11.04.2013 Views

alegações finais legitima defesa - Defensoria Pública do estado do ...

alegações finais legitima defesa - Defensoria Pública do estado do ...

alegações finais legitima defesa - Defensoria Pública do estado do ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

ESTADO DO PARÁ<br />

DEFENSORIA PÚBLICA<br />

gostava iria lhe estuprar e matá-lo; Que a vítima<br />

sentada na rede, ainda disse ao acusa<strong>do</strong> que hoje<br />

havia chega<strong>do</strong> o dia <strong>do</strong> mesmo; Que a vítima se<br />

levantou e pegou o terça<strong>do</strong>, ocasião na qual o<br />

acusa<strong>do</strong> desferiu-lhe um soco, ten<strong>do</strong> a vítima caí<strong>do</strong><br />

em cima da rede...”<br />

As testemunhas arroladas pela Promotoria e<br />

inquiridas por este Juízo, não presenciaram o crime, portanto, não<br />

souberam informar os motivos que levaram o acusa<strong>do</strong> a matar a vítima.<br />

Finda a Instrução processual Exa, conclui – se<br />

pelo depoimento <strong>do</strong> acusa<strong>do</strong>, que este praticou o crime para defender –<br />

se da vítima, que não satisfeita de ter lhe ameaça<strong>do</strong> de morte por<br />

02(duas) vezes, partiu para agredir o acusa<strong>do</strong> com um terça<strong>do</strong>; No<br />

presente caso Exa, a conduta <strong>do</strong> acusa<strong>do</strong>, recebe o amparo da<br />

excludente da ilicitude prevista no artigo 23 <strong>do</strong> Código Penal<br />

brasileiro, como abaixo passamos a demonstrar:<br />

Muito embora comprova<strong>do</strong> a autoria através da<br />

confissão <strong>do</strong> acusa<strong>do</strong> e a materialidade <strong>do</strong> delito, pelo lau<strong>do</strong> de<br />

fls.31/32 <strong>do</strong>s autos, o acusa<strong>do</strong> está acoberta<strong>do</strong> pela excludente de<br />

ilicitude, a legítima <strong>defesa</strong>.<br />

São requisitos <strong>do</strong> crime o fato típico e a<br />

antijuridicidade. A legítima <strong>defesa</strong> é uma excludente de ilicitude, e<br />

como tal, evita que uma conduta seja considerada criminosa. Assim, ao<br />

desferir os golpes de arma branca na vítima, o acusa<strong>do</strong> somente<br />

repeliiu a agressão da mesma, já que esta tentou lhe agredir com a<br />

arma. Vejamos o que dispõe o art. 25 <strong>do</strong> CPB:<br />

“Art. 25. Entende-se em legítima <strong>defesa</strong><br />

quem, usan<strong>do</strong> moderadamente <strong>do</strong>s meios<br />

necessários, repele injusta agressão, atual<br />

ou iminente, a direito seu ou de outrem.”<br />

(grifo nosso).<br />

Em razão de o denuncia<strong>do</strong> ter agi<strong>do</strong> acoberta<strong>do</strong> pela<br />

Legítima <strong>defesa</strong>, não há crime, nos termos dispostos no art. 23, II <strong>do</strong><br />

CPB, requeren<strong>do</strong> a Defesa, portanto, a IMPROCEDÊNCIA da Denúncia de<br />

fl. 02/03 <strong>do</strong>s autos e sua conseqüente ABSOLVIÇÃO <strong>do</strong> crime que lhe<br />

fora imputa<strong>do</strong>.<br />

Pede Justiça.<br />

Local e Data<br />

Defensor Público<br />

Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!