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R$ 5,90 - Roteiro Brasília

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empoucaspalavrasPelo segundo ano consecutivo, a <strong>Roteiro</strong>está entre os finalistas do Prêmio Engenho deComunicação – O Dia em que o Jornalista ViraNotícia, desta vez em três das 11 categorias: MelhorVeículo Impresso de Brasília, Melhor Gestão de Negóciosem Comunicação e Melhor Site Noticioso.Para nossa equipe, a indicação é mais umreconhecimento ao esforço que fazemos semprepara aprimorar – editorial e graficamente –nossa revista e seu “filho mais novo”, o sitewww.roteirobrasilia.com.br.Concorrer com veículos do porte do CorreioBraziliense e do Jornal da Comunidade já é, por si só,uma grande vitória para nós, independente daescolha final dos vencedores, no dia 20 de junhopróximo.Atribuímos a classificação ao esforço de todauma brava equipe, reforçada nos últimos mesescom a contribuição valiosa de colaboradores doquilate de Luis Turiba, Luiz Recena, GeraldoSeabra, Bebé Prates, Vicente Sá, Juan Pratginestós,Teresa Mello, Cristiane Galvão, Alexandre dosSantos Franco e muitos, muitos mais, novos ouantigos, citados logo abaixo no expediente darevista.Outro motivo de orgulho é a classificação denosso jovem site, criado a princípio para divulgaro Prêmio <strong>Roteiro</strong> de Gastronomia, por umafeliz sugestão do contato comercial André Gil,e alimentado hoje pela ala jovem da revista,integrada por Eduardo e Rodrigo Oliveira.A todos queremos dizer, alto e bom som:muito obrigado.Boa leitura e até a próxima quinzena.Maria Teresa Fernandes eAdriano Lopes de OliveiraEditores42 luzcâmeraaçãoDaniel Auteuil e Juliette Binoche estão em Caché, um dosfilmes programados para a mostra Analógico Digital do CCBB41011121420242832343638águanabocapicadinhopão&vinhogarfadas&golesroteirogastronômicodia&noitecaianagandaiagraves&agudosdiáriodeviagemgaleriadearteverso&prosaqueespetáculoCalifórnia FilmesROTEIRO BRASÍLIA é uma publicação da Editora <strong>Roteiro</strong> Ltda | Setor Hoteleiro Sul, Brasil XXI, Business Center Park 1, Sala 1307 – Tel: 3217.0217 Fax: 3217.0200| Redação roteirobrasilia@alo.com.br | Editores Adriano Lopes de Oliveira e Maria Teresa Fernandes Produção Célia Regina | Capa Eduardo Branquinho (fotode Sérgio Amaral) | Diagramação Carlos Roberto Ferreira | Reportagem Adriana Romeo, Akemi Nitahara, Ana Cristina Vilela, Alexandre Marino, AngélicaTorres, Bebé Prates, Beth Almeida, Carla Andrade, Cristiane Galvão, Eduardo Oliveira, Geraldo Seabra, Greicy Pessoa, Heitor Menezes, Lúcia Leão, LuisTuriba, Luiz Recena, Marcos Magalhães, Rafaela Céo, Reynaldo Domingos Ferreira, Ricardo Pedreira, Sérgio Moriconi, Súsan Faria, Teresa Mello e Vicente SáFotografia Débora Amorim, Eduardo Oliveira, Juan Pratginestós, Rodrigo Oliveira e Sérgio Amaral | Diretor Comercial Jaime Recena (8449.9736)Contatos Comerciais André Gil (9988.6676), Giselma Nascimento (9985.5881) e Ícaro Rollemberg (8463.3099) | Administrativo/Financeiro DanielViana e Rafael Oliveira | Assinaturas Adriellen Lemes (3963.0207)| Impressão Gráfica Coronário


águanabocaÀ modados pampasA Fogo de Chão traz para Brasília, finalmente,o churrasco sem sushis, sashimis e bacalhauPOR BETH ALMEIDAFOTOS SÉRGIO AMARALA tradição gaúcha de preparar eservir um bom churrasco tem endereçocerto em Brasília. É a Fogo de Chão,que traz para a cidade seus 28 anosde excelência gastronômica na arte dacarne. A casa inaugurada no início demaio é a quinta no Brasil dessa redeque já tem dez restaurantes nos EstadosUnidos. São 15 cortes de carnes, comoo Bife Ancho, miolo da alcatra assadolentamente, para garantir maciez esuculência. Isso sem falar das costeletas,do pernil, da paleta de cordeiro e dofraldão. Imperdíveis também são acostela e o cupim, de sabor e consistênciaincomparáveis. “Trabalhamos há 16anos com o mesmo frigorífico e nossascarnes são selecionadas já no abate”,conta o diretor de operações da rede,Jandir Dalberto.Diante de carnes tão saborosas, podeparecer até heresia falar dos deliciososacompanhamentos. São 36 tipos desaladas, além do indispensável arroz de4


carreteiro e do feijão mexido (preparadoà moda gaúcha, com lingüiça, lomboe costela de porco). “O bufê tem comofunção principal aumentar o prazer dadegustação das carnes”, explica Dalberto.Isso significa que não encontramos nadadaquela miscelânia que se convencionouoferecer em churrascarias, como sushis,sashimis e pratos de bacalhau e frutosdo mar. Se não combina com a carne,não entra no banquete. A mussarelaassada, por exemplo, cai muito bemcom o cupim.Para os amantes das carnes maismagras, a pedida é o cogumelo shitakeou os fundos de alcachofra levementegratinados. Imperdíveis. Os molhostambém são uma atração à parte,inclusive o chimichurri, de origemuruguaia, que não costuma freqüentar aschurrascarias brasileiras. Acompanhandoos cortes de cordeiro, ao invés datradicional geléia de menta a casaoferece um molho elaborado a partirda hortelã fresca. Para regar a refeição,a rede, que tem adega premiada,oferece 270 rótulos diferentes devinhos nacionais e importados.A mais nova churrascaria da cidadeé resultado de um investimento de<strong>R$</strong> 4 milhões dos irmãos Arri e JairCoser, que não pouparam esforçospara torná-la sinônimo de perfeição.Os funcionários, por exemplo, foramcontratados quatro meses antes dainauguração e passaram todo esseperíodo sendo treinados em São Paulo.“Formamos a equipe misturandofuncionários antigos de outras casas enovos”, explica Dalberto. E deu certo.O atendimento da casa é irretocável.Os garçons são delicados, sempreatentos às necessidades da clientela eespecializados na arte de servir carne.O espaço, com decoração doarquiteto José Antônio Henrique, doStudio Zeh, contribui para o climaagradável e aconchegante. São 3.000m 2distribuídos em dois andares, o segundovocacionado para a realização de reuniões,convenções e comemorações. São cincosalas com 20, 40, 60 e 150 lugares, comdivisórias acústicas removíveis, de muitobom gosto.“Brasília já estava em nossos planoshá dez anos, porque tem o nosso perfilde público; estávamos só aguardandouma boa oportunidade”, conta ArriCoser, que já faz planos de expandira rede para outras capitais brasileiras.Para ele, não é surpresa o fato de achurrascaria de Brasília lotar já naprimeira semana de funcionamento.Talvez por isso tenham pensado tambémno estacionamento, com serviço degaragista e vaga para 170 veículos.“Isso aconteceu até nos Estados Unidos,porque nossa marca é sinônimo dequalidade”, orgulha-se Coser.Fogo de ChãoSHS Quadra 5 – Bloco E (3322.4666)www.fogodechao.com.br5


águanabocaClientes à beçaSabores exóticos e preços atrativos fazem o sucessode uma das mais populares pizzarias da cidadePOR GREICY PESSOAFOTOS EDUARDO OLIVEIRAJá comeu pizza de carne-de-sol?Ou de queijo de coalho com rapadura?Pois essas são algumas das novidadesda Pizza à Bessa em suas duas lojas,no Sudoeste e na Asa Sul. Além dessessabores especiais, o cardápio oferecemais 25 opções, algumas tambémexóticas, como lombinho canadensecom rapadura, linguiçinha mineira compimenta de cheiro e vaca atolada.O começo foi no Sudoeste, quatroanos atrás. Quem passava pela comercialda Quadra 101, à noite, começou aperceber um movimento incomum nosubsolo do bloco B. O sucesso foi tãogrande que o proprietário, Paulo Bessa,resolveu abrir uma filial na 214 Sul emjunho do ano passado. E também alivem conquistando uma clientelanumerosa e fiel.“No Sudoeste são, em média, 200pizzas por dia; na Asa Sul, mais ainda,cerca de 350. Rapidez no atendimento,preços e produtos bons são nossasqualidades. Pensamos em tudo paraagradar os clientes. Servimos as pizzasem prato de sobremesa, com o objetivode evitar desperdícios e deixar as fatiassempre quentinhas”, explica Bessa.O rodízio tem preço convidativo –<strong>R$</strong> 16,<strong>90</strong> por pessoa. Mas o clientetambém pode montar a pizza a seugosto. Em comemorações de aniversário,6


águanabocaGastronomiaecléticaDe dia, comida natural; de noite, japonesa;e, a qualquer hora do dia, uma sangrentapicanha. É assim mesmo o novíssimo Balli Hoo!POR VICENTE SÁPara alguns poetas, descobrir aalma das coisas é o primeiro passopara amá-las. Se assim for, estáexplicado porque um restauranteaberto há pouco mais de 30 dias aolado do Píer 21 está sendo tão bemrecebido na cidade. Com a propostade ser um ambiente rústico, arejado eoferecendo pelo menos duas opçõesde cozinhas – japonesa e natural –o Balli Hoo! (assim mesmo, componto de exclamação) vai rapidamentedescobrindo sua vocação para o eclético.Criação do gastrônomo Hudson deSouza, proprietário do Submore, edo chef argentino Gustavo Mariasis,o Balli busca um equilíbrio, umaalimentação prazerosa e saudável.Nos almoços de segunda a sábado,oferece um farto bufê com oito tiposde saladas e dez pratos quentes, emque se destacam o quiche de cebola,8


o yaksoba de proteína de soja e obobó de camarão. À noite, a comida éjaponesa, com rodízio de sushi e musicbar, sempre com bons músicos da cidade.O cardápio de bebidas exibe umaboa variedade de sucos, com algumascriações da casa, tais como o suco demelancia com limão, o de uva com águade rosas e o de laranja com flores delaranjeiras. Essas combinações inusitadastêm deixado encantados funcionáriosde embaixadas e executivos, os primeirose fiéis fregueses do Balli Hoo!“Nossa taxa de fidelização estáaltíssima, pois as pessoas podem apreciaruma comida saudável, equilibrada, mastambém saborosa e leve. Às sextas, porexemplo, os clientes comem nosso bobóde camarão no almoço e voltam aotrabalho sem problemas, sem aquelapreguicinha que vem depois de umarefeição pesada”, garante GustavoMariasis.A decoração também é muitocriativa. Os 194 lugares se distribuementre mesas normais de quatro lugares emesas quadradas maiores, que abrigamFotos: Vítor Magalhãesconfortavelmente até oito pessoas efacilitam a conversa de grupos e famíliasdurante as refeições. Ao fundo, umapequena cascata vela pelos casais denamorados, que optam por conversarmais reservadamente num espaçointimista. As lanternas que decoram oteto e as divisórias são em estilo da ilhade Bali mas não têm ligação alguma como nome do restaurante, garante o chef.Apesar de se classificar como umrestaurante natural, o cardápio não negaas origens do chef Gustavo Mariasi einclui uma bela e sangrenta picanha,para agradar também aos paladaresmenos ortodoxos. Talvez por isso mesmo– por possuir uma “alma” tão eclética –o Balli Hoo! esteja conquistando clientelabastante diversificada – funcionáriospúblicos, diplomatas, estudantes,jornalistas, empresários, artistas, enfim,pessoas de todas as tribos e gostos.Quer mais ecletismo do que isso?Balli Hoo!Anexo ao ginásio da Academia Club 22,ao lado do Píer 21.No almoço, de 2ª a sábado, bufê por<strong>R$</strong> 27,<strong>90</strong> o quilo. No jantar, de 3ª adomingo, rodízio de sushi por <strong>R$</strong> 39,<strong>90</strong>e music bar com couvert de <strong>R$</strong> 5.9


picadinhoTrês boas sacadasA mais tradicional bebida japonesaacaba de ganhar novas cores e aromasno Haná (408 Sul). O restaurante crioutrês interessantes maneiras de servir osaquê. O Saketini é uma mistura de licorde pêssego, saquê e água de coco.O Blue combina os climas caribenhoe nipônico - curaçau blue, água decoco, saquê, vodka e suco de abacaxi.O terceiro é o Red, feito com malibu,xarope de morango ou groselha, águade coco e saquê. Os drinques custam<strong>R$</strong>10,50 cada e, apesar de ainda nãoestarem no cardápio, já são oferecidosde mesa em mesa pelos garçons.Balli Hoo in concertO recém-inaugurado restaurante damatéria na página anterior já definiuseu cardápio musical. O combinadode música, sushi e sashimi começa naterça-feira, com a dupla Diogo e Sandrotocando pop-rock nacional. Na quartaé a vez de Tico Morais explorar osclássicos do jazz, MPB e internacional.Na quinta tem Os Quatro, com rockacústico nacional e internacional.E encerrando a agenda, na sexta,o pianista Serge Fransunkiewiczapresenta suas misturas jazzísticas:de cool jazz e hard-bop à nossa bossanova. Os shows começam sempreàs 21h e o couvert artístico é de <strong>R$</strong>5.Sete anos de FratelloA pizzaria Fratello Uno comemora seussete anos de idade com uma ótimapromoção para clientes do delivery:quem pedir em casa uma pizza grande(oito pedaços) pagará o preço damédia (seis pedaços). O deliveryfunciona todos os dias das 18h30 às23h30 e atende clientes da Asa Norte,Asa Sul, Lago Norte, Lago Sul(3447.8989), Sudoeste, Octogonal eCruzeiro ( 3352.6682).DivulgaçãoUm é pouco, dois é bom...O Mignon 2 fatias é a mais nova opção docardápio da rede de grelhados fast-foodMontana Grill Express. O prato vem comduas fatias de filé mignon (100g cada)acompanhadas de massa, salada ou duasguarnições à escolha do cliente: purê debatatas, fritas, arroz, polenta, legumesgrelhados e tutu de feijão.Mais uma estaçãoMais uma rede americana de lanchonetes narua dos restaurantes: o Subway vai disputarespaço na 405 Sul com a conterrânea dosarcos amarelos. Os sanduíches montadosao gosto do cliente poderão ser apreciadospelos baladeiros de plantão – a nova lojafuncionará do almoço até as cinco damanhã, na sexta e no sábado, e até meianoite nos demais dias da semana.Sabor e praticidadeBoa notícia para quem gosta de fazer bonitona cozinha sem esforço. A Perdigão acabade lançar uma linha de molhos congeladoscom sabores inspirados na culinária italiana.São quatro sabores: bolonhesa, ao sugo,calabresa e quatro queijos. Os molhos –disponíveis no mercado nacional a partir dasegunda quinzena de junho – podem serdescongelados no forno microondas emapenas 10 minutos, aproximadamente otempo que se leva para cozinhar a massa.Gente Nova na CozinhaEsta é para os jovens chefs da cidade.A ONG Gente Nova está à procura de novostalentos da gastronomia. Mas eles precisamcriar um prato que contenha algumingrediente do agrado do presidenteJuscelino Kubitscheck. O regulamento doconcurso Tem Gente Nova na Cozinha estáno site www.gentenova.comNova importadoraApós oito anos à frente da Mistral emBrasília, Marly Maia deixa a empresacom o desafio de coordenar a Vinci, novaimportadora do Grupo Lilla. A Vinci jáDivulgaçãonasceu com 700 rótulos e muitos delesde vinícolas renomadas como a Carmem(Chile), Montes (Chile), Catena Zapata(Argentina) e Rosemount (Austrália).A importadora virou a nova “meninados olhos” do grupo e seus vinhospossuem o mesmo padrão de qualidadeexigido pela Mistral. A partir de agora,Marly tem a missão de imprimir a marcaVinci no mercado de Brasília, da mesmaforma que fez com a Mistral.Borbulhas em dobroOs apreciadores de espumantesganharam um bom motivo pra ir aoPorcão. A churrascaria criou o projetoClube da Borbulha, que se reúne todosos sábados, das 18 às 22 horas. Nessehorário o bar do Porcão oferece, paracada taça ou garrafa de espumanteMiolo Brut, Miolo Brut Rosé ou ChandonBrut, outra taça ou garrafa para serconsumida no local. E os participantesdo clube ainda têm direito a um bufêcom caldos, salgados, frios e canapés.Domingo gastronômicoO hotel Blue Tree Alvorada acabade lançar um brunch para quemquer dedicar quase um dia inteiroà gastronomia. São dez ilhasgastronômicas comandadas pelo chefPedro Silva: pães, saladas, antepastos,sushis, frutos do mar, prato quentes,massas, show kitchen de grelhados esobremesas. A extravagância vai das11h30 às 17h e custa <strong>R$</strong> 60 por pessoa.Por mais <strong>R$</strong> 15 o cliente pode se servirà vontade de espumantes e bebidasnão-alcoólicas.Paulo Negreiros10


pão&vinhoEcos da ExpovinisALEXANDRE DOS SANTOS FRANCO *Os apreciadores de vinho, bem comoos profissionais da área e os enófilosde plantão, bem conhecem a Expovinis,principal feira de vinhos do Brasil, queacontece todos os anos, em geral entreabril e maio. Tradicionalmente realizadanas cercanias do Ceasa de São Paulo,local de boas instalações mas delocalização longe do ideal, na versãodeste ano mudou-se para a Bienal doIbirapuera.Novamente, como faço todos osanos, tive a oportunidade de freqüentála.Sem dúvida, a localização da feiratornou-se, em princípio, mais atraente,porém careceu de adequação nasinstalações. A ausência de um númeroadequado de vagas de estacionamento ede ar-condicionado no recinto acabarampor espantar boa parte dos interessadosem visitá-la.Para os que persistiram, asrecompensas, como sempre, foram boas.Um grande número de expositoresgarantiu a quem teve “fígado” suficientea prova de vinhos das mais diversasprocedências e tipos, além de algunsazeites, cachaças e charutos. Mais umavez, as atrações mais agradáveis ficarampor conta dos representantes ibéricos.Como sempre, as importadoras jáestabelecidas, especializadas em vinhosoriundos de Portugal e Espanha,além de produtores, especialmenteportugueses em busca de parceirosnacionais, cumpriram o papel deanfitriões da festa.Um parênteses: muito interessantefoi a conversa que posteriormente tivecom o Jorge Ferreira e o nosso queridoJosé Luis Paixão, aos quais sugeri que seorganizasse em futuro breve, quem sabepara o próximo ano, uma versãobrasiliense, ainda que em menoresdimensões, da Expovinis, e recebi emresposta o esperado apoio à idéia, queficamos de voltar a estudar com maisdetalhes.Voltando à Expovinis deste ano, nãopoderia deixar de comentar sobre umadas mais especializadas importadorasdesta nossa terra brasilis, a Península,que, sempre resistindo ao oferecimentoconstante de algumas das maisprestigiadas marcas ênicas do mundo,manteve-se firme no propósito deimportar e comercializar exclusivamentevinhos espanhóis, alegando edemonstrando na prática a necessidadede assim proceder para garantir omelhor resultado para seus clientes.Dono da representação de algunsdos vinhos mais prestigiados daEspanha, a Península procura privilegiara relação custo x benefício tão procuradapelo consumidor. Chega a raridadescomo vinhos pontuados acima dos <strong>90</strong>por Robert Parker a preços abaixo dos<strong>R$</strong> 40. Liderada por Juan, certamenteum dos maiores conhecedores do vinhoespanhol, a Península já temrepresentação em Brasília para aquelesque sabem apreciar o bom vinho.Recebeu-me como sempre, e como atodos, com efusiva alegria, a ofereceruma verdadeira saraivada de goles dosmais extraordinários caldos brancos etintos disponíveis na feira. Aliás, já éfamosa essa recepção de Juan, queprodigamente oferece alguns dos seusmelhores rótulos, deixando de lado amá prática, comum nessas feiras, deabrir apenas os rótulos mais baratos.Aproveitando a reportagem dacolega Súsan Faria, que conta suasaventuras por terras espanholas,podemos citar um dos ícones trazidospela Península: os vinhos da Alvear, daD.O. Montilla-Moriles, são imperdíveis.Basta notarmos que em 2003 foi a únicabodega espanhola a obter notas deRobert Parker acima dos 91 pontos emseis de seus vinhos. Em especial deve-seexperimentar seu Pedro Ximenez deAnada, vinho de sobremesa espetacular.*Empresário e enófilo11


LUIZ RECENAgarfadasegoles@alo.com.br12garfadas&golesO meu, o seu, o nosso Rio de JaneiroO Rio de Janeiro continua lindo. O Rio de Janeiro continua sendo. O Rio é o Rio. As águas de marçofecharam o verão e maio trouxe as primeiras cores do outono. Nos primeiros dias, sem chuva. Então, apraia se vestia de dourado pra que o povo admirasse. E as árvores, com folhas em ocre, emolduravam ocenário da princesinha. Para completar, uma lua cheia do tamanho de um botão. Demais! Até o maisempedernido gaúcho, curtido no amarelo-burócra do Planalto Central, não resiste. Foi certo ter JK trazidoa capital para cá. Assim, o Rio ficou só preocupado em cuidar da própria beleza. Só escrevo sobre ela.O resto, as mazelas, é coisa que, na mídia diária, abunda. Cinco dias de céu azul, praias lindas (e frias),Maraca cheio. Como diria o argentino amigo nosso, “unepetácolo!”.Bares mais baresJobi e Bar Luiz. Dois templos para beberde joelhos. Mas há muito mais, comnomes modernos, comidinhas e bebidinhasencantadoras. Às vezes um muvuquéo: cariocaschiando, gringos atacando nossas mulatas comomarines no Golfo, cambistas vendendo carasfacilidades. Mas é o velho Rio de Guerra.Deve-se ir.Do chic ao simplesNo chic, o Satyricon. Continua esbanjando:do excesso de aquários com comidas vivas aocardápio farto. E caro. Na carta de vinhos,destaque para os espumantes gaúchos. Cadavez melhores. Ipanema mantém o endereço.No simples, a fartura: Adegão Português, emSão Cristóvão. Bacalhau de todos os tipos, comum fio condutor a costurar todos eles: a farturae o tamanho das postas. Garçons com mais de30 anos de casa garantem que, se o cozinheirofaltar, eles assumem o fogão e a qualidade não cai.Azulão, Tobias e MangueiraParece trio de zagueiros do futebol antigo.Mas não é. São três goleadores que encantamo visitante da Feira de São Cristóvão, na frentedo Adegão. Mestre Azulão já inaugurou a Casado Cantador na Ceilândia e recitou cordel noClube da Imprensa. Tem uma banca na entradada Feira e, ainda no gogó, opina com rima sobrequalquer tema da atualidade. Mais dez metrose surge Tobias, o rei da caipirinha, caipirosca,o que for. O homem passou 20 anos num trailerpela Europa. Baseado na Alemanha, derreteuneve e fez chover em mais de 30 países. Prometevisita. Som na caixa da barraca: mestre Ney daMangueira. Velha Guarda. Disco tocando e eleali, ao vivo. É o Rio.Terça-feira gordaFoi na noite de 8 de maio, aqui mesmo, emBrasília. Arri Cóser convidou pequeno grupopara apresentar sua Fogo de Chão brasiliense,setor hoteleiro, na antiga Spettus. O modelotestado em Porto Alegre, São Paulo e EstadosUnidos veio para mostrar coisa nova – e fina –em matéria de churrasco. Competente. Vaiestimular a concorrência, o que é muito bompara os consumidores. Não muito longe dali,na 403 Sul, abria a nova loja Expand. Vinhosdo mundo chegam à praça. Noite de reveramigos antigos. Uma beleza!E no Sudoeste...Depois de dezanos no delivery,César gostou e jáestá na segundaPizza CésarForneria emquatro meses.A primeira, naQI-17 do LagoSul. A nova,no Sudoeste,302 comercial.Chef paulistaJoão Gomessupervisiona o serviço. São 400 metrosquadrados para 170 pessoas. No almoço tembufê de saladas.Pra não dizer que......não falei: garfaram o Botafoguinho naquelefim de semana carioca. Os vencedores, agora,toda vez que jogam, fazem paródia do ChicoBuarque e cantam: “Chama o Beltrame, chamao Beltrame...”Divulgação


Salmao com gergelime tagliatelli Al’AlfredoFotos: Eduardo OliveiraReceita da chef Zilma Dias, do Felicitá (para quatro pessoas)INGREDIENTES• 4 filés de salmão• 1 xícara de gergelim• 50g de manteiga• 4 colheres de azeite de oliva• 500g de tagliatelli seco• 1 colher de cebola a brunoise• 200ml de molho bechamel• 1 colher de mostarda Dijon• ½ colher de mostarda em grão• ½ colher de manteiga• 1 xícara de creme de leite fresco• 4 colheres de parmesão ralado• sal e pimentaMODO DE PREPAROTemperar o salmão com sal, pimenta e vinho brancoseco. Passá-lo na manteiga derretida, no azeite de oliva ecobri-lo com gergelim. Colocar para assar a 180º por 20minutos. Servi-lo sobre o molho de mostarda.Molho de mostardaEm um frigideira, suar a cebola em ½ colher de manteiga.Acrescentar o molho bechamel e a mostarda Dijon. Reservar amostarda em grão para colocar sobre o molho já no prato.Molho para a massaLevar ao fogo médio o creme de leite fresco e o parmesão raladotemperados com sal e pimenta.13


oteirogastronômicoArmazém do FerreiraRestaurante inspirado no Rio deJaneiro dos anos 40. O buffet,com cerca de 20 tipos de frios,sanduíches e rodadas de empadase quibes, com a performance dogarçom Tampinha, são boas opçõespara os freqüentadores.202 Norte (3327.8342)CC: TodosDiamantina RestauranteAmbiente requintado e charmoso.No cardápio, um convívioharmonioso entre pratos da cozinhacontemporânea e os preferidos doex-presidente Juscelino Kubitschek.Adega climatizada.Hotel Kubitschek Plaza(3329.3774) CC: todosAzulejariaUm dos melhores Happy Hours dacidade. No cardápio espumantes,petiscos, sanduíches, carpaccios,ostras e cervejas importadas. Noalmoço, buffet de saladas e pratosquentes.408 Sul (3443.0698)CC: TodosBRASILEIROSEsquina da VilaA traíra sem espinhas é o principalprato da casa, mas a peixada aomolho, os filés de truta, salmão,badejo e surubim grelhados - comseus deliciosos acompanhamentos -fazem da casa, com seu estilo único,uma excelente opção.Vila Planalto(3306.2539)CC: todosBARESBar BrasíliaEm plena W3 Sul, o Bar Brasília temdecoração caprichada, com móveis eobjetos da primeira metade do séculoXX. Destaques para os pasteizinhos.Sugestão de gourmet: Cordeiroensopado com ingredientesespeciais, que realçam seu sabor.506 Sul Bloco A (3443.4323)CC: TodosPatuáOferece aos seus clientes apossibilidade de desfrutar uma releiturada cozinha brasileira. O cardápio levaem consideração a multiplicidade deculturas do Brasil com sua imensavariedade de ingredientes, cores,texturas e, principalmente, seus aromase sabores. Funciona diariamente noalmoço e jantar.Deck Brasil QI 11(3248.7231) CC: V e MBar e Pizzaria do BrásCerveja gelada e buffet. Mais de 40opções de frios e petiscos. De 2ª a6ª, buffet no almoço. Aos sábados,feijoada e cachaças, além do buffetde massas e saladas. Todos os diasrodízio de pizzas, caldos e massas.107 Norte (3347.4735) CC: VMonumentalNuma das esquinas mais valorizadasda cidade, a casa tem uma amplavaranda e o chope bem gelado. Noalmoço, buffet variado de saladas,massas e grelhados. À noite, aslingüiças mineiras estão entre ospetiscos mais pedidos.201 Sul (3224.9313)CC: todosBUFFET DE FESTALa LeopoldaReferência em criatividade,qualidade e eficácia em buffet dealta gastronomia.Em seis anos detrabalho coleciona cinco prêmios. Osprodutos são elaborados por EmíliaFerrero e executados por RicardoFerrero. Realiza eventos sociais eempresariais.QI 21 Bl. A (3366.1110/3078)Sweet CakeÉ um dos mais renomados buffetsde festa da cidade, com mais dedez anos de experiência. Além dossalgados e doces finos oferecidosno buffet, destaque para o Risoto deFoie-Gras, o Carré de Cordeiro aoMolho de Alecrim e o Filé ao Molhode Tâmaras.QI 21 do Lago Sul (3366.3531)14


MÚSICA AO VIVO ACESSO PARA DEFICIENTESDELIVERY MANOBRISTAESPAÇO VIP ÁREA EXTERNA FRALDÁRIO BANHEIRO PARA DEFICIENTECARTÕES DE CRÉDITO: CC / VISA: V / MASTERCARD: M / AMERICAN EXPRESS: A / DINERS: D / REDECARD: RCamarão 206Cardápio variado, sabor e qualidade.Buffet no almoço é o carro-chefe, commais de 10 pratos quentes, diversostipos de saladas e várias opções desobremesa, a <strong>R$</strong> 35,<strong>90</strong> (2ª a 6ª) e<strong>R$</strong> 39,<strong>90</strong> (sáb, dom e feriados) porpessoa. No jantar, serviço à la carte.206 Sul (3443.4841), Liberty Malle Brasília Shopping CC: todosChez le Petit PrinceAutêntica confeitaria francesa.A casa oferece desde otradicional café da manhã,com croissantes,tortas, minitortas,quiches,crepes,saladas epatês. Aceita encomendas e fazeventos. Dom, 2ª e 4ª das 9h às21h.5ª,6ª e sáb, das 9h ás 22h.3ª não abre.212 Sul (3245.6525) CC: M e VDon’ DuricaBuffet no almoço consagrado pelavariedade de pratos. Por <strong>R$</strong> 32,<strong>90</strong>,o cliente tem saladas, pratos quentes,massas caseiras e sobremesas.No jantar, frios a quilo, petiscosvariados, sanduíches, saladas epratos à la carte com destaque parao talharim aos frutos do mar.201 Norte (3326.1045)CC: V. M. DBUFFET DE RESTAURANTEMonjoloCom cinco lojas na cidade, mantém atradição em mais de 200 produtos dereceitas típicas do interior de Goiás,preparados artesanalmente, semconservantes ou estabilizantes. A tortaSuflair é uma das tentações da linhadoce. Na linha salgada, uma boa opçãosão as quiches, com recheios variados.404 Norte, 215 Norte, 210 Sul,103 Sudoeste e QI 13 Lago Sul (3361.7767)PralinéO cardápio é bastante variado, comtortas doces e salgadas, bolos, pães,géleias, caldos quentes, quiches,tarteletes, chás, café e sucos defrutas naturais. Café da manhã por<strong>R$</strong> 11,80 de 2ª a 6ª (buffet porpessoa).205 Sul bl A lj 3(3443.74<strong>90</strong>) CC: VCONFEITARIASBier Fass Pontão do Lago SulUm dos melhores happy hours dacidade. Uma boa pedida é o bolinhode bacalhau. Oferece opções de pizzasindividuais e serve chope claro e escuro,e drinques exclusivos, como a caipirinhade morango com vinho do Porto.Exclusividade: carpaccio de bacalhau.Pontão do Lago Sul (3364.4041)CC: TodosChiquita BacanaO Chiquita Bacana oferece almoço com pratosvariados e bem servidos, como massas egrelhados. Todas as segundas-feiras, é vez daSegundona Universitária, o cliente terá 50%de desconto em todas as bebidas. Nas terçasfeiras,dose dupla de caipifruta e vodka. Aossábados tem Feijoada a <strong>R$</strong> 12,<strong>90</strong> por pessoa.O happy hour acontece todos os dias, comchopp a <strong>R$</strong> 2,20.209 Sul (3242.1212)CC: TodosCHOPERIASTorteria Di LorenzaAs mais deliciosas tortas da cidade estãona Torteria Di Lorenza. São centenastipos. Amora Quaker, Frango com Catupirye Sonho de Valsa Crocante estão entreas mais pedidas. Vá a uma de nossaslojas ou peça pela Loja Virtual em www.torteriadilorenza.com.br/lojavirtual.302 Sul (3266.9667), 208 Sul (3443.6366),211 Sul (3245-6000), 115 Norte(3349.7807), 213 Norte (3340.1730),Sudoeste (3344.4600), Lago Sul (3364.5096)e Brasília Shopping (3328.4853)15


oteirogastronômicoUniversal DinerBSB GrillCONTEMPORÂNEOSEleito O Melhor dos Melhores porvotação popular na última eleição da<strong>Roteiro</strong>. Com nove anos de existência,o pioneiro na cozinha contemporâneada cidade tem como um dos carroschefeso Camarão ao molho de queijobrie, champagne e caviar, com Risotode morango e sálvia.210 Sul (3443.2089)CC: TodosZuu A.Z.D.Z.Em menos de dois anos de existência,a segunda casa de Mara Alcamim jáfoi premiada pelas principais revistasgastronômicas do país. Agradável eintimista, aberta para almoço, de 2ª a6ª, e para jantar, de 2ª a sábado.No almoço, opções a <strong>R$</strong> 29,<strong>90</strong>.210 Sul (3244.1039)CC: A e MGRELHADOSÉ conhecido por seu cuidado com aqualidade e o preparo da carne. Hásete anos na cidade, oferece cortesinovadores, como o bife de tira e o bifeangosto, parte privilegiada do contrafilé.Destaques: Picanha Pantaneira, aPicanha em tira e o Prime Rib.304 Norte (3326.0976)413 Sul (3346.0036) CC: A, VNorton GrillPara quem não resiste a um bomgrelhado, o Norton Grill é o lugar certo.Uma das especialidades da casa é aPicanha Baby com o famoso ArrozNorton e, de sobremesa, um deliciosopudim de leite.Hotel Mélia - 2º andar(3218.5550) CC: todosC’est si bonRoadhouse GrillA casa oferece saladas, massas,risotos, grelhados e mais de 50sabores de crepes. Adega climatizadacom mais de 60 rótulos. Sugestão:Marco Polo (presunto, catupiry,tomates frescos, azeitona, cebola,palmito). Toda 2ª e 5ª música ao vivo.408 Sul (3244.6353)CC: V, M e DCriado nos EUA, foi eleito por três anosconsecutivos o preferido da famíliaamericana. Com mais de 100 lojas,seus generosos pratos foram criados,pesquisados e inspirados nas raízes daAmérica. Conheça tais delícias: ribs,steaks, pasta, hambúrgueres.S.Clubes Sul Tr. 2 ao lado doPier 21 (3321.8535)Terraço Shopping (3034.8535)Crepe au ChocolatBier Fass Gilberto SalomãoCREPERIASDê asas ao chef que há em você.Toda terça, monte seu crepe com atéoito ingredientes, a preços especiais,no Crepe au Chocolat da 210 Sul.Reservas pelo tel: 3443-2050210 Sul (3443.2050), 109Norte (3340.7002) CC: V, CCreperia FloripaPonto de encontro de jovens durantetoda a semana. Oferece mais de30 sabores de crepes. Além dostradicionais, os mais elaboradoscomo o de bacalhau, strogonoff defrango ou filé. Os crepes doces maispedidos são o de chocolate combanana e de morango.312 Sul (3445.2961) CC: V309 Norte (3202.1440)INTERNACIONAISO Bierfass Gilberto Salomão completaem 2007 seu 38º ano de sucesso,com uma fórmula que agrega tradição,ambiente, cozinha e público diferenciado.Destaque para a cozinha internacional,variando pratos clássicos aos modernos,que influi tanto nos ingredientes usadoscomo na apresentação dos pratos.GIlberto SalomãoQI 5 Lago Sul (3248.1519)CC: TodosOliverAmbiente romântico e intimista, comculinária mediterrânea, de inspiraçãoitaliana e influências francesas eespanholas. A proposta é oferecercardápio variado e criativo, com saladase frutos do mar. Para os pequenosapetites, há a versão meio prato.SCES Trecho 2, Lote 2 (3323.5961)Brasília Golfe Center CC: Todos16


MÚSICA AO VIVO ACESSO PARA DEFICIENTES DELIVERY MANOBRISTAESPAÇO VIP ÁREA EXTERNA FRALDÁRIO BANHEIRO PARA DEFICIENTECARTÕES DE CRÉDITO: CC / VISA: V / MASTERCARD: M / AMERICAN EXPRESS: A / DINERS: D / REDECARD: RSan Marco HotelAos sábados, no restaurantepanorâmico do hotel, suculenta feijoadacom ingredientes separados. Entradas:deliciosas batidas, acarajé e caldinhode feijão. <strong>R$</strong> 30 + 10% por pessoa ou<strong>R$</strong> 55 + 10% o casal. Música ao vivoe sobremasas inclusas.SHS Qd 5 Bl C (2103.8484)CC: TodosINTERNACIONAISSan MarinoCozinha típica de cantina italiana.De 3ª a 6ª, rodízio à noite com15 sabores de pizzas e oito demassas. Nas outras noites, somenteà la carte. Durante a semana, noalmoço, buffet com saladas, pratosexecutivos e grelhados.209 Sul (3443.5050)CC: TodosDom RomanoDesde 1988, foi pioneira em assaras pizzas no forno a lenha. As pizzastêm sabor e sotaque paulistano. Asmassas e molhos são de fabricaçãoprópria, e têm sabores bem caseiros.As porções bem servidas, retratam aorigem italiana.QI 11 Lago Sul (3248-0078)102 Norte (3327-7776) CC: V, M e D.San LorenzoCulinária internacional,com acombinação surpreendente de belose saborosos pratos. Sugestões:Filédo Casé e Medalhão de Florença.No almoço, pratos executivoscom atendimento ágil e opçõessaborosas. A adega climatizadacompleta o ambiente.103 Sudoeste (3201.2161)CC: TodosFelicitáA casa tem ambiente descontraídoe agradável. Todos os dias Buffet deantepastos, mais de 30 sabores depizzas, saladas e grelhados, alémdas massas de produção própriacom grano duro. Excelente carta devinhos. 2ª de 18h às 0h. 3ª a dom,de 12h às 0h.306 Norte (3274.5086)CC: todosGordeixoAmbiente agradável, comida boa eárea de lazer para as crianças fazemo sucesso da casa desde 1987. Noalmoço, além das pizzas, o buffet demassas preparadas na hora, ondeo cliente escolhe os molhos e osingredientes para compor seu prato.ITALIANOSSecondo VercelliPromoção para as noites de maio:todas as pizzas grandes a preçoúnico de <strong>R$</strong> 15,50, rodízio de pizzase massas <strong>R$</strong> 11,40, chopp 300ml<strong>R$</strong> 2,59 e pratos a la carte com20% desc.403 sul (3321.6546)CC: todosTruliUm sucesso com serviços originais erápidos. Buffet no centro do salão. Ocliente monta seu pedido escolhendoaté sete ingredientes para comporum prato de massa, ou salada, ouVira-e-Mexe (arroz com feijão).Deliciosos pratos italianos à la carte.ITALIANOS306 Norte (3273.8525)CC: V, M e D201 Sul (3322.4688) Delivery(3225.4050) CC: TodosGordeixosPizzas assadas no forno à lenha eservidas na pedra, carnes e massas.Na Asa Sul, além do serviço à lacarte, pode-se optar pelo buffet comcinco tipos de massas, três opçõesde molho e 20 complementos, a<strong>R$</strong> 13,<strong>90</strong> por pessoa.404 Sul (3323.8989), Sudoeste(3344.5599), Águas Claras (3435.6565)e Taguatinga (3354.1221) CC: D, M e VVilla BorgheseO charme da decoração e ailuminação à luz de velas dão o climaromântico. Aberto todos os dias paraalmoço e jantar. Sugestão: Segrettidi Netuno - camarões gigantescom molho ao pesto e molho dealcaparras, servidos com arroz deamêndoas.201 Sul (3226.5650) CC: V, M17


oteirogastronômicoLOJAS DE VINHOBrilho - Feira dos importadosReferência desde 1997, nos ramosde bebida, charutaria e delikatessen.Na adega climatizada o clienteencontra vinhos especiais, comoRomaneé Conti e Chateau Pétrus.Ambiente especial para degustação.Queijos importados e o melhorbacalhau da cidade.Feira dos Importados(3037.4533) CC: Todoswww.brilhoimportados.com.brBrilho - Lago SulA nova loja do Gilberto Salomãoconta com adega climatizada egrande variedade de vinhos. Espaçoexclusivo para degustações, palestras,eventos e amplo estacionamento. Osqueijos, azeites, bacalhau, chocolates,acessórios e charutos completam omix de produtos. Venha conhecer!Centro Gilberto Salomão- lj 33(3202.4533) CC: todoswww.brilhoimportados.com.brHanáDiariamente no almoço e jantar,festival de sushi e sashimi, commais de 35 opções de pratos.Nas 2 as e 3 as , o tradicional buffetconta com o Festival do Camarão.Funciona também à la carte e temdelivery. Horário: diariamente das12h às 15h e das 19h às 24h.408 Sul (3244.9999)CC: TodosKosuiCom cinquenta pratos no cardápio,o Soba (macarrão integral comcaldo quente ou frio) e o BanqueteJaponês (entradas, caldos, pratosdiversos, acompanhamentos esobremesa) são os mais preferidos.O balcão, é um dos lugares maisrequisitados da casa.Academia de Tênis(3316.6<strong>90</strong>0) - CC: TodosMEXICANOSCafé CancunAos sábados, brinquedoteca e umadeliciosa Feijoada Completa, combuffet de saladas, sushi, pratosquentes, costelinha, caldinho defeijão, linguiça e acarajé. Comoopcional, picanha fatiada e o buffetde sobremesa.Shopping Liberty Mall - 3202.4466Cartões: TODOSORIENTAISNipponTradicional e inovador. Sushis esashimis ganham toques inusitados.Exemplo disso é o sushi de atumpicado, temperado com gengibre ecebolinha envolto em fina camada desalmão. As novidades são fruto demuita pesquisa do proprietário Jun Ito.403 Sul (3224.0430 /3323.5213) CC: TodosSushi BrasilNATURAISNaturettoA casa tem um cardápio supervariado de pratos quentes, sushise sashimis. Em sistema de rodízioou buffet, em destaque estão osHot Rool, o combinado Be Happy, oSuper Salmão entre outros. Ambienteperfeito para reunir os amigos, afamília e para almoços executivos.QI 11 Lago Sul (3364.3939)CC: todosO restaurante valoriza a culináriamacrobiótica, os vegetais orgânicose integrais. O peixe está presente nocardápio diariamente. À noite, o vinhose harmoniza com o ambiente rústicoe cultural e acompanha quiches,salmão grelhado, pães e queijos.405 Norte (3201.6223) eCâmara dos Deputados CC: V e M18


MÚSICA AO VIVO ACESSO PARA DEFICIENTES DELIVERY MANOBRISTAESPAÇO VIP ÁREA EXTERNA FRALDÁRIO BANHEIRO PARA DEFICIENTECARTÕES DE CRÉDITO: CC / VISA: V / MASTERCARD: M / AMERICAN EXPRESS: A / DINERS: D / REDECARD: RBeliniA casa premiada é um misto depadaria, delikatessen, confeitaria erestaurante. O restaurante serverisotos, massas e carnes, inclusivecordeiro. Destaque para o cafégourmet, único torrado na próprialoja, para as pizzas especiais e osbuffets servidos na varanda.113 Sul (3345.0777) CC: TodosBacoPremiada por todas as revistas.Massas originais da Itália, vinhose ambiente. No cardápio, pizzastradicionais e exóticas. Novidades sãouma constante. Opção de rodízio emdias especiais – na 309 Norte, toda 3ªe domingo, e na 408 Sul, às 2 as .309 Norte (3274.8600), 408 Sul(3244.2292) CC: TodosBaco Delivery (3223.0323)Fornalha Pizza e CozinhaRodízio de Pizzas e Massas, com maisde 40 sabores. Diariamente, a partirdas 18h. Aos sábados, Feijoada, Chopp200ml <strong>R$</strong> 0,99 e batida de limão/maracujá (cortesia). Promoções HappyHour,Cerveja SOL <strong>R$</strong> 2,99 e Chopp 200ml <strong>R$</strong> 0,99. Temos rodízio em domicílio.307 Sul(Delivery 3443.4251)CC: todosPizza CésarAsa Norte (3347.0999)Guará (3567.3030)Sudoeste (3341.1001)Taguatinga (3352.0500)Sobradinho (3487.6262)Lago Sul (3366.3505)Asa Sul (3242.2221)Gama (3384.0202)PADARIASPIZZARIASQuerubinaA grande responsável pelosucesso da casa é a pizzamargueritta gourmet. Trabalhacom rodízio, às 2 as e 3 as , <strong>R$</strong> 24por pessoa, com mais de 30deliciosos sabores. Excelente cartade vinhos nacionais e importados.308 Sul (3443.8777)CC: TodosFeitiço MineiroA culinária de raiz das Minas Geraise uma programação cultural queinclui músicos de renome nacional eeventos literários. Diariamente, buffetcom oito a nove tipos de carnes.Destaque para a leitoa e o pernil àpururuca, servidos às 6 as e domingos.306 Norte (3272.3032)CC: TodosSaborellaSorvetes com sabores regionais etecnologia italiana são a especialidadeda casa. Os mais pedidos: tapioca,cupuaçu, açaí e frutas vermelhas. Navaranda, pode-se apreciar café bemtirado e fresquinho, acompanhado detapiocas quentinhas.112 Norte (3340.4894)CC: TodosSORVETERIA REGIONAISPIZZARIAS PIZZARIAS19


dia&noiteMarcelo RangelCatira, de A. Rosalinoriquezanaïf“Imagens de um Brasil caloroso, criativo, colorido, repleto dealegria, poesia e de amor tão grande... do tamanho do nossoterritório”. É assim que a curadora Jacqueline A. Finkelsteindefine a exposição Descobrindo o Brasil Naïf, que fica noConjunto Cultural da Caixa até 3 de junho. Lá estão 77exemplares do Museu Internacional de arte Naïf do Brasil, do Rio,com acervo de 6000 obras de pintores brasileiros e estrangeiros.Considerados verdadeiros contadores de histórias, os artistas naïfsressaltam a diversidade cultural e as belezas naturais de seu país.De terça a domingo, das 9 às 21h, com entrada franca.DivulgaçãoprêmiossescTermina dia 31 o prazo para escritores, poetas, artistas plásticos, fotógrafose músicos se inscreverem nos Prêmios Culturais, edição 2007. Os trabalhosvencedores irão integrar as coletâneas, publicações e exposições previstaspara o próximo ano. Os melhores classificados receberão premiações emdinheiro que totalizam <strong>R$</strong> 27.000. Os regulamentos e a ficha de inscriçãopodem ser retirados no SESC/DF. Informações no telefone 0800 617617.athosfashionDefinitivamente, o trabalho do artista plástico Athos Bulcão está namoda nos shoppings da cidade. Primeiro foi o Conjunto Nacional,que realizou belíssima exposição para mostrar o trabalho domestre dos azulejos com a cara da cidade aniversariante.Depois, no Dia das Mães, distribuiu a seus clientes colarescom o Espírito Santo, criação de Athos. O Liberty Mall, porsua vez, ofereceu quatro xícaras com desenhos exclusivos doartista às mães, que se esgotaram rapidamente. A opção doBrasília Shopping foi por presentear os clientes com seis milpares de sandálias inspiradas nas obras de Athos, até dia 31 ouaté o fim do estoque. Bom para a Fundação Athos Bulcão, quepode prosseguir em seus projetos de arte e educação.DivulgaçãomadamebovaryA angústia,o tédio e aidealizaçãoromântica efrustrada docasamentofazem partedo universofemininoretratadopor GustaveFlaubert,escritorfrancês que em 1857 publicou MadameBovary, seu romance mais famoso.E foram essas características do livroque inspiraram a artista plástica goianaSylvana Cotrim Lobo em seu trabalho.A exposição Madame Bovary Sou Eu,a primeira da artista em Brasília, podeser vista até 3 de junho no foyer daSala Martins Pena do Teatro Nacional.De terça a sábado, das 11 às 21h, edomingo, das 12 às 20h.vicentesáesérgiodubocA Vigésima Noite Cultural do T-Bone vai trazer como atração principal o cantor e compositor cearense Belchior,que anda sumido dos palcos brasilienses. A programação da festa, que acontece duas vezes por ano, temexposição e performance do artista plástico Leonardo Autuori e do músico Salomão Di Pádua. Outra novidade é aapresentação dos sambas urbanos e dos poemas de breque da dupla candanga Vicente Sá e Sérgio Duboc. A noitecultural começa às 19 horas do dia 31, na comercial 312/313 Norte, que estará fechada ao trânsito de veículos.20


preciosasridículas...Catarina e Madalena são o que se pode chamar de alpinistas sociais.Frívolas e muito preocupadas com a própria aparência, as duas fazemde tudo para virar celebridade. Poderiam ser personagens de nossoséculo, mas pertencem ao universo de Molière, o escritor francêsdo século XVII que tão bem soube cutucar a burguesia da época.As Preciosas Ridículas estão no Teatro da Caixa, na pele de GláuciaRodrigues e Helena Ranaldi. Dia 25, às 21h, e dias 26 e 27, às 19h e21h. Ingressos a <strong>R$</strong> 20 e <strong>R$</strong> 10.Chico Lima...emolièreeminglêsJovens de várias nacionalidades, todos estudantes da Escola Americana, vão encararuma missão nada fácil: encenar O Burguês Fidalgo, de Molière, em inglês. A autora dodesafio é a diretora de teatro Miriam Virna, também professora na Escola Americana.Ela optou por não determinar o tempo e o espaço do texto original. O ator e diretorAlessandro Brandão criou o figurino, William Ferreira o cenário e Dalton Camargos ailuminação. A trilha sonora traz composições para big bands e, sob regência de VadimArsky, a banda de jazz da escola fará participação especial. O Burguês Fidalgo, eminglês, será encenado dias 24 e 25, às 20 h. no Auditório Sílvia Cançado, localizadodentro da Escola Americana (605 Sul). Entrada franca.Informações: 3442.9700.DivulgaçãoviolãoespanholA dupla Arte em Parte vai mostrar aosbrasilienses o violão romântico dos duetosdo século XIX. Nascidos na Galícia, ÁngelaFerreiro e Iago Reigosa foram convidados peloInstituto Cervantes para participar do projetoGuitaríssimo, criado para divulgar as váriasvertentes do violão espanhol. Dia 26, às 21h,no recém inaugurado Instituto Cervantes(ex-Cultura Hispânica), que fica na707/<strong>90</strong>7 Sul.villa-lobosO maestro Silvio Barbato, osaxofonista Leo Gandelman eo gaitista Gabriel Grossi vãoabrir o projeto Villa-Lobos120 Anos, que até setembrovai homenagear o compositorbrasileiro nas últimasquartas-feiras de cada mês.Na primeira apresentação dasérie, participações especiaisde Turíbio Santos (violão),Wagner Tiso (piano) e dacantora Lys Nardotto. Norepertório, Fantasia parasax e orquestra, Trenzinhodo Caipira, Bachianas nº 5 eLenda do Caboclo. Dia 30, emduas apresentações: às 13 h,com entrada franca, e às 21h,com ingressos a <strong>R$</strong> 15 e<strong>R$</strong> 7,50. Informações: 3310.7087.aladimejasmineO tapete mágico de Aladim vai aterrissar, até o final de maio, noTeatro da Escola Parque da 307 Sul. Aos sábados e domingos, às 16 h,a criançada vai poder assistir à história que recria no palco o clima dasmil e uma noites. A adaptação foi feita pela Cia Néia & Nando, a partirdo filme da Disney de 1992. E, logo depois, às 18 h, já emenda com oclássico de La Fontaine: A Cigarra e a Formiga. De acordo com NandoVillardo, diretor da Cia , “as duas histórias mostram as conseqüênciasdos nossos atos, quando somos irresponsáveis e ambiciosos”. Ingressospara os dois espetáculos a <strong>R$</strong> 20 e <strong>R$</strong> 10. Informações: 3443.3149.Paki21


caianagandaiaEduardo OliveiraDeborah: simpatiae jogo de cinturana SabatashAnjosnoitedaEles dão duro enquanto os outros se divertem.E, ao contrário da maioria, trabalham aindamais aos sábados, domingos e feriados.24


POR CRISTIANE GALVÃOEles adoram o que fazem, algunstrocam a noite pelo dia, quase todosabrem mão da vida pessoal, do convíviocom os amigos ou mesmo de uma rotinasaudável. São garçons, recepcionistas,produtores, Djs, donos de bares,bombeiros, taxistas e tantos outros quepassam pela balada incógnitos. Ajornada é dura e, muitas vezes,imprevisível. Na bagagem da vida, elescolecionam amigos, dividem alegriase muitas histórias pra contar. Nossadiversão é o trabalho deles “e por issovale tanto a pena”, dizem. Talvez seja atédifícil para quem vive uma vida“normal” entender. Mas para esses“anjos da noite” não existe sensaçãomelhor do que aquela de ter nas mãos opoder de transformar o cotidiano muitasvezes maçante numa noite perfeita.Tudo é muito novo para DeborahGranatto. Há apenas cinco meses elarecepciona os clientes na casa noturnaSabatash, na QI 17 do Lago Sul. Ela éuma hostess. A arte? Aprendeu olhandoas dez candidatas ao mesmo cargoque, nos oito meses anteriores, não“seguraram a onda” da difícil missão:ter jogo de cintura e ser simpática, acimade tudo. Entrou na Sabatash comosegurança, mas sua beleza e carisma logoa transformaram em candidata ideal aoposto. “A gente tem que agüentar muitacoisa, ser profissional”, conta.Mas, e quando alguém apela? “Aíeu saio, respiro fundo e reapareço comum sorriso”. O assédio masculino elaleva numa boa e faz piada: “Quandoeu era segurança era muito pior. Coisado fetiche do uniforme”. E acrescenta:“Hoje estou maispara psicóloga, opovo vem chorar asmágoas e eu brincodizendo que voucobrar consulta”.Estudava cerca de16 horas por diapara concursos, epretendecontinuar, mas confessa: “Se fosse agirpelo coração, escolheria trabalhar nanoite, porque aqui vivo e aprendo com“A gente temque agüentarmuita coisa, serprofissional”Deborah GranattoGiovanni Fernandessituações que não seriam possíveis emnenhum outro emprego. É umaexperiência ímpar”.Profissionalismo e muita disciplina,eis o segredo do sucesso do DJ Hopper,único de Brasília agenciadopela poderosa Smartbiz,de São Paulo. Depois dedez anos trabalhando e aomesmo tempo se divertindona balada, ele conta quehoje, ao 34 anos, a noiteé puro trabalho. Não fuma,não bebe e quando toca nasfestas as fichas que recebepara consumir nos baressão rapidamente convertidasem coca-cola.O DJ avalia próse contras de ser umprofissional da noite: “Temfinal de semana que quero ficar em casa,ver televisão, curtir a família, mas tenhoque pegar um avião, ir pra outra cidadee tocar. Afinal, como DJ, sou umproduto, e essa é a vida que escolhi”.E justifica: “Quando vejo todo mundopulando é um prazer indescritível;DJ Hopper: trabalho e diversão ao mesmo tempo“Quando vejo todomundo pulandoé um prazerindescritível; soufeliz, pois medivirto muito maistocando do quese estivessecurtindo a festa”DJ Hoppersou feliz, pois me divirto muito maistocando do que se estivesse curtindoa festa”.Há 18 anos Rubens Carvalho é sóciode uma das casas noturnas mais famosasde Brasília, o Gate's Pub.Com agenda repleta deshows e eventos, ele recorreàs terapias alternativascomo eneagrama,alimentação ayuvédica,ioga e bioterapia paramanter o equilíbrio. Mas,ao falar da profissão, osorriso no rosto e o brilhonos olhos revelam de ondevem sua verdadeira fontede energia: “Tenho umprazer enorme pelo quefaço. Conheço pessoasinteressantíssimas”. Desanto casamenteiro a babá de filhosdos amigos, a vida de Rubens nãotem rotina, mas isso também às vezesé um problema. “As namoradas nãoentendem, o sono nunca mais fica emdia, a gente envelhece e tirar proveitoda bebida é uma arte”.25


caianagandaiaEduardo OliveiraPARA QUE TUDO ESTEJA NA SANTA PAZ,do lado de fora do Gate´s o segurançaSérgio Madureira, o Serjão, na casa há15 anos, comanda um time de homensgrandes, fortes mas sempre muitotranqüilos. “A gente é da paz, violênciasó em último caso, tem que ter muitacalma, mesmo porquequem arruma confusão éum por cento”, diz Serjão.Praticante de artesmarciais, os cabelosbrancos não combinamcom o porte atlético.“Durmo das quatroàs oito da manhã e voupara a academia malhar,mas meu preparo é sópara garantir”, brinca.Pai de três filhos, ele tentasuprir a ausência comtelefonemas: “Eu amo anoite e o meu trabalho.Meus filhos cobram, mas no final tudodá certo porque casei com uma mulhersuper compreensiva”, diz.Por falar em segurança, o time deanjos da noite é reforçado pela presença“sempre alerta” do Corpo deBombeiros. Só no Lago Sul são, emmédia, 30 chamadas por final desemana. Eles já presenciaram de tudo.As ocorrências mais freqüentes sãobrigas e acidentes causados peloconsumo excessivo do álcool.Serjão: adepto da não-violência“Eu amo a noitee o meu trabalho.Meus filhoscobram, mas nofinal tudo dácerto porque caseicom uma mulhercompreensiva”Sérgio Madureira“Uma vez fomos atender uma vítima deacidente e o sujeito, muito ruim e semter sofrido nenhum arranhão, insistia:boto um gás e vocês vão comigo até aboate buscar o pessoal que deixei lá”,conta o socorrista André Oliveira.Histórias para contar não faltam, assimcomo a gratidão de mães efamiliares. “Volta e meiachega a mãe de um jovemque a gente socorreu,com lanches e carta deagradecimento”, relata ocapitão David Rodrigues. Asocorrências, em sua maioria,envolvem novatos na balada,entre 18 a 26 anos.O taxista FlávioHenrique dos Santos àsvezes passa três noitestrabalhando sem parar.Dependendo do movimentoda cidade, emenda de umafesta para um show e dorme nas filas dospontos de táxi, dentro do carro. Elelembra o dia em que levou uma garota devolta para casa. “Era uma rave, ela apareceude repente, foi caindo por cima do capôdo carro e mal conseguia falar, com muitadificuldade entendi o endereço”. Em casanão havia ninguém. Carregou aadolescente até o apartamento, fechou aporta e voltou no dia seguinte para saberse estava tudo bem e receber a corrida.“Fiquei preocupado, alguém podia ter seaproveitado da situação, ela estava muitomal”, lembra.Outro taxista, Vagner Wendell,parceiro de Flávio, conta que certo diaapareceu um passageiro tão bêbado quenão lembrava o endereço. “Tivemos quelevá-lo para uma delegacia, não haviacomo ajudá-lo”. Ao contar as histórias,os dois olham as anotações e se divertem“Se a gente contar tudo você vai passar anoite inteira escrevendo. Dá um livro”.A OPORTUNIDADE DE UM NEGÓCIOna noite de Brasília inspirou AlfredoAlasmar Júnior. Ele juntou oconhecimento sobre bebidas com ogosto pela balada e criou o Dancing Bar.Seus pais são os donos da tradicionalCasa Ouro. Casados há quase um ano,ele e a mulher, ambos formados emrelações públicas, criaram o serviçode bar com uma equipe treinada porcoqueteleiros do Brasil e do mundo.Ao todo, 120 profissionais free-lancerse cinco fixos fazem bares para todos osestilos e públicos: pequenos coquetéis,festas, formaturas e até raves. Apreocupação com a equipe formadapor estudantes e modelos vai além dapostura pessoal. “Trabalhamos com umagalera nova, mas é preciso abrir mão dealgumas coisas e a bebida é uma delas.Vigiamos mesmo, como se fôssemospais”, conta Júnior. E garante: “Só vestea camisa do Dancing Bar quem carregaa filosofia de servir e saber servir”.Se existe uma coisa que o garçomLuiz Justino da Silva sabe é comoservir bem a um cliente. Sua históriaé parecida com a de muitos candangos.Com apenas 17 anos, ele se mudou dePernambuco para Brasília e foi trabalharcomo copeiro no Hotel Nacional. Virougarçom e há 25 anos exerce a profissão.Hoje, trabalha no Armazém do Ferreira,da 202 Norte. “Tem que ser simpático,alegre e ter um sorriso no rosto,sempre”, dá a receita. Servir é uma arte,Justino? Ele responde: “Uma arte meiocruel, né?” E explica: “Às vezes, algunsclientes querem arrumar confusão dequalquer jeito e aí você precisa respirarfundo e ser gentil e educado”.Numa pequena loja chamada Molhode Tomate, na mesma 403 Sul do Gate’s26


Pub, pizzas quentinhas saem do fornoaté as cinco da manhã. O preço, um realpor pedaço, faz da casa uma das maismovimentadas da madrugada. “Jáestamos com um“Às vezes, algunsclientes queremarrumar confusãode qualquer jeitoe aí você precisarespirar fundoe ser gentil eeducado”Luiz Justino da Silvaprojeto de abrir24 horas”, contaAgnaldo Mendes.Casado comLúcia Rodrigues,enfrenta juntocom ela asmadrugadas como apoio de todaa família. “Meufilho mais velhoe minha irmã serevezam no caixacomigo e o maisnovo ajuda afazer as pizzas com a Lúcia”, acrescenta.Ele reconhece que o sono da noite fazfalta, mas as cerca de cinco mil fatiasque vende, em média, o estimulam acontinuar. “A noite é, sem dúvida, nossamelhor amiga”, sentencia.Eduardo OliveiraLuiz Justino, do Armazém do Ferreira: especialista na arte de bem servir27


graves&agudosPorão democráticoRock para todos os gostos no maiorfestival de música independente do paísPOR EDUARDO OLIVEIRANão tem Queens of The Stone Agenem Arctic Monkeys, como diziam osboatos. Mas a programação do Porão doRock 2007 – dias 1º e 2 de junho – estábem melhor do que a do ano passado,trazendo uma mistura de grandesatrações com boas novidades da cenaindependente. O show mais esperadoé, sem dúvida, dos americanos doMudhoney. A banda de Seattle já passoupelo Brasil, abrindo para o Pearl Jam em2005. Em Brasília, os precursores dogrunge tocam pela primeira vez.Fundado em 1988, o Mudhoneypode ser considerado o primo pobre doPearl Jam, já que surgiu da banda GreenRiver – quando esta se separou, metadedos integrantes fundou o Mudhoney e aoutra metade o Pearl Jam. Uma espéciede Aborto Elétrico – que deu origem aLegião Urbana e Capital Inicial – emescala planetária. Apesar de não teratingido o sucesso estrondoso do PearlJam, o Mudhoney influenciou muitagente, inclusive Kurt Cobain e seuNirvana. O show faz parte da turnê dedivulgação do ultimo disco, Under aBillion Suns, que foi lançado em 2006 erecebeu boas críticas.Também dos Estados Unidos, oscalifornianos do The Bellrays seguem afilosofia “blues is the teacher, punk isthe preacher” (“o blues é o professor, opunk é o pregador”). O resultado é umainteressante mistura que parece ArethaFranklin cantando músicas dos Stooges,em um estilo que a banda define comorock and soul. Fechando a programaçãointernacional, as bandas Born a Lion, dePortugal, e Satan Dealers, da Argentina,tocam no Brasil pela primeira vez.Entre as atrações principais tambémestão o manguebit do Nação Zumbi e asduas bandas brasileiras de metal commaior sucesso no exterior. Fechando anoite de sexta, dia 1º, o Angra, com seumetal de voz fina e solos de guitarra queduram horas, deve juntar um bompúblico de cabeludos vestindo a camisada banda. No sábado, o Sepultura tocano Porão pela segunda vez, só que agorapassa pela prova de fogo de se apresentarsem o baterista Igor Cavalera, substituídopor Jean Dolabella em 2006.ENTRE AS BANDAS INDEPENDENTES,a escolha foi acertadíssima. A quemais merece ser vista é a gaúcha quasebrasiliense Superguidis. Contratadapelo selo Senhor F Discos, daqui, gravouseu segundo CD no estúdio de PhilippeSeabra (Plebe Rude), no Lago Norte,Clausen Bonifácio28


Fotos: DivulgaçãoMudhoney é a principal atração do festivalBrasília já é a segunda casa dos gaúchos do Superguidise já fez vários shows na cidade, masnenhum com a dimensão do Porão doRock. “A gente tocou em outros festivaisno Brasil, mas provavelmente o Porãovai ser o maior público para o qual agente já se apresentou”, diz AndrioMaquenzi, vocalista e guitarrista quejá está na expectativa de conhecerseus ídolos do Mudhoney. IntituladoA Amarga Sinfonia do Superstar, o segundoCD da banda deve sair no fim de julho.“O resultado impressionou a gente. Oestúdio do Philippe Seabra é muito bemequipado. Além da enxurrada de guitarrasque já tinha no primeiro CD, a bateriafoi muito bem captada. Está parecendoFoo Fighters”, comemora Andrio.Superguidis é um exemplo de queuma banda pode ir longe mesmo sendoindependente. Prova disso são os showsque eles vão fazer em Buenos Aires,La Plata e Montevidéu em julho.Sem contar que o disco de estréia,gravado sem grandes recursos numestúdio caseiro, figurou em várias listasde melhores de 2006 e ganhou destaqueem publicações como a Bizz e a RollingStone. Para Andrio, “assinar comgrandes gravadoras é suicídio; estámais que evidente o buraco em que elasestão enfiadas, trabalhando no mesmoesquema há 40 anos”. O Porão do Rock,maior festival independente do Brasil,comprova essa tendência, levandodezenas de milhares de pessoas a assistirbandas que passam longe das rádios.Os cariocas do Moptop tambémmerecem um parágrafo inteiro. Pelasegunda vez em Brasília, o grupoaproveita para divulgar o disco aovivo que está lançando pela MTVem conjunto com outras quatronovas bandas queridinhas da emissora.O vocalista e guitarrista GabrielMarques não vê problemas na constantecomparação do som do Moptop combandas modernas como The Strokes,Franz Ferdinand e Los Hermanos.“A gente é da mesma geração dessagalera. Se for pegar meus discos, emgeral são os mesmos do Marcelo Camelo(Los Hermanos) e do Julian Casablancas(The Strokes). Cada banda tem umainterpretação diferente desse som,ninguém está copiando ninguém”.Quem acha rock instrumentaluma coisa chata por natureza vai sesurpreender com o Macaco Bong, deMato Grosso. A banda faz um som tãocompleto e interessante que nem dápra sentir falta do vocal. O passeio peloBrasil continua com as bandas Allface,do Rio Grande do Norte, Mechanics,de Goiás, Vamoz!, de Pernambuco, eTuatha de Danann, de Minas Gerais.Um dos shows mais animados deveser do Rock Rocket, com seu rock’n’rollalcoólatra e inconseqüente. Se o showdo trio paulista vai levar à loucura acriançada que entope o estacionamentodo Mané Garrincha de garrafas de vinhochapinha e vômito, a apoteose vai ser aapresentação da banda Garotos Podres.A música Papai Noel Velho Batuta épraticamente um hino para os punksque ainda não passaram da puberdade.As rodinhas punk vão proliferar ao somde “Papai Noel filho da puta / Rejeita osmiseráveis / Eu quero matá-lo / Aqueleporco capitalista / Presenteia os ricos /E cospe nos pobres”.Outra representante do punk rocké a paulista Inocentes, que, com suasletras de protesto, é a mais undergrounddas bandas que estouraram na onda dorock nacional dos anos 80. O perigo éos fãs de Garotos Podres e Inocentesse estranharem com os emos que vãoao Porão do Rock no mesmo dia para“aXixTiR aU xOu DuX fOFuxUX”(não estranhem, é assim mesmo queeles escrevem) do Dance of Days. Nãovão faltar adolescentes chorões aosprantos cantando versos de amor.Por último, as bandas de Brasília.Supergalo reúne integrantes dosfalecidos Raimundos e Rumbora. Comriffs de guitarra e letras ensolaradas, fazum som sob encomenda para ouvir numcarro a caminho da Chapada. MóveisColoniais de Acaju, cujos shows sãosempre um sucesso, devem reunir umdos maiores públicos do festival.Também foram convidadas as bandasZamaster e Galinha Preta. Das seletivasfeitas entre as milhares de bandasinscritas, foram selecionadas mais quatrorepresentantes do DF: Lafusa, Cromonato,Harllequin e Linha de Frente.Porão do Rock 20071º e 2/6 no estacionamento do ManéGarrincha. Abertura dos portões às 18h eshows a partir das 19h. Censura: 16 anos.Ingressos (meia) – 1.000 primeiros: <strong>R$</strong> 10;antecipados: <strong>R$</strong> 15; para os dois dias,<strong>R$</strong> 20; na hora: <strong>R$</strong> 20. É obrigatória adoação de 1kg de alimento na entradado show. Programação completa no sitewww.roteirobrasilia.com.br.29


graves&agudosTatiana ReisSão Batuque:uma vez por mêsOs bons temposestão de volta?Projeto de revitalização pretende colocar novamente oClube da Imprensa no cenário cultural da cidadePOR AKEMI NITAHARAFoi lá que nasceu, em 1977, oPacotão, bloco carnavalesco maistradicional da cidade. Na mesma época,o senador Magalhães Pinto recebeu,também lá, um abacaxi do produtorcultural Zé Pereira, para descascar aabertura política do país. Zé Pereira,aliás, foi o principal responsável pelamovimentação cultural do Clube daImprensa.Em meio à euforia e ao movimentode contracultura que marcaram os anos70, até meados da década de 80, o cluberecebeu Paulinho da Viola em noiteestrelada, Chico Buarque jogava futebolcom os artistas quando passava porBrasília e Dominguinhos animavaas festas de São João.Fundado em 1965, o Clube daImprensa é, de fato, um patrimôniocultural de Brasília, como explica oatual administrador, Humberto Ataídes.Depois de passar por momentos difíceis,com o espaço quase abandonado,a cultura retorna aos poucos.Há dois anos, o Circo Teatro ArteTudemontou uma lona e começou omovimento Rua do Circo, que ofereceoficinas de circo e música, prática deesportes e alimentação para meninosde rua, todas as segundas e quartasfeiras.Um dos coordenadores do grupo,Ancomárcio Saúde, diz que o circo estáajudando o Clube da Imprensa a revivera movimentação cultural. “Nós montamosa tenda e estamos levando eventos pra lá”.No ano passado, mais um grupoocupou o espaço. No começo era oFuxico de Matraca que ensaiava noclube. Depois veio o Coletivo, grupode percussão com integrantes do Fuxico,que ensaia às sextas-feiras e domingos.Tayná Menezes, do Coletivo, diz quea cada 15 dias o grupo, junto com omovimento Rua do Circo, faz apresentaçõese oficinas para os sócios, comocontrapartida por ocupar o espaço.Esses eventos também contam coma participação do artista plásticoAlbano Dias, que faz caricaturas.Com a percussão, começaramas festas. No último dia 6 aconteceu30


a primeira edição da São Batuque, quevai se repetir uma vez por mês. “A idéiaé abrir espaço para manifestações decultura popular, com foco na percussão”,explica Andressa Vianna, do grupoSeu Estrelo e Fuá de Terreiro, quecoordenou o encontro. Tambémparticiparam dessa primeira festaos grupos Cacuriá Filha Herdeira eSamba de Coco Raízes de Arcoverde,de Pernambuco.“Tudo ainda está sendo um começo,é uma tentativa de reconstruir aquelepassado de cultura”, diz Humberto.Para isso, o clube está passando porpequenas reformas. “Estamos fazendoum palco ao ar livre, perto do lago, quevai receber todos os eventos”, adiantao administrador. E o anfiteatro vaifazer uma justa homenagem à culturabrasiliense: vai levar o nome de AryPararraios, jornalista e diretor deteatro criador do grupo de circo-teatroEsquadrão da Vida, falecido em 2003.A ocupação cultural continua comensaios de teatro, aulas de frevo comColetivo: todas assextas e domingosJorge Marino, capoeira com os mestresIvan e Polêmico, e cozinha fotográfica.Até festas de música eletrônica, as raves,o Clube chegou a receber, juntandoduas mil pessoas. “Em cultura, cabetodo tipo de festa, existe público paratudo”, diz Humberto.Outras atrações para o domingo dacriançada são a casinha da árvore, queAlan Jacobi construiu no clube, comotrabalho final do curso de Artes Plásticasda UnB, e a casinha de poesia,onde acontecem oficinas com argilae materiais ecológicos, lembrandoconceitos de preservação do meioambiente.Clube da ImprensaAulas de capoeira, frevo, xadrez e tênis,oficinas de circo, pintura e percussão,eventos culturais e festas.Setor de Clubes Esportivos Norte – Trecho 1(3306.1156)E-mail: clubedaimprensa.bras@terra.com.brDivulgação31


diáriodeviagemDanças e cantosde SevilhaBrasiliensesamantes doflamenco passeiampela famosaFeira de AbrilPOR SÚSAN FARIABeber manzanillas e tapear(comer tapas), bailar, palmear ecantar sevillanas durante umasemana. O ritual se repete há 160anos, na Feira de Abril, no inícioda primavera, em Sevilha. Este ano,o número de visitantes extrapolouna maior feira popular do mundo –um milhão por dia. O sol brilhou,à exceção de uma quarta-feirachuvosa, nos 1.200.000 m 2 da feira,em 15 grandes avenidas, no bairroLos Remedios. A feira motivou umgrupo de brasilienses apaixonadospor flamenco (nove bailaores equatro amigos) a ir conhecer Sevilha,numa excursão de 20 dias que passouantes por Madri, Barcelona e cidadesda Andaluzia. No grupo, a repórterda <strong>Roteiro</strong>.Criada em 1847 para reconstituirSevilha, arrasada por um furacão, a Feirade Abril teve em sua primeira edição 25mil visitantes e lucro equivalente a 400mil euros. Hoje, tem caráter social.A maioria das mil casetas da feira(barracas enfeitadas e com cozinhaprópria) pertence a particulares, apenaspara desfrute entre amigos e familiares.Quem não possui convite entra nasbarracas públicas, onde também se podebeber, tapear e bailar no compassode três tempos das sevillanas, ritmopopular e folclórico, dançado empares, e que exala sensualidade,graça e leveza.“A feira é o povo. Nos sentimosem casa”, diz Mercedez Marelli, 57anos, moradora de Triana, bairrotradicional de ciganos. Seu irmãoRicardo Marelli, 53 anos, acrescenta:“Sou bailarino nato. Gosto dedançar e cantar na feira”. Centenasde crianças, acompanhadas defamiliares e vestidas para a festa,circulam pela feira. A sevilhanaLuisa Maria Hernandez, 44 anos,funcionária de El Corte Inglês,32


conta: “Venho todos os dias, com minhassobrinhas. O tempo está ótimo e o portal deentrada muito bonito”.Toda a cidade se movimenta em torno da feira,aberta e encerrada com fogos de artifício. Homensa caráter e mulheres salerosas, vestidas de flamenco,modelando o corpo, flores e pentes nos cabelos,vão em ônibus, carroças ou a pé, rumo a LosRemedios, durante seis dias. A cada ano, o portalda feira muda. Desta vez, a réplica foi da Giralda,torre junto à catedral de Sevilla, bela igreja comvários santuários, cheios de ouro, trazido da América.Para a aluna de flamenco brasiliense efuncionária da Câmara Federal Márcia CristinaAbreu Paro, 35 anos, a feira foi uma festa diferente,que mostra a tradição e a cultura do povo espanhol:“Adorei. É super-animada, tem as roupas, o pessoaldançando o tempo inteiro, de manhã, à tarde eà noite”. Márcia apenas estranhou o fato de nãohaver pequenos quiosques para venda de comidase bebidas, como acontece no Brasil. O paulistanoGilson Gherardi, 49 anos, químico, também foia Sevilha pela primeira vez: “Tinha uma idéia dafeira, mas me surpreendi. É muito colorido e aspessoas são alegres”.Sevilha possui belas praças, como a Plaza deEspaña, murais em mosaicos, que retratam todasas províncias do país, e o Parque Maria Luiza,com espécies de árvores raras de todo o mundo.O comércio fervilha, com leques, xales, pentes,castanholas, roupas flamencas e modernas,vendidos em euro, é claro.Para comer, interessante conhecer os tapas,queijos e saladas da taberna Amarillo Albero,decorada com azulejaria. Uma sugestão é a puntillitas(peixe frito), acompanhada de salada, pães e picos(um pão durinho e menor), a 11 euros. A cervejasai a 1,50 euro e a taça de vinho da casa a 1,65 euro.No bairro Triana, a sugestão é a taberna CasaBalado, especializada em comida caseira e onde secome uma paelha de boa qualidade. E toda noitetem flamenco em Sevilha, no bairro Santa Cruz,no famoso tablado Los Gallos ou na Casa de laMemória, onde Jesús Corbacho emociona comseguidillas, um cante profundo e de lamento, aolado de bailaoras como Marta Arias. Em Los Gallos,imperdível a apresentação do bailaor Juan Ogalla.Fotos: Súsan FariaNa próxima edição: Madri, Barcelona, Valência, Granada e Córdoba.Taberna Amarillo AlberoPlaza de Gavídia, 5 (954 219 085)Taberna Casa BaladoCalle Pureza, no começo do bairro Triana.Bar Santa TerezaCalle Santa Tereza com Calle Ximénez de Enciso, BarrioSanta Cruz33


galeriadearteNuncaé tardeEduardo OliveiraAos 77 anos,Oscar MendesMoren trocaa pediatriado Hospitalde Base pelasartes plásticas34


POR VICENTE SÁAo abrir sua primeira exposiçãoindividual neste 25 de maio, na galeriada Casa Thomas Jefferson, OscarMendes Moren estará mostrando nãosó suas obras, mas também que nuncaé tarde para se fazer o que a alma pede.Esse artista plástico, que é muito maisconhecido em Brasília por sua atuaçãona área médica e pela criação e direção,durante mais de 30 anos, da pediatriado Hospital de Base, tem, como poucagente, o desenho e a pintura ancoradosnos seus sonhos.“Eu sempre gostei de desenho equando prestei vestibular minha famíliaqueria que eu fizesse Belas Artes. Mas,como não éramos ricos, pois meu paiera taxista e eu já trabalhava desde os14 anos, achei melhor fazer Medicina.Mas a minha arte ficou guardada dentrode mim”, lembra Moren. O artista entãocedeu lugar ao estudante, que se formouem Medicina no Rio de Janeiro e depoisfez pós-graduação nos Estados Unidos.Lá o jovem médico conheceu Elinor,uma moça americana com quem estácasado até hoje.Em setembro de 1960, doutorMoren assume seu primeiro emprego emBrasília, no antigo Hospital Distrital,hoje Hospital de Base, e começa umtrabalho que seria referência empediatria no país durante muitosanos. Com o tempo, entendeu quenão bastava cuidar da doença, queera preciso também acabar com ohospitalismo – os efeitos ruins causadospela internação. Para isso buscou, emprimeiro lugar, tornar o hospital menosassustador para as crianças e atédivertido, quando possível.Foi nesse clima que, em 1968, umjovem auxiliar administrativo, encantadocom o trabalho desenvolvido porMoren, pediu para ser transferido etrabalhar com ele. Foi assim que NeyMatogrosso tornou-se o primeiropraxiterapeuta (o terapeuta que brincacom crianças) do antigo HDB, de ondesó saiu para se juntar, em novembro de1971, ao grupo Secos e Molhados, criadoum ano antes pelo cantor e compositorJoão Ricardo. Essa e outras experiênciasestão registradas num livro que Morenescreveu em 1999, significativamenteintitulado Unidade de Pediatria do Hospitalde Base.Depois de 30 anos como chefeda Pediatria do HDB um Moren seaposentou, dando lugar a outro Moren– aquele que amava os desenhos ea pintura e que voltou a estudar artee participar de exposições coletivas.E se o artista ainda não se definiu porum estilo – “às vezes sou abstrato, outrasvezes figurativo” – seus trabalhos têmsido muito bem recebidos tanto pelacrítica quando pelo público.Aos 77 anos, vitalidade não lhe faltapara encarar a vida de artista plástico,pois joga tênis quatro vezes por semana,atende a alguns clientes em seuconsultório no edifício Casa de SãoPaulo, no Setor Bancário Sul, e passeiamuito com sua Elinor. “Adoramos ir arestaurantes e bares, até porque minhaesposa escreve guias sobre Brasília paraturistas e precisamos estar atualizados”,explica.Talvez tenha chegado a hora dosbrasilienses conhecerem mais, a partirdo dia 25, o trabalho desse homem quejá contribuiu tanto para a cidade de umamaneira e agora começa a contribuir deoutra.Fotos: DivulgaçãoO Estímulo EssencialExposição de pinturas de Oscar MendesMoren.Abertura dia 25/5, às 19h, na galeria de arteda Casa Thomas Jefferson35


verso&prosaA imagemdo somColeção de livros celebra a beleza da MPB em obras visuaisPOR RICARDO PEDREIRAMaracangalha(Dorival Caymmi)Eu vou pra MaracangalhaEu vouEu vou de uniforme brancoEu vouEu vou de chapéu de palhaEu vouEu vou convidar AnáliaEu vouSe Anália não quiser irEu vou sóEu vou sóEu vou sóSe Anália não quiser irEu vou sóEu vou sóEu vou só sem AnáliaMas eu vouVeja que bela imagem essa do negrocom chapéu e tatuagem no braço. Se vocêconhece a música Maracangalha, de Caymmi(se não conhecer, meus pêsames...),cante seguindo a letra. Legal, né?É essa a experiência proposta pelacoleção de livros A imagem do som, deFelipe Taborda: ilustrar canções comimagens e nos levar a uma pequenaviagem segundo o ponto devista de um artista plástico.É uma idéia simples eperfeita. Claro que a visão decada artista de uma música quetodo mundo conhece será sempremuito particular e contestável. Mas obarato do livro está exatamente nessaproposta. Afinal, a arte é terrenoda subjetividade, dos milentendimentos.Felipe Taborda, elemesmo artista plástico, éque concebeu esse projetode livros reunindo, cadaum, letras de 80músicas de grandesnomes da MPB. Cadacomposição é oferecidaa um determinadoartista plástico, que devetraduzí-la na obra visual quebem entenda: pintura, fotografia,escultura, instalação (argh!) etc.A coleção começou em 1998 e cada livrocorrespondeu a uma exposição.Taborda conta que tirou a idéia de um livro que ganhouna juventude, chamado The Beatles Ilustrated Lyrics (As letras36Speto


ilustradas dos Beatles), que reunia artistas da épocainterpretando visualmente composições dos meninosde Liverpool.A coleção A Imagem do Som tem seis livros: CaetanoVeloso, Chico Buarque, Gilberto Gil, Tom Jobim,Pop-Rock Brasileiro e Dorival Caymmi. Taborda anunciaprojeto para fazer um livro com sambas e outro comcomposições de Roberto e Erasmo Carlos. Esteúltimo depende de aval do Rei, que já havia perdido amajestade há muito tempo e agora virou bobo da corteao praticar a censura. Mas, deixando esse obscurantismode lado, a coleção é coisa de primeira, muito bemeditada, à altura da gloriosa MPB.Cante, leia e veja.Efraim AlmeidaAngeliA imagem do somFelipe TabordaEditora Francisco Alves/Editora Globo179 páginas – <strong>R$</strong> 65Gota d'Água(Chico Buarque)Já lhe dei meu corpo, minha alegriaJá estanquei meu sangue quando ferviaOlha a voz que me restaOlha a veia que saltaOlha a gota que faltaPro desfecho da festaPor favorDeixe em paz meu coraçãoQue ele é um pote até aqui de mágoaE qualquer desatenção, faça nãoPode ser a gota d’águaLuz do Sol(Caetano Veloso)Luz do solQue a folha traga e seduzEm verde novoEm folha, em graça, em vida, em força, em luzCéu azul que vem até onde os pésTocam a terraE a terra inspira e exala seus azuisReza, reza o rio,Córrego pro rio e o rio para o marReza a correnteza, roça, beira, doura areiaMarcha o homem sobre o chãoLeva no coração uma ferida acesaDono do sim e do nãoDiante da visão da infinita belezaFinda por ferir com a mão essa delicadezaA coisa mais queridaA glória da vida37


queespetáculoFingidor oumeta-deus?38


“Ao nascer eu não estava acordado,De forma queNão vi a hora.Isso faz tempo.Foi na beira de um rio.Depois eu já morri 14 vezes.”POR LÚCIA LEÃOÉ assim, com o Auto-Retrato deManoel de Barros, que O Poeta (GeMartú) apresenta-se, e aos seus 14heterônimos (Cia. Yinspiração), paraem seguida expôr a crise que se lheabate: “Posso fingir de outros, masnão posso fingir de mim”.Manoel de Barros é o primeiro de17 poetas evocados no espetáculo ARS –As Mil Folhas de Um Poema, que a Cia.Yinspiração estreou dia 18 no TeatroSesc Garagem. Utilizando exclusivamentetextos poéticos transformados emdiálogos entre os 15 personagens emcena, ele propõe uma discussão sobreo processo criativo na literatura, osheterônimos e a crise de personalidadeque não raro abate os autores atédeixarem de ser problema para seremencaradas como um dom.“O espetáculo trata dessa inquietaçãoque habita os poetas e que nósapresentamos em dois estágios: oprimeiro é o da crise, do dilema vividopelo criador diante de tantas personasque ele cria. O segundo momento é oda aceitação dessa condição não comoproblema, mas como dom, comohabilidade própria da poesia de ver arealidade sob vários ângulos e diferentesenfoques. É quando os poetas seassumem como meta-deuses, criadoresde criaturas que criam”, explica adiretora Luciana Martuchelli.ARS – arte, em latim – nasceu deuma pesquisa sobre os heterônimos deFernando Pessoa e se ampliou para umaanálise do processo criativo na poesia deum modo geral. Na versão em cartaz noSesc Garagem até do fim deste mês(a primeira montagem foi em 2003),O Poeta e seus 14 heterônimosconversam através das palavras deFederico García Lorca, Álvaro deCampos, Carlos Drummond deAndrade, Manuel Bandeira, MárioQuintana, Manoel de Barros, FlorbelaEspanca, João Guimarães Rosa, FerreiraGullar, Augusto dos Anjos, AdéliaPrado, Clarice Lispector, CecíliaMeirelles, Gisele Lemper, PauloLeminski e Ulysses Tavares.Normalmente adepta de linguagensmultimídias e da larga utilização detodos os recursos cênicos, nesse espetáculoLuciana Martuchelli optou pelo palcolimpo – no cenário apenas as máquinasde escrever dos 15 personagens – masnão dispensou o apoio da música aovivo, executada por Kátia Pinheiro(violino), Jorge Alves (violão), JorgeMacarrão (percussão), Patrícia Tavares(piano), Rui Xavier (contra-baixo),Zila Siquet, Cristiano Portilho, JoãoCampos (voz).“Não é um recital de poesia, masuma dramatização poética, em queo texto é apresentado pelos atores naprimeiríssima pessoa. Eles não dizemos poemas mas, como personagens,se apropriam dos textos. É umespetáculo para quem gosta de poesiae, principalmente, para quem querconhecer poesia”, resume Luciana.ARS – As Mil Folhas Peladas dosPoemasAté 27/5 no Teatro Sesc Garagem (913 Sul).Apresentações às sextas e sábados, às 21h,e domingos, às 20hIngressos a <strong>R$</strong> 20 e <strong>R$</strong> 10 (estudantes,professores e doadores de 1kg de alimentoou 1 litro de produto de limpeza)Fotos: Daniel Basil39


queespetáculoPaolo e Patrizia BoncianiIntensoe sensualNo Teatro Nacional, trêscoreografias inéditas do flamencode Antonio Márquez, em suaterceira temporada brasileira“Seu sapateado é vigoroso: a platéia explode. O taconeode Antonio Márquez é um show de energia e élan, até o fim,quando o bailarino confronta o público de frente, comandandosedutoramente os aplausos”.Foi dessa forma que a crítica Inês Bogéa, do jornal Folha deS. Paulo, resumiu a atuação do bailarino espanhol AntonioMárquez, quando dançou em palcos brasileiros no ano de 2002.Era a segunda vez que ele se apresentava no país, um ano após atemporada de estréia. O sucesso foi tanto que prometeu voltar.Desta vez, na terceira temporada a sete cidades, inclusive Brasília,ele traz três coreografias inéditas por aqui: Después de Carmen,La Vida Breve e Bolero de Ravel.Considerada uma das maiores representantes da dançaflamenca do mundo, a Companhia Antônio Márquez foi fundadahá apenas 12 anos com a intenção de recuperar e aprofundar asautênticas raízes da dança espanhola. As primeiras apresentaçõesaconteceram no Teatro Maestranza, em Sevilha, em novembro de1995, com o espetáculo Movimiento Perpétuo.Em 1997, depois de se tornar sucesso no Teatro de Madri, aCompanhia foi contratada para a inauguração do Teatro Royal,também de Madri, com o espetáculo El Sombrero de Tres Picos, deM. de Falla. Em 1998 começou uma grande turnê internacionalque ganhou o Prêmio Taranto de Melhor Espetáculo e o públicoespanhol concedeu a Antônio Marquez o prêmio de melhorprofissional da dança. Aos 44 anos, o bailarino colecionacondecorações conquistadas em todo o mundo, entre elaso Prêmio Nureyev (1997, Itália) e o de Melhor BailarinoEstrangeiro (1999, Hungría).Como acrescentou há cinco anos a crítica citada no início,quando Antonio Márquez está em cena a palavra-chave é“intensidade”. Tudo é usado para intensificar a teatralidade(já intensíssima por natureza) do flamenco.Kazuhiro YamamotoKazuhiro YamamotoCompanhia Antonio Márquez de Ballet Flamenco23 e 24/5 na Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional. Ingressos a <strong>R$</strong> 60 e<strong>R$</strong> 120. Bilheteria: 3325.610940


luzcâmeraaçãoPais analógicos,filhos digitaisMostra no CCBB exibe duas dezenas de filmes queutilizam a ferramenta digital e discute o futurodo cinema sob o impacto das novas tecnologiasPOR SÉRGIO MORICONIDa mesma maneira que os fotógrafosse apressaram em substituir suas velhascâmaras fotográficas por novíssimosaparelhos digitais, cineastas do mundointeiro não param de se perguntar, pelomenos nesses últimos dez anos, quantotempo ainda resta para que a linguagemcentenária do cinema deixedefinitivamente de lado a maquinariade produção analógica e os tradicionaisfilmes em película. As conseqüênciasde tal processo vão muito além deconsiderações meramente nostálgicas.Para os profissionais da artecinematográfica, a disseminação dodigital em todas as etapas de produção(captação e finalização), e ainda nosmétodos de distribuição e exibição,pode fazer com que, neste novo milênio,o cinema simplesmente deixe de ser oque é e se transforme numa outra coisa.O curador da mostra AnalógicoDigital, Gustavo Galvão, selecionoucurtas e longas dos gêneros ficção,documentário e animação quepossibilitam uma reflexão sobrealgumas das questões consideradasdeterminantes para o cinema a partir dadifusão das técnicas digitais, entre elasa democratização do acesso à realização,provocada pelo baixo custo de produção,e as mencionadas conseqüênciasestéticas que o novo instrumental podeproduzir na sétima arte. Obviamenteque documentários como À Margem doConcreto, de Evaldo Mocarzel, Entreatos,de João Moreira Salles, O Prisioneiro daGrade de Ferro, de Paulo Sacramento, OFim e o Princípio, de Eduardo Coutinho,e O Homem Urso, de Werner Herzog,acrescentam outro elemento importantenessa equação: o baixo custo e aportabilidade do digital permitem aosdocumentaristas uma enorme liberdadeno trabalho de campo. Sem as limitaçõesimpostas pela produção em película, queimplica em custos altíssimos, eles podemcolher o maior número de imagens eentrevistas.Mas o digital trouxe iguais desafiospara a linguagem do cinema. AnalógicoDigital – de 29 de maio a 10 de junhono cinema do CCBB – apresenta oemblemático O Mistério de Oberwald,produzido em 1981, em que o diretorMichelangelo Antonioni, baseado numtexto de Jean Cocteau, se reencontracom a sua atriz/mulher fetiche MônicaVitti para contar a história de umarainha cujo marido havia sidoassassinado dez anos antes, deixandoas tarefas de direção do reino a cargode sua sogra e do chefe de polícia.Num belo dia, surge misteriosamenteum rebelde que guarda incrívelsemelhança física com o rei falecido eque tem a intenção de matar a rainha.Esse primeiro drama de época dirigidopor Antonioni vai ter desdobramentosinsuspeitados, mas não é isso o que nos42


interessa aqui.Graças à técnica do vídeo, quecomeçava a se difundir no início dadécada de 80, Antonioni conseguiurodar seu filme em apenas 64 dias.No entanto, foram as experiênciasque o diretor empreendeu com as coresque deram singularidade a O Mistério deOberwald. Talvez sutis demais para serempercebidas por um público acostumadocom cores realistas, os efeitos cromáticasdo filme são hoje um deleite para osapreciadores de um cinema que investeno atributo primordial da imagem.Sem dúvida, ao manipular a chamadadimensão semântica de sua obra,alterando as cores e a iluminação emcenas de amanhecer, criando sombrase silhuetas que se movem nas paredesdo castelo, Antonioni restituiu algoessencial que o cinema sonoro haviadeixado pelo caminho ao optar porempobrecidas formas narrativasderivadas do teatro e do romancenaturalistas.Desde quando surgiu, no final doséculo XIX, o cinema oscilou entreser uma experiência visual pura, ligadaà pintura e às artes visuais, ou setransformar num sucedâneo ilustradode outras linguagens narrativas, comoos mencionados teatro e literatura.Muitas vezes, como nos casos domovimento expressionista alemão(O Gabinete do Dr. Caligari, Nosferatu,o Vampiro, entre outros clássicos) e dasvanguardas francesa e russa dos anos20, o cinema foi uma mescla das duastendências. A vanguarda francesa seriaum exemplo à parte. Protagonizada porartistas que vieram de outros campos dasartes, quase todas não-narrativas – casosdo fotógrafo Man Ray, do artistadadaísta Marcel Duchamp, do pintorFernand Léger –, tinha a pretensão defundar o que chamavam de “cinemapoesia”.Os “cine-poemas” da vanguardafrancesa são os avós do vídeo-arte,modalidade que surge comoconseqüência da disseminação datécnica do vídeo, que é, por sua vez,pai e mãe do novo cinema digital.Personagem fundador do vídeo-arte,o sul coreano Nam June Paik fez umaprofecia em certo sentido aterrorizante,quase apocalíptica, para muitos dosatuais realizadores analógicos: “Damesma forma que a colagem tornouobsoleta a pintura a óleo, também otubo de raios catódicos irá substituir atela”. Em 1963, Paik havia combinadodoze aparelhos de televisão preparadoscom quatro pianos, toca-discos, objetossonoros e mecânicos e, nos termos deSylvia Martin, “além de uma cabeça deboi pendurada à entrada do espaço poronde o público deveria passar como setratasse de uma zona de iniciação epurificação”.Paik, Gary Hill, Bill Viola, entreoutros, encontraram eco em diretoresde cinema contemporâneos, como oinglês Peter Greenaway, realizador queutiliza as conquistas de artistas do vídeoarte,digitais ou não, em filmes que nãosó estendem os limites como criamtensões nas dimensões semântica(imagem e o movimento da imagem)e sintática (a articulação entre os planose as cenas dos filmes) do cinemanarrativo clássico. Realizadores comoJean Luc-Godard (este desde os anos 60),de Elogio ao Amor, e a turma do Dogma– movimento criado na Dinamarcanos anos <strong>90</strong> que propunha um cinemabarato e despojado a partir do usodigital –, assim como a francesa AgnèsVarda, de Os Catadores e Eu, fazem,todos eles, cada um à sua maneira,o mesmo. Cineastas do campo daanimação, como Sylvain Chomet, deAs Bicicletas de Belleville, e RobertRodrigues e Frank Miller, de Sin City(este uma mescla de animação e ficçãocom atores), se apropriam do digitalcomo um “jardim das delícias”.Outros grandes nomes programadosna mostra utilizam o digital comoferramenta de captação e edição de seusfilmes. São ferramentas que, por suaprópria natureza, criam micro-alteraçõesna dramaturgia do filme. São mudançasque, de fato, deixam no ar dúvidas sobreo futuro do cinema como exercícionarrativo aceito consensualmente pelopúblico que freqüenta as salas deexibição convencionais. As mesmasdúvidas devem ter freqüentado os povosque viram seus rituais tomarem a formade dramas teatrais na antiga Grécia,assim como freqüentaram as cabeçasdos amantes do teatro quando asprimeiras imagens foram projetadasnuma tela onde uma platéia,ritualisticamente sentada numa salaescura, pôde vivenciar, pela primeiravez, a experiência gregária de um teatrovirtual a que se deu o nome de cinema.Analógico DigitalDe 29/5 a 17/6, no CCBB. Ingressos a <strong>R$</strong> 4e <strong>R$</strong> 2 (as sessões de filmes em DVD serãogratuitas). Clientes do Banco do Brasilpagam meia-entrada apresentando o cartãodo banco na bilheteria. Mais informações:3310.7087. Site oficial:www.bb.com.br/culturaFotos: divulgação43


luzcâmeraaçãoFórmula desgastadaÉ por demais previsível o jogo de suspense queGregory Hoblit imprimiu em Um Crime de MestrePOR REYNALDO DOMINGOS FERREIRAO filme trata de inusitado desafiofeito por um criminoso confesso contraum jovem e ambicioso promotor públicoprestes a experimentar sua esperadaascensão profissional, isto é, sercontratado por um grande escritóriode advocacia de Los Angeles. Além deprevisível, o jogo de suspense de Hoblitchega às vezes a ser enfadonho, pois oroteiro de Daniel Pyne e Glenn Geers,baseado numa história do primeiro,tem a argumentação mal desenvolvida.Isso o faz desviar da trama principal paraoutras paralelas, cujo objetivo parece sero de dar caráter esnobe à narrativa, que,em parte, transcorre no ambienterequintado das luxuosas mansões dacidade.É numa delas que vive o engenheiroaeronáutico Ted Crawford (AnthonyHopkins), que, enquanto observa osilencioso deslizamento de bolas deplástico por um labirinto de estruturasmetálicas por ele criado – e usado combom efeito visual nos créditos iniciaisdo filme ao solo de um piano –, estudatambém um meio de eliminar a esposa,Jennifer Crawford (Embeth Davidtz),que se encontra, naquele exatomomento, num motel, em doce enlevocom o investigador Rob Nunally (BillyBurke).Ao chegar em casa, a esposa infielé surpreendida pela intempestivapresença do marido, que também asurpreende ao tratá-la por “Sra. Smith”,tal como o amante a chamara poucoantes na piscina do motel. Há umarápida discussão entre ambos quetermina com um tiro desferido porTed, que atinge Jennifer no rosto. Elacai e uma poça de sangue se forma de44


imediato em torno de seu corpo,enquanto Ted atira, com o mesmorevólver, várias vezes contra a vidraça,o que provoca a reação dos empregados,que correm em socorro dos patrões.A polícia é chamada e logo cerca oquarteirão, sob o comando de quem?Ora, de quem!... Do investigador RobNunally, que aparece lépido no localdo crime, envergando outra estampa,um pouco mais tensa, bem diferenteda que exibia antes, absolutamentedescontraída, na piscina do motel.Ao ingressar na casa da amante, porém,o investigador tem a surpresa de vê-laestendida no chão sobre a poça desangue, mas ainda com vida.Ao ouvir de Ted a confissão de sero autor do disparo, Robe se atraca comele e, auxiliado por um providencialcorte de imagem, domina-o facilmente.Enquanto Ted, também estendido nochão, é algemado pelos demais policiaisque acorrem ao local, a Sra. Smith, oumelhor, Jennifer Crawford, é removidaàs pressas para o hospital sob o olharpesaroso e sofrido do seu galanteinvestigador.Na seqüência seguinte, aparece opromotor Willy Bichum (Ryan Gosling),preocupado não com algum processoque tem para atuar – mesmo porque étido como o bonzão da Promotoria, comíndice de <strong>90</strong>% de condenações obtidas –mas, isso sim, em providenciar o aluguelde um smoking para ir a um concertonaquela noite, de acordo com arecomendação que recebera pelo celularda bela Dra. Marion Kang (PétreaBuchard), uma das figuras importantesdo grande escritório de advocacia quepretende contratá-lo.Quando assim se mostra apressadonesses afazeres, Willy é chamado aogabinete do chefe da Promotoria, JoeLoburto (David Strathaim), que lherecomenda o caso de Ted Crawford paraacompanhar antes de se transferir paraa iniciativa privada. O que parece aWilly um caso simples se transforma,porém, num problema sério que atépode colocar em risco sua carreiraprofissional, pois Ted Crawford, nãosó dispensa advogado para atuar em suadefesa, da qual ele próprio se encarrega,como identifica de imediato o pontofraco do promotor (fracture, termo eminglês que é o título original do filme)e prontamente o desafia: “Conheçosua fraqueza!...Você se considera umvencedor!O embate que então se poderia darentre os dois indivíduos, com culminânciaprevista para as cenas de tribunal comoem qualquer filme do gênero, fica só noterreno das cogitações, pois as deficiênciasdo roteiro são muitas e flagrantes.Além disso, a direção de Hoblit, esnobee muito burocrática, nada faz parasuprir ou superar essas deficiências.Ao contrário, em alguns casos tendeaté a agravá-las e muito.Anthony Hopkins, com exceção dascenas iniciais, simplesmente não atua nofilme. Ele empresta apenas a máscara, jámuito desgastada porque usada desdeO Silêncio dos Inocentes, para personificarTed Crawford, personagem que, aocontrário, estaria a exigir um ator degarra para repassar a imagem doengenheiro calculista, frio, metódico,que sabe envolver no labirinto de suasestruturas metálicas a presa que desejaconquistar. Hopkins se mostra distantedisso. Parece um ator fatigado. Cansadode atuar. E pior, sem qualquer inspiração.Por sua vez, Ryan Gosling, que vemapresentando boas atuações em filmesde rotulagem “independente”, deixadodesta feita de rédea solta pela direção deHoblit, exagera no tom da composiçãode Willy Bichum. O promotor, apesarde se considerar um vencedor, nãoprecisaria necessariamente serpersonificado por alguém tão sestroso,de tantos e variados maneirismos, queabusa do gestual e tem olhares vagos,perdidos na distância. É outrainterpretação que, em absoluto, nãoconvence. Todos os demais integrantesdo elenco – inclusive o bom ator DavidStrathaim – fazem apenas figuração.Enfim, Um Crime de Mestre é filme defácil apelo comercial, tendo em vista suarica ambientação, captada pela fotografiade Kramer Morgenthan e a fama de seusdois atores principais, que, entretanto,não convencem em suas interpretações.Não merece, por isso, muita atenção.Um Crime de MestreEUA/2007, 112 min. Direção: GregoryHoblit. Com Anthony Hopkins, RyanGosling, David Strathaim, Billy Burke ePetrea BuchardFotos: Divulgação45


luzcâmeraaçãoFotos: DivulgaçãoO infernosomos todos nósSÉRGIO MORICONIEm 1994, quando ainda estava vivo,saudável e no pico de seu reconhecimentointernacional devido ao sucesso depúblico e crítica de A Fraternidade éVermelha, terceira parte de sua trilogiadedicada às cores da bandeira francesa esuas simbólicas representações (os outrosdois filmes são A Liberdade é Azul eA Igualdade é Branca), o diretor polonêsKrzysztof Kieslowski anunciou, de formamisteriosa, seu abandono da atividadecinematográfica. Amigos próximosconfessaram à época que ele estariadisposto a voltar atrás e retornar comnova trilogia, baseada na Divina Comédiade Dante e seus temas do paraíso, infernoe purgatório, quando se viu obrigadoa sofrer uma intervenção cirúrgica nocoração. Kieslowski acabaria sofrendoum ataque fulminante em plena mesade operações, falecendo em 1996, aindamuito jovem, com apenas 54 anos.No novo milênio, seu desejo vemse realizando pelas mãos de terceiros, detalentosos terceiros, diga-se de passagem.Em 2002, o alemão Tom Tykwer, diretorde Corra, Lola, Corra, lançou Paraíso. Agorasurge Inferno, realizado pelo bósnio DanisTanovic, autor da comédia negra Terrade Ninguém. Ficamos, então, à espera do“purgatório” conforme imaginado porKieslowski e Piesiewscz. Para aqueles quecompreendem as implicações metafísicase religiosas do criador de filmes enigmáticoscomo A Dupla Vida de Veronique, Infernonão deixa de ser fascinante e desafiador.Como sempre em Kieslowski, há muitomais coisas no ar, mas muito maismesmo, do que os aviões de carreiraou do que imagina a nossa vã filosofia.Inferno tem também um inícioenigmático: um indivíduo sai da cadeiae, já do lado de fora, vê um pequeno46


pássaro recém-nascido se debatendo nochão entre as folhas e o musgo do jardim.Com todo cuidado, recoloca o pássarono ninho que percebe enredado entrealguns ramos de um pequeno arbustopouco mais de um metro acima do solo.Em seguida, surgem os créditos do filme.Os letreiros aparecem fundidos comangustiantes imagens de passarinhoslutando pela vida, no momento em querompem as cascas de seus ovos. Trata-se,logicamente, de uma alegoria. Kieslowskiquer nos passar a idéia de que, no reinoanimal, a conquista da vida é, desde oinício, uma batalha. E para nós, humanos,como mamíferos e criaturas de Deus,não seria diferente. Por analogia, onascimento seria apenas o começodo nosso inferno terrestre.O inferno vai estar no homem quevimos saindo da prisão e que, depois, vaiser violentamente rejeitado pela mulher,que lhe impede de rever suas três filhas.Como é comum em Kieslowski, aspectomuito bem compreendido por Tanovic,o enredo é construído a partir de váriassituações simultâneas e aparentementealeatórias. Assim, antes da violenta cenaenvolvendo esse indivíduo que sai daprisão e agride a esposa, acompanhamoso drama – o inferno, portanto – de trêsirmãs, Sophie (Emmanuelle Béart),Céline (Karin Viard) e Anne (MarieGillain). A primeira tem problemasconjugais; a segunda, mais velha e aindasolteira, é a única que se ocupa da mãeparalítica e muda que vive numa casade repouso no campo; e a última, Anne,a mais jovem, é uma estudante dearquitetura que vive um caso de amorcom seu professor, um homem casado.Todas as histórias são desenvolvidassimultaneamente numa atmosferamelodramática e quase banal. Umaanalogia com o mito de Medéia reforçaessa idéia de banalidade. Mas o filmeé muito mais astuto do que sugerem asaparências. Os realizadores encontramuma maneira de nos fazer lembrar deforma sintética a significação maisprofunda do mito. Medéia é traída porJasão, que a abandona. Enlouquecidapelo desejo de vingança, ela mata ospróprios filhos para punir Jasão.Se Medéia faz uma analogia diretaàs intrincadas histórias desenvolvidasem Inferno, é uma exposição teórica deFrédéric (Jacques Perrin), o professorpor quem Anne está apaixonada, quevai dar as chaves para compreensão docinema e do pensamento de Kieslowski.É também o que nos vai afastar do banal.Frédéric sustenta a importância dasorte, ou do acaso, na vida das pessoas.É o imponderável, são as coincidências,e não a razão pura, o que rege o mundo.Assim como o pássaro do início do filmeencontrou acidentalmente uma mãopara colocá-lo de volta no ninho,restituindo-lhe assim a possibilidade davida, as personagens do filme resolvemou deixam que se resolvam seus infernosindividuais através das oportunidadesque o destino lhes oferece ou deixa deoferecer. É, portanto, o caso de nosperguntarmos: não seria tudo obra deuma mão divina? Da vontade de um Deus?Para os realizadores, importa antes detudo afirmar que os homens são falhosem seus julgamentos, não conseguemse livrar do cruel peso da dúvida e daculpabilidade. Talvez porque Piesiewscztenha sido advogado, há sempre cenasde tribunais nos filmes de Kieslowski etambém, por elipse, neste de Tanovic.Para Kieslowski, a preponderânciatemática da escolha e do julgamento levasempre em conta a questão moral. Aindaque a lei seja onipresente em seus filmes,ela é sempre hipotética e falha. O mesmoacontece com os julgamentos que osindivíduos fazem uns dos outros. É comisso em mente que se deve ver o filme.Duas visões diferentes sobre o segundo filme da trilogia deKrzysztof Kieslowski baseada na Divina Comédia, de DanteREYNALDO DOMINGOS FERREIRAUm doloroso drama familiar oferecetema ao filme de Danis Tanovic, que,para narrá-lo, usa linguagem de apuradosentido estético, embora explore talvezem excesso efeitos de câmera a fim dedar maior relevância aos momentos deintensidade dramática. Mas isso nãoprejudica em nada o filme, cujo atributomaior é inegavelmente o roteiro, obrapóstuma do polonês Krzystof Kielowski,falecido prematuramente em 1996.A história se passa em Paris, tendoinício em 1980 e reflexos nos temposatuais. A beleza do roteiro de Kielowicz/Piesiewicz está no fato de saber rendilharfatos e datas com maestria, de formaque o espectador se sinta absorvido porcompleto pela ação, cuja técnica deevolução dramática lembra até um poucoa do nosso dramaturgo Nelson Rodrigues.O filme se inicia, portanto, em 1980,quando – após uma bela e metafóricaabertura sobre o nascimento e a mortede um pássaro – um homem (MikiManojlovic) deixa a prisão e vai àprocura da família. A mulher (CaroleBouquet), histérica, dramática, recebe-ode forma agressiva, não deixando queele veja as três filhas, que, isoladasno quarto, acabam por testemunhar atragédia que resulta da volta do pai aolar depois de muitos anos de ausência.Nos tempos atuais, as três irmãs,Sophie (Emmanuelle Béart), Céline(Karin Viard) e Anne (Marie Gillain)vivem em Paris, embora nunca secomuniquem, pois a ligação familiarao longo dos anos se rompeu. Sophie, amais velha, é casada com Pierre (JacquesGamblin), com quem tem um casal defilhos. Céline, uma solteirona, é a únicaque se ocupa da mãe, que vive reclusa,presa a uma cadeira de rodas, numa casa47


luzcâmeraaçãode saúde. Anne, a mais jovem, éestudante de arquitetura na Sorbonne.Percebe-se que é a frustração amorosauma característica das três irmãs, que semostram vulneráveis ante qualquersituação adversa que lhes apareça emdecorrência disso. O caso mais graveé o de Sophie, que vive seu infernoparticular ao descobrir que o maridotem uma amante. Anne também estádesesperada porque deseja darprosseguimento ao caso amoroso queteve com o professor Frédéric (JacquesPérrin), pai de uma amiga. E Céline,complexada, sofre de insônia e vai muitoao cinema porque pensa não ser capazde atrair a atenção de homem algum,o que não é verdade.Há um jovem, Sébastien (GillaumeCanet), à procura de Céline, tentandoobter seu telefone ou endereço, poisdeseja ter com ela uma conversa. O queSebastien tem a revelar a Céline, contudo,será capaz de levá-la a unir-se de novo àsirmãs de tal modo que as três se conciliemcom o passado distante e possam talvezviver em harmonia o presente.Para realizar esse roteiro deencontros e desencontros, o cineastaDanis Tonovic usou de forma excessivaefeitos de câmera para destacar osmomentos de maior intensidadedramática. Mas, por outro lado, soubelidar também com a cor, que, tanto naambientação como na fotografia deLaurent Dailland, dá o tom doespetáculo. Além disso, Tanovic exploravisualmente bem escadas, algumas emcaracóis, e corredores, muitos deles emtom vermelho-escuro, para expressar olabirinto em que os personagens – asmulheres principalmente – se afundampor causa do sentimento do amor quenão conseguem administrar.É verdade que o trabalho de Tanovicpoderia ser mais brilhante se tivessecontado com a colaboração de umelenco homogêneo. Pois de fato hádesigualdade nas atuações. A pior é a deCarole Bouquet, que não emprestamáscara convincente à amargurada mãe,desencadeadora da tragédia familiar.Nem na cena conclusiva do filme, quedela depende muito. A atuação quesurpreende positivamente é a deGuillaume Canet. Sóbrio, discreto,seguindo a linha da direção, ele criauma personalidade própria para o jovemSébastien, que, ao contrário da figura damãe, precisa se livrar do peso que carregana consciência pela afoita intromissão,quando jovem, na vida da família.Em suma, O Inferno é filme que serecomenda pela beleza do roteiro deKielowski/ Pisiewicz, poético e bemestruturado, que mereceu tratamentocinematográfico de apurado sentidoestético da parte de Tanovic (um dosautores também da música original),embora os atores, com poucas exceções,não correspondam plenamente ao quese esperava deles.O InfernoFrança,Itália, Bélgica, Japão/2005, 95 min.Direção: Danis Tanovic. Com EmmanuelleBéart, Karin Viard, Anne, Guillaume Cannet,Carole Bouquet, Jacques Gamblin, JacquesPérrin, Miki Manojlovic e Jean Rochefort48


DivulgaçãoA “pantera” Lucy Liuem 3 NeedlesO estigma da AidsPor mais alarmantes que sejam asestatísticas planetárias da Aids (40milhões de pessoas infectadas, das quais600 mil no Brasil), pouco se temavançado, em boa parte do mundo, naprevenção da doença. Pela primeira vezem Brasília, uma mostra cinematográficavai abordar exclusivamente esse tema,na tentativa de sensibilizar o públicocom histórias em que o vírus do HIVdita a rotina dos personagens.A 1ª Mostra Internacional deCinema “A vida é mais forte que aAids”, que o Instituto Sabin promovede 31 deste mês a 3 de junho no CineBrasília, vai exibir filmes produzidos empaíses de culturas e costumes os maisdiversos como Zâmbia, Índia, Canadá,França, Estados Unidos e China. Sãocurtas, médias e longas-metragens que,embora de diferentes origens, carregamem comum a constatação de que oHIV não escolhe nacionalidade.A idéia é que o público possa vere sentir como as pessoas lidam coma doença em todo o planeta. Históriasde vida, enfrentamento, decisões esuperações relacionadas à Aids serãoexpostas e discutidas intensamente.Todos os continentes estarãorepresentados, com obras de diretoresconsagrados e filmes premiados emdiversos festivais por todo o mundo.O premiadíssimo The Blood ofYingzhou District, de Ruby Yang, Oscar2007 de melhor curta-documentário,será uma das atrações. O filme de39 minutos, premiado também noRiverRun International Film Festival eno Chicago Doc Humanitarian Award,acompanha durante um ano a vida decrianças órfãs da província de Anhui,na China, cujos pais foram vitimadospelo vírus do HIV.Confirmada também a exibição docanadense 3 Needles, dirigido por ThomFitzgerald. São três histórias distintasque se passam em países diferentes –sobre um ator pornô canadense quedescobre ser soropositivo, umcomprador de sangue chinês negligente49


em seu trabalho e três freiras católicasque cuidam de infectados pelo HIV naÁfrica. No elenco, Lucy Liu (As Panterase Kill Bill), Chloë Sevigny (Kids e Meninosnão Choram) e Shawn Ashmore (X-Men).Shyamam – Dark Clouds of Realityretrata as implicações sociais vividas pelosintegrantes de uma rica família indianainfectada pelo vírus do HIV. Road to Hope,documentário produzido na Zâmbia,aborda a luta de infectados daquele paíscontra a enfermidade e o estigma. Foi oúnico filme africano finalista da edição2007 do New York Festival InternationalFilm & Video Awards Gala, premiadocom medalha de prata.O consagrado diretor americanoSpike Lee (Faça a Coisa Certa) é orealizador de Jesus Children of América,curta de ficção que narra a história deBlanca, adolescente do Brooklyn, filhade usuários de drogas injetáveis, quedescobre ter nascido HIV positivo.O filme é um dos sete episódios quecompõem o premiado longa-metragemAll The Invisible Children.O premiado The Blood of Yingzhou District: órfãos de vítimas da AidsA produção africana Road to Hope: luta contra a doença e seu estigma, na ZâmbiaFotos: DivulgaçãoPROGRAMAÇÃO DO CINE ACADEMIA PARA O PERÍODO DE 18 A 24 DE MAIOACADEMIA DE TÊNIS - 3316.6373CINE I – O CHEIRO DO RALO (16 anos).DIRETOR: HEITOR DHALIA (100 MIN). 2ª a 6ª,17h40, 19h40 e 21h40; Sáb., dom. e fer., 15h40, 17h40,19h40 e 21h40.CINE II – INFERNO (livre). DIRETOR: DANISTANOVIC (95 MIN). 2ª a 6ª, 2ª a 6ª, 17h20, 19h20 e21h20; Sáb., dom. e fer., 15h20, 17h20, 19h20 e 21h20.CINE III – SCOOP – O GRANDE FURO (12 anos).DIRETOR: WOODY ALLEN (96 MIN). 2ª a 6ª, 17h10,19h10 e 21h10; Sáb., dom. e fer., 15h10, 17h10, 19h10e 21h10.CINE IV – CARTOLA (10 anos). DIRETOR LÍRIOFERREIRA / HILTON LACERDA (88 MIN ). 2ª a 6ª,17h50, 19h50 e 21h50; Sáb., dom. e fer., 15h50, 17h50,19h50 e 21h50.CINE V – 1972 (10 anos). DIRETOR: JOSÉ EMÍLIORONDEAU (104 MIN). 2ª a 6ª, 16h50, 19h e 21h10;Sáb., dom. e fer., 17h, 19h20 e 21h40.CINE VI – SÓ DEUS SABE (14 anos). DIRETOR:CARLOS BOLADO (115 MIN). 2ª a 6ª, 17h, 19h20 e21h40; Sáb., dom. e fer., 17h, 19h20 e 21h40.CINE VII – VENTOS DA LIBERDADE (THEWIND THAT SHAKES THE BARLEY) (14 anos).DIRETOR: KEN LOACH (127 MIN). 2ª a 6ª, 16h20,18h50 e 21h20; Sáb., dom. e fer., 16h20, 18h50 e 21h20.CINE VIII – 100 ESCOVADAS ANTES DEDORMIR (16 anos). DIRETOR: LUCA GUADAGNINO(98 MIN). 2ª a 6ª, 16h10, 19h40 e 21h40; Sáb., dom. efer., 16h10, 19h40 e 21h40. CURTA PETROBRÀSInformações de responsabilidade da rede Cine Academia (Tel: 3316.6811 / 3316.6373)ÀS SEIS – URBANO 2. 2ª a dom., 18h.CINE IX – PROIBIDO PROIBIR (16 anos). DIRETOR:JORGE DURAN (100 MIN). 2ª a 6ª, 17h30 e 21h40; Sáb., dom.e fer., 17h30 e 21h40. BATISMO DE SANGUE (14 anos).DIRETOR: HELVÉCIO RATTON (110 MIN). 2ª a 6ª, 19h30;Sáb., dom. e fer., 15h20 e 19h30.CINE X – MULHERES DESESPERADAS (14 anos).DIRETOR: ESMÉ LAMMERS (100 MIN). 2ª a 6ª, 17h10e 21h10; Sáb., dom. e fer., 17h10 e 21h10. OSCARNIEMEYER – A VIDA É UM SOPRO (livre). DIRETOR:FABIANO MACIEL (<strong>90</strong> MIN). 2ª a 6ª, 19h10; Sáb., dom. e fer.,19h10.OBS.: SÁBADO NÃO SERÁ EXIBIDA A ÚLTIMA SESSÃODO FILME “CARTOLA”, EM VIRTUDE DA PRÉ-ESTRÉIA DE“PRINCESAS”, ÀS 21h50, NA SALA IV.CINE ACADEMIA DECK NORTECINE I – HOMEM ARANHA 3 (12 anos)(DUBLADO).DIRETOR: SAM RAINI (140 MIN). 2ª a 6ª, 16h, 18h40 e21h20; Sáb., dom. e fer., 16h, 18h40 e 21h20.CINE II – FELIZ NATAL (14 anos). DIRETOR: CHRISTIANCARION (115 MIN). 2ª a 6ª, 17h, 19h20 e 21h40; Sáb., dom. efer., 17h, 19h20 e 21h40.CINE III – A ÚLTIMA CARTADA (18 anos). DIRETOR:JOE CARNAHAN (109 MIN). 2ª a 6ª, 17h10, 19h20 e 21h30;Sáb., dom. e fer., 17h10, 19h20 e 21h30.CINE IV – MOTOQUEIROS SELVAGENS (12 anos).DIRETOR: WALT BECKER (100 MIN). 2ª a 6ª, 17h20; Sáb.,dom. e fer., 15h20 e 17h20. HANNIBAL – A ORIGEM DOMAL (16 anos). DIRETOR: PETER WEBBER (121 MIN). 2ª a6ª, 19h20 e 21h40; Sáb., dom. e fer., 19h20 e 21h40.CINE V – A FAMÍLIA DO FUTURO (livre).DIRETOR: STEPHEN J. ANDERSON (96 MIN).2ª a 6ª, 17h20; Sáb., dom. e fer., 15h20 e 17h20.PEQUENA MISS SUNSHINE (14 anos). DIRETOR:JONATHAN DAYTON (101 MIN). 2ª a 6ª, 19h20 e21h20; Sáb., dom. e fer., 19h20 e 21h20.CINE ACADEMIA AEROPORTO - 3364.9566CINE I – HOMEM ARANHA 3 (12anos)(DUBLADO). DIRETOR: SAM RAINI (140 MIN). 2ªa 6ª, 16h, 18h40 e 21h20; Sáb., dom. e fer., 16h, 18h40e 21h20.CINE II – O SEGREDO (livre). DIRETOR:RHONDA BYRNE (92 MIN). 2ª a 6ª, 17h40 e 21h40;Sáb., dom. e fer., 17h40 e 21h40. OSCAR NIEMEYER– A VIDA É UM SOPRO (livre). DIRETOR:FABIANO MACIEL (<strong>90</strong> MIN). 2ª a 6ª, 19h30; Sáb., dom.e fer., 19h30.CINE III – HOLLYWOODLAND – BASTIDORESDA FAMA (14 anos). DIRETOR: ALLEN COULTER(128 MIN). 2ª a 6ª, 17h e 19h40; Sáb., dom. e fer., 17h e19h40. BORAT (16 anos). DIRETOR: LARRY CHARLES(84 MIN). 2ª a 6ª, 21h30; Sáb., dom. e fer., 21h30.CINE IV – A RAINHA (livre). DIRETOR: STEPHENFREARS (103 MIN). 2ª a 6ª, 17h e 19h10; Sáb., dom.e fer., 17h e 19h10. MAIS ESTRANHO QUE AFICÇÃO (10 anos). DIRETOR: MARC FORSTER(113 MIN). 2ª a 6ª, 21h20; Sáb., dom. e fer., 21h20.OBS.: ESTACIONAMENTO GRATUITO PORQUATRO HORAS, MEDIANTE APRESENTAÇÃODO INGRESSO DO CINE ACADEMIA AEROPORTODEVIDAMENTE CARIMBADO.Utilize o Cartão <strong>Roteiro</strong> de Vantagens para pagar meia entrada no Cine Academia, de segunda a quinta-feira.50

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