobos<br />

as duplas Zélia Duncan e Tuca Andrada,<br />

Ed Motta e Giulia Gam, João Bosco e<br />

Danielle Winits, Dudu Nobre e Letícia<br />

Sabatella e Ivan Lins e Matheus<br />

Nachtergaele.<br />

Os ingressos são<br />

disputadíssimos ssimos e costumam<br />

esgotar bem antes dos dias<br />

das apresentações. ções. Para<br />

conseguir um, é preciso<br />

apresentar notas fiscais<br />

de compras<br />

feitas no<br />

Conjunto<br />

Nacional.<br />

Cada <strong>R$</strong> 200<br />

em compras<br />

dão direito a<br />

um convite,<br />

no limite de<br />

até dois por<br />

CPF. As trocas<br />

podem ser<br />

feitas até o dia<br />

22 no 1º piso<br />

da ala norte do<br />

shopping.


MAISUR MUSA<br />

Berço da civilização<br />

Quem nunca se<br />

viu fascinado diante<br />

das histórias dos<br />

faraós e múmias<br />

do antigo Egito?<br />

Ou das milenares<br />

pirâmides, com sua<br />

esfinge guardiã?<br />

Pois agora, <strong>Brasília</strong><br />

tem a oportunidade<br />

de matar um pouco essa curiosidade e<br />

desmistificar algumas lendas. O Conjunto<br />

Nacional traz o museu itinerante<br />

Mistérios do Antigo Egito, que fica na<br />

Praça da Gaivotas, no térreo, de 19 de<br />

agosto até 20 de setembro.<br />

São cerca de 100 peças da cultura<br />

egípcia, com 16 relíquias de 3.000<br />

anos e réplicas de múmias, bustos<br />

e artefatos com as mesmas medidas<br />

originais. A organização cronológica da<br />

exposição ajuda a remontar a história<br />

dessa civilização de 8.000 anos, que<br />

deu contribuições decisivas para o<br />

desenvolvimento de ciências como a<br />

medicina, matemática, arquitetura,<br />

agricultura e também das artes.<br />

Guias e monitores ajudam o<br />

visitante a entender melhor o<br />

significado, utilidade e origem<br />

das peças, em uma “aula” que<br />

dura de 45 minutos a uma hora.<br />

O ingresso para essa viagem no<br />

tempo custa <strong>R$</strong> 6. Estudantes<br />

ERNANI<br />

que apresentarem carteirinha pagam<br />

meia. Quem apresentar notas fiscais<br />

de <strong>R$</strong> 40 em compras no shopping<br />

ganha 20% de desconto. O ingresso<br />

dá direito a voltar quantas vezes<br />

quiser. Escolas também podem<br />

agendar visitas especiais à exposição.<br />

Papai motorizado<br />

Clássicos brasileiros<br />

Monteiro Lobato, um dos grandes<br />

ícones da literatura infantil brasileira,<br />

é o homenageado do mês da Cia Néia<br />

& Nando no Península Shopping.<br />

O pai da boneca Emília e de toda a<br />

turma do Sítio do Pica Pau Amarelo<br />

vai subir ao palco junto com seus<br />

personagens. É que um ator estará<br />

devidamente caracterizado como o<br />

pré-modernista, conversando com suas criações.<br />

Autores consagrados, como Maria Clara<br />

Machado, Irmãos Grimm e Andersen, já passaram<br />

pela série de homenagens do grupo. No Festival<br />

Monteiro Lobato vão ser apresentadas as peças<br />

Sítio no País das Maravilhas (dia 12), Deu confusão<br />

no Sítio (dia 19) e Emília Dançarina (dia 26). Os<br />

espetáculos serão sempre aos sábados, às 16h, na<br />

praça de alimentação, com entrada franca.<br />

No Terraço Shopping, também aos sábados,<br />

segue o festival Contos & Lendas, que traz para<br />

a criançada alguns mitos da cultura popular<br />

brasileira. No dia 12, tem O casamento do Sol e da<br />

Lua. Depois, O Baú da Vovó (dia19) e Ciranda da<br />

Vida (dia 26). Todas as apresentações serão às 18h,<br />

com acesso livre.<br />

Liquidação chique<br />

Já virou tradição. Para trocar a coleção<br />

outono-inverno pela primavera-verão, e seguindo<br />

a tendência do Q-Bazar de São Paulo e da Feira<br />

Hyppe do Rio, o <strong>Brasília</strong> Shopping promove o<br />

Fashion Bazar. Pelo terceiro ano consecutivo, as<br />

lojas vão liquidar o estoque do frio e abrir espaço<br />

para o calor. Na área externa do shopping, em<br />

frente à avenida W3, estandes das lojas oferecerão<br />

peças com desconto de até 70%, entre os dias<br />

16 e 20. O horário de funcionamento é o mesmo<br />

do shopping: de quarta a sábado, das 10 às 22h;<br />

domingo, das 12 às 20h.<br />

Este ano, além de ter um dia a mais, o Fashion<br />

Bazar ocorre paralelo ao <strong>Brasília</strong> Fashion Festival,<br />

evento patrocinado pelo centro de compras (leia<br />

na página 30). Também conta com mais lojas<br />

participantes e palestras gratuitas de especialistas<br />

em moda. Os convidados são a relações públicas<br />

do Fashion Rio, Lalá Guimarães, o editor do<br />

caderno Ela do jornal O Globo, Lula Rodrigues, e<br />

os estilistas Ronaldo Fraga e Giovani Frasson.<br />

Para matar a fome, os restaurantes e<br />

lanchonetes do shopping participam do evento<br />

com um cardápio especial, criado especialmente<br />

para o Bazar. E quem quiser conferir a tendência<br />

para o verão, basta passear pelo shopping e olhar<br />

as vitrines, que já vão estar com a nova coleção.<br />

O Dia dos Pais já passou, mas o concurso cultural do Taguatinga Shopping continua. Até o dia<br />

25, os filhos podem responder à pergunta “Por que seu pai merece uma moto?” e concorrer a uma<br />

“possante”.<br />

Os autores das quatro melhores frases com as palavras pai e moto vão para a grande final,<br />

dia 26. Cada um vai receber uma chave e quem conseguir ligar a moto leva a máquina para casa.<br />

Duas frases já foram escolhidas, uma no dia 4 e outra no dia 11 de agosto. As outras duas vão ser<br />

escolhidas nos dias 18 e 25.<br />

O concurso é uma promoção do Taguatinga Shopping em parceria com a rádio JK. Até o dia<br />

da final, um DJ da rádio vai tocar na praça de alimentação do shopping, de segunda a sexta-feira,<br />

das 17 às 19h, e aos sábados e domingos das 16 às 19h. A moto, avaliada em <strong>R$</strong> 7,5 mil, vai estar<br />

em exposição no local. Qualquer pessoa pode participar. É de graça.<br />

MAISUR MUSA<br />

31


fazendomoda<br />

Viva os festivais<br />

Duas grandes badalações vão dar um ar fashion à cidade<br />

POR MARIA TERESA FERNANDES<br />

Para provar que <strong>Brasília</strong> quer, mesmo, entrar para o circuito<br />

nacional da moda, neste mês de agosto estilistas novos e consagrados<br />

terão logo dois espaços para demonstrar seu talento: o <strong>Brasília</strong><br />

Fashion Festival, de 16 a 18, e o Capital Fashion Week, de 23 a 26. Com<br />

propostas muito semelhantes de inserção social, ambos prometem<br />

mexer com a economia da cidade, dando emprego temporário a cerca<br />

de 3.000 pessoas e desencadeando uma série de negócios entre os<br />

participantes. Sem contar a movimentação de um público estimado<br />

em mais de 30.000 convidados.<br />

O Hotel Blue Tree Park será cenário do <strong>Brasília</strong> Fashion Festival,<br />

em sua primeira edição. “Nossa proposta é trazer um evento com<br />

conteúdo que se preocupe em lançar <strong>Brasília</strong> no mundo da moda<br />

e também identifique talentos locais; é a moda como negócio, mas<br />

também como inclusão social”, explica Paula Santana, diretora do<br />

festival. Assim, nove jovens estilistas escolhidos nas feiras itinerantes,<br />

lojas de tecidos e ateliês das cidades satélites tiveram, desde julho, a<br />

consultoria do estilista paulista Jum Nakao, que deu uma mãozinha<br />

na concepção da coleção de cada um deles.<br />

Uma das escolhidas, a artesã e estilista Mariá Araújo, está muito<br />

feliz com a oportunidade de tornar seu trabalho conhecido não só<br />

na cidade, como em todo o país e até fora dele. Expositora da feira<br />

BSB Mix, Mariá está no ramo da moda há apenas dois anos, quando<br />

começou pintando camisetas para sua filha adolescente, Emanuelle.<br />

Hoje, a filha e o marido ajudam Mariá nos bordados que vão para as<br />

roupas elaboradas por três costureiras da equipe. “Minha inspiração<br />

vem da arquitetura da cidade em que vivo há dez anos”, diz a<br />

paraibana que já tem peças de seu trabalho sendo vendidas<br />

em butiques de São Paulo, Rio e Belo Horizonte.<br />

Outro estilista renomado, Ronaldo Fraga, foi incumbido de<br />

orientar quatro cooperativas de artesãs da periferia de <strong>Brasília</strong>:<br />

Companhia do Lacre, Etnia das Artes, 100% Cerrado e Paranoarte.<br />

As três primeiras têm apoio de instrutoras das Oficinas da<br />

Solidariedade, um programa social do governo do DF. Isaura<br />

Barbosa, coordenadora desse programa, será homenageada no BFF.<br />

“Muitas mulheres chegaram até nós com a auto-estima lá em baixo<br />

e dificuldades financeiras. Aqui elas aprenderam uma profissão e<br />

descobriram que é possível ter um trabalho digno e que pague as<br />

contas no final do mês”, diz Isaura Barbosa, para concluir: “é uma<br />

revolução silenciosa”.<br />

32<br />

Mariá Araújo, estilista novata que estréia no <strong>Brasília</strong> Fashion Festival<br />

EDUARDO KRÜGER


O CENTRO DE CONVENÇÕES Ulysses<br />

Guimarães será cenário do Capital<br />

Fashion Week, já em sua segunda edição.<br />

Também orientados pelo estilista Jun<br />

Nakao, seis novos talentos escolhidos pela<br />

organização terão seu trabalho exibido<br />

na mesma passarela de 30 grifes locais<br />

e nacionais: Tabatha Melo, Mila Petry,<br />

Romildo do Nascimento, Maísa Sousa<br />

e os trios Sandra Lima/Cristina Silva/<br />

Camylla Portela e Marina Francischetti/<br />

Jean Matos/Vanessa Cavalcante. Além<br />

dos novatos, dois estilistas apresenta dos<br />

no ano passado – Camila Prado e Luiz<br />

Kokay – participarão como convidados<br />

para mostrar a evolução de seus trabalhos<br />

em novas coleções.<br />

Um dos desfiles mais esperados é<br />

o da Apoena (em tupi-guarani, aquela<br />

que enxerga longe). A cooperativa reúne<br />

200 artesãs, costureiras e bordadeiras,<br />

e utiliza a moda como instrumento de<br />

cidadania e resgate social. Também pisa<br />

na passarela o Grupo <strong>Brasília</strong> de Moda<br />

– GBM. Na primeira edição, o, ano passado,<br />

o GBM compareceu com oito empresas.<br />

O retorno foi tão expressivo que este<br />

ano desfilarão 13 marcas do Grupo:<br />

Nyll, Jukaf, SummerShop, Setemares,<br />

Nagelamaria, Zinc, Avanzzo, Água da<br />

Ilha, 2 Tempos, Ki-Graça, Cool Cat,<br />

No Limits e Mix to Mix.<br />

Estão confirmadas também presenças<br />

das marcas Triton, Zoomp, Le Lis Blanc,<br />

Cori, Ortiga, Uma, Carmem Steffens<br />

e multimarcas como Amélie, Santa e<br />

VirgemMaria! Quem faz o desfile de<br />

abertura é a designer de jóias brasiliense<br />

Carla Amorim. Ao todo serão o 32 desfiles,<br />

distribuídos em duas salas com 43 metros<br />

de extensão e capacidade para 800<br />

convidados cada. A coordenadora Márcia<br />

Lima estima que 6.000 pessoas por dia<br />

visitem o Centro de Convenções Ulysses<br />

Guimarães. Deverão ser gastos <strong>R$</strong> 2,7<br />

milhões com a produção e o pagamento<br />

de fornecedores e de serviços. E os<br />

visitantes devem deixar na cidade<br />

cerca de <strong>R$</strong> 1 milhão.<br />

À parte a polêmica instalada sobre<br />

quem copiou quem, ou quem vai fazer<br />

mais pela moda da cidade, o certo é<br />

que, no final, todos saem ganhando:<br />

organizadores, participantes e o<br />

público consumidor.<br />

Croquis de Romildo do Nascimento (acima),<br />

estilista brasiliense escolhido para participar do<br />

Capital Fashion Week. Abaixo, vestido criado pela<br />

grife Apoena, outro destaque do mesmo festival.<br />

BBF e-music<br />

Marcelo D2, o rapper que tem um pé no<br />

samba, vai fazer uma ponta no <strong>Brasília</strong> Fashion<br />

Festival. Ele cantará seus sucessos enquanto<br />

desfila as roupas de sua grife, Manifesto<br />

33 1/3. Será, provavelmente, o desfile mais<br />

concorrido. No intervalo de cada um, o som<br />

dos novos talentos da cidade estará animando<br />

o público descolado que freqüenta eventos de<br />

moda. Saiba quem vai estar lá:<br />

• Orquestra Motown – a big band, com 10<br />

integrantes, busca resgatar o auge da música<br />

negra americana. Mestres como James Brown,<br />

Stevie Wonder, Marvin Gaye e Jackson Five<br />

fazem parte do repertório.<br />

• Senha Moral – formado por ex-membros<br />

das bandas Raimundos e Detrito Federal, o<br />

grupo mistura pop rock, hip hop e punk rock.<br />

• Ellen Oléria e banda – a cantora e<br />

compositora vem conquistando seu espaço.<br />

Sua música, que mistura ritmos como samba,<br />

funk, bossa, hip hop e pop, tem conquistando<br />

público e crítica.<br />

• Babando o Bambu – o quarteto de<br />

saxofones está na estrada há 10 anos. Conheça<br />

mais o grupo lendo a matéria de Vicente Sá na<br />

página 23.<br />

• Microbek – o som do grupo é uma<br />

mistura inusitada de música clássica com<br />

trance e techno. Enquadram-se na ambient<br />

music, derivada do lounge. A mensagem do<br />

estilo: relaxem e divirtam-se.<br />

• Lucy and the Popsonics – o estilo electro<br />

rock trash minimalista da dupla tem rendido<br />

bons frutos. Já têm um bom público por aqui e<br />

shows marcados em festivais no Rio de Janeiro<br />

e em Goiânia.<br />

• Resistores – apesar de o power trio ter<br />

apenas um ano de vida, seus integrantes já<br />

têm experiência, vindos de outras bandas. As<br />

letras tratam de assuntos polêmicos; a música,<br />

o bom e velho rock.<br />

• BSB.Girls – grupo feminino de breaking,<br />

estilo de dança de rua. As garotas procuram<br />

divulgar a cultura hip hop por meio de<br />

promoção de cursos e eventos, montagem de<br />

espetáculos e coreografias.<br />

• João Ninguém – Música esquisita, torta,<br />

que dá dor de cabeça. É assim que a banda se<br />

qualifica. O difícil é achar uma definição para<br />

o som, uma mistura que tem de rock a jazz<br />

fusion.<br />

• Banda 80 – essa é para quem viveu nos<br />

anos 80 e presenciou a explosão da new wave<br />

e do rock nacional. Cure, Smiths, Paralamas,<br />

Kid Abelha, Madonna... tudo estará lá. A<br />

nostalgia também confirmou presença.<br />

• Nonato Dente de Ouro e o Esquadrão<br />

de Ébano – o trovador promete muitas rimas<br />

num ritmo dançante.<br />

33


MARCOS HERMES<br />

diaenoite<br />

obrigado,gente<br />

A comemoração é em alto estilo. Afinal,<br />

João Bosco faz 60 anos, metade dos<br />

quais dedicados à música, que produziu<br />

memoráveis clássicos da MPB. Sua<br />

ética musical teve sempre uma única<br />

lei, parágrafo único: a invenção. Para<br />

comemorar tanto talento, João Bosco<br />

gravou seu primeiro DVD, o Obrigado,<br />

Gente. Estão lá, claro, os sambas da<br />

década de 70, em parceria com Aldir<br />

Blanc, os sucessos românticos dos anos<br />

80/<strong>90</strong>, como Memória da Pele, Desenho<br />

de giz, Papel Machê e muito mais. O show<br />

homônimo do aniversariante passará por<br />

<strong>Brasília</strong> no dia 25 de agosto, sexta-feira.<br />

Será na Sala Villa-Lobos e terá ingressos a<br />

<strong>R$</strong>80 e <strong>R$</strong> 40.<br />

34<br />

musasemandalas<br />

O artista plástico Ricardo Stumm<br />

rendeu-se à beleza das formas e da<br />

caligrafia chinesa ao criar sua nova<br />

série Mandalas, que exibe pela primeira<br />

vez na Casa Thomas Jefferson. São<br />

oito objetos de parede fundidos em<br />

alumínio e aplicados sobre madeira<br />

com texturas espontâneas trabalhadas<br />

pelo próprio artista. O metal recebe<br />

diversos tratamentos como pátinas, polimentos, escovações, mostrando as<br />

inúmeras possibilidades do material. Vinte esculturas da série Musas, trabalho<br />

iniciado em Barcelona, e que continua a ser desenvolvido no Brasil, também<br />

poderão ser apreciadas pelo público durante a mostra. Mulheres imaginárias,<br />

bailarinas ao vento. “Uma tentativa de desvendar os movimentos femininos,<br />

captando a leveza e sutileza que lhe são peculiares”, explica Stumm. Até 15 de<br />

setembro, de segunda a sexta, das 9h às 21h. Aos sábados, das 9h às 12h.<br />

casanova<br />

sobrevéus<br />

Seus trabalhos se valem de matéria conhecida – a geometria –,<br />

com referências a pedras e vegetais. Ao todo, 15 obras de nanquim<br />

sobre papel revelam a delicadeza e a feminilidade de Regina Pessoa,<br />

dublê de publicitária e artista plástica que exporá seu talento no<br />

Café Daniel Briand. As transparências, as linhas, revelam um tecido<br />

composto de realidades superpostas, véus sobre véus de uma artista<br />

que nasceu no Ceará mas mora em <strong>Brasília</strong> há mais de 30 anos:<br />

“sou uma brasiliense que nasceu no Ceará”. Com vernissage a 15 de<br />

agosto, Sobre Véus fica até 17 de setembro no café da 104 Norte. De<br />

terça a domingo, das 11 às 22h.<br />

A Referência Galeria de Arte inaugura novo espaço de exposições,<br />

agora na Asa Norte. Uma coletiva com trabalhos de Antônio<br />

Poteiro, Galeno, Fernando Velloso, Mônica Menkes, Marcelo Feijó,<br />

Tarciso Viriato, Pompéia, Diô Viana e Helder Rocha Lima marca a<br />

inauguração do local, no térreo do edifício América Office Tower,<br />

sala 103. A galeria vai funcionar de segunda a sexta, das 8h às 17h.<br />

Até setembro, a entrada é franca. Informações: 3361.3501.<br />

atosvisuais<br />

O artista plástico Rodrigo Pessoa, de <strong>Brasília</strong>, inaugura a nova temporada<br />

do Projeto Atos Visuais, na Galeria Fayga Ostrower, na Funarte. A mostra<br />

individual foi uma das selecionadas para a temporada 2006, pela comissão<br />

formada por Guilherme Bueno (RJ), Adolfo Montejo Navas (RJ) e Elyeser<br />

Szturm (DF). Na Dobra, novo trabalho de Rodrigo, consiste na ocupação<br />

de três paredes da galeria com um desenho-pintura quase instalação feita<br />

pelo próprio artista. Segundo ele, o trabalho faz parte de sua pesquisa<br />

sobre a relação da arte contemporânea com o espaço arquitetônico. De 10<br />

de agosto a 10 de setembro. Informações:3226.9228.<br />

DIVULGAÇÃO<br />

CLAUSEM BONIFÁCIO


traços<br />

Telas de alguns dos mais expressivos<br />

artistas nacionais das últimas décadas<br />

e suas “marcas registradas”. Assim é a<br />

mostra Traços do Acervo da Caixa, na<br />

qual o visitante poderá encontrar as<br />

inconfundíveis palmeiras de Tarsila do<br />

Amaral e os avantajados tipos dentuços<br />

de Heitor dos Prazeres (foto), entre<br />

outros ícones das artes plásticas. Na<br />

seleção, de 23 obras garimpadas do<br />

acervo da Caixa do Rio de Janeiro e três<br />

de <strong>Brasília</strong>, estão xilogravuras de artistas<br />

como Lasar Segall e Oswaldo Goeldi,<br />

serigrafias de Tomie Ohtake e raras telas<br />

de Cícero Dias. Galeria Principal do<br />

Conjunto Cultural. Até 21 de agosto,<br />

de terça a domingo, das 9h às 21h.<br />

Entrada franca<br />

concursodepiano<br />

Estão abertas, até 31 de agosto, as inscrições para o<br />

II Concurso de Piano Grieg-Nepomuceno. O vencedor<br />

receberá <strong>R$</strong> 10 mil. Podem participar jovens pianistas<br />

brasileiros e noruegueses nascidos entre 1978 e 1992.<br />

As audições, abertas ao público, serão realizadas entre<br />

17 e 21 de outubro, na Sala Martins Pena do Teatro<br />

Nacional. Em 2005, quando o concurso era aberto<br />

apenas a candidatos brasileiros, o júri classificou<br />

em primeiro lugar o paulista Leonardo Hilsdorf,<br />

de 17 anos – que nesta temporada, como parte<br />

da premiação, participa de concerto da Orquestra<br />

Sinfônica do Teatro Nacional. Dois residentes<br />

do Distrito Federal levaram o segundo e terceiro<br />

prêmios: Daniel de Vito, 20, e Fernando Calixto, 21.<br />

Regulamento no site www.noruega.org.br.<br />

santacroce<br />

Solidão, emigração e velhice. São esses os temas que envolvem<br />

os habitantes de uma vila siciliana chamada Santa Croce.<br />

Nascido da fusão de contos do autor Luiggi Pirandello, o<br />

espetáculo Santa Croce tem direção de Silvia Davini e, no<br />

elenco, Ada Luana, César Lignelli, Diego Bresani, Jonathan<br />

Andrade, Rodrigo Fischer e Taís Felippe. Teatro Plínio<br />

Marcos, da Funarte, de 17 a 27 de agosto. De quinta a sábado,<br />

às 21h, e domingo, às 20h. Ingressos a <strong>R$</strong> 10 e <strong>R$</strong> 5.<br />

cascudoparacrianças<br />

Um menino preguiçoso e sonhador conduz uma<br />

viagem incomum que tem <strong>Brasília</strong>, ou lugar<br />

nenhum, como destino. Essa é a história de<br />

Cascudo, comédia folclórica premiada em 2004<br />

na Mostra SESC. A peça é inspirada nos estudos<br />

de Luís da Câmara Cascudo, considerado o<br />

maior pesquisador da cultura popular brasileira.<br />

Direção de André Amaro. Até 27 de agosto, sextas<br />

e sábados, às 21h, e domingos, às 17h. Ingressos<br />

a <strong>R$</strong>20 e <strong>R$</strong> 10, na bilheteria do teatro, com<br />

uma hora de antecedência. Censura livre. O<br />

Caleidoscópio fica na quadra 102 do Sudoeste.<br />

Informações: 3344.0444<br />

35<br />

LUIS EUGÊNIO LEITE<br />

DIVULGAÇÃO


queespetáculo<br />

DALTON CAMARGOS<br />

Jogos de poder<br />

A deterioração dos<br />

valores da sociedade<br />

na nova peça dos<br />

irmãos Guimarães<br />

36<br />

estrelada pelo<br />

ator global Cauã<br />

Reymond<br />

POR ANA CRISTINA VILELA<br />

Canibalismo em pleno século XXI<br />

e, pior, logo ali no Centro Cultural<br />

Banco do Brasil? Não pode ser, ou<br />

pode? Bem... o fato se passa em altomar;<br />

logo, não pode ser em <strong>Brasília</strong>,<br />

que aqui não tem mar, ou tem? Se<br />

não tem de fato, terá, pode ter certeza.<br />

E quem traz cenas tão insólitas a<br />

<strong>Brasília</strong>? Os irmãos Fernando e<br />

Adriano Guimarães. Os dois dirigem<br />

a peça Em Alto-Mar, do dramaturgo<br />

polonês Slawomir Mrozek, que estará<br />

em cartaz no CCBB de 18 deste mês a<br />

3 de setembro, de quinta a domingo.<br />

Quem comparecer ao teatro poderá<br />

ver cenas de verdadeiro humor negro<br />

e ouvir diálogos rápidos e certeiros.<br />

Tudo começa com três amigos que há<br />

dias encontram-se numa embarcação<br />

perdida em alto-mar. Como não<br />

poderia deixar de ser, um dia acaba<br />

a comida e um dos três deverá servir<br />

de alimento aos outros dois. É aí que<br />

começa o jogo. Quem será a vítima e<br />

como será feita essa escolha?<br />

A situação criada por Mrozek<br />

– dramaturgo nascido em junho de<br />

1930 em Borzecin, na Polônia, e que<br />

começou na escrita como jornalista – é<br />

apenas o pano de fundo para entrarem<br />

em cena temas atuais, apesar de a peça<br />

ter sido escrita há mais de 40 anos. Nela,<br />

Mrozek, que também é cartunista, usa<br />

de ironia para falar da reação passiva das<br />

FOTOS: DALTON CAMARGOS


pessoas diante do domínio.<br />

Assim, Em Alto-Mar, considerada<br />

inicialmente uma tragicomédia e<br />

encenada hoje como uma comédia<br />

política (política em sentido mais<br />

amplo, das relações pessoais e dos<br />

jogos de poder), fala da deterioração<br />

dos valores e normas da sociedade e<br />

dos jogos desenvolvidos por aqueles<br />

que querem se manter no poder – seja<br />

ele qual for.<br />

Mrozek, que viveu os duros anos<br />

da Segunda Grande Guerra, teve<br />

uma boa escola desse jogo de poder e<br />

submissão, essência da peça. Essa força<br />

e a atualidade do texto é que levaram<br />

os irmãos Guimarães a escolher Em<br />

Alto-Mar. “Ele estava guardado na<br />

nossa caixinha, esperando a hora<br />

certa, e depois de passarmos muito<br />

tempo trabalhando com Beckett,<br />

autor conhecido por lidar com o ser<br />

humano, com as relações humanas,<br />

escolhemos Mrozek, que faz o<br />

mesmo”, conta Fernando.<br />

E O CANIBALISMO? Caso ninguém tire<br />

da cabeça dos irmãos Guimarães essa<br />

idéia fixa, poderá haver, sim, e quem<br />

vai se servir de alimento tão peculiar<br />

será o personagem de Cauã Reymond,<br />

parte do elenco da peça juntamente<br />

com os brasilienses Alessandro<br />

Brandão, Ana Paula Braga, Gabriel<br />

F. e Vanderson Maciel. O ator saiu<br />

direto da novela Belíssima – onde fazia<br />

o papel de Matheus e contracenava<br />

com Vera Holtz – para sua primeira<br />

experiência nos tablados. “Estou<br />

ansioso e inseguro, mas sempre fui<br />

decidido e por isso me entreguei ao<br />

projeto”, comenta.<br />

Apesar da insegurança, Cauã, que<br />

um dia fez as malas e foi para Nova<br />

York ter aulas de interpretação com<br />

Susan Batson, professora de atores<br />

como Nicole Kidman e Tom Cruise,<br />

está encarando o desafio de frente:<br />

“Estou aprendendo a ter controle<br />

sobre a história, que tem começo,<br />

meio e fim, o que não acontece na<br />

novela, em que a história é construída<br />

ao longo do tempo.”<br />

E por que os irmãos Guimarães<br />

escolheram Cauã para o papel? “Não<br />

tem muito como explicar, quando<br />

mexi no texto veio a imagem dele à<br />

minha cabeça”, explica Fernando,<br />

que se aproximou do ator por meio<br />

de Vera Holtz, sua mulher. O diretor<br />

ressalta o fato de haver um preconceito<br />

contra quem é de televisão e garante:<br />

“Não é uma experiência arriscada e é<br />

muito corajoso da parte dele encarar<br />

o teatro assim”.<br />

Para Fernando, “Cauã é um ator<br />

de fato, tem futuro e talento”, mas<br />

ele admite ser um grande desafio<br />

sair da linguagem da TV, com a qual<br />

o ator trabalhou até agora, e partir<br />

para a linguagem teatral. Também<br />

nisso os dois concordam: “Tem até<br />

a questão da voz, de não sair de<br />

cena”, complementa Cauã. Enfim,<br />

tem a estréia de Cauã, o texto de<br />

Mrozek, autor pouco conhecido em<br />

terras brasileiras, o humor negro, a<br />

embarcação à deriva, um provável<br />

canibalismo... e tem direção dos<br />

irmãos Guimarães. É ir e conferir.<br />

Em Alto-mar<br />

Direção: Adriano e Fernando Guimarães. Com<br />

Cauã Reymond, Alessandro Brandão, Ana<br />

Paula Braga, Gabriel F. e Vanderson Maciel.<br />

De 18/8 a 3/9 no teatro do CCBB. De quinta a<br />

sábado às 21h; domingo às 20h. Ingressos a<br />

<strong>R$</strong> 15 e <strong>R$</strong> 7,50. Mais informações: 3310.7087<br />

37


queespetáculo<br />

Novadança em dobro<br />

Festival inaugura edição de inverno com<br />

proposta de diálogo multidisciplinar<br />

POR ANGÉLICA TORRES<br />

Extrapolar a pura arte da dança com<br />

pesquisas as mais sofisticadas é uma<br />

preocupação constante de coreógrafos<br />

e bailarinos há pelo menos um século,<br />

e <strong>Brasília</strong> tem tido o privilégio de<br />

acompanhar as últimas movimentações<br />

dessa expansão ilimitada – e generosa,<br />

porque em geral são eventos com<br />

entrada franca.<br />

Se o Festival Internacional<br />

Novadança já colaborava para isso com<br />

uma edição anual em fevereiro, agora<br />

dobra a dose. De 23 a 27 próximos, o<br />

evento inaugura sua edição de inverno,<br />

no Teatro da Caixa, com o tema<br />

tecnologia como pano de fundo.<br />

Seus produtores, aliás, avisam que,<br />

a cada edição de inverno, o festival<br />

vai enfocar os diálogos possíveis entre<br />

dança, multiciências e multimídias.<br />

38<br />

E revelam o propósito ambicioso:<br />

atrair a presença de cientistas sociais,<br />

filósofos, psicólogos e demais curiosos<br />

às suas platéias.<br />

Para isso, a programação inclui um<br />

papo dos artistas com o público ao<br />

final de cada espetáculo e o seminário<br />

Dança x Máquina, para discussão e<br />

investigação das fronteiras entre corpo,<br />

mídia e ciências do conhecimento.<br />

Mais: a mostra Dançando para a<br />

Câmera, dos filmes vencedores da<br />

Mostra Competitiva de 2006 do<br />

Festival Internacional da Novadança<br />

O Festival de Inverno de 2006<br />

reúne trabalhos do Brasil, da<br />

Argentina e da Alemanha, e é, no<br />

mínimo, instigante para novos<br />

curiosos e certamente fascinante<br />

para os que acompanham o passoa-passo<br />

dos pesquisadores da dança<br />

contemporânea.<br />

SÁTIRO VALENÇA<br />

ESPETÁCULOS<br />

23/8, às 20h30: Cristian Duarte (SP) – Alta<br />

Necessidade (solo). Segundo a crítica,<br />

“a primeira cena do solo do bailarino e<br />

coreógrafo paulista qualifica como genial<br />

o seu processo de investigação”.<br />

24/8, às 20h30: Alexandre Nas (DF) – Como<br />

Você Quer?, trabalho multimídia sobre dança<br />

e novas tecnologias. Nas é cria da Cia. Alaya<br />

Dança, estudou em Londres e hoje coordena o<br />

Curso Seqüencial de Dança na Dulcina.<br />

25/8, às 20h30: Giovane<br />

Aguiar (DF) – Vertigem,<br />

solo baseado no livro Seis<br />

Propostas para o Próximo<br />

Milênio, de Ítalo Calvino.<br />

Giovane, diretor do Festival<br />

Internacional da Novadança<br />

desde 1996, é um incansável<br />

workshoper junto com<br />

bailarinos internacionais.<br />

26/8, às 20h: Fabiana Capriotti (Argentina)<br />

– El Alma Aquí no Hace Sombras en el Piso<br />

foi recém-apresentado em Buenos Aires pela<br />

bailarina, coreógrafa e professora de técnicas<br />

de improvisação e Composição Instantânea.<br />

27/8, às 20h: Christina Ciupke (Alemanha)<br />

– Rissumriss. De acordo com a crítica, o<br />

espetáculo dessa coreógrafa de Berlim leva<br />

o espectador a fruir ilusão e percepção<br />

simultaneamente.<br />

MOSTRA DANÇANDO PARA A CÂMERA<br />

23/8 – Em Outro Pé, de Dafne Michellepis<br />

(SP), baseado no argumento do espetáculo<br />

Roda Pé e na pesquisa da linguagem de<br />

dança contemporânea para crianças da<br />

Balangandança Cia.<br />

24/8 – De Água Nem Tão Doce, de Laura<br />

Virgínia (DF), baseado no conto homônimo<br />

de Marina Colasanti, como uma crônica do<br />

cotidiano.<br />

25/8 – Várzeas, de Ricardo Iazzetta e Rodrigo<br />

Araujo (SP), filmagem documental no<br />

campo de futebol de várzea, onde bailarinos<br />

retrabalham os movimentos originais.<br />

SEMINÁRIO CORPO x MÁQUINA<br />

26/8, sábado, às 10h<br />

Alejandro Gabriel Olivieri – Homem Pós-<br />

Orgânico – Discussão ético-filosófica do<br />

conceito de pós-humanidade e seus reflexos<br />

sobre o corpo humano, pelo pesquisador<br />

argentino, professor de Filosofia e<br />

coordenador do projeto Extensão Cinemateca:<br />

Cinema e Psicologia, no UniCeub.<br />

José Bizerril Neto – Corpo e Identidade na<br />

Pós-Modernidade – O Impacto da Tecnologia<br />

– discussão do uso social de inovações<br />

tecnológicas pelo professor de Psicologia do<br />

UniCeub.<br />

Alexandre Nas – Dança e Tecnologia – Reflexão<br />

sobre o diálogo entre as duas linguagens.<br />

DALTON CAMARGOS


verso&prosa<br />

A turma da pe<br />

Cronista baiano faz sucesso, por enquanto no Lago Norte,<br />

com histórias singelas sobre peladeiros de fim de semana<br />

40


lada<br />

POR RICARDO PEDREIRA<br />

Dizem que homem gosta é de homem. Esses caras na foto<br />

aí do lado, por exemplo, se gostam muito. É coisa de pele,<br />

mas eles alegam que é futebol. Formaram uma turma que<br />

joga pelada há 25 anos e um deles, que atende pelo nome de<br />

Gustavo Tapioca, resolveu colocar em livro crônicas com suas<br />

impressões e histórias a respeito do grupo.<br />

Corram às livrarias porque já está esgotando. Será<br />

traduzido para o inglês e o francês e já tem críticas<br />

garantidas no New York Times e no Le Monde. Aqui no<br />

Brasil, os editores das revistas semanais não sabem se<br />

colocam Uma Senhora Pelada – este é o nome da obra – na<br />

seção de best-sellers de ficção, não-ficção ou auto-ajuda.<br />

A verdade é que cabe em qualquer uma, dado seu caráter<br />

amplo, profundo e subjetivo.<br />

O livro tem orelha do senador Cristovam Buarque, que<br />

é amigo dos integrantes da turma. Foi exatamente num<br />

campo da UnB, da qual o candidato do PDT à presidência<br />

da República já foi reitor, que começou a pelada dos caras.<br />

Depois, alguns deles enriqueceram, compraram mansões<br />

no Lago Norte e hoje os jogos acontecem duas vezes por<br />

semana em gramados particulares.<br />

Dava para montar um ministério para o próximo<br />

governo – qualquer governo – com o pessoal. É gente<br />

graúda, embora haja um miúdo.Trata-se de grupo seleto<br />

e muito rigoroso na admissão de novos membros. Um<br />

ministro do Supremo Tribunal Federal, por exemplo, foi<br />

barrado depois de ter agido de forma considerada pouco<br />

adequada.<br />

O que menos importa para eles é o futebol, mesmo<br />

porque, segundo depoimentos isentos, grande parte<br />

apenas se esforça, talvez pela idade. O que vale é o<br />

encontro, a troca de energia. Nos sábados à tarde, depois<br />

do jogo, formam animada mesa de cerveja na Quituart, a<br />

feirinha do Lago Norte. Esse momento alegre já entrou no<br />

roteiro turístico de <strong>Brasília</strong> e tem levado ônibus de outros<br />

Estados ao local.<br />

Falando sério, a gente fica com inveja dos caras.<br />

Eles batem bola, tomam cerveja, jogam conversa fora e<br />

um deles ainda escreve um livro sobre tudo isso. Não<br />

é para menos que o chileno Heraldo Muñoz, que foi<br />

embaixador no Brasil e hoje preside o Comitê Contra<br />

o Terrorismo do Conselho de Segurança da ONU,<br />

declarou em coletiva à imprensa internacional:<br />

“A melhor coisa que me aconteceu no Brasil foi<br />

conhecer e participar da turma da pelada”.<br />

Tapioca é cronista de mão cheia, com texto de quem<br />

curte a vida, como o pessoal da pelada. O livro é uma<br />

divertida louvação à amizade. “Morrer é não estar nunca<br />

mais com os amigos”, diz Gabriel Garcia Márquez, citado<br />

pelo autor. Então, vida longa a Tapioca e ... do Lago Norte<br />

para o mundo!<br />

Uma senhora pelada<br />

Editora Primacor, 155 págs<br />

41


luzcâmeraação<br />

“Mãe coragem” de verdade<br />

POR SÉRGIO MORICONI<br />

De que maneiras se poderia falar<br />

sobre um dos períodos mais negros<br />

da história brasileira ou sobre épocas<br />

politicamente convulsionadas de<br />

um modo geral? Habitualmente, os<br />

criadores procuram escolher como<br />

protagonistas heróis e mártires<br />

diretamente envolvidos nos conflitos,<br />

como – para citar aqui um exemplo do<br />

cinema brasileiro – Lamarca, dirigido<br />

pelo mesmo Sérgio Rezende. Realizador<br />

de grandes produções, entre elas Guerra<br />

de Canudos e Mauá, o diretor desta<br />

vez escolheu um caminho diferente.<br />

Através da personagem de Zuzu Angel,<br />

preferiu trazer até nós uma visão íntima<br />

e particular dos anos de repressão e<br />

tortura no Brasil. Zuzu Angel, a estilista<br />

mineira que perdeu um dos filhos nos<br />

cárceres das forças de repressão, em sua<br />

luta para restaurar a verdade, acabaria<br />

por se transformar, ela própria, em<br />

mártir e símbolo da luta pela restauração<br />

das liberdades democráticas no país.<br />

42<br />

Pouco conhecida fora da cidade do<br />

Rio de Janeiro, Zuzu virou lenda ao<br />

botar a boca no trombone e denunciar<br />

o assassinato de seu filho nos porões<br />

da ditadura. Ativa, conseguiu fazer<br />

repercutir as violações aos direitos<br />

humanos no exterior porque aqui, no<br />

Brasil, a imprensa, acuada, fazia boca<br />

de siri. Rezende se baseou em episódios<br />

reais para construir o roteiro. Como<br />

aquele em que Zuzu consegue furar<br />

o cerco da segurança e entregar uma<br />

carta de denúncia ao Secretário de<br />

Estado americano, Henry Kissinger,<br />

que estava de passagem no Brasil.<br />

Tanta ousadia traria, obviamente,<br />

conseqüências. Cinco anos depois da<br />

morte do filho Stuart, em 1971, Zuzu<br />

sofreria o atentado que lhe custaria a<br />

vida. À época, os militares anunciaram<br />

sua morte como acidental. A abertura<br />

dos arquivos da ditadura nos anos <strong>90</strong><br />

revelaria, enfim, o que todos já sabiam.<br />

O desastre com seu carro na saída do<br />

Túnel Dois Irmãos, no Rio de Janeiro,<br />

havia sido provocado.<br />

O filme de Rezende é correto e<br />

honesto. É preciso mesmo escarafunchar<br />

as mazelas do passado para que não<br />

venham a ser repetidas. E elas estão lá,<br />

no filme, não apenas como pano de<br />

fundo, porque é o drama de Zuzu o que<br />

ocupa a tela inteira, mas principalmente<br />

em razão desses dramas – o contexto da<br />

confrontação da luta política, expresso<br />

nas figuras de Stuart (Daniel de Oliveira)<br />

e sua namorada (Leandra Leal), e o<br />

conflito da Zuzu Angel/mãe – estarem<br />

intestinamente imiscuídos. O filme de<br />

Rezende nos faz lembrar imediatamente<br />

de Desaparecido – Um Grande Mistério<br />

(Missing), de Costa-Gavras, sobre um<br />

cidadão norte-americano que enfrenta<br />

uma verdadeira via crucis para tentar<br />

encontrar o filho desaparecido no Chile,<br />

dias depois do golpe militar que depôs<br />

o presidente Allende. A abordagem do<br />

tema e o tratamento dado a ambas as<br />

obras são muito semelhantes.<br />

A jornalista Hildegard Angel se disse<br />

muito impressionada com a atuação de<br />

Patrícia Pillar no papel de sua mãe. Sem


dúvida, a atuação da atriz é impecável.<br />

Ainda assim, ficamos imaginando<br />

de que outras formas poderiam ser<br />

retratadas no cinema as inúmeras facetas<br />

de uma mulher que serviu de inspiração<br />

até para desfile de escola de samba.<br />

Apesar das várias cenas retrospectivas<br />

em flashback, cobrindo a infância dos<br />

filhos, Zuzu Angel se restringe quase que<br />

exclusivamente a narrar os episódios que<br />

cobrem o período entre as mortes de<br />

Stuart e da própria Zuzu. No entanto,<br />

o filme deixa entrever nas frestas<br />

aspectos interessantíssimos da<br />

personagem. O fato de uma estilista<br />

de moda, dona de uma butique no<br />

bairro de classe média alta de Ipanema,<br />

ter se lançado com tanta coragem<br />

numa cruzada heróica em busca do<br />

filho já demonstra, no mínimo, uma<br />

personalidade peculiar.<br />

Também o que não está no filme<br />

deixa claro que Zuzu Angel era mais<br />

do que uma personalidade peculiar.<br />

Interiorana de Curvelo, Minas Gerais,<br />

mudou-se para Belo Horizonte, onde<br />

conheceu o americano Norman Angel<br />

Jones, que se tornaria seu marido. Como<br />

isso se deu? Bem, o próprio Rezende, no<br />

material que distribuiu para a divulgação<br />

do filme, conta com um certo sabor de<br />

conto de fadas: um dia, umas primas<br />

entram no quarto de Zuzu dizendo que<br />

um gringo bonitão estava logo ali na sala<br />

conversando com o tio dela. Sem sequer<br />

querer vê-lo, ela sentencia que iria casar<br />

com ele. Alguns anos depois, várias<br />

reviravoltas na vida, Zuzu, já separada do<br />

marido, teria o seu nome reconhecido<br />

no mundo da moda internacional.<br />

Reconhecida no exterior, porque<br />

aqui no Brasil, numa típica atitude de<br />

mentalidades colonizadas, destilava-se<br />

um certo desdém pelo trabalho pioneiro<br />

em introduzir elementos tipicamente<br />

nacionais em suas criações.<br />

Apesar dessas informações também<br />

não estarem no filme, elas ajudam a<br />

fazer compreender e dar maior volume<br />

à personagem Zuzu Angel. Quando seu<br />

filho é preso, a estilista está no auge do<br />

sucesso profissional. Era igualmente um<br />

WARNER BROS<br />

Novo filme de Sérgio Rezende resgata uma das personagens mais singulares da<br />

cidade do Rio de Janeiro e faz um painel dos anos de chumbo da ditadura militar<br />

dos momentos mais cáusticos e cruciais<br />

da ditadura militar. A cena em que o<br />

advogado de Zuzu (Alexandre Borges)<br />

argumenta que não é possível conseguir<br />

um habeas corpus para o filho – quando<br />

ele ainda estava vivo – é reveladora. Não<br />

se está mais no “céu de brigadeiro”,<br />

se é que se pode dizer assim, do AI-1,<br />

quando, em 1966, essa possibilidade<br />

(do habeas corpus) ainda existia e a<br />

imprensa mostrava as asas fazendo<br />

denúncias contra a tortura, a ponto de<br />

o presidente Castelo Branco mandar<br />

fazer uma investigação sobre a existência<br />

da prática. Com o AI-5, ninguém tinha<br />

mais direito a nada e Zuzu Angel,<br />

impotente, como uma “mãe coragem”<br />

às avessas – fazendo aqui uma alusão à<br />

personagem de Brecht que se aproveita<br />

da guerra para tentar preservar os filhos<br />

– prefere enfrentar o leão de frente e<br />

paga caro por isso.<br />

Zuzu Angel<br />

Brasil/2006, 103 min. Direção: Sérgio Rezenda.<br />

Com Patrícia Pillar, Daniel de Oliveira, Luana<br />

Piovani, Alexandre Borges, Leandra Leal,<br />

Regiane Alves, Othon Bastos e Paulo Betti.<br />

43


luzcâmeraação<br />

O último Mitte<br />

Uma longa e bela reflexão sobre a morte, a política, o poder,<br />

POR REYNALDO DOMINGOS FERREIRA<br />

O principal trunfo do filme de<br />

Robert Guédiguian é a atuação genial,<br />

magnífica e inesquecível de Michel<br />

Bouquet no papel do ex-presidente da<br />

França François Mitterrand, também<br />

o último, como ele diz, da linhagem<br />

de De Gaulle. É preciso advertir,<br />

porém, que o filme não faz abordagem<br />

do governo Mitterand, deixando de<br />

apresentar figuras do seu Conselho<br />

de Ministros, como Jospin, Balladur,<br />

Chirac e Beregovoy. Narra apenas<br />

a relação de Mitterrand com seus<br />

assessores próximos – o médico, Dr.<br />

Jeantot (Philippe Fretun), e o jornalista<br />

Antoine Moreau (Jalil Lespert),<br />

escolhido, não se sabe porque, para<br />

escrever sobre os últimos dias de seu<br />

governo e de sua vida, já que estava<br />

ciente da morte próxima.<br />

Mas a morte, para Mitterrand, não<br />

era uma derrota, pois esperava por ela<br />

desde há algum tempo, em silêncio.<br />

Ele já que sabia que os homens de<br />

sua família, vinagreiros da região de<br />

Provence, produtora de conhaque,<br />

nunca passavam dos 80 anos. O pai<br />

morrera da mesma doença que ele<br />

sofria – câncer de próstata – sem se<br />

tratar. Criado sob forte influência<br />

do catolicismo, leitor de Charles<br />

Péguy, cujos versos sobre a magnífica<br />

44<br />

Catedral de Chartres cita de memória,<br />

Mitterrand caminha para a morte,<br />

como diria o nosso Aníbal Machado,<br />

olhando para a paisagem, a da<br />

Provence, onde foi enterrado.<br />

UMA DAS SEQÜÊNCIAS MAIS BELAS do<br />

filme é justo aquela em que o presidente<br />

da França, antecipando-se ao que viria<br />

depois, se estende no chão de pedra da<br />

capela de sua cidade natal para se sentir<br />

como morto, mas observando, com<br />

olhar de criança – talvez o momento<br />

mais brilhante da atuação de Michel<br />

Bouquet, que, como disse um crítico<br />

francês, não só interpreta Miterrand,<br />

mas faz esquecê-lo – os afrescos da<br />

cúpula, esmaecidos pela ação do tempo,<br />

sem restauração, e ouvindo, pela<br />

imaginação, a música de Bach.<br />

De Johann Sebastian Bach,<br />

Mitterrand diria também, mais<br />

tarde, ao jornalista – que não o vira<br />

deitado no chão de pedra da capela,<br />

mas do fato tomara conhecimento<br />

por intermédio do segurança Fleury<br />

(Philippe Le Mercier) – que um<br />

dia, regressando à sua cidade natal,<br />

Eisenach, na Alemanha, encontrara a<br />

mulher e duas filhas mortas, mas que,<br />

apesar disso, não se revoltara contra<br />

Deus, preferindo compor Jesus, Alegria<br />

dos Homens, justo a música que enaltece<br />

a cena da capela.<br />

Outro belo momento do filme é<br />

quando Mitterrand, viajando na cabine<br />

de um trem de luxo, diz ao jornalista<br />

Moreau, ao seu médico Jeantot e aos<br />

assessores que o acompanham, fazendo<br />

referência a Rimbaud, que todos os<br />

países têm suas cores características,<br />

não necessariamente as de suas<br />

bandeiras. “A cor da França é o cinza”,<br />

acrescenta, enquanto a fotografia, de<br />

Renato Berta, assume a tonalidade<br />

da cor por ele citada para mostrar,<br />

através da janela do trem, a paisagem<br />

dominada por árvores ressequidas<br />

pelo outono, próximo do inverno,<br />

prenunciador de sua morte.<br />

APESAR DO TEMA, da dimensão do<br />

personagem e de seu excepcional<br />

intérprete, o filme se ressente do roteiro<br />

– de Gilles Taurenne e Georges-Marc<br />

Benamou, autor do livro Le Dernier<br />

Mitterrand, em que se baseia – que<br />

joga com a imprecisão de alguns fatos,<br />

principalmente os relacionados com a<br />

vida particular do jornalista Moreau.<br />

Também o ator, Jalil Lespert, frio,<br />

distante, não personifica o jornalista<br />

que Mitterrand identifica, isto é,<br />

um tipo emocional, sentimental, a<br />

quem aconselha que permaneça mais<br />

indiferente aos acontecimentos, pois,<br />

a seu ver, o controle de sentimentos é<br />

imprescindível para o desempenho de


and<br />

o amor e a literatura<br />

sua profissão.<br />

Esses senões apontados são,<br />

contudo, irrelevantes se se considerar<br />

a importância do filme de Robert<br />

Guédiguian para o cinema francês, não<br />

muito afeito, por tradição, a abordar<br />

fatos e personagens da história recente<br />

do país, como o faz, com autoridade,<br />

o cinema americano. Do ponto de<br />

vista político, é importante notar que<br />

o diretor Guédiguian não deixa de<br />

imprimir sua posição em defesa da<br />

esquerda – tão desmoralizada pela<br />

corrupção desenfreada que promove<br />

principalmente aqui na América Latina<br />

– quando Mitterrand diz que, após seu<br />

governo, de postura digna, não poderia<br />

mais a direita dizer que a França não<br />

tinha condições de ter alternância de<br />

poder. Ou então quando, dias antes<br />

de transmitir o governo, num discurso<br />

para operários, ele, muito mal, afirma<br />

que a partir do momento em que<br />

se verifica que dinheiro só produz<br />

dinheiro, volta, com força, a luta de<br />

classes. Enfim, O Último Mitterrand é<br />

filme que precisa ser visto.<br />

O Último Miterrand<br />

(Le Promeneur du Champ de Mars)<br />

França, 2005, 116 min. Direção: Robert<br />

Guédiguian. Com Michel Bouquet, Antoine<br />

Moreau, Dr. Jeantot, Fleury, Anne Canturreau<br />

(Jeanne), Sarah Grappin (Judith), Genéviève<br />

Casile (Simone Picard)<br />

IMOVISION<br />

45


luzcâmeraação<br />

Outros raios d’ O Sol<br />

Documentário reaviva memória do jornal precursor da imprensa alternativa<br />

e que marcou época no período anterior à promulgação do AI-5<br />

POR SÉRGIO MORICONI<br />

Mais uma vez os anos 60, mais uma<br />

vez a ditadura. Lançado simultaneamente<br />

a Zuzu Angel, O Sol é mais um longametragem<br />

que fotografa o malfadado<br />

período dos governos militares e o<br />

contexto social brasileiro pós-golpe de<br />

64. Ainda que seu assunto principal seja<br />

o pioneiro jornal, muitas das questões<br />

ligadas ao ambiente político da época<br />

são apresentadas com igual ênfase pelas<br />

diretoras Tetê Moraes e Martha Alencar.<br />

Com pouco mais de cinco meses de vida,<br />

de setembro de 1967 a janeiro de 1968,<br />

O Sol teve a benção de acabar antes do<br />

AI-5, livrando-se, portanto, da inexorável<br />

censura. Quem não se deu conta de sua<br />

presença como encarte do Jornal dos<br />

Sports, pelo menos tomou conhecimento<br />

de sua existência através da canção de<br />

Caetano Veloso, Alegria Alegria.<br />

“Caminhando contra o vento, sem<br />

lenço, sem documento, no sol de quase<br />

dezembro, eu vou ... o Sol nas bancas de<br />

revista, me enche de alegria e preguiça”,<br />

diziam os seus versos. Curiosamente,<br />

não foram poucos os que se disseram<br />

decepcionados quando descobriram<br />

a menção quase subliminar ao novo<br />

jornal, já que consideravam muito<br />

mais poética a plácida imagem do que<br />

supunham ser nada mais do que o astrorei<br />

banhando uma banca de revistas<br />

com seu cálido calor matinal. No filme,<br />

o próprio Caetano diz não ter pensado<br />

nesse “outro” significado, embora – e<br />

Gilberto Gil afirmaria o mesmo até com<br />

mais ênfase – julgasse possível que essa<br />

referência pudesse estar de fato no seu<br />

subconsciente. E podia mesmo, já que<br />

sua namorada da época, Dedé Gadelha,<br />

era uma das estagiárias de O Sol.<br />

46<br />

No documentário, as diretoras Tetê Moraes e Martha Alencar dão amplo espaço para que todos os envolvidos<br />

na aventura de O Sol, como Gilberto Gil e Chico Buarque, falem à vontade<br />

CRISTINA GRANATO<br />

ZEKA ARAÚNO


MITOLOGIA À PARTE, o fato é que o<br />

jornal criado pelo artista gráfico e poeta<br />

Reynaldo Jardim para funcionar como<br />

uma escola de jornalismo não precisava<br />

de nenhum artifício para conseguir<br />

notoriedade. Jardim convidou um time<br />

de craques – Zuenir Ventura, Carlos<br />

Heitor Cony, Ana Arruda Calado,<br />

Márcio Moreira Alves e Otto Maria<br />

Carpeaux – para ser o staff principal<br />

do jornal. Do grupo de colaboradores<br />

posterior (eventuais ou não), muitos<br />

também conquistariam grande prestígio<br />

profissional. Ruy Castro, Henfil,<br />

Ziraldo, Daniel Azulay, Luiz Carlos<br />

Sá (o músico do grupo Sá Rodrix e<br />

Guarabira) e Claúdio Lysias são alguns<br />

deles.<br />

O documentário dá amplo espaço<br />

para que todos os envolvidos na<br />

aventura de O Sol falem à vontade,<br />

e faz o mesmo com Chico Buarque,<br />

Arnaldo Jabor, Hugo Carvana, Ítala<br />

Nandi, Fernando Gabeira, Orlando<br />

Senna, Luiz Carlos Maciel e uma<br />

infinidade de outros nomes de peso<br />

da cena brasileira cultural e política.<br />

Mas, apesar desses requisitos, o<br />

filme descamba um pouco para<br />

uma desnecessária e talvez um<br />

pouco excessiva auto-celebração<br />

geracional. Muitos dos ex-integrantes e<br />

colaboradores de O Sol se derramam<br />

em elogios mútuos, deixando entender<br />

que teriam sido os únicos guardiões<br />

de um jornalismo puro, ético e digno.<br />

Ítala Nandi, Hugo Carvana e Betty Faria são outros personagens do filme<br />

Reynaldo Jardim, criador do jornal, é hoje cidadão brasiliense<br />

Romantismo de lado, é difícil não dar<br />

o devido crédito ao genial Reynaldo<br />

Jardim.<br />

Criador do Caderno B do<br />

Jornal do Brasil, Jardim tinha já<br />

uma longa história como poeta<br />

quando entrou para o jornalismo.<br />

Foi um dos signatários do Manifesto<br />

Neoconcretista de 1959, ao lado de<br />

Lygia Clark, Lygia Pape, Amílcar<br />

de Castro, Franz Weissmann,<br />

Sérgio Camargo, Theon Spanudis e<br />

Ferreira Gullar. Depois, levaria essa<br />

sua experiência vanguardista para<br />

os suplementos culturais de vários<br />

jornais brasileiros, inclusive para o<br />

nosso Correio Braziliense. Reynaldo<br />

chegou a <strong>Brasília</strong> pelas mãos do<br />

jornalista Fernando Lemos, convidado<br />

para editar o caderno de cultura. A<br />

CRISTINA GRANATO<br />

chegada dele à redação provocou uma<br />

verdadeira revolução jornalística.<br />

De imediato, ele mudou o nome do<br />

caderno para ApArte, escrito assim<br />

mesmo, com o “a” maiúsculo.<br />

POETA DE ESPÍRITO absolutamente<br />

livre e democrático, não impunha sua<br />

opinião sobre nenhum dos jornalistas e<br />

instigava na equipe uma postura crítica<br />

e polêmica. Gostava de um jornalismo<br />

vibrante, que refletisse o movimento<br />

cultural local. Diariamente, convocava<br />

os jornalistas para uma reunião que<br />

resultava invariavelmente no desenho<br />

da capa do dia seguinte. Ele adorava<br />

isso. Perguntava para todos quais eram<br />

as pautas do dia, definia aquela que<br />

ele achava mais vibrante para uma<br />

capa e ali mesmo, na sala de reunião,<br />

já a desenhava. O período em que<br />

Reynaldo esteve à frente do caderno<br />

de cultura do Correio foi histórico. Ele<br />

imprimiu no ApArte uma ousadia de<br />

conteúdo e de forma que ainda não foi<br />

igualada. Reynaldo nunca mais deixaria<br />

<strong>Brasília</strong>, cidade onde vive até hoje. O<br />

saudoso Cláudio Lysias, Chico Dias e<br />

Bebé Prates, seus colegas no pioneiro<br />

jornal carioca, seriam outros que<br />

ajudariam a trazer para o sertão goiano<br />

alguns dos raios de O Sol.<br />

O Sol – Caminhando Contra o Vento<br />

Brasil, 2006, <strong>90</strong> min. Direção: Tetê Moraes e<br />

Martha Alencar. Com depoimentos de Adolfo<br />

Martins, Ana Arruda Callado, Carlos Castilho,<br />

Carlos Heitor Cony, Fernando Duarte, Reynaldo<br />

Jardim, Ricardo Gontijo, Ziraldo e Zuenir Ventura<br />

47<br />

VALDIR MESSIAS


luzcâmeraação<br />

Tragicamente atual<br />

Uma visão<br />

pessimista, quase<br />

sombria, sobre<br />

o desfecho<br />

do conflito<br />

árabe-israelense<br />

48<br />

POR REYNALDO DOMINGOS FERREIRA<br />

Por apresentar boas qualidades<br />

técnicas, com algumas excelentes<br />

interpretações e uma trilha sonora<br />

magistral, A Noiva Síria, do cineasta<br />

israelense Eran Riklis, recebeu diversos<br />

prêmios da Academia de Israel, além de<br />

várias distinções do Cinema Europeu<br />

e dos Festivais de Locarno, Montreal<br />

e Bangkok. O filme narra a história<br />

de Mona (Clara Khoury), jovem druza<br />

das Colinas do Golan, dominadas<br />

por Israel, que se compromete, por<br />

intermédio de um irmão residente em<br />

Damasco, a se casar com um astro da<br />

televisão síria, Tallel (Derar Sliman),<br />

que só conhece por fotografia.<br />

Mas existe um grave problema, que<br />

é o fato de ela saber que, ao atravessar a<br />

fronteira de sua cidade, Majdal Shams,<br />

jamais poderá voltar ao convívio de<br />

seus familiares. O dia do casamento,<br />

portanto, pode ser o mais feliz e, ao<br />

mesmo tempo, o mais triste de sua<br />

vida. O patriarca da família, Hammed<br />

(Makram Khoury) – pai também,<br />

na vida real, da atriz que interpreta o<br />

papel de Mona –, é um ativista político,<br />

posto sob liberdade condicional pelas<br />

autoridades de Israel. Ele corre o<br />

risco, porém, de ser preso novamente<br />

se comparecer às despedidas da filha,<br />

na fronteira com a Síria, já que existe<br />

proibição formal das autoridades<br />

israelenses a esse respeito.<br />

EUROPA FILMES


O primogênito, Hattem (Eyad<br />

Sheety), ausente há muitos anos,<br />

veio da Rússia com mulher, Evelyne<br />

(Evelyn Kaplun), e filho, mas foi mal<br />

recebido pela família, à exceção da<br />

mãe (Marlene Bajali) e da irmã Amal<br />

(Hiam Abbas). Esta é casada com<br />

Amin (Adnam Tarabshi), mas sonha<br />

em libertar-se das amarras das tradições<br />

druzas e estudar numa universidade<br />

de Israel. É ela quem procura criar<br />

condições para que Hattem e a mulher<br />

participem da cerimônia de casamento<br />

da irmã mais nova.<br />

O filho mais novo, Mawan (Ashraf<br />

Barhoun), vendedor, solteiro, que,<br />

ao que se diz com orgulho entre os<br />

anciãos da cidade, se aproveita de<br />

mulheres de várias nacionalidades<br />

– até judias – mas que sabe que, para<br />

casar, terá de escolher uma druza, é<br />

por isso o “queridinho” da família.<br />

Isso fica evidente principalmente<br />

no momento em que as autoridades<br />

sírias criam empecilhos para que<br />

o casamento se realize e Mawan<br />

ACADEMIA DE TÊNIS<br />

procura exercer seu fascínio sobre<br />

a francesinha Jeanne (Julie-Anne-<br />

Roth), da Cruz Vermelha, responsável<br />

pela intermediação entre as partes<br />

conflitantes, como elemento neutro.<br />

O roteiro, de Suha Araaf e Eran<br />

Rilkes, explora mais o perfil dos<br />

personagens, exigindo assim trabalho<br />

competente dos intérpretes, os<br />

quais, em sua maioria, apresentam<br />

desempenhos à altura. É preciso<br />

destacar, porém, as atuações de<br />

Makram Khoury, como o pai e, mais<br />

que tudo, a de Hiam Abbas, como a<br />

filha, Amal, que recebeu vários prêmios<br />

por esse seu trabalho, em Israel e no<br />

exterior. Além de ser uma mulher<br />

bonita, Hiam Abbas tem a postura das<br />

grandes atrizes trágicas – como Katina<br />

Paxinou – que vão se tornando cada<br />

vez mais raras no panorama mundial.<br />

A LINGUAGEM CÊNICA de Eran Rilkes é<br />

também digna de nota pela preferência<br />

por seqüências curtas, bem marcadas,<br />

com diálogos breves. A fotografia de<br />

Michael Wiesweg, com mudança de<br />

tonalidade para o documental, além da<br />

qualidade técnica que apresenta, tem o<br />

sentido de adequar a trama ao contexto<br />

político do filme, inspirado num<br />

documentário que Rilkes realizou sobre<br />

as fronteiras de Israel.<br />

Dentro do quadro de incertezas que<br />

se cria para que se realize o casamento,<br />

a caminhada de Mona em direção<br />

à fronteira pode ser interpretada<br />

como sinalização de que dificilmente<br />

também se encontrará solução para<br />

os problemas da região em que vivem<br />

árabes e judeus. O final é marcado<br />

principalmente pela excelência da<br />

música original do maestro Cyril<br />

Morin, executada pela Orquestra<br />

Sinfônica da Bulgária, sob sua regência,<br />

cuja gravação recebeu vários prêmios<br />

internacionais.<br />

A Noiva Síria (The Syrian Bride)<br />

França, Alemanha, Israel/ 2004, 97 min.<br />

Direção: Eran Rilkes. Com Hiam Abbas,<br />

Makram Khoury, Clara Khoury, Eyad Sheety,<br />

Ashraf Barhoun, Marlene Bajali, Evelyn Kaplun<br />

e Derar Sliman.<br />

PROGRAMAÇÃO DO CINE ACADEMIA PARA O PERÍODO DE 11 a 17 DE AGOSTO<br />

Informações de responsabilidade da rede Cine Academia (tel 3316.6811 / 3316.6373)<br />

CINE I - ZUZU ANGEL (14 anos).<br />

DIRETOR: SÉRGIO REZENDE (103<br />

MIN). 2ª a 6ª, 17:20, 19:30 e 21:40;<br />

Sáb., dom. e fer.,15:10, 17:20, 19:30<br />

e 21:40.<br />

CINE II - ELSA E FRED (12 anos).<br />

DIRETOR: MARCOS CARNEVALE (108<br />

MIN). 2ª a 6ª, 17:10,19:20 e 21:30;<br />

Sáb., dom. e fer.,15:00, 17:10, 19:20<br />

e 21:30.<br />

CINE III - A PROVA (12 anos).<br />

DIRETOR: JOHN MADDEN (100 MIN).<br />

2ª a 6ª, 17:10, 19:20 e 21:30; Sáb.,<br />

dom. e fer.,15:00, 17:10, 19:20 e<br />

21:30.<br />

CINE IV - FAVELA RAISING<br />

(ESTRÉIA).DIRETOR: JEFF ZIMBALIST /<br />

MATT MOCHARY (80 MIN). 2ª a 6ª,<br />

16:00, 17:40, 19:20 e 21:00; Sáb.,<br />

dom. e fer.,16:00, 17:40,19:20 e<br />

21:00.<br />

CINE V - EU, VOCÊ E TODOS<br />

NÓS (16 anos, ESTRÉIA). DIRETOR:<br />

MIRANDA JULY (<strong>90</strong> MIN). 2ª a 6ª,<br />

17:40, 19:40 e 21:40; Sáb., dom. e<br />

fer.,15:40, 17:40, 19:40 e 21:40.<br />

CINE VI - A GRANDE VIAGEM (livre).<br />

DIRETOR: ISMAEL FERROUKHI (108<br />

MIN). 2ª a 6ª, 17:10 e 21:30; Sáb., dom.<br />

e fer.,15:00 e 17:10. TRANSAMÉRICA<br />

(14 anos). DIRETOR: DUNCAN TUCKER<br />

(103 MIN). 2ª a 6ª, 19:20; Sáb., dom. e<br />

fer.,19:20 e 21:30.<br />

CINE VII - A NOIVA SÍRIA (livre).<br />

DIRETOR: ERAN RIKLIS (100 MIN).<br />

2ª a 6ª, 17:20 e 21:40; Sáb., dom. e<br />

fer.,15:20 e 17:20. CACHÉ (16 anos).<br />

DIRETOR: MICHAEL HANEKE (117 MIN).<br />

2ª a 6ª, 19:20; Sáb., dom. e fer.,19:20<br />

e 21:40.<br />

CINE VIII - MANUAL DO AMOR (14<br />

anos). DIRETOR: GIOVANNI VERONESI<br />

(110 MIN). 2ª a 6ª, 17:00; Sáb., dom.<br />

e fer.,14:50 e 17:00. O LIBERTINO (16<br />

anos). DIRETOR: LAURENCE DUNMORE<br />

(116 MIN). 2ª a 6ª, 19:10 e 21:30; Sáb.,<br />

dom. e fer.,19:10 e 21:30.<br />

CINE IX - O BUDA (14 anos). DIRETOR:<br />

DIEGO RAFECAS (110 MIN). 2ª a 6ª,<br />

17:20, 19:30 e 21:40; Sáb., dom. e<br />

fer.,15:10, 17:20, 19:30 e 21:40.<br />

CINE X - ESTAMIRA (10 anos, ESTRÉIA).<br />

DIRETOR: MARCOS PRADO (115 MIN). 2ª<br />

a 6ª, 17:00, 19:20 e 21:40; Sáb., dom. e<br />

fer.,14:40, 17:00, 19:20 e 21:40.<br />

OBS: SALA IV: SEXTA-FEIRA (11/08) E<br />

SÁBADO (12/08), PRÉ-ESTRÉIA DO FILME<br />

“OBRIGADO POR FUMAR” ÀS 22h:30.<br />

CINE ACADEMIA AEROPORTO<br />

CINE I - CLICK (livre, ESTRÉIA). DIRETOR:<br />

FRANK CORACI (105 MIN). 2ª a 6ª,<br />

17:20, 19:30, 21:40; Sáb., dom. e fer.,<br />

15:20, 17:20, 19:30 e 21:40.<br />

CINE II - A CIDADE PERDIDA (14 anos,<br />

ESTRÉIA). DIRETOR: ANDY GARCIA (143<br />

MIN). 2ª a 6ª, 15:40, 18:30 e 21:20;<br />

Sáb., dom. e fer., 15:40, 18:30 e 21:20.<br />

CINE III - VEM DANÇAR (10 anos).<br />

DIRETOR: LIZ FRIEDLANDER (108 MIN). 2ª<br />

a 6ª, 17:10, 19:20, 21:30; Sáb., dom. e<br />

fer., 17:10, 19:20 e 21:30.<br />

CINE IV - PAI, FILHOS E ETC (14 anos).<br />

DIRETOR: MICHEL BOUJENAH (98 MIN).<br />

2ª a 6ª, 17:20 e 19:20; Sáb., dom., e fer.,<br />

17:20 e 19:20. BONECAS RUSSAS (16<br />

anos). DIRETOR: CEDRIC KLAPISCH (132<br />

MIN). 2ª a 6ª, 21:20; Sáb., dom. e fer.,<br />

21:20.<br />

OBS: ESTACIONAMENTO GRATUITO<br />

POR QUATRO HORAS ,MEDIANTE<br />

APRESENTAÇÃO DO INGRESSO DO CINE<br />

ACADEMIA AEROPORTO DEVIDAMENTE<br />

CARIMBADO.<br />

CINE SOBRADINHO<br />

CINE I - PIRATAS DO CARIBE 2 – O<br />

BAÚ DA MORTE (12 anos, DUBLADO).<br />

DIRETOR: GORE VERBINSKI (158 MIN).<br />

2ª a 6ª, 15:20, 18:20 e 21:20; Sáb.,<br />

dom. e fer., 15:20, 18:20 e 21:20.<br />

CINE II - OS SEM-FLORESTA (livre,<br />

DUBLADO). DIRETOR: TIM JOHNSON<br />

(85 MIN). 2ª a 6ª, 15:40, 17:30;<br />

Sáb., dom. e fer., 15:40 e 17:30.<br />

A HORA DO RANGO (16 anos).<br />

DIRETOR: ROB MCKITTRICK (93 MIN).<br />

2ª a 6ª, 19:20 e 21:20; Sáb., dom. e<br />

fer., 19:20 e 21:20.<br />

CINE III - CARROS (livre). DIRETOR:<br />

JOHN LASSETER (128 MIN). 2ª<br />

a 6ª, 15:50; Sáb., dom. e fer.,<br />

15:50. SUPERMAN – O RETORNO<br />

(DUBLADO, 10 anos). DIRETOR:<br />

BRYAN SINGER (154 MIN). 2ª a<br />

6ª, 18:30 e 21:30; Sáb., dom. e<br />

fer.,18:30 e 21:30.<br />

CINE ACADEMIA CULTURA<br />

INGLESA<br />

O SOL – CAMINHANDO CONTRA<br />

O VENTO (livre,ESTRÉIA). DIRETOR:<br />

TETÊ MORAES / MARTHA ALENCAR<br />

(<strong>90</strong> MIN). 2ª a 6ª, 17:30, 19:30 e<br />

21:20; Sáb., dom. e fer.,17:30, 19:30<br />

e 21:20.<br />

OBS: SEXTA-FEIRA (11/08), NÃO<br />

SERÁ EXIBIDA A PRIMEIRA SESSÃO<br />

DO FILME “ O SOL – CAMINHANDO<br />

CONTRA O VENTO” ÀS 17h:30.<br />

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