analisando a reestruturaçâo do ensino de 2º grau - Secretaria de ...
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ANALISANDO A REESTRUTURAÇÂO DO ENSINO DE <strong>2º</strong> GRAU DE HISTÓRIA DE<br />
1988 PARA UMA REFLEXÃO DAS DIRETRIZES CURRICULARES DE<br />
HISTÓRIA PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA.<br />
Resumo<br />
MARISA NODA 1<br />
Este artigo apresenta uma reflexão acerca <strong>de</strong> <strong>do</strong>is <strong>do</strong>cumentos nortea<strong>do</strong>res <strong>do</strong> <strong>ensino</strong> <strong>de</strong><br />
história elabora<strong>do</strong>s pela <strong>Secretaria</strong> da Educação <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Paraná, em momentos<br />
diferentes. A Reestruturação <strong>do</strong> Ensino <strong>de</strong> <strong>2º</strong> Grau <strong>de</strong> 1988 e as Diretrizes Curriculares <strong>de</strong><br />
História da Educação Básica. Aqui a análise com maior profundida<strong>de</strong> <strong>do</strong> contexto histórico em<br />
que o <strong>do</strong>cumento <strong>de</strong> 1988 foi produzi<strong>do</strong> e disponibiliza<strong>do</strong> é proposital, na medida em que esta<br />
propicia o <strong>de</strong>bate sobre as Diretrizes e sua implantação na atualida<strong>de</strong>, como experiência <strong>de</strong><br />
uma política pública educacional já implantada no Esta<strong>do</strong> que influenciou diretamente o<br />
trabalho <strong>do</strong> professor em sala <strong>de</strong> aula, resultan<strong>do</strong> em reações que <strong>de</strong>vem ser consi<strong>de</strong>radas<br />
pelos envolvi<strong>do</strong>s neste processo.<br />
Palavras Chaves: currículos <strong>de</strong> história e professores <strong>de</strong> história.<br />
Os currículos são responsáveis, em gran<strong>de</strong> parte, pela formação e pelo conceito <strong>de</strong> História <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os<br />
cidadãos alfabetiza<strong>do</strong>s, estabelecen<strong>do</strong>, em cooperação com mídia, a existência <strong>de</strong> um discurso histórico<br />
<strong>do</strong>minante, que formará a consciência e a memória coletiva da socieda<strong>de</strong>.<br />
(ABUD, Kátia, 1998, p. 296)<br />
Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> a fala da professora Kátia Abud com significativa<br />
importância, na medida em que os currículos estão na formação daqueles que<br />
passam pela experiência escolar, embora saben<strong>do</strong> que a escola é uma<br />
instituição recente em nosso país, este trabalho vem com intuito <strong>de</strong> refletir<br />
acerca <strong>de</strong> <strong>do</strong>is <strong>do</strong>cumentos propostos pela <strong>Secretaria</strong> <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Educação<br />
<strong>do</strong> Paraná em diferentes momentos: A Reestruturação <strong>do</strong> Ensino <strong>de</strong> <strong>2º</strong> Grau -<br />
História -, <strong>de</strong> 1988 e as Diretrizes Curriculares <strong>de</strong> História para a Educação<br />
Básica – DCE História -, <strong>de</strong> 2006. Estes <strong>do</strong>cumentos foram gesta<strong>do</strong>s e<br />
coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>s no Departamento <strong>do</strong> Ensino <strong>de</strong> <strong>2º</strong> Grau e atual Departamento <strong>do</strong><br />
Ensino Básico e contaram com a participação, em algumas etapas, <strong>do</strong>s<br />
professores da Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ensino Público Estadual e a consultoria <strong>de</strong> <strong>do</strong>centes<br />
<strong>de</strong> universida<strong>de</strong>s paranaenses públicas e privadas.<br />
A reflexão sobre esses <strong>do</strong>cumentos traz algumas problemáticas<br />
que para serem discutidas é necessário que se contribua primeiro com o<br />
entendimento da concepção <strong>de</strong> currículo escolar, e uma segunda contribuição<br />
1 Professora da disciplina <strong>de</strong> História da Re<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Ensino <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Paraná.
é abordar os <strong>de</strong>bates ocorri<strong>do</strong>s em torno <strong>do</strong>s currículos <strong>de</strong> história na década<br />
<strong>de</strong> 1980 <strong>de</strong>correntes <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>mocratização política que passou o<br />
país após o regime militar, pois a partir <strong>de</strong>sse momento se têm no Brasil a<br />
construção, por parte <strong>de</strong> alguns esta<strong>do</strong>s, <strong>de</strong> currículos escolares amplos e que<br />
planificaram o <strong>ensino</strong> nas re<strong>de</strong>s escolares públicas e privadas em to<strong>do</strong> o país.<br />
Pontuar conceito <strong>de</strong> currículo foi anuncia<strong>do</strong> enquanto significativo<br />
para esta discussão, portanto é fundamental dar ciência que este é entendi<strong>do</strong><br />
partin<strong>do</strong> <strong>do</strong> enfoque que Tomaz Ta<strong>de</strong>u da Silva expõe na obra Documentos <strong>de</strong><br />
I<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>: uma introdução às teorias <strong>do</strong> currículo.<br />
O currículo é sempre resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong> uma seleção: <strong>de</strong> um<br />
universo mais amplo <strong>de</strong> conhecimento e saberes seleciona-se<br />
aquela parte que vai constituir precisamente o currículo. (...)<br />
Nas teorias <strong>do</strong> currículo, entretanto, a pergunta “o quê?” nunca<br />
esta separada <strong>de</strong> uma outra pergunta “o que eles ou elas<br />
<strong>de</strong>vem ser?”, ou melhor, “o que <strong>de</strong>vem se tornar?”. Afinal um<br />
currículo busca precisamente modificar as pessoas que vão<br />
“seguir” aquele currículo. (SILVA, 2001, 15)<br />
O olhar para os <strong>do</strong>is <strong>do</strong>cumentos sofre influência <strong>do</strong><br />
entendimento acima exposto, pois se percebe que ao propor norteamentos<br />
para o <strong>ensino</strong> <strong>de</strong> história a <strong>Secretaria</strong> <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> da Educação <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />
Paraná - SEED -, seja em 1988 ou em 2006, coloca-se como instrumento que<br />
po<strong>de</strong> proporcionar mudanças no mo<strong>do</strong> em que a disciplina <strong>de</strong> História está<br />
sen<strong>do</strong> entendida <strong>de</strong>ntro das gra<strong>de</strong>s curriculares das escolas paranaenses. As<br />
passagens selecionadas abaixo ilustram satisfatoriamente este pensamento.<br />
Assim, a função <strong>do</strong> <strong>ensino</strong> da História no <strong>2º</strong> Grau <strong>de</strong>sejável<br />
<strong>de</strong>ve, em nosso enten<strong>de</strong>r dar conta <strong>de</strong>ssa superação,<br />
assumin<strong>do</strong> os <strong>de</strong>safios <strong>de</strong>: <strong>de</strong>senvolver o senso crítico,<br />
rompen<strong>do</strong> com a valorização <strong>do</strong> saber enciclopédico,<br />
socializan<strong>do</strong> a produção <strong>do</strong> conhecimento a compreensão <strong>do</strong><br />
processo histórico, forman<strong>do</strong> o homem político capaz <strong>de</strong><br />
produzir e compreen<strong>de</strong>r a estrutura <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> on<strong>de</strong> ele se<br />
insere. (REESTRUTURAÇÃO DO ENSINO DE <strong>2º</strong> GRAU -<br />
HISTÓRIA, 1988, p. 4).<br />
Por meio <strong>de</strong>stas Diretrizes Curriculares para o <strong>ensino</strong> <strong>de</strong><br />
História na Educação Básica, busca-se suscitar reflexões a<br />
respeito <strong>de</strong> aspectos políticos, econômicos, culturais, sociais,<br />
e das relações entre o <strong>ensino</strong> da disciplina com a produção <strong>do</strong><br />
conhecimento histórico. (DCE - HISTÓRIA, 2006, p.15).
Pesquisan<strong>do</strong> o <strong>de</strong>bate <strong>de</strong> currículos na Brasil o entendimento <strong>de</strong><br />
Macha<strong>do</strong> também auxilia a análise <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is <strong>do</strong>cumentos. Para esta<br />
pesquisa<strong>do</strong>ra no país foram três os conceitos <strong>de</strong> currículos escolares<br />
vivencia<strong>do</strong>s: o tradicional entendi<strong>do</strong> como arranjo sistemático <strong>de</strong> conteú<strong>do</strong>s; a<br />
cientificista também <strong>de</strong>nominada <strong>de</strong> tecnicista-tecnológica, que trazia um<br />
conjunto <strong>de</strong> estratégias para preparar jovens para o trabalho; estes <strong>do</strong>is<br />
mo<strong>de</strong>los pre<strong>do</strong>minantes até a década <strong>de</strong> 1970. A partir <strong>do</strong>s anos <strong>de</strong> 1980<br />
pre<strong>do</strong>minou os <strong>de</strong> concepções progressistas. (MACHADO, 1999).<br />
Sob as novas influências, com a concepção <strong>de</strong> currículo<br />
progressista, o currículo passou a voltar-se para a<br />
aprendizagem <strong>do</strong>s problemas sociais, <strong>de</strong>senvolvimento<br />
cognitivo - interesse e compreensão – <strong>do</strong>s indivíduos: assim,<br />
voltan<strong>do</strong>-se aos interesses das crianças e jovens, passou a<br />
relacionar-se com uma possibilida<strong>de</strong> emancipatória da<br />
educação. O currículo passou a ter uma dimensão liberta<strong>do</strong>ra<br />
e humaniza<strong>do</strong>ra, que procura respeitar e valorizar as<br />
diversida<strong>de</strong>s culturais; <strong>de</strong>ssa forma, passa a ser entendi<strong>do</strong><br />
“como artefato cultural à medida que traduz valores,<br />
pensamentos e perspectivas <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>terminada época ou<br />
socieda<strong>de</strong>” (MACHADO, 1999, p.160).<br />
Cabe observar que esta concepção <strong>de</strong> currículo é a que mais se<br />
aproxima <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is mo<strong>de</strong>los paranaenses, o proposto em 1988 e as Diretrizes<br />
<strong>de</strong> 2006, pois pressupõem que os alunos a partir <strong>de</strong>les “sejam capazes <strong>de</strong><br />
i<strong>de</strong>ntificar processos históricos, reconhecer criticamente as relações <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r<br />
neles existentes, bem como que tenham recursos para intervir no meio em que<br />
vivem” (DCE - História, 2006, p. 54); ou “nossa proposta baseia-se na<br />
concepção <strong>de</strong> que a História é um processo construí<strong>do</strong> socialmente, isto é, por<br />
homens concretos, viven<strong>do</strong> em socieda<strong>de</strong>” (REESTRUTURAÇÃO DO ENSINO<br />
DE <strong>2º</strong> GRAU - HISTÓRIA, 1988, p.11).<br />
A segunda contribuição necessária é contextualizar o momento<br />
em que currículos passam a ser discuti<strong>do</strong>s amplamente nas escolas e<br />
socieda<strong>de</strong> brasileira, que recém saída <strong>do</strong> regime militar enten<strong>de</strong> que o mo<strong>de</strong>lo<br />
<strong>de</strong> educação proposto até então não serve mais para uma população que<br />
ansiosa <strong>de</strong> vivência <strong>de</strong>mocrática via como necessida<strong>de</strong> a revisão na legislação
pertinente ao <strong>ensino</strong> <strong>de</strong> História e <strong>do</strong>s postula<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s programas elabora<strong>do</strong>s<br />
<strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a política educacional <strong>do</strong>s anos <strong>de</strong> 1970. (FONSECA, 1993).<br />
Assim, os anos 80 são marca<strong>do</strong>s por discussões e propostas<br />
<strong>de</strong> mudanças no <strong>ensino</strong> fundamental <strong>de</strong> história. Resgatar o<br />
papel da história no currículo passa a ser tarefa primordial<br />
<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> vários anos e que o livro didático assumiu a forma<br />
curricular, tornan<strong>do</strong>-se quase que fonte “exclusiva” e<br />
“indispensável” para o processo <strong>de</strong> <strong>ensino</strong>-aprendizagem.<br />
(FONSECA, 1993,0p. 86).<br />
Outra pesquisa<strong>do</strong>ra que também enfatiza esse <strong>de</strong>bate presente<br />
na década <strong>de</strong> 1980 é Flavia Eloísa Caimi que salienta a bisca <strong>do</strong>s espaços <strong>de</strong><br />
discussão que se fizeram necessários para que as mudanças almejadas se<br />
efetivassem, foram congressos, seminários, publicações <strong>de</strong> coletâneas que<br />
redimensionaram as teorias, méto<strong>do</strong>s, conteú<strong>do</strong>s e linguagens da disciplina.<br />
(CAIMI, 2001). Aqui é importante a lembrança da publicação da obra<br />
organizada por Marco Silva Repensan<strong>do</strong> a História, que norteou as falas<br />
acerca <strong>do</strong> tema na década <strong>de</strong> 1980.<br />
A implantação <strong>do</strong> Currículo Básico <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Paraná e a<br />
Reestruturação <strong>do</strong> Ensino <strong>de</strong> <strong>2º</strong> Grau <strong>de</strong> História têm inicio <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>ste<br />
contexto. A primeira legislava sobre o Ensino <strong>de</strong> 1º Grau e começou a ser<br />
discutida em 1987, neste ano foi extinta a disciplina <strong>de</strong> Estu<strong>do</strong>s Sociais pela<br />
Deliberação 004/87 CEE - Conselho Estadual <strong>de</strong> Educação. Esta extinção<br />
significou a volta das disciplinas <strong>de</strong> História e Geografia às gra<strong>de</strong>s curriculares<br />
<strong>de</strong> 5ª a 8º séries <strong>do</strong> Ensino Fundamental. Mas não somente esta mudança<br />
gerou a <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> criação <strong>de</strong> um novo <strong>do</strong>cumento legislan<strong>do</strong> sobre a<br />
educação paranaense e sim um entendimento por parte da <strong>Secretaria</strong> <strong>de</strong><br />
Educação sobre:<br />
A qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>ensino</strong>, no início da década <strong>de</strong> 1980, entendia<br />
a <strong>Secretaria</strong> <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> da Educação <strong>do</strong> Paraná, vinculava-se<br />
à possibilida<strong>de</strong> da não reprodução da socieda<strong>de</strong> injusta como<br />
se apresentava: <strong>de</strong> um la<strong>do</strong> os que sabiam, e por <strong>de</strong>terem o<br />
conhecimento <strong>de</strong>tinham também o po<strong>de</strong>r, e <strong>de</strong> outro os que<br />
não sabiam e obe<strong>de</strong>ciam ao po<strong>de</strong>r. A qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>ensino</strong><br />
vinculava-se à possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fazer com que a maioria da<br />
população pu<strong>de</strong>sse <strong>do</strong>minar a somo <strong>de</strong> conhecimento já<br />
acumula<strong>do</strong>s através <strong>do</strong>s tempos, para que to<strong>do</strong>s pu<strong>de</strong>ssem,<br />
juntos, incumbir-se <strong>de</strong> criar uma nova socieda<strong>de</strong>.<br />
(RODRIGUES, 2004, p.53).
Com o objetivo <strong>de</strong> promover tal discussão foi organizada, pela<br />
então equipe <strong>de</strong> primeiro Grau da SEED uma primeira reunião com integrantes<br />
<strong>do</strong>s Núcleos Regionais <strong>de</strong> Ensino - NRE -. Em um segun<strong>do</strong> encontro, realiza<strong>do</strong><br />
em junho <strong>de</strong> 1987, juntou-se ao primeiro grupo, professores das instituições <strong>de</strong><br />
Ensino Superior <strong>do</strong> Paraná, fizeram-se presentes representantes da<br />
Universida<strong>de</strong> estadual <strong>de</strong> Londrina, Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Maringá,<br />
Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Paraná, Instituto Paranaense <strong>de</strong> Desenvolvimento<br />
Econômico e Social. As propostas <strong>de</strong> reformulação curricular <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s <strong>de</strong><br />
Minas Gerais, São Paulo e da cida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> janeiro foram analisadas<br />
nestes encontros a fim <strong>de</strong> darem parâmetros para a proposta a ser implantadas<br />
no Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Paraná.<br />
Em agosto <strong>de</strong> 1987 realizou-se um terceiro encontro, que além<br />
<strong>do</strong>s grupos já cita<strong>do</strong>s estiveram presentes também professores representantes<br />
<strong>do</strong>s vinte e um Núcleos regionais <strong>de</strong> <strong>ensino</strong> <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Paraná, intitula<strong>do</strong> III<br />
Encontro <strong>de</strong> Ensino <strong>de</strong> História.<br />
Segun<strong>do</strong> Mariana Almeida, <strong>do</strong> III Encontro surgiu a proposta <strong>de</strong><br />
<strong>ensino</strong> <strong>de</strong> história apresenta<strong>do</strong> pelo Currículo Básico <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Paraná:<br />
“Com a perspectiva <strong>de</strong> que a história também é uma prática social, com espaço<br />
para um pensamento crítico e atitu<strong>de</strong>s questiona<strong>do</strong>ras em relação ao<br />
conhecimento produzi<strong>do</strong>” (op. cit. ALMEIDA, 1997, p. 275).<br />
Os professores que participaram como convida<strong>do</strong>s pelos Núcleos<br />
Regionais <strong>de</strong> Ensino para fazerem parte <strong>do</strong> grupo que discutiria tanto o<br />
<strong>do</strong>cumento <strong>do</strong> <strong>ensino</strong> <strong>de</strong> 1º Grau quanto <strong>do</strong> <strong>2º</strong> Grau mostram satisfação por<br />
terem si<strong>do</strong> chama<strong>do</strong>s a contribuírem, pois essas reuniões são recordadas<br />
como momentos <strong>de</strong> <strong>de</strong>safio, motivos <strong>de</strong> orgulho <strong>de</strong> estarem participan<strong>do</strong> <strong>de</strong> um<br />
projeto que, <strong>de</strong> certa forma, refletiam o reconhecimento à luta pela volta da<br />
disciplina <strong>de</strong> História nas gra<strong>de</strong>s curriculares das escolas paranaenses.<br />
(NODA, 2002)<br />
O III Encontro <strong>de</strong> Ensino <strong>de</strong> História também teve como ponto<br />
importante a discussão sobre a qualificação <strong>do</strong> professor <strong>de</strong> história que<br />
resultou, “tomou a forma <strong>de</strong> cursos volta<strong>do</strong>s para a qualificação <strong>do</strong> profissional<br />
<strong>de</strong> <strong>ensino</strong> nas várias áreas <strong>do</strong> saber, estan<strong>do</strong> hoje em dia em processo <strong>de</strong><br />
reformulação”. (ALMEIDA, 1997, p. 273).
Partin<strong>do</strong> das discussões iniciadas em 1987, criou-se o Currículo<br />
Básico <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Paraná, <strong>do</strong>cumento que ficou pronto e po<strong>de</strong> ser<br />
implanta<strong>do</strong> em 1990. Quanto à Reestruturação <strong>do</strong> <strong>ensino</strong> <strong>de</strong> <strong>2º</strong> Grau, que<br />
seguiu a reboque das discussões acima apresentadas, tu<strong>do</strong> indica que equipes<br />
trabalharam separadamente em cada disciplina. Segun<strong>do</strong> o relatório<br />
circunstancia<strong>do</strong> <strong>do</strong>s consultores <strong>de</strong> História formam onze os encontros<br />
marca<strong>do</strong>s pelas presenças da Equipe <strong>do</strong> Departamento <strong>do</strong> <strong>ensino</strong> <strong>de</strong> <strong>2º</strong> Grau,<br />
representantes <strong>do</strong> Conselho Estadual <strong>de</strong> Educação, representantes <strong>de</strong><br />
Instituições <strong>de</strong> Ensino Superior e professores da re<strong>de</strong> estadual <strong>de</strong> <strong>ensino</strong>,<br />
realizadas entre maio e novembro <strong>de</strong> 1988.<br />
Outro ponto importante a ser dito sobre o <strong>do</strong>cumento <strong>de</strong><br />
Reestruturação <strong>do</strong> Ensino <strong>de</strong> <strong>2º</strong> Grau <strong>de</strong> História é que não foi obrigatório<br />
segui-lo nas escolas que ofertavam este <strong>grau</strong> <strong>de</strong> <strong>ensino</strong>, era apenas<br />
recomenda<strong>do</strong>, portanto não houve sua implantação compulsória seguida na<br />
implantação <strong>do</strong> Currículo Básico <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Paraná.<br />
O grupo que trabalhou no <strong>do</strong>cumento <strong>de</strong> Reestruturação <strong>do</strong> <strong>2º</strong><br />
Grau chamava a atenção especifican<strong>do</strong> que o segun<strong>do</strong> <strong>grau</strong>, hoje Ensino<br />
Médio, era um caminho pelo quais as camadas majoritárias da população<br />
po<strong>de</strong>riam adquirir o conhecimento necessário e inserir-se <strong>de</strong> forma crítica no<br />
merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> trabalho:<br />
A questão central resi<strong>de</strong> em repensar o <strong>ensino</strong> <strong>de</strong> <strong>2º</strong> <strong>grau</strong><br />
como condição para as oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> acesso ao<br />
conhecimento e, portanto, <strong>de</strong> participação social mais ampla<br />
<strong>do</strong> cidadão. Este repensar passa, necessariamente, pela<br />
análise das relações entre escola, o trabalho e a cidadania.<br />
(REESTRTURAÇÂO DO ENSINO DE <strong>2º</strong> GRAU - História,<br />
1988).<br />
È percebível que a proposta trazia a fundamentação no<br />
materialismo dialético e na pedagogia histórico-crítica <strong>do</strong>s conteú<strong>do</strong>s<br />
consi<strong>de</strong>rava a luta pelo saber o caminho para que os, até então, excluí<strong>do</strong>s da<br />
cidadania chegassem a ela, consi<strong>de</strong>rava que o acesso ao conhecimento<br />
acumula<strong>do</strong> historicamente pelo homem daria respostas aos problemas<br />
enfrenta<strong>do</strong>s por parte consi<strong>de</strong>rável da população, para isso, seria necessário<br />
que ao aluno <strong>de</strong> <strong>2º</strong> Grau fosse propicia<strong>do</strong> um saber que reunia teoria e prática.
A postura <strong>de</strong> uma escola <strong>de</strong>mocrática visa à preparação <strong>do</strong><br />
educan<strong>do</strong> para a <strong>de</strong>mocracia, elevan<strong>do</strong> sai capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
compreensão em relação aos <strong>de</strong>terminantes políticos,<br />
econômicos e culturais que regem o funcionamento da<br />
socieda<strong>de</strong> em <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> perío<strong>do</strong> histórico, para que venha<br />
atuar no mun<strong>do</strong> <strong>do</strong> trabalho com a consciência <strong>de</strong> seu papel<br />
<strong>de</strong> cidadão participativo. (REESTRUTURAÇÂO DO ENSINO<br />
DE <strong>2º</strong> GRAU - HISTÓRIA, 1988).<br />
A professora Circe Bittencourt muito propriamente chama a<br />
atenção na forma como os currículos brasileiros, <strong>de</strong> maneira geral, construí<strong>do</strong>s<br />
nos anos <strong>de</strong> 1980 evi<strong>de</strong>nciam e a história com a disciplina com maior<br />
responsabilida<strong>de</strong> na formação da cidadania, não fugin<strong>do</strong> à tradição francesa<br />
seguida no Brasil o conceito <strong>de</strong> cidadania proposto limita-se à cidadania<br />
política, aquela que cabe formar um eleitor para as <strong>de</strong>mocracias <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo<br />
liberal, para as quais é necessário formar um cidadão motorista, o cidadão<br />
preocupa<strong>do</strong> com o meio ambiente, com o transito, e candidatan<strong>do</strong>-se ao<br />
voluntaria<strong>do</strong> para auxiliar as escolas públicas. (BITTENCOURT, 1998).<br />
Ao evi<strong>de</strong>nciar que a Reestruturação <strong>do</strong> <strong>2º</strong> Grau <strong>de</strong> História<br />
<strong>de</strong>staca a cidadania como ponto principal <strong>do</strong> <strong>ensino</strong> da história, a fala da<br />
professora Circe serve <strong>de</strong> alerta para análise <strong>de</strong> qual cidadania o <strong>do</strong>cumento<br />
almeja, a <strong>de</strong>scrita acima ou a busca da cidadania social? Aquela ligada aos<br />
conceitos <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong>, <strong>de</strong> justiça, <strong>de</strong> diferenças, <strong>de</strong> lutas e <strong>de</strong> conquistas, <strong>de</strong><br />
compromissos e <strong>de</strong> rupturas. (BITTENCOURT, 1998).<br />
Percebe-se que quan<strong>do</strong> a professora Maria Auxilia<strong>do</strong>ra M. S.<br />
Schmidt, consultora da “Reestruturação”, aponta que o „conteú<strong>do</strong> crítico <strong>de</strong><br />
história será então aquele que permitirá ao aluno apo<strong>de</strong>rar-se da pluralida<strong>de</strong><br />
das memórias, proporcionan<strong>do</strong>-lhe a compreensão da pluralida<strong>de</strong> e <strong>do</strong> conflito<br />
que se produz nas e pelas relações sociais‟ abre um direcionamento para a<br />
cidadania mais próxima à cidadania social, na medida em que direciona a<br />
atenção nos conflitos produzi<strong>do</strong>s pelas relações sociais. (REESTRUTURAÇÂO<br />
DO ENSINO DE <strong>2º</strong> GRAU – HISTÓRIA, 1988, p. 56).<br />
Para ampliar a análise <strong>do</strong> <strong>do</strong>cumento proposto para a disciplina<br />
<strong>de</strong> história, será também necessário recorrer a uma outra fala sobre currículos,<br />
a <strong>de</strong> J. Gimeno Sacristán: „não <strong>de</strong>vemos esquecer que o currículo não é uma<br />
realida<strong>de</strong> abstrata à margem <strong>do</strong> sistema educativo em que se <strong>de</strong>senvolve e<br />
para o qual se planeja‟ (SACRISTÁN, 2000, p. 15).
Dessa leitura resultam algumas posições que levam a alguns<br />
questionamentos. As posições po<strong>de</strong>m ser apontadas com certa tranqüilida<strong>de</strong>: o<br />
sistema educativo aqui será compreendi<strong>do</strong> como espaço em que as relações<br />
escolares se constituem. Vivenciam esse espaço a comunida<strong>de</strong> escolar,<br />
composta por alunos, os professores, funcionários, <strong>Secretaria</strong>s <strong>de</strong> Educação,<br />
Núcleo Regionais <strong>de</strong> Ensino, pais e socieda<strong>de</strong> civil <strong>de</strong> maneira geral. Dentre<br />
estes, os professores serão cuida<strong>do</strong>s com maior atenção, pois em última<br />
instância são eles que tornam as propostas curriculares realida<strong>de</strong> ou não,<br />
sen<strong>do</strong> eles, os responsáveis pela dinamização <strong>de</strong>stes <strong>do</strong>cumentos.<br />
Quan<strong>do</strong> da preparação <strong>do</strong> <strong>do</strong>cumento <strong>de</strong> „Reestruturação <strong>de</strong><br />
História‟ contata-se a participação <strong>de</strong> professores <strong>de</strong> história a re<strong>de</strong> pública nas<br />
reuniões, mas estes participam como representantes <strong>de</strong> muitos outros e foram<br />
convida<strong>do</strong>s pelo NRE <strong>de</strong> cada região <strong>do</strong> Paraná. Po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> afirmar que esta<br />
participação tenha si<strong>do</strong> bastante limitada se pensarmos em números, o que<br />
leva a observação que esta proposta não chegou <strong>de</strong> foi discutida <strong>de</strong> forma<br />
direta por to<strong>do</strong>s os profissionais <strong>de</strong> história atuantes no <strong>ensino</strong> <strong>de</strong> <strong>2º</strong> Grau da<br />
época.<br />
Segun<strong>do</strong> seu próprio relatório circunstancia<strong>do</strong>, cerca <strong>de</strong> vinte<br />
Núcleos Regionais <strong>de</strong> Ensino retornaram o <strong>do</strong>cumento preliminar com 100% <strong>de</strong><br />
aprovação e apenas quatro aprovaram com restrições. Estas restrições foram<br />
pontuadas com administrativas, e não teórica meto<strong>do</strong>lógicas. Dentre os<br />
pedi<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s que aprovaram com restrição foram comuns os pedi<strong>do</strong>s <strong>de</strong><br />
bibliotecas mais atualizadas e capacitação aos professores para a implantação<br />
<strong>do</strong> <strong>do</strong>cumento nortea<strong>do</strong>r.<br />
Contrariamente ao que diz o <strong>do</strong>cumento acima analisa<strong>do</strong>, pensar<br />
em bibliotecas e capacitação é <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m teórico-meto<strong>do</strong>lógica, pois os<br />
professores perceberam que uma proposta que tinha como fundamentação o<br />
materialismo dialético e a pedagogia histórico-crítica necessitaria <strong>de</strong> melhor<br />
preparação, representa<strong>do</strong>s pela capacitação e pelo acesso a material<br />
bibliográfico que <strong>de</strong>ssem conta <strong>de</strong>ste universo teórico novo para estes<br />
profissionais, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> que 60%, segun<strong>do</strong> da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> próprio <strong>do</strong>cumento,<br />
foram forma<strong>do</strong>s durante o perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> ditadura militar em que este tipo <strong>de</strong><br />
leitura era proibi<strong>do</strong>.
O professor <strong>de</strong> História, forma<strong>do</strong> naquele memento, teve<br />
privações <strong>de</strong> leituras, <strong>de</strong> <strong>de</strong>bates, <strong>de</strong> livres questionamentos.<br />
Isso, <strong>de</strong> certa forma, prejudicou seu conhecimento<br />
profissional, pois se enten<strong>de</strong> que estes procedimentos são<br />
primordiais para a formação <strong>de</strong>ste profissional. (NODA, 2002,<br />
p. 97)<br />
Mesmo consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> que a Reestruturação <strong>do</strong> Ensino <strong>de</strong> <strong>2º</strong> <strong>grau</strong><br />
<strong>de</strong> História tenha si<strong>do</strong> um <strong>do</strong>cumento proposto que o professor seguia se<br />
consi<strong>de</strong>rasse viável, po<strong>de</strong>-se afirmar que sua presença foi gran<strong>de</strong> nos cursos<br />
<strong>de</strong> Segun<strong>do</strong> Grau das escolas <strong>do</strong> Paraná, na medida em que os professores,<br />
<strong>de</strong> maneira geral, ansiavam por mudanças na educação escolarizada, pois<br />
estas eram tidas com reflexos das mudanças políticas e sociais que se<br />
almejam pós perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> ditadura militar e, consequentemente, eram gran<strong>de</strong>s<br />
as expectativas frente à proposta <strong>de</strong> um governo que tinha si<strong>do</strong> eleito como<br />
oposição aos representantes <strong>de</strong>sta ditadura.<br />
Outro ponto a ser levanta<strong>do</strong> é que <strong>de</strong>pois longo <strong>de</strong> tempo <strong>de</strong><br />
impedimento e <strong>de</strong> participação nas políticas educacionais, <strong>de</strong> uma participação<br />
fajuta na escolhas <strong>do</strong>s políticos que efetivariam essas políticas, pensan<strong>do</strong> no<br />
bi-partidarismo consenti<strong>do</strong> pelo governo ditatorial, o professor também<br />
almejava uma participação real, na montagem <strong>de</strong>stes <strong>do</strong>cumentos, para ele<br />
po<strong>de</strong>r opinar significava receber a <strong>de</strong>vida importância após décadas <strong>de</strong><br />
silêncio, na qual só uma obrigação era nítida a <strong>de</strong> obe<strong>de</strong>cer as resoluções<br />
implanta<strong>do</strong>s pelos militares.<br />
Conforme constatou-se em trabalho anterior, professores que<br />
foram convida<strong>do</strong>s a participar diretamente da elaboração da Reestruturação <strong>do</strong><br />
Ensino <strong>de</strong> <strong>2º</strong> <strong>grau</strong> <strong>de</strong> História, possivelmente 21 professores <strong>de</strong> to<strong>do</strong> o esta<strong>do</strong>,<br />
<strong>de</strong>monstram um entendimento da proposta e um posicionamento <strong>de</strong> que foi um<br />
<strong>do</strong>cumento construí<strong>do</strong> coletivamente. Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> que este número não é<br />
representativo quan<strong>do</strong> tem como parâmetro o número <strong>de</strong> professores <strong>de</strong><br />
História <strong>do</strong> Paraná, concluímos que poucos a consi<strong>de</strong>ravam <strong>de</strong>sta forma.<br />
Os vários <strong>de</strong>bates sobre currículos têm mostra<strong>do</strong> que aqueles<br />
que são elabora<strong>do</strong>s em salas e gabinetes, sem a participação <strong>de</strong> professores e<br />
alunos são fada<strong>do</strong>s a não efetivação, são utiliza<strong>do</strong>s mais para montar<br />
planejamentos que ficam <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> gavetas servin<strong>do</strong> apenas para cumprimento
<strong>de</strong> normas estabelecidas <strong>de</strong> cima para baixo, <strong>do</strong> que nortearem o trabalho <strong>do</strong><br />
professor no lugar que importa, a sala <strong>de</strong> aula.<br />
Neste momento em as Diretrizes Curriculares <strong>de</strong> História para a<br />
Educação Básica estão sen<strong>do</strong> efetivadas nas escolas paranaenses, que essa<br />
reflexão sirva para alimentar as discussões e seja alvo <strong>de</strong> críticas e <strong>de</strong>fesas,<br />
pois é <strong>do</strong> <strong>de</strong>bate entre os que participam <strong>do</strong> sistema escolar que produziremos<br />
uma educação que represente a consciência histórica para além <strong>do</strong> capital.<br />
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